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Fator Natal O papel do administrador na preparação das empresas para o período de maior consumo do ano NA PRÁTICA O campo em boas mãos Saiba por que o administrador rural proporciona mais eficácia para o agronegócio ESTILO De olhos bem abertos Quais os limites do monitoramento digital nas empresas? Novembro/2012 Ano 35 - nº 317

Revista Administrador Profissional

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Novembro/2012, ano 35, n. 317

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  • Fator NatalO papel do administrador na preparao das empresas para o perodo de maior consumo do ano

    NA PRTICAO campo em boas mosSaiba por que o administrador rural proporciona mais eficcia para o agronegcio

    ESTILODe olhos bem abertosQuais os limites do monitoramento digital nas empresas?

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    Novembro/2012 Ano 35 - n 317

  • Adm. Walter SigolloPresidente do Conselho Regional de Administrao de So Paulo - CRA-SP

    DIVULG

    AO

    As expectativas para o Natal de 2012 parecem otimistas. Pelo menos isso o que diferentes indi-cadores tm apontado, com perspectivas que supe-ram os nmeros do Natal do ano passado. Menos mal. Temos um crescimento que no garante um excelente 2013, como todos gostariam, mas o final do ano aponta que estamos no caminho certo. o que sugere a realidade. E com ela temos pela frente o colossal desafio de melhorar os ndices de crescimento e o nvel de competitividade de nossas empresas.

    Nesse contexto, a administrao como um mapa que revela a geografia e organiza a gesto para aqueles que desejam caminhar no rumo certo. fcil constatar que as empresas brasileiras po-dem ir muito alm, mas somente se bem adminis-tradas. Para os administradores, mais uma etapa na corrida para demonstrar s empresas pblicas e privadas, e organizaes do terceiro setor, que somente instituies bem geridas constituiro base slida para o seu prprio desenvolvimento e do pas como um todo.

    Na prtica, isso sempre exige do administrador mltiplas negociaes. Nada, porm, que sua for-mao multidisciplinar no possa dar conta. Acima de tudo, o administrador deve estar habilitado para produzir as mudanas indispensveis nas organi-zaes.

    Em outras palavras, o administrador conhece os impasses e as vantagens das tcnicas, ferramentas e recursos administrativos, assim como possui o conhecimento que o torna capaz de identificar e solucionar problemas independentemente do ta-manho da empresa. Ele sabe adequar as estruturas organizacionais dentro da poltica econmica do pas e com crescentes responsabilidades junto sociedade, e vem a misso de ajudar as empresas

    a se tornarem mais competitivas. No tarefa para qualquer um reunir e admi-

    nistrar os fatores para gerar riqueza, renda e em-prego. Essa poca um excelente momento para preparar a organizao para que entre no novo ano com objetivos e metas bem traados, plano de aes e planejamento aprovados a fim de que 2013 seja o resultado de uma direo estratgica definida e do cumprimento das etapas de uma ex-celente administrao.

    chegada a hora de as empresas compreende-rem o significado do trabalho do administrador para a consolidao de seus negcios. Empresas srias contam com bons administradores. De qual-quer ngulo que se avalie, na prtica, e tambm na essncia, ele o guardio do que se constri.

    Guardio do que se constri

    Somente instituies bem geridas constituiro base slida para seu prprio desenvolvimento

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    Editorial

  • facebook.com/oficial.crasp

    twitter.com/cra_sp

    Rua Estados Unidos, 889 Jd. Amrica 01427-001 SPTel.: (11) [email protected] www.crasp.gov.br

    PresidenteAdministrador Walter Sigollo

    DiretoriaAdm. Jos Alfredo Machado de AssisVice-presidente AdministrativoAdm. Milton Luiz MilioniVice-Presidente de Relaes ExternasAdm. Alberto Emmanuel de Carvalho Whitaker Vice-presidente de PlanejamentoAdm. Hamilton Luiz CorraVice-presidente para Assuntos Acadmicos Adm. Teresinha Covas Lisboa 1 SecretriaAdm. Roberta de Carvalho Cardoso2 SecretriaAdm. Antonio Geraldo Wolff 1 TesoureiroAdm. Homero Luis Santos 2 Tesoureiro

    ConselheirosAlexandre Uriel Ortega Duarte, lvaro Augusto Arajo Mello, Arlindo Vicente Junior, Carlos Antonio Monteiro, Edgar Kanemoto, Luiz Carlos Vendramini, Marcio Gonalves Moreira, Nelson Reinaldo Pratti e Idalberto Chiavenato (representante do CRA-SP no CFA)

    Conselho Editorial para RAP 2011/2012Coordenador: Jos Alfredo Machado de Assis. Integrantes: Alberto Emmanuel de Carvalho Whitaker, Hamilton Luiz Corra, Luiz Carlos Vendramini, Marcio Gonalves Moreira, Milton Luiz Milioni, Roberta de Carvalho Cardoso, Teresinha Covas Lisboa e Maria Cecilia Stroka

    RedaoEditora-chefeMaria Cecilia Stroka (Mtb 18.357)EditoraLoraine Calza ReprteresMarcos YamamotoKatia CarmoPublicidadePublicidade Nominal RepresentaesDiagramao e artePropagare Comercial Ltda.ImpressoPlural Editora e Grfica Ltda.Tiragem45.000 exemplares

    A RAP uma publicao mensal do Conselho Regional de Administrao de So Paulo (CRA-SP), rgo regulamentador da profisso de administrador, sob a responsabilidade do seu Conselho Editorial. As reportagens no refletem necessariamente a opinio do CRA-SP.

    Seccionais CRA-SPPara apoiar os profissionais no interior e servir como extenso da prpria entidade, o CRA-SP est presente, por meio das Seccionais, em oito regies do estado:Seccional de BauruDelegado: Adm. William Lisboa SimasCoordenador Regional: Adm. Carlos Eduardo SperanaAv. Naes Unidas, quadra 17-17, sala 109, Vila Santo Antnio17013-905 - Bauru - SPTel.: (14) 3223-1857 - Fax: (14) [email protected]: das 8h30 s 17h30 (telefnico) e das 9h s 17h (pessoal)Seccional de CampinasCoord. Regional: Adm. Elcio Eidi Itida Rua Maria Monteiro, 830, cj. 53, Cambu13025-151 Campinas SP [email protected].: (19) 3307-8555Atendimento: das 8h30 s 17h30 (telefnico) e das 9h s 17h (pessoal)Seccional de Presidente PrudenteAnalista responsvel: Adm. Thays de Paula David FerreiraAv. Cel. Jos Soares Marcondes, 871, sala 132,Bosque19010-080 - Presidente Prudente - SPTel.: (18) 3916-7544 - Fax: (18) [email protected]: das 8h30 s 17h30 (telefnico) e das 9h s 17h (pessoal)Seccional de Ribeiro PretoDelegado: Adm. Marcos Silveira Aguiar Coordenador Regional: Adm. Marcelo Torres Av. Braz Olia Acosta, 727, cj 109 - Jardim Califrnia 14026-040 - Ribeiro Preto - SPTel.: (16) 3621-1061 - Fax: (16) [email protected] Atendimento: das 8h30 s 17h30 (telefnico) e das 9h s 17h (pessoal)Seccional de Santos (Baixada Santista e Vale do Ribeira)Coordenadora Regional: Adm. Renata Farias Pizarro BuschAv. Ana Costa, 296, sala 14, Campo Grande11060-000 - Santos - SPTel.: (13) 3221-9357- Fax: (13) [email protected]: das 8h30 s 17h30 (telefnico) e das 9h s 17h (pessoal)Seccional de So Jos do Rio Preto Analista responsvel: Adm. Eduardo Gomes de Azevedo JuniorRua Imperial, 59, salas 1 e 2, Vila Imperial15015-610 - So Jos do Rio Preto - SPTel.: (17) 3305-1765 - Fax: (17) [email protected]: das 8h30 s 17h30 (telefnico) e das 9h s 17h (pessoal)Seccional de So Jos dos Campos (Vale do Paraba e Litoral Norte)Coordenador Regional: Adm. Dejair Dutra de SouzaRua Euclides Miragaia, 700, sala 25, Centro 12245-820 - So Jos dos Campos - SPTel.: (12) 3923-9954 - Fax: (12) [email protected]: das 8h30 s 17h30 (telefnico) e das 9h s 17h (pessoal)Seccional de SorocabaDelegado: Adm.Edson Conceio JniorCoordenadora Regional: Adm. Aida RodriguesAvenida Antnio Carlos Comitre, 510, sala 86, Parque Campolim18047-620 - Sorocaba - SPTel.: (15) 3233-8565 - Fax: (15) [email protected]: das 8h30 s 17h30 (telefnico) e das 9h s 17h (pessoal)

    Por que o administrador

    rural pode fazer a diferena na

    cadeia produtiva do agronegcio

    em Na Prtica

    Motivos e limites do monitoramento digital nas empresas em Estilo

    3. Editorial6. Na Prtica

    Administrao ruralMais eficcia para a gesto de produtos do campo

    10. MIT SloanO que preciso para ser um inovador em srieLivro discute as caractersticas de pessoas que desenvolveram inovaes significativas

    14. PerfilAdministrador DestaqueA trajetria de Alexandre Caldini Neto, presidente do Valor Econmico

    18. CapaFator NatalA participao do administrador na preparao da empresa para o perodo de maior consumo do ano fundamental

    24. EstiloVigilncia digitalPor que as empresas monitoram os computadores e e-mails de seus funcionrios e quais os limites desse procedimento

    28. NotciasInformaes para o dia a dia do administrador

    34. OpinioAdm. Paulo Csar Rufino

    Sumrio

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    AGES

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    AGES

    Saiba como os administradores

    podem preparar suas empresas para o Natal

    em Capa

  • Na Prtica

    6 7

    por Marcos Yamamoto

    de dlares em exportaes. Nos ltimos 20 anos, o agro-

    negcio tem sido o carro-chefe da balana comercial brasileira, j que proporcionou a ampliao das nossas divisas e a aproximao com pases-chave, como a China, ressalta Jnia Rodrigues de Alen-car, pesquisadora A da Embrapa Produtos e Mercados.

    Infelizmente, porm, o que ainda se percebe a falta de uma menta-lidade voltada para a prosperidade do negcio. Em So Paulo, deixa-mos de explorar todo o potencial presente no empreendedorismo dos produtores, bem como nossa liderana na agricultura tropical conquistada pela pesquisa e a aptido natural para a produo de commodities agropecurias, comenta Antnio Julio Junqueira de Queiroz, membro do Conselho Superior do Agronegcio da Fiesp e que foi secretrio interino da Se-cretaria da Agricultura e Abasteci-mento do Estado.

    Para ele, a agricultura paulista a maior e mais diversificada do pas, mas duas questes se sobres-saem quanto ao seu futuro: ampliar O campo em

    boas mosA administrao rural engloba todas

    as fases da cadeia produtiva do agronegcio e traz mais eficcia para a

    gesto dos produtos do campo

    Brasil, a nova fazenda do mundo. Essa foi a manchete do jornal francs Le Monde, em junho do ano passado, para destacar a fora da agropecuria brasileira na economia global. Ter-ceiro maior exportador agrcola do mundo, atrs dos Estados Unidos e da Unio Europeia, o Brasil lder na produo de soja, caf, laranja, carne bovina e acar, segundo le-vantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

    Desde a crise de 2008, o mundo passa por um momento delicado para equilibrar a produo e o con-sumo de alimentos, o que se reflete na alta dos preos. Nesse ponto, o Brasil tem aproveitado bem a situ-ao, aumentando a participao de mercado em grande parte dos produtos que exporta, informa Joo Guilherme Sabino Ometto, vice-presidente da Federao das Indstrias do Estado de So Paulo (Fiesp) e coordenador do Comit de Mudanas Climticas da enti-dade.

    J segundo o representante da Organizao das Naes Unidas para a Alimentao e a Agricultura (FAO), Hlder Muteia, o pas um player importante no mercado de commodities, ao mesmo tempo em que aumenta sua responsabili-dade de pas sensvel s questes sociais. O exemplo do Brasil fundamental para a contribuio da reduo das desigualdades no mundo. Em outras palavras, a pujana do agronegcio Made in Brazil permite ao pas um poder decisrio como fornecedor mun-dial de alimentos.

    O sucesso dos empreendimentos rurais est ligado profissionali-zao da gesto rural e de seus

    SOJA

    ACAR

    CARNE BOVINA

    CAF

    FRANGO

    FUMO

    LCOOL

    SUCO DE LARANJA

    SUNOS

    MILHO

    9,3

    6,2

    3,9

    3,4

    3,2

    1,7

    1,6

    1,5

    1,0

    0,5

    PRINCIPAIS PRODUTOS DO AGRONEGCIO BRASILEIRO(Total exportado em US$ bilhes)

    responsveis. As aes do admi-nistrador rural impactam toda a ca-deia produtiva. A sua contribuio central para a sustentabilidade econmica da atividade e, com o conhecimento das ferramentas le-gais e regulatrias, permite poten-cializar os resultados ambientais e sociais, pilares da competitividade do agronegcio, atesta Ometto, que tambm atua como presidente do Conselho de Administrao do Grupo So Martinho, um dos maio-res do Brasil no segmento sucroal-cooleiro (ligado ao acar e lcool).

    Os nmeros mostram a fora do campo: de janeiro a setembro deste ano, cerca de 74 bilhes dos 164,7 bilhes de dlares das exportaes registradas no pas vieram do se-tor, de acordo com o Instituto de Economia Agrcola (IEA). O Minis-trio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento destaca as expor-taes de alimentos e fibras para mais de 180 naes, tendo como principais compradores a China, Unio Europeia, Estados Unidos e o Mercosul. No Estado de So Paulo, o IEA mostrou que, no perodo, a agropecuria somou 15,7 bilhes

    Fonte: Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento/AGE, nmeros consolidados de 2011

    Na Prtica

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    _logo principal _logo negativo _logo vermelho

    _logo vermelho e branco

    _logo retcula

    _logo preto e branco _logo brancoO que preciso

    para ser um inovadorem srie

    Em um livro novo e intrigante, os pesquisadores Abbie Griffin, Raymond L. Price e Bruce A. Vojak

    discutem as caractersticas de pessoas que conseguiram desenvolver inovaes significativas em

    empresas estabelecidas no mercadoPor Martha E. Mangelsdorf1

    No fcil desenvolver uma inovao em uma empresa estabelecida e coloc-la no mercado com sucesso ainda mais difcil de faz-lo mais de uma vez. O livro Serial Innovators: How individuals create and deliver breakthrough innovations in mature firms (Stanford, Califrnia: Stanford University Press, maio de 2012), de autoria de Abbie Gri-ffin, Raymond L. Price e Bruce A. Vojak, descreve vrios anos de pesquisa realizadas sobre um tipo de empregado que pode fazer exatamente isso.

    Griffin faz parte da Escola David Eccles de Ne-gcios da Universidade de Utah e um ex-editor do Jornal de Gesto da Inovao de Produto. Price atua na rea de comportamento humano na Universidade de Illinois, em Urbana-Cham-paign (universidade pblica dos Estados Uni-dos localizada nas cidades gmeas de Urbana e Champaign, no estado de Illinois), e Vojak reitor adjunto de Administrao, bem como pro-fessor adjunto na Faculdade de Engenharia da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign.

    Inovadores em srie, a quem os autores de-finem como pessoas que desenvolvem e levam ao mercado pelo menos dois produtos inovado-res de sucesso em uma empresa estabelecida, so bastante raros. Griffin, Price e Vojak esti-mam que eles representam algo em torno de 1 em cada 50 membros de uma equipe de P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) e engenharia em uma organizao de menor porte; 1 em 200 em uma organizao maior e talvez apenas 1 em 500 na maioria das 200 maiores empresas da

    revista Fortune (publicao de negcios norte--americana).

    A partir de descries dos autores das caracte-rsticas tpicas de inovadores em srie, fica claro por que os profissionais com esses atributos so to poucos: eles possuem uma combinao incomum de habilidades. Tm um histrico de excelncia tcnica (que ajuda a ganhar liberdade para inovar dentro de suas organizaes) e um forte foco na resoluo de problemas importan-tes para os clientes (o que os ajuda a escolher problemas comercialmente pertinentes para trabalhar).

    Eles tambm tm uma vontade e capacidade de "atravessar a ponte", como os autores colo-cam, ou seja, mais do que apenas inventar uma boa soluo, navegar a poltica organizacional existente em todas as empresas e convencer os outros na organizao do valor da sua inovao. Caractersticas adicionais de inovadores em s-rie incluem curiosidade e pensamento sistmico. Como explicam os autores, "o pensamento sist-mico permite aos inovadores em srie integrar dados e informaes dspares. J a curiosidade os leva a procurar os pontos para um quebra-ca-bea, enquanto o pensamento sistmico procura por padres que ajudam criativamente a ligar os pontos de maneiras lgicas e poderosas".

    O captulo intitulado Os processos pelos quais inovadores em srie inovam" uma das sees mais interessantes do livro. Considerando que

    De modo geral, os inovadores em srie podem estar em desacordo com os processos convencionais em suas organizaes

    Alm do foco na resoluo de problemas importantes para os clientes, caractersticas adicionais de inovadores em srie incluem curiosidade e pensamento sistmico

  • 12 13

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    os processos convencionais em suas organiza-es. Suas prprias inovaes competem com os produtos existentes da empresa por recursos e, em vez de trabalhar com equipes especficas, os inovadores de srie muitas vezes preferem recrutar colegas como voluntrios. Inovadores em srie tambm fazem a sua prpria pesquisa de mercado. Em particular, eles querem passar tempo com os clientes e fazer uma boa quanti-dade de perguntas do tipo "por que" para enten-der as necessidades dos clientes.

    Griffin, Price e Vojak reconhecem que a vida em organizaes estabelecidas nem sempre fcil para os inovadores em srie ou para as pessoas que os gerenciam. O livro contm alguns relatos fascinantes sobre inovadores em srie. Uma delas a histria de Chuck House, que desenvolveu uma srie de novos produtos para a Hewlett-Packard e foi premiado com uma "Me-dalha de Contestador" pelo ento presidente da HP "como um lembrete para todos da empresa de que quebrar as regras pode ser associado com uma grande recompensa".

    Os autores tambm contam a histria de Adam

    Gudat na Caterpillar, que comeou a criar siste-mas de navegao GPS para equipamentos agr-colas. Combinando isso com tecnologias como o mapeamento por satlite e sensores, Gudat gerou a "Agricultura de Preciso", conjunto de tcnicas que permitem a adaptao dos agricul-tores s condies de campo a campo.

    Outro inovador em srie descrito no livro Tom Osborn, que estava a ponto de perder seu emprego na Procter & Gamble, quando ele de-fendeu um novo modelo de absorvente feminino

    1 Martha E. Mangelsdorf diretora editorial da MIT Sloan

    Management Review

    diferente dos produtos de sucesso da empresa, existentes da poca. A abordagem de Osborn finalmente chegou ao mercado e gerou lucros substanciais para a P&G. Os autores incluem recomendaes prticas para os inovadores em srie e aspirantes a inovadores em srie, para os gestores que trabalham com eles, e para os

    os processos de desenvolvimento de produtos formais em empresas de grande porte tendem a ter fases lineares, "inovadores em srie abor-dam o desenvolvimento de produtos de forma no linear", dizem os autores, e sua abordagem envolve muito mais sobreposio, interao e feedback entre os estgios do que tpico nos processos formais de desenvolvimento de novos produtos.

    Por exemplo, um inovador em srie pode ir e voltar entre os aspectos do desenvolvimento do produto e a criao de aceitao de mercado para ele, ou entre a compreenso do problema e inventar e validar solues para este. Inova-dores em srie tambm investem muito tempo no front-end (termo generalizado que se refere etapa inicial de um processo) da inovao a identificao de um problema importante e seu entendimento a partir de mltiplas perspectivas.

    Isso pode ser um problema em culturas or-ganizacionais impacientes, extremante orienta-das a resultados, porque, enquanto inovadores em srie esto nessa fase, os autores observam que podem levar "muitos meses antes que eles tenham um conceito desenvolvido o suficiente para entrar em processos de DNP (Desenvolvi-mento de Novos Produtos) formais da empresa.

    Durante esse tempo, eles podem parecer al-tamente improdutivos, com pouco benefcio objetivo sendo gerado. De modo geral, os ino-vadores em srie podem estar em desacordo com

    A vida em organizaes estabelecidas nem sempre fcil para os inovadores em srie ou para as pessoas que os gerenciam

    Inovadores em srie muitas vezes preferem recrutar colegas como voluntrios

    Chuck House desenvolveu uma srie de novos produtos para a Hewlett-Packard e foi premiado com uma "Medalha de Contestador" pelo ento presidente da HP

    Copyright Massachusetts Institute of Technology, 2012. Todos os

    direitos reservados

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    Anncio_CRA_1.pdf 1 10/29/12 12:34 PM

    profissionais de Recursos Humanos que podem achar os inovadores em srie difceis de lidar.

    Ironicamente, os autores relatam que vrios dos inovadores em srie que entrevistaram pen-savam que, se eles estivessem em um processo seletivo hoje, suas empresas no iriam contrat--los. Isso um sinal preocupante para as orga-nizaes, mas se voc gostaria de tornar a sua companhia mais adequada para os inovadores em srie, ou se voc ou algum que voc conhece aspira a ser uma empresa inovadora em srie, a leitura deste livro vale bem a pena.

  • Na Prtica

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    tentvel (CCAS).Quando bem trabalhada, a vi-

    so inovadora oferece resultados positivos para o desenvolvimento da rea. Ocorreu, nos ltimos dez anos, uma maior produo agro-pecuria e a rea destinada no precisou crescer no mesmo ritmo. Isso s foi possvel graas aos in-vestimentos em tecnologia na pro-duo de alimentos realizados no perodo, relata o diretor comercial de Proteo de Cultivos da Basf Brasil, Francisco Fienga. O planeta agradece. A maior produtividade garante alimentos mais baratos e maior qualidade e diversidade nas mesas das famlias, conclui Jnia.a oferta de alimentos e manter

    preos estveis para atender ao aumento da renda familiar dos brasileiros; e condies adequadas para que o setor sucroenergtico cumpra o seu papel.

    Da semente ao pratoDevido a essa necessidade pre-

    mente, h uma grande demanda de administradores rurais dentro do mercado de trabalho em dife-rentes culturas no pas, tanto para bacharis quanto para tecnlogos da rea. H uma migrao de profissionais de servios e manu-fatura para o agronegcio, por-que o setor cresce muito mais que a oferta de pessoal qualificado, diz Fbio Mizumoto, coordenador dos MBAs em Agronegcios da FGV-Management.

    Temos uma viso completa de toda a cadeia produtiva do agro-negcio, desde o incio da lavoura ou o nascimento do rebanho at o produto finalizado. Podemos iden-tificar falhas e adotar mecanismos de controle e ajustes, diz o admi-nistrador Wolney de Medeiros Ar-ruda Filho, diretor geral da Plantae, empresa de Presidente Prudente

    Para ser um profissional de ad-ministrao requisitado, o segredo combinar conhecimentos tcni-cos ligados cultura de atuao agricultura, pecuria e a adeso de prticas de gesto apreendidas

    desde a poca de faculdade. Antes, eram quatro anos de estudo e 40 de trabalho. Hoje, so 40 anos de estudo e trabalho juntos. impor-tante o administrador do agrone-gcio ter uma viso ampla do que feito pelo agrnomo, o veterinrio, o zootecnista e ter a sinergia deles a fim de otimizar a produo e o manejo dos produtos, enumera o administrador Paulo Roberto Marcatto, coordenador do MBA em Gesto de Agronegcios da Unicastelo.

    O cenrio mundial e o futuro do gestor do campo apontam para o aumento na demanda por alimen-tos gerada pela urbanizao das cidades e o ganho no poder aqui-sitivo das classes emergentes, pro-piciando a mudana nos hbitos de

    (SP) ligada gesto de agroneg-cios. Para Jnia, as oportunidades esto diretamente nas empresas e tambm em linhas de pesquisas. Os administradores veem a pro-priedade como um todo, detectam pontos de estrangulamento na produo, alm de dominarem a negociao, o marketing e o tra-balho em rede.

    O agribusiness responsvel por mais de um tero (37%) da mo de obra empregada no pas, con-forme mostra o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). O setor est bem aquecido. Mas voc sente falta de profissionais es-pecializados. No caso de So Paulo, existe uma demanda nas culturas de cana, reflorestamento e gros. So necessrias pessoas capazes de lidar com a gesto de plantio e mquinas, que faam o controle da produo, consolidem as infor-maes e gerenciem a compra de insumos. Enfim, cuidar da fazenda como um todo, explica Jos Car-los OFarrill Vannini Hausknecht, diretor da Agropecuria Pessina SA, fazenda situada em Lenis Paulistas (SP).

    O departamento de Pesquisa e Desenvolvimento tambm deve receber a ateno do administra-dor. O gestor deve atentar para o desenvolvimento empresarial, o avano dos processos relaciona-dos, a mecanizao dos insumos e a atualizao do maquinrio, explica Hausknecht, que tambm scio da consultoria MB Agro. H necessidade de uma melhor qualidade de gerenciamento nos sistemas mais simples. A falta de pessoas qualificadas tem sido um entrave ao desenvolvimento da produo, aponta Ciro Antonio Rosolem, membro do Conselho Cientfico para a Agricultura Sus-

    Hausknecht: o administrador deve cuidar da fazenda como um todo

    consumo. Segundo a FAO, o desafio atender, de maneira sustentvel, uma populao global que pode chegar a 9,3 bilhes de pessoas at 2050. No ser fcil. Para responder a essa demanda, a pro-duo de alimentos deve crescer cerca de 70%, estima Muteia. De acordo com o escritrio brasileiro do Instituto Interamericano de Co-operao para a Agricultura (IICA), em um mundo globalizado e com mercados cada vez mais integra-dos, a agricultura dos pases deve ser competitiva para aproveitar as oportunidades, contribuir para a segurana alimentar e gerar em-pregos e acessibilidade queles que vivem nos territrios rurais. Uma tarefa a ser abraada pelo administrador rural.

    Para Jnia, h oportunidades nas empresas e linhas de pesquisas

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    IVU

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    ELE V A PROPRIEDADE COMO UM TODO

    FAZ O CONTROLE DA PRODUO

    DETECTA PONTOS DE ESTRANGULAMENTO NA PRODUO

    GERENCIA A COMPRA DE INSUMOS

    ATENTA PARA O AVANO DOS PROCESSOS RELACIONADOS, A MECANIZAO DOS INSUMOS E A ATUALIZAO DO MAQUINRIO

    CUIDA DA NEGOCIAO, DO MARKETING E DO TRABALHO EM REDE

    AS AES DO ADMINISTRADOR RURAL IMPACTAM TODA A CADEIA PRODUTIVA

    GET

    TY IM

    AGES

  • Perfil

    14 15

    por Maria Cecilia Stroka

    tudo!-Serdespachado.Cuidedesi...edetudo...inclusivedesuacarreira.

    -Servendedor.Todosvendemosalgo,nemquesejaumconceito.

    -Serpositivo.Nadafcil,mastudopodeserfasci-nante.

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    -Serrelacionado.Noquemvocconhece,masquemconhecevoc.

    -Terresultado.Semresultados,nomundodosneg-cios,vocnodura.

    -Sersustentvel.Novalemaisoresultadosemtica,cuidadoeestima.

    -Serdesejado.Cuidandodoacimaexposto,vocserdisputado!

    RAP: Como o sr. se preparou e tem se preparado para atuar na rea de comunicao, que, como ou-tras, passa por mudanas significativas?

    Adm. Caldini:Estandoalertaetentandomeman-terequilibrado.Nossaindstriapassapormudanasespetaculares.Emudanasespetacularespodemserassustadorassenoselasituaoadequadamenteecomserenidade.Mastambmsofascinantesparaquemtemcuriosidadeecoragem.Hpelomenos

    Homenageado pelo CRA-SP com a distino Administrador

    Destaque, o presidente do Valor Econmico Alexandre

    Caldini Neto fala, nesta entrevista, da sua carreira

    e do foco que preciso ter para conduzir a empresa

    pelas mudanas pelas quais tem passado a indstria da

    comunicao

    Marketingmeauxiliouacompreenderosmtodosparaobterosnecessriosresultados.FinanaseCon-tabilidade,acontrolaroresultado.RH,areconhecerasnecessidadesdosquecomigotrabalham.Produo,asabercomoproduzirmais,melhorecommenorcusto.Planejamentoestratgico,comomonitoraronegcio,anteciparoportunidadeseriscosesermelhorqueaconcorrncia.EComunicaoePublicidade,ameco-municarmaisadequadamentecomosstakeholdersdonegcio.Issotudo,junto,ajudaacarreiradequalquerpessoadenegcios.

    RAP: Como o sr. v a presena de no administra-dores na gesto de negcios?

    Adm. Caldini:Porprincpiosoucontrareservademercadoparaprofissionaisdedeterminadarea.Atporqueterfeitoumafaculdadenogarantecompe-tncia.Entretanto,quandopensoemtudooqueoad-ministradorestudaevivenciaduranteaconstruodesuacarreira,concluoquepraticamenteimpossvelparaumprofissionalnoformadoemAdministraoteramesmaperformancenosnegciosqueumad-ministradorprofissional.Conheci,emminhacarreira,vriosprofissionaisque,atradospeloganhofinan-ceiro,acabaramdeixandodeladosuascarreiras,suasaptidese,porvezes,suafelicidade,parasetravesti-remdeadministradores.umapena.Sintoporeles,pelosnegciosepelosadministradoresprofissionais.

    RAP: Que atributos so essenciais para que um jovem administrador construa uma carreira bem--sucedida?

    Adm. Caldini: Pensoqueosatributosmudamcomotempo,deacordocomaeconomiaeomomentodopas.Tambmcomaindstriaemqueseatuaecomaqualidadedesuaadministrao.Mashalgunsitensbsicos,quedeveriamvircomooriginaisdefbrica.Umjovemadministrador,nomnimo,deve:-Serhonesto.Nodesviar,nosubornarousersu-bornado.

    -Serbomcarter.Nojogarcontraoscolegasparasubir.

    -Estaralinhado.Ouvocestalinhadocomaem-presaoumuda-sedali.

    -Serinteligente.Eintelignciacontinuadamentesedesenvolve.

    -Ser interessante.Cultura, tambm,continuada-mentesedesenvolve.

    -Sercurioso.Estarvivo,atento,interessado...em

    Foco nos negciosNofinaldeoutubro,oCRA-SPconcedeuadistinoAdministradorDestaqueaopresi-dentedoValorEconmicoAlexandreCaldiniNeto.Estoumuitofelizeorgulhosocomahomenagem,quesaumentaaminharesponsabili-dadedeatuarcomoadministradorparaauxiliarosadministradoresfuturoseoprogressodasociedadeedoBrasil,disseCaldininaocasio,quandofalousobresuatrajetriadedestaqueemalgumasdasmaioresempresasdecomunicaodopas.FormadoemAdministraodeEmpresaspelaPUC-

    -SP,oexecutivocomeouacarreiracomestagirionaDuPont,tendodepoisatuadonoMarketingdasem-presasDiaggeo,NovartiseColgate.NaEditoraAbril,ondepermaneceuporcatorzeanos,fezatransiodoMarketingparaareadeNegciosatchegaraocargodesuperintendentedasrevistasInfo,ExameeVocSA.HmenosdeumanonapresidnciadoValorEconmico,Caldinidestacouobommomentodojornal,queteveumcrescimentode17%empu-blicidade,edopas:ummomentoespetaculardevivernoBrasil.Temosinmerosfatoresanossofavor,

    comograndemercadointerno,populaojovem,ma-trizenergticarenovvel,pr-saleumainfraestruturatodaporfazer.Quandovocolhaessasoportunidades,percebequeesteummomentocomonuncahouve.Naentrevistaaseguir,elefalamaisdesuacarreirae

    comotemconduzidooValorEconmicopelasmudan-asespetacularespelasquaistempassadoaindstriadacomunicao.

    RAP: Como a formao em Administrao contri-buiu para a sua carreira?

    Adm. Caldini:Agrandecaractersticadoadminis-tradoraamplitudedesuaformao.Efoijusta-menteessaformaoabrangenteeotreinamentoemobservaromundoquefizeramdiferenaemminhacarreira.Essasvriasferramentasevisesmuitomeauxiliaramnaobtenoderesultados.Eosresultados,creio,foramimportantesnaconstruodacarreira.ASociologia,porexemplo,meajudouacompreenderoambientecorporativo.APsicologiameauxiliouabus-carentenderminhasreaeseademeuspares,che-fesesubordinados.TerestudadoEconomiaemesmo

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    O administrador Alexandre Caldini Neto foi homenageado na reunio plenria n 4.001, de 22 de outubro de 2012

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  • Perfil

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    quinzeanosouoadecretaodofimdaimprensaou,aomenos,ofimdaimprensaempapel.Tenhofortesmotivos(resultados)paracrerque,aomenosnocasodoValorEconmico,aindatemosmuitosanospelafrente.Anospromissoresecomboalucrativi-dade.Tentomanterumolho(eapenasumolho)poralgumtempo(eapenasporalgumpoucotempo)noqueocorrenanossaindstrianomundoemesmoaquinoBrasil.Orestodotempo(muitotempo)eorestodosmeusolhos(detodososquetrabalhamco-migo)mantenhononossonegcio.Fortementefocadoemencontrar,criareexpressarnossosdiferenciaiscompetitivos.Fortementefocadoemconhecer,ouvireresponderadequadamenteaosanseiosdenossosconsumidores(homensemulheresdenegcios)edenossosclientes(anunciantes).Pensoqueemvriosnegciosgasta-setempoemdemasianaanliseenomonitoramentodaconcorrncia.Maiseficientetra-tardefortaleceronossonegcio,independentementedosdemais.Agindoassim,nesteduroanode2012,porexemplo,estamoscrescendonoValormaisde17%empublicidadenonoticirio.Dounodparaacre-ditarquetemosumbomelongofuturopelafrente?RAP: A despeito de os resultados financeiros obti-

    dos at agora nas plataformas digitais serem insu-ficientes para compensar as perdas de publicidade, o que o Valor tem feito e pretende fazer nos meios digitais? Existe a preocupao em criar novas for-mas para ampliar a experincia do usurio?

    Adm. Caldini:Queofuturodigitalnoseduvida.Agrandequestocomomanteronegciosaud-velcomasreceitasdapublicidadenomundodigitalqueso(aquienomundo)infinitamentemenoresqueasreceitasdepublicidadenopapel.Partedares-postaestemcobrarpelocontedoqueoferecemosnomundodigital.Eparaissotemosqueteraliumcontedodegenunovalor.Etemos.OValorfoioprimeirojornalbrasileiroafecharocontedodeseusite,liberando-oapenasparaoassinante.Temosumcontedomuitoespecficonegcios,economia,fi-nanaselegislaoedealtovalorparaempresrioseexecutivos.NossosloganValorEconmico:not-cias,quegeramnegcios.Nossopblicopodeeestdispostoapagarporinformaodequalidade.Essaumadasiniciativasparareporaseventuaisperdasempublicidadenooff-line.DigoeventuaisperdasporqueessaperdanoocorrenoValor.Repitoqueem2012oValorcrescesuapublicidadedenoticirioem17%.

    Outrapartedarespostaoinvestimentoemmobi-lidadeparanotebooks,smartphonesetablets.OsitedoValor,quefoitotalmentereformuladonoanode2011.Foiesernovamenterepensado,sempre.Esseonomedojogonomundodigital:estarsempreatentoeemeternaevoluo.Sassimconseguiremosconti-nuarrelevantesparanossosqualificadoseexigentesleitores.RAP: Que futuro o sr. imagina para as empresas de

    comunicao que editam jornais e revistas? Adm. Caldini:Comainternetsetemumaprofuso

    dedadosnarede.Squedadosemexcesso,desor-ganizados,semqualidadee,sobretudo,semcredibi-lidade,denadaservem.Aocontrrio,atrapalhameconfundem.Nosnegciosfundamentalterinforma-esdefontesconfiveiseanlisesdequemdefatoconhecedoassuntoeconheceomercado.Homensdenegciosprecisamdeumbomeditor,queselecioneapenasasinformaesrelevanteseconfiveis.Issotemvalor,muitovalor,evaledinheiro.Assim,pensoqueasboasempresasdecomunicaocontinuaroacumprirseupapeldelevarinformaoorganizada,selecionada,relevante,bemeditadae,sobretudo,comcredibilidadeparamilhesdepessoas.Eesseserviocontinuaratervalor.Portantoessasempresascon-tinuaroaserumbomnegcioparaseusacionistas.Oqueeventualmentevaimudaraplataformaondeessasinformaesbemapuradasecrveisserodisponibilizadas.Senofornopapel,masnumatela,ousenofornumatela,masdiretamentenamentedocliente,oqueimporta?Oquedefatoimportaquesemprehavergentenecessitandodeinformaodequalidade,comcredibilidade.Eissooferecemoseofereceremos.

    RAP: O sr. um estudioso do tema espiritualidade nas organizaes. Como a espiritualidade pode ser aplicada nas corporaes?

    Adm. Caldini:Espiritualidadenadatemavercomumareligioespecfica.Espiritualidadenasorgani-zaessoosvaloreseprocedimentosjustos,moraisecorretos,tambmnaprticadonegcio.Ouseja,aplicaraquelesconceitosqueouvimosdenossospais,dafilosofiaedetodasasreligies,tambmnodiaadianotrabalho.orespeitoaoprximo(nessecasochefes,pares,subordinados,fornecedores,clientes,concorrentes,governo...),acompreenso,operdo,oapoio,afraternidade,asolidariedade,otrabalho

    emequipe;enfimviverbemeemharmoniatambmnotrabalho.Acadadiasepercebemaisaespiritua-lizaodasorganizaes.Porqu?Porqueomodelodeordemecontrole,omodelodevantagemeresul-tadoaqualquerpreo,jnosesustentamais.Enosesustentaporqueaspessoasestocansadasdessemodeloque,juntocomoresultado(apenasdecurtoprazo),trazodesequilbrio,oconflito,aangstia,adesconfiana,odesnimo,adoenaeatmesmoocrime.Almdisso,asnovasgeraeseaascensodasmulheresaoscargosdecomandoestomudandoessequadro.ElaseachamadageraoYnoaceitammaisapolticadeterraarrasada.Jnohmaises-paoparaafacanosdentesesanguenosolhos.Nohespaoetampoucohnecessidade.Estudoesseassuntohbonsanose,lendoosbalanos,vejoquenasempresasondereinaumarelaoharmnica,oresultadofinanceiromuitomelhor.Ouseja,almdasmulheresedanovagerao,olucrovaiempurraragestoparaalgomaishumano.Issorevolucionrio,issonovoeissotimo!RAP: Alm do prmio Administrador Destaque,

    o sr. recebeu alguns anos atrs o Prmio Cabor,

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    3263-1140

    um dos mais importantes na rea de publicidade e propaganda. Qual a importncia dessas premiaes para a sua carreira?

    Adm. Caldini:Evidentemente,bacanaserreco-nhecido.umaalegria.Masmeforoapensaroporqudessereconhecimento.Faoocontrapontoparaseguraravaidade.Eda,sinceramente,vejoomuitssimoquefaltaparaeudefatomeacharmere-cedordealgumadistino.Dequalquermodo,encaroessesreconhecimentoscomosinalizadoresdocami-nho.Mostramqueocaminhoquedecidiseguirdeveestarmaisoumenosadequado.Eosprmiostambmservemdeforteincentivoresponsabilidadecomigomesmo.Responsabilidadedehonr-los,melhorandomeumododeagir,meucompromissocomasociedadeecomonegcioquetoco.Nessesentido,sougratospremiaese,sobretudo,atodoscomquemtrabalhoetrabalhei.Esses,seguramente,tmenormeresponsa-bilidadeecontribuionaconquistadessesprmios.RAP: Qual a sua expectativa em relao econo-

    mia em 2013?Adm. Caldini: Recentemente, almocei comum

    grandebanqueiroefizaeleestamesmapergunta.Elemedissequeseuseconomistaspreveemumcres-cimentoparaoPIBbrasileirodaordemde4,5%em2013.Elemaisctico,estimaalgoentre3,5%e4%.Eupensomaiscomooseconomistasdele.Mas,in-dependentementedefatoresexternos,meconcentromaisnoqueserdoValorem2013.Elhedigoquensestamosplanejados,trabalhandoalegrementeearduamenteparacrescermuitomaisqueesseper-centual.EssemeucompromissocommeuscolegaseacionistasdoValorecomtodososnossosstakehol-ders.Modestamente,afirmoque2013serumanoexcepcionalmenteinteressanteerecompensadorparaoValorEconmico!Vamosbrilhar!

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    por Loraine Calza

    O ano pode no ter sido l o que todo mundo espe-rava em termos de de-sempenho da economia, mas as expectativas para o perodo de festas so, no fim das contas, otimistas. A Federao do Comrcio de Bens, Servios e Turismo do Estado de So Paulo (FecomercioSP) estima um Natal melhor que o do ano passado, com um crescimento entre 7% e 8% do faturamento real das empresas em relao a 2011, quando o crescimento no perodo foi de 3,2% sobre 2010. J a Abrasce, associao que representa os shopping centers brasileiros, acredita que o setor deva ter um incremento de 15% no perodo de Natal em relao ao ano anterior.

    Vrios fatores justificam o otimismo.

    O fator

    NatalA participao do administrador na preparao da empresa para o perodo de maior consumo do ano fundamental, esteja ele trabalhando nas reas de Marketing, Logstica, Produo ou Financeira. Uma das funes bsicas da Administrao, o planejamento essencial para formar estoques, treinar os funcionrios e atender demanda do final do ano

    O principal: a injeo na economia bra-sileira de cerca de R$ 131 bilhes em decorrncia do pagamento do 13 sal-rio, montante que representa aproxima-damente 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do pas e beneficiar 80 milhes de brasileiros, segundo estimativa do Dieese Departamento Intersindical de Estats-tica e Estudos Socioeconmicos. Alm disso, temos de considerar nesse cenrio as condies favorveis da demanda, a queda na taxa de juros, que estimula o crdito, o emprego em alta e as medidas de incentivo adotadas pelo governo fe-deral, como a reduo do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de al-guns setores, avalia Guilherme Dietze, assessor econmico da FecomercioSP.

    Representante de um dos principais segmentos beneficiados pela reduo do

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    sempre levando em considerao nosso pblico-alvo. De acordo com Portela, o Ibirapuera investiu R$ 800 mil s na de-corao de Natal deste ano, alm de R$ 3,5 milhes na campanha promocional da data, que inclui o sorteio de doze auto-mveis zero quilmetro e 3 mil inseres na mdia (comerciais de TV, anncios em revistas e jornais, entre outros).

    Participao fundamentalNesse contexto de impacto positivo, a

    participao do administrador na prepa-rao da empresa para o perodo do Na-tal fundamental, esteja ele trabalhando nas reas de Marketing, Logstica, Produ-o ou Financeira. O planejamento, que uma das funes bsicas da Adminis-trao, essencial para formar estoques e atender demanda do perodo, lembra o administrador Flvio Queiroz, scio-di-retor da RQ consultoria, especializada em controladoria e avaliao de empresas.

    Um planejamento bem-feito leva em considerao os aspectos internos e ex-ternos da organizao. Internamente, preciso ter uma estrutura organizada, com misso e organogramas bem defi-nidos, com caractersticas de segmenta-o e preocupao com a satisfao do cliente, para garantir a produtividade e a competitividade quem iro permitir o atendimento a esse perodo de forte con-sumo. Outro aspecto interno importante o treinamento de pessoal para garan-tir a efetividade das operaes, ressalta Queiroz. E no apenas dos funcionrios que j trabalham na empresa, mas, prin-cipalmente, dos temporrios, contrata-dos para suprir demanda sazonal.

    De acordo com pesquisa da associao e do sindicato que renem as empresas de servios terceirizveis e trabalho tem-porrio (Assertem/Sindeprestem), haver a abertura de 155 mil vagas de trabalho temporrio em todo o pas no perodo do final do ano, nmero 5,5% maior do que o verificado em 2011, quando foram contratados 147 mil. O comrcio deve ser

    IPI, a Anfavea (Associao Nacional dos Fabricantes de Veculos Automotores), por exemplo, prev vendas de 639 mil a 679 mil veculos nos dois ltimos meses do ano (somando automveis, comerciais leves, caminhes e nibus), com uma possvel corrida s lojas em dezembro, ltimo ms com IPI reduzido. Por conta disso, algumas empresas, incluindo as de autopeas, anunciaram o adiamento das tradicionais frias coletivas de dezembro para janeiro.

    Nem mesmo a persistente crise dos pases da Zona do Euro parece ter for-as para estragar o perodo, que , tra-dicionalmente, o de maior consumo no pas. Esse um assunto que preocupa economistas e jornalistas; para a popu-lao brasileira, o que interessa em-prego e renda. Por isso, a crise europeia no chega a influenciar o consumidor, analisa Dietze. Como ele explica, a crise

    atual tem um impacto diferente daquela desencadeada em 2008, que foi mais percebida pela populao, porque che-gou a provocar demisses em alguns setores da produo.

    A fora do fator Natal to grande, que algumas empresas chegam a ter um movimento de 20% a 30% maior. Entre os segmentos mais afetados encontram--se as indstrias de bens de consumo (alimentos, bebidas, brinquedos, eletr-nicos, vesturio e papel), o comrcio em geral (de rua, shopping centers e super-mercados) e prestadores de servios, como hotis, restaurantes, bares, grfi-cas, cabeleireiros e lazer.

    Nessas empresas, o Natal comea a ser planejado bem antes em algumas delas, desde o incio do segundo semestre do ano. Ou at mais. Segundo o graduado em Administrao de Empresas Ricardo Portela, gerente de Marketing do Shop-ping Ibirapuera, um dos mais antigos da capital paulista, a preocupao com a de-corao de Natal tem incio em fevereiro, quando so visitados os show rooms dos fornecedores de produtos para a data. A partir da, o tema escolhido,

    responsvel por 75% das contrataes, que sero assimiladas pelo comrcio de rua, shoppings e supermercados. J a indstria deve absorver 25%, nas reas de alimentos, bebidas, brinquedos, ele-trnicos, vesturio e papel.

    Prestadora de servios de telefonia, banda larga e TV por assinatura, em todo o Brasil, a Oi, por exemplo, anunciou em novembro a abertura de 170 vagas de vendedores extras em onze estados, in-cluindo So Paulo. Para concorrer a uma das vagas, era preciso ter ensino mdio completo ou frequentar curso superior em qualquer rea, alm de conhecimento avanado em informtica (principal-mente internet), domnio de tcnicas de negociao e de vendas.

    No setor supermercadista, que tem uma expectativa de crescimento nomi-nal de 7% sobre o ano passado neste final de ano, as contrataes para vagas temporrias devero aumentar 3% em relao a 2011, na avaliao da Associa-o Paulista de Supermercados (Apas). O setor, entretanto, encontra problemas

    De acordo com Portela, do shopping Ibirapuera, R$ 800 mil foram investidos s na decorao de Natal

    "O planejamento essencial para formar estoques" lembra o administrador Flvio Queiroz

    A fora do Natal to grande, que algumas empresas chegam a ter um movimento de 20% a 30% maior

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    Dietze: A crise europeia no chega a influenciar o consumidor brasileiro

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    na contratao de novos colaboradores com perfis adequados a diversas funes. A dificuldade maior quando a oferta de vagas especializadas, como padeiro e aougueiro, informa o diretor do De-partamento de Economia e Pesquisa da Apas Martinho Paiva Moreira.

    A sada para a falta de mo de obra especializada tem sido a contratao antecipada de funcionrios para trein--los a tempo de atender demanda. No caso do comrcio, o ideal contratar no final de outubro para que os funcionrios estejam preparados para o perodo das festas, afirma o administrador Renato Lapa Claro, scio-diretor da consultoria especializada em franquias que leva seu nome. Quem sai na frente, vende antes.

    Outro aspecto importante relacionado aos recursos humanos a extenso dos horrios de trabalho, que deve ser feita em acertos com os sindicatos que repre-sentam as diferentes categorias e com base no que o mercado est propondo naquele ano. Alm disso, temos de pla-nejar novamente tudo o que envolve as operaes de limpeza, segurana e logs-tica para funcionar com horrios esten-didos nos dias que antecedem o Natal, destaca Portela, do Shopping Ibirapuera. Segundo ele, as 435 lojas que integram o shopping devem contratar cerca de 1.200 funcionrios a mais, o que elevar para 7.200 o nmero de pessoas que tra-balham no local no perodo.

    Aspectos externosComo tudo precisa ser feito com ante-

    cedncia, um dos fatores mais complexos do planejamento estimar a produo para atender s expectativas de vendas previstas pela rea de Marketing, no caso da indstria, ou inferir como vai ser o perodo para garantir os estoques, no caso do comrcio. Um planejamento bem-feito nesse sentido deve levar em considerao fatores como a previso de consumo e os aspectos da concorrncia, cita Queiroz.

    Essa etapa to importante, explica Claro, que as empresas mais sofisticadas costumam utilizar modelos matemticos e estatsticos que levam em considerao o perfil do consumidor, as questes de sazonalidade e sistemas baseados em sries histricas para chegar previso. Mesmo assim, tais modelos so capa-zes apenas de controlar o tamanho do erro, pondera o consultor, que cita como exemplo o segmento de confeco. No basta levar em conta todos esses aspec-tos, o lojista precisa acertar no gosto do consumidor para liquidar seus estoques. Se isso no acontecer, ele corre o risco de ter de diminuir os preos e at liqui-dar as peas antes da hora para se livrar dos produtos antes da chegada da nova coleo.

    Feito tudo isso, tambm preciso pla-nejar a parte promocional, que inclui a criao da campanha de Natal e as peas promocionais, como banners e anncios de revista e jornal. Isso movimenta a eco-nomia como um todo, porque entram nesse processo as agncias de publici-dade e marketing promocional, as grfi-cas, os veculos de comunicao. Enfim, o fator Natal que, em geral, tem o poder de tornar um ano mais ou menos em um bom ano para a maioria das empresas.

    AINDA MAIS DOCEAs indstrias de chocolate estimam um crescimento que pode chegar at 20% nas vendas no Natal deste ano, j que a data a segunda mais importante para o setor. Segundo levantamento da Abicab - Associao Brasileira da Indstria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados, no ltimo trimestre de 2011 a pro-duo de chocolate cresceu 6% em relao a 2010, registrando 128.576 mil toneladas.Uma das empresas que preveem o aumento de 20% nas vendas no Natal a Arcor do Brasil. Em 2011, o crescimento foi de 10%. J as marcas Kopenhagen e Chocolates Brasil Cacau, do Grupo CRM, estimam um crescimento de 15% nas vendas do perodo. Sero quase 220 toneladas de produtos sazonais para as duas marcas, cerca de 48% a mais que no ano anterior, e outras 370 toneladas s de panetones.

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    MANCHETES DO NATAL 2012

    CERCA DE R$ 131 BILHES DEVEM SER INJETADOS NA ECONOMIA A TTULO DO 13 SALRIO. ESSE MONTANTE SER PAGO A TRABALHADORES DO MERCADO FORMAL, INCLUSIVE EMPREGADOS DOMSTICOS, AOS BENEFICIRIOS DA PREVIDNCIA SOCIAL E AOS APOSENTADOS E BENEFICIRIOS DE PENSO DA UNIO E DOS ESTADOS.

    DOS 155 MIL CONTRATOS DE TRABALHO TEMPORRIO PRE-VISTOS EM TODO O PAS, 15% TM CHANCE DE EFETIVAO. POR-TANTO, 23 MIL BRASILEIROS (4,5% A MAIS DO QUE EM 2011) PODERO CONSEGUIR EMPREGO NOVO E EFETIVO DEPOIS DAS FESTAS DE FINAL DE ANO.

    AS PRINCIPAIS FUNES CONTRATADAS PELO CO-MRCIO SO: ANALISTA DE CRDITO, ATENDIMENTO, CRE-DIRIO, EMBALADOR, ESTOQUIS-TA, ETIQUETADOR E VENDEDOR. A REMUNERAO MDIA PREVISTA DE R$ 872, AUMENTO DE 3,5% SOBRE 2011, EM UMA FAIXA QUE OSCILA ENTRE R$ 690 A R$ 1.055.

    J AS PRINCIPAIS VAGAS DA INDSTRIA SO ABER-TAS PARA AUXILIAR ADMI-NISTRATIVO, AUXILIAR DE DEPARTAMENTO FINANCEIRO, AUXILIAR DE SERVIOS GERAIS, OPERADOR DE MQUINAS, TCNI-CO EM MANUTENO INDUSTRIAL E TCNICO EM SEGURANA DO TRABALHO. MDIA DE R$ 1.155 DE REMUNERAO, O QUE SIG-NIFICA UM AUMENTO DE 5% SOBRE 2011, EM UMA FAIXA QUE OSCILA ENTRE R$ 920 E R$ 1.390.

    AS VENDAS DOS SHOPPING CEN-TERS BRASILEIROS DEVEM CRES-CER 15% NO PERODO DE NATAL EM RELAO AO MESMO PERODO DO ANO PASSADO.

    NO PERODO DE FESTAS DE FI-NAL DE ANO, OS SEGMENTOS DE COSMTICOS E TELEFONIA DEVEM LIDERAR AS VENDAS, ASSIM COMO BRINQUEDOS, VESTURIO E CAL-ADOS TERO DESTAQUE.

    ENTRE 639 MIL E 679 MIL VECU-LOS DEVEM SER VENDIDOS NOS DOIS LTIMOS MESES DO ANO. A MDIA DE 340 MIL POR MS PR-XIMA DE OUTUBRO, QUANDO FORAM VENDIDAS 341,6 MIL UNI-DADES.

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    boradores desde o momento da contratao. As empresas devem apresentar com transparncia es-sas regras, por meio de normas e regimento interno, alm de justi-ficar, com motivos plausveis, os objetivos dessas aes de fisca-lizao e por que o uso da inter-net deve estar de acordo com o objeto da companhia, esclarece.

    Ningum questiona o quanto a internet fundamental para a execuo de praticamente todas as atividades corporativas atuais. Alm disso, gradualmente, as em-presas esto mais presentes nas redes sociais, principalmente, na comunicao com clientes e colaboradores. inegvel que essas atividades agregam valor aos produtos, marca e imagem da empresa, relati-viza Magnus Ribas Apostlico, superintendente de Relaes do Trabalho da Federao Brasileira de Bancos (Febraban), graduado em Administrao de Empresas

    por Marcos Yamamoto

    ais guardados no equipamento. Constrangido, o empregado ajuizou ao de danos morais na Justia do Trabalho. O TRT imps uma indenizao de R$ 1,2 milho a favor do funcion-rio, atribuindo danos morais. In-conformada, a empresa interps recurso no Tribunal Superior do Trabalho e obteve a reduo do valor imposto para R$ 60 mil.

    Apesar de polmico, o monito-ramento de computadores e e--mails corporativos uma prtica comum nas companhias, embora o grau de vigilncia seja dife-rente entre elas. O limite desse monitoramento determinado pelo DNA cultural da empresa. Algumas permitem uma navega-o mais livre, avaliando e apon-tando possveis abusos. J outras bloqueiam totalmente qualquer acesso fora do padro estabele-cido, avalia o administrador Ce-zar Antonio Tegon, presidente do portal de recrutamento e seleo Elancers. Para ele, tais medidas tm como objetivo proteger os sistemas e equipamento de ata-ques externos, como vrus anexa-dos em sites e e-mails, e impedir o vazamento de informaes es-tratgicas.

    Segundo uma pesquisa do Centro de Estudos sobre as Tec-nologias da Informao e da Comunicao (Cetic.br), 56% das empresas entrevistadas blo-queiam sites de relacionamento e 49% no permitem o down-load de arquivos de quaisquer espcies. Para o advogado Jos Eduardo Gibello Pastore, asses-sor jurdico da Federao das Associaes Comerciais do Es-tado de So Paulo, as normas de utilizao da internet precisam estar claras para todos os cola-

    De olhos bem abertosEmbora o grau de vigilncia seja diferente entre elas, o monitoramento de computadores e e-mails corporativos uma prtica comum nas companhias. Entenda o que as motiva a ficar atentas ao que feito pelos colaboradores e repassado para o pblico externo

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    H alguns meses, o Tribu-nal Regional do Traba-lho da 5 Regio, com sede em Salvador (BA), deu uma sentena favorvel a um trabalhador acostumado a fazer uso pessoal de um notebook da empresa. Durante uma viagem, a companhia abriu o armrio do funcionrio sem autorizao dele para retirar o computador e se apropriou de informaes de correio eletrnico e dados pesso-

    Tegon: limite determinado pelo DNA cultural da empresa

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    com especializao em Recursos Humanos.

    Apesar dos benefcios citados, navegar pelos diversos sites ainda encarado com restries e desconfiana pelas lideranas. O Comit Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) destaca, na Pes-quisa sobre o uso das tecnologias de informao e comunicao no Brasil, a grande quantidade de empresas de todos os portes co-nectadas na web cerca de 80%. Poucas delas, no entanto, usam a rede mundial para atividades que agreguem valor ao seu produto a maioria utiliza apenas para se conectar a bancos, conforme cita o relatrio.

    A amplitude da utilizao do computador pelo empregado, de modo a incluir o acesso a redes sociais ou outros contedos sem relao com o trabalho exercido, uma deciso que compete em-presa, a ser tomada na medida da sua convenincia, analisa Roberto Baungartner, vice-pre-sidente do Instituto Brasileiro de Direito Constitucional e diretor

    de Relaes Institucionais da Ti-cket Servios Edenred Brasil.

    A vigilncia entra em choque com a sentena feita pelo Poder Judicirio. O argumento do Tri-bunal Superior do Trabalho para o caso do notebook invadido aborda as limitaes quando a fiscalizao colide com o direito intimidade do empregado e ou-tros direitos fundamentais, como o da inviolabilidade do sigilo de correspondncia, comunicaes telegrficas, de dados e telefo-nemas.

    Por outro lado, as leis brasilei-ras tambm garantem aos empre-gadores a garantia de civilidade e conduta inatacvel, sob pena de uma demisso por justa causa. o que diz o artigo 482 da Con-solidao das Leis do Trabalho, alneas b, g e h, que listam a incontinncia de conduta ou mau procedimento, violao de segredo da empresa e ato de in-disciplina ou de insubordinao, respectivamente. J foram des-cobertos contedos de pedofilia e pornografia no uso das redes empresariais por colaboradores. Tambm contedos que atentam contra a imagem, a honra ou moral de terceiros ou da prpria empresa tm sido descobertos nas auditorias ou por denncias internas ou externas, enumera Apostlico.

    Big BrotherAbusos e excessos parte, no

    o caso de ter medo de digitar qualquer palavra fora do con-texto em um site de busca. Se o funcionrio faz o trabalho pro-dutivo, dentro dos padres esta-belecidos e cumpre as metas, no vejo nenhum problema em nave-gar pela internet e consultar re-

    des sociais. Agir diferente disso, nos dias atuais, se enganar, pois a maioria possui smartphones e tem acesso a essas informaes, argumenta Tegon.

    Via de regra, as medidas de monitoramento possuem um carter preventivo a fim de evi-tar o vazamento de materiais confidenciais. O instituto norte--americano Ponemon fez um es-tudo sobre o gerenciamento de informaes e destacou que 59% dos ex-funcionrios consultados admitiram que mantiveram con-tedos importantes da empresa ao perderem os vnculos empre-gatcios, seja para usar em um futuro emprego ou por vingana. De acordo com Baungartner, a empresa pode e deve monito-rar as mensagens expedidas e recebidas, inclusive porque sobre ela recai a responsabili-dade pelo eventual mau uso do equipamento. A empresa deve

    ocupao que o Departamento de Gesto e Oramento da Casa Branca enfatizou que o monito-ramento interno das comunica-es dos funcionrios, embora permitido, no pode ser usado no mbito da lei para intimidar denunciantes.

    Mas qual o ponto de equil-brio dentro desse debate entre vigiar e punir ou ceder e confiar? Na minha opinio, deve existir liberdade de acesso s informa-es. Mas tambm os funcion-rios precisam ser cobrados pelo desempenho, diz Tegon. Opinio compartilhada por Pastore. Vale o bom senso. O funcionrio deve se conscientizar de que as infor-maes so, na verdade, da em-presa. Ele pode ser punido at ser demitido por justa causa , dependendo de como usa o com-putador. Por outro lado, a em-presa no pode usar o contedo dos e-mails para denegri-lo ou constrang-lo junto aos cole-gas. J Baungartner ressalta a necessidade de clareza nas infor-maes de direitos e deveres de ambas as partes. Por exemplo, um cdigo de tica da empresa ao qual o empregado adere por escrito. A boa gesto implica mo-tivao pelo incentivo positivo, de modo a evitar a necessidade de punies.

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    Apostlico alerta para a divulgao de contedos imprprios

    Para Baungartner, a empresa deve vigiar o uso de seus equipamentos

    selecionar a quem confia seus equipamentos, como tambm vi-giar o uso que deles se faz.

    Recentemente veio a pblico uma ampla operao de violao de milhares de e-mails de funcio-nrios da FDA (Food and Drug Administration), agncia de vigi-lncia sanitria norte-americana, iniciada para investigar um pos-svel vazamento de informaes

    confidenciais por cinco cientistas que questionavam procedimen-tos considerados errados por eles. Quando descobriram que seus e-mails foram intercepta-dos pela FDA e aps a demisso de quatro colegas, os cientistas entraram com uma ao contra a agncia. Segundo reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo, o caso gerou tanta pre-

    Faa certoDicas para trabalhar com o computador monitorado:

    NO ABRA LINKS SUSPEITOS. EM CASO DE DVIDA, CONSULTE O RESPONSVEL DE TI

    1ESTEJA A PAR DAS NORMAS DE UTILIZAO DOS COMPUTADORES. MAIS FCIL SABER OS LIMITES COM AS REGRAS EM MOS

    2

    3

    NO CRITIQUE DIRETAMENTE A EMPRESA OU CLIENTES/FORNECEDORES PELA REDE. O EFEITO BOLA DE NEVE INEVITVEL

    4

    FAA BOM USO DOS BATE-PAPOS. OS CHATS TM O MESMO PESO DE UM E-MAIL. AMBOS FICAM REGISTRADOS E MUITO BEM DOCUMENTADOS

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    2A infelicidade no ambiente de trabalho tema de recorrentes debates no mundo corporativo e muitas so as solues que se mostram possveis para enfrentar esse desafio. M remunerao, ausncia de reconhecimento, falta de tempo, conflitos de relaciona-mento entre colegas e liderana, metas exageradas e distantes da realidade so alguns dos fatores que podem desencadear a to fa-lada infelicidade.

    Segundo Martin E.P. Seligman, fundador da psicologia positiva, metade da nossa capacidade de

    sentir-se feliz hereditria. Em segundo lugar, com 40%, vm as atividades voluntrias resultan-tes das nossas escolhas e apenas 10% referem-se s condies de vida de cada um.

    Para diminuir a falta de mo-tivao e felicidade dentro das empresas, muitas organizaes geram, como recompensa, a fr-mula meta mais bnus, na qual os colaboradores se sentem engaja-dos pelo trabalho na busca pelo dinheiro. Essa foi uma das teorias apresentadas pelo jornalista Ale-xandre Teixeira, autor do livro Fe-

    licidade S/A, em palestra na sede do CRA-SP, promovida em parce-ria com a escola de negcios BSP, em outubro.

    Teixeira chamou a ateno para alguns pontos importantes den-tro da rotina de compensao: quase impossvel gerenciar uma empresa sem estruturao de me-tas, porm, quando voc exagera comea a ter efeitos colaterais. Os profissionais se sentem des-motivados a alcanar uma meta estabelecida de forma pouco de-mocrtica, afirmou.

    Ele ainda lembrou que determi-nadas aes empresariais podem criar o presentesmo, ou seja, o colaborador est apenas fisica-mente na empresa, mas durante o dia no agrega valor algum as suas atividades. Tal desmotivao acontece, tambm, porque nem sempre o dinheiro a principal chave da felicidade.

    A afirmao pode ser compro-vada pela lista das empresas mais cobiadas do mundo para se tra-balhar. Segundo recente pesquisa realizada pelo LinkedIn, atravs da interao com mais de 175 milhes de perfis da rede, Goo-gle, Apple e Microsoft lideram o ranking das mais almejadas pelos profissionais. Todas so conhe-cidas por seu estilo menos buro-crtico de trabalhar, com maior flexibilidade e interao dos fun-cionrios.

    Ainda em sua palestra, Teixeira ressaltou que o Brasil o pas (dentre os emergentes) que de-tm os profissionais com maior dificuldade em conciliar a vida pessoal e profissional, o que afeta, diretamente, o grau da sua felici-dade no ambiente de trabalho.

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    Menor desigualdade de gnero

    De acordo com o estudo Custos Logsticos no Brasil, realizado pela Fundao Dom Cabral, as empresas comprometem, em mdia, 13,1% de sua receita bruta com custos logsticos. A pes-quisa foi realizada com 126 empresas de vrios setores, que juntas representam 20% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional.

    Os setores que mais sofrem so as inds-trias de Bens de Capital (22,69%), Construo (20,88%) e Minerao (14,63%). Segundo o es-tudo, o transporte de longa distncia o que mais pesa, participando, em mdia, com 38% do total do gasto logstico, seguido da armazena-gem (18%), da distribuio urbana (16%) e dos custos porturios/aeroporturios (13%).

    A pesquisa, divulgada no final de outubro, revela ainda que para 65% das empresas con-sultadas, a terceirizao da frota e dos servios logsticos para outros operadores a ao mais importante e efetiva, no contexto atual, para re-duzir tais custos.

    Em mdia, gastos com logstica tomam 13% das receitas empresariais

    Desde 1996, o Projeto Quixote tem como misso trans-formar a histria de crianas, jovens e famlias que esto em complexas situaes de risco por meio de atendi-mento clnico, pedaggico e social integrados, alm de gerar e disseminar conhecimento. Para isso, atua em duas frentes de trabalho: o Atendimento Pessoal, que re-aliza o contato direto com o pblico-alvo, e a Formao e Pesquisa, que promove cursos para educadores e gesto-res da rede social, alm da publicao de livros de apoio. As empresas ou pessoas fsicas interessadas em ajudar podem fazer doaes mensais ou nicas em dinheiro, alm de contribuir com incentivos fiscais e voluntariado.

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    O Brasil ganhou 20 posies no ranking global sobre desigualdade de gneros em decorrncia dos avanos obtidos na educao para mulheres e no aumento da participao feminina em cargos polticos. Segundo o ranking anual elaborado pelo Frum Econmico Mundial, o Brasil saiu da 82 para a 62 posio entre 135 pases pesquisados.

    O estudo destaca que o avano do Brasil no ranking geral decorre de melhorias em educa-o primria e na porcentagem de mulheres em posies ministeriais. O fato de ter uma mulher na Presidncia da Repblica, Dilma Rousseff, tam-bm conta positivamente para a posio do pas.

    Pelo quarto ano consecutivo, a lista liderada pela Islndia, seguida pela Finlndia, Noruega, Sucia e Irlanda. No lado oposto do ranking, o I-men considerado o pas com a pior desigualdade de gnero do mundo.

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    Em novembro, o Conselho Federal de Administra-o realizou, no Rio de Janeiro, o XXII Encontro Bra-sileiro de Administrao (Enbra) e o VIII Congresso Mundial de Administrao (CMA). A partir do tema principal Pacto Global: Contribuio da administra-o para uma sociedade mais justa e sustentvel, as atividades serviram como base para a elaborao da Carta do Rio, uma sntese das propostas dos admi-nistradores para a maior adeso do Pacto Global da Organizao das Naes Unidas pela sociedade. O Enbra ainda teve a palestra do socilogo italiano Do-menico De Masi (foto), autor de O cio Criativo, que falou no primeiro dia do evento.

    Para o presidente do CFA, administrador Sebas-tio Mello, o Enbra reforou a participao de pro-fissionais de Administrao em questes relativas cidadania e ao trabalho decente. Uma instituio torna-se realmente forte e consolidada quando tem compromissos de incluso social, respeito ao meio

    ambiente e a prtica da tica, colocando-se como um construtor de prticas capazes de criar uma cultura e disseminar tais aes para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores.

    Enbra base para proposta ONU

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    O Ipea Instituto de Pesquisas Econmicas Aplicadas divulgou no incio de novembro os da-dos preliminares referentes ao Brasil do Estudo comparado sobre a juventude brasileira e chinesa, promovido pelo instituto com o intuito de anali-

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    Reflexos da juventudesar as diferenas entre os dois pases. No Brasil, a pesquisa foi realizada em duas universidades pblicas no Distrito Federal e no estado de So Paulo, e em quatro instituies de ensino superior privadas, localizadas nas duas regies.

    DOIS TEROS DO TOTAL DE JOVENS (64,6%) CONSULTA-DOS TM PELO MENOS UM DOS PAIS QUE CHEGARAM AO ENSINO SUPERIOR 12,3% DOS PAIS DE UNIVERSITRIOS TM PS-GRADUAO E, ENTRE AS MES, O PERCENTUAL DE 15,4%.

    A MAIOR PARTE DOS ESTUDANTES (71,5%) DECLARA DE-DICAR AT 10 HORAS POR SEMANA A ESTUDOS FORA DA SALA DE AULA E, NESTE GRUPO, 37,1% INFORMARAM QUE UTILIZAM MENOS DE 5 HORAS SEMANAIS PARA TAL FINA-LIDADE.

    ENTRE OS ESTUDANTES QUE INFORMARAM EXERCER AL-GUM TRABALHO REMUNERADO, A MAIOR PARTE UM TO-TAL DE 44,7% DECLAROU DESTINAR MENOS DE 5 HORAS SEMANAIS PARA ESTUDOS COMPLEMENTARES, COMO ESPERADO DE QUEM TRABALHA E ESTUDA.

    TODAVIA, OS PERCENTUAIS SO SIGNIFICATIVOS TAMBM NOS OUTROS GRUPOS, J QUE 34,9% DOS QUE ESTO PRO-CURANDO EMPREGO UTILIZAM ESTA MESMA QUANTIDADE DE HORAS COMO ESTUDO COMPLEMENTAR.

    NA AMOSTRA DA PESQUISA DETECTOU-SE QUE 52% DOS ESTUDANTES TRABALHAM E ESTUDAM, ENQUANTO 6,3% EXERCEM ALGUM TIPO DE TRABALHO NO REMUNERADO, 27,1% NO TRABALHAM E 13,3% ESTO DESEMPREGADOS.

    QUANTO ESCOLHA DO CURSO, 82,8% DOS ESTUDANTES AFIRMAM QUE NO TROCARIAM DE CURSO SE PUDESSEM, MAS 16,7% FARIAM A TROCA, ENQUANTO 24,1% APRESEN-TAM TRAJETRIA NO LINEAR ENTRE A SADA DO ENSINO FUNDAMENTAL E O INGRESSO NA UNIVERSIDADE, DEVIDO DIFICULDADE NA SELEO DE VESTIBULARES MUITO CONCORRIDOS OU DESISTNCIA DE OUTROS CURSOS SUPERIORES.

    27,1%

    6,3%

    13,3%

    52,0%

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  • Colaboraes para esta seo podem ser enviadas para o e-mail [email protected] Os textos devem conter no mximo 3.000 caracteres (com espaos), nome completo do autor, foto em alta resoluo e o registro no CRA-SP. Este artigo reflete, exclusiva-mente, a opinio de seu autor. O CRA-SP no se responsabiliza pelas ideias nele contidas.

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    A profissionalizao da gesto pblica

    Adm. Paulo Csar Rufino CRA-SP n 101.883Chefe de RH na Superintendncia Regional/SP do De-partamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit)

    Em pesquisa sobre o tema Moti-vao no Setor Pblico, tanto em consulta a produes acadmicas, como pela observao em fruns informais de discusso, verifica-se, em grande parte, que a maioria dos fatores que desmotivam as pessoas no ambiente laboral ocorre pela falta de planejamento, de metodo-logia clara de trabalho, de comu-nicao, de plano de carreira, de liderana e de foco em resultado. Portanto, por falta de profissiona-lizao na gesto pblica.

    Na anlise foi possvel observar que, num primeiro momento, o servidor recm-concursado chega com grandes anseios ao rgo para o qual foi aprovado, procu-rando colocar em prtica tudo o que teve de aprender na teoria, com o propsito de servir socie-dade e se desenvolver profissional-mente. Porm, em grande parte desses rgos, a realidade logo se apresenta, visto que, desde o pri-meiro momento, possvel perce-ber algum fator de insatisfao.

    Uma situao no rara aquela em que o servidor toma posse e sua distribuio pela organizao precria, no se sabendo onde ele ser lotado. Aps uma discus-so entre as chefias, sem mtodo ou anlise curricular, como visto em inmeros relatos, o servidor localizado em determinada rea aleatoriamente. Assim, j pos-svel perceber um grande desa-grado, que inevitavelmente vai gerar desmotivao.

    Alm do exemplo citado acima,

    nota-se que a desmotivao se desencadeia tambm pela falta de procedimentos e pela falta de viso clara do que a misso da organizao e do espao que esse servidor ocupar para alcanar tal misso. Se isso no posto inicial-mente a todos os colaboradores, fatalmente eles sentiro que tra-balham por trabalhar, no vendo seu esforo chegar a lugar algum.

    A, reside a importncia da rea administrativa em priorizar a or-ganizao e a metodologia de tra-balho e, tendo papel fundamental, a rea de Recursos Humanos que deve aproximar os setores, isto , a rea meio e rea fim do rgo. Seja atravs de curso de formao planejado pela alta direo ou eventos de integrao planejados pela gesto de nvel intermedirio, o elo entre a vontade de servir ao pblico e o bom ambiente para que isso acontea passa neces-sariamente pela integrao das reas.

    Ressalte-se que a importncia do trabalho do rgo muitas vezes conhecida superficialmente pelos colaboradores internos da rea meio, que, por isso, podem se per-ceber apenas como carimbadores ou conferidores de notas fiscais. Assim como alguns servidores da rea fim, que podem ter a im-presso de trabalharem isolados, fazendo com que se sintam meros fiscalizadores ou multadores. Contudo, quando existe integra-o entre as reas h uma enorme contribuio para a motivao.

    Dessa maneira, todos trabalham de forma mais integrada, pois sabem exatamente a importncia do seu papel na organizao.

    Portanto, quando houver a previso de concurso pblico para determinado rgo abso-lutamente necessrio que todo o planejamento deva ser minucio-samente discutido pelos gestores, tanto pela alta direo, quanto pelos nveis intermedirios como tambm nos nveis operacionais. Planejamento este que deve prio-rizar a forma pela qual esses novos servidores se integraro com mais facilidade organizao, fazendo com que sintam confiana na ins-tituio e nos colegas, melhorando a qualidade de seu trabalho e, por conseguinte, a prestao dos ser-vios pblicos a toda sociedade.

    Opinio

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  • A comercializao dos planos respeita a rea de abrangncia das respectivas operadoras. Em comparao a produtos similares no mercado de planos de sade individuais (tabelade outubro/2012 - Omint).Planos de sade coletivos por adeso, conforme as regras da ANS. Informaes resumidas. A cobertura de hospitais e laboratrios, bem como de honorrios profissionais, se dconforme a disponibilidade da rede mdica e as condies contratuais de cada operadora e categoria de plano. Condies contratuais disponveis para anlise. Novembro/2012.

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