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MARÇO/2011 ANO 16 Nº 64 Avanços contínuos na qualidade dos serviços Rodoviário de passageiros Cuidadosa preparação dos motoristas Os melhores restaurantes nas estradas Salas VIP modernas e confortáveis Internet sem fio a bordo dos ônibus A volta das comissárias de bordo

Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

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Publicação da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros

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Page 1: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

MARÇO/2011 ANO 16 Nº 64

Avanços contínuos na qualidade dos serviços

Rodoviário de passageiros

Cuidadosa preparação dosmotoristas

Os melhores restaurantesnas estradas

Salas VIP modernas e confortáveis

Internet semfio a bordo dos ônibus

A volta dascomissárias de bordo

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Há 60 anos, o governo federal inaugurou a Rodovia

Presidente Dutra, que se tornou a maior ligação rodoviária

do País, e que hoje está sob a gestão da iniciativa privada.

A Induscar Caio está comemorando

dez anos de atividade. Paralelamente,

também festeja os 65 anos

da marca Caio, que chegou

ao mercado em 1946.

3850

A Irizar comemora 120 anos

empenhada em

vigoroso processo de

expansão internacional.

umárioS

O transporte rodoviário de passageiros do Brasil já é um dos melhores do mundo, e as empresas operadoras seguem

trabalhando para elevar ainda mais os índices de qualidade dos serviços prestados.

30

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Internet sem fio nos ônibus e um

amplo Espaço Cliente na rodoviária

de Porto Alegre são duas novas

comodidades oferecidas pela

Viação Planalto aos seus usuários.

A carroçaria número 35.000

produzida em Erechim pela Comil foi

entregue à Viação Santa Cruz.

A unidade

industrial de Ana

Rech, principal

fábrica de

carroçarias da

Marcopolo, está

completando

30 anos de

funcionamento.

Foi inaugurada

em 1981.

O Grupo Luft, do empresário Mário Luft

(foto) assumiu o controle de uma das

mais tradicionais empresas de transporte

rodoviário do País, a Viação Garcia.

10

44

16

22

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6 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

artasC

MEDICINA DO SONOÉ gratificante saber que, dez anos

depois de adotar um programa desti-

nado a proporcionar sono de qualidade

aos seus motoristas, a Viação Águia

Branca não só continua persistindo

em sua aplicação como também na

sua ampliação. Não me parece muito

fácil avaliar a extensão dos benefícios

que um programa dessa natureza pode

trazer para os profissionais do volante,

para a própria empresa e para nós,

passageiros, mas creio que basta

pensarmos no aspecto da segurança

do motorista e dos passageiros para

nos convencermos de que a Águia

Branca está no caminho certo e de

que o seu exemplo deve ser imitado

por um número maior de empresas de

transporte de passageiros.

Crisanto A. de Paula

EUNÁPOLIS — BA

SATISFAÇÃO 1Muito interessantes os resultados

da nova pesquisa da ABRATI junto aos

passageiros do sistema interestadual

e internacional. O que me pareceu

mais importante é o fato de que os

índices de satisfação vêm sempre

aumentando. Suponho que, até certo

ponto, isso pode ter relação com o pro-

cesso de modernização do nosso país,

mas é fora de dúvida que o empenho

das empresas operadoras em aper-

feiçoar os seus serviços é o que põe

a roda em movimento: os usuários se

tornam mais exigentes, os fabricantes

de ônibus melhoram a qualidade dos

veículos e até as nossas péssimas

estações rodoviárias tentam mudar o

quadro de abandono e desconforto que

há décadas oferecem aos passageiros.

No meu modo de ver, a Revista ABRATI

muito tem ajudado nessa questão.

Aelton J. Sabino

TRÊS CORAÇÕES — MG

SATISFAÇÃO 2 As empresas de transporte rodoviá-

rio de passageiros estão de parabéns.

Alcançar uma média de satisfação dos

usuários superior a 87% não é tarefa

fácil, especialmente devido à grande

disparidade de condições e de infraes-

trutura existentes no nosso Brasil. As

empresas que fazem transporte de lon-

ga distância devem saber bem o que

isso significa. Continuem trabalhando.

Lindomar Leite Ribeiro

APARECIDA — SP

BOA MESAAplausos para a inicativa da empre-

sa Expresso Guanabara, que trabalha

para melhorar a qualidade de lanchone-

tes, bares e restaurantes nas estradas

por onde passam as suas linhas. Além

do Sebrae, também o DNIT, a ANTT ou

algum outro órgão do governo federal

e dos governos estaduais deveriam

voltar suas atenções para essa defi-

ciência crônica do nosso sistema de

transporte de passageiros. Tratem

bem os passageiros e eles passarão

a viajar muito mais.

Flaviano José de Ataíde

IBIAPINA — CE

COMETAOs novos ônibus da Viação Cometa

ficaram deslumbrantes. Viajei num

deles de São Paulo para Campinas

e fiquei impressionado com várias

coisas, começando pelo design dos

novos carros: a Marcopolo caprichou.

O interior dos ônibus é espetacular

e não me lembro de jamais ter visto

nada igual, nem mesmo nos ônibus da

Cometa. Mas, conforto mesmo a gente

percebe quando a viagem começa:

nenhuma vibração, o mínimo de ruído

e muita tranquilidade.

João Paulo Lopes dos Santos

LINDOIA — SP

A Revista ABRATI é uma publicação da

Associação Brasileira das Empresas de

Transporte Terrestre de Passageiros

Editor Responsável

Ciro Marcos Rosa

Produção, edição e editoração eletrônica

Plá Comunicação – Brasília

Editor Executivo

Nélio Lima – MTb 7903

Impressão

Gráfica e Editora Athalaia – Brasília

Fotos da capa

Ibanes Lemos/Divulgação

Esta revista pode ser acessada via

internet: http://www.abrati.org.br

Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre

de Passageiros

Presidente Renan Chieppe

Vice-PresidentePaulo Alencar Porto Lima

Diretor Administrativo-FinanceiroCláudio Nelson C. Rodrigues de Abreu

DiretoresCarlos Alberto de O. Medeiros, Francisco Tude de Melo Neto, Jocimar Moreira, Letícia Sampaio Pineschi, Paulo Humberto Naves Gonçalves, Sandoval Caramori,Telmo Joaquim Nunes e Washington Peixoto Coura.

SuperintendenteJosé Luiz Santolin

Secretário-GeralCarlos Augusto Faria Féres

Assessoria da PresidênciaCiro Marcos Rosa

SAUS Quadra 1 - Bloco J - Edifício CNT Torre A – 8º andar - Entrada 10/20 CEP: 70.070–944 Brasília - Distrito Federal

Telefone: (061) 3322-2004Fax: (061) 3322-2058/3322-2022E-mail: [email protected]: http://www.abrati.org.br

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arta do PresidenteC

Um bom momento para falar de qualidade

A indústria produtora de ônibus — chassis e carroçarias — vive momen-

to muito bom com as crescentes vendas de veículos para as empre-

sas prestadoras do serviço de transporte rodoviário de passageiros no

Brasil. Os volumes de compras, sempre registrados pela Revista ABRATI,

mostram a permanente preocupação das empresas transportadoras de

passageiros em renovar suas frotas, dotando-as de veículos modernos,

seguros e cada vez mais confortáveis para seus milhões de passageiros.

E a indústria, numa demonstração de maturidade e de elevada competência

tecnológica, tem sabido responder a essas exigências, produzindo veículos para

as mais diferentes formas de utilização em um país de dimensões continentais

e diferenças acentuadas na qualidade das rodovias.

Os ônibus brasileiros são comparáveis aos veículos produzidos nos países

de Primeiro Mundo. Em alguns casos, até superiores. Nunca inferiores. Isso em

se falando de tecnologias adotadas para a produção dos chassis e carroçarias.

Esse patamar tão elevado se deve à importância que o mercado de transporte

de passageiros tem para a indústria de equipamentos. O Brasil é, para muitas

delas, o principal mercado de ônibus em todo o mundo.

Também as empresas de transporte rodoviário de passageiros desenvolveram

um know how próprio ao administrar um sistema que opera linhas longas que

exigem das operadoras todo um conhecimento para que tudo corra bem e nada

falte ao longo das rotas. Parece simples, mas não é. Numa rota longa as empre-

sas têm que manter carros reservas, pequenos almoxarifados com as principais

peças sujeitas a trocas, mecânicos especializados, motoristas, despachantes e

outros profissionais, todos voltados ao atendimento do passageiro.

O aperfeiçoamento na qualidade desse atendimento, desde o guichê de

compra de passagem e o embarque, até a viagem em si, é a meta principal das

empresas associadas à ABRATI. Todas investem recursos e tempo no permanente

treinamento dos empregados e, especialmente, em cursos de segurança para os

motoristas, incluindo direção defensiva e prevenção do sono.

Os investimentos em informática também contribuem para o melhor atendi-

mento ao público: as informações fluem com maior rapidez, gerando respostas

precisas por parte dos operadores dos call centers das companhias; as passagens

são vendidas corretamente, sem riscos de duplicidade; as frotas e as viagens

são rigorosamente controladas, inclusive com parte dos veículos rastreada por

satélite; todos os dados de cada rota percorrida são fielmente registrados, e

o conforto também se torna maior, haja vista que algumas operadoras já vêm

oferecendo o serviço de internet a bordo dos seus ônibus.

São as empresas na busca permanente por um melhor serviço, esforço esse

que se complementa com as periódicas renovações de frota, com as quais se

cuida de manter a idade média dos veículos sempre em nível baixo.

Júlio

Fer

nand

es

Renan Chieppe, Presidente da ABRATI.

O aperfeiçoamento na qualidade desse

atendimento, desde o guichê de compra de

passagem e o embarque, até a viagem em si, é a meta principal das

empresas associadas à ABRATI. Todas investem

recursos e tempo no permanente treinamento

dos empregados e, especialmente, em

cursos de segurança para os motoristas, incluindo

direção defensiva e prevenção do sono.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2011 7

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8 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

B A G A G E I R O

FERRAMENTA

COMUNICAÇÃO

CRESCIMENTO

COMBUSTÍVEIS

O ECONôMETrO DO AxOr AjuDA O MOTOrISTA A ECONOMIzAr COMBuSTívEL

CNT rENOvA SEu pOrTAL E ABrE ESpAÇO DE DIvuLGAÇÃO NAS MíDIAS SOCIAIS

MuTuAL SEGurOS ABrE FILIAL EM rEGIÃO COM GrANDE pOTENCIAL DE NEGóCIOS

EThANOL SuMMIT SErá rEALIzADO EM SÃO pAuLO NO INíCIO DE juNhO

A Confederação Nacional

do Transporte (CNT) introdu-

ziu mudanças de conteúdo

e no visual do seu portal

na internet, com o objetivo

de organizar melhor as in -

formações sobre o setor,

A Mercedes-Benz agregou

mais uma tecnologia

aos caminhões pesados

da linha Axor. Todos os

modelos saem da fábrica

com novo painel de

instrumentos, com mais

informações e melhor

visualização. O painel

traz diversas funções

A Mutual Seguros está

instalando uma filial em

Piracicaba, no interior

paulista, onde tem

registrado expressiva

demanda por seus produtos.

A cidade está localizada

em uma região que

tem outros municípios

importantes como

Campinas, Americana,

Limeira e Indaiatuba.

A Mutual vem pondo em

prática um projeto de

que auxiliam o motorista

a operar o caminhão da

forma mais econômica,

entre elas o Econômetro,

que é uma faixa verde

variável no contagiros.

Ela indica ao motorista a

melhor rotação de trabalho

do motor para o menor

consumo de combustível.

O novo painel dos pesados Axor: faixa verde variável ajuda o motorista.

Ônibus da Scania que divulga o conceito de uso do etanol.

expansão que visa aumentar

a produtividade em regiões

com grande potencial de

negócios. No fim do ano

passado, por exemplo, foi

instalada a primeira filial

no Nordeste, em Recife. O

escritório de Piracicaba dará

atenção especial ao Seguro

de Responsabilidade Civil

Ônibus, Responsabilidade

Civil Caminhões,

Seguro Garantia e Seguro

Fiança Locatícia.

Nos dias 6 e 7 de junho

próximo será realizado

em São Paulo o Ethanol

Summit 2011, evento

organizado pela União

da Indústria de Cana-de-

Açúcar (Unica). Vai reunir

importantes autoridades

de vários países para

debater o futuro das fontes

de energia renováveis. O

tema oficial será “Soluções

para a economia de baixo

carbono”, com o propósito

de reforçar a importância

dos derivados da cana

para a redução dos gases

causadores do efeito

estufa. A Scania, única

montadora a oferecer como

solução de combustível

renovável motores para

ônibus e caminhões

movidos a etanol,

participará na condição de

patrocinadora oficial.

a própria confederação, o

Serviço Social do Transporte

(Sest), o Serviço Nacional

de Aprendizagem do Trans-

porte (Senat) e a Escola de

Transporte. Além disso, as

notícias da CNT e de suas

instituições já podem ser

acompanhadas pelo Twitter

e pelo Facebook. No Youtu-

be, são encontrados vídeos

institucionais e reportagens

sobre o mundo dos transpor-

tes. Também são mantidas

no Flickr páginas da CNT,

Sest e Senat.

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REVISTA ABRATI, JUNHO 2006REVISTA ABRATI, MARÇO 2011 9

CAMPANHA

VERSATILIDADE

CHASSIS

PRODUTIVIDADE

pArCErIA ENTrE O CISA E A prF rEFOrÇA AS AÇõES pArA EDuCAÇÃO DE TrâNSITO

rIO GrANDE DO SuL uSA OS MINIôNIBuS vOLArE COMO DELEGACIAS MóvEIS MErCEDES-BENz LIDErA vENDA

DE ArTICuLADOS NO BrASIL

SCANIA FOrNECE SEu ChASSI DE 15 METrOS à EMprESA METrA, DO ABC

Como resultado de

uma parceria com o

Departamento de Polícia

Rodoviária Federal, o Cisa

(Centro de Informações

sobre Saúde e Álcool) está

ampliando a distribuição,

para instituições públicas

e privadas, de DVDs da

campanha “Álcool ou

Quinze chassis do

modelo K 270 de 15

metros foram fornecidos

pela Scania à empresa

Metra, da região do ABC

paulista. Os ônibus com

esse chassi transportam

25% mais passageiros

na comparação com os

modelos convencionais

de 12 ou 13 metros.

Uma das unidades que foram

transformadas em delegacia.

O chassi de 15 metros, opção entre o convencional e o articulado.

Direção” e do guia “Beber

ou dirigir, faça a escolha

certa”. Até agora, já foram

mais de 500 cópias do

DVD e 3.800 guias.

A filosofia de atuação do

Cisa (organização não

governamental) é de que

a melhor forma de

prevenir é informar.

Unidades do miniônibus

Volare W9 estão sendo

utilizadas como delegacias

de polícia móveis no

Rio Grande do Sul.

Foram desenvolvidos

especialmente para essa

finalidade e dispõem de

balcão de atendimento,

sala de espera,

computadores com leitoras

de impressões digitais e

cela de detentos.

Os W9 são empregados

como equipamento auxiliar

em operações policiais

realizadas em locais

considerados estratégicos.

As delegacias móveis estão

disponíveis para o registro

de ocorrências e de delitos,

perda de documentos e

recebimento de denúncias.

Para melhor atender à

comunidade, o veículo tem

três guichês, cada um com

quatro cadeiras de espera.

Em 2010, a Mercedes-Benz comercializou 139

unidades de chassis O 500 para ônibus urbanos

articulados, alcançando 77% de participação

no mercado nacional. Além disso, a montadora

exportou 215 chassis O 500 articulados, o que

correspondeu a 74% das vendas externas brasileiras

desse tipo de produto. Desde o seu lançamento,

em 2006, o chassi O 500 já teve 1.630 unidades

vendidas no Brasil, Colômbia, Santiago do Chile,

África do Sul e México, entre outros países.

Os modelos contam

com sistema de

ajoelhamento controlado

eletronicamente, de

modo que a suspensão

é rebaixada à altura

da calçada para

facilitar embarques e

desembarques. Têm

capacidade para até 130

passageiros cada.

Page 10: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

A Planalto viaja na era wirelessA Viação Planalto, de Santa Maria-RS, adota duas novidades que estão tornando os

seus serviços ainda mais apreciados pelos passageiros: internet sem fio nos ônibus

e o Espaço Cliente Planalto, na rodoviária de Porto Alegre.

Traduzindo: ainda mais conforto para os usuários.

erviços

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ção

10 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

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A preocupação de melhorar cada vez

mais os serviços oferecidos aos

passageiros levou a Viação Planalto a

instalar na rodoviária de Porto Alegre

uma moderna Sala VIP denominada

Espaço Cliente Planalto. O projeto foi

desenvolvido especialmente para que

os mais de 192.000 passageiros que

embarcam ou desembarcam men-

salmente no terminal, viajando nos

ônibus da empresa, possam dispor

de um lugar adequado para descanso

e entretenimento durante o tempo em

que permanecerem no terminal, seja

durante o dia, seja à noite.

Outro serviço que já está à dis-

posição dos passageiros é o acesso

gratuito à internet sem fio nos ônibus.

Agora, já é possível conectar note-

books em qualquer ponto da viagem e

usar a internet pelo tempo desejado.

O sistema está disponível nas viagens

intermunicipais de Porto Alegre para

A sala é separada do espaço externo da rodoviária por uma divisória de vidro. Na parede à esquerda, um painel de 14 metros.

Outro conforto: máquinas para compra de

refrigerantes, café e snacs.

Itaqui, Quaraí, Rio Grande, Rosário do

Sul, Santiago, São Borja, São Francis-

co de Assis, Santa Maria e Uruguaiana.

Duas linhas interestaduais — Santa

Maria a Palmas-TO e Santa Maria a

Barreiras-BA — também oferecem o

sistema. A novidade agradou em cheio

aos passageiros. Todo o serviço está

sendo prestado em 86 ônibus com

chassis Mercedes-Benz e carroçarias

Marcopolo incorporados recentemente

à frota da Planalto.

Na rodoviária de Porto Alegre, para

ter acesso ao Espaço Cliente Planalto,

basta apresentar o bilhete de passa-

gem do dia. Na Sala VIP, os usuários

dispõem de ar climatizado, toaletes

(inclusive para portadores de neces-

sidades especiais), fraldário, internet

wireless, revistaria, DVD, sala de reu-

niões, jogos de mesa e máquinas de

auto-serviço com café, bebidas e snacs

doces e salgados.

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O Espaço Cliente Planalto ocupa

área de 240 metros quadrados na ro-

doviária de Porto Alegre. Nele, chama

atenção o trabalho do artista Mateus

Grim, que pintou e montou um grande

painel ao longo de uma parede de

14 metros de extensão, retratando o

povo brasileiro através de sua cultura

e lembranças. Ele instalou as figuras

como se várias fotografias de viagem

houvessem sido dispostas aleatoria-

mente ao longo do painel. A disposição

e as figuras fortalecem, na visão do

artista, a ideia de reconhecimento: as

pessoas vão se identificando com os

elementos presentes no painel.

No ambiente estão instaladas 100

confortáveis poltronas avulsas, além

de bancadas complementadas com ca-

deiras, e onde ficam os computadores.

erviços

O espaço para jogos conta com mesas e confortáveis cadeiras de linhas modernas.

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A nova frota de 86 ônibus equipados

com internet sem fio (esquerda)

introduz um novo diferencial nas

viagens rodoviárias.

Com o sistema wireless de acesso à

internet, os passageiros viajam conectados

e podem implementar decisões, tratar de

negócios, enviar ordens, fazer compras,

comunicar-se com familiares

e amigos ou simplesmente informar-se,

baixar jogos eletrônicos, ou

dedicar-se a algum passatempo

de seu interesse.

Os usuários podem navegar à vontade

pela internet sem fio.

Também se pode comprar lanches,

refrigerantes e snacs nas máquinas

instaladas na sala. A iluminação é

suave e bem distribuída, com a utili-

zação de luminárias de alumínio com

lâmpadas fluorescentes. Peças embu-

tidas com aletas metálicas e lâmpadas

tubulares T5 compõem dois circuitos

de luminárias que atendem às neces-

sidades do dia e da noite. Um sistema

de ar-condicionado mantém o Espaço

permanentemente climatizado.

Além do Espaço na rodoviária de

Porto Alegre, a Planalto conta com

salas de atendimento exclusivas aos

passageiros nas rodoviárias de Rio

Grande e Santa Maria, no interior do

Rio Grande do Sul. Computadores com acesso permanente à internet sem fio e aspecto parcial do painel.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2011 13

Page 14: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

Como seria bom se a natureza tivesse mais verde e a cidade tivesse mais vida, com menos poluição e congestionamentos. Andar de ônibus ajuda a diminuir a emissão de poluentes nocivos à saúde, promove a redução de veículos nas ruas e rodovias e estimula a harmonia na sociedade. Andar de ônibus é bom, seguro e confortável. É bom para todos, inclusive você!

www.marcopolo.com.br

Respeite a sinalização de trânsito

Page 15: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

Como seria bom se a natureza tivesse mais verde e a cidade tivesse mais vida, com menos poluição e congestionamentos. Andar de ônibus ajuda a diminuir a emissão de poluentes nocivos à saúde, promove a redução de veículos nas ruas e rodovias e estimula a harmonia na sociedade. Andar de ônibus é bom, seguro e confortável. É bom para todos, inclusive você!

www.marcopolo.com.br

Respeite a sinalização de trânsito

Page 16: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

mpresaE

Viação Garcia trabalha para ser a maior do paísSob a gestão de novo controlador — o empresário gaúcho Mário Luft, radicado em São Paulo

— a Viação Garcia mantém e amplia os projetos de contínuo aperfeiçoamento dos serviços e

de renovação da frota, e trabalha com a meta de reposicionar a empresa no setor de transporte

rodoviário de passageiros.

Desde o dia 1º de dezembro de

2010 assumiu o comando da

Viação Garcia o empresário Mário

Luft, que preside o Grupo Luft, com

sede em São Paulo, e que reúne seis

unidades de negócios que atuam com

soluções logísticas para os segmentos

de agronegócios, alimentação, saúde,

entretenimento e lazer, cargas expres-

sas sensíveis e grandes volumes, e

na produção industrial de defensivos

agrícolas. O grupo possui um quadro

de mais de 3.500 colaboradores e é

um dos maiores no setor de serviços

logísticos da América Latina.

A Viação Garcia foi negociada no

fim de novembro pelas famílias Garcia

Cid, Garcia Pedriali e Garcia Molina,

O empresário Mário Luft diz que quer fazer da Viação Garcia a maior empresa de transporte rodoviário de passageiros do Brasil.

Div

ulga

ção

16 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

Page 17: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

em transação que envolveu também

a Viação Ouro Branco e a Princesa do

Ivaí. Ao colocar-se à frente do negócio,

Mário Luft anunciou imediatamente a

intenção de comprar mais 50 ônibus

novos, a serem destinados às ope-

rações de fretamento e turismo e à

renovação de 30% da frota das linhas

metropolitanas. Informação ainda não

confirmada pela companhia dá conta

de que em janeiro deste ano teriam

sido adquiridos mais 30 chassis, estes

da marca Scania.

Mário Luft declarou que pretende

dar impulso à área de marketing e às

ações de relacionamento com o clien-

te. Um de seus primeiros elogios foi

para o quadro de 2.700 colaboradores

da Viação Garcia. A qualidade do pes-

soal vem ao encontro da sua intenção

de fazer que o foco da empresa esteja

totalmente voltado para o melhor aten-

dimento ao usuário. “Vamos investir

para beneficiar nossos passageiros e

clientes. O bem-estar do nosso passa-

geiro é prioridade”, anunciou.

Mostrando disposição para inovar,

ainda em dezembro o novo controla-

dor colocou um ônibus leito na linha

Londrina-São Paulo em horário diurno.

E explicou: “Sempre há aquele pas-

sageiro que gosta de viajar durante o

dia e não abre mão do conforto. Para

esse passageiro, teremos o ônibus

leito durante o dia.”

NOVO SONHO

Gaúcho de Santa Rosa, Mário Luft

fundou sua primeira empresa de trans-

porte em 1975. Sua visão empreende-

dora parece ajustar-se perfeitamente

à história da Viação Garcia, empresa

que nasceu e se desenvolveu junto

com o município de Londrina, há 76

anos, e que em cada período da sua

história invariavelmente se preocupou

em buscar maior eficiência, segurança

e conforto para os seus usuários. “É

um privilégio fazer parte dessa história

e uma honra incorporar a Viação Garcia

ao nosso futuro”, disse o empresário

ao assumir.

Aos 67 anos de idade, Mário

Luft diz que seu sonho, agora, é

transformar a Viação Garcia na maior

empresa de transporte rodoviário de

passageiros do País. Hoje, ela ocupa

a quinta colocação no ranking, com fa-

turamento em torno de R$ 240 milhões Os novos ônibus da Garcia mostram fotografias das principais cidades servidas pela empresa.

Os ônibus estão adaptados para o transporte de pessoas com mobilidade reduzida.

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Page 18: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

por ano, mais R$ 40 milhões no setor

de encomendas e serviços expressos.

“Mudei-me para Londrina para realizar

esse grande sonho. Vamos crescer, no

mínimo, sete e meio por cento ao ano,

com a meta de chegar a dez por cento.”

Para atingir esse objetivo, ele

pretende recorrer à mesma receita de

sucesso empregada em seus outros

empreendimentos: paixão pelo negó-

cio e ousadia de inovar. Diz ser um

apaixonado pelo setor de transporte,

especialmente o de passageiros, e

garante que foi “um gosto especial

pelo desafio diário” que o impulsionou

para tentar realizar o seu sonho com a

compra da Viação Garcia.

Em termos práticos, seu raciocínio

se orienta pelo fato de que viajam

pela Garcia, em média, um milhão

de passageiros por mês, e que no

ano passado o setor de transporte

rodoviário de passageiros atendeu

a aproximadamente 120 milhões de

pessoas, ao passo que apenas oito

milhões viajaram de avião. Mário

Luft aposta nesse mercado com a

economia em crescimento, a inflação

controlada e o acesso dos brasileiros

das classes D e E às classes B e C.

Sua previsão: “Enquanto o avião está

limitado à capacidade dos aeroportos

das cidades metropolitanas e não há

projeto de expansão para os próximos

dez anos, o ônibus receberá esse

mercado crescente de passageiros.”

FROTA NOVA

A transferência do controle acio-

nário para o Grupo Luft deu-se pouco

tempo depois de a Garcia ter adquirido,

no segundo semestre de 2010, um

lote de 100 ônibus com chassis Volvo

dos modelos B9R e B12R e carroçarias

Marcopolo da Geração 7, nos modelos

Paradiso 1200 e 1050. O negócio, no

valor de R$ 55 milhões, foi o maior

realizado pela Volvo Buses em 2010

no Brasil.

Os novos ônibus já estão rodando

nas linhas da Viação Garcia nos esta-

mpresaE

Transportar passageiros em ônibus dotados das mais avançadas tecnologias de segurança e conforto é uma prática que acompanha a Garcia

desde os tempos de sua fundação, há 76 anos.

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dos do Paraná, São Paulo, Rio de Janei-

ro, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

Oferecem a possibilidade de acesso

wireless à internet, e ainda, pontos

para recarregar baterias de notebook e

celular, ar-condicionado com difusores

e controles individuais e sistema que

permite a constante renovação do ar

no interior do ônibus. Acrescente-se à

lista o sensor de alerta de fumaça que

indica se há cigarro aceso dentro do

veículo. Os novos carros contam com

todas as adaptações necessárias para

o transporte de passageiros portado-

res de mobilidade reduzida.

A transmissão automática dos

ônibus é equipada com a mais mo-

derna caixa eletrônica. Todos eles

contam com um avançado sistema de

segurança que possibilita a aplicação

individual dos freios em cada roda,

de modo a controlar com eficiência

a estabilidade do veículo. O sistema,

lançado há menos de dois anos no

Brasil, conjuga diversas tecnologias

e dispositivos, entre eles o controle

de frenagem que evita travamento

das rodas, e o controle que iguala a

força de tração nas rodas e a ação

dos eficientes freios a disco.

Os novos ônibus da Viação Garcia

estão circulando com fotografias das

principais cidades atendidas pela em-

presa, estampadas nos vidros trasei-

ros. São imagens de pontos turísticos

que convidam para uma boa viagem ou

um belo passeio. Fotógrafos convida-

dos cederam imagens que mostram as

belezas de Londrina, Maringá, Curitiba,

Rio de Janeiro e São Paulo. Nesta

primeira fase, os trabalhos são dos

fotógrafos Milton Dória, Valdir Carniel,

Nani Góis e André Masiero. Imagens de

outras cidades atendidas pela Viação

Garcia também serão exibidas.

A frota da Viação Garcia conta com cerca de

500 veículos de última geração. A empresa liga o

Estado do Paraná às cidades de Ribeirão Preto,

Ourinhos, Bauru, Presidente Prudente, Campinas e

São Paulo, e a várias localidades de Santa Catarina,

Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

Seus ônibus percorrem mensalmente cerca de 3,5

milhões de quilômetros e, por ano, são transportados

quase 12 milhões de passageiros, em serviços nos

Mecânica Volvo ou Scania e carroçaria Marcopolo G7, eficiência e modernidade nas estradas.

Os números mostram a força da empresapadrões executivo, leito-cama e double class. A sede

da empresa está em Londrina desde a fundação, e

são mantidas 17 filiais.

A Viação Garcia opera também no transporte

metropolitano, no intermunicipal e no transporte de

cargas. O serviço de encomendas expressas e cargas

fracionadas funciona no sistema de entrega em até

24 horas nas localidades onde a Viação Garcia faz

transporte rodoviário de passageiros.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2011 19

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ncarroçadoraE

Marcopolo, há 30 anos produzindo em Ana rechO complexo industrial de Ana Rech, em Caxias do Sul, uma das mais modernas fábricas do mundo

para a produção de ônibus, comemorou 30 anos de atividades no dia 20 de fevereiro. Ali a Marcopolo

produz cerca de 50 veículos diariamente e já fabricou aproximadamente 160 mil ônibus.

Localizada em Caxias do Sul-RS, a principal unidade encarro-

çadora da Marcopolo ocupa área total de 471.000 metros

quadrados, sendo a área construída de 88.000 metros quadra-

dos. Conta com os mais avançados equipamentos e instalações

e, somente nos últimos três anos, recebeu investimentos

superiores a R$ 50 milhões, sobretudo para modernização dos

equipamentos, melhoria da qualidade, aumento de capacidade

produtiva e para ergonomia e maior conforto dos empregados.

Em Ana Rech, trabalham 6.726 colaboradores.

Acima: Ana Rech hoje: abaixo, em 1981, quando foi inaugurada.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

22 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

Page 23: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

Carroçaria Marcopolo Viaggio Geração IV, sobre chassi Volvo, da Viação Santa Cruz (1983).

Carroçaria metalica produzida pela Nicola & Cia. Ltda., com chassi Mercedes-Benz O-321.

Na unidade está localizado também

o Centro de Pesquisa e Desenvolvimen-

to da Marcopolo, onde mais de 300

técnicos e engenheiros se dedicam à

contínua evolução e aprimoramento

dos veículos. Ali é projetada a maioria

dos modelos que rodam pelo mundo e

são produzidas as unidades especiais,

concebidas sob medida para atender

às necessidades dos clientes.

A Marcopolo concentrou em Ana

Rech a fabricação de componentes e

equipamentos para os veículos, como

poltronas, painéis de acabamento,

laterais e revestimentos internos,

entre outros. As peças produzidas

são também enviadas para as demais

unidades da empresa no Brasil e no

exterior.

A unidade de Ana Rech foi inau-

gurada em 1981, com o objetivo de

suprir a crescente demanda de pro-

dução de ônibus que havia na época.

A construção havia sido iniciada três

anos antes e o projeto exigiu a implan-

tação dos mais modernos sistemas

de fabricação, que foram planejados

e desenvolvidos para se alcançar alto

grau de racionalização e produtividade.

Dez anos após a fundação, a fábri-

ca comemorou a produção do ônibus

60.000, um rodoviário Paradiso da

então Geração IV.

Em 2001, a unidade Ana Rech foi

considerada “fábrica modelo”, pela

eficiência dos seus equipamentos,

pessoal especializado, processos

industriais e desenvolvimento do

produto. No mesmo ano a unidade

inaugurou sua Estação de Gás Natural,

desenvolvida para reduzir o consumo

de energia elétrica e criar uma matriz

energética sustentável.

Considerada o centro nervoso de

toda a Marcopolo, a fábrica de Ana

Rech é onde se processam todas as

operações SKD e CKD para vários

países. Também ali são desenhados

e configurados todos os veículos a

serem produzidos pelas demais uni-

dades.

Desde 2003, a Marcopolo Ana

Rech dispõe de uma moderna pista de

testes, que facilita e torna mais rápido

o desenvolvimento de novos modelos,

a implementação de mudanças e a

detecção de eventuais falhas. Em

2004 foi inaugurada uma nova linha

de montagem e, em 2006, a fábrica

inovou com a implantação do Sistema

de Qualidade Produzida.

Além das áreas de produção, admi-

nistração, comercial e de engenharia,

a fábrica de Ana Rech contempla um

Centro de Treinamento para capaci-

tação dos empregados e de clientes,

além de uma unidade da Escola de

Formação Profissional Marcopolo,

voltada à aprendizagem de menores

da comunidade. A unidade conta tam-

bém com ampla estrutura de suporte

aos empregados, como restaurante,

serviços médicos, farmácia, bancos,

despachantes, seguradora, biblioteca

e loja conveniada.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2011 23

Page 24: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

No ano passado, a Marcopolo pro-

duziu 27.580 unidades em suas várias

fábricas no mundo e alcançou a receita

de R$ 2,96 bilhões, com crescimento

de 42,3% sobre as 19.384 unidades

fabricadas em 2009. O excepcional

resultado se deveu à significativa

recuperação do mercado brasileiro

de ônibus e à consolidação de suas

principais operações no exterior; mas

também é importante registrar que a

companhia se preparou cuidadosamen-

te para alcançar esse resultado, tendo

iniciado já em 2008 um programa de

investimentos da ordem de R$ 330 mi-

lhões para aumento de sua capacidade

produtiva e incremento da produtivida-

de. Naquele momento, é bom lembrar,

o ambiente era de crise econômica de

âmbito mundial.

José Rubens de la Rosa, diretor-

-geral da Marcopolo, explica: “O bom desempenho de 2010

é fruto de decisões estratégicas,

tomadas há algum tempo e que se

mostraram assertivas, que incluíram

o contínuo investimento em moderni-

zação e aumento de capacidade e de

produtividade e a sua não interrupção

durante a crise de 2008 e 2009.

Quando a demanda foi retomada,

principalmente no mercado brasileiro,

estávamos prontos, com capacidade,

mão de obra especializada e treinada e

elevado nível de produtividade”, afirma

o executivo.

Ele ainda destaca que, ao longo

de 2009, em vez de reduzir o quadro

de colaboradores, a Marcopolo optou

por negociar redução de jornada de

trabalho e formação de banco de

horas, mantendo a mão de obra expe-

Em 2010, foram produzidas 27.580 unidades e realizada uma receita de R$ 2,96 bilhões

Júlio

Soa

res

ncarroçadoraE

riente, fator que também foi decisivo

para atender com rapidez a demanda

surgida a partir do segundo semestre

daquele ano.

“A crise nos ajudou a nos tornar-

mos mais competitivos e eficientes.

Reduzimos o desperdício em cada

uma de nossas operações, elevamos

a produtividade e a velocidade da

tarefa de fazer ônibus e, com isso,

melhoramos nossa margem bruta, ou

lucro operacional, em 2,3%”.

A eficiência operacional, aliada a

outros aspectos importantes, entre os

quais o fornecimento de cerca de 800

ônibus para a Copa do Mundo de Fu-

tebol, na África do Sul; o crescimento

do PIB brasileiro, aliado às melhores

condições de financiamento, e o su-

cesso alcançado pela nova geração

de ônibus rodoviários — a Geração

7 — lançada em 2009 durante a

crise econômica, foram fatores que

possibilitaram à Marcopolo atingir o

lucro líquido de R$ 295,8 milhões. O

resultado é proveniente, em parte, da

receita financeira das exportações e

aplicações financeiras, do êxito em

ações judiciais relativas a causas tri-

butárias e do desempenho do Banco

Moneo, criado em julho de 2005 com

a finalidade de financiar os produtos

da Marcopolo e que, em 2010, obteve

lucro de R$ 25,8 milhões.

CRESCIMENTO DAS OPERAÇÕES

Em 2010, a Marcopolo registrou

crescimento de produção em suas

operações no Brasil e no exterior. Das

27.580 unidades fabricadas, 18.900

(68,5%) foram produzidas no País; as

demais 8.680 (31,5%), no exterior. O

As vendas dos ônibus da Geração 7, lançados ainda no período de crise na economia

mundial, contribuíram fortemente para o excelente desempenho da Marcopolo em 2010.

24 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

Page 25: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

Com o objetivo de aumentar a com-

petitividade e a independência de suas

operações, e coincidindo com aniver-

sário de implantação da unidade Ana

Rech, a Marcopolo introduziu várias

mudanças em sua Unidade de Negócio

Ônibus. As atividades foram divididas

em quatro regiões: 1) Brasil, 2) Améri-

cas, 3) África/Índia e 4) Ásia/Pacífico.

Novos executivos foram nomeados

para dirigi-las. A partir de agora, as

três fábricas brasileiras passam a ter

gestão única, tendo em vista aumentar

sua produtividade e eficiência.

O diretor-geral da Marcopolo, José

Rubens de la Rosa, explica que as

mudanças visam preparar a empre-

sa para um novo e vigoroso ciclo de

crescimento, tanto no Brasil como no

exterior, tornando a companhia ainda

mais competitiva e moderna.

Na Unidade de Negócio Ônibus,

sob gestão do diretor Carlos Casira-

ghi, com divisão em quatro regiões e

a nomeação de um diretor para cada

uma, Lusuir Grochot passa a ser o

responsável pelas operações fabris no

Brasil, que envolvem as plantas de Ana

Rech e Planalto, em Caxias do Sul, e

a Ciferal, no Rio de Janeiro. Paulo An-

drade assumiu a região Américas, com

as unidades da Argentina, Colômbia e

México; Gelson Zardo está no comando

das fábricas da África do Sul, Índia e do

Egito, e Wang Chong, da região Ásia/

Pacífico, que compreende os mercados

da Rússia e da China.

A estrutura organizacional da Mar-

copolo teve mudanças também em

outras diretorias. Em uma delas, Milton

Susin, até então diretor de Recursos

Humanos e Aquisição e Logística,

assumiu o comando da Unidade de

Negócio Volare no lugar de Nelson

Gehrke, que passa a cuidar da área

de Aquisição e Logística.

Não houve alterações nas áreas de

Estratégia e Desenvolvimento, sob o

comando de Ruben Bisi; Engenharia,

com Edson Mainieri, e Controladoria e

Finanças, José Valiati, que compõem a

diretoria executiva da empresa.

crescimento obtido no mercado interno

foi de 38,2% em relação à produção do

ano anterior, que havia sido de 13.672

unidades. No exterior, as operações

registraram aumento de 52,0% sobre

2009, quando foram produzidas 5.712

unidades.

No mercado brasileiro houve ainda

um fator que contribuiu para o cresci-

mento do segmento de ônibus, o proje-

to “Caminho da Escola”, desenvolvido

para fornecer transporte escolar para

alunos das zonas rurais no Brasil. A

previsão é de que continue sendo um

importante propulsor das vendas de

micros e miniônibus.

No exterior, mesmo enfrentando a

excessiva valorização do real frente ao

dólar, a Marcopolo procurou atender

os mercados conquistados ao longo

dos anos e manteve expressivo forne-

cimento para diversos países. Foram

exportadas 2.426 unidades, com cres-

cimento de 10,7% em relação a 2009.

Na Índia, onde a Marcopolo man-

tém uma joint venture com a Tata

Motors, a produção foi de 5.216 uni-

dades, com crescimento de 107,2%

em relação a 2009. Na Argentina, a operação cresceu

53,8%, sendo produzidas 723 unida-

des. Na África do Sul, o volume total

produzido foi de 416 unidades, 35,1%

superior à de 2009, mantendo-se a

liderança do mercado, com uma parti-

cipação de 42,0%. Já na Colômbia, a

Superpolo produziu 1.472 unidades,

sendo 736 unidades (50%), conside-

radas na produção consolidada da

Marcopolo. O volume foi 15,4% maior

que o de 2009. Finalmente, no Méxi-

co, o volume produzido pela Polomex

foi de 1.255 unidades. Nesse país,

os patamares do mercado de ônibus

ainda estão muito abaixo dos pata-

mares de antes da crise econômica

de 2008.

Mudanças na estrutura para aumentar a competitividade

Paulo Bellini, presidente do Conselho da

Marcopolo e seu acionista majoritário.

José Rubens de la Rosa, diretor-geral da

Marcopolo.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

REVISTA ABRATI, MARÇO 2011 25

Page 26: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

A Marcopolo foi fundada em 6 de

agosto de 1949, em Caxias do Sul,

pelos irmãos Nicola (Dorval, Doraci

e Nelson). Inicialmente, chamou-se

Nicola & Cia. Ltda. Era uma oficina de

pintura de cabines de caminhões. Em

1950, ingressou na sociedade o atual

presidente do Conselho de Administra-

ção e controlador majoritário, Paulo

Bellini. Foi quando passou a produzir

carroçarias de ônibus. Tinha então 15

empregados e as carroçarias eram de

madeira. O primeiro ônibus com estru-

tura em aço foi fabricado em 1952. Em

1967, a empresa deu início a um ciclo

de atualização dos seus processos

produtivos, compreendendo inclusive

a implementação de treinamento dos

colaboradores para aumento da efici-

ência e da produtividade. Em 1968,

graças à evolução de todos os setores

da fábrica, especialmente projeto e de-

senvolvimento, foi concebido um novo

ônibus com o nome inspirado num dos

mais famosos navegadores italianos,

Marco Polo. O ônibus transformou-se

rapidamente num grande sucesso de

vendas. Coincidindo com a retirada dos

irmãos Nicola do negócio, os sócios

remanescentes decidiram mudar a

razão social para Marcopolo.

O modelo exclusivamente de ges-

tão familiar foi mantido durante mais

da metade da trajetória da companhia,

sempre com sucesso. O desenvolvi-

mento e as exigências do crescimento

tornaram imperiosa a adoção, em

1980, de um conjunto de métodos

administrativos inspirados nos mode-

los japoneses e adaptados à realidade

brasileira. E assim, em um novo salto

de qualidade, a empresa assumiu um

Negócio familiar que se tornou multinacional e com fábricas instaladas em nove países

Foto

s: Jú

lio S

oare

s

bem-sucedido modelo de profissiona-

lização que possibilitou potencializar a

experiência dos empresários pioneiros

e o permanente engajamento dos

colaboradores, levando a companhia

à posição de liderança que ocupa há

vários anos no mercado interno e na

América Latina, além da marcante atu-

ação em mais de 100 países. Hoje, a

encarroçadora mantém fábricas na Áfri-

ca do Sul, Argentina, China, Colômbia,

Egito, México, Portugal, Rússia e Índia.

Área de finalização das carroçarias: toque final para realçar a tradicional qualidade.

ncarroçadoraE

Aqui se completa o longo ciclo de produção da Unidade de Ana Rech.

26 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

Page 27: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

A Escola de Formação Profissional Marcopolo está integrada à unidade Ana Rech.

Responsabilidade social como prática diária voltada aos coloboradores e à comunidade

Na Marcopolo, a responsabilidade

social é uma prática diária e perfeita-

mente mensurável a qualquer instante

e para onde quer que se olhe. Sua

expressão mais evidente, mas nao a

única, é um programa permanente que

oferece oportunidades de qualificação

profissional, num primeiro momento,

e emprego, posteriormente, para

pes soas portadoras de deficiência. O

programa tem possibilitado que pes-

soas com deficiência visual, auditiva,

mental, física ou múltiplas ingressem

no quadro de colaboradores da em-

presa, depois de passarem pelo curso

Operador de Veículos Automotores. No

curso, eles se submetem a treinamen-

to específico para o desempenho de

atividades profissionais em diferentes

áreas. A capacitação profissional é fei-

ta considerando aptidões específicas,

talentos e necessidades especiais.

Abrange temas técnicos, comporta-

mentais e sociais. Tem a duração de

800 horas e é ministrado na Escola de

Formação Profissional Marcopolo, em

convênio com o Senai.

A principal diretriz desse e de ou-

tros programas e projetos estabelece

que eles devem, obrigatoriamente,

beneficiar crianças, adolescentes,

idosos e portadores de deficiência.

São alcançados, prioritariamente,

os colaboradores, suas famílias e a

comunidade.

CIDADANIA

O Programa de Cidadania Marco-

polo compreende uma série de ações

e programas em diversas frentes,

sempre com o propósito de acorrer a

grupos de vulnerabilidade social, de

forma a criar condições para sua real

inclusão. Além do curso profissiona-

lizante e do primeiro emprego, são

oferecidas bolsas de estudo.

Outro projeto, o Programa Vida,

busca melhorar a qualidade de vida

dos colaboradores e de seus fami-

liares. Atua na prevenção do uso do

álcool e de outras drogas, não apenas

preventivamente, mas oferecendo

tratamento para reabilitação em de-

pendência química.

Já o programa Todos na Escola

distribui material escolar e zela para

que todos os filhos de seus colabo-

radores, de seis a 18 anos de idade,

estejam efetivamente matriculados em

instituições de ensino e tenham seu

rendimento cuidadosamente acompa-

nhado pelos pais. Com o objetivo de

estimular os estudantes, a Marcopolo

também pôs em prática o Projeto Aluno

Nota 10, que confere a eles prêmios

de incentivo.

São destinados recursos financei-

ros e humanos a projetos da comu-

nidade que se proponham oferecer

educação de qualidade, valorizar a

vida e proporcionar formação integral

ao aluno.

As colaboradoras-gestantes con-

tam com o Projeto Bebê Chegando,

que faz o acompanhamento detalhado

da gravidez, de modo a assegurar

saúde física e emocional a mães

e filhos. As consultas médicas de

pré-natal são complementadas em

encontros com assistentes sociais,

médicos e enfermeiros que orientam

as colaboradoras.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2011 27

Page 28: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011
Page 29: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011
Page 30: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

mpresasE

Avanços contínuos na qualidade dos serviçosEm 2011, mantendo o mesmo ritmo do ano passado, quando realizaram grandes investimentos

na aquisição de novos ônibus, no treinamento de pessoal e na implantação de salas especiais

destinadas ao descanso dos passageiros, as empresas de transporte rodoviário de passageiros filiadas

à ABRATI seguem apostando na qualidade dos veículos que operam, na capacitação e na eficiência

do atendimento prestado aos usuários.

Imagine-se, por exemplo, uma viagem

em que, ao longo de todo o trajeto,

os passageiros vão recebendo informa-

ções turísticas sobre as cidades por

onde o ônibus passa. É exatamente

isso que acontece duas vezes por

semana nos ônibus da Util que fazem

a linha Rio de Janeiro-Brasília. A partir

de pesquisas e de contatos na área de

atendimento ao cliente, a companhia

identificou alguns pontos que poderiam

transformar a viagem de ônibus em

uma experiência ainda mais agradá-

vel. Em seguida, colocou nos ônibus

da linha comissários ou comissárias

que não só prestam atendimento e

orientação permanentes aos passa-

geiros durante a viagem como ainda

transmitem a eles variadas informa-

ções turísticas e culturais, inclusive

sobre as cidades do Rio de Janeiro e

A preparação e treinamento dos motoristas é um dos pontos altos das empresas com o objetivo de oferecer sempre o melhor serviço.

Div

ulga

ção

30 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

Page 31: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

de Brasília. A intenção é transformar

a viagem de quase 17 horas em um

agradável passeio turístico.

Durante a viagem os passageiros

descobrem, por exemplo, que Paraca-

tu, cidade no Noroeste de Minas, tem

o cerrado como vegetação típica, e que

Juiz de Fora promove um dos maiores

festivais de música clássica do mundo.

Também ficam sabendo que a rodovia

BR 040, que liga o Rio a Belo Horizonte

e Brasília, foi a primeira a ser asfaltada

no País, no trecho entre Rio de Janeiro

e Petrópolis. Já chegando ao Rio de

Janeiro ou a Brasília, os viajantes

recebem diversas dicas e informações

de caráter histórico e cultural sobre as

duas capitais. O ônibus com comis-

sário de bordo tem duas saídas por

semana: às terças e às quartas, com

partida às 20h30 do Rio de Janeiro,

e às quintas e sextas, também às

20h30, com partida de Brasília.

O conceito do novo serviço é tam-

bém resgatar o serviço das famosas

rodomoças, praticamente extinto no

País após a década de 1970, dando

um toque turístico na prestação do

serviço e aproveitando as paisagens

que só a viagem rodoviária proporciona

aos passageiros. O ônibus entre Rio

de Janeiro e Brasília faz três paradas

durante o percurso. Em todas elas o

comissário ou comissária traz infor-

mações sobre o tempo de parada, o

percurso e a estimativa de chegada ao

destino, além de orientar os passagei-

ros no que for solicitado.

FOCO É O CLIENTE

Empenhada em prestar sempre o

melhor serviço para os passageiros,

a Util faz seus investimentos tendo

como foco principal o cliente. Para este

ano, por exemplo, a empresa planejou

e está executando várias ações com

esse objetivo. Os canais de relaciona-

mento com o cliente foram ampliados

através das redes sociais na internet;

os passos de compra no site da com-

panhia foram simplificados e também

foi aumentado o número de canais de

O novo ônibus Mix da Util oferece em um só carro dois diferentes serviços, que podem variar de horário para horário e de linha para linha.

Cláudio Flor, diretor da Util.

Júlio

Fer

nand

es

Div

ulga

ção

REVISTA ABRATI, MARÇO 2011 31

Page 32: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

venda física e virtual para facilitar a

compra de passagens. A longo do ano,

serão instaladas mais salas VIP nas

rodoviárias e implementados novos

serviços. Finalmente, foram adquiridos

novos carros Mix, o que possibilita

aumentar a oferta das diferentes

categorias de serviço, adequando-as

às necessidades de cada passageiro.

Atualmente, a frota da Util conta

com 30 carros Mix, cuja configuração

pode ser alterada de modo a oferecer

sempre duas categorias de serviços

em cada ônibus, possibilitando, por-

tanto, aumentar a oferta de categorias

por horário. Por exemplo: o Mix leito/

plus oferece serviço leito e serviço

executivo com apoio de pés; o Mix

Premium é um semileito com apoio de

pés e maior inclinação da poltrona e

oferece, no mesmo carro, o Clássico,

serviço convencional com ar-condicio-

nado. Há ainda carros que oferecem o

Mix plus executivo com apoio de pés

simultaneamente ao serviço Clássico

convencional com ar-condicionado.

Todos os carros foram comprados

em 2010 e, pelo conforto que ofere-

cem, têm sido muito elogiados pelos

clientes.

O CHEFE RECOMENDA

Imagine-se, por outro lado, uma via-

gem na qual todos os lugares onde o

ônibus faz paradas estão qualificados

para oferecer serviços de bar, lanches

e restaurante de primeira categoria.

Isso pode não ser tão comum, mas

quem viaja pelas linhas da Expresso

Guanabara já se acostumou a encon-

trar qualidade, conforto e ambiente

agradável em todas as paradas. Em

grande parte, isso acontece graças

ao programa Boa Mesa na Estrada,

criado pela empresa em 2005, em co-

operação com o Sebrae, e que, desde

então, vem sendo continuamente aper-

feiçoado. Justifica a iniciativa o fato de

a Expresso Guanabara entender que

a satisfação deve estar presente em

todos os momentos de uma viagem.

Assim, quando se desloca em

ônibus da companhia, o cliente pode

até não saber, mas o bem-estar que

lhe é proporcionado também nas pa-

radas foi cuidadosamente trabalhado

e planejado em encontros promovidos

com os proprietários dos restaurantes

prestadores dos serviços.

Os estabelecimentos que aderiram

ao programa passaram por um amplo

processo de capacitação, conhece-A Util está resgatando o conceito de comissária de bordo nos ônibus e agregando a suas

funções tradicionais a tarefa de prestar informações turísticas aos passageiros.

mpresasE

Paulo Porto Lima, diretor da Expresso

Guanabara.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

32 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

Page 33: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

ram a importância de fatores como

alimentação saudável, boa apresen-

tação, higiene e bom atendimento.

Aprenderam como montar o serviço de

self-service mais adequado ao usuário

e assimilaram noções básicas de ad-

ministração. Como desdobramento do

programa, neste momento o Sebrae

está trabalhando no processo de au-

ditoria que vai resultar na certificação

dos restaurantes com o selo Boa Mesa

na Estrada, que classifica o estabeleci-

mento em uma de três categorias, de

acordo com a estrutura e os serviços

oferecidos e segundo as normas téc-

nicas de certificação do órgão.

ATENDIMENTO

Seguindo a mesma filosofia, a

Expresso Guanabara criou o progra-

ma “Agência Top 10”, que introduziu

várias melhorias nas suas agências

terceirizadas de venda de passagens.

Guardadas as peculiaridades de cada

segmento, o mesmo trabalho de cons-

cientização e sensibilização feito com

os donos de restaurantes foi repetido

junto aos agentes terceirizados que

vendem passagens, enfatizado-se

principalmente a importância da

melhoria contínua da qualidade dos

serviços oferecidos. A implementação

do programa resultou em um novo

padrão de atendimento nas agências

terceirizadas espalhadas pelas re-

giões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

do País. Todos os anos, o programa

premia as dez melhores agências do

ano e as agências-destaque regionais.

A empresa também não se des-

cuida de suas próprias agências, cuja

rede está sempre sendo melhorada.

No dia 6 de dezembro último, por exem-

plo, ela inaugurou o seu novo box de

venda de passagens no terminal rodo-

viário de Juazeiro do Norte. O box tem

padrão semelhante ao de uma agência

de viagens e segue o mesmo conceito

do existente na rodoviária João Thomé,

Um dos 103 ônibus adquiridos no início do ano pela Viação Santa Cruz.

Div

ulga

ção

REVISTA ABRATI, MARÇO 2011 33

Page 34: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

em Fortaleza, um dos mais modernos

do País. Em Juazeiro, a área é de

100 metros quadrados, em ambiente

climatizado, com sistema que permite

mais eficiência no atendimento ao

clientes no momento da compra de

passagens. O novo espaço, maior e

mais amplo, acomoda as pessoas com

mais conforto e conta com funcionários

especialmente preparados para lidar

com o software que controla e divide os

clientes de acordo com a sua necessi-

dade e prioridade. Juazeiro é a terceira

cidade a adotar esse novo conceito

de box/agência. Além de Fortaleza, a

Guanabara implantou o mesmo padrão

também na rodoviária de Brasília.

MODERNIZAÇÃO

A contínua modernização gerencial

e tecnológica das empresas também

é um modo de prepará-las para impri-

mir um alto padrão de qualidade aos

seus serviços. Sob esse aspecto, a

mpresasE

Expresso Guanabara e a Util, como

tantas outras companhias associadas

à ABRATI (Associação Brasileira das

Empresas de Transporte Terrestre de

Passageiros) constituem referências

muito importantes no setor de trans-

porte rodoviário de passageiros.

Nas garagens da Util, o meio am-

biente é uma preocupação permanen-

te: o lixo e a água são reciclados, e o

combustível utilizado apresenta menor

teor de enxofre do que o empregado

nos ônibus das linhas urbanas. No que

diz respeito aos colaboradores, eles

passam constantemente por treina-

mento e reciclagem para desenvolver

de forma precisa as suas funções. Os

motoristas têm espaços adequados

para descanso e repouso nas próprias

garagens.

A preocupação com o treinamento

e o bem-estar dos motoristas é perma-

nente na Guanabara, como caminho

para assegurar o cumprimento do

compromisso com a qualidade e tam-

bém com o conforto e segurança dos

passageiros. Os profissionais passam

por diversos estágios de treinamento,

alguns antes de assumirem suas fun-

ções na empresa e outros, para fins de

aperfeiçoamento, quando eles já estão

atuando. O treinamento inclui informa-

ções sobre direção preventiva, normas

de circulação e conduta, legislação de

trânsito, sinalização, meio ambiente e

cidadania. Todos os motoristas contra-

tados passam por exames de direção

e por testes psicológicos.

A saúde dos profissionais é acom-

panhada durante todo o tempo, em

um processo que inclui avaliações

clínicas, exames oftalmológicos e

audiométricos, ecocardiograma, ele-

troencéfalograma e exames clínicos

em geral. Na garagem central, os mo-

toristas também dispõem de espaço e

modernos equipamentos para a prática

de exercícios físicos.

Na garagem principal da Expresso Guanabara, os motoristas podem manter a forma física exercitando-se num espaço exclusivo.

Div

ulga

ção

34 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

Page 35: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

A Transnorte, de Montes Claros-MG, é outra empresa que está investindo em renovação de frota.

Heinz Kumm Júnior, diretor executivo

da Auto Viação 1001, do Grupo JCA.

Ônibus novos constituem um

diferencial de qualidade, conforto, se-

gurança e proteção ao meio ambiente.

Por isso, as empresas de transporte

rodoviário interestadual e internacional

de passageiros mantêm programas de

renovação de frota escrupulosamen-

te cumpridos a cada ano. Somente

nos dois primeiros meses de 2011,

inúmeras companhias formalizaram

expressivos pedidos de ônibus novos,

acrescentados às volumosas compras

do segundo semestre de 2010.

Enquadram-se neste caso as em-

presas que compõem o Grupo JCA,

de Niterói-RJ, que, juntas, adquiriram

Cumprir os programas de renovação anual das frotas, ponto de honra para as empresas

300 ônibus em janeiro, divididos entre

as marcas Mercedes-Benz, Scania e

Volvo. Quase no fim do ano passado,

a Viação Cometa, do mesmo grupo,

já havia adquirido 123 novos ônibus

Mercedes-Benz com encarroçamento

Marcopolo G7. Pouco antes, outra em-

presa do Grupo JCA — a Auto Viação

1001 — havia comprado 120 carros

das marcas Mercedes-Benz e e Volvo.

“Nosso objetivo é sempre pro-

porcionar aos usuários uma viagem

segura, confortável e feita em carros

novos, de última geração, dotados de

todos os itens de conforto que possam

tornar as viagens cada vez mais agra-

Júlio

Fer

nand

es

Vill

ela

Des

ign/

Div

ulga

ção

dáveis”, explica o diretor executivo da

Auto Viação 1001, Heinz Kumm Júnior.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2011 35

Page 36: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

Joel Fernandes, diretor da Viação

Cidade do Aço.

Recorde-se que no segundo semes-

tre de 2010 a Viação Águia Branca e

a Viação Salutaris (ambas do Grupo

Águia Branca), de Cariacica-ES, in-

corporaram a suas frotas 90 ônibus

rodoviários Mercedes-Benz encarroça-

dos pela Marcopolo. Outras empresas

que fizeram compras foram a Viação

Garcia, de Londrina-PR (ver matéria na

página 16) e, em volumes não anuncia-

dos, a Gontijo, de Belo Horizonte-MG.

Também a Viação Santa Cruz, de

Mogi-Mirim-SP, comprou 103 ônibus

Scania e Mercedes-Benz em dezembro

de 2010, confiando o encarroçamento

à Marcopolo e à Comil. Cláudio Nelson

C. Rodrigues de Abreu, diretor da em-

presa, informa que a Santa Cruz adian-

tou os investimentos que ia fazer em

2011 e renovou de uma só vez mais

de 12% de sua frota de 500 ônibus.

“Carro novo dá mais conforto ao

usuário e é um fator que pesa cada vez

mais na concorrência, além de reduzir

custos de manutenção”, justifica. A

mesma explicação foi dada no segun-

do semestre do ano passado por Joel

Rodrigues Fernandes, diretor da Viação

Cidade do Aço, de Volta Redonda-RJ,

ao anunciar a compra de mais um

lote de rodoviários da marca Scania,

encarroçados pela Marcopolo. Antes

de entrarem em operação, os veículos

foram apresentados em um concor-

rido desfile pelas ruas das cidades

fluminenses de Barra Mansa e Volta

Redonda. Ele enumerou fatores como

o aspecto ambiental da operação de

transporte rodoviário, a economia de

combustível e as emissões reduzidas

de poluentes, mas destacou, do mes-

mo modo, o fato de a Viação Cidade do

Aço perseguir o objetivo de criar todas

as condições para que seus clientes

se sintam satisfeitos e, mais ainda,

para que os usuários de automóveis

se sintam motivados a mudar para o

ônibus.

Responsabilidade social e preservação do meio ambiente estão entre as prioridades

A responsabilidade social também

está entre as prioridades das empre-

sas. A Util e a Guanabara, a exemplo

das demais, apóiam entidades e

programas voltados a crianças caren-

tes, além de incentivarem a cultura,

o esporte e a preservação do meio

ambiente. A Guanabara está transfor-

mando a vida de 60 jovens do projeto

“Caminhos Musicais Guanabara”.

São crianças e adolescentes da rede

municipal de ensino de Croatá–CE, que

formam a Orquestra Sinfônica Estrelas

da Serra, patrocinada pela Guanabara.

Através do projeto, a filarmônica vem

realizando apresentações em várias

cidades das regiões Norte e Nordeste. Apresentação da Orquestra Filarmônica Estrela da Serra, patrocinada pela Guanabara.

mpresasE

Júlio

Fer

nand

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Div

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ção

Cláudio Nelson de Abreu, diretor da Viação

Santa Cruz, do Grupo Santa Cruz.

Júlio

Fer

nand

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36 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

Page 37: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011
Page 38: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

ncarroçadoraE

Os 65 anos da Caio e os dez da Induscar CaioEm 2011, a marca Caio completa 65 anos de tradição. A primeira carroçaria da marca surgiu em 1946. De

lá para cá, foram produzidas mais de 172.000 carroçarias destinadas aos mercados interno e externo.

Mais de um terço delas saiu das linhas de montagem da Caio Induscar, que assumiu a marca em 2001.

Um momento muito importante na

trajetória da marca Caio, a mais

tradicional no Brasil, ocorreu no dia

25 de janeiro de 2001, em Botucatu,

quando uma nova empresa, operando

sob a denominação de Induscar/Caio,

assumiu a produção das famosas car-

roçarias. Tratava-se de uma solução

encontrada para pôr fim à longa crise

financeira da Companhia Americana

Industrial de Ônibus, desencadeada

na segunda metade da década de

1990, quando a encarroçadora foi si-

multaneamente afetada por problemas

de gestão, pela retração do mercado

interno de ônibus e por dificuldades

conjunturais da economia. A produção

foi drasticamente atingida e a empresa

Instalações industriais da Induscar Caio em

Botucatu, no interior do Estado de São Paulo.

Div

ulga

ção

38 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

Page 39: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

acabou interrompendo as atividades,

embora naquele momento contasse

com significativa quantidade de enco-

mendas em carteira.

Muitos dos pedidos eram de um

dos maiores clientes da Caio — o

Grupo Ruas, com forte atuação no

segmento de transporte urbano de

passageiros em São Paulo. Uma

grande quantidade de chassis urbanos

pertencentes ao grupo se encontrava

no pátio da fábrica, em Botucatu, e

corria o risco de deteriorar-se caso

não recebesse encarroçamento. O

Grupo Ruas apresentou então uma

proposta de arrendamento da marca

Caio e das instalações da fábrica. A

proposta foi aceita, o que possibilitou

a constituição da nova empresa, a

Induscar/Caio, cujo objetivo inicial era

fazer o encarroçamento dos chassis

que já se achavam no pátio da Caio.

Como começaram a surgir pedidos

de outras empresas de ônibus fiéis à

marca Caio, a produção para terceiros

foi retomada e em pouco tempo voltou

a funcionar a plena capacidade.

Atualmente, a Induscar Caio é

uma das mais modernas e eficientes

encarroçadoras brasileiras e está entre

as que mais cresceram no mercado

interno na última década. Em 2010,

alcançou a maior produção individual

de carroçarias, com 8.984 unidades,

respondendo por 28% do total fabri-

cado pelas encarroçadoras brasileiras

associadas à Fabus. Das mais de

172.000 carroçarias que receberam

a marca Caio nesses 65 anos, mais

de um terço saíram das linhas de pro-

dução da Induscar Caio nos últimos

dez anos.

A empresa, hoje, tem vários escri-

tórios de representação de vendas.

Seu parque fabril ocupa a área de

472.000 metros quadrados, sendo

159.000 de área construída. Sua

capacidade de produção é de 40 carro-

çarias por dia. Ela tem mais de 3.000

colaboradores e é uma das maiores

empregadoras de Botucatu.

A produção atende aos segmen-

tos rodoviário, urbano, de turismo,

fretamento, escolar, executivo e de

carga, com vasta linha de modelos que

inclui, além dos rodoviários e urbanos,

os articulados, biarticulados, mídis,

micros e mínis.

A antiga vocação exportadora da

marca foi retomada e vem se firman-

do cada vez mais. Em dez anos, a

Induscar Caio conquistou vários novos

mercados no exterior.

Carroçaria Caio sobre chassi da General Motors do Brasil.

Modelo que ficou conhecido como “papa-fila” (1956). Este era puxado por um Mercedes-Benz.

Carroçaria Caio produzida no início da década de 1960.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

REVISTA ABRATI, MARÇO 2011 39

Page 40: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

No dia 13 de abril de 1945, prati-

camente já no fim da Segunda Guerra

Mundial, começou a funcionar num

galpão de 3.120 metros quadrados

na Avenida Celso Garcia, no bairro do

Tatuapé, em São Paulo, a Companhia

Americana Industrial de Ônibus —

Caio. Surgiu de uma associação entre

os irmãos José Gonçalves e Octacílio

Piedade Gonçalves, tendo como tercei-

ro sócio José Massa, com a finalidade

de produzir, ainda artesanalmente,

carroçarias de ônibus, naquela época

chamadas de jardineiras. As jardineiras

saíam da fábrica da Caio equipadas

com motor Buda ou Hercules; tinham

o motor projetado para fora do salão

de passageiros e janelas acionadas

por catracas. Os modelos rodoviários

dispunham de bagageiro no teto, com

acesso por uma escada externa colo-

cada na traseira do veículo.

Em pouco tempo as instalações

da Celso Garcia ficaram pequenas

e a empresa se transferiu para uma

área de 20.000 metros quadrados na

Rua Guaiaúna, no bairro da Penha, na

capital paulista, onde deu sequência

a suas atividades, que ainda tinham

certas características artesanais. A

produção, contudo, cresceu conti-

nuamente. Se no fim de 1946 eram

fabricadas 12 unidades por mês, no

ano seguinte já eram 26, em média.

No início dos anos 1950, quando

a FNM — Fábrica Nacional de Motores

—, sob licença da Alfa-Romeo, pas-

sou a fabricar o primeiro caminhão

nacional (conhecido por “João Bobo”

ou Fenemê), a Caio retirou dele a

cabine, mudou a posição do volante

e introduziu algumas soluções técni-

cas, transformando-o em chassi para

carroçaria de ônibus. Foi o primeiro e

um dos mais significativos avanços

em termos de qualidade e de tamanho

das carroçarias Caio. Outra enorme

evolução ocorreu quando, anos mais

tarde, a encarroçadora foi uma das

primeiras no Brasil a produzir carroça-

rias metálicas.

José Massa tornou-se o único

controlador da companhia e, após sua

morte, a família manteve o controle

acionário, representada inicialmente

por José Roberto Massa (segunda

geração) e mais tarde por José Massa

Da produção artesanal ao mercado mundial

Segundo modelo da carroçaria Amélia, lançado depois que a fábrica mudou-se para Botucatu.

Com peças e componentes padronizados, sua estrutura podia ser de aço ou de alumínio.

Carroçaria Caio Jaraguá. Caio Bossa Nova, a primeira carroçaria tubular da marca.

Foto

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ivul

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o

ncarroçadoraE

40 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

Page 41: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

Neto (terceira). Ao longo dos anos, foi adquirida a Com-

panhia Autocarroçarias Cermava, do Rio de Janeiro, e

instalada em Recife a subsidiária Caio Norte, que chegou

a produzir 50 carroçarias mensais. Em 1976, a matriz

comprou a Indústria de Carroçarias Metropolitana, tam-

bém do Rio de Janeiro, e criou a Caio Rio. A aquisição

lhe permitiu absorver a tecnologia de construção em

duralumínio. Tornou-se também grande exportadora de

carroçarias: na segunda metade dos anos 1970, chegou

a exportar 25% da sua produção.

Já no fim desse mesmo período, em virtude de

mudanças no quadro econômico, a Caio Rio foi desati-

vada. Alguns anos depois, em abril de 1985, a matriz

foi transferida para Botucatu, no interior do Estado de

São Paulo. A encarroçadora respondia então por 80% do

total dos ônibus urbanos fornecidos ao mercado interno

e mantinha volume expressivo de exportações. Em 1981,

por exemplo, cerca de 2.000 unidades foram destinadas

a outros países. Naquele momento, a marca Caio era, de

longe, a mais forte no mercado de carroçarias de ônibus,

especialmente no segmento urbano.

Carroçaria Caio Gabriela, produto lançado em 1974.

O rodoviário Squalo, em alumínio, lançado em 1985, ganhou

rapidamente a preferência do setor de fretamento.

Os produtos Caio ao longo de 65 anos1946 Jardineira com motor Buda ou Hércules.

1956 Papa-Filas, um FNM puxando um semi-reboque.

1958 Cabines de caminhões para a Mercedes-Benz.

1959 Bossa Nova, primeira carroçaria rodoviária com

estrutura tubular.

1960 Ônibus elétrico para Araraquara, SP.

1966 Gaivota, ônibus urbano lançada no Salão do Au-

tomóvel, com toalete, bar, iluminação individual

para leitura, carpete, poltronas reclináveis e cinto

de segurança.

1967 Gaivota modelo rodoviário.

1969 Rodoviário Jubileu e Caio Verona, o primeiro micro-

-ônibus brasileiro.

1974 Gabriela.

1974 Carolina I.

1976 Gabriela II, com vigia inteiriço.

1977 Rodoviário Corcovado.

1980 Amélia.

1980 Rodoviário Aritana.

1980 Papa Móvel.

1981 Carolina II.

1983 Carolina III.

1985 Lançamento de novo modelo Amélia.

1985 Rodoviário Squalo, em alumínio.

1987 Carolina IV.

1988 Urbano Vitória.

1994 Rodoviário monobloco Beta, lançado na Expo-

bus’94 é destinado ao mercado externo (Méxi-

co), em joint-venture com a Mercedes-Benz da

Alemanha.

1994 Monte Rei e Carolina V.

1995 Urbano Alpha.

1995 Taguá — urbano escolar.

1997 Piccolino, Piccolo, Millenium e Alpha Intercity.

1999 Apache S21.

2001 Apache Vip.

2002 Giro 3400.

2003 Millennium II e Giro 3600.

2004 Top Bus e Giro 3200.

2005 Foz 2400, Mondego HA e Mondego LA, Giro 3200.

2006 Foz Super.

2007 Apache S22.

2008 Foz 2200 e Apache Vip 2008/2009.

2009 Topbus PB

2010 Solar

REVISTA ABRATI, MARÇO 2011 41

Page 42: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

Chassis Scania. Porque um ônibus se faz com gente, tecnologia e história.Todo ônibus carrega sonhos e destinos. Mas ônibus é mais do que se vê. É o que ele oferece.O conforto, a segurança, o desempenho e o conjunto. A Scania se dedica a produzir diferentes chassis para cada tipo de aplicação, com tudo o que cada cliente espera: e� ciência, � exibilidade e baixo custo operacional. Com características, tecnologia e a con� ança de colocar nas ruas sempre o melhor. Scania. Tudo por Você.

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Faça revisões em seu veículo regularmente.

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O GPS da Scania.

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Page 43: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

Chassis Scania. Porque um ônibus se faz com gente, tecnologia e história.Todo ônibus carrega sonhos e destinos. Mas ônibus é mais do que se vê. É o que ele oferece.O conforto, a segurança, o desempenho e o conjunto. A Scania se dedica a produzir diferentes chassis para cada tipo de aplicação, com tudo o que cada cliente espera: e� ciência, � exibilidade e baixo custo operacional. Com características, tecnologia e a con� ança de colocar nas ruas sempre o melhor. Scania. Tudo por Você.

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Page 44: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

ncarroçadoraE

Comil comemora 35.000 carroçarias produzidasEm fevereiro, a Comil entregou sua carroçaria número 35.000, um rodoviário Campione 3.45,

adquirido pela Viação Santa Cruz. A encarroçadora também acaba de atingir um recorde importante

na vida da empresa, a produção de 16 carros por dia.

João Luiz Mazzon, do Grupo Santa Cruz (camisa vinho) foi a Erechim para receber do presidente do Conselho da Comil, Deoclécio Corradi

(camisa cinza) a carroçaria número 35.000, um Campione 3.45.

Foto

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44 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

Page 45: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

A carroçaria número 35.000, um

Campione 3.45, foi entregue na

fábrica da encarroçadora em Erechim-

-RS, a João Luiz Mazzon, do Grupo

Santa Cruz, de Mogi-Mirim-SP, pelo

presidente do Conselho da Comil,

Deoclécio Corradi.

A expressiva marca está sendo

alcançada justamente quando a em-

presa completa 25 anos de atuação

no mercado.

“Estamos muito felizes com este

momento, marcado pela celebração de

uma venda que simboliza nosso longo

caminho percorrido”, afirmou Deoclé-

cio Corradi, que também destacou o

recorde de produção atingido.

Por sua vez, João Luiz Mazzon fez

elogios à carroçaria adquirida pela

Santa Cruz. Afirmou que a Comil lançou

um produto competitivo, com design

e estilo, tanto interno quanto externo,

daí a opção feita pelo Campione 3.45.

“Acredito — disse ele — que a empre-

sa está mais preparada para assumir o

mercado pelos seus investimentos e o

potencial dos seus produtos”.

O modelo Campione entregue à

Viação Santa Cruz, montado sobre o

chassi 0 500 M da Mercedes-Benz, é o

lançamento mais recente da encarroça-

dora e tem seu projeto marcantemente

voltado aos aspectos da maior produ-

tividade e dos custos de manutenção

menores. Por exemplo, as lanternas

e conjuntos ópticos são modulares

e se encaixam tanto do lado esquer-

do como do direito. No salão, nas

lanternas traseiras e nas portas dos

bagageiros, a iluminação é totalmente

em LED. Já os vãos das janelas são

padronizados, de modo que os vidros

têm as mesmas dimensões em todas

elas, racionalizando as substituições

e a estocagem.

A Comil é uma das principais

fabricantes de ônibus do Brasil,

destacando-se como a segunda maior

produtora de ônibus rodoviários. Seu

parque fabril, de 35.000 metros qua-

drados, tem capacidade de produção

de aproximadamente quatro mil unida-

des/ano. A empresa emprega cerca de

2.500 pessoas.

A linha de produtos abrange todos

os modelos de ônibus rodoviários,

urbanos e micros. Qualidade, inovação

e estilo são algumas de suas caracte-

rísticas. Ela também exporta para mais

de 30 países. João Luiz Mazzon, do Grupo Santa Cruz (camisa vinho) foi a Erechim para receber do presidente do Conselho da Comil, Deoclécio Corradi

(camisa cinza) a carroçaria número 35.000, um Campione 3.45.

Vista aérea da planta de produção da Comil em Erechim, no Rio Grande do Sul.

REVISTA ABRATI, MARÇO 2011 45

Page 46: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011
Page 47: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011
Page 48: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

rojetoP

ANTP estuda cadeia produtiva de empresas de transporte A ANTP — Associação Nacional de Transportes Públicos — anunciou que vai estudar, no âmbito

dos fornecedores, a cadeia produtiva do transporte no Brasil. Por se tratar de um projeto piloto,

inicialmente o estudo estará limitado às empresas vencedoras do Prêmio de Qualidade ANTP,

ciclo 2008 e 2009. A ABRATI apoia institucionalmente o Prêmio ANTP de Qualidade.

O estudo projetado deverá tomar

como base os dados levantados

em uma pesquisa a ser realizada

proximamente. Estão previstas quatro

etapas na realização do projeto piloto:

1) identificação dos fornecedores das

premiadas; 2) desenho da cadeia pro-

dutiva do transporte; 3) diagnóstico

situacional de qualidade; 4) pesquisa

com a cadeia produtiva (segmento de

micro e pequenas empresas).

De posse desse aparato estatísti-

co, será iniciado o processo de edição

de relatório diagnóstico conclusivo da

situação de gestão e qualidade das mi-

croempresas e empresas de pequeno

porte da cadeia produtiva das empre-

sas premiadas pela Qualidade ANTP.

Segundo Denise Cadete, coorde-

nadora do Prêmio ANTP de Qualidade,

a excelência na prestação de serviços

não é fruto do acaso. É resultado de

ações bem planejadas e executadas,

do controle e da eficácia do adminis-

trador e de seus colaboradores em ali-

nhar suas ações e projetos com as de-

mandas e expectativas dos clientes. “É

fundamental conhecer as ex pec tativas

dos clientes e suas necessidades

mais imediatas, definindo ações

que possam melhor atendê-lo. Desta

forma, é possível elevar seu nível de

satisfação e aprovação da prestação

dos serviços, principalmente no que

tange à área de atendimento direto,

setor de elevado valor agregado no

campo avaliativo da prestação de

serviços que tem como target principal

a excelência em seu grau máximo”,

afirma.

QUALIDADE É ESSENCIAL

A qualidade é quesito essencial

neste processo. Para tanto, não bas-

ta apenas que a empresa atinja este

patamar. Há, também, a necessidade

de seus fornecedores/parceiros terem

essa qualificação, a fim de que se

possam nortear as premissas básicas

envolvidas na cadeia de excelência a

ser atingida no decorrer do processo

de prestação de serviços.

Com o diagnóstico concluído, será

possível estruturar projetos de de-

senvolvimento de fornecedores, para

melhorar a competitividade das micro

e pequenas empresas e, consequente-

mente, da cadeia de suprimentos das

empresas premiadas pela Qualidade

ANTP, explica Eliane Borges, analista

do Sebrae.

A pesquisa que servirá de base

para o estudo da ANTP será realizada

pela empresa Foco Opinião e Mercado.

Denise Cadete, coordenadora do Prêmio

ANTP de Qualidade.

Div

ulga

ção

48 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

Page 49: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

Ônibus Volvo. qualidade de vida no transporte

ÔNIBUS VOLVOPOTÊNCIA ATÉ NO NOME

Agora a potência passa a fazer parte do nome de todos os ônibus Volvo no Brasil. Uma mudança que vai ajudar você a escolher sempre o melhor veículo para sua operação de transporte.

Confira detalhes da nova nomenclatura no site www.volvo.com.br/onibus

Urbanos RodoviáriosB290R 4x2 B290R 4x2B360S B340R 4x2B340M B380R 4x2, 6x2 e 8x2 B420R 6x2 e 8x2

Cinto de segurança salva vidas

Page 50: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

nfraestruturaI

Os 60 anos da grande ligação rodoviária do BrasilHá 60 anos, no dia 16 de janeiro de 1951, o então presidente da República dos Estados Unidos

do Brasil (assim se chamava o País na época), general Eurico Gaspar Dutra, descerrou a placa de

inauguração da rodovia BR-2, batizada como Rodovia Presidente Dutra e inicialmente conhecida

como Nova Rodovia Rio-São Paulo. Ao mesmo tempo, a anterior estrada Rio-São Paulo, aberta em

1928, praticamente toda em terra, passou a ser chamada de Estrada Velha Rio-São Paulo.

A solenidade aconteceu em um local próximo da cidade paulista de Lavrinhas.

Na verdade, naquele dia, a BR-2

ainda não estava completamen-

te pronta: faltava a pavimentação do

trecho de 60 quilômetros entre as

cidades de Guaratinguetá e Caçapava,

além de seis quilômetros situados nas

proximidades de Guarulhos. Ou seja,

da extensão total prevista, de 405

quilômetros, haviam sido concluídos

339 quilômetros. Outro detalhe —

menos importante na época — era que

a maior parte da rodovia tinha pista

A chamada garganta de Viúva Graça, um dos trechos mais desafiadores e de construção mais demorada na nova rodovia.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

50 REVISTA ABRATI, MARÇO 2011

Page 51: Revista ABRATI - nº 64 ano 16 / março 2011

simples, denominada de pista singela

pelos construtores, com tráfego nos

dois sentidos. Havia apenas dois

segmentos com pista dupla, um de

46 quilômetros entre a Avenida Brasil

e a garganta de Viúva Graça (hoje,

Seropédica), no Rio de Janeiro, e um

de dez 10 quilômetros entre a capital

de São Paulo e a vizinha Guarulhos.

A esses detalhes, porém, sobrepu-

nha-se o fato de que a distância entre

as duas capitais foi encurtada em 111

quilômetros, graças à utilização das

mais modernas técnicas de engenharia

da época e de equipamentos importa-

dos. Como o uso dessas técnicas e

equipamentos, que até então nunca

tinham sido utilizados no Brasil, foi

possível superar obstáculos naturais

antes invencíveis nos banhados da

Baixada Fluminense; na área rochosa

da garganta de Viúva Graça; na região

serrana entre Piraí e Cachoeira Paulis-

ta e na Várzea de Jacareí. Mais ainda,

a concepção avançada da rodovia

incluiu a construção de rampas menos

acentuadas e curvas mais suaves, o

que, junto com a redução da distância,

resultou em drástica redução no tempo

de viagem, de 12 horas para 6 horas.

Com os veículos da época e as condi-

ções técnicas oferecidas pela pista,

tornou-se possível manter velocidades

médias da ordem de 70 km/h.

Tão comentado quanto esses avan-

ços foi o custo da obra: 1,3 bilhão de

cruzeiros, quase um escândalo para os

padrões da época e objeto de muitas

críticas por parte da imprensa e da

própria sociedade civil. O governo justi-

ficava com o argumento de que a nova

ligação entre o Rio de Janeiro e São

Paulo era fundamental para o desen-

volvimento do País, cujo desbravamento

(palavra muito usada então) dependia

de caminhos que pudessem ser abertos

com rapidez e eficiência.

Em local próximo de Lavrinhas-SP, o então presidente da República, general Eurico Gaspar

Dutra, ouve o discurso que precedeu o descerramento da placa de inauguração.

Estrada em obras, caminhões em comboio.

Na região de Queimados, Rio de Janeiro,

trecho de pavimentação em concreto.

A construção da Rodovia Presiden-

te Dutra — esforço de engenharia que

envolveu 35 empreiteiras, milhares de

trabalhadores e movimentação de mi-

lhões de toneladas dos mais diversos

materiais — representou um grande

aprendizado e importante acúmulo

de experiência para a engenharia ro-

doviária nacional. Exemplo disso foi

a transposição da Várzea do Paraíba

em um trecho de seis quilômetros

de solo instável onde havia enormes

depósitos de turfa. Para implantar

um aterro submerso de 15 metros de

profundidade e tornar a terra firme, foi

preciso despejar no local nada menos

que 12 milhões de metros cúbicos de

terra, equivalentes a 1,6 milhão de

caminhões cheios.

Também difíceis foram as obras na

garganta de Viúva Graça. Para encurtar

distâncias, foi preciso transpor um tre-

cho rochoso ao pé da Serra das Araras,

com escavações complexas ao fim das

quais o paredão de granito havia sido

rebaixado em 14 metros.

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A historia da ligação rodoviária

entre a cidade do Rio de Janeiro (en-

tão capital do Brasil) e a capital de

São Paulo teve um de seus marcos

mais importantes no dia 5 de maio de

1928, quando o então presidente da

República, Washington Luís, entregou

os 120 quilômetros de estrada que

faltavam ser implantados no território

fluminense para completar o percurso.

O trecho paulista já estava construído.

Com faixa de rolamento de oito metros

de largura (pista simples), a Rio-São

Paulo tinha apenas 37 quilômetros

pavimentados. A extensao total era de

506 quilômetros.

O segundo grande marco foi a en-

trega da Rodovia Presidente Dutra, em

1951, que em pouco tempo tornou-se

a mais movimentada do País.

Com o aumento da frota nacional

e do transporte de carga por rodovia,

alguns segmentos da BR-2 começaram

a congestionar, notadamente na Serra

das Araras e na ponta de São Paulo.

Em função disso, o Governo Federal

decidiu realizar novos investimentos e,

à medida que os recursos iam sendo

disponibilizados, foi duplicando as

pistas nos trechos mais críticos.

Entre 1959 e 1960, foi construída

uma nova pista de subida na Serra

das Araras e duplicado um segmento

de 42 quilômetros entre Guarulhos e

Jacareí. A partir daí, foram sendo com-

plementados gradualmente os 274

quilômetros restantes da duplicação. O

grande esforço de construção ocorreu

a partir de 1965 e a Dutra completa-

mente duplicada foi entregue em 15

de novembro de 1968.

Em 1995, quando o Governo Fe-

deral criou Programa de Concessões

de Rodovias Federais — Procrofe — a

Pista simples, pista dupla, depois concessãoRodovia Presidente Dutra encontrava-

-se em estado de deterioração. Foi

incluída no programa no primeiro pa-

cote de trechos que seriam entregues

à exploração pela iniciativa privada, no

regime de concessão. Saiu vencedora

a empresa Concessionária da Rodo-

via Presidente Dutra S/A, conhecida

como NovaDutra. Criada em outubro

de 1995, assumiu a concessão em

março de 1996. De lá para cá, até

agosto do ano passado, a concessio-

nária investiu R$ 7,4 bilhões, sendo R$

2,6 bilhões em obras e equipamentos.

Em custos operacionais, foram de-

sembolsados R$ 3,6 bilhões. Nesse

período foi recolhido em impostos R$

1,1 bilhão, sendo R$ 281 milhões

somente em ISS para as 36 cidades

que margeiam a rodovia.

Atualmente, a NovaDutra conta

com 1.200 funcionários, equipamen-

tos eletrônicos avançados e viaturas

dotadas de modernos equipamentos

para atendimento pré-hospitalar e

operações rodoviárias, que atuam nas

24 horas do dia. O sistema de atendi-

mento ao usuário — SOS Usuário — é

formado por 11 bases operacionais.

Atuam nas ações de socorro médico

e resgate 77 médicos, 13 enfermeiros

e 143 Agentes de Atendimento Pré-

-Hospitalar. O atendimento mecânico

conta com 23 guinchos leves, 10

guinchos pesados e 17 viaturas de

inspeção de tráfego.

A Via Dutra atual: trecho da marginal depois da Linha Vermelha, no Rio de Janeiro.

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piniãoO

As oportunidades no País e os desafios da MAN

Div

ulga

ção

Ricardo Alouche

Diretor de Vendas, Marketing e Pós-Vendas

da MAN Latin America

OBrasil é e tem sido há algu-

mas décadas um dos mais im-

portantes mercados para ônibus no

mundo, tanto em aplicações urbanas

como rodoviárias. Ao longo dos últimos

anos, nossas ruas e rodovias têm sido

o palco do esforço dos profissionais

do transporte que buscam melhorar o

serviço ofertado para os que utilizam o

ônibus como meio de locomoção. Fre-

quentemente, profissionais da área de

transporte de passageiros dos setores

público ou privado de outros países e

continentes nos visitam para conhecer

nossas operações de transporte, em

busca de ideias para guiar seus pro-

jetos locais.

Em nossas operações, além do

grande volume de passageiros trans-

portados diariamente, os ônibus ainda

têm que suportar as difíceis condições

das nossas vias, enfrentando ter-

renos acidentados e pavimentos em

condições precárias. Essa condições

adversas são, quase sempre, as mes-

mas que encontramos nos locais de

origem desses visitantes que vêm ao

nosso País para descobrir como con-

seguimos administrar esta importante

questão que é dar mobilidade para a

população.

As soluções veículares desenvolvi-

dades por aqui, que foram testadas e

comprovadas nas nossas condições

mais severas, já são encontradas nos

vários cantos do mundo e, repetindo os

resultados brasileiros, levam qualidade

de vida para as populações, que pas-

sam a ganhar mobilidade e, em con-

sequência, têm acesso à educação e

a novas oportunidades profissionais.

Nós, da MAN Latin America, nos sen-

timos orgulhosos de participar dessas

operações que dão mobilidade às

populações e são de vital importância

para a economia de um país.

O momento atual é grande im-

portância para o transporte público.

Os grandes eventos esportivos que

acontecerão no Brasil nos próximos

anos trouxeram investimentos para o

setor, e estão estimulando a implanta-

ção de novos sistemas de transporte

nas cidades sedes dos jogos da Copa

do Mundo.

Os sistemas urbanos de transporte

terão que estar preparados para aten-

der as grandes demandas de pas-

sageiros que circularão pelas cidades

sedes. Nesse sentido, os BRTs são os

sistemas mais indicados, pois além de

atenderem o requisito de transportar

um grande número de passageiros,

ainda são os mais rápidos de ser im-

plantados entre os modais de grande

capacidade de transporte.

Esta é uma oportunidade para me-

lhorarmos a qualidade nos serviços de

transporte oferecidos aos passageiros,

e deverá ser o grande legado da Copa

do Mundo de Futebol no Brasil. A

população que hoje utiliza os sistemas

convencionais passará a contar com

um transporte mais rápido, sem muito

tempo de espera nas plataformas e

com tempos de viagem reduzidos.

Pelas características do sistema,

os ônibus articulados serão maioria

predominante nas frotas que operarão

nos BRTs. De olho nesta tendência,

antecipamos nossos planos e, em

novembro passado, apresentamos

ao público o nosso chassi Volksbus

articulado, que fará parte da nossa

linha de chassis para ônibus 2012.

Construímos um veículo projetado na

medida para atender às operações de

grandes demandas de passageiros e

com a preocupação de não penalizar

os custos operacionais e de investi-

mento inicial.

Esperamos também um reflexo

positivo para as operações rodoviárias

e de turismo, que transportarão os

turistas que circularão pelo País

durante as semanas da Copa e pro-

vavelmente utilizarão o ônibus como

meio de locomoção para o turismo

regional. Hoje, atuamos pouco no

setor rodoviário, pois nosso portfólio

de chassis para ônibus ainda não está

completo. Mas estamos estudando o

segmento para, da mesma forma que

nos urbanos, oferecer produtos apro-

priados para cada operação.

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