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REVISÃO DE HISTÓRIA 2º ANO 2º BIMESTRE
: Módulo 27 A formação das nações americanas. Módulo 29 O período
Joanino e a Independência do Brasil e Módulo 29 O reinado de D. Pedro I.
O processo de formação dos países latino-americanos foi marcado pela
instabilidade política.
A substituição das antigas colônias espanholas por nações
independentes apresentou dois problemas básicos: constituir
Estados soberanos e organizá-los em meio às mais variadas
tendências políticas.
Além disso, o antigo império espanhol, agora fragmentado em repúblicas
independentes, continuou a conhecer uma realidade socioeconômica e cultural
dividida. Na maior parte da América Latina, onde predominava uma estrutura latifundiária e as mais variadas formas de
semi-servidão, a independência pouco ou nada veio alterar.
Quanto à forma de organização dos Estados nacionais, o republicanismo
foi o princípio político geral que norteou a formação dos Estados
nacionais latino-americanos. Entretanto, a monarquia tinha seus defensores entre muitos membros
da elite criolla.
Em meio às dificuldades de instalação dos Estados Nacionais,
uma proposta foi marcante, no sentido de unir toda a América
Espanhola numa só nação. Isso em razão da ameaça de recolonizaçãodefendida pela Espanha, apoiada
na Santa Aliança europeia.
um autêntico movimento popular e camponês verificou-se no Peru
liderado por Tupac Amaru, descendente dos antigos chefes incas, considerado precursor dos
movimentos de libertação colonial.
Com isso, ganha espaço o bolivarismo, uma das bases do pan-americanismo,
defendido por Simón Bolívar, o Libertador.
A intenção de uma América hispânica independente e formando um único
país, entre outros motivos, não prevaleceu em razão dos fortes e
decisivos interesses ingleses, norte-americanos e das próprias elites locais
da América.
Bolívar, que sonhava com a criação da Confederação dos Andes,
morreu em 1830, não sem antes tentar a sua concretização, no
Congresso do Panamá, em 1826.
Os Estados Unidos acompanharam o processo de independência das
colônias espanholas na América sem um envolvimento mais direto.
Contudo, diante das idéias de unidade latino-americana, os norte-americanos
passaram a desenvolver uma ação política mais atuante. em relação às
novas nações recém-libertadas.
Dentro dessa nova ação política, os Estados Unidos, em 1823, foram a
primeira nação a reconhecer a independência das novas nações,
baseando-se na Doutrina Monroe, que defendia o princípio da América
para os americanos
A referida doutrina, estabelecida pelo presidente James Monroe, estava ligada às preocupações dos Estados Unidos com sua
própria segurança, pois, naquele momento, os norte-americanos se chocavam com os
ingleses pelo domínio do Oregon e se viam ameaçados pelos russos, cujas pretensões
territoriais iam desde o Alasca até a Califórnia. Sem contar que os Estados Unidos também temiam uma eventual intervenção da Santa Aliança na América, recuperando para suas
metrópoles as antigas colônias.
Em janeiro de 1808, Portugal estava preste a ser invadido pelas tropas
francesas comandadas por Napoleão Bonaparte. Sem condições militares
para enfrentar os franceses, o príncipe regente de Portugal, D. João, resolveu transferir a corte portuguesa para sua
mais importante colônia, o Brasil. Contou, neste empreendimento, com a
ajuda dos aliados ingleses.
“D. João sabia que ele e Portugal estavam numa enorme encrenca. Ou
cedia a Napoleão e aderia ao Bloqueio Continental, ou aceitava a oferta dos
aliados ingleses, que garantiam proteger o rei na viagem para o Brasil, levando junto a família real, a maior
parte da nobreza, seus tesouros e todo aparato do Estado.
Aparentemente, era uma oferta generosa. Na prática, tratava-se de uma chantagem. Se o príncipe regente ficasse do lado de Napoleão, os ingleses não
só bombardeariam Lisboa e sequestrariam a frota portuguesa, como muito provavelmente tomariam
suas colônias ultramarinas, das quais o país dependia para sobreviver”
O Bloqueio Continental decretado por Napoleão tinha por OBJETIVO
enfraquecer a Inglaterra economicamente para depois vencê-la militarmente.
Nos quatorze navios, além da família real, vieram centenas de
funcionários, criados, assessores e pessoas ligadas à corte portuguesa. Trouxeram também muito dinheiro, obras de arte, documentos, livros, bens pessoais e outros objetos de
valor.
Uma das principais medidas tomadas por D. João foi abrir o comércio brasileiro aos países amigos
de Portugal. A principal beneficiada com a medida foi à Inglaterra, que passou a ter
vantagens comerciais e dominar o comércio com o Brasil. Os produtos ingleses chegavam ao Brasil
com impostos de 15%, enquanto de outros países deveriam pagar 24%. Este privilégio fez
com que nosso país fosse inundado por produtos ingleses. Esta medida acabou prejudicando o
desenvolvimento da indústria brasileira.
D. João adotou várias medidas econômicas que favoreceram o
desenvolvimento brasileiro. Entre as principais, podemos citar: estímulo ao
estabelecimento de indústrias no Brasil, construção de estradas, cancelamento
da lei que não permitia a criação de fábricas no Brasil, reformas em portos, criação do Banco do Brasil e instalação
da Junta de Comércio.
Do ponto de vista cultural, o Brasil também saiu ganhando com algumas medidas tomadas
por D. João. O rei trouxe a Missão Francesa para o Brasil, estimulando o desenvolvimento
das artes em nosso país. Criou o Museu Nacional, a Biblioteca Real, a Escola Real de Artes e o Observatório Astronômico. Vários cursos foram criados (agricultura, cirurgia, química, desenho técnico, etc) nos estados
da Bahia e Rio de Janeiro.
Os franceses ficaram em Portugal durante poucos meses, pois o exército inglês conseguiu derrotar as
tropas de Napoleão. O povo português passou a exigir o retorno do rei que se encontrava no Brasil. Em 1820, ocorreu a Revolução do Porto, sendo que
os revolucionários vitoriosos passaram a exigir o retorno de D. João VI para Portugal e a aprovação
de uma Constituição. Pressionado pelos portugueses, D. João VI resolveu voltar para
Portugal, em abril de 1821. Deixou em seu lugar, no Brasil, o filho D. Pedro como príncipe regente.
Dom João queria “civilizar” o Brasil, promovendo as artes e a cultura popular. Nesse sentido, um dos
principais empreendimentos foi a Missão Artística Austríaca, em 1856.
São de Debret as pinturas mais conhecidas de São Paulo daquele
tempo, da corte e seus personagens.
"O Brasil, antes fragmentado em várias regiões que se comunicavam diretamente
com a metrópole, adquiriu unidade política e territorial, graças aos mecanismos jurídico-administrativos centralizadores instaurados (...) na cidade. O Rio de Janeiro, antes uma
cidade de ruas lamacentas e hábitos provincianos, transformou-se num
movimentado centro comercial e cultural (...). O modo de vida da corte, denominação dada
à capital, mudou radicalmente.
O luxo e a ostentação empolgaram a elite rural escravista, que se transferiu
para a cidade. Homens e mulheres, trajando à moda europeia, passaram a
circular pelas ruas do Rio, numa demonstração eloquente de
colonialismo cultural". Isso devido à instalação da família real portuguesa
no Brasil.
A abertura dos Portos no Brasil, assim como o Tratado de 1810, com a Grã Bretanha são um marco na história
doliberalismo econômicoEsse foi o primeiro passo para que o
Brasil deixasse de ser Colônia de Portugal, o que foi oficializado em 1815, quando o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves.
"O mercado ficou inteiramente abarrotado; tão grande e inesperado foi o fluxo de manufaturas inglesas no Rio, logo em seguida à chegada do Príncipe Regente, que os aluguéis das casas para armazená-las elevaram-se vertiginosamente.
A baía estava coalhada de navios, e em breve a alfândega transbordou com o volume das mercadorias. Montes de ferragens e pregos, peixe salgado, montanhas de queijos,
chapéus, caixas de vidro, cerâmica, cordoalha, cerveja engarrafada em barris, tintas, gomas, resinas, alcatrão, etc., achavam se expostos não somente ao sol e á chuva, mas à
depredação geral; (...) espartilhos, caixões mortuários, selas e mesmo patins para gelo abarrotavam o mercado, no qual não poderiam ser vendidos e para o qual nunca deveriam
ter sido enviados.
As constantes denúncias de que uma rebelião estava sendo tramada levaram o governador de Pernambuco a ordenar a prisão de alguns
membros da Maçonaria. Esse fato precipitou a ação dos revoltosos. Em março de 1817,
começou a revolta. Os líderes prenderam o governador e instalaram um governo
provisório revolucionário. O movimento foi motivado pela insatisfação dos
pernambucanos devido à crise econômica e
aos altos impostos instituídos por D. João VI.
A revolução de 1820 ocorreu em território europeu, porém, muitos
de seus fatores estão ligados a acontecimentos nahistória do Brasil
colonizado do século 19, como a fuga da corte Portuguesa para o
Brasil em 1808.
Neste ano, a Corte Portuguesa voltava do Brasil, deixando D.
Pedro de Alcântara como regente do Brasil, que, com o aumento da
pressão para ser recolonizado, proclama sua independência em
1822.
Se a nova Constituição assumia uma atitude liberal em Portugal, o mesmo
não acontecia em relação ao Brasil, pois as medidas das Cortes de Lisboa
buscavam anular todas as medidas liberais adotadas pelo príncipe regente,
a partir de 1808.a Revolução do Porto objetivava
A recolonizarão do Brasil e o restabelecimento do Pacto Colonial.
A chamada Revolução Liberal do Porto, de 1820, entre seus desdobramentos,
contribuiu para a declaração da independência do Brasil, uma vez que
entre as reivindicações do movimento, estava a volta de D. João VI
a Portugal e a recondução do Brasil à condição de colônia.
Na visão do cartunista, a Independência do Brasil, ocorrida
em 1822,representou um negócio comercial
favorável aos interesses dos ingleses
Independência do Brasil do domínio português significou o
rompimento como sistema de exclusivo
metropolitano, orientado pela política mercantilista.
logo após a emancipação política do Brasil.
a situação dos escravos permaneceu essencialmente a
mesma do período colonial
A primeira Constituição brasileira foi outorgada, por D. Pedro I, em 25 de março de
1824. - Concentrava poderes nas mãos do imperador,
através do poder moderador.- Só os ricos podiam votar, pois o voto era baseado em renda. Este sistema eleitoral
excluiu a maioria da população brasileira do direito de escolher seus representantes.
- Igreja subordinada ao Estado.- Manutenção do sistema que garantia os
interesses da aristocracia.
O poder moderador, exercido pelo imperador, estava acima dos outros
poderes. Através deste poder, o imperador poderia controlar e
regular os outros poderes. Assim, o imperador tinha o poder absoluto sobre todas as esferas do governo
brasileiro.