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Revisão de Geografia – parte 2 Europa - Continente Europeu Mapa do Continente Europeu Ponto de partida da Revolução Industrial e da era moderna, a Europa continua sendo um continente de grandes contrastes, onde há prosperidade e democracia, mas também pobreza, conflitos étnicos e ditaduras. Suas 48 nações costumam ser divididas em Europa Ocidental, que reúne as desenvolvidas ou em crescimento, nas quais as instituições democráticas estão consolidadas - caso da Finlândia, Holanda e Irlanda -, e Europa Oriental, formada predominantemente por países que saíram do regime comunista e estão com as economias arruinadas ou em recuperação, como a Romênia, Ucrânia e a Albânia. A maior parte dos países desenvolvidos integra a União Européia (UE) - ou a chamada Europa dos 15 -, bloco econômico no qual foram abolidas as barreiras ao comércio e o trânsito nas fronteiras. Uma moeda única comum, o euro, começa a operar em 11 dos países membros, em 1999. Embora sua cotação caia em relação ao dólar em 2000, isso não abala a prosperidade da UE, que cresce em média a taxas de

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Revisão de Geografia – parte 2

Europa - Continente Europeu

Mapa do Continente Europeu

Ponto de partida da Revolução Industrial e da era moderna, a Europa continua sendo um continente de grandes contrastes, onde há prosperidade e democracia, mas também pobreza, conflitos étnicos e ditaduras. Suas 48 nações costumam ser divididas em Europa Ocidental, que reúne as desenvolvidas ou em crescimento, nas quais as instituições democráticas estão consolidadas - caso da Finlândia, Holanda e Irlanda -, e Europa Oriental, formada predominantemente por países que saíram do regime comunista e estão com as economias arruinadas ou em recuperação, como a Romênia, Ucrânia e a Albânia.A maior parte dos países desenvolvidos integra a União Européia (UE) - ou a chamada Europa dos 15 -, bloco econômico no qual foram abolidas as barreiras ao comércio e o trânsito nas fronteiras. Uma moeda única comum, o euro, começa a operar em 11 dos países membros, em 1999. Embora sua cotação caia em relação ao dólar em 2000, isso não abala a prosperidade da UE, que cresce em média a taxas de 3% ao ano. Países como Portugal, Irlanda e Espanha experimentam um boom econômico depois da adesão à UE. Essa perspectiva de riqueza leva várias nações orientais, como a Hungria, a pleitearem o ingresso na UE. Se todos os candidatos cumprirem os requisitos administrativos, financeiros e democráticos para a adesão, a estimativa é que, até 2007, a UE terá 27 membros.Atualmente, as nações da Europa Ocidental recebem em média 1,2 milhão de imigrantes por ano, incluindo refugiados e ilegais, vindos em sua maioria do Leste Europeu, norte da África e Oriente Médio. Essa mão-de obra é usada em trabalhos desprezados pela população local como a colheita nos campos e a construção civil. Há também demanda

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por profissionais qualificados para atender o crescimento da indústria de alta tecnologia. Estudos da ONU indicam que a Europa precisará de cerca de 160 milhões de imigrantes até 2025 para compensar a estagnação no crescimento demográfico.A imigração gera descontentamento em parte da população, que teme a perda de empregos e a queda do padrão de vida. Esse medo, aliado a sentimentos racistas, tem como conseqüência o aumento do apoio do eleitorado de vários países, como Áustria, Noruega e Bélgica, a partidos de extrema direita, favoráveis à contenção da imigração, e o crescimento de atentados contra minorias.Ao longo da história européia, invasões da Ásia e da África, misturas de povos, cismas religiosos e guerras deram lugar a nações que abrigam diferentes grupos étnicos ou culturais, gerando conflitos. Em anos recentes há guerras na Croácia, na Bósnia e em Kosovo e em repúblicas da antiga União Soviética (Geórgia, Armênia e Azerbaidjão). Para reforçar a segurança do continente, a União Européia decide em junho de 2000 criar uma força rápida de intervenção, formada por 60 mil militares, para agir em coordenação com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).PaísesTotal - 48: Europa Oriental: Albânia, Armênia, Azerbaidjão, Belarus, Bósnia-Herzegóvina, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, parte européia da Federação Russa, Geórgia, Hungria, Iugoslávia, Letônia, Lituânia, Macedônia, Moldávia, Polônia, República Tcheca, Romênia, Ucrânia e parte européia da Turquia. Europa Ocidental: Alemanha, Andorra, Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda (Países Baixos), Irlanda, Islândia, Itália, Liechtenstein, Luxemburgo, Malta, Mônaco, Noruega, Portugal, Reino Unido, San Marino, Suécia, Suíça e Vaticano.GeografiaÁrea - 10 349 915 km²Maior país - Federação Russa (17 075 400 km² dos quais 4 238 500 km² na porção européia)Menor país - Vaticano (0,44 km² )Características físicas - A Europa pertence à massa de terra chamada Eurásia. A fronteira convencional com o continente asiático compreende os montes Urais, o rio Ural, o mar Cáspio, as montanhas do Cáucaso e o mar Negro. O litoral, bastante recortado, apresenta cinco grandes penínsulas - Ibérica, Itálica, Balcânica, Escandinava e da Jutlândia - e várias ilhas e arquipélagos, entre os quais Grã-Bretanha, Islândia, Córsega, Sicília e Creta. O relevo montanhoso prevalece na porção norte - montes Escandinavos e as cadeias das ilhas Britânicas - e na porção sul - Pirineus, Alpes, Cárpatos e Bálcãs. No centro existe uma vasta planície que se estende, quase sem interrupção, dos Pirineus aos montes Urais. O maior rio, o Volga, tem 3 531 km.O clima temperado predomina no continente, mas existem variações. No sul, ele é mediterrâneo e a vegetação, que obedece às mudanças climáticas, formada por arbustos. No centro e no leste, o clima é continental e torna-se mais frio à medida que se avança para o interior - florestas temperadas e de coníferas ocupam essa faixa. No noroeste prevalece o clima oceânico. O extremo norte tem clima polar e a vegetação típica é a tundra. Cerca de 68% das florestas originais da Europa já foram desmatadas, de acordo com o World Resources Institute. As maiores extensões de mata nativa são de coníferas e encontram-se na Suécia e na Finlândia.Recordes - Ponto mais elevado: monte Elbro, 5 642 m (Federação Russa); maior depressão: mar Cáspio, 28 m (Azerbaidjão/Federação Russa/Cazaquistão/Irã/Turcomenistão); maior ilha: Grã-Bretanha, 229 885 km²; maior mar: mar do Norte, 580 000 km2; maior golfo: golfo de Bothnia, 117 000 km²; maior

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lago: Ladoga, 18400 km² (Federação Russa); maior rio: Volga, 3531 km; maior bacia hidrográfica: bacia do Volga, 1 360 000 km²; capital mais elevada: Andorra la Vella, 1 070 m (Andorra); altitude média: 340 m; extensão do litoral: 113 725 km (inclui a costa da Federação Russa).Meio Ambiente* Área de floresta - 9 333 260 km² (1995)* Reflorestamento - 25 940 km² (1990-1995)* Áreas de conservação - 4,7% do território (1996)* Recursos hídricos per capita - 8,5 mil m³ (1995)* Emissão de CO² per capita - 8,5 t (1995) Economia* PIB - US$ 9,5 trilhões (1998)* PIB per capita - US$ 12 813 (1998)* Exportações - US$ 2,562 trilhões - 49% do total mundial (1998)* Importações - US$ 2,609 trilhões - 48% do total mundial (1998)* Produção de energia - 2,25 bilhões de t equivalentes de petróleo (TEP) (1996)* Consumo de energia per capita - 59 milhões de t equivalentes de petróleo (TEP) (1996) Produção mineral - Cobre (Polônia, Federação Russa); Ouro (Federação Russa); Fosfato (Federação Russa); Diamante (Federação Russa); Minério de Ferro (Federação Russa, Suécia, Ucrânia); Bauxita (Federação Russa); Cromo (Albânia, Finlândia, Federação Russa); Chumbo (Suécia); Enxofre (França, Alemanha, Polônia, Federação Russa, Espanha); Manganês (Ucrânia); Potássio (Azerbaidjão, Belarus, França, Alemanha, Federação Russa, Ucrânia, Reino Unido) (1999)* Área cultivada - 1 288 160 km² ou 12,5% da área total (1998)* Máquinas agrícolas (ceifeiras, tratores e ordenhadeiras) - 13,8 milhões (1998)* Pesca - 19,5 milhões de t (1997) População* Total - 745,5 milhões (2000)* País mais populoso - Federação Russa (146,9 milhões) (2000)* País menos populoso - Vaticano (800) (1996)* Densidade - 72,03 hab./km² (2000)* População urbana -74 % (1998)* Crescimento demográfico - 0,0% (1995-2000)** Natalidade - 10‰ (1998)* Mortalidade - 11‰ (1998)* Mortalidade infantil - 12‰ (1995-2000)** Analfabetismo - 1,3% (2000)* IDH - 0,777 (Europa Oriental) (1998) Religião e idiomaO cristianismo é a principal religião. Existe ainda um número significativo de adeptos tanto do catolicismo quanto do protestantismo e da Igreja Ortodoxa. Os idiomas mais falados pertencem aos ramos etnolingüísticos latino (integrado pelo espanhol, italiano, francês e português), germânico (formado por alemão, inglês e idiomas escandinavos) e eslavo (constituído de russo, búlgaro, servo-croata e ucraniano, entre outros).

Continente Americano - América

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Cristóvão Colombo morreu em 1506 convencido de que, após cruzar o Atlântico, havia alcançado as Índias. No entanto, os cientistas europeus da época já não tinham dúvidas de que o território descoberto constituía um continente desconhecido e extraordinariamente complexo, o Continente Americano. Coube ao cosmógrafo alemão Martin Waldseemüller batizar as novas terras com o nome de América, em homenagem ao navegador italiano Américo Vespúcio (Amerigo Vespucci), cujos relatos foram os primeiros a afirmar a existência do "Novo Mundo".Incluídas as ilhas, o Continente Americano tem uma superfície superior a 42 milhões de quilômetros quadrados, o que representa a maior massa continental do planeta depois da euroasiática. Entre o extremo setentrional (o cabo Barrow, 72o de latitude N) e o meridional (o cabo Horn, 52o de latitude S), medeia uma distância de mais de 14.000km, embora a disposição do território não siga a linha dos meridianos, porquanto a América do Norte se situa mais para oeste que a do sul. A linha do equador passa ao norte de Quito e atravessa a foz do rio Amazonas, o que significa que a maior parte da América encontra-se no hemisfério norte.Tradicionalmente distinguem-se dois grandes conjuntos territoriais, os subcontinentes norte-americano e sul-americano, unidos pela série de istmos que compõem a América Central (região do golfo de Tehuantepec, no México, Guatemala, Nicarágua e Panamá) e pelo conjunto de arquipélagos do mar do Caribe. No extremo norte, o continente americano limita-se com o oceano Glacial Ártico; o estreito de Bering, a noroeste, separa-o da Ásia (85km no ponto mais próximo), enquanto a ilha da Groenlândia, a maior do mundo, constitui o limite da América do Norte em seu extremo nordeste. Os oceanos Atlântico e Pacífico separam o Novo Mundo, por leste e oeste, respectivamente, do resto das terras emersas do planeta.No Continente Americano, as costas do Ártico são as mais recortadas, e apresentam grandes baías (Hudson, Baffin), numerosas ilhas (Groenlândia, Banks, Victoria, Melville, Sverdrup, Ellesmere, Devon e Terra de Baffin, entre outras), cabos (Lisburne, Icy, Barrow, Príncipe Alfredo, Columbia e Chidley) e penínsulas (Boothia, Melville, Ungava e Labrador). O litoral do Pacífico, isolado por uma linha contínua de cordilheiras, do extremo norte ao sul, é alto e retilíneo, exceto nas áreas do Canadá (ilhas de Alexandre, Rainha Carlota e Vancouver) e da Patagônia (ilhas de Chiloé, Chonos, Wellington e Santa Inês), onde é possível apreciar as marcas deixadas pela erosão glacial. Outros acidentes costeiros são as penínsulas do Alasca, da Califórnia, e do Taitao; os golfos do Alasca, da Califórnia, do Panamá, de Guayaquil e de Corcovado; e os cabos de Mendoncino, San Lucas, Corrientes, Punta Pariñas, Punta Aguja e Punta Carretas.A costa atlântica do continente é recortada e profunda ao norte do cabo Hatteras (Estados Unidos), na Venezuela e na Patagônia, e arenosa e retilínea nas demais regiões. As ilhas mais importantes são Terranova, Bermudas, Bahamas, Antilhas e Malvinas. Entre as penínsulas destacam-se as da Nova Escócia, da Flórida e de Yucatán. Os golfos mais importantes são os de São Lourenço, do México, dos Mosquitos, de Darién, da Venezuela, de Bahía Blanca, de San Matías, de San Jorge e de Bahía Grande. Entre os principais estuários destacam-se o do Amazonas e o do rio da Prata. Entre os cabos mais significativos figuram o Hatteras, o Sable, o Catoche, o Gallinas, o de São Roque, o Santa María Grande, Punta del Este, o Tres Puntas e o Horn, que completam a linha costeira ocidental do continente americano.

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Veja mais: mapa da América

Geografia física do Continente AmericanoGeologia e relevo. Os primeiros terrenos formaram-se na era paleozóica, em conseqüência dos dobramentos caledoniano e huroniano; data dessa fase geológica o escudo canadense, então unido ao continente Norte-atlântico (Groenlândia, América do Norte, América Central e norte da Europa), e o escudo do Brasil e das Guianas, unido ao continente de Gondwana (América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártica). O dobramento herciniano, na última fase da era primária, deu lugar à formação dos montes Apalaches, na região oriental dos Estados Unidos.

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Na era mesozóica ocorreu a separação do escudo sul-americano, que se tornou um continente independente. Na era geológica seguinte, a terciária, a América do Norte separou-se da Europa e o novo continente viu-se afetado pelos dobramentos da orogenia alpina, que deram lugar à formação das montanhas Rochosas, das cordilheiras da América Central e dos Andes.Na parte oriental da América do Norte, o escudo canadense apresenta uma superfície muito erodida, com marcas da ação glacial do quaternário e formações montanhosas baixas na direção nordeste-sudoeste; o monte Mitchel (2.037m) é a maior elevação dos Apalaches. Mais para oeste, no centro do subcontinente, estende-se uma região de grandes planícies, bacias fluviais e, em seguida, uma grande cadeia de montanhas orientada de noroeste a sudeste e constituída por diversos conjuntos. Ao norte acham-se as cordilheiras do Alasca e de Brooks e os montes Mackenzie, nos quais se verificam altitudes elevadas, como os montes McKinley (6.194m), Logan (6.050m) e St. Elias (5.489m). As montanhas Rochosas apresentam várias ramificações (cordilheira Costeira, serra das Cascatas, cadeia Costeira, serra Nevada e cordilheira Wasatch) e planaltos entre as montanhas (Fraser, Columbia, Arizona e Colorado), com alturas superiores a quatro mil metros (Whitney, 4.418m; Rainier, 4.392m; Wilson, 4.342m; Shasta, 4.317m; e Pikes, 4.301m). No México, estendem-se as serras Madre oriental, ocidental e do sul, que bordejam o planalto central mexicano e contam com cumes vulcânicos de grande altura, como o Citlaltépetl (5.610m), o Zinantécatl (4.567m) e o Popocatépetl (5.465m).Na América Central, a serra Madre do Sul prolonga-se, numa sucessão de planaltos e serras de origem vulcânica, de Oaxaca, no México, até o Panamá, passando pela Guatemala, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica. As ilhas do Caribe são montanhosas, embora pouco elevadas; a sua Maestra cubana, com alturas próximas a dois mil metros, e a cordilheira central de La Española (pico Duarte, 3.175m) são as formas de maior destaque no relevo da região. As principais planícies dessas ilhas encontram-se, em geral, na zona costeira.O subcontinente sul-americano apresenta três grandes zonas estruturais. A parte oriental é constituída por planícies e montanhas muito erodidas: o planalto das Guianas, o planalto brasileiro e a Patagônia. A cordilheira dos Andes, a oeste, estende-se ao longo de todo o subcontinente em vários setores e com diversas ramificações. As cadeias andinas flanqueiam numerosos vales e extensos planaltos interiores, como o altiplano, situado a mais de 3.500m de altura, e a puna de Atacama. Entre os elevados cumes andinos, muitos deles de origem vulcânica, destacam-se o Aconcágua (6.959m), o Ojos del Salado (6.893m), o Huascarán (6.768m), o Llullaillaco (6.723m), o Tupungato (6.650m), o Sajama (6.520m), o Illimani (6.462m), o Coropuna (6.425m) e o Chimborazo (6.267m). Por último, cabe assinalar a presença de grandes extensões planas situadas entre os maciços orientais e as cordilheiras ocidentais. Essas terras baixas, constituídas por sedimentos terciários e quaternários, formam as bacias dos grandes rios sul-americanos: as planícies do Orinoco, a Amazônia e as planícies do Chaco, dos Pampas e da Patagônia.Clima. A extensão em latitude, as diferentes altitudes e a influência dos ventos e das correntes oceânicas determinam uma grande diversidade climática no continente americano. A partir da linha do equador, os diversos climas se sucedem de forma simétrica em ambos os hemisférios, com importantes variações locais devidas à disposição específica de cada unidade territorial.O clima equatorial, que apresenta temperaturas altas e constantes e um regime pluviométrico abundante e regular, caracteriza a ampla faixa constituída pela Amazônia e também pelas franjas do litoral sudeste brasileiro, a região oeste da Colômbia, o leste

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da América Central e as ilhas do Caribe, áreas que recebem a umidade trazida pelos ventos alísios. Nas regiões de planaltos e montanhas situadas ao norte e ao sul da bacia amazônica, nas costas orientais da América Central e nas ilhas do Caribe, aproximadamente entre os 5o e os 25o de latitude N e S, estende-se uma zona de clima tropical quente, com estação úmida no verão e seca no inverno devido à influência dos ventos alísios.As zonas desérticas do Continente Americano, muito secas e com grandes diferenças diárias de temperatura, localizam-se basicamente nas planícies costeiras e interiores da vertente do Pacífico; na cordilheira das Cascatas, nas montanhas Rochosas (América do Norte), no litoral norte do Chile e a noroeste e sudeste da Argentina os desertos são frios, enquanto os do planalto mexicano (Sonora, norte de Chihuahua, Coahuila), da península da Califórnia e do litoral peruano são de tipo tropical e subtropical, quentes e secos. Nas áreas de transição entre os desertos e as zonas de clima temperado e mediterrâneo, localizam-se grandes estepes, principalmente nas franjas ocidentais da América do Norte e da Argentina, que apresentam marcantes características de clima continental (aridez e forte oscilação térmica entre o dia e a noite). A região central da planície litorânea chilena, as zonas montanhosas do leste brasileiro e a costa setentrional da Venezuela e da Colômbia também apresentam condições climáticas semelhantes.O clima subtropical temperado, com inverno seco e verão chuvoso, ocorre em duas extensas zonas de ambos os hemisférios: no norte, na baixa bacia do Mississippi e a sudeste dos Estados Unidos, e ao sul, nas partes central e oriental da Argentina, no Paraguai, no Uruguai e no sul do Brasil. Nas costas do Pacífico situadas em torno dos 35o de latitude N e S, predominam os climas mediterrâneos da Califórnia e do centro do Chile, que se transformam em climas oceânicos temperados-frios nos litorais do noroeste dos Estados Unidos e do oeste do Canadá, no sul do Chile e na Terra do Fogo.O noroeste dos Estados Unidos e a maior parte do Canadá e do Alasca têm clima de tipo continental, mais frio, e com temperaturas muito baixas nas zonas setentrionais. A franja setentrional da América do Norte e toda a ilha da Groenlândia apresentam clima polar, muito frio e seco.Além dessa divisão geral em grandes domínios climáticos, cabe assinalar a existência de importantes variações locais determinadas pela altitude. Assim, na cordilheira dos Andes registram-se climas temperados em zonas próximas ao equador, climas áridos e de estepe nos planaltos e climas de montanha nas zonas mais altas. A cadeia das Rochosas e as cordilheiras mexicanas e centro-americanas também apresentam climas de montanha, mais frios que os das baixadas contíguas.Hidrografia. O continente americano possui grandes bacias fluviais e extensos e numerosos depósitos lacustres. A disposição de suas cordilheiras, situadas principalmente na borda ocidental, determina um maior desenvolvimento das bacias para a vertente do Atlântico, enquanto que, na do Pacífico, os rios são em geral curtos, rápidos e mais irregulares.Os rios que desembocam no oceano Glacial Ártico são caudalosos, mas congelam-se durante o inverno, o que limita as possibilidades de navegação; entre eles destacam-se o Yukon e o Mackenzie, este último alimentado por vários lagos e, em menor escala, o Back e uma série de rios pequenos que desembocam na baía de Hudson: o Chesterfield, o Churchill, o Nelson, o Hayes, o Severn e o Albany.A vertente do Atlântico recolhe as águas procedentes das altas cordilheiras ocidentais (montanhas Rochosas, Andes), formando rios e lagos caudalosos. Na região dos grandes lagos norte-americanos nascem o São Lourenço, com grande capacidade hidrelétrica e de transporte, e o Hudson. O Mississippi, com 3.779km de extensão, recebe as águas da vertente oriental das Rochosas (Missouri, Platte, Arkansas, Canadian, Vermelho) e da

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vertente ocidental dos Apalaches (Ohio, Tennessee), o que configura um leito navegável de várias centenas de quilômetros. O rio Bravo, ou Grande do Norte, formado pela confluência dos rios Conchos e Pecos, constitui a fronteira natural entre os Estados Unidos e o México. Nesse último país e na América Central os rios são mais curtos. Destacam-se o Pánuco, o Papaloapan e o Usumacinta, no México; o Motágua, na Guatemala; o Patuca, em Honduras; o Coco, na fronteira entre Honduras e Nicarágua e o Grande, na Nicarágua.A vertente oriental da América do Sul beneficia-se da altitude dos Andes e do regime pluviométrico equatorial e tropical que domina a maior parte do território. O Magdalena (Colômbia) e o Orinoco (Venezuela) são os principais rios do norte desse subcontinente. Um pouco mais ao sul da linha do equador corre o Amazonas, maior rio do mundo em volume d,água e que apresenta também a maior bacia hidrográfica do planeta. Os rios Negro, Putumayo, Marañón, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu são seus principais afluentes.O Parnaíba e o São Francisco constituem os principais rios do planalto Brasileiro, juntamente com o Tocantins (que desemboca no grande delta do Amazonas) e o Paraná, Paraguai e Uruguai, que formam o amplo e profundo estuário do rio da Prata. O leito do Paraná-Paraguai é navegável até Corrientes, onde os dois rios se unem. A cordilheira da Patagônia dá origem ao Colorado, ao Negro e ao Chubut.Ao contrário do que ocorre na vertente atlântica, na costa do Pacífico poucos rios alcançam um caudal ou uma extensão dignos de nota. Os mais importantes encontram-se na América do Norte: o Fraser, no Canadá; o Columbia e seu afluente, o Snake, e o Colorado, que percorre o Grande Canyon, nos Estados Unidos.Os depósitos lacustres são muito numerosos na América do Norte. No Canadá encontram-se os lagos glaciais do Urso, dos Escravos, o Athabasca, o Wollaston, o Reindeer, o Southern Indian, o Winnipeg e o Manitoba. Na fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos situam-se os cinco grandes lagos, denominados Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontario; em Utah (oeste dos Estados Unidos) encontra-se o Grande Lago Salgado. No México destaca-se o lago de Chapala e na América Central os de Nicarágua e Manágua, ambos na Nicarágua, e o de Gatún, no Panamá, atravessado pelo canal que liga o Atlântico ao Pacífico. No planalto andino encontram-se os lagos mais altos do mundo, o Titicaca (3.810m de altitude) e o Poopó (3.686m). Finalmente, o lago Mar Chiquita, na Argentina, e a lagoa dos Patos, no sul do Brasil, constituem as principais bacias interiores do cone sul do continente americano.Flora e fauna. O isolamento da América em relação ao resto do mundo, durante milênios, determinou o desenvolvimento de numerosas espécies vegetais e animais autóctones, assim como a ausência de outras, que foram introduzidas após a colonização européia (o cavalo, o porco e o boi, entre outros).Na parte setentrional encontram-se a tundra, região de clima frio caracterizada por apresentar uma vegetação de bétulas e salgueiros anões, musgos e líquens e uma fauna de renas, raposas azuis, ursos polares e focas. A taiga, que se estende pela maior parte do Canadá, é composta principalmente por bosques de coníferas (pinheiros, ciprestes, abetos, cedros e lariços) e habitada sobretudo por mamíferos de grande porte, como o cervo, o urso cinzento e o alce.As zonas temperadas do leste norte-americano caracterizam-se pela presença de bosques de árvores caducifólias e coníferas, cuja densidade cresce nos setores leste e sudeste. A planície central do subcontinente é ocupada em sua maior parte por pradarias, com vegetação herbácea de gramíneas de baixa altura e habitada por uma fauna típica de bisões, cervos, pumas e roedores. No setor árido, a oeste, predomina a vegetação de

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cactos e de arbustos de deserto e de estepe, com diversas espécies de roedores, répteis e caçadores, como o coiote e a raposa.Nas zonas tropicais da América Central, das Antilhas, da América do Sul e, sobretudo, da bacia amazônica, estende-se a maior região de selva virgem do planeta, com uma vegetação exuberante de floresta tropical úmida. A fauna dessas regiões caracteriza-se pela menor abundância de mamíferos (onça, puma, anta) e pelo predomínio das aves (tucanos, papagaios), répteis e insetos.As planícies e os planaltos da Venezuela e do Brasil são o domínio das savanas de gramíneas e bulbosas, que se tornam mais áridas na caatinga brasileira (na ponta oriental do subcontinente) e nos litorais venezuelano e colombiano (plantas espinhosas, cactos e acácias). No Sul do Brasil, no Uruguai e no leste da Argentina estendem-se os pampas, região de vegetação estépica úmida que diminui progressivamente na direção oeste, até ser substituída pela vegetação desértica.A cordilheira dos Andes tem três tipos básicos de formação vegetal: o bosque úmido e denso da região equatorial, as punas e páramos dos planaltos centrais, onde vivem o lhama, a vicunha, a alpaca e o condor, e os bosques úmidos do centro e sul do Chile, com espécies de folhas perenes e caducifólias (araucária, faia, cedro). Nas zonas desérticas, como Atacama, e nos altos cumes das cordilheiras, cobertos por neves perpétuas, as formas de vida vegetal e animal são quase inexistentes.População do Continente AmericanoAs principais características da estrutura demográfica do continente americano são a baixa densidade média de população e a forma desigual como se distribui. Durante o século XX, os habitantes do continente concentraram-se de modo crescente nas cidades, tanto na América do Norte quanto na Central e na do Sul, o que deixou grandes espaços interiores com escassa ou nenhuma população.A exemplo de outros aspectos históricos e humanos, a América do Norte e a Latina apresentam modelos demográficos muito diferenciados. Nos Estados Unidos e no Canadá o crescimento da população reduziu-se muito nas últimas décadas do século XX, em conseqüência da elevação do nível de vida e das restrições à imigração decretadas após a segunda guerra mundial. A população concentra-se principalmente nas cidades da costa oeste (Seattle, Vancouver, San Francisco, Los Angeles, San Diego), na região dos grandes lagos (Milwaukee, Chicago, Detroit, Cleveland, Buffalo, Toronto), nas extensas bacias do Mississippi e do Missouri (Minneapolis, Memphis, Kansas City, Saint Louis, Indianápolis) e, sobretudo, no litoral nordeste dos Estados Unidos, onde se encontra um conjunto urbano de aproximadamente mil quilômetros entre Boston e Richmond, com grandes cidades como Nova York, Filadélfia, Baltimore e Washington. As regiões frias do Canadá e do Alasca, as montanhas Rochosas e a grande planície dos Estados Unidos são as zonas menos povoadas do subcontinente; as cidades do sul e do sudeste (Houston, Nova Orleans, Atlanta, Miami) têm recebido grande número de imigrantes internos, a exemplo do que ocorre na costa da Califórnia.Na América Latina ocorrem taxas de crescimento vegetativo muito elevadas em virtude da conjugação de índices de natalidade muito altos com índices de mortalidade relativamente baixos, próximos aos dos países desenvolvidos. As densidades demográficas são, em geral, baixas devido à existência de grandes territórios quase desabitados (selvas virgens, montanhas, desertos e estepes áridas); além disso, a população tende a abandonar o campo e a se concentrar nas grandes capitais e nos centros urbanos regionais que, em muitos casos, abrigam a maior parte dos habitantes dos respectivos países. Tal fenômeno de "macrocefalia" ocorre principalmente no planalto mexicano (Cidade do México, Puebla, Guadalajara, Monterrey), na América Central (Guatemala, San Salvador, Tegucigalpa, Manágua, São José da Costa Rica,

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Cidade do Panamá), na região costeira da Venezuela (Caracas, Maracaibo), em vários conglomerados urbanos do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Porto Alegre) e no estuário do rio da Prata (Montevidéu e Buenos Aires).Outros núcleos urbanos importantes são Tampico e Veracruz, no golfo do México; Havana, em Cuba; Medellín, Bogotá, Quito e Guayaquil, na zona andina da Colômbia e do Equador; Callao e Lima, no Peru; La Paz, Sucre e Potosí, no planalto boliviano; Santiago, no Chile; e algumas outras cidades situadas no interior da América do Sul, como Manaus e Brasília, no Brasil, e Córdoba, Santa Fé e Rosário, na Argentina.A expansão acelerada da população urbana na América Latina, devido tanto ao crescimento natural das cidades quanto ao êxodo rural, tem causado graves problemas -- como o desemprego, o déficit habitacional, as deficiências alimentares e a carência de serviços sociais -- em muitos desses centros. A Cidade do México, o Rio de Janeiro e Buenos Aires são exemplos de um tipo de crescimento urbano desordenado que não conseguiu estabelecer uma relação econômica adequada com os territórios circundantes.Etnografia. Do ponto de vista etnográfico, a população americana é composta por três grandes grupos humanos: os ameríndios, divididos em várias sub-raças; os brancos, originários de diferentes pontos da Europa; e os negros, descendentes dos escravos procedentes da África.Os índios americanos constituem hoje uma minoria no conjunto do continente, embora hajam sobrevivido em estado puro ou com diversos graus de mestiçagem no Canadá, nas reservas dos Estados Unidos e em quase toda a América Latina.Cerca da metade da população canadense é de origem inglesa e aproximadamente trinta por cento de origem francesa; o restante é constituído por descendentes de imigrantes europeus de outras nacionalidades e por uma reduzida porcentagem de indígenas e esquimós. A maioria dos habitantes dos Estados Unidos são brancos, sobretudo de origem anglo-saxônica; os negros constituem cerca de 12,5% da população, que inclui ainda importantes minorias de hispânicos (principalmente latino-americanos), asiáticos e judeus.Índios e brancos coexistem no território mexicano, embora a maior parte da população seja composta por mestiços, com variáveis níveis de cruzamento entre as raças. A América Central é habitada por brancos, negros, índios e mestiços, à exceção da Costa Rica, povoada quase que exclusivamente por brancos. Nas Antilhas a população indígena desapareceu nos primeiros séculos da colonização; isso fez com que a maior parte da população atual seja composta por brancos, negros e mulatos.Apesar da mortandade maciça de índios, em conseqüência das epidemias trazidas do Velho Mundo e dos trabalhos forçados impostos pelos colonizadores, a população indígena e mestiça da América do Sul continua sendo majoritária na Colômbia (chibchas), no Equador, no Peru, na Bolívia (quêchuas e aimarás) e no Paraguai (guaranis), além de manter importantes redutos na Venezuela, nas Guianas, no Chile e na Terra do Fogo. A população negra e mulata é importante no Brasil e predomina nas Guianas, enquanto os brancos são maioria no Chile, na Argentina, no Uruguai e, em menor proporção, no Brasil.O Continente Americano se divide em duas grandes áreas lingüísticas: a América anglo-saxônica, constituída pelos Estados Unidos e pela maior parte do Canadá, e a América Latina (espanhola e portuguesa), que abrange desde o México até o extremo meridional da América do Sul. O espanhol é falado em vários pontos dos Estados Unidos (população de origem hispânica), no México, na América Central, nas principais ilhas do Caribe (Cuba, República Dominicana e Porto Rico) e em toda a América do Sul, à exceção das Guianas (que utilizam o inglês, o francês e o holandês) e do Brasil, onde se

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fala o português. O inglês é a língua oficial dos Estados Unidos e do Canadá, de alguns países da América Central e das Antilhas (Belize, Jamaica e diversas ilhas menores) e da Guiana. Além desses grandes grupos lingüísticos, cabe assinalar a presença de outros idiomas de menor uso: o francês, no leste do Canadá (Quebec e Nova Brunswick), no Haiti, nas Antilhas francesas e na Guiana Francesa; o holandês, no Suriname, e diversas línguas ameríndias no Canadá (esquimó e atapasco), Estados Unidos (sioux, atapasco etc.), México (náuatle e maia, principalmente), Colômbia (chibcha), Andes setentrionais e centrais (quíchua e aimará), Amazônia (aruaque, tupi-guarani), Paraguai (guarani) e sul do Chile (mapuche).Religião. Predomina no Continente Americano o cristianismo. A Igreja Católica está amplamente difundida em todo o continente, sendo a religião majoritária na América Latina; as diversas confissões protestantes dominam nas áreas de cultura anglo-saxônica, se bem que mescladas com numerosos grupos católicos. Além do cristianismo, nas zonas de forte população indígena e negra persistem os cultos ancestrais, indígenas ou trazidos da África, misturados em parte com elementos da tradição cristã e que dão lugar ocasionalmente a ritos sincréticos de manifestações singulares, como o vodu e o candomblé.Economia do Continente AmericanoA América é um continente muito rico, embora grande parte de seus recursos ainda permaneçam inexplorados. Tal riqueza, no entanto, encontra-se repartida de maneira bastante desigual, tanto no interior de cada país, quanto no conjunto do continente. Os Estados Unidos e o Canadá, por exemplo, apresentam uma economia avançada e muito industrializada, enquanto grande parte da América Latina permanece em situação de subdesenvolvimento e dependência comercial e financeira. Os Estados Unidos, com enormes recursos minerais e energéticos, agricultura especializada, apurada tecnologia e avançada indústria, controlam os mercados mundiais de importantes produtos agrícolas, minerais e industrializados. Da mesma forma, o "colosso do norte" exerce tutela econômica sobre muitos países latino-americanos cujo comércio exterior baseia-se na troca de matérias-primas (agrícolas e minerais) por produtos industrializados.A atividade agropecuária apresenta níveis de desenvolvimento semelhantes no Canadá e nos Estados Unidos, embora a produção seja muito maior neste último país, devido tanto ao clima temperado que domina a maior parte de seu território quanto à qualidade dos solos, ricos em matéria orgânica, e ao caráter industrial das plantações, extensas e muito mecanizadas. Destacam-se, sobretudo, as grandes plantações de trigo (que proporcionam colheitas de primavera e de inverno), milho, algodão e, em menor escala, aveia, cevada, arroz, leguminosas, linho, soja, tabaco, hortaliças, frutas etc. Os rebanhos de ovinos e suínos alcançam grande rendimento nas fazendas americanas e canadenses, embora os maiores índices de produtividade pertençam ao gado bovino, criado de forma industrial no sudeste do Canadá e nas regiões centro, noroeste e sudeste dos Estados Unidos. A silvicultura e a pesca também constituem importantes fontes de matérias-primas para a indústria e para as exportações de ambos os países.Já na América Latina, as profundas distorções existentes na estrutura da propriedade agrária e as técnicas agrícolas antiquadas constituem sério entrave ao desenvolvimento e à diversificação da atividade agropecuária, o que obriga quase todos os países a importar grande quantidade de produtos alimentícios. O México, que exporta algodão e sisal, produz grandes safras de trigo, milho e outros cereais. Na América Central e nas ilhas do Caribe há grandes plantações de café, banana, cana-de-açúcar, cacau, tabaco, linho, soja, algodão e milho. As lavouras de produtos tropicais e de cereais também se estendem por vastas regiões do Brasil, Colômbia e Venezuela, enquanto a pecuária, principalmente bovina, ovina e eqüina, atingiu grande desenvolvimento nos campos do

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Brasil, Argentina, Venezuela, Colômbia, Chile e Uruguai. As colheitas de cereais do sul do Brasil e da Argentina encontram-se entre as mais importantes do mundo.O continente americano é excepcionalmente rico em fontes de energia e recursos minerais. O enorme potencial hidrelétrico de seus rios é explorado de modo crescente na América do Norte e com menor intensidade na América do Sul, onde Brasil, Colômbia, Bolívia, Argentina, Paraguai e Chile começaram a aproveitar os importantes rios da região andina e das bacias da vertente atlântica. A América produz grande parte do petróleo mundial, principalmente nas reservas dos Estados Unidos e, em menor quantidade, no México, Venezuela, Colômbia, Argentina, Brasil, Peru e Equador. O gás natural, muito abundante, localiza-se sobretudo no Canadá, Estados Unidos, México, Venezuela, Peru e Argentina. Além disso, há grandes jazidas de carvão mineral, principalmente hulha, nos Estados Unidos, e reservas secundárias no Canadá, México, Colômbia, Chile, Brasil e Argentina.Os principais recursos minerais do continente são zinco, extraído em numerosos centros produtores no Canadá, cobre, chumbo, ferro e estanho; os principais produtores são Estados Unidos, Canadá, México, Peru, Bolívia e Argentina. O México destaca-se por suas reservas de prata, o Brasil e o Peru por sua produção de ferro, o Chile pelo cobre e a Bolívia pelo estanho.A abundância de matérias-primas e de recursos minerais e energéticos, aliada à demanda de um amplo mercado interno contribuíram para o intenso desenvolvimento industrial dos Estados Unidos. Todos os setores produtivos acham-se representados no país, com destaque para ferro, aço e as indústrias mecânica, química, eletrônica, têxtil, naval e de papel. As grandes empresas americanas, cujos centros fabris concentram-se principalmente no nordeste do país -- por isso mesmo a região mais industrializada e urbanizada do planeta -- estendem sua influência por todo o mundo ocidental, tanto pelo investimento de capitais, quanto pelo controle de mercados em âmbito internacional.O Canadá ocupa o segundo lugar em desenvolvimento industrial no continente, com uma produção igualmente diversificada e de tecnologia avançada. Os países latino-americanos tentam competir com seus vizinhos setentrionais através da criação e do fomento de indústrias próprias, apesar de suas graves deficiências estruturais (comunicações precárias, grande dívida externa, escassez de capitais). Nesse grupo destacam-se o México (têxteis, papel, vidro, máquinas), a Venezuela, a Argentina, o Chile e, sobretudo, o Brasil (siderurgia e manufaturas). Nos demais países, onde a industrialização é bastante reduzida, a economia baseia-se fundamentalmente na atividade agropecuária ou na extração mineral.História do Continente AmericanoA América começou a ser povoada, segundo estimativas, entre 20.000 e 35.000 anos atrás (embora alguns pesquisadores proponham cinqüenta mil anos), quando a diminuição do nível dos oceanos -- provocada pela última glaciação -- possibilitou a comunicação terrestre entre a Ásia e o Novo Mundo através do estreito de Bering. A evolução cultural do homem pré-histórico americano acelerou-se entre 5000 e 4000 a.C., com o início de um processo de revolução neolítica em alguns pontos do México, da América Central e do Peru. Por volta do ano 3000 a.C. já se haviam consolidado as técnicas agrícolas (irrigação, fertilização e cultivos em terraços), enquanto as artes da cerâmica e da confecção de tecidos alcançavam alto grau de perfeição. A crescente complexidade da organização social e econômica propiciou a formação de centros urbanos dotados de poder político centralizado. Desse modo, entre 1500 e 1200 a.C. começaram a suceder-se várias civilizações no vale do México, na América Central e na cordilheira dos Andes.

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No México desenvolveram-se as culturas olmeca (1150-800 a.C.), de Teotihuacan (400 a.C.-650 da era cristã), tolteca (séculos X a XII) e asteca (séculos XIV a XVI). A civilização maia evoluiu a partir de 500 a.C. no sul do México, Yucatán, Guatemala e El Salvador, com distintas etapas culturais, cujo apogeu situou-se entre o século III a.C. e o início do século X da era cristã. Na região andina floresceram as culturas de Chavín e Paracas (1000-200 a.C.), Nazca e Moche (400-200 a.C.), Tiahuanaco e Huari (600-800 da era cristã), Chimú (séculos XIV e XV) e o império inca (séculos XV e XVI).No resto do continente os diversos povos ameríndios permaneceram em estágios culturais bastante atrasados. As atividades de caça e coleta subsistiram em muitas regiões até o descobrimento; mas algumas formas incipientes de agricultura já haviam começado a desenvolver-se, especialmente nas zonas próximas às grandes civilizações.As civilizações americanas conheceram o calendário, as formas pictográfica e ideográfica de escrita e atingiram alto nível de perfeição nas artes da arquitetura, da escultura e da cerâmica. Não chegaram, porém a desenvolver a metalurgia do ferro nem alcançaram importantes inventos e técnicas como a roda, a roda de oleiro, o arco e a abóbada (na arquitetura) e o vidro.A chegada de Cristóvão Colombo representou o descobrimento de um imenso território até então desconhecido para os habitantes do Velho Mundo. Os espanhóis, "proprietários", juntamente com os portugueses, das terras recém-descobertas, empreenderam a conquista das zonas civilizadas do México e do Peru (Hernán Cortés e Francisco Pizarro, respectivamente), e iniciaram a colonização de toda a América Central, das grandes Antilhas, Venezuela, Colômbia, cordilheira dos Andes e rio da Prata. A introdução do cristianismo e da língua castelhana, e a fusão e assimilação das civilizações indígenas com a cultura hispânica foram a contrapartida dos abusos e da exploração a que foram submetidos os índios americanos. Os portugueses, que chegaram ao Novo Mundo em 1500, com a expedição de Pedro Álvares Cabral, estabeleceram seu domínio colonial nas costas do Brasil, território que lhes cabia pelo Tratado de Tordesilhas.A partir do século XVII, os Países Baixos, a França e a Inglaterra começaram a introduzir-se no Cont, atacando as frotas espanholas carregadas de prata e fundando colônias nos territórios ocupados por espanhóis e portugueses. Os holandeses contentaram-se com a posse de alguns encraves de grande valor econômico e estratégico na Guiana e nas pequenas Antilhas, enquanto França e Inglaterra iniciavam um período de confrontos para obter o controle dos territórios norte-americanos. Finalmente, a superioridade militar e o maior número de colonos determinaram a hegemonia britânica sobre a América do Norte. A colonização, realizada em sua maior parte por calvinistas e protestantes radicais, caracterizou-se pela violência sistemática contra os índios, que foram expulsos de suas terras e exterminados em amplas áreas, à medida que os colonos avançavam para o oeste.Os interesses dos habitantes das 13 colônias norte-americanas entraram em conflito aberto com os da metrópole a partir de 1765, quando o governo britânico impôs um pesado imposto sobre documentos jurídicos, periódicos e transações comerciais. Em 1773 o motim do chá, em Boston, significou o início da guerra, formalmente declarada dois anos depois. Em 4 de julho de 1776 o Congresso de Filadélfia proclamou a Declaração de Independência dos Estados Unidos, inspirada nas idéias liberais de John Locke e Montesquieu; nela se formulavam pela primeira vez os direitos do homem. A guerra terminou em 1783 com o reconhecimento, pelo governo britânico, da independência do novo país; quatro anos depois foi promulgada a constituição americana, que estabelecia a divisão de poderes e assegurava o funcionamento de um sistema político baseado na participação dos cidadãos.

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Nos vice-reinos espanhóis, a elite dirigente era constituída por peninsulares, isto é, pessoas nascidas na Espanha. Os crioulos (descendentes dos conquistadores e dos primeiros colonizadores), imbuídos de idéias liberais, sentiram-se insatisfeitos com o caráter limitado das reformas levadas a efeito por Carlos III nas colônias espanholas e vislumbraram na independência americana e, pouco depois, na revolução francesa, um exemplo a ser imitado nos vice-reinos. A invasão francesa da península ibérica precipitou os acontecimentos. As juntas dos vice-reinos, criadas para administrar o território americano até a restauração da coroa espanhola, converteram-se em focos revolucionários e independentistas. A guerra civil entre "patriotas" (independentistas) e "legalistas" (partidários da unidade com a Espanha) recrudesceu após a volta de Fernando VII ao trono, mas finalmente os patriotas, comandados por generais como Simón Bolívar e José de San Martín, conseguiram alcançar o objetivo de separar-se da Espanha, embora não o de manter a unidade da América hispânica.O Brasil também obteve a independência em 1822, mas, ao contrário dos demais países americanos, a forma de governo adotada foi a monarquia, que se manteve até 1889.Ao longo do século XIX os Estados Unidos lançaram-se à conquista do oeste, incorporando novos estados, tanto pela compra ou cessão (territórios franceses e espanhóis do centro e do sudeste da América do Norte), quanto pela conquista (Texas, Novo México e Califórnia), ou pela ocupação efetiva (o far west, ou oeste distante). O regime político americano, resultado da contemporização entre os grandes comerciantes protecionistas do norte e os latifundiários livre-cambistas do sul, passou por um período de crise entre 1861 e 1865, quando os estados do sul, descontentes com a política antiescravista do presidente Abraham Lincoln, tentaram separar-se da união. Após a derrota dos sulistas, os Estados Unidos experimentaram intenso desenvolvimento industrial.Depois da primeira guerra mundial, em que a intervenção americana teve papel decisivo, os Estados Unidos converteram-se na maior potência econômica do mundo. O fim da segunda guerra mundial marcou o início de um novo período nas relações internacionais, o da chamada "guerra fria". Marcado pela rivalidade com o bloco socialista e pela influência política e econômica dos Estados Unidos na maior parte do mundo ocidental e dos países em desenvolvimento, essa situação perdurou até a desintegração do bloco socialista e o fim da União Soviética, no início da década de 1990.Ao contrário do que sucedeu nos Estados Unidos, a evolução histórica da América Latina durante os séculos XIX e XX caracterizou-se pela fragmentação e rivalidade entre os diversos países, por uma escassa evolução e pela instabilidade política, consubstanciada numa sucessão de golpes de estado, ditaduras e revoluções.Após uma primeira fase de domínio comercial e financeiro, os Estados Unidos procuraram impor maior presença no Continente Americano (a política do big stick, entre 1895 e 1918), que posteriormente se ampliaria com o controle dos organismos de cooperação pan-americana (Organização dos Estados Americanos, Organização dos Estados Centro-Americanos, Aliança para o Progresso etc.). Na segunda metade do século XX, entretanto, registrou-se um crescente esforço das nações latino-americanas para assumir atitudes de independência ante os Estados Unidos.

África - Continente Africano

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Origem do nome do continente africano: África Deriva de avringa ou afri, tribo berbere que na Antiguidade habitava o norte do continente. Começa a ser usado pelos romanos a partir da conquista de Cartago para designar províncias a noroeste do Mediterrâneo africano (atuais Tunísia e Argélia). No século XVI, com o avanço dos europeus para o sul, o nome generaliza-se para todo o continente.Limites – Paralelo 37º norte (cabo Bon na Tunísia); mar Mediterrâneo (N); mar Vermelho (NE); oceano Índico (L) e Paralelo 38º8' sul no oceano Atlântico (S, O e NO).Área – 30,33 milhões de km² – 19% das terras emersas do planeta. Divisão – 53 países.População – 681,7 milhões de habitantes. Densidade média (hab./km²): 22,47. Características Físicas do Continente AfricanoÉ cortado pelo Equador e 75% do território situa-se entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. É o continente mais tropical, embora possua faixas subtropicais nas extremidades norte e sul. Predominam altas temperaturas. Um terço do território é de áreas desérticas, 40% não têm rios. As terras aráveis somam 17,8% e as florestas, 31,5%. Detém 69% das terras áridas do planeta. O litoral é pouco recortado. As planícies são ocupadas por lagunas e pântanos. Apresenta cadeias de montanhas ao norte, os Atlas, na Tunísia, Argélia e Marrocos. Relevo - O relevo Africano predominante planáltico apresenta considerável altitude média de 750m.Ocupa as regiões central e ocidental, em sua quase totalidade, planaltos intensamente erodidos, constituídos por rochas muito antigas e limitados por grandes escarpamentos. Ao longo do litoral, situam - se as planícies costeiras, geralmente estreitas , salvo a oeste e nordeste, quando se estendem para o interior .Na porção oriental da África encontra-se uma de suas características físicas mais marcantes: falha geológica estendendo-se de norte a sul, em que se sucedem planaltos e depressões relativas.É nessa região que se localizam os maiores lagos do continente, circundados por algumas das mais altas montanhas: Quilinmanjaro (5 895 metros), Quênia (5199 metros) e Ruvenzori (5 109 metros). Podemos destacar ainda dois grandes conjuntos de terras altas, um no norte, outro no sul, do continente:- a Cadeia dos Atlas, que ocupa a região sentrional do Marrocos, da Argéria e da Tunísia. Chegam atingir mais de 4 000 metros de altura;- a Cadeia do Cabo, na África do Sul. É de formação antiga, culminando nos Montes Drakensberg com mais de 3 400 metros de altura.Completando uma visão do relevo africano, é possível observar ainda a existência de antigos maciços montanhosos em diferentes pontos do continente.

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O planalto dos Grandes Lagos assinala o início da inclinação do relevo africano.Hidrografia - Tendo suas regiões norte e sul praticamente tomadas por desertos, a África possui relativamente poucos rios. Alguns deles são muito extensos e volumosos, por estarem localizados em regiões tropicais e equatoriais; outros atravessam áreas desérticas, tornando a vida possível ao longo de suas margens. A maior importância cabe ao Rio Nilo, o segundo mais extenso do mundo. Nasce nas proximidades do Lago Vitória, percorre o nordeste africano e deságua no Mediterrâneo.Além do Nilo, outros rios importantes para a África possui alguns são o Congo, o Niger eo Zambeze.No que se refere aos lagos, a África possui alguns muitos extensos e profundos, a maioria situada no leste do continente, como o Vitória, o Niassa, o Rodolfo e o Tanganica.Vegetação - Florestas equatoriais – Ocorrem nas baixas latitudes, compreendendo a parte centro-ocidental da África. Como estão em áreas quentes e úmidas, possuem folhas largas (latifoliadas) e sempre verdes (perenes). As árvores podem ter até 60 m (castanheira). Apresentam grande variedade de espécies (floresta heterogênea). Os solos em geral são pobres. São conhecidas como autofágicas (que se alimentam de si mesmas) em função da grande quantidade de húmus proveniente das folhas, galhos e troncos.Savanas ou cerrados – Aparecem na faixa intertropical em locais onde ocorre uma estação seca (inverno), impedindo o aparecimento de florestas. São formações vegetais encontradas na larga faixa do centro da África, litoral da Índia. Têm plantas rasteiras (herbáceas), intercaladas por árvores de pequeno porte. No período de seca, as folhas caem para evitar a evaporação. No Brasil são chamadas de cerrado e na África, de savana. Desertos – Nas áreas desérticas, como no Saara, Kalaari, Arábia e Irã, não há vegetação permanente. Em alguns locais, surge uma "erva rasteira" após as chuvas. Nas regiões onde aflora o lençol freático (lençol subterrâneo de água) podem surgir oásis, com palmeiras (tamareiras). Quadro Humano do Continente AfricanoPequena população relativa e distribuição irregular - Apesar de ser o terceiro continente em extensão territorial, a África é relativamente pouco povoada. Abriga pouco mais de 600 milhões de habitantes e uma densidade demográfica de 20 habitantes por quilômetro quadrado.Essa pequena ocupação demográfica encontra explicações nos seguintes fatores:- grande parte do continente é ocupada por áreas desfavoráveis a concentrações humanas;- os índices de mortalidade são muitos altos;- a África é um continente que recebeu poucas correntes migratórias.A população africana caracteriza-se também pela distribuição irregular. O Vale do Nilo, por exemplo, possui densidade demográfica de 500 habitantes por quilômetro quadrado, enquanto os desertos e as florestas são praticamente despovoados.A quase totalidade dos países africanos exibe características típicas de subdesenvolvimento: elevadas taxas de natalidade e de mortalidade, bem como expectativa de vida muito baixa. Resulta desses fatores a preponderância de jovens na população, que, além apresentarem menor produtividade , requisitam grandes investimentos em educação e nível de emprego.Maioria negra e diversos grupos brancos - A maior parte da população africana constituída por diferentes povos negros, mas é expressiva quantidade de brancos, que vivem principalmente na porção setentriorial de continente, ao norte do Deserto do Saara.

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sudaneses: em sua maior parte habitam as savanas que se estendem do Atlântico ao vale superior do Rio Nilo. Vivem basicamente do agricultura ;bantos: habitam a metade do sul do continente e têm como atividades principais a criação gado e a caça;nilóticos: são encontrados na região do Alto do Nilo e caracterizam-se pela estatura elevada;pigmeus: de pequena estatura, vivem principalmente na selva do Congo e em seus arredores, onde baseiam sua subsistência na caça e na coleta de raízes;bosquimanos e hotentotes: habitam a região do Deserto de Calaari, distinguem-se como grandes caçadores de antílopes e avestruzes.Em correspondência com os três diferentes ramos étinico-culturais, encontram-se na África três regiões principais: o islamismo, que se manifesta sobretudo na África Branca, mas é também professado por numerosos povos negros; o cristianismo, religião levada por missionários e professada em pontos esparsos da continente; o animismo, seguindo por toda África Negra.Um continente de famintos - Adversidades climáticas somente ampliam a miséria de milhares de africanos, que vivem abaixo das condições mínimas de sobrevivência. Com a agricultura extensiva, matas são derrubadas e em seus limites o deserto avança.Outro problema é o descompasso existente entre o enorme crescimento populacional eo reduzido crescimento populacional e o reduzido crescimento, ou mesmo estagnação, da agropecuária.Conflitos de um continente mal dividido - A atual divisão política da África somente se configurou nas décadas de 60 e 70. Durante séculos, o continente foi explorado pelas potências européias - Inglaterra, França, Portugal, Espanha, Bélgica, Itália e Alemanha, em zonas de influencia adequadas aos seus interesses. Ao conseguirem a independência, os países africanos tiveram de se moldar às fronteiras legadas pelos colonizadores. Estas, por um lado, separavam de modo artificial grupos humanos pertences às mesmas tribos, falantes dos mesmos dialetos e praticantes dos mesmos dialetos e praticantes dos mesmos costumes, submetia-os, por outro lado, à influencia de valores europeus.A segregação racial assumiu formas rígidas e violentadas: bairros, meios de transporte, casa de comércios, igrejas etc. eram reservados para uso dos negros. as leis do aparheid - segregação racial institucionalizada - proibiam que os negros se candidatassem a cargos políticos, que concorressem com os brancos a um emprego, que freqüentassem quaisquer ambientes que não lhes fossem expressamente destinados.Regiões Geográficas do Continente Africano Norte da África - Abrangendo Egito, Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos, a região é fonte de preocupação para a Europa em virtude do crescente fluxo migratório desses países, em especial para a França e Alemanha. Durante as décadas de expansão econômica de 70 e 80 esse fluxo é bem recebido por facilitar a substituição dos trabalhadores europeus, mais qualificados e mais caros, por trabalhadores imigrantes nos serviços pesados e insalubres. A recessão do final dos anos 80 e a rápida elevação do desemprego tecnológico invertem a situação, já que os imigrantes passam a disputar vagas de trabalho com os trabalhadores europeus. Crescentes medidas restritivas são adotadas pelos países europeus para deter as migrações, agravando os problemas econômicos e sociais do norte da África.África Meridional - As mudanças ocorridas na África do Sul e as possibilidades de pacificação de Angola e Moçambique geram ações unificadas entre os países da região para integrarem seus mercados e enfrentar em melhores condições a competitividade do mercado internacional.

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África do Sul - As eleições multirraciais e multipartidárias de 1994, com a eleição de Nelson Mandela para presidente, abrem um novo capítulo na história do país, extinguindo totalmente a política do apartheid e estabelecendo direitos de cidadania para a maioria negra da população. O sistema de governo adotado, no qual todos os partidos com representação no Parlamento também estão representados no governo, necessita de um período de tempo para comprovar sua viabilidade. As tendências separatistas dos zulus e dos direitistas brancos permanecem presentes, embora a situação econômica tenha melhorado com o fim do bloqueio econômico e a retomada do fluxo de investimentos.

O Continente Asiático

O mapa do maior continente do mundo, a Ásia

A Ásia é o maior continente do mundo, corresponde a um terço das emersas, é banhado por três oceanos, Índico (ao sul), Pacífico (a leste) e o Antártico (ao norte). Ao norte a cadeia de montanha separa o continente da Europa (fronteira natural). As características naturais e climáticas são abrangentes, uma vez, que se trata de uma imensa extensão territorial. O clima pode variar de equatorial e tropical até polar, e as vegetações presentes no continente, são dentre elas, florestas equatoriais, tropicais, temperadas, estepes, savanas e pradarias, vegetação desértica, taiga e a tundra, o relevo é composto por grandes altitudes. Devido à extensão territorial do continente asiático, foi realizada uma regionalização do continente, dessa forma a Ásia ficou classificada como Oriente Médio, Sul da Ásia, Sudeste da Ásia, Extremo Oriente e países da ex-União Soviética. O continente Asiático é o mais populoso do mundo, com uma população de aproximadamente 3,8 bilhões de pessoas, que corresponde a 60% do total da população mundial. De cada dez países mais populosos do mundo, sete encontra-se no continente Asiático (China, Índia, Indonésia, Paquistão, Rússia e Japão). O processo de colonização e descolonização da Ásia é bastante semelhante com o ocorrido na América Latina e na África, que ficou caracterizado pela intensa exploração. No século XV com as grandes navegações as potências Européias começaram a manter relação com a Ásia, até o século XIX as relações eram estritamente comerciais por meio das feitorias.

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A exploração se tornou intensa somente nos séculos XIX e XX, quando as potências Européias passaram a conquistar territórios no continente, as conquistas tinham como razão principal a exploração de recursos naturais e matérias-primas para atender as necessidades industriais. No século XX outras potências queriam explorar o continente como os Estados Unidos, Japão e Rússia. Antes de ocorrer à expansão colonialista era raro o contato entre asiático e europeu. No sudeste asiático a colonização causou modificações na cultura local, o cultivo de arroz despertou cobiça e disputas territoriais, pois o clima era favorável ao desenvolvimento das monocultoras, geralmente culturas apreciadas na Europa. O Oriente Médio, do século XIII até XX, se encontrava sob domínio do Império Turco-Otomano (Árabes), (Curdos) e (Persas). Ao apoiar a Alemanha na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) o Império foi derrotado perdendo áreas de domínio para Ingleses e Franceses. Após a independência dos países do Oriente Médio, os limites territoriais estabelecidos pelos Europeus promoveram uma instabilidade política na região que são apresentadas até os dias de hoje. O processo de colonização esbarrou na força de grandes civilizações (hindu e chinesa), essas são civilizações com poder de dinastia, com uma estrutura social, possuía exército, duas sociedades com rigoroso código de conduta moral, firmados na religião e que não iria admitir a imposição cultural européia. No entanto, mesmo com a resistência, os países Europeus com sua superioridade militar e estratégias, conseguiram derrotar as grandes nações asiáticas e explorá-las. Atualmente a China e Índia são importantes potências regionais, e em ascensão no cenário mundial. O processo de descolonização do continente asiático teve início através de iniciativas anti-colonização e no enfraquecimento das nações Européias após a Segunda Guerra Mundial, a maioria dos países herdaram problemas econômicos e sociais.

Oceania

Este é o continente mais isolado do mundo.

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A Oceania é o continente mais isolado do mundo, sua barreira geográfica fez com que fosse o último a ser descoberto pelos europeus. Em razão desse atraso em seu descobrimento ficou conhecido como "mundo novo".Assim como na América e na África, a Oceania era ocupada por nativos antes da chegada dos europeus, em pouco tempo grande parte desses povos foram praticamente dizimados e os que restaram reivindicam até os dias de hoje os seus direitos.O continente mais isolado do mundo é composto pela Austrália, Nova Zelândia e Papua Nova Guiné. Sua configuração corresponde a um enorme arquipélago, com formação derivada de erupções vulcânicas. É cercado pelo Oceano Índico a oeste e Pacífico a norte, leste e sul. 

A Oceania possui uma área de 8,4 milhões de km2, e essa abrange todos os hemisférios, o maior país do continente é a Austrália, além desse existem várias ilhas dispersas pelo Oceano Pacífico.O maior país do continente, a Austrália, é considerado uma ilha-continente, pois está situado entre o Pacifico e o Índico com uma área de 7,6 milhões de km2, que representa 90% do total da Oceania. O território da Nova Zelândia é banhado pelo Mar da Tasmânia a oeste, Pacífico a leste, localizado totalmente na zona temperada do sul. Está a 1750 km da Austrália a leste, o país em questão é considerado um arquipélago, pois é formado por duas ilhas principais: uma localizada ao norte e outra ao sul, entre as duas está o Estreito de Cook.O conjunto de ilhas dispersas pelo Pacífico é dividido em três: a Micronésia (ilhas pequenas), a Melanésia (ilhas negras) e a Polinésia (muitas ilhas), a última concentra grande parte das ilhas da Oceania. Dentre todas as ilhas, as mais importantes são: o Havaí e a Polinésia Francesa - onde está situado o Taiti.No continente existem ainda onze arquipélagos-Estados com áreas pequenas, dessas destacam os Estados Federados da Micronésia, Fiji, Ilhas Marshall, Ilhas Salomão, Kiribati, Nauru, Palau, Samoa, Tonga, Tuvalu e Vanuatu.

Antártida (antártica)O continente onde foi registrada a temperatura mais fria de todos os tempos (-89,2°C na estação Vostok em 21/07/1983) é cercado pelos oceanos Pacífico e Atlântico e se localiza no Pólo Sul do planeta. Com uma extensão de 14 milhões de km², a história do continente praticamente se resume à sua história de exploração. Devido às baixas temperaturas registradas (a temperatura média varia de 0°C no verão no litoral a -65ºC no inverno no interior), a

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Antártica é o continente mais inóspito do planeta e, por isso, possui muitas regiões ainda não exploradas pelo homem.Durante todo o ano cerca de 98% do território permanece congelado. E no inverno sua extensão chega a aumentar até 1mil km de largura por causa do gelo.Mesmo com montanhas que atingem em média 2.000 metros de altura (é o continente com a maior média de altitude), os ventos fortíssimos (a velocidade máxima já registrada foi de 192km/h) no continente Antártico fazem com que o tempo mude constantemente e bastante rápido e embora possua mais de 2/3 da água doce do planeta é um dos locais mais secos do mundo, pois toda a água por lá está congelada. A precipitação anual é de apenas 140mm o que faz do continente um verdadeiro deserto polar. Entretanto, esse deserto polar possui uma grande diversidade biológica.Estima-se que na Antártica existam 150 espécies de peixes que se adaptaram para viver em locais muito frios. Devido a Convergência Antártica (encontro da Corrente Antártica Circumpolar com a correntes quentes do sul dos Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico), esta região é considerada a mais nutritiva do planeta. É nesse lugar onde cresce o crustáceo que é a base da cadeia alimentar local, o krill, que serve de alimento para diversos animais marinhos. Em seus mares também, habitam criaturas como os golfinhos e as baleias (cachalotes e baleias azuis, por exemplo) que migram para regiões mais quentes no inverno. Outros habitantes são algumas espécies de focas, o lobo-marinho e o elefante marinho.Quanto às aves, na Antártica encontram-se grandes quantidades de indivíduos da mesma espécie, mas a variedade de espécies é bem limitada. O animal típico da região é o pingüim. Chegam a ser encontradas populações com até 1,5 milhões de indivíduos. Outras aves do continente Antártico são os albatrozes, as skuas ou gaivota-rapineira além de outras espécies de gaivotas, o biguá, andorinhas do mar, espécies de pombas e os petréis (aves marítimas que podem chegar a 2,10 de envergadura).

Por causa do clima e do fato de a maior parte do solo permanecer congelada o ano todo, a flora na Antártica é bem simples. Consiste praticamente em algas, fungos, liquens, musgos e duas espécies de vegetais superiores que têm o crescimento inibido pelos animais (angiospermas e gramíneas).Devido às suas características extremas, é o único continente que não possui população permanente e, por isso, também é o único lugar do mundo que ainda possui o ar totalmente puro. Isso se deve ao fato de que o continente é regido pelo “Tratado da Antártica” (1961), onde os países abrem mão da soberania sobre determinadas regiões

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do continente e fica acordado que a Antártida será usada somente para pesquisa científica com cooperação entre os países. Mais tarde em 1991, é aprovado o “Protocolo sobre Proteção Ambiental para o Tratado da Antártica” na “XI Reunião Consultiva Especial do Tratado da Antártica” que proíbe a exploração mineral que não seja para fins de pesquisa e estabelece normas de preservação ambiental.Aliás, o maior problema que atinge a região Antártica atualmente é justamente um problema ambiental. Devido ao aquecimento do planeta cerca de 3 mil km² de geleiras derreteram entre 1998 e 1999. O evento mais preocupante até hoje, foi o desprendimento da geleira Larsen B. com cerca de 3.250 km². Mesmo assim, os cientistas afirmam que isso não contribuiu para o aumento do nível do mar nos últimos anos porque o gelo já estava no mar.Contudo, isso significa que as correntes de ar quente que chegam ao continente passando por cima das cadeias montanhosas no verão, estão mais quentes. O que pode elevar a temperatura do interior da Antártica e contribuir para a aceleração do derretimento do gelo.

Mapa da Antártica

BrasilBrasil, oficialmente República Federativa do Brasil, é o maior país da América do Sul e o quinto maior do mundo em área territorial (equivalente a 47% do território sul-americano) e população, com mais de 192 milhões de habitantes. É o único país falante da língua portuguesa

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na América e o maior país lusófono do mundo, além de ser uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas do planeta, resultado da forte imigração vinda de muitos países.Delimitado pelo oceano Atlântico a leste, o Brasil tem um litoral de 7 491 km. É limitado a norte pela Venezuela, Guiana, Suriname e pelo departamento ultramarino francês da Guiana Francesa; a noroeste pela Colômbia; a oeste pela Bolívia e Peru; a sudoeste pela Argentina e Paraguai e ao sul pelo Uruguai. Vários arquipélagos formam parte do território brasileiro, como Fernando de Noronha, Atol das Rocas, Arquipélago de São Pedro e São Paulo e Trindade e Martim Vaz. O país faz fronteira com todos os outros países sul-americanos, exceto Equador e Chile. O Brasil foi descoberto pelos europeus em 1500, por uma expedição portuguesa liderada por Pedro Álvares Cabral. O território que hoje é chamado de brasileiro, até então habitado por indígenas, a partir daí torna-se uma colônia do império ultramarino português. Em 1815 se torna um reino unido com Portugal. O vínculo colonial foi, de fato, quebrado em 1808, quando a capital do reino foi transferida de Lisboa para o Rio de Janeiro, depois de as tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte invadirem Portugal. A independência do Brasil, proclamada por Dom Pedro I — o primeiro imperador do Brasil —, se deu em 1822. Inicialmente independente como Império do Brasil, período no qual foi uma monarquia constitucional parlamentarista, o país se tornou uma república em 1889, com um golpe militar chefiado pelo marechal Deodoro da Fonseca — o primeiro presidente do Brasil —, embora a legislatura bicameral, agora chamada de congresso nacional, remonte à ratificação da primeira constituição, em 1824.[13] A sua constituição atual, formulada em 1988, define o Brasil como uma república federativa presidencialista, formada pela união do Distrito Federal, dos 26 estados e dos 5   565 municípios . A economia brasileira é a maior da América Latina e do Hemisfério Sul, a sexta maior do mundo por PIB nominal e a sétima maior por paridade do poder de compra (PPC). Reformas econômicas deram ao país novo reconhecimento internacional, seja em âmbito regional ou global. O país é membro fundador da Organização das Nações Unidas (ONU), G20, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), União Latina, Organização dos Estados Americanos (OEA), Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), além de ser um dos países Bric. O Brasil também é o lar de uma diversidade de animais selvagens, ambientes naturais e de vastos recursos naturais em uma grande variedade de habitats protegidos. EtimologiaAs raízes etimológicas do termo "Brasil" são de difícil reconstrução. O filólogo Adelino José da Silva Azevedo postulou que se trata de uma palavra de procedência celta (uma lenda que fala de uma "terra de delícias", vista entre nuvens), mas advertiu também que as origens mais remotas do termo poderiam ser encontradas na língua dos antigos fenícios. Na época colonial, cronistas da importância de João de Barros, frei Vicente do Salvador e Pero de Magalhães Gândavo apresentaram explicações concordantes acerca da origem do nome "Brasil". De acordo com eles, o nome "Brasil" é derivado de "pau-brasil", designação dada a um tipo de madeira empregada na tinturaria de tecidos. Na época dos descobrimentos, era comum aos exploradores guardar cuidadosamente o segredo de tudo quanto achavam ou conquistavam, a fim de explorá-lo vantajosamente, mas não tardou em se espalhar na Europa que haviam descoberto certa "ilha Brasil" no meio do oceano Atlântico, de onde extraíam o pau-brasil (madeira cor de brasa). Antes de ficar com a designação atual, "Brasil", as novas terras descobertas foram designadas de: Monte Pascoal (quando os portugueses avistaram terras pela primeira vez), Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz, Nova Lusitânia, Cabrália, etc. Em 1967, com a primeira constituição da ditadura militar, o Brasil passou a chamar-se República Federativa do Brasil, nome que a constituição federal brasileira de 1988 conserva até hoje. Antes, na época da monarquia constitucional, de acordo com a primeira constituição, a constituição imperial brasileira de 1824, era Império do Brasil, e depois, com a proclamação da República brasileira em 1889, o nome foi alterado para Estados Unidos do Brasil.Os habitantes naturais do Brasil são denominados brasileiros, cujo gentílico é registrado em português a partir de 1706que se referia inicialmente apenas aos que comercializavam pau-brasil. Entretanto, foi apenas em 1824, na primeira constituição brasileira que o gentílico

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"brasileiro" passou legalmente a designar as pessoas naturais do Brasil. Há ainda a possibilidade do uso de outros gentílicos como brasiliano, brasílico, brasílio e brasiliense (esse último também atribuído aos habitantes de Brasília) para designar os naturais do Brasil. HistóriaPeríodo pré-colonial, colonização portuguesa e expansão territorial

Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500. Óleo sobre tela de Oscar Pereira da Silva (1904).Quando descoberto pelos portugueses em 1500, estima-se que o atual território do Brasil (a costa oriental da América do Sul), era habitado por dois milhões de indígenas, do norte ao sul. A população ameríndia era repartida em grandes nações indígenas compostas por vários grupos étnicos entre os quais se destacam os grandes grupos tupi-guarani, macro-jê e aruaque. Os primeiros eram subdivididos em guaranis, tupiniquins e tupinambás, entre inúmeros outros. Os tupis se espalhavam do atual Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte de hoje. Segundo Luís da Câmara Cascudo,[ os tupis foram "a primeira raça indígena que teve contato com o colonizador e (...) decorrentemente a de maior presença, com influência no mameluco, no mestiço, no luso-brasileiro que nascia e no europeu que se fixava". A terra agora chamada Brasil (nome cuja origem é contestada) foi reivindicada por Portugal em abril de 1500, com a chegada da frota portuguesa comandada por Pedro Álvares Cabral. O português encontrou nativos da Idade da Pedra divididos em várias tribos, a maioria das quais compartilhavam a mesma família linguística, o Tupi-Guarani, e lutaram entre si. A colonização foi efetivamente iniciada em 1534, quando D. João III dividiu o território em doze capitanias hereditárias, mas esse arranjo era problemático e em 1549 o rei atribuiu um governador-geral para administrar toda a colônia. Os portugueses assimilaram algumas das tribos nativas, enquanto outras foram escravizadas ou exterminadas em longas guerras ou por doenças europeias para as quais não tinham imunidade. Em meados do século XVI, o açúcar tornou-se o mais importante produto de exportação do Brasil e africanos começaram a ser escravizados e trazidos pelos portugueses para lidar com a crescente demanda internacional do produto, iniciando o chamado ciclo da cana-de-açúcar. Foram enviadas expedições militares para a Amazônia e conquistaram fortalezas inglesas e neerlandesas, fundando aldeias e fortalezas em 1669. Em 1680, os portugueses chegaram ao extremo sul e fundaram a Colônia do Sacramento, na margem do rio da Prata, na região da banda oriental do rio Prata (atual Uruguai).

A flagelação pública de um escravo no Rio de Janeiro, por Jean-Baptiste Debret, Voyage pittoresque et Historique au Brésil (1834-1839).No final do século XVII as exportações de açúcar começaram a diminuir, mas a descoberta de ouro por exploradores da região que mais tarde seria chamada de Minas Gerais, em torno de 1693, e nas décadas seguintes nos atuais Mato Grosso e Goiás, salvaram a colônia de um colapso econômico iminente. Iniciado o ciclo do ouro, de todo o Brasil, bem como de Portugal,

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milhares de imigrantes vieram para as minas. Os espanhóis tentaram impedir a expansão dos portugueses para o território que lhes pertencia de acordo com o tratado de Tordesilhas de 1494, e conseguiram reconquistar a Faixa Oriental em 1777. No entanto, essa conquista foi em vão, visto que o tratado de Santo Ildefonso, assinado no mesmo ano, confirmou a soberania portuguesa sobre todas as terras provenientes da sua expansão territorial, criando assim a maior parte das atuais fronteiras brasileiras. Em 1808, a família real portuguesa, e com ela a nobreza portuguesa, fugindo das tropas do primeiro imperador francês, Napoleão Bonaparte, que estavam invadindo Portugal e a maior parte da Europa Central, estabeleceram-se na cidade do Rio de Janeiro, que assim se tornou a sede do império ultramarino português. Em 1815, Dom João Maria de Bragança (futuro Rei Dom João VI), mais conhecido no Brasil como Dom João, então Príncipe-regente de Portugal em nome de sua mãe incapacitada, a Rainha Dona Maria I, elevou o então Estado do Brasil, uma colônia portuguesa, a Reino soberano unido com Portugal. Em 1809, os portugueses invadiram a Guiana Francesa (que foi devolvida à França em 1817) e em 1816, a Faixa Oriental, que foi posteriormente rebatizada para Cisplatina. Independência e império

Declaração da Independência do Brasil pelo Imperador Pedro I em 7 de setembro de 1822.D. João VI retornou à Europa em 26 de abril de 1821, deixando seu filho mais velho, D. Pedro de Alcântara de Bragança, então Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, mais conhecido no Brasil como Dom Pedro, como regente para governar o Brasil. A Coroa portuguesa tentou transformar o Brasil em uma colônia, uma vez mais, privando-a dos seus resultados desde 1808. Os brasileiros se recusaram a ceder e D. Pedro ficou com eles, declarando a independência do país do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 7 de setembro de 1822. Em 12 de outubro de 1822, Pedro foi declarado o primeiro imperador do Brasil e coroado D. Pedro I em 1 de dezembro do mesmo ano, fundando, assim, o Império do Brasil. Naquele tempo quase todos os brasileiros eram a favor de uma monarquia e o republicanismo teve pouco apoio. A subsequente guerra da independência do Brasil propagou-se por quase todo o território, com batalhas nas regiões norte, nordeste e sul. Os últimos soldados portugueses renderam-se em 8 de março de 1824 e a independência foi reconhecida por Portugal em 29 de agosto de 1825, no tratado do Rio de Janeiro. A primeira constituição brasileira foi promulgada em 25 de março de 1824, após a sua aceitação pelos conselhos municipais de todo o país. D. Pedro I abdicou em 7 de abril de 1831 e foi para a Europa para recuperar a coroa de sua filha, D. Maria da Glória de Bragança, deixando para trás seu filho de cinco anos e herdeiro, que viria a ser o imperador Dom Pedro II do Brasil. Como o novo imperador não pôde exercer suas prerrogativas constitucionais até atingir a maturidade, a regência foi criada. Disputas entre facções políticas levaram a rebeliões e uma instável, quase anárquica, regência. As facções rebeldes, no entanto, não estavam em revolta contra a monarquia, embora algumas declarassem a secessão das províncias como repúblicas independentes, mas só enquanto Pedro II era menor de idade. Devido a isso, D. Pedro II foi declarado imperador prematuramente e "o Brasil desfrutou de quase meio século de paz interna e progresso material rápido."

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Forças brasileiras (de uniforme azul escuro) lutam contra o exército paraguaio durante a batalha de Avaí, na Guerra do Paraguai.O Brasil ganhou três guerras internacionais durante os 49 anos de reinado de Dom Pedro II (a guerra do Prata, a guerra do Uruguai e da guerra da Tríplice Aliança) e testemunhou a consolidação da democracia representativa, principalmente devido à realização de eleições sucessivas, e irrestrita liberdade de imprensa. A escravidão foi extinta após um lento processo, mas constante, que começou com o fim do tráfico internacional de escravos em 1850 e terminou com a abolição da escravatura em 1888. A população escrava estava em declínio desde a independência do Brasil: em 1823, 29% da população brasileira era composta por escravos, enquanto em 1887 o percentual havia caído para 5%.Quando a monarquia constitucional vigente foi derrubada por um golpe militar organizado pelos republicanos, em 15 de novembro de 1889, houve pouca vontade no Brasil para mudar a forma de governo de monarquia para república, D. Pedro II estava no auge de sua popularidade entre seus súditos. O golpe militar republicano era apoiado por grandes proprietários de terras, e, portanto, também de escravos, que se ressentiam da abolição da escravatura no Brasil, ocorrida em 1888, com a assinatura da lei Áurea por D. Isabel de Bragança, a princesa imperial e regente do Império brasileiro. República velha e era Vargas

O Golpe de 1930 levou Getúlio Vargas (centro com uniforme militar, mas sem chapéu) ao poder. Ele iria governar o país por quinze anos.Com o início do governo republicano sendo pouco mais do que uma ditadura militar, a então nova constituição de 1891 previa eleições diretas apenas para 1894 e embora abolisse a restrição do período monárquico que estabelecia direito ao voto apenas aos que tivessem determinado nível de renda, mantinha porém o exercício do voto em caráter aberto (não secreto) e, entre outras restrições, circunscrito apenas aos homens, alfabetizados, numa época em que a população do país era majoritariamente analfabeta. Se em relação à política externa o país neste primeiro período republicano manteve um relativo equilíbrio que só foi rompido pela questão acriana (1899-1902) e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918); internamente, a partir da crise do encilhamento e da 1ª Revolta da Armada em 1891, iniciou-se um ciclo prolongado de instabilidade financeira, política e social que se estenderia até a década de 1920, mantendo o país assolado por diversas rebeliões, tanto civis como militares, que pouco a pouco minaram o regime de tal forma que em 1930 foi possível ao candidato presidencial derrotado nas eleições de 1930, Getúlio Vargas, liderar um golpe de Estado e assumir a presidência da república com o apoio dos militares. Vargas e os militares, que deveriam assumir a presidência apenas temporariamente a fim de implementar reformas democráticas, fecharam o congresso nacional brasileiro, e seguiram governando sob estado de emergência, tendo, à exceção de Minas Gerais, feito a intervenção

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federal de todos os estados, substituindo os governadores dos estados por interventores federais, interventores, estes, que eram seus apoiadores políticos. Sob a justificativa de cobrar a implementação das promessas de reformas democráticas, em 1932 a oligarquia paulista tentou recuperar o poder, e em 1935 os comunistas se rebelaram, tendo ambos os movimentos sido derrotados. No entanto, a ameaça comunista serviu de pretexto tanto para impedir as eleições previamente estipuladas, como para que Vargas e os militares lançassem mão de outro golpe de Estado em 1937 estabelecendo uma ditadura de fato. Em maio de 1938, houve ainda uma outra tentativa fracassada de tomada de poder, desta vez por parte dos fascistas locais. O Brasil manteve-se neutro durante os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) até os antecedentes que levaram o país a se postar ao lado dos Estados Unidos durante a conferência do Rio em janeiro de 1942, rompendo relações diplomáticas com as potências do Eixo. Em represália, as marinhas de guerra da Alemanha nazista e Itália fascista estenderam sua campanha de guerra submarina ao Brasil, e após meses de contínuo afundamento de navios mercantes brasileiros e forte pressão popular, o governo declarou-lhes guerra em agosto daquele ano, tendo somente em 1944 enviado uma força expedicionária para combater na Europa. Com a vitória aliada em 1945 e o fim dos regimes nazi-fascistas na Europa, a posição de Vargas tornou-se insustentável e ele foi rapidamente deposto por outro golpe militar. A democracia foi "restabelecida" e o general Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente, tomando posse em 1946. Tendo voltado ao poder democraticamente eleito no fim de 1950, Vargas suicidou-se em agosto de 1954, em meio a uma crise política. Regime militar e era contemporânea

Construção de Brasília em 1959.Vários governos provisórios breves sucederam-se após o suicídio de Vargas. Juscelino Kubitschek se tornou presidente em 1956 e assumiu uma postura conciliadora em relação à oposição política que lhe permitia governar sem grandes crises. A economia e o setor industrial cresceram consideravelmentemas sua maior conquista foi a construção da nova capital, Brasília, inaugurada em 1960. Seu sucessor, Jânio Quadros, renunciou em 1961, menos de um ano após assumir o cargo. Seu vice-presidente, João Goulart, assumiu a presidência, mas suscitou forte oposição política e foi deposto pelo Golpe de 1964 que resultou em um regime militar. O novo regime se destinava a ser transitório, mas, cada vez mais fechado em si mesmo, se tornou uma ditadura plena com a promulgação do Ato Institucional Nº 5 em 1968. A repressão a opositores da ditadura, incluindo a guerrilha urbana, foi dura, mas não tão brutal como em outros países da América Latina. Devido ao extraordinário crescimento econômico, conhecido como um "milagre econômico", o regime atingiu seu mais alto nível de popularidade nos anos de maior repressão. O general Ernesto Geisel assumiu a presidência em 1974 e começou seu projeto de redemocratização através de um processo que, segundo ele seria "lento, gradual e seguro." Geisel acabou com a indisciplina militar que assolava o país desde 1889, bem como a tortura de presos políticos, censura à imprensae, finalmente, a própria ditadura, depois de extinto o Ato Institucional Nº 5 em 1978. No entanto, o regime militar continuou, com o seu sucessor escolhido General João Figueiredo, para completar a transição para uma democracia plena. Após o movimento popular das Diretas Já, os civis voltaram totalmente ao poder em 1985, quando José Sarney assumiu a presidência, mas, até ao final de seu mandato, ele tinha se tornado extremamente impopular devido à crise econômica e a incontrolável e invulgarmente elevada inflação. O mal-sucedido governo de Sarney permitiu a eleição, em 1989, do quase desconhecido Fernando Collor, que posteriormente foi deposto pelo Congresso Nacional

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brasileiro em 1992. Collor foi sucedido pelo seu vice-presidente, Itamar Franco, que nomeou Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda. Cardoso criou o bem-sucedido Plano Real, que trouxe estabilidade para a economia brasileira. Fernando Henrique Cardoso foi eleito como presidente em 1994 e novamente em 1998. A transição pacífica de poder para Luiz Inácio Lula da Silva, que foi eleito em 2002 e reeleito em 2006, mostrou que o Brasil finalmente conseguiu alcançar a sua muito procurada estabilidade política. Em 2010, Dilma Rousseff tornou-se a primeira mulher eleita presidente, sendo também a segunda pessoa a chegar à presidência sem nunca antes ter disputado uma eleição. Com a eleição dela, Lula se tornou o primeiro presidente a eleger seu sucessor na plenitude democrática. Geografia

Mapa topográfico do Brasil.O território brasileiro é cortado por dois círculos imaginários: o Equador que passa pela embocadura do Amazonas, e o Trópico de Capricórnio, que corta o município de São Paulo. O país ocupa uma vasta área ao longo da costa leste da América do Sul e inclui grande parte do interior do continente, que compartilham fronteiras terrestres com o Uruguai ao sul; Argentina e Paraguai a sudoeste; Bolívia e Peru a oeste; Colômbia a noroeste e Venezuela, Suriname, Guiana e o departamento ultramarino francês da Guiana Francesa, ao norte. O país compartilha uma fronteira comum com todos os países da América do Sul exceto Equador e Chile. Ele também engloba uma série de arquipélagos oceânicos, como Fernando de Noronha, Atol das Rocas, São Pedro e São Paulo e Trindade e Martim Vaz. O seu tamanho, relevo, clima e recursos naturais fazem do Brasil um país geograficamente diverso. O Brasil é o quinto maior país do mundo, depois da Rússia, Canadá, China e Estados Unidos, e o terceiro maior da América, com uma área total de 8 514 876,599 km²,incluindo 55 455 km² de água. Seu território abrange três fusos horários, a partir de UTC−4 nos estados ocidentais, a UTC−3 nos estados do leste (e hora oficial do Brasil) e UTC−2 nas ilhas do Atlântico.

Pico da Neblina, o ponto mais alto do país.A topografia brasileira também é diversificada e inclui morros, montanhas, planícies, planaltos e cerrados. Grande parte do terreno se situa entre 200 metros e 800 metros de altitude. A área principal de terras altas ocupa mais da metade sul do país. As partes noroeste do planalto são compostas por terreno, amplo rolamento quebrado por baixo e morros arredondados. A seção sudeste é mais robusta, com uma massa complexa de cordilheiras e serras atingindo altitudes de

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até 1 200 metros. Esses intervalos incluem a serra da Mantiqueira, a serra do Espinhaço e a serra do Mar. No norte, o Planalto das Guianas constituem um fosso de drenagem principal, separando os rios que correm para o sul da Bacia Amazônica dos rios que desaguam no sistema do rio Orinoco, na Venezuela, ao norte. O ponto mais alto no Brasil é o Pico da Neblina, na serra do Imeri (fronteira com a Venezuela) com 2 994 metros e o menor é o Oceano Atlântico. O Brasil tem um sistema denso e complexo de rios, um dos mais extensos do mundo, com oito grandes bacias hidrográficas, que drenam para o Atlântico. Os rios mais importantes são o Amazonas (o maior rio do mundo tanto em comprimento – 6 937,08 km de extensão – como em termos de volume de água – vazão de 12,5 bilhões de litros por minuto), o Paraná e seu maior afluente, o Iguaçu (que inclui as Cataratas do Iguaçu), o Negro, São Francisco, Xingu, Madeira e Tapajós. Clima

Neve em São Joaquim, Santa Catarina. Clima tropical no arquipélago de Fernando de Noronha, Pernambuco.

O clima do Brasil dispõe de uma ampla variedade de condições de tempo em uma grande área e topografia variada, mas a maior parte do país é tropical. Segundo o sistema Köppen, o Brasil acolhe seis principais subtipos climáticos: equatorial, tropical, semiárido, tropical de altitude, temperado e subtropical. As diferentes condições climáticas produzem ambientes que variam de florestas equatoriais no Norte e regiões semiáridas no Nordeste, para florestas temperadas de coníferas no Sul e savanas tropicais no Brasil central. Muitas regiões têm microclimas totalmente diferentes.O clima equatorial caracteriza grande parte do norte do Brasil. Não existe uma estação seca real, mas existem algumas variações no período do ano em que mais chove. Temperaturas médias de 25°C, com mais variação de temperatura significativa entre a noite e o dia do que entre as estações. As chuvas no Brasil central são mais sazonais, característico de um clima de savana. Esta região é tão extensa como a bacia amazônica, mas tem um clima muito diferente, já que fica mais ao sul, em uma altitude inferior. No interior do nordeste, a precipitação sazonal é ainda mais extrema. A região de clima semiárido geralmente recebe menos de 800 milímetros de chuva, a maioria do que geralmente cai em um período de três a cinco meses no ano e, por vezes menos do que isso, a criação de longos períodos de seca. A "Grande Seca" de 1877–78 no Brasil, a mais grave já registrada no país, causou cerca de meio milhão de mortes. Outra em 1915 foi devastadora também. No sul da Bahia, a distribuição de chuva muda, com chuva caindo ao longo do ano. O Sul e parte do Sudeste possuem condições de clima temperado, com invernos frescos e temperatura média anual não superior a 18 °C; geadas de inverno são bastante comuns, com ocasional queda de neve nas áreas mais elevadas. Meio ambiente

A arara é um dos inúmeros animais do Brasil, que possui uma diversificada

A Floresta Amazônica, a mais rica e biodiversa floresta tropical do mundo.[

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população de aves e anfíbios. A grande extensão territorial do Brasil abrange diferentes ecossistemas, como a Floresta Amazônica, reconhecida como tendo a maior diversidade biológica do mundo, a Mata Atlântica e o Cerrado, que sustentam também grande biodiversidade, sendo o Brasil reconhecido como um país megadiverso. No sul, a Floresta de araucárias cresce sob condições de clima temperado. A rica vida selvagem do Brasil reflete a variedade de habitats naturais. Os cientistas estimam que o número total de espécies vegetais e animais no Brasil seja de aproximadamente de quatro milhões. Grandes mamíferos incluem pumas, onças, jaguatiricas, raros cachorros-vinagre, raposas, queixadas, antas, tamanduás, preguiças, gambás e tatus. Veados são abundantes no sul e muitas espécies são encontradas nas florestas tropicais do norte. A preocupação com o meio ambiente tem crescido em resposta ao interesse mundial nas questões ambientais. O patrimônio natural do Brasil está seriamente ameaçado pela pecuária e agricultura, exploração madeireira, mineração, reassentamento, extração de petróleo e gás, a sobrepesca, comércio de espécies selvagens, barragens e infraestrutura, contaminação da água, alterações climáticas, fogo e espécies invasoras. Em muitas áreas do país, o ambiente natural está ameaçado pelo desenvolvimento. A construção de estradas em áreas de floresta, tais como a BR-230 e a BR-163, abriu áreas anteriormente remotas para a agricultura e para o comércio; barragens inundaram vales e habitats selvagens; e minas criaram cicatrizes na terra e poluíram a paisagem. DemografiaA população do Brasil, conforme registrado pelo PNAD de 2008, foi de aproximadamente 190 milhões de habitantes (22,31 habitantes por quilômetro quadrado), com uma proporção de homens e mulheres de 0,95:1e 83,75% da população definida como urbana. A população está fortemente concentrada nas regiões Sudeste (79,8 milhões de habitantes) e Nordeste (53,5 milhões de habitantes), enquanto as duas regiões mais extensas, o Centro-Oeste e o Norte, que formam 64,12% do território brasileiro, contam com um total de apenas 30 milhões de habitantes.A população do Brasil aumentou significativamente entre 1940 e 1970, devido a um declínio na taxa de mortalidade, embora a taxa de natalidade também tenha passado por um ligeiro declínio no período. Na década de 1940 a taxa de crescimento anual da população foi de 2,4%, subindo para 3,0% em 1950 e permanecendo em 2,9% em 1960, com a expectativa de vida subindo de 44 para 54 anos e para 72,6 anos em 2007. A taxa de aumento populacional tem vindo a diminuir desde 1960, de 3,04% ao ano entre 1950–1960 para 1,05% em 2008 e deverá cair para um valor negativo, de −0,29%, em 2050, completando assim a transição demográfica. As maiores áreas metropolitanas do Brasil são São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte – todas na região Sudeste – com 19,5, 11,5 e 5,1 milhões de habitantes, respectivamente. Quase todas as capitais são as maiores cidades de seus estados, com exceção de Vitória, capital do Espírito Santo, e Florianópolis, a capital de Santa Catarina. Existem também regiões metropolitanas não-capitais nos estados de São Paulo (Campinas, Santos e Vale do Paraíba), Minas Gerais (Vale do Aço), Rio Grande do Sul (Vale do Rio dos Sinos) e Santa Catarina (Vale do Itajaí).

Grupos étnicos no Brasil

Etnia Porcentagem

Brancos    47,3%Pardos    43,1%Pretos    7,6%Amarelos    2,1%Indígenas    0,3%

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2008, 48,43% da população (cerca de 92 milhões) foi descrita como brancos; 43,80% (cerca de 83 milhões) como Pardos (Multirracial); 6,84% (cerca de 13 milhões) como Negros; 0,58% (cerca de 1,1 milhões) como Asiáticos e 0,28% (cerca de 536 mil) como Indígenas, enquanto 0,07% (cerca de 130 mil) não declararam sua raça. Em 2007, a Fundação Nacional do Índio relatou a existência de 67

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diferentes tribos isoladas, contra 40 em 2005. Acredita-se que o Brasil possua o maior número de povos isolados do mundo. A maioria dos brasileiros descendem de povos indígenas do país, colonos portugueses, imigrantes europeus e escravos africanos. Desde a chegada dos portugueses em 1500, um considerável número de uniões entre estes três grupos foram realizadas. A população parda é uma categoria ampla que inclui caboclos (descendentes de brancos e índios), mulatos (descendentes de brancos e negros) e cafuzos (descendentes de negros e índios). Os pardos e mulatos formam a maioria da população nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A população mulata concentra-se geralmente na costa leste da região Nordeste, da Bahia à Paraíbae também no norte do Maranhão, sul de Minas Gerais e no leste do Rio de Janeiro. No século XIX o Brasil abriu suas fronteiras à imigração. Cerca de cinco milhões de pessoas de mais de 60 países migraram para o Brasil entre 1808 e 1972, a maioria delas de Portugal, Itália, Espanha, Alemanha, Japão e Oriente Médio. Idiomas

Catedral de Pedra em Canela, Rio Grande do Sul. Nessa região, o dialeto alemão é um dos principais idiomas.A língua oficial do Brasil é o português, que é falado por quase toda a população e é praticamente a única língua usada em jornais, rádio, televisão e para negócios e fins administrativos. As exceções a isso são os municípios de São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas, onde ao nheengatu, uma língua indígena da América do Sul, foi concedido o estatuto cooficial com o português, Santa Maria de Jetibá (no Espírito Santo) e Pomerode (em Santa Catarina), onde o alemão também possui o estatuto de cooficial. Também os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul possuem o Talian como patrimônio linguístico aprovado oficialmente nestes estados, enquanto o Espírito Santo possui em vigor desde agosto de 2011 a Emenda Constitucional 11/2009, que inclui no artigo 182 da Constituição Estadual a língua pomerana, junto com a língua alemã, como patrimônios culturais deste estado. O Brasil é o único país que fala português na América, tornando o idioma uma parte importante da identidade nacional brasileira e dando-lhe uma cultura nacional distinta da dos seus vizinhos falantes do espanhol. O português do Brasil teve o seu próprio desenvolvimento, influenciado pelas línguas ameríndias e africanas. Como resultado, a língua é um pouco diferente, principalmente na fonologia, do idioma português de Portugal e de outros países lusófonos. Essas diferenças são comparáveis àquelas entre o inglês americano e o inglês britânico. Em 2008, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que incluía representantes de todos os países com o português como idioma oficial, chegaram a um acordo sobre a reforma do português em uma linguagem internacional, ao contrário dos dois divergentes dialetos da mesma língua. A todos os países da CPLP foi dado o prazo de 2009 até 2014 para se adaptarem as mudanças necessárias. As línguas minoritárias são faladas em todo o país. Cento e oitenta línguas indígenas são faladas em áreas remotas e diversas outras línguas são faladas por imigrantes e seus descendentes. Há comunidades significativas de falantes do alemão (na maior parte o Hunsrückisch, um alto dialeto alemão) e italiano (principalmente o Talian, de origem veneziana) no sul do país, os quais, são influenciados pelo idioma português. Religiões

Religiões no Brasil (Censo de 2010) Religião Porcentage

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mCatolicismo romano    64,6%Protestantismo    22,2%Sem religião    8%Outras religiões    3,2%Espiritismo    2%

A Constituição prevê liberdade de religião e a Igreja e o Estado estão oficialmente separados, sendo o Brasil um estado oficialmente laico. A legislação proíbe qualquer tipo de intolerância religiosa, no entanto, a Igreja Católica goza de um estatuto privilegiadoe, ocasionalmente, recebe tratamento preferencial. Ainda assim os católicos passaram de 73,6% em 2000 para 64,6% em 2010, sendo observada pela primeira vez a redução em números absolutos (de 124 980 132 em 2000 para 123 280 172 em 2010). Embora o perfil religioso ainda mantenha a maioria católica, essa religião vem perdendo adeptos desde o primeiro Censo, realizado em 1872. De acordo com o Censo de 2010, entre os estados, o Rio de Janeiro apresenta a menor proporção de católicos, 45,8%; e o Piauí, a maior, 85,1%. Já a proporção de evangélicos era maior em Rondônia (33,8%) e menor no Piauí (9,7%).O cristianismo é a religião da maioria da população. De acordo com o Censo Demográfico de 2010, 64,6% da população segue o catolicismo romano; 22,2% o protestantismo; 2,0% espiritismo, 2,7% outras denominações cristãs, Islã, budismo, judaísmo e religiões ameríndias; 0,3% religiões afro-brasileiras; ; 0,1% de outras religiões, não declarado ou indeterminado, enquanto de 8,0% não têm religião. Governo e política

Congresso Nacional do Brasil, sede do Poder Legislativo.A Federação Brasileira é formada pela união indissolúvel de três entidades políticas distintas: os estados, os municípios e o Distrito Federal. A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios são as esferas "do governo". A Federação está definida em cinco princípios fundamentais: soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político. Os ramos clássicos tripartite de governo (executivo, legislativo e judiciário no âmbito do sistema de controle e equilíbrios) são oficialmente criados pela Constituição. O executivo e o legislativo estão organizados de forma independente em todas as três esferas de governo, enquanto o Judiciário é organizado apenas a nível federal e nas esferas estadual/Distrito Federal. Todos os membros do executivo e do legislativo são eleitos diretamente. Juízes e outros funcionários judiciais são nomeados após aprovação em exames de entrada. O voto é obrigatório para os alfabetizados entre 18 e 70 anos e facultativo para analfabetos e aqueles com idade entre 16 e 18 anos ou superior a 70 anos. Juntamente com vários partidos menores, quatro partidos políticos destacam-se: o Partido dos Trabalhadores (PT), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), e Democratas (DEM). Quase todas as funções governamentais e administrativas são exercidas por autoridades e agências filiadas ao Executivo.

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O Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo do Brasil.A forma de governo é a de uma república democrática, com um sistema presidencial.] O presidente é o chefe de Estado e o chefe de governo da União e é eleito para um mandato de quatro anos, com a possibilidade de reeleição para um segundo mandato consecutivo. Ele é o responsável pela nomeação dos ministros de Estado, que auxiliam no governo. A atual presidente, Dilma Rousseff, foi eleita em 31 de outubro de 2010. As casas Legislativas de cada entidade política são a principal fonte de direito no Brasil. O Congresso Nacional é a legislatura bicameral da Federação, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Autoridades do Judiciário exercem funções jurisdicionais, quase exclusivamente. Quinze partidos políticos estão representados no Congresso. É comum que os políticos mudem de partido e, assim, a proporção de assentos parlamentares detidos por partidos muda regularmente. Os maiores partidos políticos são o Partido dos Trabalhadores (PT), Democratas (DEM), Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB-centro), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Partido Progressista (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Partido Liberal (PL), Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido Popular Socialista (PPS), Partido Democrático Trabalhista (PDT) e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Lei

Edifício do Supremo Tribunal Federal, sede do Poder Judiciário do Brasil.A lei brasileira é baseada na tradição do código civil, parte do sistema romano-germânico.[226] Assim, os conceitos de direito civil prevalecem sobre práticas de direito comum. A maior parte da legislação brasileira é Codificada, apesar de os estatutos não-codificados serem uma parte substancial do sistema, desempenhando um papel complementar. Decisões do Tribunal e orientações explicativas; no entanto, não são vinculativas sobre outros casos específicos, exceto em algumas situações. Obras de doutrina e as obras de juristas acadêmicos têm forte influência na criação de direito e em casos de direito. O sistema jurídico baseia-se na Constituição Federal, que foi promulgada em 5 de outubro de 1988 e é a lei fundamental do Brasil. Todos as outras legislações e as decisões das cortes de justiça devem corresponder a seus princípios. Os estados têm suas próprias constituições, que não devem entrar em contradição com a constituição federal. Os municípios e o Distrito Federal não têm constituições próprias; em vez disso, eles têm leis orgânicas. Entidades legislativas são a principal fonte dos estatutos, embora, em determinadas questões, organismos dos poderes judiciário e executivo possam promulgar normas jurídicas. A jurisdição é administrada pelas entidades do poder judiciário brasileiro, embora em situações raras a Constituição Federal permita que o Senado Federal interfira nas decisões jurídicas. Existem também jurisdições especializadas como a Justiça Militar, a Justiça do Trabalho e a

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Justiça Eleitoral. O tribunal mais alto é o Supremo Tribunal Federal. Este sistema tem sido criticado nas últimas décadas devido à lentidão com que as decisões finais são emitidas. Ações judiciais de recurso podem levar vários anos para serem resolvidas e, em alguns casos, mais de uma década para expirar antes de as decisões definitivas serem tomadas. Política externa

Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.Embora alguns problemas sociais e econômicos impeçam o Brasil de exercer poder global efetivo, o país é hoje um líder político e econômico na América Latina. Esta alegação, porém, é parcialmente contestada por outros países, como a Argentina e o México, que se opõem ao objetivo brasileiro de obter um lugar permanente como representante da região no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Entre a Segunda Guerra Mundial e a década de 1990, os governos democráticos e militares procuraram expandir a influência do Brasil no mundo, prosseguindo com uma política externa e industrial independente. Atualmente o país tem como objetivo reforçar laços com outros países da América do Sul e exercer a diplomacia multilateral, através das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos. A atual política externa do Brasil é baseada na posição do país como uma potência regional na América Latina, um líder entre os países em desenvolvimento e uma superpotência mundial emergente. A política externa brasileira em geral tem refletido multilateralismo, resolução de litígios de forma pacífica e não intervenção nos assuntos de outros países. A Constituição brasileira determina também que o país deve buscar uma integração econômica, política, social e cultural com as nações da América Latina. Forças armadasAs Forças Armadas do Brasil compreendem o Exército Brasileiro, a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira. As Forças Armadas do Brasil são a maior força militar da América Latina, a segunda maior de toda a América e também uma das doze forças armadas mais bem preparadas do mundo. As polícias militares estaduais e os corpos de bombeiros militares são descritas como forças auxiliares e reservas do Exército pela Constituição, mas sob o controle de cada estado e de seus respectivos governadores. A Força Aérea Brasileira é o ramo de guerra aérea das Forças Armadas Brasileiras, sendo a maior força aérea da América Latina, com cerca de 700 aviões tripulados em serviço e efetivo de cerca de 67 mil militares.A Marinha do Brasil é responsável pelas operações navais e pela guarda das águas territoriais brasileiras. É a mais antiga das Forças Armadas brasileiras, possui o maior efetivo de fuzileiros navais da América Latina, estimado em 15 000 homens, tendo o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais como sua principal unidade. A Marinha também possui um grupo de elite especializado em retomar navios e instalações navais, o Grupamento de Mergulhadores de Combate, unidade especialmente treinada para proteger as plataformas petrolíferas brasileiras ao longo de sua costa. É a única Marinha da América Latina que opera um porta-aviões, o NA e São Paulo, e uma das dez marinhas do mundo a operar tal tipo de navio.O Exército Brasileiro é responsável pelas operações militares por terra, possui o maior efetivo da América Latina, contando com uma força de cerca de 290 000 soldados. Também possui a maior quantidade de veículos blindados da América do Sul, somados os veículos blindados para transporte de tropas e carros de combate principais.[ Possui uma grande unidade de elite especializada em missões não convencionais, a Brigada de Operações Especiais, única na América Latina, além de uma Força de Ação Rápida Estratégica, formada por unidades de elite altamente mobilizáveis e preparadas (Brigada de Operações Especiais, Brigada de Infantaria

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Paraquedista, 1º Batalhão de Infantaria de Selva (Aeromóvel) e 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel)) para atuar em qualquer parte do território nacional, em curto espaço de tempo, na hipótese de agressão externa. Como o Brasil adota o serviço militar obrigatório, sua força militar é uma das maiores do mundo com efetivo calculado em mais de 1 600 000 homens em idades de reservista por ano.Subdivisões

OceanoAtlântico

OceanoPacífico

Região NorteRegião NordesteRegião Centro-OesteRegião SudesteRegião SulAcreAmazonasParáRoraimaAmapáRondôniaTocantinsMaranhãoBahiaPiauíCearáRio Grande do Norte ParaíbaPernambucoAlagoasSergipe

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Mato GrossoMato Grosso do Sul Distrito Federal GoiásMinas GeraisSão PauloRio de JaneiroEspírito SantoParanáSanta CatarinaRio Grande do Sul ArgentinaBolíviaChileColômbiaGuiana FrancesaGuianaParaguaiPeruSurinameUruguaiVenezuela

Mapa político do Brasil, mostrando a divisão por estados e regiões.O Brasil é uma Federação constituída pela união indissolúvel de 26 estados-membros, um Distrito Federal e municípios. Os estados e municípios possuem natureza de pessoa jurídica de direito público, portanto, como qualquer pessoa em território nacional (cidadão ou estrangeiro), possuem direitos e deveres estabelecidos pela Constituição Brasileira de 1988. Estados e municípios possuem autoadministração, autogoverno e auto-organização, ou seja, elegem seus líderes e representantes políticos e administram seus negócios públicos sem interferência de outros municípios, estados ou da União. De modo a permitir a autoadministração, a Constituição Federal define quais tributos podem ser coletados por cada unidade da federação e como as verbas serão distribuídas entre eles Estados e municípios, atendendo ao desejo de sua população expresso em plebiscitos, podem dividir-se ou se unir. Porém, não têm assegurado pela constituição o direito de se tornarem independentes. As unidades da federação são agrupadas em cinco regiões geográficas: Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul. Essa divisão tem caráter legal e foi proposta, na sua primeira forma, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1969. Além da proximidade territorial, o IBGE levou em consideração apenas aspectos naturais na divisão do país, como clima, relevo, vegetação e hidrografia; por essa razão, as regiões também são conhecidas como "regiões naturais do Brasil".As regiões, mesmo quando definidas por lei, não possuem personalidade jurídica própria, nem os cidadãos elegem representantes da região. Não há, portanto, qualquer tipo de autonomia política das regiões brasileiras como há em outros países. As unidades federativas são entidades subnacionais autônomas (autogoverno, autolegislação e autoarrecadação) dotadas de governo e constituição próprios que juntas formam a República Federativa do Brasil. Atualmente o Brasil é dividido política e administrativamente em 27 unidades federativas, sendo 26 estados e um distrito federal. O Poder Executivo é exercido por um governador eleito quadrienalmente. O Poder Judiciário é exercido por tribunais estaduais de primeira e segunda instância que cuidam da justiça comum. O Distrito Federal tem características comuns aos estados-membros e aos municípios. Ao contrário dos estados-membros, não pode ser dividido em municípios. Por outro lado, pode arrecadar tributos atribuídos como se fosse um estado e, também, como município. Os municípios são uma circunscrição territorial dotada de personalidade jurídica e com certa autonomia administrativa, sendo as menores unidades autônomas da Federação. Cada município tem sua própria Lei Orgânica que define a sua organização política, mas limitada pela Constituição Federal. Há cerca de 5   565 municípios em todo território nacional, alguns com

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população maior que a de vários países do mundo (cidade de São Paulo com cerca de 11 milhões de habitantes), outros com menos de mil habitantes; alguns com área maior do que vários países no mundo (Altamira, no Pará, é quase duas vezes maior que Portugal), outros com menos de quatro quilômetros quadrados, como Águas de São Pedro, no estado de São Paulo, e Santa Cruz de Minas, em Minas Gerais, que são os dois menores municípios do Brasil em tamanho territorial. Antártida brasileira

A Estação Antártica Comandante Ferraz.O Brasil sinaliza uma reivindicação territorial semioficial para uma região do continente antártico. Esta reivindicação foi primeiro formalizada por Therezinha de Castro, através da Teoria da Defrontação, a qual postula que os Estados defrontantes do Hemisfério Sul têm direitos sobre o continente antártico, através de meridianos compatíveis com seus respectivos marcos litorâneos a Leste e Oeste, até o Polo Sul. Em 1986 o país estabeleceu uma base no continente que passou a ter o nome de "Comandante Ferraz" e que serve para pesquisas científicas no continente. As instalações da base são capazes de abrigar 46 pessoas. Zona econômica exclusivaA zona econômica exclusiva do Brasil, também chamada de Amazônia azul ou águas territoriais brasileiras, é uma área de aproximadamente 3,5 milhões de quilômetros quadrados e poderá ser ampliada a 4,4 milhões em face da reivindicação brasileira perante a Comissão de Limites das Nações Unidas, que propõe prolongar a plataforma continental do Brasil em novecentos mil quilômetros quadrados de solo e subsolo marinhos que o país poderá explorarEconomia

BM&FBovespa, a maior bolsa de valores da América e a segunda maior do mundo, ambos em valor de mercado. O Brasil é a maior economia da América Latina (e a segunda da América, atrás apenas dos Estados Unidos), a sexta maior economia do mundo a taxas de mercado de câmbio e a sétima maior em paridade do poder de compra (PPC), de acordo com o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. O seu PIB (PPC) per capita é de US$ 12.181,341, colocando o Brasil na posição 75ª posição de acordo com dados do Banco Mundial. O país tem grandes e desenvolvidos setores agrícola, minerador, manufatureiro e de serviços, bem como um grande mercado de trabalho. As exportações brasileiras estão crescendo, criando uma nova geração de magnatas. Os principais produtos de exportação incluem aeronaves, equipamentos elétricos, automóveis, álcool, têxtil, calçados, minério de ferro, aço, café, suco de laranja, soja e carne enlatada. O país tem vindo a expandir a sua presença nos mercados financeiros internacionais e mercados de commodities e faz parte de um grupo de quatro economias emergentes chamadas de países Bric.

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Plataforma petrolífera P-51 da estatal brasileira Petrobras. Desde 2006 o país equilibra sua balança de petróleo. O Brasil atrelou a sua moeda, o real, ao dólar americano em 1994. No entanto, após a crise financeira da Ásia Oriental, a crise russa em 1998e uma série de eventos adversos financeiros que se seguiram, o Banco Central do Brasil alterou temporariamente sua política monetária para um regime de flutuação gerenciada, enquanto atravessava uma crise de moeda, até que definiu a modificação do regime de câmbio livre flutuante em janeiro de 1999. O país recebeu um pacote de resgate de US$ 30,4 bilhões do Fundo Monetário Internacional, em meados de 2002,] uma soma recorde. O Banco Central brasileiro pagou o empréstimo do FMI em 2005, embora pudesse pagar a dívida até 2006. Uma das questões que o Banco Central do Brasil recentemente tratou foi um excesso de fluxos especulativos de capital de curto prazo para o país, o que pode ter contribuído para uma queda no valor do dólar frente ao real durante esse período. No entanto, o investimento estrangeiro direto (IED), relacionado a longo prazo, menos investimento especulativo em produção, estima-se ser de US$ 193,8 bilhões para 2007. O monitoramento e controle da inflação atualmente desempenha um papel importante nas funções do Banco Central de fixar as taxas de juro de curto prazo como uma medida de política monetária.[276] Entre as Empresas mais conhecidas do Brasil estão: Brasil Foods, Perdigão, Sadia e JBS (setor alimentício); Embraer (setor aéreo); Havaianas e Calçados Azaleia (calçados); Petrobras (setor petroleiro); Companhia Vale do Rio Doce (mineração); Marcopolo e Busscar (carroceiras); Gerdau (siderúgicas); Organizações Globo (comunicação). O Brasil é visto por muitos economistas como um país com grande potencial de desenvolvimento, assim como a Rússia, Índia e China, os países BRIC. Alguns especialistas em economia, como o analista Peter Gutmann, afirmam que em 2050 o Brasil poderá vir a atingir estatisticamente o padrão de vida verificado em 2005 nos países da Zona Euro. De acordo com dados do Goldman Sachs, o Brasil atingirá em 2050 um PIB de US$ 11.366.000 e PIB per capita de US$ 49.759, a quarta maior economia do planeta. Componentes

Colheitadeira em uma plantação de algodão brasileira. O Brasil é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo. A economia brasileira é diversa, abrangendo a agricultura, a indústria e uma multiplicidade de serviços. Atualmente o país tem conseguido impor sua liderança global graças ao desenvolvimento de sua economia. A força econômica que o país tem demonstrado, deve-se, em parte, ao boom mundial nos preços de commodities e de mercadorias para exportação, como a carne bovina e a soja. As perspectivas da economia brasileira têm melhorado ainda mais graças a descobertas de enormes jazidas de petróleo e gás natural na bacia de Santos. Potência mundial na agricultura e em recursos naturais, o Brasil desencadeou sua maior explosão de prosperidade econômica das últimas em três décadas.

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A agricultura e setores aliados, como a silvicultura, exploração florestal e pesca contabilizaram 6,1% do produto interno bruto em 2007, um desempenho que põe o agronegócio em uma posição de destaque na balança comercial do Brasil, apesar das barreiras comerciais e das políticas de subsídios adotadas pelos países desenvolvidos.

ERJ-145, jato desenvolvido pela empresa brasileira Embraer, a terceira maior produtora mundial de jatos civis depois de Airbus e Boeing. Em relatório divulgado em 2010 pela OMS, o Brasil é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e União Europeia. A indústria de automóveis, aço, petroquímica, computadores, aeronaves e bens de consumo duradouros contabilizam 30,8% do produto interno bruto brasileiro. A atividade industrial está concentrada geograficamente nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Campinas, Porto Alegre, Belo Horizonte, Manaus, Salvador, Recife e Fortaleza. O país responde por três quintos da produção industrial da economia sul-americana e participa de diversos blocos econômicos como: o Mercosul, o G-22 e o Grupo de Cairns.O Brasil comercializa regularmente com mais de uma centena de países, sendo que 74% dos bens exportados são manufaturas ou semimanufaturas. Os maiores parceiros são: União Europeia (com 26% do saldo); Mercosul e América Latina (25%); Ásia (17%) e Estados Unidos (15%). Um setor dos mais dinâmicos nessa troca é o de agronegócio, que mantém o Brasil entre os países com maior produtividade no campo.Dono de sofisticação tecnológica, o país desenvolve de submarinos a aeronaves, além de estar presente na pesquisa aeroespacial, possuindo um Centro de Lançamento de Veículos Leves e sendo o único país do Hemisfério Sul a integrar a equipe de construção da Estação Espacial Internacional (ISS). Pioneiro na pesquisa de petróleo em águas profundas, de onde extrai 73% de suas reservas, foi a primeira economia capitalista a reunir, no seu território, as dez maiores empresas montadoras de automóveis. TurismoO turismo é uma atividade econômica importante em várias regiões do país. Com cinco milhões de visitantes estrangeiros em 2008, o Brasil é o principal destino do mercado turístico internacional na América do Sul, e ocupa o segundo lugar na América Latina em termos de fluxo de turistas internacionais. Os gastos dos turistas estrangeiros em visita ao Brasil alcançaram 5,8 bilhões de dólares em 2008, 16,8% a mais do que em 2007. O país abarcou 3,4% do fluxo turístico internacional no continente americano em 2008. Em 2005, o turismo contribuiu com 3,2% das receitas nacionais advindas da exportação de bens e serviços, responsável pela criação de 7% dos empregos diretos e indiretos na economia brasileira. Em 2006, estima-se que 1,87 milhão de pessoas foram empregadas no setor, com 768 mil empregos formais (41%) e 1,1 milhão de ocupações informais (59%).O turismo doméstico representa uma parcela fundamental do setor, contabilizando 51 milhões de viagens em 2005.

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Cataratas do Iguaçu, no Parque Nacional do Iguaçu, Paraná.InfraestruturaEducação

Universidade Federal do Paraná, uma das mais antigas instituições de ensino superior do país, fundada em 1912.A Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) determinam que o Governo Federal, os Estados, o Distrito Federal e os municípios devem gerir e organizar seus respectivos sistemas de ensino. Cada um desses sistemas educacionais públicos é responsável por sua própria manutenção, que gere fundos, bem como os mecanismos e fontes de recursos financeiros. A nova constituição reserva 25% do orçamento do Estado e 18% de impostos federais e taxas municipais para a educação. Segundo dados do IBGE, em 2011, a taxa de literacia da população brasileira foi de 90,4%, significando que 13 milhões (9,6% da população) de pessoas ainda são analfabetas no país; já o analfabetismo funcional atingiu 21,6% da população. O analfabetismo é mais elevado no Nordeste, onde 19,9% da população é analfabeta. Ainda segundo o PNAD, o percentual de pessoas na escola, em 2007, foi de 97% na faixa etária de 6 a 14 anos e de 82,1% entre pessoas de 15 a 17 anos, enquanto o tempo médio total de estudo entre os que têm mais de 10 anos foi, em média, de 6,9 anos. O ensino superior começa com a graduação ou cursos sequenciais, que podem oferecer opções de especialização em diferentes carreiras acadêmicas ou profissionais. Dependendo de escolha, os estudantes podem melhorar seus antecedentes educativos com cursos de pós-graduação Stricto Sensu ou Lato Sensu. Para frequentar uma instituição de ensino superior, é obrigatório, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, concluir todos os níveis de ensino adequados às necessidades de todos os estudantes dos ensinos infantil, fundamental e médio, desde que o aluno não seja portador de nenhuma deficiência, seja ela física, mental, visual ou auditiva. Ciência e tecnologia

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Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro e sul-americano a ir ao espaço sideral.A produção científica brasileira começou, efetivamente, nas primeiras décadas do século XIX, quando a família real e a nobreza portuguesa, chefiadas pelo Príncipe-regente Dom João de Bragança (futuro Rei Dom João VI), chegaram no Rio de Janeiro, fugindo da invasão do exército de Napoleão Bonaparte em Portugal, em 1807. Até então, o Brasil era uma colônia portuguesa (ver colônia do Brasil), sem universidades e organizações científicas, em contraste com as ex-colônias americanas do império espanhol, que apesar de terem uma grande parte da população analfabeta, tinham um número considerável de universidades desde o século XVI.A pesquisa tecnológica no Brasil é em grande parte realizada em universidades públicas e institutos de pesquisa. Alguns dos mais notáveis polos tecnológicos do Brasil são os institutos Oswaldo Cruz, Butantã, Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e o INPE.O Brasil tem o mais avançado programa espacial da América Latina, com recursos significativos para veículos de lançamento, e fabricação de satélites. Em 14 de outubro de 1997, a Agência Espacial Brasileira assinou um acordo com a NASA para fornecer peças para a ISS. Este acordo possibilitou ao Brasil treinar seu primeiro astronauta. Em 30 de março de 2006 o Cel. Marcos Pontes a bordo do veículo Soyuz se transformou no primeiro astronauta brasileiro e o terceiro latino-americano a orbitar nosso planeta.

Fotografia panorâmica do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, estado de São Paulo, o único acelerador de partículas da América Latina.O urânio enriquecido na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), de Resende, no estado do Rio de Janeiro, atende a demanda energética do país. Existem planos para a construção do primeiro submarino nuclear do país. O Brasil também é um dos três países da América Latina com um laboratório Síncrotron em operação, um mecanismo de pesquisa da física, da química, das ciências dos materiais e da biologia. Segundo o Relatório Global de Tecnologia da Informação 2009–2010 do Fórum Econômico Mundial, o Brasil é o 61º maior desenvolvedor mundial de tecnologia da informação.O Brasil também tem um grande número de notáveis personalidades científicas e inventores das mais diversas áreas do conhecimento, como os padres Bartolomeu de Gusmão, Roberto Landell de Moura e Francisco João de Azevedo, Santos Dumont, Manuel Dias de Abreu, César Lattes,

Andreas Pavel, Nélio José Nicolai, Adolfo Lutz, Vital Brasil, Carlos Chagas, Oswaldo Cruz,

Henrique da Rocha Lima, Mauricio Rocha e Silva e Euryclides Zerbini.Transportes

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Rodovia dos Imigrantes, no estado de São Paulo.Com uma rede rodoviária de cerca de 1,8 milhões de quilômetros, sendo 96 353 km de rodovias pavimentadas (2004), as estradas são as principais transportadoras de carga e de passageiros no tráfego brasileiro. Os primeiros investimentos na infraestrutura rodoviária deram-se na década de 1920, no governo de Washington Luís, sendo prosseguidos no governo Vargas e Gaspar Dutra. O presidente Juscelino Kubitschek (1956–61), que concebeu e construiu a capital Brasília, foi outro incentivador de rodovias. Kubitschek foi responsável pela instalação de grandes fabricantes de automóveis no país (Volkswagen, Ford e General Motors chegaram ao Brasil durante seu governo) e um dos pontos utilizados para atraí-los era, evidentemente, o apoio à construção de rodovias. Hoje, o país tem instalados em seu território outros grandes fabricantes de automóveis, como Fiat, Renault, Peugeot, Citroën, Chrysler, Mercedes-Benz, Hyundai e Toyota. O Brasil é o sétimo mais importante país da indústria automobilística.

Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos, o mais movimentado do país.Existem cerca de quatro mil aeroportos e aeródromos no Brasil, sendo 721 com pistas pavimentadas, incluindo as áreas de desembarque. O país tem o segundo maior número de aeroportos em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O Aeroporto Internacional de Guarulhos, localizado na Região Metropolitana de São Paulo, é o maior e mais movimentado aeroporto do país, grande parte dessa movimentação deve-se ao tráfego comercial e popular do país e ao fato de que o aeroporto liga São Paulo a praticamente todas as grandes cidades de todo o mundo. O Brasil tem 34 aeroportos internacionais e 2 464 aeroportos regionais. O país possui uma extensa rede ferroviária de 28 857 km de extensão, a décima maior rede do mundo. Atualmente, o governo brasileiro, diferentemente do passado, procura incentivar esse meio de transporte; um exemplo desse incentivo é o projeto do Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo, um trem-bala que vai ligar as duas principais metrópoles do país. Há 37 grandes portos no Brasil, dentre os quais o maior é o Porto de Santos. O país também possui 50 000 km de hidrovias. SaúdeO sistema de saúde pública brasileiro, o Sistema Único de Saúde (SUS), é gerenciado e fornecido por todos os níveis do governo, sendo o maior sistema do tipo do mundoJá os sistemas de saúde privada atendem um papel complementar. Os serviços de saúde públicos são universais e oferecidos a todos os cidadãos do país de forma gratuita. No entanto, a construção e a manutenção de centros de saúde e hospitais são financiadas por impostos, sendo que o país

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gasta cerca de 9% do seu PIB em despesas na área. Em 2009, o território brasileiro tinha 1,72 médicos e 2,4 camas hospitalares para cada 1000 habitantes. Apesar de todos os progressos realizados desde a criação do sistema universal de cuidados de saúde em 1988, ainda existem vários problemas de saúde pública no Brasil. Em 2006, os principais pontos a serem resolvidos eram as altas taxas de mortalidade infantil (2,51%) e materna (73,1 mortes por 1000 nascimentos). O número de mortes por doenças não transmissíveis, como doenças cardiovasculares (151,7 mortes por 100 000 habitantes) e câncer (72,7 mortes por 100 000 habitantes) também têm um impacto considerável sobre a saúde da população brasileira. Finalmente, fatores externos, mas evitáveis, como acidentes de carro, violência e suicídio causaram 14,9% de todas as mortes no país. Energia

Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior usina hidrelétrica do planeta por produção de energia. O Brasil é o décimo maior consumidor da energia do planeta e o terceiro maior do hemisfério ocidental, atrás dos Estados Unidos e Canadá. A matriz energética brasileira é baseada em fontes renováveis, sobretudo a energia hidrelétrica e o etanol, além de fontes não-renováveis de energia, como o petróleo e o gás natural. Ao longo das últimas três décadas o Brasil tem trabalhado para criar uma alternativa viável à gasolina. Com o seu combustível à base de cana-de-açúcar, a nação pode se tornar energicamente independente neste momento. O Pró-álcool, que teve origem na década de 1970, em resposta às incertezas do mercado do petróleo, aproveitou sucesso intermitente. Ainda assim, grande parte dos brasileiros utilizam os chamados "veículos flex", que funcionam com etanol ou gasolina, permitindo que o consumidor possa abastecer com a opção mais barata no momento, muitas vezes o etanol. Os países com grande consumo de combustível como a Índia e a China estão seguindo o progresso do Brasil nessa área. Além disso, países como o Japão e Suécia estão importando etanol brasileiro para ajudar a cumprir as suas obrigações ambientais estipuladas no Protocolo de Quioto. O Brasil possui a segunda maior reserva de petróleo bruto na América do Sul e é um dos produtores de petróleo que mais aumentaram sua produção nos últimos anos O país é um dos mais importantes do mundo na produção de energia hidrelétrica. Da sua capacidade total de geração de eletricidade, que corresponde a 90 mil megawatts (MW), a energia hídrica é responsável por 66.000 MW (74%).A energia nuclear representa cerca de 3% da matriz energética do Brasil.[ O Brasil pode se tornar uma potência mundial na produção de petróleo, com grandes descobertas desse recurso nos últimos tempos na Bacia de Santos. Comunicação

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Instalações da Rede Globo em São Paulo, a quarta maior rede de televisão comercial do planeta. A imprensa brasileira tem seu início em 1808 com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, sendo até então proibida toda e qualquer atividade de imprensa — fosse a publicação de jornais ou livros. A imprensa brasileira nasceu oficialmente no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1808, com a criação da Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional, pelo príncipe-regente Dom João. A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal publicado em território nacional, começa a circular em 10 de setembro de 1808. Atualmente a imprensa escrita consolidou-se como um meio de comunicação em massa e produziu grandes jornais que hoje estão entre as maiores do país e do mundo como a Folha de S. Paulo, O Globo e o Estado de S. Paulo, e publicações das editoras Abril e Globo. A radiodifusão surgiu em 7 de setembro de 1922, sendo a primeira transmissão um discurso do então presidente Epitácio Pessoa, porém a instalação do rádio de fato ocorreu apenas em 20 de abril de 1923 com a criação da "Rádio Sociedade do Rio de Janeiro". Na década de 1930 começou a era comercial do rádio, com a permissão de comerciais na programação, trazendo a contratação de artistas e desenvolvimento técnico para o setor. Com o surgimento das radionovelas e da popularização da programação, na década de 1940, começou a chamada era de ouro do rádio brasileiro, que trouxe um impacto na sociedade brasileira semelhante ao que a televisão produz hoje. Com a criação da televisão o rádio passa por transformações, os programas de humor, os artistas, as novelas e os programas de auditório são substituídos por músicas e serviços de utilidade pública. Na década de 1960 surgiram as rádios FMs que trazem mais músicas para o ouvinte. A televisão no Brasil começou, oficialmente, em 18 de setembro de 1950, trazida por Assis Chateaubriand que fundou o primeiro canal de televisão no país, a TV Tupi. Desde então a televisão cresceu no país, criando grandes redes como a Globo, Record, SBT e Bandeirantes. Hoje, a televisão representa um fator importante na cultura popular moderna da sociedade brasileira. A televisão digital no Brasil teve início às 20h30 de 2 de dezembro de 2007, inicialmente na cidade de São Paulo, pelo padrão japonês. CulturaO núcleo de cultura é derivado da cultura portuguesa, por causa de seus fortes laços com o império colonial português. Entre outras influências portuguesas encontram-se o idioma português, o catolicismo romano e estilos arquitetônicos coloniais. A cultura, contudo, foi também fortemente influenciada por tradições e culturas africanas, indígenas e europeias não-portuguesas. Alguns aspectos da cultura brasileira foram influenciadas pelas contribuições dos italianos, alemães e outros imigrantes europeus que chegaram em grande número nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Os ameríndios influenciaram a língua e a culinária do país e os africanos influenciaram a língua, a culinária, a música, a dança e a religião. A arte brasileira tem sido desenvolvida, desde o século XVI, em diferentes estilos que variam do barroco (o estilo dominante no Brasil até o início do século XIX) para o romantismo, modernismo, expressionismo, cubismo, surrealismo e abstracionismo.

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Machado de Assis, poeta e romancista, cujo trabalho se estende por quase todos os gêneros literários, é amplamente considerado como o maior escritor brasileiro. O cinema brasileiro remonta ao nascimento da mídia no final do século XIX e ganhou um novo patamar de reconhecimento internacional nos últimos anos. A música brasileira engloba vários estilos regionais influenciados por formas africanas, europeias e ameríndias. Ela se desenvolveu em estilos diferentes, entre eles, samba, música popular brasileira, música nativista, música sertaneja, choro, axé, brega, forró, frevo, baião, lambada, maracatu, bossa nova e rock brasileiro.LiteraturaA literatura brasileira surgiu a partir da atividade literária incentivada pelos jesuítas após o descobrimento do Brasil durante o século XVI. Bastante ligada, de princípio, à literatura metropolitana, ela foi ganhando independência com o tempo, iniciando o processo durante o século XIX com os movimentos romântico e realista, atingindo o ápice com a Semana de Arte Moderna em 1922, caracterizando-se pelo rompimento definitivo com as literaturas de outros países, formando-se, portanto, a partir do Modernismo e suas gerações as primeiras escolas de escritores verdadeiramente independentes. São dessa época grandes nomes como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, João Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Cecília Meireles.CulináriaA cozinha brasileira varia muito de acordo com a região, refletindo a combinação de populações nativas e de imigrantes pelo país. Isto criou uma cozinha nacional marcada pela preservação das diferenças regionais. Os exemplos são a feijoada, considerado o prato nacional do país; e os alimentos regionais, como vatapá, moqueca, polenta, pão de queijo e acarajé. O Brasil tem uma grande variedade de doces como brigadeiros e beijinhos. A bebida nacional é o café, e a cachaça é uma bebida destilada nativa do Brasil. A cachaça é destilada a partir de cana-de-açúcar e é o ingrediente principal do coquetel nacional, a Caipirinha. Esporte

O futebol é o esporte mais popular no Brasil. A Seleção Brasileira de Futebol foi cinco vezes vitoriosa na Copa do Mundo FIFA, em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Voleibol, futsal, basquetebol, skate, automobilismo e as artes marciais também têm grande popularidade no país.

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Seleção Brasileira de Voleibol Masculino em jogo da Liga Mundial 2009. O Brasil é uma potência do vôlei mundial, com diversos títutos em torneios internacionais na modalidade, tanto no masculino quanto no feminino.Embora não sejam tão praticados e acompanhados como os esportes citados anteriormente, tênis, handebol, natação e ginástica têm encontrado muitos seguidores brasileiros ao longo das últimas décadas. Algumas variações de esportes têm suas origens no Brasil. Futebol de praia, futsal (versão oficial do futebol indoor) futetênis, futebol de saco e futevôlei emergiram de variações do futebol. Outros esportes também criados no país são a peteca, o acquaride, o frescobolo sandboard, e o biribol. Nas artes marciais, os brasileiros têm desenvolvido a capoeira, vale-tudo, e o jiu-jitsu brasileiro, entre outras artes marciais brasileiras.No automobilismo, pilotos brasileiros ganharam o campeonato mundial de Fórmula 1 oito vezes: Emerson Fittipaldi, em 1972 e 1974; Nelson Piquet, em 1981, 1983 e 1987; e Ayrton Senna, em 1988, 1990 e 1991. O Brasil já organizou eventos esportivos de grande escala: o país organizou e sediou a Copa do Mundo FIFA de 1950, na qual foi o vice-campeão e foi escolhido para sediar a Copa do Mundo FIFA de 2014. O circuito localizado em São Paulo, Autódromo José Carlos Pace, organiza anualmente o Grande Prêmio do Brasil. São Paulo organizou os Jogos Pan-americanos de 1963 e o Rio de Janeiro organizou os Jogos Pan-americanos de 2007. Além disso, o país vai sediar os Jogos Olímpicos de Verão de 2016, que serão realizados na cidade do Rio de Janeiro.