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Revista Amazônia Típica Ed. 6 pt

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Revista Amazônia Típica Ed.ição 6 Versão português

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Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br 1

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2 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

DESMATAMENTO. CONTRAO INIMIGO COMUM, O PARÁFAZ DIFERENTE: UM PACTO.

UM PACTO PELO PARÁ, UM PACTO PELA AMAZÔNIA.

O programa Municípios Verdes, lançado pelo Governo do Pará em maio deste ano, já cumpriu o seu primeiro objetivo: unir a maioria dos municípios num pacto contra o desmatamento. Quase 90 dos 143 municípios aderiram ao programa, até agora. E logo começam a colher resultados, porque é preciso controlar o desmata-

mento, regularizar as atividades produtivas, fazer o reflorestamento e dinamizar a economia sustentável, entre outras medidas, para ter direito a vantagens fiscais e creditícias. O modelo já atraiu a atenção de todo o país. E é bom que assim seja, pois a Amazônia é um patrimônio do Brasil inteiro, e até mais, da humanidade. A meta é ambiciosa: reduzir o desmatamento a menos de 35km2 por ano, até chegar a zero. A ideia caiu em terra fértil. Agora é só cuidar.

PROGRAMA

GR

IFF

O

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DESMATAMENTO. CONTRAO INIMIGO COMUM, O PARÁFAZ DIFERENTE: UM PACTO.

UM PACTO PELO PARÁ, UM PACTO PELA AMAZÔNIA.

O programa Municípios Verdes, lançado pelo Governo do Pará em maio deste ano, já cumpriu o seu primeiro objetivo: unir a maioria dos municípios num pacto contra o desmatamento. Quase 90 dos 143 municípios aderiram ao programa, até agora. E logo começam a colher resultados, porque é preciso controlar o desmata-

mento, regularizar as atividades produtivas, fazer o reflorestamento e dinamizar a economia sustentável, entre outras medidas, para ter direito a vantagens fiscais e creditícias. O modelo já atraiu a atenção de todo o país. E é bom que assim seja, pois a Amazônia é um patrimônio do Brasil inteiro, e até mais, da humanidade. A meta é ambiciosa: reduzir o desmatamento a menos de 35km2 por ano, até chegar a zero. A ideia caiu em terra fértil. Agora é só cuidar.

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DESMATAMENTO. CONTRAO INIMIGO COMUM, O PARÁFAZ DIFERENTE: UM PACTO.

UM PACTO PELO PARÁ, UM PACTO PELA AMAZÔNIA.

O programa Municípios Verdes, lançado pelo Governo do Pará em maio deste ano, já cumpriu o seu primeiro objetivo: unir a maioria dos municípios num pacto contra o desmatamento. Quase 90 dos 143 municípios aderiram ao programa, até agora. E logo começam a colher resultados, porque é preciso controlar o desmata-

mento, regularizar as atividades produtivas, fazer o reflorestamento e dinamizar a economia sustentável, entre outras medidas, para ter direito a vantagens fiscais e creditícias. O modelo já atraiu a atenção de todo o país. E é bom que assim seja, pois a Amazônia é um patrimônio do Brasil inteiro, e até mais, da humanidade. A meta é ambiciosa: reduzir o desmatamento a menos de 35km2 por ano, até chegar a zero. A ideia caiu em terra fértil. Agora é só cuidar.

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Editorial

Assinatura

Licenciamento de conteúdo

releases

Carta ao leitor

ProPaganda e Publicidade

trabalhe conosco

EXPEDIENTE

Rua da Marinha, 64Bairro: MarambaiaBelém – Pará – BrasilTel.: (91) 4141-9055 / CEP: 66620-200e-mail: [email protected]: www.amazoniatipica.com.br

Para adquirir os direitos de reproduçao de textos e imagens da Revista Amazônia Típica, entre em contato: (91) 4141-9055 e-mail: [email protected]

e-mail: [email protected]

Comentários sobre o conteúdo da edição, sugestões e críticas. e-mail: [email protected]

Anuncie na Revista Amazônia típica um público certo e direcionado. e-mail: [email protected]: (91) 4141-9055 / 3231-0254

Seja um consultor da Revista e-mail: [email protected] Fone: (91) 4141-9055 / 3231-0254

EDITORA DA REVISTA : akiko SaSaki

www.amazoniatipica.com.br

editora: amazônia típica

CNPJ: 03.590.584/0001-90Amazôn ia T íp ica L tda .Fone: (91 ) 4141-9055 / 3231-0254

ISSN 2179805-2

colaboradoreS: Walcyr Monteiro Manoel Malheiros Tourinho Maria das Dores C. Palha Laís YamaguchiDmitryus Pompeu BragaRevista INDK/SPJaime Souzza

Milhares de pessoas registraram em suas memórias o trágico dia 11 de março de 2011, sentindo os tremores do terremoto e as fúrias das ondas gigantes que assolaram a costa nordeste japonesa; perdendo entes queridos e/ou todos os bens materiais, frutos de dedicação e trabalho de longos anos ou tornando-se órfãos. Tudo foi muito rápido e avassalador. A tragédia foi de uma grandeza que ninguém esperava. Ninguém... Passado quase um ano após o terremoto/tsunami que abalou fortemente o Japão, a marca ainda é recente. Mesmo entre as dores e tristezas que rasgam os corações, o Japão e os japoneses, com as mãos amigas nacionais e interna-cionais, estão trabalhando arduamente na reconstrução de um país que sempre deu a volta por cima.

Nesta Edição Especial, tentamos abordar o Japão, sua rápida reconstrução e suas belezas. Assim como mostrar que o Japão continua a ser um destino turístico atraente, oferecendo atrações culturais e delícias culinárias aos turistas internacionais, através da Exposição de fotografias “Região Nordeste do Japão - Reconstruindo rumo a um futuro melhor” que será realizado no Boulevard Shopping, Belém (PA).

Como entrevistado especial apresentamos Junichiro Yamada, patriarca e presidente da maior rede de supermarcados do Pará, que relatou sobre a imigração ao Pará e a trajetória de sucesso da família com o grupo Y.Yamada.

Outro destaque é o Monsenhor George Grima, de Malta, com sua vasta experiência internacional voltada à assistencia social e solidariedade ao próximo.

E muitos outros assuntos que cremos que seja de interesse dos leitores, sempre em busca de maiores conhecimentos.

Boa Leitura!

Rosa Kamada

Advilson Ribeiro Rosa Kamada

FotoS: amazônia típica portal cultura.com.br cd amazônia / reviSta indk/Sp

Textos em japonês: Rosa Kamada Kazuma Yamane

reviSão: akiko SaSaki maSako tango Ferreira

TIRAGEM: 20.000 exemplareS

www.amazoniatipica.com.br

DIRETORIA

AMamazonia tipica

@amazoniatipica

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colaboradoreS: Walcyr Monteiro Manoel Malheiros Tourinho Maria das Dores C. Palha Laís YamaguchiDmitryus Pompeu BragaRevista INDK/SPJaime Souzza

Milhares de pessoas registraram em suas memórias o trágico dia 11 de março de 2011, sentindo os tremores do terremoto e as fúrias das ondas gigantes que assolaram a costa nordeste japonesa; perdendo entes queridos e/ou todos os bens materiais, frutos de dedicação e trabalho de longos anos ou tornando-se órfãos. Tudo foi muito rápido e avassalador. A tragédia foi de uma grandeza que ninguém esperava. Ninguém... Passado quase um ano após o terremoto/tsunami que abalou fortemente o Japão, a marca ainda é recente. Mesmo entre as dores e tristezas que rasgam os corações, o Japão e os japoneses, com as mãos amigas nacionais e interna-cionais, estão trabalhando arduamente na reconstrução de um país que sempre deu a volta por cima.

Nesta Edição Especial, tentamos abordar o Japão, sua rápida reconstrução e suas belezas. Assim como mostrar que o Japão continua a ser um destino turístico atraente, oferecendo atrações culturais e delícias culinárias aos turistas internacionais, através da Exposição de fotografias “Região Nordeste do Japão - Reconstruindo rumo a um futuro melhor” que será realizado no Boulevard Shopping, Belém (PA).

Como entrevistado especial apresentamos Junichiro Yamada, patriarca e presidente da maior rede de supermarcados do Pará, que relatou sobre a imigração ao Pará e a trajetória de sucesso da família com o grupo Y.Yamada.

Outro destaque é o Monsenhor George Grima, de Malta, com sua vasta experiência internacional voltada à assistencia social e solidariedade ao próximo.

E muitos outros assuntos que cremos que seja de interesse dos leitores, sempre em busca de maiores conhecimentos.

Boa Leitura!

Rosa Kamada

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Textos em japonês: Rosa Kamada Kazuma Yamane

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Um Lugar ao Sol: Terra do Meio: Um Lugar Encantador

Entrevista: Conversa com

Junichiro Yamada

Meio Ambiente: - AMAZÔNIA: Sabedorias que curam animais

- Detalhes que fazem a diferença

- Consciência mil, desperdício zero

- Combustível mais limpo

Contos Amazônico: - Suzi e o Curupira

- O Fado

Papa Chibé: Tempurá: Muito além do JAPÃO

Peraí: - Gincana japonesa para família inteira

- O paraense Walcyr Monteiro lança “Contos de Natal”

Inovar.Com: Solidariedade ao próximo

- sem limites de fronteiras

 日本を襲った巨大地震と津波  山根 一眞

 サステナブルな未来のためのアマゾン環境保護パークとエリア

Cametá: Gurupá:

Sumário CapaJAPÃO: Reconstruindo para um futuro melhor

 カーニバルの国、ブラジル

 パラー州マラジョー島グルパ市:国際及び国内賞を受賞

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ENTREVISTAConversa com Junichiro YamadaPresidente do Grupo Y.Yamada - A maior rede de supermercado do norte do Brasil

A saga da família Yamada teve início em 1931, quando o então patriarca da fa-mília, Yoshio Yamada, deixou a cidade de Numazu, na província de Shizuoka, Ja-pão, e viajou até Belém (PA) com a esposa Aki e os filhos Junichiro e Mitsuru e na companhia de três amigos. No decorrer dos 81 anos, os filhos e descenden-tes do Yoshio Yamada trilharam a trajetória de sucesso com o empreendimento

Grupo Y.Yamada, que hoje possui aproximadamente oito mil funcionários. O Grupo reúne seus funcionários, diretores assim como os fornecedores e convidados especiais, na Festa de Confraternização, promovida no mês de janeiro, todo ano. Já é tradição. É o dia em que todas as lojas e unidades do Grupo Y.Yamada fecham as portas para que todos possam participar e divertir. Confira a seguir, a trajetória e a perseve-rança de Yohio Yamada, com o atual presidente do Grupo Y.Yamada, Junichiro Yamada, em entrevista exclusiva para a Revista Amazônia Típica.

Amazônia Típica: O senhor nasceu no Japão e cresceu aqui no Brasil, conte nos como foi a viagem do Japão ao Brasil.

Junichiro Yamada: Nasci no Japão. E segundo meus pais, nós vimos ao Brasil a passeio e como tínhamos um bom recurso, viajamos na primeira classe do navio Bue-nos Aires. Partimos do porto de Yokohama. Lembro-me que, na partida do navio, as pessoas seguravam várias fitas e serpen-tinas. Eu achei aquilo muito bonito e ficou guardado na minha lembrança.Chegamos no Rio de Janeiro (RJ) em 1931, onde passamos um dia e logo em-barcamos em um navio chamado Itaité que fazia a rota do Rio até Belém e pertencia

à extinta Companhia Nave-gação Costeira. Em Belém, chegamos no dia 12 de outubro e ficamos hospeda-dos na Casa dos Imigrantes, onde hoje se encontra a Fundação Curro Velho. Nosso destino era Ourém (PA). Eu me lembro que nós

viajamos em um pequeno barco a vapor, todo apertado. Demorou uma semana para chegarmos em Ourém.AmTípica: A família era composta pelo senhor, seus pais e irmãos? O que aconte-ceu após chegarem a Ourém?

J. Yamada: Vimos eu, meus pais e o irmão Mitsuru que já faleceu. Seu Hajime Owtake e seu Missao Minowa juntaram-se a nós. Sempre trabalhamos juntos, desde Tokyo. Chegando a Ourém, fomos morar na casa que era do prefeito, a pedido do governador daquela época. Devido a Re-volução de 1930, o contrato de cessão de terra para a família Yamada foi cancelado. Conforme meu pai, nós permanecemos

nesta região Amazônica, porque o Conde Koma (Mitsuyo Maeda) ofereceu uma gran-de área em Ourém, atual sede de Capitão Poço, que se desmembrou do território de Ourém. Quando nós chegamos em Ourém meu pai fez um balanço nas finanças e ele tinha 92 contos de réis. Meu pai pensava que não adiantaria empreender em terra desconhecida e resolveu usar em festas para autoridades locais, que era uma forma de relações públicas. Depois ele vendeu os bens da família e abriu uma pequena mercearia que cresceu bastante, pois meu pai entendia de negócios. Mas como não conhecia a questão da tributação, a fiscalização quebrou o comércio e ficamos sem nada de novo.

AmTípica: E depois, mudaram-se para Belém?

J. Yamada: Meu pai não quis mais ficar em Ourém e vimos para a cidade de Belém, onde fizemos amizade com a família Hasse-gawa que morava aqui. Seu Hassegawa fa-

Hoje somos o Grupo Y.Yamada com lojas e supermercados es-palhadas no Amapá e Pará e a família Yamada gigante, com

filhos, netos e bisnetos.

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ENTREVISTAConversa com Junichiro YamadaPresidente do Grupo Y.Yamada - A maior rede de supermercado do norte do Brasil

A saga da família Yamada teve início em 1931, quando o então patriarca da fa-mília, Yoshio Yamada, deixou a cidade de Numazu, na província de Shizuoka, Ja-pão, e viajou até Belém (PA) com a esposa Aki e os filhos Junichiro e Mitsuru e na companhia de três amigos. No decorrer dos 81 anos, os filhos e descenden-tes do Yoshio Yamada trilharam a trajetória de sucesso com o empreendimento

Grupo Y.Yamada, que hoje possui aproximadamente oito mil funcionários. O Grupo reúne seus funcionários, diretores assim como os fornecedores e convidados especiais, na Festa de Confraternização, promovida no mês de janeiro, todo ano. Já é tradição. É o dia em que todas as lojas e unidades do Grupo Y.Yamada fecham as portas para que todos possam participar e divertir. Confira a seguir, a trajetória e a perseve-rança de Yohio Yamada, com o atual presidente do Grupo Y.Yamada, Junichiro Yamada, em entrevista exclusiva para a Revista Amazônia Típica.

Amazônia Típica: O senhor nasceu no Japão e cresceu aqui no Brasil, conte nos como foi a viagem do Japão ao Brasil.

Junichiro Yamada: Nasci no Japão. E segundo meus pais, nós vimos ao Brasil a passeio e como tínhamos um bom recurso, viajamos na primeira classe do navio Bue-nos Aires. Partimos do porto de Yokohama. Lembro-me que, na partida do navio, as pessoas seguravam várias fitas e serpen-tinas. Eu achei aquilo muito bonito e ficou guardado na minha lembrança.Chegamos no Rio de Janeiro (RJ) em 1931, onde passamos um dia e logo em-barcamos em um navio chamado Itaité que fazia a rota do Rio até Belém e pertencia

à extinta Companhia Nave-gação Costeira. Em Belém, chegamos no dia 12 de outubro e ficamos hospeda-dos na Casa dos Imigrantes, onde hoje se encontra a Fundação Curro Velho. Nosso destino era Ourém (PA). Eu me lembro que nós

viajamos em um pequeno barco a vapor, todo apertado. Demorou uma semana para chegarmos em Ourém.AmTípica: A família era composta pelo senhor, seus pais e irmãos? O que aconte-ceu após chegarem a Ourém?

J. Yamada: Vimos eu, meus pais e o irmão Mitsuru que já faleceu. Seu Hajime Owtake e seu Missao Minowa juntaram-se a nós. Sempre trabalhamos juntos, desde Tokyo. Chegando a Ourém, fomos morar na casa que era do prefeito, a pedido do governador daquela época. Devido a Re-volução de 1930, o contrato de cessão de terra para a família Yamada foi cancelado. Conforme meu pai, nós permanecemos

nesta região Amazônica, porque o Conde Koma (Mitsuyo Maeda) ofereceu uma gran-de área em Ourém, atual sede de Capitão Poço, que se desmembrou do território de Ourém. Quando nós chegamos em Ourém meu pai fez um balanço nas finanças e ele tinha 92 contos de réis. Meu pai pensava que não adiantaria empreender em terra desconhecida e resolveu usar em festas para autoridades locais, que era uma forma de relações públicas. Depois ele vendeu os bens da família e abriu uma pequena mercearia que cresceu bastante, pois meu pai entendia de negócios. Mas como não conhecia a questão da tributação, a fiscalização quebrou o comércio e ficamos sem nada de novo.

AmTípica: E depois, mudaram-se para Belém?

J. Yamada: Meu pai não quis mais ficar em Ourém e vimos para a cidade de Belém, onde fizemos amizade com a família Hasse-gawa que morava aqui. Seu Hassegawa fa-

Hoje somos o Grupo Y.Yamada com lojas e supermercados es-palhadas no Amapá e Pará e a família Yamada gigante, com

filhos, netos e bisnetos.

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bricava carvão que abastecia toda a cidade de Belém. Naquela época, as famílias de classe média só usavam carvão. Eu estava com 14 anos e comecei a produzir carvão e meu pai comercializava frutas e o carvão na cidade. Era um bom negócio. Então deflagrou a Segunda Guerra Mundial.

AmTípica: E o que aconteceu com a família Yamada?

J. Yamada: Em pouco tempo come-çaram a prender os japoneses e meu pai foi preso no presídio São José, em Belém, taxado de espião. Nossa casa foi invadida. Minha mãe estava gestante do Hiroshi, mas ela enfrentou os invasores que logo saíram da casa. O governo nos mandou para o campo de concentração em Tomé-açu (PA). Meu pai foi solto e se juntou a nós em Tomé-Açu.

AmTípica: A família Yamada ficou muito tempo em Tomé-Açu?

J. Yamada: Assim que ele chegou a Tomé-Açu, começamos e produzir carvão e vender nessa vila. Naquele tempo,

criávamos galinha e plantávamos também, pois faltava muita coisa. Construímos nosso barracão com soalho de palmeiras. Terminou a guerra e continuamos com a venda de frutas. Lá, fizemos amizade com os indígenas e passamos a comprar deles e revender em Tomé-Açu. O comércio logo começou a fluir, pois somos bons nego-ciantes.

AmTípica: Com o término da 2ª Guerra Mundial, permaneceram em Tomé-Açu?

J. Yamada: Com o término da Guerra, em 1945, meu pai conseguiu com o prefei-to Ney Brasil de Tomé-Açu um terreno na vila de Mosqueiro, em Belém, para culti-varmos hortaliça. Ninguém entendia muito bem de verduras, então meu pai conversou com alguém mais experiente e logo ele aprendeu a plantar. Trabalhamos de 1945 a 1950 e fizemos um pequeno capital em Mosqueiro. Meu pai escreveu para os ami-gos no Japão convidando-os a conhecerem Belém. Entretanto, eles pensavam que meu empobreceu aqui e tentaram ajudá-lo através da exportação, designando-o como representante.

AmTípica: Começou assim a empresa Y.Yamada?

J. Yamada: Então iniciamos a venda dos produtos Mitsubishi, da Seiko e outras grandes empresas japonesas. Naquela época, não havia o comércio de produtos estrangeiros. Em 1950, meu pai fundou a firma Y. Yamada que começou a funcionar em uma sala do Hotel Suísso, em Belém. Assim a firma foi crescendo e importá-vamos máquinas de costuras e outras máquinas e equipamentos do Japão. Hoje somos o Grupo Y.Yamada com lojas e su-permercados espalhadas no Amapá e Pará e a família Yamada gigante, com filhos, netos e bisnetos.

(Consulta: “Arigato”, Secretaria de Cultura do Estado do Pará, 1995)

Fernando Yamada - Vice-Presidente, Junishiro Yamada - Presidente e Rosa Kamada Diretora da Revista

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MEIO AMBIENTEAMAZÔNIA: SABEDORIA QUE CURAM ANIMAISMaria Vivina Barros Monteiro1 / Rhuan Amorim Ritter1Maria das Dores Correia Palha2 / Marina Lira Soares2 / Frederico Ozanan Barros Monteiro21 Universidade Federal da Amazônia, Campus de Castanhal, Faculdade de Medicina Veterinária.2 Universidade Federal Rural da Amazônia, Programa de Pós-graduação Saúde e Produção Animal na Amazônia (PPGSPAA).

A Amazônia é mundialmente reconhecida como a maior floresta tropical do planeta, correspondendo a 2/5 da Amé-rica do Sul e mais da metade do território brasileiro. No Brasil os ecossistemas amazônicos ocupam uma área com mais de 300 milhões de hectares. Por ser uma das regiões de maior biodiversidade do planeta a floresta Amazônica possui muitas plantas com propriedades medicinais e outras cujos efeitos terapêuticos ainda são desconhecidos, despertando assim o interesse de pesquisadores de todas as partes do mundo.

Além da grande diversidade biológica, a Amazônia abriga várias culturas formadas por populações indígenas, qui-lombolas e mestiças, derivadas da misci-genação de europeus, índios e negros. As interações entre bioma e cultura conferem a essa região uma riqueza e complexidade em termos de conhecimento do potencial terapêutico da fauna e flora brasileira. Essas interações são objeto de diversos trabalhos e o conhecimento e uso que as sociedades tradicionais possuem sobre a flora vem

ganhando destaque no meio acadêmico, devido a sua importância na complementa-ção do conhecimento científico.

As propriedades terapêuticas de plantas utilizadas por populações da Amazônia brasileira são estudadas por diversos pesquisadores, entretanto poucos se dedicam a estudar as plantas utilizadas para tratar animais. Os estudos com plantas medicinais devem iniciar, preferencialmente, por pesquisas sobre os saberes tradicionais da população que as utilizam para tratar

suas enfermidades ou de seus animais. Na cultura popular os conhecimentos sobre a utilização de plantas são transmitidos oralmente de uma geração para outra e, por não ficarem documentados, correm o risco de serem perdidos, ficando indisponíveis para futuras gerações.

A etnoveterinária, ou medicina veterinária popular, é a ciência que estuda os conhecimentos, habilidades, crenças e aptidões que as pessoas possuem para tratar seus animais, podendo ser utilizados

Figura 1: Cão tratado com a polpa do fruto da cuieira (Crescentia cujete). Planta utilizada na etnoveterinária mara-joara para tratar afecções da pele, como repelente e cicatrizante. Foto: Maria Vivina Barros Monteiro. Arquivo pessoal.

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MEIO AMBIENTEAMAZÔNIA: SABEDORIA QUE CURAM ANIMAISMaria Vivina Barros Monteiro1 / Rhuan Amorim Ritter1Maria das Dores Correia Palha2 / Marina Lira Soares2 / Frederico Ozanan Barros Monteiro21 Universidade Federal da Amazônia, Campus de Castanhal, Faculdade de Medicina Veterinária.2 Universidade Federal Rural da Amazônia, Programa de Pós-graduação Saúde e Produção Animal na Amazônia (PPGSPAA).

A Amazônia é mundialmente reconhecida como a maior floresta tropical do planeta, correspondendo a 2/5 da Amé-rica do Sul e mais da metade do território brasileiro. No Brasil os ecossistemas amazônicos ocupam uma área com mais de 300 milhões de hectares. Por ser uma das regiões de maior biodiversidade do planeta a floresta Amazônica possui muitas plantas com propriedades medicinais e outras cujos efeitos terapêuticos ainda são desconhecidos, despertando assim o interesse de pesquisadores de todas as partes do mundo.

Além da grande diversidade biológica, a Amazônia abriga várias culturas formadas por populações indígenas, qui-lombolas e mestiças, derivadas da misci-genação de europeus, índios e negros. As interações entre bioma e cultura conferem a essa região uma riqueza e complexidade em termos de conhecimento do potencial terapêutico da fauna e flora brasileira. Essas interações são objeto de diversos trabalhos e o conhecimento e uso que as sociedades tradicionais possuem sobre a flora vem

ganhando destaque no meio acadêmico, devido a sua importância na complementa-ção do conhecimento científico.

As propriedades terapêuticas de plantas utilizadas por populações da Amazônia brasileira são estudadas por diversos pesquisadores, entretanto poucos se dedicam a estudar as plantas utilizadas para tratar animais. Os estudos com plantas medicinais devem iniciar, preferencialmente, por pesquisas sobre os saberes tradicionais da população que as utilizam para tratar

suas enfermidades ou de seus animais. Na cultura popular os conhecimentos sobre a utilização de plantas são transmitidos oralmente de uma geração para outra e, por não ficarem documentados, correm o risco de serem perdidos, ficando indisponíveis para futuras gerações.

A etnoveterinária, ou medicina veterinária popular, é a ciência que estuda os conhecimentos, habilidades, crenças e aptidões que as pessoas possuem para tratar seus animais, podendo ser utilizados

Figura 1: Cão tratado com a polpa do fruto da cuieira (Crescentia cujete). Planta utilizada na etnoveterinária mara-joara para tratar afecções da pele, como repelente e cicatrizante. Foto: Maria Vivina Barros Monteiro. Arquivo pessoal.

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MEIO AMBIENTE

produtos de origem animal, mineral e, prin-cipalmente, plantas medicinais. Embora em várias partes do mundo existam trabalhos para registrar o conhecimento popular sobre plantas utilizadas para tratar os animais, no Brasil esses trabalhos são escassos, sobretu-do na Região Amazônica.

Um trabalho pioneiro nessa temática foi realizado na região da Ilha do Marajó por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Embrapa- Amazônia Oriental. As plantas mais utilizadas para tratar os animais foram andiroba (Carapa guianensis) cuieira (Crescentia cujete), copaíba (Copaifera martii), jucá (Caesalpinia ferrea), mastruz (Chenopodium ambro-sioides), pião branco (Jatropha curcas) e São-Caetano (Momordica charantia). As principais indicações medicinais foram como cicatrizante, anti-helmíntico, repelente e para o tratamento de diarréia e afecções da pele. Os entrevistados também citaram que alguns animais silvestres e domésticos têm utilidade terapêutica, através, principal-mente, do uso da banha de espécies como jacaré-açu (Melanosuchus niger), sucuriju

Figura 2. Larva de besouro encontrada na semente do tucumã (Astrocaryum sp.), palmeira comum na região do Marajó. O óleo extraído desse invertebrado é utilizado no tratamento de diversas afecções humanas e animais. Fonte: Maria Vivina Barros Monteiro- Arquivo pessoal.

Figura 3. Metodologia utilizada por habitantes de Colares para extrair o óleo da semente de andiroba (Carapa guianensis). O óleo extraído dessa planta também é utilizado para tratamento de doenças dos animais. Fonte: Maria Vivina Barros Monteiro- Arquivo pessoal.

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10 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

(Eunectes murinus), galinha (Gallus gallus), camaleão (Iguana iguana), além de muitos invertebrados. O “óleo-de-bicho”, obtido a partir de larvas de um besouro (Rhynchophorus palmarum, Co-leoptera) encontradas na semente do tucumã (Astrocaryum sp.), também foi relatado como medicinal e usado como cicatrizante e antiinflamatório. Outra iniciativa para documentação dos saberes etnoveterinários de populações da Amazônia brasileira está sendo desenvolvida na ilha de Colares, localizada no Pará. O município de Colares foi selecionado para realização do trabalho, pois, aproximadamente, 70% da sua população encontra-se distribuída em 22 comuni-dades rurais. Na zona rural, geralmente, as pessoas têm mais conhecimento dos recursos naturais, inclusive sobre plantas me-dicinais, e os utilizam no seu dia a dia para própria sobrevivência ou dos seus animais. A pesquisa tem interface com o Programa de Cooperação Acadêmica (PROCAD- CAPES/MES) envolvendo a UFRA, a Universidade Estadual Paulista (Unesp - Botucatu) e

MEIO AMBIENTE

a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), contando com apoio da Prefeitura Municipal de Colares e a rádio comunitária Rosário FM também estão apoiando a realização do trabalho. A realização de levantamentos etnoveterinários é importante, pois as informações populares sobre o uso de plantas medicinais são, muitas vezes, o ponto de partida para a descoberta de novos me-dicamentos. Estima-se que 74% das drogas derivadas de plantas que atualmente estão em uso clínico foram descobertas a partir de relatos populares de uso. Portanto, os conhecimentos etno-veterinários devem ser registrados e divulgados já que correm o risco de serem perdidos com o passar do tempo ou indevidamente expropriados, sem a devida repartição dos benefícios com as comunidades. Além disso, é importante conhecer os tratamentos etnoveterinários empregados pelas comunidades e testá-los, para orientar a população a utilizar nos seus animais somente aqueles comprovadamente seguros e eficazes.

Figura 4. Pesquisadores entrevistando habitantes do Município de Colares (à esquerda) e coletando material vegetal para identificação botânica (à cima). Fonte: Maria Vivina Barros Monteiro- Arquivo pessoal.

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10 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

(Eunectes murinus), galinha (Gallus gallus), camaleão (Iguana iguana), além de muitos invertebrados. O “óleo-de-bicho”, obtido a partir de larvas de um besouro (Rhynchophorus palmarum, Co-leoptera) encontradas na semente do tucumã (Astrocaryum sp.), também foi relatado como medicinal e usado como cicatrizante e antiinflamatório. Outra iniciativa para documentação dos saberes etnoveterinários de populações da Amazônia brasileira está sendo desenvolvida na ilha de Colares, localizada no Pará. O município de Colares foi selecionado para realização do trabalho, pois, aproximadamente, 70% da sua população encontra-se distribuída em 22 comuni-dades rurais. Na zona rural, geralmente, as pessoas têm mais conhecimento dos recursos naturais, inclusive sobre plantas me-dicinais, e os utilizam no seu dia a dia para própria sobrevivência ou dos seus animais. A pesquisa tem interface com o Programa de Cooperação Acadêmica (PROCAD- CAPES/MES) envolvendo a UFRA, a Universidade Estadual Paulista (Unesp - Botucatu) e

MEIO AMBIENTE

a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), contando com apoio da Prefeitura Municipal de Colares e a rádio comunitária Rosário FM também estão apoiando a realização do trabalho. A realização de levantamentos etnoveterinários é importante, pois as informações populares sobre o uso de plantas medicinais são, muitas vezes, o ponto de partida para a descoberta de novos me-dicamentos. Estima-se que 74% das drogas derivadas de plantas que atualmente estão em uso clínico foram descobertas a partir de relatos populares de uso. Portanto, os conhecimentos etno-veterinários devem ser registrados e divulgados já que correm o risco de serem perdidos com o passar do tempo ou indevidamente expropriados, sem a devida repartição dos benefícios com as comunidades. Além disso, é importante conhecer os tratamentos etnoveterinários empregados pelas comunidades e testá-los, para orientar a população a utilizar nos seus animais somente aqueles comprovadamente seguros e eficazes.

Figura 4. Pesquisadores entrevistando habitantes do Município de Colares (à esquerda) e coletando material vegetal para identificação botânica (à cima). Fonte: Maria Vivina Barros Monteiro- Arquivo pessoal.

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MEIO AMBIENTE

Chinelos de pneus reciclados oferecidos como lembrança de casamento eco-friendly

Há casais que trocam os presentes do casamento por donativos a instituições de caridade, fazendo com que os convidados também reflitam sobre suas ações. O casal Juliana e Luiz Alexandre não economizou em nenhum detalhe para levar um pouco de consciência ecológica a seus convidados. Tudo foi pensando sustentavelmente, desde a passadeira ecológica de sisal para a nave até o vestido da noiva, que foi confeccionado com fios de algodão natural e seda pura pelo estilista Samuel Cirnansk, podendo ser usado depois do casamento. Como lembrança o casal ofereceu mudas de Ipê roxo e amarelo com a mensagem “Plante com amor, plante com carinho”, chinelos Góoc de pneu reciclado e leques de cartolina para aliviar o calor. Nas mesas dos convidados, tags de agradecimento explicavam aos amigos e familiares sobre o respeito à natureza com a prio-rização de fibras naturais na decoração e ingredientes orgânicos no cardápio. Entre os itens sustentáveis mais utilizados pelos noivos estão as lembranças. Os convidados podem levar para casa desde mimos em embalagens de papel reciclado a semen-tes ou mudas de árvores para plantarem depois. Idéias ecologi-camente correta e que evitam o desperdício, pois muitas vezes as pessoas jogam no lixo as lembranças que não tem muita utilidade. A bióloga e consultora da área de energia, Renata Van der Haagen e o publicitário Alexandre Coquet surpreenderam seus convidados com ecobags de algodão pintadas com tinta à base de água sem solventes químicos ou agressivos ao meio ambiente, tags para carros com mensagem de sustentabilidade e canecas de porcelana. Os mimos eram conscientes e não deixavam de ser lindos e personalizados.

Mudas de platas oferecida como lembrança do casamento de Juliana e Luiz Alexandre

Luciana Rodrigues, Revista Indk (SP)

Foto: Rafaela Azevedo

Foto: Rafaela Azevedo

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12 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

Para diminuir os danos ao nosso planeta, toda ação é válida, como casar em meio à natureza ou abusar da luz de velas, que trazem charme ao ambiente e ainda reduzem o consumo de energia. “Você pode realizar o casamento de dia, usando a luz natural do local e ao cair da noite iluminar a festa com tochas, que com certeza darão um toque inacreditável à sua festa”, ensina Camila Golin. O cardápio também pode ser mais verde, com me-sas de frutas e alimentos orgânicos. Elementos naturais podem aparecer com muito charme na decoração, com o uso de toalhas de linho ou algodão orgânico, sousplats de ratan, vasos ou cestos de palhas, entre outros itens. Bruno Zani, diretor geral da Cenographia Projetos de Fes-tas, vai além. Antes de virar empresário, foi responsável pelo Projeto Biodiversidade de uma grande empresa de cosméticos e com a experiência adquirida, hoje aplica os conceitos ao mundo das festas. Ele usa, por exemplo, cumbucas feitas de bagaço da cana para servir algumas

comidas. “Não é sustentável apenas pelo lado ambientalmente correto, mas também por utilizarmos um trabalho e uma tecnolo-gia desenvolvida por senhoras de uma comunidade de Birigui no interior de São Paulo, sob o ponto do socialmente justo”, explica. E dá outras dicas. “Você pode escolher toalhas para mesas, bordadas por comunidades ribeirinhas, por exemplo, enfatizando também algo que só existe no Brasil”. A assessora de casamen-to da Marriages, Márcia Possik lembra que os noivos Juliana e Luiz Alexandre também se preocuparam em ter a quantidade de doces e bem-casados pensada para não sobrar e, portanto, não haver desperdício. Também contribuíram com a diminuição de poluentes do ar, pedindo que um único transporte levasse todos os produtos, de diferentes fornecedores até o local. “Não só a emoção do grande dia e a beleza do evento marcaram a ocasião, mas também a preocupação com o meio ambiente. O objetivo era reduzir a zero o desperdício e procurar minimizar a agressão ambiental”, relembra a assessora sobre o casamento bonito e ecologicamente correto.

MEIO AMBIENTELuciana Rodrigues, Revista Indk (SP)

Foto: Patrícia Figueira

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Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br 13

MEIO AMBIENTE

Combustível mais limpo Alexandra Sales, Revista Indk (SP)

Abastecimento com Diesel S-50 em veículos novos contribuirá com a redução de poluentes no ambiente

A Petrobras ampliou, em janeiro deste ano, a distribuição do S-50, diesel com baixo teor de enxofre. Cerca de 900 postos de serviços da companhia, em todo o País, realizam o abastecimento de veículos

com tecnologia P7, produzidos a partir deste ano. A fase P7 do Proconve - Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores - es-tabeleceu níveis de emissões veiculares mais baixos, com tecnologia mais sofisticada nos motores. O número de postos de distribuição irá aumentar, conforme o crescimento da demanda.

De acordo com a Assessoria de Imprensa da Petrobras, o Diesel S-50 possibilita redução de, no mínimo, 80% da emissão de material particulado. No entanto, para que haja esta vantagem ambiental é necessário o uso do combustível associado ao produto Agente Redutor Líquido Automotivo, mais conhecido como Arla 32 - solução de ureia utilizada nos novos veículos pesados a diesel, disponibilizada na rede de postos da Petrobras. Seu uso permitirá reduzir em até 98% a emissão de NOx (óxidos nitrosos), um dos gases do efeito estufa. “É absolutamente necessário que haja a disponibilidade de distribuição tanto do Diesel S-50 quanto do Arla 32, pois o motorista irá precisar desses dois produtos. Além disso, é importante destacar que o Arla 32 será vendido em uma proporção de 5% do uso do Diesel S-50”, explica o presidente da Petrobras Distribuidora, José Lima de Andrade Neto.

Nos motores atuais, com tecnologia P-5 ou Euro 3,

por exemplo, a redução é de 10 a 15% na emissão de material particulado. Vale destacar que a qualidade do ar depende da interação de vários fatores, como renovação, crescimento, idade e estado de conservação da frota, tecnologia dos motores, condições de tráfego e planeja-mento urbano.

No caso dos veículos antigos, que não incorporam as tecnologias de motores avançadas disponíveis, são mais poluentes do que os novos. Testes realizados no Centro de Pesquisas da Petrobras com um motor antigo e com óleos diesel com 1800, 500, 50 e 10 ppm de enxofre mostraram que as emissões de material particulado prati-camente não se reduzem com o uso de combustível com menor teor de enxofre.

Dados da Assessoria de Imprensa da Petrobras mostram que em 2010, 66% do diesel ofertado foi S-1800, 28% S-500 e 6% S-50. Para este ano, a previsão da demanda é de 5 milhões de metros cúbicos para o diesel S-50. Já em 2013, a Petrobras ofertará o diesel S-10 e, a partir de 2014, o diesel 10 e o diesel 500, desa-parecendo o diesel S-1800 e o diesel S-50. No entanto, em 2020, 60% do diesel consumido no Brasil será o S-10 e cerca de 40% será o diesel S-500.

O Diesel S-50 está sendo distribuído, desde janei-ro de 2009, para as frotas de ônibus das regiões metro-politanas do Estado de São Paulo, como Baixada Santista, Campinas e São José dos Campos, região metropolitana do Rio de Janeiro, municípios de Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador. Em maio daquele mesmo ano, o produto foi comercializado nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza e Recife e para todos os veículos movidos a diesel.

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14 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

Solidariedade ao próximo - Sem limiteS de fronteiraSMonsenhor George Grima ou Padre Jorge

Servir ao próximo. Desde que se tem noção, Monsenhor George Grima, hoje com 60 anos de idade, nascido na República de Malta, arquipéla-go situado no Mar Mediterrâneo, destino de muitos turistas, sempre

teve esta convicção. O seu último aniversário, no mês de dezembro, foi comemorado em uma de suas casas, o Grupo Solidariedade é Vida, em São Luís (MA). Padre Jorge como é mais conhecido no Brasil, é fundador do Mo-vimento que efetua assistência a crianças enfermas e carentes. “Fundamos a ONG (organização não governamental) Movimento Missionário Jesus no Próximo, em Gozo - Malta, em 03 de dezembro de 1987 que atualmente está presente também na Etiópia, Quênia e Brasil”, explica padre Jorge que dirige o Movimento junto com um conselho especial e com o apoio de cerca de 30 mil maltenses e simpatizantes dos EUA, Itália e Gibraltar.

No início, os trabalhos assistenciais eram realizados apenas em Malta, o que ao longo do tempo, foi expandindo. “Hoje são 280 casas no mundo e aproximadamente 32 mil crianças com todo tipo de enfermidades como hanseníase, portadores de deficiências visual e auditiva, albinismo e desnutrição de primeiro grau. No continente africano o Movimento conta com 59 casas na Etiópia e 17 abrigos na Quênia.

Padre Jorge passa a maior parte do seu tempo na África, pois lá a situação é mais crítica, devido a fome e desnutrição. Segundo o seu relato, “é onde a morte reina mais que a raiva. Por exemplo, lá internamos três crianças por semana, pois a desnutrição é muito grande. E a natureza também não ajuda, pois falta água. Às vezes passamos 18 meses sem uma

única gota d’água, o que complica muito”.Em suas missões, padre Jorge já viajou para di-

versos locais e países e se encontrou com celebridades como o Papa João Paulo II e a Madre Teresa de Calcutá. O encontro com a Madre ocorreu um ano antes do seu adeus, na Índia.

O Movimento no BrasilNo Brasil, o Movimento Missionário Jesus no

Próximo começou a realizar trabalhos assistenciais em Minas Gerais, seguido de Pernambuco e Bahia. Atual-mente, está presente em 11 estados e assiste cerca de 18 mil crianças no Brasil. Algumas são colocadas para adoção, já que sofrem “abandonos forçados” com a morte da mãe no parto e o pai que não tem como sustentá-las. “Antes, tínhamos 30 abrigos no Brasil, número que foi reduzido, Graças a Deus, pois não precisamos mais de casas de abrigo em alguns estados como São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Estamos com trabalhos concentrados nos estados de Tocantins, Bahia, Maranhão e Piauí”, relata o Padre.

“O mundo só pode ser melhor de mãos dadas, pais ajudando os filhos, não só pela responsabilidade, mas pela alegria de vê-los crescer, os filhos também de-vem ter a alegria de ajudar os pais. É como uma comida que não é gostosa sozinha, mas juntando um pouco de cada um, aí sim, fica saboroso”, finaliza Padre Jorge ou Monsenhor George Grima.

Foto: Padre Jorge com Madre Teresahttp://www.gesufilproxxmu.com/

Padre Jorge com o Papa João Paulo II

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14 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

Solidariedade ao próximo - Sem limiteS de fronteiraSMonsenhor George Grima ou Padre Jorge

Servir ao próximo. Desde que se tem noção, Monsenhor George Grima, hoje com 60 anos de idade, nascido na República de Malta, arquipéla-go situado no Mar Mediterrâneo, destino de muitos turistas, sempre

teve esta convicção. O seu último aniversário, no mês de dezembro, foi comemorado em uma de suas casas, o Grupo Solidariedade é Vida, em São Luís (MA). Padre Jorge como é mais conhecido no Brasil, é fundador do Mo-vimento que efetua assistência a crianças enfermas e carentes. “Fundamos a ONG (organização não governamental) Movimento Missionário Jesus no Próximo, em Gozo - Malta, em 03 de dezembro de 1987 que atualmente está presente também na Etiópia, Quênia e Brasil”, explica padre Jorge que dirige o Movimento junto com um conselho especial e com o apoio de cerca de 30 mil maltenses e simpatizantes dos EUA, Itália e Gibraltar.

No início, os trabalhos assistenciais eram realizados apenas em Malta, o que ao longo do tempo, foi expandindo. “Hoje são 280 casas no mundo e aproximadamente 32 mil crianças com todo tipo de enfermidades como hanseníase, portadores de deficiências visual e auditiva, albinismo e desnutrição de primeiro grau. No continente africano o Movimento conta com 59 casas na Etiópia e 17 abrigos na Quênia.

Padre Jorge passa a maior parte do seu tempo na África, pois lá a situação é mais crítica, devido a fome e desnutrição. Segundo o seu relato, “é onde a morte reina mais que a raiva. Por exemplo, lá internamos três crianças por semana, pois a desnutrição é muito grande. E a natureza também não ajuda, pois falta água. Às vezes passamos 18 meses sem uma

única gota d’água, o que complica muito”.Em suas missões, padre Jorge já viajou para di-

versos locais e países e se encontrou com celebridades como o Papa João Paulo II e a Madre Teresa de Calcutá. O encontro com a Madre ocorreu um ano antes do seu adeus, na Índia.

O Movimento no BrasilNo Brasil, o Movimento Missionário Jesus no

Próximo começou a realizar trabalhos assistenciais em Minas Gerais, seguido de Pernambuco e Bahia. Atual-mente, está presente em 11 estados e assiste cerca de 18 mil crianças no Brasil. Algumas são colocadas para adoção, já que sofrem “abandonos forçados” com a morte da mãe no parto e o pai que não tem como sustentá-las. “Antes, tínhamos 30 abrigos no Brasil, número que foi reduzido, Graças a Deus, pois não precisamos mais de casas de abrigo em alguns estados como São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Estamos com trabalhos concentrados nos estados de Tocantins, Bahia, Maranhão e Piauí”, relata o Padre.

“O mundo só pode ser melhor de mãos dadas, pais ajudando os filhos, não só pela responsabilidade, mas pela alegria de vê-los crescer, os filhos também de-vem ter a alegria de ajudar os pais. É como uma comida que não é gostosa sozinha, mas juntando um pouco de cada um, aí sim, fica saboroso”, finaliza Padre Jorge ou Monsenhor George Grima.

Foto: Padre Jorge com Madre Teresahttp://www.gesufilproxxmu.com/

Padre Jorge com o Papa João Paulo II

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16 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

* Walcyr Monteiro* Walcyr Monteiro

- O senhor já viu o Curupira?- A pergunta, feita à queima-roupa, quase me deixa embaraçado. Afinal acabara de falar sobre lendas, mitos, visagens, assombrações e encantamentos da Amazônia no auditório do Colégio Nossa Senhora de Lourdes, em Icoaraci. Na palestra descrevera os seres fantásticos

que habitam nossas selvas, rios, igarapés, furos, paranás, lagos, enfim nossa portento-sa Região, entre eles, dando-lhe destaque, o Curupira, a Mãe do Mato, pela sua marcante atividade ecológica, a proteger a selva e seus habitantes de maus caçadores e madeireiros. Procurei ganhar tempo.- Como disse?- O senhor já viu pessoalmente o Curupira?Apesar de já ter viajado em muitos rios, de ter penetrado em matas virgens no interior do Pará e de quase toda a Amazônia, para tristeza minha, não, eu nunca tinha me encontrado ou ao menos visto de longe o famoso defensor das florestas. E foi um tanto constrangido que respondi.

- Não, nunca vi o Curupira. As descrições que faço são aquelas que ouço das histó-rias que me contam.- Pois eu já vi!A moça falou com certo orgulho, o orgulho natural de ter visto ao vivo o ser do qual eu, o palestrante, falara, mas não conhecia.- E quando e onde foi? perguntei curioso.- Ah! Já faz algum tempo! Eu só tinha nove anos de idade...E Suzana Maria Santos de Souza, mais conhecida por Suzy, 20 anos, aluna do 2º grau do Colégio Nossa Senhora de Lour-des, vai contando como aconteceu.- Nasci em Belém. Mas minha família possui uma fazenda de nome Candeua, no atual Município de Santa Bárbara, onde brincava muito com meus primos Eraldo, de 14 anos, e Tiago, de 8 anos.Nesse dia – e já se vão onze anos, pois foi em 1987 – meus primos iam tomar banho numa cachoeira existente na fazenda, mas que era muito distante da casa principal. Desobedecendo minha mãe, D. Lídia, que tinha proibido de ir, fugi e acompanhei meus primos. Aí seguimos por uma trilha dentro da mata para chegar à cachoeira. Íamos cantando e brincando. Já tínhamos andado mais de um quilômetro quando escutamos um barulho como que de passos amassando folhas secas. Paramos. Olhamos em todas as direções e nada vimos. Apenas a sensação de estarmos sendo observados...Suzy fez uma pausa, procurando reviver o momento.

SUZY E O CURUPIRA

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16 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

* Walcyr Monteiro

- O senhor já viu o Curupira?- A pergunta, feita à queima-roupa, quase me deixa embaraçado. Afinal acabara de falar sobre lendas, mitos, visagens, assombrações e encantamentos da Amazônia no auditório do Colégio Nossa Senhora de Lourdes, em Icoaraci. Na palestra descrevera os seres fantásticos

que habitam nossas selvas, rios, igarapés, furos, paranás, lagos, enfim nossa portento-sa Região, entre eles, dando-lhe destaque, o Curupira, a Mãe do Mato, pela sua marcante atividade ecológica, a proteger a selva e seus habitantes de maus caçadores e madeireiros. Procurei ganhar tempo.- Como disse?- O senhor já viu pessoalmente o Curupira?Apesar de já ter viajado em muitos rios, de ter penetrado em matas virgens no interior do Pará e de quase toda a Amazônia, para tristeza minha, não, eu nunca tinha me encontrado ou ao menos visto de longe o famoso defensor das florestas. E foi um tanto constrangido que respondi.

- Não, nunca vi o Curupira. As descrições que faço são aquelas que ouço das histó-rias que me contam.- Pois eu já vi!A moça falou com certo orgulho, o orgulho natural de ter visto ao vivo o ser do qual eu, o palestrante, falara, mas não conhecia.- E quando e onde foi? perguntei curioso.- Ah! Já faz algum tempo! Eu só tinha nove anos de idade...E Suzana Maria Santos de Souza, mais conhecida por Suzy, 20 anos, aluna do 2º grau do Colégio Nossa Senhora de Lour-des, vai contando como aconteceu.- Nasci em Belém. Mas minha família possui uma fazenda de nome Candeua, no atual Município de Santa Bárbara, onde brincava muito com meus primos Eraldo, de 14 anos, e Tiago, de 8 anos.Nesse dia – e já se vão onze anos, pois foi em 1987 – meus primos iam tomar banho numa cachoeira existente na fazenda, mas que era muito distante da casa principal. Desobedecendo minha mãe, D. Lídia, que tinha proibido de ir, fugi e acompanhei meus primos. Aí seguimos por uma trilha dentro da mata para chegar à cachoeira. Íamos cantando e brincando. Já tínhamos andado mais de um quilômetro quando escutamos um barulho como que de passos amassando folhas secas. Paramos. Olhamos em todas as direções e nada vimos. Apenas a sensação de estarmos sendo observados...Suzy fez uma pausa, procurando reviver o momento.

SUZY E O CURUPIRA

Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br 17

Membro de diversas entidades Culturais como: Instituto Histórico e Geográfico do Pará e Centro de Estudos do Folclore. Tem vários trabalhos publicados, inclu-sive em Portugal (Instituto Piaget) e no Japão (Shinseken), dos quais sobres-saem-se Visagens e Assombrações de Belém, As Incríveis Histórias do Caboclo do Pará e a série Visagens, Assobrações e Encantamentos da Amazônia, inclusive Histórias Japonesas Contadas na Amazô-nia.

Walcyr Monteiro:

CONTOS AMAZÔNiCOS

- Senti muito medo e meus primos tam-bém. Era como se estivessem nos olhando, só que não víamos nada nem ouvíamos nada também. Continuamos andando mais devagar. Já não brincávamos nem cantá-vamos... e de repente, como que saído do nada, lá estava ele...Suzy descreve o ser que viram.- Tinha mais ou menos um metro e meio de altura; cabelos lisos, como os dos índios, só que mais grossos, e iam até a altura dos ombros, eram pretos porém como se estivessem sujos de terra; olhos bem grandes, redondos, pretos e sem a parte branca; nariz meio chato; a boca normal; a pele... a pele era assim como que esverde-ada, de um verde musgo, e grossa, rugosa, lembrando a casca das árvores; as pernas e os joelhos eram normais, porém os pés eram voltados para trás... Aí o primo Eraldo

gritou:- É o Curupira...!Suzy desmaiou.O pequeno ser não se mexeu do lugar. Seus primos depois contaram que ficou olhando fixamente nos olhos dos dois, ao mesmo tempo. Eles ficaram imobilizados, não conseguiram se mexer, como se hipnotiza-dos estivessem. Ficaram um bom tempo assim. Curupira olhando, Suzy desmaiada, e os dois primos sem poder se mexer. Mas o Curupira não fez nada. Depois de algum tempo, tal como chegara, se foi, entrando na mata...!Tão logo puderam se mexer, os primos bateram no rosto de Suzy, que continuava desmaiada. Quando retornou a si, Eraldo e Tiago pegaram pela sua mão e retornaram com a pressa que a trilha na mata permi-tia, quase correndo, e com muito, muito

medo...E Suzy concluiu:- Fiquei tão apavorada – embora não houvesse até razão pra isto, pois ele não fez mal a ninguém, só ficou olhando – mas tão apavorada eu fiquei que desse dia em diante ficava brincando só perto da sede da fazenda, sem querer mais saber de tomar banho na cachoeira...E foi assim que vi o Curupira...!

Profissionais CapacitadosEquipe médica especializada e experiente para garantir cuidados especiaisno tratamento das patologias do sistema digestivo

CONVÊNIOS

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18 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

DMITRYUS POMPEU BRAGA

Historiador, Pedagogo e

Pesquisador da Cultura Regional

O FADODmitryus Pompeu Braga

CONTOS AMAZÔNiCOS

Em uma cidadezinha do interior da Amazônia, era comum em certas noites se ouvir sons estranhos.

Às vezes, parecia o grunhido de um animal em agonia, outras, parecia uma mistura de grunhidos com vocaliza-ções humanas.

Todos os vizinhos cismavam o que poderia ser a causa dos estranhos sons noturnos. Mas, ninguém falava nada. Todos pareciam ignorar as coisas. Todos, menos um jovem que, muito curioso daria tudo para confir-mar a teoria compartilhada por todo. Os pais do “curioso” notavam como os olhos dele brilhavam a luz da lamparina nas noites em que se ouviam os tais sons. Isso era motivo de preocupação. Mas, nem tanto...

Como todos na cidade evita-vam tocar no assunto, o rapaz foi para um local afastado do povoado, onde morava um velho contador de histo-rias. Lá, ele sabia que iria ouvir o que precisava. O velho devia saber muito a respeito “daquilo”.

O menino foi recebido como que esperado pelo ancião: - Há dias espero a sua visita, meu filho. Sei que estás pronto e acredito na tua coragem.

O garoto sem nada dizer baixou a cabeça e finalmente disse: - Então, me ensine senhor.

Já depois de passar muito tempo, o jovem se lembrou da hora

de voltar. A noite começava a mostrar seu rosto. O velho senhor deu a ele uma peneira virgem e uma corda nova e falou: - Não vá esquecer a oração.

O “curioso” saiu correndo pela estrada de terra, pois queria chegar em casa antes da noite se fechar de vez.

A mãe do jovem já estava pre-ocupada com sua demora. Quando ele chegou, foi logo tomando banho para jantar. Parecia muito afoito. Logo em seguida deitou em sua rede, pensando nas coisas que aprendera naquele dia com o velho.

Seus olhos vagavam em todas as direções e se fixavam na corda e na peneira.

A noite foi caindo e o rapaz já pegara no sono.

A cidade dorme. Tudo calado. Só o murmúrio da brisa varrendo os telhados. Num instante, o silêncio é quebrado. Os rugidos e grunhidos estão de volta. Desta vez mais forte e mais perto da casa.

O garoto então levanta e fala: - Não se preocupem hoje isso vai acabar. E como um guerreiro, empu-nha a peneira e a corda. Caminha em direção à porta. Faz o sinal da cruz e sai. Quando olhou, lá estava a horren-da criatura com sua expressão de dor e ódio.

A criatura, aos poucos, se apro-xima do moço que firmemente anda em sua direção. Seus pais sem saber o que dizer ou o que fazer, olham

atônitos para aquilo que eles sempre evitavam falar. Imagine olhar! O jovem curioso pára, levanta a mão e faz uma oração que seus pais não conheciam. Os olhos vermelhos da criatura brilham de medo diante da oração. Ela tenta fugir, mas não consegue. O rapaz aproveita e lhe enfia a peneira na ca-beça em seguida, lhe amarra a corda com o nó do contrário. O bicho urrou, esperneou, se contorceu e quando parou já não era mais o bicho. Era uma .... MULHER. Uma velha senhora que morava em uma casa no fundo de um quintal. A mulher quase nunca saia e rara vezes aceitava visitas e, segundo os vizinhos, nas noites de lua cheia ela fazia uns barulhos esquisitos a noite inteira.

Tudo estava explicado, a velha senhora carregava um fado. E agora lhe restava a chance de morrer em paz. Seu fado estava preso pela peneira virgem e pela corda nova.

A velha senhora olhou com carinho para o rapaz curioso dizendo com a voz trêmula: - Obrigada, meu filho. Deus te abençoe e te guarde.

E, assim, a cidade voltou a dor-mir tranqüila ao som da brisa varrendo os telhados. E o jovem curioso dormia com um sorriso de satisfação no rosto.

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18 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

DMITRYUS POMPEU BRAGA

Historiador, Pedagogo e

Pesquisador da Cultura Regional

O FADODmitryus Pompeu Braga

CONTOS AMAZÔNiCOS

Em uma cidadezinha do interior da Amazônia, era comum em certas noites se ouvir sons estranhos.

Às vezes, parecia o grunhido de um animal em agonia, outras, parecia uma mistura de grunhidos com vocaliza-ções humanas.

Todos os vizinhos cismavam o que poderia ser a causa dos estranhos sons noturnos. Mas, ninguém falava nada. Todos pareciam ignorar as coisas. Todos, menos um jovem que, muito curioso daria tudo para confir-mar a teoria compartilhada por todo. Os pais do “curioso” notavam como os olhos dele brilhavam a luz da lamparina nas noites em que se ouviam os tais sons. Isso era motivo de preocupação. Mas, nem tanto...

Como todos na cidade evita-vam tocar no assunto, o rapaz foi para um local afastado do povoado, onde morava um velho contador de histo-rias. Lá, ele sabia que iria ouvir o que precisava. O velho devia saber muito a respeito “daquilo”.

O menino foi recebido como que esperado pelo ancião: - Há dias espero a sua visita, meu filho. Sei que estás pronto e acredito na tua coragem.

O garoto sem nada dizer baixou a cabeça e finalmente disse: - Então, me ensine senhor.

Já depois de passar muito tempo, o jovem se lembrou da hora

de voltar. A noite começava a mostrar seu rosto. O velho senhor deu a ele uma peneira virgem e uma corda nova e falou: - Não vá esquecer a oração.

O “curioso” saiu correndo pela estrada de terra, pois queria chegar em casa antes da noite se fechar de vez.

A mãe do jovem já estava pre-ocupada com sua demora. Quando ele chegou, foi logo tomando banho para jantar. Parecia muito afoito. Logo em seguida deitou em sua rede, pensando nas coisas que aprendera naquele dia com o velho.

Seus olhos vagavam em todas as direções e se fixavam na corda e na peneira.

A noite foi caindo e o rapaz já pegara no sono.

A cidade dorme. Tudo calado. Só o murmúrio da brisa varrendo os telhados. Num instante, o silêncio é quebrado. Os rugidos e grunhidos estão de volta. Desta vez mais forte e mais perto da casa.

O garoto então levanta e fala: - Não se preocupem hoje isso vai acabar. E como um guerreiro, empu-nha a peneira e a corda. Caminha em direção à porta. Faz o sinal da cruz e sai. Quando olhou, lá estava a horren-da criatura com sua expressão de dor e ódio.

A criatura, aos poucos, se apro-xima do moço que firmemente anda em sua direção. Seus pais sem saber o que dizer ou o que fazer, olham

atônitos para aquilo que eles sempre evitavam falar. Imagine olhar! O jovem curioso pára, levanta a mão e faz uma oração que seus pais não conheciam. Os olhos vermelhos da criatura brilham de medo diante da oração. Ela tenta fugir, mas não consegue. O rapaz aproveita e lhe enfia a peneira na ca-beça em seguida, lhe amarra a corda com o nó do contrário. O bicho urrou, esperneou, se contorceu e quando parou já não era mais o bicho. Era uma .... MULHER. Uma velha senhora que morava em uma casa no fundo de um quintal. A mulher quase nunca saia e rara vezes aceitava visitas e, segundo os vizinhos, nas noites de lua cheia ela fazia uns barulhos esquisitos a noite inteira.

Tudo estava explicado, a velha senhora carregava um fado. E agora lhe restava a chance de morrer em paz. Seu fado estava preso pela peneira virgem e pela corda nova.

A velha senhora olhou com carinho para o rapaz curioso dizendo com a voz trêmula: - Obrigada, meu filho. Deus te abençoe e te guarde.

E, assim, a cidade voltou a dor-mir tranqüila ao som da brisa varrendo os telhados. E o jovem curioso dormia com um sorriso de satisfação no rosto.

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北伯で唯一つの本格的日本料理割烹博多

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20 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

reStaurante com diverSão e deScanSo em ambiente natural

marituba / pa - terra do meio, um lugar encantador

Um restaurante em meio à natureza de Marituba (PA) convida as famílias e amigos para descansar e divertir-se. O Restaurante Rural Terra do Meio, ao ar livre, oferece pratos

regionais como filhote no tucupi, vatapá, açaí, maniçoba e outros. Como a maioria das mesas do restaurante está colocada estrategi-camente à margem do rio Uriboquinha, os pais podem saborear as refeições e bebidas enquanto as crianças se divertem nas águas, tomando banho ou passeando na canoa nas águas do rio. Há tam-bém a venda dos licores de frutos regionais como cupuaçu, manga-ba, açaí, bacuri, taperebá, abricó e outros. Tudo produção local.

André Nunes, idealizador do Restaurante, adquiriu o espaço há 43 anos. Na ocasião, o rio estava assoreado, praticamente seco.

“Desde então plantei árvores, açaí e patchouli, e não cortamos uma única árvore e o rio reviveu, como está hoje”, fala o proprietário André que trabalha com a família no empreendimento.

Serviço: Restaurante Rural Terra do MeioRodovia BR-316, Km 10, estrada do Uriboca Velha, nº 3000, Marituba (PA). Site: //terradomeio.com.br

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Tempurá: muito além do JapÃo

22 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

Tempurá é um delicioso prato japonês popular tanto no território japonês quanto no exterior. Consiste em simples rodelas ou fatias de verdura ou tubérculos que se transforma numa saborosa refeição. Podem ser também camarão ou filé de peixe.

O tempurá foi introduzido no Japão pelos portugueses através dos portos de Nagasaki, há 400 anos. Nos primórdios, o tempurá era degustado entre as refeições e vendido em barracas nas ruas. Esse prato co-meçou a fazer parte do menu dos restaurantes japoneses a partir da era Meiji (1868-1912)..

No Japão há duas formas de preparar e degustar o tempurá: à La Tokyo que mergulha o tempurá no molho e usa ovo na massa; e à La Osaka que saboreia o tempurá apenas com o sal e a massa é preparada sem ovo. Os dois são saborosos.

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22 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

Tempurá: muito além do JapÃoTempurá é um delicioso prato japonês popular tanto no território japonês quanto no exterior. Consiste

em simples rodelas ou fatias de verdura ou tubérculos que se transforma numa saborosa refeição. Podem ser também camarão ou filé de peixe.

O tempurá foi introduzido no Japão pelos portugueses através dos portos de Nagasaki, há 400 anos. Nos primórdios, o tempurá era degustado entre as refeições e vendido em barracas nas ruas. Esse prato co-meçou a fazer parte do menu dos restaurantes japoneses a partir da era Meiji (1868-1912)..

No Japão há duas formas de preparar e degustar o tempurá: à La Tokyo que mergulha o tempurá no molho e usa ovo na massa; e à La Osaka que saboreia o tempurá apenas com o sal e a massa é preparada sem ovo. Os dois são saborosos.

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Tempurá de legumesIngredientes:

- 1 xícara (chá) de cenoura ralada;- 1 xícara (chá) de cebola fatiada;- 1 xícara (chá) de cebolinha picada;- 2 xícaras (chá) de repolho picada; - 500 g de camarão médio limpo (podem de ser com a casca e sem cabeça);Massa:- 2 xícaras (chá) de água gelada;- 1 xícara (chá) de farinha de trigo;- 1 colher (sobremesa) de sal;- 1 ovo.4 xícaras de óleo para fritar.Molho (caso não tenha o tentsuyu, o molho pronto):- 1 colher (chá) de hondashi;- 1/2 xícara (chá) de shoyu;- 1 xícara (café) de saquê mirim;- 1/4 xícara (chá) de nabo ralado.Ferva a água e acrescente o hondashi. Deixe cozinhar por 2 minutos em fogo baixo. Adicione o shoyu e o saquê e deixe até levantar fervura. Retire do fogo e reserve, sirva com o nabo em uma tigelinha.Modo de preparo:1) Mexa bem o ovo, acrescente a água e misture;2) Acrescente aos poucos a farinha de trigo, sempre mexendo;3) Acrescente os legumes e o camarão;4) Numa frigideira, aqueça o óleo;5) Coloque em pequenas proporções a mistura;6) Deixe dourar de um lado e vire do outro;7) Deixe escorrer em papel;8) Prepare o molho e sirva quente.

Dica: Todos os ingredientes devem estar gelados, pois em temperatura ambiente a massa pode reter a gordura e ficar pesada.

Bom apetite!

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24 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

Undokai – Gincana japonesa para família inteira

Além do festival de verão (matsuri), comemoração do Ano Novo, pratos japoneses como sushi e o tempurá, esportes como karatê e sumo, os imigrantes japoneses trouxeram o undokai nas suas malas. Na prática, Undokai (運動会) é uma espécie de gincana esportiva familiar com as atividades como cabo de guerra, corridas de obstáculos, revezamento e diversas outras brincadeiras, em

que toda a família participa, pois há as corridas de 100m, 200m e 500m, por exemplo, conforme idades e sexo. O principal objetivo do Undokai é a confraternização, que no Japão faz parte do calendário escolar e é realizada no outono.

Fora do Japão, em geral, o UNDOKAI é promovido pelas comunidades nipônicas, e no Pará, através das entidades como Associa-ções Nipo-Brasileiras, de Acará, Castanhal, Santa Izabel, Tomé-Açu e Amazon Country Club (ACC) . Os prêmios dependem da entidade que promove, variando desde cadernos e canetas a balde e carrinho de mão. O importante é participar. Algumas famílias levam suas cestas para almoçar no local, em forma de piquenique. Os jovens sempre têm participação ativa no undokai quando são convocados, pois é uma gincana em que todos ajudam e participam das brincadeiras.

Em outubro, a ACC realizou o seu tradicional undokai e no mês de dezembro foi a vez da Associação Nipo-Brasileira de Castanhal, nesse último, o cônsul do Japão, Shinji Sakano e o prefeito municipal de Castanhal, Hélio Leite, prestigiaram o animado evento.

Prefeito de Castanhal/Pa - Hélio Leite, Publicitário Advilson Ribeiro e o Cônsul Shinji Sakano, prestigiando o Undokai

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PERAÍ

o paraenSe Walcyr monteiro lança “contoS de natal”Em dezembro do ano passado mais uma obra literária

sobre a Amazônia foi lançada em Belém (PA). Trata-se do livro Contos de Natal, de Walcyr Monteiro. O livro Contos de Natal aborda, como o nome indica, cinco histórias que se desenvolvem em dezembro, tendo o Natal de Jesus Cristo como tema central, nas mais diversas situações. São eles:

“Presente de Natal”, “Loteria de Natal”, “Natal no Quartel”, “Natal do Ribeirinho” e “Cesta de Natal”. Quatro artistas da terra contribuíram com seu talento no livro de Walcyr, com ilustrações: Rosa Kamada, Ruma, João Bento e Biratan. De acordo com o escritor paraense Walcyr Monteiro, o livro foi inspirado nos encantos e mistérios do natal. “Os ilustradores são todos renomados e premiados artistas paraenses e que já ilustraram trabalhos de minha autoria e de outros escri-tores, além de seus próprios trabalhos. É uma honra estar acompanhado destes conterrâneos”, conta o escritor.

O conto “Presente de Natal” narra sobre um espí-rito que entrega o presente de Papai Noel para sua filha.

“Loteria de Natal” fala sobre um homem que planeja dar os melhores presentes quando ganhar o primeiro prêmio da Loteria Federal de Natal. A seguir, “Natal no Quartel” mostra o Natal em uma caserna, vivida por militares de diversas hierarquias e personalidades, em situações conflitantes.

Em “Natal do Ribeirinho” fala da esperança de uma criança, moradora de uma das ilhas próximas de Belém, de ganhar um presente de Papai Noel, personagem que viu pela televisão do vizinho. Finalmente, em “Cesta de Na-tal”, mostra a violência urbana em Belém em plena noite de Natal! Porém, a história tem um desfecho totalmente inesperado.

Walcyr, Rosa e Ruma, no lançamento do “Contos de Natal” no shopping Pátio Belém.

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RECONSTRUINDO PARA UMFUTURO MELHOR

JAPÃO:

O Japão é hoje a terceira maior economia do mundo, alcançando 0,52% de crescimento médio do PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 6,12 trilhões, antes de fechar 2011. É conhecida por sua competitividade no comércio internacional. O país tem mantido

sua classificação na lista de cinco países mais ricos desde 1960, apesar da recente experiên-cia com o terremoto e tsunami que destruíram a vida de milhares de pessoas e propriedades. Mesmo assim, está atrás apenas da China e dos EUA.

Fotos: Kazuma Yamane

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26 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

RECONSTRUINDO PARA UMFUTURO MELHOR

JAPÃO:

O Japão é hoje a terceira maior economia do mundo, alcançando 0,52% de crescimento médio do PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 6,12 trilhões, antes de fechar 2011. É conhecida por sua competitividade no comércio internacional. O país tem mantido

sua classificação na lista de cinco países mais ricos desde 1960, apesar da recente experiên-cia com o terremoto e tsunami que destruíram a vida de milhares de pessoas e propriedades. Mesmo assim, está atrás apenas da China e dos EUA.

Fotos: Kazuma Yamane

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As principais atividades econômicas do Japão circulam entre as ilhas de Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kyushu. Para encurtar a distância entre as ilhas, a engenharia japonesa construiu dois túneis e uma ponte entre Honshu e Kyushu. Um imenso túnel, com 54 km de extensão, liga Honshu e Hokkaido.

Cerca de 80% do território japonês apresenta relevo montanhoso. As montanhas do arquipélago japonês exibem uma vasta vegetação, o que permitiu uma intensa utilização da madeira, inclusive para a construção de embarcações.

Os terremotos que têm atingido o Japão

já estão entre os piores da história. Os tremores

e o tsunami que atingiram a costa nordeste japo-

nesa arra¬stou tudo que encontrava pela frente

e ocasionou o acidente com material radioativo.

Apesar de todas essas catástrofes, o povo japonês

acredita sempre no futuro. Diante do mundo que se

preocupa com o futuro da nação asiática, as vítimas

da tragédia continuam lutando na reconstrução,

sem entrar em estado de desespero. Que o povo

japonês é contido, todos sabem. A cultura oriental

é dife¬renciada com a ocidental. A aceita¬ção

que os japoneses têm diante dos acontecimentos

da vida tem uma forte relação com a educação e a

religião japonesa.

O povo japonês sempre teve uma história

difícil, marcadas pela emigração forçada e aciden-

tes atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Mesmo

so¬frendo constantemente com os terremotos, é

raro verificar orientais reclamando ou se lamentando

da sorte. Até mesmo nos momentos mais desespe-

radores como o de 11 de março, a situação não foi

diferente.

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28 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

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28 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br 29

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30 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

Terremoto/tsunami: A rápida reconstrução do Japão

As lições da perseverança e força da união dos japonesesEm 11 de março de 2011, às 14h47, o Japão vivenciou

o início de uma grande tragédia com o terremoto de magnitude 9,0 na escala Richter seguido do tsunami - onda gigante que alcançou cerca de 40m de altura-, atingindo a região da costa nordeste do Japão. Não foi apenas um tremor, mas seguido de vários, com mais de 680 tremores que variaram entre as magni-tudes 5,0 e 7,0. A tragédia ceifou aproximadamente 20 mil vidas.

Logo após o desastre, populações do mundo inteiro, 163 países e regiões, assim como 43 organizações internacionais ofereceram assistência à população japonesa. O povo nipo-brasi-leiro também não mediu esforços. Diversas entidades e pessoas se mobilizaram enviando doações em dinheiro para ajudar as pessoas atingidas pelo terremoto.

Como o território do país japonês está sujeito a cons-tantes desastres naturais como tufões, erupções vulcânicas e terremotos em todo o país, os japoneses trabalham arduamente para minimizar os danos dessas ocorrências. Desde as empre-sas e escolas, órgãos públicos, até as agremiações menores, enfim todos os segmentos sociais efetuam várias simulações durante o ano interio, preparando a população como agir e se salvar desses desastres.

O país usa tecnologia de ponta para desenvolver estru-turas resistentes a terremotos e para acompanhar o progresso de tempestades com maior precisão. Por exemplo, desde 2009, todos os vagões do Tohoku Shinkansen (trem-bala da região nor-deste) possuem instalados os sistemas de alerta antecipado de terremotos. Cerca de 11 segundos antes dos primeiros tremores, o Sismógrafo da Peninsula de Oshika, província de Miyagi, de-tectou a situação padrão para parar o trem e em dois segundos, o sistema cortou automaticamente a eletricidade ativando o freio, e assim todos os 27 trens pararam sem descarrilhamento naquele trágico dia 11 de março.

Fotos: Kazuma Yamane

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30 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

Terremoto/tsunami: A rápida reconstrução do Japão

As lições da perseverança e força da união dos japonesesEm 11 de março de 2011, às 14h47, o Japão vivenciou

o início de uma grande tragédia com o terremoto de magnitude 9,0 na escala Richter seguido do tsunami - onda gigante que alcançou cerca de 40m de altura-, atingindo a região da costa nordeste do Japão. Não foi apenas um tremor, mas seguido de vários, com mais de 680 tremores que variaram entre as magni-tudes 5,0 e 7,0. A tragédia ceifou aproximadamente 20 mil vidas.

Logo após o desastre, populações do mundo inteiro, 163 países e regiões, assim como 43 organizações internacionais ofereceram assistência à população japonesa. O povo nipo-brasi-leiro também não mediu esforços. Diversas entidades e pessoas se mobilizaram enviando doações em dinheiro para ajudar as pessoas atingidas pelo terremoto.

Como o território do país japonês está sujeito a cons-tantes desastres naturais como tufões, erupções vulcânicas e terremotos em todo o país, os japoneses trabalham arduamente para minimizar os danos dessas ocorrências. Desde as empre-sas e escolas, órgãos públicos, até as agremiações menores, enfim todos os segmentos sociais efetuam várias simulações durante o ano interio, preparando a população como agir e se salvar desses desastres.

O país usa tecnologia de ponta para desenvolver estru-turas resistentes a terremotos e para acompanhar o progresso de tempestades com maior precisão. Por exemplo, desde 2009, todos os vagões do Tohoku Shinkansen (trem-bala da região nor-deste) possuem instalados os sistemas de alerta antecipado de terremotos. Cerca de 11 segundos antes dos primeiros tremores, o Sismógrafo da Peninsula de Oshika, província de Miyagi, de-tectou a situação padrão para parar o trem e em dois segundos, o sistema cortou automaticamente a eletricidade ativando o freio, e assim todos os 27 trens pararam sem descarrilhamento naquele trágico dia 11 de março.

Fotos: Kazuma Yamane

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Naquele trágico dia, os nipo-brasileiros também se encontravam na região da costa nordeste japonesa, alguns como turistas, outros como bolsista do Governo do Japão e dekassegui (termo japonês que significa trabalhadores temporários em local diferente do seu domicílio). Algumas dessas pessoas já haviam passado por essa experiência em outras ocasiões, em proporção menor, e outros pessoas não. Entre elas, Laís Ribeiro Yamaguchi, natural do Pará, estava trabalhando em uma fábrica da cidade de Kandatsu, província de Ibaragi e já havia experimentado o terremoto. “Eu tinha acabado de bater o ponto de início do trabalho e veio aquele tremor. Primei-ro, pensei que fosse mais um tremor e até falei às pessoas ao redor que estava tranqüilo, que logo passaria, pois era mais um terremoto. Mas logo houve a queda de energia e as impressoras e os objetos começaram a cair de cima da mesa, dos armários e das prateleiras. Não, não era mais um simples terremoto. Era um bem grande que eu nunca havia experimentado. Depois, no noticiário da TV é que ficamos sabendo da grandeza do terremoto”, exclama Laís que morou seis anos no Japão.

Após essa tragédia, muitos nikkeis retornaram às terras brasileiras como fez a Laís, que desde o ano passado, trabalha e estuda em Belém (PA). Diversas são as razões. Algumas concordam com a Laís: “Voltei porque não sentia mais segurança, pois após o grande tremor, mais tremores aconteciam naquela época. Foi horrível. Só de lembrar fico triste”.

Após a tragédia, a população da região atingida junto com os órgãos gover-namentais e ONGs nacionais e internacionais, começou a trabalhar na sua reconstru-ção. “As mudanças foram muito rápidas. Fiquei surpreso como a união faz a força”, relata Luiz Yamaguchi Junior, irmão da Laís que retornou ao Brasil em dezembro do ano passado, quando muitas paisagens haviam sido restabelecidas.

A cidade de Sendai na província de Miyagi

Laís Yamaguchi, seis anos no Japão

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32 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

Entre as infraestruturas que marcaram a rápida restauração, está a Via Expressa de Tohoku, onde 347 km de seus 675 km foram danificados no terremoto de 11 de março, mas foram liberadas em 24 de março, já restaura-dos. Outro exemplo foi o aeroporto de Sendai, onde toda a pista de pouso foi restaurada e reaberta no dia 29 do mesmo mês.

Um assunto que merece destaque também é o acidente da Usina Nuclear de Fukushima Dai-ichi. Hoje, há um controle rigoroso do nível de radioatividade ambiental tanto na água subterrânea quanto na água do mar, solo e atmosfera, além de acompanhamento e tratamento médico à população atingida, descontaminação e monitoramento do nível de radiação dentro e fora da usina, entre outros. Também fazem parte dessa medida, as instruções para o manuseio e restrições provisórias de determinados alimentos.

O grande terremoto e tsunami que assolou o JapãoTradução da reportagem do escritor do Japão, Kazuma Yamane, publicado na edição nº03 da Revista Amazônia Típica

Fotos: Kazuma Yamane

Dia 11 de março de 2011, o Japão foi assolado por um terremoto gigante de Magnitude nove graus. A escala do último terremo-to foi de uma dimensão que aconteceu apenas por duas ou três vezes no mundo, até hoje.Com o terremoto, a superfície do fundo do mar elevou-se na extensão de 400 a 500 km, originando um gigantesco tsunami

(onda gigante). A maior onda foi registrada na cidade de Miyako, província de Iwate, que alcançou 40,5m de altura. As cidades e vilas pesqueiras situadas nas costas do Oceano Pacífico das províncias de Iwate, Miyagi, Fukushima, Ibaragi, até Chiba, ao longo de 500 km da costa na direção norte-sul, sofreram danos gigantescos. O número de mortos e desaparecidos foi de aproximadamente 21 mil. Ninguém imaginava que um terremoto gigante que pode acontecer a cada mil anos, ocorreria na era em que vivemos.

É dito que a sua força equivale a 1/1.000.000 da força da bomba atômica de Hiroshima. Devido a isso, a rotação da terra tornou-se um pouco mais veloz. Com essa tragédia, os pais do meu funcionário também faleceram, com sua casa carregada pelo tsunami, na cidade de Yamamoto, província de Miyagi. No dia seguinte ao terremoto, mais de mil cadáveres apareceram nas praias. A costa nordeste japonesa parecia um inferno.

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32 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

Entre as infraestruturas que marcaram a rápida restauração, está a Via Expressa de Tohoku, onde 347 km de seus 675 km foram danificados no terremoto de 11 de março, mas foram liberadas em 24 de março, já restaura-dos. Outro exemplo foi o aeroporto de Sendai, onde toda a pista de pouso foi restaurada e reaberta no dia 29 do mesmo mês.

Um assunto que merece destaque também é o acidente da Usina Nuclear de Fukushima Dai-ichi. Hoje, há um controle rigoroso do nível de radioatividade ambiental tanto na água subterrânea quanto na água do mar, solo e atmosfera, além de acompanhamento e tratamento médico à população atingida, descontaminação e monitoramento do nível de radiação dentro e fora da usina, entre outros. Também fazem parte dessa medida, as instruções para o manuseio e restrições provisórias de determinados alimentos.

O grande terremoto e tsunami que assolou o JapãoTradução da reportagem do escritor do Japão, Kazuma Yamane, publicado na edição nº03 da Revista Amazônia Típica

Fotos: Kazuma Yamane

Dia 11 de março de 2011, o Japão foi assolado por um terremoto gigante de Magnitude nove graus. A escala do último terremo-to foi de uma dimensão que aconteceu apenas por duas ou três vezes no mundo, até hoje.Com o terremoto, a superfície do fundo do mar elevou-se na extensão de 400 a 500 km, originando um gigantesco tsunami

(onda gigante). A maior onda foi registrada na cidade de Miyako, província de Iwate, que alcançou 40,5m de altura. As cidades e vilas pesqueiras situadas nas costas do Oceano Pacífico das províncias de Iwate, Miyagi, Fukushima, Ibaragi, até Chiba, ao longo de 500 km da costa na direção norte-sul, sofreram danos gigantescos. O número de mortos e desaparecidos foi de aproximadamente 21 mil. Ninguém imaginava que um terremoto gigante que pode acontecer a cada mil anos, ocorreria na era em que vivemos.

É dito que a sua força equivale a 1/1.000.000 da força da bomba atômica de Hiroshima. Devido a isso, a rotação da terra tornou-se um pouco mais veloz. Com essa tragédia, os pais do meu funcionário também faleceram, com sua casa carregada pelo tsunami, na cidade de Yamamoto, província de Miyagi. No dia seguinte ao terremoto, mais de mil cadáveres apareceram nas praias. A costa nordeste japonesa parecia um inferno.

Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br 33

No Japão a cremação de cadáver é comum. Entretanto, após essa catástrofe, os crematórios da cidade de Ishimaki, província de Miyagi, não conseguiram cremar as mais de três mil vítimas, assim, covas compridas foram abertas na praça da cidade onde essas pes-soas foram enterradas uma ao lado da outra. Diante dessa imagem, as minhas lágrimas não paravam.

O terremoto e o tsunami ocasionaram um acidente nuclear na Usina Nuclear de Fukushima Dai-ichi, proporcional ao acidente nuclear de Chernobyl, e todos pensaram que seria o fim do mundo.

Num esforço de vida ou morte, milhares de pessoas traba-lharam no resfriamento das turbinas da Usina Nuclear de Fukushima e conseguiram conter a propagação do material radioativo. Eu fui até próximo da origem desse material químico com o medidor de nível de radioatividade. Mas ninguém imaginou que uma situação como essa poderia aconteceria no Japão. A população da província de Fukushi-ma ainda vive dias de preocupação.

Desde a catástrofe, eu tenho visitado cerca de 50 locais que foram assolados por terremoto, Após os terremotos de Hanshin e Awaji, no Japão, eu reportei sobre a maioria dos abalos sísmicos e erupções vulcânicas, mas a devastação causada pela última tragédia foi tão grande que não tive palavras para descrever.

Os noticiários começaram a divulgar sobre o acidente na Usina Nuclear e as notícias relacionadas ao terremoto e o tsunami foram diminuindo. Entretanto, muitas das vítimas que perderam os familiares, casa e trabalho, continuam vivendo com dificuldades nos abrigos para refugiados.

Como cidadão japonês, não pude ficar parado, sem fazer nada. E assim, desde abril iniciei as atividades de apoio às vitimas juntos com os médicos e arquitetos.

Conheci os moradores das vilas pesqueiras que foram vitimadas pelo tsunami e entregamos diversos objetos de assis-tência. Agora, estamos trabalhando para construir uma casa de sonho para as crianças dessas vilas.

Já se passaram quatro meses desde o grande terremoto, mas ainda hoje ocorrem tremores em Tokyo. Nessas ocasiões, sempre me vem uma lembrança: são as palavras de um japonês que emigrou para a Amazônia. “Na Amazônia não há tufões, nem

neves fortes nem terremoto como no Japão. É um bom lugar!”

Neste ano (2011), serão realizadas as comemorações do 80º Aniversário do Kotaku-sei (imigrantes formados por concluintes da Escola Superior de Agronomia e Colonização) e eu estava tentando viajar para Belém (PA), em outubro. Infelizmente, não poderei viajar para Amazônia, pois não é possível interromper o apoio às vítimas do grande terremoto e tsunami.

Na Amazônia, há muitos conterrâneos da região nordeste do Japão e por isso, deve haver também famílias que perderam seus parentes nessa tragédia.

Peço a todos que orem pela paz das vítimas e solicito o apoio, mesmo simbólico, às vítimas dessa grande catástrofe natural.

Kazuma YamaneEscritor e Professor do departamento de economia da Universidade de [email protected]

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34 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

carnaval de cametá: uma grande bombarqueira!“Coração do baixo Tocantins viemos aqui brincar, nós te pedimos licença cidade de Cametá/é uma cidade brilhante terra de grande varão/sua tradição é um encanto...”

(marchinha de carnaval cantada por Pinduca)

A cultura cametaense é uma das mais ricas e diversificadas da Amazônia brasileira sendo a cidade de Cametá considerada um dos mais ricos centros culturais da região, conservando não apenas um rico acervo de obras arquitetônicas, religiosas, mas é berço das mais típicas manifestações culturais populares, quer na culinária, na música, na dança e em praticamente todas as artes.

Cametá tem seus expoentes, suas caracte-rísticas próprias fruto da criatividade popular ma-nifestada pelas tradições, ritmos e danças como o Samba de cacete (o Síria), o Carimbó, o Bagüê, suas festas e principalmente pelo seu Carnaval que é considerado um dos melhores da Amazônia, pois é genuíno, diferente de qualquer outro, pois mantêm seu aspecto popular reunindo em um único evento inúmeras atrações local, regional e nacional através dos blocos culturais, blocos de abadás, fofós , escolas de samba e tantos outros.

CAMETÁ - O MELHOR CARNAVAL DO PARÁ

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34 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

carnaval de cametá: uma grande bombarqueira!“Coração do baixo Tocantins viemos aqui brincar, nós te pedimos licença cidade de Cametá/é uma cidade brilhante terra de grande varão/sua tradição é um encanto...”

(marchinha de carnaval cantada por Pinduca)

A cultura cametaense é uma das mais ricas e diversificadas da Amazônia brasileira sendo a cidade de Cametá considerada um dos mais ricos centros culturais da região, conservando não apenas um rico acervo de obras arquitetônicas, religiosas, mas é berço das mais típicas manifestações culturais populares, quer na culinária, na música, na dança e em praticamente todas as artes.

Cametá tem seus expoentes, suas caracte-rísticas próprias fruto da criatividade popular ma-nifestada pelas tradições, ritmos e danças como o Samba de cacete (o Síria), o Carimbó, o Bagüê, suas festas e principalmente pelo seu Carnaval que é considerado um dos melhores da Amazônia, pois é genuíno, diferente de qualquer outro, pois mantêm seu aspecto popular reunindo em um único evento inúmeras atrações local, regional e nacional através dos blocos culturais, blocos de abadás, fofós , escolas de samba e tantos outros.

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carnaval de cametá: uma grande bombarqueira!A folia carnavalesca ca-

metaense começa antes dos dias oficiais do carnaval. Já no mês de dezembro com as comemorações do aniversário da cidade os foliões já se agitam com as denominadas domingueiras, que levam milhares de pessoas pelas ruas da cidade, a maioria fantasiada ou suja de maisena ao som das marchinhas e bombarqueiras até a Praça da Cultura todo final de semana.

Os blocos Culturais já são tradição na folia cametaense, vem do interior do município e são os mais antigos, como “os Linguarudos” da localidade de Santana, que tem mais de cem anos de existência, “Os Faladores”, o bloco “rei da brincadeira” de Pacovatuba , a

“Bicharada do Juaba”, “Os Atentados na Folia” e outros. Eles são os “entrudos” do carnaval e anunciam a chegada das festas de Momo na sexta-feira desfilando sua alegria nas águas do Rio Tocantins fazendo o “Carnaval das Águas”.

As Escolas de Samba são outra característica desse carnaval e enri-quecem com sua arte, cor, brilho, luxo fantasia e alegria a Praça da Cultura, atual palco das grandes manifestações da festa cametaense, inúmeros fofós que se fazem presentes aos domingos que antecedem a folia oficial e na segunda e terça-feira “gorda”, saem pelas ruas da cidade espalhando alegria e contagiando as pessoas com sua irreverência quer visualizadas em suas fantasias ou versadas nas músicas compostas para o desfile daquele bloco.

Ao falar dos blocos de arrastão e Fofós ( ver boxe) é interessante expressar os nomes e tipos inusitados de cada um como, “Fofó da Mala”,

“Fofó do Cabeção”, “Fofó dos Carudos” “Fofó das Virgens”, “ As Perigosas Peruas”, “Saddam Husseim” , “Bill Clinton”, “Chifrudos”, “Minotauro”, “Ca-noas”, “Mapará e Cia”, “Aplika”, “Kamisa de Vênus”, “ Já me Vú”, “Caru-dos”, “Pretinho”, “Goelas”, “Couro de Rato”, “Los Panemas”, “Siri-melado”,

“ Barata Obama”, “Ressacão”, cordões de mascarados que são organizados em concentrações nos clubes da cidade e desfilam na avenida mostrando descontração, e são formados ao longo do ano e durante o período do carnaval.

CAMETÁ - O MELHOR CARNAVAL DO PARÁ

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36 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

Outro destaque da quadra carnavalesca cametaense são os blocos religiosos como bloco Shalom e bloco Renovai-vos, chamamos a atenção para os blocos formados pelas escolas da rede municipal e estadual de ensino que durante o pe-ríodo momesco preparam os alunos para desfilar na avenida do samba com muito entusiasmo e animação mostrando o quanto o município in-tegra todas as esferas da sociedade para viverem esse momento impar.

Na tradição do povo cameta-ense estão ainda os bailes tradi-cionais: “Rei Momo”, “Rainha das Rainhas”, “Rainha Gay” e os “Bailes a Fantasia” que possui um caráter

especial porque é uma forma de resgatar a tradição da

Sadam Hussein “ Sai da frente minha gente não tem quem me aguente eu sou cara de mau...” (Aberto Mocbel) ou a música de 2012 que revela: “ Lá no buraco quem estava era o clone o Sadam não morre nunca é invencível e não morreu...(Elias e Gerson), entre outras.

CAMETÁ - O MELHOR CARNAVAL DO PARÁ

fantasia, da máscara e principalmente da participação das ias no carnaval.

Na base do Carnaval cametaen-se está a música que anima e embala o folião que vai desde as marchinhas passando pelos frevos, galopes, samba até a bombarqueira (ver boxe). Músicas alegres com letras alusivas aos temas de cada bloco, outras compostas para o enredo das escolas de samba, e as marchinhas conhecidas através dos antigos festivais e que até hoje são hits que não podem ficar de fora da folia como: “ Madame jararaca, madame cascavel na rua é uma santi-nha, em casa manda mulher passa pra trás...” (Alberto Mocbel); “ Sinceridade não existe mais vira-se as costas e a mulher passa pra trás...”(Aberaiovildo);

“Açaí é pão do pobre é ou não é manda o rico dá no pé...” (Alberto Mocbel), atualmente outras músicas também marcam a festa cametaense como a dos blocos

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36 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

Outro destaque da quadra carnavalesca cametaense são os blocos religiosos como bloco Shalom e bloco Renovai-vos, chamamos a atenção para os blocos formados pelas escolas da rede municipal e estadual de ensino que durante o pe-ríodo momesco preparam os alunos para desfilar na avenida do samba com muito entusiasmo e animação mostrando o quanto o município in-tegra todas as esferas da sociedade para viverem esse momento impar.

Na tradição do povo cameta-ense estão ainda os bailes tradi-cionais: “Rei Momo”, “Rainha das Rainhas”, “Rainha Gay” e os “Bailes a Fantasia” que possui um caráter

especial porque é uma forma de resgatar a tradição da

Sadam Hussein “ Sai da frente minha gente não tem quem me aguente eu sou cara de mau...” (Aberto Mocbel) ou a música de 2012 que revela: “ Lá no buraco quem estava era o clone o Sadam não morre nunca é invencível e não morreu...(Elias e Gerson), entre outras.

CAMETÁ - O MELHOR CARNAVAL DO PARÁ

fantasia, da máscara e principalmente da participação das ias no carnaval.

Na base do Carnaval cametaen-se está a música que anima e embala o folião que vai desde as marchinhas passando pelos frevos, galopes, samba até a bombarqueira (ver boxe). Músicas alegres com letras alusivas aos temas de cada bloco, outras compostas para o enredo das escolas de samba, e as marchinhas conhecidas através dos antigos festivais e que até hoje são hits que não podem ficar de fora da folia como: “ Madame jararaca, madame cascavel na rua é uma santi-nha, em casa manda mulher passa pra trás...” (Alberto Mocbel); “ Sinceridade não existe mais vira-se as costas e a mulher passa pra trás...”(Aberaiovildo);

“Açaí é pão do pobre é ou não é manda o rico dá no pé...” (Alberto Mocbel), atualmente outras músicas também marcam a festa cametaense como a dos blocos

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É importante ressaltar, que o Carnaval de Cametá não acontece apenas na sede do município, mas em várias localidades que compõe o município como Vila de Areião, Vila de Carapajó, Santana, Mutuacá, Pacovatuba, Ilha Grande, Juaba, Laranjal, Jacarecaia, São Joaquim que com muita arte conseguem expressar toda criativi-dade de um povo.

Waldoli Valente Prefeito de Cametá, Rei Momo e Primeira dama Dra. Wanda Valente

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38 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

SERVIÇO:Prefeitura MuniciPal de caMetá

endereço: Avenida Gentil Bittencourt, nº 01Bairro: Centro. / CEP: 68400-000. Cametá (PA)Site://www.caMeta.Pa.gov.br diStância: 150km em linha reta de Belém-Pará

CAMETÁ - O MELHOR CARNAVAL DO PARÁ

Benedito Pompeu Vice-Prefeito e a Rainha do Carnaval de Cametá

BOXE 1FOFÓ, termo de uso exclusivo do vocabulário do carnaval cametaense, é atribuído aos blocos de sujos de amido de milho (maisena) que desfilam pelas ruas da cidade no período que antecedem o carnaval de segunda a domingo acompanhados por bandinhas de fanfarra com repertório musical local.

Dmitryus Pompeu BragaSecretario de Cultura ,turismo e desporto

É assim, que o carnaval de Cametá se apresenta. Uma grande festa que envolve todo o município, sintetizando em sete dias as prin-cipais manifestações carnavalescas do Brasil, sendo capaz de agradar desde aqueles que buscam a animação das marchinhas do car-naval tradicional aos modernos trios elétricos embalados pelas músicas próprias compostas para os blocos. Tudo isso sem deixar de lado toda a tradição das manifestações culturais lo-cais que há décadas fazem do carnaval um dos mais animados do estado atraindo foliões do Brasil inteiro que buscam conhecer e participar deste verdadeiro caldeirão cultural que repre-senta com perfeição e alegria a diversidade cultural brasileira daí CAMETÁ CAPITAL CUL-TURAL DO CARNAVAL

TEXTOS : dmitryuS pompeu braga, Secretário de cultura, turiSmo e deSporto; pedagogo, peSquiSador da cultura regional

Sílvia letícia carvalho alveS, arte-educadora, eSpecialiSta em eStudoS culturaiS amazÔnicoS,técnica da Secretaria de cultura, turiSmo e deSporto;

BOXE 2Bombarqueira , significa boa barca, participar de uma barca legal, bacana participar da alegria, “anarquia”, fazendo proezas (que é fundamental na bombarqueira) se utilizando de músicas do Banguê adaptadas ao carnaval, dando origem com isso ao novo estilo musical que recebeu o nome de bombarqueira.

“Vem pra bombarqueira, vem pra magirona, meu castelo olerê...”

(Mestre Penafort, Jocel e Zé Elias)“Vamo simbora minha gente já é hora meu amor, vamo simbora a bombarqueira começou”(Dmityus Pompeu Braga)

O maispremiado do

Colégio Pará

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SERVIÇO:Prefeitura MuniciPal de caMetá

endereço: Avenida Gentil Bittencourt, nº 01Bairro: Centro. / CEP: 68400-000. Cametá (PA)Site://www.caMeta.Pa.gov.br diStância: 150km em linha reta de Belém-Pará

CAMETÁ - O MELHOR CARNAVAL DO PARÁ

Benedito Pompeu Vice-Prefeito e a Rainha do Carnaval de Cametá

BOXE 1FOFÓ, termo de uso exclusivo do vocabulário do carnaval cametaense, é atribuído aos blocos de sujos de amido de milho (maisena) que desfilam pelas ruas da cidade no período que antecedem o carnaval de segunda a domingo acompanhados por bandinhas de fanfarra com repertório musical local.

Dmitryus Pompeu BragaSecretario de Cultura ,turismo e desporto

É assim, que o carnaval de Cametá se apresenta. Uma grande festa que envolve todo o município, sintetizando em sete dias as prin-cipais manifestações carnavalescas do Brasil, sendo capaz de agradar desde aqueles que buscam a animação das marchinhas do car-naval tradicional aos modernos trios elétricos embalados pelas músicas próprias compostas para os blocos. Tudo isso sem deixar de lado toda a tradição das manifestações culturais lo-cais que há décadas fazem do carnaval um dos mais animados do estado atraindo foliões do Brasil inteiro que buscam conhecer e participar deste verdadeiro caldeirão cultural que repre-senta com perfeição e alegria a diversidade cultural brasileira daí CAMETÁ CAPITAL CUL-TURAL DO CARNAVAL

TEXTOS : dmitryuS pompeu braga, Secretário de cultura, turiSmo e deSporto; pedagogo, peSquiSador da cultura regional

Sílvia letícia carvalho alveS, arte-educadora, eSpecialiSta em eStudoS culturaiS amazÔnicoS,técnica da Secretaria de cultura, turiSmo e deSporto;

BOXE 2Bombarqueira , significa boa barca, participar de uma barca legal, bacana participar da alegria, “anarquia”, fazendo proezas (que é fundamental na bombarqueira) se utilizando de músicas do Banguê adaptadas ao carnaval, dando origem com isso ao novo estilo musical que recebeu o nome de bombarqueira.

“Vem pra bombarqueira, vem pra magirona, meu castelo olerê...”

(Mestre Penafort, Jocel e Zé Elias)“Vamo simbora minha gente já é hora meu amor, vamo simbora a bombarqueira começou”(Dmityus Pompeu Braga)

O maispremiado do

Colégio Pará

Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br 39

O maispremiado do

Colégio Pará

PRATO PREMIADO NOSABOR BRASIL 2009

www.bonnsaysushi.comRod. Augusto Montenegro, 5955, Q. 2 Lt. 5, 1º andar

E-mail: [email protected] DE SEGUNDA A SÁBADO, DAS 18h ÀS 23h30

Belém/PaDELIVERY: (91) 3248-0260

Inov

ar

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40 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

GURUPÁ: MUNICÍPIO MARAJOARA RECEBE PRÊMIO INTERNACIONAL E NACIONALProjeto por melhoria de vida para população gurupaenseFoto: Blog DIÁRIO PEDROSA

Prefeitos do Marajó reunidos com o Ministro da Saúde Alexandre Padilha - Sta Cruz do Arari, Soure, S. Sebastião da B. Vista, GURUPÁ - MOACIR ALHO e Ponta de Pedra

A Ilha do Marajó é a maior ilha fluviomarinha do mundo, formada por 16 municípios com diversidade natural rica, assim como belas praias. A cidade mais antiga do Marajó, Gurupá, com 388 anos, recebeu prêmios nacional

e internacional. O gestor municipal Manoel Moacir Gonçalves Alho foi escolhido como um dos 50 melhores prefeitos do Brasil e agraciado com o prêmio “Medalha Cidade de Zurique”, na Suíça, em novembro do ano passado. Na ocasião, foram pesquisados os 1000 municípios que vem sobressaindo no Brasil nas áreas de educação, saúde e infraestrutura. E, Gurupá foi classificado com melhores notas na análise em gestão pública municipal, com enfoque nas ações com resultado e qualidade total nos serviços municipais.

Além desse prêmio, o prefeito Moacir recebeu também o Diploma de Destaque Nacional em Gestão Pública Municipal, no Rio de Janeiro, em 09 de dezembro de 2011. Em todo Brasil, 50 prefeitos foram premiados a partir da seleção efetuada pela comissão criada pelo Instituto Ambiental Biosfera. Foram classificados os que mais se destacaram no cenário socioeconômico, em âmbito local, regional ou nacional pela melhoria de qualidade de vida da população.

O Instituto Biosfera é um instituto que promove a educação ambiental, ecoturismo e a promoção de valores culturais em todas as comunidades. Foi cria-do no Rio de Janeiro em dezembro de 1989. Hoje a entidade é reconhecida como uma das mais tradicionais dentre as organizações não-governamentais brasileiras

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40 Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br

GURUPÁ: MUNICÍPIO MARAJOARA RECEBE PRÊMIO INTERNACIONAL E NACIONALProjeto por melhoria de vida para população gurupaenseFoto: Blog DIÁRIO PEDROSA

Prefeitos do Marajó reunidos com o Ministro da Saúde Alexandre Padilha - Sta Cruz do Arari, Soure, S. Sebastião da B. Vista, GURUPÁ - MOACIR ALHO e Ponta de Pedra

A Ilha do Marajó é a maior ilha fluviomarinha do mundo, formada por 16 municípios com diversidade natural rica, assim como belas praias. A cidade mais antiga do Marajó, Gurupá, com 388 anos, recebeu prêmios nacional

e internacional. O gestor municipal Manoel Moacir Gonçalves Alho foi escolhido como um dos 50 melhores prefeitos do Brasil e agraciado com o prêmio “Medalha Cidade de Zurique”, na Suíça, em novembro do ano passado. Na ocasião, foram pesquisados os 1000 municípios que vem sobressaindo no Brasil nas áreas de educação, saúde e infraestrutura. E, Gurupá foi classificado com melhores notas na análise em gestão pública municipal, com enfoque nas ações com resultado e qualidade total nos serviços municipais.

Além desse prêmio, o prefeito Moacir recebeu também o Diploma de Destaque Nacional em Gestão Pública Municipal, no Rio de Janeiro, em 09 de dezembro de 2011. Em todo Brasil, 50 prefeitos foram premiados a partir da seleção efetuada pela comissão criada pelo Instituto Ambiental Biosfera. Foram classificados os que mais se destacaram no cenário socioeconômico, em âmbito local, regional ou nacional pela melhoria de qualidade de vida da população.

O Instituto Biosfera é um instituto que promove a educação ambiental, ecoturismo e a promoção de valores culturais em todas as comunidades. Foi cria-do no Rio de Janeiro em dezembro de 1989. Hoje a entidade é reconhecida como uma das mais tradicionais dentre as organizações não-governamentais brasileiras

Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br 41Edição no 06 de 2012 Revista Amazônia Típica / www.amazoniatipica.com.br 41

GURUPÁ: MUNICÍPIO MARAJOARA RECEBE PRÊMIO INTERNACIONAL E NACIONAL

que trabalham em favor da preservação ambiental.O Governo do prefeito Moacir Alho com a bandeira “Go-

verno Popular Trabalhando com o Povo” tem inaugurado obras no setor de saúde. Em agosto festejou junto com a comunidade gurupaense a ampliação do Posto de Saúde de N. Senhora das Graças o qual passa a ter um espaço confortável para atendi-mento e a melhoria de saúde das famílias por meio de palestras de higiene, nutrição e visando uma medicina preventiva e humanizada. Gurupá conta com 21 postos de saúde familiar na zona rural, equipados com voadeiras, além de hospital e posto de saúde na sede municipal.

No mês de novembro passado, o prefeito inaugurou mais uma Unidade de Ensino Fundamental, no rio Marajó, em Gurupá. O município possui 36 escolas de ensino infantil, 147 de ensino fundamental, duas de ensino médio, duas para educação de jovens e adultos; e uma Casa da Família Rural, onde os alunos recebem educação voltada para o campo.

A economia gira em torno do extrativismo de açaí, borracha, madeira, palmito, peixe e camarão, além de mandioca e cacau, com destaque no açaí destinado a Belém e Macapá. A pesca é bem organizada graças à Colônia de Pescadores. Falta, no entanto uma fábrica de gelo para o armazenamento do pscado.

Festival da DouradaEm setembro acontece o tradicional Festival da Dourada,

peixe típico da região gurupaense, realizado pela Colônia de Pescadores, durante quatro dias. “A população pôde saborear diversos pratos de dourada, sempre acompanhado do nosso açaí, que não pode faltar na mesa do gurupaense” fala o prefeito

ServiçoPrefeitura Municipal de GurupáAv. São Benedito, s/n – Centro68300-000 Gurupá – PATelefone: 91-3692-1421

Prefeito Moacir recebendo comenda como melhor prefeito do baixo Amazonas

Moacir. Em Gurupá acontece também a Festividade de São Benedito de Gurupá.

Significado: Gurupá é de origem indígena, que significa “porto de canoas”.

Foto: Jornal fatos regionais