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ANO 5 - Nº 17 ANO 5 - Nº 17 GESTÃO Governo muda modelo do DRAA Programas de reabilitação ajudam a evitar aposentadorias precoces PREVIDÊNCIA: SOB PRESSÃO DO TEMPO Especialistas dizem que sistema não irá suportar as exigências das próximas décadas se as medidas para equilibrar as contas no longo prazo não forem tomadas já INVESTIMENTOS Anbima altera classificação de fundos POLÍTICA PREVIDENCIÁRIA Ministério da Previdência e Abipem contestam dados da Abrapp sobre RPPS

Revista ABIPEM – Março/Abril -2011

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Revista ABIPEM – Março/Abril -2011

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ANO 5 - Nº 17

AN

O 5

- N

º 17

GESTÃOGoverno muda

modelo do DRAA

Programas de reabilitação

ajudam a evitaraposentadorias

precoces

PREVIDÊNCIA: SOB PRESSÃO DO TEMPOEspecialistas dizem que sistema não irá suportar as exigências

das próximas décadas se as medidas para equilibrar as contas no longo prazo não forem tomadas já

INVESTIMENTOSAnbima altera classifi cação de fundos

POLÍTICA PREVIDENCIÁRIAMinistério da Previdência e Abipem contestam dados da Abrapp sobre RPPS

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Gente que entende você

Utilize o crédito de forma consciente.

Na hora de fazer um empréstimo, seu banco também tem de mostrar a identidade.

Transparência,agilidade, experiência e facilidade.Banco BMG.Quem precisa tem.

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Gente que entende você

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Sumário • Edição 17

6 | março/abril 2011

6 Sumário

8 Carta ao leitor

9 Expediente

10 Governo muda DRAA, que passa a exigir dados mais detalhados dos regimes próprios

13 Coluna de Renato Follador

14 CEF realiza campanha nacional para atrair mais municípios para o RPPS

cApA

Primeiras indicações do novo governo federal preocupam especialistas em Previdência, que consideram difícil o sistema suportar as demandas futuras sem que sejam feitos hoje os ajustes que possam ter efeitos no longo prazo

18Ilustração de capa: Nakata

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previdência nacional | 7

34 Ministério da Previdência e Abipem contestam dados da Abrapp sobre institiutos estaduais e municipais

38 Coluna de Álvaro da Luz 46 Coluna de Miguel Horvath Júnior 47 Espanha inclui aumento de tempo

de contribuição e idade mínima em reforma previdenciária

50 Coluna de Jorge Felix

51 Case: o aposentado de 86 anos que voltou a estudar para conhecer melhor os regimes próprios

54 Confi ra o comportamento das aplicações

64 Lista de entrevistados

66 Agenda

3030legiSlAÇÃoNova classifi cação da Anbima torna mais transparente para os gestores de RPPS o comportamento dos fundos de investimento

393939Programas de reabilitação podem evitar aposentadorias precoces e reforçar os cofres da Previdência

geStÃo 2626Novo secretário de Políticas de Previdência Social do MPS, Leonardo Rolim, promete não tomar medidas para RPPS sem ouvir o setor

entreviStA

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8 | março/abril 2011

E xistem diversas maneiras pelas quais nasce uma reportagem. Alguém conta uma novidade, o governo baixa uma medida, os gestores revelam um novo tipo de procedimento...Mas na maior parte das vezes as reportagens nascem de perguntas. São as dúvidas que nos levam a buscar as respostas - ou deba-

tes - que depois viram reportagens. E foi exatamente assim que começou a surgir a capa desta edição da nossa revista. “Afi nal, qual é a situação fi nanceira real da Previdência Social no Brasil? E o que é necessário para que não sejamos surpreendidos, no futuro, com falta de caixa para arcar com as aposentadorias dos brasileiros?” A partir daí fomos buscar a opinião de especialistas no assunto, é claro, e você agora poderá conhecer o que eles pensam sobre esta questão - seguramente a mais abordada quando se trata de deba-ter a vida previdenciária nacional.

Também nos perguntamos o que muda para os gestores de regimes próprios com a nova classifi cação de fundos de investimento feita pela Anbima no fi m do ano passado. E descobrimos que poucos gestores conheciam a medida, o que tornou mais importante ainda a reportagem que escolhemos fazer. E quem, envolvido com regimes próprios, não se perguntou o que pensa sobre os RPPS o novo secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência, Leonardo Rolim? Pois agora você poderá saber. Ele é o entrevistado desta edição.

Esses são alguns destaques deste número. Mas também trazemos novidades nas seções de análise e opinião. Temos imenso orgulho de contar, a partir deste número, com as colunas dos gabaritados colunistas Renato Follador, engenheiro civil e administrador de empresas, presidente da JMalucelli Previdência e do Fundo Paraná de Previdência Multipatrocinada, que vai se dedicar a analisar questões ligadas à gestão; Miguel Hor-vath Júnior, Doutor em Direito das Relações Sociais pela PUC/SP e autor de inúmeras obras sobre a questão previdenciária, a quem caberá abordar temas ligados à legislação e ao Judiciário; e Álvaro da Luz, economista-chefe da Somma Investimentos, nossa par-ceira na edição do nosso já tradicional Radar de investimentos. Essas estréias marcam um grande avanço na nossa revista, reafi rmando novamente nosso compromisso com a busca incessante de evolução do nosso trabalho para que você, leitor, possa acompanhar de perto os assuntos mais relevantes na área de regimes próprio.

Boa leitura!Lúcia Helena Vieira

Presidente da Apeprem

Carta ao leitor

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Expediente

Abipem (www.Abipem.org.br)

DIRETORIAPresidente: Valnei RodriguesVice-Presidente: Roberto da Silva OliveiraSecretário: Samuel Mendes de OliveiraTesoureiro: Demetrius Ubiratan Hintz Vice Sul: Rejani Cristina KruczewskiVice Norte: Raulison Dias PereiraVice Nordeste: Osório Chalegre de OliveiraVice Sudeste: Antônio ScamatiVice Centro-Oeste: Moacyr Salles

CONSELHO FISCAL José Augusto Ferreira de CarvalhoJosé de Anchieta BatistaCarlos Xavier Schramm

Apeprem (www.Apeprem.com.br)

DIRETORIAPresidente: Lucia Helena Vieira Vice-presidente: Antônio Scamatti1ª Secretário: Kleber Vicente 2ª Secretário: Edson Andrella1º Tesoureiro: Alexander Mognon2º Tesoureiro: Onésimo Canos Silva Junior

CONSELHO ADMINISTRATIVO TitularesAndré Donizete da Silva, André Luiz da Silva Mendes, Antonio Correa, Eliane Valim dos Reis, João Carlos Figueiredo, Jonas Baldissera, Luiz Carlos dos Santos, Márcia Regina Moralez, Moacir Benedito Pereira, Paulo César Pinto de Oliveira, Paulo Vicentino, Roberto de Oliveira, Sebastião Benedito Gonçalves, Solange Maria Maximiano Pádua, Terezinha Tadeu Pires .

CONSELHO ADMINISTRATIVO SuplentesAntonio Carlos Molina, Baltazar Pereira dos Santos, Carlos Alberto da Silva, Claudia Juliana Ribeiro, Ezequiel Guimarães de Almeida, Rudnei de Paulo Silva, Vandré Lencioni de Camargo, Wilson Luiz Franco Britto

CONSELHO FISCAL TitularesEdmilson Martins, José Tomaz, Nelson Rodrigues de Mello.CONSELHO FISCAL SuplentesLuiz Roberto Lopes de Souza, Varlino Mariano de Souza.

editorA

JB Pátria Editora Ltda.

Presidente: Jaime BenutteDiretor: Iberê BenutteAdministrativo/Financeiro: Gabriela S. NascimentoJornalista: Kelly Souza

previdênciA nAcionAl

Publisher: Jaime Benutte

Conselho Editorial: André Luiz Goulart, Demetrius Ubiratan Hintz, Wellington Costa Freitas (Abipem); João Carlos Figueiredo, Lúcia Helena Viera, Magadar Rosália Costa Briguet (Apeprem); Paulo Henrique Pastori (Regime Geral); Jarbas Antonio de Biagi (Previdência complementar)

Editora: Maria Alice Rosa - MTB 65-691

Projeto Gráfico e arte: Belatrix Ltda. Diretor de Arte: Marcelo Paton Assistentes de Arte: Gabriel de Moraes Luiz e Vanessa Hamazaki

Impressão: IBEP - Tiragem: 40.000 exemplares

Empresa filiada à Associação Nacional dos Editores de Publicações, Anatec

A revista PREVIDÊNCIA NACIONAL é uma publicação bimestral da JB Pátria Editora. www.patriaeditoria.com.brISSN 2178-0978Dúvidas ou sugestões: [email protected]

Os textos assinados são da responsabilidade de seus autores. Não estão autorizados a falar pela revista, bem como retirar produções, pessoas que não constem deste expediente e não possuam uma carta de referência.

previdência nacional | 9

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Informações requeridas no novo modelo vão possibilitar um acompanhamento mais preciso da situação fi nanceira dos

regimes próprios, que têm até dia 31 de março para enviar as declarações ao Ministério

Gestão

10 | Março/abril 2011

O DRAA mudou

Otoni Guimarães, do MPS: “O grande ganho será a melhor compreensão do que se pede nos diversos campos do DRAA, tanto pelos gestores quanto pelos atuários”

OMinistério da Previdência So-cial (MPS) anunciou no começo deste ano um novo modelo de preenchimento do DRAA - De-

monstrativo de Resultados da Avaliação Atu-arial. A mudança terá impacto na prestação de informações dos 1.911 municípios que possuem Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) em todo o País. Segundo o MPS, as informações que passam a ser requeridas no demonstrativo vão possibilitar que seja verifi cado, por exemplo, se as alíquotas vigentes permitirão que o RPPS cumpra suas obrigações futuras ou se o sistema é defi citário. O prazo para o envio do documento termina dia 31 de março. O coordenador geral de Auditoria, Atuária, Contabilidade e Investi-mentos do MPS, Otoni Gonçalves Guimarães, disse que também haverá mudanças estrutu-rais no DRAA, mas não especifi cou quais nem quando vão ocorrer.Guimarães diz as alterações anunciadas são positivas para os RPPS. “Sem dúvida, o grande ganho com essas mudanças será a melhor com-

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preensão do que se pede nos diversos campos do DRAA, tanto pelos gestores quanto pelos atuários responsáveis pelas avaliações”, afirma. A opinião é compartilhada pelo atuário Fran-cisco Magro, da CSM, para quem as alterações foram necessárias. Magro também acredita que não haverá problemas na hora do preenchimento e envio eletrônico do documento, já que a for-ma de lançamento das informações ficou mais padronizada.“Eu acredito que o novo modelo vá funcionar bem e os atuários e os próprios gestores compreenderão perfeitamente o que o Ministé-rio quer. E o Ministério, por sua vez, como órgão controlador e fiscalizador, terá uma maior visão da real situação dos RPPS, o que resultará em condições de formular melhores políticas previ-denciárias”, destaca. Magro ressalta ainda que as mudanças foram feitas de forma bastante esclarecedora e destaca como ponto positivo o fato de o MPS ter torna-do disponível em seu site um documento expli-cando como proceder para preencher o DRAA. “Com isso, cada atuário, ao examinar esse do-cumento, saberá o que deve inserir no DRAA. Há um padrão único para todos, e isso é muito bom”, afirma. O coordenador geral de Auditoria do MPS vê na medida uma demonstração de que o governo federal está cumprindo suas competências insti-tucionais, buscando implementar e aperfeiçoar os instrumentos de geração e captação das informa-ções dos Regimes Próprios de Previdência So-cial. “O que estamos procedendo, no momento, é tão somente uma melhor explicitação do De-monstrativo, especialmente das suas instruções de preenchimento, tornando-as mais claras, com uma linguagem mais acessível. Ou seja, o menos técnica possível”, argumenta, dizendo que o novo formato vai permitir a exata compreensão do que se pede, mesmo que o interessado não esteja fa-miliarizado com a matéria. Guimarães disse que desta vez não ocorreu modi-ficação na estrutura do DRAA, mas revelou que

isso é uma questão de tempo, como parte de um processo de modernização do demonstra-tivo. “Mas é importante dizer que sempre buscamos difundir orientações, com intuito de uniformizar a forma de apre-sentação das informações e tor-nar a análise do DRAA a mais objetiva possível”, adianta. Entre as principais mudanças no preenchimento está um novo campo em que gestores e atuários terão que justificar eventuais disparidades entre as premis-sas utilizadas e as características salariais, de be-nefícios e de rentabilidade do plano em relação à massa de segurados avaliada, conforme parâ-metros estabelecidos. Outro ponto é que o plano financeiro também deverá ser avaliado a taxa de juros atuariais nula. O atuário Francisco Magro adverte que o preen-chimento correto do documento é de vital im-portância para os RPPS e seu encaminhamento ao Ministério é uma das principais condições para a emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP). Sem o CRP, os entes fi-cam impedidos de receber recursos do governo federal e de fazer convênios com organismos na-cionais e internacionais. Apesar de ter recebido positivamente as mu-danças no demonstrativo, a advogada especia-lista em Direito Previdenciário Público, Rosana Seger diz que faltou diálogo com os RPPS antes da definição das atuais modificações. Segun-do ela, os regimes próprios fizeram reivindica-ções ao MPS no que se refere às alterações do DRAA, mas não foram atendidos. Como exem-plo, ela cita a inclusão de mais uma possibilida-de de incidência do percentual de contribuição previdenciária, onde poderia ser enquadrada a folha de remuneração dos servidores ativos e o excedente dos proventos dos servidores inativos e pensionistas, relativamente à parcela que supe-

DRAA também deverá passar por mudanças estruturais, diz Otoni, do MPS

Magro, atuário da CSM: “Mudanças são uma demonstração de que o mecanismo está sendo aprimorado e que o próprio Ministério quer que a coisa funcione bem”

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Gestão

O NOVO DRAA

Principais alterações• Maior clareza e detalhamento da vigência do plano de custeio anual• Justificativas para eventuais disparidades entre as hipóteses atuariais utilizadas no cál-culo e o que é verificado na gestão do plano de benefícios em relação a essas mesmas hipóteses. Como exemplo, informações sobre: o crescimento real das remunerações dos servidores e dos benefícios já concedidos; e a rentabilidade obtida comparada com a esperada, de acordo com a respectiva hipótese atuarial previamente formulada• Melhor esclarecimento sobre a possibilidade de segregação da massa de segurados, como medida extrema de equacionamento de débito no longo prazo• Orientações divididas em dois anexos, um para o “Plano Previdenciário” e, neces-sariamente, avaliado em regime financeiro de capitalização; e outro, que trata do “Plano Financeiro”, avaliado em regime de repartição Como enviar o DRAA• Acessar o site do Ministério da Previdência Social (www.previdencia.gov.br)• Clicar no link “Previdência no Serviço Público”, no menu lateral• Acessar o Demonstrativo de Resultados da Avaliação Atuarial. Instruções para o preenchimento do demonstrativohttp://www.previdenciasocial.gov.br/arquivos/office/3_110120-154038-056.pdf

Onde tirar dúvidasInformações técnicas podem ser obtidas pelo e-mail: [email protected], insira o título “DRAA 2011 – Dúvidas” na mensagem a ser enviada

rasse o teto dos benefícios pa-gos pelo RGPS; outra questão era a entrega do DRAA até o dia 30 de abril de cada ano. “Nada foi atendido, mas en-tendemos que as modificações foram necessárias, até em favor dos regimes próprios”, revela. O representante do Ministério reconhece que não houve uma discussão prévia com os repre-sentantes dos regimes próprios, mas diz que isso ocorreu por-que o que estava em estudo eram apenas melhorias das ins-truções na solicitação de infor-

mações que os entes federativos têm o dever de prestar, a partir das avaliações atuariais. Com relação às alterações no preenchimento do

DRAA, a advogada destacou o fato de que ava-liação atuarial deverá considerar o crescimento real da remuneração dos servidores ativos (o cha-mado ‘crescimento vegetativo’), tomando como base a variação de crescimento dos últimos três anos (na declaração de 2011, deverá ser conside-rado o crescimento real a partir do exercício de 2007). “Isso vai refletir na alíquota e vai aumentar o passivo atuarial. Trata-se de um ponto positi-vo para os regimes próprios e para o município, acarretando um aumento de contribuição”, desta-ca Rosana. Para Magro, a nova DRAA também significa um avanço. “Eu acho que a medida que a gente vai vivendo e vendo a evolução das coisas, é preciso criar novas regras, com a finalidade de aprimorar o sistema. Acho que essas mudanças são uma demonstração de que o mecanismo está sendo aprimorado e que o próprio Ministério quer que a coisa funcione bem”, afirma.

Rosana Seger, advogada: mudança é positiva, mas

algumas reivindicações dos RPPS não foram atendidas

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Artigo • Gestão

Sair da zona de confortoRenato Follador é engenheiro Civil e Administrador de Empresas, com MBA no ESADE de Barcelona - Espanha, e presidente da JMalucelli Previdência Ltda e do Fundo Paraná de Previdência Multipatrocinada.

N a Constituição Federal há 12 anos (art. 40 alterado pela Emenda 20 de 16/12/1998), poucos dirigentes de Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) se deram

conta das responsabilidades que o equilíbrio � nancei-ro e atuarial lhes acarreta, independentemente de sua relevância para a concessão do Certi� cado de Regu-laridade Previdenciária. O tal equilíbrio quer dizer, de forma muito simples, que os recursos exigidos para cumprimento das obrigações previdenciárias devem ser su� cientes para honrá-las todas e no exato momento de sua exigibilidade. Um encontro perfeito entre ativo e passivo previdenciário.Logo, num regime previdenciário � nanciado por ca-pitalização, a busca pela rentabilidade mínima atuarial passa a ser um objetivo precípuo de qualquer gestão. Se na gestão do passivo se presume uma solidariedade com os Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo - já que cabe a eles a de� nição de política salarial e de car-gos -, na gestão do ativo a responsabilidade é toda dos gestores dos RPPS.A de� nição da Política de Investimentos é própria dos Conselhos Deliberativos e a sua execução, dos Con-selhos Diretores. Ou seja, não há ingerência do Ente Federado. Logo, a meta atuarial- normalmente, INPC mais 6% ao ano - deveria ser levada para o travesseiro toda noite pelo dirigente de RPPS. É sobre isso, mais que tudo, que ele, um dia, será cobrado.Com o passar do tempo, quando a maturidade se asse-melhar à dos Fundos de Pensão Privados, é sobre isso que os gestores se debruçarão e onde os olhos dos � s-calizadores estarão focados. Quem antes compreender isso, mais recursos incorporará ao regime sob sua res-ponsabilidade, menos problemas terá no futuro e mais garantias dará aos Entes Federados na construção de hígidos sistemas de proteção social.A pergunta que � ca, então, é: como garantir a meta atuarial hoje?

A resposta é: sair da zona de conforto de só aplicar em títulos públicos. Deixar de lado o comodismo de não se expor a possíveis indagações sobre o porquê e onde está investindo o dinheiro. Porque as indagações virão, de uma forma ou de outra. Se permanecerem só com títulos públicos, a pergunta será: a rentabilidade está coerente com a meta atuarial? Com certeza a resposta no passado era sim, e a partir de agora é NÃO.A realidade é a de um juro nominal menor, mais ade-quado a uma economia estabilizada e a um mundo globalizado. O que fazer, então?Simples: incorporar ativos de maior risco no portfólio, mas com possibilidade de melhor retorno. O mer-cado de renda variável - investimento em ações, por exemplo.Vamos evoluir e nos atualizar. Na década de 70, inves-tir em Bolsa era como apostar em corrida de cavalos. Hoje, muitos já enxergam isso como uma excelente e segura opção de investimento no longo prazo. Aliás, este é um grande aliado dos RPPS, que podem esperar dez, 15 ou 20 anos para a maturação de suas aplicações. E a transparência e o volume de informações é tanta que, na internet, conseguimos todos os dados para avaliar os fundamentos de uma determinada empresa. Mas, infelizmente, são apenas os “antenados” ou os que não temem sair da zona de conforto que aproveitam essa onda de ganhos altos e prosperidade.Vale ressaltar, ainda, que investir no setor produtivo signi� ca apostar no Brasil. Reforçar a economia real, que promove desenvolvimento, traz progresso, cria empregos e melhora a nossa qualidade de vida. Dizem que um bom gestor � nanceiro tem que conse-guir antever situações e tomar as decisões oportunas. É exatamente isso que os segurados dos regimes próprios esperam que seus gestores façam. Quase nunca o me-nor risco traz o melhor resultado. E a comodidade da inação pode acarretar um custo de oportunidade muito caro a todos os envolvidos nos Regimes Próprios.

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Desenvolvimento

Caixa Econômica Federal percorre o País numa ofensiva inédita para superar um dos maiores entraves ao crescimento dos RPPS no país: a baixa adesão de municípios em âmbito nacional

O governo federal decidiu tomar a ofensiva para tentar vencer um dos maiores desafi os da área de Regi-mes Próprios de Previdência So-

cial: ampliar ao máximo a adesão de municípios ao sistema em âmbito nacional. Atualmente, apenas um terço de todos os municípios brasi-leiros opera com RPPS. A tarefa está a cargo da Caixa Econômica Federal, que iniciou recente-mente uma mobilização inédita para percorrer todo o País com o objetivo de incentivar os mu-nicípios a constituírem seus RPPS. Em parceria com o Ministério da Previdência Social (MPS) e a Associação Brasileira das Instituições de Previ-dência Estaduais e Municipais (Abipem), o ban-co vem promovendo eventos exclusivos para para prefeitos, secretários e gestores de muni-cípios que não contam com a modalidade, nos quais apresenta um panorama completo sobre o que são os regimes próprios, como podem ser criados e quais os benefícios que oferecem na ad-ministração da Previdência dos servidores.Aracajú, em Sergipe, foi a primeira capital a re-ceber a equipe da Caixa, em evento que contou

com uma série de palestras, entre as quais a do diretor do Departamento dos Regimes Próprios de Previdência no Serviço Público do MPS, De-lúbio Gomes da Silva, e a do presidente da Abi-pem, Valnei Rodrigues. Em Sergipe, 30 dos 71 prefeitos que administram municípios sem RPPS compareceram ao encontro. Outra capital que já conheceu o programa foi Salvador, na Bahia.Para este ano, novas iniciativas estão sendo pla-nejadas, como a realização de eventos também nas principais capitais e estados da federação. “Entendemos que a Caixa, na condição de banco ofi cial e público, não poderia deixar de participar de forma mais decisiva nos objetivos gerais de governo. E incentivar os municípios a consti-tuir seus RPPS é um grande objetivo”, destaca Milton Córdova Júnior, gerente Nacional de Previdência Pessoa Jurídica Governo da Caixa. O banco já possui “know-how” no assunto e ofe-rece um portfólio completo de produtos e servi-ços voltados para os RPPS, incluindo soluções individuais em avaliação atuarial, orientação técnico-jurídica e organizacional, além de con-sultoria e cursos que ajudam estados e municí-

Pela multiplicação dos

RPPSRPPSRPPSRPPSRPPSRPPS

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Córdova, da CEF: “A Caixa não poderia deixar de participar de forma mais decisiva nos objetivos gerais de governo. E incentivar os municípios a constituir seus RPPS é um grande objetivo”

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pequenos que participaram tinham muitas dúvidas. Hoje tenho clareza quanto à im-portância da implantação do RPPS aqui”. Para ele, a princi-pal vantagem está na economia para os cofres públicos, além de significar uma aposentado-ria segura para os cerca de 900 funcionários da prefeitura. O cálculo atuarial já teve início.O gerente da Caixa Econômi-ca ressalta que a constituição do RPPS está prevista no artigo 40 da Consti-tuição Federal. A Carta Magna estabelece que: “Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fun-dações, é assegurado regime de Previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contri-buição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas”. No entanto, dos 5.565 municípios brasileiros, apenas 1.911

pios na modernização e promoção do equilíbrio do regime previdenciário.Durante os fóruns, além das palestras, são escla-recidas várias dúvidas apresentadas pelos admi-nistradores municipais sobre o RPPS. Os temas das palestras englobam viabilidade, sustentabili-dade, aspectos atuariais e compensações finan-ceiras governamentais, entre outros. “O fórum foi decisivo para que eu viesse a tomar a decisão de implementar o RPPS em meu município”, revela Gilson dos Anjos, prefeito de Barra dos Coqueiros, em Sergipe. O município, que conta com pouco mais de 21 mil habitantes, tem cerca de 600 funcionários pú-blicos municipais efetivos e já está em fase adian-tada do cálculo atuarial, que está sendo feito pela Caixa. “Nossa meta é implantar o regime ainda em 2011. Para isso, já enviamos projeto de lei para a Câmara dos Vereadores e confiamos na sua aprovação”, afirma o prefeito. Gilson dos Anjos, três vezes prefeito da Cidade, elogia a iniciativa da Caixa e diz que, assim como ele, outros prefeitos que também estavam presentes no fórum saíram decididos a começar os estudos para a implanta-ção da modalidade. “Percebemos que os RPPS são a garantia de uma aposentadoria tranquila para o servidor público. Entendemos que o Regime Geral de Previdência Social está comprometido e ‘com data’ para o estouro de algum algum pro-blema maior. Outro fator motivador é a economia gerada para o município”, diz.Ainda em Sergipe, Antônio da Fonseca Dórea, prefeito de Poço Verde, cidade com pouco mais de 20 mil habitantes, também tomou a decisão de adotar o RPPS no município. Dórea diz que o evento realizado pela Caixa foi fundamental para que ele pudesse entender, de fato, como funcio-na a modalidade. “Os prefeitos dos municípios

Projeto é realizado em parceria com Ministério da Previdência e a Abipem

Alíquotas: quadro comparativo

Foto

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vulg

ação

Discriminação Taxa sobre folha de ativos

RPPS RGPS

Contribuição do Servidor 11,00 % 8%, 9% ou 11%, conforme faixa de salário de contribuição

Contribuição Ente Público 11% a 22%, definido por meio de avaliação atuarial

20,00 % + 1% a 3% de Risco de Acidente de Trabalho

Custo Suplementar (integralização em até 35 anos)

% definido por meio de avaliação atuarial

---

Recolhimento FGTS (no caso de Celetistas)

--- 8,00%

Fonte: CEF

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PARA o EnTE PúbliCo

Obter maior Economia: montante pode chegar a 50% nas contribuições patronais incidentes sobre a remune-ração dos servidores públicos efetivos

Obter compensação previdenciária: o ente público, ao criar um RPPS, poderá requerer o repasse da contribui-ção do tempo de filiação ao RGPS

Evitar ações judiciais: um servidor público de determi-nado município vinculado ao RGPS que considere ter ficado em desvantagem em relação às regras do RPPS pode pleitear em juízo a complementação do seu bene-fício pelo município

Gerir os recursos previdenciários: o RPPS é o respon-sável pela gestão dos recursos financeiros, obedecidas as regras da Resolução CMN nº 3.790/2009.

Fortalecer a economia: fomenta a economia nacional pela formação de poupança estável e de longo prazo. Atualmente, os ativos financeiros dos RPPS estão na ordem de R$ 50 bilhões

Desoneração do FGTS: quem optar pela transposição do regime de trabalho de CLT para o Estatutário, e a implementação do RPPS, terá desoneração de 8% so-bre a remuneração do trabalhador a título de FGTS

PARA o SERviDoR

Melhor atendimento: a proximidade com a unidade gestora do RPPS propicia maior qualidade no atendi-mento aos segurados

Participação direta na Administração e Fiscalização: é garantida a representação dos segurados nos colegiados ou instâncias de decisão

Acesso às informações: é garantida ao segurado o aces-so às informações relativas à gestão do RPPS por meio de requerimento e pela disponibilização por meio ele-trônico dos relatórios contábeis, financeiros, previden-ciários, e demais dados pertinentes.

Sem restrições do INSS: o benefício do RPPS não é limitado ao teto do INSS (R$ 3.467,40) nem sofre a incidência do fator previdenciário

Abono: o servidor que permanece em atividade tendo completado as exigências para aposentadoria voluntá-ria tem direito a um Abono de Permanência equiva-lente ao valor da sua contribuição Previdenciária até completar 70 anos de idade

Principais vantagens

Gilson dos Anjos, prefeito de barra dos Coqueiros (SE): “Percebemos que os RPPS são a garantia de uma aposentadoria tranquila para o servidor público”

(34%) contam com regimes próprios. “Entendo que este é o maior desafio do MPS: a inclusão no RPPS dos mais de 3.600 municípios que ainda não implementaram. Por isso, a Caixa e o Mi-nistério da Previdência decidiram que estava na hora de juntar forças”, revela Córdova.

Por estar presente em todos os estados brasilei-ros, o banco, que é o principal agente de políticas públicas do governo, conta com uma ampla lo-gística, necessária para a realização dos eventos e de ações deste tipo. “Também convidamos a Abipem para participar da mobilização, por ser a maior associação, além de contar com a revista Previdência Nacional, que serve como um gran-de veículo de informação”, afirma o gerente. O presidente da Abipem, Valnei Rodrigues, tam-bém destacou a importância da parceria com a Caixa e a credibilidade que o banco possui junto aos prefeitos. “Isso foi constatado nos fóruns já realizados. Os eventos tiveram presença expres-siva de prefeitos. É por isso que precisávamos conjugar esforços. E melhor parceiro, impossível. É o elo que a Abipem ainda não tinha”, destaca Rodrigues. O presidente da associação afirma que a realização dos fóruns será fundamental

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Desenvolvimento

Dos 5.565 municípios brasileiros, apenas 1.911 contam com regimes próprios

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DiREiTo ASSEGuRADoO artigo 40 da Constituição Federal assegura aos servido-res públicos titulares de cargo efetivo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios regime de Previdência com regras diferenciadas do RGPS. Isto significa que o servi-dor titular de cargo efetivo, bem como seus dependentes, tem direito a benefícios conforme as regras do RPPS, ainda que vinculados ao RGPS.

QuEm PoDE ADERiRNem todos os municípios podem instituir um RPPS. A legisla-ção fixou limites à criação de RPPS pequenos, de modo que os regimes de Previdência possam garantir diretamente os riscos cobertos pelo plano de benefícios, preservando o equilíbrio fi-nanceiro e atuarial, sem necessidade de resseguro. A tarefa de quantificar o número mínimo de segurados ficou a cargo do atu-ário, sendo considerado historicamente como suficiente um nú-

mero aproximado de 300 servidores ativos. A definição quanto à criação ou não do RPPS, do ponto de vista do ente federado, depende de análises que levam em consideração critérios finan-ceiros e atuariais, a serem desenvolvidos a partir das caracterís-ticas da população de segurados e dos benefícios previstos no plano previdenciário.

FASES DA CRiAção Do RPPS•ConsolidaçãodalegislaçãoexistentesobreaPrevidênciado

servidor público•Definiçãodoroldebenefíciosaseremoferecidospeloplano

previdenciário•Organizaçãodabasededadoseelaboraçãodosestudosatua-

riais e financeiros• Elaboraçãodeprojetodeleidecriaçãoefuncionamentodo

RPPS a ser submetido à apreciação do Legislativo Fonte: CEF

Da lei à prática (Confira o que prevê a Legislação, as condições e as etapas para constituir um RPPS)

para cumprir um de seus compromissos de ges-tão: em dois anos, ampliar em 20% o número de municípios com RPPS. “Estou confiante de que, até 2012, atingiremos essa meta.”Segundo o gerente nacional da Caixa, o recolhi-mento mensal do município que possui regime próprio é bem menor do que aquele que está no regime geral. Ele explica que, para o municí-pio que está no regime geral, sendo celetista, a contribuição para o INSS é de 20% sobre toda a folha de pagamento, acrescida de um seguro que se chama RAT, Risco Ambiental do Tra-balho, que chega a 3%. Somadas à contribuição para o FGTS, que é de 8%, o total despendido pelo município chega a 31%. “Já no RPPS, essa alíquota do município varia de 11% a 22% e não é aplicada em toda a folha de pagamento - não incide sobre hora extra, auxílios a parte e cargos em comissão. Incide somente sobre a remuneração e sobre as vantagens permanentes do cargo. É um bom negócio para as prefeitu-ras”, explica Córdova.

Ele conta que uma das principais dúvidas apre-sentadas pelos prefeitos durante os eventos é relacionada à estrutura necessária para operar com RPPS. Muitos perguntam se é necessário montar um instituto ou uma autarquia para gerir os RPPS, argumentando que seria um custo alto para a administração municipal. “Não é neces-sário criar uma autarquia”, responde Córdova. “Durante um bom tempo, um fundo vinculado a uma secretaria é que vai receber os recursos da prefeitura e dos servidores”. Este é o primeiro passo até que seja possível criar o instituto.Para Córdova, o principal motivo de a maioria dos municípios não ter aderido ainda ao RPPS é a fal-ta de informação e conhecimento, não apenas em relação à exigência que consta da Constituição. Segundo ele, até os prefeitos que conhecem esta exigência muitas vezes não criam seus regimes por não terem entendimento da parte operacional dos regimes próprios – este sim o tema sobre o qual possuem pouca ou nenhuma informação, o que acaba afastando as prefeituras dos RPPS.

Previdência Nacional | 17

Programa envolve realização de eventos para explicar tudo sobre o RPPS e suas vantagens

Antônio Dórea, prefeito de Poço verde (SE): “Hoje tenho clareza quanto à importância da implantação do RPPS aqui”

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A Previdência

Primeiros sinais manifestados pelo novo governo federal preocupam especialistas, para os quais o sistema não irá suportar as exigências do futuro se não forem tomadas hoje as medidas para o longo prazoCarlos Vasconcellos

E nquanto dá sinais de que não pre-tende entrar em atrito com o Con-gresso para promover algum tipo de reforma na Previdência, a presi-

denta Dilma Rousseff estuda uma proposta de redução tributária para impulsionar o emprego formal que esvazia justamente o cofre da Pre-vidência. A informação é do jornal Folha de S.Paulo, do último dia 21 de janeiro. O plano ainda não estaria fechado. Em princípio, haveria uma redução escalonada na alíquota patronal de 20% para até 14% num prazo de três a seis anos, mas há quem defenda uma queda para até 10%. No primeiro ano, a alíquota cairia para 18%, o que, segundo especialistas, poderia provocar uma perda de R$ 9,2 bilhões por ano nas con-tas da Previdência. O impacto pode aumentar ainda mais o déficit previdenciário do Regime Geral de Previdência Social, que acumulava um total de R$ 47 bilhões até novembro de 2010,

com possibilidade de passar dos R$ 50 bilhões no fechamento do ano.Márcio Salvato, coordenador do curso de Eco-nomia do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mer-cado de Capitais) de Belo Horizonte, considera que o caminho escolhido pelo governo para de-sonerar a folha de pagamento das empresas não é o mais prudente. “Ele cria um efeito positivo no curto prazo, pois reduz o custo do trabalho, mas compromete a receita previdenciária futu-ra”, diz. “Isso pode criar um problema muito maior lá na frente.”O economista do Instituto de Pesquisa Eco-nômica Aplicada (Ipea), Marcelo Caetano, admite que a carga tributária sobre a folha de pagamentos é realmente muito alta e haveria um efeito favorável sobre o emprego formal. “Hoje, as alíquotas do empregador e do em-pregado somadas passam de 30%”, diz. Mas ele ressalta que essa queda de arrecadação terá

na ponta do lápis

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Dilma: presidenta estaria estudando proposta de redução tributária para impulsionar emprego formal, o que afetaria o cofre da Previdência

cedo possível. A opinião geral é de que a curva de envelhecimento pode tornar a conta pre-videnciária insustentável, aumentando o peso dos benefícios concedidos e reduzindo a base de contribuições. Hoje, segundo o IBGE (Ins-tituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 7% da população corresponde a pessoas com mais de 65 anos. Em 2050, a projeção é de que essa faixa etária atinja 23% do total.Para István Kasznar, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Previdência Social deveria ser encarada como um desafio eterno e estar sujeita permanentemente a ajustes para se manter sustentável. Segundo ele, o déficit do regime geral só se mantém razoavelmente estabilizado por causa da forte criação de em-pregos formais, que vem aumentando a arreca-dação previdenciária. Ele adverte que a questão é de natureza estrutural. “Com a expectativa de crescimento, melhorias na saúde, na prevenção

de ser compensada de algum jeito. “A despesa previdenciária vai continuar lá, por isso vai ser preciso encontrar receita em algum outro lugar para compensar essa conta.”Para Caetano, não é viável reduzir essa carga sem alterar a estrutura de gastos da Previdência. “E sem uma reforma, isso é impossível”, diz o economista. As saídas seriam: criar tributos no-vos e aumentar a carga em outra área, ou cortar gastos e investimentos em outros setores. Sem uma coisa ou outra, o governo seria obrigado a emitir dinheiro para cobrir a despesa, criando inflação. “E isso é uma hipótese praticamente impossível”, afirma.O novo plano, portanto, agrava a preocupação com o déficit previdenciário. Para os especialis-tas do setor, no entanto, o que preocupa não é o tamanho da conta hoje, mas a proporção que ela pode assumir dentro de algum tempo se não forem tomadas medidas para contê-la o mais

Para analistas, proposta de redução tributária elevaria ainda mais o déficit previdenciário

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de doenças, na qualidade de vida da população, há um défi cit potencial crescente”, diz. “O con-junto de contribuintes vai pagar por 30 anos e receber benefícios por um período cada vez maior. Por isso não importa tanto se o défi cit é de 50, 60 ou 70 bilhões agora, mas de quanto será dentro de algumas décadas.” “Não é prudente adiar essas reformas porque o quadro não é reversível pelas atuais regras”, diz Salvato. “Você pode diminuir o défi cit num ano, chegar a um pequeno superávit em outro, mas o que mudou foi a pirâmide etária. A força de trabalho irá diminuir e a proporção de idosos aumentar. E isso já será realidade na próxima geração”, alerta. “O fato é que no modelo que temos hoje, os que estão contribuindo agora não têm certeza de que poderão receber seus benefícios no futuro.”Salvato argumenta também que o primeiro ano de governo deveria ser usado exatamente para tocar reformas importantes – e que exi-

gem capital político, como a da Previdência Social. Marcelo Caetano, economista do Ipea e especialista no setor previdenciário, observa que foi esse o timing político da aprovação da minirreforma apresentada pelo presidente Lula ao Congresso, em 2003. “O tema foi discutido nos 100 primeiros dias de governo, apresentado ao Congresso entre abril e maio, e fi nalmente aprovado no fi m do ano”, lembra o economista. Caetano acredita que as reformas virão porque são inevitáveis, mas tem pouca esperança de que elas sejam tocadas no curto prazo. O eco-nomista também lamenta o pobre resultado do Fórum da Previdência de 2007. “Houve muita discussão, muito trabalho e poucos resultados concretos porque o debate foi muito longo e perdeu-se justamente o timing político para colocar as propostas em prática.”Enquanto a reforma vai sendo adiada, o mi-nistro da Previdência Social, Garibaldi Alves, anuncia que pretende revisar os planos atua-

riais. Kasznar acredita que a ideia não é má em si, mas é insufi ciente para lidar com o problema. “Não podemos nos limitar a medidas par-ciais e tópicas. Simplesmente não será possível chegar a um ponto de equilíbrio sem alon-gar signifi cativamente o prazo de contribuição.”Caetano, do Ipea, lembra que hoje o gasto previdenciário brasileiro corresponde a 12% do (Produto Interno Bruto) PIB, somando o regime geral e a Previdência dos servidores públicos. “Como a carga tri-

Caetano, do Ipea: não é viável reduzir carga tributária sem alterar a estrutura de gastos da Previdência

Ministro Garibaldi já declarou que pretende revisar os planos atuariais

Tamanho da conta não é preocupante, mas sim a proporção que ela poderá assumir

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preocupante, mas sim a proporção

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Kasznar, da FGV: Previdência deveria ser encarada como um desafi o eterno e estar sujeita permanentemente a ajustes para se manter sustentável

Outro caminho defendido por Caetano seria mexer nas regras de pensão por morte, que hoje permitem acúmulo de aposentadorias e não são sujeitas a limites de idade para recebimento. “Também seria importante aproximar as regras de aposentadoria do servidor público das regras usadas pelo regime geral”, aponta. Para ele, tais medidas deveriam ser adotadas em conjunto, para que tivessem efetividade. “Se não fi zermos isso, o efeito positivo de uma medida pode ser anulado no longo prazo pelo efeito negativo de outra área em que você não mexeu.”Caetano também alerta contra a ilusão de que a formalização da mão de obra aumenta a arre-cadação e diminui a urgência da reforma previ-denciária. “A formalização é um efeito positivo do crescimento econômico, dá uma série de garantias e direitos ao cidadão, e deve ser es-timulada; mas do ponto de vista previdenciário não pode ser vista como uma solução”, afi rma. “Na verdade, ela traz um efeito positivo na ar-recadação, mas no longo prazo representa um desafi o, porque também aumentará a despesa futura, num contexto em que a expectativa de vida aumenta.”Para Salvato, mudar o regime dos servidores públicos é uma tarefa primordial em qualquer projeto de reforma previdenciária que se apre-sente. “É o setor que mais contribui para o défi -cit previdenciário”, diz o coordenador do Ibmec

butária está em cerca de 36% do PIB, isso sig-nifi ca que de cada R$ 3 pagos de imposto, R$ 1 é pago para sustentar a Previdência, o que é um gasto muito alto, especialmente num país ain-da jovem”, argumenta. “Com o envelhecimento da população, vão faltar recursos para saúde, educação, infraestrutura. Então, sem mexer em nada, ou você reduz o gasto nessas áreas ou você aumenta a tributação, que também está alta.”Por isso, Caetano acredita que o ajuste não deve ser feito por meio de mudança em alíquo-tas. “Hoje, somando a contribuição de patrão e empregado, a contribuição já consome mais de 30% da folha de pagamento”, diz. “Portanto, aumentar essa carga seria muito pouco reco-mendável.” O caminho, então, diz o economis-ta, seria reduzir os gastos, em primeiro lugar, mexendo na idade de aposentadoria. “Esse li-mite seria discutível, mas seria o primeiro passo importante. Hoje os homens se aposentam em média com 54 anos pelo INSS e as mulheres, com 52, o que é muito pouco.”

Se hoje 7% da população tem mais de 65 anos, em 2050 o percentual já estará em 23%, segundo o IBGE

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BH. “É preciso mudar. O servidor se aposenta hoje com o salário do fi m de carreira, o militar sobe de patente e ganha aumento quando sai da ativa”, enumera. Em relação aos militares, ele ad-mite que retirar essa vantagem tira um incentivo para o ingresso na carreira, onde os vencimentos são baixos. “Mas é preciso discutir esses temas com a sociedade e com o Congresso.”Qualquer reforma precisaria de uma regra de transição para ser implementada, afi rma Sal-vato. “A proposta deveria contemplar procedi-mentos diferentes para quem acaba de entrar no mercado de trabalho, quem está no meio do período contributivo e quem está perto de se aposentar”, diz. A criação de um regime misto também é vista com bons olhos pelo especia-lista. “Um regime que fosse baseado parte no sistema de contribuições atual e parte num sis-tema de contas individuais remuneradas pode-ria ser interessante.”Kasznar, por sua vez, defende a participação privada no sistema de Previdência. “Os pla-nos privados podem ter um papel importante, diminuindo um pouco da pressão sobre o sis-tema público”, diz. O economista, no entanto, ressalva que é preciso zelar pela solidez dessas instituições e, apesar disso, o sistema previden-ciário não deve ser pensado com uma perspec-tiva meramente empresarial. “A boa política de Previdência é uma extensão do ‘welfare state’, do estado de bem-estar social”, afi rma. “Por isso mesmo é uma equação tão difícil de fechar.” Para ele, um dos nós do setor está na vincula-ção dos benefícios ao salário mínimo. “O salário mínimo pauta a economia nacional, onde 47% da população recebe até dois salários. E você não pode aumentar demais para não quebrar a conta da Previdência. O cobertor é curto.”Caetano concorda e afi rma que na atual estru-tura não é possível conceder ganhos elevados e acima da infl ação para o salário mínimo por muito tempo. “O salário mínimo correspondia a 20% do salário médio no começo da década e hoje está em 37%”, compara. “Ele cresceu mais

do que a infl ação e mais do que a própria média salarial.” O economista argumenta que reajus-tes tão altos podem colocar a perder até mesmo os efeitos positivos de uma eventual reforma.Benedito Passos, diretor do Núcleo Atuarial de Previdência (NAP), empresa ligada à Co-ppe/UFRJ, também acredita que a vinculação do mínimo às aposentadorias é pouco saudável. Ele argumenta que o ganho de produtividade dos trabalhadores ativos – que deve ser refl etido no reajuste do mínimo – não deve ser repassado aos aposentados. “Transferir o ganho de pro-dutividade para os inativos é um erro grotesco. A correção da aposentadoria tem de ser pelo custo de vida, para manter o poder de compra do benefício”, diz.Passos defende que o sistema previdenciário bra-sileiro precisa de ajustes, mas não gosta de usar a palavra “rombo” para defi nir o défi cit. Segundo

Passos, do Núcleo Atuarial de Previdência, ligado à Coppe/UFRJ: correção da aposentadoria deve ser vinculada ao custo de vida, não ao salário mínimo

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Hoje, de cada R$ 3 pagos de imposto, R$ 1 é para sustentar a Previdência, diz Caetano, do Ipea

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Salvato, do Ibmec: “Não é prudente adiar as reformas porque o quadro não é reversível pelas atuais regras”

forma de Passos. “Não vamos a lugar nenhum achando que é possível contribuir com 11% do salário durante 20 ou 30 anos e depois rece-ber salário integral por um tempo que pode durar 40 anos ou mais”, critica. O diretor do NAP também gostaria de ver velhos elefantes brancos transformados em dinheiro para os cofres públicos. “Também devemos incorporar os imóveis que pertencem à Previdência para transformá-los em ativos. Isso está previsto na Constituição”, diz.Passos acredita que essas medidas reduziriam a pressão sobre a conta previdenciária, tornan-do mais fácil negociar temas sensíveis, como a mudança nos limites de idade da aposentadoria. “Não temos apenas uma bala na agulha, como o presidente Collor tinha contra a infl ação. Feliz-mente, temos muitas”, diz.Mas, apesar do défi cit, alguns especialistas apon-tam uma relativa solidez da Previdência Social brasileira em relação a outros países. “Ainda pe-camos pelo excesso de privilégios, incorporando à Previdência pessoas que contribuíram pouco ou quase nada, mas de um modo geral estamos melhores do que muitos países”, diz Kasznar. “Se formos nos mirar em exemplos internacio-nais, no entanto, devemos olhar países com es-quemas mais bem montados, como a Suécia e o Chile. E em contrapartida, evitar o desastroso modelo francês, em que cada vez se trabalha me-nos e se retira mais da Previdência.”Passos, por sua vez, também elogia a relativa solidez previdenciária brasileira, atribuindo o fenômeno à resistência do País em aderir com-pletamente ao modelo recomendado pelo Ban-co Mundial nos anos 90, que propunha uma participação cada vez maior do setor privado no sistema previdenciário. “O modelo propu-nha três pilares: Previdência Social, Previdência Complementar e Planos Individuais. O proble-ma era qual deveria ser o tamanho desses pi-lares. Felizmente não seguimos o caminho do Chile e com o tempo mostramos ter um siste-ma sólido”, conclui.

ele, isso traz mais confusão do que luz ao debate. “A Previdência Social faz parte de um sistema mais amplo de seguridade social e este sistema não é defi citário”, explica. “Quando falamos em ‘rombo’ cria-se a impressão de que o sistema todo é ruim, o que não é verdade. O que precisamos é de ajustes na conta previdenciária.”Para o diretor do NAP, a primeira medida se-ria melhorar a gestão do sistema de seguridade social. “Há muito desvio de recursos do sistema para outras áreas através da DRU (Desvincu-lação de Recursos da União). Manter esse di-nheiro dentro do esquema de seguridade so-cial já seria um grande passo para reequilibrar a conta”, diz. Com mais dinheiro no sistema, seria possível aliviar alíquotas de contribuição, diminuindo a carga tributária, ou dar mais re-cursos para a saúde, argumenta Passos.A redução de benefícios considerados desca-bidos também estaria dentro da agenda de re-

Mudar o regime dos servidores públicos é tarefa primordial em

qualquer projeto de reforma, diz Salvato, do Ibmec

ele, isso traz mais confusão do que luz ao debate. “A Previdência Social faz parte de um sistema mais amplo de seguridade social e este sistema não é defi citário”, explica. “Quando falamos em ‘rombo’ cria-se a impressão de que o sistema todo é ruim, o que não é verdade. O que precisamos é de ajustes na conta previdenciária.”Para o diretor do NAP, a primeira medida se-ria melhorar a gestão do sistema de seguridade

Mudar o regime dos servidores públicos é tarefa primordial em

qualquer projeto de reforma,

CURSOSFEVEREIRO

DATA LOCAL EVENTO

24 RJ Jurídico I/A - Aspectos Jurídicos Fundamentais da Previdência Complementar

MARÇO

DATA LOCAL EVENTO

01 e 02 RJ Administração Geral I - Conceitos de Governança e Gestão Estratégica nas EFPCs

22 e 23 DF Atuária I - Entendendo os Conceitos Essenciais de Atuária na Prática das EFPCs

29 e 30 RJ Finanças I - Aspectos Fundamentais e Funcionamento dos Mercados Financeiro, de Capitais e Imobiliário

ABRIL

DATA LOCAL EVENTO

05 e 06 SP Contabilidade I - Contabilidade para EFPCs

13 SP Controles Internos e Auditoria I - Conceitos e Procedimentos de Controles e de Auditoria para EFPCs

29 RJ Jurídico I/B - Tributação Aplicável à Previdência Complementar

MAIO

DATA LOCAL EVENTO

10 e 11 RJ Administração Geral II - Instrumentos de Governança e Gestão Estratégica nas EFPCs

17 e 18 DF Atuária II - Avaliação Atuarial: Análise e Abordagem Prática

24 e 25 RJ Finanças II - Políticas de Investimentos e Gestão de Riscos

JUNHO

DATA LOCAL EVENTO

07 e 08 SP Contabilidade II - Análise dos Aspectos Fundamentais das Demonstrações Contábeis

16 RJ Jurídico II - Dimensionamento e Prevenção do Risco Legal

28 e 29 SP Controles Internos II e Fiscalização - Instrumentos de Controles e de Auditoria para EFPCs e Princípios a serem Observados no Processo de Fiscalização

JULHO

DATA LOCAL EVENTO

07 DF Jurídico I/A - Aspectos Jurídicos Fundamentais da Previdência Complementar

19 e 20 SP Administração Geral I - Conceitos de Governança e Gestão Estratégica nas EFPCs

27 e 28 RJ Atuária I - Entendendo os Conceitos Essenciais de Atuária na Prática das EFPCs

AGOSTO

DATA LOCAL EVENTO

01 e 02 DF Finanças I - Aspectos Fundamentais e Funcionamento dos Mercados Financeiro, de Capitais e Imobiliário

09 e 10 RJ Contabilidade I - Contabilidade para EFPCs

16 RJ Controles Internos e Auditoria I - Conceitos e Procedimentos de Controles e de Auditoria para EFPCs

23 DF Jurídico I/B - Tributação Aplicável à Previdência Complementar

24 e 25 SP Administração Geral II - Instrumentos de Governança e Gestão Estratégica nas EFPCs

OUTUBRO

DATA LOCAL EVENTO

05 e 06 RJ Atuária II - Avaliação Atuarial: Análise e Abordagem Prática

19 e 20 DF Finanças II - Políticas de Investimentos e Gestão de Riscos

25 e 26 RJ Contabilidade II - Análise dos Aspectos Fundamentais das Demonstrações Contábeis

NOVEMBRO

DATA LOCAL EVENTO

01 DF Jurídico II - Dimensionamento e Prevenção do Risco Legal

17 e 18 RJ Controles Internos II e Fiscalização - Instrumentos de Controles e de Auditoria para EFPCs e Princípios a serem Observados no Processo de Fiscalização

EVENTOS INSTITUCIONAISJANEIRO

DATA LOCAL EVENTO

24 RJ Homenagem ao Dia do Aposentado

ABRIL

DATA LOCAL EVENTO

5 DF Encontro Regional Centro-Norte

7 SP Encontro Regional Sudoeste

12 RS Encontro Regional Sul

19 BH Encontro Regional Leste

26 BA Encontro Regional Nordeste

28 RJ Encontro Regional Sudeste

MAIO

DATA LOCAL EVENTO

05 e 06 SP 6° Encontro Nacional de Advogados da Previdência Complementar

19 e 20 Rj 2° Encontro Nacional de Comunicação e Relacionamento dos Fundos de Pensão

25 RJ 2° Seminário "A Sustentabilidade e o Papel dos Fundos de Pensão no Brasil"

AGOSTO

DATA LOCAL EVENTO

03 a 04 RJ 9° Encontro Nacional dos Pro� ssionais de Recursos Humanos dos Fundos de Pensão

SETEMBRO

DATA LOCAL EVENTO

a de� nir SC 32° Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão e 16° Prêmio Nacional de Seguridade Social"

OUTUBRO

DATA LOCAL EVENTO

24 SP 2° Seminário “Cenários Alternativos de Investimentos dos Fundos de Pensão”

* As datas indicadas estão sujeitas a alteração

Informações adicionais poderão ser obtidas no ABRAPP ATENDE

pelos telefones (11) 3043.8783 / 3043.8784 / 3043.8785

[email protected]

http://www.abrapp.org.br/educaprev/

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E EVENTOS INSTITUCIONAIS DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Em 2010, mais de 5 mil pessoas participaram do Programa de Educação Abrapp.A oportunidade de quali� cação e atualização se renova em 2011. Esperamos por você!

Os cursos e eventos da Abrapp contam créditos para o Programa de EducaçãoContinuada (PEC) dos pro� ssionais já

certi� cados pelo ICSS.

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Page 25: Revista ABIPEM – Março/Abril -2011

CURSOSFEVEREIRO

DATA LOCAL EVENTO

24 RJ Jurídico I/A - Aspectos Jurídicos Fundamentais da Previdência Complementar

MARÇO

DATA LOCAL EVENTO

01 e 02 RJ Administração Geral I - Conceitos de Governança e Gestão Estratégica nas EFPCs

22 e 23 DF Atuária I - Entendendo os Conceitos Essenciais de Atuária na Prática das EFPCs

29 e 30 RJ Finanças I - Aspectos Fundamentais e Funcionamento dos Mercados Financeiro, de Capitais e Imobiliário

ABRIL

DATA LOCAL EVENTO

05 e 06 SP Contabilidade I - Contabilidade para EFPCs

13 SP Controles Internos e Auditoria I - Conceitos e Procedimentos de Controles e de Auditoria para EFPCs

29 RJ Jurídico I/B - Tributação Aplicável à Previdência Complementar

MAIO

DATA LOCAL EVENTO

10 e 11 RJ Administração Geral II - Instrumentos de Governança e Gestão Estratégica nas EFPCs

17 e 18 DF Atuária II - Avaliação Atuarial: Análise e Abordagem Prática

24 e 25 RJ Finanças II - Políticas de Investimentos e Gestão de Riscos

JUNHO

DATA LOCAL EVENTO

07 e 08 SP Contabilidade II - Análise dos Aspectos Fundamentais das Demonstrações Contábeis

16 RJ Jurídico II - Dimensionamento e Prevenção do Risco Legal

28 e 29 SP Controles Internos II e Fiscalização - Instrumentos de Controles e de Auditoria para EFPCs e Princípios a serem Observados no Processo de Fiscalização

JULHO

DATA LOCAL EVENTO

07 DF Jurídico I/A - Aspectos Jurídicos Fundamentais da Previdência Complementar

19 e 20 SP Administração Geral I - Conceitos de Governança e Gestão Estratégica nas EFPCs

27 e 28 RJ Atuária I - Entendendo os Conceitos Essenciais de Atuária na Prática das EFPCs

AGOSTO

DATA LOCAL EVENTO

01 e 02 DF Finanças I - Aspectos Fundamentais e Funcionamento dos Mercados Financeiro, de Capitais e Imobiliário

09 e 10 RJ Contabilidade I - Contabilidade para EFPCs

16 RJ Controles Internos e Auditoria I - Conceitos e Procedimentos de Controles e de Auditoria para EFPCs

23 DF Jurídico I/B - Tributação Aplicável à Previdência Complementar

24 e 25 SP Administração Geral II - Instrumentos de Governança e Gestão Estratégica nas EFPCs

OUTUBRO

DATA LOCAL EVENTO

05 e 06 RJ Atuária II - Avaliação Atuarial: Análise e Abordagem Prática

19 e 20 DF Finanças II - Políticas de Investimentos e Gestão de Riscos

25 e 26 RJ Contabilidade II - Análise dos Aspectos Fundamentais das Demonstrações Contábeis

NOVEMBRO

DATA LOCAL EVENTO

01 DF Jurídico II - Dimensionamento e Prevenção do Risco Legal

17 e 18 RJ Controles Internos II e Fiscalização - Instrumentos de Controles e de Auditoria para EFPCs e Princípios a serem Observados no Processo de Fiscalização

EVENTOS INSTITUCIONAISJANEIRO

DATA LOCAL EVENTO

24 RJ Homenagem ao Dia do Aposentado

ABRIL

DATA LOCAL EVENTO

5 DF Encontro Regional Centro-Norte

7 SP Encontro Regional Sudoeste

12 RS Encontro Regional Sul

19 BH Encontro Regional Leste

26 BA Encontro Regional Nordeste

28 RJ Encontro Regional Sudeste

MAIO

DATA LOCAL EVENTO

05 e 06 SP 6° Encontro Nacional de Advogados da Previdência Complementar

19 e 20 Rj 2° Encontro Nacional de Comunicação e Relacionamento dos Fundos de Pensão

25 RJ 2° Seminário "A Sustentabilidade e o Papel dos Fundos de Pensão no Brasil"

AGOSTO

DATA LOCAL EVENTO

03 a 04 RJ 9° Encontro Nacional dos Pro� ssionais de Recursos Humanos dos Fundos de Pensão

SETEMBRO

DATA LOCAL EVENTO

a de� nir SC 32° Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão e 16° Prêmio Nacional de Seguridade Social"

OUTUBRO

DATA LOCAL EVENTO

24 SP 2° Seminário “Cenários Alternativos de Investimentos dos Fundos de Pensão”

* As datas indicadas estão sujeitas a alteração

Informações adicionais poderão ser obtidas no ABRAPP ATENDE

pelos telefones (11) 3043.8783 / 3043.8784 / 3043.8785

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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E EVENTOS INSTITUCIONAIS DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Em 2010, mais de 5 mil pessoas participaram do Programa de Educação Abrapp.A oportunidade de quali� cação e atualização se renova em 2011. Esperamos por você!

Os cursos e eventos da Abrapp contam créditos para o Programa de EducaçãoContinuada (PEC) dos pro� ssionais já

certi� cados pelo ICSS.

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‘Nenhuma mudança sem ouvir os rPPS’

Entrevista • Leonardo Rolim

26 | Março/Abril 2011

Onovo secretário de Políticas de Previdência do Ministério da Previdência, o paraibano Leonardo Rolim, promete não promover nenhuma mudan-ça nas políticas voltadas para o segmento de regi-

mes próprios sem ouvir os representantes do setor no Conaprev (Conselho Nacional dos Dirigentes de Regimes Próprios de Previdência Social). Segundo ele, trata-se de uma determinação do próprio ministro Garibaldi Alves, que ressalta o compromis-so com um segmento “fundamental para o equilíbrio do sistema previdenciário brasileiro”.Especialista em políticas públicas e gestão governamental, Ro-lim é funcionário público de carreira e já dirigiu a Assessoria Especial de Planejamento e Modernização Administrativa do Senado. Nesta entrevista, ele conta que pretende agilizar o sis-tema de compensações previdenciárias e promete para junho o funcionamento do CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) nos três níveis da administração pública. O novo se-cretário também nega a necessidade de uma nova reforma na Previdência Social, pelo menos a curto e a médio prazo. “O momento é de estudar a Previdência do futuro para aproveitar o cenário favorável de que desfrutamos hoje”, diz.O défi cit da conta previdenciária aparentemente também não é motivo de preocupação para Rolim, que compara o Regime Geral de Previdência a um grande guarda-chuva que abriga duas pessoas completamente diferentes - o trabalhador rural e o trabalhador urbano. Segundo ele, o défi cit está na previdência rural e a conta deve ser paga por toda a sociedade - “como está previsto na Constituição”.

Previdência Nacional – O senhor acaba de assumir a secreta-ria. Já definiu quais serão seus objetivos imediatos?Leonardo Rolim - Inicialmente vamos aprofundar as políticas que vinham sendo tocadas na gestão anterior. Veja, a Secretaria trabalha basicamente em três áreas - o Regime Geral, a Saúde e Segurança Ocupacional e os Regimes Próprios de Previdência. O setor dos RPPS é o mais complexo dos três, porque de um lado você tem de acompanhar a evolução do segmento e elabo-rar políticas específi cas para ele, e, do outro, tem de cumprir o trabalho de fi scalização. Por isso queremos reforçar e qualifi -car nossas equipes para exercer melhor essas funções. Também

pretendemos reforçar o marco legal do CRP (Certifi cado de Regularidade Previdenciária) e melhorar o sistema de compensação previ-denciária para tornar mais rápidas a análise e a liberação dos recursos.

PN - Como isso será feito?LR - Vamos intensifi car a cooperação entre a secretaria e os institutos, e lançar o Proprev 2, com foco nos 50 maiores municípios que fi caram de fora de programas anteriores de treinamento e gestão, como o Proprev 1 e o Prevmun.

PN - Em que consiste o programa?LR - É um amplo programa de capacitação que será ministrado por meio da Escola Pre-videnciária nos municípios menores, sem es-trutura própria para essa tarefa. Precisamos levar isso adiante porque os RPPS são estra-tégicos para a estrutura previdenciária no País. O ministro Garibaldi Alves tem enfatizado essa importância, e essas parcerias são amos-tras desse compromisso. No encontro que teve com representantes da Abipem (Associação Brasileira das Instituições de Previdência Es-taduais e Municipais), ele ressaltou que uma das prioridades de sua gestão seria dar mais apoio e aproximar ainda mais o Ministério dos regimes próprios.

PN - Como o senhor avalia o resultado da Previdência em outras áreas?LR - Ainda estamos avaliando junto ao INSS o resultado do Regime Geral, que foi bom na área voltada para o trabalhador urbano. Mas precisamos dar mais eficiência ao sistema. A cobertura previdenciária de categorias como trabalhadores domésticos e autônomos ainda é baixa e enfrentamos alguns problemas na

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Previdência Nacional | 27

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‘Minha tarefa agora é muito voltada para a manutenção do cumprimento das metas que nós estipulamos ao longo

desses anos’

Entrevista • Leonardo Rolim

área de recuperação de créditos que precisam ser resolvidos. Até para educarmos a socie-dade. Quem paga em dia não pode se sentir lesado. A sociedade tem de incorporar essa visão - o melhor é pagar os tributos em dia. Não podemos privilegiar quem não cumpre suas obrigações.

PN - Como anda a implantação do Cadastro Nacional de Informações Sociais, o CNIS?LR - Tive uma reunião com o Dataprev para mostrar a importância desse sistema e cobrar sua implantação. A meta do Ministério é que tudo esteja pronto em junho para o sistema funcionar nos três níveis da administração pú-blica - federal, estadual e municipal.

PN - Essa implantação pode ajudar a dimi-nuir o tempo de compensação previdenciária?LR - Não dá para afirmar exatamente por-que essa demora não tem a ver apenas com a ausência do CNIS, ela se dá também por outros fatores. Por um lado, o INSS precisa de mais gente capacitada para acompanhar os pedidos. Por outro, estados e municípios precisam estar mais bem preparados para en-

“Ministério vê a aprovação da regulamentação da previdência complementar dos servidores como prioridade e estamos envolvidos diretamente na negociação com o Congresso”

viar os dados. Temos tido muitos problemas com formulários preenchidos de forma ina-dequada. Ou seja, precisamos melhorar tanto o sistema de análise quanto o de envio. É um esforço que envolve o Dataprev, o INSS e os municípios.

PN - Há algum tipo de mudança em estudo nas regras de investimento dos recursos dos regimes próprios? Os níveis de exposição ao risco são adequados para fazer frente às ne-cessidades dos RPPS?LR - Pretendemos fazer alguns ajustes, mas ainda não temos um estudo completo sobre isso. Antecipo que estamos avaliando algu-mas medidas, mas tudo vai ser negociado no âmbito do Conaprev. Nenhuma mudan-ça será implementada sem ouvirmos o se-tor. Isso vale para todas as medidas. É uma determinação do ministro. Queremos dar mais robustez à regulamentação do setor, dar mais poder de fiscalização à Secretaria, colocar a CRP em lei e dar mais condições de os RPPS gerirem seus patrimônios. Tudo para dar mais eficiência ao setor, mas sempre de forma negociada.

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Previdência Nacional | 29

‘Minha tarefa agora é muito voltada para a manutenção do cumprimento das metas que nós estipulamos ao longo

desses anos’

PN - Qual a importância da aprovação da re-gulamentação da previdência complementar dos servidores federais?LR - O Ministério vê a aprovação dessa lei como prioridade e estamos envolvidos di-retamente na negociação com o Congresso. Achamos que ele pode representar uma boa oportunidade também para os RPPS, pois ele permite que estados e municípios que não tenham interesse de implantar seus próprios sistemas de previdência complementar incor-porem os servidores com vencimentos acima do piso do INSS ao plano da União. É uma boa medida, porque - exceto nos estados e nas grandes cidades - poucos municípios têm um volume de servidores nessa situação, que justi-fique a criação de uma estrutura de previdên-cia complementar própria.

PN - A expectativa é otimista, apesar de ha-ver resistências?LR - Estamos com boa esperança de que o projeto avance. A resistência maior não tem sido no Congresso. Oposição houve em 2003, contra a emenda constitucional da refor-ma previdenciária. Agora que a reforma está aprovada e prevê a previdência complementar, o que vemos é mais desconhecimento do que propriamente resistência. O trabalho maior é esclarecer as pessoas e fazer com que a propos-ta seja mais bem conhecida.

PN - A curva demográfica da população é um sinal de que uma nova reforma previden-ciária deveria ser estudada?LR - No curto e no médio prazo, não. Vi-vemos um boom demográfico - a População Economicamente Ativa é relativamente maior do que a população idosa e de crianças. Por isso não vemos necessidade de ajuste em rela-ção ao Regime Geral. O que se verifica é que o regime previdenciário do trabalhador rural tem um déficit crescente, enquanto o do tra-balhador urbano apresenta superávit, sem ne-nhum sinal de explosão. Claro, que em 30 ou 40 anos a situação pode ser diferente.

PN - Não seria o caso de nos prepararmos antes?LR - Neste momento, a reforma não é ne-cessária. A hora é de estudar a Previdência do

“Ministério vê a aprovação da regulamentação da previdência complementar dos servidores como prioridade e estamos envolvidos diretamente na negociação com o Congresso”

futuro, para não perdermos esse momento po-sitivo do boom demográfico nem sermos sur-preendidos mais para frente. Repito - não há necessidade de reforma agora.

PN - E quanto ao rombo da conta previ-denciária?LR - Na verdade é como se tivéssemos duas pessoas diferentes debaixo de um grande guar-da-chuva. Você olha de cima e vê o guarda--chuva, mas não enxerga as pessoas que estão embaixo dele - um é o trabalhador urbano. O outro é o trabalhador rural. São duas condi-ções completamente diferentes e é até levia-no tratá-los como uma coisa só. São valores, tempos de contribuição, regras diferentes. A conta previdenciária do regime geral dos tra-balhadores urbanos fechou o ano passado com superávit de R$ 14 bilhões. Mesmo se você considerar precatórios e compensações previ-denciárias, a conta ainda fica no azul em R$ 7,7 bilhões. O problema é que, quando se fala em reformar a Previdência, se fala em refor-mar a previdência do trabalhador urbano. E é a previdência rural que tem um déficit de mais de R$ 50 bilhões.

PN - E por que não se mexe nessa área?LR - Porque a previdência do trabalhador ru-ral é um instrumento de distribuição de renda, de manutenção do homem no campo. Ela re-duz a migração para as grandes cidades e com-bate a pobreza. Desde o início, estava claro que ela seria deficitária. Pergunto quem deve pagar a conta - o trabalhador urbano ou a socieda-de? A sociedade! Foi para isso que a Consti-tuição estabeleceu que essa conta deveria ser coberta com recursos da Cofins e da Contri-buição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL).

PN - Então, como fazer para reduzir esse déficit?LR - Definitivamente, não é mudando a pre-vidência do trabalhador urbano que vamos re-solver o problema. Ou a sociedade diz que não quer mais arcar com esse benefício e institui uma contribuição a ser paga pelo trabalha-dor rural - o que eu não acho adequado -, ou reconhece que essa previdência é mesmo im-portante e cumpre uma função social, e todos pagam a conta.

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Fundos de investimento ganham nova classifi cação da Anbima que facilita a identifi cação de riscos e a comparação

por categorias, mas maioria dos gestores de RPPS ainda desconhece a medida

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Mognon, do Fuprem: “Mudança dá mais transparência aos

produtos que estão no mercado e foi positiva para os

investidores.”

No fi m do ano passado, os gestores de RPPS ganharam um presente da Anbima: a Associação Brasi-leira das Entidades dos Mercados

Financeiros e de Capitais divulgou uma nova classifi cação para fundos de investimento. A medida obriga as entidades ligadas à associação a reclassifi carem seus produtos de acordo com a nova nomenclatura e divulgar isso claramente aos clientes. A ideia é que o nome da catego-ria informe ao cliente qual o tipo de ativo que sustenta o fundo de investimento, não apenas se o fundo é de alto, baixo ou médio risco. A re-classifi cação benefi cia os Regimes Próprios de Previdência Social porque facilita o trabalho dos gestores na identifi cação de riscos e na compa-ração dos fundos de investimento por categorias. “A nova classifi cação dá mais informações para

o investidor sobre o perfi l dos fundos. Com certeza isso aju-dará os gestores a tomarem de-cisões melhores”, diz Hudson Bessa, gerente de Informações da Anbima. Apesar de ser uma boa notícia para os RPPS, a medida passou em branco para a maioria dos gestores do setor, que desconhecia a mudança.“Realmente, são poucos até agora os que se detiveram a examinar essas alterações de-talhadamente”, diz Alex Mog-non. Diretor de Investimentos do Fuprem, fundo de previdên-

Mais transparência

Carlos Vasconcellos

cia municipal de São Bernardo do Campo, Mog-non foi um desses poucos. E gostou do que viu. “A última revisão da classifi cação de fundos da Anbima tinha acontecido em 2001 e de lá para cá o mercado mudou muito”, afi rma. “Essa mudança dá mais transparência aos produtos que estão no mercado e foi positiva para os investidores.” Para Álvaro da Luz, economista-chefe da consultoria Somma Investimentos, os RPPS podem tirar proveito do novo sistema, especialmente se en-tenderem as subdivisões criadas pela Anbima. “É uma proteção para os gestores do setor, já que nos regimes próprios o conhecimento médio do mer-cado é menor do que em outras áreas”, observa. Ainda não é possível medir com precisão, mas, segundo Bessa, o nível de satisfação do mercado com as mudanças é grande. “Como associação de classe, ouvimos atentamente as demandas das em-presas para elaborar esse sistema”, diz o executivo da Anbima. Ele compara a antiga classifi cação a um sistema de caixas que agora foi quebrado em caixas menores. “Um bom exemplo da mudança está nos fundos de direitos creditórios, os cha-mados FIDCs - um setor que movimenta cerca de R$ 60 bilhões -, que agora serão divididos em quatro segmentos: Agro, Indústria e Comércio; Fomento Mercantil, Financeiro e Outros”, diz.O critério de divisão considerou o setor de atua-ção que originou os recebíveis de cada fundo – ou seja, os direitos de crédito que dão lastro ao inves-timento. O FIDC Fomento Mercantil agrupa os fundos que possuem direitos a receber relativos a operações de factoring – ou seja, principalmente o recebimento de cheques. Já o FIDC Financeiro fo

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Investimentos

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incluiu recebíveis como empréstimos imobiliários, crédito automotivo, com desconto em folha, entre outros. O do segmento Agro, Indústria e Comér-cio possui direitos de promissórias e duplicatas de empresas desses setores da economia. “A categoria ‘Outros’ engloba qualquer FIDC que não se en-quadre nos tipos anteriores, ou que misture ativos dessas categorias”, explica Bessa.E qual a vantagem disso para o mercado? A van-tagem é que, se antes a classificação indicava ape-nas o risco do crédito privado, agora ela permite a verificação de diferentes níveis de risco: facto-ring, em geral, é mais arriscado que outros ativos financeiros, por exemplo. Com isso, as análises e comparações de desempenho podem ficar mais precisas. “Obviamente, pode haver reveses mes-mo em investimentos de menor risco”, lembra Bessa. “Mas o fato é que nosso novo sistema de classificação é muito mais transparente.” Mognon elogia a alteração na classificação das FIDCs. “Eram um produto novo classificado em um modelo antigo”, diz. Para ele, dividir os fun-dos de acordo com os tipos de ativo exibe com mais clareza os riscos e dá mais pistas sobre as estratégias que devem ser seguidas pelos gestores financeiros. “Fica mais fácil de comparar o de-sempenho dos fundos sem misturar alhos e bu-galhos. A análise fica mais parelha.” Na verdade, afirma, isso formaliza uma prática que o mercado já adotava, só que agora de forma mais democrá-tica. “Quem tinha mais conhecimento e informa-ção já analisava o perfil desses ativos nos FDICs. Com a nova nomenclatura, fica mais fácil para investidores menos experientes acompanharem o que o produto quer entregar e como ele vai entre-gar o resultado prometido.”A Anbima também promoveu mudanças em outras categorias de investimentos, como nos fundos previdenciários multimercados, voltados para a indústria de previdência aberta. “Conta-mos com a colaboração da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência e Vida) para formatar essa classificação”, conta. Já nos fundos de renda fixa, modalidade de investimento que concentra grande parte do volume de recursos dos regimes próprios de Previdência, foi criada uma nova ca-

tegoria. Com isso, fundos que perseguem índices de inflação ou de taxas de juros, tais como o IMA (Índice de Mercado An-bima) e seus subíndices, entram para a categoria Renda Fixa Índices. Já a Renda Fixa Médio e Alto Risco passa a se chamar Renda Fixa Crédito Livre, en-globando todos os fundos cuja política de investimento permi-te manter mais de 20% da sua carteira em títulos de crédito de médio e alto risco, incluindo as estratégias cujo risco de juros ou de índice de inflação esteja embutido, e que não migraram para o tipo “Ren-da Fixa Índices”.Para André Abreu, gestor de renda fixa da BB-DTVM, a distribuidora de valores e títulos mobi-liários do Banco do Brasil, ao separar os fundos de renda fixa atrelados a índices dos fundo de renda fixa tradicionais, a Anbima segue a mesma direção da resolução 3922, do Conselho Monetário Nacional, que definiu o IMA e seus subíndices como principal parâmetro dos investimentos de renda fixa dos regi-mes próprios. “Houve uma coincidência de propó-sitos”, diz. Bessa confirma. “Com essa mudança nas categorias procuramos principalmente casar o perfil dos ativos e passivos de longo prazo dos investidores institucionais”, diz. “Para isso procuramos deixar cla-ros os riscos associados a taxas, indexadores, tipos de ativo e prazos.”

Abreu também elogia a criação da categoria Ren-da Fixa Crédito Livre. “Antes você comparava, na mesma categoria, fundos com títulos privados e outros exclusivamente compostos por títulos pú-blicos. Isso era injusto, pois os títulos privados geralmente rendem mais, embora com mais risco. Desse modo, o ranking era distorcido, tanto na alta como na baixa”, explica. “A participação do

Abreu, da BBDTVM: “Participação do crédito privado nas carteiras de investimento deve crescer muito nos próximos anos. E a nova categoria ajuda a alertar os investidores.”

Ideia é que o nome da categoria informe qual o tipo de ativo que sustenta o fundo

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Investimentos

crédito privado nas carteiras de investimento deve crescer mui-to nos próximos anos. É uma tendência que veio para ficar e essa nova categoria ajuda a aler-tar os investidores.” Se na renda fixa o esforço foi para criar novas categorias, o movimento foi inverso no segmento de renda variável. O número de categorias foi redu-zido, para dar mais objetivida-de à classificação. Foi criado o segmento Ações Setoriais, para englobar as categorias Teleco-munições, Energia, Setoriais

Livre, Privatização Vale Recursos Próprios e Privatização Petrobras Recursos Próprios. “Isso simplifica o acompanhamento dos fundos de ações. Quem quiser acompanhar especifica-mente determinados setores pode acessar as

informações por subtipo, que continuam dis-poníveis”, afirma Jorge Rica, gerente-executivo de fundos de ações da BBDTVM. “A reforma acabou com uma certa bagunça na renda vari-ável, que tinha excesso de categorias, além de permitir comparar os fundos de modo mais re-quintado.”Rica lembra ainda que a categoria PIBB – cria-da para abrigar os fundos Índice Brasil Bovespa – mudou de nome para Fundos de Índices ETF. “Na verdade, a categoria PIBB correspondia a apenas um tipo de produto. Com a mudança de nome, ela passa a englobar também os Ex-change Trade Funds, que vêm sendo lançados no mercado brasileiro”, explica. Para quem não sabe do que se trata, os ETF são fundos de in-vestimento em índice com cotas negociadas na Bolsa, de modo que, quando o investidor com-pra uma cota de ETF está aplicando ao mesmo tempo em uma carteira de ações de diferentes empresas, sem ter que comprar separadamente

AS PRINCIPAIS MUDANÇAS

Álvaro da Luz, da Somma: “É uma proteção para os gestores

do setor, já que nos regimes próprios o conhecimento

médio do mercado é menor do que em outras áreas”

Renda Fixa: Cria o “Renda Fixa Índices”, encerra os tipos “Referenciado Outros” e “Curto Prazo – Aplicação Automática”. O tipo “Renda Fixa Médio e Alto Risco” passou a se chamar “Renda Fixa Crédito Livre”, englobando fundos com mais de 20% da sua carteira em títulos de crédito de médio e alto risco. O tipo “Referenciado DI” fica inalterado. Com relação ao “Renda Fixa”, a única diferença foi a saída dos fundos que migraram para “Renda Fixa Índices”.

Ações: Foram extintos os tipos “Ações Setoriais Telecomunicações”, “Ações Setoriais Energia”, “Ações Setoriais Livre”, “Ações Setoriais Privatização Vale – Recursos Próprios” e “Ações Setoriais Privatização Petrobras – Recursos Próprios”. Todos os fundos presentes nesses tipos migraram para o tipo “Ações Setoriais”. O mesmo aconteceu com o novo tipo “Ações FMP - FGTS”, que recebeu todos os fundos dos tipos “Ações Setoriais Privatização Petrobras - FGTS”, “Ações Setoriais Privatização Vale - FGTS” e “Ações Privatização FGTS - Livre”, que foram encerrados. Além disso, houve alteração do nome do tipo PIBB para “Fundos de Índices – ETF”.

FIDCs: no caso dos FIDCs, a nova classificação dividiu em quatro tipos os fundos que antes estavam agrupados na mesma categoria. O critério de divisão considerou o setor de atuação que originou os recebíveis do produto em questão. Assim, foram criados os tipos “FIDC Fomento Mercantil”, para aqueles que possuem direitos a receber de Factoring, “FIDC Financeiro”, “FIDC Agro, Indústria e Comér-cio” e “FIDC Outros”, este último para os FIDCs que não se enquadram em nenhuma das outras catego-rias ou ainda que tenham direitos creditórios de dois ou mais tipos mencionados acima.

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Ricca, da BBDTVM, e sua equipe: “Mudança acabou com certa bagunça na renda variável, que tinha excesso de categorias”

classificação era uma necessidade premente do mercado e veio em boa hora. “O sistema é bom e acho que está na vanguarda do mercado financeiro. Poderia até servir de base para um parâmetro internacional de classificação”, espe-cula. Mas, não poderia haver falhas no sistema? “Sim, pode ser”, responde Mognon. “Mas ainda é muito cedo para dizer”, conclui.

A NOVA CLASSIFICAÇÃO DA ANBIMA

Classificação Número de Fundos PL (R$ milhões)

Curto Prazo 133 58.797,8Referenciado DI 461 208.156,0Renda Fixa Índices 182 58.441,6Renda Fixa 1072 373.981,9Renda Fixa Crédito Livre 144 27.500,2Ações Setoriais 114 18.148,4Ações FMP – FGTS 89 11.627,7Cambial 57 859,8Previdência Balanceados – até 15 41 2.817,4Previdência Balanceados – de 15 a 30 63 2.131,9Previdência Balanceados – acima de 30 92 3.975,9Previdência Multimercados 169 2.419,1Previdência Renda Fixa 251 167.708,2Previdência Data-Alvo * 35 -Previdência Ações 17 8.104,7FIDC Fomento Mercantil 86 2.006,4FIDC Financeiro 79 13.198,3FIDC Agro, Indústria e Comércio 70 27.750,0FIDC Outros 68 4.451,9

*PL em FCs (R$ 3,2 bilhões)

os papéis de cada companhia que compõem o índice. Para Abreu, o balanço geral da reforma é positivo tanto para tanto para bancos quanto clientes. “Os bancos passam a ter uma base de comparação mais justa para seus produtos, ao mesmo tempo em que essa clareza serve como um processo de educação para o investidor.”Mas e se os bancos e empresas financeiras não cumprirem a determinação da Anbima? “Se de-tectamos erros, as empresas são alertadas para efetuar correções, podendo haver a exclusão do fundo de nossa base de dados, mas nunca precisamos chegar a isso. Pode até haver erros operacionais, mas não por má-fé”, diz Bessa. Segundo ele, os bancos ainda estão procedendo com a reclassificação de seus produtos.Luz, da Somma Investimentos, vai mais lon-ge: acha que a norma da Anbima deveria ser adotada de uma vez pela Comissão de Valo-res Mobiliários (CVM), órgão regulador do mercado financeiro. Para o economista, bas-tariam poucas adaptações para que o sistema da Anbima pudesse se converter em regra. “O sistema da Anbima é de autorregulamentação, enquanto a norma da CVM é obrigatória”, compara. “Se a Comissão adotasse essa regra, mesmo com adaptações, as mudanças seriam ainda mais profundas no mercado”, diz. “De todo modo, creio que adesão do mercado será alta, porque todo mundo quer ficar sob o guar-da-chuva da Anbima.”Mognon, por sua vez, acredita que a nova

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Política Previdenciária

Ministério da Previdência e Abipem contestam dados da Abrapp sobre custo das aposentadorias dos regimes próprios, em reportagem na qual associação defende a Previdência complementar em detrimento dos RPPS

O O peso do serviço público nas contas da Previdência foi tema da reportagem de capa da edição de janeiro da revista “Fundos de

Pensão”, editada pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp). Defendendo a reforma da Previdên-cia do setor público, a publicação afi rma que o custo das aposentadorias dos Regimes Próprios de Previdência Social corresponde a 27 vezes o gasto com os benefícios do Regime Geral do INSS. Os dados, no entanto, foram contestados com fi rmeza pelo Ministério da Previdência Social. “Nós não reconhecemos esse número”, afi rma Delúbio Gomes da Silva, diretor do Departamento de Regimes Próprios do Mi-nistério. “Não sei com que base eles chegaram a esse valor, mas devem ter incluído militares, servidores do Legislativo, do Judiciário. Talvez tenham partido com base no trabalho parcial de alguma consultoria.”Segundo ele, a conta apresentada pela Abrapp mistura situações muito distintas e não faz jus à real situação dos regimes próprios. “A maioria

dos RPPS de estados e municípios apresen-ta superávit e há um grande esforço de gestão para que os institutos cheguem ao equilíbrio.” Para Delúbio, a tese da reportagem, que faz crí-ticas pesadas à Previdência do setor público é um discurso antigo. “A reportagem foi infeliz, pois tenta induzir uma visão favorável à refor-ma previdenciária que privilegia a Previdência complementar, em detrimento do RPPS. O segmento de Previdência complementar tem sua importância e não deveria tentar reforçar sua posição atingindo um setor que já garante a aposentadoria de quase dez milhões de traba-lhadores”, afi rma.Delúbio diz ainda que, ainda que as críticas fossem pertinentes, não seriam justas ao com-parar a Previdência do serviço público federal – “que precisa de ajustes” – com os regimes pró-prios municipais e estaduais. “Temos inúmeros exemplos de excelente gestão profi ssional entre os RPPS”, defende. “Eles são uma mostra de que a Previdência do funcionalismo pode ser administrada sem representar um problema para os cofres públicos do País.”

Debate equivocado

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Delúbio Gomes, do MPS: conta apresentada pela Abrapp mistura situações muito distintas e não faz jus à real situação dos regimes próprios

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fícios de quem contribuiu no passado. Por isso o déficit antigo fica com o estado, para ser elimi-nado com o tempo, pois não se pode simples-mente cassar os direitos de quem contribuiu e se aposentou pelas regras anteriores às reformas da Previdência.”Ele defende ainda a importância dos RPPS para a economia do País. Segundo Rolim, os regimes de estados e municípios já contam com patri-mônio acima de R$ 100 bilhões, o que coloca por terra um dos argumentos usados pela Abra-pp para atacar os regimes próprios. “Os regimes

Leonardo Rolim, secretário de Políticas de Pre-vidência Social do Ministério, também critica a abordagem do tema pela revista da Abrapp. Ele lamenta que a reportagem dê a falsa impressão de que esteja tudo errado com os RPPS. “A ma-téria foi infeliz porque mistura os RPPS com situações do passado, muitas delas já equacio-nadas. É clara a evolução dos RPPS desde sua criação, principalmente depois que implemen-tamos o Certificado de Regularidade Previden-ciária”, diz. Além disso, explica, a maior parte dos aposentados do setor público nos estados e municípios ganha abaixo de dois salários míni-mos, o que tornaria ainda mais injusto incluir os regimes próprios na comparação.Rolim explica que os regimes próprios foram criados a partir de um ponto de corte, no qual iniciam seu processo de capitalização, deixando o ônus das aposentadorias antigas para o estado ou o município. “Não dá para falar em déficit dos RPPS sem levar em conta essa peculiarida-de”, diz Rolim. “E mesmo quando existe déficit, o sistema segue a lógica da repartição simples, em que os trabalhadores ativos pagam os bene-

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Para Delúbio, é inadequado comparar a Previdência do serviço público federal, que precisa de ajustes, com os regimes próprios

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próprios de estados e municípios já têm um sis-tema de capitalização, mesmo funcionando em repartição simples. E isso é um instrumento va-lioso para o desenvolvimento do Brasil”, ressalta. “Além disso, grande parte desses recursos está aplicada em títulos do governo federal, o que também ajuda a financiar a dívida pública.” Por isso, diz o secretário de Políticas de Previdência, estimular a criação de novos institutos está nos planos do Ministério da Previdência. “Quere-mos estimular a criação de regimes próprios nos municípios que ainda não possuem institutos previdenciários.” Para Valnei Rodrigues, presidente da Associação Brasileira dos Institutos de Previdência de Esta-dos e Municípios (Abipem), o principal erro da reportagem da revista da Abrapp é misturar nas contas dos RPPS os servidores da União, que na

prática nem sequer possuem um regime próprio de Previdência. “Dessa forma, a matéria presta um desserviço ao debate previdenciário no Bra-sil”, afirma. “Para um debate maduro e provei-toso, precisamos partir de dados e fatos reais. Hoje nós temos quatro ativos para cada inativo nos municípios. A própria Abrapp calcula que seriam necessários três ativos para cada inativo para manter o sistema equilibrado.”Na verdade, o presidente da Abipem não apenas acredita que a comparação foi exagerada, como avalia que não há necessidade de se promover uma reforma no sistema previdenciário do se-tor público. Ele ressalta que a Previdência do servidor já sofreu sua grande reforma em 2003. “As condições de aposentadoria para o funcio-nário que ingressou no serviço público depois da reforma são muito mais severas do que as regras para o regime geral”, argumenta. “No re-gime geral, por exemplo, não há limite de idade mínima”, compara.“Além disso, todos os servidores contribuem com 11% de seus vencimentos totais, enquan-to no regime geral a contribuição vai de 8,5% a 11%, dependendo da faixa salarial, e nunca ultrapassa o teto do benefício do INSS.” Todos esses fatores, explica o presidente da Abipem, tornam virtualmente impossível que um servidor público que tenha ingressado depois de 2003 se aposente com o salário superior ou equivalente ao que tinha na ativa, conforme afirma a repor-tagem publicada na revista da Abrapp. “O cálcu-lo da aposentadoria leva em conta a média dos maiores vencimentos, correspondentes a 80% do período contributivo”, explica. “Mas ela só vale se for inferior ao último salário recebido pelo servidor na ativa.”Por isso, Rodrigues acredita que, se houvesse al-gum tipo de reforma, ela deveria ser focada no regime geral e não no regime dos servidores. Na Previdência do setor público, defende, a principal medida seria a criação efetiva de um regime pró-prio para o funcionalismo público federal. “Além de um regime único para o Poder Judiciário e os Tribunais de Contas”, acrescenta.Rolim, por sua vez, concorda com a criação do regime próprio para os servidores da União. E avalia que os RPPS municipais seriam um mo-delo interessante para a implantação desse siste-ma. “Podemos aproveitar os casos de sucesso en-

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Política Previdenciária

RPPS têm patrimônio acima de R$ 100 bilhões, grande parte em títulos que financiam dívida pública, o que põe por terra um dos argumentos da Abrapp

Rodrigues, presidente da Abipem: “Reportagem presta um desserviço ao debate previdenciário no Brasil”

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tre os regimes próprios para o modelo de RPPS federal”, diz. O secretário afirma esperar avanços no projeto que estabelece um regime próprio para os servidores da União. “Também queremos avançar no Congresso com a regulamentação da Previdência complementar do servidor público”, conta. Ele rechaça, no entanto, que esse sistema possa vir a ser administrado por empresas priva-das. “Nunca fomos procurados por nenhum lo-bby desse tipo”, diz Rolim. “Mas, se fôssemos, ele seria repelido imediatamente. Essa é uma ideia totalmente descartada pelo ministro (da Previ-dência) Garibaldi Alves.”A defesa da Previdência complementar dos servidores, no entanto, era justamente o ponto sustentado, em sua conclusão, pela reportagem da revista “Fundos de Pensão”, evocando como exemplos positivos a experiência de países como Austrália, Japão e Finlândia. Nesse ponto, Ro-drigues concorda que o sistema pode ser bené-fico. “A Previdência complementar pode ajudar alguns estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo ou Rio Grande do Sul, a su-

perar seus déficits”, admite. Mas faz questão de dizer o que deveria parecer óbvio: a Previdência complementar deve ser... um complemento. “O principal é ter uma Previdência pública, capitali-zada, mesmo num regime fechado de repartição simples. A Previdência complementar é uma das soluções para o problema, mas não deveria ser a solução decisiva, até porque ela aumenta a des-pesa do estado no curto prazo.”Rodrigues lembra ainda que a pressão excessiva sobre os servidores públicos, com arrocho sala-rial permanente e criação de limitações à apo-sentadoria, tem um custo para a sociedade. “A demanda por serviços públicos é gigantesca e faltam servidores capacitados”, alerta. “Os traba-lhadores mais preparados, que poderiam agregar valor ao serviço prestado à população, acabam se afastando por falta de bons salários e aposenta-doria digna. Muitos municípios têm dificuldade de contratar médicos por causa disso. Por isso, precisamos debater com seriedade a essência do Estado, e isso passa obrigatoriamente pela Pre-vidência do setor público”, afirma.

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Secretário de Políticas de Previdência defende criação de regime próprio para servidor público da União tendo como modelo os casos de sucesso dos RPPS

Rolim, do MPS: “Reportagem foi infeliz porque mistura os RPPS com situações do passado, muitas delas já equacionadas”Fo

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Artigo • Legislação

O binômio risco-retornoÁlvaro da Luz é economista- chefe da Somma Investimentos. P resente no dia a dia dos Regimes

Próprios de Previdência desde 2009, o Índice de Mercado Andima trouxe riscos e oportunidades ao segmento.

O IMA é o indicador que expressa o retorno dos títulos que compõem a dívida interna fede-ral. Este é dividido em subíndices. O IMA-B expressa a variação dos títulos pós-� xados atre-lados ao IPCA. O IMA-C representa a variação dos títulos pós-� xados atrelados ao IGP-M. O IRF-M expressa a variação dos títulos pré-� xados, e o IMA-S representa a variação dos títulos pós-� xados vinculados à Selic. O IMA Geral, ou apenas IMA, é a média ponderada de todos estes sub-índices. Nos últimos 73 meses, o IMA acumula rentabilidade de 125,4%%. O IMA-B para o mesmo período acumula retor-no de 144,37%, contra uma rentabilidade acu-mulada de 109,2% do CDI. Ótimos retornos, porém nem tudo são � ores. O IMA-B, neste mesmo período, obteve em 13 meses retornos absolutos negativos, materializando um concei-to novo aos gestores de RPPS: a possibilidade de perdas derivadas da oscilação dos mercados na renda � xa. Embora o IMA traga excelentes resultados, o risco associado ao índice é algo que precisa ser observado com muito cuidado. A geração de resultados positivos na alocação neste segmento necessita do conhecimento do funcionamento dos determinantes do IMA e da avaliação do cenário econômico. O hábito de manter toda a carteira de renda � xa vincu-lada a um parâmetro de referência, tal qual o CDI, pode ser fatal para o RPPS em termos

de meta atuarial. Suponha que as aplicações no segmento de renda � xa estejam todas em fundos com benchmark IMA-B. Um, ou dois meses de rentabilidade negativa - e elas ocorreram em 18% das vezes nos últimos 73 meses - podem comprometer o alcance da meta. Para tanto, a capacidade de avaliar o cenário econômico é de suma importância, além de ser impossível abrir mão da diversi� cação. Determinar qual a pro-porção dos recursos deverá ser alocada em fun-dos com benchmarks pré-� xados e pós-� xados, e em que momento devam ser feitos os ajustes na carteira será o diferencial para o alcance da meta atuarial. Tomemos com exemplo o ciclo de elevação da taxa Selic ocorrido em 2010. Até o mês de junho de 2010, havia consenso sobre o ciclo. Porém, a mudança inesperada da tra-jetória da in� ação gerou o que chamamos de fechamento nas curvas de juros, o que valori-zou fortemente os títulos pré-� xados. Os RPPS que conseguiram antecipar este movimento ob-tiveram retornos consideráveis. Para efeito de comparação, o CDI rendeu entre maio e agosto do ano passado 3,32%, ao passo que o IRF-M obteve rendimento de 5,2% no mesmo período. Uma diferença de quase 60% entre os índices. Para concluir, o IMA trouxe aos regimes pró-prios excelentes oportunidades de investimen-to, mas trouxe riscos também. E, como das di-� culdades nascem às virtudes, a administração e� ciente do binômio risco-retorno pode garan-tir a evolução do aprendizado dos dirigentes e conselheiros, além do alcance da meta atuarial aos regimes próprios de Previdência.

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Vida longa ao servidor

O envelhecimento da população no Brasil traz um efeito ne-gativo evidente para as contas da Previdência Social no País, com o aumento do número do passivo de aposentadorias a pagar. Mas há outra consequência, igualmente negativa: a

redução da população economicamente ativa torna o sistema ainda mais sensível aos afastamentos temporários e aposentadorias precoces causadas por problemas de saúde. “Se pensarmos no equilíbrio de um sistema de Previdência, o ideal é ter quatro trabalhadores ativos para cada inativo”, diz Paulo Dias de Campos, diretor-técnico do Centro Brasileiro de Segu-rança e Saúde Industrial (CBSSI). “Nos anos 60 e 70, essa relação era de 14 para um no Brasil. Hoje, estamos em 1,5 para um. O Brasil não pode mais se dar ao luxo de deixar trabalhadores incapacitados, tanto do ponto de vista social, quanto do ponto de vista econômico”, defende.Dias de Campos lembra que em 2002 uma pesquisa realizada em sis-temas de Previdência de 86 países apontava a incapacidade para o tra-balho como a maior preocupação do setor. “Trata-se, portanto, de uma preocupação mundial.” Ele observa ainda que um estudo do INSS feito em 2007 avaliou o impacto econômico da reabilitação. Segundo o levan-

Programas de reabilitação podem estender a vida útil do trabalhador e evitar sua aposentadoria precoce, desonerando os cofres da PrevidênciaCarlos Vasconcellos

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Anita Sabbag, de azul, e a equipe multiprofissional do programa de reabilitação da Prefeitura de Curitiba (PR): seminários e cursos de novas carreiras para encaixar os servidores com problemas de incapacidade

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tamento, os programas de reabilitação do re-gime geral haviam gastado R$ 4 milhões para recuperar 28 mil trabalhadores afastados. As licenças para estes trabalhadores, no entanto, custaram no mesmo período, R$ 250 milhões aos cofres públicos. “Em um ano, a reabilitação fez com que o go-verno deixasse de gastar este valor”, ressalta Dias de Campos. “Você pode extrapolar esse cálculo para o universo dos municípios e ter

uma ideia do impacto que a reabilitação pode ter nas contas de uma prefeitura.” Por isso, afir-ma, os municípios devem investir na reabilita-ção para preservar as contas de seus institutos de RPPS. “Não podemos cometer o mesmo erro do INSS, que sucateou a estrutura que tinha nessa área nos anos 80 e agora quer re-tomar essa atividade para parar a sangria nos cofres da Previdência.”Algumas categorias são mais afetadas do que ou-tras. De um modo geral, professores são campe-ões de afastamento temporário e aposentadoria precoce. “Os professores estão se aposentando cada vez mais cedo”, diz o médico Rubens Cen-ci Motta, coordenador do Programa de Readap-tação Profissional da Prefeitura de Piracicaba, premiado pelo CBSSI em 2009 como o melhor do País. “As professoras podem aposentar com

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Ideal é ter quatro trabalhadores ativos para cada inativo, calcula CBSSI

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De um modo geral, professores são campeões em afastamento temporário e aposentadoria precoce

25 anos de serviço, mas um número cada vez maior sai da ativa aos 20, por problemas de saú-de. Isso é uma ameaça ao equilíbrio dos regi-mes próprios. O RPPS que não enfrentar essa situação, não vai se equilibrar nunca. Vai ter que aumentar alíquotas ou transferir mais impostos, mas isso é uma solução limitada.”E os municípios estão se mexendo para enfren-tar o desafio. De grandes metrópoles a peque-nas cidades do interior, cada vez mais prefeitu-ras adotam ou estudam a adoção de medidas para recuperar para a vida ativa trabalhadores incapacitados. Em uma cidade com cerca de 150 mil servidores, a prefeitura de São Paulo conseguiu implantar um bem-sucedido progra-ma de reabilitação escolhido como o melhor projeto do gênero entre as capitais brasileiras durante o último Fórum Nacional de Secreta-rias Municipais de Administração das Capi-tais, realizado em Fortaleza, além de receber menção honrosa no 2º Prêmio de Reabilitação Profissional, promovido pelo Centro Brasileiro de Segurança e Saúde Industrial, na categoria Órgãos Públicos.O programa de Piracicaba também vem co-lhendo bons resultados. “Conseguimos uma so-bra orçamentária de R$ 9 milhões em recursos não carimbados para a prefeitura”, conta Cenci Motta. E a economia não foi o único efeito po-sitivo. “Antes a Guarda Municipal tinha déficit de 30% de efetivo nos plantões por causa dos afastamentos temporários por incapacidade”, diz. “Agora, há uma sobra de pessoal de 20%.” Nos pronto-socorros também começa a sobrar pessoas para as escalas de plantão. “O atendi-mento melhora e o estresse – uma das princi-pais causas de afastamento no setor – diminui. É um ciclo virtuoso.”Para melhorar o funcionamento do programa de adaptação, a Prefeitura de Piracicaba criou ainda um banco de atividades, uma lista das atividades necessárias em cada secretaria que podem ser realizadas pelos funcionários rea-daptados sem necessidade de concurso públi-co. “Dessa forma podemos encontrar maneiras

de encaixar melhor os funcionários de volta no trabalho”, justifica Cenci Motta. Ele acredita que o modelo poderia ser replicado no regime geral de Previdência. “O problema com a se-guridade do INSS é querer devolver as pessoas ao mercado de trabalho sem que elas estejam preparadas”, diz. “E muitas vezes a empresa não tem uma vaga para readaptar o funcionário. Um banco de atividades das empresas, em convênio com o INSS, poderia ser uma saída.” De todo modo, as estratégias de atendimen-to nos programas de reabilitação podem variar de cidade para cidade ou de empresa para em-presa, mas em um ponto os especialistas são unânimes: as equipes de atendimento devem ser multidisciplinares. Médicos, psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, fisioterapeu-tas, psiquiatras, especialistas em segurança do trabalho - todos analisando caso a caso para encontrar a melhor solução e trazer de volta o trabalhador ao serviço ativo. “Cada vez mais os problemas de saúde têm a ver com o entorno profissional e familiar do trabalhador”, avalia Dias de Campos. “E nenhum médico tem to-das as respostas para isso.”As equipes do programa da Prefeitura de Curi-tiba, uma das pioneiras dessa área no país, por exemplo, são formadas por um analista orga-nizacional, um perito médico, um médico do trabalho, um psicólogo e um assistente social. Cada secretaria conta com uma dessas equipes multidisciplinares. “A lei não obriga, mas todas as equipes ainda contam com um técnico de se-gurança no trabalho”, acrescenta Anita Sabbag, coordenadora do programa curitibano.Até 1998, quando o programa foi descentrali-zado, o processo de readaptação era concentra-do pela perícia médica. “As equipes lotadas nas secretarias ficam mais próximas da realidade dos servidores, o que permite avaliar melhor as condições de trabalho e propor melhorias efetivas”, diz Anita. “Ficou mais fácil difundir o programa, que passou a ser mais conhecido pelos servidores.” Por outro lado, administrar o programa espalhado pelas secretarias é um pou-

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co mais difícil. “Temos de tomar cuidado para manter a unidade, não perder os valores univer-sais do programa, ou corremos o risco de cada equipe trabalhar com um critério diferente.”Anita conta que quando teve início, em 1993, o programa curitibano trabalhava em três frentes. “A primeira delas era o remanejamento, quan-do procurávamos um ambiente adequado para o trabalhador. Às vezes simplesmente mudar o servidor para um lugar onde não haja escadas é suficiente para evitar um afastamento”, explica. “A segunda vertente era a readequação, quando recomendávamos a redução das atividades man-tendo o funcionário no mesmo cargo. E por últi-mo a readaptação, quando efetivamente mudáva-mos o cargo ou a função do servidor para evitar a incapacidade temporária ou permanente.”O problema, diz Anita, é que pouco depois uma lei municipal mudou o programa, mantendo apenas o viés da readaptação. “Perdemos muito com isso”, afirma. “A readaptação é mais difícil de aplicar e não deveria ser feita de modo in-discriminado. Ela pode representar em alguns casos um retrocesso na carreira do servidor, que tem de aprender uma nova função. Às vezes o salário não é compatível com o do cargo ante-rior e você precisa fazer pagamentos comple-

mentares.” Diante de tudo isso, uma nova lei, aprovada em 2006 reverteu o programa às di-retrizes iniciais.Anita explica que a partir dessa mudança, o programa de recuperação laboral da prefeitura de Curitiba foi reestruturado. “Fizemos estudos epidemiológicos para determinar quais carrei-ras eram mais afetadas pela incapacidade para o trabalho e então demos início às ações preven-tivas”, diz. “Depois implementamos cursos para as novas carreiras que seriam necessárias para encaixar os servidores com problemas de inca-pacidade, além de seminários informativos para funcionários e chefias a respeito do programa.”Cenci Motta, de Piracicaba, também defende a abordagem multidisciplinar. “Antes, tudo era focado apenas na decisão única do perito”, con-ta. “Mas ele não pode dominar todas as variá-veis, por isso agregamos outros profissionais à equipe.” O enfoque também mudou. “Ao con-trário do que faz o INSS, que mede a incapaci-dade do segurado, passamos a uma abordagem positiva. A pergunta é: qual é o nível de capa-cidade laboral do segurado? Se ele só consegue mexer os olhos e isso servir para a função, co-loco ele na ativa. Não vou tratar o trabalhador como coitado”, afirma.“É claro que, se entendemos que não há con-dições para o trabalho, nós aposentamos o fun-cionário”, diz Motta. “Mas consideramos que a exclusão laboral é a última opção, pois é uma agressão ao cidadão. Devemos moldar o trabalho ao homem e não o homem ao trabalho.” Na prá-tica, isso mudou algumas políticas de contratação de servidores em Piracicaba. “Antes não se podia contratar professores cegos, hoje temos docentes com graves deficiências visuais”, diz.Já o programa do município de São Paulo in-forma que mantém equipes para atendimento

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Programa de readaptaçãode Piracicaba (SP) foiconsiderado o melhordo país pelo CBSSI em 2009

Campos, do CBSSI: “Brasil não pode mais se dar ao luxo de deixar trabalhadores incapacitados, tanto do ponto de vista social, quanto do ponto de vista econômico”

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individual e em grupo dos servidores. “Os aten-dimentos em grupo abrangem orientações téc-nicas e específicas, voltadas para questões nas áreas de saúde vocal, emocional e osteomus-cular”, informa a Secretaria de Planejamento. Enquanto isso, o Grupo de Informação para Readaptados (GIR) atende aos servidores com laudos iniciais, orientando-os sobre questões legais e administrativas que envolvam a rea-daptação funcional. “No início do processo de readaptação, a maioria dos servidores se sente fragilizada, com medo do novo e com dificul-dade em aceitar as mudanças na sua vida pro-fissional”, afirmam, por escrito, os responsáveis pelo programa da Prefeitura de São Paulo. “O papel do interlocutor, geralmente o profissio-nal de RH, deve ser o de acolher e auxiliar o servidor nesta nova etapa de sua vida. Mostrar que ele pode fazer um trabalho adequado às suas condições de saúde, com prazer e digni-dade. E um dos fatores mais importantes para o êxito da readaptação é a boa recepção dos colegas e chefias.”Mas se a recuperação de trabalhadores é um sucesso, Dias de Campos lembra que o modelo básico dos programas de reabilitação deve ser de prevenção. “A reabilitação vai trabalhar com quem já tem o problema de saúde, mas deve-mos evitar ao máximo chegar a esse ponto”, diz. Anita, de Curitiba, concorda. Ela acredita que antes de pagar adicionais por risco de vida e saúde, as prefeituras deveriam cuidar de pro-porcionar segurança e boas condições de traba-lho. “Qualquer valor pago a mais por riscos que você pode prevenir através de medidas básicas é uma forma de desperdício”, afirma.Os cuidados deveriam começar na própria ela-boração do concurso público, defende Anita. “Muitos candidatos não sabem exatamente o

que representa a função para a qual estão con-correndo”, diz. “Os editais devem deixar claras estas condições para evitar a contratação de pessoas inadequadas, que terão problemas fu-turos de saúde profissional.” O cuidado, afirma ela, deve continuar na avaliação médica antes da contratação. “O exame não pode ser apenas uma formalidade burocrática, mas deve avaliar se o candidato realmente tem condição física e psicológica para ocupar uma determinada vaga. Uma pessoa com facilidade para se estressar, não deveria trabalhar numa sala de aula com crianças, por exemplo.”

Cenci Motta, de Piracicaba: “Os procuradores diziam que

as normas só se aplicavam aos celetistas. Mas o homo

sapiens é um só! Não importa se ele é celetista ou servidor

concursado”

Responsáveis por programas de sucesso consideram fundamental que reabilitação seja trabalhada por equipe multidisciplinar

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Seminário de Reabilitação

Ocupacional em Curitiba, criado para informar e orientar os participantes do programa, fazendo

com que eles se tornem co-

responsáveis pelo processo

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As vantagens dos programas de reabilitação atraem cada vez mais municípios. É o caso da Prefeitura de Videira, no interior de Santa Ca-tarina. Segundo Walmor Dall’Agnol, secretário de Administração do município, o projeto ain-da está no papel e seu início está previsto para o primeiro trimestre deste ano. Ele explica que o programa será uma parceria entre a prefeitura de Videira, o INSS e empresas privadas. “Não vamos entrar com dinheiro, só com os profis-sionais para a equipe”, afirma.A ideia é que a equipe do programa atenda não apenas os servidores, mas também a demanda de segurados do regime geral na cidade. “Es-peramos que isso dê um ganho de escala ao programa, mas só poderemos avaliar realmen-

te quando ele estiver em funcionamento”, diz Dall’Agnol. Ele conta que Videira também possui um programa para readaptação, mas que ainda está em fase inicial. “Ele estava previsto no estatuto, mas não era utilizado”, diz. “Só re-centemente começamos a tirá-lo do papel.”Só que nem sempre tirar um programa desse tipo do papel é fácil. “No caso de um programa municipal, é muito importante o envolvimento do Poder Executivo para que o programa seja bem-sucedido”, afirma Dias de Campos. Além disso, é preciso vencer eventuais resistências internas. No caso da Prefeitura de Piracicaba, lembra Cenci Motta, foi preciso quebrar algu-mas ideias preconcebidas. “Tivemos de rom-per um paradigma jurídico. Havia medo de

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Para os especialistas, modelo ideal deve começar pela prevenção, proporcionando condições de trabalho que evitem, depois, a necessidade de reabilitação

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Walmor Dall’Agnol, secretário de Administração de Videira (SC):programa de reabilitação que estreia este ano será uma parceria entre a prefeitura de Videira, o INSS e empresas privadas

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Uma das maiores dificuldades dos regimes é a falta de informação dos servidores sobre a reabilitação

que a readaptação a outro cargo representasse uma forma de desvio de função, que poderia ser ilegal”, diz. “Mas pesquisando a legislação municipal, descobrimos uma lei de 1972 que já falava em readaptação profissional, sem criar vacância no posto de trabalho. Ou seja, na ver-dade as pessoas eram aposentadas por invalidez simplesmente porque era mais fácil onerar os cofres públicos do que mudar o funcionário de cargo ou recuperar a saúde dele.”Motta conta também que, antes da implemen-tação do programa, Piracicaba não tinha ne-nhum tipo de serviço de segurança no trabalho para os servidores. “Os procuradores diziam que as normas do Ministério do Trabalho só se aplicavam aos celetistas, não aos estatutários”, diz. “Mas o homo sapiens é um só! Não importa se ele é celetista ou servidor concursado”, ar-gumenta. “Usamos a figura jurídica do enten-dimento por analogia para vencer este outro obstáculo e aplicar os princípios de prevenção aos servidores.”Mas não bastou apenas dobrar a resistência dos procuradores municipais. Também foi necessá-rio driblar a falta de jogo de cintura de alguns secretários municipais. “Eles querem apenas o servidor 100% capacitado e preferem afastar um funcionário com incapacidade parcial para abrir a vaga para outra pessoa”, diz. “Ora, posso tirar um professor com problema de voz da sala de aula e aproveitá-lo em alguma atividade ad-ministrativa ou pedagógica. Mas lidar com um programa de reabilitação exige mais competên-cia do gestor de RH e nem sempre os políticos têm essa capacidade.”Eventualmente, também é preciso enfrentar o desconhecimento dos servidores, que po-dem ver no programa uma ameaça. “Fizemos um levantamento sobre reabilitação junto aos

RPPS e perguntamos qual o maior problema para a implantação de programas desse tipo. A maioria respondeu que era a falta de informa-ção do próprio servidor”, afirma Dias de Cam-pos. “Há muitos funcionários que não aceitam a reabilitação porque acham que ganham mais se ficarem recebendo sem trabalhar. Sem falar nas tentativas de fraude. Sem que haja um en-tendimento dos benefícios de se manter ativo e saudável para o trabalho, nenhum programa desse tipo vai funcionar”, ressalta.Mas essa briga vale a pena. “A maioria das so-luções é simples e de baixo custo”, avalia Cenci Motta. A formação da equipe é um pouco mais complexa, mas ainda assim relativamente barata. “É preciso investir nesse caso em treinamento”, afirma o médico. “Os municípios precisam de ousadia para enfrentar o conservadorismo dos departamentos jurídicos e de recursos humanos das prefeituras para colocar de pé um programa de reabilitação”, defende. “E muitas vezes nem é preciso uma nova lei para isso”, conclui.

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Artigo • Legislação

Da aposentadoria para ex-governadoresMiguel Horvath Júnior, Doutor em Direito das Relações Sociais pela PUC/SP e autor de “Direito Previdenciário” (ed.Quartier Latin); “Dicionário Analítico de Previdência Social” e “Previdência Social: Aspectos Práticos e Doutrinários dos Regimes Jurídicos Próprios (ed. Atlas), entre outras obras.

M uito se tem ouvido acerca das aposentadorias dos ex-governa-dores, cuja raiz histórica está na Carta Constitucional de 1967,

que previa aposentadoria para ex-presidente. Em 1988, porém, a Constituição Federal eliminou essa possibilidade e, por conta do princípio da simetria e do equilíbrio republicano, passou a ser inconsti-tucional a determinação das leis estaduais para ex-governadores. Ocorre que os Estados, ao arrepio da sistemática constitucional, incluíram em suas cons-tituições a previsão de concessão de aposentadoria para ex-governadores sem o cumprimento mínimo de tempo de contribuição.Tais previsões não se alinham às diretrizes traça-das na Constituição Federal. Ferem o princípio do equilíbrio federativo (ou simetria republicana), da moralidade, da impessoalidade e da igualdade, além de desrespeitarem a regra da contrapartida, deter-minada no art. 195, § 5º, bem como a sistemática contributiva dos regimes previdenciários. A função da regra da contrapartida é proporcionar proteção ao sistema de Previdência Social, atuando como instrumento garantidor do equilíbrio contábil do sistema. O art. 201 da Constituição Federal deter-mina que a Previdência Social deverá ser organi-zada sob a forma de Regime Geral, observando-se critérios que garantam o equilíbrio � nanceiro e atu-arial. Assim, para que se crie ou majore benefícios, deve-se estabelecer sua fonte de custeio. Dentre os Estados que regulamentaram o benefí-cio para ex-governadores estão Amazonas, Para-ná, Mato Grosso e Sergipe. No Mato Grosso do Sul, a Emenda Constitucional nº 35, que previa pensão para ex-governadores, foi alvo da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 3853,

julgada procedente pelo Supremo Tribunal Fede-ral. Por força de ADI 455, também foi declarada pelo STF a inconstitucionalidade da Lei Estadual de São Paulo n.º 7.017, que conferia o mesmo di-reito a parlamentares. Tramitam no STF outras ADIs sobre o tema. Para paci� car a questão, o STF pode emitir súmula vin-culante ou os Estados podem revogar as previsões legais sobre a matéria. Na esteira das reformas do sistema previdenciário nacional, o ordenamento pátrio vem buscando colocar as coisas no seu de-vido lugar, aplicando os princípios e regras previ-denciárias aos agentes públicos. Não se pode tratar a concessão de aposentadoria, pensões e demais benefícios previdenciários como uma extensão da relação administrativa, posto que estamos diante de uma relação jurídica previdenciária.É preciso romper a metodologia de tratamen-to do passado. Neste sentido, a Lei nº 9.506, de 30/10/1997, estinguiu o Instituto de Previdência dos Congressistas (Lei n.º 4.284. Com isso, foi criado o Plano de Seguridade Social dos Con-gressistas, de natureza contributiva e facultativa. Caso o parlamentar não opte pelo plano, será vin-culado ao Regime Geral de Previdência.Podemos concluir, portanto, que é necessário fo-mentar a cultura previdenciária para que possamos identi� car as diferenças entre a relação jurídica ad-ministrativa e a previdenciária. Assim, poder-se-á identi� car que a pensão para ex-governadores que tenham exercido o cargo por 10 dias, 1 mês ou 6 meses não é possível, sob pena de violação de princí-pios constitucionais. Não se apresenta como direito decorrente do exercício do mandato eletivo. O exer-cício de mandato eletivo não pode ser um meio para obtenção de privilégios.

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Um olé

D epois de meses de greves, protestos nas ruas e tensas negocia-ções com os sindicatos, o governo espanhol aprovou no � nal de janeiro o projeto de reforma previdenciária. A nova legislação manteve a idade de aposentadoria em 65 anos com benefício in-

tegral, mas aumentou de 35 para 38,5 anos o tempo de contribuição para ob-tenção deste direito. Para períodos de contribuição menores, a idade mínima de aposentadoria subiu para 67 anos. A reforma será colocada em prática a partir de 2013, com implementação progressiva até 2027.

Acossada pela pior recessão dos últimos 60 anos, Espanha inclui reforma previdenciária

no pacote de medidas para tentar recuperar a economia, criando faixas com maior tempo

de contribuição e de idade mínima

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Acossada pela pior recessão dos últimos 60

na antiga Previdência

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A aprovação da lei é uma vitória política do pri-meiro-ministro José Luís Zapatero, que assumiu a reforma previdenciária como uma bandeira pessoal. A oposição ao projeto foi forte e levou milhares de trabalhadores às ruas ao longo do ano passado. Os críticos da reforma acusaram o governo espanhol de cortar direitos dos traba-lhadores para contentar os mercados, e chega-ram a afirmar que a base demográfica usada para traçar o projeto de reforma era falsa. Mas não adiantou. O primeiro-ministro conseguiu dobrar a resistência dos sindicatos e aprovar a reforma sem precisar do aval do parlamento.A medida dá mais fôlego para que a quarta maior economia da Europa enfrente a crise fis-cal que se abateu sobre o país, que vive a pior

recessão das últimas seis dé-cadas. A reforma deixa a Es-panha com um dos limites de idade mais altos para a apo-sentadoria na Europa, embo-ra, segundo os especialistas, o impacto orçamentário só

poderá ser sentido a partir de 2015. O novo pacto previdenciário poderá levar ain-da a novos acordos entre governo, sindicatos e patrões em algumas áreas delicadas, como nego-ciações salariais coletivas e reformas em setores como energia, pesquisa e desenvolvimento. Para o vice-premiê Alfredo Perez Rubalcaba, o acordo entre governo e sindicatos foi parcial, pois será parte de um pacto sócio-econômico mais amplo. Apesar de admitir que ainda há coisas por fazer, Rubalcaba afirmou que o governo espanhol está satisfeito com o resultado das negociações.Segundo os economistas, a reforma previden-ciária espanhola veio em boa hora para ajudar uma das economias com menor perspectiva de crescimento no continente. O próprio governo espanhol admite que a curva demográfica e o envelhecimento da população tornariam o sis-tema inviável no longo prazo. Além disso, com os cofres vazios, Zapatero precisa resgatar o país do pântano fiscal em que se meteu. O défi-cit é calculado com base nas contas do governo central, das comunidades autônomas, das cor-porações locais e do sistema de seguridade so-cial. Em 2009 o déficit chegava a 11,1%, caindo para 9,3% no ano passado, como resultado de um severo programa de corte de gastos adotado pelo governo.

E é melhor os espanhóis apertarem o cinto nos próximos anos: o objetivo é reduzir o buraco para 3% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2013. Para atingir a meta, o orçamento foi cortado em 8%, os salários do funcionalismo foram reduzi-dos em 5% e congelados em 2011, e os impos-

Internacional

Para manter aposentadoria aos 65 anos, agora será preciso trabalhar três anos e meio a mais

Reforma entra em vigor em 2013, com implementação progressiva até 2027

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tos subiram nas faixas de maior renda. Também houve um corte de 15% nos salários dos polí-ticos e os programas de estímulo financeiro ao aumento populacional foram suspensos, assim como os reajustes de benefícios previdenciários. O cerco aos sonegadores, por sua vez, apertou. Estima-se que a sonegação fiscal na Espanha chegue a 25% do PIB. A boa notícia é que a seguridade social apre-sentou um ligeiro superávit em 2010, de 0,22%, e o governo central superou a meta de cortes no sistema, reduzindo o rombo para 5,1%, bem abaixo do déficit esperado, que era de 6,3%. A preocupação, segundo os economistas, é com as contas das comunidades autônomas, equivalen-tes aos estados. Embora até o terceiro trimestre do ano passado elas viessem cumprindo os ob-jetivos de consolidação fiscal, houve uma dete-rioração em comunidades importantes como a Catalunha, no final de 2010, o que pode com-prometer o esforço nacional.Enquanto isso, o governo espanhol espera sinais de reaquecimento da economia. O programa de austeridade veio acompanhado de uma reforma trabalhista, aprovada em setembro de 2010, para tentar reduzir o custo de demissões e contrata-ções e impulsionar o emprego, pois o índice de desemprego atinge assustadores 20%, o maior da Europa. São quatro milhões de espanhóis sem emprego. O projeto, aprovado em 2010, foi muito criticado pela oposição, mas é considerado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) uma ini-ciativa crucial para a recuperação do mercado de trabalho e da saúde fiscal espanhola.Para economistas do Banco Santander, o pior da crise da dívida espanhola já passou e o país dá passos certos na reestruturação financeira e nas reformas, que dão mais transparência às suas contas. Segundo o presidente do Banco, Emílio Botín, as dúvidas da comunidade fi-nanceira internacional a respeito da Espanha são exageradas. Ele destacou a reforma tra-balhista e o debate para mudanças na nego-

ciação coletiva – que se encontra em estágio avançado – como medidas acertadas para resolver o problema crônico do desemprego. Com esse conjunto de medidas, o governo espanhol espera fi-nalmente conter a crise que se abateu sobre o país des-de o estouro da bolha do mercado imobiliário ame-ricano, que provocou um efeito dominó na econo-mia mundial. O programa anunciado por Zapatero foi bem recebido pela comunida-de internacional. Num encontro de cúpula com a chanceler Angela Merkel, em Madri, no começo de fevereiro, o primeiro-ministro espanhol recebeu os parabéns da líder alemã pelas reformas que ajudam a ga-rantir a estabilidade da Zona do Euro. “A Espa-nha cumpriu seu dever”, disse Merkel, alertando, no entanto, que ainda faltam reformas para ga-rantir um euro e uma Europa mais fortes.Zapatero, por sua vez, se comprometeu com o pacto de harmonizar a política fiscal e eco-nômica do país com os outros 17 membros da comunidade europeia, em um novo Pacto de Competitividade europeu, proposto por França e Alemanha. “Temos de ser mais competitivos e, para isso, faltam mais reformas”, afirmou. Mas, apesar de todos os esforços, especialistas temem uma nova onda de contágio sobre a economia espanhola, caso Portugal seja obrigado a pedir socorro financeiro à União Europeia. O comis-sário de Assuntos Econômicos e Monetários da União Européia, o finlandês Olli Rehn, no entanto, descartou essa possibilidade, durante uma conferência em Bruxelas. Para ele, as me-didas tomadas pela Espanha são substanciais e as reformas estruturais, significativas. Segundo Rehn, não há razão para alimentar especulações de contágio financeiro na Península Ibérica.

Pacote inclui ainda corte no orçamento e nos salários do funcionalismo, com aumento de imposto na faixa de maior renda

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Artigo • Legislação

Quem tem direito de escolha?Jorge Félix, 42 anos, é jornalista e Mestre em Economia Política pela PUC-SP, onde integra o Núcleo de Pesquisas para o Desenvolvimento Humano (PDH)

A s orelhas dos livros de Philip Roth são sempre pequenas para relacionar tantos prêmios rece-bidos ao longo de décadas. Ele

é o único escritor norte-americano vivo a ter sua obra completa publicada pela biblioteca da America. Sem dúvida, é um dos autores de maior prestígio no mundo. Há algum tempo, seu tema predileto é o envelheci-mento. Tornou-se um especialista. Doenças, senilidade, Viagra, aposentadoria servem de pano de fundo para os con� itos de seus per-sonagens e, assim, Roth compõe um amplo mosaico do envelhecer nos Estados Unidos contemporâneo - ou em todo o universo, se não hoje e sempre, mas daqui para o futuro. Em A marca humana (Cia das Letras, 454 págs), um de seus maiores best-sellers, com o auxílio de um diálogo entre uma francesa e um economista liberal, Roth explora o tema da previdência privada.Roth descreve: “Apesar de haver um superá-vit de 39 bilhões de dólares no orçamento, o governo não está dando nada de volta ao contribuinte. O povo ganhou esse dinheiro e tem o direito de gastá-lo, e não é correto que os burocratas decidam o que fazer com o dinheiro do povo. Durante o almoço, ele explica em detalhe por que o sistema previ-denciário deveria ser entregue a analistas de investimentos privados. Todo mundo deve investir em seu próprio futuro, diz ele. Por que é que as pessoas devem acreditar que o governo vai cuidar do futuro delas se o sis-tema previdenciário está pagando X quando todo mundo que investiu em ações ganhou,

no mesmo período de tempo, 2X, se não mais? O eixo central de sua argumentação é sempre a soberania individual, a liberdade individual, e o que ele jamais compreende, Delphine ousa dizer ao quase ex-secretário do Tesouro, é que para a maioria das pessoas o dinheiro nunca é su� ciente para lhes per-mitir que exerçam seu direito de escolha, e sua instrução não é su� ciente para que elas possam fazer escolhas inteligentes - ou seja, elas não dominam o mercado o bastante. O modelo que ele defende, segundo Delphine lhe diz, baseia-se num conceito de liberda-de individual radical que, para ele, se reduz a uma soberania radical do mercado.”O grande mérito da obra de Roth, além de seu domínio absoluto sobre o texto, é sua habilidade em brincar de fazer � cção com a realidade. Quando alguns economistas ou políticos defendem atribuir apenas ao indiví-duo a responsabilidade sobre sua previdência - por meio do sistema privado - ignoram (de propósito ou por ignorância) que as escolhas corretas dependem da assimetria de infor-mação, algo inexistente no mercado, como já demonstrou Joseph Stiglitz - tão bem, aliás, a ponto de ganhar um Prêmio Nobel de Eco-nomia. A crise do subprime provou sua tese mais uma vez. A bolha explodiu mais forte para os pequenos investidores, aqueles que con� aram apenas ou exclusivamente no mer-cado de capitais, aqueles que apostaram tudo (e não de forma cautelosa e complementar) na previdência privada, ou seja, para quem acreditou no individualismo como garantia de algum futuro.

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A presença em cursos de RPPS de Leonildo Moura, aposentado há 28 anos e com 13 bisnetos, vira uma aula de entusiasmo e sabedoria para os mais jovens, incluindo o professor

E le tem oito fi lhos, 17 netos e 13 bisnetos. Está aposentado há 28 anos e não simpatiza muito com novas tecnologias: só usa máquina de escrever. Aos 86 anos, seu Leonildo Carvalho de Moura pode até aparentar uma certa resis-tência às mudanças impostas pelo tempo. Mas só para quem não o conhece.

Na verdade, esse paraense nascido em Belém é um exemplo da mente inquieta de quem não perdeu a vocação de ser sempre um aprendiz. Sua vontade de obter conhecimento para aperfeiçoar suas atividades é de fazer inveja a muito jovem em início de carreira.

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86 anos

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Seu Leonildo na sala de aula: “Aprender me faz continuar jovem”

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Prova disso são os cursos que ele vem reali-zando para aprimorar sua atuação como pre-sidente do Conselho Deliberativo do Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém (Ipamb).No ano passado, ele se interessou por cursos de gestão financeira de Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) e decidiu voltar a

estudar. Em maio, ingressou no curso CPA–10 - um treinamento para a Certificação Profis-sional Anbima série 10, que é obrigatório para profissionais de mercado financeiro que atuam em bancos e envolve estudo sobre todos os ti-pos investimentos, Sistema Financeiro Nacio-nal, Ética e Regulamentação. Após este curso, seu Leonildo prestou um teste aplicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no qual foi aprovado e certificado, deixando para trás vá-rios jovens que estudaram com ele. “Isso prova que a idade não é obstáculo para quem quer aprender e produzir mais. Espero que sirva de incentivo para a juventude. As pessoas que não se qualificarem não terão con-dições de arrumar emprego”, destaca seu Leo-nildo, que foi servidor público da prefeitura de Belém por 62 anos.Entusiasmado com o resultado da sua primei-ra certificação, partiu para o segundo curso de gestão financeira de RPPS, desta vez em um módulo mais avançado, o CPA -20. Até o fe-chamento desta edição, aguardava ansioso pelo resultado de seu desempenho.O entusiasmo e, principalmente, o êxito nos cursos sensibilizou professores, organizado-res e colegas de estudo. “De todos os alunos que tive, nenhum me trouxe uma reflexão de vida tão grande quanto ele. Já tive estudantes com 50 anos, mas nunca acima dos 60. Ele me surpreendeu e hoje é um exemplo de vida para mim”, diz Marcelo de Souza Pinto, professor responsável pelos dois cursos de gestão finan-ceira do qual seu Leonildo foi aluno.As duas capacitações, direcionadas a gestores de RPPS, foram promovidas pela Associação das Instituições de Previdência do Pará e Amapá (Assippa), em um convênio com a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento

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Em um dos cursos, obteve a Certificação Profissional Anbima, referente a mercado financeiro, ética e regulamentação

Souza Pinto, professor do curso de gestão financeira: “De todos os alunos que tive, nenhum me trouxe uma reflexão de vida tão grande quanto ele. Hoje ele é um exemplo de vida para mim”

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do Mercado de Capitais (Apimec), e apoio da Associação Brasileira de Instituições de Previ-dência Estaduais e Municipais (Abipem). “Na idade dele isso não é comum. O Leonildo é um caso único e isso chamou a atenção de todos, nos deixando sensibilizados em ver uma pessoa de 86 anos com tanto empenho e concentração. Ele é, sem dúvida, um exemplo a ser seguido”, diz Ráulison Dias Pereira, presidente da Assippa.Especialista no mercado de certificações finan-ceiras, Souza Pinto atua desde 2004 preparan-do profissionais em busca de certificações. Ele recorda que já ajudou a qualificar mais de 2 mil profissionais de bancos e há três anos vem tra-balhando com gestores de RPPS. Segundo ele, a realização deste tipo de curso era direcionada apenas a funcionários de instituições financei-ras, mas se tornou obrigatória para todos os gestores de RPPS em 2007, a partir da reso-lução 155 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que passou a exigir dos municípios a comprovação de que os responsáveis pela ges-tão dos recursos dos RPPS foram aprovados em exame de certificação de entidade de reco-nhecida capacidade técnica no mercado brasi-leiro de capitais. O curso de gestor financeiro de RPPS envolve, segundo Souza Pinto, conceitos muito novos para quem não é da área financeira, com prá-ticas de mercado bastante dinâmicas, o que o fez ficar preocupado quanto à possibilidade de

aprovação do seu aluno com mais experiência de vida. “Eu encarei aquilo com um desafio e, para minha surpresa, conforme eu aplicava os exercícios em sala de aula, via que, apesar do comportamento sempre tranquilo e bastante observador, o Leonildo acertava praticamen-te todas as questões”, destaca o professor, que também é formado em Administração de Em-presas e Processamento de Dados, com MBA em Administração e em Finanças Corpora-tivas, além de Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial.Seu Leonildo, que também é vice-presidente do Sindicato dos Servidores do Município de Belém e presidente do Conselho Fiscal do Centro de Convivência da Melhor Idade Gurjão Sampaio, dá uma dica para os colegas: “Costumo reescrever as respostas das questões várias vezes, até conseguir decorar por comple-to”, ensina. O aposentado conta que os cursos foram fundamentais para que ele pudesse en-tender melhor como deve ser empregado o di-nheiro administrado pelos gestores. Mas estes não foram os últimos cursos realizados por seu Leonildo na área dos RPPS. Ele diz que já par-ticipou e vai continuar participando de todos os congressos, eventos e qualificações promo-vidas pela Abipem. “Eu tenho uma filosofia na minha vida de que ainda sou jovem a ponto de sempre conseguir aprender. Aprender me faz continuar jovem”...e sábio.

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Seu Leonildo foi servidor da prefeitura de Belém durante 62 anos e hoje é presidente do Conselho Deliberativo do Ipamb

Pereira, da Assipa: “Leonildo é um caso único, que chamou a atenção de todos, nos deixando sensibilizados em ver uma pessoa de 86 anos com tanto empenho e concentração”

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Referenciados

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Confi ra o comportamento das aplicaçõesA seguir você acompanha o nosso estudo relativo ao desempenho dos fundos destinados a regimes pró-prios de Previdência, trabalho que resulta de uma parceria entre a revista Previdência Nacional e a Somma Investimentos. O levantamento se propõe a fornecer uma visão ampla da indústria de fundos adequados à Resolução 3922/10 - os fundos que são elegíveis para os RPPS. Esta resolu-ção, que revogou a 3790/09, apresentou entre várias outras determinações uma alteração que terá impacto no nosso Radar a partir da próxima edição. Com as novas regras, praticamente todos os fundos do segmento DI passaram a ser elegíveis aos RPPS, não sendo mais necessário demonstrar as características de cada produto destinado aos regimes próprios, tal como fazemos nos outros segmen-tos. Outro motivo é a limitação de espaço: com a abrangência que o DI ganhou no mercado de RPPS após a 3922, não haveria espaço su� ciente na revista para apresentar todos os fundos. Os fundos DI que faziam parte do estudo ainda aparecem no levantamento atual para que esta mudança possa ser anunciada com antecedência e o leitor não seja surpreendido pela falta dos dados. Ressaltamos que o estudo não se constituiu em um ranking, embora a ordem de apresentação seja dada pela rentabilidade. Para a elaboração de um ranking para a indústria de fundos elegíveis para RPPS é necessária a de� nição das medidas de risco e retorno que serão comparadas, além do intervalo de tempo a ser utilizado. Muitos fundos vinculados ao IMA não possuem um histórico mínimo para uma avaliação consistente de seus resultados. O estudo abrange a evolução de uma série de indicadores que envolvem tanto a evolução patrimonial quanto a rentabilidade e volatili- dade dos fundos de investimento. Os indicadores utilizados no quadro são a rentabilidade, a volatilidade e o índice de Sharpe dos últimos 12 meses. Optamos pela utilização deste índice com o objetivo de fornecer ao leitor um indicador que acompanha os retornos ajusta- dos pelo risco para os fundos. Em um cenário de elevação da Taxa Selic, a marcação a mercado eleva consideravelmente a volatilidade dos ativos, e isto se re� ete nos fundos, por isto entendemos ser importante um acompanhamento da volatilida- de. Para concluir, esperamos que este estudo sirva de fonte de informações e orientação aos gestores dos RPPS para dar suporte às decisões sobre as aplicações dos recursos previdenciários.

Esta é uma categoria de fundos que, por força de regulamento, são referenciados a indicadores de desempenho, os chamados benchmarks. Es-tes fundos devem atender às seguintes condições cumulativamente: I - Ter 80%, no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou cumulativamente, por a) Títulos do Tesouro Na-cional; b) Títulos ou valores mobiliários de renda fi xa cujo emissor esteja classifi cado na categoria baixo risco de crédito, com certifi cação por agên-

cia de classifi cação de risco localizada no País. E II – Estipular que 95% (noventa e cinco por cento), no mínimo, da carteira seja composta por ativos fi nanceiros de forma a acompanhar dire-ta ou indiretamente a variação do indicador de desempenho (benchmark) escolhido. Tomemos como exemplo dois fundos, um referenciado ao IMA-B e outro referenciado ao certifi cado de depósito interbancário, o CDI. O fundo referen-ciado ao IMA-B deve manter em sua estrutura

Ranking de fundos

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Confira o comportamento das aplicações

AçõesOs fundos de ações constituem-se em fundos que investem diretamente, ou indiretamente, em ativos que representam partes de empresas, isto é, ações. As ações são a menor fração do capital social de uma empresa, e podem ser de dois tipos: as ordinárias, que conferem direito ao voto para seus detentores nas assembléias de acionistas, e as preferenciais, que conce-dem preferência no recebimento de parte dos lucros através de dividendos. Os fundos de ações devem aplicar no mínimo 67% do seu patrimônio líquido em ações ou ativos que

representem direta ou indiretamente as ações. Podem ser referenciados a índices de desem-penho das ações tais como o Ibovespa ou IBX, ou podem possuir estratégias específicas, de acordo com sua política de investimento. Seu desempenho é determinado pela evolução das variáveis macroeconômicas, tais como taxa de juros, taxa de câmbio e inflação, e pelos lucros das empresas investidas, pela expectativa de lucros destas empresas e, consequentemente, a distribuição destes lucros através dos dividen-dos, aos acionistas.

Renda fixaOs fundos de renda fixa são aqueles que investem em ativos denominados ativos de renda fixa. Es-tes ativos têm como principal característica o fato de que seu rendimento e risco estão diretamente associados à variação da taxa de juros doméstica ou de índices de inflação, ou ambos. Os fundos de renda fixa devem possuir em sua estrutura de ativos, obrigatoriamente, 80% (oitenta por cento) da carteira em ativos relacionados diretamente, ou sintetizados, via derivativos, ao fator de risco que fornece nome e classe do fundo, isto é, taxa de juros

doméstica ou índices de inflação, ou ambos. Estes ativos podem ser pré-fixados ou pós-fixados. Os ativos pré-fixados têm por característica o fato de que no momento da compra o rendimento no ven-cimento do ativo é conhecido. No caso dos ativos pós-fixados, embora o rendimento do ativo até o vencimento não seja conhecido no momento da compra, o parâmetro que determina este rendi-mento é, como por exemplo, a variação da taxa de juros Selic, ou dos índices de inflação relacionados aos ativos presentes no fundo de Renda Fixa.

95% de ativos que acompanhem a variação do IMA-B, isto é, NTN´s do tipo B, ao passo que o fundo referenciado ao CDI deve manter ati-

vos que acompanhem variação do Certificado de Depósito Interbancário - por exemplo, títulos públicos de emissão do Tesouro.

MultimercadosOs fundos multimercados são fundos de in-vestimento que não possuem obrigação de concentração mínima em nenhuma classe de ativos financeiros. Os limites para aplicações dos recursos do fundo em diferentes mercados e a adoção de diferentes estratégias de inves-timento são definidos pela política de investi-mento do fundo. Estes fundos costumam uti-lizar a liberdade de alocação para obter retornos nos mais variados mercados. Desde movimentos

das variáveis macroeconômicas (taxa de Inflação, taxa de juros e taxa de câmbio), passando por significativas diferenças de preços entre ativos semelhantes no mesmo mercado (ações ordiná-rias e preferenciais), ou até de distorções entre preços de moedas de diferentes países. Além disto, alguns fundos nesta categoria podem uti-lizar estratégias de investimento que impliquem alavancagem significativa da carteira. Para esta classe de fundo vale, mais do que em qualquer

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FIDCs

Ranking de fundos

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REFERENCIADOSNome Classificação Anbima Benchmark Início do

fundoPatrimônio Líquido Retorno Sharpe Volatilidade

28/02/2010 No mêsFevereiro - 2011

12 meses 2010 nos ultimos 12 meses

nos ultimos 12 meses

CAIXA RS FI REFERENCIADO IPCA CRÉDITO PRIVADO LP Referenciado Outros IMA-B 13/8/09 R$ 136.509.737,00 1,38% 13,71% 13,42% 2,42 1,31%

BNP PARIBAS TARGUS FIC REFERENCIADO DI Referenciado DI CDI 30/5/05 R$ 518.499.281,12 0,88% 10,50% 10,09% 3,57 0,08%

CAIXA FI REFERENCIADO DI CRÉDITO PRIVADO LP Referenciado DI CDI 15/7/09 R$ 41.833.517,05 0,87% 9,92% 9,47% -3,71 0,06%

BTG PACTUAL YIELD FI REFERENCIADO DI CRÉDITO PRIVADO Referenciado DI CDI 2/10/95 R$ 3.254.903.906,77 0,86% 10,49% 10,11% 5,61 0,05%

UNIBANCO INSTITUCIONAL FI REFERENCIADO DI Referenciado DI CDI 16/11/95 R$ 457.636.572,20 0,85% 10,20% 9,79% 0,40 0,05%

CAIXA BRASIL FI REFERENCIADO DI LP Referenciado DI CDI 5/7/06 R$ 501.519.629,54 0,84% 10,16% 9,73% -0,16 0,05%

ITAÚ SOBERANO FI REFERENCIADO DI LP Referenciado DI CDI 29/12/04 R$ 3.546.456.556,00 0,83% 10,01% 9,60% -3,11 0,05%

BCSUL VERAX ESTRELA FI REFERENCIADO DI LP Referenciado DI CDI 13/12/02 R$ 63.833.101,34 0,83% 9,95% 9,53% -4,04 0,05%

SAFRA SOBERANO REGIME PRÓPRIO FIC REFERENCIADO DI Referenciado DI CDI 17/4/09 R$ 246.858.401,58 0,83% 9,97% 9,56% -3,86 0,05%

HSBC TÍTULOS PÚBLICOS FI REFERENCIADO DI LP Referenciado DI CDI 1/4/97 R$ 1.226.355.794,24 0,82% 9,88% 9,47% -5,29 0,05%

VOTORANTIM FEDERAL FIC REFERENCIADO DI Referenciado DI CDI 13/9/07 R$ 28.521.718,71 0,82% 9,86% 9,46% -6,08 0,05%

SAFRA SOBERANO INSTITUCIONAL FIC REFERENCIADO DI Referenciado DI CDI 3/9/07 R$ 232.056.928,52 0,81% 9,79% 9,37% -7,55 0,05%

HSBC REGIMES PRÓPRIOS FI REFERENCIADO DI Referenciado DI CDI 5/7/07 R$ 2.472.445,88 0,76% 10,06% 9,69% -0,80 0,13%

BTG PACTUAL FI REFERENCIADO IPCA Referenciado Outros IMA-B 14/12/05 R$ 356.662.393,25 0,73% 11,66% 13,03% 0,93 1,45%

CSHG JURO REAL FIC REFERENCIADO IPCA Renda Fixa Índices IMA-B 27/5/08 R$ 34.288.163,77 0,53% 12,20% 15,77% 0,55 3,42%

CDI 0,84% 10,17% 9,75% 0,00 0,05%

IMA-B 0,64% 14,04% 17,04% 1,05 3,34%

Os FIDC´s são fundos compostos por direitos creditórios. Um direito creditório significa um contrato onde existe um direito de recebimento

de um valor futuro, em razão de um crédito gera-do no presente. Por exemplo, um financiamento de veículo feito por um banco a uma pessoa fí-

AçõESNome Classificação Anbima Benchmark Início do

fundoPatrimônio Líquido Retorno Sharpe Volatilidade

28/02/2010 No mêsFevereiro - 2011

12 meses 2010 nos ultimos 12 meses

nos ultimos 12 meses

MERCATTO ESTRATÉGIA FI AçõES Ações Livre Ibovespa 18/11/98 R$ 169.296.018,30 4,36% 7,63% 7,35% -0,05 17,27%

SAFRA SETORIAL ENERGIA FI AçõES Ações setoriais energia IEE 1/10/97 R$ 36.740.341,71 3,57% 4,16% -2,75% -0,30 15,07%

SANTANDER PIBBS IBRX 50 FI AçõES PIBB Cota de PIBB 12/9/05 R$ 96.311.739,65 2,67% -1,84% -0,93% -0,43 21,50%

BANRISUL PERFORMANCE FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 4/7/94 R$ 20.750.589,86 2,65% -11,70% -10,10% -1,06 19,17%

MERCATTO GESTÃO FUNDAMENTALISTA FI AçõES Ações Livre Ibovespa 25/4/03 R$ 129.701.211,53 2,30% 6,25% 6,51% -0,14 16,29%

BTG PACTUAL DINÂMICO FI AçõES Ações IBrX Ativo Não definido 18/4/98 R$ 146.330.380,34 2,04% 1,48% 1,60% -0,32 19,77%

CAIXA BRASIL IBX 50 FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 50 18/2/08 R$ 167.812.256,05 2,03% -1,98% -1,01% -0,49 19,84%

BNP PARIBAS ACE FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 4/2/01 R$ 129.720.481,55 2,00% 2,98% 3,05% -0,26 18,85%

SANTANDER INSTITUCIONAL IBRX ATIVO FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 15/8/97 R$ 11.503.814,41 1,82% -0,05% 0,98% -0,40 19,53%

SAFRA SETORIAL BANCOS FI AçõES Ações Setoriais Livre Não definido 1/10/97 R$ 123.828.318,99 1,79% 3,35% 6,72% -0,18 22,10%

HSBC DIVIDENDOS FI AçõES Ações Dividendos Não definido 6/10/97 R$ 75.196.936,30 1,77% 4,35% 1,60% -0,26 15,88%

BRADESCO INSTITUTIONAL IBX ATIVO FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 4/11/99 R$ 213.550.278,24 1,76% 1,01% 1,40% -0,37 18,58%

SCHRODER IBRX-50 FI AçõES PREVIDENCIÁRIO Ações IBrX Ativo IBX 50 12/5/06 R$ 182.507.515,10 1,60% -1,64% -0,69% -0,46 20,14%

outra classe, o famoso binômio da teoria do portfólio, que trata de risco & retorno. Quanto mais arrojada e agressiva a estratégia do fundo

multimercado, maior a possibilidade de retornos elevados e, consequentemente, maior o risco as-sumido pela carteira do fundo.

RANKING.indd 4 5/13/11 10:27:05 AM

Page 57: Revista ABIPEM – Março/Abril -2011

Previdência Nacional | 57

REFERENCIADOSNome Classificação Anbima Benchmark Início do

fundoPatrimônio Líquido Retorno Sharpe Volatilidade

28/02/2010 No mêsFevereiro - 2011

12 meses 2010 nos ultimos 12 meses

nos ultimos 12 meses

CAIXA RS FI REFERENCIADO IPCA CRÉDITO PRIVADO LP Referenciado Outros IMA-B 13/8/09 R$ 136.509.737,00 1,38% 13,71% 13,42% 2,42 1,31%

BNP PARIBAS TARGUS FIC REFERENCIADO DI Referenciado DI CDI 30/5/05 R$ 518.499.281,12 0,88% 10,50% 10,09% 3,57 0,08%

CAIXA FI REFERENCIADO DI CRÉDITO PRIVADO LP Referenciado DI CDI 15/7/09 R$ 41.833.517,05 0,87% 9,92% 9,47% -3,71 0,06%

BTG PACTUAL YIELD FI REFERENCIADO DI CRÉDITO PRIVADO Referenciado DI CDI 2/10/95 R$ 3.254.903.906,77 0,86% 10,49% 10,11% 5,61 0,05%

UNIBANCO INSTITUCIONAL FI REFERENCIADO DI Referenciado DI CDI 16/11/95 R$ 457.636.572,20 0,85% 10,20% 9,79% 0,40 0,05%

CAIXA BRASIL FI REFERENCIADO DI LP Referenciado DI CDI 5/7/06 R$ 501.519.629,54 0,84% 10,16% 9,73% -0,16 0,05%

ITAÚ SOBERANO FI REFERENCIADO DI LP Referenciado DI CDI 29/12/04 R$ 3.546.456.556,00 0,83% 10,01% 9,60% -3,11 0,05%

BCSUL VERAX ESTRELA FI REFERENCIADO DI LP Referenciado DI CDI 13/12/02 R$ 63.833.101,34 0,83% 9,95% 9,53% -4,04 0,05%

SAFRA SOBERANO REGIME PRÓPRIO FIC REFERENCIADO DI Referenciado DI CDI 17/4/09 R$ 246.858.401,58 0,83% 9,97% 9,56% -3,86 0,05%

HSBC TÍTULOS PÚBLICOS FI REFERENCIADO DI LP Referenciado DI CDI 1/4/97 R$ 1.226.355.794,24 0,82% 9,88% 9,47% -5,29 0,05%

VOTORANTIM FEDERAL FIC REFERENCIADO DI Referenciado DI CDI 13/9/07 R$ 28.521.718,71 0,82% 9,86% 9,46% -6,08 0,05%

SAFRA SOBERANO INSTITUCIONAL FIC REFERENCIADO DI Referenciado DI CDI 3/9/07 R$ 232.056.928,52 0,81% 9,79% 9,37% -7,55 0,05%

HSBC REGIMES PRÓPRIOS FI REFERENCIADO DI Referenciado DI CDI 5/7/07 R$ 2.472.445,88 0,76% 10,06% 9,69% -0,80 0,13%

BTG PACTUAL FI REFERENCIADO IPCA Referenciado Outros IMA-B 14/12/05 R$ 356.662.393,25 0,73% 11,66% 13,03% 0,93 1,45%

CSHG JURO REAL FIC REFERENCIADO IPCA Renda Fixa Índices IMA-B 27/5/08 R$ 34.288.163,77 0,53% 12,20% 15,77% 0,55 3,42%

CDI 0,84% 10,17% 9,75% 0,00 0,05%

IMA-B 0,64% 14,04% 17,04% 1,05 3,34%

sica ou jurídica gera um direito creditório para o banco contra quem financiou o veículo. O banco vende este direito creditório ao fundo de investi-mento em direitos creditórios, o FIDC, que passa a ser o detentor deste direito. Os FIDC´s podem ser estruturados para conter direitos creditórios desde que estes sejam originados no segmento financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de hipotecas, de arredamento mercantil, de prestação de serviços, contratos mercantis de

compra e venda de produtos ou serviços para entrega ou prestação futura. Também podem conter direitos e títulos de crédito desde que reconhecidos pela Comissão de Valores Mo-biliários como tais. Embora se constitua de estruturas distintas dos bancos cedentes do direito creditório, e normalmente possua uma robusta estrutura de garantias e coberturas, o seu desempenho depende da adimplência so-bre estes contratos de crédito.

AçõESNome Classificação Anbima Benchmark Início do

fundoPatrimônio Líquido Retorno Sharpe Volatilidade

28/02/2010 No mêsFevereiro - 2011

12 meses 2010 nos ultimos 12 meses

nos ultimos 12 meses

MERCATTO ESTRATÉGIA FI AçõES Ações Livre Ibovespa 18/11/98 R$ 169.296.018,30 4,36% 7,63% 7,35% -0,05 17,27%

SAFRA SETORIAL ENERGIA FI AçõES Ações setoriais energia IEE 1/10/97 R$ 36.740.341,71 3,57% 4,16% -2,75% -0,30 15,07%

SANTANDER PIBBS IBRX 50 FI AçõES PIBB Cota de PIBB 12/9/05 R$ 96.311.739,65 2,67% -1,84% -0,93% -0,43 21,50%

BANRISUL PERFORMANCE FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 4/7/94 R$ 20.750.589,86 2,65% -11,70% -10,10% -1,06 19,17%

MERCATTO GESTÃO FUNDAMENTALISTA FI AçõES Ações Livre Ibovespa 25/4/03 R$ 129.701.211,53 2,30% 6,25% 6,51% -0,14 16,29%

BTG PACTUAL DINÂMICO FI AçõES Ações IBrX Ativo Não definido 18/4/98 R$ 146.330.380,34 2,04% 1,48% 1,60% -0,32 19,77%

CAIXA BRASIL IBX 50 FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 50 18/2/08 R$ 167.812.256,05 2,03% -1,98% -1,01% -0,49 19,84%

BNP PARIBAS ACE FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 4/2/01 R$ 129.720.481,55 2,00% 2,98% 3,05% -0,26 18,85%

SANTANDER INSTITUCIONAL IBRX ATIVO FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 15/8/97 R$ 11.503.814,41 1,82% -0,05% 0,98% -0,40 19,53%

SAFRA SETORIAL BANCOS FI AçõES Ações Setoriais Livre Não definido 1/10/97 R$ 123.828.318,99 1,79% 3,35% 6,72% -0,18 22,10%

HSBC DIVIDENDOS FI AçõES Ações Dividendos Não definido 6/10/97 R$ 75.196.936,30 1,77% 4,35% 1,60% -0,26 15,88%

BRADESCO INSTITUTIONAL IBX ATIVO FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 4/11/99 R$ 213.550.278,24 1,76% 1,01% 1,40% -0,37 18,58%

SCHRODER IBRX-50 FI AçõES PREVIDENCIÁRIO Ações IBrX Ativo IBX 50 12/5/06 R$ 182.507.515,10 1,60% -1,64% -0,69% -0,46 20,14%

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Page 58: Revista ABIPEM – Março/Abril -2011

58 | Março/abril 2011

Ranking de fundos

AçõES (CONTINUAçÃO)

Nome Classificação Anbima Benchmark Início do fundo

Patrimônio Líquido Retorno Sharpe Volatilidade

28/02/2010 No mêsFevereiro - 2011

12 meses 2010 nos ultimos 12 meses

nos ultimos 12 meses

BNP PARIBAS GRAND PRIX FI AçõES Ações Livre Ibovespa 11/2/04 R$ 50.215.504,31 1,59% 0,93% 1,71% -0,35 19,48%

ITAÚ INSTITUCIONAL IBRX ATIVO FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 18/12/97 R$ 93.273.002,24 1,57% -0,89% 0,48% -0,44 19,68%

VOTORANTIM IBRX FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 50 10/11/06 R$ 26.255.098,47 1,38% -0,35% 1,60% -0,42 19,57%

BB INDEXADO IBRX FIC AçõES Ações IBrX Indexado IBX 1/7/86 R$ 242.340.195,88 1,38% -2,14% -2,58% -0,55 19,05%

SUL AMÉRICA PENSION IBRX ATIVO FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 50 3/7/07 R$ 28.592.686,32 1,34% -0,04% 1,75% -0,41 19,27%

SAFRA ISE FI AçõES Ações Sustentabilidade/Governança Não definido 23/1/06 R$ 3.511.087,79 1,32% 6,38% 2,20% -0,14 16,14%

BTG PACTUAL INSTITUCIONAL DIVIDENDOS FI AçõES Ações Dividendos Não Informado 10/3/08 R$ 73.973.539,51 1,21% 16,95% 17,30% 0,52 13,10%

BRADESCO PLUS IBOVESPA FI AçõES Ações Ibovespa indexado Ibovespa 25/10/99 R$ 156.898.506,85 1,18% -1,19% 0,42% -0,46 19,45%

UNIBANCO INDEX IBOVESPA FI AçõES Ações Ibovespa indexado Ibovespa 26/11/99 R$ 18.379.372,35 1,14% 0,09% -1,55% -0,48 19,44%

DESTERRO IBRX 50 FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 50 5/5/10 R$ 23.596.678,56 1,08%

HSBC TOP FI AçõES Ações Ibovespa indexado Ibovespa 1/1/80 R$ 140.769.755,55 1,04% -2,79% -1,11% -0,55 19,34%

SAFRA INDICIAL FI AçõES Ações Ibovespa indexado Ibovespa 16/4/97 R$ 17.286.049,50 1,02% -2,59% -0,96% -0,54 19,43%

VOTORANTIM FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 3/8/92 R$ 16.542.097,57 1,02% 2,31% 7,59% -0,29 19,01%

BANRISUL ÍNDICE FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 1/10/97 R$ 20.476.198,19 0,97% -4,72% -3,02% -0,66 19,12%

SANTANDER INSTITUCIONAL FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 24/3/97 R$ 119.002.933,32 0,94% -0,13% 1,18% -0,41 19,41%

BRADESCO INDEXADO IBOVESPA FIC AçõES Ações Ibovespa indexado Ibovespa 1/3/94 R$ 145.711.753,41 0,89% -4,61% -3,03% -0,64 19,47%

CONCÓRDIA SET FI AçõES Ações Livre Não definido 3/2/04 R$ 13.959.902,57 0,83% 6,21% 5,32% -0,12 17,74%

ITAÚ INSTITUCIONAL IBOVESPA ATIVO FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 2/5/97 R$ 9.799.924,56 0,82% -2,69% -0,33% -0,52 19,98%

HSBC REGIMES PRÓPRIOS FIC AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 11/3/10 R$ 96.508.088,90 0,73%

ITAÚ RPI IBOVESPA FIC AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 25/4/08 R$ 384.042.341,73 0,57% 7,54% 10,94% -0,05 17,26%

BRADESCO GOVERNANçA CORPORATIVA FI AçõES PREVIDENCIÁRIO Ações Sustentabilidade/Governança IGC 30/11/07 R$ 55.627.595,74 0,51% 11,76% 7,33% -0,06 17,99%

FATOR INSTITUCIONAL FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 27/1/97 R$ 96.853.445,01 0,49% 3,74% 6,35% -0,25 17,81%

MARLIM FI AçõES Ações Dividendos Ibovespa 30/6/08 R$ 89.663.466,06 0,47% 16,52% 17,68% 0,65 9,35%

BRADESCO PRIVATE ALAVANCADO IBOVESPA FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 16/3/95 R$ 35.125.862,38 0,47% -0,52% 0,52% -0,45 18,75%

BB INDEXADO IBOVESPA FIC AçõES Ações Ibovespa indexado Ibovespa 21/12/93 R$ 256.249.770,06 0,40% -3,10% -5,51% -0,69 19,49%

GWI CLASSIC FI AçõES Ações Livre Ibovespa 12/2/07 R$ 80.251.288,98 0,39% 10,04% 9,81% 0,06 14,17%

BB RPPS GOVERNANçA FI AçõES PREVIDENCIÁRIO Ações Sustentabilidade/Governança IGC 10/6/09 R$ 326.178.055,96 0,36% 8,38% 3,63% -0,24 18,61%

ITAÚ GOVERNANçA CORPORATIVA FIC AçõES Ações Sustentabilidade/Governança IGC 31/8/07 R$ 25.947.195,93 0,35% 13,51% 8,89% 0,03 18,80%

J. MALUCELLI AçõES FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 4/12/01 R$ 10.107.613,63 0,32% -9,00% -6,87% -1,00 17,53%

HSBC AçõES PLUS FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 20/7/98 R$ 58.745.610,36 0,31% -5,76% -3,09% -0,64 20,95%

BANRISUL INFRA-ESTRUTURA FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 2/10/97 R$ 50.945.514,88 0,25% -9,51% -8,45% -0,99 18,22%

SAFRA LARGE CAP FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 3/5/04 R$ 26.642.455,99 0,20% -15,97% -14,86% -1,07 22,88%

BANRISUL GOVERNANçA CORPORATIVA FI AçõES Ações Sustentabilidade/Governança IGC 29/8/08 R$ 2.680.841,86 -0,03% 6,72% -0,43% -0,50 17,35%

SAFRA SMALL CAP FI AçõES Ações Small Caps Não definido 11/9/03 R$ 137.002.628,91 -0,10% -12,83% -8,68% -1,06 20,16%

INFINITY SELECTION FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 7/4/08 R$ 39.736.881,90 -0,30% -3,90% -7,10% -0,92 17,04%

XP INVESTOR FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 15/9/06 R$ 246.492.886,57 -0,43% 1,01% 9,45% -0,33 19,98%

SUL AMÉRICA DIVIDENDOS FI AçõES Ações Dividendos Não definido 20/8/09 R$ 41.419.734,02 -0,51% 13,58% 17,30% 0,30 12,88%

SAFRA AçõES FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 24/6/69 R$ 45.321.542,06 -0,57% -17,47% -15,15% -1,12 23,31%

SAFRA EXPORTAçÃO FI AçõES Ações Livre Não definido 23/8/04 R$ 41.901.146,68 -0,75% -8,99% -9,96% -0,72 22,92%

SAFRA CONSTRUçÃO CIVIL FI AçõES Ações Livre Ibovespa 8/5/08 R$ 32.018.102,58 -0,83% -5,08% 8,01% -0,37 28,90%

BANRISUL AçõES FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 3/11/71 R$ 33.603.767,41 -1,46% -12,27% -6,21% -1,29 16,57%

SAFRA INFRAESTRUTURA FI AçõES Ações Setoriais Livre Ibovespa 30/1/07 R$ 30.876.543,14 -1,65% -8,91% -8,58% -0,88 19,47%

J. MALUCELLI SMALL CAPS FI AçõES Ações Small Caps Ibovespa 30/6/08 R$ 26.938.684,38 -1,79% 16,09% 21,17% 0,54 10,83%

HUMAITÁ VALUE FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 30/6/05 R$ 43.759.942,04 -2,76% -1,42% 3,08% -0,52 18,09%

Ibovespa 1,22% -0,58% 1,04% -0,43 19,46%

IBX 2,00% 2,44% 2,62% -0,29 18,75%

IBX-50 2,14% 0,56% 0,75% -0,37 19,68%

IGC 1,21% 8,85% 12,54% 0,02 18,27%

IGC 3,46% 13,79% 30,83% 0,99 20,08%

RANKING.indd 6 5/13/11 10:27:05 AM

Page 59: Revista ABIPEM – Março/Abril -2011

Previdência Nacional | 59

AçõES (CONTINUAçÃO)

Nome Classificação Anbima Benchmark Início do fundo

Patrimônio Líquido Retorno Sharpe Volatilidade

28/02/2010 No mêsFevereiro - 2011

12 meses 2010 nos ultimos 12 meses

nos ultimos 12 meses

BNP PARIBAS GRAND PRIX FI AçõES Ações Livre Ibovespa 11/2/04 R$ 50.215.504,31 1,59% 0,93% 1,71% -0,35 19,48%

ITAÚ INSTITUCIONAL IBRX ATIVO FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 18/12/97 R$ 93.273.002,24 1,57% -0,89% 0,48% -0,44 19,68%

VOTORANTIM IBRX FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 50 10/11/06 R$ 26.255.098,47 1,38% -0,35% 1,60% -0,42 19,57%

BB INDEXADO IBRX FIC AçõES Ações IBrX Indexado IBX 1/7/86 R$ 242.340.195,88 1,38% -2,14% -2,58% -0,55 19,05%

SUL AMÉRICA PENSION IBRX ATIVO FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 50 3/7/07 R$ 28.592.686,32 1,34% -0,04% 1,75% -0,41 19,27%

SAFRA ISE FI AçõES Ações Sustentabilidade/Governança Não definido 23/1/06 R$ 3.511.087,79 1,32% 6,38% 2,20% -0,14 16,14%

BTG PACTUAL INSTITUCIONAL DIVIDENDOS FI AçõES Ações Dividendos Não Informado 10/3/08 R$ 73.973.539,51 1,21% 16,95% 17,30% 0,52 13,10%

BRADESCO PLUS IBOVESPA FI AçõES Ações Ibovespa indexado Ibovespa 25/10/99 R$ 156.898.506,85 1,18% -1,19% 0,42% -0,46 19,45%

UNIBANCO INDEX IBOVESPA FI AçõES Ações Ibovespa indexado Ibovespa 26/11/99 R$ 18.379.372,35 1,14% 0,09% -1,55% -0,48 19,44%

DESTERRO IBRX 50 FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 50 5/5/10 R$ 23.596.678,56 1,08%

HSBC TOP FI AçõES Ações Ibovespa indexado Ibovespa 1/1/80 R$ 140.769.755,55 1,04% -2,79% -1,11% -0,55 19,34%

SAFRA INDICIAL FI AçõES Ações Ibovespa indexado Ibovespa 16/4/97 R$ 17.286.049,50 1,02% -2,59% -0,96% -0,54 19,43%

VOTORANTIM FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 3/8/92 R$ 16.542.097,57 1,02% 2,31% 7,59% -0,29 19,01%

BANRISUL ÍNDICE FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 1/10/97 R$ 20.476.198,19 0,97% -4,72% -3,02% -0,66 19,12%

SANTANDER INSTITUCIONAL FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 24/3/97 R$ 119.002.933,32 0,94% -0,13% 1,18% -0,41 19,41%

BRADESCO INDEXADO IBOVESPA FIC AçõES Ações Ibovespa indexado Ibovespa 1/3/94 R$ 145.711.753,41 0,89% -4,61% -3,03% -0,64 19,47%

CONCÓRDIA SET FI AçõES Ações Livre Não definido 3/2/04 R$ 13.959.902,57 0,83% 6,21% 5,32% -0,12 17,74%

ITAÚ INSTITUCIONAL IBOVESPA ATIVO FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 2/5/97 R$ 9.799.924,56 0,82% -2,69% -0,33% -0,52 19,98%

HSBC REGIMES PRÓPRIOS FIC AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 11/3/10 R$ 96.508.088,90 0,73%

ITAÚ RPI IBOVESPA FIC AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 25/4/08 R$ 384.042.341,73 0,57% 7,54% 10,94% -0,05 17,26%

BRADESCO GOVERNANçA CORPORATIVA FI AçõES PREVIDENCIÁRIO Ações Sustentabilidade/Governança IGC 30/11/07 R$ 55.627.595,74 0,51% 11,76% 7,33% -0,06 17,99%

FATOR INSTITUCIONAL FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 27/1/97 R$ 96.853.445,01 0,49% 3,74% 6,35% -0,25 17,81%

MARLIM FI AçõES Ações Dividendos Ibovespa 30/6/08 R$ 89.663.466,06 0,47% 16,52% 17,68% 0,65 9,35%

BRADESCO PRIVATE ALAVANCADO IBOVESPA FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 16/3/95 R$ 35.125.862,38 0,47% -0,52% 0,52% -0,45 18,75%

BB INDEXADO IBOVESPA FIC AçõES Ações Ibovespa indexado Ibovespa 21/12/93 R$ 256.249.770,06 0,40% -3,10% -5,51% -0,69 19,49%

GWI CLASSIC FI AçõES Ações Livre Ibovespa 12/2/07 R$ 80.251.288,98 0,39% 10,04% 9,81% 0,06 14,17%

BB RPPS GOVERNANçA FI AçõES PREVIDENCIÁRIO Ações Sustentabilidade/Governança IGC 10/6/09 R$ 326.178.055,96 0,36% 8,38% 3,63% -0,24 18,61%

ITAÚ GOVERNANçA CORPORATIVA FIC AçõES Ações Sustentabilidade/Governança IGC 31/8/07 R$ 25.947.195,93 0,35% 13,51% 8,89% 0,03 18,80%

J. MALUCELLI AçõES FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 4/12/01 R$ 10.107.613,63 0,32% -9,00% -6,87% -1,00 17,53%

HSBC AçõES PLUS FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 20/7/98 R$ 58.745.610,36 0,31% -5,76% -3,09% -0,64 20,95%

BANRISUL INFRA-ESTRUTURA FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 2/10/97 R$ 50.945.514,88 0,25% -9,51% -8,45% -0,99 18,22%

SAFRA LARGE CAP FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 3/5/04 R$ 26.642.455,99 0,20% -15,97% -14,86% -1,07 22,88%

BANRISUL GOVERNANçA CORPORATIVA FI AçõES Ações Sustentabilidade/Governança IGC 29/8/08 R$ 2.680.841,86 -0,03% 6,72% -0,43% -0,50 17,35%

SAFRA SMALL CAP FI AçõES Ações Small Caps Não definido 11/9/03 R$ 137.002.628,91 -0,10% -12,83% -8,68% -1,06 20,16%

INFINITY SELECTION FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 7/4/08 R$ 39.736.881,90 -0,30% -3,90% -7,10% -0,92 17,04%

XP INVESTOR FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 15/9/06 R$ 246.492.886,57 -0,43% 1,01% 9,45% -0,33 19,98%

SUL AMÉRICA DIVIDENDOS FI AçõES Ações Dividendos Não definido 20/8/09 R$ 41.419.734,02 -0,51% 13,58% 17,30% 0,30 12,88%

SAFRA AçõES FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 24/6/69 R$ 45.321.542,06 -0,57% -17,47% -15,15% -1,12 23,31%

SAFRA EXPORTAçÃO FI AçõES Ações Livre Não definido 23/8/04 R$ 41.901.146,68 -0,75% -8,99% -9,96% -0,72 22,92%

SAFRA CONSTRUçÃO CIVIL FI AçõES Ações Livre Ibovespa 8/5/08 R$ 32.018.102,58 -0,83% -5,08% 8,01% -0,37 28,90%

BANRISUL AçõES FI AçõES Ações IBrX Ativo IBX 3/11/71 R$ 33.603.767,41 -1,46% -12,27% -6,21% -1,29 16,57%

SAFRA INFRAESTRUTURA FI AçõES Ações Setoriais Livre Ibovespa 30/1/07 R$ 30.876.543,14 -1,65% -8,91% -8,58% -0,88 19,47%

J. MALUCELLI SMALL CAPS FI AçõES Ações Small Caps Ibovespa 30/6/08 R$ 26.938.684,38 -1,79% 16,09% 21,17% 0,54 10,83%

HUMAITÁ VALUE FI AçõES Ações Ibovespa ativo Ibovespa 30/6/05 R$ 43.759.942,04 -2,76% -1,42% 3,08% -0,52 18,09%

Ibovespa 1,22% -0,58% 1,04% -0,43 19,46%

IBX 2,00% 2,44% 2,62% -0,29 18,75%

IBX-50 2,14% 0,56% 0,75% -0,37 19,68%

IGC 1,21% 8,85% 12,54% 0,02 18,27%

IGC 3,46% 13,79% 30,83% 0,99 20,08%

RANKING.indd 7 5/13/11 10:27:05 AM

Page 60: Revista ABIPEM – Março/Abril -2011

60 | Março/abril 2011

Ranking de fundos

RENDA FIXANome Classificação Anbima Benchmark Início do

fundoPatrimônio Líquido Retorno Sharpe Volatilidade

28/02/2010 No mêsFevereiro - 2011

12 meses 2010 nos ultimos 12 meses

nos ultimos 12 meses

BB RPPS CONSERVADOR FI RENDA FIXA PREVIDENCIÁRIO Renda Fixa IRF-M 8/12/04 R$ 1.752.003.374,08 1,26% 10,29% 11,10% 0,09 1,36%

ITAÚ INSTITUCIONAL PRÉ-FIXADO FIC RENDA FIXA LP Renda Fixa IRF-M 26/11/09 R$ 143.219.675,70 1,22% 10,15% 11,29% -0,01 1,44%

PARANÁ EXECUTIVO FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA Geral 21/2/00 R$ 100.425.669,70 1,16% 10,09% 10,62% -0,05 1,34%

BANRISUL PREVIDÊNCIA MUNICIPAL II FI RENDA FIXA LP Renda Fixa IMA Geral 29/8/08 R$ 288.900.919,87 1,03% 12,38% 12,63% 1,36 1,47%

HSBC ATIVO REGIMES PRÓPRIOS FI RENDA FIXA Renda Fixa Híbrido 2/8/10 R$ 443.667.819,65 1,00% 10,73% 0,48 1,07%

SUL AMÉRICA INFLATIE FI RENDA FIXA LP Renda Fixa IMA-B 11/7/08 R$ 216.687.312,10 0,99% 14,94% 16,96% 1,19 3,61%

CAIXA BRASIL IMA GERAL TÍTULOS PÚBLICOS FI RENDA FIXA LP Renda Fixa Índices IMA Geral 8/7/10 R$ 251.775.019,09 0,97%

BRADESCO IMA GERAL FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA Geral 30/4/07 R$ 747.755.978,77 0,97% 11,55% 12,56% 1,01 1,24%

BNP PARIBAS SPIN FI RENDA FIXA LP Renda Fixa IMA Geral 1/9/06 R$ 212.223.032,26 0,94% 11,63% 12,94% 0,96 1,37%

XP INVESTOR FI RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO LP Renda Fixa Médio e Alto Risco CDI 3/11/09 R$ 66.792.643,72 0,92% 10,82% 10,52% 3,28 0,18%

SAFRA EXECUTIVE 2 FI RENDA FIXA Renda Fixa Índices IRF-M 1 26/6/09 R$ 249.660.511,65 0,91% 10,64% 10,21% 6,72 0,06%

BANRISUL PATRIMONIAL FI RENDA FIXA LP Renda Fixa IMA Geral 3/6/02 R$ 426.577.920,91 0,91% 10,00% 10,65% -0,11 1,36%

BANRISUL PREVIDÊNCIA MUNICIPAL FI RENDA FIXA LP Renda Fixa IMA Geral 3/9/07 R$ 308.684.951,08 0,88% 12,14% 12,47% 1,41 1,26%

SUL AMÉRICA EXCELLENCE FI RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO Renda Fixa CDI 21/6/02 R$ 608.566.399,40 0,87% 10,48% 10,05% 4,66 0,06%

CAIXA RS FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 18/7/05 R$ 642.222.774,61 0,87% 10,19% 10,03% 0,09 0,18%

CAIXA ALIANçA FI RENDA FIXA Renda Fixa CDI 1/11/05 R$ 654.967.981,33 0,87% 10,25% 10,09% 0,36 0,19%

MERCATTO TOP FI RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO LP Renda Fixa Médio e Alto Risco CDI 31/8/01 R$ 287.106.224,38 0,86% 10,84% 10,47% 4,50 0,13%

CAIXA BRASIL TÍTULOS PÚBLICOS FI RENDA FIXA Renda Fixa CDI 10/2/06 R$ 2.629.455.637,10 0,86% 10,23% 10,06% 0,28 0,18%

CONCÓRDIA EXTRA FI RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO Renda Fixa CDI 1/4/96 R$ 210.657.366,10 0,84% 10,26% 9,83% 1,51 0,05%

BTG PACTUAL FIX FI RENDA FIXA Renda Fixa IRF-M 1/12/00 R$ 25.084.986,95 0,83% 9,25% 10,27% -0,64 1,29%

ITAÚ SOBERANO MULTI ÍNDICES FI RENDA FIXA Renda Fixa Híbrido 6/9/07 R$ 53.815.016,37 0,80% 9,91% 9,64% -1,24 0,19%

BB RPPS LIQUIDEZ FIC RENDA FIXA Renda Fixa IRF-M 1 8/12/09 R$ 1.260.847.063,53 0,80% 10,64% 11,33% 0,54 0,78%

CAIXA BRASIL SOBERANO FI RENDA FIXA Renda Fixa Índices IRF-M 28/5/10 R$ 486.258.359,16 0,80%

SANTANDER IRF-M TÍTULOS PÚBLICOS FIC RENDA FIXA Renda Fixa Índices IRF-M 7/5/10 R$ 209.361.796,41 0,79%

BNP PARIBAS FIX IRFM 1 FI RENDA FIXA Renda Fixa Índices IRF-M 1 17/8/10 R$ 12.403.412,92 0,77%

BRADESCO IRF-M 1 FI RENDA FIXA Renda Fixa Índices IRF-M 1 30/6/10 R$ 399.762.180,95 0,77%

CAIXA BRASIL SUPREMO TÍTULOS PÚBLICOS FI RENDA FIXA LP Renda Fixa Índices IMA-B 5 9/7/10 R$ 216.416.577,71 0,77%

BRADESCO IRF-M 1 TÍTULOS PÚBLICOS FI RENDA FIXA Renda Fixa Índices IRF-M 1 2/7/10 R$ 19.045.194,64 0,76%

CAIXA NOVO BRASIL FI RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO LP Renda Fixa IMA-B 27/10/09 R$ 2.613.100.676,47 0,69% 12,72% 14,61% 0,95 2,44%

SAFRA IMA FIC RENDA FIXA Renda Fixa Índices IMA-B 5 21/12/09 R$ 181.608.371,49 0,68% 11,63% 11,89% 1,27 1,04%

CAIXA BRASIL IMA B TÍTULOS PÚBLICOS FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 8/3/10 R$ 4.571.391.087,63 0,65%

BB RPPS ATUARIAL MODERADO FI RENDA FIXA PREVIDENCIÁRIO Renda Fixa IMA-B 9/3/06 R$ 1.985.438.951,89 0,64% 12,99% 14,44% 0,88 2,94%

BTG PACTUAL IMA B FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 23/7/08 R$ 137.154.037,58 0,63% 14,00% 16,84% 1,11 3,13%

SANTANDER IMA-B TÍTULOS PÚBLICOS FIC RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 9/12/09 R$ 1.348.703.062,01 0,63% 13,03% 15,92% 0,80 3,28%

BRADESCO IMA B TÍTULOS PÚBLICOS FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 17/2/10 R$ 1.568.907.757,12 0,63% 13,88% 16,76% 1,04 3,25%

BRADESCO IMA-B FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 7/1/08 R$ 1.568.907.757,12 0,63% 13,88% 16,76% 1,04 3,25%

BB RPPS ATUARIAL CONSERVADOR FI RENDA FIXA PREVIDENCIÁRIO Renda Fixa IMA-B 24/7/05 R$ 7.395.221.813,85 0,61% 13,16% 14,51% 0,94 2,89%

ITAÚ INSTITUCIONAL INFLAçÃO FIC RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 26/11/09 R$ 865.965.013,90 0,61% 13,33% 16,24% 0,86 3,36%

UNIBANCO ÍNDICE DE PREçOS FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 17/10/02 R$ 61.049.062,55 0,60% 11,91% 14,42% 0,60 2,68%

SAFRA INDEX 10 FIC RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 1/7/02 R$ 82.236.527,08 0,59% 10,48% 10,74% 0,27 1,04%

BES FIX INFLATION FI RENDA FIXA LP Renda Fixa Índices IMA-B 4/4/00 R$ 19.734.972,82 0,56% 12,66% 15,80% 0,63 3,67%

BNP PARIBAS INFLAçÃO FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 7/10/02 R$ 152.019.257,68 0,55% 13,59% 16,75% 0,93 3,36%

SCHRODER RPPS IMA-B FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 29/3/10 R$ 4.522.452,07 0,37%

CDI 0,84% 10,17% 9,75% 0,00 0,05%

IGP-M 1,00% 11,21% 11,32% 3,80 0,25%

IMA-B 0,64% 14,04% 17,04% 1,05 3,34%

IMA-B 5 0,78% 12,03% 13,04% 1,10 1,53%

IMA Geral 0,98% 11,93% 12,98% 1,21 1,31%

IRF-M 1 0,83% 10,46% 10,37% 0,82 0,32%

IRF-M 1,27% 10,70% 11,87% 0,34 1,44%

RANKING.indd 8 5/13/11 10:27:06 AM

Page 61: Revista ABIPEM – Março/Abril -2011

Previdência Nacional | 61

RENDA FIXANome Classificação Anbima Benchmark Início do

fundoPatrimônio Líquido Retorno Sharpe Volatilidade

28/02/2010 No mêsFevereiro - 2011

12 meses 2010 nos ultimos 12 meses

nos ultimos 12 meses

BB RPPS CONSERVADOR FI RENDA FIXA PREVIDENCIÁRIO Renda Fixa IRF-M 8/12/04 R$ 1.752.003.374,08 1,26% 10,29% 11,10% 0,09 1,36%

ITAÚ INSTITUCIONAL PRÉ-FIXADO FIC RENDA FIXA LP Renda Fixa IRF-M 26/11/09 R$ 143.219.675,70 1,22% 10,15% 11,29% -0,01 1,44%

PARANÁ EXECUTIVO FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA Geral 21/2/00 R$ 100.425.669,70 1,16% 10,09% 10,62% -0,05 1,34%

BANRISUL PREVIDÊNCIA MUNICIPAL II FI RENDA FIXA LP Renda Fixa IMA Geral 29/8/08 R$ 288.900.919,87 1,03% 12,38% 12,63% 1,36 1,47%

HSBC ATIVO REGIMES PRÓPRIOS FI RENDA FIXA Renda Fixa Híbrido 2/8/10 R$ 443.667.819,65 1,00% 10,73% 0,48 1,07%

SUL AMÉRICA INFLATIE FI RENDA FIXA LP Renda Fixa IMA-B 11/7/08 R$ 216.687.312,10 0,99% 14,94% 16,96% 1,19 3,61%

CAIXA BRASIL IMA GERAL TÍTULOS PÚBLICOS FI RENDA FIXA LP Renda Fixa Índices IMA Geral 8/7/10 R$ 251.775.019,09 0,97%

BRADESCO IMA GERAL FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA Geral 30/4/07 R$ 747.755.978,77 0,97% 11,55% 12,56% 1,01 1,24%

BNP PARIBAS SPIN FI RENDA FIXA LP Renda Fixa IMA Geral 1/9/06 R$ 212.223.032,26 0,94% 11,63% 12,94% 0,96 1,37%

XP INVESTOR FI RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO LP Renda Fixa Médio e Alto Risco CDI 3/11/09 R$ 66.792.643,72 0,92% 10,82% 10,52% 3,28 0,18%

SAFRA EXECUTIVE 2 FI RENDA FIXA Renda Fixa Índices IRF-M 1 26/6/09 R$ 249.660.511,65 0,91% 10,64% 10,21% 6,72 0,06%

BANRISUL PATRIMONIAL FI RENDA FIXA LP Renda Fixa IMA Geral 3/6/02 R$ 426.577.920,91 0,91% 10,00% 10,65% -0,11 1,36%

BANRISUL PREVIDÊNCIA MUNICIPAL FI RENDA FIXA LP Renda Fixa IMA Geral 3/9/07 R$ 308.684.951,08 0,88% 12,14% 12,47% 1,41 1,26%

SUL AMÉRICA EXCELLENCE FI RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO Renda Fixa CDI 21/6/02 R$ 608.566.399,40 0,87% 10,48% 10,05% 4,66 0,06%

CAIXA RS FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 18/7/05 R$ 642.222.774,61 0,87% 10,19% 10,03% 0,09 0,18%

CAIXA ALIANçA FI RENDA FIXA Renda Fixa CDI 1/11/05 R$ 654.967.981,33 0,87% 10,25% 10,09% 0,36 0,19%

MERCATTO TOP FI RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO LP Renda Fixa Médio e Alto Risco CDI 31/8/01 R$ 287.106.224,38 0,86% 10,84% 10,47% 4,50 0,13%

CAIXA BRASIL TÍTULOS PÚBLICOS FI RENDA FIXA Renda Fixa CDI 10/2/06 R$ 2.629.455.637,10 0,86% 10,23% 10,06% 0,28 0,18%

CONCÓRDIA EXTRA FI RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO Renda Fixa CDI 1/4/96 R$ 210.657.366,10 0,84% 10,26% 9,83% 1,51 0,05%

BTG PACTUAL FIX FI RENDA FIXA Renda Fixa IRF-M 1/12/00 R$ 25.084.986,95 0,83% 9,25% 10,27% -0,64 1,29%

ITAÚ SOBERANO MULTI ÍNDICES FI RENDA FIXA Renda Fixa Híbrido 6/9/07 R$ 53.815.016,37 0,80% 9,91% 9,64% -1,24 0,19%

BB RPPS LIQUIDEZ FIC RENDA FIXA Renda Fixa IRF-M 1 8/12/09 R$ 1.260.847.063,53 0,80% 10,64% 11,33% 0,54 0,78%

CAIXA BRASIL SOBERANO FI RENDA FIXA Renda Fixa Índices IRF-M 28/5/10 R$ 486.258.359,16 0,80%

SANTANDER IRF-M TÍTULOS PÚBLICOS FIC RENDA FIXA Renda Fixa Índices IRF-M 7/5/10 R$ 209.361.796,41 0,79%

BNP PARIBAS FIX IRFM 1 FI RENDA FIXA Renda Fixa Índices IRF-M 1 17/8/10 R$ 12.403.412,92 0,77%

BRADESCO IRF-M 1 FI RENDA FIXA Renda Fixa Índices IRF-M 1 30/6/10 R$ 399.762.180,95 0,77%

CAIXA BRASIL SUPREMO TÍTULOS PÚBLICOS FI RENDA FIXA LP Renda Fixa Índices IMA-B 5 9/7/10 R$ 216.416.577,71 0,77%

BRADESCO IRF-M 1 TÍTULOS PÚBLICOS FI RENDA FIXA Renda Fixa Índices IRF-M 1 2/7/10 R$ 19.045.194,64 0,76%

CAIXA NOVO BRASIL FI RENDA FIXA CRÉDITO PRIVADO LP Renda Fixa IMA-B 27/10/09 R$ 2.613.100.676,47 0,69% 12,72% 14,61% 0,95 2,44%

SAFRA IMA FIC RENDA FIXA Renda Fixa Índices IMA-B 5 21/12/09 R$ 181.608.371,49 0,68% 11,63% 11,89% 1,27 1,04%

CAIXA BRASIL IMA B TÍTULOS PÚBLICOS FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 8/3/10 R$ 4.571.391.087,63 0,65%

BB RPPS ATUARIAL MODERADO FI RENDA FIXA PREVIDENCIÁRIO Renda Fixa IMA-B 9/3/06 R$ 1.985.438.951,89 0,64% 12,99% 14,44% 0,88 2,94%

BTG PACTUAL IMA B FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 23/7/08 R$ 137.154.037,58 0,63% 14,00% 16,84% 1,11 3,13%

SANTANDER IMA-B TÍTULOS PÚBLICOS FIC RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 9/12/09 R$ 1.348.703.062,01 0,63% 13,03% 15,92% 0,80 3,28%

BRADESCO IMA B TÍTULOS PÚBLICOS FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 17/2/10 R$ 1.568.907.757,12 0,63% 13,88% 16,76% 1,04 3,25%

BRADESCO IMA-B FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 7/1/08 R$ 1.568.907.757,12 0,63% 13,88% 16,76% 1,04 3,25%

BB RPPS ATUARIAL CONSERVADOR FI RENDA FIXA PREVIDENCIÁRIO Renda Fixa IMA-B 24/7/05 R$ 7.395.221.813,85 0,61% 13,16% 14,51% 0,94 2,89%

ITAÚ INSTITUCIONAL INFLAçÃO FIC RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 26/11/09 R$ 865.965.013,90 0,61% 13,33% 16,24% 0,86 3,36%

UNIBANCO ÍNDICE DE PREçOS FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 17/10/02 R$ 61.049.062,55 0,60% 11,91% 14,42% 0,60 2,68%

SAFRA INDEX 10 FIC RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 1/7/02 R$ 82.236.527,08 0,59% 10,48% 10,74% 0,27 1,04%

BES FIX INFLATION FI RENDA FIXA LP Renda Fixa Índices IMA-B 4/4/00 R$ 19.734.972,82 0,56% 12,66% 15,80% 0,63 3,67%

BNP PARIBAS INFLAçÃO FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 7/10/02 R$ 152.019.257,68 0,55% 13,59% 16,75% 0,93 3,36%

SCHRODER RPPS IMA-B FI RENDA FIXA Renda Fixa IMA-B 29/3/10 R$ 4.522.452,07 0,37%

CDI 0,84% 10,17% 9,75% 0,00 0,05%

IGP-M 1,00% 11,21% 11,32% 3,80 0,25%

IMA-B 0,64% 14,04% 17,04% 1,05 3,34%

IMA-B 5 0,78% 12,03% 13,04% 1,10 1,53%

IMA Geral 0,98% 11,93% 12,98% 1,21 1,31%

IRF-M 1 0,83% 10,46% 10,37% 0,82 0,32%

IRF-M 1,27% 10,70% 11,87% 0,34 1,44%

RANKING.indd 9 5/13/11 10:27:06 AM

Page 62: Revista ABIPEM – Março/Abril -2011

Ranking de fundos

62 | Março/abril 2011

FIDCsNome Classificação Anbima Benchmark Início do

fundoPatrimônio Líquido Retorno Sharpe Volatilidade

28/02/2010 No mêsFevereiro - 2011

12 meses 2010 nos ultimos 12 meses

nos ultimos 12 meses

TRENDBANK MULTICREDIT FIDC SÊNIOR SÉRIE 1 FIDC Fomento Mercantil Não definido 27/10/09 R$ 62.622.387,31 1,01% 11,80% 12,32% 34,24 0,06%

OURINVEST SUPPLIERCARD FIDC SÊNIOR I Direitos Creditórios 115% do CDI 27/6/07 R$ 171.169.171,00 0,97% 11,77% 11,28% 26,75 0,05%

MASTER PANAMERICANO CDC VEÍCULOS FIDC SÊNIOR Direitos Creditórios 112% do CDI 13/10/03 R$ 604.464.412,50 0,94% 11,45% 10,97% 21,94 0,05%

BCSUL VERAX CPP ABERTO 360 FIDC SÊNIOR Direitos Creditórios 110% do CDI 4/8/04 R$ 338.723.977,65 0,94% 11,30% 10,79% 18,53 0,05%

RURAL PREMIUM FIDC SÊNIOR FIDC Agro Indústria e Comércio Não definido 11/12/03 R$ 119.350.203,85 0,94% 10,82% 11,35% 17,51 0,06%

BCSUL VERAX CPP 180 ABERTO FIDC SÊNIOR Direitos Creditórios 107% do CDI 25/6/04 R$ 27.622.186,30 0,93% 11,00% 10,49% 13,62 0,05%

BV FINANCEIRA I FIDC SÊNIOR Direitos Creditórios 101% do CDI 28/6/06 R$ 272.121.307,80 0,85% 10,27% 9,84% 1,85 0,05%

CDI 0,84% 10,17% 9,75% 0,00 0,05%

MULTIMERCADOSNome Classificação Anbima Benchmark Início do

fundoPatrimônio Líquido Retorno Sharpe Volatilidade

28/02/2010 No mêsFevereiro - 2011

12 meses 2010 nos ultimos 12 meses

nos ultimos 12 meses

MERCATTO DIFERENCIAL 30 FI MULTIMERCADO LP Multimercados Multiestratégia CDI 7/8/07 R$ 179.215.827,89 1,19% 8,73% 8,86% -0,54 2,42%

MAPFRE INVERSION INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Macro CDI 10/9/08 R$ 27.056.201,98 1,14% 9,94% 11,41% -0,05 3,07%

CAIXA BRASIL FI MULTIMERCADO LP Multimercados Multiestratégia CDI 6/1/09 R$ 7.801.172,03 1,11% 8,79% 8,41% -1,32 0,96%

HSBC XIAN INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO LP Multimercados Multiestratégia CDI 31/8/01 R$ 130.306.921,92 1,02% 9,61% 9,27% -1,06 0,48%

MAPFRE INVERSION FI MULTIMERCADO Multimercados Macro CDI 9/1/06 R$ 424.400.614,14 1,01% 10,12% 11,24% -0,02 1,86%

HSBC MULTIFUNDOS FIC MULTIMERCADO Multimercados Multigestor CDI 15/9/05 R$ 10.852.195,45 0,99% 9,06% 9,12% -1,21 0,84%

CONCÓRDIA FI MULTIMERCADO LP Multimercados Multiestratégia CDI 22/5/01 R$ 70.354.114,51 0,96% 11,05% 10,36% 2,41 0,33%

CLARITAS INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 22/6/09 R$ 330.022.728,80 0,95% 11,94% 11,92% 1,95 0,82%

MERCATTO DIFERENCIAL FI MULTIMERCADO LP Multimercados Multiestratégia CDI 23/9/98 R$ 38.446.527,76 0,93% 9,19% 8,91% -0,51 1,72%

GRAU SAVANA INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 3/3/97 R$ 23.643.100,64 0,91% 9,93% 9,17% -0,21 1,02%

MERCATTO DIFERENCIAL INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO LP Multimercados Multiestratégia CDI 3/9/02 R$ 155.948.310,22 0,89% 8,72% 8,34% -1,77 0,75%

BRADESCO PLUS I FI MULTIMERCADO Multimercados Juros e Moedas CDI 3/11/99 R$ 99.165.730,87 0,88% 10,32% 10,08% 0,82 0,17%

XP INVESTOR FIC MULTIMERCADO Multimercados Multigestor CDI 29/1/07 R$ 12.359.071,16 0,88% 9,84% 9,55% -3,82 0,08%

VOTORANTIM EAGLE FI MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADO Multimercados Juros e Moedas CDI 16/10/95 R$ 73.679.812,00 0,86% 10,67% 10,37% 2,20 0,21%

INFINITY INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 27/2/03 R$ 186.533.482,10 0,86% 11,11% 10,73% 1,72 0,50%

IB INSTITUTIONAL ACTIVE FIX FI MULTIMERCADO Multimercados Juros e Moedas CDI 9/1/02 R$ 870.561.855,50 0,85% 10,59% 10,26% 2,53 0,15%

MODAL INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Macro CDI 18/11/04 R$ 117.828.818,17 0,85% 8,73% 8,06% -3,42 0,39%

BTG PACTUAL HEDGE INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 1/7/03 R$ 17.378.752,63 0,84% 10,52% 10,19% 0,63 0,50%

BB REGIME PRÓPRIO FI MULTIMERCADO PREVIDENCIÁRIO LP Multimercados Multiestratégia CDI 2/3/09 R$ 70.898.737,99 0,84% 10,25% 9,92% 0,21 0,32%

BNP PARIBAS SMART FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 14/9/98 R$ 52.216.262,27 0,84% 8,79% 8,35% -2,32 0,55%

BTG PACTUAL INSTITUCIONAL DINÂMICO FI MULTIMERCADO Multimercados Juros e Moedas CDI 19/7/99 R$ 363.309.792,44 0,82% 10,32% 10,01% 0,53 0,25%

VOTORANTIM DINÂMICO FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 4/1/96 R$ 43.444.805,68 0,79% 8,74% 8,70% -1,81 0,72%

XP MODERADO FIC MULTIMERCADO Multimercados Multigestor CDI 1/10/09 R$ 1.746.625,43 0,74% 10,34% 9,95% 0,39 0,38%

BRADESCO GOLDEN PROFIT DINÂMICO FIC MULTIMERCADO Balanceados CDI 1/7/97 R$ 157.495.513,73 0,72% 3,48% 4,06% -0,88 6,88%

BTG PACTUAL LOCAL INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 1/10/02 R$ 22.093.182,95 0,69% 13,00% 12,55% 1,94 1,31%

BRADESCO GOLDEN PROFIT MODERADO FIC MULTIMERCADO Balanceados CDI 8/7/97 R$ 121.089.292,45 0,69% 4,70% 4,89% -1,18 4,23%

SAFRA CARTEIRA INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 31/1/07 R$ 1.109.466.361,99 0,67% 9,56% 9,97% -0,65 0,85%

SUL AMÉRICA INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Macro CDI 17/6/05 R$ 42.843.133,01 0,66% 8,69% 9,30% -1,66 0,82%

BRADESCO GOLDEN PROFIT CONSERVADOR FIC MULTIMERCADO Balanceados CDI 28/11/96 R$ 61.047.236,42 0,66% 5,56% 5,56% -1,49 2,83%

CDI 0,84% 10,17% 9,75% 0,00 0,05%

RANKING.indd 10 5/13/11 10:27:07 AM

Page 63: Revista ABIPEM – Março/Abril -2011

Previdência Nacional | 63

FIDCsNome Classificação Anbima Benchmark Início do

fundoPatrimônio Líquido Retorno Sharpe Volatilidade

28/02/2010 No mêsFevereiro - 2011

12 meses 2010 nos ultimos 12 meses

nos ultimos 12 meses

TRENDBANK MULTICREDIT FIDC SÊNIOR SÉRIE 1 FIDC Fomento Mercantil Não definido 27/10/09 R$ 62.622.387,31 1,01% 11,80% 12,32% 34,24 0,06%

OURINVEST SUPPLIERCARD FIDC SÊNIOR I Direitos Creditórios 115% do CDI 27/6/07 R$ 171.169.171,00 0,97% 11,77% 11,28% 26,75 0,05%

MASTER PANAMERICANO CDC VEÍCULOS FIDC SÊNIOR Direitos Creditórios 112% do CDI 13/10/03 R$ 604.464.412,50 0,94% 11,45% 10,97% 21,94 0,05%

BCSUL VERAX CPP ABERTO 360 FIDC SÊNIOR Direitos Creditórios 110% do CDI 4/8/04 R$ 338.723.977,65 0,94% 11,30% 10,79% 18,53 0,05%

RURAL PREMIUM FIDC SÊNIOR FIDC Agro Indústria e Comércio Não definido 11/12/03 R$ 119.350.203,85 0,94% 10,82% 11,35% 17,51 0,06%

BCSUL VERAX CPP 180 ABERTO FIDC SÊNIOR Direitos Creditórios 107% do CDI 25/6/04 R$ 27.622.186,30 0,93% 11,00% 10,49% 13,62 0,05%

BV FINANCEIRA I FIDC SÊNIOR Direitos Creditórios 101% do CDI 28/6/06 R$ 272.121.307,80 0,85% 10,27% 9,84% 1,85 0,05%

CDI 0,84% 10,17% 9,75% 0,00 0,05%

MULTIMERCADOSNome Classificação Anbima Benchmark Início do

fundoPatrimônio Líquido Retorno Sharpe Volatilidade

28/02/2010 No mêsFevereiro - 2011

12 meses 2010 nos ultimos 12 meses

nos ultimos 12 meses

MERCATTO DIFERENCIAL 30 FI MULTIMERCADO LP Multimercados Multiestratégia CDI 7/8/07 R$ 179.215.827,89 1,19% 8,73% 8,86% -0,54 2,42%

MAPFRE INVERSION INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Macro CDI 10/9/08 R$ 27.056.201,98 1,14% 9,94% 11,41% -0,05 3,07%

CAIXA BRASIL FI MULTIMERCADO LP Multimercados Multiestratégia CDI 6/1/09 R$ 7.801.172,03 1,11% 8,79% 8,41% -1,32 0,96%

HSBC XIAN INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO LP Multimercados Multiestratégia CDI 31/8/01 R$ 130.306.921,92 1,02% 9,61% 9,27% -1,06 0,48%

MAPFRE INVERSION FI MULTIMERCADO Multimercados Macro CDI 9/1/06 R$ 424.400.614,14 1,01% 10,12% 11,24% -0,02 1,86%

HSBC MULTIFUNDOS FIC MULTIMERCADO Multimercados Multigestor CDI 15/9/05 R$ 10.852.195,45 0,99% 9,06% 9,12% -1,21 0,84%

CONCÓRDIA FI MULTIMERCADO LP Multimercados Multiestratégia CDI 22/5/01 R$ 70.354.114,51 0,96% 11,05% 10,36% 2,41 0,33%

CLARITAS INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 22/6/09 R$ 330.022.728,80 0,95% 11,94% 11,92% 1,95 0,82%

MERCATTO DIFERENCIAL FI MULTIMERCADO LP Multimercados Multiestratégia CDI 23/9/98 R$ 38.446.527,76 0,93% 9,19% 8,91% -0,51 1,72%

GRAU SAVANA INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 3/3/97 R$ 23.643.100,64 0,91% 9,93% 9,17% -0,21 1,02%

MERCATTO DIFERENCIAL INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO LP Multimercados Multiestratégia CDI 3/9/02 R$ 155.948.310,22 0,89% 8,72% 8,34% -1,77 0,75%

BRADESCO PLUS I FI MULTIMERCADO Multimercados Juros e Moedas CDI 3/11/99 R$ 99.165.730,87 0,88% 10,32% 10,08% 0,82 0,17%

XP INVESTOR FIC MULTIMERCADO Multimercados Multigestor CDI 29/1/07 R$ 12.359.071,16 0,88% 9,84% 9,55% -3,82 0,08%

VOTORANTIM EAGLE FI MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADO Multimercados Juros e Moedas CDI 16/10/95 R$ 73.679.812,00 0,86% 10,67% 10,37% 2,20 0,21%

INFINITY INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 27/2/03 R$ 186.533.482,10 0,86% 11,11% 10,73% 1,72 0,50%

IB INSTITUTIONAL ACTIVE FIX FI MULTIMERCADO Multimercados Juros e Moedas CDI 9/1/02 R$ 870.561.855,50 0,85% 10,59% 10,26% 2,53 0,15%

MODAL INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Macro CDI 18/11/04 R$ 117.828.818,17 0,85% 8,73% 8,06% -3,42 0,39%

BTG PACTUAL HEDGE INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 1/7/03 R$ 17.378.752,63 0,84% 10,52% 10,19% 0,63 0,50%

BB REGIME PRÓPRIO FI MULTIMERCADO PREVIDENCIÁRIO LP Multimercados Multiestratégia CDI 2/3/09 R$ 70.898.737,99 0,84% 10,25% 9,92% 0,21 0,32%

BNP PARIBAS SMART FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 14/9/98 R$ 52.216.262,27 0,84% 8,79% 8,35% -2,32 0,55%

BTG PACTUAL INSTITUCIONAL DINÂMICO FI MULTIMERCADO Multimercados Juros e Moedas CDI 19/7/99 R$ 363.309.792,44 0,82% 10,32% 10,01% 0,53 0,25%

VOTORANTIM DINÂMICO FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 4/1/96 R$ 43.444.805,68 0,79% 8,74% 8,70% -1,81 0,72%

XP MODERADO FIC MULTIMERCADO Multimercados Multigestor CDI 1/10/09 R$ 1.746.625,43 0,74% 10,34% 9,95% 0,39 0,38%

BRADESCO GOLDEN PROFIT DINÂMICO FIC MULTIMERCADO Balanceados CDI 1/7/97 R$ 157.495.513,73 0,72% 3,48% 4,06% -0,88 6,88%

BTG PACTUAL LOCAL INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 1/10/02 R$ 22.093.182,95 0,69% 13,00% 12,55% 1,94 1,31%

BRADESCO GOLDEN PROFIT MODERADO FIC MULTIMERCADO Balanceados CDI 8/7/97 R$ 121.089.292,45 0,69% 4,70% 4,89% -1,18 4,23%

SAFRA CARTEIRA INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Multiestratégia CDI 31/1/07 R$ 1.109.466.361,99 0,67% 9,56% 9,97% -0,65 0,85%

SUL AMÉRICA INSTITUCIONAL FI MULTIMERCADO Multimercados Macro CDI 17/6/05 R$ 42.843.133,01 0,66% 8,69% 9,30% -1,66 0,82%

BRADESCO GOLDEN PROFIT CONSERVADOR FIC MULTIMERCADO Balanceados CDI 28/11/96 R$ 61.047.236,42 0,66% 5,56% 5,56% -1,49 2,83%

CDI 0,84% 10,17% 9,75% 0,00 0,05%

As informações foram obtidas a partir de fontes públicas ou privadas consideradas confiáveis, cuja responsabilidade pela correção e veracidade não é assumida pela QUANTUM, pelo titular desta marca ou por qualquer das empresas de seu grupo empresarial. As informações disponíveis,nãodevem serentendidascomocolocação,distribuição ouofertadefundode investimento ou qualquer outro valor mobiliário.Fundos de investimento não contam com a garantia do Administrador do fundo, Gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Créditos FGC. Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e regulamento do fundo de investimento. Os valores exibidos estão em Real (BRL).Fonte: Quantum Axis.

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Alex Mognon(Pág. 29)Fuprem / SB do Campo Telefone: (11) 4126-3810

Álvaro da Luz(Pág. 29)Somma Investimentos Telefone: (48) 3037-1012

André Abreu (Pág. 29) BBDTVM Telefone: (21) 3808-7777

Anita Sabbag (Pág. 39)Prefeitura de CuritibaTelefone: (41) 3024-4264

Antônio da Fonseca Dórea(Pág. 14)Prefeitura de Poço VerdeTelefone: (79) 3549-1264

Benedito Passos(Pág. 18)NAP - Coppe/UFRJ Telefone: (21) 38676099

Delúbio Gomes da Silva(Pág. 34)MPSTelefone: (61) 2021-5000 Francisco Magro(Pág. 10)AtuárioTelefone: (51) 3212-9917

Gilson dos Anjos(Pág. 14)Prefeitura de Barra dos Coqueiros Telefone: (79) 3262-1274

Hudson Bessa(Pág. 29)Anbima Telefone: (11) 3032-3838

István Kasznar(Pág. 18) FGV Telefone: (21) 37995743

Jorge Rica(Pág. 29)BBDTVM Telefone: (21) 3808-7777 Leonardo Rolim(Págs. 25 e 34MPSTelefone: (61) 2021-5000

Marcelo Caetano(Pág. 18)IPEA Telefone: (61) 3315-5334

Marcio Salvatto(Pág. 18)IBMEC/MGTelefone: (31) 3247-5757

Milton Córdova Júnior(Pág. 14)CEFTelefone: (61) 3206 8806

Otoni Gonçalves Guimarães(Pág. 10)MPSTelefone: (61) 2021-5776 Paulo Dias de Campos(Pág. 39)CBSSI Telefone: (19) 3251-5194

Rosana Seger(Pág. 10)Advogada Telefone: (51) 3594-6525 Rubens Cenci Motta(Pág. 39)Prefeitura de Piracicaba Telefone: (19) 3434-3376

Valmor Dall’Agnol(Pág. 39)Prefeitura de Videira Telefone: (49) 3566-9000

Valnei Rodrigues(Pág. 14 e 34)Abipem Telefone: (51) 3594-9162

Eis os dados para contato com as pessoas entrevistadas nas reportagens desta edição de Previdência Nacional. Se encontrar

alguma difi culdade, por favor entre em contato conosco:

[email protected]

Serviço • Lista de entrevistados

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17979 -- Arquivo: 251437-17819-HW-12478-16-AN MIRAE INSTITUCIONAL 20.5X27.5_pag001.pdf17:05:25 15/03/2011

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Agenda de eventos da Abipem e da Apeprem

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MarçoA - Seminário Sul Abipem De 15 a16Florianópolis - SC

AbrilB - 7º Congresso Estadual/ Comemoração 15 anos de ApepremDias 4, 5 e 6 de abrilSão José dos Campos - SP

JulhoC - Congresso Nacional AbipemDe 6 a 8Fortaleza - CE

Agenda

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Previdência, responsabilidade social, con�ança.Estes são os nossos compromissos.

Visite o site da Eternum e conheça nossos serviços: www.eternum.com.brou entre em contato conosco pelo telefone: 11 2386 1190

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