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Revista Atua - Março 2013

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A Atua Revista é uma publicação da Associação Comercial de São João da Boa Vista. Sua distribuição é gratuita. Contato pelo telefone (19) 3634-4310 ou ainda pelo email [email protected]

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Neste ano de 2013 a Revista Atua comemorará seu sétimo ano de existência. De lá pra cá, muita coisa mudou. O que não mudou – e não irá mudar – é nosso compromisso de informar sempre com o máximo de isenção, credibilidade e qualidade. Por isso reunimos uma grande gama de colaboradores e especialis-tas, das mais diversas áreas, para trazer sempre até você temas atuais.

E nessa edição do mês da mulher, como não poderia ser diferente, entrevista-mos uma das mulheres de maior destaque no município, Patrícia Magalhães, 46, mãe, esposa, advogada, gerente de um plano de saúde e, agora, vice-prefeita de nossa cidade. “O grande desafio, que espero conseguir, que é o desafio do prefeito, é melhorar a questão da educação”, afirma Patrícia. No meu ponto de vista, a educação é o segmento que demanda mais investimentos dos governos. Mas não apenas investimentos tecnológicos, em material didático ou escolas; mas também na humanização, sociabilidade e respeito com os professores.

Outro tema especial é sobre a evolução do cinema nacional que nos últimos anos, está em franco crescimento, tanto em número de produções como em público. Em 2011, de acordo com a Ancine, o número total de ingressos ven-didos chegou a 143,9 milhões. Você conhecerá mais sobre o renascimento do cinema nacional na matéria de Franco Junior.

Além dessas matérias, dicas, tendências, beleza, saúde e muitos outros temas você confere nesta edição de Março da sua Revista Atua.

O que não podemos deixar de citar é que estamos sempre abertos para suges-tões, críticas e elogios, através do nosso Facebook, Twitter e website.

Uma ótima leitura!

Ângela Loup PessanhaEditora-chefe

’editorial

Ops... erramos!

Na matéria O conflito árabe-israelense, publicado na última edição na página 108, a legenda do infográfico que apontava o crescimento do estado israelense estava invertida. Na verdade, o bege mais escuro representava as terras do israelenses en-quanto o mais claro, as terras árabes.

Também no anúncio da Free Importados, o telefone da empresa foi grafado erronea-mente. O correto seria (19) 3633-5622.

A Revista Atua (ano 6, número 22, Março de 2012) é uma publicação sem fins lucrativos da ACE - Associação Comercial e Empresarial - Rua São João, 237, Centro - São João da Boa Vista-SP. Tel. 19 3634-4300. Sua distribuição é gratuita e dirigida, não podendo ser comercializada. Colaborações e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião dessa publicação. Tiragem: 4 mil exemplares

Editora-chefeÂngela Loup Pessanha | [email protected]

Gerente ExecutivoAnselmo Moreira | [email protected]

Jornalista responsávelLuiz Gustavo Gasparino - MTb. 47.333 | [email protected]

MatériasMisael MainettiAna Paula Fortes

RevisãoJoão Sérgio Januzelli de Souza | [email protected]

Projeto gráficoMateus Ferrari Ananias | [email protected]

Venda de espaços publicitáriosGabriela Tomé | [email protected]

PublicidadesAlexandre Pelegrino | [email protected]

Fotos publicitáriasJuan Landiva - (19) 9371-4781

Produção de modaMichelli Delcaro - (19) 9212-2425

Fotos sociaisDavis Carvalho - (19) 8210-9499

CapaModelo: Patrícia MagalhãesFoto: Juan Landiva

ImpressãoGRASS (São Sebastião da Grama/SP) - (19) 3646-7070

Siga a Revista Atua nas principais redes sociais:

Atua Revista

facebook.com/atuarevista

@atuarevista

Dicas100

Cinema98

49 anos do Golpe Militar94

Cartão fidelidade e o engano logístico88

Um Sol que não vemos84

História através das caricaturas80

Agito78

A rádio fantasma russa102

Logística reversa106

Ascenção do cinema brasileiro108

Receitas64

Brigas na relação32

Tendências de decoração30

A moda musical28

Sujeira dos cães24

Tendências18

Tendências outono-inverno14

Câncer de mama36

TPM tem solução40

192 ou 193? Para quem ligar?42

Incenssos macaúbicos46

Alergias de outono56

Mulheres empreendedoras60

As apostas da estação12

Ensaios sobre cultura110

Agito112

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EU USOÓCULOS

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’caixa de entrada

“O editorial de moda que foi feito na Serra da Paulista está simplesmente lindo!”Luiza Ferraz

Cartas para esta seção...

Podem ser enviadas para o [email protected] ou por carta à rua São João, 237, Centro, São João da Boa Vista/SP. Por motivo de espaço, as cartas selecionadas para publicação poderão sofrer cortes.

Eleições

“Gostei muito do formato que foi aplicado na entrevista com o prefei-to eleito, na última edição da Revista Atua. Em especial, gostei dos dados que a revista disponibilizou sobre os votos brancos, nulos e o primeiro colocado em cada região da cidade. A possibilidade de que o leitor pos-sa realizar perguntas ao entrevistado também é muito legal e eu acho que ofere interatividade com a revis-ta. Vocês estão de parabéns!”Adilson Roberto

Fim do mundo

“Agora que sobrevivemos ao dito fim do mundo, tenho de parabe-nizar pelo trabalho de pesquisa que originou a matéria sobre ele, especialmente sobre o ‘Incidente do Equinócio de Setembro’. Mesmo tendo vivido essa época da guerra fria nunca tinha ouvido falar sobre esse caso que quase gerou uma guerra nuclear. Outra matéria que valeu a pena ler foi sobre a fuga de Hitler para a Argentina. Ela estava repleta de referências e citações, que a tornam muito mais incrível”Manoel B. da Silva

Crianças terceirizadas

“Eu achei muito interessante essa matéria e acredito que é um retrato fiel do que anda acontecendo atualmente. Em meio a essa sociedade cada vez mais veloz, acabamos mesmo terceirizando a criação dos filhos, passando muito pouco tempo com eles. Eu acredito que esse tipo de comportamento deve repercutir de forma muito negativa no desenvolvimento delas. Talvez seja hora de refletimos sobre desacelar um pouco nossa vida”Marco Antonio Lourenço

Matérias

“Eu acho que as matérias da Revista Atua estão melhorando a cada dia. Tenho gostado muito dos temas, das abordagens e das entrevistas de vocês. Continuem assim. Um forte abraço!”Felipe Sampaio

Moda e estilo de vida

Criado pela designer de jóias, Maria Fernanda Murad, o blog traz looks, dicas, e todas as tendências para as estações . Nele, as apaixonadas por moda se interam sobre eventos , lojas, novidades, e sempre de forma clara e descontraída.

Olhe lá depois:www.mafemurad.blogspot.com.br

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’radar

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por Gabriela Carvalho Domingues

O inverno é a estação do ano em que

nossa pele exige cuidados redobrados.

Isso porque o vento, as baixas tempera-

turas e os banhos excessivamente quen-

tes podem ocasionar um ressecamento

intenso e é aí que surgem as rachaduras,

o prurido, a sensibilidade e vermelhidão.

Assim, torna-se indispensável preparar

a nossa pele para receber a época mais

fria do ano! Confira as dicas a seguir.

Banho quente, nunca! - Evite tomar

banhos muitos quentes. Isso porque

a água quente, embora reconfortante,

resseca muito a nossa pele, retirando a

proteção natural. Opte por sabonetes

suaves, de preferência os glicerinados

ou com ativos hidratantes e com pH

próximo ao da pele.

Esfoliação, já - A esfoliação é uma

etapa importante no cuidado com a

pele. Deve ser feita em casa, no má-

ximo três vezes por semana. Esse pro-

cedimento retira as células mortas da

pele, deixando-a mais fina e prepara-

da para receber o hidratante. Prefira

os esfoliantes com grânulos mais finos

e delicados para pele do rosto e com

grânulos maiores para o corpo. Dê

atenção especial aos joelhos, cotove-

los e calcanhares.

Super hidratação - Depois da esfolia-

ção, é hora de hidratar. Cremes e lo-

Como preparar apele para o invernoPor causa do vento e baixas temperaturas torna-se indispensável esse cuidado

’beleza

ções à base de uréia, ceramidas e óle-

os vegetais (amêndoas, uva, girassol

etc.) ajudam a manter a pele do corpo

hidratada e com aspecto saudável. Es-

ses hidratantes funcionam como uma

barreira para pele, protegendo-a do

ressecamento excessivo e até mesmo

do envelhecimento precoce.

Para o rosto, prefira hidratantes

com textura mais leve, à base de vi-

taminas, ácido hialurônico e extratos

vegetais que auxiliam na recuperação

da pele e possuem ação antirrugas.

Use filtro solar - Mesmo nos dias

mais frios, nunca esqueça o filtro

solar. Além de prevenir o apareci-

mento de rugas e manchas, ele é de

extrema importância no combate

ao câncer de pele.

Fique ligado!

O inverno é a época ideal para realização de procedimentos como

peelings (foto abaixo) e lasers. Esses tratamentos são capazes de

corrigir cicatrizes de acne, manchas, rugas e outras alterações de-

correntes do envelhecimento. Com a ausência do sol forte durante

a estação fria do ano, fica mais fácil clarear as manchas e reduzir

pequenas imperfeições que, muitas vezes, são adquiridas no verão,

pelo excesso de exposição à luz solar. Alguns procedimentos

requerem um preparo da pele com cremes especiais para garantir

melhores resultados, portanto, deixe agendada sua consulta com o

dermatologista e descubra qual o tratamento mais adequado para

manter sua pele saudável e bonita por muito mais tempo!

Foto: Reprodução internet

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’moda

Trend: as maioresapostas da nova estação Os maxi brincos chegaram com tudo e prometem sucesso entre as mulheres

por Mafê Murad

A tendência dos maxi brincos vem com tudo nesta nova

estação. Eles bombaram nos últimos desfiles e agora

estão chegando às ruas e fazendo a cabeça das brasilei-

ras. Os cabelos presos deixam os brincos com mais des-

taque afinal, um brincão desses é para ser mostrado!

Ao contrário do que parecem, os brincos são bem

leves e fáceis de combinar tanto com looks abusados

quanto com os mais básicos. Como se trata de um

maxi acessório, muitas vezes não há necessidade de

se usar outros complementos como colares e pulsei-

ras. Prefira equilibrar o look final com peças mais deli-

cadas e que não chamem tanta a atenção.

Outra tendência que já está dando o que falar

são os crucifixos. E não é por acaso, eles são lindos

e possui um significado de proteção e fé, uma óti-

ma pedida para finalizar um look bacana! Outras

opções são as versões mais rústicas como a feita

em crochê ou então em uma versão maxi! O mais

legal é que essa tendência veio para os homens

também, com versões estilizadas da cruz.

O bacana é se jogar nos acessórios trans-

formando seus looks básicos em looks super

na moda. Vale usar e obusar dos terço, e das

pedras naturais. A paleta de cores dos aces-

sórios segue colorida, porém em tons mais

fechados e escuros.

A blogueira do Maria Finna, Laryssa Murayama, com brinco cruiser .

Fotos: Divulgação

Acima, maxi brincos. Ao lado, copie o look das famosas, entre elas a nossa blogueira de

São João da Boa Vista, Larissa Batista.

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por Mafê Murad

O verão ainda está com tudo e algu-

mas tendências deste outono-inver-

no 2013 já desfilam pelas passarelas

do Brasil e começam a circular pelas

ruas. As referências são: o gótico, o

militarismo e o barroco, com peças

que prometem aquecer os termôme-

tros do estilo na próxima temporada!

As cores seguem os tons mais

escuros. Preto, cinza, verde, roxo, ver-

melho e vinho. Vale apostar nas listras

que se sobressaem, no mix de textu-

ras como renda, lã e veludo.

O preto, o couro sintético, as es-

tampas de crucifixo e os detalhes

em tachas e spikes são os principais

representantes da tendência gótica,

que já podem ser vistas nas ruas du-

rante o verão. Para os sapatos, a es-

tação pede conforto. As botas curtas

estão em alta mais uma vez, assim

como calçados abotinados, como as

moto boots e as lita boots (bota-de-

sejo das fashionistas).

O militarismo vai além da estam-

pa camuflada e os tons de verde e co-

meça a influenciar a modelagem das

peças. As parkas são descontraídas

e as camisetas possuem estampas e

aplicações localizadas.

Arabescos, brocados e rendas fa-

zem do barroco uma tendência gla-

morosa que foram apresentados pe-

las principais marcas internacionais

e nacionais. O Outono Inverno 2013

vem com muito dourado, estampas

florais inspiradas em tapeçaria, velu-

Tendências do outono-invernoSe prepare para a nova estação com muito militarismo, peças em gótico e barroco

’moda

dos e transparências elegantes. Chic

é a palavra de ordem, junto à riqueza

dos materiais, o sonho, a imaginação.

Sem falar que esta tendência trans-

porta-nos para épocas históricas de

grande beleza.

E para arrematar os looks, a ma-

quiagem com cores em preto, mar-

rom e cinza são uma boa pedida.

As roupas inspiradas no armário

masculino, como os casacos com cor-

te semelhante ao terno, ganharam no-

vas cores e detalhes femininos, os con-

juntinhos com saias ou calças podem

ser usados para ir ao trabalho, pois são

peças confortáveis e discretas.

Se jogue nas tendências, levan-

do sempre em conta seu estilo, o

que se sente bem ao vestir e o que

cai bem em seu corpo!

Fotos: Reprodução Briefings e Batons

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’tendências

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’tendências

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Fazer ou não fazer a barba?A preguiça ao se barbear, pode aniquilar a barba e até mesmo a pele do homem

’beleza

Levantar cedo, lavar o rosto, escovar os dentes, tomar ba-

nho e ir trabalhar. Qual homem nunca ficou com preguiça

de fazer a barba? Pois é, para alguns, o jeito é gostar de

permanecer com barba. Para outros, o jeito é dar aquela

“fugidinha”. Mas será que fazer a barba todo dia é saudável?

De acordo com o dermatologista americano Jeffrey

Benabio, responsável por um famoso site americano, o

“The derm blog”, que já atraiu quase quatro milhões de

visitantes, fazer a barba todos os dias é um risco à saúde da

pele. “Os homens não se barbeiam, eles aniquilam a barba e

ainda aniquilam a pele”.

Muitos homens têm barba grossa e encaracolada, mais

vulnerável ao encravamento. Além disso, quando os ho-

mens se barbeiam, formam-se feridas e cortes e o ideal

é dar tempo à recuperação da pele para que ela cicatrize

e possa receber novo corte, mas na prática não é o que

acontece! Muitos homens têm que fazer a barba todos os

dias, por conta do emprego ou de preferência, e acabam

repletos de ferimentos e inflamações.

Barbas grossas - No caso de homens com barba mais

grossa ou com mais tendência de encravamento, a dica é

realizar sessões a cada três dias ou ainda recorrer às depi-

lações a laser para enfraquecer os pelos. De acordo com a

Sociedade Brasileira de Dermatologia, homens com pelo

reto e fino podem fazer a barba diariamente sem proble-

mas. De forma geral, a lâmina causa apenas problemas aos

homens com pelos grossos e encaracolados.

Dicas - Utilizar creme, condicionador ou não utilizar nada

ao fazer a barba? O que é melhor? De acordo com espe-

cialistas, existe maneira correta de utilizar a lâmina. Ao to-

mar banho, passe uma camada de condicionador na re-

gião da barba. Isso ajuda a amolecer os pelos e, além disso,

o vapor do chuveiro também hidrata a pele.

É difícil ter tempo para tantos cuidados, mas o ideal

é aplicar uma toalha quente no rosto por três minutos

– isso ajuda na vasodilatação e incha um pouco os pe-

los. No supermercado, existem vários cremes e espu-

mas de barbear. Produtos com textura de gel e mousse

são recomendados para peles oleosas e cremes são

indicados somente para peles secas.

O reparo ideal - Use a água

quente da pia para lavar corretamente

e secar o barbeador. Isso confere vida

mais longa às lâminas e deixa você

em dia com seus cuidados, pois em

primeiro lugar higiene, depois, beleza.

>

Foto: Reprodução internet

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A mania de passar a lâmina várias

vezes no rosto é totalmente prejudi-

cial à pele. O problema não é o nú-

mero de lâminas na gilete, mas é a

quantidade de vezes de aplicação

de lâmina na pele. O homem deve

se barbear, de preferência, com bar-

beador limpo e de três lâminas.

A mania de usar a lâmina no

sentido oposto do crescimento dos

fios pode fazer com que o pelo pe-

netre na pele antes de ser cortado,

prejudicando o rosto e encravando

os fios. Não é nada saudável barbe-

ar várias vezes o rosto e, logo após

o corte, é indicada a utilização de

água corrente fria, o que causa o fecha-

mento dos poros e evita sangramentos.

De maneira geral, é necessário

privilegiar o uso de creme de bar-

bear ou algum produto hidratante

para “acalmar” a pele. A pele seca

envelhece precocemente, por isso,

o homem deve privilegiar cremes

hidratantes, com moléculas de ação

antirradical livre. A prevenção sem-

pre é válida, por isso utilizar filtro so-

lar é indicado. Essa proteção evita o

envelhecimento da pele.

Sessões a laser - O tratamento a la-

ser é ideal para os homens com ir-

ritações constantes e pelos grossos

e encaracolados. As sessões a lazer

diminuem a espessura dos fios e a

grossura dos pelos. Em alguns ca-

sos, muitos pelos nascem a partir de

um mesmo folículo, o que causa gran-

de irritabilidade à pele e, nessa situação,

o laser também é uma boa pedida.

Quando o problema é o bolso, o

consumidor, é claro, pensa em eco-

nomizar e daí opta por poucas ses-

sões. Segundo a Academia America-

na de Dermatologia, o laser destrói

primeiro os fios mais fracos e, devi-

do a isso, fazer poucas sessões só é

recomendável para quem não tem

planos de deixar a barca crescer.

O projetista em telecomunica-

ção Bruno Melo, morador de São

João da Boa Vista, gosta de deixar a

barba, mas, ao se barbear, faz ques-

tão de tomar cuidado: “Eu faço a

barba duas vezes por semana. Quan-

do quero deixar a barba, eu aparo

com a máquina para não ficar muito

grande; pelo menos uma vez por se-

mana. Dessa maneira, eu nunca tive

complicações”. A

Dicas para um barbear perfeito:

1 - Lave o rosto com água quente, um pouco mais do que morna. Isso abre os poros, facilita a limpeza da pele e o

deslizar da lâmina, que deve estar limpa. Se for usada, deve ter corte o suficiente para mais um barbear, sem irritar

ou ferir sua pele.

2 - Use um “pre-shave” que pode ser substituído por um sabonete facial líquido. Esta ação prepara a pele para o

corte. Se não tiver paciência e nem tempo, deixe o sabonete líquido facial, no box, junto com xampu. Depois do

cabelo, lave seu rosto com o produto adequado. Faça a barba, após a chuveirada. Simplifique. Existem produtos do

tipo “3 em 1”: para cabelo, rosto e corpo.

3 - Não exagere na espuma de barbear. Quanto melhor a qualidade menor a quantidade. Se a sua pele for sensível,

use protutos próprios. Espalhe de um lado e depois do outro lado do rosto.

4 - Aplique “golpes”curtos o suficiente para ir barbeando pequenas áreas, isso evita o escanhoamento, que se mal

feito, pode maltratar a pele.

5 - Após a barba, lave o rosto com a água o mais fria possivel. Isso facilita fechar os poros e evita a vermelhidão.

6 - O toque final fica por conta do seu “after shave”, gel, creme ou loção. Existe no mercado muitas possibilidades

com preços para todos os bolsos, gostos e tipos de barbas. Os mais indicados são para pele sensível, pois têm

propriedades chamadas de “calmantes”.

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Sujeira dos cães não é maismotivo de preocupaçãoSaiba quais são as dicas para se ter um cão e uma casa limpa ao mesmo tempo

’seu pet

Ter um cãozinho em casa é o sonho de toda criança. Aliás,

não só das crianças, mas de muitos adultos também. Afinal,

quem é que não quer um ser todo peludo para dar e rece-

ber carinho? Quem não quer ter em casa, a todo momento,

o mais fiel amigo do homem? Mas é bom lembrar que nem

tudo é um mar de rosas. Na hora de limpar a sujeira que esse

lindinho deixa bate aquele arrependimento. Porém isso não

é motivo para não se ter um bichano que irá compartilhar

de sua rotina diária. Existem algumas técnicas que facilitam

e muito a vida dos donos da casa.

Atenção as dicas - Conforme a veterinária, Juliana Massa-

ro, entre as principais dicas estão: Escolher o local onde

o pet irá fazer as necessidades, “se o animal ficar dentro

de casa, o ideal é um local fixo e calmo, lembrando que este

deve ser muito bem escolhido por causa do odor”; Insti-

tuir horários, “isso começa pelo controle da alimentação,

ou seja, não deixar ração disponível o dia todo”; vigiar os

horários das necessidades do seu pet, “assim que vê-lo

fazer cocô ou xixi em local indevido, interrompa-o e leve-o

ao lugar certo, se ele conseguir, faça-lhe agrados”; Limpar

bem o local inadequado onde o cão fizer xixi ou cocô,

“os cães têm o olfato muito apurado e se sentirem o cheiro,

retornarão ao erro, existem alguns produtos próprios para

essa limpeza, e o famoso Pipi Pode Não Pode, que auxilia

no adestramento sanitário de cães”.

A veterinária explica ainda, que se o animal fizer as

necessidades fora do lugar escolhido, ele não deve ser

punido, pois não irá compreender o motivo da briga ou

tão pouco a punição.

Animal no quintal – Quando o cão vive no quintal tudo fica

mais fácil, principalmente se for filhote. Basta escolher o

local onde quer que o pet faça as necessidades, observar

quando ele estiver fazendo e colocá-lo imediatamente

no local escolhido. “Deixe os dejetos por lá um tempinho,

isso ajuda muito, pois ele saberá que este é o lugar em que

pode ser feito”, conta Juliana. Outra opção, conforme a es-

pecialista, é usar o produto Pipi Pode, colocando-o em

cima de um jornal. Isso tudo se torna fácil se o dono tiver

dedicação, carinho e paciência.

Se sujeira era a justificativa para não se ter um cão em casa,

a partir de agora não existem mais motivos. Afinal, em pouco

tempo ele estará treinado a fazer as necessidades no lugar cer-

to e será todo só carinho. Então adote o seu animalzinho de

estimação e receba amor recheado de várias lambidas. A

Foto: Reprodução internet

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’agito

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’esporte

A moda musical do verãoEstilo criado em 2001, a Zumba ganhou muitos adeptos, agora também no interior

por Luiz Gustavo Gasparino

Uma aula de dança é capaz de trazer

dezenas de benefícios ao corpo e à

mente. Além de movimentar o esque-

leto inteiro, queimar calorias e melho-

rar o condicionamento físico, bailar

fortalece ossos e músculos, melhora o

equilíbrio e o humor.

E, no verão, a procura pela dança

cresceu. Unindo os ritmos do mo-

mento com a perca de calorias sur-

giu a Zumba, um estilo que mistura

treinamento de resistência com vá-

rios ritmos latinos (salsa, merengue,

kuduro etc.), além de funk, axé e –

para ganhar mais adeptos – até mes-

mo o sertanejo universitário.

A Zumba foi registrada por colom-

bianos em 2001 (veja box ao lado), po-

rém chegou ao Brasil em 2011, em São

Paulo e Rio de Janeiro. Da metade de

2012 para cá, começou a rodar tam-

bém o interior do país.

O dançarino da banda Gênese e pro-

fessor no Palmeiras Futebol Clube, Carlos

Eduardo Tavares da Silva Nunes, dança

desde os 17 anos (hoje tem 28), mas há

dois anos iniciou o trabalho com a Zum-

ba nessa região. “Sou o precursor da Zum-

ba em cidades como São Sebastião da

Grama, Vargem Grande do Sul e São João

da Boa Vista, onde dou aulas”, relata.

Independentemente se sabem

dançar ou não, todos se adaptam fa-

cilmente a uma aula de Zumba. “É

uma aula completa e não possui técni-

cas. Trabalha toda a musculatura e en-

volve performances. Serve para homens

e mulheres e para todos os biotipos de

corpo”, afirma Carlos.

Mas qual a diferença entre uma

aula de dança e de Zumba? Professor

Carlos responde: “A aula de dança en-

volve técnicas, diferente da Zumba, que

é focada na perda de calorias e na parte

aeróbica. Nada mais é que a mistura dos

ritmos com exercícios físicos”, explica.

Todas as idades, desde crianças

até senhoras, estão a praticando. En-

tre outros benefícios, a Zumba reduz

dores, potencializa o aprendizado, a

memória e a atenção, retarda o pro-

cesso de envelhecimento e altera as

frequências cardíaca e respiratória

(o coração pode chegar a 200 bati-

das por minuto, e os pulmões fun-

cionam em até 20 respirações por

minuto – quase o dobro do trabalho

normal). Isso sem falar no convívio

coletivo, que pode garantir novas

amizades e boas risadas.

“A pessoa perde de 500 a 600 calorias

em uma hora de aula, se ela não parar

para descansar ou beber água. Trabalha

a parte cardiovascular e é uma terapia

fantástica, pois a dança mexe com o

psicológico. É a melhor coisa para quem

Aula completa - A Zumba nada

mais é do que uma dança que mistura

treinamento de resistência com vários

ritmos latinos (salsa, merengue, kuduro)

e também os ritmos brasileiros (funk,

axé e sertanejo universitário).

Foto: Reprodução internet

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está com depressão”, cita o professor.

Inovação – Carlos dá uma aula dife-

renciada para os mais de 130 associa-

dos do clube alvinegro que praticam a

Zumba. “Além da origem da Zumba, dou

uma mesclada com alguns estilos que

uso, por ser dançarino. Sempre com um

pouco daquilo que o povo está curtindo

no momento, como sertanejo, pagode,

entre outras músicas atuais”, comenta.

Apesar de no verão o número de

participantes ter crescido, Carlos ga-

rante que a procura acontece o ano

inteiro, tanto no clube como em suas

aulas particulares. “O que mais chama

a atenção das pessoas é o resultado

e os benefícios que a Zumba traz em

pouco tempo, como a perca de calo-

rias e a eliminação de gordura. Dan-

çando você nem percebe o cansaço e

o resultado é rápido”, ressalta.

História da zumbaDesde que foi registrado como empresa, nos Estados Unidos,

em 2001, a Zumba Fitness virou um grande negócio para seus

sócios, os colombianos e xarás Alberto “Beto” Perez, Alberto

Perlman e Alberto Aghionmania. Não bastasse, é hoje conside-

rado uma filosofia de vida entre seus praticantes, que, além do

sorriso estampado no rosto, ostentam a logomarca da Zumba

em roupas coloridíssimas, tênis, acessórios e até no corpo.

Peace, love and Zumba (“Paz, amor e Zumba”), Zumba... have

fun! (“Zumba... Divirta-se!”) e Zumba saved my soul (“Zumba

salvou minha alma”) eram algumas das tatuagens mais vistas

entre os participantes do Zumba Convention 2012, em Orlando

(EUA), evento que reuniu aproximadamente 8 mil instrutores e

entusiastas em torno das novidades da Zumba, que já lançou

no mercado DVDs com aulas domésticas e até videogames nas

três principais plataformas: Wii, Xbox e PS3.

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’decoração

Tendência de decoraçãopara ambientes em 2013Verde esmeralda, técnicas de envelhecimento e papéis de parede são algumas das opções

Certamente, a decoração de am-

biente é uma das atividades prefe-

ridas das mulheres. E estar por den-

tro de todas as novidades e apostas

de especialistas é essencial. Para o

ano de 2013, invista no verde esme-

ralda, mesmo que seja apenas um

objeto decorativo ou um móvel,

dando mais alegria à casa.

Técnicas de envelhecimento em

móveis, tapetes e objetos garantem

ao ambiente uma decoração total-

mente descolada. Isso sem falar no

uso de ferro, aço e metal cromado

que vão continuar em alta.

Os papéis de parede que marca-

ram presença nos anos 1970, e depois

viraram sinônimo de velharia e coisa

brega, estão de volta com tudo. Os

novos materiais garantem mais dura-

bilidade e efeitos tão diferentes que é

quase impossível resistir a eles.

Apostar em formas geométricas

e orgânicas é uma proposta apon-

tada por especialistas da área. Outra

possibilidade é investir em texturas

na parede e também em uma pintu-

ra degradê com tonalidades que se

complementem.

A designer sanjoanense Ana Caro-

lina Martini Fogo e sua mãe, a arquite-

ta e artista plástica Maria de Lourdes,

a Marilú, não economizaram nas dicas

para que uma casa fique bem deco-

rada, confortável e moderna, sem se

esquecer do mais importante, que ela

tenha personalidade.

“Um bom designer de interio-

res deve levar em consideração os

gostos e os hábitos do cliente, não

esquecendo que objetos de valores

sentimentais podem ser inseridos na

decoração do ambiente como algu-

mas coleções, lembranças de viagem,

antigos móveis de herança de família.

Entendo que esses objetos não podem

simplesmente serem descartados por

fazerem parte da história da família

que ali vive, e descartá-los é correr o

risco de produzir uma decoração im-

pessoal e fria, que se assemelharia a

um ambiente decorado para mostru-

ário”, contou Ana Carolina.

Porém unir a moda ao perfil da

pessoa que quer decorar a casa não

é algo fácil de se fazer e esse é com

certeza um dos principais desafios

do designer. “É preciso unir e inserir

esses objetos com classe e bom gosto

no ambiente, de uma forma que eles

contem a história de quem ali vive,

Papel de parede - Eles que marca-

ram presença nos anos 70 e, depois foram

considerados bregas, voltaram com tudo

como tendência de decoração. Agora com

materiais mais duráveis e efeitos diferentes.

Foto: Reprodução internet

Page 31: Revista Atua - Março 2013

31

podendo ser reconhecidos por qual-

quer pessoa que visitar o local”.

Cores quentes e fortes deixam o

ambiente mais aconchegante. “Mes-

mo que o cliente não goste de cores for-

tes, podemos utilizar os tons pastéis, in-

cluindo aqui e ali objetos de decoração

em tons mais quentes, que ajudarão na

composição do resultado final”.

Fotografias - É preciso ter cuidado na

utilização de fotografias de familiares

na decoração. “Personalizar o ambien-

te não implica, necessariamente, em

expor todas as fotografias de familia-

res ao redor da sala. Elas devem ser

expostas nas partes intimas da casa.

Então reserve apenas alguns porta-

-retratos que darão um toque especial

de personalização ao ambiente e use

as fotos de família para compor uma

galeria no corredor íntimo da casa,

usando apenas fotos em preto e bran-

co, por exemplo, e desfrute do prazer

de manter às suas vistas as imagens

de pessoas queridas, que fazem ou fi-

zeram parte importante da sua vida”,

explicou Marilú.

Uma casa bem decorada deve

conter muito mais que cores e ob-

jetos da tendência, mas, principal-

mente, refletir a personalidade de

seus moradores, de uma forma que

o resultado final seja um local que

dê prazer aos amigos e familiares.

“O designer de interiores antes de

tudo deve buscar a essência da forma e

função, deve saber revelar as peculiari-

dades da personalidade do cliente para

que haja uma simbiose do seu estilo e

da alma do proprietário. Uma parceria

de sucesso”, finalizou Ana Carolina. A

Fotos: Reprodução internet

Page 32: Revista Atua - Março 2013

32

Brigas: o restauro ou adestruição dos relacionamentos?Desentendimentos acontecem, por isso não tente encontrar a perfeição, é pura ilusão.

’relação

Certamente, o sonho de todo casal é

conseguir seguir em frente pela vida,

por toda vida, sem que sejam necessá-

rias inúmeras brigas para, enfim, che-

gar ao relacionamento perfeito. Mas o

ser humano, com toda sua evolução,

ainda não descobriu um antídoto que

possa destruir o vírus da contenda.

Sendo assim, se não é possível vi-

ver sem se relacionar com outros se-

res, se não é fácil manter um relaciona-

mento sem que haja brigas, a grande

questão é: como passar por elas sem

que isso destrua ou amorteça o senti-

mento de ambos? Muito já foi escrito

sobre o amor e as dificuldades enfren-

tadas pelos casais. E elas, as famosas

“brigas”, são temas de diversos poe-

mas, músicas, filmes e livros, que ensi-

nam, de uma forma ou de outra, como

fortalecer o relacionamento.

Até mesmo na Bíblia, em carta de

S. Paulo aos Coríntios, é possível en-

contrar passos para um relacionamen-

to feliz: “O amor é paciente, é bondoso;

o amor não é invejoso, não é arrogante,

não se ensoberbece, não é ambicioso,

não busca os seus próprios interesses,

não se irrita, não guarda ressentimento

pelo mal sofrido, não se alegra com a

injustiça, mas regozija-se com a verda-

de; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera,

tudo suporta.”

Canções - Evaldo Gouveia e Jair Amo-

rim compuseram a famosa canção “Bri-

gas” – interpretada por inúmeros can-

tores, onde se ouve: “veja só que tolice

nós dois brigarmos tanto assim, se depois

vamos nós a sorrir ficar de bem no fim”.

Até mesmo o cineasta e jornalista Ar-

naldo Jabor usou esse tema em uma

Foto: Reprodução internet

Page 33: Revista Atua - Março 2013

33

de suas crônicas, onde não poupou

palavras para discorrer sobre “Rela-

cionamentos” e conclui da seguinte

maneira: “Enfim...quem disse que ser

adulto é fácil ?”

Só o amor - Mas será que só o amor

basta para que o relacionamento se for-

taleça e seja duradouro? Celso Batista

Arcuri Domingues, de 32 anos, e Monira

Emori, de 24, acreditam que sim. “Afinal,

quando existe amor verdadeiro, é possível

passar por cima de qualquer defeito que

o outro tenha, relevar crises de ciúmes

e brigas sem razão ou se redimir e pedir

perdão nas que possuem fundamento e

assim, seguir adiante”, afirmam.

O relacionamento de Celso e Mo-

nira não é muito diferente dos demais.

Juntos há 3 anos, tiveram um início ilus-

trado por muitas brigas.

“O grande motivo das brigas certa-

mente foi por conta da minha dificuldade

de separar a vida de solteira da de um re-

lacionamento sério. Eu sempre tive muitos

amigos, muita liberdade, o mundo girava

ao meu redor...”, afirma Monira.

Celso concorda. “Ela não tinha atitu-

de de companheira. Por várias vezes me

deixou sozinho numa festa para cumpri-

mentar algum amigo e não voltava mais

até que eu fosse lá. Isso era muito ruim,

porque eu não conhecia seus amigos e ela

nem ao menos me apresentava a eles”.

Motivos - Ciúmes e insegurança foram

os principais motivos das brigas. “Iniciar

uma relação é o mesmo que viajar para

um lugar desconhecido. Você não sabe o

que vai encontrar nas esquinas, pode ser

algo surpreendente ou assustador. Isso é o

que dificulta, porque para nos sentirmos

seguros ao lado da outra pessoa é preciso

conhecê-la e confiar nela. E ninguém con-

segue ter isso no início. Você não sabe o

que a pessoa pensa, do que ela gosta, ou

o que realmente vai irritá-la. Então você

age com naturalidade e aos poucos vai

descobrindo o terreno onde está pisando”,

explica Monira. Para que o relaciona-

mento se fortalecesse, algumas mu-

danças foram necessárias. Afinal, ”amar

é estar preso por vontade”, segundo o

poeta Luis de Camões, no poema “O

amor é fogo que arde sem se ver”.

Seria de grande valia encontrar no

final deste texto a poção mágica de

nome “relacionamento perfeito”, mas

isso não será possível. Não existe uma

receita, um remédio, que comprovada-

mente seja a solução das brigas para

um casal. Mas inúmeros deles encon-

tram sozinhos no mapa do tesouro do

amor o caminho para a felicidade. Se

existisse algum conselho a ser dado, se-

ria “encontre seu mapa e siga em frente”.

Page 34: Revista Atua - Março 2013

34

’galera

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35

Page 36: Revista Atua - Março 2013

36

’saúde

A cura do câncer de mamaestá no diagnóstico precoceO câncer de mama é o segundo tipo mais frequente, representa 22% dos casos

Mais que números, estatísticas, mé-

dicos, exames, tratamentos, medica-

mentos, existe algo que não pode ser

ignorado na jornada de quem é vítima

de câncer: o sentimento.

Não dá para desprezar que no co-

mando de um corpo, doente ou não,

há uma alma que adquire toda a ex-

periência das situações que, muitas

vezes, são impostas pela vida.

O câncer de mama é o segundo

tipo mais frequente no mundo e o

mais comum entre as mulheres, se-

guido pelo de colo uterino, cólon e

reto, pulmão e estômago, responden-

do por 22% dos casos novos a cada

ano. A estudante de Direito Silvia Cris-

tina Ferreira, 35, foi surpreendida com

um caroço estranho no seio, no ano

de 2007, que a levou, como papel sol-

to ao vento, em direção ao que seria a

fase mais difícil de sua vida.

Idade - Antes do 35 anos, o câncer de

mama é considerado relativamente

raro, mas acima desta faixa etária sua

incidência cresce rápida e progres-

sivamente. Segundo a Organização

Mundial da Saúde (OMS), nas décadas

de 60 e 70, registrou-se um aumento

de 10 vezes nas taxas de incidência

ajustadas por idade nos Registros de

Câncer de Base Populacional de diver-

sos continentes.

“Eu tinha 29 anos quando encontrei

algo diferente na mama direita, após a

ultrassonografia, a mamografia e a bi-

ópsia, enfim chegou o resultado: Car-

cinoma Ductal Invasivo Grau II, pa-

lavras que soaram aos meus ouvidos

com voz de filme de terror”.

Chocada - A morte certamente é a

primeira na fila dos milhares de pen-

samentos que fluem nesse momento,

e na sequência, os filhos sem mãe e a

mãe sem filhos. O desespero encontra

caminho livre, acompanhado dos so-

Page 37: Revista Atua - Março 2013

37

nhos que começam a desmoronar.

No Brasil, as taxas de mortalidade por

câncer de mama continuam elevadas,

muito provavelmente porque a doença

ainda é diagnosticada em estágios avan-

çados. Na população mundial, a sobrevi-

da média após cinco anos é de 61%.

“Mas eu sabia que era preciso ter cal-

ma e não pensar, apenas agir. O médico

me encaminhou para o oncologista que

infelizmente estava viajando. Era preciso

aguardar. Fui para casa, avisei meus fi-

lhos gêmeos, que então estavam com 7

anos, contei para minha família, para os

amigos mais próximos. Eu me sentia for-

te. Até ficar sozinha”.

A fé e o pensamento positivo cer-

tamente são os remédios mais eficazes

para qualquer doença e Silvia os tinha

de sobra. Foi então que pela primeira

vez ela teria uma conversa muito séria e

difícil com Deus.

Sintomas e diagnósticoEm geral, o primeiro sinal da doença costuma ser a presença de

um nódulo único, não doloroso e endurecido na mama. Outros

sintomas, porém, devem ser considerados, como a deformidade e/

ou aumento da mama, a retração da pele ou do mamilo, os gân-

glios axilares aumentados, vermelhidão, edema, dor e a presença

de líquido nos mamilos.

A mamografia (raios-X das mamas) é o exame mais indicado para

detectar precocemente a presença de nódulos nas mamas. O

exame clínico e outros exames de imagem e laboratoriais também

auxiliam a estabelecer o diagnóstico de certeza.

Apesar de a maioria dos nódulos de mama ter características

benignas, para afastar qualquer erro de diagnóstico, deve ser soli-

citada uma biópsia para definir se a lesão é maligna ou não e seu

estadiamento (análise das características e da extensão do tumor).

>

Page 38: Revista Atua - Março 2013

38

“Eu sei que todo mundo morre um

dia, mas queria que Deus soubesse o

quanto ainda tinha por realizar, eu quis,

naquele momento, lembrá-lo de que

meus filhos ainda eram pequenos, e eu

ainda não tinha me formado na facul-

dade. Mas era preciso que Ele soubesse

da minha certeza de que Ele faria ape-

nas o que fosse melhor para todos e foi

então que prometi que enquanto hou-

vesse forças em mim, eu estaria em pé e

sorrindo, sem desanimar”.

Cirurgia - Promessa feita e cumpri-

da. Silvia passou por uma cirurgia

para a retirada de parte da mama,

quando se descobriu outros dois

nódulos menores, que não aparece-

ram nos exames anteriores, necessi-

tando a retirada dela toda.

Passou pela quimioterapia, que

levou todo seu cabelo, cílios, so-

brancelhas, em seguida pela radio-

terapia e enfim hormonoterapia,

que é o seu tratamento atual.

“Perder uma mama é difícil para a

autoestima, mas perder uma perna é

muito pior para quem gosta tanto de

dançar como eu. As dores articulares

eram horríveis, a fadiga e a indisposi-

ção também, mas eu tinha um com-

binado com Deus e não iria quebrá-

-lo nem mesmo sabendo que estava

careca,inchada e com muito enjoo.

Nessa época, eu fui a todas as festas

que tive vontade, dancei todas as noi-

tes que tive vontade, bebi todas as cer-

vejas que tive vontade e dei todas as

gargalhadas que tive vontade”.

Hoje, com a reconstrução da

mama que decidiu fazer apenas 3

anos após a cirurgia, Silvia segue a

vida normalmente, porém, muito

mais feliz, mais madura e certamen-

te mais fiel a Deus.

Apesar do muito que é divulga-

do sobre o câncer, poucas pessoas

acreditam na sua cura, como se a do-

ença só fosse sinônimo de morte. Po-

rém mais da metade dos casos já são

solucionados, desde que tratados

em estágios iniciais, demonstrando a

importância do diagnóstico precoce.

“Se eu pudesse dar dicas a quem

descobre que vai passar por isso, seriam:

Primeiro, conheça o seu corpo. Apalpe-

-se, repare sempre se há algo diferente

e procure ajuda, caso haja. Segundo,

respeite o seu corpo. A Quimio não faz

vomitar, ela torna o nosso organismo

intolerante a determinados alimentos.

Coma e beba aquilo que o seu corpo

pedir. Terceiro, concentre a sua atenção

às coisas boas da vida. O medo vem. O

choro vem. A dor vem. Mas cabe a nós

mandá-los embora. Devemos reconhe-

cer e assumir, sim, todos esses sentimen-

tos negativos, que fazem parte de qual-

quer ser humano. Mas o nosso foco deve

ser em saúde, cura, alegrias, paz; enfim,

só otimismo!”, finalizou.

Exemplos de superação como o

de Silvia servem como um energéti-

co para os mais desanimados. Ai está

à importância de se olhar ao redor e

reconhecer que cada um carrega a

carga necessária para o seu aprimo-

ramento pessoal. A

Page 39: Revista Atua - Março 2013

39

Page 40: Revista Atua - Março 2013

40

TPM tem solução sim!’saúde

Calmantes, diuréticos e até mesmo o bloqueio da menstruação são sugestões

A TPM – Tensão Pré Menstrual - real-

mente não é um tema que interessa

apenas às mulheres, mas também

aos homens, afinal são eles que so-

frem indiretamente com os sintomas

e sinais que se manifestam um pou-

co antes da menstruação e desapa-

recem com ela.

O que acontece no organismo - A

concentração dos hormônios sexu-

ais varia no decorrer do ciclo mens-

trual. Assim que termina a mens-

truação, tem início a produção de

estrógeno, que atinge seu pico ao

redor do 14º dia do ciclo, quando

começa a cair e a aumentar a produ-

ção de progesterona. O nível desses

dois hormônios, porém, praticamen-

te chega a zero durante a menstrua-

ção. Portanto, em cada dia do mês,

a mulher tem uma concentração de

hormônios sexuais diferente da do

dia anterior e diferente da do dia se-

guinte. O impacto que isso provoca

no humor feminino também oscila

de um dia para o outro. Por isso, os

homens dizem que as mulheres são

difíceis de se entender.

Para o ginecologista, mastolo-

gista e obstetra de São João da Boa

Vista, Dr. José Fernando Souza Sa-

les Júnior, essa alteração hormonal

causa um desequilíbrio nos neuro-

transmissores.

Os sintomas - Os sintomas são va-

riados e vão de irritabilidade até

depressão, dor nas mamas e agres-

sividade. Isso além da dor de cabe-

ça, o choro fácil e, aparentemente,

sem motivo.

“A duração da Tensão é de 5 a 7

dias, mas isso depende do organismo

da mulher, algumas chegam a ficar

mais de 10 dias com os sintomas”,

contou o médico. Há um tempo,

a TPM não era tão comentada e

muito menos se estudavam formas

para diminuir os sintomas, mas isso

tinha um motivo, afinal a mulher

ficava em casa e os únicos que so-

friam com a irritabilidade dela eram

o marido e os filhos.

Porém, hoje em dia, as coisas es-

tão bem diferentes, pois ela saiu de

casa e ingressou no mercado de tra-

balho. Agora, o problema é de todos

e o prejuízo pode ser imponderável

quando se fala de executivas, médi-

cas, enfermeiras ou mesmo secretá-

rias. Espera-se que a mulher trabalhe

e produza. Assim, razões socioeco-

Page 41: Revista Atua - Março 2013

41

nômicas e associadas à força da mí-

dia incentivaram o empenho da in-

dústria farmacêutica e dos donos do

dinheiro em resolver o problema.

Por coincidência, ficou provado que

alguns medicamentos criados para

tratar de outras patologias, como,

por exemplo, a depressão, melhoram

os sintomas da TPM. A dosagem é

diferente, pois a doença é diferente.

Solução - O eixo da propaganda de

algumas pílulas anticoncepcionais é

exatamente a diminuição dos sinto-

mas da TPM, e isso realmente acon-

tece, segundo o Dr. José Fernando.

“Mas é importante que a mulher fique

atenta e não tome remédio algum sem

o aconselhamento do seu médico, pois

existem pílulas que fazem aumentar

ainda mais o sintoma”, explicou.

Antidepressivos também são re-

ceitados caso a mulher se sinta mui-

to triste nessa fase ou mesmo diuré-

ticos quando o grande problema é a

retenção de líquidos.

Fala-se muito que a salvação da

mulher nesse período é o chocola-

te, dizem que com ele os sintomas

somem e a mulher volta a ficar

calminha, calminha. Mas isso não

é verdade, segundo o Dr. José Fer-

nando. “Muito pelo contrário, ela vai

comer chocolate durante todos esses

dias, vai engordar e aí sim vai entrar,

de verdade, em depressão”.

Um conselho do ginecologista

para acabar de vez com o problema

da Tensão é o uso das pílulas conti-

nuas que bloqueiam a menstruação

e consequentemente os sintomas.

“Confesso que sou fã do bloqueio

menstrual. Afinal, não é natural a

mulher menstruar. O que é normal

é ela engravidar, amamentar e as-

sim por diante. Há cerca de 200 anos

as mulheres menstruavam 20 vezes

na vida. Afinal, menstruavam tarde,

casavam cedo, engravidavam logo.

Passavam cerca de 1 ano amamen-

tando, o que inibe a menstruação,

depois engravidavam novamente.

Porém, como as mulheres hoje em

dia optam por poucos filhos ou ne-

nhum, eu aconselho a pílula contí-

nua e o bloqueio da menstruação e

assim evitar todo transtorno da TPM,

das cólicas, retenção de líquido, entre

outros”, explicou.

Com tantos estudos para que a

mulher consiga passar o mês todo

lindamente feliz e sem neuras cau-

sadas por excesso de hormônios ou

pela queda deles, não há mais por

que haver queixas nem da parte

deles e muito menos delas. A

Page 42: Revista Atua - Março 2013

42

192 ou 193 – em casos deemergência, para quem ligar?SAMU e Bombeiros trabalham integrados, mas cada um tem função específica

’saúde

Em momento de emergência, é difícil pensar a quem re-

correr. O impulso em ajudar ou ser ajudado nos faz logo

pegar o telefone e ligar para parentes, para vizinhos, para

o Corpo de Bombeiros ou para o Samu. Mas, afinal, para

quem ligar? Depende muito, é claro, da gravidade da

emergência. Ambos os serviços estão preparados para so-

correr em casos urgentes, mas existem diferenças entre os

atendimentos, embora eles trabalhem em parceria. Além

disso, a escolha correta no chamado de socorro também

pode fazer a diferença no sucesso do salvamento!

Resgate - O Corpo de Bombeiros é responsável pela reali-

zação do resgate, no entanto, o Serviço Ambulatorial Mó-

vel de Emergência (Samu) é um parceiro essencial para o

sucesso da operação. Os bombeiros realizam o resgate, os

primeiros socorros, além de serem preparados para ações

de combate a incêndio, salvamento e demais ocorrências

relacionadas ao resgate. O modelo de atendimento re-

alizado pelo Samu é diferente visto que o serviço possui

apoio médico, enquanto o Corpo de Bombeiros é respon-

sável pela retirada da vítima do local e ao encaminhamen-

to ao hospital mais próximo. Em casos de traumas – afoga-

mentos, incêndios, vítimas presas em ferragens –, o Corpo

de Bombeiros é preparado para a emergência. Nos casos

em que se tenha risco de vida para a vítima, no geral, os

casos de traumas, o Samu deve ser acionado.

No recebimento das ocorrências, é responsabilida-

de do médico regulador do Samu monitorar o atendi-

mento. Em alguns casos, o Samu é responsável até pela

condução do paciente, mas esse encaminhamento às

unidades de saúde é realizado de acordo com a disponi-

bilidade da rede pública.

Parceria efetiva - É como diz o ditado popular: “Duas ca-

Foto: Reprodução internet

>

Page 43: Revista Atua - Março 2013

43

Page 44: Revista Atua - Março 2013

44

beças pensam melhor que uma!”. A partir

desse pensamento, existe a parceria entre

as instituições. Em São João da Boa Vista,

por exemplo, o Samu e o Corpo de Bom-

beiros funcionam no mesmo prédio, na

região central, e apoiam várias ocorrências

em equipe. A ideia é que o “convênio”, ou

o trabalho integrado, entre as duas insti-

tuições resulte no melhor aproveitamento

dos recursos e evite a demora no atendi-

mento. Em situações de risco às equipes, o

apoio entre elas é essencial.

Samu - A unidade do Samu foi inaugura-

da em março do ano passado e está ins-

talada junto à sede do Corpo de Bombei-

ros. Além de atender São João, o serviço

atende outras oito cidades: Casa Branca,

Espírito Santo do Pinhal, Tambaú, Mo-

coca, São José do Rio Pardo, Santa Cruz

das Palmeiras, Santo Antônio do Jardim e

Vargem Grande do Sul – população esti-

O serviço de urgênciaO projeto do Samu tem origem no sistema idealizado na

França, em 1986, batizado como Service d’Aide Médicale

d’Urgence — “Samu” — considerado por especialistas como o

melhor do mundo.

O projeto piloto do Samu brasileiro foi realizado em Porto Ale-

gre e Ribeirão Preto, sendo posteriormente extendido. A idéia

principal do projeto é prestar atendimento no menor tempo

possível já no local, ainda fora do ambiente hospitalar, salvando

vidas e diminuindo as possíveis sequelas no paciente.

O médico Miguel Martinez Almoyna, em uma visita ao Brasil no

ano de 2009, afirmou que o Samu francês “tem muito que apren-

der com os sistemas de urgência e emergência montado no Brasil”.

Miguel foi um dos responsáveis pela criação do serviço em Paris

e em grandes cidades nos cinco continentes.

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Page 45: Revista Atua - Março 2013

45

mada em 368 mil habitantes.

A unidade em São João tam-

bém comporta a Central de Re-

gulação que funciona 24 horas

com equipe médica composta

por mais de 50 funcionários di-

vididos em vários cargos e ho-

rários. São 12 ambulâncias espa-

lhadas pelos municípios. Cada

uma dessas cidades tem uma

ambulância de suporte básico

e três desses municípios – São

João, Santa Cruz das Palmeiras e

São José do Rio Pardo - têm am-

bulância de atendimento avan-

çado com UTI móvel.

De acordo com dados do

Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE), o Samu está

em quase duas mil cidades e

atende mais de 65% de toda a

população brasileira. A

Page 46: Revista Atua - Março 2013

46

’opinião

Incensos macaúbicos

por Lauro Borges

Amaury Júnior é aquele colunista

televisivo que recebe polpudos jabás

para adular artistas, socialites e me-

dalhões do PIB. O cara faz publici-

dade e promoção em embalagem

de entrevista. Não seria exagero

tachá-lo de embusteiro. Cá nas

plagas mantiqueiras, este escriba,

em alguns casos, até pode ser ca-

rimbado como impostor, mas seus

logros não valem um vintém para

promover nada nem ninguém.

Nem sorvete de macaúba eu ganho.

A (boa) história a seguir relatada,

portanto, não oculta nenhum

dinheiro espúrio. Ela é contada ape-

nas e tão somente pela riqueza do

enredo e pelas raízes crepusculares.

E sem impostura, no máximo uma

ou outra licença poética.

Nascido às margens do Jagua-

ri, pupilo da Vera Gomes e outros

mestres do bom e rígido Instituto

de antanho, Martinho foi um infante-

-adolescente que gostava de recrea-

ções equestres. E antes que maldosos

façam ilações infames, informo que a

recreação era bem ortodoxa. Montaria

convencional e só.

O canudo universitário veio

em 1983. O neo- agrônomo foi

ganhar os primeiros caraminguás

pesquisando a ferrugem da folha

do café. Trabalho digno, mas mo-

nótono e pouco palpável.

Fugindo da bioquímica fer-

ruginosa maçante, o crepuscu-

lar conseguiu um estágio numa

produtora de comerciais. Via-

gens, glamour e locações exóti-

cas. Numa destas, o crepuscular

passou a noite no topo de um

arranha-céu da Paulista com duas

modelos dançando nuas ao som

de música new age . As tomadas

eram feitas de um helicóptero.

Noutras, Martinho cruzou com

um patuá de celebridades: contou

piadas para o Chico Anysio, car-

regou o sofá da Hebe, gargalhou

com a Nair Bello, bateu bola com

o Pelé e cheirou lança-perfume

com a Rita Lee…

O Tietê malcheiroso, as piadas

já sem graças do Chico Anysio e

um português repetitivo empur-

raram o macaúbico para a Londres

do Tâmisa, do Mr. Bean e do inglês

pouco explorado. Em dois anos no

reino de Beth Segundona, o rapaz

latino-americano lavou e serviu

pratos. Até a grama sagrada de

Wimbledon ele cortou.

Enjoado do chá das cinco e

outras pontualidades, o intrépido

viajante fez um tour pelo Velho

Mundo, dos bistrôs parisienses às

tulipas de Amsterdan. E o incrível

périplo do nativo de Sanja ainda

teve uma esticada até o longínquo

sudeste da Ásia. Até fondue de vul-

cão em Java ele comeu.

Voltou para o Brasil e voltou

para o glamour da publicidade.

Por pouco tempo. As modelos

cheias de curvas que dançaram

nuas agora eram anoréxicas nas

passarelas da São Paulo Fashion

Week. O mundinho do Amaury

Júnior perdera a graça.

“Chamado” a andejar pela Espa-

nha, Martinho percorreu os 800 km

do Caminho de Santiago de Com-

postella e descobriu o real sentido

da vida. Martinho jura que nunca

leu Paulo Coelho e nem foi influen-

ciado por ele. [Até o fechamento

dessa matéria não consegui apurar

a veracidade do juramento.]

E o real sentido da vida é San-

ja, macaúba, buscar água na Pra-

ta, chope no Tekinfin e outros há-

bitos do “beloca way of life” .

Rememorando os múltiplos

aromas de incenso do Caminho,

nosso herói procurou a resina per-

fumada em terras tapuias. Nada.

Da frustrada busca nasceu uma

ideia, da ideia um projeto, e do

projeto a Milagros, uma empresa

que se orgulha de ser genuina-

mente sanjoanense.

A Milagros já é um sucesso im-

portando, beneficiando e fragmen-

tando as substâncias aromáticas. O

sucesso é inconteste.

Agora só falta a cereja no bolo.

Agora só falta o selo “Authentic

Official Crepuscular”.

E o selo virá com um perfume

revolucionário. Batinas serão sacu-

didas e o alto clero vai embarcar

num frisson com o novíssimo “Ma-

caúba Gold Fragrance”.

Novo papa vai se curvar ao “Macaúba Gold Fragrance”

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’entrevista

Os desafios de seruma mulher no poder Patrícia Magalhães conta como faz para conciliar família, carreira profisional e política

Quando surgiu o interesse pela po-lítica em sua vida? Na realidade, eu

nasci em uma casa de políticos, meus

avós e meu pai foram vereadores em

Andradas, meu pai foi vice-prefeito

em São João, na gestão do Dr. Gas-

tão, minha família sempre foi políti-

ca. Sempre envolvida com política,

desde pequena, na escola peguei

o final da ditadura, e tinha minhas

posições, brigava. Tive professoras

de história importantes, como a D.

Ana Aguiar, D. Rosa Helena. E naque-

la época, com 13, 14 anos, as reda-

ções que eu fazia não podiam ficar

arquivadas na escola, foi antes da

abertura política, nós vivemos um

pouco dessa repressão, dessa falta

de liberdade na ditadura.

Sou afiliada ao PSDB desde sua fun-

dação. E, de lá para cá, sempre fiz

campanhas, participei do diretório

do PSDB, aí surgiu uma aliança en-

tre PMDM e PSDB aqui, e fui convi-

dada para ser candidata à vice do

Vanderlei. Eu não tinha esse plano,

esse convite foi uma surpresa, por-

que sempre estive na política, mas

nunca como candidata, não tinha

pensado nisso, mas aí aconteceu e

hoje estou vice-prefeita.

E quem mais lhe inspirou? Meu pai

sempre foi muito pela ética, e por

isso nós tivemos uma formação po-

lítica e ética em casa. Como político,

meu tio, irmão mais novo do meu

pai, José Roberto Magalhães Teixei-

ra, é uma inspiração para mim. Ele

foi um homem com uma integrida-

de, tanto que é reconhecido, não

só pela questão ética, por ter sido

uma pessoa honesta, porque ho-

nesto todo mundo tem a obrigação

de ser, mas pelo fato de ter sido um

homem muito empreendedor. Foi

prefeito de Campinas duas vezes,

deputado federal, suplente de se-

nador e quando morreu, há 17 anos,

ele tinha apenas a casa dele, que era

financiada e foi quitada com a sua

morte, um carro velho, e só, porque

a política não enriquece ninguém,

vive-se de salário. Então, para mim,

ele foi uma ótima inspiração.

Com a expansão da mulher na so-ciedade, no poder, na carreira pro-fissional, a senhora acredita que houve um prejuízo como esposa, mãe e dona de casa? Acho que a

mulher conquistou e acabou ocu-

pando um espaço importante na

por Fernanda Goulardins

Depois de horas marcadas e desmarcadas, enfim, aqui está

um pouco da vice-prefeita Patrícia Magalhães Teixeira

Nogueira Mollo, conhecida como Patrícia Magalhães. É

claro que esse desencontro aconteceu devido à agen-

da cheia de compromissos, divididos entre profissão e

família de Patrícia. Evento aqui, entrevista ali, filho lá, as-

sim é a vida de muitas mulheres modernas que, como a

vice prefeita, não abrem mão de se imporem e, exporem

suas ideias perante a sociedade. Por isso, hoje ela é mãe,

esposa, advogava, gerente de um plano de saúde e vice

prefeita. “Sou muito otimista, agitada, dedicada, gosto de

lidar com pessoas, de ajudar e buscar a resolução de pro-

blemas. Apaixonada pelos dois filhos, pela profissão, gosto

muito do que faço”, salienta ela.

Patrícia foi escolhida nesta edição da revista para re-

prentar às mulheres poderosas e guerreiras, já que mar-

ço é considerado o mês delas. Assim, como ela em São

João da Boa Vista, existem outras batalhadoras espalha-

das pelo Brasil, em cargos de chefia, presidencias e po-

sições que muitos homens antigamente não imagiram

que elas atingiriam. Nunca a presença feminina no alto

escalão foi tão ampla. Há décadas a chegada da mulher

ao poder era uma aspiração, um ideal. Hoje, esse retrato

histórico celebra essa conquista.

>

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Foto: Juan Landiva

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sociedade, tanto que hoje a mulher

é provedora tanto quanto o homem,

e às vezes até mais que o homem.

No começo, a mulher queria se ex-

pandir para ter seus direitos, sua re-

alização profissional, hoje ela precisa

trabalhar para prover a casa, não é

só para reivindicar seus direitos de

igualdade. E temos que reivindicar

sim, temos que comemorar o dia

da mulher, é um fato histórico, nós

temos que continuar batalhando,

mas não tenha dúvida de que nós

ficamos sobrecarregadas. Não temos

tempo para nós, porque queremos

fazer tudo, cuidar da casa, dos filhos,

do trabalho, e acabamos sem tempo

para nós. A mulher se cobra porque

não pode ficar com o filho o tempo

que gostaria de ficar; com a casa,

porque sentimos falta de cuidar dela,

de arrumar um armário, ficar mais

tempo nela. Acredito que temos que

encontrar um equilíbrio, mas ainda

não o encontramos. É possível en-

contrar, pois o homem também terá

que evoluir. Hoje, ele não sente que

é obrigação dele ir buscar a criança

na escola, ajudar fazer a lição de casa,

arrumar uma pia, ajudar mais nessas

tarefas. Ele pode ser paizão, mas ain-

da acha que essa obrigação toda é

só da mulher. Acredito que talvez os

homens das novas gerações, que já

foram criados por mulheres que tra-

balham, serão diferentes. Isso ajudará

a diminuir a sobrecarga e a cobrança

da mulher. Tanto que atualmente as

mulheres estão desenvolvendo mais

doenças, que antes não aconteciam,

como a depressão, por exemplo.

Como a senhora concilia carrei-ra profissional e vida em família?

Quando eu era mais jovem, eu cor-

ria mais, me ausentava mais de casa,

hoje procuro ter um equilíbrio maior,

me disciplino para buscar meus fi-

lhos na escola, almoçar com eles e

ter qualidade de tempo. Sou muito

preocupada com a escola, participo

das reuniões, vejo as notas, estu-

do com eles, se estão com alguma

dificuldade, procuro um professor

para ajudá-los, sou muito amiga dos

dois, e sempre procurei ser uma mãe

presente. Consigo fazer tudo isso, é

muito importante, a mulher precisa

se disciplinar, se policiar e não exage-

rar nas horas de trabalho. E também

conto muito com a ajuda da minha

sogra, que leva e busca as crianças

nos compromissos. Prezo pela qua-

lidade do convívio com meus filhos,

porque tem mãe que não trabalha,

mas que também nem sabe o que

se passa na vida dos filhos. Amor e

presença com qualidade na vida dos

filhos são fundamentais, não adianta

ter o tempo e não ter a qualidade.

E como a senhora concilia todos os seus trabalhos? Como advoga-

da, tenho uma equipe e meu primo

Guilherme, como sócio, que veio de

Campinas para cá e assumiu as cau-

sas. Venho ao escritório, ajudo, mas

as causas ficam por conta da equipe.

Na prefeitura, embora o vice tenha >

As mulherestêm essa qualidade

de serem maishumanas e

tentam resolveros problemas

pela sensibilidade

Foto: Juan Landiva

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51

DESCUBRA TAMBÉMA NOSSA FAN PAGE.

FACEBOOK.COM/COCACOLAZERO

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a obrigação de assumir somente

na licença do prefeito, vou todos os

dias, vou aos eventos, e o Vanderlei

me dá muito espaço para opinar, ele

me houve bastante e dá muita im-

portância ao que eu coloco, e assim

tenho procurado atuar. E na parte da

manhã, administro o plano de saúde

Mais Você e estou conseguindo con-

ciliar tudo. Tanto porque muito da

minha razão de ir para a prefeitura foi

por conta da Santa Casa, quando dei

um sim lá atrás foi pensando no que

nós poderíamos fazer pela saúde do

município, por eu trabalhar na saú-

de, e para a Santa Casa poder ajudar

mais pessoas.

Em quais momentos a senhora percebe que faz diferença ser uma mulher na prefeitura? A mulher tem

uma visão mais ampla das coisas,

mais geral e também tem mais sensi-

bilidade. Como mulher, você conse-

gue enxergar algumas atitudes que

o homem não consegue, tem tam-

bém a possibilidade de realizar mui-

tas atividades ao mesmo tempo, usa

mais o coração, coloca mais emoção

nas decisões, porque não podemos

ser só razão, as coisas podem pare-

cer muito práticas, mas elas não são.

Um projeto, por exemplo, precisa ser

analisado de várias maneiras, ver as

questões da sociedade. E como a

mulher é mais sensível, ela consegue

ter uma visão maior dessa parte so-

cial. Pode perceber que geralmente

são as mulheres que ficam à frente

das diretorias voltadas para a ques-

tão social, como educação, saúde e

assistência social. As mulheres têm

essa qualidade de serem mais hu-

manas e tentam resolver os proble-

mais pela sensibilidade.

Como a senhora vê o fato de ainda existir poucas mulheres na políti-ca? Acho isso ruim, porque a mulher

precisa se posicionar na política, tive-

mos dificuldade de compor para ve-

readora, na última eleição. A mulher

deve estar mais à frente, acho que

é uma questão cultural ter mais ho-

mens na política, mas quando a mu-

lher entra na política, ela se destaca.

Talvez por conta do descrédito da

política atual no nosso país, como eu

estava também, elas deixam de ten-

tar, mas não podem. Tem uma frase

do Martin Luther King que diz mais

ou menos assim: “quando as pessoas

boas não ocupam o espaço, as ruins

ocupam”. Então acredito que está na

hora das mulheres irem para a políti-

ca também, pois vai ser muito bom.

Vencendo o preconceitoEm Novembro do ano passado, a carioca Dalva Maria Carvalho Mendes, vivenciou sua maior realização profissio-

nal: ser a primeira mulher a atingir o posto de contra-almirante no Brasil. Em uma das instituições mais machistas

- as Forças Armadas - ela se destacou e assumiu o Hospital Naval Marcílio Dias, no bairro Méier, na capital flumi-

nense. Dalva Mendes disse que o fato de ter sido a primeira mulher a ser alçada ao posto de contra-almirante

resulta na realização de um sonho que há anos existiu apenas em seu imaginário. Segundo ela, quando houve a

extinção do Corpo Auxiliar e a redistribuição de mulheres por diversos quadros, ela pensava apenas em chegar à

patente de capitão. Hoje, vê como “uma evolução normal da sociedade”. “Essa alegria que estou tendo agora é difícil

de definir. Este momento é como um casamento, e eu me sinto renovando os votos com a Marinha e com o meu país”.

Marinha - Desde o ano passado, Dalva

Maria Carvalho Mendes é contra-almiran-

te e assumiu o comando do Hospital Naval

Marcílio Dias. Ela é primeira oficial-general

das Forças Armadas do Brasil.

Foto: Felipe Barra / Ministério da Defesa

>

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A senhora sente preconceito por ser uma mulher no poder? Acredito que

a classe política no Brasil ainda é uma

classe muito conservadora, isso ten-

de a mudar, mas por isso existe ainda

essa resistência contra o fato de as

mulheres irem e se exporem ao po-

der, porque em muitas áreas, quando

você tem que atuar, a mulher atua

dentro da profissão dela, seja como

médica, advogada, na política é uma

coisa a mais, porque precisa se impor

de uma forma muito mais contun-

dente. Mas a mulher vai conseguir.

Qual o seu maior desafio como vi-ce-prefeita? O grande desafio, que

espero conseguir vencer, que é o de-

safio do prefeito também, é a ques-

tão da educação. Hoje no Brasil se

investe muito em cursos universitá-

rio e muito pouco no ensino funda-

mental. Tenho como bandeira, o Van-

derlei também, dar uma reviravolta

na educação da cidade. Porque não

adianta só investir lá na ponta, é pre-

ciso investir na base de tudo, o en-

sino fundamental é fundamental, é

o mais importante. Hoje, as crianças

que estudam nas escolas públicas

dificilmente vão chegar às universi-

dades, porque elas não têm preparo

para isso, a base não foi sólida. Os pa-

íses que estão em desenvolvimento,

como a China, o Chile, estão investin-

do bastante no ensino fundamental,

eles inverteram a maneira de investir,

e é isso que faz a diferença. E tudo

passa pela educação, por isso ela é

muito importante. Nós queremos

implantar a escola período integral

e melhorar a sua qualidade, quere-

mos uma escola diferenciada, a nos-

sa meta é conseguir uma qualidade

de excelência na educação, porque a

educação é o que vai dar sustenta-

bilidade para o Brasil poder ser real-

mente um país do futuro.

E como mulher, qual o seu maior desafio? Espero poder contribuir

com as minhas obrigações, filhos,

marido, e que eu seja feliz. Que eu

possa tornar as pessoas mais felizes.

Que em toda minha profissão, como

advogada, e também na prefeitura,

eu consiga tornar as pessoas mais fe-

lizes para que vivam melhores nessa

nossa cidade que é tão bonita.

E para descontrair, a senhora se preocupa mais com a roupa que vai usar, com a maquiagem, cabe-lo, agora que se tornou vice- pre-feita? Eu sempre fui uma pessoa

vaidosa, acho que é importante se

cuidar, se sentir bem, faz bem para

nós e para as pessoas que convivem

com a gente. Não sou de usar grife,

mas sou vaidosa, dentro dos meus

limites, me arrumo em casa mesmo,

vou ao salão fazer uma escova nos

cabelos no final de semana, e só,

nada de exageros. Acho que nós

devemos nos cuidar, o nosso corpo

é a nossa morada, devemos cuidar

bem dele, estar bem, com boa apa-

rência, isso faz bem.

A mais poderosaA presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster,

engenheira química, lidera a lista das mulheres mais

poderosas do mundo dos negócios e que atuam

fora dos Estados Unidos, segundo a revista Fortune.

No ano passado ela também ganhou o título de

terceira mulher mais poderosa do mundo dos negó-

cios, dessa vez da revista Forbes. “Eu choro de alegria,

de tristeza. Preciso me controlar para não chorar. Mas

dificilmente chorei pelo trabalho. Choro pela felicidade

[de realizar uma tarefa]“, disse em um bate-papo no

seminário Mulheres que Transformam. Foster entrou

na Petrobras como estagiária, aos 24 anos.

No comando - A presidenta da Petrobras, Graça Foster,

diz que para se chegar onde se quer é preciso esforço e estudo.

Foto: DIvulgação Petrobras

A

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55 www.pantufas.com.br

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Page 56: Revista Atua - Março 2013

56

Muitas atitudes contribuem para a

permanência daquela alergia que

você tanto odeia e, com a chegada

do frio, muitos confundem os sin-

tomas da alergia com os da gripe.

Nessa época do ano, o ar fica mais

seco, irrita a mucosa nasal e, em

consequência da imunidade baixa

por conta da época, fica difícil fugir

das alergias. As tão famosas “ites” –

rinite, sinusite e afins - complicam a

vida da maioria da população.

Rinite - É a irritação da mucosa nasal e

é, geralmente, manifestada por conta

de alergia ou por meio de reações

ao pó ou à fumaça. A rinite alérgica

é causada por elementos presentes

no ar, exemplo: o pólen e a própria

descamação da pele de animais.

Além disso, a rinite alérgica também

se manifesta devido à reação à co-

ceira, aos cigarros, aos remédios e

aos produtos químicos.

A dona de casa Maria de Lour-

des não pode utilizar alguns pro-

dutos químicos ao limpar a casa:

“Mesmo sabendo que produtos como

a cândida, por exemplo, atacam mi-

nha rinite, eu sou teimosa e, às vezes,

eu os utilizo. Mas não é certo, não.

Quando uso, fico bem ruim”.

Coriza, coceira, ardor nos olhos, no

nariz e na boca, espirros constantes e,

algumas vezes o vômito, são os sinto-

mas mais comuns dessa alergia.

Sinusite - Causada, geralmente, por

um vírus, fungo ou bactéria, a sinusite

é também caracterizada a uma alergia.

Em regiões mais frias e com variações

climáticas, a frequência dessa infecção

varia entre um e 15% nas crianças e

um e 40% nos adolescentes.

Dor de cabeça forte, espirros, fe-

bre, coriza e obstrução nasal são os

principais sintomas dessa “ite”. A gripe

e o desvio de septo nasal são também

outras grandes causas da infecção. Em

casos raros, a origem de sinusite ma-

xilar pode ser uma infecção dentária.

Bronquite - Dividida em dois tipos, a

bronquite é a inflamação dos brôn-

quios – tubos que conduzem o oxigê-

nio ao pulmão. A bronquite aguda é

causada por vírus ou bactérias e dura

diversos dias ou até mesmo semanas;

já a bronquite crônica dura anos e é

classificada como doença pulmonar

obstrutiva crônica. Essa infecção dei-

xa as vias aéreas estreitas e cheias de

muco, dificultando a passagem de ar.

Falta de ar, tosse, expectoração e

inchaço são os principais sintomas. No

’saúde

As alergias de outonoAs tão famosas “ites” que perseguem a população

Rinite alérgica - Se nariz congestionado

e espirros infernizam o seu dia a dia, você provavel-

mente integra o grupo de 22% dos brasileiros que

possuem rinite alérgica. Esses dados, do Inter-

national Study of Asthma and Allergies (ISAAC),

posicionam a rinite como a doença alérgica mais

frequente no Brasil.

>

Foto: Reprodução internet

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caso da bronquite crônica, é essencial a vacinação anual contra o vírus. E se você

fuma, ou mora com alguém que fuma, saiba que uma das principais formas de

evitar o aparecimento dessa infecção é ficar longe do cigarro.

O tratamento das “ites” - A lista de alergias é grande, mas também é grande

a relação de cuidados que podem ser facilmente tomados no cotidiano para

evitar essas complicações. Aquele agasalho ou aquele cobertor que permanece

fechado no armário há muito tempo contribui para o aparecimento das alergias.

O alérgico deve realizar algumas mudanças a fim de evitar esses “imprevistos”

que passam a ser tão previsíveis. Se

as crises de tosse, coceira e espirros

são intensas, procurar um médico es-

pecializado em alergias é importante

para realizar o teste alérgico. É a partir

do resultado que o médico orienta o

devido tratamento, muitas vezes por

meio de vacinas desenvolvidas espe-

cificamente contra alergias.

Para não ser pego de surpresa,

mantenha sempre a casa limpa. Em

locais onde há mais fluxo de pesso-

as, é necessária limpeza intensa. Se o

alérgico participar da faxina, o ideal é

utilizar uma máscara e evitar os produ-

tos que lhe fazem mal. Evite carpetes,

tapetes e lave cortinas, travesseiros e

cobertores de dois em dois meses. A

casa deve ser arejada, com janelas e

portas abertas, afinal, ninguém quer

ficar preso em casa com as “ites” irri-

tando o tempo todo. A

Foto: Reprodução internet

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Mulheres empreendedorasUma questão de sensibilidade e planejamento

’mercado

A luta das mulheres, no início do sécu-

lo XX por melhores condições de vida,

trabalho e pelo direito ao voto, foi o

empurrão inicial para as conquistas sa-

boreadas pelas mulheres de hoje, que

não se satisfazem apenas com o reco-

nhecimento do patrão e com um bom

salário. Elas querem mais, querem seu

negócio próprio, são empreendedoras,

porque assim conseguem conciliar fa-

mília e carreira.

Abrir o próprio negócio faz com

que a mulher realize seu sonho de cui-

dar de forma eficaz das coisas que mais

ama: marido, filhos e saúde. Por isso, as

mulheres tiveram muito que comemo-

rar no último dia 08 de Março, afinal a

última pesquisa realizada pela Global

Entrepreneurship Monitor (GEM), em

2010, apontou as brasileiras como as

mais empreendedoras do mundo, pois

ocupam 49,3% do quadro de empre-

endedores do Brasil, o que representa

10,4 milhões de mulheres comandan-

do suas empresas.

Uma delas é Elizabeth Tanigushi, 49,

proprietária do Pesqueiro Morada do Sol,

em São João da Boa Vista, há 17 anos.

“Acho que já nasci com veia comer-

cial, porque quando pequena eu adora-

va ler gibi, mas, minha mãe, que criou três

filhos sozinha, não tinha condições de

comprar. Então eu costurava roupinhas

para a boneca Susy da minha vizinha e

trocava pelos gibis dela”, relembrou.

Quando se casou, Elizabeth concre-

tizou seu sonho de ser empreendedo-

ra e se tornou sócia, de seu marido na

época, abrindo um pequeno pesqueiro

de apenas 20 m².

“No início, seriam apenas criação e co-

mercialização dos alevinos e peixes adultos

para Pesque-Pague. Porém, quando os tan-

ques ficaram prontos, muitos amigos pe-

diam para vir pescar e pagavam os peixes

por quilo. Então, decidimos trabalhar direto

com o consumidor. Recebíamos cerca de

10 pessoas por dia e tínhamos apenas um

funcionário e meu filho ajudando. Eu acu-

mulava funções de recepcionista, cozinhei-

ra, garçonete e caixa”.

O empreendimento deu certo, hoje

conta com uma estrutura de 500m² e

40 funcionários entre fixos e contrata-

dos.

“Já chegamos a receber mais de 1000

pessoas em apenas um dia e hoje, além

do pesque-pague, temos também eventos

dançantes nas noites de quarta, sexta e sá-

bado”, conta ela.

O aumento da participação femi-

nina na vida econômica do país está

intimamente ligado ao seu avanço na

formação educacional. Vale destacar

também que 35% delas são responsá-

veis pelo sustendo dos lares brasileiros.

“O mundo de hoje está cada vez mais

gritando e pedindo por mulheres que sai-

bam o que querem. O mundo atual pre-

cisa de mulheres dinâmicas, atualizadas,

e empreendedoras. Mulheres que lutam,

criam seus filhos, trabalham e não me-

dem esforços para alcançar o tão sonha-

do sucesso que até pouco tempo era co-

nhecido apenas pelos homens”, finaliza. A

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Manjar dos deusesA breve história do fruto que, enviado dos deuses, dominou o mundo

’história

Sagrado, divino e precioso. Assim era o

cacau, naquela época chamado de ca-

cahualt, quando os colonizadores es-

panhóis chegaram à América. O culti-

vo do cacau era realizado em solenes

e importantes cerimônias religiosas,

onde o profeta Quatzalcault ensina-

va o povo a cultivá-lo. Em meados

de 1750, o botânico sueco Carolus

Linneu denominou a planta de The-

obroma cacao, classificando o cacau

como “manjar dos deuses”. Também

pudera, é com o fruto que se produz

os chocolates, além de geleias, luxu-

osos destilados, vinhos, vinagres, sor-

vetes, doces e iogurtes.

Mas engana-se quem pensa que o

cacau serve apenas para produzir cho-

colate. A casca do fruto do cacaueiro

também pode ser aproveitada. Porém

o consumo não é tão doce quanto se

pensa. A casca serve para alimentar

bovinos - in natura ou na forma de fa-

rinha. A casca do cacau também é uti-

lizada na alimentação de peixes, aves

e suínos. Uma tonelada de cacau seco

produz, em média, oito toneladas de

casca fresca. O fruto tem sabor exótico

e bastante característico e daí surgiu

também o suco de cacau. O sabor

é semelhante ao de frutas tropicais

como a acerola, graviola e o cupuaçu.

É rico em glicose, frutose e sacarose e

a textura é bastante viscosa.

Valor econômico - Há cerca de 25

anos, o Brasil e principalmente a

Bahia, maior produtora de cacau na-

cional, sofrem com a praga do cacau,

chamada de “vassoura-de-bruxa”, que

devasta plantações e faz o Brasil im-

portar cacau. A vontade da economia

em aquecer o mercado do fruto está

ligado, é claro, à demanda do fruto

em decorrência do fortalecimento

contínuo da indústria do chocolate.

Em 2012, a produção nacional de ca-

cau alcançou mais de 245 toneladas, a

maior contribuição foi da Bahia.

A praga do cacau preocupa produ-

tores. De acordo com informações da

Organização Internacional do Cacau

(ICCO), aponta-se queda na produção

de cerca de 320 toneladas na última

safra, de mais de quatro milhões de

toneladas em relação à anterior. A

Costa do Marfim é a maior produtora

de cacau do mundo.

O aumento da produtividade

deve garantir a autossuficiência em

Chocolate - Sagrado na antigui-

dade. O cultivo do cacau era realizado

em solenes e importantes cerimônias

religiosas, quando o deus Quatzalcaut

ensinava o povo a cultivá-lo.

>

Foto: Reprodução internet

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produzir cacau, mas o setor também

necessita de investimentos contínuos

quanto à proliferação da praga. Pes-

quisas recentes objetivam produzir

uma nova variedade de cacau até me-

ados de 2015 para garantir a produção

nacional. A preocupação é que a nova

variedade seja resistente à “vassoura-

-de-bruxa” e quanto ao sabor, afinal, se

o cacau perder o sabor característico,

ninguém mais vai querer consumir

chocolate. Até 2014, o governo bra-

sileiro busca obter registro de identi-

ficação geográfica do produto no sul

da Bahia. O documento garante iden-

tidade, reputação e valor ao fruto.

Nos dias de hoje, o chocolate mo-

vimenta, no mundo todo, 60 bilhões

de dólares por ano e os produtores de

cacau ficam com pouco mais de três

por cento da renda gerada.

Cristóvão Colombo - Se hoje o ca-

cau é sinônimo de gostosuras, em

600 a.C., ele era sinônimo de dinhei-

ro. Ou de moedas. É que na região

da Guatemala, na América Central,

o fruto era a moeda da época. Um

coelho, por exemplo, valia oitos se-

mentes de cacau. Um escravo valia

100 sementes do fruto. Foi naquela

época que surgiu uma bebida fria

e espumante chamada tchocolath

e, por volta de 1500, o navegador

Cristóvão Colombo provou a bebi-

da, sendo ele, possivelmente, o pri-

meiro europeu a experimentar a be-

bida que deu nome ao produto. Ao

retornar do Novo Mundo à Europa,

o navegante teria levado, ao rei Fer-

nando II, as sementes de cacau que

devem ter passado despercebidas

no meio de tantas riquezas. Mal sa-

biam eles o valor que o cacau teria

no mundo... A

O chocolate e a medicina

Os estudos científicos sobre os efeitos medicinais do chocolate remontam ao final do XVI, quando botânicos

europeus começaram a investigar o cacau e como ele poderia ser aproveitado economicamente.

No inicio da década de 1660, já era popular o consumo de chocolate em estado líquido e servido quente.

Na corte inglesa, Henry Stubbe, médico pessoal do rei da Inglaterra, foi encarregado de investigar se o seu

consumo poderia prejudicar a saúde do monarca e da nobreza. Ele viajou a Jamaica para verificar os seus

efeitos físicos. Stubbe chegou à conclusão de que o consumo de chocolate em si era benéfico, mas que adi-

cionar açúcar em demasia estragava seu sabor e

tornava a bebida prejudicial à saúde.

No inicio do século XVIII, o hábito de beber cho-

colate com fins medicinais estava tão intensifi-

cado entre a nobreza e o clero, que até mesmo

o papa cultivava o costume, na sua visão uma

forma de tentar melhorar sua saúde e prolongar

a expectativa de vida.

Cacau - Na composição do chocolate

encontra-se, em grande quantidade, uma subs-

tância denominada de teobromina que estimula

levemente o sistema nervoso central, favorecendo

as funções renais, cardíacas e aliviando a fadiga.

Foto: Reprodução internet

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’culinária

Tagliatelle de chocolatecom molho de chocolateIngredientesPara a massa:• 200g de farinha de trigo + farinha para trabalhar a massa• 2 g de sal fino• De 2 a 3 ovos• 40 g de açúcar em pó• 50 g de cacau em pó• 3 litros de água para cozer• 20 g de manteiga para saltear• 50 g de açúcar extra-fino para polvilhar

Para o molho de chocolate:• 130 g de chocolate negro com 70% de cacau partido aos pedacinhos• 250 ml de água• 70 g de açúcar extra-fino• 125 ml de nata espessa

Modo de preparoPeneirar a farinha com o sal numa taça e fazer um oco no centro. Reservar. Bater os ovos numa taça e peneirar por cima o açúcar em pó e o cacau e misturar bem. Ver-ter a mistura dos ovos no oco da farinha e misturar até que fique uma massa homogénea e que se despegue dos dedos. Formar uma bola com a massa e refrigerar por 1 h e meia, envolta em film.

Dividir a massa em 3 partes e estender finamen-te sobre uma superfície enfarinhada. Polvilhar bem cada “folha” de massa com farinha e enrolar, aper-tando bem. Cortar cada rolo em lâminas de 5 mm de grossura. Desenrolar os tagliatelles e deixá- los secar sobre um pano com farinha, durante uns 30 minutos. Ferver a água, juntar a massa, mexer ligeiramente e deixar que se coza (a massa está pronta quan-do comece a flutuar). Escorrer bem a massa.

Saltear com manteiga e polvilhar com o açúcar extra-fino. Para o molho, misturar bem todos os ingredientes e pôr num tacho até que ferva, em lume moderado, mexendo

sempre. Baixar o lume para o mínimo e deixar cozer até que o molho tenha uma textura untuosa e que cubra as costas de uma colher. Retirar do lume e usar de ime-diato. Pode deixar-se arrefecer à temperatura ambiente, mexendo de vez em quando. Pode guardar-se no frigo-rífico por 2 semanas, num recipiente hermético.

Para voltar a aquecer o molho, pô-lo em banho-ma-ria, mexendo ocasionalmente. Servir o tagliatelle imedia-tamente com o molho de chocolate quente.

Um pouco de históriaTagliatelle é um tipo tradicional de massa da região de Emilia-Romagna e Marche, na Itália, e nada mais é que uma outra variedade de talharim, que pequeno e plano. Ele é servido com uma variedade de molhos, embora o clássico seja o molho bolonhesa.

Foto: Pierre Hermé

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’culinária

Bolachas com chocolatee castanhas-do-ParáIngredientes• 75 g de manteiga amolecida• 60 g de açúcar• 01 ovo batido• 01 pitada de sal• 175 g de farinha• Fermento• ½ colher de chá de essência de baunilha• 1-2 colheres de sopa de leite• 75 g de chocolate de culinária picado• 75 g de chocolate picado grosseiramente• 50 g de castanhas-do-Pará picadas

Modo de preparoPara começar, pré-aqueça o forno a 180ºC. Enquanto

isso, forre um tabuleiro de forno com papel vegetal ou

de forno. Bata a manteiga com o açúcar até que sua

consistência fique esponjosa. Adicione o ovo e mistu-

re até ficar homogêneo.

Junte a farinha peneirada com o sal e misture

bem. Adicione a essência de baunilha e o leite até

que a massa esteja maleável.

Nesse momento, adicione o chocolate e as castanhas

do Pará. Estender a massa sobre uma superfície ligei-

ramente enfarinhada. Cortar bolachas com um cortador

de 6 cm de diâmetro. Colocar as bolachas ligeiramente

espaçadas entre si no tabuleiro. Cozer durante uns 20 mi-

nutos, evitando que cozam demasiado. Retirar do forno e

deixar arrefecer sobre uma grade de pastelaria.

Fique de olho! Fruto de uma enorme castanheira, árvore nativa da

Floresta Amazônica, essa noz é superpoderosa. Ela possui

nutrientes como ácidos graxos, vitaminas B e E, proteína,

fibras, cálcio, fósforo e magnésio. Mas a grande estrela é o

selênio, um mineral altamente antioxidante que garante

longevidade. Um estudo da Universidade de Otago, na

Nova Zelândia, afirma que a ingestão diária de duas casta-

nhas-do-pará eleva em 65% o teor de selênio no sangue.

No entanto, as castanhas produzidas no Norte e no

Nordeste do Brasil são tão ricas em selênio que basta-

ria uma unidade para tirar o mesmo proveito. A reco-

mendação é de que um adulto consuma, no mínimo,

55 microgramas por dia.

Foto: Lorna Dowell

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’agito

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Manaus, uma ótimaopção de viagemPasseio de canoa e a visita às aldeias indígenas dão ao passeio uma aventura extra

’turismo

Descortinar a floresta Amazônica,

conhecer o comércio flutuante, as

suntuosas construções do final do

século 19, são alguns dos motivos

que levam tantos brasileiros e es-

trangeiros a fazer de Manaus uma

ótima opção de viagem.

Com cerca de 2 milhões de ha-

bitantes, a capital do Amazonas é o

principal centro financeiro, corpo-

rativo e econômico da região norte

do Brasil, além de ser o décimo mu-

nicípio de maior destino de turistas,

não só pelo seu atrativo natural, mas

também por conta da Zona Franca

que faz de Manaus o maior centro

de comércio eletrônico do país.

Encontro dos rios - O famoso tour de

barco até o encontro dos rios Negro

e Solimões, que correm lado a lado

por 6 quilômetros sem que as águas

– uma barrenta e a outra escura – se

misturem, foi uma das atrações que

mais impressionou o casal Delma e

José Luis Mendes de Melo, que es-

colheu Manaus como destino da

viagem de férias do ano passado.

“A viagem foi perfeita, o lugar é lin-

do, você sente a presença de Deus na

mata. É algo impressionante”, contou

Delma. O passeio, entretanto, ganha

doses extras de aventura se combi-

nado a um trekking na mata, a uma

volta de canoa pelos igarapés ou a

uma visita às aldeias indígenas. A

observação de pássaros, répteis e

plantas está incluída no “pacote”.

“O que mais me chamou a aten-

ção é a cidade construída no rio. Ca-

sas, postos de gasolina, restaurante,

comércio, tudo flutuante. Não se entra

ou sai de Manaus sem ser pelo ar ou

pelos rios. É muito interessante”.

Saborear a culinária típica ama-

zonense é também uma maneira de

se redescobrir, mas certos de que

os peixes fazem parte da maioria

Teatro AmazonasNo fim do século 19 e no começo do século 20, o Norte do

Brasil vivia tempos de prosperidade por ser uma das principais

rotas mundiais do Ciclo da Borracha. Os barões do látex habi-

tavam as principais cidades da região, como Manaus e Belém.

Com a grande quantidade de capital que circulava, os dois

municípios eram bastante desenvolvidos e recebiam diversas

obras de infra-estrutura. Nesse contexto, foi idealizada a cons-

trução do Teatro Amazonas, no ano de 1881.

A sala de espetáculos do teatro tem capacidade para 701

pessoas, distribuídas entre a plateia e os três andares de

camarotes. O teatro, inaugurado em 1896, é a expressão mais

significativa da riqueza da região durante o Ciclo da Borracha.Foto: Reprodução internet

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Rio Negro - A Ponte Rio Negro é a maior

ponte fluvial do Brasil, com 3,5 quilômetros

de extensão, e a segunda maior no mundo,

superada apenas pela ponte sobre o Rio

Orinoco, na Venezuela. Ao lado do Teatro

Amazonas, a ponte vem sendo considerada

um dos maiores e mais importantes monu-

mentos da arquitetura da Amazônia.

dos pratos principais. São muitos

os bons restaurantes que capri-

cham nas receitas regionais e o

segredo de cada um fica por conta

dos ingredientes e temperos, como

tucupi, gengibre e açaí.

Praia de água doce - O bairro de

Ponta Negra é mais um destaque

de Manaus, cercado de prédios,

calçadão, praças de esportes, ba-

res animados e praia fluvial,que fica

lotada entre os meses de agosto e ja-

neiro, quando aparece a faixa de areia.

“O Ponta Negra é muito diferen-

te de todo o restante da cidade. É a

parte chique de Manaus. A praia de

areia é o principal ponto turístico,

pois é uma parte do Rio Negro onde

as águas são mais mansas e muito

limpas”, contou José Luis.

Atentar-se às estações é impres-

cindível para melhor aproveitar a

viagem e os passeios. De dezembro

a maio, as chuvas não dão trégua,

inundando florestas e igarapés. Já

em setembro, os termômetros che- >

Foto: Reprodução internet

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013 14:42:51

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gam fácil aos 40 graus.

A cultura do povo ribeirinho é

também alvo da atenção de quem

visita a cidade. “Tem um dia da sema-

na que os restaurantes fecham uma

das avenidas da cidade, colocam as

mesas para fora e oferecem o café da

manhã só com comidas típicas: carne

de sol, peixe, churrasco”.

Conhecer Manaus e não ir ao The-

atro é o mesmo que não ir para Ma-

naus. Considerado um dos principais

pontos turísticos, o Theatro Amazonas

foi inaugurado em 1896. A orquestra

Amazonas Filarmônica regularmente

ensaia e se apresenta em seu interior.

“O Theatro é muito bem conser-

vado, enorme, com detalhes que nos

deixaram impressionados. Possui vá-

rias salas que antigamente deviam ser

utilizadas para bailes, jantares. Adorei

conhecer”, explicou Delma.

Praia sem mar - A praia da Ponta Negra, é uma praia fluvial às margens do rio

Negro, localizada a 13 km do centro de Manaus. Originalmente foi habitada pelos

índios Manaó, que deram origem ao nome da cidade. Possui uma infra-estrutura que

a transformou, em um dos principais pontos turísticos da cidade e ponto de encontro

de pessoas de todas as idades. A

Foto: Reprodução internet

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’comportamento

Um idoso na famíliaA sociedade precisa se conscientizar que a velhice faz parte do ciclo vital de cada um

por Maryá Rehder Ambroso

Cabelos brancos, rugas, declínio gradati-

vo da saúde, comprometimento nas fun-

ções cognitivas, inquietude, fragilidade,

invalidez, solidão; muitas são as caracte-

rísticas associadas à velhice. O envelheci-

mento é um processo que está rodeado

de muitas concepções falsas, estereóti-

pos negativos, temores, crenças e mitos.

E o primeiro passo para a ruptura des-

ses tabus consiste no fato de conscienti-

zar a sociedade que a velhice faz parte

do ciclo vital de cada um de nós, que ela

é uma etapa da vida em que ocorrem

modificações de ordem biopsicossocial

que afetam a relação do indivíduo com

o meio, onde ao longo dos anos são pro-

cessadas mudanças na forma de pensar,

de sentir e de agir desses indivíduos, o

que os tornam cada vez mais especiais.

E é por essa razão que os idosos de-

vem ser tratados com respeito e venera-

ção, contemplando-se o envelhecer de

maneira digna e saudável, sem abrir mão

de seu bem-estar, pois seu bom estado de

saúde física e mental se congrega com a

oportunidade de participar da sociedade

de acordo com as suas limitações.

É nesse contexto que se faz necessá-

ria a presença da família, que desempe-

nha o papel de acolher, proteger, cuidar

e apoiar esse idoso, para que assim ele

não se sinta isolado, desmotivado, inca-

pacitado e desvalorizado, já que a apo-

sentadoria, as perdas funcionais e sociais

levam muitas vezes o idoso a um quadro

depressivo, queda da autoestima e, por

conseguinte, problemas sérios de saúde.

Portanto, os familiares devem estar

sempre atentos às necessidades do ido-

so, seja de ordem física, social ou psíqui-

ca, lhes proporcionando compreensão,

aceitação, carinho e amor, pois eles no

seio da família se sentem aptos à vida,

úteis, e capacitados. Porém, é necessá-

rio salientar que o relacionamento fa-

miliar positivo vai depender da estru-

tura familiar rígida ou flexível que irá

gerar problemas de relacionamento

ou trazer alegrias e satisfações.

Afinal, sabemos que existe o outro

lado da moeda, onde prevalece o mode-

lo social da família nuclear, em que con-

vivem em um mesmo lar apenas pais e

filhos e este fenômeno leva a um grande

aumento do número de idosos em insti-

tuições asilares e casas de repouso, onde

todos esses aspectos positivos e possíveis

dentro do ambiente familiar se tornam di-

fíceis de encontrar devido muitas vezes à

falta de estrutura do local, a deficiência de

profissionais especializados e qualificados,

à dificuldade financeira, além do isola-

mento social e da sensação de abandono.

Em contra partida a isso, o Estatuto do

idoso propõe melhorias para sua socializa-

ção e suas condições de vida, porém mui-

tas das propostas nunca saíram do papel.

Temos que entender, portanto, que

a velhice é para ser vivida com qualidade,

rodeada de respeito, carinho e segurança;

incluída em um contato social saudável e

de conscientização política, que contribui-

rá significativamente para a melhoria da

saúde mental e diminuição do sofrimento

emocional do idoso. Pois o que define o

homem não são os anos que ele acumu-

lou nem os cabelos brancos que prateiam

sua cabeça, mas sim sua capacidade de

pensar, de discernir, de sentir e de agir.

Foto: Reprodução internet

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’agito

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’história

A História através da caricaturaCaricatura: forma humorada de representar os traços de um personagem em desenho

por Ana Lucia Finazzi

A caricatura é um gênero de desenho basicamente satírico,

mas não obrigatoriamente cômico. Podemos dizer que a ca-

ricatura vai bem além disso, um capítulo importante da ativi-

dade artística, tendo tido entre seus cultores inúmeros nomes

significativos na história das artes visuais.

A caricatura já era conhecida dos egípcios (o museu de

Turim guarda um papiro sobre o qual Ramsés II acha-se retra-

tado ostentando orelhas de asno), gregos (pinturas em vasos)

e romanos (afrescos de Pompéia e Herculano).

A época dos caricaturistas profissionais, dos que se dedi-

caram à caricatura como atividade bastando-se a si mesma,

teve início no final do século XVII e a invenção da litografia, no

final do século XVIII, iria contribuir consideravelmente para a

divulgação da caricatura, a partir do século XIX.

Atribui-se ao famoso escultor e arquiteto mineiro do sécu-

lo XVIII, Aleijadinho, a primeira caricatura brasileira. Seu biógra-

fo, Rodrigo Bertas, afirma ter o artista reproduzido, num grupo

de São Jorge com o dragão, os traços de certo coronel, seu

desafeto. Mas o verdadeiro iniciador da caricatura, entre nós,

foi Manoel de Araújo Porto Alegre, publicando anonimamen-

te uma sátira a um jornalista, seu inimigo. A primeira mulher a

se aventurar no ramo, na década de 30, foi Nair de Teffé (Rian).

A caricatura em São João - Datam de 1941 algumas carica-

turas assinadas por “Arnold”, que retratam sanjoanenses ilus-

tres, fazendeiros e grandes homens de negócios. Acredita-se

que tais caricaturas eram encomendadas pelos mesmos. Não

há registros sobre o autor.

No final da década de 40, surgiu em São João da Boa Vista

um mulato que ficava sentado nos bares mais frequentados,

desenhando caricaturas dos frequentadores destes ou de

transeuntes que passavam pelas calçadas. Este rapaz, de pro-

cedência nordestina, assinava seus desenhos como “Miranda”.

Nesta época, que foi também dos áureos tempos do Rádio,

muitos radialistas foram caricaturados pelo desenhista, sendo

que estas caricaturas ficavam expostas no saguão de entrada

da Rádio Piratininga. Outros populares sanjoanenses foram

também retratados por ele, como o saudoso farmacêutico Le-

oncinho. Na opinião do artista plástico Ronaldo Noronha, em

entrevista concedida em 1993, “aquele rapaz tinha muito talen-

to, era um verdadeiro artista, pintando também alguns quadros

em aquarela. Se fosse nos dias de hoje, seu trabalho seria mais

reconhecido e ele poderia tê-lo explorado melhor”.

Sanjoanense - Caricaturas

assinadas por “Arnold”, que retratam

sanjoanenses ilustres, fazendeiros e

grandes homens de negócios, como

Joaquim Cândido de Oliveira Filho.

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Caricaturas no mundo moderno - Segundo o publicitário sanjoanense, Marce-

lo Liberali, diretor de arte da Editora Flop em São Paulo, a caricatura é a forma de

representar de maneira bem humorada os traços de um personagem da vida

real através de um desenho, exagerando suas características. “Ao iniciar os primei-

ros esboços do rosto ou do corpo da pessoa, a primeira coisa a fazer é notar quais

são as partes que mais se destacam, se é o formato da boca, o tamanho da orelha, o

nariz, ressaltando a personalidade daquele indivíduo”, explica Marcelo.

O publicitário ainda diz que a importância da caricatura na sociedade

transcende o aspecto cultural e artístico, pois é uma forma de manifestação

social que pode em muitos casos transmitir ideias de forma muito mais in-

terativa do que um texto. “Um exemplo são as caricaturas de personagens, si-

tuações da política e também do cotidiano, que fazem com que o leitor veja de

forma bem humorada assuntos de extrema seriedade e que possa questionar

através da sutileza da sátira da caricatura a importância do assunto destacado

na reportagem”, complementa.

Radialista - Em 1948, tempos áureos do

Rádio, muitos radialistas foram caricaturados

pelo desenhista, sendo que estas caricaturas

ficavam expostas no saguão de entrada da

Rádio Piratininga. Este é Vicente de Paula

Bueno – série Radialistas de “Miranda”.

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Um sol que os nossosolhos não podem ver”Incríveis detalhes do Sol revelados pelo SDO/NASA”

’ciência

por Dulcidio Braz Jr

A imagem acima, divulgada no começo deste ano pela

NASA – Agência Espacial Americana, mais parece uma

colcha de retalhos. Mas é o nosso Sol! É claro que se trata

de uma montagem ou, se preferir, de um mosaico feito a

partir de diversas outras imagens da nossa estrela. Os dife-

rentes registros fotográficos foram feitos pelos instrumen-

tos que compõem o SDO – Solar Dynamics Observatory.

O SDO é um satélite artificial da Terra, em órbita geo-

estacionária e que, lá do espaço, a cerca de 36.000 km de

altitude, monitora o Sol constantemente, usando instru-

mentos capazes de registrar a nossa estrela a cada 0,75 s

em imagens dentro e fora da faixa visível. A faixa visível,

que vai do vermelho ao violeta, é tudo o que podemos ver

com os nossos olhos, mas representa uma minúscula fres-

ta dentro do enorme espectro eletromagnético. Apenas

com os nossos limitados olhos não somos capazes de ver

em detalhes todos os fenômenos do Universo, incluin-

do a complexidade da radiação emitida pelo Sol que se

apresenta também nas regiões do infravermelho e do

ultravioleta. Mas os cientistas, usando todo o conheci-

mento e tecnologia acumulados até hoje, conseguem

driblar as limitações humanas.

Desde 2010 o SDO vem registrando a atividade solar

com impressionante definição e nos revelando detalhes

que ratificam que a nossa estrela está muito longe da cal-

maria que observamos a olho nu daqui da Terra. Esqueça

aquela sensação de paz ao observar o Sol num final de tar-

de... Nossa estrela é, na verdade, uma enorme bomba de

fusão nuclear que une átomos de hidrogênio para fazer

átomos “mais pesados” de hélio num verdadeiro inferno de

plasma moldado pela gravidade e por um complexo cam-

po magnético. Sendo menos técnico, o Sol é uma enorme

Foto: Divulgação NASA

>

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bola de gás em altíssima temperatura que se mantém coesa graças à gravidade

e funciona como um imã gigante de comportamento bastante complexo.

A cor amarelada típica do Sol é apenas o que podemos perceber a olho

nu e corresponde à emissão de radiação na faixa visível pelos átomos super-

ficiais que estão na temperatura próxima dos 5.700º C (aproximadamente

6.000 K). Mas a atmosfera solar (ou coroa que envolve a esfera estelar) en-

contra-se numa temperatura média próxima de 2.000.000 K, muitíssimo mais

alta do que a temperatura superficial, algo que os cientistas medem, mas ainda

não entendem completamente. Átomos aquecidos em temperaturas nesta ordem

de grandeza são responsáveis pela emissão de radiação muito mais energética, na

faixa do ultravioleta extremo, incluindo os Raios X. No interior solar, onde a fu-

são nuclear acontece de fato, a temperatura é ainda maior e atinge 15.000.000

K. Três instrumentos distintos são os “olhos” do SDO, desenhados para serem

muito melhores em perceber detalhes do Sol que os nossos limitados olhos

humanos: AIA - Atmospheric Imaging Assembly, HMI - Helioseismic and Mag-

netic Imager e EVE - Extreme Ultraviolet Variablity Experiment.

Estes instrumentos operam com diversas

técnicas e em várias faixas do espectro

eletromagnético, caracterizadas por um

número que corresponde ao compri-

mento de onda da radiação expresso em

angstrom, unidade minúscula de com-

primento que equivale ao metro dividido

por dez bilhões.

Cada comprimento de onda nos re-

vela detalhes específicos dos diferentes

processos que ocorrem no Sol, o que po-

demos comprovar nas imagens abaixo

que mostram a nossa estrela fotografada

ao mesmo tempo, mas em técnicas dife-

rentes e em faixas distintas do espectro.

São exatamente estas as imagens que

foram recortadas e usadas para compor

o mosaico que abre o nosso artigo. Repa-

re nas legendas o que cada instrumento,

com cada técnica ou comprimento de

onda, é capaz de evidenciar.

O SDO permite aos cientistas verem

o Sol ampliado, como se estivessem mais

perto dele, e ainda selecionar o que que-

rem ver em detalhes com filtros de com-

primentos de onda diferentes. Truques

tecnológicos geniais para ver o que os

nossos olhos não poderiam enxergar!

A missão do SDO está prevista

para durar entre cinco e dez anos.

Com cerca de 1,5 terabytes de in-

formações coletadas por dia (algo

como 320 DVDs de dados gravados a

cada 24 h), os cientistas estão enten-

dendo melhor toda a dinâmica solar,

em especial o mecanismo interno de

movimento do plasma que dá ori-

gem ao campo magnético conheci-

do como Dínamo Solar. Acompanhe

novidades e imagens incríveis publi-

cadas em tempo real no site oficial

do SDO (http://sdo.gsfc.nasa.gov).

Lá, você também encontra detalhes

do satélite e de cada um dos seus

“olhos eletrônicos”.

As diferentes faixas do espectro eletromagnético

Arte: Divulgação NASA

Foto: Divulgação NASA

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Cartão de fidelidadee engano logísticoQuer fidelidade, tem que dar vantagens adicionais, e não tirar as vantagens existentes

’economia

por Gilberto Brandão Marcon

Estabelecida como objetivo a ser

atingido pelo método de Marketing,

a fidelidade é vista como espécie de

iguaria mercadológica nestes tempos

de escassez de consumidor e exces-

sos de oferta. É um diferencial que,

quando obtido, traz profunda alegria

ao gestor de marketing. Ao homem

de mercado, a conquista do consumi-

dor fiel é uma espécie de “eldorado”.

Ferramentas mais efetivas e que

atuam de modo simbólico, mas que

devem agregar efetivas vantagens utili-

tárias são os chamados ‘cartões de fide-

lidade’. Neste caso, me permitam avaliar

a vivência particular, entretanto, dentro

dos preceitos de um estudo de caso.

Deste modo, o consumidor em

questão serei eu mesmo, de modo que

este terá o perfil seletivo, com gosto por

oportunidades e opções de escolha,

adepto do custo/benefício, porém fiel

ao encontrar estas condições ofertadas.

Isto posto, acabou por produzir um re-

lacionamento comercial de mais de 15

anos com certo magazine com atuação

em Shoppings e recentemente no se-

tor de compra virtual.

Reconheço a fidelidade, dado

que ao chegar a um Shopping, aca-

bo sempre procurando pela “marca”

que, de modo geral, sempre atendia

às minhas necessidades como consu-

midor. Pois bem, na última Páscoa, se-

guindo um de meus rituais de compra,

me desloquei da cidade onde moro

uns 45 km e fui à vizinha e bela Poços

de Caldas. Ovos de chocolate para fa-

mília, menos para mim, em abstinência

calórica, mas mantendo o calor afetivo.

Compras feitas, ovos de Páscoa

escolhidos, marca A para o pai, marca

B para mãe, marca C para sogra, en-

fim, a cada um o seu devido chocola-

te, frente ao caixa, e com o cartão de

crédito na mão, ao passar o plástico,

para minha surpresa (e até mesmo do

caixa) a autoridade do programa de

computador recusou o parcelamen-

to de sempre. Será que é o Visa? Ten-

temos o Mastercard. Nada. E, então, a

notícia esclarecedora: a Loja agora só

faz a venda da forma que fazia se for

usado o recém-criado cartão da Loja.

A primeira reação foi olhar o cartaz

que com letras garrafais anunciava a

venda em 10 parcelas. Então descobri

que em letras bem mais miúdas estava

escrito que as parcelas seriam só em

quatro. E, na explicação das opções,

percebi que esta foi a gentil abordagem

que fizeram para me ofertar o cartão da

minha, até então, Loja preferida.

Realmente irritado, nem tanto

pelo valor, mas pelo que considerei

uma falta de respeito, coisa comple-

tamente fora de moda mesmo, tomei

a medida que achei mais correta e

dispensei a compra. Fiz meu papel de

consumidor-cidadão, mas estraguei

meu raro dia com a família.

Problema: os ovos continuavam

para ser comprados. Já bem mais cal-

mo, como é comum do temperamen-

to dos descendentes da velha bota

do mediterrâneo, (irritado sim, mas

acessível e franco também, afinal, um

relacionamento de tantos anos não

se desfaz assim), nova viagem, agora

Campinas, uns 120km. Costume é cos-

tume. E lá estou eu novamente numa

unidade da tal Loja, já de cabeça fres-

ca, agora sabendo o negócio que iria

fazer e conformado em ter sido vítima

de segregação comercial.

Novas compras, e lá estou eu no

caixa novamente para pagar segun-

do a nova regra. E então veio a oferta:

“O senhor tem o cartão da Loja?” Bem,

agora já sentia um bafejar de civiliza-

ção, afinal se perguntava se eu que-

ria, ao invés de me informar que eu

tinha passado a ser cliente de segun-

da, em que pesasse minha fidelidade.

“O senhor quer um?”

Realmente estou ficando velho,

hoje se oferecem as coisas, antes a

gente conquistava. Mas, enfim, sou

adepto da tentativa de se atualizar. Já

tinha esperado na fila em que um al-

to-falante informava que eu não teria

que enfrentar se tivesse o tal cartão...

“Fica!”, “Não quero”, “Fica!”, “Já es-

perei na fila!”, “Não vai demorar”... tan-

ta insistência, que enfim resolvi me

adaptar aos tempos modernos. A

Page 89: Revista Atua - Março 2013

89

‘não demora’ demorou um pouco. Fui

para um setor de cadastro. Incrível,

mas depois de tantas compras, in-

clusive com cartão via internet, e por

tanto tempo, ao invés de haver uma

pesquisa com meus dados, lá estava

eu fazendo um cadastro. Mas tudo

bem, eu estava de bom humor.

Antes, porém, de fazer questionei:

“Você está dizendo que não tem cus-

to?” e veio a confirmação: “Sem custo.

O senhor não quer o seguro? É tanto...”.

Previdente, acabei aceitando este

custo. Assinei papeis, e então veio a

fila que não tinha, pequena é certo,

mas eu estava de bom humor.

Quase feliz, resolvi esquecer o as-

sunto, consulta e remédios andam

caros, melhor reduzir o stress. Ocorre

que minha fiel fornecedora acabou

por lembrar de mim, semanas de-

pois, e recebo um telefonema em

casa: “O senhor é difícil de encontrar!”.

Eu, irritado: “Por que lhe devo satisfa-

ções de meus horários?”, e então: “É do

cadastro da Loja, o senhor esqueceu

de assinar...”, e antes que terminasse:

“Não esqueci de assinar coisa algu-

ma, fiz tudo o que me pediu, inclusive

aguardei uma boa porção de minutos >

Page 90: Revista Atua - Março 2013

90

para ter meu crédito aprovado.”. “Bem,

é que me esqueci de uma assinatura...

o senhor poderia vir a Campinas para

assinar?”. Indignado: “Como? Você

quer que eu me desloque 120km para

assinar algo que esqueceu de me dar

para assinar? Mande por sedex, por fa-

vor, que assino e lhe devolvo”, e veio a

pérola: “É contra as regras da Loja”, e

mais indignado: “E eu ser importunado

ou não, consta nas regras da Loja? Irei

a Campinas quando achar que devo

ir; e sei que devo, portanto, mande as

faturas conforme estabelecido que vou

pagar”, e novamente, “Mas as regras

da Loja...” E então: “Também tenho as

minhas regras. Assim, arrume-se com

as regras da Loja e depois me informe”.

Não veio informação, mas chegou

a fatura do tal cartão. Confesso-me

novamente satisfeito, imaginei ter

chegado à solução, mas foi só abrir o

envelope para observar o item ‘anui-

dade’. Irritado novamente, liguei ao

0800, e informei que o cartão me foi

ofertado, não só a mim como a quem

estava na Loja naquele dia, “sem custo

adicional” (vai saber o que significa

isto...), e até tinha feito o seguro. E a

mocinha do outro lado: “Tem custo,

sim”, e eu: “Não aceito”. Então: “Tere-

mos que cancelar...”, e eu: “E como farei

para pagar?”, “Isto não tem problema,

vão as faturas”, e decepcionado, me

sentindo enganado: “Então cancele”.

E finalmente chegamos ao fim.

Ainda em Poços, como consumi-

dor, procurei o gerente e argumen-

tei minha insatisfação, o chamado

feedback. O cidadão parecia ter

noção de marketing, até concordou

comigo. Aliás, diga-se de passagem,

em que pese a desagradável passa-

gem, todos os funcionários, embora

incapazes para resolver o essen-

cial, eram sempre muito solícitos e

sorridentes. Aonde vou chegar? É

simples: para se atingir um objetivo

não basta uma prancheta, é preciso

verificar a concretização dos resul-

tados. Antes de buscar fidelidade

talvez fosse mais barato pesquisar

os seus próprios consumidores, ao

invés de produzir um tosco esforço

de vendas, empurrando um cartão

ao consumidor.

No mais, se quer fidelidade, tem

que dar vantagens adicionais, e

não tirar as vantagens já existentes,

como que punindo o consumidor

por não ter o tal cartão de fidelida-

de. Eis aí uma logística desastrada,

que empurra consumidores fiéis

para o concorrente, de modo que:

“Adeus, ingrata. Tchau, Loja infiel!”.

Doeu, mas vai passar.

Page 91: Revista Atua - Março 2013

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Page 92: Revista Atua - Março 2013

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Page 93: Revista Atua - Março 2013

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Page 94: Revista Atua - Março 2013

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’política

Depois de 49 anos do golpe,ainda resta algo no arPolítica elitizada e educação privatizada: o Brasil ainda não se livrou de suas heranças

No final de Março comemoram-se 49

anos do golpe militar. Na madrugada

do dia 31 de março de 1964, o golpe

foi deflagrado contra o governo legal-

mente constituído de João Goulart. A

falta de reação do governo e dos gru-

pos que lhe davam apoio foi notável:

não se conseguiu articular os militares

legalistas. João Goulart, em busca de

segurança, viajou no dia 1ª. de abril do

Rio, para Brasília, e em seguida para

Porto Alegre, onde Leonel Brizola ten-

tava organizar a resistência com apoio

de oficiais legalistas, a exemplo do

que ocorrera em 1961.

Apesar da insistência de Brizola,

Jango desistiu de um confronto militar

com os golpistas e seguiu para o exílio

no Uruguai, de onde só retornaria ao

Brasil para ser sepultado, em 1976.

Resquícios - Apesar de a imprensa de-

dicar várias matérias especiais sobre

este tema - tentando apagar os ves-

tígios do apoio incondicional ao mo-

vimento golpista, o que pouco se fala

é sobre os resquícios e heranças que,

mesmo passados 29 anos da redemo-

cratização, ainda perduram e afligem

o Brasil. Essa matéria visa discutir um

pouco sobre essas heranças, abordan-

do o resultado político e educacional

do golpe de 1964.

O campo político - A derrubada de

João Goulart - democraticamente

eleito vice-presidente pelo Partido

Trabalhista Brasileiro (PTB) – na mes-

ma eleição que conduziu Jânio Qua-

dros - do Partido Trabalhista Nacional

(PTN) - à presidência, representou o

fim das reformas sociais que eram de-

fendidas por setores progressistas da

sociedade brasileira e, de quebra, um

golpe contra a incipiente democracia

política nascida em 1945.

Significou também a ascensão e

manutenção da elite e de seus inte-

resses no poder. Os militares golpistas

mal suspeitam que foram, na verdade,

usados por forças muito maiores que

eles, como escreveu o cientista social

René Dreifuss, em seu livro 1964: A

conquista do Estado, ação política, po-

der e golpe de classe. Em 814 páginas,

das quais 326 de documentos origi-

nais, fica claramente demonstrado

que o que houve no Brasil não foi um

golpe militar, mas um golpe de classe,

com uso da força militar.

O que se seguiu foi a eliminação

de todos aqueles que buscavam me-

lhores condições de vida para os que

foram historicamente condenados -

como os operários e as classes mais

Reação - Quando João Goulart anunciou as reformas de base,

incluindo um plebiscito pela convocação de nova constituinte, a

reforma agrária e a nacionalização das refinarias particulares de

petróleo, a aliança UDN /Militares / Estados Unidos iniciou sua

mobilização definitiva em direção ao golpe.

Fotos: Reprodução internet

>

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baixas da população. “Na histeria da

guerra fria, eram logo acusados de co-

munista e marxistas, mesmo que fos-

sem bispos, como Dom Helder Câmara”,

escreveu o teólogo Leonardo Boff re-

centemente em seu blog.

O cenário da elite no poder só

sofreu um revez em 2003, com a elei-

ção de Lula. A eleição de um governo

trabalhista e o recente afastamento

da elite do poder, acabou sendo um

dos fatores predominantes para o pa-

norama político que vemos hoje, uma

espécie de aglutinação oposicionista

ínfima, composta de forças conserva-

doras, famílias que controlam grandes

meios de comunicação, altos funcio-

nários de carreiras de estado e, por úl-

timo e com menos importância, dois

ou três partidos políticos.

Desigualdade na educação - Também

são resquício do governo militar as ma-

zelas do sistema educacional, com uma

infinidade de universidades privadas,

cursos de curta duração, grade de dis-

ciplinas engessada, além do fechamen-

to do ensino superior às classes baixas.

Para a filósofa Marilena Chauí, profes-

sora da Faculdade de Filosofia, Letras

e Ciências Humanas da USP, isso foi

causado pela necessidade do governo

militar de conseguir o apoio da classe

média. Para tanto, ele garantiu o rápido

diploma universitário para essa classe -

que ansiava pelo status que a formação

assegurava, e, em contrapartida, ga-

nhou uma mão de obra “dócil” para o

mercado de trabalho.

Além disso, começava a ser implan-

tado também o modelo privado de

educação, com o sucateamento do en-

sino público e a ascensão do ensino pri-

vado, seguindo as diretrizes de um pro-

grama conhecido como MEC - Usaid. “A

privatização do ensino começou no ensi-

no fundamental e médio. As verbas não

vinham mais para a escola pública, ela

foi definhando e no seu lugar surgiram

ou se desenvolveram as escolas privadas.

Eu pertenço a uma geração que olhava

com superioridade e desprezo para a es-

cola particular, porque ela era para quem

ia pagar e não aguentava o tranco da

verdadeira escola. Hoje é justamente o in-

verso”, explica Chauí, em recente entre-

vista ao site Rede Brasil Atual. Como re-

sultado, ocorreu a concorrência desleal

no acesso às universidades, através do

vestibular, barreira de acesso ao ensino

superior público de qualidade para as

camadas mais populares da sociedade,

que não puderam pagar para cursar o

ensino médio em escolas particulares.

O resultado - Em síntese, os 21 anos de

regime ditatorial suprimiram a liberda-

de, causaram muitas mortes, desapa-

recimentos e um atraso político, que

deixou uma onerosa herança para o

Brasil. Livrar-se desse período ainda

demorará muitos anos e, provavel-

mente, consumirá muito mais tempo

do que quando passamos na mão dos

governos militares. A

O golpe social Há poucos estudos sobre golpes de estado, mas de acordo com o his-

toriador Luciano Cerqueira, o livro 1964: A conquista do Estado, de René

Dreyfuss, é o que mais se aproxima da situação política estabelecida no

Brasil no ano de 1964. No livro, o autor diz que o golpe de 1964 no Brasil

foi um golpe “cívico-militar amplo”, o que significa que não apenas os

militares tomaram o poder, estes contaram com o apoio de vários setores

da sociedade civil. O autor recorda ainda que os mesmos setores envolvi-

dos no golpe de 64 já haviam tentado derrubar Getúlio em 1954, quando

o então presidente se suicidou, minando a ação dos golpistas.

Contudo, este grupo saiu vitorioso em 64, o que faz crer que este golpe

tenha sido resultado de uma ampla mobilização iniciada uma década antes.

Não foi uma reação militar imediatista, e sim, uma ação desenvolvida a

longo prazo. “Muito antes de 64, os grupos envolvidos no golpe já conspiravam

e tentavam inviabilizar o governo de Jango”, assegura Cerqueira. “O golpe de

64 envolveu grupos de empresários, banqueiros, intelectuais da elite, imprensa,

políticos e militares com apoio financeiro e técnico dos Estados Unidos”, garante

Foto: Reprodução internet

Page 97: Revista Atua - Março 2013

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Page 98: Revista Atua - Março 2013

98

Todo mundo em pânicoFranquia chega ao quinto filme e promete mais risadas aos espectadores

’cinema

por Franco Júnior

Se sorrir é sinônimo de sucesso, Todo mundo em pânico tem

conseguido fazer isso por alguns anos da melhor maneira

possível. Isso porque a série chega ao seu quinto filme, com

a característica de fazer sátira a produções de sucesso do ci-

nema norte-americano. Com isso, a gargalhada soa sempre

mais alta cada vez que um novo longa é anunciado.

Início - Todo mundo em pânico começou em 2000,

quando o primeiro filme foi lançado e, na ocasião, a

sátira foi em torno de produções que eram sucesso,

como Eu sei o que vocês fizeram no verão passado, Ma-

trix, O sexto sentido e o próprio Pânico, que foi o longa

que deu origem à ideia de paródias.

Com a aceitação da ideia pelo público, o estúdio

Dimension Films passou a trabalhar em cima de uma se-

quência para o filme; fato que resultou em mais três comédias

de sucesso. A sátira nas sequências foram com filmes de terror

e grandes produções do cinema hollywoodiano. O exorcista,

Premonição, O chamado, Jogos Mortais e Guerra dos Mundos

foram alguns deles, que fizeram com que o público compare-

cesse em peso às salas de cinema e consolidasse a saga como

sucesso no gênero comédia.

Parte 5 - No quinto filme, o roteiro girará em torno do sucesso

Cisne Negro, mas também contará com produções como Ati-

vidade Paranormal, 127 horas e A origem; para tentar manter a

qualidade e o alto número de risadas dos anteriores. A comé-

dia se passa no mundo da dança e tem um arrogante, distante

e mandão diretor francês chamado Pierre comandando uma

grande produção. Jody, de 20 e poucos anos - mãe de dois

filhos - e sua amiga afro-americana Kendra estão competindo

pela liderança na produção. A mãe controladora e ex-bailarina

de Jody está determinada a conseguir o papel principal para

a filha, garantindo a carreira brilhante que sua gravidez a im-

pediu de ter. Já Heather Daltry, prestigiada e veterana bailarina

de 30 e poucos anos, é demitida da produção e enlouquece.

Elenco - O elenco de Todo mundo em pânico 5 conta com o

engraçado e polêmico Charlie Sheen; além da musa Lindsay

Lohan – que por problemas com drogas esteve fora de gra-

vações nos últimos anos. Junto a eles está a também musa

Ashley Tisdale (High School Musical) e os renomados Simon

Rex (Superhero Movie), Molly Shannon (Glee), J.P. Manoux

(Transformers), entre outros.

Fotos: Divulgação

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por Hélinho Fonseca’dicas

Filme / Música - DVDs

Física de forma divertida

O blog do professor sanjoanense Dulcídio Braz Junior, mostra a física por outro ângulo, expli-cando fenômenos de forma elucidativa, rica em detalhes e com várias imagens que auxiliam a compreensão.

Para os publicitários de plantão:www.fisicamoderna.com.br

Sherlock Holmes: A Game of Shadows

Gilberto Gil Concerto de Cordas &

Máquinas de Ritmo

007 - Operação Skyfall

As primeiras indicações deste ano foram bus-

cadas nos lançamentos do final do ano passa-

do. Estamos procurando mais uma vez trazer

sugestões bem variadas que aliam o prazer

de ouvir, ou assistir, o que há de melhor no

momento. Espero que gostem.

PAULO MOREIRA LEITEGeração Editorial - 352 Págs.

A outra história do mensalão

No livro de Paulo Moreira Leite, os leitores encontram um ponto de vista que permite a reflexão sobre um julgamento que foi transformado em show midiá-tico. O jornalista afirma que o julgamento do chamado “mensalão” foi contra-ditório, político e injusto, por ter feito condenações sem provas consistentes e sem obedecer às regras elementares do Direito. A obra tem ainda o prefácio do respeitado jornalista e colunista da Folha de São Paulo, Janio de Freitas.

Música - CDs

Barão Vermelho - 30 Anos Caetano Veloso - Abraçaço

Mick HucknallAmerican Soul

Estação Sambô

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A rádio fantasma russaTransmitindo desde 1982, ela facina milhares de ouvintes com sua estranheza

’curioso

Foto: Sergey Kozmin

Povarovo é um pequeno distrito russo,

distante 40 minutos do centro de Mos-

cou. De lá originam-se os sinais de uma

das mais intrigantes rádios do mundo, a

UVB-76, ou, como é conhecida pelos ou-

vintes, The Buzzer (“a cigarra”).

Operando em ondas curtas - ou AM,

como você preferir, essa rádio intriga os

ouvintes desde a década de 1980, por-

que transmite um pequeno e monóto-

no “bip” a uma taxa aproximada de 25

tons por minuto, durante 24 horas por

dia. Algumas vezes essa transmissão é

interrompida e dá lugar a mensagens

de voz, códigos morse ou mesmo tre-

chos de músicas clássicas.

Como o sinal é transmitido em uma

faixa aberta para civis, se você tiver um

bom rádio e quiser realizar um experi-

mento, basta ligá-lo durante a noite e ten-

tar captar a estação na frequência 4.625

kHz. Durante a noite é mais fácil, pois o

fenômeno da ionização da atmosfera

diminui e as ondas AM ganham alcance

e potência maior. Mas se você não con-

seguir, não se decepcione: a maioria dos

rádios comercializados no mercado hoje

mal consegue captar rádios AM próximas.

Origem - Conta-se que há cerca de 30

anos os soviéticos construíram uma

estação de rádio perto de Povarovo.

Na época, Leonid Brezhnev ainda esta-

va vivo, o Kremlin possuía um império

intercontinental e as tropas soviéticas

estavam combatendo no Afeganistão.

Após o colapso da União Soviética, em

1991, foi revelado que a cidadezinha era

uma localidade controlada pelos milita-

res e que tudo o que aconteceu lá foi

secreto. De concreto, só se sabia que a

estranha rádio transmitia 24h por dia o

“bip” intermitente, fizesse sol ou chuva.

Códigos - Mas tudo seguiu estranha-

mente igual até o segundo semestre de

2010. Após um dia todo em silêncio, em

1º de Setembro, a rádio transmitiu um

trecho de 38 segundos de Dança dos

Pequenos Cisnes, do ballet O Lago dos

Cisnes, de Tchaikovsky. Dois dias depois,

o monótono “bip” foi interrompido para

a transmissão de uma voz masculina re-

citando breves sequências de números >

Do subúrbio de Moscou - Uma antena

no meio do nada transmitiu por muitos anos

o estranho sinal da UVB-76. Hoje, a nova fonte

emissora do sinal situa-se em algum local pró-

ximo a Pskov, próxima à fronteira da Estónia.

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e palavras, quase todos nomes russos:

“Boris, Roman, Olga, Mikhail, Anna, La-

risa”. Na noite de 07 de Setembro, às

20h48, horário de Moscou, uma voz

masculina voltou: “04 979 Drendout”, se-

guido por uma série mais longa de nú-

meros, em seguida, “Trenerskiy” e ainda

mais números. De lá pra cá, a atividade

da rádio não cessou mais.

Tudo isso teria passado desperce-

bido, ou apenas seria notado por um

pequeno e interessado grupo de rádio

amadores, se não fossem a internet e os

sites de redes sociais. Através deles, mi-

lhares conheceram a UVB-76 e ficaram

fascinados com a estranheza intermi-

nável deste persistente e irracional “bip”.

Aficcionados - Como era de se esperar,

o Facebook concentra a maior parte dos

entusiastas da rádio. Somente a página

do grupo de discussão sobre ela possui

quase 3.500 inscritos, dos mais diversos

países, que se dedicam a informar e ten-

tar decodificar cada nova transmissão.

“A estação está estranha agora. Sem

o som, somente vozes fracas no fundo”, in-

forma um certo Joe Dorsey, de Murfre-

esboro, Tennessee (EUA). Outro, Emmett

Brown - referência ao cientista maluco

de De Volta para o Futuro, informa que a

primeira transmissão de 2013 aconteceu

no dia 04, às 12h05, horário de Brasília.

Teorias - Graças a essa grande variedade

de interessados dos mais diversos países,

a Internet foi povoada das mais diversas

lendas e teorias sobre a UVB-76 e sua fi-

nalidade: desde uma emissora de ondas

para estudos da ionosfera, até uma for-

ma de comunicação com alienígenas.

Também se afirma com certa frequência

que ela pode se tratar de um gatilho de

homem morto, ou seja, quando ela parar

de transmitir os “bips” é sinal de que algo

aconteceu e que o processo de retaliação

- talvez nuclear - deve ser iniciado.

A grande maioria, porém, concorda

com uma teoria menos fantasiosa: a

UVB-76 é usada para transmitir mensa-

gens criptografadas a espiões e outros

agentes no exterior, no que é conheci-

da como estação de números.

As estações de números - Estações

de números existem desde a Primeira

Guerra Mundial, como documentado

pelo Conet Project. Normalmente, estas

rádios transmitem letras e números em

grupos de cinco, o que torna impossível

detectar partições entre palavras e fra-

ses; a mensagem, por sua vez, só pode

ser decodificada utilizando uma chave

de posse do ouvinte pretendido.

Mas a UVB-76 não se enquadra nos

O pica-pau russoO pica-pau russo foi um notório sinal de rádio russo, que poderia ser

ouvido esporadicamente sobre as bandas de rádio de ondas curtas em

todo o mundo, entre julho de 1976 e dezembro de 1989. Por causa de

sua potência extremamente alta (acima de 10 MW), o sinal se tornou um

incômodo, pois interrompia transmissões de rádios amadores, comer-

ciais, comunicação aeronáutica e de serviços públicos, o que resultou em

milhares de queixas de vários países do mundo.

O sinal misterioso era fonte de muita especulação, o que deu origem

a teorias como de controle da mente e do clima. No entanto, após um

estudo cuidadoso, muitos especialistas e entusiastas acreditavam que ele

não passava de um sistema de radar além-do-horizonte (OTH) muito po-

deroso. Esta teoria só foi confirmada publicamente após a queda do co-

munismo na Rússia, em 1990. Mas muitos ainda defendem que o sistema

fazia parte de um projeto semelhante ao Programa HAARP americano.

padrões de uma estação de números

típica porque, simplesmente, suas men-

sagens vão ao ar em horários irregulares.

Quem sabe - A verdade é que os reais

objetivos dá rádio continuam obscuros

- e devem continuar assim por muito

tempo. O que se sabe é que Povarovo,

que outrora foi um movimentado distri-

to militar, hoje está quase abandonado.

Mas isso não é o fim da UVB-76. O si-

nal da rádio, que era emitido de lá, hoje

acredita-se que esteja sendo emitido

das redondezas de Pskov, próxima à

fronteira da Estónia. O motivo da mu-

dança continua ignorado e somente

é mais um capítulo na história dessa

misteriosa rádio russa. A

Fotos: Necator / D.M.Hanter

Page 105: Revista Atua - Março 2013

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Usada cada vez mais nas empresas, ainda é desconhecida do público em geral

Pouco conhecida, a logísticareversa ganha espaço

’curioso

por Marden Willian

A logística reversa é um tema que

começou a ser estudado a partir da

década de 1990, com o avanço da tec-

nologia. Vem sendo citado em muitos

artigos acadêmicos dentro da área de

logística empresarial, pouco conheci-

do pela população, mas usado cada

vez mais nas organizações como es-

tratégia empresarial, ajudando a gerir

e operar no retorno de bens e mate-

riais após a venda e o uso ao local de

origem agregando valor aos mesmos.

Esses valores são de várias naturezas:

ecológica, econômica, logística, legal,

de imagem corporativa e outras.

O uso da logística reversa pelas

empresas cabe muito na necessidade

de atender o público do século XXI,

que, cada vez mais consciente, pre-

ocupa-se com os aspectos ambien-

tas relacionados ao bem ou serviço

adquirido por ele. Também devido à

grande competitividade de mercado

onde estratégias como a logística re-

versa podem deixar as empresas em

destaque no mercado.

A logística reversa é dividida em

dois canais de distribuição reversos,

que são o pós-consumo e o pós-

-venda. Os bens industriais detém

um tempo de vida útil e, após esse

período, é quande entra o canal de pós-

-consumo. Sua ação é proporcionar o

retorno desses bens para locais onde

possam ser reutilizados como matéria-

-prima, seja para a produção do pro-

duto que foi originalmente concebido

Page 107: Revista Atua - Março 2013

107

ou para outro processo de reciclagem.

Como exemplos desses bens temos

veículos em geral, eletrodomésticos e

produtos de informática.

O canal de pós-venda tem função

de coletar os produtos que não aten-

deram às expectativas dos clientes, por

erros comerciais, expiração do prazo de

validade e devolução por falhas na qua-

lidade, fazendo a reutilização, a revenda

como subproduto ou produto de se-

gunda linha e até a reciclagem. Os pro-

dutos podem ser devolvidos ao varejis-

ta, atacadista ou diretamente à indústria.

Aplicação – Em janeiro de 2012, a em-

presa Adidas lançou o programa Pega-

da Sustentável, que consiste no des-

carte adequado de calçados, seja da

marca ou de outras. O cliente leva o

calçado até as lojas da empresa, assina

um termo de doação do calçado e re-

cebe um brinde da Adidas.

Todo o material recolhido para re-

ciclagem serão encaminhados para

a empresa de logística reversa e ges-

tão ambiental parceira no projeto, a

RCRambiental. Em entrevista à revista

Exame.com, Fernando Basualdo, Dire-

tor Geral da Adidas Brasil, disse: “Com

o programa Pegada Sustentável, a Adi-

das do Brasil engloba mais uma par-

te da sua cadeia de valor com ações

sustentáveis, ou seja, a destinação

dos nossos produtos ao fim do seu ci-

clo de vida. E não vamos parar por aí.

Estamos desenvolvendo um progra-

ma mais abrangente, visando a Copa

2014. Mais do que um compromisso

de desenvolvimento sustentável, te-

mos aqui uma iniciativa de cidadania

corporativa”. Exemplo de uso do canal

de pós-consumo, calçados que iriam

fazer volumes nos lixos agora vão ser

encaminhados para reciclagem.

Futuro – A logística reversa é a ten-

dência para toda atividade logística

empresarial. Muitas vezes suas carac-

terísticas já eram até utilizadas, mas

não com essa nomenclatura.

O estudo da logística reversa no

Brasil ainda tem poucas obras, porém

temos o escritor brasileiro Paulo Rober-

to Leite com o primeiro livro lançado

nessa área na América Latina e um

dos primeiros na biblioteca mundial.

“Logística Reversa: meio ambiente e

competitividade” está na 2ª edição.

Ele é tido como maior especialista

nesse campo e é também o presidente

do CLRB (Conselho de Logística Reversa

do Brasil). Em seu livro, Leite deixa claro

que o Brasil precisa evoluir muito nas

políticas ambientais, algo que facilitaria

a maior abrangência da logística reversa.

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108

’cinema

Ascensão do cinema brasileiroProduções nacionais passaram a serem vistas com mais atenção nos últimos anos

por Franco Junior

“Filme brasileiro? Ah, não vou ver! Não

gosto de produções nacionais”. Essa é

uma das frases mais ouvidas quando

um filme brasileiro é lançado no País.

No entanto, o cenário e o ‘preconceito’

para essas produções têm mudado

desde a década de 1990; com isso, a

aceitação do “brasileiro pelo brasileiro”

tem aumentado.

Para entender - O cinema brasileiro

sempre foi visto com desconfiança

e até com certo desdém, tanto pela

crítica internacional quanto pela na-

cional. Enquanto o Brasil se consagrou

como o país das telenovelas - princi-

palmente as da Rede Globo -, expor-

tando suas tramas para o mundo intei-

ro, sua produção cinematográfica foi,

durante muito tempo, rebaixada a um

terceiro escalão em patamar mundial.

Entre as salas de cinema brasileiras,

os filmes nacionais sempre foram pre-

teridos pelo público, que dá maior va-

lor aos estrangeiros. Haja vista quando

ao mesmo tempo são lançadas pro-

duções nacionais e internacionais; de

praxe, o brasileiro prefere assistir ao

“diferente” e opta pela de outro país.

A virada - Durante os seus 110 anos de

história, ou mais, o cinema brasileiro

nunca chegou ao ápice do momento

atual em nível de sucesso. As qualida-

des juntamente com os interesses da

população brasileira mostram de for-

ma clara que os filmes produzidos no

Brasil já estão ganhando o seu lugar ao

sol. Não há quem conteste esta ascen-

são do momento, já que tal informação

é de questão puramente observável.

Essa mudança começou a partir

da década de 1990. Em 1995, veio a

primeira indicação de um filme bra-

sileiro ao Oscar, com o longa O Qua-

trilho. Em 1997, uma nova indicação

ocorreu; dessa vez com O Que É Isso,

Companheiro?. Em ambas, a estatue-

ta não veio para o Brasil.

Mas a grande virada veio com

Central do Brasil, de 1998. Estrelado

por Fernanda Montenegro, o longa

Foto: Divulgação

Page 109: Revista Atua - Março 2013

109

não só foi indicado ao Oscar de Me-

lhor Filme Estrangeiro, como venceu

o Globo de Ouro - repetindo feito

que só havia sido alcançado 40 anos

antes, com Orfeu Negro.

Evolução - O cinema brasileiro, então,

passou a um patamar superior. O Brasil

teve vários filmes aptos a concorrer a

uma indicação ao Oscar, tendo aumen-

tado a qualidade de suas produções.

Seus atores passaram a ter reconheci-

mento internacional e a qualidade técni-

ca dos filmes passou a outro nível, me-

recendo atenção da crítica internacional.

Grande exemplo do aumento de

nível das produções nacionais é o fil-

me Cidade de Deus, de 2002. Este é o

filme brasileiro com mais indicações

para a Academia; embora não tenha

levado nenhuma estatueta. Dirigido

por Fernando Meireles, deu grandes

expectativas quanto ao futuro do ci-

nema brasileiro, tendo posteriormen-

te o diretor feito filmes fora do Brasil.

Produções como Tropa de Elite (1

e 2), O Ano que Meus Pais Saíram de

Férias, 2 Coelhos, O Palhaço e o do-

cumentário Lixo Extraordinário vêm

firmando o Brasil como um país de

produções mais maduras e quali-

ficadas, ambicionando, em breve

conquistar para o cinema brasileiro o

maior prêmio da Sétima Arte.

Destas produções, a que chegou

mais perto de trazer ao Brasil a estatue-

ta mais cobiçada foi Tropa de Elite, em

2007; filme este que não venceu o Os-

car, no entanto, trouxe ao País o Urso

de Ouro no Festival de Cinema de Ber-

lim, na Alemanha, no mesmo ano.

Qualidade superior - Com as recentes

produções, os filmes nacionais passa-

ram a serem vistos com outros olhos.

Fato que a cada lançamento o número

de espectadores aumenta. Segundo o

Informe Anual sobre Filmes e Bilhete-

rias, divulgado em janeiro pela Agência

Nacional de Cinema (Ancine), em 2012

15,6 milhões de pessoas assistiram aos

83 lançamentos nacionais no ano. O

recordista foi Até que a sorte nos separe,

com 3,3 milhões de ingressos vendidos.

Vale-cultura - Um dos fatores que deve

ajudar na ascensão do cinema nacional

e de toda arte em geral é o Vale-Cultura,

que começa a valer a partir de segun-

do semestre deste ano. Na prática, o

vale-cultura será parecido com o vale-

-transporte ou refeição. O trabalhador

receberá um cartão magnético, com-

plementar ao salário, que poderá utilizar

para entrar em cinemas, comprar livros

e consumir outros produtos culturais.

Av. Oscar Pirajá Martins, 951 - (19) 3633 1122 - [email protected]

Vacinas para todas as idades

Proteja o quevocê tem de

mais importante.

Page 110: Revista Atua - Março 2013

110

’cultura

Ensaios sobre culturaO desenvolvimento cultural implica na percepção da identidade de um povo

Gênio - Celso Furtado foi um dos maiores

economistas brasileiros e um dos mais desta-

cados intelectuais do país ao longo do século

XX. Suas ideias sobre o desenvolvimento e o

subdesenvolvimento divergiram das doutrinas

econômicas dominantes em sua época e

estimularam a adoção de políticas intervencio-

nistas sobre o funcionamento da economia.

por Francisco de Assis Martins Bezerra

Celso Furtado, paraibano de Pombal,

foi um líder intelectual do desenvol-

vimentismo, criador da Sudene – Su-

perintendência do Desenvolvimento

do Nordeste e economista de prestí-

gio internacional.

Neste quinto volume dos Arquivos

Celso Furtado, publicado pelo Centro

Internacional Celso Furtado de Políti-

cas para o Desenvolvimento, revela-se

o homem de cultura profundamente

brasileira e foi este duplo perfil que o

levou a imprimir, quando Ministro da

Cultura, uma visão ampla de desenvol-

vimento para a cultura, promovendo

sua conexão com a economia e sem

perder de vista a preservação da nos-

sa identidade cultural. Estes princípios

sempre nortearam as atividades da

Procultura Incubadora Cultural, sedia-

da aqui, em São João da Boa Vista.

Celso Furtado foi o criador do pro-

jeto que deu origem à Lei Sarney, hoje

rebatizada Rouanet, de incentivo cul-

tural, via renúncia fiscal, a qual acabou

sofrendo distorções ao longo do tem-

po, fugindo à sua orientação inicial,

mas que nem por isso perdeu impor-

tância no cenário do financiamento

à cultura. Sonegação do imposto de

renda e falcatruas na Previdência não

exigem necessariamente a extinção

da Receita Federal e do INSS.

Em seus ensaios, observa Furtado,

em geral, o crescimento econômico

pode ser feito pela importação de

modelos estrangeiros, mas, ao mesmo

tempo, alerta que o desenvolvimento

cultural implica sempre, em contra-

partida, na percepção da identidade

de um povo, sem o que ele não terá a

autonomia necessária e indispensável

para a criação. Daí a divisão existente

entre sociedades consumidoras de

cultura e outras produtoras de cultura.

A indústria cultural, de massa, baseia-

-se na economia de escala de produção

e um país sem política cultural, como o

Brasil, se torna refém de uma produ-

ção cultural estrangeira e profunda-

mente ideológica que nos impõe seus

valores (se é que assim poderemos

chamá-los) éticos e morais.

Cabe-nos avaliar, esta é a questão

Foto: Fernando Rabelo

Page 111: Revista Atua - Março 2013

111

central, se teremos ou não condições de

preservar nossa identidade cultural.

É nesta questão crucial que Celso

Furtado enfatiza a necessidade de ser

instituída uma política pública voltada

para a cultura em todos os níveis da ad-

ministração, federal, estadual e munici-

pal e sua estreita relação com as demais

áreas. Um exemplo desta deficiência

acima apontada é que apesar de o Bra-

sil passar atualmente por um ciclo de

recuperação econômica e de grandes

avanços sociais, isto reflete na cultura

que continua indigente. Numa socieda-

de democrática, em que é mais intensa

a acumulação, é igualmente importante

garantir a participação de todos.

O texto preparado para o relatório da

CMCD - Comissão Mundial de Cultura e

Desenvolvimento, em San José da Costa

Rica, em 1994, dizia “a experiência de-

monstrou amplamente que a elevação

do nível material está longe de ser segui-

da automaticamente de melhoras nos

padrões de vida cultural. Na realidade, a

tendência predominante é para a repro-

dução da estratificação social herdada

do passado. É corrente que a acumula-

ção de recursos induza ao aumento de

desperdício e não a uma diversificação

dos hábitos de consumo, vale dizer, a um

enriquecimento da vida.”

A cultura precisa ser vista “a um só

tempo como um processo cumulativo e

como um sistema”. Sem uma política cul-

tural, o país corre o risco da ruptura com

o passado, que nem sempre é criativa e

inovadora, mas que apenas reflete a lógi-

ca da acumulação e da competitividade,

comandada em função dos interesses

dos grupos que dirigem as transações

internacionais. Mas, ao final das contas,

por que passados tantos anos e o ad-

vento de governos teoricamente mais

esclarecidos ainda não foi implantada

uma política cultural no país?

O sistema patriarcal e escravocrata,

descrito por Gilberto Freyre, pernambu-

cano, em Casa Grande e Senzala, é ainda

percebido nas relações cotidianas em

todos os seus níveis e nuances. Esta per-

sistência se reflete na produção cultural

atual, um dos efeitos negativos das leis

de incentivo, que colocou o empresaria-

do patrocinador como o senhor, onde

a casa-grande se metamorfoseou nas

grandes instituições culturais bancadas

com dinheiro público, e os produtores e

consumidores de cultura, no outro lado,

como escravos na senzala. Investimento

apenas no consumo, como o vale-cul-

tura, não é suficiente, é necessária uma

política pública que invista também

na produção, sem intermediários e

sem paternalismo, com foco no tripé:

formação, fomento e difusão.

Page 112: Revista Atua - Março 2013

112

’agito

Page 113: Revista Atua - Março 2013

113

Page 114: Revista Atua - Março 2013

114Foto: Reprodução internet

’tecnologia

por Alexandre Pelegrino

Chegou a hora de viajar. Mas e agora: por qual cami-

nho eu vou? Qual é o mais fácil? Qual é o caminho

mais perto? Muitas vezes, na hora de irmos a algum

lugar pela primeira vez, ficamos naquela indecisão so-

bre qual percurso tomar.

Normalmente, as pessoas procuram por mapas e guias

que estão lá no fundo da gaveta juntando poeira e nem

sempre acabam por resolver, pois estão desatualizados e

não fornecem as distâncias e o tempo de seu trajeto.

Mas não se deve preocupar mais. Existem vários ti-

pos de programas e sites disponíveis na internet e o mais

famoso deles é o Google Maps, que surgiu em 2005 e é

atualizado frequentemente.

Buscas e rotas – É muito simples fazer pesquisas e traçar

rotas pelo Google Maps por diferentes tipos neste serviço:

países, estados, cidades, bairros, ruas e até mesmo locais

como praças, estádios de futebol e diversas outras cons-

truções, além de mostrar aonde existem pedágios em sua

rota. Quanto mais dados você colocar, mais completo e

preciso será o resultado da sua pesquisa. Portanto, se es-

tiver buscando por algum endereço é conveniente infor-

mar o nome da rua, o número do imóvel, a cidade e o país,

sempre separando cada ítem por vírgula. É possível tam-

bém encontrar ruas informando apenas o número do CEP.

O santo Google MapsEste entre outros sites salvam a pátria dos perdidos pelo mundo

Em março de 2007, o Google lançou uma nova fun-

cionalidade do Google Maps: o Google Street View. A nova

ferramenta permite visualizar as ruas com imagens em

360º, facilitando ainda mais encontrar os lugares que

ainda não conhece e para onde pretende viajar, marcan-

do pontos de referências.

E, em 2010, o Google lançou a versão do Street View

no Brasil, cobrindo 51 cidades dos estados de São Pau-

lo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em agosto de 2012, o

Google adicionou mais 77 cidades brasileiras, para facili-

tar ainda mais a viagem.

Planejamento - Outro serviço muito interessante e útil

presente na rede mundial é o site www.mapeia.com.br.

Com ele, você pode calcular quanto em “dim dim” vai

gastar na viagem com pedágios e combustível. Isto é

muito bom, pois planejamento é tudo. Então, antes de

pegar a estrada, dê uma passadinha pelo

Google Maps, que com certeza você

não passará aperto em suas rotas,

podendo ainda economizar em

alguma rota alternativa.

Google Maps- É um serviço gratuito

do Google para visualizar mapas e

imagens de satélite da Terra. Graças ao

Google Maps, é possível traçar rotas, vir

com zoom os centros urbanos e, marcar

empresas, tudo isso em um mapa.

Foto: Reprodução internet

Page 115: Revista Atua - Março 2013

115

Page 116: Revista Atua - Março 2013

116

’opinião

por Clineida Junqueira Jacomini

Recebi uma carta, ainda que eletrô-

nica, de um leitor me entendendo,

aceitando e até elogiando. Fiquei con-

tente. Quem não gosta de elogios? A

mais humilde e simples das criaturas

se sente orgulhosa, feliz e realizada

com palavras sinceras vindas para

fazer do meu dia um mais ameno.

Comentava numa crônica sobre

a mudança em nossa já doida e

doída ortografia. Nos vestibulares

de uns dois anos passados, fiquei

mais que estarrecida com o regu-

lamento. Pois não é que já começa

a ser aceita a nova e ainda a velha...

sem se misturarem!

Quer dizer, se o coitado do mo-

cinho, aos 17 anos, sem saber ao

certo qual profissão escolher, en-

frentando uma barra pesada e mil

outros concorrentes, com medo

dos pais se fracassar, ainda tem que

pensar assim: “Se escrevo ideia sem

o velho acento, também não posso

por o trema em linguiça... e o por que

escrevi, tem ou não acento? E as pa-

lavras separadas com o hífen? Quais

tinham obrigatoriedade dele mesmo?

Sei que era qualquer coisa parecida

com a segunda começar com algu-

mas das vogais... mas quais?”

O melhor é fazer como aquele

chefe ao ditar a data da reunião

para sua secretária um tanto chula

como ele: “Se não sabe escrever di-

reito sexta...feira, com ou sem hífen,

que marque para a quinta....sem fei-

Acertos e errosComo escapar da nova confusão ortográfica?

ra nem mercado!”

Minha filha Marília é assim. Não

erra nunca, pois sempre tem uma

saída honrosa. Muda na hora para

outro sinônimo, muda até a frase e

o assunto... mas não perde a pose!

Ela aplica aquele velho conceito de

que inteligência serve para resolver

problemas, sejam eles quais forem!

Recentemente soube que (pare-

ce!) as mudanças para contentarem

os lusitanos não mais serão aplica-

das aqui. Espero! É muita inutilida-

de para os brasileiros que já têm

problemas demais! E esse tem, tem

chapeuzinho? Ponho ou não?

Não sei se os leitores mais ve-

lhos sabem como funciona essa

máquina doida que tenho à minha

frente enquanto escrevo. Há um

programa que corrige a ortografia.

Pois não é que ele agora coloca

acentos e tremas que não existem!

E para conseguir entrar na nova

onda é preciso ter um outro pro-

grama que acho até que está dis-

ponível. Para tirar os acentos e tre-

mas acima tive que fazer a maior

manobra, driblar o danado, pular

para a frente e voltar, um horror!

Quando a gente erra uma pa-

lavra, ela fica em vermelho para

lembrar que alguma coisa está

errada. E o referido programa não

entende o contexto e me manda

colocar plural e concordância que

não existem! Uma loucura! E ainda

por cima muito mandão!

Falando em coisa errada, quan-

do abro a Internet nesses últimos

dias, lá está a propaganda de um

binóculo por R$ 109,90. Mas, pas-

mem. Vejam como está a ofer-

ta: “Longo alcance lentes aprova

d’Aguá”. Mas nem que fosse dado

eu iria comprá-lo! Afinal, como

professora, ainda que antiga e um

tanto esquecida e cheia de dúvi-

das, ainda sei ao menos escrever o

básico de nossa flor do Lácio, um

pouco murcha e despetalada.

Acabo de ler um livro delicioso e

perfeito quanto à cultura, lembran-

ça e escrita. Impecável! Chama-se

“O mundo acabou”, de Alberto Villas,

um escritor mineiro. Ele descreve

sua infância e juventude num tem-

po que não volta mais. Os produ-

tos, com fotos, nos reportam (pelo

menos quem tem mais de 50 anos)

ao passado, num saudosismo sadio

e inesquecível.

Quem não teve para uma al-

pargatas Roda? Não se ensaboou

com Lifeboy e Lux, o sabonete das

estrelas mesmo sem ser uma? E o

Bamba, Queds, Kichute, anti-cárie

Xavier e também o Regulador Xa-

vier de dois tipos, para resolver

os problemas das moçoilas? E do

Aero Willis, Simca e Vemaguet?

Quem não se lembra?

Bem, saudades à parte e erros

também, uma sugestão: divirtam-se

lendo o citado livro, mas só se na

certidão de nascimento dos leitores

estiver marcado: nascimento – de-

pois de 1940 e antes de 1980.

Page 117: Revista Atua - Março 2013

117

Page 118: Revista Atua - Março 2013

118

’empresas

3DMARua Floriano Peixoto, 30 – Sala 02 – Centro.Fone 19 3631 8282

Alamino´sRua Gabriel Ferreira, 47/A – Centro.Fone 19 3056 2371

ArezzoAv. Dona Gertrudes, 38 – Centro.Fone 19 3623 3503Site www.arezzo.com.br

Artesanatos DonniPraça Cel. José Pires, 28 – Centro.Fone 19 3623 3109

Auto BetiRod. SP-342 – São João / A. da Prata, km 229.Fone 19 3622 3811Site www.autobeti.com.br

Bar do RussoRua 14 de Julho, 741 - Vila Conrado.Fone 19 3623 2107

Bebidas e CiaRua N. Sra. Aparecida, 08 – São Lázaro.Fone 3623 1470

Bel Salão de BelezaRua Campos Sales, 461 – Centro.Fone 19 3633 7026

Cada PassinhoRua Benedito Araújo, 155 – Centro.Fone 19 3631 2755

CatléiaRua Gabriel Ferreira, 107 - Centro.Fone 19 3622 2745

Casa da CosturaRua Cel. Ernesto de Oliveira, 122 - Centro.Fone 19 3623 4976

CasalecchiAv. Brasília, 1280 – Vila Loiola.Fone 19 3631 6452

ChocopanRua Ademar de Barros, 696 – Centro.Fone 19 3631 4429

Cintia ShoesRua Nemêncio Gonçalves, 167 – Vila Brasil.Fone 19 3623 4562 / 9761 0819

Clínica RenoveAv. Dr. Oscar P. Martins, 545 – Santo André.Fone 19 3056 1212 / 3631 6245Site www.renoveestetica.com.br

Corpo e FaceAv. Brasília, 1419 – Vila Conrado.Fone 19 3631 0031Site www.dalmicorpoeface.com.br

Coca Colawww.cocacola.com.br

Companhia Teatral Artes InsanesFone 19 8422 7755 / 9228 6240

Colégio IntegralFone 19 3623 6200Site www.integralsaojoao.com.br

Doces Desejo e SaborRua Eugênio Ciaco, 138 – Jd. Santa Rita.Fone 19 3623 1370

Dr. CeschinRua Dr. Teófilo R. de Andrade, 140 – Centro.Fone 19 3623 5266

Dr. Flávio MorattiAv. Dr. Oscar P. Martins, 121 – Santo André.Fone 19 3623 2273Site: www.drflaviomoratti.com.br

Dr. Luis RamosRua Dr. Teófilo R. de Andrade, 308 – Centro.Fone: 19 3623 5021

Dr. RovilsonAv. Dr. Durval Nicolau, 3458 – R. do Lago.Fone 19 3622 2892 / 19 3631 8211

Dr. Tomas de AquinoAv. Tereziano Valim, 300 – Centro.Fone 19 3623 3482

Duo MultimarcasAv. Dr. Oscar P. Martins, 776 – Santo André.Fone 19 3633 3055Site www.duomultimarcas.com.br

Empório da SerraAv. Dr. Durval Nicolau, 956.Fone 19 3631 5515

Etel ModasRua David de Carvalho, 1044 – Vila Valentin.Fone 19 3633 6193

Espaço GirlsRua Getúlio Vargas, 54 – Centro.Fone 19 3635 2160

Fatall’y ModasRua João Pio Vaz, 30 – DER.Fone 19 3631 7612

Fazenda Solar CapituvaFone 19 3633 4664 / 8188 1460Site www.fazendacapituva.com.br

Fernando ArquitetoRua Benedito Araújo, 411 – Centro.Fone 19 9652 5848 / 9309 2689

ForguaçuAv. Sen. Marcos Freire, 730 – Vila Brasil.Fone 19 3633 1848

Fórmulas & FórmulasRua Oscar Janson, 201- Centro.Fone 19 3623 6251

GerminariRua Pereira Machado, 337 – Centro.Fone 19 3623 5432

GringsFone 19 3624 1009Site www.grings.com.br

Imagem CosméticosAv. Dona Gertrudes, 267 – Centro.Fone 19 3056 1616

Jet GessoAv. Dr. João Batista de Almeida Barbosa, 600.Fone 19 3633 3591 / 3631 6042

Limcom EngRua Pernambuco, 215 – Vila FlemingFone 19 3056 4700 / 9193 8790

Love BrandsRua Getúlio Vargas, 199 – Centro.Fone 19 3635 1559

MoranaRua Av. Dona Gertrudes, 30 – Centro.Fone 19 3622 3837

Madri CalçadosRua Prof. Hugo Sarmento, 183 – Centro.Fone 19 3635 1717

MariazinhaRua Saldanha Marinho, 541 – Centro.Fone 19 3631 6163

Nova Som e VidroRua Conselheiro A. Prado, 382 – Vila Conrado.Fone 19 3631 8908

NucaiSite www.nucai.com.br

Óticas CarolRua Ademar de Barros, 87 – Centro.Fone 19 3631 8441

Ótica Nova EspecializadaRua Henrique C. de Vasconcelos, 1726 – DER.Fone 19 3633 4896 Ótica EspecializadaPraça Gov. Armando Salles, 57 – Centro.Fone 19 3622 3177

Ótica Boa VistaRua 14 de Julho, 759 – Vila Conrado.Fone 19 3631 7025

PadovanAv. Dona Gertrudes, 166 – Centro.Fone 19 3622 2699Rua Ademar de Barros, 48 – Centro.Fone 19 3633 7934Site www.redepadovan.com.br

PakaloloRua Maria E. C. de Alvarenga, 1320 – B. Alegre.Fone 19 3631 3618

Peres MotosAv. João Osório, 431 – Centro.Fone 19 3634 1400Site www.peresmoto.com.br

Perfect HouseRua Getúlio Vargas, 321 – Centro. Fone 19 3633 2385

PeopleRua Gabriel Ferreira, 10 – Centro.

Fone 19 3633 4947Site www.people.com.br

Planeta CriançaAv. Tereziano Valim, 138 – Centro.Fone 19 3631 4100

Posto BrasilRua Tiradentes, 224 – Rosário.Rua Henrique Cabral de Vasconcelos, 205 - DERFone 19 3622 2049

Regina PresentesPraça Governador Armando S. Oliveira, 65 – Centro.Fone 19 3623 3631

Santa Casa Mais SaúdeFone 19 3634 4444Site www.maissaudesantacasa.com.br

Sempre ValeSite: www.semprevale.com.br

SequóiaAv. João Batista Bernardes, 1150 – Jd. Boa VistaFone 19 3633 3197Site www.sequoia.imb.br

SH2Fone 19 3631 3620 / 3623 4464Site www.ecplus.com.br

Sleep CenterAv. Rodrigues Alves, 416 – Rosário.Fone 19 3631 0552

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Taú Sports e CiaRua Prudente de Morais, 35 – Centro.Fone 19 3635 2466 Terezico MetaisRua Maria José Gallo Lopes, 119 – Vila Brasil.Fone 19 3622 3803 / 7821 1248

Tro lo lóAv. Dona Gertrudes, 51 – Centro.Fone 19 3633 6343

UnifeobRua Gal. Osório, 433 – São Lázaro.Av. Dr. Octávio Bastos, s/nº - Jd. Nova São João.Fone 19 3634 3300 / 19 3634 3200Site www.unifeob.edu.br

Univaci Av. Dr. Oscar P. Martins, 951Santo André.Fone 19 3633 1122

VanzelaRua Henrique Martarello, 761Jd. São Paulo.Fone 19 3633 2600

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