Revista 25º Ipiranga Ibitipoca Off — 25 anos do rali mais charmoso do Brasil

www.ibitipocaoffroad.com.br 1


Editorial

Dizem que as mais saborosas receitas guardam segredos que seus criadores não re-velam. Não aparecem no papel, mas fazem toda a diferença.

O IOR chega aos 25 anos(!) consecuti-vos com uma receita básica já revelada, mas somando ingredientes que extrapolam o pa-ladar e atingem partes fundamentais do cor-po humano: cabeça e coração.

Os itens que todos conhecem: organi-zação, credibilidade, profissionalismo, serie-dade, respeito aos participantes, ao público, aos parceiros, às autoridades, à imprensa, à opinião pública, à comunidade por onde a prova passa e ao ambiente.

Chegamos agora ao não dito da receita. É o “modo de fazer”: o IOR acrescenta fortes pitadas de emoção, sentimento, paixão, vi-bração, busca da perfeição, sorrisos, abraços e multiplicação de amizades.

Pronto. Vamos degustar os 25 anos do rali mais charmoso — e saboroso — do Bra-sil. Este ano, com uma super cereja no bolo: o selo neutro de carbono do Instituto Brasi-leiro de Defesa da Natureza, que reforça o conceito de sustentabilidade do evento lan-çado lá em 1990.

Parabéns para todos nós, e vida longa ao IOR!!!

REVISTA IBITIPOCA OFF ROAD 2014Publicação oficial do Ipiranga Ibitipoca Off Road

25 Anos — Edição Histórica

Expediente

Coordenação: Manoel e Thiago Resende

Produção, apuração, edição,

projeto gráfico e editoração:Gestora do www.toquedebola.esp.br

Jornalista Responsável: Ivan Elias Hallack Reg MTB 4329

Designer e arte historinhas: Rogério Caetano

Charges: Mário Tarcitano

Textos: Bruno Kaehler, Mônica Valentim e Ivan Elias

Fotos: Aelson F. Amaral (Mtb 18907 Arfoc RJ 00486)

Capa e Logo da Prova:Marcus Vinícius Souza

Contato comercial:Fernando Botti — (32) 8844-0558

Impressão:Central Indústria Gráfica

Tiragem:5 mil exemplares

(32) 3215-1598

25º Ipiranga Ibitipoca Off Road4

A prova deste ano traz inovações importantes. As muitas categorias de motos irão se dividir — fazer trilhas diferentes — antes mesmo do primeiro neutro principal, em Lima Duarte. As categorias Master, Sênior, Over 40 e Dupla Graduados encaram, assim, a já ba-

tizada trilha Master Extreme, sendo colocadas à prova logo no início da batalha.

Manoel e Thiago Resende, coordenador e supervi-sor do evento, abordam um aspecto importante. “Para você colocar 380 motos na trilha, há que se pensar em todos os detalhes. Assim, levantamos a prova de forma que, mesmo cumprindo trechos diferentes ao longo do percurso, as cate-gorias acabam chegando ao arraial quase ao mesmo tempo. Assim, os participantes não completam o primeiro dia muito tarde e a equipe técnica tem como realizar todas as tarefas, como receber o GPS e processar a apuração do resultado de sábado e deixar tudo pronto para a largada de domingo, que ocorre em Ibitipoca”.

Outra novidade: no Posto Armazen, em Lima Duarte, haverá uma premiação simbólica aos primeiros pilotos que chegarem. O prefeito de Lima Duarte, Arzenclever Geraldi-no, vai fazer a entrega.

A prova de motos tem levantamento muito cuida-doso e bem elaborado feito por Saulo Santana, Diretor da

Prova de Motos, e Anderson Boka Santiago, Di-retor de Cronometragem e Apuração. Os dois dias de trilha decidirão o Campeonato Estadu-al de Regularidade promovido pela Federação Mineira e contarão pontos para a Copa Estrada Real Off Road.

Nos carros, com supervisão da Federa-ção Mineira de Automobilismo, o levantamento ficou sob a responsabilidade de Wagner de Pau-la, experiente navegador e Diretor da Prova de Carros, que este ano contou com o auxílio de Kiko Santos na tarefa.

Para marcar a edição histórica de 25 anos, toda a equipe técnica do IOR assegura que

o rali deste ano vai superar as expectativas dos pilotos e nave-gadores. Quem viver, verá.

A PEDREIRAvai começar cedo

Manoel e Thiago Resende, coordenadores do IOR, no lançamento do Bar Oficial APriori

Wagner de Paula, o Wagão, Diretor da Prova de Carros

Anderson Boka, Diretor de Cronometragem e Apuração, e Saulo Santana, Diretor da Prova de Motos

Fotos: Aelson

3 de Agosto (Domingo)

08h – LARGADA

Conceição de Ibitipoca

a partir de 10h – NEUTRO

Lima DuarteLocal: Armazen de Minas

(Posto Ipiranga)

a partir de 14h – CHEGADA

Juiz de ForaLocal: Suprema

(Trevo Salvaterra)

16h – Show da Equipe

Ipiranga FMXFred Kyrillos, Marcelo

Simões e Jeff Campacci

18h – Show com Felipe e Ruan

20h – Premiação

1º de Agosto (Sexta-feira)a partir de 14h – VISTORIAJuiz de Fora

Local: Suprema Juiz de Fora Alameda Salvaterra, 200 (Trevo Salvaterra)Motos: Supervisão FMEMGCarros: Supervisão FMA

20h30: Briefing

Local: Auditório

2 de Agosto (Sábado)08h – LARGADAJuiz de Fora

Local: Supremaa partir de 10h – NEUTROLima Duarte

Local: Armazen de Minas (Posto Ipiranga)

9h às 17h – Ação SUPREMAVer página 33

a partir de 14h — CHEGADAConceição de Ibitipoca(distrito de Lima Duarte)

Pernoite: Conceição de Ibitipoca

IORDIA A

DIA

Carros1º DiaDe JF a Lima Duarte: 88Km

Lima Duarte a Ibitipoca: 92Km

2º DiaIbitipoca a Lima Duarte: 78Km

Lima Duarte a Juiz de Fora: 102Km

Motos1º DiaMaster: 167kmSênior/ Over 40 e Dupla Graduados: 165 KmOver 45, 50 e 55/ Feminino/ Júnior/ Novatos/ Dupla Novatos: 155km2º DiaMaster/ Sênior/ Over 40 e Dupla Graduados: 183 kmOver 45, 50 e 55/ Feminino/ Júnior/ Novatos/ Dupla Novatos: 174 km


Lá na já distante década de 90, Manoel Resende avisou: “Olha, vocês têm que se preparar. A prova de carros vai passar por aqui e o pessoal vai chegar morrendo de fome, e é muita gente, hein? “Deixa comigo”, garantiu o dono da venda, na localidade de São José dos Lopes. Uma hora de espera, duas, três, cadê todo mundo? Nada feito. Alguns carros “se--atolaram-se” (não é assim quando envolve as rodas dianteiras e traseiras do veículo?) um pouco antes dali, e a prova não seguiu como se esperava. Uns afirmam que a turma chegou já tarde da noite. Outros garantem que até hoje estão esperando os pilotos de carro lá, com a panela cheia de cachorro quente...

E agora? Como apontar um favorito para o título das motos master com tanta gente boa na trilha? A prova reúne os principais pi-lotos do País na modalidade, além de decidir o Campeonato Mineiro e contar pontos para a Copa Estrada Real, esta de caráter regional.

Até ano passado, Sandro Hoffmann, maior vencedor da categoria na prova e atual campeão, era o primeiro nome da lista dos prováveis campeões. Desta vez, nem temos essa colher de chá: ele estará em outra faixa, a Over-40 (pilotos acima de 40 anos).

Candidatos fortes não faltam. Pelo contrário. O líder do Brasileiro de Regulari-dade após 10 etapas, capixaba Jomar Grecco, atual vice-campeão do IOR, confirmou parti-cipação logo cedo. Este ano, ainda “colocou no bolso” o TransBahia.

Depois, o atual campeão brasileiro, bicampeão paranaense e sul-brasileiro, tam-

bém bi no Enduro FIM e em terceiro no Brasi-leiro deste ano, Emerson Bombadinho, anun-ciou que vem: “Tenho familiares aí pertinho, e todo ano, por algum motivo, não conseguia disputar a prova. Este ano, vamos pela primei-ra vez, e lutar para ficar entre os cinco primei-ros”, afirma, mineiramente.

Outro nome consagrado da moda-lidade já confirmou inscrição: Dário Júlio, mineiro de Lavras. Darinho, como é conhe-cido no universo do off road, sagrou-se bi-campeão do IOR em 2007 e 2008. Já está recuperado de uma contusão que o afastou das trilhas.

No Campeonato Mineiro, os primei-ros colocados após oito etapas são Mário Vig-nate, Alison Silva e Rodrigo Pedrosa Amaral. Em Ibitipoca, estão em jogo as etapas 9 e 10.

E então, dá para arriscar, agora, quem vai tirar um 10 na edição histórica de 25 anos?

Pódio dasmotos master:quem sobe?Cinco primeiros colocados na categoria

master das motos em 2013

Foto: Aelson


Bicampeão com a“faca nos dentes”

Entre os carros, a expectativa para este ano no IOR, na categoria Graduado, é de uma disputa tão ou mais equilibrada que em 2013, quando pelo menos 15 duplas inicia-ram a prova em condições de vencer.

Pilotos e navegadores de Juiz de Fora, da região e do estado disputam as principais competições do Brasil, estão sempre entre os favoritos e dificilmente deixam de “beliscar” o pódio.

Em 2 e 3 de agosto concorrem com pilotos de cidades fluminenses e diversos ou-tros estados, aumentando o grau de dificul-dade. Campeão em 2005, Carlos Humberto Ferreira da Costa decreta: “Já conquistei vários títulos importantes, mas o troféu do Ibitipoca é o que eu guardo com maior orgulho”.

Quem disputa o rali já sabe: as pro-vas são decididas em questão de segundos. Para o bicampeão do IOR, Pedro Agrelle (em dupla com Matheus Mazzei), da equipe AMZ

Racing, o equilíbrio foi tão levado a sério que o título de 2013 entre os carros, na categoria Graduado, foi inesperado.

“Em 2013, fomos o primeiro a largar e tivemos problemas que custaram a vitória no sábado. Era tudo ou nada no domingo, fui com a ‘faca nos dentes’, forçando ao máximo para andar zerado. Teve um balaio com mé-dia muito apertada, fizemos tudo certo, mas no final vi que corri essa parte toda em 4x2. Ali pensei que tinha perdido o Ibitipoca. Não estava na premiação, fui em casa tomar um banho, quando meu navegador me ligou per-guntando qual o critério de desempate, pois havíamos ganhado o segundo dia. Empata-mos no resultado e vencemos no desempate”, conta Agrelle.

Animado com a edição especial dos 25 anos, prevê uma mescla da intensidade das provas dos últimos anos com características de edições do passado.

Matheus Mazzei e Pedro Agrelle: o desafio de defender um título suado

Foto: Aelson


Ademar Nascimento • Adriano Campos Amaral • Adriano Taveira de Souza (2 anos) • Aexon Max de O. Alves • Alessandro “Pirulito” • Alexandre Marcondes • Amilar José Rodrigues • André Luiz Boher • André Tofani • Breno Rezende Martins da Costa • Bruno Vilela de Oliveira • Caio Sabato • Carlos Augusto Constantino • Carlos Bicalho • Carlos Eduardo Pinheiro • Cassius Vieira Nunes • Célio Roberto Mendonça Pereira (3 anos) • Cláudio da Silva • Cláudio Fonseca Caetano • Cláudio R. Teixeira Ribeiro • Clébio Mendes (2 anos) • Dário Júlio Lopes De Souza (2 anos) • Dário Schrull • Diogo Procópio Vilela • Edgard Barbosa • Edmilson Carlos Campos (2 anos) • Eduardo Salvarani (3 anos) • Eumar Werneck • Evander Couri • Flávio Navarro (2 anos) • Gilberto Marchetti • Guilherme Campelo • Guilherme Campos (2 anos) • Guilherme Marchetti (2 anos) • Hélio Júnior • Henrique Ribeiro de Castro • Hugo Morato (2 anos) • Jadir Assis Lopes • José Alexandre Tommaso (4 anos) • José Augusto Villar • José Nelson Moreira Rocha • José Roberto Fernandes • Júlio Cesar Moraes Lovisi • Laerte Mazza Filho • Luciano Pedrosa Matta (2 anos) • Lúcio Ribeiro • Luiz Cláudio Guimarães (2 anos) • Manoel F. Fávero (3 anos) • Márcio Ferraz • Marco Aurélio de Amaral Pinho • Marco R. Machado • Marco Túlio Faria (2 anos) • Marilvo Augusto de Oliveira • Mário Maia Penna • Max Barreto • Miguel Ângelo • Moacyr Marins Macedo Jr. • Noé de Oliveira (3 anos) • Osni Sidney Sporch (2 anos) • Otávio Cesar Dias Jr. • Paulo Márcio Badaró • Pélmio Simões C. Filho •

Petrônio Guimarães • Rafael Hermes dos Santos (2 anos) • Robson França • Rodrigo Jonas Silva • Rodrigo Mendes Toledo • Rodrigo Pedrosa Amaral • Sabrina Katana (2 anos) • Sandro Hoffmann (9 anos) • Sano Queiroz Chermont • Sérgio Simões Xavier • Thanus Augusto Lancini (3 anos) • Tomaz Marra Pires • Túlio Borges Malta • Vinícius Campos Mendes (2 anos) • Vinícius Góes Vieira • Welerson Costa

IO

RTodos os campeões

nas motos*

* Relação completa, e em ordem alfabética, de todos os vencedores do IOR, de 1990 a 2013. Nesta lista, os títulos não foram conquistados necessariamente na mesma categoria (Fonte: Coordenação).

Foto: Aelson


IO

R

Adolfo Antunes • Alcedir Nunes de Souza • Alexandre Salgado • Alfredo Ballestero • Alvaro Werneck Jr. • Anderson ‘Boka’ Santiago (4 anos) • Anderson Aurélio • Anderson Oliveira • Aurélio Salgado (2 anos) • Bernardo Gravina • Bernardo Monteiro • Bráulio Ferreira (4 anos) • Bruno Barbosa (2 anos) • Bruno Calixto • Bruno Gonçalves • Bruno Moreira • Bruno Salomão • Caio Souza Junqueira • Carlos Eduardo Gonçalves (2 anos) • Carlos Humberto Ferreira da Costa • Carlos R. Lima • Carlos Renato • Cassius Nunes • Cláudio Ribeiro • Cristiano Serpa • Eduardo Moraes • Eduardo Souto • Eduardo Souza Junqueira • Evander Couri • Fabiano Esteves • Felipe de Castro • Fernando Gomes • Fernando Lage (2 anos) • Flávio Fridman • Gabriel Célio Fortes • Hamilton Seccadio • Henrique de Castro Neves • Hugo Bubani • Ivaldo Duboc • Jean P. Kamil • Jefferson Oliveira • João Kamil • José A. Oliveira • Kiko Santos (3 anos) • Leonardo Martins • Leandro Gomes (4 anos) • Leandro Dalla • Leandro Trindade • Leonardo Vieira (2 anos) • Lobsang Max (4 anos) • Lorena Figueiredo • Luiz Antonio Cavalieri (2 anos) • Luiz Fernando Pugliese (2 anos) • Magno Aragão (3 anos) • Marcelo Dias • Marcelo Gavioli Cunha • Marcelo Jucá (2 anos) • Marcelo Mendes • Marcelo Miana Soares • Marcelo R. Cristo • Marcelo Salgado (2 anos) • Marcelo Tonelli Pinheiro • Marcos Paiva • Mário César de Landa • Martinho Caetano • Matheus Mazzei (3 anos) • Murilo Nascimento Cunha • Nelmerson Pires • Nelson Isaltino • Nivaldo Soares • Norton Lopes • Oswaldo Luiz • Paulo Henrique Cavalieri • Paulo Mendes Moraes • Paulo Minto • Paulo Renato (4 anos) • Paulo Roberto Siqueira • Pedro Agrelle (3 anos) • Pedro Gouvêa (2 anos) • Pedro Mendonça (2 anos) • Pedro Paulo dos Santos • Pedro Paulo Oliveira (2 anos) • Pedro Ribeiro • Rafael Dal Bello • Renato Brega • Renato Casagrande • Ricardo Barbosa • Ricardo dos Santos (2 anos) • Ricardo Firjan • Ricardo Mazzei • Ricardo Sales • Rodrigo Castelões • Rodrigo Peternelli • Rogerio Carneiro • Rony Peterson Lage • Sandro Barbosa • Sandro Luiz • Sandro M. Ribeiro • Sebastião Esteves (3 anos) • Soraia Cátia Dias • Thiago Vargas • Viviane Schneider • Wagner Antônio de Paula (3 anos) • Wagner de Brito • Wander de Almeida Filho • Welington Pereira • Willian Crossara • Willian Werneck

Todos os campeões nos carros*

Foto: Arquivo Pessoal


B A H I ACasa Nova • Ribeira do Pombal • Sobradinho

D I S T R I T O D E F E R A LBrasília • Planaltina

E S P Í R I T O S A N T O Alfredo Chaves • Cachoeiro de Itapemirim • Cariacica • Domingos Martins • Guacuí • Muniz Freire • Nova Venécia • Santa Maria de Jetiba • Serra • Vargem Alta • Venda Nova do Imigrante • Viana • Vila Velha • Vitória

G O I Á SLuziânia

M I N A S G E R A I SAlém Paraíba • Antônio Carlos • Araxá • Arcos • Argirita • Barbacena • Belo Horizonte • Betim • Boa Esperança • Bom Sucesso • Brumadinho • Cambuí • Campos Gerais • Caratinga • Cataguases • Conçeição do Ibitipoca • Conselheiro Lafaiete • Contagem • Coração de Jesus • Cordisburgo • Coronel Fabriciano • Descoberto • Divino • Divinópolis • Formiga • Governador Valadares • Guarani • Ibertioga • Ipatinga • Itajubá • Janaúba • Januária • Japaraíba • Juiz de Fora • Lagoa da Prata • Lambari • Lavras • Lima Duarte • Luminárias • Madre de Deus de Minas • Mariana • Matias Barbosa • Montes Claros • Nova Lima • Nova Serrana • Olaria • Oliveira • Oliveira Fortes • Ouro Branco • Patos de Minas • Pedra do Indaia • Poços de Caldas • Porteirinha • Pouso Alegre •

Resende Costa • Rio Pomba • Rodeiro • Salinas • Santa Maria de Itabira • Santo Antônio do Monte • Santos Dumont • São Gonçalo do Sapucaí • São João del Rei • São João Nepomuceno • São Tiago • Sarzedo • Timóteo • Ubá • Uberlândia • Vespasiano • Visconde do Rio Branco

PA R A N ÁCuritiba

R I O D E J A N E I R OBarra Mansa • Bom Jardim • Bom Jesus do Itabapoana • Casimiro de Abreu • Cordeiro • Eng. Paulo de Frontin • Guapimirim • Itaguai • Levy Gasparian • Macaé • Magé • Maricá • Mesquita • Miguel Pereira • Niterói • Nova Friburgo • Nova Iguaçu • Paraíba do Sul • Paty do alferes • Petrópolis • Porto Real • Quatis • Resende • Rio Bonito • Rio das Flores • Rio das Ostras • Rio de Janeiro • São José do Vale do Rio Preto • Sapucaia • Seropédica • Teresópolis • Três Rios • Valença • Volta Redonda

S Ã O PA U L OAparecida • Botucatu • Bragança Paulista • Campinas • Carapicuíba • Cotia • Émbu • Franca • Guaratinguetá • Jandira • Piracicaba • Santo Andre • São Bernardo do Campo • São José dos Campos • São Paulo • Socorro • Suzano • Taboão da Serra

T O C A N T I N SPalmas

CA

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TAL DO OFF RO

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Até o fechamento da revista, as inscrições do IOR já indicavam: pelo menos 146 cidades estarão representadas por pilotos de moto e pilotos e navegadores de carros. O número de 380 motos é recorde absoluto.

Nas motos, as categorias são: Master, Sênior, Over-55, Over-50, Over-45, Over-40, Júnior, Novatos, Duplas Graduados, Duplas Novatos e Feminino. Nos carros, as opções são Graduado, Turismo e Turismo Light. A supervisão é das Federações Mineiras de Motociclismo e Automobilismo.

Fernando Montá, pai e filho com o mesmo nome, piloto e navegador, li-gam para reservar um quarto. “Vocês vêm para o evento mesmo?”, pergun-ta o hotel. “Sim”. Chegando ao hotel, SURPRESA! O quarto estava todo de-corado e a cama, preparada para um casal. É que, naquele ano, a data do IOR coincidiu com a do famoso con-curso Miss Brasil Gay em JF.



Napegada docarbonoNapegada docarbono

Em parceria com a Vital En-genharia Ambiental, o IOR firmou compromisso com o IBDN para neutralizar suas emissões de carbo-no, atendendo às diretrizes do Painel de Mudanças Climáticas do Brasil.

Com isto, a prova passa a ser o primeiro evento da categoria em Minas a receber o selo Even-to Neutro de Carbono, concedido pelo Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza (IBDN).

O IBDN vai mapear a emissão de dióxido de carbono (C02) para traçar o perfil dos Gases de Efeito Estufa (GEE) liberados na atmosfera durante a realização do rali. O resul-tado final constará no “Inventário de Emissões de G.E.E.”, gerando dados para traçar metas contra o efeito estufa e a poluição ambiental.

O inventário é desenvolvido com

base em metodologias do Painel Intergovernamental de Mudan-ças Climáticas da ONU (IPCC), do GHG Protocol, Painel de Mudanças Climáticas do Brasil (PBMC) e relatórios da Coorde-nação Geral de Mudanças Glo-bais do Clima, do Ministério da Ciência e Tecnologia.

De posse dos dados co-letados, a Vital Engenharia Am-

biental, gestora da Central de Tratamento de Resíduos (CTR Zona da Mata), vai realizar o plantio de mudas de plantas nativas da Mata Atlântica na área do aterro, em Juiz de Fora, como forma de “compensar” o C02 liberado durante os três dias do enduro. As mudas se-rão retiradas dos viveiros da Vital. Técnicos do IBDN irão acompanhar o plantio e moni-toramento das mudas.

IMPORTÂNCIA DO SELO Tornar o evento Neutro de Carbono é fortalecer o conceito de sustentabilidade

entre a sociedade e o mercado. O mapeamento das emissões de CO2 durante a realização de um evento garante a adoção de medidas concretas para a redução do consumo de água, energia e lixo, gerando benefícios para as comunidades sedes. Eventos neutros de carbono são excelentes oportunidades para que empresas, órgãos e cidadãos sejam identificados pelo compromisso com as questões socioambientais.

O sequestro de carbono faz parte do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), proposto na Convenção do Clima, aprovada na Rio 92 e ratificada por centenas de países através do Tratado de Kyoto (1997). Tem como objetivo conter e reverter o acúmulo de CO2 na atmosfera para impedir o avanço do efeito estufa. De acordo com as diretrizes do GHG Protocol Brasil, os selos verdes garantem rentabilidade às empresas através da elabo-ração de práticas e estratégias para melhorar a competitividade.

O rali mais charmoso do Brasil vai traçar o perfil dos gases responsáveis pelo efeito estufa


Em defesa das questões socio ambientais

Os ambientalistas Ilva e Rufino em entrevista a

Marcelo Juliani (centro) na Rádio Solar AM sobre o

destombamento do Sport Club Juiz de Fora

Napegada docarbonoNapegada docarbono

fino de Souza e Ilva Lasmar.A Scenarium orienta as empresas para a

inovação e aumento de eficiência, cria opor-tunidades de explorar nichos de mercados através do uso sustentável dos recursos natu-rais e da melhoria da qualidade de vida, pro-picia redução de custos e traz retornos finan-ceiros comprovados. Além disto, valoriza os ativos intangíveis que respondem por mais de 75% do valor da corporação, como marca, produto, nome empresarial e relacionamento com seu nicho de mercado.

Esta visão estratégica em sustentabilidade da Scenarium possibilitou ao IOR estampar, em sua edição de prata, o selo Evento Neutro em Carbono, concedido pelo IBDN, com o apoio financeiro da Vital Engenharia Ambien-tal. Agora, O IOR acumula dois adjetivos: “rali mais charmoso do Brasil” e “rali mais verde de Minas” e se torna evento promissor para os empreendedores da “moeda verde”.

Desde 1997, falar em preservação ambien-tal e combate ao efeito estufa deixou de ser “papo de escola”, “dever de casa”. A partir do Protocolo do Kyoto, criado para firmar acordos e estabelecer metas de redução na emissão de gases-estufa, o assunto se tornou pauta impor-tante na sociedade e para o mercado.

É neste contexto, e em busca da comu-nhão entre lucratividade, integridade am-biental e justiça social, que surgiu a Sce-narium Consultoria em Sustentabilidade, administrada pelos ambientalistas José Ru-

E-mails: [email protected] | [email protected]

Telefones:(32)3231-1629 | (32) 9988-9596 | (32) 9138-3130

Foto: www.toquedebola.esp.br


No caminho da... Instalado em uma área de 351 hectares, no distrito de Dias Tavares (MG), a CTR Zona da Mata é exemplo de gestão eficiente na coleta e tratamento do lixo urbano

Ninguém discute a máxima de que lugar de lixo é no lixo. O que ainda deve ser debatido é onde “jogar” o lixo. Depositado em local adequado, o lixo des-cartado diariamente nos centros urbanos se torna sustentável e lucrativo. Esta é a visão do gover-no brasileiro ao lançar a “Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)” que determina, entre várias ações, que todos os municí-pios substituam os “lixões” por aterros sa-nitários. O prazo expira em agosto deste ano e poucas cidades aderiram à medida.

Juiz de Fora foge à regra. Após o encerramento das atividades do aterro sa-nitário do Salvaterra, em abril de 2010, a cidade passou a depositar seu lixo no dis-trito de Dias Tavares, na Central de Trata-mento de Resíduos Zona da Mata (CTR/Zona da Mata) que entrou em operação em 12 de abril de 2010 com capacidade para receber 500 toneladas de lixo por dia, durante 25 anos.

Na trilha da gestão verde e foca-da em sustentabilidade, a CTR Zona da Mata, administrada pela Vital Engenharia Ambiental, atua da coleta do lixo à pre-

servação ambiental. Sua estrutura é composta de Aterro Sanitário para Re-síduos Sólidos Urbanos, Aterro de Inertes, Esta-ção de Tratamento de Efluentes (Percolados), Unidade de Composta-gem, Centro de Educa-ção Ambiental, Viveiro de Mudas e o setor ad-ministrativo.

Dentre os bene-fícios gerados pela central, destacam-se a localização estratégica para atender a toda a região da Zona da Mata, estação de trata-mento de chorume, viveiro de mudas nati-vas da Mata Atlântica, educação ambiental, diminuição do efeito estufa e a destinação adequada do lixo urbano.

Dotada de tecnologia moderna para destinação final e tratamento de resí-duos, a implantação da CTR fez de Juiz de Fora um exemplo para o País no que diz respeito aos resíduos sólidos. Ao eliminar o “lixão”, a cidade garantiu destinação ade-quada para o lixo, preservou o meio am-biente, diminuiu os riscos de proliferação de doenças e transformou lixo em energia.

Além de Juiz de Fora, a CTR/Zona da Mata atende a outros 18 municípios mineiros.

Vista aérea da CTR Zona da Mata


No caminho da... Centro de Educação Ambiental

O Centro de Educação Ambiental do Aterro Sanitário de Juiz de Fora visa in-fluenciar a sociedade, através de infor-mações, treinamentos, visitas técnicas monitoradas, palestras e cursos. Aberto ao público, recebe a visita de escolas públicas e privadas, universidades e téc-nicos em trabalhos de pesquisa.

Contatos para agendamento de visitas: (32) 3690-3400

Viveiro de mudasO viveiro de mudas serve

como célula reprodutora das es-pécies nativas da Mata Atlântica e busca dar suporte aos projetos de reflorestamento do aterro sa-nitário. O excedente da produ-ção é direcionado a programas de educação ambiental.

USINA TRANSFORMA LIXO EM ENERGIA

Transformar o lixo em energia limpa é um desafio que virou realidade em Juiz de Fora com a instalação da terme-létrica Valorgás, do grupo português ENC Energy em uma Joint Venture com a Vital Engenharia Ambiental, adminis-tradora da CTR-Zona da Mata.

A usina funciona nas dependências da CTR, em Dias Ta-vares, e é o primeiro investimento do grupo em Minas Gerais, que já mantém uma central em Guatapará, São Paulo. Na uni-dade de Juiz de Fora, a produção total prevista é de 4,2 me-gawatts de energia, suficiente para abastecer 57 mil pessoas e reduzir 117 mil toneladas de CO2 (gás carbônico) ao ano.

A Valorgás entrou em operação na cidade em outubro de 2013 com incentivos do governo do Estado de Minas Gerais, após a assinatura de um Protocolo de Intenções e recursos da CEF, através da linha FINISA Equipamentos. Até dezembro deste ano, a usina vai operar com 100% de aproveitamento, a partir da implantação da segunda e terceira fases, alcançan-do os 4,2 megawatts previstos no projeto e comercializados no Mercado Livre de Energia. Segundo o diretor de negócios da ENC Energy, José Esteves, a capacidade de produção da Valorgás poderá saltar de 4,2 para até 7 megawatts.

A energia elétrica produzida no aterro sanitário de Juiz de Fora é derivada do processamento e queima do gás metano, que surge da decomposição da parte orgânica do lixo. Por ser um gás muito poluente, sua queima impede a liberação na atmosfera, diminuindo a poluição do meio ambiente e o efeito estufa, além de gerar empregos e capacitação pro-fissional. O Brasil gera 182.728 toneladas de lixo por dia, biogás suficiente para abastecer milhões de brasileiros.

COMPROMISSO COM

O MEIO AMBIENTE

...sustentabilidade

Fotos: Acervo Vital Engenharia Ambiental


Equipe Ipiranga FMX:saltos para deixar o

público de cabelos em pé

Sucesso em 2013, a Equipe Ipiranga FMX confirmou presença novamente este ano, na festa de chegada da edição histórica do even-to, em 3 de agosto, com um show para lá de especial. Como no ano passado, a apresenta-ção será realizada por Fred Kyrillos, Marcelo Simões e Jeff Campacci, três dos melhores pilotos de Freestyle Motocross do País.

Bicampeão brasileiro de FMX, o paulista-no Fred Kyrillos tem representado o País no exterior e vai mostrar parte de seu repertório, prometendo deixar o público de cabelos em pé no salto final.

— Quais seus próximos planos na carreira?

Fred: Meu principal objetivo é represen-tar o Brasil no circuito internacional do Fre-estyle Motocross com vitórias e títulos. Em fevereiro deste ano dei o primeiro passo e

obtive a terceira colocação no campeonato internacional FarmJam, na Nova Zelândia.

— O que você lembra do show do ano passado no Ibitipoca Off Road?

Fred: Foi irado! Para nós é sempre muito legal fazer o show para outros pilotos, por-que eles, de fato, conhecem o esporte. O IOR é um evento de primeira linha e pos-so dizer que todos da Equipe Ipiranga FMX têm o maior orgulho de fazer parte.

— É verdade que muitas vezes as ma-nobras são definidas momentos antes de começar o show?

Fred: Cada piloto segue uma linha dife-rente de manobras e a escolha realmente é livre. Gostamos desse formato, porque faz com que cada show seja único.

— O que pretendem mostrar no evento?Fred: Nosso trabalho é entreter a gale-

ra com uma apresentação nova, divertida e emocionante. Como a equipe é formada por três dos melhores pilotos de FMX do Brasil, todas as manobras serão super novas e de al-tíssimo nível técnico.

— Quais manobras você acredita que agitam mais o público do IOR?

Fred: É difícil dizer, pois as manobras de hoje em dia estão cada vez mais impressio-nantes. Com certeza o nosso salto final vai deixar a galera de cabelos em pé!

Foto: Divulgação


Líder no Mineiro,

Laura Nunesdescarta favoritismo no IOR

Laura segue a tradição da família na modalidade.Quando fala da prova, logo lembra de areia e caminho de boi

Vice-campeã mineira de 2013, Laura Nu-nes, 20 anos, se prepara especialmente para o IOR após lesão no joelho. Com a liderança do Estadual de 2014 e a ausência da cam-peã Sabrina Katana, que a influenciou na carreira, Laura não admite o favoritismo.

“Jamais me sinto favorita, muitas mulhe-res estão bem e não tenho bagagem para me sentir assim. A Sabrina é minha amiga, sempre foi meu ídolo e o que tem de expe-riência na moto, eu tenho de idade. Respei-to Sabrina e todas as participantes”, conta Laura, que deve muito do que sabe a seus familiares.

“Comecei a andar de moto por influência do meu pai e tios que fizeram parte do iní-cio do esporte em Minas e levantavam provas

do TCMG, quando não competiam. Sempre acompanhava as etapas e via a Sabrina; isto me estimulou a competir aos 15 anos”.

Laura disputou o IOR em 2012, quando teve que ajudar uma amiga que iniciava no enduro. Mesmo assim, a mineira de BH levou a prata.

”Agora quero estar focada no meu desem-penho. O Ibitipoca é uma das provas mais le-gais que fiz, sai de um ponto e chega em ou-tro, não tem muito balaio e confusão. A etapa flui e possui muitos quilômetros, exigindo resistência e atenção”.

Para Laura, dois aspectos remetem ao IOR. “Areia e caminho de boi. São coisas que, quando falam de Ibitipoca, vêm na minha ca-beça. São duas das minhas maiores dificulda-des na trilha. Sempre um desafio”.



Empresas que escreveram o nome no IORDesde 1990 estampando seus nomes no evento, as empresas impulsionaram a saga IOR

Aos 25 anos, o IOR sobe ao pódio e sua legião de seguidores o torna referência para os amantes do off road em todo o Brasil

De 1990 a 1993, era apenas

IbitipocaOff Road

A partir de 1994, a parceria empresas-IOR transformou o enduro no “rali mais charmoso do Brasil”


Em Lima Duarte, o hoje Armazen de Minas era o Tô Aki

A única pousada era a Janela do Céu

Um visual de tirar o fôlego: o cenário da prova é considerado único até hoje por seus participantes

Largada, chegada e premiação em Juiz de Fora, no antigo Murilândia

1º“Já no primeiro IOR, em 1990, a quantidade de participan-

tes foi muito grande. Reunimos 100 motos e 70 carros”, revela Manoel Resende.

Foram duas categorias de motos, A e B, e entre os carros era uma só categoria, ‘com altíssimo grau de dificuldade’. Não havia, lógico, a variedade de marcas de carros e motos como hoje. A apuração era feita com PCs humanos. Já há alguns anos eles “per-deram o emprego” para a apuração por satélite, via Rastro GPS.

Pódios das motos das categoria A e B, no primeiro IOR, em 1990

Fotos: Aelson


“As recorda-ções são as melhores pos-

síveis! A prova foi muito bem organizada, com um grau de dificuldade bom para os dois dias. Vencê-la foi como ganhar a cereja do bolo”, lembra Max Barreto, campeão da categoria B nas motos no primeiro IOR, em 1990.

Max conta que junto com um amigo e primo, Julio Soares, iniciou a exploração e mapeamento das trilhas em Ubá e região, em 1982. Passou às provas de Enduro no Rio, São Paulo, Belo Horizonte e no interior de Minas, participando do Enduro dos Ouros, o da Inde-pendência e as provas organizadas pelo Ma-noel Resende, como o IOR.

Hoje, ao lado do filho Germano nas

trilhas, “fiz novos amigos na turma dos jee-peiros e gaiolas, mas mantenho os antigos da época das motos. O off road é uma categoria que sempre estará presente em minha vida, pois tenho um prazer imenso de estar em con-tato direto com a natureza, de moto, gaiola ou mesmo a pé, fazendo passeios em Ibitipoca, Pico da Bandeira, São Thomé das Letras ou a Travessia Petrópolis-Teresópolis”.

Max sempre conciliou a profissão com paixões. Aqui, a música ganha des-taque. “Hoje, sou ortodontista em Ubá e a música é outra paixão que descobri. Tenho quatro discos gravados e mais recentemente montei um home studio - o Cavern Records - onde passo horas maravilhosas gravando e fazendo videoclipes”.

Primeiro campeão do IOR: paz, saúde e música


Da esquerda para direita: Adriane, Jairo e Lucas Melo, Max, Paulo Emilio (agachado), Leo, Marcelo, Germano (filho) e Carol Melo


“

”

Os PCs e suas histórias incríveis

Eu e minha amiga Pa-trícia Pra-

do fomos o último PC do sábado, loca-lizado no alto da Tapera, na chegada do Arraial, e o pri-meiro PC do domingo, no

caminho para Rancharia. Na época, eu tinha um Fusquinha cinza que encarou bravamente o trajeto até nosso PC, morro acima, passando dentro de riacho e até no meio do pasto.

No primeiro dia, além de tomarmos conta dos tempos, nossa preocupação era alertar os pilotos das motos que o mata-burro que tinha no nosso PC era aberto no meio. Ficávamos igual duas malucas gesticulando

para alertá-los e isso rendeu muitas garga-lhadas, tanto nossas quanto deles. Alguns até paravam para agradecer quando viam do que tinham escapado.

Como Ibitipoca naquela época nem tinha pousada direito para todos, ficamos “hospedadas“ na Fazenda do Rodrigo, loca-lizada no acesso ao Parque, junto com um monte de pilotos, PC´s e mais quem chegasse procurando um canto pra dormir. A infraestru-tura da casa era precária, sem luz, nem água direito, mas quem ligava pra isso? Era mais uma aventura e mais um motivo pra muitas ri-sadas. Jogamos nossos colchonetes e coberto-res numa sala e lá ficamos, protegidas do frio.

No domingo, tínhamos que sair cedi-nho, pois éramos o primeiro PC e demos “de cara” com gente dormindo no chão, em cima do banco da cozinha, com roupa de corrida, imunda de barro. Uma confusão danada, mas que todo mundo encarou numa boa!

A jornalista Gisele Simões conta sua experiência como PC no primeiro IOR. Hoje, ela está na assessoria da Suprema e sugeriu a ação social em Ibitipoca. Foto: Arquivo Pessoal




Estamos no Mogol, localidade bem próxima a Con-

ceição de Ibitipoca. Quarta-feira, 16 de julho. Manoel Resen-de tenta localizar o Lázaro. “Foi ele quem me mostrou as primei-ras trilhas, lá quando

a prova começou. Ele conhece tudo e mais um pouco por aqui”.

Pergunta daqui, pergunta dali, Láza-ro não está. Mas a Lúcia Helena está. No fi-nal da manhã, conta que os filhos Tiago, 16 anos, e Gustavo, 14, que são vidrados no rali, ainda estão na escola. Revela que no ano passado, vários pilotos pararam perto da casa dela, tomaram água e conversaram um bocado. Sem TV em casa, não reclama. Gos-ta do lugar e de conversar com os vizinhos.

Também por ali está o Lu-vercino. Filho do seu Bené, boné do evento na ca-beça, ele tem 33 anos, não tira o sorriso do rosto.

Acorda às 5h, trabalha até às 16h, e gosta da vida tranquila de lá. Aguarda, ansioso, o domingo, quando a prova vai passar pela região: “Gostamos de ficar nos lugares mais difíceis que os pilotos passam, é o ano todo esperando o dia que a prova vai passar aqui”.

Conversa vai e vem, “e você não vai se casar não, Luvercino?”. “Para quê? Mexe com isso não”, e volta o sorriso.

Mas Ibitipoca Off Road e casamento podem ser sinônimos. É o caso de Ronaldo e Léia. Eles começaram o namoro no primeiro ano do IOR, e estão juntos até hoje.

“Sempre foi um evento muito legal, as camisas muitos co-loridas chamavam a atenção”, conta o ca-sal, cujas famílias convivem em grande har-monia desde antes do casório, na Fazenda do Caeté, em Andorinhas, um dos locais por onde a prova passa. Hoje, curtem o filho Ra-fael, de 14 anos, e estão juntos até na “Acon-chego”, loja de roupas infantis e artigos para presentes, no calçadão de Lima Duarte. O nome da loja já diz tudo.

Luvercino: que casar, que nada!

Lúcia recebe uma cesta básica

Ronaldo e Léia: casados, sim!

Essa gente boavê o IOR passar na porta

Fotos: Aelson



Muito além das trilhas

Em Conceição de Ibitipoca, a organiza-ção do IOR mantém uma parceria com a Es-cola Municipal Padre Carlos com doações que reforçam o trabalho educativo, como computador e máquina fotográfica.

Segundo a diretora Lauriana Cristina, o computador é o único da escola e, mesmo sem internet, é utilizado por estudantes e funcionários na rotina da instituição. Nas apresentações de trabalho no Datashow ou nos serviços administrativos da escola, o computador contribuiu também no am-biente do local, alegrando estudantes e fun-cionários.

Casa em ordemConectados com o saber

Para garantir a limpeza de Conceição de Ibitipoca nos dias do evento, a organização do IOR doou quatro cestões de lixo para a Prefeitura de Lima Duarte (na foto, repre-sentada por Edna Nascimento, da Secretaria de Meio Ambiente). Os cestões ficarão em locais diferentes no arraial e servirão para o descarte correto de todo o lixo produzido por pilotos, turistas e moradores.

A organização do rali atua em parceria com as autoridades, buscando soluções para que o grande fluxo de pessoas no evento tra-ga o menor impacto possível à comunidade.

Ajuda bem-vinda

Em nome do IOR, Manoel Resende doou centenas de variados pães para o Lar São Vicente de Paulo, em Lima Duarte. As profissionais Edumara Paiva e Lidia-mara Rezende afirmaram que a doação é importante porque a instituição sempre necessita desse auxílio para atender aos 63 moradores com mais de 60 anos, com diferentes graus de dependência.

Doações de cobertores, roupas de cama, fraldas geriátricas e cadeiras de rodas podem ser feitas nos contatos (32)3281-1264 e [email protected].

O endereço é Rua José de Sales, 542.

Manter o charme do IOR não é somente pensar nos detalhes das trilhas a cada edição. A preocupação em manter uma relação de amizade, respeito e comprometimento social com as comunidades de Lima Duarte e Conceição de Ibitipoca, com o respaldo absoluto do prefeito de Lima Duarte, Arzenclever Geraldino (na foto abaixo com Manoel, Thiago e Lauriana), multiplica o charme do enduro.

Foto: Aelson

Foto: Aelson

Foto: Prefeitura de Lima Duarte, divulgação


”“ Sejam bem-vindos a esse jeito de ser e de viver que chamamos de Ibitipoca Off Road


Aquecendo os motores para o Ipi-ranga Ibitipoca Off Road, o Desafio da Ser-ra já é sucesso entre atletas de todo o Brasil. Aliadas à presença de muita natureza, as-sim como o IOR, as modalidades run (corri-da), treeking e mountain bike têm superado o número de inscritos a cada edição. Este ano, até o fechamento da revista, eram mais de 200 inscritos.

Na edição deste ano (27 de julho), as muitas aventuras e atrações nas trilhas

que passam por Lima Duarte, Conceição do Ibitipoca e São José dos Lopes não deixam nada a desejar aos participantes, como afirma o organizador do 3° Desafio da Serra, Wan-derson Cezano.

“Sempre há uma novidade. Para este ano, por exemplo, preparamos um per-curso inédito na prova de corrida de monta-nha de 18km, com largada em São José dos Lopes e chegada no centro do arraial, em Conceição do Ibitipoca”.

Desafio da Serra lado a lado com oIOR

Fotos da prova 2013: Danylo Goto /Super+Ação

www.ibitipocaoffroad.com.br 29Fotos: Aelson e divulgação

Tenente da Polícia Militar de Lima Duarte, Luís Edu-

ardo Quirino comprovou a dedicação dos res-ponsáveis pelo IOR na segurança de partici-pantes e moradores das regiões que sediam o rali mais charmoso do país ao longo dos anos, destacando um histórico sem incidentes.

“Não há nenhum registro de ocor-rências no período de provas, o que demons-tra o resultado da preocupação dos organi-zadores em nos enviar a relação de todos os participantes do evento. Tanto a Polícia Mili-tar quanto a Civil têm acesso às informações do número e nome completo do competidor.

Em qualquer eventualidade, temos como to-mar medidas preventivas ou repressivas, que ainda não foram necessárias e que esperamos não serem neste ano”, afirma o tenente, que vê os números positivos como consequência do planejamento do evento.

“Desde quando iniciei os trabalhos no pelotão de Lima Duarte, percebo a pre-ocupação dos organizadores antes, durante e depois das provas. O contato entre Polícia Militar e responsáveis pelo evento é feito durante o ano inteiro. Quando se começa a pensar na próxima edição, a comissão orga-nizadora já nos procura, demonstra cuidados e marca reuniões com a comunidade”.

Segurança em primeiro

lugar


Das “armadilhas” nas trilhas às acrobacias da equipe Ipiranga FMX, a Help Urgências Médicas — HUM — está de prontidão para garantir a saúde do espetáculo. Durante os três dias da prova, os participantes terão à disposição UTI Móvel, munida por dois técnicos de enfermagem, um socorrista e um médico aptos a garantir assistência médica emergencial e transporte seguro a pilotos e público presente.

Administrada por Marcelo Torres, Pedro Paulo Nabuco e Ronaldo Toledo, a HUM é es-pecializada em tratamentos intensivos a pacientes com transporte monitorado e voltada ao atendimento pré-hospitalar, de urgências e emergências médicas. Entre os serviços disponi-bilizados, destacam-se a “Área Protegida Help”, o “Help Família” e o Serviço de Remoção.

Pilotos e navegadores podem aproveitar cada trecho das trilhas. A UTI Móvel da HUM tem modernos equipamentos, como monitor multiparâmetros, eletrocardiógrafo, ventilador mecânico, bomba de infusão, oxímetro de pulso, cardioversor/desfibrilador, prancha e colares imobilizadores, entre outros.

plantão médicode qualidade

Fotos: Divulgação


Dois alemães. O piloto, já mais conhecedor da lín-gua portuguesa. Já o navegador... A cada sinaliza-ção da planilha, novas perguntas. Tudo em plena disputa. Em certo momento, o navegador se deses-pera: “O que quer dizer cuidada, muita cuidada?”. O tempo entre a pergunta e a resposta foi insuficiente. O carro caiu num buraco razoável, a prova para a dupla terminou e eles seguiram felizes para sempre. Ou não, né? Ah, espera aí, a Alemanha acabou de ganhar a Copa do Mundo no Brasil. Não é também para ganharem tudo, concorda?


”“ A imprensa tem um papel fundamental no sucesso do evento

Manoel Resende


Em virtude do 25º Ibitipoca Off Road, no dia 2 de agosto, a Faculdade de Ciên-cias Médicas e da Saúde de Juiz de Fora – Suprema irá promover uma Ação Social de Saúde no Arraial de Conceição de Ibitipoca. Das 9h às 17h, professores e estudantes da Suprema estarão fazen-do testes gratuitos de glicemia, aferição de pressão, avaliação do IMC (Índice de Massa Corpórea) e divulgando informações sobre saú-de no stand da Faculda-de que será montado no adro da Igreja de Nossa Senhora da Conceição.

A Ação é voltada para os moradores do Arraial maiores de 18 anos, mas estará aberta também para os participantes do Endu-ro e turistas. Ao todo serão 800 testes disponí-

veis, o que torna a Ação no Ibitipoca Off Road a maior já realizada pela Suprema em todos os tempos. A Faculdade tem uma programação mensal de ações sociais, visando à valoriza-ção da saúde, à qualidade de vida e à inte-gração dos estudantes com as comunidades.

Em geral, são realiza-das em escolas, igre-jas, praças públicas e Unidades Básicas de Saúde, mas nunca havia sido feita uma tão grande como esta. A Ação será co-ordenada pelos pro-fessores da Suprema Maria Terezinha Bar-

ra Mattos Martins e Fernando Farah.Para participar, basta comparecer ao

stand da Suprema portando um documento com foto. Não é necessário fazer jejum.

Suprema promove mega Ação Social de Saúde inédita em Ibitipoca

No dia 2, das 9h às 17h, professores e estudantes da Su-prema farão testes gratuitos. Basta levar documento com foto

Foto: Suprema/divulgação


”“ Agradecemos muito a todos que nos ajudaram a tornar real este sonho. Obrigado, de coração!

Manoel Resende



Documents

Revista 25º Ipiranga Ibitipoca Off — 25 anos do rali mais charmoso do Brasil