84
R epercussões da nova Lei do Estágio Previ dência: a melhor poupança para o futuro

Revista Agitação n º 84 - CIEE

Embed Size (px)

DESCRIPTION

revista para o mundo do estágio

Citation preview

Page 1: Revista Agitação n º 84 - CIEE

Repercussões da nova Lei do Estágio

Previdência: a melhor poupança para o futuro

Page 2: Revista Agitação n º 84 - CIEE

ESTÁGIO

Estágio de qualidade - O Programa CIEE de Estágios reúne a mais completa estrutura de produtos e serviços, para o desenvolvimento e formação de novos recursos humanos, envolvendo profi ssionais de alto gabarito, efi cientes e modernos sistemas de gestão de informação e vasto banco de dados, além de profundo conhecimento sobre os aspectos operacionais e legais do estágio.

Instituição fi lantrópica, não-go vernamental, sem fi ns lucrativos e de assistência social, com mais de 4 décadas de atuação direcionada ao desenvolvimento de programas de estágio e à preparação da juventude para o mercado de trabalho e à sua inclusão social.

EMPRESÁRIO, CONTRATE ESTAGIÁRIOS!

CHAME O

Telefone do Estudante:(11) 3046 8211

Investimento produtivo, com retorno garantido.

CIEE (Sede Executiva): Rua Tabapuã, 540, Itaim Bibi - São Paulo /SP - CEP: 04533 001

Atendimento às Empresas(11) 3046 8222

piccom

unicacao.com.br

novo_anuncio_estagio_simples.indd 1 26/11/2008 13:46:06

Page 3: Revista Agitação n º 84 - CIEE

nº 84,novembro/dezembro 2008

A tiragem desta edição é de 85.000 exemplares.

Auditada por

Evanildo Bechara, da ABL, recebe o troféu Guerreiro da Educação. pág. 62

PRÊMIO

Agência Click ................................38Alcon ............................................38Boehringer Ingelheim ...................39Braskem ........................................39Câmara Municipal de Suzano .....40Canova ..........................................40Cerâmica Porto Ferreira .............41CI&T ............................................41Copagaz ........................................42CPQD ...........................................42Credicitrus ....................................43Cummins ......................................43Daiichi Sankyo ..............................44EMC Brasil ....................................44

Hospital do Coração .................18Apsen .........................................20Jacto ...........................................22Kaizen ........................................24Va Tech Hydro ...........................26

Fund. de Rotarianos de São Paulo .... 45Fund. Educacional de Ituverava ........ 45Goodyear Produtos de Engenharia .. 46HM Engenharia .................................. 46Ícaro Technologies ............................. 47Itaú Cultural ....................................... 47Kimberly-Clark Brasil ........................ 48Medley ............................................... 48Método .............................................. 49Monsanto ........................................... 49MSC ................................................... 50Nextel ................................................ 50Pandurata Alimentos ......................... 51Praiamar Shopping ............................ 51

Prefeitura de Botucatu .................52Prefeitura de Ituverava .................52Prefeitura de Jales .........................53Prefeitura de Palmital ...................53Prefeitura de Reginópolis .............54Prefeitura de Sorocaba ................54Rockwell .......................................55Sebrae-SP .....................................55Siemens .........................................56Tokio Marine .................................56Venturus ........................................57Vicunha Têxtil ...............................57

Matec .........................................28Yamaha ......................................30Schneider Electric ......................323M .............................................34Rodobens Consórcio .................36

Concurso premia projetos elaborados por estagiários. pág. 6

Fiscalização compreensiva na fase de adaptação da nova Lei do Estágio. pág. 64

PONTO DE PARTIDA

LEGISLAÇÃO

Ministro da Previdência Social, José Pimentel: mudanças profundas. pág. 10

ENTREVISTA

Análise ............................... 58Portugal ............................. 66CIEE em Foco ................... 67Novas Idéias ...................... 72Parceria .............................. 75Eventos .............................. 76Cartas ................................ 80Ponto Final ......................... 82

SEÇÕES

Nesta edição, Agitação apresenta as 50 melhores práticas de estágio entre empresas, entidades do Terceiro Setor e órgãos públicos. pág. 14

AS MELHORES EMPRESAS PARA ESTAGIAR 2008

ESTÁGIO

Estágio de qualidade - O Programa CIEE de Estágios reúne a mais completa estrutura de produtos e serviços, para o desenvolvimento e formação de novos recursos humanos, envolvendo profi ssionais de alto gabarito, efi cientes e modernos sistemas de gestão de informação e vasto banco de dados, além de profundo conhecimento sobre os aspectos operacionais e legais do estágio.

Instituição fi lantrópica, não-go vernamental, sem fi ns lucrativos e de assistência social, com mais de 4 décadas de atuação direcionada ao desenvolvimento de programas de estágio e à preparação da juventude para o mercado de trabalho e à sua inclusão social.

EMPRESÁRIO, CONTRATE ESTAGIÁRIOS!

CHAME O

Telefone do Estudante:(11) 3046 8211

Investimento produtivo, com retorno garantido.

CIEE (Sede Executiva): Rua Tabapuã, 540, Itaim Bibi - São Paulo /SP - CEP: 04533 001

Atendimento às Empresas(11) 3046 8222

piccom

unicacao.com.br

novo_anuncio_estagio_simples.indd 1 26/11/2008 13:46:06

Page 4: Revista Agitação n º 84 - CIEE

4 Agitação set/out 2008

é editada pelo

Editor responsável: Luiz Gonzaga Bertelli, MTb 10.170 (Presidente executivo do CIEE).Conselho editorial: Ruy Martins Altenfelder Silva, Luiz Gon-zaga Bertelli, Jacyra Octaviano.Redação: Jacyra Octaviano (assessora de comunicação), André L. Rafaini Lopes, Andrea de Barros, Cláudio Barre-to, Elizabeth da Conceição, Erika Sarinho, Roberto Ma ttus e Rafael Dias (estagiário). Colaboradores: Lucíola Souza (Goiâ-nia/GO); Márcia de Freitas (São José do Rio Preto/SP); Hetth Carvalho (Salvador/BA). Revisão: Mário Gonzaga Athayde.Fotos: Servfoto.Arte: Edith Schmidt (edição de arte/capa); Wilson André Filho (ilustrações).Capa (foto): Latinstock BrasilProdução gráfica: PIC Comunicação.Impressão: Gráfica Plural.

As matérias publicadas nesta edição poderão ser reproduzi-das total ou parcialmente, desde que citada a fonte. Solicita-mos que as reproduções de matérias sejam comunicadas à redação. As opiniões expressas em artigos assinados não coincidem necessariamente com a opinião da revista.Agitação: Rua Tabapuã, 445 - 3º andar - Itaim Bibi - São Paulo/SP - CEP 04533-001 - Tel.: (11) 3040-6527/6526 - [email protected] atrasados podem ser solicitados à redação ou podem ser consultados acessando o site www.ciee.org.br.

Filiada à Agitação foi considerada a melhor publicação empresa-rial de 2002 pela ABERJE.

CARTA AO LEITOR

Internet PORTAL DO ESTÁGIO - www.ciee.org.br

Telefone do EstudanteSão Paulo: Tel.: (11) 3046-8211Rua Tabapuã, 516 - Itaim Bibi - 04533-001 - São Paulo/SP Atendimento a EmpresasTel.: (11) 3046-8222

Oficinas de CapacitaçãoTel.:(11) 3111-3003

Relacionamento com a ImprensaTel.: (11) 3040-6525/[email protected]

Eventos e SemináriosRelações Públicas - Tel.: (11) 3040-6541/6542 - Fax (11) [email protected]

FALE COM O CIEE

Atendimento ao assinante: Para alteração de nome ou endereço para recebimento de Agitação, favor enviar e-mail para [email protected], colocando no campo Assunto a seguinte indicação: Agitação – Alteração de cadastro.

Mais uma vez o CIEE, o Ibope Inteligência e a Associação Brasi-leira de Recursos Humanos (ABRH/SP) juntaram-se para apon-tar As Melhores Empresas para Estagiar. O prêmio identifica as 50 melhores práticas de estágio do estado de São Paulo, entre empresas, organizações públicas e de Terceiro Setor. Realizada com a expertise do Ibope, a pesquisa destaca as organizações que propiciam as melhores condições para a capacitação prática de estudantes, complementando o aprendizado teórico recebido nos bancos escolares e contribuindo para a formação de profis-sionais talentosos e cidadãos éticos. Importante diferencial para as empresas comprometidas com o futuro das novas gerações, a descrição dos programas premiados pode servir de modelo e estímulo para o mundo corporativo incorporar, cada vez mais, o estágio como prática eficiente de recrutamento e preparação de futuros talentos.

Na terceira edição, perto de 200 empresas, com 15 ou mais estagiá-rios, inscreveram-se para participar do processo. Três mil estagiários responderam a um questionário para avaliar as atividades pratica-das durante o estágio. As informações foram cruzadas com ou-tras questões mais técnicas – valor da bolsa-auxílio e benefícios – para a formação do ranking divulgado nesta edição de Agitação e composto por dez melhores empresas para estagiar por ordem de classificação, e as outras 40, por ordem alfabética.

Um dos itens que mais chama atenção na pesquisa mostra que a média da bolsa-auxílio quase dobrou de valor em três anos. Das organizações que participaram da pesquisa, 18% já praticam valo-res entre 1,3 mil reais e 2 mil reais, remuneração que, em muitas carreiras, é cobiçada até por profissionais experientes. Esse é um dado bastante expressivo, pois o avanço reforça o relevante papel social do estágio, já que uma parte significativa dos estudantes que participam dos programas de capacitação é proveniente de famílias de baixa renda. A bolsa-auxílio, nesses casos, é um im-portante complemento para a manutenção dos estudos, além de acrescentar ajuda importante à renda familiar.

Por causa desses fatores tão benéficos, o CIEE, com seus 44 anos de experiência dedicados ao estudante brasileiro e à integração empresa-escola, cumprimenta as 50 premiadas de 2008 – orga-nizações que levam a sério a educação e o trabalho e que contri-buem, verdadeiramente, para um país melhor. E, por questão de justiça, estende os cumprimentos às inscritas que – é importante registrar, por pouca diferença, a maioria por décimos – nesta edi-ção não integram o ranking, o que poderá, com grande probabili-dade, acontecer nas próximas edições, dada a qualidade de seus programas de estágio.

Page 5: Revista Agitação n º 84 - CIEE
Page 6: Revista Agitação n º 84 - CIEE

6 Agitação nov/dez 2008

PONTO DE PARTIDA

São Paulo precisa de ajudaConcurso premia projetos de melhoria da cidade elaborados por estagiários.

Com a instalação de pluviômetros e ré-guas de nível, ação proposta pelo projeto desenvolvido por estagiários da Prefeitu-ra de São Paulo, “o sistema de alerta ficou melhor”, segundo Karine Silva Glória, coordenadora da Defesa Civil de M’Boi Mirim, bairro da zona sul da cidade. Ela explica que o projeto campeão do I Concurso Melhores Práticas de Estágio na Prefeitura Municipal de São Paulo, pro-movido em 2006, serviu como meio de descobrir quais locais necessitam de tra-balhos de intervenção com maior prio-ridade. A coordenadora recorda o caso de um agente comunitário que, alertado pelo pluviômetro, salvou uma família de perder a vida e os bens, antes de a casa desabar por causa da chuva.

Exemplos como esse demonstram a efi-ciência das idéias surgidas no Concurso Melhores Práticas de Estágio, que este ano chega à sua terceira edição. De acordo com Malde Maria Villas Bôas, secretária de Gestão da prefeitura, o concurso abre um espaço para os estagiários criarem e apresentarem projetos que beneficiam a população. “O estágio na prefeitura não apenas contribui para a formação do jovem como profissional, mas também como cidadão”, explica. Realizado pela prefeitura em parceria com o CIEE, o concurso oferece ao jo-vem a oportunidade de cumprir com seu papel na sociedade, procurando soluções para os problemas da cidade. Para Leda Acherman, secretária ad-junta do Verde e do Meio Ambiente, o concurso premia o novo, o inusita-do e reconhece aquele que ousou para encontrar a solução dentro dos pro-blemas apresentados. “Em tempos em que os jovens estão descrentes com a

política, ver nossos estagiários, que se interessam em ajudar pessoas e con-tribuir para implantação da adminis-tração pública, é motivo de orgulho”, afirma Nelson Costa, secretário Mu-nicipal do Trabalho e Emprego. A solenidade de premiação deste ano ocorreu no Teatro CIEE, durante o IV Encontro de Estagiários da Prefeitura de São Paulo, dia 9 de outubro. Além de Malde Villas Bôas e Nelson Costa, o evento contou com a presença dos secretários Eduardo Jorge, do Verde e Meio Ambiente, e Walter Feldman, dos Esportes. Os trabalhos foram di-vididos em duas categorias: individual e em grupo. A comissão julgadora dos projetos foi formada por Celina Acio-li, Celso Dutra e Jacyra Octaviano, representantes do CIEE; Djair Perei-ra e Edgard Gonçalves, da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap); e Rita de Cássia Marques Lima de Castro, do Ibmec São Paulo.

Walter Feldman vê papel do estagiário como indispensável.

Para Malde, o estágio na prefeitura forma “agentes de mudança”.

Nelson Costa destaca o interesse dos jovens em ajudar as pessoas.

O evento contou com palestra do professor Roberto Coda.

Page 7: Revista Agitação n º 84 - CIEE

7Agitaçãonov/dez 2008

Tema: Reaproveitamento de hortaliças destinadas ao consumo animal: aspectos ecológicos, higiênico-sanitários e educativos.Autora: Bárbara Gothardo.

Cem mil toneladas de lixo são gera-das no Brasil diariamente; 60 % disso é constituído por materiais orgânicos, como restos de frutas, hortaliças e ali-mentos em geral. Desse total, apenas 1% é reaproveitado. Esses dados revelam a importância de programas de reaprovei-tamento de lixo orgânico, visto o grave impacto ambiental que ele causa. Com base nessas informações, a estu-dante de Medicina Veterinária Bárbara Gothardo, elaborou o projeto vencedor. Ela estagia na Divisão de Medicina Vete-rinária e Manejo da Fauna Silvestre (De-pave), da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente.

O objetivo do projeto é melhorar a alimenta-ção das aves do Parque do Ibirapuera utilizan-do sobras das hortaliças doadas pelo Mercado Municipal Cantareira. Para melhorar o processo, a estudante viu a necessidade de utilizar métodos de Educação Ambiental com os funcio-nários do mercado, para diminuir a quantidade de materiais inservíveis que vinham com as hortaliças, e esta-belecer padrões higiênico-sanitários para a coleta, transporte e armazena-mento dessas doações. Com o sucesso do projeto, Bárbara

espera incentivar outros parques a de-senvolverem programas com a mesma fi nalidade e diminuir o lixo orgânico. “Existe muito desperdício de verdu-ras. Com esse trabalho, conseguimos reaproveitar três das 13 toneladas do material enviado. Se esse projeto se transformar em exemplo, o lixo dimi-nuirá cada vez mais”, explica.

2º LUGAR

INDIVIDUALTema: Fauna na cidade: uma proposta de sensibilização e co-responsabilidade na proteção de animais silvestres.Autora: Juliana Venerando Cardoso Coelho.

A educação ambiental é essencial para a preservação da cidade. Para se ter noção, a Divisão de Fauna do Município de São Paulo identifi cou 284 espécies de aves e registrou 55 de mamíferos silvestres. A maior parte da população, porém, co-nhece pouco esses seres. Outra realidade alarmante é o tráfi co de animais, que re-presenta um problema signifi cativo para a manutenção da fauna, visto o número elevado de apreensões efetuadas pela Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), aproximadamen-te 2,3 mil animais em 2007. Além dos maus-tratos, na cidade não há locais sufi cientes para abrigar esses animais. “A conscientização deve começar pelas crianças”, explica Juliana Venerando

Cardoso Coelho, estudante de Ciências Biológicas e es-tagiária da Divisão de Me-dicina Veterinária e Manejo da Fauna Silvestre (Depave), que propõe aulas de Educa-ção Ambiental para alunos dos primeiros anos do ensi-no fundamental. Para avaliar o grau de instrução das crianças nesse assunto, Juliana fez vi-sitas técnicas em duas escolas da zona leste de São Paulo (uma pública e ou-tra privada). Os alunos demonstra-ram pouco ou nenhum conhecimento sobre a fauna paulistana, chegando a citar elefantes e leões como animais nativos da cidade. A idéia é levar as crianças para aulas externas, apresentando o ecossistema

de seu bairro, e aos poucos ampliar esse universo. De acordo com Julia-na, a escolha da fauna como objeto de estudo para as crianças pode ser cati-vante pela simpatia provocada pelos bichos e ainda serve de gancho para estimular nos jovens a defesa de ou-tras causas ambientais.

1º LUGAR

INDIVIDUAL

Para Juliana, a educação ambiental deve começar pelas crianças.

Bárbara vê o reaproveitamento como forma de diminuição do desperdício.

Page 8: Revista Agitação n º 84 - CIEE

8 Agitação nov/dez 2008

PONTO DE PARTIDA

Preservação, sensibilidade e educação. Esses são os fundamentos primordiais do projeto elabora-do pelo estudante de Ciências Biológicas Victor Hugo Lazzaro. O projeto propõe a estruturação do primeiro corredor ecológico da capital pau-lista, que consiste em uma faixa de vegetação que liga grandes fragmentos fl orestais ou unidades de preserva-ção, no caso os parques Previdência, Luiz Carlos Prestes e Raposo Tavares, na zona oeste. O intuito é a conservação e preservação da malha verde na região desses parques, gran-des responsáveis pelo desenvolvimento da avifauna local. Por meio do plantio de árvores, indicadas por especialistas, estudantes em graduação e técnicos da Secretaria Munici-pal do Verde e do Meio Ambiente, o projeto visa reverter os malefícios da degradação, visto que os parques se situam às margens da Rodovia Raposo Tavares e da Avenida Eliseu de Almeida, área de elevada movimentação.O trabalho de educação ambiental na comunidade local tam-bém é importante para sensibilizar a população para a causa.

“Não adianta apenas um programa de conscientização am-biental, mas, sim, despertar a emotividade das pessoas”, explica Victor. Para o estudante, os parques urbanos devem ser vistos como locais de sensibilização ecológica, preservação dos re-cursos naturais e do ecossistema. A intenção é tratar o cidadão como agente de mudanças.Com a implantação do corredor ecológico, a pretensão é va-lorizar e enriquecer os fragmentos da mata local, aproximar a comunidade da reserva e possibilitar a troca de conhecimento prático e acadêmico entre os estagiários dos três parques du-rante a manutenção do projeto, além de ampliar a estratégia para os demais parques da cidade.

Durante o estágio no Clube Escola Pa-dre José de Anchieta, os estudantes de Educação Física, Adilson Siqueira de Vasconcelos, Bruna Casiolato e Lucile-ne Rodrigues da Silva detectaram um grande volume de freqüentadores do local com problemas de hipertensão e diabetes, assim como a inexistência de um programa específi co de atividade física que atenda às necessidades da comunidade. Com base na análise desses dados, os es-tudantes montaram o programa Hiper-Dia Ativo, oferecendo atividades físicas que promovem melhorias biológicas, motoras e sociais para os hipertensos e diabéticos da comunidade. Para parti-

cipar, os interessados deverão possuir credencial na Unidade Básica de Saúde Padre José de Anchieta, parceira do pro-grama. “Trabalhar a parte física é melho-rar a qualidade de vida”, explica Bruna.Outro aspecto do programa é esclarecer os conceitos de hipertensão e diabetes, atividade física e seus benefícios, além de ensinar a população como mensu-rar a freqüência cardíaca para praticar esportes de maneira segura ao coração. Por meio dessas ações, os estudantes pretendem melhorar a qualidade de vida dos hipertensos e diabéticos, reduzir o número de ocorrências médicas dessas pessoas, tornando-se um meio de pre-venção secundário e de inclusão social.

3º LUGAR

INDIVIDUAL

Tema: Implantação de corredor ecológico e sua importância para a avifauna nos parques urbanos, através da Educação Ambiental.Autor: Victor Hugo Lazzaro.

1º LUGAR

GRUPOTema: Atividade física como meio de inclusão social para hipertensos e diabéticos.Autores: Adilson Siqueira de Vasconcelos, Bruna Casiolato e Lucilene Rodrigues da Silva.

Para Victor, sensibilização às questões ambientais é essencial.

Atividades físicas elevam a qualidade de vida.

Page 9: Revista Agitação n º 84 - CIEE

9Agitaçãonov/dez 2008

O projeto criado pelas estudantes Ana Paula da Silva Viana e Gabriela Berta-relli Constanzo, de Arquitetura, e Na-tália Gallo Albuquerque, de Geografi a, propõe um programa de gestão pública que considera a microbacia hidrográfi ca como a menor unidade de planejamen-to urbano ambiental, com base na im-plantação do parque linear Água Podre. Microbacia hidrográfi ca é uma área geo-gráfi ca delimitada entre dois divisores de água e basicamente drenada por um cur-so natural. A idéia do projeto já existia na Supervisão Técnica de Planejamento Urbano da Subprefeitura do Butantã, onde as jovens estagiam. “A idéia é boa e inovadora”, diz Ana Paula. A implan-tação de parques lineares constitui uma das medidas do Programa de Recu-

Tema: Projeto Acesso.Autores: Felipe Szabon, Luciana Petti Zeraib, Nathalia Fogliati Piccirillo e Rodrigo Alexsandro.

Os estudantes de Psicologia Felipe Sza-bon e Luciana Petti Zeraib, juntamente com Nathalia Fogliati Piccirillo e Rodri-go Alexsandro Melo dos Santos, alunos de Sociologia e Política, viram na par-ceria do Centro de Apoio ao Trabalho (CAT), onde estagiam, com os telecen-tros (lan houses da prefeitura que ofe-recem gratuitamente acesso à internet e cursos de informática para a população) uma oportunidade de melhorar a quali-fi cação dos trabalhadores, aumentando as oportunidades contratação. Assim, os estagiários criaram o Projeto Acesso, que desde janeiro é oferecido nas unidades do CAT Lapa e Santana.Os estudantes detectaram que a maior parte das difi culdades encontradas para a contratação dos encaminhados está

nos primeiros quesitos exi-gidos: escolaridade, conhe-cimentos básicos de infor-mática e comportamento adequado para o ambiente de trabalho. Em parceria com os telecentros, o Projeto Acesso oferece o curso Oportunidade di-gital, dividido em três módulos: Introdu-ção à Informática (20 horas), Mercado de Trabalho (10 horas) e Telemarketing. As aulas são ministradas nos telecentros. Após a conclusão do curso, os alunos recebem uma carta de encaminhamento de retorno ao CAT com uma data pre-determinada, na qual ele tem preferência no atendimento. “A intenção do projeto é promover ações que atendem à neces-sidade das pessoas”, explica Felipe.

Para auxiliar a inserção dos trabalha-dores desempregados no mercado de trabalho e oferecer serviços de enca-minhamento do seguro-desemprego, fomento às atividades empreendedo-ras, entre outras atividades, a Secreta-ria Municipal do Trabalho e Emprego criou o CAT, que atualmente possui sete unidades, espalhadas pela cidade.

Tema: Bacias hidrográfi cas como unidades básicas de planejamento urbano e gestão ambiental.Autores: Ana Paula da Silva Viana, Gabriela Bertarelli Constanzo e Natália Gallo Albuquerque.

2º LUGAR

GRUPO

(Da esq. para dir.) Felipe, Luciana, Rodrigo e Nathalia: novas oportunidades de trabalho.

3º LUGAR

GRUPO

peração Ambiental de Cursos D’Água e Fundos de Vale. Esse projeto envol-ve urbanização de favelas, infra-estru-tura de saneamen-to básico, mudanças no curso d’água, re-formas nas vias pú-blicas, implantação de locais de recreação e lazer, melhorias na circulação de transporte, ampliação de áreas verdes e permeáveis ao longo dos fundos de vale, áreas de mata que fi -cam nas proximidades urbanas ao longo dos rios e cursos d’água. A análise da ba-cia hidrográfi ca do córrego Água Podre, localizado no distrito Rio Pequeno, pro-

porcionou conhecer as necessidades e difi culdades de pôr o projeto em prática e permitiu formular uma proposta para aplicar o programa de gestão no restante do território correspondente à Subpre-feitura do Butantã.

Autoras propõem programa de gestão pública.

A

Page 10: Revista Agitação n º 84 - CIEE

10 Agitação nov/dez 2008

Um futuro não tão distanteJOSÉ PIMENTEL, ministro da Previdência Social.ENTREVISTA

Os estagiários de hoje serão os aposentados do futuro. É necessário pensar nisso desde já.

11 de junho, foi nomeado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva ministro da Previ-dência Social. Nesta entrevista exclusiva a Agitação, ele faz interessante e pertinente análise do tema.

Agitação – A Previdência Social vem se transformando em uma questão delicada em vários países, em especial nos mais desenvolvidos. O Brasil começou a sentir “esse peso nas costas” há algumas déca-das. Por quê?Pimentel – Isso se deve às melhorias nas áreas de saúde, com as novas tecnologias; no saneamento básico; nos cuidados com os alimentos; e em diversos aspectos do que se convencionou chamar de qualida-de da vida. O aumento da longevidade dos brasileiros e brasileiras é sempre uma boa notícia. Afinal, viver mais é uma aspiração da sociedade. A questão é o impacto des-sas variáveis na Previdência Social.

Agitação – E como isso interfere na Pre-vidência?Pimentel – É importante lembrar que a Previdência funciona como um pacto en-

tre gerações, com os trabalhadores ativos custean do os benefícios

dos aposentados. Com o envelhecimento da popu-lação, haverá menos jo-vens para financiar a apo-sentadoria de um número

cada vez maior de idosos. Quanto menor o número de

filhos, maior será o impacto. Nossas famílias, hoje, têm

menos de dois filhos, em

Uma preocupação freqüente dos jovens está relacionada ao ingresso no mercado de trabalho. A luta para conquistar o pri-meiro emprego é cada vez mais acirrada e absorve quase a atenção total dos es-tudantes. O estágio surge, então, como um catalisador para formação profissional dos jovens. De acordo com o ministro da Previdência Social, José Pimentel, os es-tudantes precisam aproveitar as possibi-lidades de especialização e capacitação para expandir seus conhecimentos. Para comprovar o apoio às práticas de estágio, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), ligado ao Ministério da Previdên-cia Social e um dos maiores parceiros do CIEE, concede mais de seis mil estágios pelo Brasil. “Esse investimento, com cer-

teza, renderá muitos frutos no futuro”, diz o ministro.Aos 54 anos, Pimentel carrega vasta ex-periência na área previdenciária. Durante seu mandato como deputado federal pelo Ceará, também atuou como secretário Nacional de Finanças e Planejamento do Partido dos Trabalhadores (PT), relator do Orçamento Geral da União, membro titular da Comissão Especial da Reforma Tributá-ria da Câmara dos Deputados e presidente da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pe-quena Empresa, do Congresso Nacional. Formado em Direito, mas atuando como bancário e sindicalista, Pimentel reuniu ex-periências que lhe renderam o 8º Prêmio Nacional de Seguridade Social, entre ou-tras honrarias. Por essa qualificação, em

Os estagiários de hoje serão os aposentados do futuro. É necessário pensar nisso desde já.

brasileiros e brasileiras é sempre uma boa notícia. Afinal, viver mais é uma aspiração da sociedade. A questão é o impacto des-sas variáveis na Previdência Social.

Agitação – E como isso interfere na Pre-Agitação – E como isso interfere na Pre-Agitação –vidência?Pimentel – É importante lembrar que a Previdência funciona como um pacto en-

tre gerações, com os trabalhadores ativos custean do os benefícios

dos aposentados. Com o envelhecimento da popu-lação, haverá menos jo-vens para financiar a apo-sentadoria de um número

cada vez maior de idosos. Quanto menor o número de

filhos, maior será o impacto. Nossas famílias, hoje, têm

menos de dois filhos, em

Page 11: Revista Agitação n º 84 - CIEE

11Agitaçãonov/dez 2008

“A Previdência funciona como um pacto entre gerações, com

os trabalhadores ativos custeando os benefícios dos

aposentados”

média. Eu tenho 14 irmãos e três filhos. Isso terá reflexos futuros.

Agitação – Por causa desse impacto, o que vai mudar?Pimentel – A Previdência Social está aten-ta a isso e se prepara para discutir com a sociedade as alternativas para garantir a sustentabilidade do sistema para as gerações que vão se aposentar a partir de 2050. Até lá, se a economia continuar crescendo no mínimo 4% ao ano, a for-malização do emprego continuar no ritmo atual e aprimorarmos a gestão, as regras serão mantidas.

Agitação – A situação da Previdência So-cial interfere no valor pago pelos profissio-nais. Se há déficit, há interferência no valor arrecadado. Entretanto, o primeiro semes-tre de 2008 indicou queda de 17,5%. Quais as conseqüências dessa redução?Pimentel – Para se ter uma idéia, de janeiro a julho de 2008, a arrecadação líquida atin-giu o montante de 88,6 bilhões de reais, o que corresponde a um aumento de 10,2% em relação aos 80,3 bilhões de reais ar-recadados no mesmo período de 2007. O aumento é resultado do crescimento eco-nômico, do maior número de carteiras de trabalho assinadas e do ganho real dos sa-lários. Paralelamente, a melhora da gestão dos benefícios previdenciários, promovida pelo ministério, está sendo determinante para a redução das despesas mensais. Quer dizer, estamos arrecadando mais e pagando menos. A soma desses fatores tem garantido as condições para que a Previdência Social consolide sua trajetória superavitária. Essa tendência de queda do déficit está clara para nós, e as projeções indicam que, ao final do ano, a necessida-de de financiamento do Regime Geral de Previdência Social será de, no máximo, 38 bilhões de reais, contra uma previsão de 43 bilhões de reais.

Agitação – O que o governo está fazen-do para aumentar o número de contri-buintes e, assim, diminuir o déficit? O projeto de lei que regulamenta a ativi-

dade do microempreendedor individual insere-se nesse processo?Pimentel – A aprovação desse projeto é um importante passo para reduzir a infor-malidade no país e ampliar a inclusão pre-videnciária, ou seja, aumentaremos o nú-mero de pessoas com direito a benefícios e também o de contribuintes. Segundo o IBGE, cerca de 10 milhões de microem-preendedores terão oportunidade de se formalizar e ter direito aos benefícios da Previdência Social. O Simples Federal foi criado em 1996 e vi-gorou por 11 anos. Nesse período, tivemos 1,337 milhão de empresas formalizadas. O governo federal e o Congresso Nacional modificaram essa legislação, criando o Simples Nacional [Regime Especial Unifi-cado de Arrecadação de Tributos e Con-tribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, em 2006]. Em dez meses, registramos 3,2 milhões de micro e pequenas empresas formaliza-das. Agora, estamos dando um segundo passo: a figura do microempreendedor in-dividual. Quem são eles? São os feirantes, os camelôs, os sacoleiros, os pipoqueiros, os borracheiros, as manicuras e os cabe-leireiros. Os pequenos negócios, aqueles que têm faturamento anual de até 36 mil reais, serão isentos de todos os tributos federais, como o Imposto de Renda Pes-

soa Jurídica, a Contribuição Sobre o Lucro Líquido e o Imposto de Produtos Industria-lizados (IPI), pagando apenas a contribui-ção previdenciária.

Agitação – Como isso vai funcionar para o profissional?Pimentel – Ele será constituído como pes-soa jurídica, com o cadastro nacional, e pagará 11% sobre o salário mínimo. Esse recolhimento irá destinar-se aos seus bene-fícios previdenciários. Os únicos encargos são os impostos estaduais e municipais, que serão simbólicos. Os que têm que recolher ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] pagarão mais um real e a contribuição total, em valores atuais, será de 46,65 reais. Os que têm que recolher ISS [Imposto sobre Serviço], pagarão mais cinco reais, totalizando con-tribuição de 50,65 reais.

Agitação – Mas em muitos setores ainda há forte atuação sem carteiras assinadas. Os profissionais rurais são um exemplo. E esse ramo também está crescendo, o que vai resultar em um aumento do nú-mero de trabalhadores. Esse crescimento interfere em algo ou haverá um programa especial?Pimentel – A Constituição de 1988 definiu que os trabalhadores rurais deveriam ter cobertura previdenciária e, também, que a fonte de recursos para essa despesa seria o orçamento da Seguridade Social. A par-tir daí, os trabalhadores rurais passaram a ter sua previdência subsidiada, assim como ocorre no mundo inteiro. O obje-tivo dessas regras é garantir a proteção social ao pequeno agricultor, aquele que é responsável pela produção dos alimen-tos que consumimos diariamente. Esse tratamento é correto e justo. O que ocorre é que a contabilidade do Regime Geral de Previdência Social registra o pagamento desses benefícios como se fosse déficit, o que não é verdade. Há déficit quando o regime é contributivo e a arrecadação é insuficiente para o pagamento das despe-sas. No caso da área rural, há uma neces-sidade de financiamento porque esse setor

Page 12: Revista Agitação n º 84 - CIEE

12 Agitação nov/dez 2008

A

será sempre subsidiado pela sociedade, conforme o comando constitucional. Den-tro do governo, defendemos a separação da contabilidade para que fique claro o valor destinado à área urbana e à área rural. Isso dará transparência à socieda-de quanto à real situação da Previdência Social. Isso, porém, apenas para efeito contábil, porque a proteção social da nossa Previdência continuará valendo para urbanos e rurais, indistintamente.

Agitação – Essas medidas fazem parte de uma série de adequações na reforma pre-videnciária. A última foi em 2003. O que os novos profissionais vão encontrar de mais marcante?Pimentel – As mudanças que aprovamos na reforma de 2003 foram muito importan-tes para o futuro da Previdência Social. De-finimos uma previdência básica, com piso e teto, para todos, sejam trabalhadores da iniciativa privada ou do serviço público.

Agitação – Muitos jovens estão preferindo virar “concurseiros” a fazer uma faculda-de, mesmo existindo uma lacuna entre o setor privado e público. Foi tomada algu-ma medida para reduzir essa diferença?Pimentel – Os novos trabalhadores que ingressarem no serviço público terão a opção de pagar a previdência complemen-tar para ter direito à complementação de seu benefício naquilo que exceder ao teto do Regime Geral, que hoje está em 3.038 reais. O que estamos dizendo com isso é que até o teto do Regime Geral tem sub-sídio da sociedade. A partir daí, a com-plementação terá de ser custeada pela contribuição facultativa do servidor. Mes-mo assim, a implantação dessas regras somente irá se completar em 2050. Até lá, a sociedade destinará aproximadamen-te 350 bilhões de dólares para financiar o regime próprio dos servidores públicos. Estamos regulamentando a previdência complementar. A proposta de criação do Fundo de Pensão dos Servidores Públicos Federais (Funpresp) está no Congresso Nacional para aprovação. Será um gran-

de avanço, a exemplo do que é o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), que existe desde 1904 e, hoje, é um verdadeiro patrimônio daqueles trabalhadores.

Agitação – Há projetos de lei que visam a uma evolução na Previdência, como o que pretende utilizar os dados do Cadastro Na-cional de Informações Sociais (CNIS) pelo INSS para comprovar os direitos previ-denciários dos trabalhadores. Como será esse futuro?Pimentel – O que queremos é simplificar a vida do trabalhador e oferecer o melhor serviço público possível ao cidadão. Ga-rantir que, ao final de sua vida laboral, ele não tenha a menor dificuldade em conse-guir sua aposentadoria. Hoje, caso haja al-guma dúvida em sua documentação, o tra-balhador precisa comprovar que realmente trabalhou em determinado lugar e, muitas vezes, esses documentos foram perdidos ao longo dos anos, o que dificulta a con-cessão do benefício. O CNIS é um grande banco de dados do qual fazem parte to-dos os contribuintes, todos os segurados, mas as informações certificadas, aquelas que podemos usar sem a comprovação

documental, são de 1994 em diante. O que estamos propondo é a ampliação da base de dados certificada desse cadastro. Isso permitirá a concessão automática do benefício ao trabalhador em processo de aposentadoria. Forneceremos a ele o ex-trato da sua vida de contribuição e da sua vida laboral. E ali virá, também, o cálculo de sua aposentadoria, que, se ele concordar, será homologada no ato. Queremos que esse sistema entre em vigor em janeiro de 2009 para as aposentadorias por idade, na área urbana. O Congresso Nacional tem nos apoiado nessa matéria. É importante que o projeto seja aprovado rapidamente, de modo que cheguemos em janeiro de 2009 com todo o sistema de atendimento – Central 135, internet e banco de dados –, em melhores condições de atender prontamente o trabalhador, simplificando e facilitando a vida dos 37 milhões de contri-buintes regulares do INSS.

Agitação – Que recado o senhor gostaria de deixar para os jovens estudantes?Pimentel – Desde 2003, o Brasil passa por mudanças profundas em todos os campos. A economia cresce a cada ano e a oferta de emprego também. Nesse cenário, é preciso atentar para as vagas existentes para pessoas qualificadas. Se observarmos detalhadamente os dados do Cadastro Geral de Empregados e De-sempregados (Caged), as maiores opor-tunidades são para trabalhadores de até 19 anos que, na maior parte das vezes, estão no primeiro emprego, mas também para os que têm acima de 50 anos. Isso nos diz que o mercado volta a absorver trabalha-dores qualificados, com larga experiência e especialização. E as perspectivas para os próximos anos são ainda melhores. Para fazer parte desse novo Brasil, porém, será preciso dedicação e muito estudo. Portanto, o conselho que dou a todos os jovens é que estudem muito. Aproveitem as possibilidades de especialização para expandir seus conhecimentos, pois esse investimento, com certeza, renderá muitos frutos no futuro.

“De janeiro a julho de 2008, a arrecadação

líquida atingiu o montante de

R$ 88,6 bilhões, o que corresponde

a um aumento de 10,2%”

Page 13: Revista Agitação n º 84 - CIEE

13Agitaçãonov/dez 2008

Diálogo Nacional com Ruy Altenfelder

políticaeconomia

ciêncialiteratura

religiãorelações internacionais

artes plásticasmarketing político

cinemacomunidade

saúdemovimentação popular

medicinamarketing eleitoral

teatroesporte

educação urbanismo

Um programa de entrevistas com os maiores. E melhores.

Sintonize

4ª Feira – 23h TV Aberta São Paulo Canal 72 TVA e 09 Net5ª Feira – 19h30 Canal 8 Campinas – Canal 8 Net

5ª Feira 21h Canal de São Paulo – Canal 18 TVA6ª Feira 21h30 TV Com Santos - Canal 11 Net

Domingo 12h Canal de São Paulo – Canal 18 TVADomingo 12h Blue TV Rio de Janeiro – Canal 18 TVA

2ª Feira 23h TV Com Belo Horizonte – Canal 6 Net3ª Feira 20h TV Com Belo Horizonte – Canal 6 Net

4ª Feira 19h TV Cidade Livre Brasília – Canal 11 Net

www.dialogonacional.com.br

agitacao77.indd 53 10/10/2007 14:52:53

Page 14: Revista Agitação n º 84 - CIEE

14 Agitação nov/dez 2008

No estado de São Paulo, 50 programas de estágio podem se parecer com algumas das dezenas de milhares de

iniciativas de capacitação prática de futuros pro-fissionais. Mas basta dar voz aos jovens para que outra realidade se revele. Há três anos, o CIEE, o Ibope Inteligência e a sec-

cional paulista da Associação Brasileira de Recursos Humanos

(ABRH-SP) chamam os estagiá-rios para participarem de uma pes-

quisa de opinião, cujo resultado é o ranking As Melhores Empresas para

Pesquisa anual mostra que estágios estão em constante aprimoramento.

Agência Click Alcon Boehringer Ingelheim Braskem Câmara Municipal de Suzano Canova Abramides Gonçalves Advogados Cerâmica Porto Ferreira CI&T Copagaz CPQD

1º lugar Hospital do Coração2º lugar Apsen3º lugar Jacto4º lugar Kaizen5º lugar VA Tech Hydro6º lugar Matec7º lugar Yamaha8º lugar Schneider Electric 9º lugar 3M10º lugar Rodobens Consórcio

AS MELHORES EMPRESAS PARA ESTAGIAR

Estagiar. “A premiação é a única do gênero e tem a função de reconhecer, divulgar e multiplicar oportunidades de capacitação profissional a estudan-tes no mercado de trabalho”, explica Luiz Gonzaga Bertelli, presidente exe-cutivo do CIEE. Em 2008, três mil estagiários das 150 organizações inscritas responderam ao questionário que avaliou a qualidade do treinamento, o nível de investimen-to na formação de futuros profissionais, a absorção dos conhecimentos adqui-ridos em ambiente real de trabalho e a aceitação dos jovens nas equipes de profissionais. Do cruzamento dessas informações e de dados menos sub-

Page 15: Revista Agitação n º 84 - CIEE

15Agitaçãonov/dez 2008

jetivos, tais como benefícios ofereci-dos e valores da bolsa-auxílio, surge o ranking de excelência. Ou seja, trata-se de um grupo seleto de empresas e ór-gãos públicos que transformaram seus programas de estágio em referência de qualidade e em exemplo da efi ciência desse instrumento na política de recru-tamento e capacitação de talentos.Nesta edição especial de Agitação, é possível comparar a estratégia de cada uma e, mais do que isso, perce-ber que cada vez mais os jovens estão sendo valorizados no ambiente cor-porativo. Boa medida são os benefí-cios concedidos pelas empresas que seguem em ascensão desde a primei-ra edição do prêmio (quadro 1). “O mercado está em guerra pelos talen-tos e a concessão de benefícios é um dos recursos que os gestores de RH usam para atrair e reter potenciais colaboradores”, analisa Elaine Saad, presidente da ABRH-SP. A média da bolsa-auxílio também su-biu, quase dobrando de valor em três anos. Atualmente, 52% dos estagiários recebem entre 700 e 1.299 reais, e 18%, entre 1.300 e 2.000 reais. O avanço tem relevante impacto social, considerando que 44% dos jovens são provenientes de famílias com renda de até cinco salá-

AS MELHORES EMPRESAS PARA ESTAGIAR

Credicitrus Cummins Brasil Daichii Sankyo EMC Brasil Fundação de Rotarianos de São Paulo Fundação Educacional de Ituverava Goodyear Produtos de Engenharia HM Engenharia Ícaro Technologies Itaú Cultural

Kimberly-Clark Brasil Medley Método Engenharia Monsanto MSC Nextel Pandurata Praia Mar Shopping Prefeitura de Botucatu Prefeitura de Ituverava

Prefeitura de Jales Prefeitura de Palmital Prefeitura de Reginópolis Prefeitura de Sorocaba Rockwell SEBRAE/SP Siemens Tokio Marine Venturus Vicunha Têxtil

AUMENTO DOS BENEFÍCIOS PARA ESTAGIÁRIOS

* Os percentuais de benefícios concedidos e todos os dados citados nas matérias sobre As Melhores Empresas para Estagiar foram coletados até 5 de setembro.

rios mínimos. A bolsa-auxílio, como já comprovado por pesquisas do instituto TNS InterScience, serve de comple-mento para a renda familiar e manu-tenção dos estudos.

Empresas de visão. A pesquisa do CIEE, Ibope Inteligência e ABRH-SP pôde captar um momento único na história da inclusão de jovens no mer-cado de trabalho. No fi nal de setembro, o presidente da República sancionou a nova Lei do Estágio, aclarando algumas

regras, modernizando outras e insti-tuindo novidades nos programas de capacitação de estudantes. As conclu-sões da pesquisa As Melhores Empresas para Estagiar revelou que a maioria já havia adotado práticas que só se torna-riam obrigatórias com a nova lei. Por exemplo, 99% concediam bolsa-auxí-lio, 80% ofertavam o auxílio-transporte e nenhuma mantinha um mesmo esta-giário por mais de dois anos. Na média das participantes, as únicas adequa-ções necessárias são a carga horária

15Agitaçãonov/dez 2008

Bolsa-auxílio R$ 456 R$ 879

Auxílio-transporte 68% 79%

Vale-refeição 70% 75%

Cesta básica 9% 15%

Auxílio educação 9% 10%

Assistência médica 49% 59%

Assistência odontológica 27% 40%

Gratificação 37% 35%

Recesso 36% 22%

2006 2008

Page 16: Revista Agitação n º 84 - CIEE

16 Agitação nov/dez 2008

e a concessão de recesso remunerado para estagiários. Vale destacar a consagração de um quinteto fantástico, no ranking de 2008. Apsen, 3M, Kaizen, Pandurata (inscrita como Bauducco em 2006 e 2007) e Sebrae/SP são as únicas or-ganizações a ganhar o prêmio As Melhores Empresas para Estagiar em todos os anos da promoção. Em co-mum, oferecem programas muito bem estruturados que priorizam a capacitação para o trabalho e, acima de tudo, bons climas organizacionais – tão bons que três delas também fi guram nas listas das Melhores Em-presas para Trabalhar de 2008, pu-blicadas pelas revistas Época e Exa-me-Você S/A, ao lado de outras nove empresas do ranking CIEE-Ibope-ABRH-SP (Quadro 3).

Altas expectativas. As atraentes ca-racterísticas dos programas de estágio vencedores atraem multidões de can-didatos que, para conquistar a vaga, enfrentam processos de seleção tão ou mais concorridos do que os vestibula-res. No fi nal, as probabilidades estão a favor dos jovens que começaram a se preparar antecipadamente para o momento decisivo das entrevistas e dinâmicas de grupo. Por conta disso, 70% dos estagiários consultados do-minam outro idioma além do por-tuguês, e 88% têm acesso à internet. Curiosamente, o perfi l dos aprovados pouco mudou em três anos (Quadro 2), exceto quanto ao acesso a certos produtos tecnológicos, como laptops – o número de jovens que têm um computador portátil saltou de 12% para 29%, em 2008, muito provavel-mente devido à economia aquecida e taxas cambiais baixa, favoráveis à im-portação de eletrônicos.O estudo também apurou que a ava-liação geral dos estágios é muito alta e segue em ritmo crescente. Na mé-dia geral, os programas ganharam a nota 8,99, enquanto há três anos a

16 a 20 anos 30%21 a 25 anos 57%26 a 30 anos 10%Mais de 30 anos 2%

Técnico

Superior

Particular

Pública

Elaine Saad, ABRH-SP, vê guerra das empresas para reter talentos.

Nelsom Marangoni, Ibope: feedback aprimora estágio.

77%

23%

PERFIL DO ESTAGIÁRIO

SEXO

FAIXA ETÁRIA

GRAU DE INSTRUÇÃO

INSTITUIÇÃO DE ENSINO

8%

87%

47%53%

Médio5%

Superior

Pública

INSTITUIÇÃO DE ENSINOINSTITUIÇÃO DE ENSINO

87%87%

16 a 20 anos 30%21 a 25 anos 57%26 a 30 anos 10%

FAIXA ETÁRIAFAIXA ETÁRIA

47%47% Masculino Feminino

Page 17: Revista Agitação n º 84 - CIEE

17Agitaçãonov/dez 2008

3MApsenBoehringer IngelheimCI&T SoftwareDaiichi Sankyo BrasilEMC Computer Systems do Brasil

avaliação fi cou em 8,81. Para Nelsom Marangoni, chief executive offi cer (CEO) do Ibope Inteligência, a pes-quisa contribuiu para aprimorar a qualidade dos estágios. “As empresas e órgãos públicos participantes re-cebem um relatório com suas notas, permitindo que verifi quem os pon-tos em que estão acertando e os que precisam de ajustes”, diz. O CEO do Ibope destaca, ainda, a maior participação de grandes empre-sas, que se mostram interessadas em ser avaliadas, e a presença de órgãos públicos no ranking. “O setor, que sempre priorizou aspectos políticos, há três anos dá sinais de que se preocupa em aprimorar o desenvolvimento de pessoas e, conseqüentemente, do ges-tor público do futuro”, diz. Prefeituras e câmaras municipais freqüentam a lista das melhores para estagiar desde a primeira edição e, em 2008, fi caram em terceiro lugar ao emplacar sete re-presentantes. O segmento industrial ocupa a primeira colocação, com 20 fi nalistas; serviços, com a medalha de prata e seus 13 colocados; já as funda-ções e organizações de saúde e da área farmacêutica empataram em quarto lugar com cinco vencedores cada.

Metodologia. A pesquisa As Melho-res Empresas para Estagiar é restrita a empresas e órgãos públicos paulistas.

Nesta edição, participaram organi-zações com 15 ou mais estagiários – até o ano passado, o limite era de dez jovens em capacitação. “Não era pré-requisito que os inscritos fossem parceiros do CIEE e, mesmo assim, apenas 13 fi nalistas não eram conve-niadas”, detalha Luiz Gonzaga Bertelli, presidente executivo da entidade. O processo de avaliação das inscritas é similar ao utilizado nos prêmios que identifi cam As Melhores Empre-sas para Trabalhar. Os gestores de RH informam nomes e contatos dos seus estagiários para que o Ibope faça o primeiro contato. No mínimo, 15 jovens de cada empresa recebem lo-gin e senha personalizados e respon-dem eletronicamente um questioná-rio sigiloso com 28 perguntas sobre seu treinamento e nove sobre suas atitudes no ambiente corporativo. A checagem dos dados é confi rmada por meio de ligações aleatórias a um mínimo de 30% dos respondentes de cada organização inscrita – neste ano, foram feitos aproximadamente 600 contatos – e visitas in loco. Após todo o processo, o nome dos fi nalis-tas é anunciado numa noite especial. Em 2008, a premiação foi realizada no dia 28 de novembro, no Teatro CIEE, em São Paulo, e a cobertura completa será publicada na próxima edição da revista Agitação.

AS MELHORES EMPRESAS PARA ESTAGIAR

Computador 89%Laptop 29%Internet 88%iPod 19%

MP3 65%DVD 92%Celular 3G 23%

77%

Outros

Amigos

Sozinho

Português e outro idioma

Só português

(*) O grupo abrange as finalistas do ranking publicado pelas revistas Época e Exame-Você S/A, em 2008.

INTERSECÇÃO: MELHORES PARA ESTAGIAR E PARA TRABALHAR (*)

MedleyMonsantoNextelKaizenKimberly-Clark BrasilSchneider Electric

(*) O grupo abrange as finalistas do ranking publicado pelas revistas Época e

INTERSECÇÃO: MELHORES PARA ESTAGIAR E PARA TRABALHAR (*)

Kimberly-Clark Brasil

PERFIL DO ESTAGIÁRIO

MORAM COM

IDIOMAS

ACESSO A TECNOLOGIA

Outros

IDIOMAS

Pais

13%

4%6%

30%70%

Inglês intermediário e fluente 66%Espanhol intermediário e fluente 24%Outras línguas 10%

Page 18: Revista Agitação n º 84 - CIEE

18 Agitação nov/dez 2008

HOSPITAL DO CORAÇÃO

Planejamento para o sucessoEstudantes de várias áreas seguem programa de estágio que visa à excelência da formação profi ssional.

Planejar bem pode ser um diferencial importante para a or-ganização que pretende implantar um programa de estágio de qualidade, para treinar jovens com o objetivo de transformá-los em profi ssionais gabaritados para o mercado de trabalho. Esse é um dos pilares que ajudaram o Hospital do Coração (HCor) a conquistar o primeiro lugar no ranking das Melho-res Empresas para Estagiar 2008.Assim que o estagiário é selecionado, por um longo e concorrido processo de seleção, que conta com a participação do CIEE, ele é submetido a um plano de estágio desenvolvido na própria insti-tuição, no qual os responsáveis pelo gerenciamento do programa estabelecem as novas funções do estagiário.No início, ele passa por um período de adaptação, geralmente de um mês. Depois, as atividades vão mudando com o passar do tempo. “Gradativamente aumenta sua participação e sua respon-sabilidade”, afi rma Luciana Sanches Moreno, analista de Recursos Humanos do HCor, uma das responsáveis pelo gerenciamento dos treinamentos.A cada seis meses, os estagiários passam por uma avaliação de desempenho. A supervisão de cada área onde o estagiário está inserido faz uma análise minuciosa da participação do estudan-te. Checam suas habilidades para a função, as questões de pon-tualidade e assiduidade e as principais características na relação interpessoal. Avaliam, ainda, a iniciativa, o trabalho em equipe e

Presença no prêmio: 2007 2008Atividade: hospitalarCidade: São PauloFundação: 1967Número de estagiários: 15Áreas de atuação dos estagiários: Nutrição, Enfermagem, Engenharia, Informática, entre outrosMédia da bolsa-auxílio: R$ 1.034Benefícios: vale-transporte, cesta básica, refeitório no local, assistência médica, assistência odontológica e férias remuneradas

ROBE

RTO

ZOFF

EL

Page 19: Revista Agitação n º 84 - CIEE

19Agitaçãonov/dez 2008

1º LUGAR

a postura comportamental do estagiá-rio. “Os problemas detectados são dis-cutidos em reuniões e, na maioria das vezes, rapidamente solucionados”, diz Luciana.

Atento para ouvir. Para Cristina Ur-bane, coordenadora de Recursos Hu-manos do HCor, os estagiários não são contratados apenas para apren-der. “Eles trazem muitas informações novas que somam às experiências dos funcionários.” Por isso, um dos lemas dos supervisores de estágio é sempre estar atento para ouvir a opinião dos jovens. “No entanto, não adianta só expor as idéias; tem de partir para ação”, enfatiza Rosângela Jerônimo,

coordenadora de qualidade do HCor, que supervisiona estágios nesse setor. Ela mesma solicitou estagiários para a área, pois, segundo diz, eles apren-dem rápido e são muito receptivos às novas informações.Uma de suas “vítimas” é Danilo Parra, estudante do quarto e último ano do curso de Enfermagem, na Faculdade São Camilo. Ele admite que Rosângela foi bastante exigente no começo do seu estágio. “Ela me fez entender que eu precisava mudar a postura de estudan-te para um modelo mais corporativo.” As bronquinhas iniciais surtiram efeito

e Danilo segue para fechar o programa no fi nal do ano com muito sucesso. “Aqui aprendi muito; com a concorrên-cia que existe na carreira, sei que, se não fosse pelo estágio, encontraria mais di-fi culdades para me inserir no mercado profi ssional”, avalia.Mesmo assim, a vontade é fi car e ser efetivado. E as chances são muitas, já que a taxa de efetivação é bem alta no hospital. Prova disso é a analista sênior de Recursos Humanos, Tatiana Bego, que participou do primeiro programa de estágio na casa, em 1999, e atingiu o cargo mais alto entre os ex-estagiários até hoje. “A cada ano percebo a evolu-ção do programa de estágio que vai se reestruturando”, revela.Atualmente são 15 jovens participando do estágio – 11 mulheres e 4 homens – principalmente nas áreas de nutrição e enfermagem. Há também estudantes de engenharia que dão suporte técnico às máquinas e aparelhos do hospital, e de informática. A bolsa-auxílio varia de acordo com o período do curso da fa-culdade. Para os últimos anistas, o valor chega a 1,3 mil reais.

(Da esq. para dir.) Tatiana, Luciana e Cristina: RH estimula prática; ao lado, estagiário Danilo.

SENHORAS DO BEM

Em 1918, um grupo de senhoras da comunidade ára-be associou-se para ajudar órfãos da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). As atividades cresceram até que a entidade passou a chamar-se Associação do Sanatório Sírio, quando foi construído um hospital, em Campos do Jordão, para o tratamento do “mal do século”, a tubercu-lose. Em 1945, já amparava 15 doentes entre Campos do Jordão, São José dos Campos e São Paulo. Em 1957, a associação conseguiu um terreno para a construção de um hospital em São Paulo para tratamento de doenças torácicas. As obras perduraram até 1967, quando foram finalizadas, com nove andares. Com a opção de não ser apenas um centro de tratamento de doenças cardíacas, mas um local de formação científica para profissionais da área, o hospital foi sede de importantes inovações. Hoje, o HCor é considerado um dos centros de referência na área cardíaca na América Latina.

Page 20: Revista Agitação n º 84 - CIEE

20 Agitação nov/dez 2008

APSEN

to de ajudar na formação de novos profi ssionais. Durante o programa de estágio, a Apsen, em parceria com o CIEE, desenvolve ofi cinas in com-pany com a intenção de reforçar a capacitação dos estudantes. E não pensem que em time que está ga-nhando não se mexe. Neste ano, o pro-grama trouxe uma novidade importan-te: a adoção de um projeto estratégico elaborado pelos estagiários, conhecido como Apsen de Portas Abertas. Em grupo, os estudantes construíram um projeto que visava estimular e valori-zar as relações entre a indústria farma-cêutica e seus clientes, principalmente médicos e farmacêuticos. O projeto foi apresentado para os gestores, membros das diretorias das áreas e da presidên-cia, arrancando aplausos de todos. “Projetos como esse demonstram que a capacitação dos estagiários alterna, de forma equilibrada, o aprendizado tanto teórico, quanto prático.”Para o estagiário Alexandre Medeiros

De portas abertasDesenvolvimento de projeto pelos estagiários é um dos diferenciais do treinamento na empresa farmacêutica.

de Souza, 26 anos, que faz Comuni-cação Mercadológica na Universida-de Metodista de São Paulo, a realiza-ção do projeto foi importantíssima, no tocante à capacitação e aprimora-mento dos temas vistos e discutidos na universidade e sua aplicabilidade na empresa. “Hoje sei como estrutu-rar um projeto, com grande chance de ser aprovado”, ressalta.Segundo ele, esse é um dos exemplos que comprovam os diferenciais da Apsen em comparação com outras empresas. “Aqui o estagiário sente-se privilegiado por participar desse time”, enfatiza. “Temos projeção e nos senti-mos parte atuante desse ambiente.”

Plano de carreira consistente. Em-pregado em uma fi rma de cartões de crédito, Alexandre optou por migrar da carteira assinada para o estágio na Apsen. Mesmo sem a certeza da efe-tivação no fi m do programa, ele não titubeia em afi rmar que fez a escolha correta, “principalmente pelo plano de carreira que a empresa desenvolve”.Mas para participar do quadro de esta-giários, ultrapassando as barreiras dos processos seletivos, o estudante deve

Se fosse realizado um ranking com os participantes das três listas das Me-lhores Empresas para Estagiar, des-de 2006 até hoje, a Apsen estaria no topo, por classifi car-se, pela terceira vez consecutiva, em segundo lugar na pesquisa CIEE – Ibope Inteligên-cia. Isso demonstra a qualidade do treinamento oferecido pela empresa farmacêutica a seus estagiários. “In-vestimos nesse tipo de programa por-que acreditamos que esses jovens são o futuro da empresa”, afi rma Floriano Serra, diretor de Recursos Humanos e Qualidade de Vida da Apsen.O sucesso deve-se ao apoio e à im-portância que os gestores de todos os setores dão ao estágio, com o intui-

INTEGRAÇÃO E TREINAMENTO

Empresa brasileira do segmento far-macêutico, a Apsen possui mais de quatro décadas de atividades, ofere-cendo produtos para diversas espe-cialidades médicas. Atualmente com 65 estagiários treinados, em várias funções, a empresa desenvolve suas atividades de estágio com encontros periódicos para aprendizado, integra-ção e treinamento. A empresa costu-ma destacar-se também no ranking das melhores empresas para traba-lhar das revistas Exame e Época.

DIVU

LGAÇ

ÃO

Page 21: Revista Agitação n º 84 - CIEE

21Agitaçãonov/dez 2008

2º LUGAR

ter um perfi l profi ssional Apsen, identi-fi cado pela perseverança, sociabilidade ética e união.Já experiente em estágios pelo CIEE, a estudante Daniely dos Santos Fer-reira, 20 anos, que está no segundo ano de Administração de Empresas na Universidade Ítalo-Brasileira, teve menos difi culdades de se enquadrar nos modelos comportamentais exi-gidos pela Apsen, devido principal-mente às experiências anteriores. “Durante as entrevistas, eles enfatiza-vam mais as competências de com-portamento do que propriamente o conhecimento técnico”, confi rma.

Presença no prêmio: 2006 2007 2008Atividade: farmacêuticaCidade: São PauloFundação: 1969Número de estagiários: 65Áreas de atuação dos estagiários: farmácia, marketing, vendas, recursos humanos, entre outrosMédia da bolsa-auxílio: R$ 1.300Benefícios: Convênio médico e odontológico, cesta básica, refeitório, auxílio educação, vale-transporte e kit lanche

Para Daniely, um dos principais dife-renciais é que o lucro não parece ser a missão principal da empresa, mas, sim, a conseqüência de ações bem realizadas. “O importante, aqui, é o bem-estar do funcionário.”

Estagiários no laboratório: prática para o sucesso; Floriano Serra (no destaque).

Page 22: Revista Agitação n º 84 - CIEE

22 Agitação nov/dez 2008

JACTO

Pela primeira vez concorrendo ao prê-mio As Melhores Empresas para Esta-giar, a indústria destacou-se por um programa que visa formar seus futuros colaboradores. A porcentagem de efe-tivação, em torno de 80%, comprova essa característica. “Procuramos iden-tifi car aqueles que possuem identida-de com os valores da empresa. Desses, 100% são efetivados”, diz Lélio Afonso Costa, gerente de Recursos Humanos. Essa é a esperança de Liliana, que tor-ce pela efetivação, depois que concluir o curso superior, no fi m deste ano. “As

Para colher frutosEmpresa de máquinas investe em treinamento de jovens para a formação de seus próprios talentos.

SONHO DE UM IMIGRANTE

Há 59 anos, o imigrante japonês Shunji Nishimura patenteou o primei-ro modelo de polvilhadeira desenvol-vida no Brasil. Surgia a Indústria de Máquinas Agrícolas Jacto, em uma pequena oficina mecânica da cida-de de Pompéia, no interior paulista. Eram apenas três funcionários que começaram a fabricar máquinas com novidades no mecanismo de bombear o pó e na maneira como o aparelho era fixado nas costas do operador. No primeiro ano, foram produzidas 30 polvilhadeiras por mês, destinadas às grandes cul-turas de café e algodão. O nome da fábrica inspirava-se nos aviões a jato, que deixavam fumaça no ar. Com o desenvolvimento da tecnolo-gia, os modelos ficaram mais mo-dernos e a empresa diversificou sua área de atuação. Hoje é a principal referência industrial da cidade e uma das mais importantes da região. A Jacto exporta suas máquinas para mais de cem países e está con-solidada como uma das líderes de mercado no ramo de pulverizado-res no mundo.

Situada no pequeno município de Pompéia, a 494 quilômetros da capital paulista, a Jacto é o principal pólo para estágios e trabalho na cidade e um dos mais promissores na região. Por ser uma das principais empresas no mun-do especializada em máquinas agríco-las, com destaque para as pulverizado-ras, costuma atrair os profi ssionais que sonham em seguir carreira nessa área de atuação. Esse foi um dos motivos que fez com que a estagiária de Admi-nistração de Empresas Liliana Santos trocasse o emprego em uma loja pelo estágio na Jacto. “Não tenho dúvida de que tomei a decisão certa”, conta a es-tudante do último ano das Faculdades Faccat, em Tupã/SP.

Liliana Santos, que trocou o emprego pelo estágio: “Tomei a decisão certa.”

EDI D

OURA

DO

Page 23: Revista Agitação n º 84 - CIEE

23Agitaçãonov/dez 2008

transporte. Os estagiários reúnem-se periodicamente com os supervisores e participam de avaliações sobre seu desempenho. A partir deste ano, eles também terão de apresentar um pro-jeto da área em que estão sendo ca-pacitados. A apresentação ocorrerá no fi nal do programa de estágio, com os supervisores acompanhando de perto o planejamento e a conclusão do trabalho. “Os estagiários são bons, porque para chegar aqui passam por uma concorrida seleção que começa no CIEE”, comenta Costa. O CIEE faz um processo de seleção e encaminha os candidatos às vagas de estágio para a Jacto. Na empresa, eles participam de mais uma seleção, com provas e entrevistas nos setores específi cos onde vão estagiar. “Pro-curamos verifi car a potencialidade do candidato para a área específi ca.” Segundo Costa, os jovens estudantes contribuem muito por meio do co-nhecimento que trazem da faculda-de. Essa troca de experiência vai ga-rantir, no futuro, uma mão-de-obra especializada para manter a tradição da empresa, que está prestes a come-morar 60 anos.

3º LUGAR

pessoas que conheço, que entraram aqui como estagiários, fi caram na em-presa; espero que eu trilhe o mesmo caminho”, afi rma.A estudante participa do treinamento na área de Controle de Estoque, um ramo que ganha, a cada ano, mais ajuda da tecnologia. Por meio dos sis-temas integrados, tecnologia que Li-liana aprendeu a dominar, é possível

Presença no prêmio: 2008Atividade: máquinas agrícolasCidade: Pompéia/SPFundação: 1948Número de estagiários: 31Área de atuação dos estagiários: Engenharia, Administração de Empresas, entre outrasMédia da bolsa-auxílio: R$ 833 a R$ 1.200Benefícios: auxílio-educação, assistência odontológica, assistência médica, 13ª bolsa-auxílio, férias coletivas, vale-transporte

que a fi lial da empresa, na Alemanha, detecte o nível dos estoques aqui no Bra-sil. Apesar dos processos ultramodernos, a jovem assegura que não encon-tra difi culdades na capa-citação. Pelo contrário, o que ela vivencia na em-presa consegue aplicar na faculdade e vice-versa. “É uma troca o tempo todo”, revela. A estudante já “en-riqueceu” muitas aulas no curso de Administração com situações cotidianas transcorridas na Jacto.

“Os alunos e os professores discutem os casos apresentados, gerando deba-tes que acabam trazendo mais quali-dade à aula.”

Benefícios para o estudante. Atual-mente há 31 estagiários no programa da Jacto, administrado pelo CIEE. A bolsa-auxílio varia conforme a área de atuação: de 833 reais a 1,2 mil reais. Os estudantes ainda têm assistência médica e odontológica, vale-refeição, auxílio-educação e

EDI D

OURA

DO

DIVU

LGAÇ

ÃO

Segundo Lélio Costa, a Jacto procura jovens que se identifi cam com a empresa.

Page 24: Revista Agitação n º 84 - CIEE

24 Agitação nov/dez 2008

KAIZEN

com sede em Indaiatuba/SP. Presente nos três rankings anuais CIEE-Ibope Inteligência das melhores empresas para estagiar, a organização mostra, na prática e com resultados, a importância que dá à formação dos estudantes no estágio. “Para nós, é fundamental estar no ranking, porque sabemos, por ex-periência própria, o valor de tudo isso”,

Estágio como inspiraçãoEx-estagiários, os fundadores sabem da importância dos programas de treinamento por experiência própria.

Cinco estagiários de uma grande mul-tinacional sonharam com a possibi-lidade de montar a própria empresa, com um ambiente diferenciado de tra-balho, que valorizasse principalmente os colaboradores. O projeto tornou-se realidade há 14 anos, quando os ex-es-tagiários fundaram a Kaizen, empresa da área de tecnologia da informação,

diz Daniel Dystyler, diretor de Gestão de Talentos da Kaizen, um dos cinco fundadores da organização.No início do estágio, os jovens partici-pam do Ponta-Pé Inicial Kaizen (PIK), programa de integração com um dia de atividades e palestras, nas quais são apresentados à nova empresa. Nesse treinamento, eles entram em contato, pela primeira vez, com funcionários, gestores, diretores e com os ideais da empresa. A partir daí, o estudante ga-nha a companhia do gestor das áreas específi cas. Esses coordenadores vão acompanhar e orientar os estagiários no período de treinamento. Para aju-dá-los na tarefa, a Kaizen disponibiliza algumas ferramentas inseridas no pla-nejamento estratégico do estágio. Uma delas é o Levantamento de Perfi l Kaizen (LPK), uma avaliação de desempenho detalhada da atuação do estagiário. “O gestor expõe quais as áreas em que o es-tudante precisa ter mais atenção e onde precisa se desenvolver; isso vai nortear seu crescimento ”, explica Dystyler.A avaliação para o estagiário, feita uma vez por ano, sempre em fevereiro, traz 50 questões sobre o perfi l do estudante, 50 sobre as responsabilidades na em-presa e 50 sobre conhecimentos especí-fi cos. Além disso, os jovens fazem uma auto-avaliação sobre seu desempenho e sobre o programa. Em uma reunião, gestor e estagiário, frente a frente, vão unir as duas avaliações para gerar con-clusões. “Assim conhecemos as difi cul-dades e os anseios dos estagiários.”Há ainda uma pesquisa anônima, rea-lizada em outubro, com o intuito de identifi car o que os funcionários e es-tagiários pensam da empresa. Os dados são coletados e transformados em por-centagem, ajudando no planejamento estratégico do ano seguinte.

RICA

RDO

LIM

A

Apesar da descontração, jovens são treinados para atuar no competitivo ramo tecnológico.

Page 25: Revista Agitação n º 84 - CIEE

25Agitaçãonov/dez 2008

4º LUGAR

NAS MELHORES LISTAS

A Kaizen é uma empresa de soluções em tecnologia da informação com des-taque para as áreas de consultoria, in-fra-estrutura e integração de sistemas. Crescendo a taxas médias de 50% ao ano, desde a fundação em 1995, con-solidou-se como uma das empresas com melhor clima organizacional do país, verificado nos prêmios da revista Exame e da revista Época. Atualmente conta com mais de 160 funcionários e unidades em São Paulo, Porto Alegre/RS e Indaiatuba/SP, além de uma sub-sidiária na Venezuela, e outra nos Esta-dos Unidos, na cidade de Boston.

Presença no prêmio 2006 2007 2008Atividade: tecnologia da informaçãoCidade: Indaiatuba/SPFundação: 1995Número de estagiários: 15Área de atuação dos estagiários: Administração, finanças, desenvolvimento de software, suporte, gestão de talentos e treinamentoMédia de bolsa-auxílio: R$ 1.295Benefícios: vale-transporte ou ajuda de custo, vale-refeição, vale-alimentação, convênio médico

desmotivada na faculdade, pois não encontrava espaço no mercado de tra-balho na minha área”, conta. Segundo ela, o estágio na Kaizen mudou total-mente sua visão da carreira. Há seis meses na empresa, Graziela admite que a bolsa-auxílio e os benefícios que recebe (vale-transporte, vale-refeição, convênio médico e cesta básica) aju-dam a continuar nos estudos e manter parte das despesas da casa. “Agora vou lutar com unhas e dentes para ser efe-tivada, pois gosto muito daqui.”

Um clima contagiante. Uma das gran-des preocupações dos gestores da Kai-zen é o clima organizacional. Quando os sócios-fundadores planejaram a em-presa, essa foi uma das questões funda-mentais. “O dinheiro estava em segun-do plano”, relembra Dystyler. Com uma média de idade em torno de 30 anos entre os funcionários, a Kaizen desta-ca-se pela descontração no ambiente de trabalho. Happy hours, churrascos e festivais com bandas de rock são co-muns para estimular a relação inter-pessoal entre os colaboradores. As salas são nomeadas com nomes pitorescos como “Sala da Justiça”, “Batcaverna” e “Asterix”, remetendo aos quadrinhos e desenhos animados. Para fazer parte da animada turma da Kaizen, o estagiário deve mostrar

dinamismo, estar disposto a crescer e aprender, e alinhar-se aos principais ideais defendidos pela empresa. “Para nós, alguns valores comportamentais são mais importantes do que o conhe-cimento técnico, pois este pode ser ad-quirido durante o treinamento”, enfatiza o diretor. Já questões como postura éti-ca e transparência, quase sempre vêm da base familiar.Esse foi um dos motivos que permi-tiram à estagiária Graziela Baz dos Santos vestir, literalmente, a camisa da empresa. No último ano de Siste-mas de Informação, na Policamp, em Indaiatuba, Graziela conquistou a tão desejada vaga de estágio. “Estava até

RICA

RDO

LIM

A

Estagiários na capacitação: empresa preocupada com o clima organizacional.

Daniel Dystyler, diretor da Kaizen: “Sabemos o valor de tudo isso!”

Page 26: Revista Agitação n º 84 - CIEE

26 Agitação nov/dez 2008

VA TECH HYDRO

A falta de engenheiros especializados foi o catalisador para que a Va Tech Hydro, empresa que atua no ramo de Engenharia Hidrelétrica, criasse um programa especial de estágio para ca-pacitar estudantes da disciplina e for-mar seus profi ssionais. Durante dois anos, os universitários são treinados

Fábrica de talentosPreocupada com a falta de capacitação na área de Engenharia, empresa investe no estágio para formar profi ssionais.

tecnicamente para permanecerem por longo tempo na empresa. Todos os es-tagiários que participaram do progra-ma, até hoje, foram contratados.Esse é um dos principais estímulos para Vladimir Gôngora, estudante do quarto ano de Engenharia Eletro-técnica, na Universidade Mackenzie, que participa, há nove meses, do está-gio na empresa. “Minha idéia é conti-nuar aqui por muito tempo. Não saio nem amarrado”, brinca o estudante.Na comparação que faz com os ami-gos que estão estagiando em outras organizações, Vladimir enxerga mui-tas vantagens no projeto da Va Tech: “Temos um grande apoio técnico que se destaca no mercado”, enfatiza.No Programa de Desenvolvimento de Estagiários (PDE), os jovens partici-pam do job rotation, no qual conhe-cem todas as áreas afi ns da empresa, nos primeiros seis meses de atuação. Na segunda metade do primeiro ano, os estagiários passam por um treina-mento intensivo em informática, trei-nados pelos próprios colegas da área. No segundo ano, o estágio dá ênfase para os aspectos comportamentais, com treinamentos voltados para lide-rança, técnicas de negociação, entre outros. Para fechar o programa, os estudantes vão às usinas hidrelétricas visitar as obras e conhecer os forne-cedores. “Visitei recentemente uma usina em Uberlândia/MG para ver os equipamentos que fabricamos em operação”, recorda Vladimir.Para Valquíria Martin, coordenadora de Recursos Humanos da Va Tech, “os estagiários demonstram paixão em atuar na empresa”. Para ela, o PDE ultrapassa a área de conhecimento.

DIVU

LGAÇ

ÃO

Visitas às usinas hidrelétricas fazem parte do programa de estágio na empresa: conhecimento na prática.

Page 27: Revista Agitação n º 84 - CIEE

27Agitaçãonov/dez 2008

5º LUGAR

Um exemplo de gestão. O prêmio Me-lhores Empresas para Estagiar é um in-dício de que a empresa está no caminho certo para a capacitação de seus futuros profi ssionais. Segundo Valquíria, uma das razões do sucesso é o apoio incon-dicional vindo da presidência. “Quando

Presença no prêmio: 2008Atividade: engenharia hidrelétricaCidade: Barueri/SPFundação: 2000Número de estagiários: 24Áreas de atuação dos estagiários: Engenharia, entre outrasBolsa-auxílio: até R$ 1.500Benefícios: assistência médica, seguro de vida, vale-transporte, vale-refeição, recesso, cursos externos e bonificação de Natal

EMPRESA GLOBALIZADA

A Va Tech Hydro é uma multina-cional de origem austríaca, com mais de 160 anos de experiência na geração de energia hidrelétrica. Em 1997, a Vamec (antigo nome) estabeleceu-se no Brasil e três anos mais tarde fundiu-se com mais duas empresas, originando a Va Tech Hydro, que foi adquirida pelo gru-po Andritz Internacional, em 2006. Com essas associações, tornou-se a segunda maior fornecedora de equipamentos de energia hidrelétri-ca no mundo. Conta, ao todo, com 12 mil funcionários e está presente no Canadá, na Indonésia, na Fran-ça, nos Estados Unidos, na Índia, na Alemanha e na Noruega, entre outros países.

o presidente da empresa está imbuído pelo projeto, o processo tende a aconte-cer com mais facilidade”, comenta. Esse é o caso na Va Tech, já que partiu do presidente Sérgio Parada a proposta para instituir um programa para de-senvolver talentos.Para alcançar o objetivo, a empresa não mede os custos. A bolsa-auxí-lio para o estagiário chega a 1,5 mil reais. Os estagiários têm os mesmos benefícios dos funcionários: assis-tência médica, seguro de vida, vale-transporte, vale-refeição, período de recesso remunerado, treinamentos

e cursos externos, boni-fi cação de natal (espécie

de 13º salário), além de horários fl e-xíveis de estágio, negociados com o gestor. “Por isso, chove currículo dos meus amigos querendo uma vaga aqui”, ressalta Vladimir.Outro destaque da empresa, de acordo com ele, é que a Va Tech dá voz ao esta-giário. “Aqui temos liberdade de expor nossas idéias”, afi rma. “Ninguém fala pelas costas.” Benefícios à parte, os esta-giários também são cobrados durante o programa. Semestralmente, a empresa faz uma avaliação de desempenho. No fi nal, gestor e estagiário reúnem-se para um “acerto de contas.”

Estudantes participam do estágio com o objetivo de continuar na empresa.

Vladimir Gôngora, aluno do quarto ano de Eletrotécnica: “Não saio nem amarrado”.

Page 28: Revista Agitação n º 84 - CIEE

28 Agitação nov/dez 2008

MATEC

No mundo globalizado, onde as infor-mações valem muito dinheiro, a Matec Engenharia preocupa-se em formar profi ssionais com sensibilidade para raciocinar. “Brinco com os estagiários dizendo que eles precisam fazer fi loso-fi a para aprender a pensar”, admite Luís Augusto Milano, presidente da Matec. Umas das preocupações do presidente é a necessidade de uma ampla forma-ção cultural para o perfi l profi ssional dos engenheiros de hoje. “Não adianta apenas conhecimento técnico; é preci-so ter noções de liderança, ética, valores comportamentais, fi nanças, habilidade de comunicação, saber negociar, além de estar ligado ao que acontece no mundo.” No entanto, as universidades

O poder do raciocínioNoções de liderança, ética e valores comportamentais fazem parte do perfi l dos estagiários da construtora.

e a sempre querer saber o porquê das coisas. “Não vemos os estagiários como coadjuvantes ou menos capacitados”, revela Maria Cecília de Sá Fernandes, gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional.Na Matec, o estágio é um aprendiza-do contínuo, no qual os estudantes conhecem a aplicabilidade da a teoria que aprenderam ou aprendem na fa-culdade. E, para isso, a melhor forma é “engolir” poeira. Ou seja, precisa ir a campo e vivenciar a obra. “Além dos co-

ainda não assumiram essas responsabi-lidades, que precisam ser inseridas cada vez mais no período de estágio. Há um ano, a Matec construiu um con-teúdo programático para seu programa de capacitação, visando à formação dos futuros profi ssionais. Foi criada uma ta-bela de integração das áreas para que os estagiários conheçam todos os setores da empresa, como um job rotation. Os gestores de cada setor fazem avaliações periódicas com a intenção de aprovei-tar melhor as potencialidades dos jo-vens, que são incentivados a questionar

Bruno Thomé com os colegas estagiários: aprendizado contínuo;

no destaque, Maria Cecília.

Page 29: Revista Agitação n º 84 - CIEE

29Agitaçãonov/dez 2008

VISÃO DE FUTURO

Fundada em 1990, a Matec Enge-nharia passou incólume pelas crises

econômicas e manteve-se firme, usufruindo agora do boom imobiliário dos dois últimos anos. Mas para o presidente da empre-sa, isso foi fruto de sua visão de futuro. Com o foco de viabilizar ne-gócios de construção pelo foco do cliente, com transparência, integridade e visão corporativa, a Matec

já apareceu na lista das Melhores Empresas

para Trabalhar, na lista da Revista Exame, em 2004. A emprei-teira é responsável pela construção de sedes corporativas, indústrias, hipermercados, instituições de en-sino, hotéis, shopping centers, edi-fícios comerciais e industriais.

6º LUGAR

Presença no prêmio: 2008Atividade: construção civilCidade: São PauloFundação: 1990Número de estagiários: 31Áreas de atuação dos estagiários: engenharia e arquiteturaMédia de bolsa-auxílio: R$ 844 a R$ 1.376Benefícios: seguro saúde, vale-refeição, transporte subsidiado e auxílio combustível

tratam, acima de tudo, como amigo”, comenta o jovem.Bruno pretende usufruir por muito tempo da prática na Matec até sentir-se sufi cientemente preparado para abrir seu próprio negócio. “Tenho uma veia de empreendedor e meu sonho é abrir minha própria empreiteira.”No segundo ano de Engenharia Civil da Universidade Anhembi-Morumbi, Bruno já passou por várias áreas na em-presa. Em todas, é unânime em dizer: nunca foi visto como alguém em capa-citação, mas como um profi ssional com responsabilidades. Esse tratamento é um dos responsáveis por transfor-mar estagiários em superintendentes

no futuro. Isso aconteceu com dois exe-cutivos da empresa e, segundo Maria Cecília, “deve vir mais por aí”.Para atingir esse patamar é necessária muita dedicação, pois o nível de exi-gência na construtora é alto. “Traba-lhar na Matec requer agilidade de exe-cução e de tomada de decisões”, enfatiza a gerente. Segundo ela, a paixão pelo trabalho é o que destaca os funcioná-rios da empresa frente à concorrência. “Para o estagiário também funciona as-sim: com vontade e dedicação todos os obstáculos são superados.”Após a conclusão do processo sele-tivo, com entrevistas e dinâmicas, o jovem passa a receber uma bolsa-au-xílio, no valor de 844 reais, podendo chegar a 1.376 reais, dependendo do ano do curso universitário. Entre os benefícios estão: seguro saúde, vale-refeição, transporte subsidiado e au-xílio combustível.

Luís Augusto Milano, presidente da Matec: “Filosofi a para aprender a pensar.”

nhecimentos técnicos que vão adquirir com os engenheiros mais experientes, os jovens absorvem na obra a forma de lidar com diferentes tipos de pessoas, do engenheiro-responsável ao mestre de obras e operários”, diz.

Veia empreendedora. Experimentan-do a poeira da obra em seu primeiro estágio, Bruno Sageshima Th omé, 25 anos, acha que essa é a melhor escola que existe. “Vai ser fundamental para minha formação profi ssional; os en-genheiros são muito pacientes e me

Page 30: Revista Agitação n º 84 - CIEE

30 Agitação nov/dez 2008

YAMAHA

sos seletivos acirrados. São várias dinâ-micas e entrevistas até o fechamento do contrato. “Mais do que o conhecimento técnico, procuramos jovens com força, garra e muita vontade de aprender”, diz. De acordo com Valquíria, os esta-giários da Yamaha participam dos pro-gramas de capacitação como qualquer profi ssional da empresa. Eles integram reuniões com a diretoria, trazem suas percepções para a empresa e realizam projetos avançados. “É uma troca de experiên cias importante.”Durante o programa de estágio, é realizada a cada semestre uma reu-nião com todos os estagiários, com o objetivo de fazer um alinhamento do processo de aprendizagem e capa-citação. Com palestras ou dinâmicas, são discutidos pontos importantes do programa. Após o encontro, duas avaliações são realizadas: o estagiário

Acelerando talentosJovens são cobrados por atitudes comportamentais como entusiasmo, criatividade e alto-astral.

EM DUAS RODAS

Fundada em 1955, no Japão, a Ya-maha Motor Corporation começou com a comercialização da motocicleta de 125 cilindradas YA-1, conhecida popularmente como “libélula veme-lha”. Dez dias após a fundação, a equipe Yamaha já vencia sua primeira competição, a 3ª Corrida de Subida do Monte Fuji. Tomando por base sua ex-periência na produção de motocicletas, a Yamaha começou, em 1960, a fabri-car motores de popa e não demorou para investir em novos setores como motores para automóveis, snowmo-biles, geradores, bombas de água, karts e carros de golfe. Em 1970, foi a primeira indústria de motocicletas a instalar-se no Brasil. Quinze anos de-pois, consolida suas raí zes no país, com a inauguração, na Zona Franca de Manaus, de sua segunda fábrica. No final de 2003, as fábricas brasilei-ras foram certificadas com selo ISO 9001:2000, que atesta o desenvolvi-mento, produção, venda e assistência técnica de motocicletas.

Iniciativa, entusiasmo e alto-astral. Es-sas são as principais atitudes compor-tamentais cobradas dos estagiários da Yamaha Motor do Brasil, se quiserem alcançar sucesso na empresa. “Como trabalhamos com produtos que agra-dam sobremaneira o jovem, é neces-sário que os estagiários e funcionários tenham essa identifi cação”, ressalta

Valquíria Soares, analista de Recursos Humanos. Uma das mais renomadas indústrias de motos e motores do mun-do, a multinacional defi ne-se como uma empresa de atitude, criando um ambiente propício para estimular a criatividade dos colaboradores.Para fazer parte desse time, a concor-rência é grande, o que estimula proces-

DIVU

LGAÇ

ÃO

Page 31: Revista Agitação n º 84 - CIEE

31Agitaçãonov/dez 2008

Presença no prêmio: 2008Atividade: motos e motoresCidade: Guarulhos/SPFundação: 1970 (Brasil)Número de estagiários: 34Áreas de atuação dos estagiários: Administração, Finanças, Suporte, Treinamento e Gestão de TalentosMédia de bolsa auxílio: R$ 7 por hora, para penúltimo ano; R$ 9 por hora, para último anoBenefícios: convênio, restaurante no local, ônibus fretado, convênio odontológico, seguro de vida em grupo

avalia suas próprias atividades e o gestor analisa o desempenho do jo-vem. “É um momento bacana para o estagiário cobrar o que pode não es-tar funcionando”, afi rma Valquíria. Treinamento e talentos. Apesar da vivência na empresa e de sua atuação nos treinamentos, os estudos ainda são prioridade na Yamaha. Os 34 estagiá-rios das áreas de Administração, Finan-ças, Suporte, Treinamento e Gestão de Talentos são acompanhados de perto pelos gestores das áreas, que analisam, inclusive, o desempenho de cada um na faculdade. Quando há semana de pro-va, por exemplo, os horários são mais fl exíveis. Tudo para facilitar o bom an-damento dos estudos.Para o estagiário Hugo Leonardo Costa, de 22 anos, estudante do terceiro ano de Administração de Empresas da Univer-sidade Mogi das Cruzes, o estágio lhe permite melhorar o desempenho tanto na faculdade como na sua vida pessoal. “Aprendi a ter uma postura mais profi s-

sional”, analisa. “Isso abre por-tas na vida.” Atuando na área de Recursos Humanos, volta-

do para a assistência social, Hugo não cansa de relatar a magia que encontrou no ambiente corporativo da Yamaha. “Antes daqui, trabalhei num supermer-cado, mas o clima era bem diferente ”, recorda. Agora, o desejo é continuar o estágio com foco na efetivação, que po-derá vir no fi m do ano que vem.De acordo com Valquíria, muitos es-tagiários já foram efetivados, mas não existem garantias para isso, já que o crescimento de pessoal depende do

surgimento de vagas e do próprio de-sempenho da economia. No entanto, o estágio na Yamaha tem, entre seus ob-jetivos, a preocupação com a formação profi ssional do estudante. Para partici-par desse treinamento, eles recebem vá-rios benefícios como convênio médico, ônibus fretado, convênio odontológico, seguro de vida em grupo e restauran-te no local. A bolsa-auxílio, que tanto ajuda quem ainda está pagando pelos estudos, varia conforme o ano do esta-giário na faculdade: cerca de 7 reais por hora, no penúltimo ano, e 9 reais por hora, no último.

Estagiários na Yamaha: ambiente propício para estimular a criatividade; ao lado, Hugo Costa e Valquíria Soares.

7º LUGAR

Page 32: Revista Agitação n º 84 - CIEE

32 Agitação nov/dez 2008

SCHNEIDER ELECTRIC

Um dos objetivos do estágio da Sch-neider Electric é fazer com que o estu-dante desenvolva autonomia. Durante o perío do de treinamento, o jovem recebe todo o apoio dos profi ssionais mais experientes para que possa al-cançar a meta. De acordo com Tatia-ne Guedes, coordenadora de Recruta-mento e Seleção, o importante é que a postura profi ssional do estagiário vá se moldando durante o processo e não apenas quando ele for efetivado. “Não queremos a desculpa: ‘não vou fazer isso porque sou estagiário’. ”

Autonomia com responsabilidadeCom taxa de efetivação em torno de 80%, jovens participam do estágio com objetivo de permanecer na empresa.

Em busca da formação de seus profi ssio-nais para o futuro, a taxa de efetivação na empresa é alta, chegando a patama-res de 80% dos participantes da capa-citação. Entre as características básicas para que os estagiários tenham sucesso na empresa, estão a postura comporta-mental, capacidade de argumentação e a facilidade de relacionamento em gru-po, entre outras características. “Como lidamos com produtos na área de engenharia, também buscamos can-didatos com facilidade de raciocínio lógico”, ressalta Tatiane.O processo seletivo é realizado se-mestralmente, por meio de inscrição e prova on line de inglês. Além dis-so, os currículos serão analisados de acordo com a região, tipo de curso e universidade. Após aprovado nessa primeira etapa, os jovens competem pelas vagas numa dinâmica e na en-trevista individual.

Foi passando por todas as fases que Al-berto Yamasaki, estudante do quinto ano de Engenharia Elétrica na Pontifí-cia Universidade Católica (PUC-SP) conseguiu achar seu espaço dentro da empresa. Ele já vinha de experiên-cias em outros estágios, mas nenhum parecido com o que encontrou na Schneider Electric.“Aqui eles dão bastante valor à res-ponsabilidade; não é algo que você faz por fazer”, diz o jovem.

Estoques e desperdícios. Apesar da es-pecialização na área elétrica na univer-sidade, Alberto descobriu no estágio o setor de Engenharia de Produção. Ele está atuando em Métodos e Proces-sos, reduzindo estoques e desperdícios e agora pretende se desenvolver na área. “Minha expectativa é continuar aqui depois de formado.”Além de Engenharia, a Schneider tem

Treinamento prático motiva jovens: empresa dá valor à responsabilidade.

Page 33: Revista Agitação n º 84 - CIEE

33Agitaçãonov/dez 2008

8º LUGAR

estagiários de Administração, Comér-cio Exterior, Finanças, Economia, Marketing, Recursos Humanos, Psi-cologia e Tecnologia da Informação. Participam do programa 121 estagiá-rios, que recebem uma bolsa-auxílio de 1,2 mil reais a 1,5 mil reais, valores que deverão sofrer adequações devido à nova lei do estágio, sancionada em setembro pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva. Os jovens ainda contam com refeitório no local, vale-trans-porte, assistência médica, assistência odontológica, seguro de vida, recesso remunerado. Um dos diferenciais da empresa, entre os benefícios para os estudantes, é a concessão da partici-pação nos lucros e resultados, conhe-cido na empresa pela sigla PLR.Além dessas benesses, o estagiário tam-bém é submetido a um clima organiza-cional diferente na Schneider Electric, tanto que chamaram a atenção dos

MERCADO EM EXPANSÃO

A Schneider Electric é especialis-ta mundial em produtos e serviços para distribuição elétrica, controle e automação. Fundada em Creusot, na França, em 1836, possui atualmen-te 120 mil funcionários. Com fatura-mento de 17,3 bilhões de euros em 2007, a empresa conta com mais de 200 fábricas, 150 centros de serviços, 40 centros de formação e 15 mil pon-tos-de-venda. No Brasil, está presen-te há mais de 60 anos e emprega cer-ca de 1,5 mil funcionários. Possui uma estrutura composta por quatro plantas situadas em São Paulo/SP, Guararema/SP, Sumaré/SP e Curiti-ba/PR, além de 13 filiais comerciais e 3,5 mil pontos-de-venda. Em suas operações no país, a em-presa fabrica uma série de itens para a área de controle industrial e da construção residencial e predial.

Presença no prêmio: 2008Atividade: eletricidade e automaçãoCidade: São PauloFundação: 1947Número de estagiários: 121Áreas de atuação dos estagiários: Engenharia, Administração, Comércio Exterior, Finanças, Economia, Marketing, Recursos Humanos, Psicologia e Tecnologia da InformaçãoMédia de Bolsa Auxílio: R$ 1.200 a R$ 1.500Benefícios: refeitório no local, vale-transporte, assistência médica, assistência odon-tológica, seguro de vida, férias remuneradas e participação nos lucros e resultados

Maria Lúcia (esq.), diretora de RH, e Tatiane Guedes (dir.), de Recrutamento e Seleção: apoio à capacitação prática.

Estagiários passam por processo seletivo concorrido: prova on line de inglês, dinâmicas e entrevistas.

organizadores do prêmio As Melhores Empresas para Trabalhar, promovido pela revista Época. “O funcionário ou estagiário que entra aqui já se sente integrado”, enfatiza a coordenadora de recrutamento e seleção. Segundo Tatia-ne, não há diferenciação no nível hie-rárquico. Sendo assim, se o estagiário precisar falar com o presidente, será ou-

vido como qualquer outro funcionário.O reconhecimento do programa no Melhores Empresas para Estagiar, além de mostrar que a empresa segue no rumo correto, dará uma visibilidade externa importante, facilitando o recru-tamento de novos talentos. O lema para os novos estagiários é este: “Mostre que você começou em uma das melhores.”

Page 34: Revista Agitação n º 84 - CIEE

34 Agitação nov/dez 2008

3M DO BRASIL

Uma preocupação constante na 3M é a formação técnica e atitudinal de seus futuros profi ssionais. Para isso, a empresa investe no Plano de Estágio, um programa orientado para capaci-tar jovens, preparando-os não só para a 3M, mas também para o mercado de trabalho. “Ter estagiários na empresa representa uma oportunidade de oxi-genação, pois os estudantes trazem consigo repertório teórico atualizado e questionamentos que nos desafi am a renovar e crescer”, afi rma Patrícia Fa-varon, Talent Manegement da 3M.No Plano de Estágio, estabelecido no momento da admissão do estu-

Repertório teórico dos estagiários desafi a a empresa de tecnologia a renovar e a crescer.

dante, estão descritos os objetivos, as principais atividades que serão desen-volvidas e a estratégia utilizada para a aprendizagem, garantindo, assim, a complementação prática na formação do estagiário. Eles são acompanhados diariamente por profi ssionais expe-rientes e, semestralmente, passam por uma avaliação formal com o gestor da área, em que são discutidos o de-sempenho, a evolução e as expectati-vas para os próximos seis meses.Para contribuir na formação compor-tamental dos estudantes, a empresa desenvolve palestras sobre postura pro-fi ssional, trabalho em equipe, atitude

empreendedora, lógica e criatividade, entre outras. Algumas dessas atividades são realizadas pelo CIEE, que leva sua estrutura de aulas para dentro da em-presa. Além disso, há os programas de formação técnica específi ca desenvol-vida internamente como lean manufac-turing, just in time e gerenciamento de projetos. “Para os estagiários, a empre-sa é um complemento à sua formação, uma maneira de fazer a transição da fase de estudante para profi ssional, com ênfase na parte prática.”Esse também é o pensamento de Ca-mila Helena da Silva Bueno, 20 anos, estagiária da área de Química In-dustrial. Cursando o terceiro ano na Universidade Metodista de Piracica-ba (Unimep), em Santa Bárbara do Oeste/SP, a jovem está contente com o nível de aprendizado do programa. “Hoje compreendo até melhor as ma-térias da faculdade”, revela.

Um dia estarei aí. Entrar na 3M sem-pre foi um sonho para a estudante, moradora de Sumaré/SP, cidade pró-xima a Campinas/SP, onde também está localizada a empresa. “Quando passava aqui na frente, sempre pen-sava: ‘um dia estarei aí’.” O desejo foi concretizado depois de um longo processo de seleção. “Ainda não tenho a certeza em que área vou me especia-lizar, mas de uma coisa eu sei: gostaria de continuar aqui.”

Em 2008, a empresa abriu seleção para contratar 64 estagiários. Foram mais

de cinco mil inscrições para as vagas abertas. Um dos

atrativos para tanta concorrên-cia pode ser a bolsa-auxílio, com

uma média de 1,4 mil reais

RICA

RDO

LIM

A

Vivência na prática

Lázaro Lima e Camila Bueno: estratégia da 3M garante complementação prática.

Page 35: Revista Agitação n º 84 - CIEE

35Agitaçãonov/dez 2008

9º LUGAR

Presença no prêmio: 2006 2007 2008Atividade: indústria química e tecnologiaCidade: Sumaré/SPFundação: 1902 (EUA)Número de estagiários: 91Áreas de atuação dos estagiários: otimização de processos, marketing, planejamento de produção, auditoria, entre outras Média da bolsa-auxílio: R$ 1.400Benefícios: convênio médico e odontológico, seguro de vida, transporte, restaurante

TECNOLOGIA DIVERSIFICADA

A 3M, uma empresa de tecnologia diversificada que apresenta soluções para muitas necessidades do dia-a-dia, foi fundada em 1902, no estado de Minnesota, nos Estados Unidos, para a exploração de minérios. Com o pouco lucro, mudaram as ativida-des para a fabricação de abrasivos. A partir daí, o crescimento foi constan-te. A 3M do Brasil possui hoje parque fabril nas cidades de Sumaré, Ribei-rão Preto e Itapetininga, no interior de São Paulo, além de outras localidades pelo Brasil. Em 2007, fechou o ano com mais de três mil funcionários. É responsável pela comercialização de mil produtos básicos, dos quais deri-vam 25 mil itens.

por mês. Além disso, a multinacional de destaque no mercado de tecnologia oferece, ainda, para os estagiários, con-vênio médico e odontológico, seguro de vida, transporte e restaurante.Para Fernando do Valle, gerente ge-ral de Recursos Humanos, “estar en-tre as melhores para estagiar é um privilégio para a 3M, pois valoriza o programa de estágio da empresa e ajuda a atrair os melhores talentos, oxigenando a organização e criando um ciclo de melhoria contínua.Estudante de Direito da Pontifícia Uni-versidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Lázaro Montenegro Lima,

Estagiários trazem atualização à empresa; no detalhe, a gestora Patrícia Favaron.

RICA

RDO

LIM

A

RICA

RDO

LIM

A

difi culdades de efetivação nesse setor, Lázaro afi rma que estará preparado para o mercado de trabalho quando fi ndar o estágio na 3M. “Ex-estagiários que passaram por aqui estão fazendo sucesso em outras empresas.”Atualmente a 3M conta com 91 esta-giários, em áreas como otimização de processos, marketing, planejamento de produção, auditoria, exportação e importação, jurídico, recursos hu-manos, entre outras.

24 anos, também vê muitos pontos po-sitivos no prêmio e na capacitação da 3M. Estagiário há dez meses, ele revela que o período em que passa na empre-sa será valioso para sua carreira. “Não esperava que tivesse contato com tanta informação diferente”, afi rma o jovem, que atua na área jurídica. Apesar das

Page 36: Revista Agitação n º 84 - CIEE

36 Agitação nov/dez 2008

RODOBENS CONSÓRCIO

Oportunidade para o crescimento

Envolvimento dos estudantes com a prática do estágio é um dos segredos do sucesso.

Antes mesmo de terminar o estágio, em dezembro, Maria Isabel Ettruri, de 21 anos, já recebeu a notícia que tanto queria ouvir nos últimos 15 meses. Ela está sendo efetivada na Rodobens Consórcio para um cargo de responsabilidade: assistente admi-nistrativa da diretoria. “Fiquei muito feliz, pois será uma oportunidade ex-celente para meu crescimento profi s-sional”, afi rma. Maria Isabel sabe que deve tudo isso ao estágio, adminis-trado pelo CIEE. Foi nesse período que ela provou ter condições de con-tinuar em uma das empresas mais

HERI

K M

EM

HERIK MEM

Na Rodobens, os jovens trazem visão atualizada e esbanjam energia.

visadas pelos jovens de São José do Rio Preto/SP e região. “Todo mundo quer trabalhar aqui, pois sabe das condições que eles dão para os funcioná-rios”, diz a estudante. Essa concorrência aumentou ainda mais neste ano, após a organi-zação fazer parte do ranking das me-lhores empresas para estagiar do ano passado. “Os estudantes descobriram que o estágio é um trampolim para o sucesso dentro da empresa”, anali-sa Jéferson Fuza, gestor de Recursos Humanos da Rodobens. Segundo

ele, após a participação na lista de 2007, houve uma série de estudos in-ternos que provocou uma reformu-lação, entre outros tópicos, no valor da bolsa-auxílio paga aos estagiários.

Após 15 meses de estágio, Maria Isabel conquistou sua efetivação.

Page 37: Revista Agitação n º 84 - CIEE

37Agitaçãonov/dez 2008

10º LUGAR

HISTÓRIA DE SUCESSO

A Rodobens Consórcio nasceu em 1966, com a estrutura do Grupo Verdi, fundador e acionista majori-tário do Grupo Rodobens, uma das 100 maiores organizações empresa-riais do país, segundo levantamento da Gazeta Mercantil. Sua história teve início em 1949, em São José do Rio Preto, a partir de uma con-cessionária de caminhões e ônibus. Além da área de consórcios, as em-presas atuam hoje no mercado de automóveis, motocicletas, seguros, financiamento e imóveis.

Presença no prêmio: 2007 2008Atividade: administradora de consórciosCidade: São José do Rio PretoFundação: 1966Número de estagiários: 65Área de atuação dos estagiários: Administração, Ciências Contábeis, Direito, Tecnologia da Informação, entre outrasMédia da bolsa-auxílio: R$ 460 (primeiro ano); R$ 496 (segundo ano)Benefícios: vale-transporte, vale-alimentação e seguro de vida

os pais ainda moram, depois de passar na seleção da Rodobens. “Provei que a minha escolha foi a mais acertada”, comemora. Com o novo salário, ela espera criar sua independência fi nan-ceira e, quem sabe, assumir a dívida da Universidade Paulista (Unip), paga pelos pais, na qual cursa o terceiro ano de Administração de Empresas, em São José do Rio Preto. De acordo com Fuza, a maioria dos jovens que participa do programa da Rodobens permanece na empresa. Até o fi m do ano, serão efetivados mais dois estagiários. Para entrar nes-sa “mamata”, é preciso suplantar um processo seletivo bastante concorrido, com dinâmicas, provas de conheci-mentos gerais e específi cas, além de uma redação. “Procuramos ser o mais assertivo possível”, admite Fuza.Maria Isabel lembra bem as difi culdades de conquistar a vaga durante a seleção. “Eram muitos estudantes concorrendo, mas sempre fui otimista”, enfatiza. Ela acredita que os cursos de Educação a Distância (EaD) que realizou pela inter-net no site do CIEE ajudaram a manter o pensamento positivo.Esse envolvimento do estagiário na Ro-dobens é destacado pelo gestor de RH como um dos pontos positivos do es-tágio. “A gente percebe realmente essa vibração neles”, argumenta. Para Fuza, a presença dos estudantes é fundamen-

tal para “oxigenar” os corredores da empresa, porque eles trazem uma visão atualizada, além de esbanjarem energia, que contagia os outros funcionários.Para tirar proveito de todo esse gás, a empresa tem um planejamento es-pecífi co para a atuação do estagiário, conhecido como Programa Rodobens de Estágio. Cada estudante segue um plano traçado pelo gestor nos primei-ros seis meses. Após esse período, ha-verá uma avaliação, com discussão dos pontos a serem melhorados, tanto da parte do estagiário como também da empresa. Dentro da demanda encon-trada, os organizadores do programa vão convidar palestrantes – do merca-do ou da própria empresa – para tra-balharem determinados temas, como comunicação, iniciativa, trabalho em equipe, comprometimento, entre ou-tros. “Uma vez por mês reunimos os estagiários para que assistam à pales-tra, o que tem nos trazido um retorno importante”, considera Fuza.Hoje, a Rodobens Consórcio conta com 65 estagiários em áreas como marketing, administração, jurídica, contábil e tecnologia da informa-ção. Para o gestor de RH, estar dois anos consecutivos entre as melhores empresas para estagiar é uma alegria imensa, pois expõe o trabalho desen-volvido, que muitas vezes fi ca restrito ao conhecimento interno.

HERI

K M

EM

Jéferson Fuza: “O estágio é um trampolim para o sucesso dentro da empresa.”

“Reavaliamos também nosso acom-panhamento com os estagiários.”Hoje, a bolsa-auxílio paga aos estu-dantes no primeiro ano de estágio é de 460 reais. Para o segundo ano, há um reajuste: sobe para 496 reais. No pacote de benefícios ainda há vale-transporte, vale-alimentação e seguro de vida.

Escolha acertada. Maria Isabel já es-tará em outro patamar salarial quando começar na nova função. Ela abando-nou sua cidade natal, Urupês/SP, onde

Page 38: Revista Agitação n º 84 - CIEE

40 MELHORES PARA ESTAGIAR

38 Agitação nov/dez 2008

AG

ÊNC

IA C

LIC

K

Jovens que sentem orgulho do que fa-zem. Esse é o perfi l dos estagiários da Agência Click, que em 99% dos casos se tornam efetivos. “Preferimos formar nossos próprios profi ssionais a trazê-los prontos”, afi rma Iraneide Sanchez Calixto, gerente de RH da agência. A empresa oferece estágio em diversos cursos, desde matemática até psicolo-gia. De acordo com a gerente, a Click prefere a diversidade e possui um perfi l criativo e abrangente.Para atingir esse objetivo, a empresa procura cativar seus estagiários por meio de programas como o Projeto Glue, que mostra ao jovem a meto-dologia e as áreas da empresa, dando a eles uma noção mais ampla de seus serviços. Por meio do Click Univer-sity, um amplo programa de valori-zação e desenvolvimento de profi s-sionais, que pretende identifi car e

ALC

ON

A preocupação com o aprendizado dos estagiários, no intuito de des-pertar potenciais, faz da Alcon uma das melhores empresas para estagiar. Criado em 2007, o programa da em-presa oferece um processo de avalia-ção que envolve o estudante, o gestor e o RH, o que confere um feedback importante para o desenvolvimento do jovem. Anualmente, é proposto ao estudante desenvolver um proje-to de melhoria em sua área, que, no fi m do ano, é apresentado para os gestores. “Esse trabalho oferece uma oportunidade ao jovem de aparecer dentro da empresa”, explica Cristiane Alexandre, analista de Recursos Hu-manos da Alcon.O estágio, segundo ela, possibilita atrair potenciais para a organização. Apro-

Presença no prêmio: 2008Atividade: farmacêuticaCidade: São Paulo/SPFundação: 1945Número de estagiários: 14Áreas de atuação dos estagiários: diversas áreas Média da bolsa-auxílio: R$ 1.463Outros benefícios: assistência médica e odontoló-gica, vale-alimentação, vale-refeição, vale-transporte, desconto em produtos Nestlé e convênio-farmácia

Presença no prêmio: 2008Atividade: interatividade e propaganda on-lineCidade: São Paulo/SPFundação: 1996Número de estagiários: 20Áreas de atuação dos estagiários: diversas áreasMédia da bolsa-auxílio: R$ 1.000Outros benefícios: estacionamento ou vale-transporte, vale-refeição, além de ações motivacionais.

estacionamento ou vale-transporte, vale-

incentivar talentos criativos, a Agên-cia Click oferece a seu público inter-no cursos voltados para as funções da empresa. Os empregados também usufruem de quick-massage, mani-cure, festas promovidas pela empre-sa, entre outras ações motivacionais.

“Todos os benefícios concedidos aos empregados também são oferecidos aos estagiários”, explica Iraneide.

ximadamente 80% dos estagiários da companhia são efetivados. Jovens di-nâmicos, proativos, determinados e com atitude são valorizados na Alcon. “Procuramos comprometimento; pes-soas que queiram atuar aqui”, afi rma. De acordo com Cristiane, estar entre as melhores empresas para estagiar é

a chance de mostrar o trabalho que a empresa desenvolve com os estudantes e de ter reconhecido seu programa de estágio.

Page 39: Revista Agitação n º 84 - CIEE

39Agitaçãonov/dez 2008

Uma empresa fundada em 1885, na cidade alemã de Ingelheim am Rhein, que chegou ao Brasil há 52 anos. Essa é a Boehringer Ingelheim, companhia farmacêutica que fi gura mais uma vez entre as melhores empresas para es-tagiar. “Para nós é um orgulho estar presente novamente na lista, pois esse resultado é conseqüência do nosso tra-balho”, afi rma Patrícia Palmieri, gerente de Recursos Humanos. Com um programa diferenciado, chamado Geração BI, a empresa visa inserir o jovem no ciclo de negócios farmacêuticos, alinhando prática, aprendizagem e treinamento. Para in-gressar no programa, o candidato deve mostrar força de vontade. “É essencial que o estudante tenha humildade para aprender, vontade de crescer, garra, iniciativa e queira evoluir profi ssional-mente e pessoalmente”, diz. BO

EHRI

NG

ER IN

GEL

HEI

MBR

ASK

EM

A petroquímica Braskem busca, com seu programa de estágio, incentivar a educação pela capacitação e treina-mento. Por essa razão, a petroquímica procura “jovens com vontade de apren-der e crescer na profi ssão”, segundo a analista de Recursos Humanos, Luane Cruz da Silva. Na Braskem, os estudantes são moni-torados e avaliados constantemente. Por meio de um plano de atividades semestral, elaborado com o gestor, são defi nidas quais funções e com-petências serão desenvolvidas. Os estagiários também fazem um pro-jeto aplicativo do estágio, no qual devem identifi car algum ponto de melhoria na empresa e apresentá-lo no fi m do ano, podendo ser aplicado. Também é oferecida a oportunidade

Presença no prêmio: 2006 2008Atividade: Petroquímica.Cidade: São Paulo/SPFundação: 2002Número de estagiários: 260Áreas de atuação dos estagiários: diversas áreasMédia da bolsa-auxílio: R$ 1.350Outros benefícios: vale-transporte, vale-alimentação e assistência médica

O programa de estágio, nos moldes de hoje, começou em 2002 e, atualmente, conta com 52 estagiários. De janeiro a setembro, 43% dos estudantes que par-ticipavam da capacitação, foram efeti-vados. “As oportunidades de efetivação são reais e analisadas de acordo com a avaliação do supervisor”, afi rma.Durante o período de treinamento, os jovens colocam em prática o que a teo-

Presença no prêmio: 2007 2008Atividade: indústria farmacêuticaCidade: São Paulo / SPFundação: 1956 (Brasil), 1885 (Alemanha)Número de estagiários: 52Áreas de atuação dos estagiários: diversas áreas Média da bolsa-auxílio: R$ 1.200Outros benefícios: vale-transporte, vale-refeição, assistência médica e odontológica e seguro de vida

vale-transporte, vale-refeição, assistência

diversas áreas

de conhecer a fundo a cultura da em-presa, participando de integrativos e seminários. “Aqui os jovens recebem uma visão total do processo da com-panhia”, explica Luane. No fi m do estágio, existe a possibilidade de os estudantes participarem do progra-ma de trainee da petroquímica.

ria lhes ensina no dia-a-dia. Eles são estimulados a desenvolver sua visão de negócios e a se alinharem aos valo-res da empresa. “Os estagiários são os futuros profi ssionais da Boehringer”, ressalta Patrícia.

Há seis anos no mercado, e com uma área de Recursos Humanos que acu-mula diversos prêmios, a Braskem se classifi ca pela segunda vez entre as 50 melhores empresas para estagiar.

Page 40: Revista Agitação n º 84 - CIEE

40 MELHORES PARA ESTAGIAR

40 Agitação nov/dez 2008

Com o objetivo de elaborar leis e fi scalizar o Poder Executivo, a Câmara Municipal de Suzano destaca-se pelo seu progra-ma de estágio. “Queremos melhorar a qualidade legislativa da Câmara e, principalmente, dar oportunidade ao estudante, mostrando como funciona a administração pública”, afi rma Júlio Cezar Mayer, diretor jurídico da casa. Vila da Concórdia, Vila da Piedade, São Sebastião do Guaió ou, simplesmente, Suzano, como é chamada desde 1908, a cidade abriga a Câmara desde 1949. Com o programa de estágio implantado em 2006, a Casa Le-gislativa vivencia os primeiros passos de seu projeto. “A fi gura do estagiário é pioneira para nós, mas tem sido muito interessante e proveitosa essa integração”, afi rma Mayer. Ter a oportunidade de ingressar e vivenciar o dia-a-dia de uma instituição do Poder Legislativo é, para Mayer, um diferencial no programa de estágio da Câmara. Além disso, a possibilidade de acompanhar processos e realizar pesquisas de jurisprudência leva o estudante a verifi car, na prática, o que é trabalhado em sala de aula.

Participar da edição de 2008 do prê-mio As Melhores Empresas para Es-tagiar virou motivo de orgulho para o Canova Abramides Gonçalves Ad-vogados, escritório de advocacia tam-bém classifi cado no ranking em 2006. “O fato de não termos conseguido a classifi cação no ano passado nos fez refl etir e introduzir melhorias no

Pela primeira vez entre as 50 melhores empresas para esta-giar, os diretores da Câmara só têm o que comemorar. “A ale-gria é grande, assim que tomei conhecimento da premiação quis participar”, fi naliza Mayer.

Presença no prêmio: 2008Atividade: Poder LegislativoCidade: Suzano / SPFundação: 1949Número de estagiários: 22Áreas de atuação dos estagiários: administração, direito, recursos humanos e informáticaMédia da bolsa-auxílio: R$ 715Outros benefícios: vale-transporte

CA

NO

VAC

ÂM

ARA

MU

NIC

IPA

L D

E SU

ZAN

O

programa, com a oferta de benefícios para os estagiários”, diz Roberto Abra-mides, sócio-proprietário do Canova, onde a média de efetivação gira em torno de 50%. Dos 15 anos no mercado, em oito deles o escritório investiu em está-gio, revertendo em benefícios não só para o estudante de Direito, que tem

Presença no prêmio: 2006 2008Atividade: jurídicaCidade: Bauru/SPFundação: 1994Número de estagiários: 43Áreas de atuação dos estagiários: direito empresarialMédia da bolsa-auxílio: R$ 444Outros benefícios: vale-transporte e evolução da bolsa-auxílio após um ano de contrato

vale-transporte e evolução

a possibilidade de complementar seu aprendizado teórico com a prática jurídica, como também para a pró-pria empresa, que mantém seu qua-dro qualifi cado para prestar serviços a empresas e esferas jurídicas corre-lacionadas. Em todas as áreas do co-nhecimento, a atualização é condição básica para os que ambicionam ter mais chance de sucesso num merca-do competitivo. Essa premissa, além de alicerçar o escritório, também serve para os estagiários, dos quais são exigi-dos conhecimentos técnicos, dedicação e estudo constante.

Page 41: Revista Agitação n º 84 - CIEE

41Agitaçãonov/dez 2008

CER

ÂM

ICA

PO

RTO

FER

REIR

A

Um rol de benefícios completo, respal-dado pela bolsa-auxílio. Esse é o cartão de visitas da Cerâmica Porto Ferreira quando se apresenta para o estudante. Com um programa de estágio con-sistente, desde 1994, a empresa busca “cumprir o papel social da empresa, ajudando a formar novas gerações de profi ssionais de que o país necessita”, segundo Edison Corrêa de Toledo, di-retor presidente da empresa. Atualmente com 28 estagiários, o pro-grama já efetivou 17 estudantes. O can-didato à vaga deve ser dinâmico e tam-bém alimentar o sonho de crescimento junto à empresa. “É importante que ele queira crescer com a companhia e tam-bém pessoalmente”, afi rma. A Cerâmica Porto Ferreira é uma empresa de porcelanatos, pisos, re-vestimentos cerâmicos e peças espe-ciais. Sediada na cidade de mesmo

CI&

T

Fundada em 1995, a CI&T se concre-tiza como uma das maiores produto-ras brasileiras de soft wares. Com 144 estagiários, a companhia fi gura pela primeira vez no ranking das melhores empresas para estagiar.O objetivo do programa de estágio é ensinar o método laboral desenvolvido

Presença no prêmio: 2008Atividade: tecnologia da informação Cidade: Campinas/SPFundação: 1995Número de estagiários: 144Áreas de atuação dos estagiários: tecnologia da informação, administração de empresas e ciência da computação Média da bolsa-auxílio: R$ 700 (ensino médio); R$ 1.200 (ensino superior)Outros benefícios: seguro vida, vale-refeição, ônibus fretado e desconto em escolas de inglês

Presença no prêmio: 2008Atividade: construção civilCidade: Porto Ferreira/SPFundação: 1931Número de estagiários: 28Áreas de atuação dos estagiários: contabilidade, finanças, recursos humanos, administração de vendas, almoxarifado, armazém, expedição, manutenção, serviço de atendimento ao consumidor, entre outras Média da bolsa-auxílio: R$ 746Outros benefícios: vale-transporte, assistência médica, cesta básica, café da manhã, 20 dias de recesso, gratificação natalina, grêmio recreativo e biblioteca

Presença no prêmio: Atividade: Cidade:Fundação: Fundação: Número de estagiários: Número de estagiários: Áreas de atuação dos estagiários:administração de empresas e ciência da computação Média da bolsa-auxílio: (ensino superior)Outros benefícios: desconto em escolas de inglês

na CI&T e mostrar na prática o que o estudante aprende na teoria. A efeti-vação desses estagiários acontece por desempenho, e o índice é bastante alto. “Temos 90% de efetivação dos estudan-tes”, afi rma Naia Gonçalves Nunes da Costa, analista de Recursos Humanos.Conhecido como Programa de Talen-

tos, o treinamento faz com que os es-tagiários passem por uma capacitação de um mês, aprendendo as tecnologias que irão utilizar na companhia. Naia ressalta que o candidato a estágio deve ter vontade de aprender e querer cres-cer na empresa, aproveitando as opor-tunidades que vão surgir no decorrer do aperfeiçoamento. A CI&T é uma empresa de Tecnolo-gia da Informação que apresenta nas universidades seus serviços para gerar o interesse dos jovens em ingressar na companhia. Há 13 anos no mercado, alia conceitos e padrões internacionais para criar previsibilidade de custo, pra-zo e qualidade para o cliente.

nome, no interior de São Paulo, foi fundada em 1931 e busca a atuação em equipe, dedicação e vontade de aprender de seus jovens estagiários. “São conceitos importantes que fa-zem o diferencial do programa, além de desafi o, oportunidade e responsabi-

lidade”, comenta o diretor presidente. Com a certeza de que está formando futuros profi ssionais alinhados à cul-tura da empresa, a cerâmica permi-te a descoberta de novos talentos na busca por uma equipe cada vez mais qualifi cada.

Page 42: Revista Agitação n º 84 - CIEE

40 MELHORES PARA ESTAGIAR

42 Agitação nov/dez 2008

Figurando pela segunda vez na lista das 50 melhores empresas para estagiar, a distribuidora Copagaz conquista espa-ço entre os estudantes. “Temos 46 esta-giários pelo Brasil e a premiação é um presente deles para a empresa”, revela Maurício Kranyak, gerente de Recursos Humanos da Copagaz.

COPA

GA

Z

O ambiente fl exível e o renome no mercado tornam o pro-grama de estágio do Centro de Pesquisa e Desenvolvimen-to Padre Roberto Landell de Moura (CPqD) bastante pro-curado pelos estudantes, segundo a administradora Érika Pinho. A oportunidade de aprender com uma equipe bem capacitada é um dos atrativos para os jovens que buscam desenvolvimento profi ssional. “Por ser muito complexa naquilo que desenvolve, o CPqD tornou-se uma excelente fonte de conhecimento.”Com mais de 30 anos no mercado do ramo de Telecomunicações e Tecnologia da Informação, a empresa busca estagiá-rios comprometidos, com bom rendi-mento escolar, que saibam trabalhar em equipe e tenham postura e comporta-mento adequados para o ambiente pro-fi ssional. De acordo com Érika, no CPqD o estágio busca preparar os futuros fun-cionários, tornando-os aptos a assumir cargos efetivos. “Ter uma política de C

PQD

Um dos fatores que impulsionaram a qualidade do estágio está no fato de reunir seus gerentes mensalmente para discutir o potencial e as ativida-des dos estagiários de cada área. “É o dia-a-dia que irá mostrar a capacida-

de de efetivação do estagiário”, afi r-ma. Ele ressalta que os gerentes dão constantes retornos para o estudan-te sobre suas atividades, detalhando quais pontos podem ser melhorados. Responsável por 13 engarrafadoras e pela distribuição de 40 mil toneladas de gás por mês, em milhões de lares, indústrias e estabelecimentos brasi-leiros, a Copagaz conta com estágio desde 1999. A empresa foi fundada em 1955 e tem como uma de suas pre-ocupações a formação do profi ssional para que ele possa seguir carreira, “mesmo que não seja na empresa”.

Presença no prêmio: 2008Atividade: telecomunicações e Tecnologia da InformaçãoCidade: Campinas/SPFundação: 1976Número de estagiários: 176Áreas de atuação dos estagiários: diversas áreasMédia da bolsa-auxílio: R$1.241Outros benefícios: vale-transporte, vale-refeição, convênio médico e ônibus fretado

capacitação de qualidade é importante para identifi car e trazer novos talentos, ajudar na formação de profi ssionais e moldá-los conforme a ne-cessidade da empresa.”

Presença no prêmio: 2007 2008Atividade: distribuidora de gásCidade: São Paulo / SPFundação: 1955Número de estagiários: 46Áreas de atuação dos estagiários: admi-nistração e logísticaMédia da bolsa-auxílio: R$ 700Outros benefícios: vale-refeição, assistên-cia médica e vale-transporte

Page 43: Revista Agitação n º 84 - CIEE

43Agitaçãonov/dez 2008

CRE

DIC

ITRU

S

Integração da teoria com a prática. É isso que o estagiário da Credicitrus, cooperativa de crédito rural criada por ca-feicultores e citricultores, encontra em seu dia-a-dia. Com início em 2000, o programa de estágio da empresa já efe-tivou 145 estudantes e, atualmente, conta com a participa-ção de 64 estagiários. “A maioria deles é efetivada; temos pouquíssimas desistências durante o programa”, revela Maria Madalena Fernandes Rocha, gerente administrativa da cooperativa. No entanto, para ingressar na Credicitrus, o can-didato passa por um processo seletivo rigoroso. “Buscamos pessoas com valores pessoais, integri-dade, ética e interesse em se desenvolver dentro da empresa”, explica. Para a Credicitrus, ter um programa de estágio é uma forma de mostrar o lado social da empresa. “Estar, mais uma vez, entre as melhores empresas para estagiar reforça o nosso principal objetivo: o social”, completa. Fundada em 1983, na cidade de Bebedouro/SP, onde fi ca a sede, a Credicitrus

CU

MM

INS

BRA

SIL

Uma bolsa-auxílio bastante atrativa e efetivação de 80% dos estagiários. É dessa forma que o programa de está-gio da Cummins Brasil chama a aten-ção dos jovens para colaborarem na empresa. Produtora de motores die-sel, geração de energia, soluções para emissão, fi ltros, sistema de exaustão, turbinas e compressores, a companhia

Presença no prêmio: 2006 2007 2008Atividade: agropecuáriaCidade: Bebedouro/SPFundação: 1983Número de estagiários: 64Áreas de atuação dos estagiários: engenharia, atendimento, emissão de cadastro, suporte, compensação, recursos humanos, entre outras Média da bolsa-auxílio: R$ 850Outros benefícios: 13ª bolsa-auxílio, assistência médica e odontológica, recesso de dez dias e vale-transporte

cresceu como uma sociedade cooperativista, que promove assistência fi nanceira, com o objetivo de fomentar a produ-ção agropecuária e a produti-vidade rural.

Presença no prêmio: 2007 2008Atividade: metalúrgicaCidade: Guarulhos/SPFundação: 1972Número de estagiários: 60Áreas de atuação dos estagiários: diversas áreas Média da bolsa-auxílio: R$ 1.689Outros benefícios: vale-transporte, refeitório na empresa, assistência médica e seguro de vida

diversas áreas

mantém o passaporte do estagiário – livrinho igual ao emitido pela Polícia Federal –, no qual constam atividades a serem realizadas e in-formações sobre o está-gio na empresa. “Nosso programa é uma com-plementação do apren-dizado do estudante e,

para nós, a formação de um banco de talentos”, revela Marcos Mesquita, gerente de Recursos Humanos.

Trata-se de um programa dife-renciado, que faz com que o es-tagiário desenvolva o senso de responsabilidade. “Assim, con-seguimos avaliar o nível de in-teresse e contribuição do jovem, permitindo que ele seja identifi -

cado como um talento”, comenta. Há mais de 15 anos desenvolvendo programas de estágio, a empresa fri-

sa que a revitalização do quadro de colaboradores é essencial, não

apenas para o estagiário, mas para todos os cola-boradores. “Dessa forma, temos novas idéias sen-do colocadas e traze-mos sangue novo para

os projetos.”

Page 44: Revista Agitação n º 84 - CIEE

40 MELHORES PARA ESTAGIAR

44 Agitação nov/dez 2008

Ser inovador, auto-confi ante e ousado. Essas são as qualidades que a empresa farmacêutica Daiichi Sankyo procura em seus estagiários. Seu programa, Tókio 2010, visa formar talentos que, no futuro, liderarão a empresa.Buscando esse objetivo, os estagiários são avaliados constantemente por seu supervisor, proporcionando um feed-back para seu desenvolvimento. Eles participam, duas vezes por ano, de um processo de avaliação aplicado também aos funcionários da empresa. A Daiichi Sankyo abre espaço para os jovens de-senvolverem projetos, que eles mesmos coordenam. Outro recurso de capaci-tação utilizado é o encontro de estagiá-rios, promovido pelo CIEE.Para Esther Rossi, gerente de Recursos Humanos, conquistar um lugar entre

A EMC Brasil procura proporcionar aos seus estagiários um diferencial em suas carreiras e apóia-los no de-senvolvimento e concretização de seus objetivos profi ssionais. Para al-cançar essa meta, a empresa ofere-ce treinamentos específi cos para os estagiários dependendo de sua área de atuação, com cursos técnicos e

DA

IICH

I SA

NKY

OEM

C B

RASI

L

comportamentais, presenciais ou por educação a distância.Para Lycia Fernandes, diretora de RH da EMC Brasil, esses investimentos, incluindo o reembolso de 75% para o jovem interessado em cursos de idiomas, visam ao aperfeiçoamento dos estagiários e são algumas das razões

para os bons resultados do estágio. “Procuramos desenvolver e formar profi ssionais que, no futuro, pos-

sam ser absorvidos no quadro de funcionários da própria

EMC Brasil, de acordo com o desempenho, perfi l e disponibilidade de va-

gas para contratação”, explica. Para ter suces-so nessa busca, a EMC

valoriza jovens que se identifi quem com a cul-

tura da empresa, sejam ínte-gros, tenham vontade de crescer com a empresa e o interesse por aprendizado constante.

Presença no prêmio: 2007 2008Atividade: farmacêuticaCidade: São Paulo/SPFundação: 1915Número de estagiários: 25Áreas de atuação dos estagiários: diversas áreasMédia da bolsa-auxílio: R$ 1.346Outros benefícios: assistência médica e odontológica, vale-alimentação, vale-transporte, refeitório no local, 50% de ajuda em academias, programas de auxílio jurídico, social, financeiro e psicológico e bolsa-auxílio de Natal

Presença no prêmio: 2008Atividade: tecnologia da informaçãoCidade: São Paulo/SPFundação: 1979Número de estagiários: 20 Áreas de atuação dos estagiários: diversas áreas Média da bolsa-auxílio: R$ 1.120Outros benefícios: assistência médica e odontológica, vale-refeição, vale-transporte, estacionamento, ônibus fretado e reembolso de 75% para cursos de idioma

as Melhores Empresas Para Estagiar proporciona cre-dibilidade e inspira os jo-vens a desenvolverem suas funções com mais afi nco. “É o reconhecimento de

que estamos no caminho certo, afi nal, quem nos elege são eles mesmos”, afi rma. Segundo ela, um programa de estágio reco-nhecido inspira os estudantes a crescerem junto à empresa.

Page 45: Revista Agitação n º 84 - CIEE

45Agitaçãonov/dez 2008

A Fundação de Rotarianos de São Paulo foi fundada por empresários, engenheiros, médicos, advogados e outros profi ssionais de destaque, em 1946. Entre suas instituições, estão dois nomes conhecidos dos paulistas e dos brasileiros: Colégio Rio Branco e Faculdades Integra-das Rio Branco. Com um programa que visa complementar a formação acadêmica do estudante e prepará-lo para o aproveitamento interno da instituição, o estágio da Fundação teve início em janeiro de 2006. Vinte e nove estagiários compõem o quadro de estudantes do progra-ma, que, assim que ingressam no estágio, participam do Programa de Integração da Fundação, fi cando a par da missão, visão, estrutura e entidades mantidas pela Rotarianos de São Paulo. No entanto, alguns as-

A Fundação Educacional de Ituvera-va foi fundada em 1971, criando, na cidade do interior paulista, escolas de nível básico e superior. Há cinco anos, o programa de estágio atende à necessidade de levar para a prática o que é ensinado nas salas de aula.

FUN

D. D

E RO

TARI

AN

OS

DE

SÃO

PA

ULO

FUN

D. E

DU

CA

CIO

NA

L D

E IT

UV

ERAV

A

pectos comportamentais são analisa-dos na hora de admitir um estagiário. “Procuramos pessoas proativas, que tenham bom relacionamento inter-pessoal, boa postura, entre outros atributos necessários dentro de um ambiente corporativo”, revela Carlos Eduardo Melloni, gerente de Rela-ções Humanas. Sempre sob a supervisão de um ges-

Presença no prêmio: 2008Atividade: educação Cidade: São Paulo/SPFundação: 1946Número de estagiários: 29Áreas de atuação dos estagiários: diversas áreas Média da bolsa-auxílio: R$ 800Outros benefícios: vale-transporte e vale-refeição

Presença no prêmio: 2008Atividade: educaçãoCidade: Ituverava/SPFundação: 1971Número de estagiários: 27Áreas de atuação dos estagiários: contabilidade, direito, administração de empresas e informática.Média da bolsa-auxílio: R$ 200 (ensino médio); R$ 300 a R$ 500 (ensino superior)Outros benefícios: vale-transporte e dias de folga para o estagiário estudar

Seus estagiários são revelados no decorrer dos cursos da instituição. “Nossos 27 jovens são alunos que se destacam dentro da Fundação”, re-vela Ana Rita Gonçalves, auxiliar do Departamento Pessoal. A liberdade de acesso aos supervi-

sores do estágio é um dos princípios fundamentais para tornar o programa mais efi ciente, pois “o estudante pode falar se está ade-quado ou não ao estágio que realiza”. Durante a época de provas, o estagiá-rio pode ser liberado pelo supervisor para estudar, sempre que necessário. “Com essa oportunidade, o estudan-te só tem a melhorar, tanto nos es-tudos como no seu desempenho no próprio estágio”, afi rma Ana Rita.Atualmente com 350 funcionários, os dirigentes da Fundação acreditam que o programa oferece oportunida-de para o jovem desenvolver suas ha-bilidades e criar uma chance a mais para que consiga se inserir no com-petitivo mercado de trabalho.

tor, o estagiário está em constante análise. “Esperamos que o estudante cumpra com as atividades discrimi-nadas no programa e também que apresente um crescimento dos seus conhecimentos na prática”, avalia.

Page 46: Revista Agitação n º 84 - CIEE

40 MELHORES PARA ESTAGIAR

46 Agitação nov/dez 2008

A Goodyear Produtos de Engenharia é uma empresa que atua nos merca-dos industrial, automotivo, agrícola, de mineração, de petróleo e de ser-viços. Seu programa qualifi cado de estágio busca a formação de talentos para atuarem, no futuro, profi ssio-nalmente na empresa. O processo seletivo conta com a participação do CIEE, com dinâmicas e entrevistas. “A performance do estudante, aliada a proatividade, dinamismo e uma boa bagagem teórica, pode fazer com que o jovem se destaque em diferentes áreas”, revela Eduardo Campos, dire-tor de Recursos Humanos e Assuntos Corporativos na América Latina. A inserção no ambiente corporativo é imediata. Assim que o estudante ingressa na companhia, ele inicia a elaboração de um projeto relaciona-

“Queremos abrir caminho para jovens talentos, dando oportunidade à for-mação de futuros profi ssionais.” Esse é o pensamento que os executivos da HM Engenharia empregam em seu programa de estágio, criado em abril deste ano. Adquirida pelo grupo Ca-margo Corrêa, em outubro de 2007, a construtora e incorporadora, sediada

GO

OD

YEA

R PR

OD

UTO

S D

E EN

GEN

HA

RIA

HM

EN

GEN

HA

RIA

Presença no prêmio: 2008Atividade: industrialCidade: Santana de Parnaíba/SPFundação: 2007Número de estagiários: 17Áreas de atuação dos estagiários: administração, engenharia, comércio exterior, recursos humanos, jurídico, entre outras Média da bolsa-auxílio: R$ 1.250Outros benefícios: vale-transporte ou ônibus fretado, vale-refeição, seguro de vida, assistência médica, odontológica e em farmácia

Presença no prêmio: 2008Atividade: construção civil e incorporaçãoCidade: Barretos/SPFundação: 1976Número de estagiários: 23Áreas de atuação dos estagiários: engenharia, controlado-ria, jurídico, suprimentos, financeiro, projetos e marketing Média da bolsa-auxílio: R$ 800Outros benefícios: vale-transporte e vale-refeição

em Barretos/SP, conta atualmente com 23 estagiários de nível superior. “Nosso programa ainda está em evolução, mas o fato de fi gurar entre as melhores em-presas para estagiar já é um prestígio grande e, o mais importante, mostra que estamos no caminho certo”, afi rma Carlos Henrique Souza, gestor de Re-cursos Humanos da empresa.

Vislumbrando uma possível efeti-vação, os estudantes são avaliados a cada seis meses pelos gestores do

estágio. Para conseguir a sonhada permanência na empresa, duran-te o período de treinamento os estagiá rios precisam demonstrar iniciativa, vontade de aprender e bom relacionamento, alguns dos pontos essenciais valorizados pela HM Engenharia. “O merca-

do está concorrido e formar jovens talentos é uma forma de descobrir futuros sucessores”, comenta Souza.

do à sua área de atuação, valorizando a experiência prática. “A dinâmica da empresa é a de buscar constante-mente novidades e isso faz com que ele contribua, tornando-se parte da equipe”, diz. Novata na premiação, a Goodyear fornece ao estagiário uma bolsa-au-

xílio e benefícios atraentes. “Faze-mos o possível para melhorar nosso programa a cada dia, pois temos uma fonte de capacitação de talentos bas-tante interessante.”

Page 47: Revista Agitação n º 84 - CIEE

47Agitaçãonov/dez 2008

Uma empresa com crescimento anual de 60%, sediada em Campinas/SP e com escritórios em São Paulo, Buenos Aires (Argentina) e Antuérpia (Bélgica). Esse é o breve perfi l da Ícaro Technologies, integradora de serviços na área de Tecnologia da Informação. Fundada em 1997, a Ícaro Technolo-gies oferece estágios desde 1998. Uma regra na empresa é a efetivação do es-tudante, que por meio de um relatório de desempenho se mostra apto ou não a ser absorvido pela companhia. “Toda regra tem sua exceção, mas isso só de-pende do jovem”, revela Kleber Stroeh, diretor executivo da empresa. Além do seu programa interno de es-tágio, a empresa também é integrante e fundadora do projeto “Descobrin-do Talentos em TI”, uma iniciativa de diversas companhias que visa quali-fi car novos jovens para o crescente

Um ambiente onde se respira cultura e arte e onde as pessoas, incluindo os estagiários, estão comprometidas com um trabalho sério. Assim pode-se de-fi nir o perfi l do Itaú Cultural, instituto voltado para a pesquisa, produção de conteúdo, incentivo e difusão de mani-festações artístico-intelectuais.

ÍCA

RO T

ECH

NO

LOG

IES

ITA

Ú C

ULT

URA

L

Presença no prêmio: 2008Atividade: tecnologia da informação Cidade: Campinas / SPFundação: 1997Número de estagiários: 15Áreas de atuação dos estagiários: diversas áreas Média da bolsa-auxílio: R$ 1.370 (superior); R$ 800 (técnico)Outros benefícios: vale-transporte, vale-refeição, seguro de vida e assistência médica

mercado de TI, buscando estudantes de cursos da área em universidades ou escolas técnicas. “Assim como acontece com nosso programa, os es-tudantes passam por um treinamen-to para conhecer a empresa e a área em que atuarão”, diz. A Ícaro Technologies busca jovens motivados, capazes de gerenciamen-to próprio e de aprendizagem em

constante atualização. Para Stroeh, o estudante deve enxergar o mundo de forma global. “É preciso que o jovem saiba se relacionar com novas cul-turas e entenda bem o contexto do mundo em que vivemos.”

Presença no prêmio: 2008Atividade: culturalCidade: São Paulo/SPFundação: 1987Número de estagiários: 28Áreas de atuação dos estagiários: Letras, Rádio e TV, Relações Públicas, História e JornalismoMédia da bolsa-auxílio: R$ 950Outros benefícios: vale-transporte, vale-refeição, assistência médica e assistência odontológica

interagem com profi ssionais de todas as áreas e são responsáveis por proje-tos”, diz Juliane Cristina David Cruz, assessora de Recursos Humanos, que confessa ser a primeira vez que a or-ganização se inscreve para um prê-mio de RH. Hoje, mais de 30% do quadro de fun-cionários do instituto é formado por ex-estagiários, entre eles, coordenado-res e seniores e, até recentemente, um gerente administrativo, que acabou sendo transferido para o Banco Itaú. Por isso, os estudantes são contratados nos dois últimos anos da faculdade, em tempo hábil para a organização plane-jar e preparar o orçamento para futuras contratações.

R$ 1.370 (superior); R$ 800 (técnico)

turas e entenda bem o contexto do turas e entenda bem o contexto do mundo em que vivemos.”

Referência em cultura, as vagas de está-gio no instituto são muito concorridas, principalmente por estudantes de áreas afi ns, como Letras, Rádio e TV, Rela-ções Públicas, História e Jornalismo, embora a instituição também contrate jovens de outros cursos. “O clima orga-nizacional é muito bom; os estagiários

Page 48: Revista Agitação n º 84 - CIEE

40 MELHORES PARA ESTAGIAR

48 Agitação nov/dez 2008

O grande diferencial do Programa de Estágio da Kimberly-Klark Brasil, multinacional fabricante de produtos de higie-ne e saúde, é o cuidado no desenvolvimento dos jovens, que alia sistema de rodízio, por duas ou três áreas, e treinamen-tos, que vão do comportamental a técnicas de negociação, além de um pacote de benefícios. Bolsa-auxílio, vale-refei-ção e vale-transporte são comuns à maioria das empresas. Na Kimberly, os estagiários contam também com seguro-saúde, assistência odontológica, curso de inglês totalmen-te subsidiado e recesso de 15 dias. O resultado deu tão certo quanto seu programa de gestão, que consagrou, também em 2008, a empresa entre as Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil/Revista Época, e no Prêmio RH Mais Admirados do Brasil, promovido pela Gestão & RH Editora. “Em 2009, como desdobramento dos resultados do estágio, a Kimberly prevê a criação

Presença no prêmio: 2008Atividade: indústria de produtos de higiene e saúdeCidade: São Paulo/SPFundação: 1998Número de estagiários: 53Áreas de atuação dos estagiários: comercial, RH, operações industriais e tecnologia da informaçãoMédia da bolsa-auxílio: R$ 1.250Outros benefícios: vale-refeição e vale-transporte

Atualmente com 1.536 funcionários, a Medley, indústria farmacêutica, fi gura pela segunda vez entre as 50 melhores empresas para estagiar. O programa de estágio teve início em 2000 e hoje conta com 43 estudantes em diversas áreas da empresa. Foram efetivados, em 2007, 28 estagiários de um total de 49. Com vistas ao aperfeiçoamento de habilida-des comportamentais e técnicas, o pro-grama de estágio inclui alguns temas sugeridos a partir de uma análise das avaliações dos gestores e dos próprios estagiários. A Medley tem como missão a formação e capacitação do futuro profi ssional, proporcionando a complementação do ensino e aprendizagem por meio de atividades desenvolvidas em sua área de formação. Em contrapartida, espera que o estagiário agregue valor aos processos em que estiver inserido,

KIM

BERL

Y-K

LARK

BRA

SIL

MED

LEY

indústria de produtos de higiene e saúde

comercial, RH, operações industriais e tecnologia da informação

vale-refeição e vale-transporte vale-refeição e vale-transporte

de um Programa Trainee, para o qual serão direcionados aqueles efetivados após o estágio, visando um plano ainda mais estruturado de carreira”, adianta Fernanda Abrantes, talent management.

Presença no prêmio: 2007 2008Atividade: farmacêuticaCidade: Campinas/SPFundação: 1996Número de estagiários: 169Áreas de atuação dos estagiários: engenharia, controle e garantia de qualidade, pesquisa e desenvolvimento, produção, comercial, financeira, marketing, recursos humanos, informática, entre outras Média da bolsa-auxílio: R$ 983Outros benefícios: seguro de vida, assistência médica e odontológica, vale-transporte, refeição na empresa, cesta básica e recesso de 20 dias

dando novas idéias e ajudando nas atua-lizações adquiridas em sua formação acadêmica.No início do programa, há a apresenta-ção do plano de estágio, com o planeja-mento e descrição de todas as atividades que o jovem realizará. “A sistemática adotada pela empresa, segundo ex-es-tagiários, permite que os estudantes se

sintam seguros e capacitados a assumi-rem responsabilidades em nível júnior, no término do programa”, comenta Aline Davoli Ramos Gil, coordenadora de Recursos Humanos da Medley.

Page 49: Revista Agitação n º 84 - CIEE

49Agitaçãonov/dez 2008

Ser agente de mudança e progresso da engenharia, da comunidade e de todas as pessoas envolvidas, unindo e mobilizando talentos e competên-cias da cadeia de valor. Essa é a cau-sa da Método Engenharia, que vem sendo cumprida ao longo dos anos, principalmente na formação de pro-fi ssionais qualifi cados, por intermé-dio do seu programa de estágio. Pelo segundo ano consecutivo, a empresa consta no ranking das 50 melhores empresas para estagiar. Com o propósito de formar líderes e gestores, o diferencial do programa, implantado em 2006, está no caráter humanístico. Assim, os estagiários são motivados a participar de atividades voltadas à arte e à cultura, incluindo visitas a museus, teatros, exposições, experiências gastronômicas, deba-tes sobre a conjuntura econômica, a

Presença no prêmio: 2007 2008 Atividade: engenharia Cidade: São Paulo/SP Fundação: 1973 Número de estagiários: 20 Áreas de atuação dos estagiários: administrativa, jurídica, financeira, canteiro de obras, arquitetura e projetos, suprimentos, engenharia e marketing Média da bolsa-auxílio: R$ 1.345,60Outros benefícios: vale-refeição e vale-transporte

Um programa de estágio efi ciente pro-duz futuros funcionários excelentes, se-gundo Mariana Cersosimo, gerente de Desenvolvimento de Talentos da Mon-santo. Para ela, proporcionar meios para o estagiário conhecer a cultura da empresa e seu processo operacional é tão importante quanto aprimorar as habilidades técnicas dos jovens. O programa de estágio da Monsanto permite aos estagiários conhecerem todos os seus processos, participa-rem das reuniões, entenderem as me-tas da empresa e da área em que atuam e perceberem qual será a fi nalidade do seu produto fi nal. “O grande diferencial é permitir ao estagiário saber o porquê, para que e qual será o resultado do tra-balho que está realizando”, comenta.Por meio desses recursos, a Monsanto busca atingir os objetivos de seu pro-

MÉT

OD

O E

NG

ENH

ARI

A

MO

NSA

NTO

financeira, canteiro de obras, arquitetura e projetos, suprimentos,

grama de estágio, que é proporcionar renovação organizacional e estimular a diversidade, criar fontes permanentes

Presença no prêmio: 2007 2008Atividade: agrícolaCidade: São Paulo/SPFundação: 1901Número de estagiários: 89Áreas de atuação dos estagiários: diversas áreasMédia da bolsa-auxílio: R$ 1.059Outros benefícios: assistência médica e odontológica, vale-re-feição, restaurante no local, vale transporte, ônibus fretado e uma bolsa-auxílio extra, dependendo do desempenho do estagiário

de candidatos com alto potencial para suprir suas necessidades, estimular re-lacionamento com as universidades, capacitar e desenvolver futuros profi s-sionais alinhados à cul-tura e compromissos da empresa.

maior parte subsidiada pela organi-zação. “Queremos suprir uma lacuna deixada pelas instituições de ensino que oferecem qualifi cação técnica, mas não estimulam o estudante a ter essa múltipla visão, de ser humano, de se colocar como agente de trans-formação”, destaca Roberto Mingro-ni, gerente de RH Estratégico. “Com essa proposta, temos recrutado gente

muito boa e registrado baixo índice de evasão”, completa. Em 2007, cerca de 50% dos estagiários, na maioria de engenharia e arquitetura, foram efetivados.

Page 50: Revista Agitação n º 84 - CIEE

40 MELHORES PARA ESTAGIAR

50 Agitação nov/dez 2008

Fundada em Genebra, na Suíça, há 38 anos, a Mediterranean Shipping está no Brasil há 11 anos. Sediada em Santos, a empresa conta atualmente com mais de 500 funcionários e 40 estagiários nos dez escritórios espa-

MSC

Presença no prêmio: 2008Atividade: agenciamento marítimoCidade: Santos / SPFundação: 1970Número de estagiários: 40Áreas de atuação dos estagiários: comercial, finanças,

administração de empresas, recursos humanos, tecnologia da informação, desenvolvimento e marketing

Média da bolsa-auxílio: R$ 887Outros benefícios: vale-transporte, vale-refeição, assistência médica e odontológica

NEX

TEL

TELE

COM

UN

ICA

ÇÕES

Na Nextel Telecomunicações, como em todas as empresas de tecnologia, a juventude é muito bem-vinda, princi-palmente se tiver competências como facilidade para lidar com mudanças, comprometimento com o que se pro-põe a fazer, inglês de nível intermediá-rio e foco em qualidade. A bolsa-auxílio é atraente e a cada um dos estagiários a empresa oferece um aparelho Nextel. “Outro diferencial, é que os estudantes têm projetos próprios e são respon-sáveis por eles”, diz Renata Gonçalves Kormann, analista de RH. Para ela, esse é fator motivador. Assim como os funcionários, eles são avaliados a cada semestre e participam de treinamentos personalizados, in-dicados pelos gestores, à medida que surge a necessidade. Criado há 11 anos,

Presença no prêmio: 2008Atividade: telecomunicaçõesCidade: São Paulo/SPFundação: 1997 Número de estagiários: 69 (Brasil)Áreas de atuação de estagiários: engenharia, tecnologia da informação, recursos humanos, marketing, finanças, jurídica, entre outrasMédia da bolsa-auxílio: R$ 1.090 Outros benefícios: vale-transporte, vale-refeição, assistência médica, seguro de vida e equipamento Nextel subsidiado pela empresa

lhados em 11 portos brasileiros. O programa de estágio teve início há dois anos e é realizado em parceria com o CIEE.Engajamento, adaptação e cresci-mento são palavras que devem estar

no dicionário dos candidatos às va-gas de estágio. “Queremos jovens que se adaptem à nossa fi losofi a, prezem o crescimento profi ssional e sejam engajados em suas atividades”, re-vela José Francisco da Silva, diretor

de Recursos Humanos. Outros pontos, não menos importan-tes, são proatividade, dinamis-mo, conhecimentos culturais e visão empreendedora.Com 90% de efetivação, a empre-sa de agenciamento marítimo tem

seus estagiários nas mais diversas áreas e preza pela qualidade do programa, porque, para ela, é a lapidação de no-vos diamantes que está sendo feita. “A importância de termos um programa de estágio é poder formar novos profi s-sionais sem vícios”, comenta Maurício Edson Caetano, psicólogo da MSC.

o Programa de Estágios da Nextel está em vias de aprimoramento. “A empresa pretende rever o sistema de avaliação de desempenho, o plano de desenvolvi-mento dos estagiários, e estabelecer da-tas anuais específi cas para fazer triagem de novos candidatos”, adianta Renata,

para quem a classifi cação no Prêmio As Melhores Empresas para Estagiar dará mais visibilidade ao programa e contri-buirá para atrair mais talentos.

Page 51: Revista Agitação n º 84 - CIEE

51Agitaçãonov/dez 2008

PAN

DU

RATA

ALI

MEN

TOS

Paixão em fazer o que tem de ser fei-to. Essa frase resume a fi losofi a da Pandurata Alimentos, indústria ali-mentícia fabricante de mais de cem produtos, entre eles o tradicional panetone Bauducco. Esse conceito também é disseminado para os esta-giários, que contribuem com idéias

PRA

IAM

AR

SHO

PPIN

G

O trabalho de auditoria e consultoria do Praiamar Shopping, do grupo Miramar Empreendimentos Imobiliários, não seria o mesmo sem o apoio dos estagiários. “Por uma questão social, abraçamos os alunos do ensino médio, pois, além de muita vonta-de de aprender, pela idade e sem experiência, não conseguiriam co-locação fácil no mercado”, diz Priscilla Nascimento das Mercês, supervisora da Auditoria e responsável pela seleção e acompanhamento dos estagiários. Ao todo, são 26 estudantes: 90% do ensino médio e os demais do curso de Admi-nistração de Empresas, de nível técnico e superior. Além de ajudar os jovens no seu primeiro contato com o ambiente

Presença no prêmio: 2006 2008Atividade: lazer e entretenimentoCidade: Santos/SPFundação: 2001 Número de estagiários: 26Áreas de atuação dos estagiários: auditoriaMédia da bolsa-auxílio: R$ 500 Outros benefícios: folga e feriado remunerado, cesta de Natal, cursos de capacitação e treinamentos

Presença no prêmio: 2006 2007 2008Atividade: indústria alimentíciaCidade: Guarulhos/SPFundação: 1952Número de estagiários: 84Áreas de atuação dos estagiários: fabril, administrativa, logística, pesquisa e desenvolvimento de novos produtosMédia de bolsa-auxílio: R$ 1.155 a R$ 1.470Outros benefícios: vale-alimentação, vale-refeição, assistência médica e gratificação (13ª bolsa-auxílio)

empresarial, o shopping valoriza aque-les que se destacam e os efetiva na audi-toria, quando possível, ou em empresas

do grupo. “Hoje, cerca de 50% deles acabam fazendo curso técnico ou superior de Administração de Em-

diz Célia Cristiane Granata, chefe de Recursos Humanos. Considerando essas características do segmento, levam vantagem nos pro-cessos seletivos para estágio, além do conhecimento acadêmico, candidatos com espírito empreendedor, capacida-de de lidar com a diversidade de fun-ções e, em algumas áreas, ainda, são importantes conhecimentos do idio-ma inglês e espanhol. Atualmente, os cem estagiários da empresa atuam na fábrica, como os de engenharias – de Alimentos, de Produção, Mecânica, Elétrica e Eletrônica – e nas áreas admi-nistrativas, como Ciências Contábeis, Mar keting e Logística.

para a renovação natural da empresa, cujos produtos também são exporta-dos para países da América Latina, Ásia e Europa. É nessa força jovem que a Pandurata investe, há 20 anos, para formar seus futuros gestores. “No mercado de varejo, tudo aconte-ce de forma muito rápida e intensa”,

presas para continuar na organização”, afi rma Priscilla. O bom desempenho extrapola o estágio. Por isso, as notas e a freqüência escolar dos estagiários são acompanhadas pela supervisora como forma de incentivar a continuidade dos estudos.

Page 52: Revista Agitação n º 84 - CIEE

40 MELHORES PARA ESTAGIAR

52 Agitação nov/dez 2008

PREF

EITU

RA D

E BO

TUC

ATU

O secretário municipal de Adminis-tração de Botucatu, Reginaldo Pa-dovani, acredita que o diferencial do estágio no órgão público é a experiên-cia de aprender com uma adminis-tração próspera e de qualidade. Ape-

PREF

EITU

RA D

E IT

UV

ERAV

A

Tendo como meta de seu programa de estágio auxiliar na formação de profi ssionais comprometidos com o ambiente organizacio-nal, a Prefeitura de Ituverava fi gura pela primeira vez na lista das melhores empresas para estagiar. “Por ser uma organização de serviço públi-co, incutimos nesses futuros profi ssionais a consciência de respon-sabilidade e respeito com a munici-palidade”, comenta Mário Takayoshi Matsubara, prefeito da cidade.Iniciado em 1993, o estágio con-ta atualmente com 60 estudantes e tem o intuito de proporcionar a vi-vência na administração pública e a conscientização de prestar serviço à comunidade, independentemente do

Presença no prêmio: 2006 2008Atividade: administração municipalCidade: Botucatu/SPFundação: 1855Número de estagiários: 150Áreas de atuação dos estagiários: diversas áreasMédia da bolsa-auxílio: R$ 400Outros benefícios: não há

sar da impossibilidade de efetivar seus estagiá rios (para ser contratado, é necessário se candidatar em concursos públicos), Padova-ni explica que órgão público tem boa visibilidade no mer-cado de trabalho e os jovens

que participam dos seus programas de estágio terminam cobiçados pelas

empresas. “Somos referên-cia pela nossa qualidade; ter estagiado na prefeitura dá um peso forte ao currículo e muitos jovens já saem daqui empregados”, afi rma.Em contrapartida, os esta-

giários contribuem muito para o de-senvolvimento do poder público, por suas idéias inovadoras, vontade de aprender e pela troca de experiências com os funcionários mais velhos. Implantado desde 2006, o estágio da prefeitura conquista pela segunda vez o prêmio as melhores empresas para es-tagiar. “É a confi rmação de que nosso trabalho está prosperando”, conclui.

Presença no prêmio: 2008Atividade: administração públicaCidade: Ituverava/SPFundação: 1885Número de estagiários: 60Áreas de atuação dos estagiários: educação, saúde, administração de empresas, finanças, bem-estar social, agricultura, jurídico e esportesMédia da bolsa-auxílio: de R$ 325 a R$ 434Outros benefícios: não há

setor em que atue. Durante o progra-ma, é priorizado o cumprimento das

leis e normas em prol da coletividade. Segundo o prefeito, o estágio auxi-lia na formação de um profi ssional competente, comprometido com seu

trabalho. “Estar presente no ranking de uma entidade idônea e transpa-rente como o CIEE nos trará grande visibilidade, além de ser o reconhe-cimento de um programa iniciado há 15 anos”, afi rma. há 15 anos”,

PREF

EITU

RA D

E BO

TUC

ATU

tração próspera e de qualidade. Ape-

Presença no prêmio: Presença no prêmio: Atividade:Cidade:Fundação: Fundação: Número de estagiários:Áreas de atuação dos estagiários: Áreas de atuação dos estagiários: Média da bolsa-auxílio:Outros benefícios:

Page 53: Revista Agitação n º 84 - CIEE

53Agitaçãonov/dez 2008

PREF

EITU

RA D

E JA

LES

“Queremos ter uma cidade intelectuali-zada e isso só pode ocorrer por meio do estudo”. Foi com essa frase que José Shi-momura, secretário de Administração de Jales, defi niu a importância de ter um programa de estágio na prefeitura. Presente pela primeira vez no ranking das melhores empresas para estagiar, a administração municipal conta com 90 estagiários de nível médio e superior. A preocupação com o programa é grande, tanto que, em parceria com a associação comercial local, a pre-feitura viabilizou cursos de ensino a distância para que os estudantes possam complementar a capacitação recebida no estágio. Além de vivenciar o dia-a-dia da ins-tituição, o jovem também pode se in-teressar em ingressar futuramente no

Presença no prêmio: 2008Atividade: administração municipalCidade: Jales/SPFundação: 1941Número de estagiários: 90Áreas de atuação dos estagiários: administração de empresas, informática, tecnologia de agronegócios, educação, pedagogia, letras, educação física, ciên-cias contábeis, serviço social, enfermagem, fisioterapia, bioquímica e farmácia Média da bolsa-auxílio: R$ 315 (ensino médio); R$ 445 (ensino superior)Outros benefícios: seguro de vida

PREF

EITU

RA D

E PA

LMIT

AL

Palmital é uma cidade com 22 mil habitantes, distante 420 quilômetros de São Paulo/SP, no noroeste paulis-ta. Esse é o lugar onde pouco mais de 600 funcionários e 70 estagiários compõem o quadro de colaborado-res da prefeitura. Figurando pela se-gunda vez na lista das melhores em-presas para estagiar, a administração municipal modifi cou seu programa de estágio durante os últimos anos. “Procuramos qualidade e isso foi possível por meio de um concurso público de ingresso do candidato e a posterior supervisão da nossa Cen-tral do Emprego”, diz o prefeito Rei-naldo Custódio da Silva.Assim que entram na capacitação, os estudantes recebem as boas-vin-das diretamente do prefeito, que faz questão de falar com eles e mostrar “o que a prefeitura exige do estudan-

Presença no prêmio: 2007 2008Atividade: administração públicaCidade: Palmital/SPFundação: 1922Número de estagiários: 70Áreas de atuação dos estagiários: pedagogia, informática, psicologia, administração, serviço social, educação física, direito, enfermagem, entre outros Média da bolsa-auxílio: R$ 207,50 (período de 4 horas)Outros benefícios: não há

te”. O programa, que conta com es-tagiários dos ensinos técnico e supe-rior, abrange vários setores e torna-se ferramenta principal dos jovens da região que desejam uma capacitação profi ssional. De acordo com o prefeito, a administração municipal tem conse-guido dar condições, apoio e oportu-nidade para os jovens, algo que o mu-

nicípio precisa. “Sempre buscamos a valorização do estagiário e temos tido novas idéias e iniciativas em relação ao estudante”, conclui o prefeito.

funcionalismo público. “Da-mos o incentivo, mas cabe somente ao jovem ler bastan-te e estudar para passar em um concurso público futuro”, revela Shimomura.

Com uma população em torno de 50 mil habitantes, Jales está localizada a 585 quilômetros da capital, no oeste paulista.

pedagogia, informática, psicologia, administração, serviço social, educação física,

R$ 207,50 (período de 4 horas) R$ 207,50 (período de 4 horas)

quilômetros da capital, no quilômetros da capital, no oeste paulista.

Page 54: Revista Agitação n º 84 - CIEE

40 MELHORES PARA ESTAGIAR

54 Agitação nov/dez 2008

PREF

EITU

RA D

E RE

GIN

ÓPO

LIS

A base econômica da pacata Reginó-polis – localizada a aproximadamente 65 quilômetros de Bauru/SP e com uma população aproximada de cin-co mil habitantes – gira em torno da agricultura, como plantação de cana-de-açúcar e laranja, e da agropecuária. Dentro desse cenário, o estágio na pre-feitura tem funcionado como um alento para formação profi ssional e social das

Conhecida como a Manchester Pau-lista, por ter se tornado um pólo industrial têxtil em 1875, Sorocaba atualmente abre suas portas para 114 estagiários. “Buscamos a inserção no mercado de trabalho dos estudantes de baixa renda, garantindo uma bol-sa-auxílio como fonte de receita para cobrir as despesas escolares, possibi-litando a continuidade dos estudos”, afi rma Rodrigo Moreno, secretário de Recursos Humanos de Sorocaba. Por meio do programa Emprego Jo-vem, a prefeitura busca descobrir no-vos talentos e colocá-los, já prepara-dos, no mercado de trabalho, além de formar cidadãos mais conscientes. A iniciativa da administração munici-pal, ao abrir suas portas para melho-rar a empregabilidade e a preparação de seus jovens para o mercado de tra-PR

EFEI

TURA

DE

SORO

CA

BA

Presença no prêmio: 2007 2008Atividade: administração públicaCidade: Sorocaba / SPFundação: 1954Número de estagiários: 114Áreas de atuação dos estagiários: áreas administrativas Média da bolsa-auxílio: R$ 210 (ensino médio); R$ 280 (ensino superior)Outros benefícios: vale-transporte

futuras gerações, que acabam alçando vôos para outras cidades maiores, am-bicionando melhores oportunidades. “No estágio, eles adquirem experiência, fazem amizades, mudam comporta-mentos e ainda escolhem a profi ssão que desejam seguir, no caso dos estu-dantes do ensino médio”, destaca Vilma Custódio,

coordenadora do Programa de Está-gio. Dele participam 48 estudantes, a maioria de ensino médio, seguidos por alunos do técnico profi ssionalizante e ensino superior. Eles são provenientes

de instituições de cidades próximas, como Lins, Ca-felândia e Bauru, além do Centro Paula Souza, que tem uma unidade em Re-ginópolis. Os estagiários da prefeitura também par-

ticipam de ofi cinas sobre temas com-portamentais ministradas pelo CIEE, fazem visitas culturais e são orientados para participar de cursos que possam agregar pontos no currículo. “A gente faz o melhor que pode, pois desejamos que, ao terminar o estágio, eles saiam preparados para enfrentar o mercado”, acrescenta Vilma.

balho, já benefi ciou mais de 150 es-tudantes. “Procuramos proporcionar aos estagiários a vivência das relações profi ssionais sempre sob supervisão, estimulando a vocação para o estudo e ajudando-os a perceber a fi nalidade do aprendizado”, afi rma. Figurar entre as 50 melhores empre-sas para estagiar foi motivo de orgu-

lho para a autarquia. “Isso mostra que estamos no caminho certo, fazendo o nosso papel junto à sociedade.”

áreas administrativas R$ 210 (ensino médio); R$ 280 (ensino superior)

nosso papel junto à sociedade.”

Presença no prêmio: 2008Atividade: administração municipalCidade: Reginópolis/SPFundação: 1948Número de estagiários: 48Áreas de atuação dos estagiários: diversas áreasMédia da bolsa-auxílio: de R$ 150 a R$ 300Outros benefícios: não há

Page 55: Revista Agitação n º 84 - CIEE

55Agitaçãonov/dez 2008

Na Rockwell Automation do Brasil, o programa de estágio tem o objetivo de qualifi car futuros líderes. Para al-cançar essa meta, a empresa oferece aos estudantes a chance de aprende-rem com profi ssionais qualifi cados, que durante o período de capacita-ção dividem com os jovens sua expe-riência profi ssional e proporcionam um feedback, ajudando-os a superar suas limitações. “Entendemos que o estagiário necessita de gestão”, expli-ca Maria Silva Camargo de Carvalho, coordenadora de Treinamento e De-senvolvimento da Rockwell.Objetivando formar profi ssionais de sucesso, periodicamente os estudantes de engenharia, que durante seu período de capacitação na Rockwell demonstra-rem inclinação para vendas, recebem no fi nal do estágio a oportunidade de RO

CK

WEL

L SE

BRA

E-SP

No Sebrae-SP, os estagiários não po-dem ser efetivados automaticamente, sem passar por um processo de se-leção pública. Essa realidade, no en-tanto, não é capaz de desmotivar os mais de cem jovens que participam do programa no órgão pertencen-te ao Sistema S. “Apesar disso, esses estudantes nos colocaram mais uma vez entre as melhores empresas para estagiar”, comemora Solange Silveira dos Santos, gerente de Gestão de Pes-soas da organização.Por ser apoiadora das micro e peque-nas empresas, o Sebrae-SP investe na formação dos jovens para esse merca-do. Não é incomum estagiários saírem da organização para abrir seu próprio negócio ou tocar a empresa da família. “Eles começam a olhar o empreendedo-rismo de outra maneira”, diz Solange.

Presença no prêmio: 2006 2007 2008Atividade: agência de desenvolvimentoCidade: São Paulo/SPFundação: 1972Número de estagiários: 137Áreas de atuação dos estagiários: administração, contabilida-de, direito, economia, pedagogia, serviço social, entre outrasMédia da bolsa-auxílio: R$ 500 (ensino médio) a R$ 1.150 (superior)Outros benefícios: vale-transporte, vale-reifeição, assistência médica e odontológica

participar de um processo seletivo para uma vaga de trainee em Milwaukee, ci-dade norte-americana, onde se localiza a matriz da empresa.

Há 106 anos no mercado, a Rockwell oferece soluções de informação e con-trole de automação industrial, atenden-do clientes em mais de 80 países. Para Mariana, ser uma das melhores empre-sas para estagiar é fruto de um trabalho árduo. “É o reconhecimento de que es-tamos no caminho certo”, diz.

Presença no prêmio: 2008Atividade: automação industrialCidade: São Paulo/SPFundação: 1906 (EUA)Número de estagiários: 43Áreas de atuação dos estagiários: diversas áreasMédia da bolsa-auxílio: R$ 1.400Outros benefícios: vale-refeição, assistência médica e odontológica, ônibus fretado ou da própria empresa, vale-transporte, bônus de final de ano e recesso de dez dias

árduo. “É o reconhecimento de que es-árduo. “É o reconhecimento de que es-tamos no caminho certo”, diz.

vale-refeição, assistência médica e odontológica, ônibus fretado ou da própria empresa, vale-transporte, bônus de final de

O Sebrae-SP conta com 137 vagas aprovadas para estágio em diversas áreas, como administração de em-presas, contabilidade, direito, econo-mia, pedagogia, serviço social, pu-blicidade, jornalismo, entre outras. Estudantes do ensino médio recebem

500 reais de bolsa-auxílio. Para os de nível superior, o valor é de 990 reais a 1.150 reais.

Page 56: Revista Agitação n º 84 - CIEE

40 MELHORES PARA ESTAGIAR

56 Agitação nov/dez 2008

SIEM

ENS

Com mais de 100 anos de atuação no país, a Siemens conta com um quadro de colaboradores que envolve 10.471 funcionários e 300 estagiários. Lau-reada com alguns dos mais respeitá-veis prêmios de Recursos Humanos, a empresa fi gura pela primeira vez na lista das melhores empresas para estagiar. “Isso é de extrema impor-

Presença no prêmio: 2008Atividade: eletroeletrônica

Cidade: São Paulo/SPFundação: 1905 (Brasil) e 1847 (Alemanha)Número de estagiários: 300Áreas de atuação dos estagiários: diversas áreas Média da bolsa-auxílio: R$ 778,80 (4 horas/dia), R$ 1.168,20 (6 horas/dia) e R$ 1.593,00 (8 horas/dia)

Outros benefícios: seguro de vida, ônibus fretado ou estacionamento, assistência médica e odontológica,

restaurante na empresa, recesso coletivo

TOK

IO M

ARI

NE

Respeito ao ser humano e uma política de benefícios arrojada são alguns dos diferenciais do programa de estágio da Tokio Marine, subsidiária da Tokio Marine & Nichido Fire Insurance, do grupo Millea Holdings, um dos mais antigos conglomerados securitários do Japão. A empresa, que fi gurou en-tre as melhores empresas para estagiar na edição passada, viu no prêmio um motivador para introduzir melhorias em seu programa, cujo índice de efe-tivação está próximo de 100%. “Agora, o estagiário pode ser candidato a ou-tras vagas dentro da companhia e mi-grar para a mesma como estagiário ou efetivado”, diz Davi de Souza Pereira, coordenador de Recursos Humanos.Um dos pontos fortes, ainda, do pro-grama de estágio da seguradora, é a

tância para nós, pois maximiza o in-teresse dos estudantes em estagiar na Siemens”, comenta Sylmara Requena, diretora de Recursos Humanos de Desenvolvimento e Performance.O programa de estágio da companhia é antigo, mas sempre reformulado, procurando a melhoria e a melhor estrutura para o estudante. Nos úl-

timos quatro anos, a efetivação teve uma média de 82%, ressaltando o perfi l da Siemens de procurar no es-tagiário um rápido desenvolvimento. Prova disso, é o fato de o atual pre-sidente ter começado suas atividades corporativas como estagiário. “Bus-camos os jovens com potencial para prepará-los para ocuparem diversas posições na organização, sempre proporcionando a aplicação do con-teúdo teórico absorvido na universi-dade em seu dia-a-dia”, revela. A Siemens conta com 15 fábricas no Brasil, oito centros de pesquisa e desenvolvimento, 12 escritórios de vendas e serviços, além de represen-tações no exterior. Tem produtos nas seguintes áreas: industrial, energia e soluções médicas.

presença do gestor no desenvolvimen-to dos estagiários com o acompanha-mento da área de Recursos Humanos. “O nosso objetivo é sempre reforçar o programa de talentos e blindar nossos estagiários”, brinca Pereira, referindo-

se ao assédio desses jovens pelas em-presas concorrentes.

Presença no prêmio: 2007 2008Atividade: segurosCidade: São PauloFundação: 1887 (Japão)Número de estagiários: 90Áreas de atuação dos estagiários: atendimento aos clientes, controle de processos, desenvolvimento de projetos, entre outrasMédia da bolsa-auxílio: R$ 1.038,20 Outros benefícios: vale-transporte, vale-refeição, cesta básica, assistência médica, assistência odontológica e gratificação

presas concorrentes.

2008

Page 57: Revista Agitação n º 84 - CIEE

57Agitaçãonov/dez 2008

VEN

TURU

S

Efetivação de 100% dos estagiários. Esse é o índice que tem sido cumpri-do pela Venturus Centro de Inovação Tecnológica – instituto sem fi ns lucra-tivos que desenvolve soft ware para os setores de telecomunicação fi xa e mó-vel, Tecnologia da Informação (TI) e automação – como uma das estratégias para reter os talentos nos quais inves-te em seu programa de estágio. O ob-jetivo é qualifi car a mão-de-obra para competir com países como China e Índia, considerando que há escassez no segmento de TI. “Como a área é pro-missora, o estagiário, além de querer ter contato com novas tecnologias, tem grande ansiedade em ser efetivado”, diz Alexandre Pavilanis, gerente de Desen-volvimento Organizacional.Características que contam pontos no momento da seleção são a facilidade de trabalhar em equipe – porque o

Presença no prêmio: 2008Atividade: pesquisa e desenvolvimento na área de softwareCidade: Campinas/SPFundação: 1995Número de estagiários: 38Áreas de atuação dos estagiários: desenvolvimento de software, recursos humanos, financeira e administrativaMédia de bolsa-auxílio: R$ 1.323,76Outros benefícios: vale-refeição, vale-transporte, recesso, assistência médica, assistência odontológica e gratificação (13ª bolsa-auxílio)

VIC

UN

HA

TÊX

TIL

Atualmente com 11 mil funcionários, a Vicunha Têxtil é uma das maiores empresas do merca-do e abre suas portas para estudantes que querem se tor-nar o alicerce da companhia. “Eles serão a base da nossa es-trutura, trazendo renovação de informações e questionamentos”, afi rma Reinaldo Kröger, diretor su-perintendente. A empresa acredita que a troca de informações entre estagiários e fun-cionários é um estímulo para ambos. “Os jovens começam a questionar o tempo todo, tornando-se a mas-sa crítica da companhia e fazendo, assim, a Vicunha crescer”, avalia. A preocupação com o jovem é grande, tanto que são promovidos encontros semestrais entre estagiários do Su-

Presença no prêmio: 2008Atividade: têxtilCidade: São Paulo/SPFundação: 1967Número de estagiários: 84Áreas de atuação dos estagiários: administração de empresas, ciências contábeis, engenharia de computação, comércio exterior, direito, moda, comunicação social e serviço social (ensino superior); edificações, quí-mica, segurança do trabalho, têxtil e telecomunicações (ensino técnico) Média da bolsa-auxílio: R$ 1.170Outros benefícios: vale-transporte, vale-refeição, assistência médica e seguro de vida

deste e Nordeste. “Tratamos o nosso estagiário como nosso fi lho e, por isso, pensamos sempre na melhor forma de lidar com eles”, comenta. Na Vicunha, o estagiário tem a oportunidade de conhecer

novas cidades e, futuramente, até es-tagiar em fi liais na América Latina. “Brevemente vamos abrir oportuni-dades para outros lugares e, assim, dar novas chances ao estudante, pois queremos formar bons profi ssionais para o futuro”, fi naliza.

desenvolvimento de software,

vale-refeição, vale-transporte, recesso, assistência médica, assistência odontológica e gratificação (13ª bolsa-auxílio)

aprendizado e o resultado dependem do grupo –, conhecimentos técnicos e fl uência no inglês. Segundo Pavi-lanis, o investimento é válido, pois os jovens aprendem rápido, têm a mente aberta e contribuem com boas idéias, compatíveis com a velocidade da atualização tecnológica. Em 2008, a

Venturus também foi classifi cada entre as melhores empresas de TI e Telecom para se trabalhar, concedida pelo Great Place To Work/ Revista Época.

Page 58: Revista Agitação n º 84 - CIEE

58 Agitação nov/dez 2008

AÇÃO SOCIAL

Paulo Nathanael Pereira de Souza

58

ANÁLISE

PAULO NATHANAEL PEREIRA DE SOUZA É DOUTOR EM EDUCAÇÃO, PRESIDENTE DO CONSELHO DIRETOR DO CIEE NACIONAL E DO

Vinte anos para uma Constituição é quase nada: a do Império brasileiro vigeu por longos 67 anos (de 1824 a 1891) e a norte-americana vem cum-prindo seu papel desde o século 18. Embora ainda menina, a Constituição de 1988 já apresenta inequívocos sinais de senilidade. Isso porque o seu texto abriga muitas ambigüida-des, que dificultam a sua aplicação. O presidente José Sarney referiu-se a ela como uma das causas das di-ficuldades que teve para governar o Brasil. Na verdade, nas urgên-cias mudancistas, que o processo de desenvolvimento exige para se instalar plenamente, ela não tem ajudado muito, eis que, mais vol-tada para o passado, não consegue viabilizar o futuro.O saudoso Ulysses Guimarães que presidiu a sua feitura e a chamou de “cidadã” no dia de sua promulgação, incorreu em grave equívoco, pois o

Os 20 anos de uma Constituição

“promessismo”, que dela decorre, contempla de preferência aspectos beneficentes, com a infinitude dos direitos que consagrou, mas que não pôde efetivar porque não cuidou dos meios – notadamente, os econômicos – para assegurá-los na prática. Trata-se de um belo discurso inspirado na justiça social, mas sem previsão de instrumentos apropriados para a efe-tivar, no dia-a-dia dos necessitados. Tanto que a grande e básica injusti-ça para com a pobreza, que vive das migalhas caídas da mesa dos concen-tradores de renda – que são poucos e insaciáveis no seu pantagruélico apetite –, continua imperturbável e, como dizia aquele eletricista filólogo que foi ministro, imexível. Mas a que se pode atribuir esses de-feitos todos, que não raro colocam em posições antepostas o discurso constitucional e a realidade brasilei-ra? Vamos a um rápido balanço de alguns desses fatores:

a. A origem da Carta, que não nas-ceu de uma Constituinte pura, eleita para esse fim, e, sim, de um Congres-so Constituinte, onde se aninhavam corporativamente todas as vantagens de suas excelências, os deputados e senadores;b. A alienação da maioria dos cons-tituintes, que ignoraram o fato de o socialismo real estar em agonia – na-

queles anos 80, de queda do muro de Berlim e da derrocada da União Soviética – e continuaram com sua teimosia em apostar nos apelos do esquerdismo na solução dos proble-mas do dia-a-dia, continuaria, in-tacta, apesar do que ocorria debai-xo de seus narizes. Daí que, embora falassem no preâmbulo da Carta em constituir uma democracia, na ver-dade temperavam o texto da mesma com uma acentuada preferência pelo estatismo controlador da economia e dos projetos sociais, assim como pelo populismo, como opção para a ação político-partidária;c. Há que destacar, também, o con-flito entre parlamentarismo e presi-dencialismo. Todos imaginavam que o Brasil seria parlamentarista e es-truturaram a Constituição para esse fim. Contudo, venceu a preferência pelo presidencialismo – houve até um inoportuno plebiscito para ajudar nessa opção – e a Carta não foi ajus-tada (apesar de dezenas de emendas posteriores) a esses novos parâme-tros, o que criou a extravagância de

Todos imaginavam que o Brasil seria parlamentarista, mas ganhou o

presidencialismo e a Carta não foi ajustada.

Sarney referiu-se à Constituição como

uma das causas das dificuldades

de governar.

Page 59: Revista Agitação n º 84 - CIEE

59Agitaçãonov/dez 2008

59CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO CIEE/SP E PRESIDENTE DA ACADEMIA CRISTÃ DE LETRAS (ACL).

conviverem ambos os regimes: um no texto constitucional e outro no prag-matismo governativo do cotidiano;d. Não fi ca muito clara a opção fi lo-sófi ca pela iniciativa privada e o res-peito à propriedade individual, face às tendências socialistas na direção do uso comum da propriedade, com vistas a uma utópica erradicação da pobreza, mediante o intervencionis-mo estatal permanente. Porque, no resto do articulado da Carta e nas medidas do dia-a-dia do governo, o que ocorre é o direito individual ce-der passo sistematicamente ao cole-tivo. O governo presidencialista, no plano legal, desde muito atropela os outros poderes, para executar os seus desígnios, ainda que por meios duvi-dosos, como as medidas provisórias, e, no plano social e econômico, arro-ga-se o papel de agente principal nas ações, com prejuízo para o fazer da sociedade, que parece existir apenas como fonte pagadora de tributos.Como se vê, não há muito a come-morar nessa vintena de anos, que as-sinala o funcionamento da Carta de 1988, sem embargo de dever ser-lhe creditado o fato de, no decorrer desse período, o Brasil ter podido consoli-dar a paz social e política de que ora desfruta. O ideal seria fazer-se uma análise crítica de seus artigos e capí-tulos, o que se torna impossível num artigo como este. Quiçá, futuramen-te, o tema venha a se desdobrar em obra mais ampla, capaz de mostrar, com maior abundância de detalhes, o que vem depondo contra a esperada efi ciência da atual Constituição. Por enquanto, há que fi car nessas gene-ralidades. E nem será bom apagar ve-linhas e cantar parabéns.

Um tanto fi el à vocação dos povos latinos, que tendem a acreditar que novas leis têm o condão de solu-cionar problemas antigos, o Brasil já está na sua sétima Constituição Fede-ral – um alentado catálogo de normas e posturas estabelecidas e descartadas ao longo de meros 184 anos. Meros em relação, por exemplo, à Magna Carta que rege a Inglaterra desde que foi assinada, em 15 de junho de 1215. Nossa Constituição vigente chega aos 20 anos como alvo de sérias críticas e restrições, tanto pela imensidão de assuntos que pretende disciplinar, quanto pela forte incompatibilidade entre os direitos que consagra e os re-cursos para atendê-los. Por causa dis-so, não será temeridade esperar pela oitava, dentro de mais alguns anos. A história das Constituições brasi-leiras começa em 1824, quando D. Pedro I, utilizando-se dos poderes de imperador, proclamou o pri-meiro conjunto de leis tupiniquins, após ter dissolvido a Assembléia Constituinte de 1823. A Carta insti-tuía a religião católica como ofi cial do Império, restringindo as outras ao culto doméstico. Em 1891, logo após as lutas pela Proclamação da República, os latifundiários e gran-des proprietários de terra impuse-ram uma nova Constituição, com a intenção de facilitar o controle do Estado. Surgia, então, a política das oligarquias, baseada no poder eco-nômico proveniente da cultura do café. A Constituição de 1891 conso-

Após sete Constituições, não será surpresa uma nova legislação nos próximos anos.

lidou a separação dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.Em 1932, o Brasil viveu a Revolução Constitucionalista, iniciada em São Paulo. Apesar da derrota dos paulistas, o governo provisório de Getúlio Var-gas proclamou, em 1934, a nova Carta Magna, criando uma série de direitos jurídicos como as emendas à própria lei e o mandado de segurança. Três anos depois, com o golpe de Vargas e a institucionalização do Estado Novo, a Constituição de 1937 cassa direitos individuais. A escolha dos prefeitos passa a ser dos governadores.Com o fi m da era Vargas e a redemo-cratização do país, fazia-se necessária nova mudança na Carta. Foi promul-gada, então, a Constituição de 1946, na qual se reduziam os poderes do Exe-cutivo. Em mais uma ruptura política, durante a ditadura militar, o governo viu-se obrigado a criar leis com instru-mentos de controle. À Constituição de 1967 veio ainda uma série de emen-das, como o Ato Institucional nº 5, que restringia as liberdades individuais. A Carta vingou até 1988, quando os deputados constituintes fi rmaram a Constituição da Nova República, para marcar o processo de redemocratiza-ção do país, após 20 anos de ditadura.

Uma história de leis e rupturas

ARQU

IVO

DA C

ÂMAR

A DO

S DE

PUTA

DOS

Page 60: Revista Agitação n º 84 - CIEE

60 Agitação nov/dez 2008

Ajuda na monografia

G E R A I S

O site Universia oferece um tuto-rial com as principais instruções de como montar corretamente a estru-tura de uma monografia acadêmica e as formatações necessárias, de acordo com as normas da Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Esse padrão é exigido em todas as apresentações de traba-lhos acadêmicos, o que torna o manual útil para pesquisadores e

estudantes, principalmente os que estão na fase do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Para acessar o tutorial, o endere-ço é: www.universia.com.br:80/materia/img/tutoriais/monografias/01.jsp.

Um estudo publicado em The British Journal of Psychiatry alerta para uma “silenciosa epidemia de demência” que poderá atingir o Reino Unido,

devido ao abusivo consumo de álcool. Os psiquiatras Dusham Gupta e James Warner afirmam que a bebida pode causar a perda de tecido

cerebral, o que, com o tempo, prejudicaria as faculdades mentais. Para Gupta e Warner, visto os efeitos neurotóxicos do álcool e o

aumento no consumo, as gerações futuras terão de lidar com um número elevado de casos de demência.

Ajuda na monografia

Recorde desagradável

RELAÇÃO ÁLCOOL E CÉREBRO

Com 27 milhões de quilômetros quadrados, o buraco da camada de ozônio sobre a Antártida atingiu a quinta maior extensão da história. Segundo o cientista Paul Newman, da NASA (agência aeroespacial norte-americana), apesar desse recorde, o buraco é “moderadamente grande”. De acordo com o pesquisador, a quantidade de substâncias que destroem o ozônio diminuiu 3,8% desde os níveis máximos al-cançados em 2000. Em 2006, foi registrado o maior buraco na cama-da de ozônio, que chegou a 29,5 milhões de quilômetros quadrados, também na Antártida. Essas aberturas facilitam a entrada dos raios ultravioleta, responsáveis pelo câncer de pele, entre outros males.

Mãe antes dos 20Dados reunidos pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) revelam que 25% das adolescentes da Amé-rica Latina foram mães antes dos 20 anos. Jorge Rodríguez, sociólogo e demógrafo, explica que esse número foi influencia-do principalmente pelos altos índices de gravidez na adoles-cência no Brasil e na Colômbia. Na opinião da Cepal, essa reali-dade deve-se à falta de progra-mas de educação sexual e de políticas públicas de saúde para responder ao início, cada vez mais precoce, da vida sexual.

Page 61: Revista Agitação n º 84 - CIEE

61Agitaçãonov/dez 2008

Encorajar o acesso a sites de relacionamento (como o Orkut e Facebook) no trabalho é bom para as empresas, segundo estudo divulgado na Inglater-ra. Peter Bradwell, responsável pela pesquisa, afirmou que o uso de redes sociais no am-biente corporativo aproxima funcionários e clientes, algo positivo para a empresa. Para ele, as companhias deveriam substituir os sistemas especí-ficos de compartilhamento de informação pelos sites de re-lacionamento, o que contribui para a produtividade, inovação e o trabalho democrático. Po-rém, o autor destaca a impor-tância de estabelecer limites, fixando prazos para o acesso a esses sites, por exemplo.

Cientistas japoneses produziram clones saudáveis utilizando DNA de um camundongo congelado há 16 anos. Para atingir o objetivo, os cientistas criaram uma linhagem de células-tronco embrionárias, utilizando os núcleos de células do animal mor-to, transferindo-os para óvulos novos. Só após reproduzir as células de maneira estável, os núcleos foram transferidos para outros óvulos, que finalmente geraram os clones, paridos por uma mãe de aluguel. Os camundongos nasceram idênticos ao animal congelado. O sucesso dessa experiência sugere a possibilidade de os cientistas “ressuscitarem” animais extin-tos, como o mamute.

A internet está alterando a maneira de funcionamento do cérebro. Essa conclusão está no estudo produzido pelo neurocientista da Universidade

Clone de roedor congelado

MUDANÇAS DA ERA DIGITAL

Cientistas japoneses produziram clones saudáveis utilizando DNA de um camundongo congelado há 16 anos. Para atingir o objetivo, os cientistas criaram uma linhagem de células-tronco embrionárias, utilizando os núcleos de células do animal mor-to, transferindo-os para óvulos novos. Só após reproduzir as células de maneira estável, os núcleos foram transferidos para outros óvulos, que finalmente geraram os clones, paridos por uma mãe de aluguel. Os camundongos nasceram idênticos ao animal congelado. O sucesso dessa experiência sugere a possibilidade de os cientistas “ressuscitarem” animais extin-tos, como o mamute.

Clone de roedor congeClone de roedor conge

da Califórnia, Gary Small, especialis-ta em função cerebral. Segundo o neurologista, essa mudança evoluti-va coloca o internauta em uma nova

ordem social. Mesmo acele-rando a aprendizagem e de-senvolvendo a criatividade, a internet pode gerar problemas como a criação de amizades exclusivamente virtuais e o au-mento de Distúrbios do Déficit de Atenção (DDA). Para Small, as pessoas beneficiadas com esse processo serão as que conseguirem aliar habilidades tecnológicas e sociais.

Redes sociais a favor da empresa

Escrito há 1.600 anos, Filogelos é um dos livros de piadas mais antigos do mundo. Feito pelos gregos Hiérocles e Filagrius, a obra reúne 256 anedotas, divididas em temas como sexo, pessoas atrapa-lhadas, mulheres rabugentas e flatulências. Aliás, interessante notar uma série de piadas sobre alface, que segundo os gregos possuía propriedades afrodisíacas. Datado no século 4, o livro recentemente ganhou uma versão digital, editado por ingleses.

PIADAS DE GREGO

Page 62: Revista Agitação n º 84 - CIEE

62 Agitação nov/dez 2008

PRÊMIO

Uma celebração à língua portugue-sa. Esse foi o espírito da cerimônia de premiação da 12ª edição do título Pro-fessor Emérito – Troféu Guerreiro da Educação, uma parceria do CIEE com o jornal o Estado de S.Paulo, que neste ano coube ao pernambucano, radicado no Rio de Janeiro, Evanildo Bechara, um dos maiores fi lólogos brasileiros. Quinto ocupante da cadeira de núme-ro 33 da Academia Brasileira de Letras (ABL), foi escolhido a par-tir de 500 indicações de reitores, profes-sores universitários,

Em defesa da língua portuguesaEvanildo Bechara recebe o título de Professor Emérito 2008 – Troféu Guerreiro da Educação pelos mais de 60 anos dedicados ao ensino da língua portuguesa.

empresários, acadêmicos e conselhei-ros do CIEE. “Essa homenagem me dá a certeza de que valeu a pena o esforço que fi z com a nobre missão de ensinar, por mais de 60 anos”, disse Bechara, durante discurso na cerimônia, no Tea-tro CIEE, em 15 de outubro, Dia do Professor. Ele chamou a atenção para a importância do idioma como veículo de integração dos povos e uma das cau-sas da unidade territorial e cultural do

Brasil. Por isso, sua defesa em favor da unifi cação ortográfi ca da lín-

gua portuguesa. “Vamos sentir os benefícios do acordo daqui a alguns anos, quando nossa língua ganhar maior espaço

no mundo”, afi rmou.Professor Emérito

2007, o jurista

Ives Gandra da Silva Martins destacou a importância da obra de Bechara, que ultrapassa fronteiras. Entre outras homenagens, o fi lólogo detém o título de professor honoris causa da Univer-sidade de Coimbra, em Portugal. “Be-chara encarna o espírito humanístico, qualidade de um educador universal, que os fi lósofos gregos já assinalavam séculos antes de Cristo”, declarou. Representando o jornal O Estado de S.Paulo, o editorialista Mauro Chaves apontou a competência do homenagea-do na preocupação com a dinâmica do ensino do português, indispensável para despertar a curiosidade nos jovens cére-bros. “O troféu é uma peça simbólica da premiação para uma vida”, enfatiza.

Mestre simbólico. O troféu Guerreiro da Educação foi entregue por Paulo Nathanael Pereira de Souza, presiden-te do Conselho de Administração do CIEE, e pelo diretor de Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo, Ricar-do Gandour. Paulo Nathanael traçou uma breve biografi a de Bechara, apre-sentando-o como “mestre símbolo do magistério brasileiro”.Para a escritora Lygia Fagundes Telles, que representou os integrantes da ABL, o fi lólogo pernambucano é um sábio, uma fi gura excepcional. Já Paulo Nogueira Neto, Professor Emérito 2005, afi rma que Bechara tem o gosto de descobrir a origem das coisas. “Essa é a base da ciên-cia; ele é um cientista da língua.”A observação derivou da explicação que Bechara deu para uma dúvida de estudiosos sobre um dos versos de Camões, em Os Lusíadas. Parte dos críticos literários acreditava na hipó-tese de erro de impressão no verso “Porque essas honras vãs, esse ouro

62 Agitação nov/dez 200nov/dez 200nov 8

Page 63: Revista Agitação n º 84 - CIEE

63Agitaçãonov/dez 2008

puro/ Verdadeiro valor não dão à gen-te”, afi rmando que faria mais sentido se fosse “ouro impuro”. No entanto, investigando as origens românicas da palavra “puro”, Bechara sentenciou que a expressão estava correta, pois signifi cava “simplesmente”, como na frase “isso é pura mentira”, e pôs fi m à discussão. “Quando o trabalho do pesquisador é reconhecido, por mais modesto que ele seja, se sente muito honrado”, declarou.Para Luiz Gonzaga Bertelli, presidente executivo do CIEE, “Bechara é uma fi gu-ra excepcional, que durante toda a vida se dedicou ao magistério e aos livros”. Foi com a Moderna Gramática Portuguesa, atualmente em sua 37ª edição, que a obra de Bechara se democratizou, chegando às salas de aula de todo o país e renovan-do o ensino da gramática. Um docente nato. Aos 80 anos, o Pro-fessor Emérito 2008 destacou-se no ensino fundamental, médio e educação superior. Por cerca de 30 anos, atuou

como professor de língua portuguesa e fi lologia românica na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a mesma onde se formou em Letras, (na época, chamava-se Faculdade La-Fayette). Também dedicou-se ao ensi-no na pós-graduação na Universidade Federal Fluminense (UFF), orientando alunos para o mestrado e doutorado. Bechara é casado com a também pro-fessora de português Marlit Silva Ca-valcante Bechara, que conheceu nos bancos escolares, ele já como educador. “Mas o reencontro e o casamento ocor-

reram anos depois”, contou a esposa.Essas coincidências marcam toda a vida do fi lólogo. Aos 12 anos, deixou sua ci-dade natal, Recife, para morar com os tios-avós, no Rio de Janeiro. Quando resolveu dar aulas de matemática para ganhar uns trocados, só conseguia alu-nos de língua portuguesa, o que o obri-gou a se dedicar mais a essa disciplina. O resultado disso? Transformou-se no maior especialista vivo da língua por-tuguesa – referência em todo o mundo lusófono (países que utilizam o portu-guês como língua ofi cial).

Ives Gandra Martins destaca lado humanístico. Lygia Fagundes Telles: um cientista da língua. Mauro Chaves: troféu para uma vida.

Paulo Nathanael (E) e Ricardo Gandour (D) entregam troféu a Bechara: Guerreiro da Educação.

A

Page 64: Revista Agitação n º 84 - CIEE

64 Agitação nov/dez 2008

LEGISLAÇÃO

A Lei 11.788/2008 não só modernizou o conceito de estágio, mas também deu nova dimensão à sua importância para a formação de capital humano de qualidade. Só que, como toda no-vidade legal que entra em vigor sem um período de transição, apanhou de surpresa empresas, órgãos públicos, instituições de ensino e os milhões de jovens envolvidos com essa salutar modalidade de preparação de futuros profi ssionais, gerando dúvidas e previ-sões alarmistas quanto às perspectivas futuras de uma das mais bem sucedi-das oportunidades de acesso do jovem ao mercado de trabalho.Com experiência de 44 anos e no papel do maior agente de integração do país, o CIEE analisou cuidadosamente o novo cenário, ouviu especialistas e to-mou pulso das intenções dos legislado-res quanto às novas normas. Concluí-do o diagnóstico e convencido de que as mudanças seriam absorvidas após um natural período de acomodação, pôs-se a campo e ofereceu todo o apoio téc-nico para auxiliar empresas, escolas, estudantes e o próprio Poder Público na implementação das novas normas. Além disso, mobilizou sua moderna estrutura de comunicação para esclare-cer dúvidas e eliminar desconfi anças.

Comunicação ágil e efi caz. Já no pri-meiro dia de vigência da lei, o CIEE abriu a Central de Atendimento Gra-tuito 0800-771-2433 para dirimir dúvi-das e, em um mês, somente esse canal contabilizava mais de 30 mil contatos.

A NOVA REGRA DO JOGOMinistério do Trabalho apóia mudanças, agiliza interpretação de cláusulas controversas e promete “fi scalização compreensiva” na fase de adaptação.

Os questionamentos mais freqüentes estão relacionados aos per-centuais de contratações de estagiários do en-sino médio por empresa e à ope-racionalização do recesso re-munerado aos jovens. Parale-lamente, pro-moveu quatro seminários em São Paulo, reu-nindo mais de três mil gestores de RH, gestores de educação, professores e advogados, que manifestaram suas dúvidas em relação a pontos pouco claros da lei e a conseqüente preocupação com a fi sca-lização, que estará a cargo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Nos três primeiros seminários, os participantes ouviram explanações de especialistas do CIEE e, na última edição, realizada em 7 de novembro, Ezequiel Sousa do Nascimento, secretário de Políticas Pú-blicas de Emprego do MTE, aceitou o convite para participar de um debate, que teve momentos bem acesos.O secretário admitiu a possibilidade de a fi scalização atuar com certo grau de tolerância durante a etapa de adaptação às novas normas, considerando o núme-ro de pessoas envolvidas e a ausência de fase de transição. “Como Lula costuma dizer, não dá para dar cavalo-de-pau em transatlântico”, exemplifi cou o se-

estão relacionados aos per-centuais de contratações de estagiários do en-sino médio por empresa e à ope-racionalização

seminários em São Paulo, reu-nindo mais de três mil gestores de RH, gestores de educação, professores e advogados,

cretário. En-tre os pontos

que têm gerado mais controvér-

sia está a limitação da carga horária em 6

horas/dia e 30 horas/semana, as cotas de vagas para defi cientes e o recesso remunerado. “A proposta era aperfeiçoar o estágio, mas alguns pontos que o texto deixa de abordar com clareza podem frear essa modalidade de capacitação do es-tudante, que funciona bem há muito tempo”, reconheceu Ezequiel.Desde que o projeto de lei entrou na pauta de votação do Congresso, o CIEE manteve-se fi el à avaliação de que a nova lei não deveria provocar redução na oferta de vagas, respalda-do, entre outros referenciais, na cres-cente valorização do estágio como a mais efi caz fonte de recrutamento e de preparação de futuros talentos. A rea-lidade mostrou que as previsões esta-vam corretas e a retomada das contra-tações não tardou a acontecer.

Page 65: Revista Agitação n º 84 - CIEE

65Agitaçãonov/dez 2008

Além da Central de Atendimento, visitas às empresas, seminários, palestras e entrevistas concedidas a mais de uma centena de veí-culos de comunicação de todo o país, o CIEE editou o Guia prático para entender a nova Lei do, Es-tágio, com o objetivo de explicar os mean dros das novas regras a empresas, instituições de ensino e estudantes. Além do texto integral da Lei 11.788/2008, a publicação traz respostas para as dúvidas mais freqüentes e uma entrevista com Luiz Gonzaga Bertelli, presidente executivo do CIEE.“Para assegurar a legalidade e a qualidade do estágio, o CIEE – na condição de agente de integração, fi lantrópico e registrado no Conse-lho Nacional de Assistência Social (CNAS) – oferece assessoria jurídica especializada aos participantes dos programas de estágio que adminis-tra, assim como disponibiliza um relatório on-line para que o estu-dante envie suas dúvidas ou comu-nique eventuais inadequações, em seu programa de capacitação prá-tica”, detalha Bertelli, logo em sua primeira resposta. Os interessados podem solicitar o livreto pelo fax (11) 3040-9955.

GUIA PRÁTICO DA NOVA LEI DO ESTÁGIO

Empresas aderem à lei. A Empresa Energética do Mato Grosso do Sul (Enersul), por exemplo, atua sempre de maneira pioneira e confi rmou sua confi ança nos trabalhos realizados pelo CIEE durante os 23 anos de atuação da entidade no estado. Parceira desde mar-ço de 2007, a empresa atualmente pos-sui cerca de 50 estagiários, que realizam atividades em diversos departamentos, integradas aos currículos dos respec-

tivos cursos. Clara Amanda T. Alves de Lima, gerente de Recursos Huma-nos da Enersul, conta que a empresa tomou conhecimento da nova Lei do Estágio durante uma visita realizada por um assistente de atendimento do CIEE que levou o texto e prestou es-clarecimentos sobre as alterações. Segundo Clara Amanda, a nova lei veio para suprir algumas lacunas exis-tentes no texto anterior, proporcio-nando maior clareza na relação entre a empresa e seus estagiários e garantindo direitos e deveres que benefi ciam ambas

as partes. Aliás, a mesma opinião manifestada pelo CIEE desde o início e já endossada por várias cen-tenas de empresas e órgãos públicos, fi rmes na decisão de manter ativos seus pro-gramas de estágio.

Ezequiel Sousa (no destaque), do MTE, durante debate no último dos quatro seminários que reuniram três mil participantes, no Teatro CIEE.

Clara Amanda, da Enersul: “Lei do Estágio garantiu direitos e deveres que benefi ciam jovens e empresas.”

GUIA PRÁTICO DA

A

Page 66: Revista Agitação n º 84 - CIEE

66 Agitação nov/dez 2008

PORTUGAL

deral de Educação do Brasil e reitor de universidade, participasse do seminário Inovação e qualidade do ensino superior, que reuniu diretores, pró-reitores e pro-fessores de diversas universidades portu-guesas em Coimbra, no final de outubro, para discutir qual o melhor perfil de uma universidade nos desafios do século 21.O presidente do CIEE fez-se acompa-nhar pelo conselheiro Antonio Pentea-do Mendonça, que falou em Coimbra sobre o CIEE e seus programas. Na ocasião, assinou-se um protocolo de parceria entre ambas as instituições.“Em Portugal não existem programas de estágio estruturados como no Bra-sil e a idéia é criar essa ferramenta para auxiliar os estudantes da Universidade de Coimbra a complementarem sua formação teórica e se tornarem mais bem preparados para enfrentar o mer-cado de trabalho, com vantagens com-petitivas em relação a estudantes de

RECONHECIMENTO INTERNACIONALUniversidade de Coimbra e CIEE assinam acordo em benefício de estudantes do Brasil e de Portugal.

Antonio Penteado Mendonça, conselheiro do CIEE; Paulo Nathanael Pereira de Souza, presidente do Conselho de Administração do CIEE, e Fernando Seabra Santos, reitor da Universidade de Coimbra: intercâmbio de experiências.

O CIEE e a Universidade de Coim-bra somarão esforços e darão início a um promissor intercâmbio de expe-riências, envolvendo a realização de projetos conjuntos, tais como estu-dos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de conhecimentos cientí-ficos e técnicos relativos à educação e ao trabalho nos dois países. A colabo-ração abrange, ainda, a transferência de conhecimentos, com foco especial em empreendedorismo, que é um dos pontos fortes da universidade, e a ex-periência na estruturação de progra-mas de estágio, que o CIEE detém há mais de quatro décadas. O reitor Fernando Seabra Santos, con-sidera a iniciativa mais um passo para aproximar a Universidade de Coimbra do mundo corporativo, objetivo que vem perseguindo há seis anos, como declarou ao Diário de Coimbra. “É o início da globalização da nossa institui-ção”, comemora Paulo Nathanael Perei-ra de Souza, presidente do Conselho de Administração do CIEE, ao comentar o acordo com a mais antiga universidade portuguesa, criada no século 13.

Vantagens competitivas. A primeira oportunidade de levar a expertise do CIEE para além-fronteiras surgiu com o convite da universidade para que Paulo Nathanael, considerado especialista em assuntos universitários, dada a sua con-dição de ex-presidente do Conselho Fe-

outros países da Europa”, destaca Pen-teado Mendonça. Também, em com-panhia de Paulo Nathanael, visitou o centro de incubadoras para a forma-ção de empreendedores mantidas pela universidade. Vale lembrar que Portu-gal vive um momento de expansão da economia, muito atraente para inves-timentos e captação de novos profis-sionais, como uma das conseqüências do ingresso na Comunidade Européia – um cenário bem diferente de uma década atrás, quando a maior parte de seus jovens talentos buscava oportu-nidades de trabalho em outros países.O próximo passo em direção à concre-tização da parceria será a vinda de dois técnicos da universidade ao Brasil, ainda neste ano, para conhecerem detalhada-mente as atividades do CIEE e participa-rem da formação de uma comissão mis-ta encarregada de planejar, desenvolver e acompanhar as ações conjuntas. A

Page 67: Revista Agitação n º 84 - CIEE

67Agitaçãonov/dez 2008

Escolhidos em um universo de mais de três mil indicações, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e So-cial (BNDES), o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e a TIM Bra-sil são os destaques da primeira edição do prêmio Responsabilidade Social, em reconhecimento às instituições que mais contribuíram com ações na área social. Durante a entrega dos prêmios, rea-lizada no Jockey Club Brasileiro, o presidente do BNDES, Luciano Couti-nho, enfatizou que o desenvolvimento social é uma tarefa das empresas. “O BNDES já liberou 312 milhões de reais para centenas de projetos na área so-cial; somente nos últimos cinco anos, foram 120 milhões de reais para finan-ciamentos”, lembrou. Atualmente, o banco financia projetos de saneamen-to, habitação, atividades de geração de empregos, cooperativas em regiões e situações de baixa renda, além de pro-jetos de grande impacto tecnológico e científico. “Esse troféu é um estímulo à continuidade dessas políticas.”Para o diretor regional da TIM Brasil,

entrega prêmio de responsabilidade social

BNDES, TJ/RJ e TIM Brasil são escolhidos em um universo de três mil instituições.

José Paulo David, a empresa se envolve profundamente com projetos de respon-sabilidade social, “beneficiando mais de 20 mil crianças na rede pública de en-sino por todo o país”, como no projeto Música nas escolas (ver quadro).

Parceria valiosa. Já o desembargador José Carlos Murta Ribeiro, presidente do TJ/RJ, dedicou o troféu aos funcionários do tribunal. “Receber um prêmio é sem-pre bom, mas receber um de Responsa-bilidade Social é muito melhor”, comen-tou. Ele enfatizou ainda a importância do trabalho realizado pelos 1,2 mil es-tagiários que prestam serviços ao TJ/RJ por meio de convênio com o CIEE Rio. “Os estagiários nos ajudam naquilo que é importante e, por isso, essa parceria é valiosa no nosso trabalho”, afirma.O presidente do Conselho de Adminis-tração do CIEE Rio, Arnaldo Niskier, idealizador do prêmio, afirmou que os empresários não devem visar somente ao lucro, mas também à área social. “A escolha, com toda razão, foi bastante acertada, pelos méritos dos escolhidos e de suas instituições”, afirmou. Segundo Niskier, a premiação às organizações que contribuíram para uma sociedade mais justa no nosso país é muito importante. “O objetivo do prêmio foi plenamente alcançado”, disse.

TIMMúsica nas Escolas – possibilita a crianças e adolescentes carentes o acesso aos diferentes modos de aprendizagem por meio da música. Programa Papa Pilhas – promove a coleta de pilhas e baterias por-táteis usadas e envia-as para a reciclagem.Programa TIM Grandes Escritores – tem o objetivo de reunir grandes nomes da literatura nacional em encontros e palestras gra-tuitos para estimular a leitura.

TRIBUNAL DE JUSTIÇAJustiça Itinerante – leva a prestação de serviços jurídicos até áreas onde não há fó-runs ou demanda processual. Justiça Cidadã – fortalece a presença do Poder Judiciário nas comunidades carentes, através da capacitação de pessoas.

BNDESEdifício Verde – transformar o edifício-sede da instituição em um “Edifício Verde”, que atenda às condições necessárias para melho-rar a qualidade de vida de seus funcionários.Refloresta – linha de crédito para apoiar o desenvolvimento da silvicultura em Carajás.

AÇÕES DAS PREMIADAS

José Paulo David (TIM Brasil)

Luciano Coutinho (BNDES)

José Carlos Murta (TJ/RJ)

CIEE em foco

Page 68: Revista Agitação n º 84 - CIEE

CIEE em foco

68 Agitação nov/dez 2008

Acordo CIEE e Ciesp em favor do estudante

O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), um dos braços do sistema Fiesp, fi rmou con-vênio de cooperação com o CIEE visando à amplia-ção da oferta de vagas para estagiários e aprendizes nas indústrias paulistas, em especial as sediadas no interior. Pelo acordo, as empresas fi liadas ao Ciesp poderão aderir a um pro-grama de parceria especialmente for-matado para facilitar a capacitação de futuros talentos.“O convênio representa novo avanço num relacionamento de quase meio século, pois já na sua fundação, nos anos 60, o CIEE contou com o apoio de fi guras de alta expressão no meio empresarial, como Mario Amato, Ra-phael Noschese e Nadir Figueiredo”, lembra Paulo Skaf, presidente da Fiesp

28 anos de parceria com a Caixa

O CIEE e a Caixa Econômica Federal renovaram a parceria para a administração do pro-grama de estágio da institui-ção fi nanceira. Atualmente, quase 13 mil jovens, bene-fi ciados pelo convênio que segue ativo há 27 anos, estão sendo capacitados nas agên-cias da Caixa em todo o país. O termo de parceria foi assi-nado, em Brasília, por Sueli Aparecida Mascarenhas, su-perintendente nacional de Responsabilidade Social, Empresarial e Relacionamento com o Empregado da instituição fi nanceira.

Sueli Mascarenhas e os presidentes do CIEE, Luiz Gonzaga Bertelli (Executivo) e Paulo Nathanael Pereira de Souza (Conselho).

Dia 5 de novembro, nove sena-dores e cinco deputados federais foram homenageados com pla-cas comemorativas, entregues pelo CIEE durante um jantar oferecido em Brasília/DF. A ini-ciativa traduz o reconhecimento ao esforço dos congressistas que se empenharam na aprovação da nova Lei do Estágio, que entrou em vigor no dia 26 de setembro, após a sanção presidencial. O senador Osmar Dias (PDT-PR), autor da lei, agradeceu a homenagem em nome de seus colegas e destacou o trabalho de 44 anos do CIEE em favor da in-clusão profi ssional de jovens es-tudantes e sua formação cidadã – experiência que credenciou a instituição a ser ouvida pelos par-lamentares durante a tramitação da nova lei, ao lado de algumas outras enti-dades.

Homenagem a parlamentares

e do Ciesp. “Nos moldes em que foi concebido, o acordo ganha relevância no momento atual, pois o estágio, com a qualidade preconizada pelo CIEE, é uma das mais efi cientes ferramentas para atenuar o grave problema do des-preparo do profi ssional e do estudante brasileiro para atuar no complexo universo corporativo do

século 21”, completa. Luiz Gonzaga Bertelli, presidente do CIEE, aponta aspectos que tornam altamente compatíveis a atuação das duas entidades. “Ambas possuem uma forte capilaridade, com unidades ins-taladas em todas as principais cidades do estado”, exemplifi ca, citando, ain-da, a expressiva representatividade e identidade que as duas mantêm com as realidades regionais.

Paulo Skaf, presidente do Sistema da Fiesp.

Page 69: Revista Agitação n º 84 - CIEE

69Agitaçãonov/dez 2008

Aprendiz é tema de encontro com governador de Pernambuco

Germano Coelho, superintendente exe-cutivo institucional do CIEE de Per-nambuco propôs que a qualificação do jovem e a sua integração ao mercado de trabalho, como aprendiz ou como esta-giário, fosse instituída como política pú-blica, durante encontro com o governa-dor Eduardo Campos e Danilo Cabral, secretário de Educação do governo do estado, em agosto, no Palácio do Campo das Princesas, em Recife.Depois de Tocantins, Pernambuco é o segundo estado em desperdício de vagas de aprendizes, deixando 97% dessas oportunidades de treinamento sem ocupação. São 44 mil jovens que deixam de se integrar ao processo de profissionalização.

Lançamento - Com o objetivo de ame-nizar essa realidade e gerar oportunidade no mercado de trabalho para jovens de 14 a 24 anos de idade, o CIEE Pernambuco e a Fundação Roberto Marinho lança-

ram, em 28 de outubro, o Programa Aprendiz Legal naquele estado. O programa contribui para o cumprimento da Lei 10.097/2000, que obri-ga empresas de médio e grande porte a con-tratarem aprendizes, em percentuais que variam de 5% a 15% do núme-ro de colaboradores. Nesse processo, cabe ao CIEE selecionar, recru-tar e fazer a capacitação teórica dos aprendizes, com base na metodologia pedagógica desenvolvida pela Fundação Roberto Marinho. Realizado no Centro de Desenvol-vimento de Competências do CIEE Pernambuco (Cendecom), o evento contou com a participação de Ricardo Piquet, gerente de Desenvolvimento

Institucional da Fundação Roberto Marinho; Germano Coelho, superin-tendente Institucional do CIEE/PE, colaboradores, empresários, educado-res, entidades de classe e autoridades.

Germano Coelho (à esquerda) e o governador Eduardo Campos (ao centro) discutem propostas de inclusão social do jovem em Recife/PE.

No primeiro dia de outubro, o CIEE homenageou Paulo Egydio Martins, ex-governador do estado de São Pau-lo, com o Troféu Gratidão, por sua atuação como político, empresário e, especialmente, por ter sido um dos fundadores da entidade. Ele contou que a idéia de criar o CIEE surgiu durante um almoço de empresários e educadores, que jamais poderiam imaginar que aquela iniciativa viria beneficiar mais de oito milhões de jo-vens estudantes. “Isso mostra que pe-quenas idéias têm um resultado brutal, se bem gerenciadas”, afirmou, durante um almoço que reuniu empresários, autoridades e conselheiros do CIEE.

A força das idéiasRuy Martins Al-tenfelder Silva, vice-presidente do Conselho de Administração do CIEE, profe-riu palestra de encerramento no curso Melho-res práticas de governança cor-porativa, realizado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corpo-rativa e Bovespa, em 14 de outu-bro, em São Paulo. Na ocasião, ele abordou o tema Pressuposto da ética: códigos de conduta e conflitos de interesses nas empresas.

PALESTRA

Page 70: Revista Agitação n º 84 - CIEE

CIEE em foco

70 Agitação nov/dez 2008

Paulo Nathanael Pe-reira de Souza e Luiz Gonzaga Bertelli, presidentes do Con-selho de Adminis-tração e Executivo do CIEE, receberam a medalha comemorativa do centenário de morte de Machado de Assis, atribu-ída pela Academia Brasileira de Letras (ABL), em setembro. Eles integram o rol de 30 pessoas agraciadas com a meda-lha pela entidade, que desde o início do ano tem promovido eventos alusivos ao jornalista, cronista, contista, romancista, poeta e teatrólogo, Joaquim Maria Ma-chado de Assis, um de seus fundadores e primeiro presidente.

Medalha comemorativa

Novo CEO da Companhia Brasileira de Multimídia

Os historiadores e arquitetos Paulo Ce-zar Alves Goulart e Ricardo Mendes foram os vencedores do 3º Prêmio Lite-rário – José Celestino Bourroul – O me-lhor livro sobre São Paulo do ano de 2007. Concedida anualmente pela Academia Paulista de História (APH), presidida por Luiz Gonzaga Bertelli, também pre-sidente executivo do CIEE, a láurea visa estimular a produção literária, além de

Gaudêncio Torquato, jornalista e conse-lheiro do CIEE, foi homenageado pelo conjunto de sua obra durante a entrega do Prêmio Mídia do Ano, concedido pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), em 8 de outubro, em São Paulo.

3º Prêmio Literário José Celestino Bourroul

Prêmio Mídia do Ano

Marcos Troyjo, conselheiro do CIEE, é o novo CEO da Companhia Brasileira de Multimídia (CBM), substituindo Daniel Barbará, hoje presidente do Grupo Eu-genio. Há quatro anos no grupo (Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil e as revis-tas Peixes - Gula, Set, Terra, Próxima Viagem, Viver Bem, Fluir, SKT, DOM, Speak Up e Habla), Troyjo tem passagem por bancos de investimento e organi-zações do terceiro setor. Também foi diretor-geral do JB da Casa Brasil, braço de cultura e projetos da CBM. Cientista políti-co e economista, dou-tor em Sociologia pela USP, trabalhou na área de ciência e tecnologia do Itamaraty e chefiou o setor de imprensa e divulgação da Missão do Brasil na ONU, em Nova York.

resgatar e divulgar a história do Estado de São Paulo. A solenidade de entre-ga da premiação aconteceu em 15 de novembro, na residência do ilustre acadêmico, em São Paulo, gentilmente cedida para a ocasião por sua viúva, Cárbia Sabatel Bourroul. José Celestino Bourroul ocupou cargos de confiança ao longo das administra-ções de oito prefeitos da cidade de São

Paulo, além de ter atuado como empreendedor e empresário do ramo da construção civil. Ingressou na APH, em função da sua dedica-ção, como pesquisador, ao tema da Revolução Constitucionalista de 1932. Faleceu em 5 de março de 2004, aos 81 anos de idade.

Ricardo e Paulo entre Luiz Gonzaga Bertelli e Cárbia Bourroul.

Page 71: Revista Agitação n º 84 - CIEE

71Agitaçãonov/dez 2008

O CIEE continua a investir na expansão dos seus cursos gratuitos de Tecnologia de Informação, com o objetivo de auxiliar na capacitação dos jovens que procuram a organização em busca de estágio. O mais recente é o Cisco IT Essentials, des-tinado à formação técnica para apoio aos usuários de informática. Realizado em parceria com a Cisco/Ainet/CTT Brasil, fornece conhecimentos que permitem identificar problemas e aplicar soluções para instalação, manutenção preventiva e consertos de computadores de mesa e laptops. Com carga horária de 80 horas, o curso Cisco IT Essentials, que iniciou a preparação de turmas em agosto, ainda prepara o aluno para prestar um exame de certificação Comptia C+, importan-te para quem deseja se destacar num mercado que vai exigir cada vez mais conhecimento, dadas a complexidade dos equipamentos e a disseminação do uso de PCs e laptops. São 88 alunos por

Curso gratuito de tecnologia da informaçãoturma e os interessados podem obter mais informações e fazer sua inscrição no site www.ciee.org.br. Aproximadamente 70 mil jovens foram beneficiados pelos cursos ofertados pelo Centro de Treinamento de Informática do CIEE, nos últimos dez anos. Só em outubro, mais de mil pessoas participa-ram dos onze cursos e seis oficinas gra-

tuitas, realizados presencialmente, na sede da organização, na capital paulista. Os interessados em participar desses treinamentos específicos devem fre-qüentar cursos de Tecnologia da Infor-mação e estarem cadastrados no banco de dados do CIEE.

Wagner Catelan, diretor educacional da Cisco/Ainet/CTT Brasil.

“A unificação da Língua Portuguesa – Vale a pena o Acordo Ortográfico?” Esse é o tema do 11º Prêmio Literário Escritor Universitário “Alceu Amoro-so Lima” lançado pelo CIEE em par-ceria com a Academia Brasileira de Letras. O objetivo é estimular o gosto pela leitura entre os universitários. Os interessados deverão enviar seus trabalhos, que equivale à inscrição, até 30 de abril de 2009 para a sede do CIEE. Os três primeiros classificados receberão premiações de 6 mil, 4 mil e 3 mil reais, respectivamente, além de medalhas e diplomas. Mais de-talhes podem ser obtidos no regula-mento que consta nesta edição ou no site www.ciee.org.br.

Concurso literárioEducação e trabalho na TV

Na estréia, em 8 de novem-bro, o programa Educa-ção e Trabalho teve audiência de cerca de 350 mil telespec-tadores somente na Grande São Paulo.Resultado da parce-ria do CIEE com a TV Cultura, emissora educativa paulista, o programa, com 24 minutos de du-ração, transmite informações sobre profissões em alta e áreas promisso-ras, detalhes sobre estágio de qualida-de, promovidos por empresas e órgãos públicos, dicas para ter sucesso em processos seletivos, depoimentos de altos executivos sobre como utilizar

o estágio para iniciar a construção da carreira,

pesquisas de perfil de estudantes, entre outros temas. Edu-cação e Trabalho é

transmitido aos sá-bados, às 10h30min.,

com reprises às sextas-feiras, às 7h30min., pela TV Cultura. O programa também pode ser visto pela TVE do Acre; TV Cultura do Amazo-nas; TVE da Bahia; TVE Espírito San-to; TV Minas Cultural e Educativa; TV Cultura do Pará; TV Universitária de Pernambuco; TV Antares do Piauí; TVE do Rio Grande do Norte e TVE do Rio Grande do Sul.

Page 72: Revista Agitação n º 84 - CIEE

Luiz Gonzaga Bertelli NOVAS IDÉIAS

Por um país mais justo

LUIZ GONZAGA BERTELLI É PRESIDENTE EXECUTIVO DO CIEE, PRESIDENTE DA ACADEMIA PAULISTA DE HISTÓRIA (APH) E DIRETOR DA FIESP.

A

72

O aumento da escolaridade dos bra-sileiros nos últimos 20 anos não foi suficiente para abrandar as desigual-dades salariais, que continuam sen-do das maiores do mundo. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Eco-nômica Aplicada (Ipea), a diferença chega a 1.714 vezes. Nesse estudo, o salário mais alto da iniciativa pri-vada foi de 120 mil reais, de um di-rigente da região Sudeste, e o mais baixo, da mesma região, de 70 reais mensais, valor inferior ao mínimo recebido por um trabalhador do se-tor de serviços. O sistema tributário brasileiro, confuso, complexo e cada vez mais inchado, pode ser aponta-do como um dos vilões da lentidão para eliminar o abismo entre os sa-lários, pois penaliza fortemente as classes mais baixas. Em 2004, por exemplo, quem ganhava até dois sa-lários mínimos por mês gastava 46% da remuneração em impostos diretos e indiretos, ou seja, um percentual quase três vezes maior do que os 16% pagos pela faixa de renda acima de 30 salários mínimos. A meta, a partir de agora, é reduzir ainda mais a distância entre as faixas salariais, tendo como parâmetro a es-cala de remuneração praticada nos países desenvolvidos. Para isso, é ne-cessário, além da reforma tributária, uma mudança consistente na política educacional, intensificando o foco na qualidade de ensino. Sem isso, será

impossível melhorar a qualificação do conjunto de profissionais, quesito em que o país amarga uma das piores posições no ranking mundial. Uma desvantagem nada surpreendente diante de inclusão de quase dois ter-ços da população na categoria de analfabetos funcionais, formada por aqueles que passaram pela escola, mas revelam baixíssima aptidão para compreender o que lêem ou para rea-lizar operações aritméticas básicas. Os Tigres Asiáticos são sempre ci-tados quando se fala no impacto da qualidade do ensino nos indica-dores socioeconômicos dos países. A Coréia do Sul, por exemplo, deu saltos espetaculares de desenvol-vimento investindo alto em edu-cação, básica e superior. Hoje são produtores de alta tecnologia, com profissionais extremamente capa-citados. No Brasil, os empresários

reclamam da falta de capacitação da mão-de-obra, a ponto de va-gas permanecerem em aberto por longos meses, pois são de difícil preenchimento devido à ausência de candidatos qualificados. O governo, portanto, deve enfrentar o quanto antes essa situação, se qui-ser que o Brasil brigue em condições adequadas por um lugar de destaque no cenário mundial. Deve investir na formação do professor, na moderni-zação da gestão escolar, na compa-tibilização da oferta e do conteúdo dos cursos com as necessidades da economia e na ampliação da rede de ensino técnico, além de estimular todas as modalidades de complemen-tação prática do aprendizado escolar, com foco especial no estágio. Esse desafio, vale lembrar, não envolve apenas o governo, mas exige uma nova postura da sociedade. Os estu-dantes precisam se conscientizar da importância de aprender sempre bem e cada vez mais. À escola do ensino básico pede-se empenho para sair do atoleiro de indicadores trágicos de qualidade, e às universidades, que contribuam mais efetivamente para ingresso no ciclo de desenvolvimento sustentável. Das empresas espera-se uma participação mais intensa na formação de futuros profissionais, abrindo espaço para que os estudan-tes unam a teoria e a prática. Com isso, todos ganharão.

A meta, a partir de agora, é reduzir ainda

mais a distância entre as faixas

salariais, tendo como parâmetro a escala

de remuneração praticada nos países

desenvolvidos.

Page 73: Revista Agitação n º 84 - CIEE

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

CIEE0908-0195_206x265_F.pdf 11/25/08 10:13:39 AM

Page 74: Revista Agitação n º 84 - CIEE

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

CIEE0908-0195_206x265_V.pdf 11/25/08 10:56:13 AM

Page 75: Revista Agitação n º 84 - CIEE

75Agitaçãonov/dez 2008

PARCERIA

volvimento de soft wares, e o XNA Game Studio, para criação de jogos para PC e para o vídeo-game XBOX. O DreamSpark, iniciativa da Micro-soft de doação de soft wares para fi ns educacionais, foi lançada em julho e já abrange 122 países. “Proporcionar maior acesso de estudantes a tais fer-ramentas é parte das ações de cidada-nia corporativa da Microsoft , visando ao desenvolvimento da indústria local

Softwares de graça para um milhão de jovensCIEE e Microsoft distribuem programas para formar desenvolvedores de sistemas e designers do futuro.

O Brasil está prestes a liderar o ranking mundial dos países em que mais se doa soft wares. Desde o dia 24 de novembro, a Microsoft oferece o download gratuito de duas versões do sistema operacional Windows e de vários outros programas, exclusivamente a estudante do ensino superior cadastrados no banco de da-dos do CIEE. Entre os outros soft wares que poderão ser baixados estão o Visual Studio Professional Edition, para desen-

Michel Levy, da Microsoft: pela cidadania corporativa.

de tecnologia por meio da inovação”, explica Michel Levy, presidente da Microsoft Brasil. Em quase cinco me-ses, o DreamSpark gerou mais de meio milhão de downloads pelo mundo. Com a entrada do Brasil e o auxílio do CIEE, o número tem potencial para ser triplicado se todos os estudantes do banco de dados se interessarem em ter os soft wares em suas máquinas. “Essa é somente a primeira etapa do programa que contará com treina-mentos a distância sobre os soft wares”, explica Luiz Gonzaga Bertelli, presidente executivo do CIEE. No segundo semes-tre de 2009, começa a fase Students to Business, em que essa massa de jovens que baixarem os soft wares terá um encaminhamento diferenciado para colocar seus conhecimentos à prova em estágios nas empresas. Para fazer o download, é preciso acessar o site www.dreamspark.com, conectar-se usando login e senha do Windows Live ID (ge-ralmente a mesma que o jovem man-tém para o Hotmail ou MSN) e, poste-riormente, informar o CPF e o Código de Estudante no CIEE. Os jovens que participarem do DreamSpark deverão renovar a cada 12 meses as licenças do soft wares, confi rmando que conti nuam estudando.

SOFTWARES PARA DOWNLOAD GRATUITO

Expression Studio – Ferramenta para criação de websi-tes, gráficos e ilustrações, inclui os complementos Web, Blend, Media e Design. Visual Studio Professional Edition – Conjunto de ferra-

mentas para desenvolvimento de software, nas versões 2005 e 2008. SQL Server 2008 Developer Edition – Sistema gerencia-

dor de banco de dados corporativo. Windows Server – Sistema operacional para uso profissional,

nas versões 2003 R2 Standard Edition com SP2 e 2008 Stan-dard Edition.

XNA Game Studio – Kit para o desenvolvimento de jogos para PC e XBOX.

Virtual PC 2007 – Software que possibilita o desenvolvimento e teste de sistemas e configurações diversas em um mesmo computador.

A

Page 76: Revista Agitação n º 84 - CIEE

E V E N T O S

76 Agitação nov/dez 2008

Celebrando Machado “O Rio de Janeiro de Machado de Assis é a Paris de Balzac. Ele é o clássico má-ximo da Literatura Brasileira”. Foi dessa forma que o presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Cícero San-droni, se referiu à obra do escritor Joa-quim Maria Machado de Assis durante o Seminário sobre Machado de Assis, rea-lizado pelo CIEE com apoio da ABL, da Academia Paulista de Letras (APL) e da Academia Paulista de História (APH). Completados 100 anos de sua morte, em 2008, Machado de Assis tem em seu cur-rículo cerca de 618 crônicas, 200 contos, 9 romances e, ainda, peças de teatro, en-tre outros textos. Por 50 anos, Machado

atuou não apenas como autor de roman-ces, mas também como jornalista, críti-co, ensaísta, dramaturgo, novelista e con-tista. “Ele retoma, reelabora os mesmos temas, enriquecendo a discussão sobre eles”, comentou o acadêmico da ABL, Domício Proença, em palestra realizada durante o seminário. A ABL realiza, até dezembro, sob o título Aspectos da Literatura Machadiana, pa-lestras, concertos e espetáculos teatrais, na sede da instituição, no Rio de Janei-ro. “Queríamos trazer essa contribuição para São Paulo, mas isso se mostrou in-viável e, sendo assim, surgiu a idéia de realizarmos o seminário”, afirmou Paulo Nathanael Pereira de Souza, presiden-te do Conselho de Administração do CIEE. Utilizando-se da célebre frase de Franz Kafka que diz que “um livro deve servir como um machado para o mar congelado dentro de nós”, a imortal Ly-gia Fagundes Telles disse que esse “ma-chado” kafkaniano para o leitor brasi-leiro é o Bruxo do Cosme Velho. Sua obra é considerada pioneira até hoje porque “antes de existir a Psicologia ele já a utilizava em sua obra”, relembrou

Arnaldo Niskier, presidente do Con-selho de Administração do CIEE Rio e membro da ABL.Um dos fundadores da Academia Brasi-leira de Letras, Machado foi seu primei-ro presidente, em 1897. “Continuo lendo sua obra e, como herdeiro que sou, sen-do o atual presidente da ABL, celebrar o centenário de sua morte é uma forma de mostrar a importância de sua figura”, revelou Sandroni. Por meio de uma obra inigualável, Machado modifica a estru-tura dos romances até então conhecidos. “Para se ter uma idéia da importância desse autor, basta lembrar que 72 uni-versidades estrangeiras relembraram sua obra este ano”, finalizou Proença. 29/10 – Teatro CIEE/SP.

O peso das leis na educação Enquanto a Constituição brasileira não refletir a realidade de um país em processo de modernização, a educa-

ção não entrará nos eixos. “Tornou-se muito pesado para o Estado manter todo o sistema de ensino gratuito”, exemplifica Paulo Nathanael Pereira de Souza, presidente do Conselho de Administração do CIEE, que sugere a criação de uma política de distribuição de bolsas de estudos parciais ou totais para cursos superiores estratégicos ao desenvolvimento do Brasil. A política foi adotada com sucesso pela Coréia do Sul quando se detectou a escassez de engenheiros capacitados e o governo começou a subvencionar alunos dessa

graduação. A reflexão surgiu durante a palestra A educação e o ensino na Constituição Federal de 1988: balanço e perspectivas, promovida pela Acade-mia Paulista de Educação (APE), no III Ciclo de Palestras Educacionais. O encontro contou com a coordenação de João Gualberto, presidente da APE, e a participação de Nina Beatriz Stoc-co Ranieri, secretária adjunta do En-sino Superior do Estado de São Paulo, e de Luiz Gonzaga Bertelli, presidente executivo do CIEE.28/10 – Auditório Ernesto Igel do CIEE/SP.

Cícero Sandroni

Arnaldo Niskier

Page 77: Revista Agitação n º 84 - CIEE

77Agitaçãonov/dez 2008

Na luta contra as drogasUniversitários da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fa-tec-SP) e da Universidade Nove de Julho (Uninove), ambas na capital paulista, participaram, respectivamente, do 55º e 56º Seminário Antidrogas, realizados pelo CIEE com o apoio da Secretaria Nacional de Políticas Antidrogas (Senad). Na Fatec-SP, o evento contou com a participação de Luiz Gonzaga Ber-telli, presidente executivo do CIEE; Ilana Pinsky, pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); e do médico Anthony Wong, do Centro de Assistência Toxicológica (Cea-tox). Na Uninove, participaram a pesquisadora Ana Regina Noto, do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psico-

trópicas (Cebrid); Murilo Battisti, psicólogo da Unifesp e membro

General Paulo Roberto Uchoa, Anthony Wong e Luiz Gonzaga Bertelli: ação para conscientização dos jovens sobre o problema das drogas.

Marcelo Ribeiro, da Unifesp.

Ana Regina: críticas à mídia.

Uma questão de liderança corporativaLiderança é a arte de conseguir encantar as pessoas e criar seguidores. No entanto, muitos profissionais que atingem o sta-tus não conseguem atuar como líderes, exagerando, muitas vezes, no excesso de poder e autoridade, o que leva à desmo-tivação dos colaboradores. Essas atitudes criaram o estereótipo negativo da visão que se tem dos chefes. “Fomos treinados para ser técnicos e não líderes”, afirmou a consultora Margareth Bianchini, dire-tora da MBianchini Consultoria Empre-sarial, durante o Ciclo CIEE de palestras sobre RH. Para ser líder, segundo Mar-gareth, é preciso adotar fundamentos éticos e de responsabilidade social, agre-gando valores às pessoas.Uma das maneiras para o líder desen-

volver um trabalho eficiente é fazer um mapeamento dos perfis de cada cola-borador, avaliando as áreas em que po-dem render mais. Margareth listou quatro tipos de com-petências. Os dominantes têm auto-confiança elevada, são rápidos, mas, ao mesmo tempo, impacientes. Já os extrovertidos preferem a liberdade aos detalhes, usam bem a intuição, são ani-mados, expressam-se com facilidade, mas pecam na organização. Os pacien-tes gostam de eficiência e planejamen-to, detestam conflitos, vestem a camisa da empresa, mas não realizam bons trabalhos sob pressão. E os analíticos são organizados, perfeccionistas, siste-máticos, mas pouco criativos. “Ser líder

é estar na busca do conhecimento e da informação, pesquisando, analisando e interpretando dados de diferentes fon-tes na busca de um domínio cada vez maior dos princípios da equipe.”7/10 – Teatro CIEE/SP.

do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad), e o psiquiatra Marcelo Ribeiro, da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (Uniad) da Unifesp.Wong foi também o organizador do Fórum Internacional de Programas de Prevenção e Redução do Uso de Álcool e Drogas nas Empresas, realizado em São Paulo. O evento contou com a participação de personalidades de renome no mundo, como Anya Pierce, presidente da European Workplace of Drug Tes-ting Society (Ewdts), e Jeff Sims, presidente da Substance Abuse Prevention Administrators Association (Sapaa), além do gene-ral Paulo Roberto Yog de Miranda Uchoa, titular da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad).14/10 e 15/10 - Fórum Internacional de Programas de Prevenção e Redução do Uso de Álcool e Drogas nas Empresas16/10 - Fatec/SP – 11/11 - Universidade Nove de Julho

Page 78: Revista Agitação n º 84 - CIEE

E V E N T O S

78 Agitação nov/dez 200878

Novos cenários educacionais no Brasil

Empresa e Terceiro Setor: uma parceria eficaz

Reportagem recente da revista Times des-tacou os riscos que as empresas correm de não alcançar o sucesso desejado por não estarem atentas ao Terceiro Setor, que se consolida cada dia mais no mun-do globalizado. Um exemplo dessa força é a instituição Ação Voluntária, que tra-balha na formação de crianças e jovens.

A escola como ela está fazia sentido até meados do século 20. Com as redes e mí-dias atuais há um desconforto crescente de todos que atuam na educação escolar. O que se tem feito são adaptações, re-mendos, “puxadinhos”, inchando a esco-la de mais conteúdos obrigatórios. Essas iniciativas não são suficientes, segundo José Manuel Moran, professor de Novas Tecnologias da USP e diretor acadêmico da Faculdade Sumaré, que fez palestra sobre o tema Novos cenários educacio-nais no Brasil, no Ciclo de Orientação e Educação Profissional, promovido pelo CIEE em parceria com a Colméia. Para ele, a finalidade principal de aprender não é acumular informação, mas trans-formá-la em conhecimento que permita fazer opções interessantes entre idéias,

valores, visões de mundo, com freqüência conflitan-tes. Esse papel mais amplo não pode ser atribuído so-mente à escola, mas tam-bém à família, a cada ins-tituição, à cidade como um todo (cidade educadora). Mas a escola tem focado mais a formação intelec-tual do que a vivência das práticas aprendidas; isto é, se preocupa em mostrar caminhos, sem acompa-nhar os resultados con-cretos, a realização pessoal, profissio-nal, emocional. “Às vezes, há pessoas intelectuais, mas sem competências emocionais, que não sabem trabalhar

O programa é desenvolvido em parceria com a comunidade e com as escolas das regiões carentes em que atua. Fundada em 1967, a ONG já atendeu mais de 120 mil crianças, cerca de seis mil por ano. “Esses jovens que acolhemos são os mes-mos que darão continuidade à econo-mia do nosso país”, explica Ana Maria

Vilela Igel, presidente da Ação Voluntária, que par-ticipou do 54º Encontro CIEE do Terceiro Setor, ao lado do vice-presidente da instituição, Paulo Sérgio Bravo de Souza, e Maria Cecília Roxo Nobre Bar-reira, consultora de orga-nizações sociais e autora de diversas publicações

sobre programas sociais. Os profissio-nais abordaram o tema Eficácia no 3º Se-tor, com base no case bem-sucedido da Ação Voluntária. Souza destacou alguns problemas comuns entre as instituições, o que interfere na imagem que a ONG apresenta à comunidade e, principal-mente, às empresas que são grandes par-ceiras na captação de recursos: “Um erro costumeiro das ONGs é divulgar ques-tões quantitativas, mas o principal é citar a transformação social que esse trabalho pode gerar”, comenta. A eficácia é a ade-quação da ação para atingir as metas es-tabelecidas, segundo Maria Cecília. Para que os projetos propostos surtam efeito, é importante ter o apoio das empresas, que também se beneficiam dessa parce-ria: “O consumidor brasileiro valoriza mais a responsabilidade cidadã do que a responsabilidade operacional nas corpo-rações”, afirma Souza.24/10 - Auditório Ernesto Igel do CIEE/SP.

em grupo, por exemplo”, destaca o pro-fessor, referindo-se a uma exigência do mercado de trabalho.20/10 – Auditório Ernesto Igel do CIEE/ SP

(Da esq. para dir.) Os palestran-tes Ana Maria Vilela Igel, Paulo Sérgio Bravo de Souza e Maria Cecília Roxo Nobre Barreira.

Page 79: Revista Agitação n º 84 - CIEE

79Agitaçãonov/dez 2008

Comunicação ao alcance de todos Na hora de realizar um negócio ou even-to, a comunicação precisa ser muito bem feita. Só assim é possível alcançar os re-sultados pretendidos. Mas, para isso, é necessário muito planejamento, além da utilização de técnicas que facilitem o processo. Uma das primeiras regras é conhecer bem o interlocutor. “Só assim você pode atingir o repertório do cliente”, sugeriu Izidoro Blinkstein, professor de Semiótica e Lingüística da Universidade de São Paulo (USP) e de Comunicação da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), durante o Ciclo CIEE de Palestras sobre RH, que teve como tema Como falar bem nos negócios e eventos. No início da apre-sentação, o professor demonstrou erros

que costumam acontecer com quem não se prepara para falar em público. Blinks-tein mostrou também os cinco pontos de honra da comunicação estratégica. Além do planejamento, os outros pontos são: o poder de persuasão, a apresenta-ção (fala, expressão corporal e recursos audiovisuais), o estilo e o do-mínio do cliente e do cenário. “Falar bem não é um dom; o orador se constrói, pois se trata de uma habilidade à custa de prática e treinamen-to”, diz. Segundo o professor, essa propensão está ao alcance de todos.4/11 – Teatro CIEE/SP

AGENDA

Marcos Troyjo, diretor-geral do Jornal do Brasil e conselheiro do CIEE, mi-nistrou a palestra O Brasil e a era da destruição cria-tiva, no dia 8 de outubro, no auditório do Ciesp, em São José do Rio Preto/SP.

No dia 6 de outubro, Elcio Anibal de Lucca, vice-presidente do Conselho de Administração da Serasa e conselheiro do CIEE, proferiu a palestra Um vitorio-so modelo de gestão, no auditório da Ins-tituição Toledo de Ensino, em Bauru/SP.

Paulo Roberto Peli, advogado e consultor empresarial, proferiu a palestra Fatores de risco empresarial, realizada no dia 28 de outubro, no Maceió Mar Hotel, em Maceió/AL.

Empregabilidade: como ter emprego e re-muneração sempre foi o tema abordado por José Augusto Minarelli, presidente da Lens & Minarelli e conselheiro do CIEE, na palestra realizada em 23 de outubro, no au-ditório da YKK do Brasil, em Sorocaba/SP.

O Brasil no contexto in-ternacional foi o tema apresentado por Alci-des Amaral, conselhei-ro do CIEE, e ex-presi-dente do Citibank, no dia 29 de outubro, no

Buff et Estilo, em Piracicaba/SP.

Françoise Trapenard, diretora exe-cutiva de Recursos Humanos da Telefônica Brasil, ministrou a pa-lestra Relações confi áveis, resultados sustentáveis (a capacidade de bem relacionar-se nas em-presas), no dia 12 de novembro, no auditó-rio do Correio Brazi-liense, em Brasília/DF.

No dia 10 de novembro, Ozires Silva, conselheiro do CIEE abor-dou o tema Quais são os desafi os àqueles que desejam ser empreen-dedores?, no Seara Praia Hotel, em Fortaleza/CE.

DAVI

PIN

HEIR

O

Page 80: Revista Agitação n º 84 - CIEE

80 Agitação nov/dez 2008

Postos de Atendimento administrados pelo CIEE/SP

SÃO PAULO / CAPITAL

Faculdade Belas Artes • Faculdade Drummond • Faculdade Flamingo • Faculdade São Judas • Faculdade São Marcos • FMU - Faculdades Metropolitanas Unidas • Instituto Presbi-teriano Mackenzie I • PUC - Pontifícia Universidade Católica • UNG - Universidade Guarulhos • Unib - Universidade Ibira-puera • Uniban - Universidade Bandeirante / Campo Limpo • Uniban / Marte • Uniban / Maria Cândida • Uniban / Morumbi • Uniban / Rudge • Unicid - Universidade Cidade de São Pau-lo • Unicsul - Universidade Cruzeiro do Sul / Anália Franco • Unicsul / São Miguel Paulista • Unimesp - Universidade Metropolitana de São Paulo • Uninove - Universidade Nove de Julho / Memorial • Uninove / Vergueiro • Uninove / Vila Maria • Unip - Universidade Paulista / Bacellar • Unip /Marquês • Unisa - Universidade de Santo Amaro • UniSantanna - Centro Universitário Sant’Anna • Universidade Anhembi Morumbi

SÃO PAULO / INTERIOR

Araraquara: Uniara - Centro Universitário de Araraquara • Batatais: Ceuclar - Centro Universitário Claretiano • Bo-tucatu: P.A. Botucatu • Campinas: PUCCamp - Pontifícia Universidade Católica de Campinas • Guaratinguetá: Unesp - Universidade Estadual Paulista • Hortolândia: Faculdades Hoyler • Guarulhos: UNG - Universidade Guarulhos • Ituve-rava: Fundação Educacional de Ituverava • Jaboticabal: Fa-culdade São Luís de Jaboticabal • Jacareí: FIJ - Faculdades Integradas de Jacareí • Lorena: Unisal - Centro Universitário Salesiano de São Paulo • Mococa: Fundação de Ensino de Mococa • Mogi das Cruzes: UMC - Universidade Mogi das Cruzes • Osasco: Uniban - Universidade Bandeirante • Ouri-nhos: Femm - Fundação Educacional Mofarrej • Piracicaba: Unimep - Universidade Metodista de Piracicaba Ribeirão Pre-to: Unaerp - Universidade de Ribeirão Preto • Santo André: UniABC - Universidade do Grande ABC • São Bernardo do Campo: Uniban - Universidade Bandeirante • São João da Boa Vista: UniFeob - Centro Univ. da Fundação de Ensino Oc-tavio Bastos • São José do Rio Preto: Unip - Universidade Paulista • Sorocaba: Uniso - Universidade de Sorocaba

OUTROS ESTADOS

Amazonas: ULBRA - Centro Universitário Luterano de Ma-naus (Manaus) • Bahia: UCSAL - Universidade Católica do Salvador (Salvador) • Distrito Federal: Call Tecnologia (Brasília) • PUC/Brasília - Pontifícia Universidade Católica de Brasília • STJ - Superior Tribunal de Justiça (Brasília) • Uniceub - Centro Universitário de Brasília (Brasília) • Unieuro - Universidade Euro Americana (Brasília) • Unip (Brasília) • Universidade Católica de Brasília (Taguatinga) • Ceará: BNB - Banco do Nordeste do Brasil S/A (Fortaleza) • Faculdade Católica Rainha do Sertão (Quixadá) • FA7 - Faculdade Sete de Setembro (Fortaleza) • Unifor - Universidade Fortale-za (Fortaleza) • Goiás: STJ - Superior Tribunal de Justiça (Goiânia) • UCG - Universidade Católica de Goiás (Goiânia) • UEG - Universidade Estadual de Goiás (Anápolis) • ULBRA - Universidade Luterana do Brasil (Itumbiara) • Mato Grosso: UNIC - Universidade de Cuiabá (Cuiabá) • Unirondon - União Educacional Cândido Rondon (Cuiabá) • Univag - Universidade de Várzea Grande (Cuiabá) • Mato Grosso do Sul: Aems - Associação de Ensino e Cultura de Mato Grosso do Sul (Cam-po Grande) • CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas (Dourados) • UCDB - Universidade Católica Dom Bosco • Maranhão: UFMA - Universidade Federal do Maranhão (Imperatriz) • Rio de Janeiro: Centro Universitário Carioca (UniCarioca) • Universidade Bennett • Rio Grande do Norte: UERN - Uni-versidade do Rio Grande do Norte (Mossoró) • Roraima: Fa-culdade Catedral (Boa Vista) • Pará: ILES - Instituto Luterano de Ensino Superior (Santarém)

Professor Emérito 2008Sou uma apaixonada pela Lín-gua Portuguesa e suas com-plexidades. Por esse motivo, Agitação despertou o meu interesse especial pela matéria de capa do prêmio Professor Emérito 2008 (edição 83, p. 24) com o notável lingüista Evanildo Bechara. Sempre tive admiração por esse importan-te acadêmico, mas após ler sua história na revista, passei a respeitá-lo ainda mais. Parabéns pelo belís-simo trabalho.

Fernanda Morais MouraSão Sebastião/SP

Atualização Já faz algum tempo que recebo Agitação. Acredi-to que não sou o primeiro a falar do visível cresci-mento da revista, que está cada vez mais bonita e atraente. Deve ser por isso que uma amiga, após folhear uma das revistas que eu tinha disponível em casa, quis ser assinante. Agitação, para nós, é sinônimo de informação de qualidade.

Gilberto Hinojosa de AzevedoSão Paulo/SP

Apresentando soluçõesMuitas vezes sinto-me limitado ou desmotiva-do na universidade, que traz um parâmetro ex-tremamente realista e muitas vezes pessimista do mercado de trabalho. Felizmente existe Agitação, que mostra uma visão clara sobre as dificuldades de ingressar na sua área de atuação, mas apresenta soluções e é clara na afirmação que sempre há mercado para quem tem interesse em ampliar sua qualificação.

Orivaldo LachiCampo Grande/MS

Escolha profissionalDesde o início, nunca foi fácil optar pela pro-fissão que deveria seguir. No ano passado de-cidi fazer faculdade de Direito, mas agora que estou no curso já não tenho tanta certeza se realmente quero seguir carreira. Depois de ler a matéria Desistir ou não desistir, eis a questão (edição 83, p.44), notei que não sou a única a viver esse dilema durante a graduação. Devo dizer que foi um alívio ler a matéria, muito es-clarecedora.

Márcia de SouzaItapecerica da Serra/SP

Esclarecendo dúvidasDepois de acompanhar na mí-dia o processo de aprovação da nova Lei do Estágio, fiquei preo-cupada em saber se as opor-tunidades para os estudantes atuarem no mercado de traba-lho iriam diminuir. Mas após ler a matéria Estágio, um novo tempo (edição 83, p.20), estou mais tranqüila. A reportagem esclareceu minhas dúvidas e notei que a nova legislação só

quer que o jovem absorva o máximo da oportuni-dade de estágio, sem deixar de lado os estudos. É bom saber que temos o CIEE sempre preocupado com capacitação profissional dos jovens

Kelly Maria LeandroSão Paulo/SP

Iniciativa de sucessoParabenizo o CIEE pela iniciativa de editar Agi-tação, que, diferentemente da maioria das re-vistas institucionais, produz uma grande diver-sidade de matérias sobre carreira, educação, Terceiro Setor, entre outras. Todas igualmente interessantes e de excelente qualidade.

Samuel AlbernazGoiânia/GO

Fonte de informaçãoPor meio de um amigo, fiquei sabendo de Agita-ção e do importante trabalho realizado pelo CIEE em favor da educação. Sou educador e, por conta disso, procuro estar sempre atualizado. A revista é uma excelente fonte de informação.

Rui Jorge NogueiraBotelhos/MG

Bom trabalhoRecentemente tive a oportunidade de ler Agitação e devo confessar que gostei muito. Principalmen-te das matérias sobre carreira e comportamento. Elas me esclareceram muitas dúvidas. Parabéns a toda a equipe pelo bom trabalho apresentado na revista.

Carlos Said Cardoso CruzBelém/PA

Parabéns pela notável edição do livro A educação brasileira e o mercado de trabalho. Assim como as atividades desenvolvidas pelo CIEE, o exemplar está igualmente primoroso.

Marco Maciel - SenadorBrasília/DF

Page 81: Revista Agitação n º 84 - CIEE

81Agitaçãonov/dez 2008

CIEE/SP e Unidades Administradas

SÃO PAULO: Capital (Sede) (11) 3040-9800 • Alphaville (11) 4134-3600 • Americana (19) 3405-6621 • Araçatuba (18) 3625-1088 • Araraquara (16) 3333-4441 • Assis (18) 3323-6396 • Atibaia (11) 4418-4848 • Avaré (14) 3732-9504 • Barretos (17) 3322-4178 • Batatais (16) 3661-0069 • Bau-ru (14) 3104-6000 • Botucatu (14) 3814-3781 • Campinas (19) 3705-1513 • Catanduva (17) 3525-1143 • Diadema (11) 4044-9791 • Franca (16) 3724-3636 • Guaratinguetá (12) 3125-4593 • Guarulhos (11) 6468-7000 • Hortolândia (19) 3865-5504 • Ituverava (16) 3729-2949 • Jaboticabal (16) 3202-8884 • Jacareí (12) 3961-3449 • Jaú (14) 3626-7573 • Jundiaí (11) 4586-4607 • Limeira (19) 3038-8785 • Lorena (12) 3157-8309 • Marília (14) 3413-1883 • Mococa (19) 3665-5251 • Mogi das Cruzes (11) 4799-2500 • Olímpia (17) 3279-8987 • Ourinhos (14) 3326-4434 • Piracicaba (19) 3424-5242 • Presidente Prudente (18) 3222-9733 • Ribeirão Preto (16) 3913-1050 • Santo André (11) 4436-5444 • San-tos (13) 3234-8929 • São Bernardo do Campo (11) 4126-9200 • São Carlos (16) 3364-2333 • São João da Boa Vista (19) 3623-3344 • São José do Rio Preto (17) 3234-2966 • São José dos Campos (12) 3234-2966 • São Sebastião (12) 3893-2453 • Sorocaba (15) 3212-2900 • Tambaú (19) 3673-2360 • Taubaté (12) 3631-2320 • Tupã (14) 3491-3798 - ACRE: Rio Branco (68) 3224-8794 - ALAGOAS: Maceió (82) 3338-2650 - AMAPÁ: Macapá (96) 3225-3914 - AMAZONAS: Manaus (92) 2101-4250 - BAHIA: Salvador (71) 2108-8900 • Camaçari (71) 3622-4848 • Feira de Santana (75) 3623-2866 • Ilhéus (73) 3634-1408 • Itabuna (73) 3613-8469 • Lauro de Freitas (71) 3288-2530 • Vitória da Conquista (77) 3424-4714 - DISTRITO FEDERAL: Brasília (61) 3701-4800 - CEARÁ: Fortaleza (85) 4012-7600 • Juazeiro do Norte (88) 3512-5995 • Sobral (88) 3613-3166 - GOIÁS: Goiânia (62) 4005-0750 • Anápolis (62) 3321-3500 • Itumbiara (64) 3431-5944 - MARANHÃO: São Luís (98) 3221-3003 • Imperatriz (99) 3523-4167 - MATO GROSSO: Cuiabá (65) 2121-2450 • Sinop (66) 3532-4887 - MATO GROSSO DO SUL: Campo Grande (67) 3382-3533 • Dourados (67) 3421-7555 - PARÁ: Belém (91) 3202-1450 • Marabá (94) 3322-4007 • Santarém (93) 3524-0202 - PARAÍ BA: João Pessoa (83) 2107-0450 • Campina Grande (83) 3341-2212 - PIAUÍ: Teresina (86) 3223-8885 - RIO DE JANEIRO: Capital (Sede) (21) 2505-1266 • Barra Mansa (24) 3323-4835 • Campos (24) 2722-6529 • Campo Grande (21) 2415-1282 • Duque de Caxias (21) 2671-7756 • Macaé (22) 2762-4616 • Madureira (21) 3350-5050 • Nova Friburgo (22) 2523-7438 • Nova Iguaçu (21) 2667-3405 • Niterói (21) 2719-4019 • Petrópolis (24) 2243-4873 • Realengo (21) 31594625 • Resende (24) 3360-6200 • Três Rios (22) 2255-1499 • Volta Redonda (24) 3342-0816 - RIO GRANDE DO NORTE: Natal (84) 3222-7709 • Mos-soró (84) 3312-2084 - RONDÔNIA: Porto Velho (69) 3221-3687 - RORAIMA: Boa Vista (95) 3624-2760 - SERGIPE: Aracaju (79) 3214-4447 - TOCANTINS: Palmas (63) 3215-5267

CIEEs AUTÔNOMOS

ESPÍRITO SANTO (CIEE/ES) - Vitória (Sede) (27) 3232-3200 - MINAS GERAIS (CIEE/MG) - Belo Horizonte (Sede) (31) 3429-8106 - PARANÁ (CIEE/PR) - Curitiba (Sede) (41) 3313-4333 - PERNAMBUCO (CIEE/PE) - Recife (Sede) (81) 3092-1555 - RIO GRANDE DO SUL (CIEE/RS) - Porto Alegre (Sede) (51) 3284-7000 - SANTA CATARINA (CIEE/SC) - Florianópolis (Sede) (48) 3216-1400

SISTEMA CIEE NACIONALCIEE NACIONAL

Brasília (Sede) (61) 3226-9919

Abge – Associação Brasileira de Geologia de Engenharia Ambiental (São Paulo/SP); Unifamma – Faculdade Metropolitana de Maringá (Maringá/PR); Universidade São Marcos (São Paulo/SP).

ERRATA:Foto da página 30, de Agitação 83, é de Lila Pupo e não de Dueli Palma, conforme publi-cado. Ambas são professoras da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP).

AtençãoSenhores empresários de Bauru/SP e re-gião, atual mente eu e meus amigos cur-samos Artes Gráficas no Senai de Bauru, um curso de dois anos, que oferece grande conhecimento na área gráfica. Somente 32 alunos têm esse privilégio e, para isso, passamos por um processo seletivo con-corrido. Peço, então, aos senhores empre-sários que se sensibilizem e nos ofereçam estágios em suas empresas, pois realmen-te precisamos aliar a teoria à prática. Aliás, venham fazer uma visita ao Senai. O ramo gráfico é essencial para a economia do país e muito importante que empresários tenham uma visão macrorregional do potencial dos futuros profissionais e nos dêem condições para que, no futuro, sejamos os especialis-tas que vocês necessitam.

RECEBEM AGITAÇÃO E AGRADECEM:

Gostaria de lembrar que estágio não é sinôni-mo de “escravidão branca” e sim de conhe-cimento prático. Não nos julguem pela idade, sexo, cor, classe social ou religião. Somos capazes de rea lizar vários tipos de treinamen-tos, pois somente o tempo, aliado à estrutura de suas empresas, nos dará a capacidade necessária para o pleno desenvolvimento na carreira.O Brasil é um país que precisa muito se desenvolver economicamente e, para isso, necessita de profissionais qualificados, pois, no futuro, podemos ter até um “apa-gão profissional”. Por isso, não dificultem ou desprezem nossa capacitação prática.

Francisco Lemos de AlmeidaBauru/SP

SugestãoDesde 2004 venho acompanhando o cresci-mento de Agitação e devo confessar que ela está cada vez melhor. Contudo, sinto falta de um espaço maior para o jovem na revista. Apesar da inserção do suplemento Agitação Jovem, acredito que as matérias poderiam dar mais ênfase aos assuntos voltados para esse público. Afinal, a excelência do trabalho do CIEE está em sua atuação como ponte entre o jovem e o mercado de trabalho.

Thiago SouzaJundiaí/SP

Antidrogas nas universidadesEm novembro, participei do Seminário Anti-drogas, realizado pelo CIEE na Universidade Nove de Julho, e gostei muito das palestras. Sem dúvida, o evento é muito esclarecedor e foge da mesmice do tipo “tome cuidado com as drogas”, “cuidado com as más influências que podem te levar para o mundo das drogas”, entre outras coisas que costumamos ouvir nos eventos desse tipo. Parabéns pela iniciativa.

Thaís LemesSão Paulo/SP

CIEE em TaubatéUma amiga havia comentado sobre os traba-lhos do CIEE e depois de ter acesso à revista Agitação na biblioteca da minha faculdade, pude ver a dimensão dessa instituição. Fiquei surpresa em ler nas páginas desse exemplar os diversos eventos gratuitos que o CIEE reali-za pelo Brasil, mas senti falta dessa presença na minha cidade. O posto de atendimento mais perto de casa fica em São José dos Campos, mas acredito que uma unidade aqui no meu município seria excelente para os estudantes.

Luiz Henrique OliveiraTaubaté/SP

Page 82: Revista Agitação n º 84 - CIEE

82

Arnaldo Niskier PONTO FINAL

ARNALDO NISKIER É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS (ABL), EX-SECRETÁRIO ESTADUAL DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO E PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO CIEE RIO.

A

Um dos aspectos mais notáveis da Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008, assinada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, é a sua fortíssima ligação com o mundo educacional. Nunca, antes, a Lei do Estágio tinha tido essa cono-tação pedagógica, como se pode depreender, de saída, pelo artigo 1º: “Estágio é ato educativo esco-lar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho pro-dutivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da edu-cação de jovens e adultos.”É um leque muito amplo de abran-gência, com a confirmação táci-ta de que o estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando. Um grande avanço, que estava sendo ansiosamente es-perado, depois de tantos anos de incompreensões e críticas injustas, acusando o sistema de ser apenas uma forma de obter mão-de-obra barata ou até mesmo trabalho es-cravo infantil e juvenil. Nada mais injusto e que agora ganha os seus trilhos definitivos e claros.

Estagiários com mais direitos

As novas regras contêm avanços muito importantes, como os tipos de estágio (obrigatório e não-obri-gatório), a carga horária, que será de quatro horas diárias e 20 horas semanais para estudantes de edu-cação especial e dos anos finais do ensino fundamental; seis horas diárias e 30 horas semanais para estudantes de ensino superior, da educação profissional de ensino médio e do ensino médio regu-lar, além de recesso remunerado (grande conquista) e bolsa e au-xílio-transporte, a serem pagos no caso de estágios não-obrigatórios, quando é uma atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória das escolas.Há outros aspectos a serem res-saltados no instrumento legal que entrou imediatamente em vigor (para os novos estágios): a duração é no máximo de dois anos, exceto

para o portador de deficiência (que não tem prazo determinado) e a permissão para que profissionais liberais devidamente registrados possam contratar estagiários. O alcance desse artigo é extraordi-nário, pois dará um grande reforço nas cidades em que predomina a prestação de serviços, ao mercado de trabalho e à necessária iniciação profissional. O Rio de Janeiro, por exemplo, tem 74 mil vagas dispo-níveis para o ensino superior e 25 mil para o médio.A nova carga horária, em períodos de exames nas escolas, poderá ser reduzida à metade, a fim de não pre-judicar os estudos dos estagiários, que ficam obrigados à apresentação semestral de relatórios relativos aos seus trabalhos. Não se caracteriza, com tudo isso, vínculo empregatício.Das várias instituições que oferecem estágios, a mais destacada, sem dú-vida, é o Centro de Integração Em-presa-Escola (CIEE), que tem uma vida exemplar de 44 anos de bons serviços comunitários e de alta res-ponsabilidade social. Já treinou no Brasil mais de sete milhões de es-tagiários e, hoje, no Rio de Janei-ro, tem mais de 25 mil jovens aos seus cuidados, além de mais de mil aprendizes (jovens de 14 a 24 anos incompletos). Nessa área, o Brasil é altamente profissionalizado.

A nova carga horária, em períodos de exames nas escolas, poderá ser

reduzida à metade, para não prejudicar os estudos dos jovens, que

precisam apresentar trabalhos semestrais.

Page 83: Revista Agitação n º 84 - CIEE
Page 84: Revista Agitação n º 84 - CIEE

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

CIEE0708-0188_206x265.pdf 9/24/08 2:09:09 PM