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ROSACRUCIAN I S M O Por CHRI5TIAN BERNARD. FRC ' enha ou não consciência do fato, o místico, mais particularmente o rosacruz, é um peregrino que caminha em busca do Cavaleiro adormecido em seu interior. Para despertá- lo, ele deve manifestar as virtudes que o farão passar do estado de peregrino rosacruz ao estado de Cavaleiro Rosacruz. Para ele, isto implica o cumprimento de uma peregrinação da alma e seu recolhimento, em consciência, ao sepulcro de seu Cristo Interno. Para levar a bom termo essa pere- grinação, ele deve vestir o manto da paciência e apoiar- se no cajado do conhecimento. Muito foi escrito sobre o conhecimento, para não dizer tudo, mas ainda há muito por descobrir sobre a arte do autoconhecimento. a conhecimento em que devemos nos apoiar em nossa marcha para a]erusalém Celeste, não se limita a um saber simplesmente teórico que cada um de nós pode acumular lendo o que outros escreveram sobre o conhecimento, ou ouvindo o que eles disseram a seu respeito. Naturalmente, isto não significa que o conhecimento das artes, letras, ciências, da filosofia e do misticismo, não tenha sua razão de ser, nem que seja inútil ler ou ouvir o que se diz a seu respeito. Se assim fosse, a AMa RC não insistiria tanto na necessidade de estudar, compreender, assimilar e pôr em prática as leis e os princípios cósmicos. a que desejo dizer é que o acúmulo de conhecimentos diversos, por mais místicos e completos que sejam, não é suficiente para dar ao nosso cajado de peregrinos a solidez capaz de nos dar apoio até o nosso destino. a grande Conhecimento que precisamos adquirir deve associar o saber que acumulamos pelo estudo que nos é transmitido do exterior ao conhecimento que devemos descobrir em nosso percurso dos caminhos do Reino Interior. Em outras palavras, não podemos esperar um bom termo de nossa peregrinação mística a não ser dedicando o mesmo tempo e esforço para conhecermos a nós mesmos que dedicamos a reconhecer o que outros escreveram ou disseram sobre o conhecimento. 4 o ROSACRUZ • 4 0 TR IMESTRE 2003

Revista [Amorc, Christian Bernard Frc] Peregrinação Interior

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Revista [Amorc, Christian Bernard Frc] Peregrinação Interior

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  • ROSACRUCIAN I S M O

    Por CHRI5TIAN BERNARD. FRC '

    enha ou no conscincia do fato, o mstico, mais particularmente o rosacruz, um peregrino que caminha em busca do Cavaleiro

    adormecido em seu interior. Para despertlo, ele deve manifestar as virtudes que o faro passar do estado de peregrino rosacruz ao estado de Cavaleiro Rosacruz. Para ele, isto implica o cumprimento de uma peregrinao da alma e seu recolhimento, em conscincia, ao sepulcro de seu Cristo Interno. Para levar a bom termo essa peregrinao, ele deve vestir o manto da pacincia e apoiarse no cajado do conhecimento.

    Muito foi escrito sobre o conhecimento, para no dizer tudo, mas ainda h muito por descobrir sobre a arte do autoconhecimento. a conhecimento em que devemos nos apoiar em nossa marcha para a]erusalm Celeste, no se limita a um saber simplesmente terico que cada um de ns pode acumular lendo o que outros escreveram sobre o conhecimento, ou ouvindo o que eles disseram a seu respeito. Naturalmente, isto no significa que o conhecimento das artes,

    letras, cincias, da filosofia e do misticismo, no tenha sua razo de ser, nem que seja intil ler ou ouvir o que se diz a seu respeito. Se assim fosse, a AMa RC no insistiria tanto na necessidade de estudar, compreender, assimilar e pr em prtica as leis e os princpios csmicos. a que desejo dizer que o acmulo de

    conhecimentos diversos, por mais msticos e completos que sejam, no suficiente para dar ao nosso cajado de peregrinos a solidez capaz de nos dar apoio at o nosso destino. a grande Conhecimento que precisamos adquirir deve associar o saber que acumulamos pelo estudo que nos transmitido do exterior ao conhecimento que devemos descobrir em nosso

    percurso dos caminhos do Reino Interior. Em outras palavras, no podemos esperar um bom termo de nossa peregrinao mstica a no ser dedicando o mesmo tempo e esforo para conhecermos a ns mesmos que dedicamos a reconhecer o que outros escreveram ou disseram sobre o conhecimento.

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  • ROSACRUCIANISMO

    Conhecermos a ns mesmos antes de tudo nos vermos exatamente como somos no espelho da conscincia e sabermos com preciso o que somos e o que no somos, em termos de bem ou ausncia de bem. Isso implica sermos capazes, em nosso interior, de nos olharmos com lucidez. Para nos conhecermos devidamente, importante escutarmos e levarmos em considerao os veredictos de nosso juiz interior, sem, contudo, negligenciarmos totalmente o conselho das pessoas com quem convivemos, pois se uma lei csmica imps a necessidade de o ser humano buscar sua evoluo espiritual entre seus semelhantes, sem dvida foi porque existe alguma utilidade nisso. Do mais ignorante ao mais sbio, do mais malvolo ao mais gentil, todos nos auxiliamos mutuamente a cumprir nossa evoluo, de mltiplas maneiras, da mais dolorosa mais agradvel, da mais penosa mais fcil. Naturalmente, se verdade que os outros podem abrir portas para ns, ou pelo menos indic-las, cabe a ns, e s a ns, percorrer o caminho que nos levar parte seguinte.

    Mas na senda que palmilhamos interiormente os outros podem ser perigosos caso

    nos falte discernimento. Por exemplo, aquele que lisonjeia nosso ego pode nos tornar inimigos de ns mesmos, pois se cairmos na armadilha da lisonja, esta nos tornar surdos voz dos que realmente querem o nosso bem e cegos aos atos dos que

    te nos fazem mal, como o

    q for nico objetivo de nos iludir ou de nos usar

    para fins interesseiros. Quanto quele que murmura contra ns faz de todos que os ouvem com complacncia e espalham a mentira, inimigos que devemos combater durante todo o percurso de nossa peregrinao interior. Da mesma forma, as diversas provas que enfrentamos ao longo da vida so outras armadilhas que visam nos desviar do caminho e nos forar a desistir de nosso cajado de peregrinos.

    Em ltima anlise, devemos nos voltar sempre para os ditames de nosso Mestre Interior, para nos conhecermos. Para tanto, precisamos aceitar sermos seus discpulos e, contrariamente ao que se possa pensar, bem mais fcil ser o discpulo reconhecido do Mestre Interior do que o aluno acolhido por um guru , seja este quem for. Com efeito, sempre possvel "parecer" aos olhos do

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  • guru, enquanto que diante do olhar de nosso Mestre Interior s possvel "ser". Ele ouve o que no queremos lhe dizer e nos diz o que preferamos no ouvir. A linguagem que ele usa a da verdade e seus ouvidos se fecham as mentiras. Ele no aceita nenhum compromisso de nossa parte, mas nunca hesita em nos comprometer quando queremos nos iludir ou iludir os outros. Quando somos demasiado severos no julgamento de nossas fraquezas, ele sabe demonstrar uma grande indulgncia e nos mostra, uma a uma, as qualidades que formam nossa fora. Se formos demasiado indulgentes com relao aos nossos erros, ele salienta com severidade o que devemos aceitar interiormente como verdade. Enquanto no tivermos aprendido e assimilado a humildade, ele nos confrontar regularmente com a prova de que a falsa modstia e o orgulho continuam sendo duas trilhas que desembocam em nossa prpria vaidade. A partir do momento em que nos tornamos realmente modestos em pensamento, palavra e ao, ele nos concede com alegria a felicidade de nos sabermos fortes, verdadeiros e humildes.

    Devo, entretanto, explicar que nosso Mestre Interior nunca nos impe uma linha de conduta, deixando sempre ao nosso ego, personalidade objetiva de nossa alma, o cuidado de aplicar o livre-arbtrio e levar em conta ou no a voz da nossa conscincia. Em outras palavras, o Mestre no age no lugar do discpulo; ele se contenta e tudo que pode e deve fazer - com indicar-lhe o caminho que deve seguir para chegar ao termo de sua peregrinao interior. exatamente por essa razo que o cajado do peregrino rosacruz, feito de saber e conhecimento, um apoio constante na longa caminhada que ele empreendeu pelas sendas de sua Terra Interior. graas a esse cajado que ele pode equilibrar seus passos entre o bem e o mal, a atividade e a passividade, o ser e o parecer, a verdade e a mentira, a luz e as trevas.

    No obstante, por mais slido que seja esse cajado, no suficiente para nos ajudar a atravessar as extenses desrticas que margeiam o reino de nossa alma. As noites so glidas nos desertos de nossa conscincia e o sol do dia abrasador. Para no sucumbirmos ao frio amargor que nasce da precipitao e para no queimarmos de impacincia, se nosso desejo atingir os portais da Jerusalm Celeste, precisamos imperiosamente nos cobrir com o manto da pacincia. Mas sermos pacientes sabermos que ao longo de nossa peregrinao interior no podemos partir aps cada uma de suas etapas sem termos chegado, no podemos terminar antes de comear, colher antes de termos semeado. A pacincia, portanto, corresponde ao domnio do tempo e certeza de que ele trabalha em nosso favor, a partir do momento em que tenhamos feito tudo que tnhamos a fazer. Neste sentido, devemos compreender devidamente que a pacincia nada tem a ver com a indolncia

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  • ROSACRUCIA N I S M O

    ou a negligncia. O indolente no o Mestre do tempo, mas o seu escravo. Ele no age sobre os acontecimentos, mas suporta-os passivamente. incapaz de colher, pela nica e boa razo de que nunca comeou a verdadeiramente semear.

    Aquele que paciente, ao contrrio, cultiva cuidadosamente seu jardim interior na ocasio apropriada e depois deixa o tempo trabalhar por ele. Sua pacincia ativa porque, enquanto espera a colheita, ele cuida para no deixar as ervas daninhas invadirem e sufocarem o que comea a germinar e desde ento pensa ativamente no que far com o

    que tiver colhido. Esquecemos com demasiada freqncia que o tempo, por si mesmo, neutro em sua ao a servio do homem. Ele s trabalha em nosso favor se soubermos agir em condies positivas e construtivas que ns mesmos estabelecemos e mantemos. Se nada semearmos, ou se semearmos sem cuidar de nosso campo, o tempo passar da mesma maneira, mas , em vez de trabalhar pelo trigo, obrar pelo joio.

    Tudo isso nos mostra que o peregrino rosacruz pode se deter no caminho para repousar um pouco, mas se o faz muitas vezes e por muito tempo para satisfazer usa

    indolncia, perde um tempo precioso. E, saiba disso ou no, esse tempo pode agir muito mais contra ele que a seu favor. absolutamente necessrio que ele coloque o manto da pacincia sobre os ombros e caminhe com constncia, dando muito mais

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  • ateno ao caminho j percorrido que ao que falta percorrer. Ele no pode nem deve queimar etapas em sua peregrinao, sobretudo por impacincia, pois no se pode atingir o alto da montanha antes de ter iniciado a escalada , assim como no se pode chegar s portas de Jerusalm sem antes ter posto os ps na Terra Santa .

    A precipitao no falar ou no agir o oposto da pacincia, e a chegada que ele precipita no a da luz do dia, mas a da obscuridade da noite. O que pretendo dizer com isto que a precipitao costuma nutrir o erro , enquanto que a pacincia sempre se nutre da verdade. Como peregrinos rosacruzes, o que desejamos caminhar na direo da Cidade das Luzes e deixar para trs a floresta dos erros. Assim, devemos nos aliar ao Mestre do Tempo, ou seja, ao Mestre Interior, pois ele, e s ele, que pode nos ensinar a arte da pacincia e da constncia.

    Ao cajado do conhecimento e ao manto da pacincia devemos acrescentar o escudo da confiana, que vem sempre acompanhado da espada da Sabedoria. Essa a condio para nos elevarmos de nossa condio de peregrinos ao estado de cavaleiros. Isto implica compreender que a confiana do peregrino no a confiana do cavaleiro, apenas a f de um buscador em peregrinao. Com efeito, para muitos msticos, a f que os ajuda a caminhar at a tumba interior ainda corresponde muito mais a uma simples crena ou a um simples desejo de crer. No confiana do cavaleiro, que corresponde a uma convico nti ma e inquebrantvel, a uma certeza da alma, adquirida pelo conhecimento, pela pacincia e pela abnegao mstica.

    A confiana de que o mstico deve dar provas a do corao, no a da razo. Em nenhum momento ela deve raciocinar ou desafiar. O desafio o inimigo jurado do

    misticismo porque lana ao Csmico o desafio de nos dar provas da Realidade Divina e as recusas quando estas lhe so dadas. Uma pessoa desconfiada duvida tanto de Deus quanto do Diabo, e tanto do Diabo quanto dos homens, mas no se d nenhuma conta de que de si mesma que deveria duvidar mais. No sejamos desafiadores nem desconfiados, antes sejamos confiantes e prudentes. Tenhamos confiana em ns mesmos, naque les que so superiores a ns em sabedoria e, naturalmente, em Deus, mas saibamos tambm dar provas de prudncia, pois esta que torna possvel confiar no homem. Ao tomar conscincia disso, compreendemos perfeitamente que precisamos nos munir do escudo de uma confiana absoluta. Ele nos proteger contra nossa prpria dvida e nossa prpria tentao de fugir nossa misso: a conquista de nossa prpria Jerusalm.

    Ainda a respeito da confiana, eu gostaria de lembrar o que dito sobre ela num relato

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    bblico, no momento em que o Eterno, o Deus de Abrao, Isaac e Jac, faz ouvir sua voz a j: "J, meu bomservidor, Sat foi vencido uma vez mais e sua ira se debate em vo. O corao do homem, essa coisa de carne to pequena mas to poderosa, fez triunfar a causa celeste. ntegro e reto, teu amor, teu orgulho, teu interesse, tua fora, tudo aquilo queeleva o ser humanoacima da simples alegria de ser, foi ao mesmo tempo atingido e derrubado. E tu permaneceste tu mesmo! Sem clera, sem medo, sem discurso, curvaste a cabea em sublime resignao. Teu lugar est marcado entre meus Santos e

    Profetas no Livro Eterno da vida humana. J, atormentado por sofrimentos e desgraas, aceitaste minhas vontades sem me questionar, e por isto te respondo. As grandes palavras de toda vida, o segredo da vida, : pacincia e confiana". Pacincia e confian

    a! Essa , pois, a primeira aliana que associa uma das virtudes do cavaleiro com uma das qualidades do peregrino e que, por conseqncia, faz de ns peregrinos cavaleiros.

    Assim como o escudo sempre simbolizou a confiana do cavaleiro e a proteo mstica contra os ataques da dvida, a espada sempre foi o smbolo da sabedoria e de sua fora mgica no combate que ela empreende contra a ignorncia. Portanto, como acabo de sugerir, o primeiro combate que um peregrino-cavaleiro deve empreender com sua espada de sabedoria uma luta contra si mesmo, pois ele primeiro precisa se convencer de que sua misso de guia termina onde comea a misso daqueles que ele se afadiga em guiar. Em outras palavras, ele deve agir com relao aos que buscam o conhecimento, e em geral com relao a todos os seus irmos humanos, com a mesma sabedoria demonstrada por seu Mestre Interior com relao a ele prprio.

    Portanto, ser sbio conhecer com perfeio todos os aspectos da dualidade humana e aplicar esse domnio a todas as relaes que estabelecemos com outros. Portanto, sbio aquele que sempre mostra o caminho a ser seguido sem nunca impor, e que jamais faz pelos outros o que eles mostram interesse em fazer por si mesmos. Sbio, tambm, aquele que sabe calar quando preciso se contentar em escutar e falar quando pode e deve se fazer ouvir. O verdadeiro sbio no aquele que fala bem

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  • da sabedoria, mas aquele que faz falarem bem dele pela sabedoria de suas aes. De tudo que dissemos resulta que a verdadeira sabedoria sempre ouve mais do que fala, fala muito menos do que age, e nunca age sem ter antes refletido muito. Darmos provas de sabedoria no querermos decididamente reformar o mal que cremos ver nos outros, mas nos conformarmos ao bem que estamos certos de perceber neles .

    De maneira geral, a sabedoria tem por misso preservar a harmonia onde ela exista , e tudo fazer para que ela se faa onde no exista. Empunhar a espada da sabedoria e dela fazer bom uso no uma tarefa fcil, mesmo para um grande cavaleiro. grande a tentao que ele tem de se acreditar sbio sob o pretexto de que traz consigo essa espada. Para convencer-se disso, basta lembrar a epopia lendria e inicitica dos Cavaleiros da Tvola Redonda. A espada do poder, Excalibur, partiu-se quando o jovem Artur, por ignorncia e por orgulho, invocou seu poder mgico para vencer o Cavaleiro Lancelot, smbolo de nobreza e idealismo. Foi s por causa de seu profundo arrependi-mento e de sua imediata e definitiva tomada de conscincia que a Dama do Lago lhe restituiu a espada da Realeza.

    O mesmo que se aplica espada aplica-se sabedoria. Se a utilizarmos impunemente para satisfazer os desejos ilegtimos de nosso ego. Faremos dela um instrumento de demncia e de poder malfico. No por acaso que os Cabalistas sempre fizeram a contraposio da loucura e da sabedoria em seus ensinamentos. Um peregrino-cavaleiro da Rosacruz deve compreender, antes que seja tarde demais, que assim como o hbito no faz o monge a espada no faz o Cavaleiro. Ser portador da espada da sabedoria sem ser sbio assemelha-se a contemplar a luz do dia com uma venda nos olhos. S unindo o poder csmico da sabedoria s virtudes humanas do sbio podemos realizar o estado ideal do

    Cavaleiro Rosacruz. Foi pelo fato de os antigos msticos haverem compreendido a necessidade dessa unio que falaram do Sbio dos Sbios. Talvez tenha sido pela mesma razo que o Rei Artur, aps ter recebido a Iluminao, gritou, apontando Excalibur para o cu: "Terra e Rei so uma s coisa!" Ele tinha, com efeito, acabado de ter a percepo do estado Rosacruz em que sabedoria e Sbio so verdadeiramente uma s coisa.

    Em concluso, direi que quando voc tiver adquirido o conhecimento de si mes-mo, quando tiver se tornado mestre do tempo aps ter esmagado as pedras ardentes da impacincia, quando sua confiana resistir a todos os assaltos da dvida e da desconfiana, quando tiver alcanado o estado de conscincia dos que so unos com a Sabedoria dos Sbios, ento, no trmino de sua peregrinao, poder cruzar os portais de sua Jerusalm Celeste e, ajoelhado junto sua prpria tumba, olhar no espelho de sua alma e afirmar : EU SOU UM CAVALEIRO!

    ASSIM SEJA!

    Christian Bernard o atual Imperator da Ordem Rosacruz. AMORC.

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