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Dos anos 90 até hoje muita coisa mudou no funk. Mas os MC’s Junior e Leonardo continuam na luta a favor da cultura. Turismo, Arte & Cultura Edição n° 9 - Ano 2 - abril / 2011 Turismo, Arte & Cultura Funk-se! Nessa Edição: O Metrô está chegando em São Conrado. Carnaval é Roça Folia com projeto Verão, Som, Sol e Mar Nessa Edição: Zezinho e os turistas da Rocinha Dos anos 90 até hoje muita coisa mudou no funk. Mas os MC’s Junior e Leonardo continuam na luta a favor da cultura. Funk-se! O Metrô está chegando em São Conrado.

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Revista AM FavelaDaRocinha.com edição 9 - 2011

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Dos anos 90 até hoje muita coisa mudou no funk. Mas os MC’s Junior e Leonardo continuam na luta a favor da cultura.

Turismo, Arte & CulturaEdição n° 9 - Ano 2 - abril / 2011

Turismo, Arte & Cultura

Funk-se!

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Dos anos 90 até hoje muita coisa mudou no funk. Mas os MC’s Junior e Leonardo continuam na luta a favor da cultura.

Funk-se!

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4Editorial Ailton Macarrão

Sumário

“A AM Consultoria está mudando a partir desta nova edição. Como vocês viram, ela já está diferenciada logo pela capa, enfatizando a luta dos MCs Júnior e Leonardo pela cultura no funk. Também mostramos a importância do trabalho de Zezinho na Rocinha com os turis-tas, o livro recém lançado da Fabiana Giannini e a conseqüência do projeto Verão, Sol, Som e Mar que levou mais de 5 mil pessoas em 4 dias de Roça Folia.

A mudança em nossa mídia impressa se deu

a união com o portal de notícias FavelaDaRoci-nha.com onde, futuros profissionais de jorna-lismo, empenhados para buscar o melhor da informação para a comunidade e até para quem nem conhece a Rocinha.

A partir desta edição a nossa revista fica mais informativa, exaltando os artistas locais, costumes e a cultura da região. Estaremos sem-pre divulgando a cultura da Rocinha para que seja acessível a todos, mesmos aqueles que não moram na comunidade.

Agora é AM Consultoria e FavelaDaRocinha.

com informando e exibindo novos talentos da Rocinha e também, expondo o que há de me-lhor neste local que é maior que uma comuni-dade. É a Rocinha!”

Boa leitura!

Ailton “Macarrão” Araújo FerreiraDir. Executivo da AM Consultoria.

Boas novasO metrô chegandoem São Conrado

SaúdeUma nova coluna trazendo sempre dicas de vida saudável

Duas forças unidas pela Rocinha!

10 InformáticaVocê tem o seu Twitter?

31 CapaO funk dos

MCs Junior e Leonardo

12TurismoZezinho e a Rocinha

15 Roça FoliaÉ só alegria

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Srª. Adélia aos 72 anos fazendo musculação em uma academia da Rocinha.

partir dessa edição teremos um espaço para falarmos do nos-so bem maior que é a nossa saúde. Cada edição irá abordar

um ou mais temas diferentes mas sempre esclarecendo, informando e mostrando de forma clara e obje-tiva a importância de cuidarmos do nosso tesouro maior, não só fisica-mente, mentalmente, mas, também mostrarmos a importância da saúde desse corpo na sociedade.

O CAMINHO PARA A LONGEVIDADE

Estudos comprovam que 50% dos fatores que levam à vida sau-dável são provenientes do estilo de vida; ou seja o próprio homem escolhe, hábitos ou vícios benéficos ou maléficos para a saúde, que dire-cionarão sua vida para uma longevi-dade ou para uma morte precoce. Veja o que diz uma pesquisa sobre saúde e longevidade.

O ditado popular diz que é melhor prevenir do que remediar, mas será que você está cuidando de verdade da sua saúde? O centro de Longevidade e Spa, que em 2007 completou 25 anos de pesquisas na área da medicina preventiva, apre-

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Ser esperto é ser saudável.

O prof. de Educação Física e personal trainer, Cláudio Silva é o nosso novo parceiro e a cada edição dará boas informações e dicas de saúde para os leitores da Revista AM.

senta os cinco degraus que devem ser seguidos por quem quer atingir uma vida longa e saudável.

Segundo indicam alguns estu-dos, a genética familiar contribui em cerca de 20% no estado de saúde das pessoas, sendo que outros 20% são formados pelo meio ambiente e 10% pela assistência médica. Os 50% restantes são a parte afetada pelo estilo de vida, porcentagem significativa que só depende da consciência de cada um. Vejam os cinco itens:

1º degrau - O equilíbrio emo-cional. A maneira de pensar não melhora apenas a percepção da vida, mas também o quanto se vive. Pesquisadores americanos compro-varam que pessoas otimistas (po-sitivas) têm reduzido pela metade os riscos de morte prematura em comparação a pessoas que tendem a ser mais pessimistas (negativas). Além disso é preciso, o controle do estresse, boa qualidade de sono e a harmonia no convívio social e familiar.

2º degrau - Não às bebeidas e ao fumo. Eles são a principal causa de morte evitável e mata mais que AIDS, acidentes, drogas, suicídios e homicídios juntos.

3º degrau - Exercícios físicos.Ajudam a manter o peso, melhora a saúde vascular, fortalece os ossos, prevenindo contra doenças. Pes-soas ativas têm maior liberação de substâncias que proporcionam uma

sensação de bem-estar, eliminando dores e contribuindo para a redu-ção do estresse e promovendo me-lhor qualidade de vida.

4º degrau - Alimentação saudá-vel e equilibrada, que deve ser rica em carboidratos, fibras e “gorduras do bem”, como o Ômega 3 usar pouco sal, açúcar refinado e gordu-ras ruins como as trans e saturadas. Frutas, verduras, grãos, cereais, alimentos integrais e peixes atuam diretamente na longevidade, re-duzindo doenças cardiovasculares, metabólicas eneoplásticas. Além disso, o ideal é alimentar-se de 3 em 3 horas.

5º degrau - não podemos es-quecer o balanceamento alimentar para que as células tenham suas funções de defesa. A carência de vi-taminas pode ser responsável pelo desenvolvimento de doenças.

Seguindo estes passos, certa-mente você estará no caminho de uma vida saudável. Nosso corpo e nossa mente são os resultados da-quilo que comemos, de quanto e como nos exercitamos, do ambien-te com o qual estamos em contato, noites de sono, e, finalmente, daqui-lo que pensamos. Faça um relatório de seus hábitos, costumes e vícios; e veja o que precisa ser mudado para uma melhor qualidade de vida, para que você possa atingir também a longevidade saudável.

Mande um mail o Prof. Clau-dio e dê sugestões de temas de saúde para [email protected]

Estamos esperando a sua mensagem!

Ser esperto é ser saudável.

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7GastronomiaRevista A

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mundo produz dia-riamente comida em quantidade sufi-ciente para alimentar toda a população do

planeta, no entanto a fome mata uma pessoa a cada 3,5 segundos no mundo por não ter acesso a ela. Segundo o Relatório Mundial Sobre a Fome 2006 da ONU, estima-se que existam hoje 854 milhões de pessoas subnutridas no mundo. O documento revela que 300 milhões de crianças passam fome no mundo e 25 mil pessoas morrem por dia de má nutrição ou doenças associadas ao problema.

O Brasil é um dos principais produtores de alimentos do plane-ta. O país desperdiça anualmente R$12 bilhões em alimentos que

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O SESI faz na Rocinha uma bela iniciativa visando o aproveitamento

de alimentos.

Cozinha Brasil.

poderiam alimentar 30 milhões de pessoas carentes.

Pensando nisso, o SESI jun-to com o Trabalho Social do PAC, iniciou uma capacitação de 2 dias chamado: Cozinha Brasil. O curso, voltado para donas de casa, foi re-alizado na creche da União de Mu-lheres Pró-Melhoramento da Roupa Suja.

O programa, desde 2004, ensi-na à população como preparar ali-mentos de forma inteligente e sem desperdícios, introduzindo um car-dápio farto em variedade, quantida-de e rico em nutrientes essenciais à saúde humana.

Moradores da Rocinha apren-deram e experimentaram alimentos com ingredientes como casca de banana, suco de couve com mara-

cujá, entre outros.Maria da Conceição, 48 anos,

aprendeu diversas receitas para incluir em seu cardápio: “Preciso mesmo cuidar da minha saúde, e as receitas aqui, além de saudáveis, são deliciosas. Espero ter mais cur-sos assim aqui na comunidade, pois temos um grande problema de lixo e as pessoas precisam saber apro-veitar melhor os alimentos.”

O Cozinha Brasil, com apenas duas integrantes do SESI, uma cozi-nheira e uma nutricionista, ficaram surpresas com tamanha aceitação dos moradores. Dividindo o curso em 2 períodos, a sala ficou lotada nos 2 dias.

Por Leandro Lima

Cozinha Brasil.

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astam 140 toques no computador e uma mensagem poderá correr o mundo de uma forma devas-tadora. Mas não se

trata de nenhuma catástrofe e sim uma das grandes manias da inter-net atualmente: O Twitter. O nome remete ao piado de um passarinho (que também é a logomarca do site) e assim como o barulinho que ele faz é bem curto e todo mundo es-cuta. No Brasil, muitos já deixaram o Orkut de lado para essa nova ferramenta, que na verdade nem é tão nova assim (já tem aproximada-mente 5 anos e esse tempo, quando se fala em tecnologia e internet é praticamente uma eternidade) para espalhar idéias, sentimentos, fazer pequenas divulgações, ou simples-mente para dar bom dia ou boa noite. Para isso é só fazer um perfil pessoal, colocar uma pequena foto para se identificar e pronto, você vai ficar mais próximo de muita gente instantaneamente.

Na verdade, o Twitter é uma das maiores redes sociais que exis-te além de ser um servidor social e servidor para microblogging, que permite aos usuários enviar e receber atualizações pessoais de outros contatos (em textos de até 140 caracteres, conhecidos como “tweets”), por meio do website do serviço, por torpedo e por softwa-res específicos.

As atualizações são exibidas no perfil de um usuário em tempo real e também enviadas a outros usuá-rios seguidores que tenham assina-do para recebê-las. As atualizações de um perfil ocorrem por meio do site do Twitter, por torpedo ou programa especializado para geren-ciamento. O serviço é gratuito pela internet, mas usando o recurso de SMS pode ocorrer a cobrança pela operadora telefônica. Desde sua criação em 2006 por Jack Dorsey, o Twitter ganhou extensa notabi-lidade e popularidade por todo mundo.

Algumas vezes é descrito como o “torpedo da Internet” e segun-do um grupo de pesquisa norte-americano, a língua portuguesa é a segunda mais utilizada pelo Twitter (mesmo que o site seja em inglês, espanhou, alemão e italiano, por enquanto). Um estudo mostra que a língua portuguesa é a terceira mais utilizada, atrás do Inglês e do Japo-nês, só para verem o sucesso que essa nova ferramenta de comunica-ção vem ganhando espaço.

Perfil Twitter no Brasil

De acordo com uma pesquisa realizada pela agência Bullet, a maio-ria (61%) dos usuários do Twitter no Brasil é composta por homens na faixa de 21 a 30 anos, solteiros, localizados nos estados São Paulo e Rio de Janeiro. Na maior parte, são pessoas com ensino superior com-pleto e renda mensal compreendida entre R$ 1.000,00 e R$ 5.000,00., mas isso já está mudando e muitos adolescentes de várias faixas so-ciais já despertaram o interesse e utilizam o Twitter. Ainda segundo a pesquisa, esse público gasta cerca de 50h semanais conectados à In-ternet. Cerca de 60% dele é con-siderado formadores de opinião: possuem um blog; conhecem a ferramenta através de ami-gos ou posts em outros blogs. Um dos grandes momentos do Twitter no Brasil, especi-ficamente no Rio de Janeiro, se deu durante as ações no Complexo do Alemão que foram relatadas ao vivo por todos os que possuem essa

B

Depois do Orkut, uma das grandes manias da web é o Twitter. Você sabe o que é isso?

Tudo em frases curtas.

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Conheça cariocas famosos, empresas e instituições que fazem o Twitter bombar!

ferramenta e sabiam das notícias em primeira mão, antes mesmo dos jornais e da televisão.

Sobre o uso da ferramenta por empresas, a pesquisa informa um cenário muito favorável. A maioria (51%) dos usuários consultados dis-seram achar interessantes os perfis corporativos, desde que sejam uti-lizados com relevância. Aproxima-damente 50% dos usuários nunca participaram de ações promocio-nais. Ainda assim, consideram uma experiência interessante. Cerca de 30% já participaram de alguma ação publicitária e 70% seguem ou já se-guiram algum perfil corporativo.

Viu só como as coisas evoluem? As redes sociais estão tomando conta e quem não estiver literal-mente conectado pode perder vá-rias oportunidades. Como diria o Velho Guerreiro Abelardo Barbosa, o Chacrinha: “Quem não comunica, se trumbica!”

Fonte: Wikipedia

Evandro Mesquita@evandromesquita (músico e ator)Rio 2016@vivasuapaixao (Canal oficial da Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016)CCBB / Rio de Janeiro@CCBB_RJ (Centro Cultural Ban-co do Brasil)Projeto Carioquinha@ProjCarioquinha (projeto de des-contos para pontos turísticos aos cariocas)Rock in Rio@rockinrio (Canal do evento)Fundição Progresso@Fundicao (Centro cultural)Arnaldo Jabor@realjabor (Cineasta e jornalista)

Cora Rónai@cronai (jornalista)Monobloco@monobloco (grupo musical)Preta Gil@PretaMaria (cantora)

E os grandes times de futebol:Vasco da Gama@crvascodagamaFlamengo@CR_FlamengoBotafogo@BotafogoOficialFluminense@FluminenseFClubAmerica@americafcrj

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9 Zezinho: o “Favelado” da Rocinha.

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ngleses, americanos, franceses e italianos, basta passear por alguns dos becos da Rocinha para dar de cara com um deles

esboçando curiosidade para todos os lugares que olha. Não são pou-cos os turistas que buscam conhe-cer as vielas e ruas da favela. No primeiro semestre do ano passado mais de 2.500 estrangeiros visita-ram a Rocinha, de acordo com a re-vista Época. Alguns deles só vêm de passagem no conhecido Jeep Tour. Mas também há aqueles vêm para fazer projetos sociais e se instalam no bairro.

Um dos projetos é o Favela Ad-venture que busca capacitar mora-dores da Rocinha dando-lhes opor-tunidade de executar, organizar e fazer passeios com turistas que vêm conhecer a comunidade. Além da empresa ser gerida por moradores da Rocinha, todo o lucro obtido é investido no bairro. De todo o rendimento, 25% é poupado para construir um centro comunitário, para as artes e programas de lazer da favela. De acordo com o guia turístico e administrador do Favela Adventure, Zezinho, é comum os turistas fazerem projetos sociais na comunidade, como ensinar inglês. Ele conta que o trabalho dele tem aumentado.

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– Meu trabalho está crescen-do lentamente, porque precisa de tempo para as coisas acontecerem. Sucesso leva tempo. Estou sempre na internet divulgando a Rocinha e o Favela Adventure. A maior parte dos contatos que consigo é através do “boca a boca”. Eu realmente amo Rocinha e quero fazer grandes coisas acontecerem aqui.

Um dos fatores que ajudaram o trabalho de Zezinho aumentar foram as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com Zezinho, o PAC melhorou o nível de vida dos mora-dores da Rocinha, mostrando para quem vem de fora o potencial do lu-gar. Ele conta também que a maior parte dos estrangeiros costuma vir da Inglaterra e da Austrália. Tam-bém há pessoas de outros países é o caso do alemão, Kay Fochtmann. Ele veio com uma visão da Rocinha e está saindo com outra.

– Todos os meus amigos e fa-miliares tinham medo e me falavam que tinha que tomar cuidado. Eles não acharam bom eu vir morar na Rocinha. Para deixá-los tranquilos tenho que enviar um e-mail toda semana avisando que estou bem. Estou voltando e fico surpreso que nunca senti medo em todos os mo-mentos que morei na comunidade. Kay contou ao FavelaDaRocinha.com que achou a Rocinha um lugar cheio de vida, com pessoas simpá-ticas e prestativas. Ele fez muitos amigos e pretende sempre manter contato com esses novos amigos.

– Levo a lição de que se pode ser feliz com menos. Prezar mais as coisas que eu possuo e os amigos que tenho.

Michelle Steffler, veio do Cana-

dá para estagiar em uma empresa privada de grande porte, mas tam-bém ensinar inglês aos moradores da Rocinha. Shelly, como é conhe-cida, acha que os turistas gostam de ter esse contato mais direto com os moradores da favela.

– Internacionalmente a Rocinha é muito conhecida. Todos dizem que é um lugar perigoso. Meus ami-gos ficaram preocupados quando dei a notícia que viria para cá e eu fiquei com medo. Mas hoje percebo que estavam errados. Morando aqui posso chegar às 3 da manhã, coisa que nunca faria no Canadá.

Michelle ensina inglês e quando voltar para o Canadá vai poder ensi-nar como é a realidade das pessoas que moram na Rocinha. Ela diz que vir para o Brasil e morar na maior favela da America latina foi a melhor decisão que já tomou

– Se quando eu voltar alguém disser que quer vir para a Rocinha vou dizer que foi a maior experiên-cia que já tive.

O Favela Adventure já está planejando um projeto piloto de escola de DJ para junho deste ano. Zezinho é DJ há quase 20 anos e vai ensinar tudo que aprendeu duran-te esse tempo. Segundo Zezinho, finalmente vai ser possível ter um media center completo, com aulas de cinema e fotografia. Ele conta que o mais gratificante nesse traba-lho é quando os turistas retomam o contato, mesmo estando fora.

– Eu gosto quando os visitantes, após sair, me contactam mais tarde e isso é o interessante em ser vo-luntario dos programas daqui. Acho que eu mostro meu amor pela Ro-cinha e as pessoas gostam do meu entusiasmo.

Zezinho: o “Favelado” da Rocinha.

Por Flavio Carvalho

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Um evento como nunca se viu na Rocinha, fez a festa da comunidade neste carnaval e que promete mais ano que vem.

Uma folia para todaa Rocinha, o Roça-Folia.

Carnaval na Rocinha é tra-dição, a esco-la de samba Acadêmicos da Rocinha nas-

ceu de um bloco que corria a comunidade. Carnaval é tempo de micaretas cons-tantes, foi pensado então numa micareta para o car-naval na Rocinha. Nasceu o Roça Folia, tradição que já existe na comunidade há cinco anos. A festa aconte-ce os cinco dias de carnaval e como toda micareta tem muito axé, lógico com um pouco da característica ca-rioca toca outros ritmos. No ano de 2011 o Roça folia con-tou com a soma do Projeto Verão, Sol, Som e Mar para organização do evento. E tal soma não poderia ser me-lhor. Para quem não conhece o Projeto Verão, Sol, Som e Mar é um evento que está sendo instaurado para acon-tecer pelo menos 2 vezes no

ano na praia afim de divulgar a cultura, turismo e talentos mu-sicais da comunidade. O Proje-to vem com intuito de divulgar mensagens dissipadas pela pre-feitura como “se beber não di-rija”, “Não urine na rua” entre outros, a fim de institucionalizar campanhas entre a comunidade num objetivo comum que leva o respeito ao próximo, esse é o principal objetivo.

A comunidade se divertiu com o bloco “Ai que Vergonha” , Apafunk , Sérgio Barata, en-tre outras atrações presentes no evento. Cerca de cinco mil pessoas por dia se divertiram, todas as faixas etárias estavam presentes, famílias com crian-ças, visitantes e turistas caíram no ritmo do “Roça Folia” com a participação Especial do Projeto Verão, Sol, Som e Mar.

A comunidade entrou no ritmo de carnaval a maioria usa-ram fantasia e acessórios a fim de caracterizar a maior festa do Brasil. Criatividade também não faltou entre a comunidade,

foram muitas fantasias criadas de última hora e que fizeram muito sucesso entre os foliões. O Clima de azaração estava no ar, as pessoas estavam muito descontraídas e a vontade.

A festa contou com o apoio da Rio Tur, AMABB (Associa-ção de Moradores e Amigos do Bairro Barcellos), UPMMR (União Pró melhoramentos dos Moradores da Rocinha), Pro-jeto Verão, Sol, Som e Mar e GRESAR(Grêmio Recreativo Es-cola de Samba Acadêmicos da Rocinha).

O evento Roça Folia com a soma do Projeto Verão, Sol, Som e Mar foi um sucesso de público e o que se pretende é unir pro-jetos em prol da comunidade, afim de trazer alegria, cultura e união para eventos como este na comunidade da Rocinha.

Carnaval na Rocinha é tra-dição, a esco-la de samba Acadêmicos da Rocinha nas-

ceu de um bloco que corria a comunidade. Carnaval é tempo de micaretas cons-tantes, foi pensado então numa micareta para o car-naval na Rocinha. Nasceu o Roça Folia, tradição que já existe na comunidade há cinco anos. A festa aconte-ce os cinco dias de carnaval e como toda micareta tem muito axé, lógico com um pouco da característica ca-rioca toca outros ritmos. No ano de 2011 o Roça folia con-tou com a soma do Projeto Verão, Sol, Som e Mar para organização do evento. E tal soma não poderia ser me-lhor. Para quem não conhece o Projeto Verão, Sol, Som e Mar é um evento que está sendo instaurado para acon-tecer pelo menos 2 vezes no

foram muitas fantasias criadas de última hora e que fizeram muito sucesso entre os foliões. O Clima de azaração estava no ar, as pessoas estavam muito descontraídas e a vontade.

A festa contou com o apoio da Rio Tur, AMABB (Associa-ção de Moradores e Amigos do Bairro Barcellos), UPMMR (União Pró melhoramentos dos Moradores da Rocinha), Pro-jeto Verão, Sol, Som e Mar e GRESAR(Grêmio Recreativo Es-cola de Samba Acadêmicos da Rocinha).

O evento Roça Folia com a soma do Projeto Verão, Sol, Som e Mar foi um sucesso de público e o que se pretende é unir pro-jetos em prol da comunidade, afim de trazer alegria, cultura e união para eventos como este na comunidade da Rocinha.

ano na praia afim de divulgar a cultura, turismo e talentos mu-sicais da comunidade. O Proje-to vem com intuito de divulgar mensagens dissipadas pela pre-feitura como “se beber não di-rija”, “Não urine na rua” entre outros, a fim de institucionalizar campanhas entre a comunidade num objetivo comum que leva o respeito ao próximo, esse é o principal objetivo.

A comunidade se divertiu com o bloco “Ai que Vergonha” , Apafunk , Sérgio Barata, en-tre outras atrações presentes no evento. Cerca de cinco mil pessoas por dia se divertiram, todas as faixas etárias estavam presentes, famílias com crian-ças, visitantes e turistas caíram no ritmo do “Roça Folia” com a participação Especial do Projeto Verão, Sol, Som e Mar.

A comunidade entrou no ritmo de carnaval a maioria usa-ram fantasia e acessórios a fim de caracterizar a maior festa do Brasil. Criatividade também não faltou entre a comunidade,

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Nascido na Zona Norte carioca, esse compositor vem deixando a sua marca no cenário musical do Rio de Janeiro.

ode ser que o nome Sergio Correia Silva não venha direta-mente na mente quem é mas basta chamá-lo de Sergio

Barata e todos sabem sobre ele.Carioca, nascido na cidade do

Rio de Janeiro, no bairro de Casca-dura também tem a Bahia no san-gue e no coração, terra do seu pai e onde moram hoje três dos seus irmãos.

Barata, assim conhecido na sua comunidade da Rocinha, como a maioria dos que lá chegaram a 40 anos atrás, é de família humilde, de seis filhos com pai mecânico de carro e mãe do lar. A dificuldade sempre foi muita, mas o amor e a educação (mesmo que nas E.Ps) conseguiram dar uma base familiar de muito respeito e medo, medo do errado. Hoje apesar de não ter mais seus pais por perto, ele e todos os

Pirmãos seguiram caminhos de su-cesso e felicidade.

Como diz o trecho de uma de suas músicas “Sorte, saúde, co-ragem e inteligência...”. Essa frase ele ouviu demais e o ajudou a com coragem e inteligência, trabalhar e melhorar sua sorte. Foi militar da aeronáutica por 4 anos, como so-nhou seu pai. Depois fez história dentro e fora da comunidade como um dos mecânicos de motocicletas mais conhecidos do Rio, com mais de 30 anos de experiência, tendo formado mais de 12 profissionais e ajudado muitos jovens ‘quase’ per-didos.

Com avô músico e pai boê-mio, não podia ser diferente. Ser-gio Barata sempre teve entre seus hobbies, a música e com ajude seu amigo, compadre e irmão José (Ze-zinho) transformou um sonho em realidade e o mecânico virou dono do “Cabaré do Barata” a segunda

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Conheça o Barata

maior casa de shows da Rocinha. A veia poética foi crescendo e a

cabeça do cara, quem diria deu um 360º e começou a pipocar poesia e música numa velocidade que em ele entendia. Surge então o Sergio Barata compositor. A partir de uma aposta com o filho começou a es-crever sem parar. Tudo. Samba En-redo, Pagode, MPB, Bossa, Forró, Funk... E com melodia. Pensou que estava enlouquecendo.

Seu primeiro trabalho reco-nhecido publicamente foi o HINO DOS GUIAS CÍVICOS DO PAN 2007, letra e música de sua autoria escolhida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública como o hino que representaria todos os jovens das comunidades, guias cívicos for-mados para trabalharem durante os Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro.

Atualmente com mais de 230 composições começa a se lançar nesse mundo “complexo” que en-volve mídia, públicos, interpretes. Como ele mesmo diz: “Cantar eu não canto nada, mas pra compor...estamos aí”.

Com uma história de vitórias só podemos esperar por mais uma agora no ramo musical, que esse nome traga muitos sucessos e que mais uma sonho se concretize atra-vés de muitas vozes e que a música simplesmente...aconteça.

Boa sorte!

Divulgação: Release

Sergio Barata tem mais de 200 composições e nelas ele faz o seu caminho.

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Uma Historia con-tada por uma mora-dora apaixonada pela Bela Rocinha.

Uma bela Rocinha Guerreira é uma realização de um projeto pessoal de Faby Giannini, que nasceu e cresceu na Rocinha. Há aproximadamente oito anos vem fazendo pesquisas sobre a his-tória de sua comunidade no intui-to de escrever um livro que conta um pouco das diversas histórias da Rocinha desde seu inicio. Também conta um pouco sobre a história de São Conrado, sobre varias épocas como as décadas de 70, 80, 90 e ini-

Ucio dos anos 2000 com vários fatos vividos por seus moradores; como os desfiles de blocos na estrada da gávea e as caipiras da Fundação. Conta também um pouco sobre o desenvolvimento político, social, cultural entre outros; de fatos vivi-dos pessoalmente pela autora, de nomes marcantes que fizeram, e fa-zem a historia da Rocinha. A vida de seus moradores fica cada dia mais bonita de ter orgulho de dizer que são moradores da Rocinha, a mais bela das comunidades. E a guerreira que não se entrega e que seu povo que mesmo apesar das dificuldades, descem a estrada da gávea e suas vielas todos os dias para trabalhar e estudar, sempre com um sorriso no rosto, pois no final de semana, a diversão é certa.

Faby Giannini, na verdade Fa-biana Cândido Giannini, hoje é ca-sada pela segunda vez, mãe de dois filhos (Flavya e Fernando Jorge, fru-to do segundo casamento) e como costuma dizer: “mãe de dois anjos que já estão no céu” (frutos de rela-cionamentos anteriores).

Filha de um casal de nordesti-nos, ela nasceu no carnaval de 1979 e chegou à Rocinha com, apenas, dois dias de nascida. Cresceu sem-pre envolvida com a comunidade que ama. Trabalhando dentro da co-munidade em projetos sociais como o “Mulher Carioca” que ela mesma criou, iniciando nas rádios comuni-

As belas histórias de Fabiana

tárias, oferecendo informações para as mulheres da Rocinha divulgando seus deveres e principalmente seus direitos. Faby também fez trabalhos voluntários nas associações de mo-radores que, inclusive, ganhou mo-ções de honra ao mérito na câmara dos vereadores por seus trabalhos realizados na comunidade. Parti-cipou na colaboração na única TV da comunidade (a TV ROC) como produtora e coordenadora. Pro-duziu também eventos culturais na comunidade como o Rio de Cultu-ra-Rocinha de Verdade e diversos shows. Faby Giannini planejou esse projeto do livro há oito anos e agora seu sonho se realiza neste livro cha-mado uma Bela Rocinha Guerreira e suas historias. O livro impresso e em ebook à venda nos sites clube-dosautores.com.br e agbook.com.br.

Por Leandro Lima

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onhecer a história do funk na Rocinha é falar da dupla Mc Junior e Leonardo. Pioneiros do funk na década de 90 na re-

gião, o movimento cultural se inicia-va, utilizando letras que ilustravam a realidade dos moradores. O “Rap das Armas”, funk conhecido como a vida do cotidiano nas favelas, conta sobre as incursões policiais nas co-munidades, é de autoria da dupla que está nos palcos há mais de 20 anos.

Hoje, além dos microfones, a dupla divide os horários entre as mixagens e a Associações dos Pro-

Cfissionais e Amigos do Funk (APA-FUNK). Criada em período turbu-lento, onde as opiniões divergem quanto ao principal movimento cultural das favelas.

“O direito autoral do funk é altamente desrespeitado e você ouvir a classe artística é complicado demais. Com tanta perseguição ao funk durante todos esses anos, com tanto abandono, as pessoas ainda se acham inferiores. Precisamos infor-mar ao artista do funk que ele é um promovedor de cultura, um produ-tor cultural. Ele divulga a cultura. Na legislação existe uma lei que o ampara, então o artista precisa ser informado disso. O APAFUNK sur-

giu para tirar a questão do funk da mão da polícia e colocar na mão da secretaria e ministério de cultura. Essa é a APAFUNK.”

Filhos do forrozeiro Chico Mota, músico do Jackson do Pandei-ro “O Rei do Ritmo”, Junior e Le-onardo desde o início foram inspi-rados pelo forró pé-de-serra, baião, arrasta-pé... bem característico do nordeste brasileiro. Também do nordeste, veio no sangue a disposi-ção e bravura para utilizar da música um grito de paz e liberdade. Duas coisas bem distintas no mundo do funk. “Com tanta perseguição ao funk esses anos todos, com tanto abandono, as pessoas se acham in-

Fazendo parte da música popular cariocaMC Leonardo e MC Junior: Criados na Rocinha, filhos de músico conhecido por todo Brasil, agora querem alçar vôos mais altos em favor do funk.

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Rio de Janeiro gosta de funk. Então ele precisa ser entendido se não ele fica brega, fica marginalizado. Quem empurrou o funk para a boca de fumo foi o Estado. Não foi ação de ninguém da favela. Se tivesse funk em tudo que é lugar, as pessoas não estariam condenadas a ficar esbar-rando em fuzil dentro do baile. Há 15, 20 anos atrás existia baile funk

em todo o canto da cidade. Barra, São Conrado, Leblon, Copacaba-na, Botafogo, no Meiér, na Tijuca. Todos os lugares! Irajá, Santa Cruz, Campo Grande... tudo tinha baile funk. Aí começou os alvarás alegan-do que tinha briga. Briga tem, ainda mais em um grupo de jovens, mas o Estado tem que policiar.”

bailes, músicas sobre sexo, ofensas entre comunidades e até, músicas ironizando as ações policiais nos morros cariocas. Leonardo expli-ca: “Não há um controle que possa abraçar os artistas de hoje. Com a ajuda da tecnologia e um pouco de conhecimento técnico, você pode gravar uma música, colocar nas re-des sociais e se a galera curtir, você pode ficar famoso em um instante. E não importa o conteúdo da letra, hoje vale o ritmo. Às vezes o funk nem letra tem. Uma frase e o res-to, só mixagens. As grandes equipes de som hoje que trabalham com o funk não querem ser empresas. Não querem se responsabilizar com ações contratuais e medidas para orientar a cultura do funk. Ninguém quer cuidar do artista para que ele não seja processado ou ser alvo de preconceitos. O MC de hoje conse-gue ser famoso por um instante e ele fica satisfeito. Ele nem se con-sidera um artista, não se dá valor porque ninguém dá valor a ele.”

E o futuro do funk na Rocinha? Leonardo conta:

Vai ser como toda e qualquer comunidade. Assim como o sam-ba foi entendido pela cidade como bem cultural, o funk também tem que ser. Ele não é um dos maiores, ele é o maior. E ele não é maior pouca coisa, ele é maior muita coi-sa. Metade da população ativa do

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º 9

feriores, assim como alguns negros se acham inferiores em relação aos brancos.” Exalta Leonardo.

Na década de 90, assim como Junior e Leonardo, os MCs apa-reciam em programas específicos e também, em concursos de rap

promovidos dentro das comunida-des. Na época, o funk carioca era a voz dos moradores das favelas sen-do utilizado para divertir o publico com letras irônicas ou histórias ve-rídicas de violência urbana. Hoje, 20 anos depois, o funk tomou diversas vertentes. É comum encontrar em

Por Leandro Lima

Fazendo parte da música popular carioca

“Precisamos informar ao artista do funk que ele é um promovedor de cultura, um produtor cultural.”

MC Leonardo e MC Junior: Criados na Rocinha, filhos de músico conhecido por todo Brasil, agora querem alçar vôos mais altos em favor do funk.

“Assim como o samba foi entendido pela cidade como bem cultural, o funk também tem que ser. Ele não é um dos maiores, ele é o maior”

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É praticando o esporte que divulga há anos, que Odimar se sente como se estivesse em casa.

Um dia é da caça, outro é do Odimar

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º9 Turismo

dimar Santos, nascido e criado na Rocinha, tem registros fotográ-ficos que deixam

qualquer pescador sem história nenhuma para contar. Odimar pratica um esporte nada co-mum: a caça submarina. Desde aos 16 anos de idade, mergulha nos mares de Angra dos Reis (região da Costa Verde) no Rio de Janeiro.

“Sempre fui apaixonado pelo mar e pela pesca. Come-cei pescando nas pedras de São Conrado e Niemeyer. Fiz várias viagens. Hoje meu principal point é Ilha Grande, em Angra dos Reis, onde é minha atual base. Infelizmente este espor-te não é muito reconhecido no Brasil e não é bem remunerado. Mas continuarei envolvido na pesca e no mergulho”

Odimar Santos tem 42 anos e mesmo anunciando sua aposentadoria, continuará pra-ticando mergulho e mostrando os belos mares da Costa Verde para turistas e amigos.

O

Um dia é da caça, outro é do Odimar

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D’negro é uma mar-ca alternativa, criada em 2006, no bairro de Madureira, com o objetivo de valorizar

e elevar a auto-estima através de suas mensagens, escritas ou dese-nhadas, oferecendo uma moda mais questionadora.

A marca não tem o propósito de vender a roupa pela roupa, mas sim um conceito através da roupa, transformando-se em mais um ve-ículo de comunicação. É uma grife preocupada com as questões so-ciais, não apenas, dos afro-descen-dentes, mas de todos que não es-tão representados tanto na moda, quanto na sociedade.

A D’negro tem o compromisso de representar diversos grupos, va-lorizando a sua identidade cultural, respeitando todos seres, pois todos fazem parte de uma só raça, a Raça Humana.

A coleção é inspirada em per-sonalidades que tem feito a diferen-ça na nossa sociedade, defendendo suas posições e ideologias indepen-dentemente do que vão pensar ou dizer a respeito deles. Também re-trata a periferia através do esporte, estilos musicais entre outros. O principal objetivo de nossas parce-rias é disseminar a cultura, seja atra-vés da música, da moda, da arte ou qualquer outro tipo de manifestação onde a cultura seja o foco principal.

Somos mais que uma grife ou uma marca, somos porta voz de um so-nho, o de conscientizar a população para termos um futuro mais justo e sem desigualdades!

A

D’Negro Renato da Rocinha: 91*119024 // 7806-2430Araceli: 81*20611 // 7898-0374

Mais do que uma marca, um conceito

Vestindo e conscientizando

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º9Moda

arlos Saldanha, o criador de “A Era do Gelo”, apresenta mais um filme espe-rado no mundo in-teiro, principalmente

para os nossos pequenos cariocas. O filme “Rio”, estreou no início de abril e já tem bastante procura nas

C

A esperada aventura carioca já está nos cinemas.

O Rio de Saldanha.bilheterias do cinema. O filme tem como protagonista, uma arara-azul domesticada e acostumada a uma vida confortável em uma cidade gelada dos EUA, quando sua dona, Linda, conhece um brasileiro que explica a origem da espécie ameaça-da em extinção e seu principal inte-resse: manter a espécie. A aventura

toda começa quando Linda e a arara Blu, desembarcam no Rio de Janeiro e logo se encantam com as belezas da cidade maravilhosa. Muito sol, verde, samba, carnaval e diversos pontos turísticos são apresentados com muitos detalhes onde é facil-mente reconhecer cada local.

As aveturas de Linda, Blu e seus amigos pela Cidade Maravilhosa já é um sucesso de bilheteria mundial, em sua primeira semana.

Cultura

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Turismo, arte e cultura

Expediente - Edição n° 9 - abr / 2011Tiragem:10.000 exemplares

Diretor- Presidente: Ailton “Macarrão” Araujo Ferreira

Vice- Presidente:Sônia Regina B. Fernandes

Editor: Isabel Góes - DRT 8642/2002

Design/Diagramação e Textos:Aloisio Santos

Publicação:AM Consultoria

Administração e Lojística:Edmar Aguiar

Colaboradores:Osmar Silva

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