44
anepac.org.br    I    S    S    N         1        5        1        8            4        6        4        1 PUBLICAÇÃO DA ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 2016 Mercado de areia na Região Metropolitana de Belo Horizonte A RMBH é a terceira maior região urbana do Brasil. Nela estão concentrados mais de 40% da economia do estado. Novas escavadeiras hidráulicas Liebherr de 60 toneladas já estão em operação  ABRAMAT Vendas das indústrias de materiais de construção melhoram em março

Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 1/44

anepac.org.br

   I   S   S   N        1

       5       1       8    -       4       6       4       1

PUBLICAÇÃO DA ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 2016

Mercado de areia na Região Metropolitanade Belo Horizonte

A RMBH é a terceira maior região

urbana do Brasil. Nela estãoconcentrados mais de 40%da economia do estado.

Novas

escavadeiras

hidráulicas Liebherr de 60

toneladas já estãoem operação

 ABRAMAT Vendas das

indústrias demateriais deconstrução

melhoram emmarço

Page 2: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 2/44

18 a 21 de outubro de 2016 | October 18 - 21, 2016Rio de Janeiro/RJ | Rio de Janeiro (RJ)

Inscrições e informações/For further information, please visit:

w w w . w m c 2 0 1 6 . o r g . b r

Join the world's most important

event of mining!

PARTICIPE 

DO MAIS IMPORTANTEEVENTO MUNDIAL

24th World Mining CongressMINING IN A WORLD OF INNOVATION

MINERAÇÃO NO MUNDO EM INOVAÇÃO 

Aumente a visibilidade de sua empresa associandosua marca ao World Mining Congress 2016.Increase the visibility of your company by associating your brand to the World Mining Congress 2016.

Conheça as cotas de patrocínio, merchandising e estandes disponíveis para sua empresa!Faça contato:  [email protected]

  +55 (31) 2108.2121

Get to know about sponsorship fees, merchandisingand booths available for your company!Contact us:  [email protected] 

  +55 (31) 2108.2121

I I

INSTITUTIONAL SUPPORT

PROMOTION EXECUTIVE PRODUCER AND MARKETINGSPECIAL SUPPORT OPERATIONS MANAGEMENTCOMMUNICATION AGENCY 

Secretariat ofGeology, Mining and

Mineral Transformation

Secretariat ofTechnological development

and Innovation

Ministry ofMines and Energy

Ministry ofScience, Technology

and Innovation

    B  o o ths s  a  l    e   

s   

a    l     r      e   a  d   y 

  b e g   u   n       !

A v e n d a  d o s e s t a n d e s   j á  c o m e ç o u ! 

G a r a n t a  s e u E s p a ç o !  

Guar ant ee  y our  spac e!

DE MINERAÇÃO!

Apoios confirmados até março de 2016 Institutional Support confirmed until March, 2016 

Page 3: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 3/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 3

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

“Se o governo administrar

o Saara, em 5 anos faltaráareia”

Orompimento da barragem deFundão da Samarco Minera-ção tem sido usado para justi-car medidas que prejudicam

a mineração. Por exemplo, o MinistérioPúblico Federal quer impor ao DNPM

que qualquer Plano de AproveitamentoEconômico (PAE) preveja a “destina-ção ecológica dos resíduos”. Segundoa notícia publicada por O TEMPO, a“destinação ecológica dos resíduos”começaria com um porcentual de 5% em2016 e deve atingir 70% dos resíduos em2025. Por enquanto, a exigência valeriasomente para os produtores de minériode ferro.

Segundo a publicação, o MPF informouque a atividade minerária no paísproduziu 2 bilhões de toneladas deresíduos, sendo que o minério de ferroparticiparia com 35% do total. O MPFestima que até 2030, 11 bilhões detoneladas de resíduos seriam produzi-dos. Diz ainda a notícia: “Segundo oMPF, todo o rejeito produzido pelaatividade de mineração tem um enormepotencial de ser reaproveitado. O Brasildetém tecnologia e conhecimento paraa transformação dos estéreis e rejeitosda mineração de ferro em produtos para

a construção civil, como brita, areia,argamassa, cimento, concreto, blocos,tijolos, revestimentos, pigmentos, alémde dormentes para ferrovias e outrosmateriais.”

Digamos que essa armação fossecorreta. Se 2 bilhões de rejeitos estãoestocados em barragens atualmente,35% atribuídos ao minério de ferroseriam 700 milhões de toneladas. Assim,

em 2016, 35 milhões de toneladas derejeitos de mineração de minério de ferroteriam de ser transformados em “brita,areia, argamassa, cimento, concreto,blocos, tijolos, revestimentos, pigmen-tos, dormentes e outros materiais”. Em

2025, quase 500 milhões.

Assim, a Vale em Carajás teria que distri-buir materiais para produção dessesprodutos na região de Marabá e emoutras localidades dos Estados do Paráe Maranhão e quiçá em todo territórionacional. Quem os compraria, ninguémsabe. Talvez, as empreiteiras, hojeseriamente comprometidas, em suasobras, quando e se elas voltarem a operare quando o governo conseguir fazerfuncionar as obras programadas nosPACs. Poderia induzir a Vale a produzi-lose daí esta passaria a ser também cimen-teira, produtora de agregados, cerâmica,concreteira e fabricante de dormentese teria de comercializar esses produtos.Na realidade não há mercado relevantee tampouco competitividade econômi-ca sequer para todos esses materiais.Alguém pagaria dez vezes mais emrelação aos produtos disponíveis hoje?

Um dos subprodutos da histeria que

se seguiu ao rompimento catastró-co da barragem foi o surgimento desoluções mágicas para os rejeitosde mineração. Mas quem tornaria osrejeitos aproveitáveis para essa nali-dade? Os produtos obtidos do benecia-mento desses rejeitos teriam mercado?Seriam viáveis economicamente? Qualo custo de transportá-los se o mercadolocal não tiver tamanho para absorvê-los? Qual o tamanho do mercado de

tijolos na Região Metropolitana de BeloHorizonte onde estão situadas muitasdas grandes minerações de minério deferro ou mesmo no Estado de MinasGerais? Já não existem produtores queatendem adequadamente ao mercado?Na obrigatoriedade, de aproveitamen-to dos rejeitos, esses produtores, namaioria pequenas e médias empresas,seriam claramente sacricados pelaentrada da Vale e outras minerações.

Aí sim uma tragédia social maior pelodesemprego causado pelo fechamentodesses empreendimentos. Pela escala,os novos fornecedores jamais absorve-riam tal contingente dispensado.

Soluções como essas parecem estarfora da realidade, não se conseguiriatransformar 700 milhões de toneladasde lama em produtos comercializáveise viáveis economicamente. E, poupe-nosda idéia de se criar mais uma estatal – a

Lamabras – para conduzir esse negócio, já basta a imensa dimensão do Estadobrasileiro - sabemos categoricamenteque um dos fatores essenciais para opaís retomar o crescimento consistenteé preciso reduzir rme, rápido e drastica-mente o seu tamanho.

FernandoMendes Valverde

Presidente Executivo

E D I T O R I A L

Milton Friedman, economista americano

Page 4: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 4/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 20164

expediente

sumário

20 32

6

capa mercado

artigos

Presidente ExecutivoFERNANDO MENDES VALVERDE

DiretorDANIEL DEBIAZZI NETO

Diretor ComercialMARCOS INTELISANO

Presidente Conselho AdministrativoGUSTAVO ROSA LANNA (MG)

Vice-presidente ConselhoANTERO SARAIVA JÚNIOR (SP)

ConselheirosEDUARDO RODRIGUES MACHADO LUZ (SP)

CARLOS TONIOLO (SC)

FABIO RASSI (GO)

MARCO AURÉLIO EICHSTAEDT (SC)

ROBERTO CASTELANI (DF)

ROGÉRIO MOREIRA VIEIRA (RJ)

SANDRO ALEX DE ALMEIDA (RS)

LUIZ EULÁLIO MORAES TERRA (SP)

JOSÉ LUIZ MACHADO (RS)

EDNILSON ARTIOLI (SP)

ADILSON JOSÉ OTTO (SP)

MARCELO GANDOLFI SIQUEIRA (PR)

FAUAZ ABDUL HAK (PR)

EDIÇÃO 66 – JANEIRO À MARÇO DE 2016

Publicação trimestral da ANEPACASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORESDE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO CIVILRua Itapeva, 378 Conj. 131 - CEP: 01332-000 - São Paulo – SP

  [email protected] 11 3171 0159

  www.anepac.org.br

Mercado de areia na Região

Metropolitana de Belo Horizonte

Autorizações

ambientais

Governança corporativae conduta empresarial

Vendas das indústrias de materiais

de construção melhoram em março

Nesta edição

Page 5: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 5/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 5

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

Areia e Brita é uma publicação da Associação Nacional dasEntidades de Produtoras de Agregados para Construção Civil, dirigidaàs empresa, entidades e prossionais ligados direta ou indiretamente

com o setor de agregados para a indústria da construção.As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores,não reetindo, necessariamente, a opinião da Anepac.

SUA REPRODUÇÃO É LIVRE EM QUALQUER OUTRO VEÍCULO DE

COMUNICAÇÃO, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Conselho FiscalLUIZ EULÁLIO M. TERRA

FÁBIO RASSI

SÉRGIO PEDREIRA DE OLIVEIRA SOUZA

Colaborou nesta edição:WAGNER MARQUES (MTB 29099)

Fotos: ARQUIVOS

Impressão: ELYON - IND. GRÁFICA

Tiragem: 2.000 EXEMPLARES

Projeto Gráfco e Editorial:

A2B COMUNICAÇÃORUA ALVARES MACIEL, 362 - SALA 901

CEP: 30150-250 - BELO HORIZONTE - MG

  31 2535.7464  [email protected]

  a2bcomunicacao.com.br

CETESB aprova procedimento paracassação e suspensão de minerações

DNIT retoma scalização de

peso nas rodovias federais

Novas escavadeiras

hidráulicas Liebherr

16

2937

legislação

destaque

inovação

eventos

Caterpillar lança

novos equipamentos

Caravana brasileira

do setor de mineração

para Alemanha

mundoCerticado de pedreira responsável

Setor mineral americano atinge novomarco em segurança

Demanda mundial por agregadosdeve crescer

Nova série de conferências mundiaissobre agregados

Demanda por cimento no mundo devecair devido à China

Consumo de cimento e agregadoscresce nos EUA

38

36

Page 6: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 6/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 20166

A Legislação Ambiental no âmbitointernacional

Diversas atividades industriais são passíveis decausar impactos que podem acarretar potenci-ais degradações ambientais, dentre elas asatividades de mineração. Ao longo do tempo, acrescente preocupação com as questões ambien-tais estimulou a necessidade de se adotar práticasadequadas de gerenciamento das atividadesmodicadoras do meio ambiente. O controledos impactos se tornou uma preocupação dosgovernos, assim como da população.

Inicialmente, a pressão decorrente das exigên-cias de órgãos nanceiros internacionais paraaprovação de empréstimos era a força motrizpara a aplicação de metodologias de avaliação deimpactos ambientais. No entanto, ao analisarmosa evolução da legislação ambiental em diversospaíses, é possível perceber que a normalizaçãodestas atividades tem evoluído no sentido deuma utilização mais racional dos recursos. Ospedidos de autorização ambiental tornaram-semais complexos e com a solicitação de cada vezmais informações.

Vale ressaltar, no entanto, que as questões dodireito ambiental ainda estão em processo dedenição em nível internacional, não existindoaté o momento uma legislação internacionalunicada sobre o tema. Apesar de existirem umasérie de textos que se concentram na deniçãode programas de proteção ambiental, estes nãopossuem força de lei nas federações.

Apenas o Estado pode estabelecer a sua legisla-ção ambiental e aplicá-la, isto signica que a

denição de regras é local e que não há nenhumaautoridade supranacional que pode punir um

indivíduo ou uma empresa que polui ou destróio meio ambiente. Portanto, o conceito de crimeambiental varia em cada país de acordo com oque eles denem como “legal” ou não em seusterritórios.

No Brasil, as disposições legais da Política deMeio Ambiental basearam-se no quadro jurídi-co de outros países, dentre eles o da França.As disposições legais francesas e brasileirasdefendem o direito a um meio ambiente equili-brado para todos, e para isso, possuem determi-

nações similares para promover essa proteção.

O Licenciamento Ambiental no Brasil

No Brasil, a denição de impacto ambiental é dadapela Resolução CONAMA 01/86 como “qualqueralteração das propriedades físicas, químicase biológicas do meio ambiente, causada porqualquer forma de matéria ou energia resultantedas atividades humanas”. Sendo assim, osempreendimentos potencialmente causadoresde impactos ao meio ambiente devem cumpriras obrigatoriedades previstas em lei. A PolíticaNacional do Meio Ambiente, instituída pela Leinº 6.938/81, determina que todas as atividades eempreendimentos que utilizam recursos naturaise/ou que são capazes de causar degradaçãoambiental, devem solicitar uma Licença Ambien-tal. Este processo de licenciamento é essencialpara a gestão adequada dos recursos naturaisdo país, além de assegurar que as ações queimpactam o meio ambiente sejam avaliadas emconformidade com a legislação vigente. O Licenci-amento Ambiental, instituído pela Resolução

Autorizações

ambientais:Uma comparação entre os quesitosno Brasil e na França

* Bióloga, mestre em Cartograa e

bioprodução pela Universidade de

Nantes, França. Atualmente atua como

consultora ambiental parceira da MGA

Mineração e Geologia Aplicada. 

[email protected]

+ 55 11 98120-2121

Paula Tempesta*

É possívelperceber que anormalizaçãodestasatividades tem

evoluído nosentido de umautilização maisracional dosrecursos.

“   “

A R T I G O S

Page 7: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 7/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 7

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

3ICPE - InstallationsClassées pour

la Protection de

l’Environnement. De

maneira geral, qualquer

instalação operada

ou de propriedade de

uma pessoa pública

ou privada que pode

apresentar perigos ou

inconvenientes para a

segurança e a saúde da

população é classicadacomo IPCE. Essas

atividades são sujeitas

a regulamentação

especíca.

4DEAL - Directions

Régionales de

l’Environnement, de

l’Aménagement et du

Logement.

CONAMA nº 237/97, trata-se de um procedimentoadministrativo através do qual o órgão ambien-tal emite licenças que autorizam a localização,instalação, ampliação e a operação de empreen-dimentos e atividades. A resolução apresenta

uma lista das atividades ou empreendimentossujeitos ao licenciamento ambiental. Os critériosde exigência, detalhamento e complementação,denidos pelo órgão ambientais, podem variar deacordo com o porte do empreendimento e suasespecicidades.

De acordo com as respectivas competências,União, estados, Distrito Federal e municípiostêm o comum dever e poder de proteger o meioambiente. Em nível federal, o IBAMA1 é o órgãoambiental responsável por avaliar as empresas

que realizam atividades em mais de um estado e/ ou aqueles cujos impactos ambientais excedemos limites estaduais ou da União. Em nível regionalos órgãos estaduais são responsáveis por avaliaros projetos e as atividades cujo impacto é local.Em nível local, os municípios são responsáveispor analisar atividades de baixo a médio impactodesde que possuam um corpo técnico capacitadopara tal análise.

Tabela 1: Competência de análise do licenciamento ambiental

de acordo com a abrangência do impacto

Abrangência dos

Impactos Diretos

Competência para

licenciar

Dois ou mais estados IBAMA

Dois ou mais municípiosÓrgão Estadual de

Meio Ambiente

LocalÓrgão Municipal de

Meio Ambiente

Fonte: (MMA, 2009)

As autorizações ambientais na França

Em diversos países os termos das avaliaçõesde impacto foram sendo gradualmente deni-dos e construídos a partir de textos interna-cionais, comunitários e nacionais. A partir daLei de Proteção à Natureza de 10 de Julho de1976, a França gurou dentre os países pionei-ros na introdução dos estudos de impacto paraprojetos suscetíveis a causar impacto ambien-tal. Sendo assim, o Código do Meio Ambientefrancês dispõe que “projetos de trabalho, obras

ou instalações públicas e privadas que, pela suanatureza, dimensão ou localização, sejam susce-tíveis de causar efeitos signicativos no ambienteou à saúde humana, devem ser precedidas de umestudo de impacto”.

O Ministério da Ecologia, Desenvolvimento Susten-tável e Energia (MEDDE2 ) precisa que a avaliaçãoambiental é uma fase importante na concepçãodo projeto ao integrar questões ambientais nodesenvolvimento do mesmo, além de permitir quea tomada de decisões seja ligada à prevenção dedanos. No mais, a avaliação ambiental elucidaas autoridades administrativas sobre a naturezae o conteúdo da decisão de autorizar ou não oempreendimento.

Na França, a realização de estudos ambientaispara projetos susceptíveis de causar prejuízosao meio ambiente congura-se como regra, e suadispensa é, portanto, uma exceção. As dispen-sas são limitadas somente às operações debaixo impacto, obras de manutenção e grandesreparações (obras emergenciais). Os critériossão denidos pelo artigo R.122-2 do decreto de12 de outubro de 1977, Código de Meio Ambientee Código de Urbanismo. Neste ca denido queo estudo de impacto é obrigatório, por exemplo,para as Instalações Classicadas para a Proteção

do Ambiente (ICPE3

).

Para os demais casos, onde a obrigatoriedadenão é denida na lei, a necessidade de estudode impacto é feita em análise caso a caso pelaautoridade administrativa competente ao níveldo meio ambiente. Podendo ser a autoridadeambiental competente pela análise o ministro domeio ambiente ou, localmente, os governadores.

No caso das ICPE, classicação na qual seenquadram as minerações de agregados, desde1993, as empresas devem solicitar uma “Autorisa-tion Préfectorale” que é controlada pela DireçãoRegional de Meio Ambiente, Ordenamento doTerritório e Habitação (DREAL4  ), órgão de níveldepartamental.

Cabe ressaltar que o Código de Mineração francêsdistingue as minerações em terra em duascategorias de acordo com o material explorado.São chamadas de “mines” aquelas cuja substân-cia explorada está inserida na lista de minériosraros, preciosos e estratégicos (artigos 2 e 3), e

1IBAMA - InstitutoBrasileiro do Meio

Ambiente e dos

Recursos Naturais

Renováveis.

2MEDDE - Ministère

de l’Écologie, du

Développement Durable

et de l’Énergie.

Paula Tempesta*

Page 8: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 8/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 20168

chamadas de “carrières” aquelas que exploramsubstâncias não metálicas e não energéticas(artigo 5). Os principais produtos das “carrières”são: agregados aluviais, rochas maciças paraagregados, rochas ornamentais, ardósia, calcário,gesso e argila. Destaca-se que apenas as“carrières” são enquadradas na categoria de ICPE.

Avaliações e estudos de impacto no Brasile na França

Seguindo a lógica adotada nos estudos de impactofranceses, no Brasil, a realização da Avaliação deImpacto Ambiental (AIA) é uma etapa essencial enecessária no processo de licenciamento ambien-tal. Trata-se dos estudos realizados para identi-car, prever e interpretar os impactos socioam-bientais do projeto e para propor medidas deprevenção para garantir a qualidade ambiental.Deve ser considerada uma ferramenta de gestãoambiental indispensável na tomada de decisão ena concepção do projeto.

O grau de complexidade do AIA depende do tipode atividade e do tamanho da empresa. O maiscompleto e complexo é o Estudo de ImpactoAmbiental (EIA), acompanhado pelo Relatório deImpacto Ambiental (RIMA). No entanto, outrosestudos mais simplifcados, mas que abordam

os aspectos ambientais do projeto, podem sersolicitados para a obtenção da Licença Prévia.

Nos dois países analisados, as informaçõessolicitadas nos estudos de impacto ambientalsão bastante semelhantes. Os estudos devemrelatar os dados do projeto, os impactos potenci-ais e reais do empreendimento, propor medidasmitigadoras e de controle dos impactos, alémde indicar as alternativas locacionais estudadas.Sempre que possível, a empresa deve propormedidas de compensação ambiental. Estasmedidas devem ser proporcionais ao impactocausado.

Tabela 2: Informações minimamente solicitadas nos estudos

ambientais

Informações solicitadas

(minimamente) nos

Estudos de Impacto Ambiental

Brasil França

Descrição técnica do projeto;

Diagnóstico do estado inicial

da área de inuência do

projeto (meios físico, biótico e

socioeconômico);

Levantamento e análise dosimpactos do projeto sobre

o meio ambiente e a saúde

humana;

Medidas mitigadoras previstas

para evitar, reduzir e, se possível

compensar os impactos

negativos;

Medidas previstas para controle

e monitoramento dos impactos

previstos;

Esboço das principais

alternativas estudadas e as

razões da sua escolha;

Resumo não técnico.

Na França, além dos estudos de impacto, éobrigatória para as atividades ICPE a apresenta-ção de um Estudo de Risco. Este documento deveindicar todos os potenciais riscos de acidente(por causas internas ou externas) que a instala-ção pode vir a causar e seus diferentes cenários.

O estudo deve considerar a probabilidade deocorrência, a cinética e a gravidade do acidente,levando em consideração a vulnerabilidade doambiente afetado. Devem ser apresentadas asmedidas para minimizar os riscos, gestão desegurança, medidas de prevenção, proteção eremediação.

Paralelamente, é importante notar que o CódigoFlorestal brasileiro estabelece duas áreas depreservação ambiental cuja intervenção só épermitida em casos excepcionais. A Área dePreservação Permanente (APP) corresponde à

vegetação nas margens de rios e que são respon-sáveis pela formação de corredores ecológicos ea “Reserva Legal” (RL) que é a área de proteçãomajoritária, e uma zona de conservação dabiodiversidade.

Os corredores ecológicos são importantesferramentas de manutenção ecológica e gestãoterritorial. Eles conectam fragmentos florestaise permitem o fluxo gênico de espécies entreeles. Assim, facilitam a dispersão de espécies e

União,estados,DistritoFederal emunicípiostêm o comumdever e poderde protegero meioambiente.

A R T I G O S

Page 9: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 9/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 9

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

a recolonização de áreas degradadas, mitigandoos efeitos da fragmentação dos ecossistemas.A criação dos corredores a partir da revegetaçãodas matas ciliares favorece ainda a manutençãode nascentes e demais corpos de água.

Conceitos semelhantes a estes foram encontra-dos no Código de Meio Ambiente francês. Trata-seda “Trama verde azul”, uma ferramenta de gestãosustentável do território que estimula a formaçãoda continuidade ecológica terrestre e aquática,identicada por padrões regionais de coerênciaecológica e por documentos do Estado. Ela contri-bui à conservação dos ambientes naturais e dasespécies, e à boa qualidade das massas de água.As continuidades ecológicas que formam a tramaabrangem os reservatórios de biodiversidade e

os corredores ecológicos. Os reservatórios sãoespaços onde a biodiversidade é mais rica oumelhor representada e onde os habitats naturaispodem garantir o seu funcionamento.

Etapas do licenciamento e as licenças

Assim como o conteúdo dos estudos ambientaiso procedimento de solicitação de autorizaçõesambientais nos dois países é semelhante. Noentanto, na França, a participação popular é umaetapa obrigatória no licenciamento das ICPE. Já no

Brasil, no caso de estudos menos complexos, nãoé obrigatória a realização de audiências públicas.

País Documento Descrição Validade

BrasilLicença

Prévia

Concedida na fase de concepção do projeto, aprova a localização e as viabilidades

técnica e ambiental.2 anos

Licença de

InstalaçãoAutoriza a instalação e execução do projeto, nas condições aprovadas pela LP. 3 anos

Licença de

Operação

Autoriza o funcionamento do empreendimento e das atividades descritas no projeto,depois da vericação do cumprimento das condicionantes estabelecidas nas licenças

anteriores, incluindo medidas de controle ambiental.

2 – 5 anos renováveis

FrançaAutorisation-

Préfectorale

Dene os requisitos técnicos do projeto e estabelece as medidas de controle para

vericar o cumprimento destes. Determina obrigações em matéria de proteção

ambiental. Estabelece medidas de monitoramento e de controles de saúde e segurança.

Exige garantias nanceiras que assegurem uma recuperação satisfatória da área em

caso de desaparecimento do operador antes de cumprimento das suas obrigações

regulamentares. E descreve termos de remediação após o m das atividades.

Até 30 anos de acordo

com a atividade

(5 anos prorrogáveis

para as “carrières”)

Figura 1: Etapas do processo de licenciamento ambiental

Tanto as Licenças Ambientais brasileiras quantoa “Autorisation Préfectorale” são documentos queestabelecem regras, condicionantes, restrições emedidas de controle ambiental a serem seguidospela empresa. No entanto, o valor e validade

desses documentos são diferentes.

Tabela 3: Características das autorizações ambientais

Nos doispaísesanalisados, asinformaçõessolicitadasnos estudos

de impactoambientalsão bastantesemelhantes.

Paula Tempesta*

Page 10: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 10/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201610

O setor de mineração e o licenciamentodesta atividade

A União Europeia (UE) é uma parceria econômi-ca e política entre 28 países que, em conjunto,

abrangem grande parte do continente europeu.A sua ação tem por base tratados aprovadosde forma voluntária e democrática por todos ospaíses membros. Seu mercado único é o principalmotor da economia europeia, permitindo a livrecirculação de pessoas, bens, serviços e capitais.

Neste contexto, a União Europeia de Produtoresde Agregados – UEPG5 , criada em 1987, defendeos interesses da indústria europeia de agrega-dos, representando seus membros em assuntospolíticoseconômicos, técnicos, ambientais e de

saúde e segurança. De acordo com a UEPG, osetor de agregados (areia e cascalho) é o maiordentre os não energéticos. O conjunto de 29países liados à UEPG produz anualmente cercade 2,6 bilhões de toneladas de agregados, sendoa demanda europeia per capitaem torno de 5 t/ano. O volume nanceiro anual desta indústria éda ordem de mais de 15 bilhões de euros, conr-mando sua importância econômica. Dentre osmembros, a França é o quarto maior produtor,com cerca de 380 milhões de toneladas extraí-das anualmente e um valor de vendas de € 3.892milhões em 2013.

No Brasil, cerca de 80% do mercado nacionalde agregados é representado pela Associa-ção Nacional das Entidades de Produtores deAgregados para Construção – ANEPAC que,fundada em 1995, congrega cerca de 3.100empresas produtoras deareia e brita, atuandoem defesa destes nos campos técnico, adminis-trativo e legal. De acordo com a ANEPAC, em2014, o consumo brasileiro de agregados atingiu741 milhões de toneladas, correspondente a 3,7toneladas per capita e movimentando valores na

ordem de R$ 19 bilhões.

No mais, dados do DNPM6  indicam que, em 2013,a indústria mineira brasileira produziu 77,9 bilhõesde dólares, o que representou 4,1% do PIB do país.O Brasil segue a tendência mundial e os agrega-dos estavam entre os materiais mais produzidosem 2013.

Tabela 4: Lista dos cinco minérios mais produzidos no Brasilem 2011, 2012 e 2013.

Produção (t/ano)

Minério Ano

2011 2012 2013

FERRO 398.130.813 400.822.000 386.270.053

AREIA 346.772.000 368.957.000 377.247.785

BRITA 267.987.000 287.040.000 293.526.805

CIMENTO 64.093.000 69.323.000 69.975.000

AÇO 35.162.000 34.682.000 34.163.000

No Brasil, a atividade de exploração mineralé regulamentada pelo Código de Mineração eo DNPM é o órgão responsável pelo controle

operacional e comercialização dos recursosminerais.

Vale ressaltar que a extração de minério éconsiderada como uma atividade modifica-dora do meio ambiente. Portanto, o funciona-mento de uma mineração depende de licençasemitidas pelo organismo de controle minerário,o DNPM, e pelos organismos de controleambiental, como IBAMA, CETESB, FEAM, etc.

O processo é iniciado no DNPM através do

pedido de autorização de pesquisa mineral. Apósa pesquisa mineral, a empresa deve apresentarum relatório provando a existência efetiva dodepósito mineral e a viabilidade econômica dassuas operações.

Só após a análise e aprovação deste relatório éque a empresa pode e deve iniciar o processo delicenciamento ambiental. O processo de licencia-mento começa com a solicitação de LicençaPrévia. Para isso, vários documentos, formulários,plantas e a avaliação de impacto ambiental devemser apresentados. Após a análise do processo, o

órgão ambiental emite uma lista de exigênciase de condicionantes que devem ser levados emconta durante a vigência desta licença.

Em seguida, pode ser solicitada a Licença deInstalação. Para esta demanda, é necessáriofornecer um relatório de cumprimento das exigên-cias já realizadas. A emissão da LI permite queempresa instalar e testar suas máquinas. Ao obtera LI, a empresa deve solicitar a Concessão Mineralque é a autorização denitiva para a exploração.

5UEPG - Union

Européenne des

Producteurs de

Granulats.

6DNPM - Departamento

Nacional de Produção

Mineral

A R T I G O S

No Brasil, aatividade deexploraçãomineral éregulamentada

pelo Código deMineração e oDNPM é o órgãoresponsávelpelo controleoperacional ecomercializaçãodos recursosminerais.

Page 11: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 11/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 11

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

Deve-se notar que a concessão de lavra nunca éobtida antes da apresentação de uma autorizaçãoambiental preliminar. Assim, antes da emissão dalicença ambiental, a empresa não tem o direito deexplorar.

A solicitação da Licença de Operação é semelhanteao processo anterior, sendo necessária a apresen-tação de um relatório de cumprimento das exigên-cias da licença anterior e da Concessão Mineral.Após a obtenção da LO, a empresa pode explorare vender minerais.

Na França, o marco regulatório aplicável ao licenci-amento de minerações evoluiu consideravelmentedesde os anos 70. Antes, uma simples declaraçãona Câmara Municipal era suciente para autorizar

o funcionamento de uma extração mineral. Depoisde 1976, entrou em vigor o atual sistema regula-mentar que é projetado para que a operação sejarealizada com maior respeito pelo meio ambiente.Sendo que desde 1993 as minerações de agrega-dos são classicadas sob o regime de instalaçõesclassicadas no regime ICPE, devendo solicitaruma “AutorisationPréfectorale”.

Assim como no Brasil, o direito exploração mineralé concedido por um título minerário emitidopelo Ministério de Minas. Este pode ser uma

concessão (exploração) ou uma Licença Exclusivade Pesquisa - PER. A concessão pode ser emitidapor um período máximo de 50 anos, podendo serprorrogado sucessivas vezes por até 25 anos. APER, mais comum para as minerações de agrega-dos pode ser emitida por um período máximo de5 anos, podendo ser objeto de duas prorrogaçõessucessivas, cada uma com um prazo de até cincoanos. A “AutorisationPréfectorale“, que autorizaa operação do empreendimento, por sua vez, éemitida para o período correspondente ao davalidade do título mineiro.

Quando a exploração de depósitos de substân-cias relevantes às “carrières” não pode serefetuado ou mantido, devido à insuciência ouacesso ao recurso, em escala necessária parasatisfazer as necessidades dos consumidores, osdecretos do conselho federal podem denir zonasespeciais para esta atividade. Esta denição éfeita à luz de uma avaliação do impacto ambien-tal das atividades propostas e é precedida poruma consulta das comissões departamentaiscompetentes e da realização de audiências

públicas. Nestes casos, podem ser concedidaspermissões de exploração mesmo sem o consen-timento do proprietário do terreno. No entanto, aautorização de pesquisa da substância apresen-ta uma duração máxima de 3 anos renováveis,

podendo ser retirada em caso de inatividade ouinfrações graves.

Repensando os instrumentos de controleambiental

Fica claro que as leis são importantes instrumen-tos de controle dos recursos de um país. Seja noBrasil ou na França, a legislação defende o direitoa um meio ambiente equilibrado para todos eambos possuem determinações similares parapromover essa proteção. Adotando as avaliações

de impacto ambiental como importantes instru-mentos para a tomada de decisões durante a fasede concepção do projeto.

Ao analisarmos a legislação ambiental ao longodo tempo, é possível perceber que a normaliza-ção das atividades que causam impactos aomeio ambiente tem evoluído no sentido de umautilização mais racional dos recursos. Os pedidosde autorização tornaram-se mais complexos coma solicitação de cada vez mais informações. Ocontrole de impacto se tornou uma preocupação

dos governos, assim como da população quepossui um papel vericador.

Nos dois países estudados é possível identi-car semelhanças nos processos de obtenção deautorizações e licença de minerações de agrega-dos, inclusive na complexidade do estudo comrelação ao tamanho da atividade e/ou do tipo desubstância explorada. No entanto, no Brasil, asavaliações de impacto feitas para empreendimen-tos menores não exige uma participação populardireta na fase de avaliação do projeto, não exigin-do a realização de audiências públicas. É o casodo licenciamento através de Relatório de ControleAmbiental / Plano de Controle Ambiental (RCA/PCA), onde a população é comunicada atravésde publicações em jornais locais, mas não temnenhuma voz na tomada de decisão.

Por um lado os RCA/PCAs exigem um menortempo e custo de realização, mas por outro, nãoconsideram a participação popular direta, ou porintermédio de comitês organizados, no processode análise do pedido de autorização ambiental.

No Brasil,cerca de 80%do mercadonacional deagregados érepresentadopela AssociaçãoNacional das

Entidades deProdutores deAgregados paraConstrução– ANEPAC.

Paula Tempesta*

Page 12: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 12/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201612

Vista panorâmica da “Carrière de Ferques” daempresa Les granulats du Groupe CB. Consideradaa maior “carrière” a céu aberto da França, produze vende 6.000.000 de toneladas de agregados de

calcário por ano.

Vista geral da “Carrière de Ferques” da empresa Lesgranulats du Groupe CB. Extração de calcário.

Vista de parte da área de beneciamento da

“Carrière de Boulonais”, conjunto de pedreiras queabrange a “Carrière de Ferques” da empresa Lesgranulats du Groupe CB. Extração de calcário.

Vista aérea da “Carrière de Dussac”, da empresa“Carrières Thiviers”. Extração de diorito.

Vista geral da “Carrière de Saint-Sauveur”, daempresa “SA Ferrat-Cholley”. Extração de areia ecascalho.

Vista aérea da “Pedreira Itapeti”, da empresa. Embu

S/A Engenharia e Comércio. Extração de granito.

Vista geral das áreas de lavra e beneciamento da

“Pedreira Itapeti”, da empresa Embu S/A Engenhariae Comércio. Extração de granito.

Detalhe para as atividades de extração de granito na“Pedreira Itapeti”, da empresa Embu S/A Engenhariae Comércio.

Vista aérea do porto de areia da empresa Mineraçãode Areia Vale do Rio Grande. Extração de areia.

Detalhe para as atividades de beneciamento de

areia do porto de areia da empresa Mineração deAreia Vale do Rio Grande.

Detalhe para as atividades de extração de areia daempresa Mineração de Areia Vale do Rio Grande.

1

1

2

2

3

3

4

4

5

5

6

6

7

7

8

8

9

9

10

10

11

11

foto: Laurent Mayeux

foto: Laurent Mayeux

foto: Pierre Thomas

foto: SA Ferrat-Cholley

foto: Aéroclub de Périgueux-Bassillac

foto: MGA - Mineração e Geologia Aplicada

foto: MGA - Mineração e Geologia Aplicada

foto: MGA - Mineração e Geologia Aplicada

foto: MGA - Mineração e Geologia Aplicada

foto: MGA - Mineração e Geologia Aplicada

foto: MGA - Mineração e Geologia Aplicada

Page 13: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 13/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 13

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

O desconhecimento popular das medidas decontrole e recuperação propostas pode estimulara visão depreciativa sobre as atividades industri-ais e de exploração mineral.

Observa-se que as operações de mineraçãosofrem com o estereótipo de “atividade de altoimpacto no cenário local e sem evidente retornopara a região.” No entanto, é importante que aconsciência popular seja feita, é preciso mostrara importância desse tipo de atividade comoindispensável em nossa vida cotidiana e nacriação de empregos diretos e indiretos, o quecontribuem positivamente para a economia local.Sem esquecer que as medidas de compensa-ção ambiental propostas que desempenham um

papel ecológico importante.

Fica evidente que além de procedimentosburocráticos, as licenças são muito importantespara a gestão do setor ambiental das empresas,pois é através deles que o empreendedor tornaconhecimento de suas obrigações de controleambiental. A elaboração dos estudos ambientaise, no caso da França, também dos Estudos deRisco é fundamental para a prevenção, mitigaçãoe rápido plano de ação em caso de acidentes degrande porte, como aquele ocorrido em Marianaem novembro de 2015.

A curta validade das Licenças, como no caso doestado de São Paulo onde a L.O., em geral, durade 2 a 3 anos, possibilita um melhor controlepor parte dos órgãos ambientais das atividadesexercidas nos empreendimentos. No entanto, aemissão por curtos períodos de tempo expõemos empreendedores a questões burocráticasrecorrentes e abrangem uma visão de curto prazodo desenvolvimento da atividade.

Conforme mencionado, atualmente, além dos

tratados e protocolos, ainda não existem legisla-ções internacionais que denam critérios deproteção ambiental. Trata-se de um processocomplexo de evolução do diretito ambiental, umavez que deve levar em consideração as caracterís-ticas locais (bióticas, abióticas e antrópicas). Acrescente preocupação com estas questões forçaa evolução contínua da legislação de diversospaíses.

Referências

BRGM - Bureau de Recherches Géologiques et Minières.

Orléans<http://www.brgm.fr>

DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral. (2014).

Sumário Mineral 2014 ano-base 2013 - Volume 34. Brasília:

DNPM. < http://www.dnpm.gov.br/dnpm/sumarios/sumario-

mineral-2014>

FIRJAN - Federação das Indústrias do Estado do Rio de

Janeiro. (2004). Manual de Licenciamento Ambiental: Guia de

procedimentos passo a passo. Rio de Janeiro: GMA. < http://

www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/cart_sebrae.

pdf>

MEDDE - Ministère de l’Écologie, du Développement

Durable et de l’Énergie (2014). Étude d’impact et évaluation

environnementale. Paris. <http://www.developpement-

durable.gouv.fr/-Etude-d-impact-et-evaluation-.html>

MINERALINFO – Le portail français dês resources mineráles

non énérgétiques. Paris < http://www.mineralinfo.fr/>

MMA - Ministério do Meio Ambiente. (2009). Caderno de

Licenciamento Ambiental. Brasília. <http://www.mma.gov.br/

estruturas/dai_pnc/_arquivos/pnc_caderno_licenciamento_

ambiental_01_76.pdf>

TCU - Tribunal de Contas da União. (2004). Cartilha de

licenciamento ambiental. Brasília.

TRAME VERTE BLEU - Centre de ressources pour la mise en

œuvre de la Trame verte et bleue. Mompellier<http://www.

trameverteetbleue.fr>

UE – União Europeia. Bruxelas <http://europa.eu>

UEPG - Union Européenne des Producteurs de Granulats.

(2015). Annual Review 2013-2014. Brussels: UEPG. <http://

www.uepg.eu/uploads/Modules/Publications/uepg-ar2013-2014_v28.pdf>

UNICEM - Union nationale des industries de carrières et

matériaux de construction. (2014). L’aide-mémoire des

statistiques des granulats 2013. Paris: UNICEM. Fonte:

http://www.unicem.fr/dossiers/economie_et_statistiques/

statistiques_annuelles

UNPG - Union Nationale des Producteurs de Granulats.

(2015). Annual Review 2013-2014. Brussels: UEPG. <http://

www.unpg.fr/>

Paula Tempesta*

A R T I G O S

Odesconhecimentopopular dasmedidas decontrole erecuperaçãopropostas podeestimular a visão

depreciativasobre asatividadesindustriais ede exploraçãomineral.

Page 14: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 14/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201614

A R T I G O S

Governança corporativa

e conduta empresarial

* Engenheiro de Minas, Economista,

Executivo área Governança Corporativa

e de Família, Conselheiro.

** Engenheira de Minas, membro da

Comissão de Governança no 3º setor

do Instituto Brasileiro de Governança

Corporativa IBGC e colaboradora da ANEPAC.

Artur Damasceno* e Lilian Taniguchi**

Os escândalos na Petrobrás revelados pelaOperação Lava Jato e o rompimento dasbarragens de rejeito da Samarco em Marianatêm tido ampla cobertura pela imprensa nacional

e internacional nos últimos meses. A estesexemplos somam-se inúmeros outros: falsica-ção de resultados de emissões de poluentes pelaVolkswagen, corrupção na FIFA até asemblemáti-cas fraudes contábeis da Enron Corporation e ainexistente gestão de riscos do Lehman Brothers.

Escândalos no mundo corporativo decorremde corrupção, suborno, fraude, negligência eaté de ignorância e impactam não somente asempresas, mas também a economia, o meioambiente, as comunidades, com abrangên-cia local até global. A perda de conança nasempresas abala sua imagem e leva a perdas nasreceitas e consequente redução do seu valor demercado. Investimentos são adiados ou cortados,contratos suspensos, empregos eliminados;aposentadorias são ameaçadas; o meio ambienteé degradado. Em suma, criam um cenário sombrioque não deveria ter acontecido.

Especicamente, a economia mineral tambémestá sujeita a este tipo de risco, sobretudo porsua imprevisibilidade. Preços e consumo flutuammuito, em especial como vem ocorrendo nos

últimos anos. Neste contexto, algumas empresasde mineração podem se ver as voltas com práticasfraudulentas e questionáveis de vários tipos :ambiental, ocupacional, comprovação de reservase recursos minerais, práticas contábeis e scais.

A má governança é o prenúncio deproblemas à frente

Todas as empresas citadas divulgavam ostensi-vamente sistemas de governança corporativa

implantados. Então, o que falhou? Analisandoestes e outros casos de empresas envolvidas emescândalos e tragédias ambientais verica-se umponto em comum: os sistemas existentes eram

aparentes, puramente documentais, mais paramostrar do que efetivamente praticadas. Nenhumsistema de governança é ecaz se a alta adminis-tração não está comprometida com sua prática.E mais do que regras, trata-se de uma questão deprincípios, de moral, de ética.

A Governança Corporativa (GC) é o sistemade regras, práticas e processos pelos quais asempresas e demais organizações são dirigi-das, monitoradas, controladas e incentivadaspara a consecução dos objetivos de negócio econsequente geração e preservação de seu valor.

A GC envolve o equilíbrio dos interesses dasdiversas partes interessadas na empresa, comosejam os sócios controladores ou acionistas,conselho de administração ou conselho curador,diretoria, órgãos de auditoria e scalização, alémde seus administradores, clientes, fornecedores,funcionários, nanciadores, governo e comuni-dade – seus stakeholders.

A boa governança constrói valor

O executivo Fábio C. Barbosa acredita que“empresas que fazem as coisas certas, trazemretorno para os seus acionistas melhor e nãopior do que as outras. É o mundo do “E”, e não omundo do “OU”. Ele cita a experiência do FundoEthical, criado na época do Banco Realparainvestir apenas em empresas com boa governan-ça e transparência, inclusive nos aspectos éticose ambientais. Em 15 anos, a carteira do FundoEthical sempre rendeu melhor do que a média doIbovespa.

A perda deconfiança nasempresas abalasua imagem eleva a perdasnas receitas e

consequenteredução doseu valor demercado

Page 15: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 15/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 15

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

Nos Estados Unidos foi criado o Dow JonesSustainability Index. As empresas abrangidaspor este Índice são mais capazes de criar valorpara os acionistas, a longo prazo, através de umagestão dos riscos associados a fatores econômi-

cos, ambientais e sociais. Conrmam a tese deque empresas que adotam práticas alinhadascom os conceitos de sustentabilidade obtêmmelhores resultados do que a média.

No nal de 2005 a Bolsa de Valores de São Paulo(Bovespa) criou o seu índice para monitorarempresas com boa pontuação na questão desustentabilidade. O Índice de SustentabilidadeEmpresarial (ISE). Ao longo de 10 anos o ISEevoluiu 122,7%, o triplo do índice Bovespa (41,1%).

A GC está diretamenterelacionada à condutaética das empresas eorganizações.

No início de fevereiro de 2016 o Instituto Brasileirode Governança Corporativa (IBGC) emitiu umacarta de opinião intitulada “ResponsabilidadeCorporativa”, na qual faz recomendações para que

as empresas revisem seus processos de tomadade decisão, de prestação de contas, de transpa-rência e de comunicação com as partes interes-sadas e o público em geral.Destaca a necessidadedas empresas terem maior comprometimentocom a responsabilidade corporativa por meiode iniciativas mais ecientes e de combate àsnegligências. E também que o enfoque deve ser“de longo prazo, pois as considerações envolven-do aspectos socioambientais serão refletidas,mais cedo ou mais tarde, nas demonstraçõescontábeis, no valor econômico e de mercadoda empresa, podendo afetar decisivamente sualongevidade.”

“O IBGC preconiza que é preciso expandir ospontos de atenção dos gestores e conselhosde administração, indo além do universo deprodução e comercialização da companhia e dasnanças. É preciso olhar mais para os efeitos daatividade produtiva, prever danos e criar mecanis-mos ecientes de monitorar as externalidades”.

E há poucos dias, também a Comissão de Valores

Mobiliários (CVM) recomendou de forma explícitaa adoção de algumas práticas previstas no códigode governança do IBGC, enfatizando pontosligados à política de gerenciamento de riscos,inclusive os socioambientais, controles internos

das empresas, divulgação do impacto de políti-cas públicas sobre o desempenho nanceiro parasociedades de economia mista. Reforça tambéma importância da competência técnica, experiên-cia e reputação ilibada não apenas por parte dosprossionais em cargos chave, mas também porparte dos sócios.

A governança corporativa veio para fcar

Embora as práticas de governança corporativaformais estejam se incorporando à cultura das

empresas abertas, já há empresas fechadas quevislumbram o valor que uma estrutura robustade governança corporativa traz.

Em uma pesquisa recente da Deloitte1, foi identi-cado que questões como estratégia, riscoe composição dos membros de conselho deadministração estão no foco das empresasfechadas brasileiras. Ao adotar as práticas deGC de empresas abertas, as empresas de capitalfechado podem melhorar a supervisão da gestão,assegurar a ecácia dos negócios, facilitar o

processo de tomada de decisões sempre susten-tado pela gestão de riscos,sem perder a agilidadee flexibilidade que as caracterizam.

Em particular empresas familiares de capitalfechado podem se beneciar da GC para regula-mentaros papéis da família como acionistas,conselheiros, diretores e gerentes, evitandomisturar as questões de governança e de gestãocom relações familiares e questões emocionais,conflitos sobre dinheiro, nepotismo, sucessão eoutros problemas que podem levar à má gestão.

Sem esquecer que a boa governança é muitomais que o simples atendimento de uma listade conformidades com regras e protocolos. Éprincipalmente sobre aceitação, cooperaçãoe comprometimento das partes responsáveisenvolvidas para a superação de desaos signi-cativos e aproveitamento de oportunidadesque constroem o valor da empresa. E, como jámencionado, trata-se mais de uma questão devalores do que de regras.

1Rumo às melhores

práticas Governança

corporativa

para empresas

fechadas, Deloitte

ToucheTohmatsu,

2015

E mais doque regras,trata-sede umaquestão deprincípios,

de moral,de ética.

Artur Damasceno* e Lilian Taniguchi**

Page 16: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 16/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201616

D E S T A Q U E

Novas escavadeiras

hidráulicas Liebherr de60 toneladas já estãoem operação

*Tatiana Bielefeld

As duas primeiras escavadeirasR 954 C SME fabricadas pela LiebherrBrasil, em Guaratinguetá (SP) foramentregues à pedreira Riuma, localiza-da na região do Jaraguá, em SãoPaulo. As duas máquinas estão emoperação desde julho e setembro de2015 e vem apresentando resultadosainda melhores que os esperados. Apedreira opera nesse local há mais de50 anos, com a produção de agrega-

dos para a construção civil comoatividade principal, e tem capacidadeprodutiva de 800 toneladas/hora. Asnovas escavadeiras de 60 toneladaschegaram para cumprir sua missão:melhorar a relação custo/produçãoda pedreira.

Segundo a Pedreira Riuma, a estrutu-ra das escavadeiras R 954 C SMEé totalmente adequada para aoperação: “Um dos maiores desaos

da nova máquina é superar, na nossaoperação, outro equipamento daprópria Liebherr e, pelo que consegui-mos medir até agora, a relaçãoprodução versus consumo está muitoboa e a disponibilidade da máquina éótima”, arma Roberto Iudice, sócio-proprietário da Riuma.

A nova escavadeira de 60 toneladasé equipada com um carro inferior

S-HD (Super Heavy Duty), correntesclasse D8K, mesmo das escavadei-ras Liebherr de 70 toneladas, sapataspadrão de 600 mm com garra dupla,roletes superiores bi-apioados, rodamotriz com dentes duplos e guias deesteiras.Com 10 toneladas a menosque a próxima classe de escavadei-ras Liebherr, R 964 C / R 966, temciclos de operação mais rápidos eque somados ao menor consumo

de combustível garantem a melhorrelação custo/produção.Na operaçãoda Riuma, os caminhões de 40 tonela-das, são carregados com 8 ciclos emmédia, e segundo a pedreira, a taxa deenchimento do caminhão está signi-cativamente superior à taxa obtidacom os outros equipamentos, devidoao excelente dimensionamento deimplemento e caçamba, adequadoaos caminhões utilizados.

A Riuma trabalha de forma bastan-te sistemática quando se trata deanálises de resultados, envolven-do estudos completos de custos,produção, adequação com demaismáquinas que operam no local etambém o atendimento pós-vendas.A pedreira busca trabalhar com adelização de parceiros, procurandomanter uma relação estreita comfornecedores e garantindo um atendi-

Nova escavadeira de 60 toneladasproduzida no Brasil atinge altosíndices de produtividade

Escavadeira adequada paraoperações em grandes pedreiras

Escavadeiras Liebherr oferecemmelhor relação produção/consumo

A R 954 C SME é equipadacom motor diesel Liebherrde seis cilindros em linha,

com 240 kW / 326 HP

Page 17: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 17/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 17

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

Guaratinguetá

(Brasil), fevereiro

de 2016

EscavadeirasLiebherr de 60toneladas, novomodelo lançadoem junho de 2015,R 954 C SME, jáestão em operaçãoe apresentamaltos índices de

produtividade.Quatro máquinas já operam empedreiras de altaprodução na grandeSão Paulo.

mento de pós-vendas rápido eecaz. Esse é outro ponto que feza empresa optar por continuar a

parceria com a Liebherr.

A Pedreira Basalto também estásatisfeita com os resultadosapresentados pela R 954 C SMEque opera desde novembro napedreira localizada em Itapeceri-ca da Serra, em São Paulo.Segundo o Sr. Darcy Braga,diretor da pedreira, o equipa-mento foi lançado no momento

certo e o preço competitivo, juntamente com o atendimentode pós-vendas prestado pela

Liebherr nas outras máquinasque já compunham a frota daBasalto foram algumas dasmotivações para a compra danova escavadeira. “A máquinaR 954 C SME tem atendido nossanecessidade. Ela é robusta e adisponibilidade está muito boa.De modo geral, posso dizer queo desempenho da máquina vemmelhorando cada vez mais”,

arma o Sr. Darcy. A últimaunidade da mais nova escava-deira produzida na fábrica da

Liebherr em Guaratinguetá foientregue no mês de novembropara a Geocal, outra grandepedreira estabelecida na regiãode Santana do Parnaíba, tambémna região metropolitana deSão Paulo. Com alta produçãomensal de calcário e brita, apedreira conta com uma frotaquase completamente formadapor equipamentos Liebherr.

Page 18: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 18/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201618

Nova escavadeira de 60 toneladas

AR 954 C SME é equipada com motor dieselLiebherr de seis cilindros em linha, com 240 kW/ 326 HP. O implemento está congurado paraatingir a maior produção possível: a lança de

6,70 metros SME e o braço de 2,35 metros SMEpermitem à Liebherr oferecer aos clientes umacaçamba de 3,7 m³ HD, para trabalhar direta-mente com escavação de rochas.

Os implementos SME foram desenhados exclusi-vamente para esta máquina. Além dos reforçosinternos, cilindros hidráulicos maiores foramcolocados para um aumento em 29% a força deescavação (braço) e em 11% a força de arranca-mento (caçamba) em relação à R 954 C, melhoran-do a performance e a economia por tonelada

produzida. O implemento ainda conta com o já consolidado conceito construtivo com açofundido de alta resistência nos pontos sujeitos agrandes esforços, aumentando a conabilidadeestrutural no conjunto.

A versão SME - Super Mass Excavation (SuperEscavação em Massa) acrescentou 10 toneladasà versão padrão da R 954 C, ainda presente nagama de produtos Liebherr. Este peso operacio-nal adicional se deu, principalmente, ao novo

carro inferior mais robusto, ao contrapeso HD e aoimplemento SME.

A lubricação centralizada automática padrãogarante uma maior eciência na lubricação doequipamento. Além disso, com este carro inferior,a altura livre do solo é maior, minimizando osimpactos de pedras na parte inferior.

A R 954 C SME pode ser considerada a únicaescavadeira da classe de 60 toneladas atualmente

sendo vendida no Brasil. Ela é uma excelenteopção para clientes que possuem equipamen-tos de 50 toneladas e pensam em aumentar suaprodução, sem aumentar o custo operacional. Etambém para clientes que possuem uma escava-deirade 70 toneladas e desejam substituir por ummodelo da classe inferior para otimizar os custos,sem variação signicativa à sua produção. Comessa nova máquina, a Liebherr oferecerá aocliente a escolha pelo equipamento que melhor seadeque às condições de sua operação.

O implemento é configurado para atingir máximaprodução: a lança de 6,70 metros SME e o braço de2,35 metros SME permitem à Liebherr oferecer aosclientes uma caçamba de 3,7 m³ HD

*Mais informações:Assessoria de imprensaLiebherr Brasil GMO Ltda.

+55 12 2131 [email protected]

www.liebherr.com

D E S T A Q U E

Page 19: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 19/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 19

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

Visite e acompanheas novidades.

anepac.org.br

Designresponsivo

Sitedinâmico

 Atualização

constante

O site oferece conteúdo completo do setor de agregados para

construção. Notícias, eventos, artigos, publicações e muito mais.

Fonte de consulta para empresas, entidades, universidades,

profssionais, estudantes e pessoas interessadas.

Desktops

Smartphones

Tablets

ESTÁ NO ARO NOVO PORTAL DO SETOR DE AGREGADOS

PARA CONSTRUÇÃO

Page 20: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 20/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201620

Mercado de areia na Região

Metropolitana de Belo Horizonte

C A P A

Márcia Amaral

Page 21: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 21/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 21

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

O mercado de areiaem todo o Brasil secaracteriza como umdos mais importantespara o desenvolvimento

das cidades e o produtoestá presente nos maisvariados projetos eobras. Em virtude dascaracterísticas próprias

de cada região do país, a extraçãoe beneciamento do produto, bemcomo sua comercialização e inserçãono mercado local dependem dacultura, da legislação vigente e dosdiversos processos criados em tornodos produtos.

No estado de Minas Gerais, osegundo maior produtor de agrega-dos do Brasil com 12% de toda aprodução nacional, a grande concen-tração de empresas extratoras deareia está localizada na RegiãoMetropolitana de Belo Horizonte.Composta por 34 municípios, aRMBH é a terceira maior regiãourbana do Brasil, com mais de 9, 4milhões de m2. Nela estão concen-trados mais de 40% da economiado estado, posição justicada, emparte, pela população de quase 6milhões de pessoas, segundo dadosdo Instituto Brasileiro de Geograae Estatística (IBGE), e pelo grandenúmero de empresas instaladas noscomplexos industriais.

Em muitos aspectos o mercadode areia na RMBH é sobretudocomplexo, com diversidade dearranjos que vão da extração à utiliza-

ção do produto, o que lhe conferemcaracterísticas muito peculiares. Oinício das atividades de extração deareia na região remonta aos anos 30com a implantação de empresas nos

arredores de Belo Horizonte, locali-dade hoje conhecida como EngenhoNogueira, onde existia uma quanti-dade de material estéril provenienteda desmineralização das rochas ali

presentes. Com o passar do tempo,as áreas de extração migraram paraa região de Betim e, posteriormentepara o Vetor Norte da capital ondeestão as cidades de Pedro Leopoldo,Vespasiano e Ribeirão das Neves, emvirtude, principalmente da condiçãodas estradas que permitiam melhorfluxo de veículos.

Com a crescente urbanização, osterrenos de fazendas, principal-

mente na cidade de Contagemforam loteados e o fluxo maior demoradores favoreceu a contamina-ção de rios, principalmente o Betim,desviando a atividade de extraçãode areia para outros polos. Nestaépoca a cidade de Esmeraldas, poronde corre o Rio das Velhas chamoua atenção de um grande número depessoas interessadas na areia que,por suas características (principal-mente cor clara e granulometriauniforme), passou a ser consideradacomo a melhor areia paraconstrução no estado. A grandeaceitação do produto promoveu ocrescimento da atividade na regiãoe o desenvolvimento do mercado deareia na Região Metropolitana. ParaMárcio Braga, diretor da Brasmic,em Betim, a ambição dos produtoreslevou ao excesso de degradação daregião e, também, ao crescimentode atividades não regulamentadas.“A maioria dos produtores era de

fazendeiros que, ao descobrir que aareia era farta na região, passarama explorar o recurso. Deixavam deplantare se aventuravam a comerciali-zar areia para o mercado que estava

A RMBH é a terceira maiorregião urbana do Brasil, commais de 9, 4 milhões de m2.Nela estão concentrados maisde 40% da economia do estado.

O estado de

Minas Gerais,é o segundomaior produtorde agregados doBrasil com

12% de toda a produçãonacional.

Em muitos aspectos o mercado de areia na RMBH é

sobretudo complexo, com diversidade de arranjos que vãoda extração à utilização do produto, o que lhe conferemcaracterísticas muito peculiares.

Page 22: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 22/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201622

cada vez mais comprador.Não havia preocupação comqualidade, com meio ambien-te e com a continuidade donegócio.”, explica Braga.

Ainda hoje a região de Esmeral-das concentra a maior parte dasunidades de extração na RMBH.De acordo com a Secretariade Estado de Meio Ambiente eDesenvolvimento Sustentávelde Minas Gerais – SEMAD, dos107 empreendimentos comlicença de operação na GrandeBH, 78 estão localizados emEsmeraldas. Ainda segundo aSecretaria, existe uma grandequantidade de empreendimen-tos em atividade na regiãoque não possuem licençade funcionamento. O grandenúmero de empresas irregula-res é apontado como um dosfatores que mais contribuírampara a degradação da regiãoe o crescimento do comércioirregular de areia no mercadode Belo Horizonte.

A questão da irregularidadeé, portanto, apontada pelosprodutores como um dosgrandes inimigos do crescimentosustentável do mercado. Estarealidade está ligada, diretamenteà diculdade de scalização dosórgãos, opinião compartilhadapor todos os empresários entre-vistados. Tanto o DepartamentoNacional de Produção Mineral

– DNPM quanto a Secretaria deMeio Ambiente do estado nãopossuem estrutura e pessoaladequados para o controle escalização das atividades deextração, o que se agrava pelagrande oferta de areia na região.“As liberações são uma questãomuito complicada para o setorde agregados. E se houvessemais facilidade nos processos,

muitas empresas sairiam dailegalidade”. Esta é a visão deNévio Andreola, diretor daMS Transporte e Comércio,entreposto de areia de BeloHorizonte.

Os produtores acreditam quemais de 40% dos empreendi-mentos são ilegais. MarceloSantiago, diretor da Minera-

dora Santiago em Santa Luziae Conselheiro da AssociaçãoNacional das Entidades deProdutores de Agregados paraConstrução - ANEPAC consideraque a questão da legislaçãoé gravíssima para o mercadomineiro. “Temos problemascom a morosidade dos órgãos,a diculdade de conseguirlicenciamento ambiental e

renovação das licenças. Isto,somado à questão da vendailegal, do transporte clandes-tino com caminhões carregandouma quantidade muito maiorque o permitido e sem notascal, agravam a situaçãodo nosso mercado e tornamdesigual a concorrência entre osprodutores legalizados e os nãolegalizados”, explica Santiago.

“Os produtores

acreditam quemais de 

40%dosempreendimentossão ilegais”

C A P A

Page 23: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 23/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 23

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

“A maioria dos produtores pequenossão ilegais, e são muitos”, registraLeonardo Guimarães da PC Minera-ção, em Nova Lima. Para ele “a concor-rência é absurda e os pequenos se

dão bem porque, além de teremdespesas muito menores, o clientenal, principalmente do varejo, nãose preocupa com a procedênciado material”. No entendimento degrande parte dos produtores mineiroso mercado consumidor não temconsciência da qualidade do produtoe, por isso, é facilmente manipulado,principalmente, pelos atravessadores.“O consumidor nal compra o que otransportador leva, e, muitas vezes

ele entrega o que tiver mais fácil. Eo cliente dene a compra por preçoe não por qualidade. Por isso nossomercado é mal visto. O mercado,com exceção das grandes empresas,compra mais barato sem qualquerpreocupação com a garantia doproduto e, no geral o cliente nal éque perde.”, assinala Márcio Bragada Bramic. Para o diretor da MartinsLanna e presidente do Conselho de

Administração da ANEPAC, GustavoLanna, esta realidade está mudandoaos poucos. “Muitas empresas estãose preocupando mais com qualidadedos produtos porque sabem que o

resultado nal da obra depende disso.A realidade atual do mercado tambémajudará fazendo uma seleção naturaldas empresas. Nosso mercado émuito grande e pulverizado, acreditoque a retração vai forçar os produtoresa repensarem todos os processos”,analisa.

Transporte - A diculdade decontato direto entre os produtores e ocliente nal é, na visão dos empresári-

os, um complicador quando o assuntoé delização. Por ser um serviçoterceirizado na maioria das vezes, ocontato direto com cliente ca porconta do transportador. “O transporta-dor nem sempre é ético no trabalho.Em busca de maior ganho, ele podeenganar o consumidor nal, principal-mente considerando o fato de nossomercado de areia não ser muito bemvisto pelos clientes. As construtoras,

“Muitas empresas sepreocupam mais comqualidade dos produtosporque sabem que oresultado final da obradepende disso”

Page 24: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 24/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201624

por exemplo, não conam no produtor e preferem

acreditar no carregador, mesmo que ele não sejamuito correto no que faz. E o cliente é quem perdecom isso, porque acaba comprando material demá qualidade, com peso errado e tem que fazer osajustes na obra” é o que acredita Márcio Braga.

Para minimizar os problemas com entrega dematerial alguns produtores estão investindoem frota própria. Apesar do custo elevado comcaminhões, manutenção e combustível, os quetomaram a decisão de entregar direto para o clientegarantem que o retorno é bom. Foi o que aconteceu

com a Brasmic. “Tínhamos muitos problemas comtransportador. Eles mandavam no nosso produto,entregavam e interferiam no preço. Não haviapreocupação com qualidade. Hoje temos controlede todo o processo, da retirada à entrega”, explicaMárcio Braga. É o caso, também, da empresa Rosado Vale, localizada em Belo Vale. “Inicialmenteoptamos pela terceirização do frete, porém devidoa diversas diculdades quanto ao não comprometi-mento dos motoristas agregados, a empresa optoupor modicar sua forma de atender os clientes,

atuando como prestadora de serviço. Hoje nossos

colaboradores são instruídos a criar um vínculode respeito e amizade com os clientes”, explica odiretor Telmo Lopes Filho.

Alternativas - Por outro lado, empresascomprometidas com a qualidade e procedência dosmateriais estão dispostas a oferecer ao consumi-dor nal o que falta no mercado com relação aoatendimento. É o caso dos entrepostos de areia,empresas que fazem a intermediação entre o portoe o cliente com maior controle do que é entregue. Éo caso da empresa de Névio Andreola, que recebe

a areia de locais distintos, estoca o produto, trata eentrega com frota própria. “É importante ter estraté-gia nesse setor o que é estranho para a maioria daspessoas do mercado. O cliente não entende que omercado de areia precisa de estratégia e precisa.Não é só pegar e carregar. É preciso garantir o prazoe a qualidade da areia que vai para o concreto, porexemplo,”, defende Névio. Outra tendência na RMBHé a produção de areia industrial. Os produtoresde brita encontraram na produção de areiaindustrializada uma solução para um estoque de

“Tínhamosmuitos

problemas comtransportador.Eles mandavamno nossoproduto,entregavam einterferiam nopreço.”

C A P A

Page 25: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 25/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 25

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

produtos e, também, um mercado potencial,formado por empresas que exigem qualidadegarantida do material e mais proximidadedo produtor. Embora o processo de bene-ciamento seja oneroso e exija mais dasempresas, a areia industrial tem ganhadoespaço no concorrido mercado de areia daRMBH. O empresário Gabriel Sales, diretor daMineração Fazenda dos Borges, acredita queainda há muito trabalho a ser feito para que oproduto industrializado seja respeitado. Paraele “a areia industrial sofre muito por causada questão cultural porque o nosso mercadotem uma forte cultura da areia de rio que émuito mais barata, chega a praticamentemetade do custo da areia industrial”.

Para Gustavo Lanna, a participação da areiaindustrial no mercado tende a crescer. “Hojea participação chega a 10%, creio que sãoproduzidas 120 mil toneladas por ano, masa demanda pode aumentar, principalmentese o mercado reagir e mais obras foremrealizadas.” Lanna também acredita queainda existe muita desigualdade, porque

os custos operacionais são muito maiorese a scalização é mais intensa para quemproduz areia industrial. “Temos praticamenteas mesmas exigências das mineradoras deminério de ferro do estado, tanto no aspectoambiental como trabalhista”, esclarece. Aregião metropolitana tem, atualmente, seisempresas atuando na produção e comercia-lização de areia industrial.

Excesso de peso - Outra questãoque preocupa os produtores é o transporteclandestino, com peso elevado e semdocumentação. Marcelo Santiago explicaque a informalidade acarreta problemas ao

mercado e à sociedade. Para ele “além dotransporte irregular, sem nota scal, temoso dano ao meio ambiente, a degradaçãodas estradas por causa dos caminhõescom peso muito superior ao permitido pelalegislação e a falta de segurança no trânsi-to.” Gustavo Lanna explica que essa questãodo peso dos caminhões é uma das grandespreocupações da ANEPAC atualmente.

“A participaçãoda areiaindustrial nomercado tendea crescer. “Hojea participaçãochega a 15%,creio que sãoproduzidas 120mil toneladaspor ano”

Page 26: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 26/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201626

A venda de areia por m3 ainda é uma realidade emMinas Gerais, embora exista a exigência de vendapor peso de balança.

“Em uma região com sérios problemas nas

estradas, como a Região Metropolitana de BH,caminhões com peso acima do permitido causamainda mais danos ao pavimento das rodovias epodem provocar sérios acidentes, como os jáocorridos no Anel Rodoviário, por exemplo. Asobrecarga coloca em risco a vida do transporta-dor, dos motoristas de outros veículos e depedestres”, explica Lanna.

Os dados são preocupantes. Segundo Lanna,trafegam na RMBH diariamente, cerca de 2.200veículos transportando areia e 1.700 transpor-

tando brita. “Geralmente os veículos trafegamcom 30% de sobrecarga e os transportadorescometem crimes como falsicação de nota scale muitos andam sem nota”, alerta. O transportede cargas acima da capacidade do caminhão temresponsabilidade compartilhada pelo fabrican-te do produto, o transportador e até mesmo ocliente que aceita o produto transportado. ParaGustavo Lanna, toda a cadeia produtiva temque ser mobilizar para combater o excesso depeso nas estradas. “No nal, todos ganham, ofabricante porque tem o seu produto transportado

de forma segura; o transportador porque reduz orisco de acidentes; os clientes porque recebem o

produto transportado de forma legal e a sociedadeque pode contar com estradas mais seguras paratransitar”, conclui Lanna. 

Economia -O mercado mineiro, como os

demais mercados de areia no Brasil, está sofren-do com a questão econômica. De acordo coma ANEPAC o mercado brasileiro de agregadosteve uma retração de 40% na venda de agrega-dos, reflexo da redução de obras no país. Osprodutores entrevistados conrmam esta queda.Alguns reconhecem uma retração ainda maior,chegando a 60%, principalmente no caso deportos mais distantes do centro comercial. Istoporque o valor do frete impacta diretamente nopreço nal do produto. “São diversos os fatoresque prejudicam o setor, o aumento da carga

tributária que onerou produtos como óleo diesel,pneus, revestimentos para dragas, e outros mais,e também a redução do valor dos agregadosdevido a queda da demanda das construções e domenor investimento por parte das mineradoras.Associada a isto, temos também a concorrênciadesleal dos produtores irregulares.” É a opinião deTelmo Lopes Filho.

A crise econômica enfrentada pelo Brasil afetou,principalmente, os pequenos produtores que,sem fôlego para investir, estão abandonando

a atividade. A expectativa dos empresários éde mais retração nos próximos meses. “Nossa

projeção é de 50% de queda para o mês deabril. E para o m do ano a expectativa é aindapior, a economia está encolhendo e acontece oefeito dominó porque o mercado da construçãoé o primeiro que cresce e o primeiro que encolhequando há crise”, avalia Gabriel Sales. O históricodos últimos dois anos, de acordo com as princi-pais empresas da RMBH, é de retração de 12% a15% entre 2014 e 2015 e de 20% a 25% entre 2015e 2016. Os dados do DNPM mostram que houveuma queda de 12,5% na arrecadação da Compen-

C A P A

Em uma regiãocom sériosproblemasnas estradas,como a RegiãoMetropolitana deBH, caminhõescom peso acima dopermitido causamainda mais danosao pavimento dasrodovias.

O mercado mineiro,como os demaismercados de areia noBrasil, está sofrendocom a questãoeconômica.

Page 27: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 27/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 27

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

sação Financeira por Exploração de RecursosMinerais – CFEM, principal receita do órgão quepode ser tomado como referência para a avalia-ção do mercado. Outro dado importante queajuda a identicar a redução do mercado são osnúmeros de requerimentos de lavras protocola-dos pelo DNPM em Minas. Em 2014 foram 386e em 2015, 304 requerimentos protocolados nasuperintendência mineira, indicando uma quedade 21% no número de solicitações. Até marçodeste ano foram recebidos 57 requerimentos,o menor número registrado para o trimestreequivalente, nos últimos três anos.

Embora a retração do mercado seja evidente, ataxa de licenciamentos outorgados pelo DNPMcresceu nos últimos anos. Em 2014 o órgãoemitiu 217 licenças em Minas Gerais, então oestado ocupava a 1ª posição no ranking nacionalcom 12% de licenciamentos emitidos. Em 2015

caiu para o 2º lugar do ranking, mas, o númerode licenças foi maior, 251, e representou13,9%de todos os licenciamentos do país. Em 2016,até março, foram expedidas 73 licenças, 19,7%do total emitido no país, o que coloca MinasGerais em 1º lugar novamente.

Representatividade - Em um estadocom forte herança na extração mineral domina-da pelo minério de ferro, os produtores de areiase sentem isolados. Uma das queixas dos

produtores da RMBH é da ausência de represen-tatividade no mercado mineiro. “AtualmenteMinas Gerais não possui uma associaçãorepresentativa. Ocorre, então, uma desuniãodos produtores licenciados, o que possibilitaa informalidade, diculta a padronização dotrabalho e qualidade”, é o que acredita TelmoLopes Filho. Os empresários acreditam que avisão que os clientes têm do mercado, por vezesdistorcida, seria minimizada se houvesse maisunião dos produtores. Gustavo Lanna concordacom esta visão. Segundo ele a ANEPAC teminvestido em promover mais integração entre osprodutores, mas, é importante que haja adesãodos empresários. “O momento é de pensar nocoletivo. Vejo certa hipocrisia no nosso setor,todos querem usufruir dos benefícios maspoucos se dedicam efetivamente em conquis-tá-los. Enquanto pensarmos em defenderapenas interesses regionais e pessoais não

vamos conseguir valorizar o nosso setor edemonstrar para a sociedade e governos comoele é fundamental para o desenvolvimentode nossas cidades e da qualidade de vida dapopulação. Se não existir a intenção de agir emconjunto, dicilmente mudaremos este cenário.É importante mudar a forma de pensar e agir.A situação atual pede isto. Devemos melhoraro que está vigente e deixar um bom legado paraas futuras gerações”, defende Lanna.

Minas emnúmeros

3017 empreendimentoscom Licença deOperação(segundoa SEMAD)

106 estão naRMBH

78 

estão emEsmeraldas

Produçãoestimada:

15milhões detoneladas/ano

Embora a retraçãodo mercado sejaevidente, a taxade licenciamentosoutorgados peloDNPM cresceu nosúltimos anos.

Page 28: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 28/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201628

Participação das superintendências do DNPMde janeiro a junho de 2015 em relação a: 

A) Requerimentos de Pesquisa; B) Requerimento de

Registro de Licença; C) Requerimento de Permissãode Lavra Garimpeira; D) Requerimento de Registrode Extração e E) Requerimento de Lavra.

Participação das superintendências do DNPMde janeiro a junho de 2015 em relação a: 

A) Autorização de Pesquisa; B) Registro de Licença;

C) Permissão de Lavra Garimpeira; D) Registro deExtração e E) Concessão de Lavra.

A

B

C

D

E

A

B

C

D

E

C A P A

Fonte: DNPM

Page 29: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 29/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 29

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

LEGISLAÇÃO

CETESB aprova procedimento para

cassação e suspensão de mineraçõesDecisão de Diretoria - 39/2016/C, de 8-3-2016 

Dispõe sobre procedimentos para a suspensão e cassaçãode Licença de Operação de empreendimentos de mineração,e dá outras providências.

A Diretoria Plena da Cetesb - Companhia Ambiental do Estadode São Paulo, considerando o contido no Relatório à Diretoria014/2016/C, que acolhe, decide:

Artigo 1º:  Aprovar o “Procedimento para a suspensãoe cassação de Licença de Operação de empreendimentosde mineração”, nos termos do Anexo Único que integra estaDecisão de Diretoria.

Artigo 2º: Esta Decisão de Diretoria entra em vigor na datade sua publicação. Anexo Único (a que se refere o artigo 1º da

Decisão de Diretoria 039/2016/C, de 08-03-2016) Procedimen-tos para a suspensão e cassação de Licença de Operação deempreendimentos de mineração.

Art. 1º - A suspensão da Licença de Operação do empreendi-mento minerário que processe ou benecie material extraídode área não licenciada ocorrerá nas seguintes condições: I –em qualquer constatação de extração:

a) em área não licenciada com Licença de Operação da Cetesbe tal operação for realizada fora de poligonal outorgada peloDNPM ou fora de área inserida em zoneamento minerárioestabelecido por legislação estadual;

b) fora de área licenciada com Licença de Operação da Cetesb,dentro da área da poligonal autorizada pelo DNPM e comextração irregular em área superior a 3 hectares; II – após aterceira constatação de operação de extração fora de árealicenciada com Licença de Operação da Cetesb, dentro da áreada poligonal autorizada pelo DNPM e com extração irregularem área igual ou inferior a 3 hectares, independentemente dotamanho da área de lavra ilícita, considerando 07-08-2009,como data de referência para contagem inicial do número deconstatações;

Parágrafo único - Para fundamentar o ato de suspensão,deverá ser consignado no Auto de Inspeção o nexo entreo material extraído ilegalmente e o seu processamento oubeneciamento em instalação regularmente licenciada.

Art. 2º - A suspensão prevista na alínea “a” do inciso I, do artigo1º, perdurará até a aceitação de um plano de recuperação daárea degradada, devidamente acompanhado de cronogramade execução dos serviços de recuperação, e emissão de Termode Compromisso de Recuperação Ambiental – TCRA, para arecuperação da área irregularmente objeto de intervenção.

Art. 3º - A suspensão prevista na alínea “b” do inciso I e noinciso II, do artigo 1º, perdurará até a emissão da Licença deOperação para a área ampliada ou, caso o empreendimen-to opte por não dar continuidade à extração ilegal na áreaampliada, até a aceitação de um plano de recuperação daárea degradada, devidamente acompanhado de cronogramade execução dos serviços de recuperação, e emissão de TCRApara a recuperação da área objeto de intervenção.

Art. 4º - A aplicação da penalidade de suspensão será precedi-da de noticação da Cetesb, por meio da qual será concedidoprazo de 10 dias corridos, contados de seu recebimento, para

a defesa do empreendedor.

Art. 5º - A Licença de Operação do empreendimento poderáser cassada caso seja constatado o descumprimento docronograma de recuperação do TCRA, mencionado nos artigos2º e 3º deste procedimento.

Art. 6º -  As irregularidades descritas no artigo 1º, deverãoensejar a imposição de penalidades de advertência ou multa eembargo da área irregularmente intervinda, cumulativamentecom a suspensão da Licença de Operação do estabelecimento.

Page 30: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 30/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201630

LEGISLAÇÃO

DNIT retoma fscalização de

peso nas rodovias federaisEm abril o Departamento Nacional de

Infraestrutura de Transportes - DNIT retoma asatividades de scalização de peso nos Postos de

Pesagem de Veículos - PPV em todo Brasil.

DNIT

Page 31: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 31/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 31

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

“A primeira fase, com prazo de 45 dias, terácaráter educativo, com distribuição de materiale orientação aos condutores. Posteriormente, osagentes do DNIT passarão a fazer a scalizaçãode trânsito por meio de documento scal, coma utilização do talonário manual para a lavratu-ra do auto de infração, quando necessário,”explicou o diretor de infraestrutura rodoviáriado DNIT, Luiz Antônio Garcia. Na terceira fase, oexcesso de peso será aferido por equipamentode pesagem, completou.

A scalização nos Postos de Pesagem foisuspensa em julho de 2014 a partir de Ação CivilPública impetrada pelo Ministério Público doTrabalho - MPT, que questionava o modelo de

scalização adotado pelo DNIT. O MPT aponta-va terceirização de algumas atividades que,no seu entendimento, deveriam ser exercidassomente por servidores públicos. Por considerarque havia terceirização somente das atividadesde apoio, o DNIT recorreu da decisão e aguardaposicionamento da Justiça.

Paralelamente, o DNIT passou a realizar estudostécnicos visando o desenvolvimento de novomodelo de scalização, que resultaram napublicação da Portaria nº 517, de 23 de março de

2016. Esta Portaria objetiva a retomada gradati-va da scalização de pesagem de veículos nasrodovias federais sob jurisdição da Autarquia,por meio de Postos de Pesagem de Veículos –PPVs, a serem operados por servidores públicos.

O DNIT conta, atualmente, com 55 postos depesagem de veículos nas rodovias federais,sendo 29 postos xos e 26 postos móveis. Até oinício de maio, deverão ser reativados 12 Postosde Pesagem de Veículos (conra na tabelaabaixo), abrangendo os estados de Goiás, MinasGerais, Tocantins, Mato Grosso, Santa Catarina,Paraíba, Pernambuco, Bahia, Rondônia e RioGrande do Sul.

Page 32: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 32/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201632

MERCADO

ABRAMAT

Vendas das indústrias de materiaisde construção melhoram em março

Apesar da queda de 17% em relação a março de 2015 e dosresultados negativos nas bases acumuladas, o período apresen-

tou crescimento de 10,7% no faturamento das indústrias demateriais de construção em comparação a fevereiro de 2016.

As indústrias de materiais de base e acabamento tambémapresentaram crescimento: 11,8% e 9%, respectivamente, secomparados aos faturamentos apresentados no mês anterior.

O nível de emprego nas indústrias de materiais, porém, continuaapresentando queda. Março obteve retração de 9,3% emcomparação com março de 2015. E, com relação a fevereiro de2016, a retração identicada foi de 0,2%.

São Paulo, 07 de abril de 2016

O índice da ABRAMAT

– Associação Brasileira daIndústria dos Materiais deConstrução, indica que marçopode ser o ponto de retomadapara as indústrias dos materiaisde construção.

Page 33: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 33/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 33

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

A expectativa da ABRAMAT, para o faturamentodeflacionado das indústrias de materiais de

construção, em 2016, é de retração de 4,5% emcomparação com 2015.

O crescimento das vendas em março comrelação a fevereiro indica que o segmento podeter chegado ao limite da retração. Segundo WalterCover, presidente da Abramat.

“É de se esperar que a partir deabril possamos ter um crescimentosobre o mesmo mês do anoanterior, porque as vendas doprimeiro trimestre de 2015 aindaestavam em bom nível”. Para oexecutivo “as notícias positivassobre a ampliação de crédito parao financiamento de imóveis usadospodem auxiliar o setor na retomada.Mas, somente um programa

agressivo de crédito imobiliário,assim como para reformas, além daativação do MCMV e da aceleraçãodos leilões de infraestruturapoderão melhorar a expectativadas indústrias de materiais deconstrução para 2016”, 

explica.

Sobre a ABRAMAT

Desde a sua fundação, em abril de 2004, a ABRAMAT acompanha econtribui para o crescimento da Construção Civil no país, atuando comointerlocutora do setor junto ao Governo e aos demais agentes da cadeiaprodutiva da construção civil.

A entidade conta atualmente com 50 empresas liadas, que são as líderesna fabricação de materiais de construção dos diversos segmentos. Entreos temas que representam os focos de atuação da entidade estão: acompetitividade da indústria, a desoneração scal de materiais paraconstrução, a conformidade técnica e scal na produção e comercializa-ção dos materiais, a prossionalização da mão-de-obra da construção ea responsabilidade socioambiental dos agentes do setor.

TOTAL

% de março/16comparado a

fevereiro/16

% de março/16

comparado a

março/15

Acumulado

no ano

Acumulado12 meses

(Móvel)

FaturamentoDeflacionado

10,7%

-17,0%

-17,3%

-15,2%

Emprego

-0,2%

-9,3%

-9,3%

-6,0%

Page 34: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 34/44

Anepac renova em

2016

Visite e acompanhe as novidades.

anepac.org.br

Page 35: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 35/44

ANEPAC20 ANOS DE COMPROMISSOCOM O SETOR DE AGREGADOSDO BRASIL.

Conheça nossos produtos

PORTAL WEB ANEPAC

REVISTA AREIA E BRITA

 ANUÁRIO ANEPAC 2016

FOLDER INSTITUCIONAL 

INFORME ANEPAC

CARTILHA AREIA E BRITA

 ACONTECE  CLIPPING ANEPAC

EMAIL MARKETING

ENCONTRO DE NEGÓCIOS ANEPAC

VÍDEO INTITUCIONAL

Vantagens

de ser umassociadoANEPAC.

Informações atualizadase soluções para os desaosdo setor

Assessoria nos assuntos

pertinentes à atuaçãoempresarial

Representatividade juntopoderes Legislativo eExecutivo em defesa deinteresses comuns

1

2

3

(11) 3171.0159

[email protected]

Page 36: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 36/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201636

EVENTOS

Caravana brasileira

do setor de mineraçãopara Alemanha

O OBJETIVO É FACILITAR  o encontro entreempresários e multiplicadores alemães ebrasileiros. Em parceria com a Enviacon Interna-tional, o Bundes Ministerium Für Wirstschaf-tund Energie (BMWI) e a Confederação Nacionalda Indústria Alemã (VDMA), a CEEI realizará aviagem de 17 a 20 de outubro. Na oportunidade,os integrantes também participarão do EncontroEconômico Brasil Alemanha (EEBA), em Erfurt,capital do Estado da Turíngia.

O CEEI organiza caravanas comerciais, partici-pação em feiras e rodadas de negócios paraempresários de múltiplos setores rmaremcontratos de cooperação bilateral e outrasmodalidades de negócios. Thiago GonçalvesTartaro, assistente de negócios da BVMW Brasil/CEEI, disse ao NMB que o centro trabalha comregiões de lingua alemã na Europa: Alemanha,Áustria e Norte da Suíça. A Bundes Verbant Mittel-

ständische Wirstschaft (BVMW) é representadapela CEEI desde 2006 e esta é a primeira vez queo centro realiza uma missão voltada à minera-ção. Tartaro explica que a CEEI e a Enviacon secandidataram em conjunto e ganharam umalicitação do Ministério da Economia e Energia daAlemanha. A assessoria brasileira se encarregaráde coordenar a delegação, que deve ter de oito a15 empresas, segundo estimativa do ministério. AEnviacon será responsável pela organização dasatividades.

Qualquer empresário do setor minerário podese inscrever. No cronograma provisório, estãomarcadas atividades como a rodada de negóciosno EEBA e as visitas técnicas às universidadese centros de pesquisa. Os brasileiros partici-parão da abertura do encontro, assessorados emtempo integral por um representante da Enviaconque domina a língua portuguesa. Na rodada denegócios, os empresários receberão os pers dosalemães e escolherão com quem se reunirão. Aprogramação ocial será divulgada pela Enviaconem meados de junho.

O Encontro Econômico Brasil-Alemanha (Deutsch-Brasilianische Wirtschaftstage), que faz parte doroteiro de atividades, é promovido pelas confed-erações nacionais da indústria da Alemanha e doBrasil. No evento, serão apresentadas oportuni-dades de acordos entre empresas de várias áreas.A Turíngia, Estado alemão que sedia o evento,

exporta R$ 810 milhões por ano para o Brasil, emespecial nos setores automobilístico, maquinário,de tecnologia médica e energias renováveis. OBrasil exporta cerca de R$ 100 milhões anuaispara o Estado, principalmente em commodities.O CEEI acredita que o evento, que reuniu mais de100 empresários na edição de 2015, na cidadede Joinville (SC), deverá registrar números aindamaiores este ano. No ano passado, foi a primeiravez que o instituto trabalhou no evento. O centrofoi responsável pela tradução dos pers de 37empresas alemãs que vieram ao Brasil.

Para maisinformações

ConfederaçãoAlemã de Empresasde Pequenoe Médio Porte

Thiago Gonçalves

+55 11 5506 [email protected]

Fonte: CEEI

A Confederação Alemã de Empresas de Pequeno e Médio Porte

(CEEI/BVMW Brasil) está organizando uma delegação brasileira, composta por

executivos do setor de mineração, para participar de uma missãode negócios na Alemanha, em outubro.

Page 37: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 37/44

Page 38: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 38/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201638

 MUNDO

Cornerstone Standard Council  (CSC),uma organização sem ns lucrati-vos que administra e oferece apoio àcerticação voluntária para agrega-

dos produzidos com responsabilidade, apresen-tou a espinha dorsal da Norma para AgregadosResponsáveis em janeiro de 2015, Norma queestabelece um conjunto de requisitos delinean-

do como uma extração responsável de agrega-dos deve comportar-se na Província de Ontário,Canadá. A Norma foi o resultado de uma negocia-ção entre produtores de agregados, organiza-ções de proteção do meio ambiente e represen-tantes comunitários. Minutado pelo Painel deDesenvolvimento de Normas da CSC, o documen-to reflete mais de dois mil comentários apresenta-dos por mais de uma centena de organizações eindivíduos. Os sete princípios que regem a Normase iniciam com “Conformidade com as Leis: aprodução de agregados deve

atender ou mesmo exceder asexigências contidas nas leis eregulamentos e instrumentoslegais nas jurisdições ondeocorrem” e passa por “notica-ções às comunidades, consul-ta e participação” e segue até “administração dolocal e impactos ao meio ambiente, sobre águas,agricultura e saúde da população”.

O componente básico da certicação é a transpa-rência e o comprometimento para lidar comquestionamentos e preocupações de indivídu-

os e organizações que podem ser impactadospor uma atividade extrativa de agregados. Anecessidade de um sistema de certicação éo resultado de anos de batalhas que demanda-ram altos custos e perda de tempo e que envol-veram comunidades e produtores. A certicaçãooferece um pequeno equilíbrio entre a necessi-dade por agregados e os objetivos das comuni-dades e da proteção ambiental.

A CRH Canada, por meio de sua subsidiária

Dufferin Aggregates, teve a primeira operação deextração de agregados agraciada com a Certi-cação. Areia, cascalho e brita produzidos pelaActon Quarry, situada em Halton Hills, na Provín-cia de Ontário, carregarão a partir da Certicaçãoo símbolo de produtos extraídos e processadosde modo sustentavel. A cerimônia da entrega daprimeira Certicação foi feita em 22 de fevereiro

último e contou com a presença da primeira-ministra de Ontário Kathleen Wynne e do ministroBill Mauro.

“Agregados são a base que sustentam nossasconstruções e estradas. Contudo, há uma tensãoentre nossas necessidades por esses produtos,a visão que as comunidades próximas a essasoperações têm delas e a necessidade de protegeras terras agriculturáveis e o meio ambiente. Pelaprimeira vez, existe uma forma desses produtos

básicos para nossa sociedade

serem obtidos de um modosustentável. A Certica-ção CSC pode melhorar osmétodos praticados pelo setorde agregados, reduzir confli-tos e gerar um mercado para

produtos obtidos sustentavelmente”, arma TimGray, diretor-executivo da Environmental Defense.

Caroline Schultz, diretora-executiva da OntarioNature, acredita na possibilidade. “É um passona direção correta sempre que empresários eorganizações ambientais trabalham juntos na

busca de soluções. Os esforços da CornerstoneStandards Council enfatizam a importância debalancear nossa demanda por recursos naturaise as necessidades das comunidades vizinhas e omeio ambiente. CRH Canada deve ser parabeni-zada por ter tido a primeira operação de extraçãomineral certicada e por indicar um novo caminhoque outras empresas podem seguir.”

Para produtores, a Certicação CSC é umapromessa de processo de licenciamento menos

Acreditamos que

as operações de

agregação pode

ser próspero,

respeitoso a

natureza, um

bom vizinho,

proteger as fontes

de alimentos,

promover o uso de

material reciclado

e ser sensível às

necessidades

de construção.

“AGREGADOS SÃO ABASE QUE SUSTENTAM

NOSSAS CONSTRUÇÕES

E ESTRADAS”

Certifcado de pedreira

responsável

Page 39: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 39/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 39

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

Setor mineral americano atingenovo marco em segurança

contestados e uma nova forma de conseguir aboa vontade das comunidades envolvidas. “ACerticação é um testamento do compromissodos produtores de agregados em lidar com anecessidade por agregados que considera as

exigências da comunidade e do meio ambiente.Agora, qualquer comprador de agregados, seja elesetor público ou privado, terá a conança de saberque está comprando materiais de construçãoobtidos responsavelmente”, disse BaudouinNizet,presidente do Grupo CRH Canada. CRH Canda eDufferin Aggregates estão muito orgulhosas deque ActonQuarry tenha sido ocialmente reconhe-cida como a primeira operação de extração deagregados do mundo a obter uma Certicação

de extração de recursos naturais responsável eesperam que essa conquista seja um catalizadorpara o setor”, completou.

“A Certicação demonstra bem a boa relação

entre CRH Canada e a cidade de Halton Hills”,disse Rick Bonnette, prefeito da cidade. “Ao seguiras Normas CSC e trabalhando pro-ativamentepara lidar com impactos ambientais e sociais,Acton Quarry conseguiu incorporar princípiosde sustentabilidade em suas ações tantodurante sua fase operativa como em relaçãoao uso futuro da área. Essa também foi a razãoda recente decisão de aprovar a expansão dasatividades da pedreira.”

Produtores de metais e não-metais americanosconseguiram superar dois marcos no ano passado:133 dias consecutivos de trabalho sem mortes e ummês de outubro sem mortes o que jamais ocorrera.

A boa notícia foi apresentada por Joe Main da Mine Safet and

Health Administration (MSHA) em reunião com a comuni-dade mineral ocorrida em janeiro. Main disse que os 133 diastranscorreram entre 4 de agosto e 14 de dezembro. O maiorperíodo anterior sem mortes foi de 82 dias que se encerrou em9 de janeiro de 2010.

O setor teve 17 mortes durante 2015, abaixo das 29 mortes doano anterior e encerrando um período de 23 meses seguidosiniciados em outubro de 2013 de elevação. De outubro de 2013até 3 de agosto de 2015, 52 trabalhadores morreram durantea jornada de trabalho, uma média de mais de duas mortesmensais. 30% dos mortos foram trabalhadores terceirizados.Por categoria, 30% dos mortos foram mineiros, 26% motoristas

de caminhões e 20% de supervisores.

Em vista da alta ocorrência de mortes, a MSHA lançou program-as de prevenção de mortes em junho de 2014, fevereiro de 2015 eagosto de 2015. Cada um deles envolveu rigoroso cumprimentode normas de segurança e educação e participacão. Educaçãoe participação foram alcançadas com scais que discutiram asmortes recentes e as melhores práticas de segurança com osmineiros em sessões nos locais de trabalho durantes as visitasde inspeção. Além disso, funcionários dos serviços de Ensinono Campo e Pequenas Minas visitaram milhares de minas para

transmitir informações sobre segurança e fornecer assistên-cia sobre conformidade. O pessoal que aplica as normas desegurança e saúde ajudou com visitas focadas no que MSHAconsiderava ter contribuído para as mortes, como treinamento

inadequado da função exercida e falhas nos exames dos locaisde trabalho. O setor de metais e não-metais foi expandido parafazer mais inspeções contando com pessoal realocado do setorde carvão mineral. Os programas iniciados em agosto foram osmais profícuos.

A agência também usou de sua força para pedir assistênciade interessados como sindicatos de trabalhadores e associa-ções de produtores. A MSHA disse que vai prosseguir nessesesforços em 2016 e solicitou dos presentes ajuda para juntostrabalhar na prevenção de mortes.

Page 40: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 40/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201640

Omercado global para agregados deve chegar a 51,7bilhões de toneladas métricas em 2019, com médiaanual de crescimento de 5,2%, segundo novo estudodo Freedonia Group. O relatório “World Construction

Aggregates” informa que o uso de agregados na construção deedifícios residenciais deve ser impelido pela virada no mercadoresidencial nos países desenvolvidos e pelo aumento da rendaper capita nos países em desenvolvimento, que estimulará ademanda por mais residências. O estudo também especulaque o aumento da renda vai criar necessidade de mais espaçospara o comércio, indústria e serviços. Além disso, a pesquisa daFreedonia também declara que investimentos em infraestrutu-ra por todo o mundo vão reforçar as vendas de agregados paraconstruções fora do setor de edicações.

Ao mesmo tempo, segundo o estudo, demanda por pedrabritada e agregados alternativos como concreto reciclado,escória e cinzas vai se expandir num ritmo duas vezes maiorque aquela por areia e cascalho. Reservas de areia e casca-lho estão se reduzindo em várias partes do mundo e minera-ções ilegais de areia se espalham em um grande número de

mercados em desenvolvimento que tiveramalto crescimento do consumo de areia. “Como

as ações para frear atividades minerais ilegaistêm sido em sua maioria inócuas, reservas deareia e cascalho em muitos países vão continuarexaurindo-se rapidamente até 2019”, informaZoe Biller. Isso, conclui Freedonia, vai resultar em

subidas de preço, principalmente em centros urbanos ondea demanda por agregados é mensurável, e vai fazer com queconstrutoras passem a buscar produtos com preços maisfavoráveis.

Ganhos na demanda por agregados serão maiores na RegiãoÁsia/Pacíco com Índia, Vietnan e Malásia apresentando os

crescimentos mais rápidos, prediz o estudo. Embora o cresci-mento no mercado chinês vai ser mais lento, a China devemanter-se de longe o maior mercado consumidor de agregadosem 2019, representando quase a metade das vendas mundiais.A Região África/Oriente Médio terá também um crescimentorápido, sendo que todos os mercados dos principais paísesmostrarão ganhos acima da média mundial. Uma melhoria naindústria da construção americana vai estimular as vendas deagregados na América do Norte, enquanto o retorno do cresci-mento após longo período de declínio vai beneciar os fornece-dores do mercado na Europa Ocidental. Um clima mais sadiona construção também vai estimular o crescimento na EuropaOriental até 2019.

 MUNDO

Demanda mundial por

agregados deve crescer

Nova série deconferênciasmundiais sobre

agregados

Com apoio e organização da Aggregates BusinessEurope, uma nova série de conferências de alto nívelsobre agregados – Agg-intelEurope - terá início em 27de junho, na cidade de Manchester, no RadissonBlu

Hotel, junto ao aeroporto de Manchester. Ela acontecerá quatrodias após o referendo sobre a permanência do Reino Unido naUnião Europeia. Será a primeira oportunidade de especular-se

sobre o impacto do resultado do referendo sobre as perspectiv-as das indústrias da construção e dos agregados. A conferênciaprecede de um dia a abertura da famosa Hillhead 2016 Exhibi-tion, demonstrações ao vivo de equipamentos de construção emineração, que se realiza na HillheadQuarry, situada na cidadede Harpur Hill, perto de Buxton, Derbyshire

Page 41: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 41/44

anepac.org.br PUBLICAÇÃO DA ANEPAC 41

ANEPAC - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ENTIDADES DE PRODUTORES DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO

Confrmaram a presença os seguintesconferencistas:

James Hastings, chefe do serviço de

informação global sobre o futuro da indústria daconstrução do Grupo Experian, uma das maisconceituadas empresas de previsão econômicaque abastece entidades ociais e governos comdados sobre o mercado.

Xavier Therin, um dos fundadores daempresa de consultoria mineral AR5 e anteri-ormente vice-presidente de Terras, RecursosMinerais e Mineração da Lafarge.

Julia Georgi, da Strategy, grupo de consulto-

ria sobre estratégia da Pwc, que é especialista emmelhoria de performance comercial e industriale que trabalhou anteriormente na HeidelbergCement.

Simon Purchon, diretor de desenvolvimentode negócios do Babcock International Group, quevai expor sobre gerenciamento e manutençãoecaz de frotas de equipamentos; é uma dasmaiores autoridades no gerenciamento de bens ede frotas complexas. Entre os clientes da Babcockestão Aggregates Industries e Lafarge. Purchon

argumenta que o método usado pela Babcockpode levar a reduções de custos acima de 15%.

A agenda da conferência ainda inclui desenvolvi-mento de mercado para areia manufaturada;megadados e a indústria de agregados; seleção defrota eciente; e últimas novidades em inovaçãotecnológica.

As próximas conferências Agg-intel estão progra-madas para serem realizadas na primavera de2017 em Hong Kong, em Bruxelas em novembrode 2017 e em Cleveland, Ohio (EUA) em outubrode 2019. A conferência foi idealizada e organiza-da pelas revistas Aggregates Business Europe eAggregates Business International e pelo portalAggregate Research.

Para mais informaçõesGraham [email protected]

+44 (0) 1865-318123 +44 (0) 7711-650691www.agg-inteleurope.com

Demanda por cimentono mundo deve cair

devido à China

Aprodução mundial de cimento deve perder o ritmo devido aosignicativo declínio na demanda chinesa, trazendo para baixoa média de crescimento para o período 2015-2020 para 0,7%.Como resultado, o consumo mundial de cimento deve atingir

4,0 bilhões de toneladas métricas em 2016 e 4,2 bilhões de toneladas em2020, segundo reavaliação do Relatório de Previsão de Volumes Mundiaisde Cimento da CW Research.

O novo relatório da CW traz cenários mundial e regionais, baseado em

detalhada análise de oferta e demanda de 55 importantes países, signi-cando cerca de 95% da demanda mundial por cimento. O cenário de cincoanos apresentado nesse estudo de referência permite a prossionais daindústria cimenteira modelar suas perspectivas sobre o mercado e priori-zar os negócios. “O grande acúmulo de desaos econômicos mundiaiscom certeza brecará o mercado global para o cimento nos próximosanos”, disse Robert Madeira diretor-gerente da CW e pesquisador chefedo estudo. “Estamos testemunhando uma queda sem precedentes nacapacidade e na demanda da China, uma situação que somente ela éresponsável pela revisão negativa do cenário em nossa reavaliação, o queescurece o tradicional brilho do mercado do cimento.”

Estamos testemunhando uma queda sem precedentes nacapacidade e na demanda da China.

Page 42: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 42/44

ANO 19 EDIÇÃO 66 JANEIRO À MARÇO 201642

O consumo de cimento cresceu

3,8% no ano passado emrelação a 2014, atingindo 105milhões de toneladas curtas,

segundo a Portland CementAssociation. Por sua vez, oconsumo de agregados paraconstrução cresceu 6% em

relação a 2014, segundo UnitedStates Geological Survey.

Oconsumo de cimento porregiões mostra que a regiãodo Pacíco tem um ritmo maisintenso, com crescimento

de 9,1%, enquanto a Centro Oeste-Sulteve a única queda no consumo (-3,0%),

embora em termos de volume consumi-do ainda permanece com a maior fraçãodo mercado americano (20%).

Valores menores de frete oceânico, dólarforte e condições adversas da economiamundial favoreceram as importaçõesde cimento que cresceram 34,4% entre2014 e 2015. Usinas europeias maisdo que dobraram suas exportações emdireção ao Oeste.

Jason Willett, especialista em agrega-dos do USGS, estima que o consumode agregados para construção foi de 2,5bilhões de toneladas-curtas em 2015.Areia e cascalho representaram 931milhões de toneladas, um aumento de5% em relação a 2014, sendo que 48% dovolume foram para concreto readymixede concreto manufaturado. Os cincomaiores estados produtores em ordemdescendente foram Texas, California,Minnesota, Washington e Michigan.

Em termos de rocha britada, foramconsumidos 1,5 bilhões de tonela-das (70% de rocha calcária e 13% degranito) em 2015, um aumento de 7% emrelação ao ano anterior. Texas, California,Pensilvânia, Ohio e Michigan, em ordemdecrescente, foram os cinco maioresestados produtores, sendo que foramresponsáveis pro 735 milhões do total,7% mais que em 2014.

 MUNDO

Consumo de cimento eagregados cresce nos EUA

Page 43: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 43/44

© 2015 Caterpillar. Todos os direitos reservados. CAT, CATERPILLAR, seus respectivos

logotipos, “Amarelo Caterpillar” e o conjunto-imagem POWER EDGE ™, assim como aidentidade corporativa e de produto aqui usada, são marcas registradas da Caterpillar e não

podem ser utilizadas sem permissão.

}  SUPORTE EM TODO BRASIL}  QUALIDADE COMPROVADA PELO MERCADO}  FILIAIS EM TODOS OS ESTADOS

Fone: 0800 940 7372

www.pesa.com.br

Fone: 0800 084 8585

www.sotreq.com.br

A escavadeira 318D2 L é onovo lançamento Cat®  queestá se tornando referênciapara o mercado. E através doEcomode, sistema exclusivoda Cat®, a 318D2 L consegueuma economia de 12 a 15%

de combustível.Oferecendo baixos custos deprodução e produtividade, aCat® 318D2 L reflete o desejodo seu segmento. Venhaconferir!

Visite o hotsitewww.lancamentoscat.com.br

e saiba mais!

CONSTRUÍDA PARA FAZER™

Utilize o QR Code abaixo para conhecer nossos produtos e peça jáo seu orçamento online.

SINÔNIMODE TRABALHO

BEM FEITO.

FUEL LEVEL:

E F

CAT® 318D2 L COMECOMODE. É SÓ LIGAR

E ECONOMIZAR.

Page 44: Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

7/26/2019 Revista AreiaBrita Ed66 Anepac Web 20160517

http://slidepdf.com/reader/full/revista-areiabrita-ed66-anepac-web-20160517 44/44