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Informativo Científico da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas de São Caetano do Sul - Ano XIV - nº 81 - Setembro/Outubro de 2010

revista 81 - Setembro - Outubro de 2010

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Informativo Científico da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas de São Caetano do Sul - Ano XIV - nº 81 - Setembro/Outubro de 2010 EDITOR D R .F RANCISCO G OUVEIA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE CIRURGIÕES DENTISTAS DE SÃO CAETANO DO SUL AV.TIETÊ,281,BAIRRO NOVA GERTE,CEP: 09572-000 - TELS: 4232.8333 E 4238.6761 SITE: www.apcdscs.com.br- Paulo Fortes Cirurgião Dentista www.apcdscs.com.br Unitermos- enxerto ósseo,banco de ossos,implante dental Uniterms- bone grafts,bone bank,dental fixtures Figura 1

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Informativo Científico da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas de São Caetano do Sul - Ano XIV - nº 81 - Setembro/Outubro de 2010

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EDITORDR. FRANCISCO GOUVEIA

CONSULTORES CIENTÍFICOSDENTÍSTICA E LASERPROF. DR. JOSÉ EDUARDO PELIZON PELINO

ENDODONTIAPROF. CELSO LUIS CALDEIRA

PROF. LUCIANO NATIVIDADE CARDOSO

ODONTOLOGIA ESPORTIVAPROF. ALEXANDRE BARBERINI

ODONTOLOGIA DO TRABALHOPROFA. DRA. DAGMAR DE PAULA QUELUZ

ODONTOPEDIATRIAPROFA. DRA. LOURDES A. MARTINS DOS

SANTOS PINTO

ORTODONTIAPROF. DR. ARY DOS SANTOS PINTO

PROFA. DRA. CRISTINA ORTOLANI

PATOLOGIA BUCAL E SEMIOLOGIAPROF. DR. WALTER NICCOLI FILHO

PROFA. DRA. FRANCINE CRISTINA SILVA ROSA

PROF. CAETANO BAPTISTA

PERIODONTIAPROFA. DRA. FABÍOLA LEITE

PROF. DR. PAULO MAZZINI

PROF. DR. RENATO JOIAS

RADIOLOGIA ODONTOLOGIA E IMAGINOLOGIAPROF. DR. EDUARDO KAZUO SANNOMIYA

PROF. DR. LUCIANO PEREIRA ROSA

Ao Leitor Nosso Editorial

Expediente

Corpo Editorial

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE CIRURGIÕESDENTISTAS DE SÃO CAETANO DO SUL

AV. TIETÊ, 281, BAIRRO NOVA GERTE, CEP: 09572-000 -TELS: 4232.8333 E 4238.6761

SITE: www.apcdscs.com.br -

Presidência - Dr. Antonio Francisco David - 1º Vice-Presidente- Dr. Djalma Faria Maccheronio Junior - 2ºVice-Presidente - Dr. Agostinho F. S. Pedrosa - Secre-tária - Dra. Semyra Giovannini Maccheronio - Tesou-reiro - Dr. Miguel Damiani Neto - Patrimônio - Dr. Al-cione Nelli Beluzzo - Diretor de Comunicações - DrFrancisco Candido Gouveia - Social - Dra. Leila Mar-chetti Belluzzo - Ação Social - Dra. Ladisleine QuagliaPedrosa - Representante junto ao CORE - Dr. DiomarGonçales Castanheira e Dr. Lázaro de Paula - EAP - Dr.José Giovannini - Biblioteca - Dra Lilian Vieira RochaGouveia - Informática/Marketing: Dr Alfredo HolzerJunior.Jornalista Responsável: Humberto Domingos Pastore(Mtb 13.382) - Design Gráfico: Rubens Justo.As informações e opiniões emitidas em artigos assina-dos e em publicidade são de inteira responsabilidadedo (s) autor (es).

Distribuição Gratuita - Periodicidade Bimensal -Tiragem 8.500 exemplares.

Revista Espelho Clínico 2 Setembro/Outubro

Atualmente vivemos a era das especia-

lidades na odontologia. É importante que

cada área da odontologia se desenvolva e

se aprofunde na busca de soluções para

os problemas bucais. Mas nunca pode-

mos nos esquecer que antes

de sermos especialistas somos

cirurgiões dentistas, por mais

que agente se aprofunde em

uma área especifica devemos

sempre voltar e nos atualizar-

mos nas bases da odontologia.

Pensando nisso resolvi usar es-

te espaço para publicar um

texto sobre relação cêntrica do Dr. Paulo

Celso Fortes.

RELAÇÃO CÊNTRICA

Cêntrica Longa e Cêntrica Justa

Analisando a mandíbula, entendo que

ela apresente três funções básicas: masti-

gar, deglutir e falar. A primeira é acompa-

nhada de carga - força mastigatória; nas

demais, não são observadas forças.

Falamos ou deglutimos com movimen-

tos mandibulares sem força. Os côndilos so-

bem e descem nas fossas mandibulares em

movimentos simultâneos e semelhantes, in-

do de Relação Central (côndilos no centro

das fossas mandibulares) para Relação

Cêntrica (posição súpero-anterior das fos-

sas mandibulares) e lá comprimem ligeira-

mente os discos articulares. Nesse momento

devem existir toques dentais; os chamados

toques cêntricos. Digo "devem", porque caso

o paciente não tenha tido erupção dental

completa, não atingiu a Dimensão Vertical

de Oclusão ideal, o que pode ter ocorrido

ainda na fase de dentição decídua, por oca-

sião da erupção dos primeiros molares aos

seis anos de idade (primeiro crescimento da

face), dos segundos molares, aos doze anos,

ou ainda aos dezoito com a erupção dos

terceiros molares.

Durante a mastigação, sabemos que os

côndilos fazem movimentos distintos, aos

quais damos os nomes de trabalho ou

balanceio, conforme mastigamos de um la-

do ou de outro na boca. São os movimentos

excêntricos da mandíbula. Nessa situação,

sempre usamos força mastigatória, e os

dentes não se tocam.

Se minha forma de pensar estiver corre-

ta, é difícil compreender os termos cêntrica

longa ou cêntrica justa. Relação cêntrica é

uma só e está associada à dimensão verti-

cal de oclusão, sendo portanto espacial e

não no plano horizontal.

Explicando de outra forma: cêntrica jus-

ta e cêntrica longa se referem a como as

cúspides se relacionam com as fóssulas dos

dentes oponentes. Se com grande ou com

pouca liberdade. O autor Peter Dawson, por

exemplo, cita uma liberdade de

até 3 mm - grande, ao passo

que Peter Thomas refere-se à

inexistência de liberdade.

Sua opinião é defendida pelo

princípio de que as cúspides e

fóssulas dentais se tocam em

três pontos A, B e C, que deter-

minam um plano. A carga resul-

tante do toque dental é transmitida perpen-

dicularmente a esse plano e, com isso, a

força gerada é axializada nos longos eixos

das raízes.

Esse é o determinante de oclusão mais

importante, pois mantém o dente em sua

posição original, não permitindo inclina-

ções, giroversões ou mesmo migrações.

Entendo que Peter Thomas referia-se aos

contatos dentais e não às forças mastigató-

rias. Essas são as que imprimimos aos ali-

mentos que, ao serem triturados, geram for-

ças resultantes, transmitidas ao osso alveo-

lar, também por meio das raízes e não dele-

térias.

São coisas distintas: uma é força masti-

gatória que ocorre em todo o dente; outra é

a força praticamente nula e localizada,

gerada pelos toques dentais que ocorrem

apenas na deglutição e na pronúncia de

determinados fonemas.

Lembro que deglutimos saliva cerca de

10.000 vezes ao dia. Tais toques não são

acompanhados de força, porém sua repeti-

tividade nos lembra o ditado "água mole

em pedra dura, tanto bate até que fura".

Devem ser eles, acrescidos das forças da

parafunção (aquelas exercidas pelo pacien-

te em busca de conforto oral), os responsá-

veis pelas recidivas de tratamentos orto-

dônticos, reabilitações orais fracassadas e

implantes perdidos após a ósteo-integra-

ção.

Conclusão: por meio da correta relação

cêntrica, devolvemos, ao paciente, o confor-

to oral; harmonizando os toques cêntricos,

axializamos a resultante das forças. Dessa

forma, alcançamos longevidade aos trata-

mentos, sejam ortodônticos, estéticos ou

protéticos – sobre implantes ou não –, que é

o objetivo maior da Odontologia.

Paulo Fortes

Cirurgião Dentista

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www.apcdscs.com.br 3 Revista Espelho Clínico

Reabilitação de Maxila Atrófica com enxertia óssea homóloga. Relato de caso clínico.

AUTORES:Cristiano Schroeder dos Santos Mestrado em Implantodontia- SLMandicFabiana Mantovani Doutora em OdontologiaCaio Vinicius dos Santos Cirurgião DentistaPatrícia Nogueira Lopes Técnica em Prótese Dental

RESUMOA reabilitação da maxila atrófica é um dos maiores desafios

atuais da Implantodontia. Em muitos casos necessitamos reali-zar procedimentos prévios de enxertia óssea para viabilizar-mos o tratamento com uso de implantes osseointegráveis. Nopresente trabalho relatamos um caso clínico em que previa-mente a colocação dos implantes foi realizado enxertia ósseahomóloga (banco de ossos) com elevação do assoalho da fos-sa nasal e do assoalho da cavidade sinusal para a reabilitaçãobucal do paciente com prótese implanto-suportada.

Unitermos - enxerto ósseo, banco de ossos, implante dental

ABSTRACTThe rehabilitation of the atrophic maxilla is one of the major

current challenges of Implantodontia.Often need to performprior to bone grafting procedures to facilitate the treatment usingimplants osseointegrations. In the present study reported a clini-cal case in which prior to placement of implants was performedbone grafting approval (from bone bank) with elevation of thefloor of nasal fossa and the floor of the sinus cavity to the oralrehabilitation of patients with implant-supported prosthesis.

Uniterms - bone grafts, bone bank, dental fixtures

INTRODUÇÃOAs reabilitações com sucesso dos dentes naturais perdidos

por implantes dentários integrados aos tecidos bucais consti-tuem um dos maiores avanços clínicos nos tratamentos odon-tológicos. Porém a instalação dos implantes dentários exigecondições ósseas ideais nas 3 dimensões (altura, largura e es-pessura) e devido a isso a reabilitação da maxila atrófica tem setornado um dos maiores desafios na Implantodontia .

Uma alternativa é o uso de tecido ósseo homólogo que temaumentado muito nos últimos anos principalmente devido aresistência do paciente na captação de osso autógeno, ao me-nor trauma cirúrgico, a maior oferta de tecido ósseo frente ao

osso autógeno, redução do tempo cirúrgico, cirurgia a nívelambulatorial diferentemente da captação de osso autógenoextra oral e uso de implantes zigomáticos,embora o osso autó-geno ainda continue sendo o padrão ouro para reconstruçõesmaxilofaciais devido as suas propriedades osteogênicas, os-teoindutoras e osteocondutoras.

O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de rea-bilitação de maxila atrófica com uso de enxertia de osso ho-mólogo (banco de ossos) com elevação do assoalho de fossanasal e do assoalho do seio maxilar bilateralmente associadocom implantes osseointegrados e próteses híbridas metalo-plásticas.

CASO CLÍNICOPaciente do sexo feminino, oriental, 61 anos, edentada total

superior cuja principal queixa era a instabilidade da prótesetotal superior.

Ao exame clínico verificou-se grande expulsividade e dimi-nuição do rebordo alveolar e ao exame radiográfico conven-cional observou-se grande pneumatização dos seios maxilarese atrofia da região de pré-maxila. Foi solicitada ao pacienteuma tomografia computadorizada (figura 1) onde foi eviden-ciada uma grande atrofia também em região de pilar canino.Após explanação de diversas opções de tratamento, a pacien-te apresentou resistência quanto ao uso de osso autólogo e aoimplante zigomático e optou pelo uso de enxertia com ossohomologo.

Sob anestesia local realizou-se incisão sobre o rebordo comrelaxantes na região medial e em seguida foi deslocado umretalho mucoperiostal dando plena visão da maxila atrófica.Iniciou-se o descolamento e levantamento da membrana dafossa nasal e posteriormente as perfurações na região para ins-

Figura 1

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talação concomitante dos implantes e da enxer-tia óssea (figura 2). Um bloco ósseo de cortical defêmur foi triturado e inserido na região e poste-riormente instalados 4 implantes dentários damarca comercial SIN de diâmetro de 4.1 mmvariando de 8.5 mm até 13 mm. Na região dosseios maxilares, devido a grande pneumatização,não foi necessário a osteotomia com brocas, on-de a parede lateral foi removida com um desco-lador de Molt (figura 3). Procedeu-se o descola-mento e levantamento da membrana sinusal eposterior preenchimento com osso homologotriturado associado com Rifocina spray e prote-ção da região com membrana óssea. Após 6 me-ses foram instalados mais 2 implantes bilateral-mente na região enxertada dos seios maxilares. Depois do pe-ríodo de espera de 6 meses procedeu-se a reabertura dos im-plantes onde observou-se a perda de 1 implante na regiãoposterior superior direita o que não inviabilizou a reabilitaçãoe após isso realizou-se a seleção dos componentes protéticos(figura 4) e instalação de uma prótese híbrida metalo-plásticado tipo protocolo de Branemark (figura 5). Após 6 meses dainstalação das próteses foi solicitada à paciente uma tomogra-fia computadorizada de feixe cônico para verificar a integrida-de do tratamento (figura 6) .

CONCLUSÃOA reabilitação de maxila atrófica com enxertia homóloga

aumenta a aceitação do tratamento por parte do paciente,

possibilita a instalação de implantes de maiorescomprimentos e diâmetros, um bom posiciona-mento dos mesmos evitando inclinações exces-sivas o que simplifica procedimentos protéticos.

REFERÊNCIASBIBLIOGRAFICAS1 . Branemark PI, Gröndal K, Öhrnell Lars-Olof,

Nilsson P,Petruson B,Engstrand P,Nannmark U,Svensson B. Zygoma Fixture in the managentof advanced atrophy of maxilla:Technique andlong-Term Results. Scand J. Reconstr Surg2004; 38, 70-85

2 . Figueiredo MN, Bastos AS, Neto RS, Junior EM,Marcantonio E. Enxerto ósseo homólogo como alternativa na enxertia do rebordo maxilar atrófico. Implant News 2008;5(3):269-274

3 .Misch CE.Aumento do osso para inserção do implante: solu-ções para o enxerto ósseo. In: Implantes Dentários Contem-porâneos. São Paulo: Editora Santos; 2006. p451-467.

4 .Santos CS,Daniotti C,Barros CAA,Santos CVB.Fixações Zigo-máticas Exteriorizadas.Espelho Clínico APCD SCS 2008;70,9-10

5 . Rocha LRS, Rocha FA, Moraes JR. Homoenxerto ósseo con-gelado: relatos de casos clínicos. Implant News 2006; 3(6):579-84

Revista Espelho Clínico 4 Setembro/Outubro

Figura 2 Figura 3

Figura 4 Figura 5

Figura 6

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