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REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE CURVELO P0 :: PLANO DE TRABALHO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 071/2016 REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE CURVELO, JUNTAMENTE COM A REGULAMENTAÇÃO DA LEI E ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA DE SEUS INSTRUMENTOS COMPLEMENTARES (LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO, CÓDIGO DE POSTURAS E REGULAMENTAÇÃO ADMINISTRATIVA, CÓDIGO DE OBRAS, LEI DO PERÍMETRO URBANO E CÓDIGO DE MEIO AMBIENTE).

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REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE CURVELO

P0 :: PLANO DE TRABALHO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 071/2016

REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE CURVELO, JUNTAMENTE COM A

REGULAMENTAÇÃO DA LEI E ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA DE SEUS INSTRUMENTOS

COMPLEMENTARES (LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO, CÓDIGO DE POSTURAS E

REGULAMENTAÇÃO ADMINISTRATIVA, CÓDIGO DE OBRAS, LEI DO PERÍMETRO

URBANO E CÓDIGO DE MEIO AMBIENTE).

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MUNICÍPIO DE CURVELO

REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE CURVELO

P0 :: PLANO DE TRABALHO

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 071/2016 / TP 008/2014-2

IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE

NOME FORMAÇÃO

Sergio Myssior Arquiteto e Urbanista

Daniel Martins Sampaio Geógrafo

João Paulo Melasipo Geógrafo

Marina G. Paes de Barros Cientista Social

Michel Jeber Handam Geógrafo

Jurema Rugani Arquiteta e Urbanista

Claudia Teresa Pereira Pires Arquiteta e Urbanista

Gustavo Eugênio Maciel Rocha Advogado

MYR Projetos Sustentáveis WWW.MYRPROJETOS.COM.BR

Rua Centauro 231 – 6º andar, Santa Lucia, Belo Horizonte – MG

(31) 32456141

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SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO – PLANO DE TRABALHO ................................................................................... 3

2 - CONCEITUAÇÃO ...................................................................................................................... 4

3 - JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................... 7

3.1 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 9

4 - METODOLOGIA ....................................................................................................................... 9

4.1.1 Processo e metodologias para revisão do Plano Diretor de Curvelo ..................... 11

4.1.2 Cronograma ............................................................................................................ 17

4.2 P1: Criação do “Espaço Plano Diretor” (já realizado) .................................................... 25

4.3 P2: Audiência Pública de lançamento da revisão do Plano Diretor e criação de Equipe

Técnica (Já realizado) ................................................................................................................ 27

4.4 P3: Capacitação da Equipe Técnica (JÁ REALIZADO) ...................................................... 28

4.5 P4: Leitura Técnica: levantamentos e diagnóstico......................................................... 29

4.6 p5: Leitura Comunitária: concertação............................................................................ 33

4.7 p6: Síntese das leituras Técnica e Comunitária ............................................................. 40

4.8 P7: Plano Diretor ............................................................................................................ 42

4.9 P8: Audiência Pública para Apresentação da Revisão do Plano Diretor ........................ 45

4.10 P9: Projeto de Lei ........................................................................................................ 46

4.11 P10: Elaboração da Lei de Parcelamento do Solo ...................................................... 48

4.12 P11: revisão do Código de Edificações e Obras .......................................................... 48

4.13 P12: revisão do Código de Posturas e Regulamentos Administrativos ...................... 49

4.14 P13: Elaboração do Código Municipal de Meio Ambiente ......................................... 50

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1 - INTRODUÇÃO – PLANO DE TRABALHO

O presente documento corresponde ao Plano de Trabalho referente ao Contrato de Prestação

de Serviços n° 071/2016, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Curvelo e Myr Projetos

Estratégicos e Consultoria LTDA. A finalidade deste contrato é a realização de Revisão do Plano

Diretor de Curvelo, juntamente com a regulamentação da Lei e atualização legislativa de seus

instrumentos complementares (Lei de Uso e Ocupação do Solo, Código de Posturas e

Regulamentação Administrativa, Código de Obras, Lei do Perímetro Urbano e Código de Meio

Ambiente).

Assim, em concordância com TERMO DE REFERÊNCIA, parte integrante do contrato supracitado,

13 (treze) produtos serão desenvolvidos:

1. Criação do “Espaço Plano Diretor”*

2. Audiência Pública de lançamento da revisão do Plano Diretor e criação de Equipe

Técnica*

3. Capacitação da Equipe Técnica*

4. Leitura Técnica: levantamentos e diagnóstico

5. Leitura Comunitária: concertação

6. Síntese das leituras Técnica e Comunitária

7. Plano Diretor

8. Audiência Pública para Apresentação da Revisão do Plano Diretor

9. Projeto de Lei

10. Revisão da Lei de Parcelamento do Solo

11. Elaboração ou revisão do Código de Edificações e Obras

12. Elaboração ou revisão do Código de Posturas e Regulamentos Administrativos

13. Elaboração do Código Municipal de Meio Ambiente.

Ressalte-se que os produtos 1,2,3 já foram concluídos através de contrato celebrado

originalmente pela Prefeitura Municipal de Curvelo com outra empresa de consultoria.

Importante observar que o P0 - Plano de Trabalho ora apresentado, não faz parte do escopo

original deste contrato. Porém já na reunião inicial para a assinatura do contrato de prestação de

serviços, esta consultoria identificou a pertinência de tal produto, sendo imediatamente acatado

pela Prefeitura. Assim, o produto ora apresentado possui a intenção de descrever as etapas ou

fases de produção deste trabalho, sem, no entanto, esgotar as possibilidades metodológicas e

contribuições que serão alinhadas juntamente com a Prefeitura Municipal de Curvelo.

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Desta forma, a partir deste plano, pretende-se discutir e propor metodologias que serão

aplicadas para a elaboração dos demais produtos mencionados. Ressalta-se que, pela natureza

participativa deste trabalho, as sugestões, propostas e orientações de todos os envolvidos serão

sempre bem-vindas e poderão suscitar ajustes e revisões neste documento.

2 - CONCEITUAÇÃO

É interessante observar que a população brasileira é predominantemente urbana. As cidades

abrigam mais de 85% da população brasileira, conforme censo IBGE 2010. Nas últimas décadas

observa-se um processo intenso de migração para as cidades, seguindo uma tendência mundial,

com projeção de incremento da população urbana.

Com isso, as cidades brasileiras passam por mudanças profundas e demandas crescentes por

parte da sociedade, que clama por um futuro que contemple o desenvolvimento mais

equilibrado, redução das desigualdades sociais, universalizarão do direito à moradia digna,

inclusão, melhoria dos serviços essenciais e da qualidade de vida, dentre tantas demandas

prioritárias.

É nas cidades onde as pessoas se encontram, a economia acontece, onde ocorre a troca de

conhecimentos, a inovação, a cultura. A cidade é também a reprodução e o rebatimento no

território de todas as desigualdades, por isso mesmo palco das manifestações, contestações e

lutas, na medida em que torna ainda mais aguda as contradições sociais, ambientais, econômicas

e culturais.

O território, reflexo de nossa sociedade, pode ser então (re)pensado, tendo em vista as enormes

possibilidades de planejar, gestar, reordenar, direcionar, mas, principalmente, criar mecanismos

efetivos de participar, mobilizar, compartilhar, monitorar, tendo em vista a necessidade de incluir

a população e os diversos segmentos da sociedade neste processo de formulação, planejamento

e gestão do território municipal. Democratizar as decisões é fundamental para transformar o

planejamento em trabalho compartilhado, bem como para assegurar o comprometimento

coletivo para a implementação do Plano Diretor.

É significativo o desafio de instituir formas de planejamento e controle social e democrático do

território municipal. Planejar o futuro da cidade, incorporando todos os setores de forma a

construir um compromisso compartilhado em torno da “cidade que temos e da cidade que

queremos”. Retomar a cultura do planejamento, com ações de curto, médio e longo prazos,

pautando os gestores públicos e a sociedade civil em relação à construção coletiva de uma cidade

com maior qualidade de vida para todos. Estes, por si só, são enormes desafios para a sociedade

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contemporânea, mas que encontram no Plano Diretor Municipal um referencial para o

desenvolvimento mais equilibrado e alinhado com os diversos objetivos.

O Estatuto da Cidade, Lei Federal 10.257/2001, regulamentou os artigos 182 e 183 da

Constituição Federal, estabelecendo parâmetros e diretrizes da política urbana no Brasil. Oferece

instrumentos para que o município possa intervir nos processos de planejamento e gestão

urbana e territorial, e garantir a realização do direito à cidade. O Estatuto da Cidade abre

possibilidades de romper, efetivamente, com o histórico de planejamento tecnocrático.

Destacamos, aqui, algumas diretrizes contidas no artigo 2º do Estatuto da Cidade e que se

referem, direta ou indiretamente, ao Plano Diretor:

Garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à

moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços

públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;

Gestão democrática da cidade, por meio da participação da população e de associações

representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e

acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;

Planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e

das atividades econômicas do município e do território sob sua área de influência, de

modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos

sobre o meio ambiente;

Ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar a retenção especulativa de imóvel

urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização;

Integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o

desenvolvimento socioeconômico do município e do território sob sua área de influência;

Proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do

patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico.

A revisão do Plano Diretor, portanto, deve contemplar tais diretrizes.

Mesmo com as práticas contemporâneas, é evidente que este processo de construção de uma

espécie de pacto com a sociedade envolve diversos conflitos e divergências, de todas as ordens.

Forças, interesses, territórios, tradições: ao repensar o município, a arena de conflitos e

divergências também se instala, pois o reajuste urbano pressupõe a discussão sobre a “cidade

que temos VERSUS a cidade que queremos” e isso envolve o realinhamento de diversos

elementos socioambientais, urbanos e até mesmo econômicos.

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Após enorme esforço global, uma nova agenda mundial foi recentemente instituída para acabar

com a pobreza até 2030 e buscar um futuro sustentável para todos. Os Objetivos de

Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma agenda mundial com 17 objetivos e 169 metas.

Dentre estes, destacamos o Objetivo 11 que trata das cidades e comunidades sustentáveis, com

o desafio de tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e

sustentáveis.

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A Pesquisa de Informações Básicas Municipais – Perfil dos Municípios (MUNIC) 2015, divulgada

recentemente pelo IBGE estampa um panorama preocupante em relação ao processo de

planejamento e gestão urbana, incompatível com a agenda global desafiadora, que indica uma

clara e urgente necessidade de reorientar o desenvolvimento para um futuro sustentável. Tendo

em vista que a maior parte da população vive nas cidades, a responsabilidade urbana se

multiplica, determinando uma completa revisão no modelo de cidade que construímos no país,

especialmente em relação ao território que reproduz e torna ainda mais aguda a grave

desigualdade e a fragilidade dos instrumentos de planejamento, gestão e participação. Conforme

o MUNIC 2015, o Plano Diretor, instrumento básico para orientar a política de desenvolvimento

urbano, existe em 50% (2.786) dos municípios brasileiros. Cerca de um terço (30,4% ou 1.696

municípios) realizam licenciamento ambiental de empreendimentos de impacto ambiental local.

Entre 2012 e 2015, o percentual de municípios que iniciaram o processo de elaboração da Agenda

21 Local subiu de 18,1% para 22,0% (1.225), números ainda pouco expressivos no contexto da

nova agenda. Além disso, verificou-se que apenas 20,7% (1.152) dos municípios têm base

cartográfica municipal digitalizada e 10,3% (572) possuem sistema de informações geográficas,

instrumentos importantes para gestão urbana e ambiental mais eficiente.

É importante observar que o planejamento do território, da infraestrutura, das edificações e dos

equipamentos públicos é um dever intransferível do Estado. Criar e manter uma cultura de

planejamento e gestão requer investimentos em pessoas, processos e sistemas, valorizando e

respeitando a etapa de projetos e a gestão participativa para a construção de soluções de alto

desempenho e custos compatíveis.

Portanto, o futuro do nosso país pode ser mensurado pela nossa capacidade de planejamento e

gestão, aliado à ousadia transformadora que a sustentabilidade sugere e as cidades demandam.

3 - JUSTIFICATIVA

A lei federal 10.257 de 2001, denominada Estatuto da Cidade, é importante conquista

democrática brasileira. Ela regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal que tratam

da política de desenvolvimento urbano e da função social da propriedade, marcando um esforço

de mais de 20 anos de luta pelo direito à cidade.

O Estatuto da Cidade é peça fundamental na gestão democrática das cidades, uma vez que

assegura a participação dos cidadãos nas decisões políticas e administrativas que envolvem o

futuro da sua cidade. Para tanto, utiliza instrumentos de gestão, tendo como maior destaque o

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Plano Diretor, que é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana,

sendo obrigatório para as cidades com mais de 20 mil habitantes. Sua aplicação tem o objetivo

de efetivar os princípios constitucionais de participação popular ou gestão democrática da cidade

e garantir função social da propriedade.

O Estatuto da Cidade ampliou o raio de ação política dos municípios e também trouxe novas

responsabilidades aos gestores públicos locais, como a obrigatoriedade de elaborar um Plano

Diretor para as cidades com mais de 20 mil habitantes, num prazo de cinco anos a contar de sua

vigência, iniciada em outubro de 2001.

De acordo com informações extraídas do Edital de Licitação – tomada de preços nº 008/2014-

Curvelo editou a Lei Complementar nº 57, que dispõe sobre Plano Diretor Estratégico, Sistema e

Processo de Planejamento e Gestão de Desenvolvimento do Município de Curvelo, em 10 de

outubro de 2006. Posteriormente, foi editada a Lei Complementar nº 71 que institui o Plano

Diretor Participativo e Integrado no Território Municipal/área rural de Curvelo, em 08 de outubro

de 2010.

Entretanto, a referida legislação municipal não foi regulamentada de forma que seus

instrumentos complementares (artigos 80 e 130 da Lei Complementar 57/06) fossem

efetivamente implementados.

Mais recentemente, em 2013, o município contratou estudos para definição do

macrozoneamento municipal, como subsídio técnico para a implantação da política urbana. É

importante resgatar o histórico, os registros e os resultados alcançados.

Por outro lado, passados oito anos de vigência, faz-se necessário a revisão da legislação da

política urbana, objetivando adequá-la ao crescimento do Município neste período, bem como

implementar os diversos instrumentos que podem contribuir com o desenvolvimento mais

equilibrado e sustentável para Curvelo.

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3.1 OBJETIVOS

O Planejamento Urbano tem como um dos objetivos identificar as novas vocações,

oportunidades e desafios, planejar uma visão de futuro e propor ações de curto, médio e longo

prazos que criem as condições para um desenvolvimento equilibrado e justo. O território quando

bem ordenado, planejado e gerido se transforma em plataforma para o desenvolvimento,

tornando a região mais competitiva e com instrumentos para a melhoria da qualidade de vida.

Desta forma, o objetivo deste trabalho é definir as bases e instrumentos legais da política urbana

para o Município de Curvelo, subsidiando a PMC – Prefeitura Municipal de Curvelo - na revisão

do Plano Diretor Municipal juntamente com a regulamentação da legislação complementar,

conforme descrito:

Lei de Uso e Ocupação do Solo;

Código de Posturas e

Regulamentação Administrativa;

Código de Obras;

Lei do Perímetro Urbano e

Código de Meio Ambiente.

4 - METODOLOGIA

A elaboração do planejamento prévio que contemple a discussão metodológica, os objetivos, os

resultados esperados e os processos a serem adotados apresenta um caráter estratégico para

que a revisão do Plano Diretor alcance o resultado pretendido e seja reconhecido pela sociedade.

Antes de mais nada é importante ressaltar que o plano diretor é para a cidade e não para uma

determinada gestão municipal. Também ressaltamos o caráter dinâmico do planejamento, por

isso a previsão legal de realização de revisões periódicas, como é o caso.

A administração municipal é responsável pelo processo de construção da revisão do Plano e deve

assumir a mobilização inicial das atividades de âmbito político, técnico e financeiro. A iniciativa

pode do executivo ou mesmo da sociedade. Por se tratar de um plano estratégico de

desenvolvimento municipal, é necessária uma gestão eficiente e objetiva desde o início, com a

atribuição clara de responsabilidades, competências e prazos, ou seja, o que deve ser feito, quem

faz e em qual prazo.

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Para evitar a dispersão, todos os colaboradores e responsáveis devem sistematizar as

informações que serão relevantes, previamente.

É importante que a equipe técnica enfrente toda a diversidade das questões que envolvam a

cidade, em seus aspectos positivos e negativos. Não se preocupar com apenas o que funciona

adequadamente, mas, também, com os problemas enfrentados no cotidiano da cidade.

O cuidado e a sistematização no levantamento de dados e informações, aliado ao efetivo

processo de participação, permitirão a análise real e concreta, cujo resultado deve conduzir a um

plano de ação, com as suas etapas de execução bem estruturadas. Desse modo, as muitas

informações obtidas devem apresentar utilidade para a elaboração do Plano Diretor.

A comunicação também exerce um papel muito importante na elaboração do plano. Desse

modo, pode ser estabelecida, como metodologia, a utilização dos canais de comunicação

contínuos para a divulgação de dados importantes ou de decisões intermediárias tomadas pelo

grupo de trabalho / fórum participativo. É importante estabelecer uma prática transversal de

comunicação e participação social durante toda a construção do Plano, desde a sua preparação

até a implementação e a revisão.

As reuniões, workshops, oficinas e audiências também se constituem elementos essenciais neste

processo de construção da revisão do plano diretor.

E também o registro de todos estes momentos será importante para subsidiar reanálises futuras

e mesmo garantir a transparência de todos os processos.

Portanto, para que o desenvolvimento do trabalho de revisão do plano diretor municipal obtenha

sucesso e cumpra seu objetivo, o alicerce que sustentará toda a reformulação deste plano baseia-

se em alguns requisitos essenciais.

O primeiro é a atuação de uma equipe técnica com visão holística em desenvolvimento urbano,

no qual as partes não podem ser compreendidas separadamente do todo, uma vez que a

interação entre todos os elementos que compõe a urbe é essencial.

Outro requisito considerado fundamental é a formulação de um diagnóstico consistente sobre o

município de Curvelo. Este diagnóstico que deverá contar com a participação da comunidade e

do Poder Público, que contribuirão desde o primeiro momento, através de leituras técnica e

comunitária, onde serão abordados temas como:

O que é o plano diretor, lei de uso e ocupação solo, parcelamento e outras

Importância do processo participativo

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Percepção da população a respeito dos ativos, principais problemas, potencialidades e

fragilidades do município.

Tais informações, advindas de quem vivencia a realidade diária do município, somadas aos dados

obtidos de fontes secundárias e primárias pela equipe da Contratada, irão colaborar de forma

inequívoca para a construção de um banco de dados consistente, que dará segurança para a

melhor consecução dos demais produtos exigidos. Interessante observar que o diagnóstico

também pressupõe um esforço e trabalho de reunião, sistematização, seleção e hierarquização

de informações municipais por parte dos técnicos e gestores do poder público, condição

considerada fundamental para orientar a leitura e as análises técnicas por parte da consultoria.

Ressalte-se que o processo participativo de revisão do Plano Diretor de Curvelo envolverá o

desenvolvimento de estratégias e ferramentas de participação da sociedade para a revisão do

plano diretor, incluindo a realização de oficinas comunitárias e audiências públicas, dinâmicas

participativas, reuniões com os diversos segmentos da sociedade, dentre outras, de acordo com

a metodologia sugerida pela contratada.

4.1.1 Processo e metodologias para revisão do Plano Diretor de Curvelo

O início do trabalho deve ser precedido pela organização, sistematização e hierarquização das

informações já disponíveis no município de Curvelo: legislação, estudos, dados, mapas, relação

de interlocutores potenciais, histórico de demandas, problemática municipal, etc. Importante

ressaltar a necessidade de mobilização dos esforços do poder público municipal, notadamente o

executivo, o legislativo, os conselhos e instâncias participativas, a sociedade civil organizada,

centro de formação e educação, dentre tantos. Para isso, ferramentas e metodologias de

participação serão fundamentais para ampliar o acesso e receber continuamente contribuições

dos diversos públicos.

A revisão do Plano Diretor Municipal, elaborado democraticamente, com propostas submetidas

à apreciação prévia da população, incluindo os setores técnico, empresarial e popular,

proporciona a realização de um diagnóstico e a construção de cenários que permitem uma

reflexão sobre seu futuro, orientando as ações e prioridades da Administração Pública, dos

investimentos e também a execução do orçamento. Entre outros assuntos de relevância, o Plano

Diretor deve orientar e se relacionar com o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes

Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) do município.

O processo de revisão do Plano Diretor pressupõe a instalação de ferramentas de participação

da sociedade em todo o processo, de forma a proporcionar a contribuição efetiva na formulação

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da política urbana, bem como mecanismos previstos para o monitoramento e controle social. A

identidade, o senso de pertencimento e a co-responsabilidade são consequências naturais de um

processo comprometido com a participação da sociedade.

Neste sentido, propomos uma metodologia composta pelas seguintes instâncias e ferramentas

de participação:

Reunião dos diversos setores da sociedade

O Plano Diretor é o marco regulatório do planejamento municipal, que, por sua vez, é uma

atividade constante da Administração Pública. Embora seja um documento técnico, sua

elaboração exige a participação de todos os setores da sociedade local e mesmo regional,

devendo ser produzido com a colaboração dos moradores e também das entidades de

representação profissional.

Planejar o envolvimento dos atores sociais e as melhores estratégias de comunicação a serem

adotadas requer a realização de um mapeamento prévio dos diversos stakeholders urbanos.

Devem, portanto, participar continuamente dos trabalhos, não se limitando a esta listagem:

Integrantes do quadro técnico estável da Prefeitura, das diferentes áreas;

Ocupantes de cargos comissionados de direção e de assessoria técnica;

Fórum

Participativo

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Representantes do Legislativo Municipal;

Representantes dos Conselhos Municipais, em especial desenvolvimento, habitação,

meio ambiente, saúde, segurança;

Representantes das entidades de classe local, em especial arquiteto e urbanistas,

engenheiros, advogados, profissionais da área ambiental;

Representantes da Educação local;

Representes do segmento empresarial, especialmente dos comerciantes,

construtores/incorporadores/mercado imobiliário, indústria e serviços;

Representantes do Agronegócio;

Representantes dos diversos distritos e regionais do município;

Entidades empresariais, tais como Fiemg, Sebrae;

Representes de associações de moradores e ong´s.

Resumidamente, sugerimos a reunião de representantes do Poder Público (legislativo,

executivo e judiciário), dos segmentos popular, empresarial e técnico, devidamente

representados e com o cuidado de predominância da sociedade civil com no mínimo 51% do

número total de representantes, evitando que grupos de maior interesse exerçam grande

influência e se sobreponham ao desejo democrático da maioria, com especial atenção para os

segmentos menos favorecidos e aos eixos temáticos com déficit reconhecidamente existentes.

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Estrutura de Acompanhamento

Nome do Grupo Composição Atribuições

(AP) Audiências Públicas Público em geral Apresentar o escopo, o andamento dos

trabalhos, os resultados preliminares

obtidos e garantir a participação dos

presentes.

(GPD) Grupo

Permanente de

Discussão

Representantes

popular, empresarial

e técnico, dos

distritos e outros

Apresentar o escopo, o andamento dos

trabalhos, os resultados preliminares

obtidos e garantir a participação dos

presentes na formulação das propostas,

orientando por eixos e temas

(ETC) Equipe Técnica

Coordenadora

Representantes do

executivo municipal,

destacados para

contribuir com toda

a revisão do PD

Validar o plano de trabalho de elaboração técnica e mobilização social, Contribuir com o cadastro das organizações sociais atuantes da sociedade civil, Contribuir e direcionar as ações do núcleo de comunicação, de informação/capacitação e de organização da participação, Propor critérios para decidir prioridades, Assegurar o cumprimento das regras estabelecidas coletivamente, Compatibilizar o trabalho técnico com a leitura comunitária ao longo de todo processo.

(LC) Leitura Comunitária Sociedade civil Dinâmicas participativas para construção

coletiva.

(EPD) Espaço Plano

Diretor

---- Informativos, espaço para interação e

contribuição, calendário de atividades.

(EVC) Espaço virtual

para colaboração

---- Informativos, espaço para interação e

contribuição, disponibilização dos produtos,

calendário de atividades.

O que evitar? Evite a designação de servidores sem conhecimento prévio do tema e sem tempo

para dedicar às tarefas atribuídas. Reforce desde o início sobre a necessidade de compartilhar

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todas as informações e dados necessários ao desenvolvimento das atividades, bem como de

sistematiza-los e organizá-los de forma que possa ser aproveitado com clareza, objetividade e

resultado.

Capacitação

A capacitação envolve três abordagens distintas e complementares, com o objetivo de

incrementar e qualificar a participação:

PARTICIPANTES DA SOCIEDADE: Capacitação dos participantes e público em geral em

relação ao escopo, objetivos e formas de participação ao longo do processo de construção

da revisão do Plano Diretor;

EQUIPE TÉCNICA COORDENADORA: Capacitação técnica, pois o grupo terá papel

estratégico em todo o processo;

TÉCNICOS MUNICIPAIS: Capacitação dos técnicos municipais, que serão parte

fundamental do processo na medida em que entendem a importância e contribuem com

as diversas informações, dados e visões de quem atua na práxis diária do município, de

acordo com a demanda.

Eixos estruturadores, temas e propostas participativas

São os seguintes eixos estruturadores das discussões, preliminarmente sugeridos:

EIXO 1: Ordenamento Territorial e Planejamento regional

EIXO 2: Mobilidade (sistema viário, transporte, trânsito e tráfego) e logística

EIXO 3: Economia urbana, rural, Desenvolvimento Econômico e competitividade

EIXO 4: Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Saneamento

EIXO 5: Desenvolvimento Social, Vida em comunidade e Vitalidade Urbana

E que podem incluir a construção de abordagens temáticas, conforme descrito:

TEMA 1: Reabilitação da área central, valorização do patrimônio histórico, arquitetônico

e cultural – material e imaterial

TEMA 2: Curvelo urbana e Curvelo rural

TEMA 3: Política Habitacional e regularização Fundiária

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TEMA 4: Acessibilidade, transporte e mobilidade

TEMA 5: Ecologia urbana e saneamento

TEMA 6: Empreendimentos de Impacto e contrapartidas urbanísticas

TEMA 7: Desenvolvimento econômico local e regional

Em cada FASE da revisão do Plano Diretor serão realizadas ações para intensificar a participação

social, como por exemplo:

PARTICIPA 1: Audiência pública

PARTICIPA 2: Encontros regionais e/ou setoriais, em caso de demanda

PARTICIPA 3: Análise SWOT

PARTICIPA 4: Leitura Comunitária

PARTICIPA 5: Interação virtual à partir das contribuições recebidas

PARTICIPA 6: Oficinas de eixos estruturadores e temáticas

PARTICIPA 7: Dinâmicas diversas:

o planta falada

o problemas X qualidades

o inversão de papeis

Elemento essencial para a elaboração do Plano, a construção da visão de cidade deve sintetizar

o futuro desejado pela população, através de um debate que considere múltiplas leituras e

perspectivas e seja resultado de um processo participativo.

É preciso diálogo e pactuação, priorizando os setores mais necessitados e vulneráveis.

A construção da visão comum da cidade deve ter a participação das estruturas de gestão e

acompanhamento, integrar o projeto de comunicação e participação social e incluir demais

atores sociais.

Os objetivos estabelecidos precisam de parâmetros para organizar a gestão e avaliar o sucesso

da implementação do Plano. A definição de metas mensuráveis e eficazes, o estabelecimento de

prioridades e de horizontes de ações de curto, médio e longo prazos são alguns dos requisitos

para atender esse fim. As metas devem traduzir os objetivos e orientar as ações do Plano,

buscando atingir os resultados como um desdobramento da visão de cidade. É interessante

instituir, ainda, instância participativas para monitoramento constante, tais como os fóruns e

observatórios urbanos, capazes de realinhar as ações de acordo com os obstáculos encontrados

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no caminho, perseguindo os mesmos resultados e objetivos, porém adequando os processos de

acordo com a dinâmica urbana, a própria efetividade das ações, as demandas da sociedade e as

limitações de recursos.

4.1.2 Cronograma

Para a realização dos trabalhos no prazo esperado, as diversas Secretarias e departamentos do

município deverão ser integradas ao processo como, por exemplo, Turismo e Cultura,

Planejamento, Obras, Meio Ambiente, Educação, Saúde, Desenvolvimento Econômico,

Desenvolvimento Social, Transportes, Esportes e Fazenda e deverão fornecer as informações

requeridas pelo escopo determinado pelo TR para que a nossa equipe possa conduzir a revisão

participativa do Plano Diretor do Município de Curvelo, objetivo principal deste trabalho.

IMPORTANTE: A maioria das etapas de trabalho poderá ser realizada em 8 meses, conforme

cronograma a seguir. Para que seja alcançado tal objetivo, a Prefeitura Municipal de Curvelo

deverá ter agilidade na análise dos produtos entregues e fornecimento dos relatórios e dados

requeridos pela contratada. Tais informações são cruciais para a consecução dos produtos e

atendimento dos prazos especificados e seguem detalhadamente em tabela como Anexo I deste

documento.

ETAPAS 1º

mês 2º

mês 3º

mês 4º

mês 5º

mês 6º

mês 7º

mês 8º

mês 9º

mês 10º mês

Pré-Plano

Produto 4

Produto 5

Produto 6

Produto 7

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ETAPAS 1º

mês 2º

mês 3º

mês 4º

mês 5º

mês 6º

mês 7º

mês 8º

mês 9º

mês 10º mês

Produto 8

Produto 9

Produto 10

Produto 11

Produto 12

Produto 13

MARCO FINAL

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ETAPAS DE TRABALHO

Para se atingir o objetivo da Revisão do Plano Diretor, todo trabalho será desenvolvido de acordo

com as etapas determinadas, conforme fluxograma apresentado a seguir:

Fase 1

planejamento

P1: Espaço plano diretor

P2: Audiência de Lançamento - PARTICIPA 1

P3: Capacitação equipe técnica

P0: Plano de trabalho

Disponibilização de Dados e informações municipais

Constituição do Fórum Participativo

Análise SWOT pelo município

Fase 2

realidade existente

P4: Leitura técnica -levant. e

diagnósticos

P4: PARTICIPA 6 ou 7

Fase 3

realidade existente +

participação

P5: Leitura comunitária -concertação

P5: PARTICIPA 2, 4, 5, 6 e/ou

7

P6: Síntese das leituras técnica e comunitária

P6: PARTICIPA 2 e 5

Fase 4

Cenários e propostas

P7: Plano Diretor

P8: Audiência de

Apresentação -PARTICIPA 1

P9: PL do Plano Diretor

Fase 5

Projetos complement

ares

P10: revisão Parc. Solo

P11: revisão código obras

P12: revisão código

posturas

P13: Código ambiental

PARTICIPA 2

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Em cada FASE da revisão do Plano Diretor serão realizadas ações para intensificar a participação

social, como por exemplo:

PARTICIPA 1: Audiência pública

PARTICIPA 2: Encontros regionais e/ou setoriais, em caso de demanda

PARTICIPA 3: Análise SWOT

PARTICIPA 4: Leitura Comunitária

PARTICIPA 5: Interação virtual à partir das contribuições recebidas

PARTICIPA 6: Oficinas de eixos estruturadores e temáticas

PARTICIPA 7: Dinâmicas diversas:

o planta falada

o problemas X qualidades

o inversão de papeis

Apresentamos, resumidamente, as atividades que serão realizadas ao longo das fases, ainda

demandando a revisão final após compatibilização com a Prefeitura:

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TAPA DE

TRABALHO

DESCRIÇÃO EVENTOS PRODUTOS

PRÉ-PLANO

Alinhamento de escopo, prazos e cronograma das atividades das equipes de trabalho. Organograma Operacional e de Planejamento das tarefas integradas das Equipes de Trabalho e Coordenação. Levantamento, seleção e organização das informações disponíveis, cadastro de cartas cartográficas e estatísticas, registros, fotos, documentos e mapas existentes no Município, Planos Municipais, Estaduais e Federais, expectativas da comunidade e dos vários setores da administração Municipal – saúde, transporte, educação, meio ambiente, etc.; Definição da metodologia para os trabalhos das equipes.

Organização das

Oficinas

Participativas e das

Plenárias.

Apresentação do Plano de Trabalho à

Equipe da Prefeitura.

Apresentação do

pré-plano à

Prefeitura.

Plano de Trabalho.

Cronograma físico-

financeiro.

Lista de informações a

serem disponibilizadas

pela Prefeitura Municipal

de Curvelo.

LEITURA TÉCNICA

E COMUNITÁRIA

Observação in loco por meio de visitas expeditas e leituras da cidade. Consultas às diversas secretarias e concessionárias afeitas aos serviços públicos.

Construção coletiva da leitura comunitária

através das oficinas.

Ordenamento, análise e avaliação dos dados obtidos. Solicitação de complementação de dados. Sistematização do conjunto de informações e

elaboração do Relatório de Pré-Diagnóstico.

Oficinas de Leitura

Coletiva e Reuniões

técnicas/setoriais.

Relatório de Leitura e Pré-

Diagnóstico.

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INTERPRETAÇÃO

Análise e interpretação dos aspectos relevantes observados na leitura da cidade quanto à: a) População - crescimento demográfico, estrutura etária, acesso ao trabalho, educação, saúde, cultura, segurança, lazer, qualidade de vida; b) Recursos Naturais - hidrologia, geomorfologia, vegetação, saneamento ambiental, drenagem, abastecimento de água, esgoto, lixo; c) Acessibilidade e Mobilidade d) Centralidades Urbanas e Estrutura Econômica. e) Patrimônio e Paisagem Cultural f) Habitação e uso e ocupação do solo Estudo em conjunto com os técnicos da Prefeitura Municipal para mapear as principais características ambientais, urbanas e econômicas com identificação dos conflitos, omissões, carências, tendências e potencialidades existentes no Município por meio de cartas temáticas elaboradas sobre bases cartográficas, permitindo a formulação do diagnóstico. O mapeamento e o relatório síntese de avaliação e interpretação, os quais abordarão e estabelecerão diretrizes para os seguintes itens: - Meio Ambiente e Recursos Hídricos; - Sistema Viário Estrutural e Sistema de Transporte Público (municipal e regional); - Sistema de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem, energia elétrica e iluminação pública, sistema de coleta, afastamento e disposição de detritos; - Equipamentos urbanos; - Áreas de risco geotécnico ou de inundação; - Uso e ocupação do solo, serviços públicos e sociais, centralidades; - Áreas de Intervenção (reserva para expansão urbana, dilemas e conflitos urbanos).

Plenária de

apresentação das conclusões do

processo de Leituras Técnica e

Coletiva.

Relatório de Diagnóstico.

Geração de Mapas Temáticos.

Diretrizes para revisão da

Lei de Plano Diretor

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PROPOSTA

Interpretação das informações sistematizadas na etapa anterior, estabelecendo propostas de intervenções e de parametrização urbanística, além dos Instrumentos Legais para sua operacionalização:

Criação de áreas homogêneas de planejamento;

Definição de macrozonas de desenvolvimento urbano e proteção ambiental;

Localização das principais

intervenções urbanas.

Avaliação da disponibilidade de área urbana:

Reserva de áreas do poder público;

Identificação das áreas privadas em relação aos melhoramentos previstos;

Seleção dos instrumentos do Estatuto da Cidade para disponibilização de utilização no processo participativo de elaboração do Plano Diretor.

Estudo em conjunto com equipes da Prefeitura Municipal para montagem e simulação de situação futura mais provável da cidade, com visualização global e interativa das intervenções previstas e fundamentadas nas condicionantes, identidades e potencialidades urbanas e culturais identificadas no Município.

Apresentação das conclusões do processo de leitura e dos eixos estratégicos propostos.

Recomendações normativas:

Emissão de diretrizes e recomendações para instituir a minuta da Lei de ZEIS;

Emissão de diretrizes e recomendações para instituir a minuta do Código de Obras do município.

Inscrição das Propostas dos munícipes e representantes para incorporação e análise em oficina.

Oficina de Discussão

das Propostas.

Plenária de Apresentação das

Proposições do Plano

Diretor.

Audiência Pública para apresentação do Anteprojeto de

Lei do Plano Diretor, com subsequente

encaminhamento à Câmara Municipal.

Montagem e edição preliminar do texto de Lei

do Plano Diretor com plantas,

proposições, objetivos e diretrizes com

incorporação das propostas das Oficinas

Propositivas,

caracterizando o Plano

como participativo.

Peças Gráficas: Estruturação Urbanística e

Ambiental: - Estrutura ambiental e

rede hídrica; - Rede viária e estrutural

local; - Rede estrutural de transporte público;

- Rede de eixos e polos de centralidades;

- Zonas de uso residencial, mista, industrial e

especiais;

Elementos instrutivos do anteprojeto de lei:

Delimitação dos eixos e zonas para conceituação

das propostas, implementação das

diretrizes de desenvolvimento,

formulação dos mecanismos de regulação

e aplicação dos instrumentos , por meio

de texto, quadros, tabelas e gráficos.

Recomendações normativas:

- Emissão de diretrizes e recomendações para

instituir a minuta da Lei de ZEIS;

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Formatação, em conjunto com técnicos da Prefeitura Municipal, de um programa síntese das propostas para os diversos setores e sistemas que compõem a estrutura ambiental urbana do município com definição do perímetro urbano e de expansão da cidade, com foco na estruturação de políticas urbanas de atuação a curto, médio e longo prazo.

O mapeamento e o relatório de proposição abordarão os seguintes itens:

Meio Ambiente e Recursos Hídricos;

Sistema Viário Estrutural e de Sistema de Transporte

Público (municipal e regional);

- Sistema de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem, energia elétrica e iluminação pública, sistema de coleta, afastamento e disposição de detritos;

Equipamentos urbanos;

Áreas de risco geotécnico ou de inundação;

Uso e ocupação do solo;

Áreas de intervenção (vias, meio ambiente, equipamentos públicos, centralidades, operações consorciadas).

Emissão de diretrizes e recomendações para

instituir a minuta do Código de

Obras do município.

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A seguir, descrevem-se todos os produtos como exigido pelo Edital de Licitação e os métodos

vislumbrados em um primeiro momento para sua consecução. Ressalte-se que, pelo caráter

participativo deste trabalho, os métodos, técnicas e estratégias ora apresentados poderão,

durante os trabalhos, sofrer modificações, desde que ofereçam melhores práticas para que se

atinjam os resultados esperados.

4.2 P1: CRIAÇÃO DO “ESPAÇO PLANO DIRETOR” (JÁ REALIZADO)

Consiste na disponibilização de espaço físico nas instalações da Prefeitura Municipal bem

localizado e de fácil acesso, onde haverá disponível:

a) Um servidor municipal encarregado de tirar ou encaminhar dúvidas;

b) Materiais didáticos (ex: cartilhas) contendo explicações sobre a revisão do plano diretor;

c) Informações sobre a data, o local e a pauta de todas as reuniões a serem realizadas, com

o mínimo de 10 dias de antecedência;

d) A representação física do cronograma da revisão do plano diretor, com indicação do

momento atual;

e) Espaço virtual contendo todas as informações acima, a ser criado no site oficial da

Prefeitura Municipal de Curvelo.

De acordo com o edital, “a equipe contratada deverá assessorar a equipe técnica da Prefeitura

Municipal na disponibilização dessas informações ao acesso público, atualizando-as ao longo de

todo o processo de revisão do Plano Diretor. O trabalho técnico social, previsto ao longo de todas

as etapas subsequentes, deve conter os objetivos, planejamento das atividades, definir a

metodologia, equipe, prazo, orçamento e cronogramas. Deverá estabelecer critérios de

mobilização, monitoramento e avaliação social, compatíveis com a fase de levantamento de

campo das outras equipes do projeto, estabelecer instrumentos de sistematização e registro dos

dados. “

Segundo a Prefeitura Municipal de Curvelo este primeiro produto já foi iniciado. Antes, porém,

visando maior entendimento sobre o sistema de informação disponibilizado e para que se possa

dar continuidade ao trabalho, um relatório sobre a atividade realizada anteriormente contendo

metodologia aplicada e ações concretizadas, deverá ser disponibilizado pela Prefeitura de

Curvelo à equipe da Myr Projetos.

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Assim, como será um espaço a ser utilizado durante todo o contrato, será necessário retomar as

conversas com equipe técnica da Prefeitura Municipal, a qual irá alimentar o sistema com as

informações a serem disponibilizadas à população. Para tanto, a equipe Myr irá filtrar as

informações pertinentes a cada início e final de uma etapa (ou produto) e repassará os dados

para que a equipe técnica da Prefeitura Municipal as disponibilize ao acesso público, através do

sítio eletrônico já em funcionamento (http://www.planodiretordecurvelo.com) dedicado a

informar a população sobre o andamento e resultado dos trabalhos.

SUGESTÃO (AVALIAR): Inclusão Digital: proporcionar a participação direta da população de

Curvelo através de um canal na página do sítio já em funcionamento

“http://www.planodiretordecurvelo.com”, onde haverá enquete através de um mapa com

divisões territoriais onde a população poderá, além de indicar problemas e potencialidades,

localiza-los no mapa, o que dará muito mais agilidade ao processo de obtenção de informações

e facilitará a participação de parte da população que não poderá participar das audiências.

Para tanto, a equipe Myr formula o conteúdo (perguntas objetivas) e o mapa subdividido em

territórios. A Prefeitura Municipal de Curvelo (PMC) através da Equipe Técnica de

Acompanhamento, disponibiliza o produto no sistema e tabula os resultados, que serão

analisados em conjunto com a Myr e utilizados para compor o diagnóstico, em etapa

subsequente.

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4.3 P2: AUDIÊNCIA PÚBLICA DE LANÇAMENTO DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR E CRIAÇÃO DE EQUIPE TÉCNICA (JÁ REALIZADO)

Consiste no suporte à Prefeitura Municipal nas seguintes atividades:

1. Divulgação da audiência de lançamento do processo de revisão do plano diretor, através

da criação de materiais publicitários de ampla divulgação (jornais locais, carro de som,

rádio, faixas, etc.), contendo data, local e tema, com antecedência mínima de 10 dias da

realização da audiência; e da disponibilização dos conteúdos das palestras da audiência

com no mínimo 10 dias de antecedência;

2. Concepção da composição da Equipe Técnica;

3. Elaboração da programação da audiência, que deve prever: palestras conceituais,

apresentação do cronograma proposto da revisão do Plano Diretor e espaço para

debates;

4. Realização de palestras conceituais sobre o Plano Diretor e os instrumentos da política

urbana;

5. Realização de reuniões de nivelamento das informações, entre todos os setores afins da

prefeitura e a empresa contratada;

6. Auxílio na condução da audiência.

Uma vez que este produto já foi concluído, cabe à contratada solicitar relatório sobre a atividade

realizada, incluindo material exibido na Audiência Pública, lista de presenças, entre outros dados

colhidos. Caso esta tenha sido uma audiência que obteve o sucesso esperado (na metodologia

aplicada, divulgação, efetiva participação da comunidade e demais entes interessados) o método

poderá ser replicado para as demais oficinas exigidas nos produtos vindouros.

Entretanto, caso necessário, ajustes podem ser realizados para que seja atingido o objetivo de

maior participação popular e, por conseguinte, maiores chances de aproveitamento dessas

oficinas.

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4.4 P3: CAPACITAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA (JÁ REALIZADO)

Consiste na elaboração e realização de curso de capacitação da Equipe Técnica cujo conteúdo

deve abranger, no mínimo:

1. Conteúdo do Plano Diretor e instrumentos da política urbana;

2. Papel da Equipe Técnica;

3. Metodologia e cronograma a serem utilizados na revisão do Plano Diretor.

Apesar deste produto já ter sido concluído, será necessário reunir com a equipe técnica da

Prefeitura, visando:

Integração com a equipe Myr;

Verificar o nível de organização local;

Verificar o nivelamento das informações do pessoal que recebeu treinamento;

Receber o material utilizado no treinamento prévio.

Neste primeiro momento, será realizado um workshop para obter informações de cada área e

ainda criar um maior comprometimento com os técnicos da Prefeitura. Desta forma, será

possível:

Conhecer e avaliar o Termo de Referência do PD;

Organizar o grupo e os responsáveis pelo tema/área;

Realizar uma apresentação que contenha as (1) a síntese desta área/departamento, (2)

expectativas com a revisão do PD, (3) como enxergam esta área no PD, (4) os pontos

fortes, fracos, as ameaças e as oportunidades e (4) sugestões/ considerações (análise

SWOT);

Requerer informações, documentos e arquivos que serão importantes para o

desenvolvimento dos trabalhos, através da distribuição à equipe técnica uma planilha de

dados a serem disponibilizados pela prefeitura, onde estarão identificadas as informações

necessárias para a realização do Produto 3, referente aos levantamentos e diagnóstico

sobre o Município de Curvelo.

Sugere-se, ainda, após o primeiro contato, que este treinamento deva ser continuamente

realizado ao longo de todo o processo, orientando a equipe técnica de forma específica antes de

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cada uma das fases subsequentes, ou seja, será sugerida a oficina de treinamento com

informações específicas do que será produzido em cada fase. Dessa forma, a Equipe Técnica

poderá contribuir com propriedade e maior agilidade sobre os futuros assuntos abordados.

4.5 P4: LEITURA TÉCNICA: LEVANTAMENTOS E DIAGNÓSTICO

Neste momento definem-se as fontes e os dados para pesquisa e realiza-se uma caracterização

geral do município, incluindo, a análise da legislação, aspectos da infraestrutura, economia, áreas

de risco, meio ambiente, mobilidade e demografia.

Como este é um produto que envolve uma pesquisa extensa de diferentes tipologias de dados,

para a execução deste produto, sugere-se a sua produção em duas etapas distintas, porém,

executadas concomitantemente, como descrito a seguir:

1. Análise crítica da legislação pertinente, conforme reza o Edital de Licitação nº 008/2014;

Nesta etapa analisam-se as demais leis existentes no município, as fontes de receita e despesa,

bem como sua situação fiscal.

2. Recebimento, sistematização e mapeamento de dados obtidos através de diversas fontes

SECUNDÁRIAS, como IBGE, EMBRAPA, CEMIG, COPASA, PMMG, SEMAD, entre outras.

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Nesta etapa serão utilizados os dados obtidos através da Equipe Técnica Coordenadora (ETC) e

Secretarias da Prefeitura Município de Curvelo, que deverá retornar as informações requeridas

através de planilha específica, conforme apresentado no Produto 2, além dos dados

disponibilizados no sítio eletrônico do Plano Diretor de Curvelo, já sistematizados, como sugerido

na complementação do Produto 1.

Para que seja cumprida esta etapa, será realizada uma reunião de trabalho entre a equipe técnica

da Myr Projetos e profissionais indicados pela PMC para a obtenção de subsídios e dados para a

composição do diagnóstico.

Preparação digital dos dados

Neste momento também será desenvolvida a produção cartográfica necessária, onde haverá

uma sistematização dos dados obtidos e a criação de um banco de dados georreferenciados. Para

tanto será utilizada a equipe de especialistas da Myr, a qual utiliza o software ArcGis, produzido

pela empresa norte-americana ESRI, o qual é composto por uma coleção integrada de softwares

de geoprocessamento e ferramentas adicionais que possibilitam construir complexos Sistemas

de Informações Geográficas. Sua interface permite sua funcionalidade em diversos níveis, como

desktop, servidores, web, entre outros.

Como supracitado, as informações coletadas subsidiarão a criação de um banco de dados

georreferenciados com a finalidade de mapear e organizar os dados urbanoambientais da área

em estudo. Todas as bases geográficas que serão inseridas no banco de dados serão tratadas e

ajustadas por meio de processamento digital com a finalidade de compor uma base única e

integrada. Essa preparação refere-se a métodos de georreferenciamento, compatibilização e

definição de Sistemas de Projeção e Datum, adaptação de escalas, elaboração de arquivos

Shapefile e edição e inclusão de tabelas para alimentação dos arquivos vetoriais.

Assim, tais dados serão a base para todas as produções cartográficas, as quais serão

disponibilizadas à Prefeitura Municipal de Curvelo ao final do contrato.

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A seguir, fluxograma com as etapas do diagnóstico:

Ressalta-se que a qualidade dos produtos, profundidade das análises e a viabilidade de

estruturação de base georreferenciada está diretamente relacionada com as informações e bases

a serem disponibilizadas pela PMC, pois os serviços para a revisão do plano diretor pressupõe a

apresentação pelo poder público das informações necessárias para a consecução dos serviços,

dada a amplitude da política urbana.

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PARTICIPA 1: Audiência pública

PARTICIPA 2: Encontros regionais e/ou setoriais, em caso de demanda

PARTICIPA 3: Análise SWOT

PARTICIPA 4: Leitura Comunitária

PARTICIPA 5: Interação virtual à partir das contribuições recebidas

PARTICIPA 6: Oficinas de eixos estruturadores e temáticas

PARTICIPA 7: Dinâmicas diversas

o planta falada

o problemas X qualidades

o inversão de papeis

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4.6 P5: LEITURA COMUNITÁRIA: CONCERTAÇÃO

Neste momento realizam-se audiências e oficinas locais para apresentação e discussão da Leitura

Técnica. É o principal momento de participação ativa e direta da população no conteúdo do Plano

Diretor, pois é onde colhem-se informações, sugestões e propostas da sociedade para

consolidação da Leitura Técnica.

Com o objetivo de garantir a participação dos munícipes de acordo com diretrizes do Estatuto da

Cidade e do próprio Plano Diretor de Curvelo foi elaborada metodologia que buscasse a

mobilização e o debate populares e a integração dos questionamentos, observações, discussões,

sugestões e toda forma de fala comunitária ao texto da Leitura da Cidade.

A metodologia utilizada a fim de garantir o registro e consideração da percepção e da opinião de

todos deve ser fácil e acessível aos mais diferentes nichos socioculturais. Dessa forma, as

reuniões públicas serão realizadas no formato de oficinas com os membros da comunidade

participante, divididas em dois momentos: contextualização e dinâmicas de consulta popular.

No primeiro, de caráter técnico, concentra-se a exposição das noções básicas sobre o que é um

plano diretor, o estatuto da cidade, objetivos de planejar a cidade, direitos e deveres dos

cidadãos e formas de participação social. Em seguida, serão apresentadas imagens da cidade

buscando iniciar a reflexão dos participantes sobre a cidade em que vivem.

Desta forma, apresentam-se à população as propostas levantadas para toda a cidade, a fim de

ajustá-las de acordo com a demanda e com as contribuições levantadas nas discussões.

De acordo com o edital, será apesentada proposta metodológica contendo:

a) Regionalização do município

b) Proposta de metodologia para abordagem e sistematização das contribuições advindas da

sociedade civil.

1. Realização de oficinas locais de apresentação e discussão da leitura técnica, com a

finalidade de aprimorar o diagnóstico a partir da percepção dos munícipes;

2. Realização de reuniões locais para apresentação do diagnóstico consolidado entre a

leitura técnica e o trabalho das oficinas.

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Nesse sentido, as oficinas serão amplamente divulgadas sendo os meios de divulgação escolhidos

de forma a atingir o maior número possível de habitantes do município. Os locais onde serão

realizadas as oficinas poderão envolver a sede municipal e os seguintes distritos:

Distrito Santa Rita do Cedro;

Distrito de Angueretá;

Distrito de JK (São José da Lagoa);

Distrito de Tomaz Gonzaga;

Serão realizadas até duas oficinas ou reuniões por localidade, sendo uma relativa à discussão e

outra relativa à apresentação da Leitura Técnica consolidada, totalizando até 10 reuniões com a

comunidade.

METODOLOGIA PARTICIPATIVA

Por ser um plano participativo, a máxima participação dos mais distintos setores, de forma

organizada, que atuam sobre o município, é decisiva para que o desenvolvimento municipal

propiciado pelo Plano Diretor, beneficie a todos.

Dessa forma, é proposta uma metodologia de participação que reúna, em um grupos de trabalho,

três setores que compõe a sociedade, quais sejam:

Poder Público;

Popular;

Setor Empresarial

Setor Técnico

Nesse formato a população é convidada a refletir sobre a cidade, seu conflitos, problemas e

potencialidades. A cada oficina participativa serão discutidas propostas para proporcionar

mudanças nas Leis Urbanísticas, tais como:

O Plano Diretor;

O Código de Obras;

A lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo;

Dentre outras exigidas no edital...

As oficinas serão coordenadas pelo Grupo Técnico da PMC ou representantes por ele indicados.

O credenciamento será efetuado nas duas primeiras horas a partir do horário previsto para o

início das oficinas.

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Durante as oficinas serão instalados grupos de trabalho, cada qual com o número limite de

participantes na ordem de 30 pessoas, sendo que todos os grupos discutirão a mesma pauta, ou

seja, o diagnóstico.

Cada grupo nomeará um relator que será responsável pela apresentação do documento

contendo as reflexões da cidade, considerando seus conflitos, problemas e potencialidades, que

deverá ser apreciado pela plenária final de cada oficina.

Ao final, os grupos apresentam suas contribuições, que serão condensadas em um documento

conclusivo, o qual será base para o próximo produto, Síntese das Leituras Técnica e Comunitária,

como sugere o diagrama a seguir:

Durante as oficinas pretende-se utilizar métodos criativos, que facilitem a integração da

comunidade e promovam sua participação efetiva, onde será possível levar as informações

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levantadas até o momento e também obter novas informações e o retorno de cada grupo

presente nas oficinas.

A técnica da “Planta Falada”

Nesta atividade os munícipes presentes são convidados a localizar em mapas impressos de

Curvelo, lugares simbólicos e de referência, também podendo apontar problemas e qualidades

em Curvelo. Discute-se ainda a história dos lugares, possibilitando uma visão espacial e interação

direta entre os presentes.

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Dinâmica dos “problemas X qualidades”.

Nesta atividade a população é convidada a escrever em papéis autoadesivos de cores diferentes

os pontos negativos/problemas, bem como os pontos positivos/potenciais do município, de

acordo com os grandes temas, determinados no edital, elencados a seguir:

Temática Atividades Econômicas;

Temática Energia; Temática Habitação;

Temática Uso e Ocupação;

Temática Segurança Pública;

Temática Educação;

Temática Comunicação;

Temática Assistência Social;

Temática Localidades e Comunidades Rurais;

Temática Distrito Santa Rita do Cedro;

Temática Distrito de Angueretá;

Temática Distrito de JK (São José da Lagoa);

Temática Distrito de Tomaz Gonzaga;

Temática Saúde;

Temática Meio Ambiente;

Temática Saneamento, Subsolo e Água;

Temática Cultura, Lazer e Turismo;

Temática Esporte;

Temática Zonas Urbana e Rural.

Os papéis serão distribuídos em duas cores

diferentes, proporcionado construir, a partir das

temáticas já citadas, quadros sobre a situação das

realidades vivenciadas pelos participantes em

Curvelo.

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A técnica da “Inversão de Papéis”

Como há nas oficinas distintos grupos com

interesses diversos, pode-se dizer que é uma

ocasião propícia para aplicar a técnica da

“Inversão de Papéis” e explorar possível

desequilíbrio entre as partes que compõe a

oficina. Esta técnica é voltada a estimular a

empatia entre as partes para que cada uma

perceba o contexto sob a ótica do outro.

Isto permite que as pessoas percebam não

só as ações da outra pessoa, como também

as suas permitindo uma aproximação entre

as partes, pois ao longo deste processo vai

aumentando a apercepção que o indivíduo

tem de si mesmo ao mesmo tempo em que

cresce a percepção que tem da outra

pessoa, proporcionando enxergar o local em

que vive sob uma nova óptica.

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Desta forma, espera-se que sejam mais fácil a comunicação e a percepção entre ambos, havendo

uma melhor compreensão e maior colaboração dos participantes que, ao final, compartilham

uma mesma visão.

A ferramenta SWOT

Há também a possibilidade de ser utilizada a ferramenta SWOT que tem o objetivo de efetuar

uma síntese das análises externas e internas, identificando itens chaves para o sucesso do projeto

e preparando opções estratégicas de riscos e problemas a resolver. De forma geral esta análise

se baseia nos seguintes conceitos:

Strengths = Pontos Fortes – são

características positivas de destaque, que

favorecem no cumprimento do propósito;

Weaknesses = Pontos Fracos – são

características negativas, que prejudicam no

cumprimento do propósito;

Opportunities = Oportunidades – são

características que podem potencializar o

cumprimento do propósito;

Threats = Ameaças – aspectos externos

negativos que podem pôr em risco o

cumprimento do propósito.

Nesse sentido, as oficinas deverão possibilitar a construção participativa de iniciativas que

objetivem levar informações à comunidade, buscando a formação de uma consciência crítica,

quanto ao desenvolvimento da região, seus potenciais e problemas. As metas principais

perpassam o desenvolvimento de atitudes voltadas para a conscientização e valorização ´sobre

um Plano Diretor, bem como a melhoria das condições de vida local, incentivando a participação

individual e coletiva.

Portanto o objetivo desse produto é apresentar uma abordagem participativa e criar condições

para mobilizar comunidades, grupos e instituições interessadas de forma a contribuir com o

Plano Diretor, fazendo com que todos sintam-se parte integrante deste processo, elevando a

participação social e as chances de se realizar um plano realmente dedicado ao desenvolvimento

social, ambiental e urbano voltado para o bem-estar de toda população do município de Curvelo.

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4.7 P6: SÍNTESE DAS LEITURAS TÉCNICA E COMUNITÁRIA

Nesta etapa será realizada uma revisão de mapa síntese para o desenvolvimento e a expansão

urbana do município, contendo no mínimo as seguintes variáveis de análise:

a) Vetores e barreiras para a expansão da(s) área(s) urbana(s);

b) Direção predominante dos ventos;

c) Lotes vazios, subutilizados ou não utilizados;

d) Usos especiais (condomínios fechados, indústria, mineração, etc.) e restrições à

ocupação;

e) Expansão e adensamento (áreas com carência de infraestrutura básica e

capacidade/hierarquização do sistema viário).

Utilizando um ambiente SIG com tratamento dos dados no software ArcGis 10.3.1 será realizado

uma análise multivariada para identificar as áreas com carência de infraestrutura, levando em

consideração os dados recebidos nas seguintes temáticas: drenagem pluvial, iluminação pública,

esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar, vias

pavimentadas posto de saúde, escola primária ou outro equipamento.

A análise multivariada é uma técnica de sobreposição de imagens que possuem uma escala

comum de valores para temas diversos e distintos, com a finalidade de criar uma análise

integrada (Maia & Peixoto, 2007). Nesse sentido, essa análise permite levar todos estes temas

em consideração, por intermédio da reclassificação dos valores dos arquivos utilizados para uma

escala comum de disponibilidade ou preferência, potencial ou similaridade.

Assim, com a finalidade de mapear e organizar os dados obtidos em um banco de dados

georreferenciados, para subsidiar o mapeamento temático proposto, será realizado um plano de

ação em três etapas, conforme esquema a seguir:

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Vale ressaltar que antes da aplicação da técnica de análise supracitada, será realizado um

tratamento dos dados disponibilizados pela prefeitura, que dependente das informações

recebidas poderá incluir ou excluir algumas variáveis de análises. O produto final desta etapa será

um mapa do potencial a expansão urbana para o município de Curvelo para plotagem no

território.

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PARTICIPA 1: Audiência pública

PARTICIPA 2: Encontros regionais e/ou setoriais, em caso de demanda

PARTICIPA 3: Análise SWOT

PARTICIPA 4: Leitura Comunitária

PARTICIPA 5: Interação virtual à partir das contribuições recebidas

PARTICIPA 6: Oficinas de eixos estruturadores e temáticas

PARTICIPA 7: Dinâmicas diversas

planta falada

problemas X qualidades

inversão de papeis

4.8 P7: PLANO DIRETOR

De acordo com o artigo 1º da lei complementar nº 57, o Plano Diretor Estratégico do município

de Curvelo é o instrumento global e estratégico de implementação da política municipal de

desenvolvimento econômico, social, urbano e ambiental que integra o processo de planejamento

e gestão municipal, sendo vinculante para todos os agentes públicos e privados.

Considerando esses aspectos, a revisão do Plano Diretor – Produto 7 irá prever de forma coerente

os conteúdos mínimos indicados no Art. 1º da Resolução nº 34, de 01 de julho de 2005 do

Conselho das Cidades: I - as ações e medidas para assegurar o cumprimento das funções sociais

da cidade, considerando o território rural e urbano; II - as ações e medidas para assegurar o

cumprimento da função social da propriedade urbana, tanto privada como pública; III - os

objetivos, temas prioritários e estratégias para o desenvolvimento da cidade e para a

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reorganização territorial do município, considerando sua adequação aos espaços territoriais

adjacentes; IV - os instrumentos da política urbana previstos pelo art. 42 do Estatuto da Cidade,

vinculando-os aos objetivos e estratégias estabelecidos no Plano Diretor. Nesse processo os

instrumentos mínimos para definição desses conteúdos serão:

Redefinição do(s) perímetro(s) urbano(s) da sede do município e distritos;

Redefinição do zoneamento municipal:

Definição de parâmetros urbanísticos para o Zoneamento Urbano, por zona e ADEs;

Definição de especificações para condomínios urbanísticos e condomínios rurais;

Regulamentação dos critérios e das áreas para aplicabilidade dos instrumentos do

Estatuto da Cidade;

Determinar as ações prioritárias para habitação e saneamento.

Além do escopo mínimo supracitado, será realizado nessa etapa estudos e avaliações de

Instrumentos Urbanísticos vigentes e inovadores, por meio de duas premissas:

1- Realizando uma discussão acerca da implementação dos instrumentos previstos no

Estatuto da Cidade com análise de experiências selecionadas na implementação de

Operações Urbanas, e aos instrumentos da Outorga Onerosa, ZEIS (Zonas Especiais de

Interesse Social); Zonas Especiais de Preservação Cultural, dentre outros;

2- As análises deverão ter como parâmetros os avanços em relação ao acesso à terra

urbanizada para habitação popular, a ampliação e qualificação de espaços públicos, a

otimização da infraestrutura existente, bem como a recuperação da valorização fundiária

advinda de investimentos públicos.

Depois de realizada a análise e avaliação de todo material supracitado, será elaborado o relatório

consolidado contendo os resultados dos estudos sobre os instrumentos urbanísticos,

explicitando seu conteúdo por meio de textos, mapas, gráficos, tabelas e ilustrações. Nesse

contexto, vale destacar a Tabela 1, que apresenta alguns objetivos e a indicação de alguns

instrumentos já aplicados em outros municípios de Minas Gerais.

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Tabela 1: Exemplo de objetivos e instrumentos urbanísticos para implementação nas cidades. OBJETIVO INSTRUMENTOS INDICADOS

Proteger o patrimônio histórico, ambiental e/ou o

modo de vida nos bairros .

A criação de Áreas de Diretrizes Especiais (ADEs) e a

Transferência do Direito de Construir (TDC)

Assegurar terrenos bem localizados para

equipamentos públicos e habitação de interesse

social

O Direito de Preempção e Áreas de Especial Interesse

Social (AEIS)

Estimular a ocupação de terrenos e prédios vazios ou

pouco utilizados, localizados em áreas com

infraestrutura.

O parcelamento, Edificação ou Utilização

Compulsórios e o IPTU Progressivo no Tempo.

Recuperar os investimentos públicos feitos em

algumas áreas, cobrando um valor (contrapartida

financeira) de quem quiser construir mais.

Outorga Onerosa do Direito de Construir

Modificar e melhorar uma parte da cidade atendendo

vários dos objetivos supracitados Operações Urbanas

Fonte: Adaptado da Cartilha Planos Diretores Regionais – Prefeitura de Belo Horizonte, 2014.

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4.9 P8: AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA APRESENTAÇÃO DA REVISÃO DO PLANO DIRETOR

O desenvolvimento participativo da população e das associações representativas dos vários

segmentos da sociedade, por meio das audiências públicas e debates, representa o

reconhecimento político pela sua inserção na revisão do plano diretor municipal.

As audiências públicas refletem o encontro do poder público local com os cidadãos envolvidos e

as representações da sociedade civil. Seus objetivos são promover à participação, comunicação,

informação, debate, discussão, avaliação, sobre o tema proposto.

Nessa etapa, para que a audiência não se transforme em apenas uma ação exigida por lei é

necessário ter cautela com a metodologia aplicada. Trabalhos prontos ou projetos já finalizados

podem, por exemplo, não colaborar para o pleno desenvolvimento da cidadania.

Considerando o exposto, será realizado um amplo suporte a prefeitura de Curvelo para a

divulgação da audiência de apresentação da revisão do Plano Diretor, com o seguinte

desenvolvimento:

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Criação de materiais publicitários de ampla divulgação (jornais locais, carro de

som, rádio, faixas, etc.), contendo data, local e tema, com antecedência mínima

de 10 dias da realização da audiência;

Elaboração de listas de presença constando, no mínimo, os campos nome,

entidade representada, telefone e e-mail. As listas serão digitalizadas e

disponibilizadas ao poder público em formato de banco de dados (arquivo em

Excel).

Elaborar a programação da audiência, que deve prever: apresentação de síntese

do processo de elaboração da revisão do Plano Diretor, apresentação da revisão

do Plano Diretor conforme os subitens 7.1 a 7.7, aprovação dos subitens 7.1 a 7.7

(considerando as eventuais alterações que se fizerem necessárias), espaço para

debates, de acordo com edital nº 008/2014-2;

Auxílio na condução da audiência, que será moderada pela Equipe Técnica;

Registro das discussões realizadas, sugestões e críticas apresentadas.

Todos os documentos e informações elaborados nesta fase serão abordados com linguagem

acessível, de modo a permitir que a população identifique o assunto e perceba a que situação ou

espaço se refere. Nesta etapa também será utilizado todo o banco de dados geográficos

georreferenciados para subsidiar a elaboração dos materiais, como mapas, gráficos e demais

ilustrações que permitam o bom andamento de todo o processo. Quanto mais as informações

forem decodificadas e compreensíveis, maior será a possibilidade do cidadão opinar e apresentar

soluções para a revisão do plano diretor.

4.10 P9: PROJETO DE LEI

O projeto de lei tem por objetivo ordenar adequadamente o território municipal. Para isso, seu

desenvolvimento tem que está adequado para atender as diversas variáveis que envolvem essa

temática. Nesta etapa, o Projeto de lei deve representar a realidade local, bem como as

transformações que se pretende alcançar, retratando as características e particularidades de

cada município.

É importante proporcionar que o projeto de lei represente todas as decisões tomadas e

determine a formas de sua execução. Todavia, nesse processo é recomendável ter atenção

quanto a sua sistematização, para que aspectos relevantes definidos nas etapas anteriores não

se percam com o andamento do processo.

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Essas premissas serão abordadas na construção do projeto de lei do município de Curvelo, onde

serão desenvolvidas as seguintes atividades direcionadas à elaboração e discussão de propostas:

Consolidação do projeto de lei e das propostas discutidas e aprovadas na audiência

pública de apresentação da revisão do Plano Diretor;

Apresentação de uma minuta do Projeto de Lei, contendo como anexos:

a) Descrição do perímetro urbano;

b) Mapa de Macrozoneamento (território municipal) com a delimitação do perímetro

urbano, delimitação das zonas e sistema viário existente e projetado;

c) Mapa(s) de Zoneamento Urbano (área(s) urbana(s)) com a delimitação do perímetro

urbano, delimitação das zonas, sistema viário existente e projetado e sua

hierarquização;

d) Tabela de parâmetros urbanísticos por zona;

e) Mapa de macro diretrizes municipais contendo: i) macro diretrizes para a ocupação

das ZEUs (compreendendo traçado viário proposto) e para os vazios urbanos; ii) áreas

preferenciais para implantação de equipamentos urbanos, públicos e comunitários;

iii) diretrizes para demais áreas do município (se for o caso);

f) Mapa com a delimitação das áreas de aplicação dos instrumentos da política urbana;

g) Plano de ações prioritárias para habitação e saneamento, com sua vinculação às peças

orçamentárias;

Tabela 2: Atividades sugeridas para elaboração do projeto de lei. Atividades propostas do produto - 9

Reuniões com equipe técnica e equipe gestora da prefeitura

Avaliar impactos diante a mudança dos parâmetros de uso e ocupação do solo

estabelecidos no produto 7 deste edital

Avaliar os impactos mediante aos parâmetros para regulamentação de instrumentos

urbanísticos acordados no produto 7 do referido edital.

Elaborar uma síntese das propostas de regulamentação dos instrumentos urbanísticos

e os parâmetros de uso e ocupação do solo

Realizar um seminário sobre as propostas de regulamentação dos instrumentos

urbanísticos e os parâmetros de uso e ocupação do solo com a equipe gestora da

prefeitura;

Avaliação do seminário e consolidação da minuta do projeto de lei – P-9

Fonte: Myr projetos, 2016.

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4.11 P10: ELABORAÇÃO DA LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO

Com a finalidade de promover o adequado ordenamento territorial, mediante ao controle do

parcelamento e da ocupação do solo urbano, nas diretrizes do artigo 30, inciso VIII, da

Constituição Federal, a revisão da lei de parcelamento do solo tem um papel importante no

desenvolvimento das funções sociais da cidade. Neste contexto, vale ressaltar que o poder

municipal possui a competência de executar o desenvolvimento urbano.

Desta forma, será elaborado o projeto de lei de parcelamento do solo embasado no

planejamento territorial pactuado para o Plano Diretor e considerando as diretrizes do mesmo,

acompanhado de relatório sucinto contendo justificativa para a proposta.

Nesta etapa serão desenvolvidas as seguintes atividades voltadas à elaboração e discussão:

Elaboração de propostas:

De regulamentação dos instrumentos urbanísticos definidos na etapa anterior e

de suas áreas de influência;

De nova legislação para o atendimento dos objetivos definidos nas etapas

anteriores, com indicação dos parâmetros de uso e ocupação do solo e avaliações

de sua aplicação.

Discussão das Propostas:

Discussão e validação das propostas acima com a equipe técnica responsável

da Prefeitura.

4.12 P11: REVISÃO DO CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES E OBRAS

A revisão do código de obras do município de Curvelo será realizada considerando toda

metodologia aprovada para os produtos 7 e 9 do referido edital. Além da definição de critérios

para que a execução de obras cause menos impacto à cidade (canteiro de obras, tapumes etc.) e

dos critérios que garantam às edificações conforto para si e seu entorno, será abordado na

legislação em análise os trâmites referentes ao processo de aprovação do projeto e

licenciamento da obra, bem como se dará a fiscalização e quais serão as penalidades.

Desta forma, nesta etapa serão desenvolvidas as seguintes atividades voltadas à elaboração e

discussão:

Análise e avaliação:

a) Verificar como é realizada a fiscalização de obras atual;

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b) Verificar as ações de fiscalização realizadas e analisar a efetividade das mesmas.

Discussão das avaliações:

a) Discussão e apresentação de propostas para revisão do código de obras junto com

a equipe técnica responsável da Prefeitura;

a) Elaboração de uma minuta do código de edificações e obras considerando as

propostas discutidas e as normas técnicas a serem consultadas.

4.13 P12: REVISÃO DO CÓDIGO DE POSTURAS E REGULAMENTOS

ADMINISTRATIVOS

A revisão do código de posturas e regulamentos administrativos do município de Curvelo será

realizada considerando toda metodologia aprovada para o produto 7 do referido edital. Além de

definir critérios para melhor a qualidade urbana, será realizada a atualização das regras de

utilização do espaço público e do bem estar comum de acordo com a proposta do Plano Diretor,

visando pelo menos: - a regulação da utilização dos espaços públicos; - o controle e manutenção

do ambiente urbano nos aspectos de higiene pública, sossego, conforto, salubridade; - o

estabelecimento de condições para a instalação e funcionamento das atividades econômicas não

permanentes (sazonais e/ou periódicas) que se realizam nos espaços públicos.

Desta forma, nesta etapa serão desenvolvidas as seguintes atividades voltadas à elaboração e

discussão:

Análise e avaliação:

c) Verificar e identificar os regulamentos existentes e seus objetivos;

d) Verificar as ações de fiscalização realizadas e analisar a efetividade das mesmas.

Discussão das avaliações:

b) Discussão e apresentação de propostas para revisão do código de posturas e

regulamentos junto com a equipe técnica responsável da Prefeitura;

b) Elaboração de uma minuta do código de posturas e regulamentos administrativos

considerando as propostas discutidas e as normas técnicas a serem consultadas.

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4.14 P13: ELABORAÇÃO DO CÓDIGO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

A revisão do código Municipal de Meio Ambiente do município de Curvelo será realizada

considerando toda metodologia aprovada para o produto 7 e 9 do referido edital, e em especial

o diagnóstico ambiental atualizado para o plano diretor. Além dessa abordagem será definido

critérios para a execução da política de meio ambiente, conter as responsabilidades no âmbito

municipal, a articulação das normas legislativas, procedimentos administrativos, especialmente

daqueles relacionados à implementação das políticas de meio ambiente, de recursos hídricos, de

saúde, de desenvolvimento urbano e saneamento no âmbito municipal, infrações e penalidades.

Assim, nesta etapa serão desenvolvidas as seguintes atividades voltadas à elaboração e

discussão:

Análise e avaliação:

Verificar e identificar os regulamentos existentes e seus objetivos e sua

consonância com as especificidades ambientais do município;

Verificar as ações de fiscalização realizadas e analisar a efetividade das

mesmas.

Discussão das avaliações:

Discussão e apresentação de propostas para revisão do código Municipal

de Meio Ambiente junto a equipe técnica responsável da Prefeitura;

Elaboração de uma minuta do código Municipal de Meio Ambiente

considerando as propostas discutidas e as normas técnicas e demais

legislações a serem consultadas.