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Revista Agro&Negócios

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Referência no campo e na cidade

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AGROVICTORIA / LIMAGRAINEXCELÊNCIA EM

PRODUTOS E TECNOLOGIA

Do sucesso na lavouraao drama judicial

ROYALTIES Gestores apresentam andamento do planode governo

ADMINISTRAÇÃOPÚBLICA

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SUMÁRIO

58 5070Escoamentoda Safra78 Informativo

ACIJ Royalties Capa

Mapa da Mina7695 Artigo João Olivi

56 Artigo Lygia Pimentel

24 Artigo Amauri Marchese

46 Portal UFG

30 Feeling Empreendedor

20 Café com o Empresário

10 Portal do Campo

Envie sua sugestão de matéria para a Revista Agro&negócios: [email protected]

Leve essa ideia com você:

Diretor administrativo: Francis [email protected]

Direção de arte: Allan Paixã[email protected]

Reportagem / Edição:Tássia Fernandes (2703/GO)[email protected] Loose Pereira (15679/RS)[email protected]

Diagramação:Voz Propaganda

Colunista:Lorena Ragagnin

Artigos:Glauber SilveiraUniversidade Federal de Santa Maria/RS, Universidade Federal de Goiás (UFG), Glauber Oliveira, Amauri Marchese, Lygia Pimentel, Gabriel Rossi, João Batista Olivi e Leandro.

Colaboradores:Universidade Federal de Goiás (UEG)Sebrae/GOCâmara Municipal de Jataí

Impressão: PoligráficaTiragem: 3.000Distribuição dirigida: Jataí, Rio Verde, Mineiros

Contatos:(64) 8417-4977 – Francis Barros(64) 9956-2859 - Allan Paixão(64) 9642-5882 - Tássia (64) 9644-0714 - Luana(64) 9934-6066 - Michel

Site: www.agroenegocios.com.br

E-mail: [email protected]

facebook.com/agroenegocios

A Revista Agro&Negócios não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões presentes nos encartes publicitários, anúncios, artigos e colunas assinadas.

Edição 20ª - Revista Agro&negóciosAno 2013

A&F EditoraRua Napoleão Laureano, Nº 622

St. Samuel Graham - Jataí - GoiásCNPJ: 13.462.780/0001.33

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“Sem renovação não há transformação. Sem transformação não há evolução. Sem evolução não ha-verá nada”. Embasados na premissa do poeta brasileiro Adriano Hungaro, nós da Revista Agro&Negócios segui-mos trilhando nosso caminho e buscando sempre a re-novação, a inovação e, claro, a informação com credibili-dade e imparcialidade.

Chegamos ao terceiro ano e à nossa 20ª edição. Agora, de cara nova; equipe reforçada e muita disposi-ção. Nas próximas páginas você confere informações relevantes, que abrangem todo o estado de Goiás, espe-cificamente os municípios de Jataí, Mineiros e Rio Verde.

No meio rural, marcamos presença durante as discussões que trataram da cobrança dos roylaties pela Monsanto sobre a tecnologia RR1 e nesta edição publi-camos uma reportagem completa sobre o assunto. Tam-bém fizemos um balanço entre os índices de produção da safra 2012/13 e os problemas encontrados para garantir o escoamento dos grãos. No meio empresarial, fomos a Mineiros, para saber como Enalro José Pereira, proprie-tário das lojas Du Naro, Perpétua e Cinderela, consegue se destacar no mercado, pontuando algumas dicas para quem deseja assumir o negócio próprio. De Rio Verde, trazemos um bate-papo com os empresários Everaldo e Toninho, que estão à frente do Grupo Tec Agro e mos-tram como a empresa Sementes Goiás se consolidou no estado.

Também fizemos um tour junto à equipe da Cara-muru, passando por propriedades goianas onde a agri-cultura familiar recebe a atenção especial da empresa; parte desta aventura você acompanha no Portal do Cam-

po. Com data marcada para acontecer, os preparativos da 41ª edição da Expaja seguem a todo vapor e a nossa equipe destaca o passo a passo da organização do even-to que será realizado no mês de junho.

A partir desta edição você acompanha a opinião de profissionais renomados que passam a assinar co-lunas na Agro&Negócios. Amauri Marchese – ex-presi-dente da Associação Brasileira de Comunicação Empre-sarial - trará dicas preciosas para os empresários que nos seguem. Gabriel Rossi – especialista em marketing digital – abordará pontos importantes que vão auxiliar o empresário a utilizar as mídias digitais em favor do seu empreendimento. Lygia Pimentel – especialista em commodities com ênfase em mercado pecuário – vai en-riquecer nosso periódico com informações relevantes, direcionadas a pecuaristas e empresários rurais. João Batista Olivi – jornalista do Canal Rural e do site Notícias Agrícolas – compartilhará seu conhecimento para que o agricultor possa seguir adiante com mais confiança.

Além das novas parcerias, temos o prazer de continuar apresentando o ponto de vista e a análise de profissionais reconhecidos e capacitados que já nos acompanham nesta jornada, como da advogada Lorena Ragagnin e do presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira.

Para selar o pacote de novidades, você vai se sur-preender com as novas editorias da Agro&Negócios e se deliciar com o quadro Cozinhado, assinado pelo Restau-rante Tia Nena.

Conteúdo de qualidade você confere aqui!Boa leitura!

EDITORIAL POR TÁSSIA FERNANDESE LUANA LOOSE PEREIRA,

JORNALISTAS RESPONSÁVEIS

DIRETORIA ADMINISTRATIVA EQUIPE AGRO&NEGÓCIOS

TÁSSIA FERNANDESLUANA LOOSE PEREIRAFRANCIS BARROSALLAN PAIXÃO

MICHEL GIMENES

JORNALISTA JORNALISTA COMERCIAL

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AGENDA

CONECTADO

Quando: 14 a 18 de maio de 2013Onde: Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, BR 251 km 05, em propriedade da COOPA-DF, Brasília/DF

Mais informações: http://www.agrobrasilia.com.br/

AGROBRASÍLIA 2013AGRISHOW 2013Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação

Family buniness 2013. 13º Congresso Nacional de Vendas

Quando: 29 de abril a 03 de maio de 2013Onde: Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro-Leste, em Ribeirão Preto – SP

Mais informações: http://www.informagroup.com.br/site/hotsite.asp?idevento=377

Quando: 7 a 8 de maio de 2013Onde: Teatro Alfa – Hotel Transamérica, Rua Bento Bran-co de Andrade Filho, 722. Santo Amaro – São Paulo (SP)

Mais informações: http://eventos.hsm.com.br/foruns/forum-hsm/family-business-2013/

Quando: 25 de maio de 2013Onde: Centro de Convenções Rebouças, Avenida Rebouças, 600, São Paulo/SP.

Mais informações: http://www.klatreinamentos.com.br/13congresso/

Plantas de coberturados solos do cerrado A Estratégia do Oceano Azul

Resultado do trabalho de pesquisadores, pro-fessores e estudantes, a publicação sobre as plantas de cobertura do solo, representa uma importante referência para profissionais e especialistas da área, assim como para produtores que também precisam compreender a necessidade do manejo adequado para garantir produtividade e qualidade no campo.

Este livro apresenta uma nova maneira de pen-sar sobre Estratégia. Os autores estudaram 150 ga-nhadores e perdedores em 30 indústrias diferentes, o que eles acharam é que empresas que criam novos nichos, fazendo da concorrência um fator irrelevante, encontram outro caminho para o crescimento, o livro ensina como colocar em prática essa Estratégia.

Onde encontrar:http://vendasliv.sct.embrapa.br

Autor: W. Chan Kim, Renée MauborgneOnde Encontrar: www.ciadoslivros.com.br

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A cooperativa COMIGO com o apoio da empre-sa BASF S.A., promoveram no início do ano, o Dia de Campo SOJA. Sediado pela família Gorgen, o evento aconteceu na Fazenda Ariranha – Lugar Certeza de propriedade de Atílio Dionísio Gorgen.

Segundo Denilson Zapararolli, representante técnico de vendas da empresa BASF S.A. em Jataí/GO, o evento teve como objetivo apresentar na prática os resultados em fertilidade de solo e os benefícios fisio-lógicos do manejo preventivo de doenças na cultura da soja. “Neste dia de campo visamos à parte técnica que é primordial e demonstramos os benefícios gera-dos pela implantação do programa Agcelence da BASF S.A., uma vez que nesta propriedade, via cooperativa, foi utilizado este tipo de manejo em 100% da área cul-tivada.”

Durante o evento, os produtores rurais tiveram a oportunidade de ingressar em meio à lavoura e tirar suas dúvidas a respeito do manejo utilizado. Para De-nilson Zapararolli, este é um dos grandes diferenciais dos eventos idealizados pela BASF S.A. “Nossa preo-cupação é que o produtor adquira informações no am-biente com o qual ele está acostumado. Na fazenda, ele fica mais a vontade para fazer perguntas. Então nós promovemos estes eventos para que os agricultores possam interagir e para que possamos dar as respos-tas da melhor maneira possível”, destaca Denilson.

Adroaldo Gorgen, proprietário da fazenda, sa-lienta que a realização de eventos deste porte só traz benefícios para quem participa. “Desde que começa-mos na atividade agrícola nós utilizamos os produtos da BASF S.A. e através deste evento nós estamos tendo a oportunidade de apresentar para outros produtores a nossa experiência, o tipo de manejo e fertilizantes que utilizamos por meio da cooperativa COMIGO e também os herbicidas e fungicidas que implantamos com o pro-grama Agcelence da BASF S.A.. Tudo isso é importante para que todos entendam como chegamos a esses ín-dices de produtividade em nossa lavoura comercial”.

Reginaldo Pires, gerente da cooperativa CO-MIGO em Jataí/GO, salienta que a geração e a difusão de tecnologias são alguns dos principais objetivos da cooperativa desde sua fundação, em 1975. “Trabalha-mos para que o produtor possa saber exatamente o que ele tem que fazer na lavoura. Para isso, apostamos no acompanhamento de agrônomos e técnicos agríco-las e também na realização de eventos como este dia de campo, onde os produtores podem estar atentos aos resultados obtidos com a utilização de determi-nadas tecnologias e também, principalmente, onde as equipes técnicas de nosso município podem se atua-lizar sobre tudo que vem acontecendo na prática nas lavouras de nossa região”.

Dia de Campo SOJACOMIGO e BASF S.A. realizam evento em lavour a comercial no município de Jataí/GO

POR LUANA LOOSE PEREIRA

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Dia de Campo SOJA

Parceiras de longa data, a cooperativa COMIGO e a mul-tinacional BASF S.A., possuem no desejo de investir no desen-volvimento técnico e científico da agricultura promovendo o incremento da produtividade, um objetivo em comum. De acor-do com Denilson Zaparolli, representante técnico de vendas da empresa BASF S.A., a multinacional aposta na cooperativa COMIGO como principal via de acesso ao agricultor, tanto em relação a aspectos técnicos como comerciais, na divulgação e implantação dos produtos e programas criados pela BASF S. A..

“Os produtores da região adquirem todos os produtos da BASF S.A. via cooperativa COMIGO. Além disso, eles também recebem assistência técnica, sobre posicionamento de produto e time de aplicação através de profissionais da entidade, fato que garante o diferencial no desempenho das plantas na lavou-ra”, explica Denilson.

Reginaldo Pires, gerente da COMIGO em Jataí/GO, afir-ma que a cooperativa em 37 anos de existência vem buscando estar aliada aos principais institutos de pesquisa e também as multinacionais de destaque no mercado, como a BASF S.A.. Nós objetivamos trabalhar com as multinacionais que estão focadas no desenvolvimento de novas tecnologias. No contexto agrícola atual, é importantíssimo haver incremento de produção e a em-presa BASF S.A. tem um portfólio de produtos que contempla o que há de melhor em tecnologia para ser aplicada no campo”, pontua Reginaldo.

PARCERIA DE SUCESSO

Novo manejo para 2013/2014

Um dos pontos altos do dia de campo SOJA foi a palestra ministrada pela doutora Jurema Rat-tes, entomologista, professora da Universidade Rio Verde (FESURV). A palestra teve como tema o novo manejo no controle de lagartas na cultura da soja.

Denilson Zaparolli, representante técnico de vendas da empresa BASF S.A., afirma ainda que este manejo é novidade no mercado e deve ser testado já na próxima safra.“Esse novo manejo apresenta-do durante a palestra ainda não foi utilizado em la-vouras comerciais. Essa técnica vai ser comunicada, para que o agricultor não seja surpreendido e possa estar preparado para tomar as devidas providências caso fenômenos de migração de pragas ocorram no decorrer da safra 2013/14.”

A pesquisadora afirma que dois fatores são fundamentais na estrutura deste novo manejo. “A Primeira atitude a ser tomada é realizar um manejo preventivo, para não ser surpreendido pela ocorrên-cia da lagarta. Segundo é conhecer a praga, saber onde amostrar para combatê-la de forma eficaz”.

Jurema destaca ainda que a consciência do produtor em relação à busca por informações tem facilitado bastante o trabalho e garante hoje os bons resultados em produtividade. “Atualmente os produtores estão muito mais tecnificados e isso se reflete nos altos índices de produtividade que nós estamos encontrando em nossa região. A participa-ção dos produtores em palestra técnicas como esta é fundamental para que ele tenha cada vez mais conhecimento para aplicar de forma consciente em sua propriedade”, conclui a palestrante.

COMIGO e BASF S.A. realizam evento em lavour a comercial no município de Jataí/GO

Trabalhamos para que o pro-dutor possa saber exatamente o que ele tem que fazer na lavoura. Para isso, apostamos no acompa-

nhamento de agrônomos e técnicos agrícolas e também na realização de

eventos como este dia de campo

“Reginaldo Pires, gerente da COMIGO - Jataí/GO ”

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Com a tecnologia presente até no nome, a TEC AGRO já começou 2013 mostrando aos produtores rurais as novidades e tendências do mercado. Pelo terceiro ano consecutivo a empre-sa promoveu o Dia de Campo em Jataí/GO, evento realizado em parceria com o agricultor Osvino Sandri. “Nosso papel é buscar a tecnologia junto aos nossos fornecedores, compreendê-la e repassá-la ao homem do campo”, destaca Antônio Pimenta, sócio proprietário da TEC AGRO. An�itrião do Dia de Campo, Osvino Sandri, destaca que a con�iança é o alicerce que tem consolidado a parceria com o grupo ao longo dos anos. “A TEC AGRO é uma empresa de muita seriedade e honestidade, além disso, a equipe está sempre trabalhando para trazer informações relevantes para nós”. Osvino também ressalta a importância do produtor rural acom-panhar e aderir ao surgimento de novas tecnologias. “É preciso inovar, porque quem �ica parado está andando para trás”. Dirceu Giombelli, gerente da TEC AGRO Jataí, classi�ica

o Dia de Campo como uma vitrine em que o produtor rural tem a oportunidade de conhecer os produtos disponíveis no merca-do e, posteriormente, com o auxílio da equipe técnica da empre-sa, optar pelas tecnologias que melhor se encaixam na sua lavoura. O evento contou com a participação de seus fornece-dores, Sementes Goiás, Bayer CropScience, Monsanto: Semen-tes Agroceres, Roundup e Intacta, que através de suas apresen-tações repassaram muitas informações e conteúdo ao produtor rural. Os produtores jataienses mostraram que estão preocupados em se pro�issionalizarem tanto da porteira para fora quanto da porteira para dentro e marcaram presença durante o evento. Mesmo com o tempo chuvoso, mais de 300 pessoas participaram da terceira edição do Dia de Campo, que reuniu pesquisadores, produtores rurais e pro�issionais do agronegócio.

Entrega de homenagem Osvino Sandri e Atair do PradoEquipe TEC AGRO

Dia de Campo TEC AGRO / Osvino Sandri reúne mais de 300 convidados

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Com a tecnologia presente até no nome, a TEC AGRO já começou 2013 mostrando aos produtores rurais as novidades e tendências do mercado. Pelo terceiro ano consecutivo a empre-sa promoveu o Dia de Campo em Jataí/GO, evento realizado em parceria com o agricultor Osvino Sandri. “Nosso papel é buscar a tecnologia junto aos nossos fornecedores, compreendê-la e repassá-la ao homem do campo”, destaca Antônio Pimenta, sócio proprietário da TEC AGRO. An�itrião do Dia de Campo, Osvino Sandri, destaca que a con�iança é o alicerce que tem consolidado a parceria com o grupo ao longo dos anos. “A TEC AGRO é uma empresa de muita seriedade e honestidade, além disso, a equipe está sempre trabalhando para trazer informações relevantes para nós”. Osvino também ressalta a importância do produtor rural acom-panhar e aderir ao surgimento de novas tecnologias. “É preciso inovar, porque quem �ica parado está andando para trás”. Dirceu Giombelli, gerente da TEC AGRO Jataí, classi�ica

o Dia de Campo como uma vitrine em que o produtor rural tem a oportunidade de conhecer os produtos disponíveis no merca-do e, posteriormente, com o auxílio da equipe técnica da empre-sa, optar pelas tecnologias que melhor se encaixam na sua lavoura. O evento contou com a participação de seus fornece-dores, Sementes Goiás, Bayer CropScience, Monsanto: Semen-tes Agroceres, Roundup e Intacta, que através de suas apresen-tações repassaram muitas informações e conteúdo ao produtor rural. Os produtores jataienses mostraram que estão preocupados em se pro�issionalizarem tanto da porteira para fora quanto da porteira para dentro e marcaram presença durante o evento. Mesmo com o tempo chuvoso, mais de 300 pessoas participaram da terceira edição do Dia de Campo, que reuniu pesquisadores, produtores rurais e pro�issionais do agronegócio.

Entrega de homenagem Osvino Sandri e Atair do PradoEquipe TEC AGRO

Dia de Campo TEC AGRO / Osvino Sandri reúne mais de 300 convidados

“Está no DNA da TEC AGRO a presença no campo junto ao produtor rural, para atender às suas necessidades com as tecnologias ofere-cidas pelos nossos fornecedores. Para obter sucesso é preciso somar os esforços, unindo a empresa, a equipe de assistência técnica, os fornecedores e o produtor rural.”Antônio Pimenta, sócio proprietário TEC AGRO.

“Fazer uso da tecnologia disponível é um dos mecanismos para garantir médias de produtividade satisfatórias. Eventos como Dias de Campo têm duas �inalidades básicas, a primeira delas é apresentar as novidades aos agricultores e, por meio dos dados obtidos nos testes realizados pela empresa, destacar quais são indicadas para serem utilizadas na nossa região. A agricultura é muito dinâmica, é uma das atividades que mais se movimenta e que mais está evoluindo

nos últimos anos, daí a importância de promover Dias de Campo, para deixar o produtor rural por dentro dos lançamentos. No dia a dia estamos sempre muito atarefa-dos, por isso, devemos aproveitar encontros como esses para rever os amigos, trocar ideias e conversar um pouco”.

Antônio Gazarini, produtor rural.

Estande Sementes Goiás

Estande Bayer CropScienceRoberson e Antônio LuisEstande Roundup

Lauro, Fábio e OsvinoEstande Bayer CropScience

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COMERCIALIzAçÃO E MERCADO AGRíCOLA 2013

Rodadas de seminários levam informações aos produtores rurais goianos

A Federação da Agricultura e Pe-cuária de Goiás (Faeg), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e com os sindicatos rurais muni-cipais, realizou durante o mês de janeiro uma série de seminários com o tema “Co-mercialização e Mercado Agrícola 2013”.

O evento passou pelas principais regiões produtoras de soja, milho e algo-dão do estado de Goiás, levando aos pro-dutores informações sobre o mercado de commodities agrícolas. Jataí foi o primeiro município a receber a palestra, seguido de Itumbiara, Paraúna, Rio Verde, Catalão, Formosa, Goianésia e Niquelândia.

Para José Mário Schreiner, pre-sidente da Faeg, apesar de grande parte da produção da safra 2012/13 já ter sido comercializada, a busca por informações sobre mercado é fundamental, para que o produtor possa tomar decisões mais acer-tadas ao comercializar aquilo que falta e, principalmente, para planejar o cultivo da próxima safra.

Nos últimos anos os agricultores goianos têm se atentado para este deta-lhe, o que tem feito a diferença, de acor-do com José Mário. “É uma mudança de comportamento que os produtores estão tendo em Goiás e em todo o Brasil. Eu di-ria que eles estão mais profissionalizados, fortes, expandindo as atividades e seguin-do rumo ao sucesso”.

Foi aberta a rodada dos Seminários Regionais com a pa-lestra do engenheiro agrônomo e especialista em mercado agrícola, Leonardo Sologuren. O presidente do Sindicato Rural do município, Ricardo Peres, reforçou a importância dos produtores rurais buscarem informações constante-mente. “Não basta investir em tecnologia, é preciso estar bem informado para ter condições de firmar bons negó-cios e obter sucesso na lavoura”. Também participou do evento o presidente do Sindicato Rural de Serranópolis, Edivam de Oliveira Lima

Mais uma vez, Leonardo Sologuren levou aos produtores rurais informações sobre o cenário dos preços das com-modities, referente ao ciclo agrícola 2012/13. O diretor do Sindicato Rural do município, Sadi Seco, elogiou a iniciativa da Faeg, de selecionar profissionais capacitados para con-tribuírem com a classe agropecuária por meio dos seminá-rios. “O produtor precisa participar de palestras e eventos que têm o propósito de levar conhecimento, assim, ele fica atualizado sobre as tendências de mercado das commodi-ties agrícolas”.

EM RIO VERDE

EM JATAí

POR TÁSSIA FERNANDES

JOSÉ MÁRIO SCHREINER, PRESIDENTE DA FAEG

LEANDRO SOLOGUREN, ESPECIALISTA EM MERCADO AGRíCOLA

PORTAL DO CAMPOF

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Leonardo Sologuren, que conduziu as palestras em Jataí e Rio Verde, destacou que 2012 foi um ano complicado para a produção agrícola, devido à situa-ção climática desfavorável em alguns países, principal-mente nos Estados Unidos. Para o especialista, o cená-rio favoreceu o Brasil e fez com que a produção do país ganhasse destaque internacional.

Entretanto, o palestrante acredita que os pre-ços da soja e do milho alcançados no ano passado não se repetirão em 2013. De acordo com Leonardo, ape-sar da demanda crescente pelos produtos na China, há excesso de estoques no país asiático, o que pode de-terminar preços mais equilibrados, sem grandes altas.

“A diferença entre o crescimento da produção (07%) e do consumo (09%), registrados no último ano, contribuíram para que o preço das commodities aumentasse; cenário que não deve se repetir agora”. Por conta disso, o conselho do especialista é vender a produção do milho segunda safra o quanto antes, en-quanto os preços estiverem bons.

ANÁLISE DE MERCADO

Com a afirmação, o presidente da Federa-ção de Agricultura e Pecuária de Goiás, José Mário Schreiner, enfatizou a importância do estado no que diz respeito à atividade agropecuária.

• Nesta safra foram cultivados 4,5 milhões de hecta-res com grãos em Goiás.• Principal cultura plantada foi a soja, ocupando 2,8 milhões de hectares do total cultivado.• Milho: 1,1 milhão de hectares do total.

“Goiás é oceleiro do Brasil”

Com o objetivo de mostrar o tra-balho que tem sido realizado junto aos agricultores familiares, a Caramuru promo-veu mais uma edição do Rally dos Assen-tamentos. A parceria com os produtores rurais teve início na safra 2006/07 e, desde então, a empresa viabiliza a aquisição de máquinas e implementos agrícolas, realiza cursos de capacitação e presta assistência técnica gratuita. “O objetivo principal das ações é contribuir com o aumento da ge-ração de renda”, destaca o gerente da agri-cultura familiar, André Luiz Silva Soares. Nas propriedades rurais dos as-sentados, as áreas de pastagens degra-dadas deram lugar às lavouras de soja; cenário nunca antes imaginado pelos agri-cultores. Para Sebastião Alves Ribeiro, que

há quatro anos mora no Assentamento 3T, em Jataí, a oportunidade de cultivar soja só veio com o auxílio da Caramuru. “Para nós era muito difícil investir na lavoura, principalmente, devido às dificuldades de acesso ao crédito. A chegada da Caramu-ru facilitou a nossa vida e, sem dúvidas, vai contribuir com o aumento da nossa renda”, comemora. Toda a soja produzida nos assen-tamentos é adquirida pela empresa e desti-nada para a produção de biodiesel. “As duas unidades da Caramuru, responsáveis pela geração do produto, têm capacidade para processar 450 milhões de litros de biodie-sel por ano”, enfatiza David Depiné, diretor de originação da empresa. Durante os três dias de Rally, a equipe da Caramuru visitou propriedades rurais localizadas nos municípios de Jataí, Rio Verde, Santa Helena, Acreúna e Morri-nhos.

• Continue por dentro desta aventura na próxima edição da Agro&Negócios.

• Veja mais fotos do Rally no site:www.agroenegocios.com.br

CARAMURU REALIzA SEGUNDA EDIçÃO DO RALLy DOS ASSENTAMENTOSPOR LUANA LOOSE PEREIRA E TÁSSIA FERNANDES

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Foto: Luana Loose Pereira

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Conhecer para recomendar. Esta é a linha de pensamento da Agrogene, que comprova, na prática, a qualidade dos produtos disponibilizados pela empresa. É na área experimental, localizada na Fazenda Corina, município de Jataí/GO, que os testes são realizados. Diversas variedades de soja e milho são cultivadas em pequenos talhões, para que o potencial produtivo seja avaliado. “O objetivo do trabalho é o ganho de conhecimento. Analisando as cultivares de perto, temos mais se-gurança para levar a informação ao agricultor”, ressalta Ilson Costa, Engenheiro Agrônomo e di-retor da Agrogene.

Para que a troca de informações seja ainda mais eficiente, a Agrogene decidiu, pelo segundo ano consecutivo, abrir as portas da pro-priedade, promovendo um Dia de Campo diferen-ciado. Acompanhar o lançamento e a evolução de tecnologias voltadas para a lavoura tem sido fundamental para garantir elevados índices de produtividade e rendimentos satisfatórios. “É um conjunto de ações que leva você a acertar e se você não conhece, não sabe recomendar”, conclui Ilson.

AGROGENEInformação e conhecimento a serviço do produtor rural

“É um momento importante, pois o agricultor tem a oportunidade de expor as suas conclusões, ouvir a opinião dos colegas de profissão e esclarecer dúvidas junto aos representantes das multinacionais”.

Antônio Gazarini, produtor rural.

“Eventos como este fazem toda diferença, pois as informações repassadas ajudam o produtor rural a planejar a próxima safra, contribuindo com a escolha dos produtos que serão utilizados”.

Volmir Maggioni, produtor rural.

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POR TÁSSIA FERNANDES

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(64) 3631-8999

Empresas Participantes

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GabrielRossiGabriel Rossi é palestrante e diretor da Gabriel Rossi Consultoria www.gabrielrossi.com.br

Todas as marcas – empresas ou imagens públicas – enfrentam situações de crise, variando em extensão, pro-porção e origem. Não tem jeito. Inexiste uma marca que esteja garantida contra atribulações. Uma falha humana, uma situação inesperada, uma condição da natureza… há inúmeros motivos para o trem descarrilar. Aí, me apro-priando do dito popular, chega a hora de fazer do limão uma limonada.

Hoje em dia, além de todo o trabalho para enfren-tamento de crises no chamado mundo real, é preciso ter cuidado especial com o mundo virtual. Já não são raros os casos de empresas afetadas negativamente via redes sociais.

Os blogs também estão a todo vapor, para o bem e para o mal. Há ainda certa corrida desenfreada em busca de espaço na web, especialmente nas redes sociais. São marcas que vão para o “www” sem planejamento, sem profissionalismo. Mais do que a falta de resultados, estas situações podem gerar uma imagem negativa na rede.

Neste ano, o caso mais emblemático de dano à ima-gem em redes sociais ocorreu com a Brastemp, alvo de crí-ticas no Twitter após um consumidor mostrar-se indignado com uma falha da empresa. Após postar um vídeo no You-Tube, teve seu caso escancarado no microblog e conseguiu o apoio de milhares de consumidores. À Brastemp coube a rendição à falha e a tentativa de mudança de rumo.

A boa notícia é que não há impacto que seja eterno. Com uma gestão profissional e muito trabalho é possível virar o jogo. Em primeiro lugar é necessário agir de forma muito rápida. Hoje em dia, ser veloz já não é suficiente. É preciso ser, devo dizer, extremamente veloz. E, para isso, deve-se ter um trabalho prévio de monitoramento de mar-ca em todos os espaços.

Empresas mais preparadas têm equipes ou se valem de profissionais especializados para desenvolver planos de contingência e monitorar o que acontece no mundo virtual. Monitorar, neste caso, é muito mais do que simplesmente abrir um laptop e ver o que há na internet. É, sim, saber ouvir e aprender diariamente com o que os consumidores estão disseminando sobre sua marca ou empresa.

Uma vez que se consegue ouvir o discutido sobre sua marca, é preciso, então, agir prontamente com trans-parência, relevância e autenticidade. A JetBlue, por exem-

plo, soube resolver esta equação há poucos anos. CEO à época, David Neeleman, dono da companhia Azul, em operação no Brasil, assumiu total responsabilidade sobre o problema que a empresa enfrentou em 2007 em Nova York.

A companhia aérea teve dificuldades no aeroporto JFK e, considerando seu posicionamento de viagem diver-tida e humanizada, Neeleman percebeu que a demanda era por uma rápida resposta.

Produziu um vídeo em tom emocional e aparente-mente sincero, afirmando que todas as providências para evitar longos atrasos e melhorar os serviços seriam toma-das. Neeleman ainda se desculpou de forma humilde. E a condução, vale reforçar, foi toda liderada pelo então presi-dente da companhia, o que deu credibilidade à mensagem.

Uma crise nas redes sociais segue o mesmo prin-cípio. Deve-se entender como agem os geradores da crí-tica boca a boca, como estão os setores de qualidade e as características do produto – atendimento ao consumidor, call-center, ambiente interno etc. Tudo com riqueza de de-talhes. Em algum ponto certamente está é a origem deste boca a boca digital. Estar no meio do furacão sem conhe-cer estes aspectos pode ser fatal.

Análise – verificando como atuam os internautas que discutem a marca, é preciso conhecê-los. Quem são os blogueiros que mais impactam na comunidade web? – e aí não falo de blogueiros/jornalistas consagrados, mas do blogueiro que reverbera suas opiniões nas comunidades. É preciso analisar o tom desta conversa: é jocoso, é im-parcial, é emocional? Quais são as chances de a empresa conseguir interagir planejadamente com este público?

As companhias precisam, ainda, repensar seus pró-prios websites. Muitos deles não estão preparados para momentos de crise, são engessados e foram desenvolvidos em uma época de outra realidade digital. É preciso admitir a relevância do website – que passou há muito do estágio de simples cartão de visita da empresa.

Há uma conclusão em todo este processo. Se a em-presa já está em crise, inclusive na web, é preciso aprender com o momento. E crescer, melhorar, ampliar. Para algu-mas empresas e marcas, fica provado, a crise é o melhor que acontece.

CRISE NA wEB:FAçA DO LIMÃO UMA LIMONADA

WEB E NOVAS TECNOLOGIAS

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Agro&Negócios: Como tem sido a evolução da empresa ao longo dos 14 anos de permanência no mercado?

Antônio Pimenta/Everaldo Pereira: Em 1999 foi construída uma unidade de armazenagem e beneficia-mento com capacidade para 100 mil sacas de soja. Qua-tro anos depois foi instalada uma câmara fria para mais 100 mil sacas. Em 2010 construímos mais um armazém refrigerado, com capacidade para aproximadamente 200 mil sacas, junto com silos para recebimento de grãos, com capacidade total de 27 mil toneladas. Neste ano a empresa finaliza outro projeto e o objetivo é aumentar a capacidade para 800 mil sacas, a partir da instalação de uma nova UBS e de 5.800m² de armazém refrigerado.

Agro&Negócios: Com este volume, como a Sementes Goiás se posiciona no mercado?

Antônio Pimenta/Everaldo Pereira: Atualmen-te, atendemos todo o Sudoeste Goiano e com a expansão da empresa iremos entrar, também, na região Sul do es-tado. Estamos entre as maiores empresas produtoras de

Agro&Negócios: Três anos depois de fundada a Tec Agro, surge para fazer parte do Grupo a Se-mentes Goiás. Trabalhar com a produção de semen-tes era uma decisão planejada?

Antônio Pimenta/Everaldo Pereira: Sim. A ati-vidade está no DNA da Tec Agro, pois o Grupo nasceu de dentro de uma empresa de pesquisa e produção de semen-tes de soja em Brasília, a FT-Pesquisa. Em 2013 a Tec Agro completa 17 anos e a Sementes Goiás 14. Trabalhamos com a marca própria da empresa e em Jataí vendemos sementes por meio de representantes comerciais.

Agro&Negócios: Qual a capacidade produtiva da empresa?

Antônio Pimenta/Everaldo Pereira: Na última safra comercializamos 340 mil sacas de sementes de soja; na próxima pretendemos atingir a marca de 500 mil. Es-tamos finalizando uma terceira etapa de ampliação na es-trutura da empresa e o objetivo é chegar à capacidade de beneficiamento de 800 mil sacas. O produto pode ser en-tregue na Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS) em sacas de 40 kg ou em bags de 1.000 kg.

SEMENTES GOIÁSTrajetória marcada pelo contínuo investimento

em novas tecnologiasPOR TÁSSIA FERNANDES

CAFÉ COM O EMPRESÁRIO

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Goiás. Entretanto, vale ressaltar que a nossa prioridade não é o aumento da quantidade e sim da qualidade do pro-duto que é oferecido. Estamos investindo e melhorando a cada dia.

Agro&Negócios: Como é a relação da Semen-tes Goiás com os investimentos em tecnologia?

Antônio Pimenta/Everaldo Pereira: A agricultu-ra, de modo geral, vive um momento de altos investimen-tos em tecnologia e a nossa empresa não fica atrás. Temos uma das instalações mais modernas do Brasil, com três UBS, que possuem equipamentos de ponta para seleção, beneficiamento e classificação de sementes. Armazéns re-frigerados, que controlam a temperatura e a umidade do ar durante todo o período de armazenamento da semente. Laboratório, que possui equipe interna e externa com foco exclusivo no controle de qualidade. Além disso, a Sementes Goiás também é pioneira na realização de diversos pro-cedimentos, entre eles, a secagem a gás para sementes, com temperatura controlada; armazenagem refrigerada; Tratamento Industrial de Sementes (TSI) e introdução da tecnologia RR. Inclusive, já estamos preparados para par-

ticipar do lançamento da Intacta, nova tecnologia para cul-tura da soja.

Agro&Negócios: Como se destacar em uma região que recebe cada vez mais empresas do setor agrícola?

Antônio Pimenta/Everaldo Pereira: Focan-do em qualidade, respeitando os clientes, conhecendo as necessidades dos agricultores e antecipando as soluções. Prova disto é o pioneirismo no TSI, que há 04 anos é reali-zado, em parceria com a Bayer, e oferece melhor controle de pragas e doenças. Também trabalhamos com as melho-res empresas de genética, disponibilizando para o cliente variedades altamente produtivas.

Agro&Negócios: O TSI, oferecido pela empre-sa, é uma alternativa viável e recomendada?

Antônio Pimenta/Everaldo Pereira: Sem dúvi-das. A máquina oferece uma qualidade que só é possível devido à alta tecnologia, distribuindo o produto na semen-te de maneira uniforme. Neste ano tivemos a certeza dis-so, pois com a falta de chuva, a semente tratada suportou mais o estresse hídrico; fato comprovado pelos próprios agricultores. Além disso, aumenta a resistência a deter-minados tipos de pragas e doenças, protegendo o stand inicial e o início do desenvolvimento da cultura. Entretanto, é fundamental monitorar a lavoura, pois podem aparecer novas pragas/doenças que o tratamento não contempla. Nossa meta é entregar 100% das sementes tratadas; já que o TSI ainda diminui os riscos e a mão de obra.

Agro&Negócios: Para chegar à consolidação do Grupo, quais os principais desafios enfrentados?

Antônio Pimenta/Everaldo Pereira: Passamos por diversas crises na agricultura, principalmente, com a presença de doenças que devastaram as lavouras, como

Os produtores rurais goianos têm como característica o fato de serem tecnificados e de estarem sempre antenados às novas tec-nologias disponíveis para o setor. Diferencial que põe em xeque a eficácia de muitas empresas do ramo agrícola. Disputando espa-ço em um mercado cada vez mais acirrado, é preciso aprimorar, constantemente, a qualidade dos serviços prestados e dos produ-tos oferecidos. Só assim é possível atender ao cliente, que além de ser exigente, está rodeado de opções. Há 14 anos no mercado, a Sementes Goiás, que faz parte do Grupo Tec Agro, vem seguin-do nesta linha. A empresa comercializou mais de 300 mil sacas de sementes de soja na última safra. O objetivo é aumentar para 500 mil no próximo ciclo de plantio e a meta é chegar à capacidade de beneficiamento de 800 mil sacas. Os diretores da empresa, Antô-nio Pimenta e Everaldo Pereira, dão a dica de como se consolidar no estado que está entre os maiores produtores de grãos do país.

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o cancro da haste, ferrugem, oídio, entre outras. Porém, nossa equipe é altamente qualificada e, felizmente, supe-ramos as dificuldades. Agora, nos preparamos diariamente para enfrentar problemas que por ventura possam surgir. O grupo está consolidado, temos uma marca reconhecida e a preocupação é continuar merecendo respeito e credibili-dade. Temos uma grande equipe de gestores e agrônomos, focados no trabalho de campo, levando toda informação que os clientes precisam.

Agro&Negócios: Entre as missões da Semen-tes Goiás está a geração de alimentos com responsa-bilidade sócio ambiental. Dentro deste ideal, como é a relação da empresa com a sustentabilidade?

Antônio Pimenta/Everaldo Pereira: Temos to-das as preocupações necessárias com o meio ambiente e com a segurança dos nossos colaboradores e clientes. Seguimos rigorosamente todas as recomendações. O pró-prio TSI é uma ação sustentável, pois retirando a aplicação das fazendas e trazendo para a indústria, oferecemos uma melhor infraestrutura, com cuidados voltados à natureza e ao ser humano. Também realizamos investimentos em diversas outras práticas sustentáveis, desde o incremento do plantio direto, redução do uso de defensivos e eventos de biotecnologia, como o lançamento da soja Intacta.

Agro&Negócios: Qual o grande gargalo en-frentado pelo setor na região?

Antônio Pimenta/Everaldo Pereira: Com toda

certeza a logística é o principal problema, considerando as péssimas condições das estradas e, principalmente, a falta de ferrovias e hidrovias para um transporte mais viável. Além disso, trabalhamos em clima tropical, portanto, nos-sos desafios são permanentes. Temos que somar esforços no sentido de enfrentá-los, pois a meta da empresa é con-tinuar sendo a ligação entre a indústria da tecnologia e os nossos clientes.

Agro&Negócios: Como podemos desenhar o cenário dos próximos meses para o Sudoeste Goia-no?

Antônio Pimenta/Everaldo Pereira: A agricultu-ra tornou-se uma atividade globalizada, portanto, temos interferência nos preços mediante as mudanças de produ-ção em todo o mundo, o que impede uma análise certeira. As grandes quebras de safras, por exemplo, acontecem por conta da variação do clima, que não tem previsão asserti-va.

Agro&Negócios: É possível estar preparado para enfrentar as oscilações do mercado?

Antônio Pimenta/Everaldo Pereira: Acredita-mos que o agricultor deve gerir bem a produção, usando mecanismos que o mercado oferece, como hedge e trocas. Assim, protege o custo e se mantém competitivo no setor. O produtor precisa estar de olho no mercado e atento aos problemas do campo. Lembrando que pode contar com o apoio permanente da Sementes Goiás.

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Tecnologia

Qualidade

Produtividade

Segurança

Rentabilidade

Compromisso

Produzindo sementes de soja e construindo valores de confiança.

Recepção e armazenagemde grãos.

Laboratório de sementes;Produção de sementes de soja;Tratamento industrial;

Sementes GoiásRodovia GO 174 - Km 03

Rio Verde-GO(64) 3611-4500

Grupo

Uma empresa

www.grupotecagro.com.br

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Mais de 10 anos já se passaram deste terceiro mi-lênio. Os desafios dessa nossa época não têm preceden-tes na história da humanidade. Estamos assustados pelas ameaças ecológicas à nossa biosfera e inconformados com as atitudes dos nossos governantes.

Estamos assistindo, com os olhos vidrados de per-plexidade, a uma mudança de hábitos e atitudes. Mirando o espelho das novas realidades do século 21, está mais do que provado: dinheiro não é riqueza, consumo não é felici-dade e informação não é conhecimento.

Todas as grandes transformações que ocorreram na História apoiaram-se na comunicação, que é um siste-ma composto de uma série de ações permanentes e inte-gradas. Por isso que, cada vez mais, a comunicação apre-senta-se no mundo empresarial como um instrumento da gestão, imprescindível à conquista de resultados positivos.

Diante desse quadro, não há outro caminho que não o de uma nova comunicação, a comunicação transforma-dora, que constrói novos saberes, que mobiliza novas fren-tes coletivas, que conscientiza, que favorece a paz, fortale-ce e legitima um futuro coletivo sustentável.

Temos de ressaltar os pilares nos quais se apóia a comunicação organizacional deste século. Sem ordem de importância, o primeiro deles é a tecnologia. O suporte eletrônico oferece à comunicação uma agilidade ímpar, proporcionando o aumento significativo – e rápido – do vo-lume de informações fornecidas aos públicos que gravitam ao redor das organizações.

O segundo deles diz respeito à sustentabilidade empresarial. Grande parte da comunicação gerada pelas organizações privilegia atualmente questões relacionadas ao crescimento sustentável, à Governança Corporativa, ao papel muito mais amplo que possuem perante a sociedade.

O conceito de cidadania empresarial vem sendo cada vez mais discutido e praticado. O exercício da res-ponsabilidade social ajuda as organizações a serem reco-nhecidas não só como produtoras de bens ou prestadoras de serviços, mas como instituições que contribuem para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e para o desen-volvimento e crescimento do país. Como frisou o empresá-rio Edson Vaz Musa, “a Organização atua numa realidade dinâmica. Sob pena de incompatibilizar-se com a socieda-

de, precisa integrar-se, interagir e até mesmo sofrer com ela”.

E por último, uma tendência da comunicação emo-cional sobrepujar a racional. Cada dia mais as pessoas são atraídas, tocadas, seduzidas, cativadas por uma comunica-ção mais colorida, mais quente, mais próxima.

Para terminar, diante desse cenário podemos afir-mar que a comunicação desempenha, hoje, papel prepon-derante no processo de construção e solidificação da ima-gem e da reputação das organizações. Roberto de Castro Neves, em sua obra Imagem Empresarial, ressalta que “de nada adiantará fazer tudo como manda o figurino – como conhecer a fundo seu mercado e seus produtos, projetar planos e realizar esforços – se a imagem da empresa não refletir credibilidade ou se sua comunicação falhar”.

A reputação passa a ser, portanto, um fator deci-sivo para o crescimento das empresas. Se a imagem da organização não for positiva, esse fato certamente afetará seu desenvolvimento, fazendo-a sucumbir perante concor-rentes que desfrutam de uma reputação mais consistente.

A EMPRESA MODERNA E ACOMUNICAçÃO QUE REALMENTE IMPORTA

AmauriMarcheseProfessor e Consultor nas Áreas de Comunicação e MarketingE-mail: [email protected]

NEGÓCIOS E MARKETING

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O QUEPODEMOS ESPERAR?

No dia 07 de outubro de 2012 os eleitores dos mais de cinco mil municípios brasileiros compareceram às ur-nas para escolherem prefeitos, vice-prefeitos e vereado-res. Já se passaram quase seis meses desde que os nomes dos candidatos eleitos foram anunciados. No Sudoeste Goiano, os prefeitos de Jataí, Mineiros e Rio Verde ficaram definidos já no primeiro turno. Humberto Machado, Agenor Rezende e Juraci Martins assumiram a função de adminis-trarem seus respectivos municípios pelos próximos quatro anos.

Responsáveis pela escolha dos gestores, o papel do cidadão vai mais além. Cada eleitor tem a função de acom-panhar os passos do seu candidato, fiscalizar as ações rea-lizadas e exigir o cumprimento das propostas apresenta-das durante o período eleitoral. Para auxiliar o leitor na missão de exercer o papel de cidadão, a Agro&Negócios preparou uma entrevista com os prefeitos dos três muni-cípios. Reni Garcia, vice-prefeito/prefeito em exercício, foi quem respondeu por Jataí.

RENI GARCIA(PREFEITO EM EXERCÍCIO)

JATAÍ

SAÚDEEm relação à reabertura do Hospital Regional,

foi assinado o termo de cessão de uso com a Associa-ção e Fraternidade São Francisco de Assis na Provi-dência de Deus, para gerir o Hospital. Os serviços de reforma e legalização do mesmo já estão sendo reali-zados, para que brevemente seja reaberto. Já está em andamento a construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), que será instalada na Avenida Jerôni-mo Silva. Nos próximos meses a prefeitura também

vai dar início às obras de dois Postos de Saúde da Fa-mília (PSF), nos setores Santo Antônio e Cidade Jar-dim. Em relação ao Centro Médico Municipal, as obras de ampliação terão inicio logo após a liberação de re-cursos do Ministério da Saúde. Diversas outras ações estão sendo empreendidas pela Prefeitura, para elevar o nível de qualidade do sistema de saúde, como, por exemplo, o apoio à criação do curso de medicina.

AGRICULTURA E PECUÁRIAJataí detém o título de maior produtor de grãos

e de leite do Estado de Goiás, primeiro produtor de milho e sorgo do País e grande produtor de etanol. Por isto, as vias de transporte são intensamente utilizadas e para que estejam em condições adequadas, neces-sitam de investimentos pesados. A Prefeitura, desde

2009, tem estruturado e reforçado as frotas de má-quinas e veículos, com aquisição de 02 motonivelado-res, 02 pás carregadeiras e 12 caminhões, e está em processo de aquisição de mais 02 motoniveladores e outros veículos, para atender as regiões do município de maneira rápida e eficiente.

POR LUANA LOOSE PEREIRA E TÁSSIA FERNANDES

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AGENOR REZENDE(PREFEITO)

MINEIROS

No plano econômico, definimos en-quanto políticas prioritárias o apoio ao micro, pequeno e médio empreendedor, pois temos consciência de que é esta a atividade que gera inúmeros empregos e contribui de ma-neira efetiva para diminuir as desigualdades sociais. É evidente que os grandes produtores são os esteios de nossa economia, é das ati-vidades que coordenam que surgem a força de nossa produção e que elevam Mineiros à condição de potência no agronegócio. Neste sentido, as ações serão coordenadas de modo que toda a cadeia produtiva possa expandir e crescer. Também apoiaremos a capacitação de mão de obra local por meio do Senai, Se-nac, faculdades e empresas.

Acompanhamos com preocupação o aumento da criminalidade na região e nos dispomos a realizar todos os esforços para implantar programas eficientes no se-tor de segurança pública, tendo em vista, principalmen-te, a garantia da tranquilidade de nossas famílias. Vamos agir com firmeza e rigor. Nossa meta é desenvolver um trabalho integrado com as organizações da sociedade (Conselho Tutelar, Ministério Público, secretarias munici-pais), com as comunidades religiosas e as famílias, para desenvolver ações preventivas. Entre elas, manter a ci-dade limpa e iluminada para reduzir riscos. Reivindicare-mos do Governo do Estado a transformação da 7ª CIPM em Batalhão e iremos fornecer as condições necessárias para o bom trabalho das polícias Civil, Militar e, também, do Corpo de Bombeiros, como, por exemplo, apoiando estes segmentos com programas de lotes ou moradias.

ECONOMIA LOCAL SEGURANÇA PÚBLICA

EDUCAÇÃOA área da educação sempre tem recebido uma atenção especial; tanto na realização de investimentos na

construção de novas escolas, construção de quadras cobertas, reforma e ampliação de CMEIS; como em aquisição de equipamentos e apoio à qualificação dos professores.

SEGURANÇA PÚBLICA

Na área de segurança pública, que é de responsabilidade do Es-tado, a Prefeitura também tem participado, com fornecimento de ali-mentação para os detentos; pagamento do banco de horas para policiais (visando intensificar as ações de proteção à população); construção do Complexo da Polícia Civil (reagrupando as diversas delegacias existentes na cidade), entre outras ações.

ECONOMIALOCAL

Está no plano de governo a implantação de um distrito in-dustrial para pequenas e médias empresas. Já está sendo adquiri-da uma área para esta finalidade.

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EDUCAÇÃO

AGRICULTURA E PECUÁRIA

Nossa meta é corrigir as distorções e cons-truir estruturas de ensino fortes, com padrão de exce-lência. Vamos cumprir integralmente o piso nacional da educação, o estatuto do magistério, o plano de car-gos e salários dos profissionais do setor. A Prefeitura vai atuar diretamente para beneficiar as escolas, re-passando, mensalmente, R$ 3 por aluno matriculado e que garanta sua frequência, recurso que será destina-do à manutenção e investimentos. Vamos procurar im-pedir a superlotação em salas de aula e oferecer me-renda saudável e de qualidade. Estamos determinados a construir, reformar, ampliar e melhorar as unidades escolares e creches. Construiremos escolas com estru-tura física e pedagógica compatível para o atendimen-

Pretendemos fortalecer a indústria de trans-formação diretamente ligada ao setor primário. Exem-plos disso são: Frigorífico Marfrig, Brasil Foods (BRF-perdigão) e a ETH Bionergia. A meta é conquistar novos investimentos e, para isso, criaremos incentivos fiscais para atrair indústrias de diversos segmentos. Outra medida importante é o fortalecimento das Par-cerias Público Privadas (PPP’s), a fim de propiciar a plena integração entre os dois agentes. No que diz res-peito à agricultura familiar, queremos atender as de-mandas básicas de produtores assentados, fortalecer

to em tempo integral; creches com atendimento notur-no e apoiaremos a implantação do IFG. Garantiremos material didático de qualidade e em quantidade aos alunos. Daremos ênfase ao ensino superior, por meio de apoio às faculdades locais, e iremos cumprir com o repasse financeiro de 2%, estipulado em lei, para a Fimes. Vamos propor junto ao Conselho Municipal de Educação um projeto inovador e funcional para os es-tudantes da zona rural, desde a área pedagógica até o transporte. Nossa gestão manterá a transparência na aplicação dos recursos, nas ações e nas tomadas de decisões, que serão democráticas e em consonância com o Conselho Municipal de Educação.

o SIM – Serviço de Inspeção Municipal, o projeto Balde Cheio, a Secretaria Municipal de Agricultura e respal-dar as políticas públicas federais e estaduais para o setor. Vamos apoiar programas de desenvolvimento rural que contemplem a diversificação da produção, como: piscicultura, apicultura, horticultura, fruticultura e outras fontes geradoras de renda e de oportunidades no campo. Nossa meta é formar um poderoso elo entre poder público e organizações que atuam na agricultu-ra e na pecuária, bem como seus sindicatos, tendo em vista políticas de desenvolvimento.

SAÚDE A meta é a atenção integral à saúde, com ên-fase em programas de prevenção. Vamos tomar provi-dências para criar novas Unidades Básicas de Saúde, com ampliação do Programa de Saúde da Família e do atendimento domiciliar com equipes multidisciplina-res. Vamos dar ênfase ao atendimento odontológico na cidade e no campo. Uma medida inovadora será a Academia da Saúde, para a prática de atividades físi-cas. Queremos descentralizar a assistência farmacêu-tica e garantir a distribuição gratuita de medicamentos na rede pública de saúde; reativar a fitoterapia e for-talecer o trabalho dos Agentes Comunitários de Saú-de e do Centro de Atenção Psicossocial (Caps). A frota de ambulâncias também precisa ser ampliada. Outra ação fundamental será implantar a Unidade de Pronto

Atendimento (UPA). Vamos reestruturar e modernizar o Ambulatório 24 horas e o Hospital Municipal. Temos a meta de ampliar a Agência Transfusional (transfor-mando-a em Banco de Sangue ou Núcleo de Hemocen-tro) e de trazer hemodiálise e UTI para Mineiros, em parceria com hospital privado e devidamente creden-ciado. Vamos reestruturar a Casa do Mineirense em seus objetivos principais: transporte, hospedagem, ali-mentação e assistência, pois consideramos fundamen-tal fomentar os programas de prevenção e tratamento do câncer, inclusive apoiando a implantação da Casa do Mineirense em Barretos. Por fim, queremos contratar e pagar pontualmente serviços da rede médica hospita-lar privada.

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SAÚDE

SEGURANÇA AGRICULTURA E PECUÁRIA

ECONOMIA LOCAL

EDUCAÇÃORio Verde busca a reestruturação e afirmação como

referência em saúde pública no estado. É uma cidade pólo, recebedora de pessoas do Brasil e do mundo. Por isso, pre-cisamos investir de maneira ininterrupta e sem erros, para que o sistema não fique sobrecarregado. Hoje temos condi-ções de atender todos os rio-verdenses com qualidade. Re-formamos o Hospital Municipal, criamos 09 leitos de UTI e, por meio de parcerias com o Governo Federal, temos a UPA e várias Unidades Básicas de Saúde espalhadas pela cidade. Mas, a demanda não para de crescer, por isso, vamos inves-tir cada vez mais, inclusive com a construção de um Hospital Materno Infantil. Também vamos lutar para receber a con-trapartida pelo atendimento de pessoas advindas de outras cidades, o que muitas vezes não acontece.

Nunca ficamos acomodados no que tange à segurança pública. A Prefeitura de Rio Verde construiu e mantém a melhor delegacia do estado de Goiás. Além disso, man-temos com a Polícia Militar um banco de horas, no qual a Prefeitu-ra é responsável por parte do salá-rio dos militares, fazendo com que o contingente nunca diminua nas ruas da cidade. Sabemos do desa-fio que é manter a segurança em uma cidade que recebe tanta gente e cresce em ritmo acelerado, mas jamais ficaremos de braços cruza-dos. Também estamos sempre bus-cando melhorar as condições de trabalho dos policias e da Justiça rio-verdense.

Sabemos muito bem os desafios que a classe produtora atravessa. Rio Verde é a capital brasileira do agronegócio e a Prefeitura jamais poderia dar as costas a um segmento tão importante. Oferecemos cursos, consul-torias e estamos sempre de portas abertas para os produtores, sejam eles grandes ou pequenos, para que a cidade continue a ser próspera e rica.

Rio Verde é uma cidade muito rica e que dá aos empresários a chan-ce de se desenvolverem. Nossa política tributária é simples e menos one-rosa se comparada a outros centros do mesmo porte. Nossa administração tem total interesse em trazer mais empresas para o município e oferecer condições para que aquelas que já estão instaladas cresçam, gerando im-postos e empregos, fazendo girar a nossa roda da economia. Temos em Rio Verde o SENAI, o SESI e o SENAT, além do balcão SEBRAE, que oferece apoio aos empresários e empreendedores aqui instalados. Além disso, apoiamos, na medida do possível, entidades como a ACIRV e a CDL Rio Verde.

Se existe uma área em Rio Verde que vai muito bem, é a Educação. Reformamos mais de 70 escolas nos quatro anos de mandato, elevamos nossa nota no Ideb e hoje a cidade é referência. Um exemplo: a Es-cola Luiz Alberto Leão conseguiu a maior nota do Ideb em todo o estado. Isso é resultado da aplicação cor-reta dos recursos arrecadados. Tenho orgulho do tra-balho desenvolvido por todos que estão participando da gestão na área de Educação. Em breve, alunos de outras cidades irão querer estudar em nossas escolas públicas, já que as melhorias são na qualidade de ensi-no e também na estrutura física dos colégios. A meta, agora, é climatizar todas as unidades municipais de ensino nos próximos quatro anos.

JURACIMARTINS (PREFEITO)

RIO VERDE

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Tudo começou com um “sim”. Enauro José Pereira resolveu apostar no ramo de confecções e então comprou a primeira loja de vestuário, no município de Mineiros/GO. Hoje, 20 anos depois, já são três empreendimentos de su-cesso por ele administrados.

A primeira loja adquirida foi a Cinderela. Enauro conta que iniciou com um comércio modesto, mas que aos poucos já começava a dar resultado. “Eu não tinha expe-riência neste ramo, então abri a primeira loja com aproxi-madamente 40 peças de roupas, nós trabalhávamos com confecção e calçados esportivos. Depois de muitos erros e acertos, com muita persistência, conseguimos nos sobres-sair e se manter com boa atuação no mercado”, afirma.

Implantando uma estratégia que envolveu, além do aumento da carga horária de trabalho, muito esforço e dedicação, Enauro iniciou a expansão de seus empreendi-mentos. Nos últimos anos, reformulou a linha de produtos da Loja Cinderela, que desde então comercializa confecção social e esporte fino, e ainda deu início a dois novos em-preendimentos, as Lojas Du Naro e Perpétua, ambas re-vendas exclusivas da marca Hering.

Hoje as três empresas já possuem ao todo 18 fun-cionários. De acordo com Enauro a capacitação da mão de obra tem se tornando um grande diferencial para a supe-ração das adversidades de mercado. “Nós estamos sempre oferecendo cursos para os vendedores das lojas, pois para garantir o sucesso da empresa precisamos de pessoas pre-paradas para alcançar os objetivos propostos”, pontua.

Inovação é uma das palavras-chave que acompanha a trajetória das três empresas aos longos dos anos e me-ses de atuação no mercado. Enauro salienta que a cada dia

é preciso inovar mais. “A interação empresa/consumidor através das redes sociais é um ponto que ainda não explo-ramos, mas que vem se consolidando como estratégia para a divulgação da marca e dos produtos. As vendas através da internet, por exemplo, é uma atividade que veio para ficar e quem não se adequar vai ficar fora do mercado”.

A meta para os próximos anos, como tudo na carreira de Enauro, é regada com esforço e um pouco de audácia. O objetivo é modernizar os empreendimentos, es-tando sempre um passo a frente em relação às constantes atualizações e variações do mercado de vestuário. Enauro destaca que pretende, em curto prazo, realizar modifica-ções nas lojas. “Pretendemos tornar os ambientes cada vez mais modernos e confortáveis, atendendo as pessoas conforme elas merecem ser atendidas, de forma eficiente e objetiva. Uma de nossas ideias é melhorar o crediário e oferecer também aos clientes a possibilidade da compra eletrônica”.

Construir uma carreira empresarial sólida exige do-mínio dos objetivos e coragem para enfrentar os desafios impostos pelo mercado. “É preciso acreditar, querer muito e se doar ao máximo para que todos os objetivos se con-solidem. O reconhecimento é conseqüência disso tudo”, conclui Enauro.

Conheça a trajetória de sucesso das lojas Cinderela, Du Naro e Perpétua, localizadas no município de Mineiros/GO. Fruto da audácia e dedicação do empresário Enauro José Pereira, as empresas já são

destaque no comércio local e vem conquistando cada vez mais o reconhecimento regional.

SUCESSO AO CUBOPOR LUANA LOOSE PEREIRA

ENAURO JOSÉ PEREIRA

FEELING EMPREENDEDOR

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Dr. Fábio FagundesADVOGADO - Maia & Fagundes Advogados Associados

ARTIGO

cárias são notadamente de risco, porque respondem pelas inadimplências que, aqui e ali, seus clientes lhe causam. Certo, os bancos correm riscos. Bem por isso, seus lucros são maiores. Mas, se dessa atividade têm resultados ren-dosos, há também de se responsabilizar pelos prejuízos que provocam à sociedade.

Em obediência a inúmeras instruções e recomen-dações do Banco Central do Brasil, as instituições bancá-rias são obrigadas a acautelarem quando da abertura de contas correntes. Afinal, os órgãos de crédito não podem buscar seu lucro à custa de prejuízos de terceiros, que des-cansam no lastro do respaldo da confiança que as casas bancárias emprestam aos que, voluntariamente, aceitam como seus clientes.

Não poderíamos, obviamente e logicamente, pre-ver todas as possibilidades de danos causados a terceiro pelas instituições bancárias, vez que, até mesmo os legis-ladores, buscando satisfazer o anseio de interesse, mas o dano causado por estas instituições a terceiro, em virtude da abertura de conta corrente a estelionatários, é escan-daloso e presente em nosso país, o qual deve ser objeto de reparação, seja moral e/ou material, por questão de lídima e ordeira justiça.

A conta corrente, sendo uma opera-ção bancária, se constitui em uma escritu-ração de movimentação de fundos existen-tes em depósitos, onde o banco se obriga a receber valores emitidos por clientes, acatando suas ordens até certo limite, po-dendo associar-se a conta corrente a um contrato de abertura de crédito.

Não se pode negar que a abertura de conta-corrente a “estelionatários” é uma conduta que se tornou rotineira, digna de preocupação pública, quiçá em virtude da grande disputa econômica entre as ins-tituições bancárias, que, por sua vez, com medo de deixar de alavancar novos clien-tes, de regra passaram a serem menos cri-teriosos quanto à análise e conferência dos requisitos no ato da operação bancárias de abertura de conta-corrente. Assim, face à consequente inobservância de regulamen-tos e resoluções, impostos pelo Banco Central do Brasil (BACEN), vem se consumando a concretização de infindá-veis prejuízos a pessoas físicas e jurídicas que, ante a au-sência de apropriada orientação jurídica, na maioria das vezes deixam de acionar judicialmente os verdadeiros cul-pados, quais sejam, as instituições bancárias, que, exceto as públicas, às vezes fazem parte de um grupo econômico.

Afinal de contas, não há margens de dúvidas de que a referida prática gerou certo caos nas relações comerciais efetuadas com “cheques”, obrigando-se tanto as pessoas físicas quanto jurídicas, a fazerem uma análise que teria na verdade que ser efetuadas pelas próprias instituições bancárias, por meio de seus empregados e prepostos, ten-do-se em vista que é da sabença pública e notória que as regras impostas pelo Banco Central do Brasil são claras e rigorosas a esse respeito.

O artigo 186 do novo código civil positiva sua pre-visão em relação ao comportamento culposo do agente causador do dano, ou seja, ação ou omissão voluntárias, negligência ou imprudência. O ato do agente que floreia o resultado lesivo, “in casu”, as instituições bancárias, pode manifestar-se sob as seguintes formas: imprudência, ne-gligência e imperícia.

A verdade é que as atividades das instituições ban-

Responsabilidade civil das instituições bancárias perante terceiros no ato da abertura da conta corrente

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O QUE ÉBOMEVOLUINatural Leite & Corte, 20 anos de parceria com o produtor rural

Ao longo dos anos Jataí vem conquistando seu espaço no cenário estadual e nacional. De cidade do inte-rior à potência agrícola e pecuária do Sudoeste Goiano, o município ganhou o título de menina dos olhos de Goiás. Além de ser reconhecido como um dos maiores produto-res de grãos do estado, principalmente de milho, Jataí é o município que mais produz leite em Goiás. De acordo com a Pesquisa Pecuária Municipal, divulgada pelo IBGE, a ci-dade abelha é também a cidade do leite e ocupa o primei-ro lugar no Ranking de Produção do Estado, com média de geração de 119 mil litros de leite por dia. A marca alcançada é motivo de orgulho para os pecuaristas que atuam no município, afinal, a receita para o sucesso se resume no tripé: trabalho, dedicação e inves-timentos em tecnologia. A equipe Natural Leite & Corte sabe bem o que isto significa. Há 20 anos ao lado do pecu-arista, a empresa agora é especializada em produção de leite. Sempre focada na obtenção de resultados positivos, a Natural evoluiu, se tornou mais experiente e está ainda mais capacitada para auxiliar os pecuaristas a aumenta-rem o rendimento do rebanho. De acordo com o diretor da empresa, Murillo Assis Pires, os níveis de produção estão diretamente as-sociados aos cuidados com o gado e cada vez mais rela-cionados aos investimentos realizados pelo pecuarista. “A

tecnologia chegou ao campo com muita força e o produtor rural que utiliza os recursos disponíveis tem mais chan-ces de se destacar. A Natural Leite & Corte, por exemplo, oferece aos clientes o que há de mais moderno no ramo pecuário; com produtos e serviços que tem qualidade ga-rantida”, afirma. Outro detalhe que faz a diferença da porteira para dentro é o conhecimento. O produtor precisa estar sempre bem informado, para não ficar para trás. Pensan-do nisto, a Natural promoveu, em março, um encontro entre produtores. O evento, realizado em parceria com a DeLaval, colocou em pauta questões relacionadas à nu-trição bovina e à produção de silagem na propriedade. “A alimentação adequada é fundamental quando se busca a otimização de resultados. O objetivo da palestra foi per-mitir que os pecuaristas esclarecessem dúvidas sobre a produção de silagem, além de apresentar as novidades DeLaval que já estão disponíveis no mercado”, pontua Murillo. Jataí tem se destacado na produção de leite e a Natural tem contribuído para que os jataienses man-tenham a liderança; aliando tecnologia, conhecimento e baixo custo. Em 2013 a Natural completa 20 anos e se or-gulha de fazer parte da história de evolução do município.

POR TÁSSIA FERNANDES

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(64) [email protected]

Rua Jaime Gouveia Vilela, 03, Setor Epaminondas I, Jataí – Goiás

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A EXPAJA chega à sua 41ª edição como uma das maiores referências em feiras de Agronegócios do Brasil. Sucesso confirmado em 2012, a Exposição Agropecuária de Jataí se tornou um expoente em uma região que é conhecida como “O Celeiro de Pro-dutividade do Brasil”. O município de Jataí é hoje o maior produtor de milho e sorgo do país, maior produtor de leite de Goiás e 3º do Brasil e, ainda, possui o maior rebanho confinado do Estado.

Com a missão de superar os números alcançados na última edição da feira, a 41ª Expaja, que acontece de 10 a 16 de junho, traz as melhores oportunidades para o fechamento de negócios, palestras com grandes nomes do cenário nacional, além de muita diversão e entretenimento.

Neste ano, o Sindicato Rural de Jataí sugeriu a junção de diversas entidades classistas durante a realização do evento. Como explica o presidente, Ricardo Peres, a intenção é unir as associações para que a Exposição ganhe mais força e, com isso, seja possível divulgar o nome de Jataí, Brasil a fora.

Estão juntos nesta missão a Associação Comercial e Industrial de Jataí (ACIJ), a Câmara de Dirigentes Lojistas do município (CDL), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Subseção Jataí), e a Associação dos Produtores de Grãos de Jataí (APGJ), todos em parceria com o Sindicato Rural do município.

EXPAJAUma das maiores Exposições Agropecuárias do Centro Oeste Brasileiro

A UNIÃO FAZ A FORÇA

EXPAJA LEITEEm seu segundo ano dentro da feira, o EXPAJA LEI-

TE promete novamente surpreender o público e seus par-ticipantes com altos índices de produção leiteira durante os torneios das raças Gir e Girolando. Em 2012, durante a disputa da Raça Gir, dois recordes mundiais foram quebra-dos, consolidando o torneio como um dos maiores do Bra-sil. Em 2013, o EXPAJA LEITE trará também a 3ª Exposição Ranqueada da Raça Girolando e a 1ª Exposição Ranqueada da Raça Gir Leiteiro.

EXPAJA OVINOSA Exposição Nacional e Ranqueada de Ovinos tam-

bém será destaque durante a EXPAJA. Em 2012, o evento contou com a presença de mais de 1.500 animais, oriun-dos de vários Estados do Brasil. O ranqueamento de ovinos realizado durante o evento conta pontos para o Ranking Goiano, o Ranking Nacional e para a FEINCO (Feira Interna-cional de Caprinos e Ovinos).

EXPAJA NELOREO melhor de uma das raças mais admiradas do Bra-

sil se reúne no Ranqueamento Oficial do Gado Nelore que

será realizado de 22 a 29 de junho, logo após a EXPAJA. O evento conta com a presença de renomados criadores da Raça de várias regiões do país.

EXPAJA AGRICULTURA FAMILIAR Feira da Agricultura Familiar é uma iniciativa do

Sindicato Rural de Jataí e da Secretaria Municipal de Agri-cultura e Pecuária. Nesse primeiro ano, a feira terá como propósito contribuir para a divulgação de novas tecnolo-gias, socializar o conhecimento e criar oportunidades de negócios, principalmente para o agricultor familiar. Serão apresentados vários projetos que já estão em andamento e que têm atingido resultados expressivos.

MEGA LEILÕESEm parceria com o grupo Estância Bahia serão rea-

lizados cinco grandes leilões. Durante a 41ª EXPAJA serão realizados, dia 13 de junho, o Leilão do Criador, dia 14 de junho, o 3º Goiás Leite, no dia 15 de junho o Leilão Joias do Cerrado e no dia 16 de junho o Leilão de Girolando do Racho Silverado. Outro grande leilão será o do Confinador que acontece dia 28/06 às 13 horas, durante o EXPAJA Nelore.

POR LUANA LOOSE PEREIRA E TÁSSIA FERNANDES

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A EXPAJA vem a cada ano se tornando uma grande vitrine para que as empresas pos-sam realizar ótimos negócios. Durante o evento, além das feiras de máquinas e insumos agrícolas, de automóveis, de animais e dos leilões, ainda serão realizadas várias palestras com grandes nomes do agronegócio brasileiro, além de workshops e apresentação de no-vas tecnologias, com o objetivo de levar mais conhecimento ao homem do campo e da cidade. O evento acontece das 8h às 17h e a entrada da feira de negócios e das palestras é franca.

O Sindicato Rural de Jataí, com uma gestão de qualidade, con-seguiu profissionalizar a organização da EXPAJA transformando-a em uma marca forte e reconhecida a nível nacional, promovendo um crescimento ímpar e saltando de cerca de 500 mil reais em geração de negócios no ano de 2010 para mais de 18 milhões em 2012. Se-gundo Francis Barros, diretor executivo da Voz Propaganda, empre-sa responsável pela organização do evento, ao enxergar a exposição como um negócio, foi possível: enquanto a maioria das exposições agropecuárias no Brasil tem que tomar uma decisão entre focar em negócios ou focar em entretenimento, a EXPAJA conseguiu criar uma excelente feira de negócios durante o dia e a noite ainda continua pro-movendo o entretenimento para a população. O presidente do Sindi-cato Rural, Ricardo Peres, está conseguindo, junto com a sua diretoria e parceiros, como a prefeitura municipal, fazer com que a EXPAJA leve o nome de Jataí para os quatro cantos do país. “O nosso sonho é que Jataí seja reconhecido nacionalmente como o grande produtor que é, seja na agricultura ou na pecuária. Se o Brasil tem se transfor-mado no celeiro do mundo, Jataí é um dos grandes responsáveis por isso”, conclui.

O certo é que a EXPAJA a cada ano vem ganhando força nos cenários estadual e nacional e com isso quem ganha são os nossos produtores rurais, nossa população e o nosso município.

EXPAJA NEGÓCIOS

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2012

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Leandro Fruhauf Gestor de Empresas, Gestor em Segurança Pública e Consultor Imobiliário

ARTIGO

Certa vez ouvi um tio meu, que quando estava pra separar de sua mulher (minha tia) dizer a ela o seguinte: o que é SEU é MEU; o que é MEU é MEU! Rss. É realmente engraçado ver alguém dizer isso, mas na vida real, existem acontecimentos parecidos, e também, de impacto desagra-dável e pior ainda, causando prejuízos financeiros, moral e até mesmo jurídicos. Por incrível que possa parecer, essa historinha acontece em outro tipo de relação, a dos go-vernos x mercado e com cidadãos. Vamos ás explanações:

O ESTADO se mantem através de impostos, pois não produz nada. Essa é a única (fonte de renda) da qual ele sobrevive. Sendo assim, quanto mais ele (ESTADO) cresce, mais ele tem que arrecadar. Isso é um ciclo vicio-so e que só tende a piorar. Em análise simplória sobre a intervenção do ESTADO no mercado de capital, críasse in-dubitavelmente o monopólio, pois de certa forma afetará o LIVRE MERCADO e a competição saudável, ao qual deve-riam sobreviver os melhores e os mais hábeis comercian-tes e produtos, aos comerciáveis meramente protegidos ou (preteridos) decretados por “instituições reguladoras”. Outra vertente das intervenções, seria o PATERNALISMO do governo ás (empresas preteridas). Exemplo disso foi a GM-General Motors, EUA, onde em 2009 logo depois que pediu falência, o governo injetou dinheiro comprando 60% da empresa, alegando com isso, salvar os empregos de milhares de americanos. Em 2008, bancos também foram socorridos por dinheiro publico americano (paizão tio-sã), a exemplo do Lehman Brothers, seguido por Goldman Sa-chs e J P Morgan Chase. Peter Schiff nos lembra de que a intervenção governamental é o que torna pequenas re-cessões em grandes recessões. Mais escandaloso que um sistema em que bancos podem falir é um sistema em que os bancos não podem falir. (http://www.midiasemmascara.org/artigos/economia/13658).

A gasolina (estatal) é outra que nos sai muito cara, uma das mais caras do mundo, e que é uma bela porcaria... E lembrando a todos que exportamos inclusive para Ar-gentina, onde lá a mesma é vendia quase pela metade do preço que nos custa aqui. Essa matemática por mais que me esforce, ainda não consegui intender!

Noutro instante, temos o MERCADO ABERTO, com toda sua gana de atuações, os quais são sem sombra de dúvida, quem produz emprego e renda a todos os cidadãos, e que pagam tributos altíssimos ao ESTADO não só na co-mercialização de seus produtos, mas até mesmo na pro-dução e criação dos mesmos (ISQN, IPI, ISS, CPMF...). Sem

contar ainda os royalties pago pelos produtores de grãos á MONSANTO “uma das preteridas” ou qualquer produto comercializado ou reproduzido que tenha uma Marca ou Patente previamente registrada nos cartórios de compe-tência.

Um breve exemplo do livre mercado o quão é inte-ressante ao povo (cidadãos), é o setor de telefonia. Onde, há duas décadas a traz, era uma ESTATAL. Onde o preço das linhas telefônicas eram caríssimas (algo de locar uma linha de telefone fixo, por um salário mínimo), além da espera de meses ou mesmo anos para se conseguir uma linha. E tão logo foi privatizada, ou digamos: passada ao capital aberto, o Brasil se tornou em pouco tempo, um dos maiores e melhores consumidores de telefonia fixa e mó-vel de todo o mundo, onde últimas pesquisas mostram que existe uma média de 2 celulares por habitante em nosso imenso país.

Muitos exemplos e historias poderíamos relatar aqui, mas isso tornaria muito grande esta matéria, tão grande quanto ás tributações do ESTADO para conosco. No entanto, a ideia é atiçar o interesse de todos para o entendimento não só da COISA PUBLICA, mas como o co-nhecimento do mercado de capital, os quais estão intrinsi-camente ligados, hora por taxações, regulamentações ou intervenções por supostos interesse da nação...

Destilando só um pouco de veneno, não somente ás autoridades constituídas, mas também á todos nós ci-dadãos, que reflitamos sobre isso: (Como consumidores somos MESTRES DO UNIVERSO, quando cidadãos perante “autoridades governamentais”, somos cordeirinhos dóceis e obedientes)!

A CRUEL RELAçÃO ENTREESTADO E O MERCADO DE CAPITAL

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AGILIDADE NO JULGAMENTO DE PROCESSOS DO MEIO EMPRESARIAL

1ª Corte de Conciliação e Arbitragem busca soluções para conflitos de natureza patrimonial

“O empresário, ou a pessoa física prestadora de serviços, está sempre em negociação no seu ramo de atividade. Mas, muitas vezes, uma das partes envolvidas pode acabar descumprindo alguma con-dição pré-estabelecida e, então, surge o conflito. O papel da 1ª Corte é solucionar negociações conflitantes”. Como explica a advogada Suselma Assis Campos, este é um breve resumo da função da 1ª Corte de Conciliação e Arbitragem de Jataí. À fren-te da entidade como árbitra-conciliadora, Suselma destaca que todos os trabalhos desempenhados são amparados pela Lei da Arbitragem (9.307/96).

O significado do termo concilia-ção já esclarece que se trata de um acordo entre duas pessoas que estão em litígio, ou seja, que enfrentam algum tipo de disputa. Buscar este acordo de forma pacífica é o primeiro passo. O processo segue adiante apenas se o problema não for solucionado logo de início.

A 1ª Corte tem competências se-melhantes às do poder judiciário para so-lucionar questões de natureza patrimonial, se houver entre as partes o compromisso arbitral. Por tanto, a árbitra-conciliadora

é autorizada a julgar casos e proferir sen-tenças. “O grande diferencial é a capaci-dade da 1ª Corte em agilizar as demandas que recebe, julgando processos dentro do prazo de, aproximadamente, cinco meses; ao passo que o judiciário pode demorar décadas para encerrar uma ação”, explica Suselma.

Olhando do ponto de vista empre-sarial, a vantagem se torna ainda maior. Afinal, solucionando pendências, o profis-sional está apto a dar sequência a novas negociações. “Muitas vezes o empresário não procura a 1ª Corte por não saber que tem este beneficio à disposição e que a entidade atua com as mesmas funções do judiciário”.

Entre os conflitos que podem ser encaminhados à 1ª Corte estão as pendên-cias financeiras, seja entre cliente e em-presário ou entre empresário e fornecedor. “Se uma das partes deixa de cumprir com as condições determinadas, em contrato ou não, como, por exemplo, um pagamen-to que não é efetuado ou um cheque que volta, a negociação se torna inadimplente e, então, começam os problemas”, alerta a advogada.

POR TÁSSIA FERNANDES

ASSOCIATIVISMO EM PAUTA

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COMO TER ACESSO

VIDA NOVA

Empresários associados à Associa-ção Comercial e Industrial de Jataí (ACIJ) têm mais benefícios ao procurarem pela 1ª Corte, como, por exemplo, o diferencial nos custos com o processo. Entretanto, profissionais que não são ligados à ACIJ também podem buscar os serviços de con-ciliação e arbitragem.

Caso a pessoa já tenha dado entra-da junto ao poder judiciário, ainda existe a possibilidade de buscar a solução do con-flito na 1ª Corte. “Basta informar ao juiz e solicitar a extinção do julgamento pelo judiciário, conforme o artigo 267, VII do Código de Processo Civil, que prevê a ex-tinção do processo, sem resolução de mé-rito, pela convenção de arbitragem”.

Como ressalta Suselma, o próprio judiciário favorece que as questões de natureza patrimonial sejam reconduzidas pela 1ª Corte, já que o órgão está abarrota-do de processos aguardando julgamento,

“Sempre aconselho as partes a es-quecerem do que aconteceu. Ressalto que o importante é pensar daqui para frente e buscar soluções para o problema. É preci-so esquecer o que foi dito ou o que ficou por dizer; depois da conciliação é vida nova”, pontua Suselma. Para a advogada, estar responsável pela corte é uma satis-fação. “Fico muito contente por presidir a audiência, receber as partes e conseguir mudar o cenário de uma situação confli-tante para uma situação mais amena”.

Para selar o acordo firmado, as partes se cumprimentam. O aperto de mãos é o símbolo da conciliação. “Desta forma estão passando a mensagem de que

nesta e em outras áreas. “A principal justi-ficativa para a demora na análise dos pro-cessos é a grande demanda de um lado e a quantidade insuficiente de juízes do outro. Por conta disso, os trabalhos realizados pela 1ª Corte tornam-se ainda mais impor-tantes. O Código do Processo Civil, inclusi-ve, prevê esta situação no artigo 86”.

Para dar entrada em um processo no poder judiciário existe a obrigatorie-dade de representação por um advogado. Na 1ª Corte não. Entretanto, para a árbi-tra-conciliadora de Jataí, a presença do profissional faz diferença. “O advogado está ali para amparar o cliente e é ele que detém todo o conhecimento a respeito das leis que envolvem o caso. O advogado está preparado para ingressar em juízo ou pe-rante a 1ª Corte e vai facilitar o trabalho do empresário, respondendo por ele”, des-taca.

as pendências foram solucionadas. Muitas vezes os envolvidos já saem conversando e prontos para fazerem novas negocia-ções”.

Procurar a 1ª Corte para dar entrada

ao processo;

Audiência de Conciliação - tentativa de estabelecer

acordo entre as partes;

Audiência de Instrução Arbitral - apresentação de provas,

depoimentos e testemunhas;

Prazo de três meses para que as partes possam

recorrer da decisão;

Primeira audiência agendada dentro de 15 dias;

Segunda audiência agendada dentro de 15 dias;

Decisão da árbitra-con-ciliadora proferida dentro de 15 dias;

Processo encerrado, tornando a decisão irrevogável;

Conflitosolucionado

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SERVIÇOS AMBIENTAISQUAIS OS BENEFÍCIOS DE MANTER ÁREAS FLORESTAIS INTACTAS?

O homem utiliza os recursos naturais de diversas maneiras para promover a sua sobrevivência, seja pro-duzindo seu próprio alimento ou utilizando a madeira, a água, os remédios naturais, as fibras, os combustíveis e o oxigênio. Com o aumento da população, o crescimen-to das cidades, o desenvolvimento de indústrias e a ne-cessidade de produzir mais alimentos, a exploração dos recursos naturais têm aumentado significativamente, o que tem causado danos ao meio ambiente que podem ser, muitas vezes, irreversíveis.

Os serviços ambientais são aqueles benefícios que o meio ambiente é capaz de fornecer para a quali-dade de vida e comodidades dos homens; ou melhor, a natureza garante que a vida, como conhecemos, exista para todos e com qualidade (ar puro, água limpa e aces-sível, solos férteis, florestas ricas em biodiversidade, ali-mentos nutritivos e abundantes etc.). De uma maneira mais direta, a natureza trabalha (presta serviços) para a manutenção da vida e de seus processos.

Mesmo não tendo um valor econômico estabele-cido, os serviços ambientais são muito valiosos para o bem-estar e a própria sobrevivência da humanidade, que tem suas atividades, como, por exemplo, a indústria (que precisa de combustível, água, matérias primas de qua-lidade etc) e a agricultura (que demanda solos férteis, polinização, chuvas, água abundante, etc.) dependentes do meio ambiente. Imaginem só, o quão trabalhoso seria

OS TIPOS DE SERVIçOS AMBIENTAIS EXISTENTES SÃO:

SERVIçOS AMBIENTAIS DE PROVISÃO: onde os ecossistemas tem capacidade de prover bens, como frutas, água, plantas medicinais, pescados, lenha, carvão, óleos, madeira, mel e fibras;

SERVIçOS AMBIENTAIS CULTURAIS: são os benefícios recreativos, educacionais, estéticos e espirituais que o meio ambiente proporciona a todos nós.

SERVIçOS AMBIENTAIS DE SUPORTE: a formação dos solos, a ciclagem de nutrientes, a polinização e a dispersão de sementes contribuem para todos os outros serviços.

SERVIçOS AMBIENTAIS REGULADORES: os benefícios obtidos pelos processos naturais que regulam as condições ambientais, com a purificação e regulação dos ciclos das águas, capacidade das florestas de absorver carbono por meio da fotossíntese e controle de pragas e doenças.

AUTORAS:PAULA ASSIS LOPES, LAURA REzENDE SOUzA, acadêmicas do curso de graduação em Engenharia Florestal da Universidade Fe-deral de Goiás - Campus Jataí (UFG/CAJ)DANIELA PEREIRA DIAS, professora do curso de graduação em Engenharia Florestal da UFG/CAJ

QUAIS OS BENEFÍCIOS DE MANTER ÁREAS FLORESTAIS INTACTAS?

PORTAL UFG

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para um agricultor fazer o serviço de polinização (que as abelhas fazem sem cobrar) levando o pólen a todas as plantas de sua horta e pomar? Quantas máquinas seriam necessárias para prestar o serviço de produzir oxigênio e purificar o ar, serviço que as plantas e as al-gas fazem diariamente? Quanto trabalho , o homem não gastaria para transformar toda a matéria orgânica que existe em uma floresta em nutrientes disponíveis para as plantas, se não existissem os seres da natureza (de-compositores – fungos e bactérias) que o fazem todo esse trabalho gratuitamente? Qual é o valor atribuído, a todo esse serviço que a natureza faz para a manutenção da existência da vida no nosso planeta? A existência da continuidade desses serviços essências à sobrevivência de todas as espécies depende unicamente da preserva-ção e conservação de recursos, que visem minimizar os impactos das ações humanas.

Tarefa difícil é determinar um valor para todos os serviços prestados pela natureza, pois existem ele-mentos que devem ser questionados, que vão desde a discussão sobre aquele proprietário rural que conserva os ecossistemas ao invés de usar o solo de outra forma, passando pelo possível comprador dos serviços ambien-tais, até propriamente determinar o valor de uso direto (produção de madeira, ecoturismo), indireto (regulação do clima, manutenção do ciclo hidrológico) e de não uso (preservação de espécies ameaçadas).

Leis sobre o pagamento por serviços ambientais já são realidade em alguns estados do Brasil e um bom número de projetos sobre o tema estão em tramitação, porém, ainda assim, existe muita polêmica sobre este tema. Realmente deve-se remunerar alguém por um be-nefício oferecido gratuitamente pela natureza? Ou não seria melhor aumentar o número de políticas de preser-vação das florestas? Que garantias serão dadas que as pessoas que serão remuneradas deixarão de destruir os ecossistemas? Conservar a natureza não é obrigatório, é necessário pagar por isso?

QUATRO FORMAS DE OBTERMOS

REMUNERAçÃO POR SERVIçOS AMBIENTAIS

MERCADO DE CARBONO, onde são realizadas transações de créditos de carbono

PROJETOS DE PROTEçÃO DE RECURSOS HíDRICOS

ICMS ECOLóGICO, onde parte dos recursos arrecadados por meio do ICMS são repassados para os municípios para serem utilizados em ações ambientais

PROJETOS para que países em desenvolvimento adotem medidas de redução de gases de efeito estufa, mais conhecidos por REDD

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46 Grandes Motores

COLHEITADEIRAMF9790 ATR II

Cabine com alta tecnologia embarcada, com possibilida-de de monitoramento do de-sempenho da colheitadeira, pressão, nível e temperatu-ra dos líquidos hidráulicos e motor, controle de rotações, ajustes automáticos do ro-tor e côncavos, indicadores da plataforma, horímetro, área, distância, velocidade de deslocamento e umidade dos grãos.

Para colher bons resulta-dos é preciso estar bem equipado. A Volmaq sabe disso e em parce-ria com a Massey Ferguson oferece ao produtor rural o que há de mais moderno para o campo. A colheita-deira MF 9790, por exemplo, é uma das que recebe a segunda geração dos rotores de tecnologia avançada (ATR, na sigla em inglês), conside-rados os mais longos do mercado. A palavra de ordem é au-mentar a produção e reduzir os gas-tos. Para alcançar o objetivo, as má-quinas vêm com nova motorização, mais potência e maior economia. O

resultado final é o aumento da re-ceita do produtor e a satisfação de trabalhar com um produto de qualidade. Como diferencial, as colheitadeiras são pioneiras no acionamento hidrostático do ro-tor, característica que garante a manutenção de uma rotação constante e pré-selecionada, in-dependente das oscilações do motor ou da alimentação. Com esses recursos, a trilha e a sepa-ração são realizadas de maneira uniforme.

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TECNOLOGIA E EFICIÊNCIA

Motor:Novo motor AGCO Power de 6 cilindros, geração Wi: Na MF 9790 ATR II são 380 cv de potência nominal com reserva chegando a 410 cv quando em opera-ção conjunta de colheita e descarga de grãos.

Capacidade do Tanque de Grãos (l)

10,570

Plataforma de Corte (pés)

30 pés Caracol ou 35 pés Draper

Potência (cv)

380

Sistema de Processamento

Axial - 1 rotor

Vazão de descarga (l/s)

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GlauberSilveiraProdutor rural, engenheiro agrônomo, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil)

restas do Brasil estão intocadas.Como podemos ver, ninguém poderia fazer o mar-

keting de produtos verdes e sustentáveis a não ser o Brasil. Mas, ao contrário disso, enquanto nossos principais com-petidores, EUA e Argentina, já desmataram quase 100%, passamos mais tempo com uma atitude defensiva do que proativa. O governo brasileiro tem que ter uma estratégia de valorização dos produtos brasileiros.

O Brasil tem uma grande oportunidade com a de-manda de alimentos crescente no mercado mundial, prin-cipalmente o asiático, mas é importante não ficarmos dependentes da China e buscarmos mercados emergen-tes, como Índia, Coréia, Malásia e Indonésia, por exemplo, mostrando a eles que temos a melhor soja mundial - que devido ao clima tropical tem mais óleo e proteína que as produzidas em outros lugares.

O governo brasileiro precisa criar uma estratégia de aumento da nossa competitividade, conciliando logísti-ca interna, desenvolvimento portuário, negociações inter-nacionais de aprovação biotecnológica, em sincronia com a aprovação de novos eventos transgênicos e com marke-ting sustentável aliado à melhoria da nossa sanidade.

A consolidação do Brasil como exportador signifi-ca o suprimento de produtos a preços competitivos para o mercado interno e externo. Para isto, é preciso ter foco, uma política definida de longo prazo e investimentos para nos tornar competitivos mundialmente, afinal, neste ano o Brasil poderia estar produzindo 70 milhões de toneladas a mais de soja e milho, com produtores tendo renda pelo fre-te mais barato, a produção de carnes também mais com-petitiva, o governo arrecadando mais impostos e o mundo passando menos fome. Por que não?

Fui convidado pelo Ministério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento (Mapa) para palestrar no painel “Desafios da área vegetal nas exportações brasileiras”. O objetivo era apresentar as demandas do setor no merca-do internacional, mostrando a visão dos produtores sobre como podemos ser mais competitivos na exportação, já que o Brasil passa a ser o maior exportador de soja do mundo e tem grande oportunidade de crescer também com o milho.

O primeiro ponto que apresentei foi sobre as proje-ções da safra 12/13, com o Brasil produzindo 81 milhões de toneladas e um consumo interno de 40 milhões, ou seja, um volume de 41 milhões para a exportação. Já com o mi-lho, a projeção é de produção de 70 milhões de toneladas, para um consumo de 54 milhões e 16 milhões de tonela-das para exportação.

É importante lembrar que a maior parte da soja e do milho excedente vem da região Centro-Oeste do Brasil, a uma distância média de dois mil quilômetros do porto. Sendo assim, nosso maior desafio é a logística de trans-porte, pois temos o frete mais caro do mundo, uma vez que o preço médio pago no Brasil é de 85 dólares a tonelada, enquanto na Argentina é de 20 e nos EUA 23 dólares. Fica evidente que para sermos competitivos na exportação, o primeiro passo é investir em logística.

Outro grande desafio às exportações é o governo ter foco no marketing de nossos produtos lá fora. Somos péssimos em divulgá-los. Na maioria das vezes, mais nos defendemos de ataques do que valorizamos nossos pontos positivos, que são muitos, afinal, temos a produção mais sustentável do planeta. No entanto, ao invés de dizer isto, só falamos das metas de redução de desmatamento, por exemplo.

É importante o Brasil mostrar o quanto tem reduzido o desmata-mento, mas o mais importante é co-brar reciprocidade, falar da qualidade de nossos produtos e mostrar que em nenhum outro país se recolhe quase 100% das embalagens de agrotóxicos. Além disso, o Brasil é o único produtor de soja e milho que respeita a Área de Preservação Permanente (APP) e tem reserva legal, sendo que 71% das flo-

O GOVERNO PRECISA VALORIzAR A PRODUçÃO BRASILEIRA NO EXTERIOR

MERCADO DO GRÃO

E enquanto nossos principais competidores, EUA e Argentina

passamos mais tempo com uma atitude defensiva do que proativa

71% DAS FLORESTAS DO BRASIL ESTÃO INTOCADAS

JÁ DESMATARAM QUASE 100%

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COM MARCHER, TUDO FICA MAIS FÁCIL DE GUARDAR. ATÉ AS VANTAGENS QUE ELA OFERECE: QUALIDADE, DURABILIDADE, TECNOLOGIA E O MELHOR CUSTO BENEFÍCIO.

Para mais informações, acesse www.marcher.com.br ou ligue (51) 3484.5500.

Se o sistema silo-bolsa é um ótimo jeito de armazenar grãos, a Marcher é a melhor escolha para aproveitar tudo o que ele oferece. Com tecnologia de ponta, as extratoras e embolsadoras Marcher têm mais qualidade e duram muito mais. Pode comparar: é o melhor custo benefício do mercado.

INGRAIN 200 Energy

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Acompanhando a crescente evolu-ção do agronegócio brasileiro a empresa AgroVictória, desde março de 2008, vem trazendo aos produtores regionais o que há de melhor e mais moderno no mercado de sementes e fertilizantes.

Nascida da coragem e perseve-rança de dois jovens empreendedores, Renato Rezende e Nilson Hoffbrait, a em-presa surgiu em um ano de recuperação da agricultura e hoje, num contexto onde o agronegócio se desenvolve em ritmo ace-lerado, vem colhendo frutos da audácia e do trabalho semeado ao longo destes qua-tro anos.

“Na época da criação da empresa, o cenário agrícola vinha melhorando e nós soubemos aproveitar aquele momento.

De 2009 pra cá, a agricultura vive um mo-mento muito interessante. O agronegócio vem se destacando cada vez mais no ce-nário regional e nacional e a AgroVictória continua crescendo junto, buscando ex-pandir cada vez mais a atuação técnica e comercial”, destaca Nilson Hoffbrait .

Atualmente a empresa possui, além dos dois sócios, mais cinco funcionários. Tendo como parceiros comerciais, a mul-tinacional Limagrain, a Central Sementes, Heringer Fertilizantes e a Bak Science, a AgroVictória está presente em diversos municípios da região. “Atuamos hoje em Jataí/GO, Perolândia/GO, Serranópolis/GO e também em boa parte do município de Mineiros/GO”, explica Renato Rezende.

Antenada a tudo que acontece no universo do agronegócio, a AgroVictória possui ótimas perspectivas para 2013. Sempre preocupada em melhor atender aos clientes e colaboradores, a empresa irá inaugurar no final do mês de Abril a sua nova sede administrativa.

Localizada na saída para o muni-cípio de Mineiros/GO, a nova sede, com

espaços mais amplos e modernos, visa, além de proporcionar melhores condições aos profissionais que atuam na empresa, atrair novos parceiros e clientes a conhe-cer o trabalho da AgroVictória.

“Desde que abrimos a empresa nós tivemos um crescimento de 30% a 50% em faturamento, e em termos de área também. Então acreditamos que com esta

FUTURO PROMISSOR

AGROVICTORIACompromisso com a evolução do agronegócio

2008 PLANTIO

LINHA DO TEMPO:

2009/2010 ADubAçãO

Criação da Empresa. Formação da sociedade. Estabelecimento em sede própria.

Fortalecimento da marca no mercado acompanhando a ascensão do agronegócio brasileiro.

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POR LUANA LOOSE PEREIRA

CAPA

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nova sede, este crescimento vai continuar. Para o próximo ano a ideia é crescer mais 30%. Tendo uma sede própria, melhora-mos a imagem da empresa perante o pro-dutor e isso com certeza ajuda bastante”, enfatiza Nilson Hoffbrait.

Para os próximos anos, a meta dos profissionais da AgroVictória é conti-nuar o trabalho com o mesmo empenho e dedicação. Posicionados sempre a um pas-so a frente do produtor, estando prepara-dos para trazer informações e produtos de

qualidade que projetem cada vez mais a produção agrícola regional.

“Hoje lidamos com clientes de alto nível, então temos que estar aptos a apre-sentar informações atualizadas sobre os produtos que indicamos. Os produtores vêm interagindo cada vez mais e financei-ramente estão estáveis, eles estão acom-panhando a evolução dá agricultura e nós da AgroVictória estamos preparados para seguir este ritmo”, conclui Nilson Hoffbrait.

2011/2012 MANEjO

Novas parcerias comerciais garantindo ainda mais qualidade e eficiência dos produtos. Investimento em informação e qualificação técnica.

Consolidação no mercado regional. Inauguração da nova sede administrativa.

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2013 COLHEITA

EQUIPE COMERCIAL E TÉCNICA DA AGROVICTORIA

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BONS RESULTADOSREAFIRMAM EXCELêNCIA

COMIGO reúne cooperados para apresentação de relatório contábil do ano de 2012

Transparência e gestão participativa são alguns dos valores que regem a atuação da cooperativa COMIGO. Fa-zendo jus a estes princípios, a COMIGO realizou, no dia 17 de março de 2013, no município de Jataí/GO, uma reunião com os associados para a apresentação dos resultados ob-tidos pela cooperativa no ano de 2012.

Realizado anualmente em todos os municípios da área de atuação da cooperativa, o evento acontece an-tes da realização da assembleia geral ordinária. Segundo Reginaldo Pires, gerente da cooperativa COMIGO unidade loja em Jataí/GO, a realização destas reuniões é de fun-damental importância principalmente para os cooperados. “A cooperativa é administrada não só pela diretoria ad-ministrativa, mas também pelo associado. Neste sentido, o cooperado tem que estar por dentro do que acontece na cooperativa. Durante a apresentação destes balanços anuais, o cooperado de cada município tem a possibilidade de questionar o que foi apresentado e se preparar para a assembléia geral”.

Para Aguilar Ferreira Mota, vice-presidente de Operações, este é um dos momentos mais importan-tes dentro da programação do calendário da cooperati-va. “Este é um momento de transparência, onde nós da diretoria prestamos conta de todo o ano de trabalho. O crescimento da COMIGO é em função do crescimento do

cooperado, através destes encontros, procuramos saber as exigências, visando também estreitar esse relacionamento entre cooperado e diretoria”.

A cooperativa COMIGO está hoje entre as dez maiores do cooperativismo brasileiro, no segmento agroin-dustrial. Durante o evento em Jataí/GO, Dourivan Cruvinel de Souza, vice-presidente administrativo financeiro, salien-tou a importância da cooperativa para a região. “A COMIGO é a empresa que mais tem investido no setor de armaze-nagem de grãos. O resultado que alcançamos ao longo dos anos, revertemos em investimentos para os municípios em que atuamos. Hoje já estamos presentes em 13 municípios em toda região”.

Reginaldo Pires destacou que, no biênio passado, mais de 250 milhões de reais foram investidos pela coo-perativa. “A estrutura de recebimento de grãos, assim como, a capacidade produtiva de esmagamento de soja e a indústria de laticínios foram ampliadas e modernizadas. Expandimos também a capacidade de produção de fertili-zantes, de rações e sal mineral e novas lojas agropecuárias foram inauguradas. Além disso, a cooperativa conta hoje com forte estrutura de automação e gerenciamento com tecnologia de informação avançada que coloca a COMIGO em nível de excelência dentro do setor do agronegócio brasileiro”, conclui.

POR LUANA LOOSE PEREIRA

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Em 2012, de acordo com o balanço contábil apresentado durante o encontro dos associados em Jataí/GO, a coopera-tiva COMIGO aferiu o melhor resultado econômico e social dos últimos 37 anos. Segundo Reginaldo Pires, a excelente in-fraestrutura foi o que possibilitou a coo-perativa aproveitar da melhor maneira as oportunidades de mercado. “A conjuntu-ra nacional e internacional soprou a favor dos produtores de grãos e a COMIGO, com moderna infraestrutura, pode e sou-be aproveitar esse excelente momento no ano de 2012, alcançando o maior resultado comercial de sua história”.

Melhor resultadoda História

DADOS RELATÓRIO 2012

(em mil litros)

RECEBIMENTODE LEITE IN

NATURA

33.492

RECEBIMENTODE MILHO

(em mil sacas de 60kg) (em mil sacas de 60kg) (em mil sacas de 60kg) (em mil sacas de 60kg) (em mil sacas de 60kg)

RECEBIMENTODE SOJA

RECEBIMENTODE SORGO

RECEBIMENTODE GRÃOS

RECEBIMENTODE SEMENTES

7.978 21.170 866 30.072 58

EVOLUçÃO DOFATURAMENTO

Fonte: Informe Comigo Especial. Relatório – Conselho de Administração COMI-GO – Demonstrações contábeis período 01/01/2012 a 31/12/2012.

Fonte: Informe Comigo Especial. Relatório – Conselho de Administração COMIGO – Demonstrações contábeis período 01/01/2012 a 31/12/2012.

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LygiaPimentel

O que ocorre no momento é muito bom, amigos. Temos visto até agora uma safra de preços firmes, fora da normalidade. Quando falamos em custo de produção, estamos perdendo, mas ajuda um pouco ouvir que a arroba está firme, que as escalas têm dificuldades de andar e que o consumo está acima da média para o período.

Na onda do consumo em crescimento, dólar firme e custos sustentados, estamos nós, pecuaristas, na corda bamba. Digo na corda bamba, pois os custos de produção foram parar nas alturas no ano passado e, especialmente, neste início de ano. Grãos, dólar (encarecendo produtos importados), combustíveis, salários, entre outros tantos itens que compõem o custo de nossa arroba não deram espaço para respirarmos.

O gráfico não deixa dúvidas. Em amarelo ele repre-senta a variação do valor da arroba nos últimos 24 meses. Em cinza ele representa os custos de produção com a pe-cuária de alta tecnologia. Portanto, não podemos reclamar de preços em alta, pelo menos nesta safra, onde encontra-

mos firmeza, mas da margem, sim. Ela tem nos castigado nos últimos tempos, sem falar da inflação.

Por isso seria loucura dizer que trabalhamos em um mercado com preços bons e favoráveis ao pecuarista. É o reflexo do ciclo pecuário, que traz maior oferta de animais de maneira sistemática.

Na outra ponta da oferta, está o consumo.Estudo do Banco de Compensações Internacionais

(BIS, na sigla em inglês) revela que o comprometimento de renda no Brasil para pagar dívidas cresceu rapidamente nos últimos anos e está no nível mais elevado da história.

Com esse aumento, a parcela mensal dos salários das pessoas físicas e da receita das empresas destinada ao pagamento de empréstimos já é comparável à de países como a Itália.

Segundo o BIS, 19,9% da renda no Brasil vai para as dívidas, nos Estados Unidos, essa fatia é de 19,8%. Para o BIS, o elevado nível de endividamento no Brasil e outras economias emergentes pode ser um problema.

Variação da arroba do boi gordo em SP e dos custos de produção com a pecuária de alta

Crescimento do confinamento (a.a.) e valorização do boi na entressafra.

GRÁFICO 1

GRÁFICO 2

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VARIAçÕES E SAFRA DE PREçOS FIRMES

MERCADO DO BOI

Médica veterinária, pecuarista e especialista em mercado de commodities

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Do patamar de 10,8% registrado no fim de 2005, a escalada foi expressiva ao longo dos anos seguintes: 12% no fim de 2006, 14% em 2007, 16% em 2008, 17,5% em 2010 e quase 20% no dado mais recente, confirmando um salto no último ano.

Isso representa um entrave ao estilingamento da demanda, como ocorreu em 2010, mas ela ainda poderá se manter sustentada devido às medidas governamentais para manter a economia aquecida, tais como redução dos juros e intervenções sobre o Dólar. Novamente, algo que nos faz pensar em inflação.

Em breve falaremos mais sobre o comportamento do Dólar.

Mas aqui temos um parêntesis que pode ser posi-tivo para 2013: o péssimo resultado atual do confinamen-

to traz pessimismo entre os pecuaristas, principalmente quando levamos em conta uma expectativa de custos ain-da sustentados pelos atuais baixos estoques mundiais de grãos, pela inflação e pelo aumento dos salários. A questão é pensar nos efeitos disso mais adiante.

Os grãos devem dar alívio devido à expectativa de uma safra cheia e recorde, tanto aqui como lá fora. Entre-tanto, frete, salários e outros componentes do custo de-vem continuar apertando o cinto do pecuarista.

Se tudo isso trouxer pessimismo e a Bolsa não conseguir aliviar com boas oportuindades de hedge, tere-mos menos confinadores que apostam na atividade e, con-sequentemente, menos oferta na entressafra. E é aí que poderemos nos surpreender!

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SOJA RR1DO SUCESSO NA LAVOURA AO DRAMA JUDICIAL

Desenvolvida pela Monsanto e suas filiadas, na década de 80, a tecnologia RR1 teve como objetivo pro-porcionar maiores ganhos aos agricultores tornando mais eficiente o manejo da lavoura. Especificamente identificada como evento transgênico 40-3-2, a tecno-logia Roundup Ready confere à soja resistência ao glifo-sato, herbicida conhecido por sua eficiência em eliminar qualquer tipo de planta daninha. A tolerância possibilita ao agricultor aplicar apenas esse herbicida sobre a soja, reduzindo, assim, seus custos de produção e o número de aplicações.

Quando chegou ao mercado brasileiro, a soja RR1 foi considerada revolucionária pela maioria dos produ-tores rurais do país. A utilização da semente genetica-mente modificada foi um dos grandes responsáveis por impulsionar a redução de custos da lavoura e aumentar os índices de produtividade e rentabilidade por hectare cultivado.

Tanto otimismo, porém, acabou virando um en-trave judicial. De um lado produtores rurais brasileiros questionam a exigência do pagamento dos royalties a partir de 2010, ano em que, de acordo com a Lei de Patentes brasileira, deveria ser encerrada a cobrança de royalties sobre o uso da tecnologia RR1. Do outro a multinacional Monsanto reafirma seu papel em relação à tecnologia, tentando prolongar a posse da patente. Na luta para que os direitos sejam atendidos já se passaram três anos e entre acordos e desacordos a história ainda não teve fim.

Monsato desenvolve a soja Roundup Ready

Para o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), o primeiro depósito da soja RR1 no exterior foi em 1990.

Tecnologia RR1 é inserida no mercado brasileiro.

Década de 80

LINHA DO TEMPO:

1990 - Primeiro depósito de Soja

2003 - Inserção no brasil

POR LUANA LOOSE PEREIRA

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Monsanto apresenta contrato individual, no qual desonera o produtor, já na próxima safra, de forma permanente e irrevogável do pagamento de royalties da semente RR1. O produtor, no entanto, abre mão de quaisquer ações futuras pleiteando a restituição do pagamento dos royalties das últimas duas safras. Em uma das cláusulas do contrato o produtor reafirma ainda o pagamento de royalties de futuras novas tecnologias lançadas no país.

23 de janeiro 2013 – Monsanto juntamente com as 11 federações de agricultura do país

propõe acordo de quitação individual

Monsanto adia, em todo o Brasil, a cobrança de royal-ties pelo uso da primeira geração da Soja com tecnologia Roundup Ready até que haja decisão final e definitiva que, após manifestação final do Supremo Tribunal de Justiça, fi-cará a cargo do Supremo Tribunal Federal.

A multinacional propõe ainda uma solução imediata e definitiva aos produtores, que pode ser feita por meio de uma versão simplificada do termo de quitação geral, onde desta vez somente é discutida a soja RR1. Os agricultores que assinaram a primeira versão desse termo podem subs-tituí-lo pelo novo documento.

26 de fevereiro 2013 – Adiamento e novo termo de quitação geral

A Confederação Nacional da Agricultura ao tomar co-nhecimento de que a Monsanto havia incluído no acordo individual o termo de licenciamento de outras tecnologias, que sequer estão no mercado, exigiu a anulação dos acor-dos individuais firmados fora dos termos pactuados.

20 de fevereiro 2013 – CNA rejeita termos dos acordos individuais

De acordo com a Lei de Propriedade Industrial (LPI), de 1996, o tempo máximo para uma patente no Brasil é de 20 anos a partir do primeiro depósito em qualquer parte do mundo.

Monsanto pede que a patente seja estendida até 2014, como é nos Estados Unidos.

Produtores questionam pa-gamento dos royalties e en-tram com processos judiciais contra a multinacional para reaver os valores já quitados e suspender cobranças nas safras futuras.

2010 - Vencimento da patente

2011 - Pedido da Monsanto

2012 - Processo judicial

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• O Sindicato Rural de Jataí está dando andamento à nego-ciação junto aos órgãos competentes para obter a regula-rização, licença e execução de serviços para a legalização do funcionamento total do Parque de Exposições Nélio de Moraes Vilela, dentro das normas de segurança exigidas pelo Corpo de Bombeiros.

• Diversas reuniões com produtores rurais, associações e órgãos competentes, para discutir a questão do FUNRU-RAL.

• Participação no Congresso Sindical, em Goiânia, com a presença de todos os funcionários do SRJ.

• Realização de palestra no Centro de Cultura e Eventos, com Gustavo Beviláqua, do SENAR/GO, sobre o Programa Agrinho.

• Várias audiências realizadas com o Governador de Goiás e com representantes da AGETOP para discutir sobre as outras GO’s que ainda não são pavimentadas, reivindican-do que sejam tomadas providências. Também participa-ram das audiências representantes da FAEG e de outros sindicatos rurais.

• Acionou o Ministério Público, questionando a situação ve-rificada nas propriedades rurais da região, em relação às quedas e à falta de energia elétrica, o que estava causando inúmeros transtornos e prejuízos para os produtores. A re-clamação também foi encaminhada para a ANEEL e para a ELETROBRÁS. Sobre este assunto também foram reali-zadas audiências com o Deputado Federal Leandro Vilela, com o Deputado Estadual Daniel Vilela e com representan-tes da CELG.

• Está lutando para conseguir a transferência do Comando da Central de Atendimento da CELG para Jataí.

• Mobilização junto às autoridades competentes para que fosse realizada a votação do Código Florestal em Brasília. O SRJ realizou inúmeras viagens à Capital Federal para reivindicar a votação do Código.

• Audiências realizadas junto ao INCRA, em Goiânia, para tratar sobre o atraso na liberação do GEOREFERENCIA-MENTO.

• Inúmeras audiências com o Superintendente Estadual do Banco do Brasil, para tratar sobre os seguintes assuntos: Programa ABC, custeios, renegociação de dívidas, crédito rural e sobre a agência de Jataí.

• Parceria realizada com FAEG, AGETOP e, também, com produtores rurais para recuperação da GO 467. Com verba repassada pelos produtores da região e do SRJ, a estrada foi recapeada. A AGETOP cedeu o maquinário, que esteve sob a administração do Sindicato durante as obras.

• Em parceria com a APGJ mobilizou agricultores e profis-sionais da área para lutar pela suspensão da cobrança dos ROYALTIES, realizada pela Monsanto. O SRJ defende que os direitos dos produtores rurais sejam respeitados.

O Sindicato Rural de Jataí divulga as ações da Diretoria Triênio 2011/2013, que geraram várias conquistas não só para os associados da entidade como também para a comunidade jataiense.

GRANDES PARCERIAS PARA A REALIzAçÃO DA MAIOR EXPAJA DE TODOS OS TEMPOS

SINDICATOEM AÇÃO

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• Criação do Mega Torneio Leiteiro que tem uma das maiores premiações do Brasil que em 2012 teve dois recordes mundiais. Participação dos maio-res produtores do Brasil. Esse evento colocou Jataí no cenário nacional.

• Criação da Expaja Ovinos, evento que trouxe mais de 1.500 animais e que também colocou Jataí em destaque no cenário nacional.

• Realização do Expaja Nelore, evento que tem a participação dos maiores criadores da raça para participar dos julgamen-tos. O evento valoriza não só os criadores como também des-taca o nome de Jataí em todo o estado de Goiás.

• Reunião com o advogado da FAEG, Dr. Augusto, para es-clarecer dúvidas dos produtores rurais, referente à indeni-zação que deve ser paga pelas Usinas Hidrelétricas quando há ocupação da propriedade rural.

• Reunião no município de Caldas Novas, sobre a mudança do Estatuto da FAEG.

• Realizadas inúmeras reuniões junto aos representantes da FAEG e mobilização junto aos sindicatos rurais de toda a região, visando à realização do Goiás Leite em 2012. Os esforços foram recompensados e o evento contou com a participação de vários representantes das entidades clas-sistas, além dos produtores rurais.

• Mobilização dos produtores rurais para que houvesse participação durante o XI Congresso Internacional do Leite, em Goiânia. O evento foi promovido pela Embrapa Gado de Leite, em parceria com o Sistema FAEG/SENAR e sindica-tos rurais.

• Realização do evento: Sindicato ao Lado do Homem do Campo, com inclusão dos programas: Campo Saúde e Úte-ro é Vida, na Região do São José (Escola Professor Chi-quinho). Durante o evento, a população local contou com atendimento médico, emissão de documentos, diversão e palestras relacionadas ao Programa ABC do Banco do Bra-sil, adubação de pastagens, sanidade animal e, também, sobre leis trabalhistas.

• Criação do Expaja Leite, evento que tem julgamento na-cional das raças Gir Leiteiro e Girolando. EM 2012 o evento foi considerado o 3º maior do Brasil.

• Audiência com o Secretário Estadual do Meio Ambiente, em Goiânia, para questionar sobre a questão do Licencia-mento Ambiental, com foco, principalmente, na liberação da licença para retomada das obras do Anel Viário em Ja-taí. As audiências continuam e o objetivo é reduzir a bu-rocracia que existe para liberação de licenças ambientais.

• Realização do seminário “O que esperamos do próximo prefeito”, em parceria com a FAEG.

DOIS RECORDESMUNDIAIS

PRESIDENTE RICARDO PERES É HOMENAGEADO

EXPAJA LEITE EXPAJA NELORE

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• Realização do Seminário Regional de Comercialização e Mercado Agrícola, em 2012, com o palestrante Pedro Deje-neka – em parceria com o Sistema FAEG/SENAR.

• Em parceria com a Prefeitura Municipal e com produtores o SRJ promoveu uma palestra sobre Viabilidade Econômi-ca na Recuperação de Pastagens, com o palestrante Ar-mindo Neivo Kichel, no Centro de Cultura e Eventos.

• Pagamento de banco de horas mensal para a Patrulha Rural.

• Em parceria com a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio visitou a empresa Leite Pirancanjuba com o ob-jetivo de trazer uma unidade da indústria para Jataí.

• Enviou ofício para o Governador do Estado, solicitando a permanência do Major David Pires no comando da Polícia Militar em Jataí, visando à manutenção da ordem no mu-nicípio.

• Apoio na realização dos leilões promovidos pelo Núcleo de Combate ao Câncer. O SRJ disponibiliza a estrutura do Parque de Exposições e também alguns funcionários para a realização do evento.

• Quadruplicou o número de expositores na Expaja e saltou de 500 mil reais de geração de negócios dentro da feira para mais de 18 milhões em 2012.

• Mobilização de segmentos organizados para alterar a rota de pavimentação da GO 184. O SRJ, junto com a Câ-mara Municipal, conseguiu uma audiência pública com o representante do governador do estado e com a equipe da AGETOP para tratar sobre a pavimentação da rodovia. A al-teração foi aprovada, beneficiando os agricultores jataien-ses com a pavimentação da Estrada Velha de Caiapônia.

• Realização, em parceria com o Sistema FAEG/SENAR, do Seminário Regional de Legislação Trabalhista e Previden-ciária Rural, no Centro de Cultura e Eventos. Estiveram presentes palestrantes da PUC/GO, INSS, FAEG e Receita Federal.

• Criação do Centro de Equoterapia no Parque de Exposi-ções, visando o atendimento de indivíduos portadores de necessidades especiais. Desde o primeiro ano de mandato este trabalho tem sido realizado. São atendidas crianças que frequentam a Escola Érica Barbosa de Melo, a APAE, entre outras. Mais de 60 pessoas são atendidas atualmen-te e a meta do SRJ é dobrar este número, pois já foi con-firmada a eficiência do tratamento, por meio de resultados de crianças que tiveram melhoras significativas. O Cen-tro de Equoterapia foi criado em parceria com o Sistema FAEG/SENAR.

• O programa Útero é Vida também foi realizado no Assen-tamento Nossa Senhora de Guadalupe, no Assentamento 3T e no povoado de Naveslândia. Durante o evento foram realizados mais de 60 exames.

• Para auxiliar os produtores rurais da região do São José, o SRJ realizou um levantamento técnico, com auxílio de engenheiros agrônomos, e a adubação nas áreas arenosas, para viabilizar o cultivo de lavouras.

• Ainda sobre o Programa Agrinho, foi realizada a cerimô-nia de premiação de alunos e professores da rede munici-pal e estadual de ensino, pelo segundo ano consecutivo. Foram entregues medalhas aos mais de 190 premiados de Jataí que, inclusive, conseguiram os dois primeiros luga-res.

• Lançamento do CNA CARD, em parceria com CNA, FAEG, AGRODEFESA, FUNDEPEC/GO.

EQuOTERAPIA: MAIS DE60 PESSOAS ATENDIDAS

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• Realização do Seminário Regional de Comercialização e Mercado Agrícola, em 2013, com o palestrante Leonardo Sologurem – em parceria com o Sistema FAEG/SENAR.

• Visitou, juntamente com várias entidades de Jataí, o Se-cretário Estadual de Indústria e Comércio em busca de no-vas empresas para o município.

• Com o objetivo de aumentar a segurança do homem do campo, realizou inúmeras reuniões com várias autorida-des, para buscar soluções para os problemas de roubos de maquinário, gado e insumos nas propriedades rurais.

• Cursos realizados em 2011 (de 15 de janeiro a 15 de dezembro): 71 treinamentos com capacitação de 743 ci-dadãos em diversas áreas como tratores, colheitadeiras, GPS, inseminação artificial, apicultura e promoção social.

• Cursos realizados em 2012 (de 20 de janeiro a 18 de dezembro): 90 treinamentos com capacitação de 997 ci-dadãos em diversas áreas como tratores, colheitadeiras, GPS, inseminação artificial, apicultura e promoção social.

• Cursos realizados em 2013 (até o mês de março): 19 trei-namentos com capacitação de 201 cidadãos em diversas áreas como tratores, colheitadeiras, GPS, inseminação ar-tificial, apicultura e promoção social.

• Apoio às ações da Associação FAVOS, nova entidade que apoia os pacientes com câncer que fazem tratamento no município de Barretos, em São Paulo.

• Apoio às várias entidades filantrópicas do município.

INVESTIMENTOS REALIzADOS NO PARQUE DE EXPOSIçÕES:

• Investimento de mais de 250 mil reais para reforma de toda a parte elétrica. • Reforma na infraestrutura de currais e passarelas;• Implantação de borrachões no piso do apartador dos

currais;• Construção de nova recepção de animais com brete, balança e cobertura;• Adequação em todo o parque para melhor locomoção de portadores de necessidades especiais; • Instalação do Restaurante Fazendinha (O local poderá ser utilizado por entidades filantrópicas para realização de eventos beneficentes);• Recapeamento asfáltico no Parque;• Construção de bancada e pias nos quatro bares;• Construção de banheiro e pia na cozinha e no bar do Tattersal Filó Garcia;• Abertura de mais uma rua pavimentada no Parque.• Melhoramento do estacionamento e reforma e ampli-ação das avenidas de entrada do parque.

Fortalecimento da classe. Força sindical. Luta por vários interesses de toda a co-munidade. Valorização do produtor rural. Representatividade a nível estadual e nacional. Crescimento da Exposição Agropecuária. Auxílio ao pequeno produtor. Com uma gestão profissional, dinâmica e inovadora a diretoria do SRJ vem desem-penhando um grande trabalho no município de Jataí.

VENHA FORTALECER AINDA MAIS A CLASSE RURAL. FILIE-SE AO SINDICATO RURAL DE JATAí.

CURSO DE PINTURA CURSO DE CRIAçÃO E MANEJO DE EQUINOS

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SILVICULTURA E PECUÁRIA

A fazenda JL Agrícola e Pecuária, de propriedade do engenheiro agrônomo, José de Laurentiz Neto, é um exemplo de quem, observando a crescente expansão das áreas de cultivo sob as terras antes destinadas a past-agem, encontrou no sistema silvipastoril uma saída para a manutenção da atividade pecuária.

Instalada no município de Rio Verde/GO há 32 anos, a fazenda há aproximadamente 17 anos, investe na criação de gado em terras degradadas. De acordo com Benur Au-gustin, gerente da propriedade, a produção integrada através do sistema silvipastoril foi essencial para a ma-nutenção da atividade pecuária.

“Em função de a agricultura ter vindo para a região com mais intensidade, nós tomamos a decisão de criar o gado em terras de areia, foi quando a fazenda se instalou no município de Serranópolis/GO, Santa Rita do Araguaia/MT e agora, mais recentemente, no município de Alto Ara-guaia/MT. Porém, nos últimos 15 anos, a pecuária não esta garantindo lucro ao produtor rural, com isso, começamos a investir também no plantio de eucalipto. Através da modalidade silvipastoril, não foi necessário extinguir o gado, nós trabalhamos hoje com as duas atividades de for-ma integrada, fator que garante a rentabilidade da área.”

FAzENDA JL

IMPLANTAçÃODO SISTEMA

Atualmente, na propriedade da fazenda JL, a área total de plantio de floresta chega a 1.400 hectares, sendo 800 hectares em modalidade silvipastoril. Benur Augustin conta que depois de um ano e meio de plantio a experiên-cia de implantação do sistema integrado se concretizou. “Hoje as árvores plantadas no sistema silvipastoril estão com três anos e já temos gado de 90 a 100 dias e boa par-te destes animais não vai precisar ir para confinamento, a fase de terminação será feita no próprio pasto”.

A fazenda JL possui hoje na área de implantação do sistema, aproximadamente 0,8 unidades animal por hectare. Segundo Marlon Lúcio Oliveira Gonçalves de Cas-tro, engenheiro florestal da propriedade, o pasto utilizado hoje é o chamado Braquiarão. “A pastagem é original da propriedade, realizamos apenas o trabalho de calagem do solo”. No sistema integrado são cerca de 500 plantas por hectare, com espaçamento 2m x 10m. Segundo Be-

nur, além do espaçamento adequado, o plantio das árvores é realizado no sentido leste/oeste (nascente ao poente), o que proporciona o aumento da luminosidade essencial para o bom desenvolvimento nutricional da pastagem.

As mudas de eucaliptos utilizadas dentro da modal-idade são mudas clonais, melhoradas geneticamente. “Não existe uma variedade específica para este tipo de modali-dade, porém nós priorizamos as variedades Urograndes”, explica Marlon.

Para o plantio das árvores, o solo arenoso neces-sita de um preparo específico. “O solo arenoso, por ser descompactado, possibilita o melhor desenvolvimento das plantas, porém seu valor nutricional é muito baixo, nestes casos é feito um preparo do solo antes do início do plantio, com abertura das linhas, calagem e subsolagem. O plan-tio pode ser feito de forma mecanizada, com plantadeiras de Eucalipto ou semi mecanizada, através da utilização de

Sistema de produção integrado garante rentabilidade em áreas degradadas

POR LUANA LOOSE PEREIRA

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UNIDADE EMBRAPA EM ALTO ARAGUAIA/MT Tamanha a importância do aproveitamento rentável das áreas até então degra-dadas, a implantação efetiva deste sistema integrado chamou a atenção de pesquisa-dores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Há uns seis meses a prefeitura do município de Alto Araguaia procurou a fa-zenda JL, para saber se teríamos a disponibilidade de uma área de aproximadamente 100 ha para a implantação de uma unidade da Embrapa, direcionada ao consórcio de eucalipto com diversas outras atividades, como gado de corte e de leite, ovinocultura, biomassa, entre outras. A fazenda disponibilizou as terras e o projeto já esta em anda-mento”, sintetiza Benur. Para Benur este é um grande passo para a expansão dos projetos de implan-tação da modalidade silvipastoril em terras degradadas. “Este com certeza é um projeto que além de viabilizar aquela região de areia vai dar respingo em outras terras degrada-das. A madeira é um negócio legal, toda a atividade que envolve o uso de madeira esta está com carência de matéria prima, então é preciso colocar estas terras para produzir, porque a logística da nossa região ajuda e daqui a pouco, com o aumento da produção local as indústrias começarão a olhar para a região com outros olhos”, conclui Benur.

A portaria estadual normativa 002/05, isenta o produtor rural da ne-cessidade de apresentação de licença para o plantio de florestas exóticas, dentre elas o Eucalipto. A licença somente se faz obrigatória em se tratando de corte e comercialização da madeira.

LICENCIAMENTO

A diminuição das possibilidades de expansão das áreas de cultivo no brasil e no mundo vem chamando a atenção de muitos pro-dutores para o aproveitamento rentável das terras degradadas. O sis-tema de produção integrada surge, então, como alternativa potencial para a ampliação da produção, assim como, para o aumento da pro-dutividade e renda nas propriedades rurais. Neste contexto, integrando dois complexos produtivos de grande importância no agronegócio nacional, carne e produtos florestais, ganha destaque o sistema silvipastoril, que oportuniza o in-cremento de renda por unidade de área, beneficiando principalmente o grande contingente de estabelecimentos rurais que possui como principal atividade a pecuária, leiteira ou de corte.

tanques”, pontua Marlon.De acordo com Benur este sistema além de agregar 100% de valor às terras

degradadas viabiliza ainda três oportunidades de negócio em uma única área. “Além da produção de carne, com pasto de maior qualidade devido ao sombreamento, os cavacos são utilizados para queima com fins de geração de energia para termoelétricas ou para secar soja, entre outros e as madeiras selecionadas depois de um tempo maior, são ven-didas para serrarias para a produção de móveis entre outros subprodutos”.

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xSAFRASUPER

Um sonho que se transformou em pesadelo. Assim pode ser definido o panorama da safra 2012/13, que anun-cia mais um recorde de produção. Com a safra de verão concluída e a segunda safra a caminho da etapa de colhei-ta, a expectativa de produção supera os 180 milhões de toneladas de grãos, um total de 10,5% a mais que no ano passado. Dados positivos e que deveriam alavancar a eco-nomia do país. Mas, em meio a números surpreendentes, o que desperta a atenção e preocupação dos profissionais que atuam no setor são os problemas encontrados pelo caminho e que ficaram ainda mais evidentes devido ao vo-

lume produzido. Entre as dificuldades, se destacam a in-fraestrutura inadequada para o escoamento da safra

e a deficiência para a armazenagem dos grãos.A situação torna-se contraditória, pois à

medida que o produtor rural investe na proprie-dade, utiliza os mecanismos tecnológicos dispo-níveis no mercado e aumenta a área cultivada, visando o aumento da produção, a contrapartida é mínima.

Nos últimos cinco anos a safra de grãos passou de 135 milhões de toneladas para 183,58 milhões. Dados divulgados pela Companhia Do-cas de São Paulo (CODESP) indicam que em fe-vereiro de 2013 o movimento de caminhões que transportam grãos aumentou 49%, se compara-dos ao mesmo período do ano passado. Por ou-tro lado, os investimentos em infraestrutura não tiveram grandes avanços.

Em relação à capacidade de armazena-gem, por exemplo, o estado de Mato Grosso, maior produtor do Centro-Oeste, registra um déficit de 34%. Com a expectativa de produção de 43,25 milhões de toneladas nesta safra, o estado tem capacidade para armazenar 28,47 milhões de toneladas do volume total. O reco-

Em 2013 as filas de caminhões para chegar até o porto de

Santos atingiram 25 km. O tempo de espera para descarregar chegou a mais de 50 horas.

No Terminal Ferroviário da América Latina Logística, Alto Araguaia/MT, o

congestionamento registrado entre Goiás e Mato Grosso ultrapassou 100 km. Carretas ficaram

paradas por mais de três dias na estrada.

Na safra passada, a região

CENTRO-OESTE,

MATOGROSSO E

GOIÁS

83%

com destaque para os estados

de

Em decorrência da quebra de safra americana, o volume de exportação

aumentou.

O milho, por exemplo, passou de

O embarque do produto é outro entrave no

momento de receber as cargas de soja.

na safra passada, para

foi responsável por

da movimentação de

no porto de Santos.

SOJA E MILHO

8,5 MILHÕES DE TONELADAS

25 MILHÕES DE TONELADAS

POR TÁSSIA FERNANDES

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x PREJUÍZOSSUPER

mendado seria que a capacidade estática fosse 20% maior que a produção. A vantagem é que grande parte dos grãos, principalmente da soja, é comercializada e escoada simul-taneamente à colheita, reduzindo os transtornos prove-nientes da falta de acomodação.

Neste sentido, pelo menos o estado de Goiás vai bem. O município de Jataí é o que possui a maior capaci-dade de armazenagem de grãos estáticos em todo o país (o que não inclui o transbordo). Entre armazéns gerais e particulares, o município acomoda 01 milhão 650 mil to-neladas de grãos.

Em relação à falta de infraestrutura, o problema é nacional. A malha rodoviária de todo o país é precária e os investimentos realizados são ínfimos, o que resulta em transtornos e pode, inclusive, causar prejuízos econômicos. O atraso no embarque do produto tem gerado especula-ções de que o grande importador de grãos do país, a China, iria suspender os contratos de compra. Para o presidente da Aprosoja/MT, Carlos Fávaro, a possibilidade existe, pois as empresas chinesas pagaram para receber os grãos com antecedência, o que não tem acontecido. Um importador chinês, inclusive, cancelou o carregamento de 33 navios de soja, trocando a oleaginosa brasileira pela da argentina. Mas, analistas de mercado agrícola apostam que a ameaça tem a finalidade estratégica de baixar preços, pois, apesar de ter estoque, a potência asiática necessita do produto brasileiro. Acreditam que pode haver redução do volume importado, mas não quebra total de contratos.

Toda a discussão em torno das dificuldades logísti-cas encontradas durante a safra surge junto à classificação de Jataí como o sexto município que mais gera riquezas agrícolas para o país. A produção total da safra 2012/13, que está prevista para ficar acima de 880 mil toneladas, deverá movimentar em torno de R$ 1,5 bilhão até o fim do ano. A lição de casa tem sido cumprida pelos agricultores. Mas a recompensa parece ter dado lugar ao martírio.

Em 2012 80% do que pas-sou pelo porto de Santos

chegou por meio das rodovias.

55% do grão brasileiro é movimentado em caminhões, 35% por ferrovia e 10% por

hidrovia.

149,25162,96 166,17

183,58

PRODUÇÃO NO BRASIL(em milhões)

Jataí é o município que possui a maior capacidade estática

de armazenagem de grãos em todo o país, acomodando

Jataí é o sexto município que mais gera riquezas agrícolas para o país.

1,65MILHÕESDE TONELADAS DE GRÃOS

A produção total da safra 2012/13 deverá

movimentar em torno de

Em relação à soja, a expectativa é de que sejam

produzidas

de grãos.até o fim do ano

880.000TONELADAS1,5BILHÃOR$

JATAÍ

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THERMASBONSUCESSO

HOTEL

O município de Jataí, localizado no Sudoeste Goiano, possui um dos cenários mais admiráveis do cerrado brasileiro. Ar puro, verde em abundância e um paraíso de águas termais. Aqui você encontra o lu-gar ideal para relaxar e aproveitar, da me-lhor maneira possível, os momentos de la-zer. No Hotel Thermas BONSUCESSO você tem tudo isso, com a garantia de conforto e bom atendimento. Localizado a 10 km do centro da cidade, o Hotel faz parte do complexo turístico Vale do Paraíso e fica às margens do Lago Bonsucesso.

A estrutura também é uma das melhores encontradas em todo o Sudoes-te Goiano. Com 64 apartamentos, o Hotel conta com: 07 piscinas, sendo 04 de águas

termais, 01 de água natural e 02 de águas termais para crianças; 02 estruturas de bar molhado; 02 amplos e confortáveis restaurantes, quadra poliesportiva, qua-dra de tênis, campo gramado para futebol, playground, brinquedoteca, academia, sa-lão de jogos, sala de tv ( mini cinema ), pas-seios à cavalos, quadriciclo, trilhas, além das opções do lago Bonsucesso para prá-tica de esportes náuticos, dentre eles: Jet-sky e Lancha. Opções que agradam quem quer descançar e, também, quem está em busca de ação e aventura.

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LUGARESINTERESSANTES

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Nome: Hotel Thermas BONSUCESSOEndereço: Rodovia BR 158 - KM 5 / Saída para Caiapônia / Jataí/GO.

Telefone: (64) 3632 - 9393 / 8448-8096 Site: http://www.tbshotel.com.br/E-mail: [email protected]

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MAPA DAMINASUCESSO

Acordamos cedo, arrumamos as crianças para irem à escola, tomamos café e saímos de casa. Desde o momento em que você sai da cama para os afazeres do dia a dia, até a hora em que retorna a ela no fim da noite para o seu descanso me-recido, você tem contato, em média, com cerca de 1.200 marcas de diferentes em-presas. Isso mesmo! Seja no som do carro, pintada em algum muro nas ruas por onde anda, em vários e-mails, folheando uma revista, ou assistindo TV. O tempo todo estamos expostos a milhares de tentativas para nos levar a comprar vários tipos de produtos e serviços.

É muito comum ouvirmos por aí: “A última promoção do ano! Queimão de ofertas! O mais barato sempre! Saldão de estoque...”. Mas, dessas 1.200 marcas, da qual o consumidor vai se lembrar no fim da noite? O livro “A Estratégia do Oceano Azul”, dos autores W.Chan Kim e Nenée Mauborgne, traz algumas dicas para que possamos sair do “oceano vermelho” (o vermelho vem do sangue extraído na luta pelo mercado), para entrar em um “ocea-no azul” (um mar explorado apenas por uma empresa). Mas a grande questão é: como criar novos mercados e ainda tornar a concorrência irrelevante?

Segundo o livro, algumas empre-sas que investem em planejamento têm conseguido essa façanha de deixar a con-corrência para trás e ainda agregar valor à sua marca. Um grande exemplo foi o Cirque Du Soleil, que parou de apresentar atrações com animais (que têm um custo muito alto) para investir em pessoas com

super talentos. Além de baixar o custo operacional da empresa, aumentaram o valor da marca, trabalhando uma comu-nicação ligada aos grandes espetáculos e criando um produto que tem como objeti-vo “mexer com a emoção das pessoas”. A experiência que um consumidor tem com essa marca é única, o que faz com que o Cirque Du Soleil navegue pelas águas tran-quilas do oceano azul.

Hoje os consumidores são muito exigentes e bem mais informados (várias pesquisas comprovam que muitos fazem consultas na internet antes de comprarem um produto ou serviço), além disso, eles quase não têm fidelidade com as marcas. É justamente por isso que para ser uma das marcas mais lembradas na mente do consumidor, as empresas precisam inves-tir em comunicação criativa e diferencia-da, em treinamento constante com os co-laboradores e, principalmente, precisam estar atentas para sempre atenderem às expectativas dos seus consumidores.

Não ganhamos dinheiro com clien-tes. Ganhamos dinheiro com freguês!

COMO SAIR DO OCEANO VERMELHO?

Por Francis BarrosPublicitário, especialista em comunicação

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Nos remotos tempos de uma Jataí ainda peque-na, mas que já pensava grande na visão futurista dos co-merciantes, a ACIJ surge como uma entidade unida para obtenção de benefícios para toda a coletividade de Jataí, sendo um órgão de luta pelos interesses dos comercian-tes, empresários e prestadores de serviços locais.

Nossa associação, neste ano que passou, além da ampla reforma no prédio da nossa sede, participou e foi chamada a participar de diversas ações – ora em prol dos empresários, ora em prol da sociedade, tendo rece-bido em seu auditório diversas autoridades para debater causas a favor do empresariado local e da cidade, dentre tantas, citamos a implantação do SESI∕SENAI, recebemos o Secretário Estadual das Cidades, para informá-lo das necessidades da comunidade, o Secretário da Fazenda para implementação do Programa Recuperar II e inúme-ras audiências públicas realizadas conjuntamente com o Legislativo e o Executivo, para solução de problemas do empresariado e do município.

Entendemos que o associativismo é o caminho e a corrente forte que busca soluções, sendo assim, ne-cessitamos de mais elos nesta corrente, para mobilizar a integração dos comerciantes, industriais e prestadores de serviços de nosso município, com ações e participação ativa nos anseios da nossa classe e de toda a sociedade jataiense.

Um grande abraço a todos! LÁZARO ELANDI FREITAS SILVA

Presidente da ACIJ

PALAVRA DO PRESIDENTE

INFORMATIVO

SERVIÇOS OFERTADOS AOS NOSSOS ASSOCIADOS1. Um auditório composto de 120 lugares

totalmente climatizado, que o associado po-derá utilizar para reuniões com seus colabora-dores e/ou com seus fornecedores e parceiros comerciais.

2. Posto de Atendimento da JUCEG na própria sede, para melhor atender o associado e a classe comercial/empresarial.

3. Parceria com o SEBRAE – GOIÁS para palestras e cursos ministrados aos associados e seus colaboradores.

4. Parceria com a AGÊNCIA DE FOMEN-TO DE GOIÁS, proporcionando apoio de cré-dito ao empresário, com linhas de crédito para investimento e capital de giro através do Cré-dito Produtivo.

5. Por ser uma associação civil, a ACIJ tem seu foco no associativismo, no sentido de congregar comerciantes, industriais e presta-dores de serviço, propondo debates e soluções dos problemas dos associados, quando é so-licitada, e, ainda, sugere debates e soluções dos problemas econômicos locais, buscando soluções no âmbito estadual, através da nos-sa federação (FACIEG), e no âmbito nacional, através da nossa confederação (CACB).

6. Junta de Mediação e Consolidação em parceria com a OAB.

7. Em breve, estará implantado os ser-viços de proteção de crédito e de certificação digital, todos voltados aos associados.

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ção e a criação de uma confortável sala para reuniões.A obra foi realizada durante a primeira gestão do

atual presidente, Lázaro Elandi Freitas Silva, sendo con-cluída no dia 28 de fevereiro de 2012. Desde então, a As-sociação Comercial e Industrial de Jataí tem conseguido oferecer mais conforto aos empresários, autoridades e à população em geral que se utilizam de alguma maneira das instalações da sua sede.

dito de livre admissão, ou seja, além dos empresários, to-dos podem se associar a ele e participar das grandes van-tagens que oferece.

Atualmente, no prédio da ACIJ, funcionam, além do SICOOB COOPREM, a Associação dos Produtores de Grãos de Jataí (APGJ) e a Associação dos Engenheiros Agrôno-mos de Jataí (AEAJA). Todos contam com o total apoio e a confiança da ACIJ, que os isenta da cobrança de aluguel.

Em outubro de 2008, surgia, no prédio da ACIJ, a Cooperativa de Crédito SICOOB COOPREM. Com isso, ma-terializava-se o sonho de os empresários jataienses agre-garem-se em uma instituição de crédito da qual, além de terem mais vantagens que os bancos tradicionais, ainda são associados ao mesmo. Isso tudo com a cobertura na-cional do SISTEMA SICOOB.

Hoje, o SICOOB COOPREM é uma instituição de cré-

Inaugurada em 1981, a sede da Associação Comer-cial e Industrial de Jataí (ACIJ) passou por sua primeira reforma. No total, foi feito um investimento de aproxima-damente 60 mil reais.

A sede teve o seu sistema elétrico refeito, todas as salas climatizadas, incluindo o auditório, todo o piso tro-cado e recebeu uma pintura nova tanto do lado interno, quanto do externo. Algumas importantes adequações tam-bém foram realizadas, como a ampliação da sala de recep-

No dia 26 outubro de 2012, a diretoria da ACIJ re-cebeu a ilustre visita do secretário estadual da Fazenda, Simão Cirineu Dias, para tratar de assuntos referentes ao Programa de Recuperação de Créditos da Fazenda Pública Estadual (Recuperar II). A reunião resultou em benefícios para diversos empresários jataienses que puderam quitar seus débitos com a Fazenda Estadual, livre de diversos en-cargos incidentes sobre os mesmos. Mais importante que esse “desconto” alcançado é o prazer de dever cumprido por parte da ACIJ, que conseguiu fazer com que esses em-presários pudessem concluir 2012 e entrar em 2013 livres dessa pendência com o Executivo Estadual.

SICOOB COOPREM COMPLETA 4 ANOS

SEDE DA ACIJ RECEBE AMPLA REFORMA

SECRETÁRIO ESTADUAL DA FAZENDA VISITA A ACIJ

Após 31 anos, prédio recebe sua primeira reforma e proporciona mais conforto aos seus associados

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EXPANDINDOFRONTEIRAS

Em parceria com a Case IH, Grupo Uniggel inaugura Uniggel Máquinas em Tocantins

Tecnologia e qualidade são marcas do Grupo Uniggel. Há 25 anos no mercado, a empresa, que surgiu da parceria entre três irmãos, vem ganhando força e espa-ço. Inicialmente focado na produção de sementes, o Grupo expandiu os negócios para a produção de algodão e, agora, no estado de Tocantins, passa a trabalhar, também, com a revenda de máquinas.

Proporcionando o crescimento e o desenvolvimento por onde passa, a Uniggel possui um quadro de mais de 200 funcionários, apenas na empresa de To-cantins. Tradicional no meio agrícola, a Uniggel tem o objetivo de contribuir com o trabalho do homem do campo em mais um ramo de atividade e, para garantir o sucesso, conta com a parceria da Case IH.

UNIGGEL MÁQUINASJá consagrado com a produção de

sementes de qualidade, o Grupo Uniggel atende demandas do Centro-Oeste bra-sileiro, do Triângulo Mineiro, Piauí e Ma-ranhão. Agora, Palmas e região também terão a marca do Grupo, porém, no ramo de máquinas agrícolas. No início de fe-vereiro a empresa inaugurou a conces-sionária Case IH na capital de Tocantins.

A nova loja vai oferecer produtos voltados para o plantio e para a colheita, como tratores e colheitadeiras Case IH. Além das máquinas, a loja terá suporte de peças e assistência técnica. A estrutura completa oferecida pelo Grupo Uniggel ga-rante o padrão de qualidade exigido pela Case IH e cumpre com o compromisso de servir o agricultor da melhor forma possível.

www.caseih.com.br

POR TÁSSIA FERNANDES

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O trabalho vem ganhando cada vez mais importância na vida das pessoas, afinal, é nesse ambiente que passamos grande parte do nosso dia. No entanto, o trabalho também pode se transformar em fonte de adoecimento, caso não proporcio-ne condições adequadas ao trabalhador, causando várias doenças ocupacionais. Este problema tem aumentado muito, ge-rando, além de gastos financeiros para as entidades empregadoras, enormes dificul-dades sociais.

Entre as principais doenças re-lacionadas à organização do trabalho, destacam-se as Lesões por Esforços Re-petitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT) e os sofrimentos psíquicos. No caso dessas doenças, a dificuldade é definir a natureza exata da sua etiologia, mensurar e quali-ficar a dor e/ou sofrimento, devido a sua subjetividade e invisibilidade.

Aspectos referentes às condições e à organização do trabalho contribuem de diferentes formas para o adoecimento dos trabalhadores, entre elas se destacam:

• Produção com ritmo e velocidade acele-rados;• Intensificação da sobrecarga;• Aumento dos movimentos repetitivos;• Utilização das posições anatomicamente inadequadas para o ser humano;• Sobrecarga nos grupos musculares e ten-dões;• Relações autoritárias de poder;• Desconfianças e competições entre os trabalhadores;• Impossibilidade de o trabalhador contri-buir com sua experiência e aprendizado sobre o trabalho.

A partir da compreensão de que o trabalho é gerador de doenças e sofri-mentos, a prevenção ganhou espaço e começou a ser abordada, principalmente, através das condições e da organização do trabalho. Também é possível perceber que nos últimos anos o número de trabalhado-res excluídos socialmente aumentou. Por-tanto, deve-se implantar a prevenção no espaço de trabalho e buscar a reinserção social daqueles trabalhadores afastados/excluídos do mercado.

A Terapia Ocupacional, voltada para a saúde do trabalhador, apresenta-se como uma ciência que realiza um trabalho integrado com outras ciências relaciona-das à saúde, em que o Terapeuta Ocupa-cional está apto a procurar a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e orienta a participação dos mesmos em ati-vidades selecionadas para facilitar, restau-rar, fortalecer e promover a saúde. A Te-rapia Ocupacional intervém em diferentes níveis, dependendo do objetivo do trata-mento (primário, secundário ou terciário).

NíVEL PRIMÁRIO OU PREVENTIVOO Terapeuta Ocupacional

busca analisar o processo de trabalho, conhecendo deta-lhadamente a função de cada trabalhador e sugerindo aos responsáveis pela empresa ou instituição, quando necessário, a modificação no processo do mesmo.

1

NíVEL SECUNDÁRIO OU CURATIVOO Terapeuta Ocupacional

realiza uma avaliação do tra-balhador, observando aspectos como dor, limitação da ampli-tude de movimento (ADM), presença de encurtamentos, força muscular (FM), coordena-ção motora e níveis de estresse.

2

NíVEL TERCIÁRIO OU REABILITADORO Terapeuta Ocupacional

trabalha aspectos alterados, contribuindo para a preven-ção de deformidades e para a manutenção da capacidade residual, indicando junto ao tra-balhador e à equipe uma nova função, ou a indicação de órte-ses que facilitem o desempe-nho das diversas atividades.

3

ANGÉLICA BARROSTERAPEuTA OCuPACIONAL

Crefito: 11-9882Telefone: (64) 9998-2606

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ESPAÇO SAÚDE

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O morango (Fragaria x ananassa Duch.) espécie ole-rícola popularmente classificada no grupo das pequenas frutas, produzida e apreciada nas mais diversas regiões do mundo, devido ao aspecto atraente e sabor diferencia-do, possui mercado garantido nas principais economias mundiais. Atualmente, a produção mundial é estimada em cerca de 3,1 milhões de toneladas, no Brasil em torno de 100 mil toneladas. Assim, figuram como principais Estados produtores: São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás.

Nos últimos anos verifica-se incremento considerá-vel na produção nacional desta espécie, bem como aumen-to em seu consumo, e importância sócio-econômica para o país, devido à grande rentabilidade por área cultivada. A produção de morangos apresenta caráter de eminência social e econômica, devido à alta demanda de mão-de-o-bra, favorece a permanência do homem no campo, garante acréscimos à renda do produtor, tornando-se alternativa para pequenas e médias propriedades rurais, que apresen-tem características de agricultura familiar. Portanto, deve ser considerado como importante alternativa na diversifi-cação de cultivos e geração de renda, principalmente para propriedades sob-regime familiar, pois emprega na quase totalidade de seu ciclo, grande contingente de trabalha-dores.

O morango enquadra-se como espécie de grande sensibilidade, altamente exigente em práticas culturais desde o plantio até o pós-colheita. Esta sensibilidade faz com que o manejo seja realizado de forma intensa e fre-quente, com mínimos critérios técnicos necessários e ade-quados. Altamente influenciável pelo ambiente, onde os elementos meteorológicos refletem diretamente nas prá-ticas culturais, rendimento e qualidade dos frutos.

As variações na adaptação regional das cultivares de morangueiro ocasionam desenvolvimento satisfatório, fato dependente da cultivar utilizada, região de cultivo, condições ambientais. Neste contexto, embora existam al-gumas informações a respeito do cultivo de morangueiro, torna-se importante identificar o comportamento das cul-tivares nos diferentes locais de cultivo, torna-se ferramen-ta chave para os programas de melhoramento genético, bem como práticas de manejo da cultura em determinada região.

A utilização de cultivares selecionados para cada região, com base na produtividade, resistência a pragas e doenças, aceitação do mercado consumidor e produção de entressafra, o aumento da lucratividade é um dos fatores que exerce grande influência na produção (REBELO & BA-LARDIM, 1997; BOTELHO, 1999). A escolha da cultivar para determinada região, torna necessário a realizar ensaios de competição entre os materiais, de modo a possibilitar re-comendação de cultivo de morangos e garantir êxito na atividade.

superiores a 25ºC, o crescimento vegetativo da planta é estimulado, ocorre emissão de estolões que proporcionam multiplicação vegetativa da planta. Neste grupo desta-cam-se as cultivares Camarosa responsável por aproxima-damente 60% da produção mundial, Camino Real ampla-mente utilizada no país, recentemente a cultivar Palomar expressa relevância na qualidade organoléptica de seus frutos.

Cultivares de dias neutros são aquelas cuja sensi-bilidade ao fotoperíodo é relativamente menor, quando comparadas com cultivares classificadas de dias curtos, prolonga seu florescimento, em baixas temperaturas e pa-ralisam suas atividades (SILVA et al., 2007). As cultivares Albion, San Andréas destacam-se pela qualidade de seus frutos, Portolas expressa superioridade no quesito rendi-mento perante os demais materiais, as cultivares de dias neutros estão sendo introduzidas no Estado do Rio Grande do Sul.

No morangueiro a passagem do período vegeta-tivo para reprodutivo, é necessária a combinação de vá-rios fatores climáticos, como: fotoperíodo, temperatura, a interação entre estes dois fatores acarretam em grande relevância para seu cultivo. A resposta da planta ao foto-período serve como indicativo classificatório das cultivares de morango obtém cultivares de dias curtos, dias neutros e dias longos, atualmente sendo menos utilizadas.

Cultivares de dia curto são aquelas que florescem em ocorrência da redução no comprimento do dia, sendo este inferior a 14 horas de luz, e temperaturas abaixo de 15ºC (SILVA et al., 2007). Dias longos com temperaturas

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CULTIVO DOMORANGUEIRO

PORTAL UFSM

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incremento no tamanho e qualidade dos frutos produzidos. O sistema de irrigação por gotejamento é amplamente adotado na cultura do morangueiro, possui alta eficiência no uso da água, menor incidência de doenças devido à re-dução do molhamento foliar da planta.

A utilização de cobertura do solo atua como barrei-ra física à transferência de energia e vapor d’água entre o solo e atmosfera, altera o microclima do sistema solo e reduz as oscilações de temperatura e perdas de água por meio da evaporação. Essa prática possui como objetivo reduzir o contato direto dos frutos com o solo, minimiza a incidência de plantas invasoras e reduzir perdas de nu-trientes pelo processo de lixiviação (SANTOS & MEDEIROS, 2003).

A partir da década de 50, passou-se a utilizar fil-mes de polietileno como cobertura do solo. Atualmente o filme de polietileno opaco preto de espessura de 30 ou 50 micras é a cobertura mais utilizada para a cultura do

O cultivo do morangueiro é diretamente dependen-te do manejo diferenciado durante todo seu ciclo. No Rio Grande do Sul segundo Reisser Junior et al., (2004), o mo-rango apresenta como características a utilização de tú-neis baixos, construídos com filmes plásticos de polietileno transparentes, cobertura dos canteiros (“mulching”) com filmes plásticos de coloração preta, irrigação por goteja-mento sob a cobertura.

Extremamente sensível ao déficit hídrico devido ao sistema radicular pouco profundo, exige práticas eficien-tes de irrigação. Prática cultural indispensável para que o cultivo atinja níveis satisfatórios de produtividade, ocorre

morangueiro. Segundo Streck et al., (1994), com o uso de cobertura plástica, a evaporação da água presente na su-perfície do solo pode ser reduzida em até 21%, quando em comparação ao solo descoberto.

A ascensão da plasticultura na produção agrícola demonstra a preferência dos produtores pelo uso de tú-nel baixo como ambiente protegido à produção do moran-gueiro. Essa preferência deve-se, principalmente ao menor custo de implantação da estrutura quando comparada a outras de porte maior. Possibilita rotacionar a área culti-vada, permite maior eficiência no controle de doenças e certas pragas.

No cultivo em céu aberto o uso de túnel baixo apre-senta vantagens como antecipação da colheita, maior pro-dução e frutos de melhor qualidade, redução nos custos com insumos (fertilizantes e defensivos). Porém, a utiliza-ção desse tipo de ambiente protegido, requer manejo cor-reto e constante, baseado na abertura e fechamento diário das laterais do túnel, custos adicionais com a compra e manutenção da estrutura. Recomenda-se o uso de filme de polietileno de baixa densidade aditivado contra raios ul-travioleta, expressa transmissividade da radiação solar em torno de 80%, apresenta impactos importantes no manejo da irrigação e demais aspectos correlacionados ao forne-cimento de água para as plantas, estudos comprovaram que a evapotranspiração da cultura é relativamente menor quando em ambiente protegido. Segundo Reisser Junior (1991), existe relação direta entre a presença da cobertura e a evapotranspiração, em ambiente protegido ocorre à re-dução na radiação global incidente sobre a cultura.

Frente a este cenário, ainda há inúmeros empeci-lhos à sua produção, o que torna necessárias pesquisas que visam conhecer aspectos fenológicos de importância, bem como identificar cultivares com melhores caracte-rísticas de interesse para a região em estudo, aprimorar técnicas de cultivo já existentes e buscar tecnologias que possibilitem alcançar boas produtividades com ganhos em qualidade do produto.

KASSIA LUIzA TEIXEIRA COCCO, Mestranda em Agronomia: Agricultura e Ambiente. universidade Federal de Santa Maria, campus Frederico Westphalen/RS.

DENISE SCHMIDT E BRAULIO OTOMAR CARON, Professores Associados. universidade Federal de Santa Maria, campus Frederico Westphalen/RS.

VELCI QUEIRóz DE SOUzA, Professor Adjunto. uni-versidade Federal de Santa Maria, campus Frederico Wes-tphalen/RS

PAULO AUGUSTO MANFRON, Professor Titular Aposentado. universidade Federal de Santa Maria.

IVAN RICARDO CARVALHO, Aline benkowitz e Da-niele Cristina Fontana, Acadêmicos do curso de Agrono-mia, universidade Federal de Santa Maria, campus Frederi-co Westphalen/RS.

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ALTERNATIVA PRODUTIVA PARA PEQUENAS E MÉDIAS PROPRIEDADES RURAIS.

POR UFSM - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

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CRAMBEA NOVA RIQUEzA DA REGIÃO CENTRO-OESTE

Grão é a aposta para a produção de biodiesel

São mais de quinze anos de estudos sobre o cram-be, mas foi só com a criação do Programa Nacional de Pro-dução e uso de Biodiesel (PNPB), a partir de 2004, que a cultura começou a ganhar visibilidade e estar entre as op-ções de cultivo, principalmente, durante a segunda safra.

Reconhecido pelo potencial como plan-ta de cobertura, até então os estudos em an-damento procuravam detalhar as vantagens do crambe quando utilizado para a rotação de culturas e cobertura de solo durante o inverno. O fato da semente também apresentar elevada capacidade para produção de óleo vegetal fez com que as pesquisas mudassem de direção.

A potencialidade do crambe como maté-ria-prima para a produção de biodiesel, aliada à necessidade de encontrar substitutos para os combustíveis fósseis, em busca de um mundo mais sustentável, fez com que a cultura se tor-nasse pauta de estudo de uma das instituições de pesquisas que mais tem credibilidade no

meio agrícola, a Fundação MS. Todas essas descobertas foram possíveis devido ao interesse de um pesquisador em experimentar a cultura no Brasil.

Foi durante uma viagem ao México, em 1995, que o pesquisador Carlos Pitol teve o primeiro contato com o crambe. “Além do trabalho de pesquisa voltado para as grandes culturas comerciais, sempre busquei encontrar novas culturas para a região, seja para fins comerciais, co-bertura de solo para o Plantio Direto ou como adubação verde”. Nesse percurso de busca, Pitol se deparou com a oleaginosa.

A cultura havia sido introduzia no México naquele

Crambe abyssinica Hochst é o nome científico da cultura, proveniente da Etiópia (África) e domesticada na região do Mediterrâneo (Europa). Acostumada ao clima quente e seco, a oleaginosa é considerada rústica e fácil de ser administrada; o que se transforma em mais um ponto favorável ao cultivo. Além de ser tolerante à seca, também suporta temperaturas baixas e geadas.

Da mesma família da canola, as crucíferas, o crambe tem ciclo médio de 90 dias e, por isso, é indicado como opção para a segunda safra, no sistema de rotação de culturas. Outro detalhe que torna o crambe uma opção é o fato de que não há necessidade de utilização de novas máquinas e equipamentos para o plantio e a colheita.

ano e logo já veio parar no Brasil. “A finalidade era avaliar o crambe como cobertura de solo para o Plantio Direto”, afirma o pesquisador. A capacidade para a produção de óleo já era conhecida. “Sabíamos do uso do óleo de cram-be na fabricação de cosméticos e do uso industrial em si-derúrgicas”. Entretanto, não era economicamente viável investir na cultura com a finalidade de produção de grãos, o que já acontece atualmente.

Jaimir Freitas, técnico agrícola responsável pela assistência técnica do crambe na Fundação MS, ressalta os pontos positivos da oleaginosa. “É uma cultura que se en-caixa no período que tem poucas variedades aptas a serem plantadas nas regiões de Goiás e Mato Grosso do Sul. O crambe é bastante resistente à seca, então pode ser culti-vado depois das chuvas e depois do plantio do milho. Além disso, tem um custo de produção relativamente baixo, tor-nando-se rentável para o produtor. Outro detalhe são os equipamentos; o próprio maquinário utilizado na lavoura de soja pode ser aproveitado, basta fazer as regulagens necessárias e, talvez, trocar algum disco para o plantio”.

INTERCâMBIO ENTRE AS AMÉRICAS

ORIGEM E CARACTERíSTICAS DA CULTURA

POR TÁSSIA FERNANDES

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DESTINO NOBRENuma época em que a sustentabilidade torna-se um grande diferencial

em qualquer área, a busca por atitudes sustentáveis torna-se o propósito e a fi-nalidade de muitas atividades. Com este pensamento e a certeza de esgotamento dos combustíveis derivados do petróleo, uma alternativa ideal é a produção de biodiesel.

Com a busca crescente das indústrias pelo produto, cogitou-se a possibili-dade de utilizar o crambe para gerar biodiesel. A ideia deu certo e a partir de então começaram a ser desenvolvidas pesquisas no intuito de melhorar a planta, com foco no aumento da produção e da qualidade do óleo obtido.

“Até então os estudos eram realizados visando aumentar a produção de massa, já que o crambe era utilizado como cobertura. A Fundação MS deixou de lado a vertente e passou a trabalhar visando o aumento da produção de grãos”, explica Jaimir Freitas.

Apesar de reconhecer a importância da descoberta de novas alternativas de cul-tivo, levando-se em consideração o aproveitamento da área da lavoura durante todo o ano, e de acreditar que o mercado para o biodiesel é ilimitado, o pesquisador Carlos Pi-tol lembra que esta pode não ser a destinação mais interessante para o crambe. “O uso do óleo para biodiesel é o que menos agrega valor à cultura, devido às características em função da alta porcentagem de ácido erúcico (em torno de 60%), o que lhe confere um alto valor industrial”.

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Uma boa produtividade do crambe fica entre 1.000 e 1.300 quilos por hectare. A cada mil quilos do grão é possível produzir em torno de 350 litros de óleo. De acordo com Carlos Pitol, o grão contém de 36 a 38% de óleo.

O pesquisador esclarece que o crambe ainda não compete com as principais culturas de segunda safra, mas destaca que a oleaginosa se adapta a períodos que são considerados de risco para outras culturas, podendo pro-

Goiás e Mato Grosso do Sul lideram a produção de crambe. Segundo informações divulgadas, Goiás possui em torno de 3,5 mil hectares plantados com a cultura, com destaque para os municípios de Itumbiara, Rio Verde, Jataí Luziânia e Formosa. Já Mato Grosso do Sul tem cerca de 03 mil hectares cultivados, em Ponta Porã, Maracaju, Dou-rados, São Gabriel e Chapadão do Sul.

porcionar ganhos com menores riscos econômicos. “Outro diferencial do crambe é o baixo custo de produção”, afirma Pitol.

Além do biodiesel, o óleo extraído do crambe ain-da pode ser destinado para a indústria química fabricar polímeros, lubrificantes e plásticos. O grão também pode ser destinado para a produção de torta e farelo, utilizados como ração animal.

“O que impede a expansão da cultura é a limita-ção do transporte a distancias maiores, em função do baixo peso específico do produto (em torno de 350 kg/m³), fator que encarece os custos devido ao frete. Outro problema é a falta empresas que estejam interessadas no produto, para trabalharem com o esmagamento do grão”, esclarece Carlos Pitol.

ANÁLISE DE RENDIMENTOS

ESTADOS PRODUTORES

O GRUPO CARAMURU INVESTE NA PRODUçÃO DE BIODIESEL!

A empresa faz a compra e oprocessamento do Crambe.64.3404.0200

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JoãoBatista Olivijornalista do Canal Rural e responsável pelo site Notícias Agrícolas

Quem ainda não assistiu deveria assistir ao monu-mental filme LA NAVE VÁ, do mestre Federico Fellini (basta baixar na internet). Além de criativo, Fellini, como sempre, nos deixa uma aula de vida, um olhar sobre o comporta-mento humano... entre outras coisas ele mostra -- como diz nosso samba-canção -- que ninguém é de ninguém... Por mais empáfia que o sujeito (ou “otoridade”) venha a demonstrar, ele não manda em nada, porque depende de todos (acima e abaixo de sua posição).

No grande navio de Fellini, o comandante parece muito cheio de si, mas ele depende do dono do navio, que por sua vez depende dos acionistas, que por sua vez de-pendem dos clientes, que dependem dos passageiros, que dependem dos marujos, que dependem do piloto, que de-pendem do comandante, e assim vai a nave da vida...

Mas de uma coisa todos têm certeza: no navio do filme (ou do navio da vida), todos são dependentes dos fo-guistas empoeirados que, nos porões do navio, cuidam das fornalhas, não deixando nunca de alimentar com carvão a boca de fogo que move os motores, que geram energia para as máquinas, que dão luz às cabines, que corrigem o prumo do grande navio.

Entenderam onde quero chegar, né? No nosso na-vio todos somos dependentes de quem coloca carvão nas nossas fornalhas... na nossa alegoria, os trabalhadores do porão são os produtores rurais, os que nunca deixam a po-pulação, a sociedade, sem alimentos, sem sobrevivência.

Mas como não há justiça nesta nossa terra brasilis, não vamos nos iludir que um dia seremos honrados (como são os produtores americanos, para ficar num só exemplo), então vamos tratar de cuidar das nossas vida, ou seja, vo-cês, aí de Jataí, fazendo o dever de vocês, que é plantar direito, e eu aqui, tal qual o sineiro do grande navio, baten-do o sino para alertar de uma possível trombada à frente.

E, aqui neste texto, estou batendo o sino dos preços da safrinha.

Vejam o caso da próxima colheita em Jataí. Pelo que me consta, até o momento ninguém sabe como se comportarão os preços, pois estamos totalmente depen-dentes de que o raio caia de novo sobre a safra norte-ame-ricana (mas até o momento nada garante isso).

Portanto, como os ianques vão plantar até além do previsto, teremos milho para dedéu lá no Norte. Logo, aqui vai sobrar milho nos terreiros, a céu aberto... alguém duvi-da??? Bom, só aí em Jataí o pessoal plantou algo em torno de 140 mil hectares (fora sorgo e feijão).

Enquanto batuco essas linhas, sei que o clima está ajudando, com boas chuvas na arrancada e no enchimento,

logo a promessa é de boa produtividade, mas peguem a estrada e constatarão que os chapadões estão que é só milho. No Mato Grosso então nem se fala.

Bom, na Expaja o tema, logicamente, serão os ad-jutórios esperados pelo Governo, através de PEP, Pepro, etc... infelizmente teremos que depender “deles” e ficar na mão dos cofres da Dilma, que poderá, em dado momento, jogar em nossa cara que tirou dinheiro das escolas e dos postos de saúde para dar sustentação de preços aos fa-zendeiros. Vejam bem como ficará o nosso já esburacado conceito perante à sociedade, ou seja, vamos, mais uma vez, jogar contra o patrimônio.

Ok, João Batista (vocês certamente já deverão es-tar se perguntando), “já que você gosta tanto de bater o sino, qual a solução?” Minha resposta: evidentemente nada de baixar a guarda e plantar menos, que isso é papo de quem não entende da tal balança da oferta-e-demanda, e também de quem não acompanha as notícias (que mos-tram que o mundo tem cada vez mais necessitado de mi-lho, vide as 300 milhões de boca/ano que ingressam nas cidades chinesas). Mas também temos que aprender a ven-der melhor a safra.

Fazer, por exemplo, como fazem os americanos. Primeiro, erguendo silos nas propriedades para segurar o milho disponível, e vender no melhor momento; segundo, exigir do Banco do Brasil que lance opções de venda a fu-turo (como quer a Aprosoja); e terceiro, entrar de cabeça no tal de barter - que nada mais é do que a troca-troca na hora da compra dos insumos. Esse tal de barter, no en-tanto, está virando a menina dos olhos dos vendedores de

Evidentemente nada de baixar a guarda e plantar menos,

que isso é papo de quem não entende da tal balança da oferta-e-demanda, e também de quem não acompanha as notícias. Mas também temos que aprender a

vender melhor a safra.

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insumos, que, com a ajuda dos bancos, estão travando suas vendas nas bolsas de futuro. E como já nos ensina a piadi-nha, se o banqueiro pula do 29º andar do edifício em fogo, nós, sem dúvida nenhuma, temos de pular atrás, porque, lá embaixo, com certeza os banqueiros tem um colchão esperando-os para suavizar a queda.

Já nós aqui no “Brasilzão véio de guerra” vamos ficar desprotegidos? Acho que não devemos, e não pode-mos. Por isso estou tocando o sino: “Olha a trombada aí da

safrinha, cuidado com os preços! Não vamos deixar o navio passar de novo! (estão lembrados dos R$ 64,00 por saca de soja que ofereceram aí em Jataí em outubro/novembro e poucos pegaram?). Pois é, vamos repetir as emoções? Creio que não devemos.

Portanto, na Expaja vamos conversar bastante so-bre esse tal de barter, pois, se não, vou tocar o sino, certo?!

Um grande abraço e até a Expaja... e vamos em frente!!!

Vocês, aí de Jataí, fazendo o dever de vocês, que é

plantar direito, e eu aqui, tal qual o sineiro do grande navio, batendo o sino para

alertar de uma possível trombada à frente

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Neste texto discorreremos sobre um tema um tanto polêmico: se podemos considerar o produtor rural como consumidor final, quando se trata de relação de consumo.

O conceito apresentado pelo Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 2º, define que: “Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produ-to ou serviço como destinatário final”. Relação de consumo é a relação existente entre o consumidor e o fornecedor na compra e venda de um produto ou serviço.

Colocado o panorama da discussão, qual lei socor-rerá o produtor rural quando, por exemplo, adquirir uma colhedora agrícola ou quando um insumo que utilizou não alcançou o efeito desejado? O Código Civil ou o Código de Defesa do Consumidor?

Pela leitura isolada dos conceitos acima colocados, conclui-se que qualquer pessoa deve ser considerada con-sumidora, inclusive produtores rurais.

Ocorre que não é esse o entendimento que prevale-ce nos Tribunais Superiores. A par de alguns julgados con-trários, trazendo todo esse contexto para a atividade de produtores rurais, julgadores entendem que quando o pro-dutor rural adquire produto ou serviço para o incremento de sua atividade, não pode ser considerado consumidor final. Baseiam essa tese na chamada teoria subjetiva ou finalista, a qual considera consumidor final quem adquire o

bem e a sua utilização se encerra com este consumidor, o que di-zem não incidir sobre o produtor rural, pois ao comprar uma má-quina ou insumos, o faz para o incremento da sua atividade, não encerrando ali a sua utilização.

Essa interpretação se mostra muito restritiva, tolhen-do dos que exercem a atividade rural a chance de se minimizar a disparidade de poderio econô-mico entre ele e os fornecedores do setor, que geralmente são em-presas multinacionais.

Tomemos como exem-plo o produtor que adquire uma quantidade de adubo. Ele dá a destinação que o produto exige, que é aplicá-lo no solo. O adubo

não sofrerá transformação ou beneficiamento para uma suposta revenda. Isso seria darmos uma interpretação ex-tensiva ao conceito de consumidor, delineado no art. 2º. do Código Consumerista, o qual entendo ser de grande valia e mais ajustado à realidade do produtor rural.

Assim, é um tema que gera muita discussão dou-trinária, mas de grande impacto no dia-a-dia do campo, por isso merece maior atenção de todos os operadores do direito, desde nós, advogados, aos magistrados de nosso país, onde ocorrem situações com realidades tão distintas quanto a sua grandeza.

PRODUTOR RURAL:CONSUMIDOR FINAL OU NÃO?

porLORENA RAGAGNIN3631-5296 / [email protected]

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Há 13 anos a pecuária brasileirabate este recorde!

20 de Abril

Água Boa-MT

SÁBADO 12h18 de Maio

Cuiabá-MT

12hSÁBADO

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