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Revista Backstage - Edição 216

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Rock in Rio para sempre. Em entrevista exclusiva, Marco Mazzola conta em detalhes como conseguiu resgatar e documentar imagens do maior festival de rock do planeta.

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Sumário

Com a quinta edição lançada

oficialmente em outubro, o Rock

in Rio, que acontece em

setembro de 2013 na capital

fluminense, ganhou uma

merecida coletânea onde foram

documentados os shows das

principais bandas brasileiras

que subiram ao palco do

festival. Durante entrevista à

Revista Backstage, Marco

Mazzola contou como foi o

processo de documentação e

recuperação desses shows.

Confira ainda como foram

configurados os sistemas de som

e de microfonação de um dos

eventos mais tradicionais da

praia de Copacabana,

o Projeto Aquarius.

Danielli Marinho

Coordenadora de redação

SumárioAno. 19 - novembro / 2012 - Nº 216

16 VitrineA nova guitarra da Cort,inspirada na guitarra-machado

de Gene Simmons, e os novosfalantes da JBL Selenium sãoumas das novidades.

26 Rápidas e rasteirasA fusão entre duas locadoras deáudio baianas e entre duasgrandes gravadores.

30 Gustavo VictorinoUm projeto que prevê reduçãode impostos sobre a produção eimportação de instrumentosmusicais está passando desper-

cebido pelo Congresso Nacional.

32 Play-recMais um trabalho do BrasilPapaya e o novo álbum do coral

Calíope, em homenagem aVilla-Lobos, são umas das boasindicações do mês.

34 Espaço GigplaceEm entrevista, Luiz Porto contacomo é a profissão de ManagerTour, responsável por gerenciartodas as etapas de uma turnê.

“ 38 GramophoneAntes ignorado no mercado bra-sileiro, Arthur Verocai agora vi-

rou ícone entre os mais descola-dos que adoram um som maisexperimental.

54 O som dos PAzeirosNa segunda reportagem da sé-rie conversamos com Biggu ecom Alexandre Rabaço.

84 A nova escola do baixoUm anel transmissor de ondas eum receiver wireless capaz deconverter e enviar o sinal pa-ra pedais de efeitos produzin-do sons variados e diferentes.

102 ExpocristãFeira mostra que mercado gos-pel busca cada vez mais se tor-nar profissional.

104 Som nas IgrejasPonto turístico do Rio de Janei-ro, o Santuário de Nossa Senho-

ra da Penha, no bairro de mes-mo nome, ganhou projeto comcaixas da K-Array para a suaConcha Acústica.

NESTA EDIÇÃO

Os 40 anos do Projeto AquariusTécnicos de som contam os desafios desonorizar o projeto, realizado ao ar livre na

praia de Copacabana.44448888

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CADERNO TECNOLOGIA

Expediente

Os artigos e matériasassinadas são de respon-sabilidade dos autores.É permitida a reproduçãodesde que seja citada afonte e que nos seja envia-da cópia do material. Arevista não se responsa-biliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

66 LogicNessa edição, mais duas

seções do ES 2: modulação esaída geral.

70 CubaseDicas e um tutorial de visitaaos recursos e controles do

Reverence para turbinar seuconhecimento no software.

76 SibeliusIgnorado por muitos, o Quick

Start pode ser uma opção paraacelerar diversos procedimentos

no Sibelius.

80 Produção MusicalUm equipamento que não pode

faltar no estúdio, os amplificado-res podem ser dividos em trêsgrupos básicos.

DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected] [email protected] de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumRevisão TécnicaJosé Anselmo (Paulista)TraduçãoFernando CastroColunistasCristiano Moura, Elcio Cáfaro, Gustavo Victorino,Jorge Pescara, Jamile Tormann, Julio Hammer-schlag, Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, MarcelloDalla, Nilton Valle, Ricardo Mendes, SergioIzecksohn e Vera MedinaColaboraram nesta ediçãoAlexandre Coelho, Luiz Urjais, Miguel Sáe Victor BelloEstagiáriaKarina [email protected]ção de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: DivulgaçãoPublicidade:Hélder Brito da SilvaPABX: (21) [email protected] / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected]çãoAdilson Santiago, Ernani [email protected]í[email protected]

Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85Distribuição exclusiva para todo o Brasil pelaFernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 - Sl. AJardim Belmonte - Osasco - SPCep. 06045-390 - Tel.: (11) 3789-1628Disk-banca: A Distribuidora Fernando Chinaglia atenderá aos pedidos denúmeros atrasados enquanto houver estoque, através do seu jornaleiro.

Lightin Week BrasilEm novo local, maior feira de iluminação doBrasil recebe mais visitantes e expositores.

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NOTA:Prezado leitor, nesta edição, deixamos de publicar as colunas de Sergio Izecksohn

e, Na Estrada, de Luiz Carlos Sá. Os colunistas retornam no próximo mês.

Interfaces limitadasCom o crescente mercado em busca

de interfaces com limitados núme-

ros de canais, sugem três que se des-

tacam nesse novo segmento.

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siga: twitter.com/BackstageBr

hegamos ao início do fim do ano e, assim como o tempo, que nosparece cada vez mais escasso, os lucros e as promessas de um

bom ano financeiro parecem que sofreram dessa mesma escassez eficarão para o ano que vem. O fôlego tomado pela economia no iní-cio do ano não foi suficiente para a maioria das empresas e já se pre-vê um Natal bem mais magro comparado ao de 2011, mesmo com osincentivos ao crédito.

No entanto, entre o que realmente prevêem os economistas e o quenos propomos a acreditar, existe um grande abismo. Embora sem di-nheiro, o brasileiro continua comprando, mesmo que consuma menos,e se endividando. Talvez venha daí a crença de que estamos indo bem,fazendo nosso dever de casa. Afinal, ninguém gosta de admitir que to-mou a decisão errada ou que algo não está indo bem, uma vez que estátodo mundo no mesmo barco. Então, unifica-se o discurso, que serátomado como verdade para quem quiser acatar.

O grande impasse é que ninguém quer ser o primeiro a derrubar algunsmitos. Ou por medo de ser mal interpretado e se tornar pedra no sapatode outro, ou por receio de enfrentar “moinhos de vento” e descobrirque, no final das contas, nao há mesmo heróis. O mais prudente é “na-dar a favor da maré” e encontrar um lugar ao sol onde predomine obom senso. Uma posição confortável, disso ninguém duvida, mas quepode ser perigosa se esses mitos começam a ser tomados como verda-des, produzindo um tropel de errantes.

Questionar a ordem vigente das coisas, de vez em quando, é bom. Essaanálise mais minuciosa pode revelar que ninguém gostaria de estar indopara onde leva o caminho. É o que em marketing conhecemos comoParadoxo de Abilene. É como participar de um evento supondo que to-dos gostariam de estar ali, mas na realidade, ninguém queria. Daí, justifi-camos nossa decisão maquiando nossos resultados positivos.

Mudanças sempre trazem desconforto, mas a inércia pode trazer afli-ção bem maior a longo prazo. E no mundo atual, em que padrões e re-lações já não se fazem como há 29 anos, permanecer com as mesmas“verdades” é correr o risco de levar gato por lebre.

Boa Leitura.Danielli Marinho

CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

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Até quando vamos viverde aparências?

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AKGhttp://br.akg.com

O modelo K404 é o novo minifone daAKG lançado no Brasil. Dentre suasexcelentes características, destaquepara: dobrável, leve e portátil. O equi-pamento oferece alta performance desom em todas as frequências e aindapossui almofadas de couro para o con-forto do usuário. O headphone é com-patível com iPhone.

CORTwww.equipo.com.br

Inspirada na lendária guitarra Machado, de Gene Simmons, a nova gui-tarra da Cort é adornada com a assinatura de Gene no headstock. Possuibraço parafusado (bolt-on), madeira no corpo, controles: 1 Volume + 1Tone, chave de três posições e tamanho da escala: 25 1/2".

JBLwww.jbl.com/pt-br

A JBL Selenium acaba de atualizar suas linhas defalantes, a CV e a PW, e lançou os novos alto-fa-lantes CV5 E PW7 durante a Expomusic 2012,que ocorreu em setembro. Maior potência de some transmissão cristalina de áudio são os maioresdiferenciais dos produtos.

HOHNERwww.proshows.com.br

A Hohner, marca distribuída pela Proshows, lançoumais uma homenagem aos grandes nomes da música. AGaita Diatônica com a assinatura do lendário JohnLennon já está disponível nas principais lojas especia-lizadas do país. Ela possui Tom C, número de vozes iguala 20, afinação Richter, 10,5 cm de tamanho e está dis-ponível na cor branca.

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PIONEERwww.pioneer.com.br

A Pioneer apresenta o DJM-4000, um mixadorcom crossover elétrico incorporado. O equipa-mento oferece as três funções básicas que todosprecisam para uma festa: MC, DJ e PA. É possí-vel aproveitar também o seu crossover elétricointegrado para obter ótimos níveis de qualida-de, com um som claro e potência máxima emtodos os eventos.

GRETSCHwww.sonotec.com.br

O novo “Pad de estudo Gretsch”, distribuído pela So-notec, é uma borracha de estudo que reproduz o desenhodos tambores da marca americana. Os pads de estudo têmuma superfície em gel de sílica com uma base de madeira dealta densidade, que acrescenta durabilidade e uma sensa-ção de realidade quando se pratica, pois o rebote é muitoparecido com o do próprio instrumento. Na base, estão asborrachas antiderrapantes que permitem que você prati-que em qualquer superfície plana, sem escorregar.

YAMAHAwww.br.yamaha.com

Os saxofones YAS/YTS-280 da nova linha de instrumentos para estudan-tes, são desenhados tendo em mente os jovens principiantes. Com umpeso relativamente baixo e um formato ergonômico, são fáceis de segurare de tocar. A entoação é perfeita e é fácil tirar dele um grande som. Odesign Yamaha proporciona aos principiantes um apoio excelente, tor-nando mais fácil a aprendizagem, o progresso e a criatividade.

CADACwww.decomac.com.br

A CADAC apresentou um novo console digital para produção ao vivo, o CDCEight. Ele é indicado para shows e aplicações de instalações fixas, possui 128 canaiscom 256 entradas disponíveis e um monitor HD LCD de 24 polegadas touch-screen, dando grande agilidade nos controles. O console CDC Eight é inteligente,ágil e com modo de operação bastante intuitivo.

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SANTO ANGELOwww.santoangelo.com.br

A Interface Digital CSA é projetada para uso em dispositi-vos móveis da plataforma iOS, como iPhone, iPodTouch ouiPad. Este novo lançamento da Santo Angelo é simples, bas-tando conectar a guitarra, violão ou baixo na entrada P10 doCSA e na saída da Interface, um fone de ouvido ou um am-plificador. Um ponto positivo é a mobilidade que ele pro-porciona ao músico, permitindo-o tocar um instrumentoem qualquer lugar, desde que utilize esta interface CSA.

MACKIEwww.habro.com.br

A linha DLM Series, da Mackie, divulgadas pela Habro,oferece sistemas de reforço de som que são capazes de umareprodução de alta qualidade, combinando uma enormesérie de funcionalidades e tecnologias. As caixas DLM têmamplificação Classe D integrada de surpreendentes 2000watts, um mixer e processador digital integrados que po-dem criar uma combinação incrível de potência.

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LL ÁUDIOwww.llaudio.com.br

A LL Áudio está com novidades na sua linha de caixasacústicas compactas LX. Elas foram completamentereestilizadas com um novo design e agora também estãodisponíveis na versão com rádio FM e USB. Essa linha ofe-rece praticidade, fácil transporte e acompanha qualquersituação, desde uma palestra a um churrasco. Com certezaninguém vai ficar na mão com a LX.

EMINENCEwww.cvaudio.com.br

A Eminence anuncia o lançamento do EJ1250, um fa-lante de guitarra signature em alnico desenvolvido com olendário guitarrista Eric Johnson. O EJ1250 possui 12"e 50 watts de potência, e sonoridade vintage graças aoalnico. Possui ainda graves poderosos, médios guturais eagudos definidos.

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LEXSENwww.proshows.com.br

O mixer amplificado LPM-8USB da Lexsen, marcadistribuída pela Proshows aqui no Brasil, possuiseu MP3 player com entradas USB e SD e displaydigital em LCD tornando-o um dos mixers favori-tos em bares, restaurantes e casas noturnas. Elepossui 8 kg, proteção contra curto-circuito e efeito‘Delay’ selecionável e controle de volume, efeitos efrequências graves e agudos por canal.

TSIwww.tsi.ind.br

A TSI acaba de lançar seu kit de microfones para bateria, oDSM-7, desenvolvido para configuração clássica ou deacordo com a preferência do músico. Ele é composto por 7microfones, 4 clamps e 2 windscreen. O kit possui, no total,um peso de 4,030 kg, possibilitando um melhor desloca-mento do equipamento.

EMINENCEwww.cvaudio.com.br

A CV Áudio divulgou três novos mode-los de alto-falantes de alta potência daSérie Profissional, da Eminence: Impero12A, Impero 15A e Impero 18A. Dentreos inúmeros avanços tecnológicos queeles possuem estão o anel superior usi-nado com 1/2" de espessura e 7,5" de diâ-metro, o anel inferior e núcleo usinados emuma única peça T-yoke, bobina de 4" combase em fibra de vidro. O Impero 12A tempotência de 1100W contínuos/2200W deprograma musical e resposta de frequênciade 56 Hz a 3 kHz.

LEAC’Swww.leacs.com.br

A Leac’s anunciou o lançamento da It, umalinha completa de gabinetes fabricados emplástico que estão disponíveis em várias corese tamanhos. São vários os modelos da linha:It! Cinema, It! Jardim, It! Arandela, It! SomAmbiente e o It! Ativa, entre outros. Elespossuem potência musical de até 80 watts,potência RMS de 40 watts e resposta defrequência de 60 Hz a 18 Khz.

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MARTINwww.proshows.com.br

Chega ao mercado o novo projetor motorizado daMartin, marca distribuída pela Proshows aqui noBrasil. O MAC Viper Profile combina um sistemaóptico muito eficiente com uma fonte HID de 1000watts, capaz de produzir mais de 25.000 lúmens,com enorme brilho e eficiência energética. Semcontar com o corpo extremamente compacto e ágilem termos de movimentos.

ACMEwww.proshows.com.br

Pequeno e fácil de transportar, a XP-5R Beam, daAcme, é um moving head de 189W, de alta per-formance e incrível brilho. Com um design ar-rojado de material plástico resistente ao fogo, oproduto ainda possui uma fonte de luz PhillipsMSD Platinum 5R, foco eletrônico, com dimen-sões 415 x 343 x 487 mm.

DEDOLIGHTwww.telem.com.br

O DLED 4.0, novidade da Dedolight que a Telem traz comexclusividade ao Brasil, oferece o que há de mais avança-do em fontes de luz, nos modelos daylight, tungstênio ebicolor. Disponível nas versões mobile e studio (que tam-bém oferece controle DMX), o equipamento tem eficiên-cia impressionantemente alta; dimerização separada, quepermite ajuste de intensidade sem mudança de cor; varia-ção de foco de 60º para 4º e um feixe de luz sem dispersãoe perfeitamente balanceado.

ROBEwww.robe.cz

O novo produto da Robe, o Robin DLS Profile,possui LED RGBW de alta potência e apresentaum suave sistema de disparo rápido de luz. Cadauma das quatro lâminas do obturador pode sercontrolada individualmente e posicionada emângulo, ou o módulo inteiro, podendo ser giradocom a máxima flexibilidade.

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Você costuma ter cuidadoao fazer o aterramento dos

equipamentos

Sim, procuro seguir sempre as orienta-ções e normas. (44,44 %)

Sei que é importante, mas nem sempreos envolvidos em um show estão preo-cupados. (44,44 %)

Nem sempre dá tempo de fazer comomanda a norma. (11,11 %)

Nunca me preocupei com isso. (0,00 %)

ENQUETE

Depois de receber garantias de que a operação não causaria prejuízo à con-corrência nem aos consumidores, a Comissão Europeia (CE) aprovou aproposta de aquisição dos negócios relacionados à música da empresa EMIpelo Grupo Universal Music. A aprovação está condicionada à venda doselo EMI Parlophone e de vários outros ativos da EMI. “Os significativoscompromissos assumidos pela Universal irão garantir que a concorrênciana indústria da música seja preservada e que os consumidores continuema desfrutar de todos os seus benefícios”, declarou Joaquín Almunia, Vice-Presidente responsável pela política de concorrência da Comissão.A principal dúvida da CE era se, após a fusão, a Universal teria um excessivopoder de mercado. No entanto, a Universal se comprometeu a alienar ativoscomo a EMI Recording Limited, que detém o selo Parlophone (casa de artis-tas como Coldplay, David Guetta, Lilly Allen, Tinie Tempah, Blur, Gorillaz,Kylie Minogue, Pink Floyd, Richard Cliff, David Bowie, Tina Turner eDuran Duran). As vendas também englobam a EMI France (que detém ocatálogo de David Guetta), os selos de música clássica, o Mute (Ramones eJetro Tull), o Chrysalis (Depeche Mode, Moby e Nick Cave & The BadSeeds), vários outros selos e um grande número de entidades locais da EMI.O pacote inclui ainda a venda do Coop, um selo de licenciamento quevende artistas como Mumford and Sons, Garbage e Two Door CinemaClub. A Universal também assumiu o compromisso de vender 50% daparticipação da EMI na compilação popular (Joint Venture) “Now! That’sWhat I Call Music” e continuar licenciando seu repertório para tal com-pilação nos próximos dez anos, entre outras medidas.Para saber mais veja: http://ec.europa.eu/competition/elojade/isef/case_details.cfm?proc_code=2_M_6458

Universal adquirenegócios da EMI Music

SOUNDCRAFT LANÇA APLICATIVO

A Soundcraft lançou um app com interface que pro-mete facilitar bastante a vida de técnicos de som ao vivo, responsáveisde sistemas, instaladores e todos os que trabalham com som profissio-nal. O Audio Calc Toolkit é uma ferramenta que permite a conversãoe o cálculo de medidas ou tempos de delay. Outra função do app é cal-cular o tempo de offset para timecode. Para o futuro, a marca pretendeintroduzir mais funções ao aplicativo, através de atualizações. Saibamais: http://www.soundcraft.com/apps/audio-calc-toolkit.aspx

FUSÃO DELOCADORAS DE ÁUDIODepois de alguns meses de ne-gociação, as empresas baianasJoão Américo Sonorização eElpidio Som fecharam a uniãode seus ativos e se tornam umasdas 3 maiores empresas de lo-cação de áudio no Brasil. Osvalores da operação não foramdivulgados. Confira matériacompleta na próxima ediçãoda Revista Backstage.

NOVO PLUG-INA Waves lançou o novo plug-in:o NS1, que tem como caracterís-tica ser um grande supressor deruído. http://www.waves.com/content.aspx?id=12032

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SAPPHIRE FOI APRESENTADA AO PÚBLICO BRASILEIRO

No final de setembro, a nova con-sole Sapphire Touch, da Avolites,foi apresentada aos brasileiros du-rante dois eventos, um em São Pau-lo e outro no Rio de Janeiro. Oworkshop, promovido pela Pro-Shows, aconteceu nas duas capitaisdo Sudeste nos dias 25 e 26 e contoucom a participação do especialistainglês Philip Blue, diretor de ven-das da Avolites, e do lighting de-signer OZ Perrenoud, responsávelpela tradução simultânea. Os parti-cipantes também puderam conhe-cer todos os produtos da famíliaTitan. “Apresentamos a novíssimaSapphire Touch com a versão 6 do

software Titan juntamente com oAvolites Immersive”, ressalta OZ.Segundo o profissional, o consoleestá preparado para a realização de es-petáculos de grande porte, além deque a versão 6 do software foi lançadapara os consoles da família Titan comum upgrade nas suas potencialidadese pode ser baixado sem custos no siteda Avolites. “O software da Avolitesfoi responsável por controlar todo oconteúdo de vídeo das Olimpíadasde Londres em conjunto com aSapphire Media”, lembra o lightingdesigner. “O preço é um ponto forte,sendo a mesa, deste nível de sofisti-cação, mais barata do mundo”, com-pleta. Em São Paulo, o encontroocorreu no Hotel Ibis, na Barra Fun-da, e no Rio, no IATEC - Centro.Para mais informações: http://www.avolitesmedia.com/langua-ge/en-US/News.aspx

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PRO SHOWS PREMIA PARCEIROS DURANTE JANTAR

A Pro Shows promoveu um jantar de confraternização no dia 20 de setem-bro, em que premiou diversos parceiros brasileiros. Na ocasião, alguns co-laboradores também foram especialmente homenageados. Entre os prêmi-os, viagens ao exterior e um sorteio da nova mesa digital Behringer X32.

HABRO ADQUIRE NOVASMARCAS E LANÇAPRODUTOS NO MERCADONA FEIRA DA MÚSICACom um estande maior e no-vas marcas incorporadas àempresa, a Habro lançou no-vos produtos durante a Feirade Música, que aconteceu emsetembro, na capital paulista.“Estamos com um maior estan-de, viemos com novas marcas,como a Line 6 Digital”, ressal-tou Alec Haiat, um dos dire-tores da Habro Music. Dentreoutras novidades destacadaspor Alec, estão a nova caixaL3t, os microfones V70 e oV75, bem como os lançamen-tos da Mackie, série HD. AHabro também trouxe comonovidade a linha especial deguitarras Godin, os pratosturcos Istambul e a nova sérieSE, feitas na Coréia, das guitar-ras Paul Reed Smith (PRS).Com tantas novidades, o obje-tivo, segundo Alec, é traba-lhar com soluções para o mer-cado Premium.

EIKE BATISTA FECHAPARCERIA COM CIRQUEDU SOLEIL

Através de sua IMX, empresavoltada para o setor de esportes eentretenimento do grupo EBX, oempresário Eike Batista anun-ciou no final de setembro umacordo de parceria com o Cirquedu Soleil, resultando na criaçãoda empresa IMX Arts, com sedeno Rio de Janeiro.

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Combos de sistemasde sonorização

A Studio R, por meio da loja vir-tual AudioDireto, torna disponí-vel combos de sistemas de sonori-zação incluindo amps, caixas e ca-bos configuráveis já totalmentecompatíveis e dimensionados. Masnão é só isso, existe um enorme di-ferencial: os kits foram todos ana-lisados pelo professor HomeroSette e, na loja virtual, as opções

podem ser filtradas por cobertura de ambiente, número de pessoas atendi-das, SPL etc. Isso acaba com o dilema de muitos na hora de definir ou esco-lher qual sistema de sonorização atende suas necessidades, desejos e ex-pectativas. E facilita muito a vida de quem precisa de um sistema completoe devidamente dimensionado da maneira menos complicada possível,sem decepções ou o risco de gastar dinheiro nos equipamentos errados.Exemplo: Precisa de um equipamento para áreas entre 500 e 600 metros quadra-dos ou público de 1000 a 1200 pessoas? Basta clicar no menu lateral da loja comestes filtros e os kits que poderão lhe atender serão todos listados ordenadamente.Confira: http://www.audiodireto.com.br/kits.html

ROCK IN RIO ESTÁDE VOLTA AO BRASILA volta do maior festival demúsica ao Brasil, o Rock in Rio,foi lançada oficialmente no dia16 de outubro, durante umevento para a imprensa, no Riode Janeiro. A organização dofestival anunciou três grandesatrações para a próxima edição:Bruce Springsteen, Metallica eIron Maiden.O evento retorna ao Brasil de-pois de passar mais uma vez porLisboa e Madri. Os dias de festaserão 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22de setembro de 2013. Para cadadia do festival, serão disponi-bilizados 85 mil ingressos, di-minuindo a capacidade, que erade 100 mil, para um melhorconforto da multidão.

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ABEMUSICAUma silenciosa guerra pelo poder começaa inquietar os bastidores da Abemusica.Enquanto a atual direção finge não ver adisputa, alguns movimentos políticos co-meçam a se articular para formar uma co-alizão e tentar vencer o próximo pleito. Acoisa é tão séria que até a criação de outraentidade faz parte dos planos oposicionis-tas. E tem traíra dos dois lados...

INSATISFAÇÃOCresce a insatisfação de expositores coma Francal e de resto com a Expomusic. Ocusto do evento não se justifica mais emuita gente já estuda discretamente apossibilidade de se afastar em 2013. Osgrandes clamam por novidades e ummaior enfrentamento ao devastadormundo da tecnologia da informação quederruba resultados e afasta compradorespresenciais. Os pequenos reclamam detudo e a maioria com razão. O evento so-fre de fadiga de metais e precisa ser re-pensado ou renovado. Hoje o lucro real ésó da Francal e da Abemusica.

DESLEIXO E OPORTUNISMOOs pavilhões do Center Norte, sede daExpomusic, parecem sofrer dos mesmosproblemas que o shopping que refe-rencia o local. Acuado por ações do po-der público paulistano que já chegou ainterditar o shopping center, o local doevento dá indícios de decadência, deslei-xo e uma insegurança assustadora. Lâm-padas queimadas, banheiros com vaza-

mento, estacionamento terceirizado aquase 30 reais a diária, furtos diários, in-segurança, tudo isso é sinônimo de que olugar também está no limite da paciênciados frequentadores e expositores.

A CARA DO BRASILFiscalização trabalhista, bombeiros, fis-calização sanitária, meio ambiente...Teve de tudo na hora de apertar os ex-positores. É a burocracia brasileira tam-bém faturando...

DESATENÇÃO GERALUm projeto do deputado federal ValdirColatto, do PMDB de Santa Catarina,está propondo no Congresso Nacionala redução da carga tributária sobre aprodução e importação de instrumen-tos musicais no Brasil. Com a volta doensino musical às escolas, o deputadoquer produtos mais baratos e com ummínimo de qualidade nas mãos dos es-tudantes e músicos brasileiros. O proje-to foi apresentado no final do ano pas-sado e, acredite se quiser, ninguém dosegmento sabia disso.

UTILIDADEA Santo Angelo lançou um brinque-dinho imperdível por sua extrema utili-dade e preço convidativo. Uma pequenainterface do tamanho de uma caixa de fós-foros possibilita a conexão de instrumen-tos de corda a qualquer produto da Apple(iPhone, iPad, iBook, iPod, Aipim...) quedispondo de utilitários instalados e dis-poníveis aos montes na internet podesubstituir pedaleiras, simuladores e ou-tros equipamentos. Para quem odeiacarregar tralhas, o paraíso chegou.

NA MOSCAEncontro o especialista e grande amigoJosé Luiz Barci na Expomusic e ele dis-para... “Os fabricantes estão substituindo os

engenheiros por designers”. Parei para pen-sar e concordei na hora. Grande partedos “lançamentos” tem apenas mudan-

Desde há muito que

desconfio dos

números que o

mercado anuncia

como produto de

eventos ou balanço

de promoções

tópicas. O valor das

vendas anunciadas

na Expomusic 2012

notadamente não

passa nem perto do

número realmente

apurado. A

“chutometria”

generalizada levou

os realizadores do

evento a divulgar

números risíveis

para quem conhece

há décadas o

encontro e os seus

bastidores.

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GUSTAVO VICTORINO | [email protected]

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ças estéticas sobre um conteúdopraticamente igual. Definitiva-mente, alguns segmentos precisamse reinventar.

XODÓA guitarra nascida da parceria daRoland com a Fender foi o xodó doestande da quarentona empresa ja-ponesa. Com preço convidativo –os modelos vão custar menos deUS$ 2 mil nas lojas – o produto temtudo para decolar de vez e acabarcom o estigma de que a parceria dosdois gigantes tropeça no preço. Asguitarras Fender Stratocaster equi-padas originalmente com o sistemaGK da Roland ficaram acessíveis emarcam um avanço tecnológicoque vai mudar o conceito e o mer-cado das guitarras sintetizadas.

CRESCIMENTOAs importadoras Habro e ProShowsmostraram em 2012 um crescimen-to significativo nos seus catálogos eindicam mudanças no panorama domercado brasileiro. Ao acumularmarcas mundiais e disponibilizarnovos produtos, as duas empresaschamam a atenção pelo seu cresci-mento fundado em grifes de altoconceito internacional e ousadoprojeto de marketing. Mesmo comhistórias diferentes, Habro e Pro-Shows assumem protagonismo numsegmento que sempre foi marcadopor uma brutal concorrência nadisputa por mercado.

GENEROSIDADEAo cruzar com o mestre Seizi Ta-gima percebo que o ícone da gui-tarra mantém a simplicidade e apopularidade com a mesma altivezde um samurai. Entre as inevitáveisfotos de fãs, descubro que o velhomestre se dedica também a um pro-jeto social voltado a crianças caren-

tes doando guitarras Seizi persona-lizadas para arrecadar fundos paramenores abandonados. Distribuí-das pela Royal, aos poucos as guitar-ras Seizi começam a cair no gostopopular e a conquistar espaço pelanotória credibilidade de quem asassina e avaliza. Quem foi rei seráeterna majestade.

STANERCada vez mais, a empresa de Presi-dente Prudente consolida o seu con-ceito como o maior fabricante deáudio profissional de grande porteno Brasil. Focada em PAs de alto de-sempenho, a Staner agrega novida-des ao seu catálogo mantendo o foconum mercado que ainda cresce emníveis superiores aos demais seg-mentos de áudio e instrumentos.

CASIOAgora distribuída pela Izzo, a Casioinveste no mercado brasileiro comum marketing agressivo capitanea-do por Samuel Cimirro e EduardaLopes. Num país de dimensões eco-nômicas e geográficas continentais,a missão de conquistar espaço édura e desgastante, mas quem co-nhece o Samuel, a Duda e a Izzoaposta no sucesso da parceria.

FESTA NACIONALDA MÚSICAO evento aconteceu em Canela nofinal do mês passado e mostrou aamplificação de mais uma das múl-tiplas facetas do encontro. A polí-tica agora começa a ser vista pelosartistas com a devida importânciaem face dos muitos pleitos da cate-goria. A presença de dezenas deautoridades e parlamentares aospoucos muda a visão da classe ar-tística sobre a importância de suaparticipação na política do país.Pleitear e pressionar estão substi-

tuindo a reclamação vazia e a cho-

rumela inútil. No mês que vem euconto os bastidores do encontro.

INEXPLICÁVELDe forma surpreendente, o cantorLeoni recusou participar da Festa2012 onde seria homenageado porse negar a encontrar pessoas comas quais discorda politicamente naadministração de direitos autorais.Ficou esquisito porque o debate é oponto de partida da convergênciae da solução de impasses políticos.Bola fora do artista que ao fugir dadiscussão incorpora razão aos seusopositores. Apesar de respeitado equerido pela categoria, a atitude domúsico foi considerada incompre-ensível para muitos e lamentávelpara todos.

LANÇAMENTOLançada pela Sonotec, a linha de so-pros Concert vem surpreendendopela qualidade. Na sua faixa de pre-ço, o produto se destaca por estarbem acima da média de similares domercado. Ponto para o consumidor.

BELEZA INCOMUMA linha de guitarras Waldman, daEquipo, incorpora um bom gostono acabamento que surpreende edeixa qualquer um com água naboca. A linha semiacústica foi de-senvolvida pessoalmente por Ever-ton Waldman, que usou da sua ex-periência como guitarrista parapensar um instrumento bom e lin-do de morrer. Não bastasse isso, opreço é surpreendentemente aces-sível. Para quem conhece e testa, écompra certa.

BASTIDORESEm breve a Fender vai anunciarnovidades para o Brasil. E não se-rão produtos...

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DANIELLI MARINHO | [email protected]

O violonista e gui-tarrista procurouextrair da memóriaos melhores mo-mentos da infância,passados em um sí-tio em Saquarema(RJ), ao reunir ascomposições quefariam parte desseCD. Com arranjosdo próprio Fábio e

de Adriano Giffone, que também participa de quase to-das as faixas, ora no baixo vertical, ora no elétrico, o tra-balho instrumental faz um passeio pela música brasileira.

LAGOAFábio Caiaffa

O coral faz uma ho-menagem ao 125ºaniversário do ma-estro Heitor Villa-Lobos e reúne umrepertório para co-ro a capella do com-positor brasileiro,selecionado pelomaestro Julio Mo-retzshohn. Entreas obras estão as

composições originais Bazzum, José e Duas Lendas

Ameríndias, além de arranjos de temas folclóricoscomo Papae Curumiassu, Remeiro de São Francisco, Es-

trela é Lua Nova e Na Bahia Tem (coro masculino a qua-tro vozes). O sexto disco do grupo carioca tem regên-cia de Moretzsohn e foi gravado no Estúdio Sinfônicoda Rádio MEC, em 2011.

VILLA-LOBOSCalíope

O terceiro álbum doquarteto chega ao mer-cado misturando mui-tos ritmos musicaisdistintos como tan-go, choro, flamenco,jazz e funk. O mais in-teressante é que tudoé envolvido em umaroupagem rock androll e, por vezes, heavymetal. O DVD, gra-vado no Teatro Álvarode Carvalho (TAC),em Florianópolis (SC),

em que o grupo comemora 18 anos de estrada na searainstrumental, é resultado da experiência alcançadapelos integrantes ao longo dessas quase duas décadas.

EMANCIPATIONBrasil Papaya

A ideia de que mú-sica e arquiteturatenham de certa for-ma a mesma função:preencher espaços,físicos ou cronoló-gicos, norteou aconcepção dessetrabalho. A obra édedicada a OscarNiemeyer e, talvezpor isso, traga em

suas composições harmonias que nos remetam a ele-mentos presentes na arquitetura como vidro, madeira,pedra e concreto. Na suíte “O Arquiteto”, o quintomovimento recebe o nome do arquiteto famoso. UmCD para iniciantes e iniciados na boa música.

O ARQUITETOQuaterna Réquiem

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uiz, vamos falar sobre você, qual a suaformação acadêmica, e como você foi

parar no mercado do show business?Sou formado em arquitetura e apesar deter trabalhado realmente muito poucocom isso, sinto que o curso me deu ferra-mentas que uso no meu dia a dia. Minha

Dando continuidade à

série de entrevistas com os

profissionais do backstage

e com o objetivo de sair dos

bastidores dos shows e

trilhar os bastidores de

todas as produções que

tiverem profissionais

trabalhando, nesse mês

trazemos a profissão de

Tour Manager, com uma

entrevista com Luiz Porto.

[email protected]

Fotos: Arquivo pessoal / Divulgação

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Profissões do

backstage’backstage‘L U I Z P O R T O

T O U R M A N A G E R

entrada no mercado do show business sedeu por intermédio de um amigo que, naépoca, trabalhava em uma produtoraque agenciava o RPM, entre outros ar-tistas. A banda precisava de um produ-tor, ele me indicou e desde então tenhotrabalhado com isso.

Luiz Porto resume a profissão de Tour Manager como o responsável por cuidar de todos os aspectos de uma turnê

Page 35: Revista Backstage - Edição 216

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O que faz um Tour Manager, quaisas suas atribuições, antes, durante eapós uma tour?Bem, há vários entendimentos sobre oque faz um Tour Manager. No meu en-tendimento ele é a pessoa que cuida daturnê de uma maneira geral, “amarran-do” os seus diversos aspectos. Na etapaque antecede a turnê, ele é responsávelpor coletar e trocar informações com osdiversos contratantes, cuida da distri-buição dessas informações junto à suaequipe (entre outras coisas ele monta oque chamamos de “tour book”, compi-lando as diversas informações sobrecada um dos shows, como locais dosshows, hotéis, voos, contatos em cadacidade, cronograma de cada um dosshows etc.), cuida de algumas questõesfinanceiras, administra questões co-mo som, luz, palco, hotel, transporteentre outras contratações com ante-cedência, monta cronogramas (carga edescarga, passagens de som, saídas dohotel, voos etc.) e várias outras coisas.Obviamente vale mencionar que eletem a visão e o controle geral da turnê,mas não faz isso sozinho; dependendoda estrutura de cada banda ou artistaele conta com Road Managers e Pro-duction Managers e cada um cuida deum aspecto (ou aspectos) da produçãomais detalhadamente.

Você acompanha produções e even-tos nacionais e internacionais. Quaisas diferenças entre produzir para es-trangeiros no Brasil e para brasilei-ros no exterior.A maior dificuldade é um entender amentalidade e a maneira de trabalhardo outro, pois cada um vem de culturasdiferentes. Nós temos certa dificulda-de de entendê-los e eles têm uma certadificuldade de nos entender. Certa-mente há pontos positivos e negativosnas duas formas de trabalho, mas possolhe assegurar que tenho viajado bas-tante a trabalho e a passeio e tenhovisto que a qualidade do trabalho dobrasileiro tem melhorado muito e nãoacho que devamos nada a ninguématualmente. Costumo dizer que quan-do o brasileiro é um profissional sério éo melhor de todos, pois esse jeitinhobrasileiro nos dá uma capacidade deimproviso e de lidar com o inesperadoque ninguém mais tem. Mas a questãoé essa: usar o jeitinho apenas para oque se deve e ser profissional sempre.

Para as produções brasileiras, em es-pecial bandas que fazem tour pelo ex-terior, quais as maiores dificuldadesao se fazer uma tour por vários países?Penso que o brasileiro se adapta bemàs situações que encontra na estrada.

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O Tour Manager conta com o auxílio de outros profissionais, como Road Managers e Production Managers

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No geral, o idio-ma (normalmente, o inglês) é uma

barreira e a saudade do arroz e feijão.

E para as produções estrangeiras, quaisas principais dificuldades de uma touraqui no Brasil?Acho que o tamanho do país e, con-sequentemente, as distâncias entre as ci-dades são uma grande dificuldade e ainfraestrutura de transporte interno tam-bém pode melhorar, para se dizer o míni-mo. Acho que a qualidade da mão de obrano Brasil melhorou muito e está muitomais profissionalizada, mas ainda temosum certo caminho pela frente.

Fale de um ou de alguns trabalhos quevocê considera importantes em suacarreira.Tive a oportunidade de fazer algunseventos e conhecer algumas pessoas queajudaram a me definir como profissional(e como pessoa) e sou muito grato porisso. O tempo que trabalhei com diver-

sas bandas me mostrou a realidade doBrasil, os trabalhos com orquestras ecompanhias de dança me ensinarammuito sobre como lidar com grandesgrupos enquanto projetos grandes co-mo o os Jogos Pan-americanos, o Rockin Rio, shows internacionais como U2e Rolling Stones na praia de Copa-cabana e agora os Jogos Olímpicos emLondres me ensinaram novas maneirasde organizar meu trabalho. A turnêque fiz com Ivete Sangalo pela Europadurante a Copa de 2006 foi outra ex-periência sensacional, e me ensinoubastante também.

Você faz parte da Ícone ProdutoresAssociados, como funciona sua pro-dutora e que serviços ela presta?Montei a produtora inicialmentepara ser uma pessoa jurídica e fazeras coisas da maneira correta. Ela ésuper pequena e atende apenas al-guns poucos clientes, que se tor-naram bons amigos com o passardos anos, mas fazemos eventos

dos mais variados perfis e tamanhos.

O que falta ainda ao Luiz Porto para queele se torne um profissional ainda melhor?Ah, falta muito! Sempre falta. Estamossempre aprendendo coisas novas e me-lhorando como profissionais e como pes-soas. Pobre daquele que é arrogante a pon-to de achar que não tem para onde crescer.

Quais os seus planos para o futuro, da-qui a 10 anos, nos planos profissionale pessoal?Tenho alguns trabalhos encaminhadospara o futuro próximo. Daqui a 10 anosgostaria de estar fazendo a mesma coisae meu desejo mais sincero é que o merca-do, como um todo, esteja aquecido emuito mais profissional ainda.

Este espaço é de responsabilidadeda Comunidade Gigplace. Enviecríticas ou sugestões para [email protected] ou [email protected]. E visite osite: http://gigplace.com.br.

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Brasil, os trabalhos

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Victor Bello

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Fotos: Internet / divulgação

possível afirmar que parte da histó-ria da música nacional passou pelo

“Toque de Midas” desse arranjador, pro-dutor, compositor e violonista chama-do Arthur Verocai. Nascido no Rio deJaneiro, em 1945, o músico trabalhoucomo arranjador para diversos artistasda música brasileira, entre eles IvanLins, Jorge Ben, Tim Maia, Gal Costa,Erasmo Carlos, Leny Andrade, Célia, OTerço, Marcos Valle, além de ter sido di-retor musical e arranjador de programas

Um dos discos

brasileiros mais

cultuados e

aclamados no exterior

completa 40 anos.

como Som Livre Exportação e Chico City,ambos da TV Globo, sem falar nas cam-panhas publicitárias, criando jingles.No entanto, foi em 1972 que Arthur fa-ria um trabalho transformado, quatrodécadas mais tarde, em um ícone no ex-terior. O álbum homônimo, que saiu naépoca pela gravadora Continental, eraseu primeiro trabalho solo. Pouca genteentendeu “aquelas maluquices experi-mentais”, com inúmeras influênciasque misturavam jazz, bossa-nova, soul,

É

SOMENTE AGORACOMPREENDIDOA sofisticação e experimentação

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de Verocai

música erudita, ecos da música mi-neira etc. Comercialmente malsu-cedido, com pouca repercussão, o

trabalho ao qual o músico se dedi-cou com total energia acabou cain-do no limbo.Em 2002, a gravadora americanaUbiquity Records entrou em con-tato com Verocai e relançou aobra-prima em vinil e CD. Logo abolacha foi redescoberta por DJ’s,músicos e pesquisadores e não de-morou muito para se tornar umdisco clássico e cultuadíssimo láfora. O maestro já foi sampleado

por artistas do hip hop americanocomo Little Brother, Ludacris eMF Doom e ganhou uma mixtapeinteira em sua homenagem elabo-rada pelo DJ e produtor brasileiroRodrigo Nuts, que trabalha comMarcelo D2.O reconhecimento tardio catapul-tou os preços do disco original e deseu recente relançamento às alturas,fazendo a alegria de DJ’s e coleciona-dores ao redor do mundo. “Tinha amente muito aberta para todos osestilos musicais. Eu penso que existemúsica boa ou música ruim. Ouviarádio desde menino, sempre escu-tava muita música. Faço um ba-lanço muito positivo desse disco,pois, depois de alguns anos, comodisse o Nivaldo Ornelas, ele foireconhecido no mundo inteirocomo uma obra de arte, um qua-dro, por exemplo, que fica atravésdo tempo”, observa Verocai.

A GRAVAÇÃOGravado no extinto estúdio SOMIL,em Botafogo (RJ), em quatro canais,os instrumentos utilizados por Ar-thur foram um violão Do Souto eguitarras Gibson, pedal Color Sounde amplificadores Altec. O técnicode som foi o Célio Moreira. O dis-co teve arranjos e regência do pró-prio Verocai “A criação musical é aminha paixão e fazer arranjos é cri-ar. Também acho que foi a primeiragravação de sintetizador no Rio.Usei mais como efeitos sonoroseletrônicos” conta. Músicos con-sagrados da música brasileira tam-bém participaram do álbum: Hé-lio Delmiro, Paulo Moura, Ni-valdo Ornelas e Célia. A capa foifeita pelo fotógrafo e designer grá-fico Fernando Bergamashi emfrente a uma gráfica do tempo doimpério no bairro do Humaitá, noRio de Janeiro.

O IRROTULÁVELA obra complexa e abrangente doprimeiro LP de Arthur Verocai de-safiou as convenções musicais da

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época, combinando influências brasi-leiras e as experimentações baixo-lo-fi

eletrônicas de artistas americanos co-mo Shuggie Otis e as orquestrações doprodutor Charles Stepney. O produtortambém estava sob a influência da faseelétrica de Miles Davis e do rock experi-mental de Frank Zappa. “Verocai trans-cendeu, tangenciou diferentes gêneroscom uma concepção de instrumentação

e arranjos muito focada na formação quereuniu através do álbum. O disco conti-nua surpreendente, inquietante e, noque é mais positivo, finalmente começaa chegar ao Brasil. É referência para no-vos músicos e arranjadores” observa ojornalista Antônio Carlos Miguel.Caboclo, música que abre o disco, é umaparceria com Vitor Martins e tem influ-ência da música de Milton Nascimento

Ficha Técnica

Arranjos e Regências: Arthur VerocaiParticipações:

Faixa 1: Guitarra e Voz: Arthur Verocai /Coral: Luis Carlos, Paulinho e José CarlosFaixa 2: Sax alto: Oberdan / Vocal: Luis CarlosFaixa 3: Flauta: OberdanFaixa 4: Piano: Aloísio Aguiar / Vocal: GildaHorta, Toninho Horta, Toninho Café e D. CarlosFaixa 5: Vocal: Luis Carlos, Paulinho eJosé CarlosFaixa 6: Vocal: CéliaFaixa 7: Vocal: Luis Carlos, Paulinho eJosé CarlosFaixa 8: Vocal: Gilda Horta, Toninho Horta,Toninho Café e D. CarlosFaixa 9: Sax soprano: Paulo Moura / Vocal:

Luis Carlos, Paulinho e José CarlosFaixa 10: Guitarra: Helinho / Sax tenor:Nivaldo Ornelas / Trombone: Édson MacielInstrumentistas:

Helio Delmiro (guitarra)Robertinho Silva, Paschoal Meirelles(bateria)Luiz Alves (baixo)Aloysio Aguiar (piano)Nivaldo Ornellas, Paulo Moura (sax)Oberdan (sax, flauta)Edson Maciel (trombone)Celia, D. Carlos, Gilda Horta, Jose Carlos,Luiz Carlos, Paulinho, Toninho Café,Toninho Horta (vocais)Arthur Verocai (vocal, guitarra)

Arthur Verocai, ao centro, Luiz Alves, Idriss Boudrioua e Nivaldo Ornelas

“ Verocai

transcendeu,

tangenciou

diferentes gêneros

com uma

concepção de

instrumentação e

arranjos muito

focada na

formação que

reuniu através do

álbum

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e uma letra que remete ao sertão.“Sou filho de mineiros e frequen-tei muito Minas, por isso, quandoconheci o Milton e o ToninhoHorta notamos que tínhamos aidentidade musical muito próxi-ma”, lembra. Pelas Sombras temuma pegada swingada e é cantadapor Luis Carlos, ex-grupo Aboli-ção. Sylvia foi feita em homenagemà sua esposa na época. Presente de

Grego - uma música bem experi- Verocai trabalhou para diversos artistas da música brasileira

O jornalista Antônio Carlos Miguel

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mental com vocais deGilda Horta, ToninhoHorta, Toninho Café eD. Carlos, com letra deVitor Martins -, temconotação política eirônica remetendo àditadura, um pre-sente de grego dadopelos militares.Seriado, uma cançãolírica com a voz ins-pirada de Célia tam-bém se destaca noLP. “Em 1972, a Cé-lia era a estrela daContinental e euproduzia seus ál-buns. Foi ela a res-ponsável pelo dis-

co, pois usou

de sua influência para convencer o di-retor da companhia a gravar meu traba-lho solo. Ela cantou muito nessa faixa”,fala Arthur. Na Boca do Sol, a músicamais sampleada do vinil, remete a umcenário de interior, à Ituverava (SP),onde nasceu o parceiro da canção, ocompositor Vitor Martins. Karina (Do-

mingo no Grajaú) saiu de um tema com-posto antes, Uma Tarde no Grajaú, e foigravada em apenas uma manhã. Possuiuma orquestração impactante e a guitar-ra de Hélio Delmiro colorindo a canção.

Em 2008, a produtora Mochilla, forma-da pelos fotógrafos Eric Coleman e B+,apresentaram o projeto Timeless, série detrês filmes baseados em shows de trêsgrandes arranjadores do mundo, inclu-indo o falecido produtor J Dilla e o mú-sico etíope Mulatu Astatke. O show deVerocai que originou o filme foi gravadoem 15 de março de 2009 e conta comuma orquestra de 35 músicos, com par-ticipações especiais do Mamão e Bel-trame, do Azymuth; o simpático CarlosDafé, Clarisse Grova, Airto Moreira, oDJ J Rocc nas picapes, entre outros.Além de recriar os arranjos do lendárioálbum de 1972, o maestro mostra no fil-me suas facetas de cantor (em Caboclo) eviolonista, na versão instrumental deFilhos, que abre a segunda parte do con-certo, com repertório de seus outros dis-cos e a inédita Flying to Los Angeles, quecompôs especialmente para a ocasião,

além de temas de publicidadeque não foram aprovados e vi-raram música, como Queima-

das, feitas para uma campanhasobre a Amazônia. “Sinto faltademais de arranjos assinadospor Verocai. Por décadas, a mú-sica popular no Brasil virou ascostas para o tipo de música queVerocai fazia. Nos últimos anostem aumentado a diversidade e oacesso a obras como a dele, porexemplo,” enaltece Miguel.O filme da série Timeless, lançado emDVD, é um bom indicador para isso.Verocai continuou atuando esporadi-camente como arranjador e, em 2010,

foi convidado por Marcelo Jeneci para cri-ar arranjos de várias faixas de seu álbum deestreia, o elogiado Feito pra Acabar; e algu-mas faixas do disco Nove, da cantora AnaCarolina. Seus trabalhos solos tambémcontinuam a alçar voos: em 2002, gravouo independente Saudade Demais, com par-ticipações de Ivan Lins e Azymuth; e em2007 lançou Encore, pelo selo britânicoFar Out Recordings. Atualmente, o músi-co se prepara para lançar seu concertopara violão e orquestra, continuando a fa-zer o que mais ama: criar músicas.

O primeiro disco de Verocai sóagora foi descoberto pelo Brasil

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DOCUME DEVIDAMENTE

DOCUME Danielli Marinho

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Fotos: Divulgação

ara deixar documentada essa parteda história e as noites memoráveis

que mudaram de uma vez por todas ojeito de se fazer shows no Brasil, o pro-dutor Marco Mazzola resgatou algumasfitas e transformou alguns shows emDVDs, através de sua produtora MZA,em parceria com a Sony Music. Nestaentrevista exclusiva à Backstage, Marco

P Mazzola conta como surgiu a ideia, falasobre a dificuldade para conseguir recu-perar as gravações originais e obter a au-torização dos artistas para lançar o pri-meiro pacote com seis DVDs com osshows do Rock in Rio.

Backstage - Como surgiu esse projeto de

lançar os shows do Rock in Rio em DVD?

Janeiro de 1985.

Nesta data o Rio de

Janeiro e o Brasil

viveram um dos

maiores eventos que já

havia acontecido no

mundo e que se

tornaria o divisor de

águas na história

musical desse país. O

Rock in Rio se

superou em números e

expectativas juntando

em um mesmo palco

nomes de gigantes da

cena musical

internacional e

lançando para o

mundo o rock and roll

nacional. O sucesso

que tornou o festival

um dos maiores do

mundo fez com que o

empresário Roberto

Medina repetisse a

façanha mais três

vezes no Rio e levasse

a marca RiR para

Lisboa e Madri.

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NTADONTADOMarco Mazzola - Essa ideia começoumais ou menos em 2004. Não conse-guia entender como não tínhamos umarquivo de toda a história do Rock inRio, que estava basicamente vincula-do à TV Globo. Então, como tenhoum contato bom na Artplan, até porque, no Rock in Rio de 1985, basica-mente ajudei a colocar todas as grava-

doras na casa do Roberto Medina, eusugeri tentar recuperar esse material.

Backstage – Foi muito difícil?Marco Mazzola - Teve muita dificul-dade. O Rock in Rio de 1985 e de1991 estavam todos arquivados naGlobo, mas de propriedade da emis-sora. Mas o de 2001, ninguém sabia

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onde estava o material. Não estava emnenhuma gravadora. Não estava em ne-nhuma emissora de televisão, porque foifeito com Direct TV, nem com a produtoraque produziu o evento. Enfim, ninguémsabia onde estava isso até que um dia medisseram que esse material poderia ser en-contrado num arquivo de tapes da Art-plan, em Jacarepaguá. Pedi a um pessoalnosso para ir para lá e chegando lá as fitasestavam muito sujas, muito deterioradas.Recolhemos umas 20 fitas dessas e dentrodessas 20 fitas, vimos que uma delas era doRock in Rio. Fizemos uma decupagem ge-ral aqui dentro da MZA e descobrimosque praticamente todo o Rock in Rio2001 estava ali. O que estava faltando -que era uma ou duas fitas -, a gente conse-guiu através da Direct TV.

Backstage – E depois, qual foi o próxi-mo passo?

Marco Mazzola - Aí veio a fase em queeu precisava digitalizar. Antes, porém,solicitei cópias à Globo, de 1985 e de1991, para a gente ter esse material aqui

Acima, Mazzola e a Studer usada para mixagem do Rock in Rio de 1985.Em seguida, caixa de fitas onde estavam as gravações originais

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dentro, e comecei a digitalizar tudo.Então temos tudo digitalizado, to-dos os shows de 1985. Mas é muitodifícil você lançar, até por já ter pas-sado muito tempo. Existe o direitode imagem, algumas pessoas já atéfaleceram. Alguns shows nacionais,por exemplo, não tiveram condi-ções de serem reproduzidos, como odo Erasmo Carlos, que tocou numdia que era dos “metaleiros”, o mes-mo com o Carlinhos Brown. Então,tem muitos shows que não dão paraser aproveitados, mas servem comohistória, como a vida do Rock inRio, e isso eu pretendo fazer. Mon-tar uma historinha de 1985 pra cácom as coisas que aconteceram.

Backstage – Mas esse material

não pode ser aproveitado porcausa da qualidade do áudio?

Marco Mazzola - Na verdade, pelaqualidade em si. Eram quatro câme-

ras, e a forma de filmar, com as câme-ras voltadas para os canhões de luz,deixava tudo estourado. Mandamosrecuperar cores, porque hoje em diatemos como fazer isso, mas aí vem oproblema do áudio. Então é muitomais um registro da história. Lança-mos o Paralamas e o Barão, porqueeram shows antológicos, mas nãoconsegui relançar o Zé Ramalho e a

Elba Ramalho. Então existem proble-mas políticos também que a gente temque respeitar, apesar de não concordar,porque fazem parte de uma história.

Backstage – Quais são os shows

que você conseguiu recuperar?Marco Mazzola - Não encontreios áudios de forma alguma do se-gundo festival, e só tem esse regis-

Mazzola em uma das salas de gravação da MZA

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tro de tape. Então também ficou defici-tário fazer qualquer coisa. Só há uma par-te de vídeo, que se pode fazer um do-cumentário. Em 2001, foi feito um acor-do com a UOL e a Direct TV e esse áudiopassou a ser de propriedade da Artplan.Conseguimos resgatar e lancei entãoCassia Eller, Ultraje. Tentamos Shakira,mas os internacionais são quase impos-síveis. Vamos ver se agora em 2013 con-seguimos fazer uma coisa mais amarradapara termos mais lançamentos.

Backstage – O pacote de DVDs são os

shows de 2011 no Palco Sunset ou noPalco Mundo?

Marco Mazzola – O Sunset foi um pal-co que deu muito certo. Foram os en-contros inusitados, mas devido à quali-dade e a alguns direitos de imagem não

pudemos aproveitar. Então no PalcoMundo estamos lançando, nestemomento, Frejat, Titãs e Xutos &Pontapés, Detonautas, Capital Ini-cial, Skank, JQuest, e o concertosinfônico do Legião Urbana, que foium momento apoteótico.

Backstage – Onde foi realizado otratamento do material?

Marco Mazzola - Toda a recupera-ção desse material foi aqui na MZA.Masterização dos equipamentos, tantoanalógico quanto digital para fazer todoesse trabalho de digitalização, e em to-das as mixagens, basicamente 45% fo-ram todas feitas aqui. A edição de ima-gem também foi feita aqui dentro. Ogrande barato desses DVDs é o making

of, já que todos são exclusivos e ninguémtem isso. Fomos nós que fizemos. Grava-mos depois contando a história e, quan-do é coisa muito antiga, de 1985, a gentemostra como era, com imagens da época,e mostra hoje em dia, eles falando delesmesmos de 1985 pra cá. Então, o grandemomento do DVD são os making ofs, comexceção do Skank e do JQuest.

Backstage - Quando você fez a capta-

ção de 2011, já planejava lançar isso?Como foi a captação?

Momentos memoráveis da históriado Rock in Rio emoldurados nas

paredes da MZA

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Marco Mazzola - Já tinha em menteque ia lançar umas três coisas dali. Eacabou a gente lançando seis e vailançar mais um. Estou também fazen-do uma compilação com o melhor doRock in Rio nacional dos dois palcos.Era surpreendente, porque as pessoasvinham pedir, então foi contagiante.Para o ano que vem, já conversei atécom o Sepultura para lançarmos esseshow incrível no palco Sunset queeles fizeram em Lisboa. A ideia seriagravar ano que vem aqui no Rock inRio para lançar depois. Então temosque articular com antecedência e seantecipar, já ir conversando paraquando o Roberto Medina fizer a gra-de do festival.

Backstage - Além dos direitos de

imagem, vocês também têm quepensar um pouco nessa questão da

mixagem, da masterização. Há essapreocupação?

Marco Mazzola - Quando a gente vaifazer a gravação em si, a gente contra-ta algumas pessoas que são boas noestúdio, que vão fazer depois a mixa-gem, mas fazemos tudo com antece-dência para evitar problemas. Anoque vem, queremos fazer uma equipemesmo, igual a que tivemos nesse ano

que passou; mas a gente vai ter umaequipe de captação de imagens nosdois palcos, independentes, justa-mente para ganhar tempo tanto nes-sa parte de direito de imagem de exe-cução autoral, como na parte técnicatambém. Vamos contatar os artistascom antecedência para evitar que sepague duas vezes pelos direitos, comoestá acontecendo agora.Backstage – E como surgiu esta parce-ria da MZA com a Sony?Marco Mazzola - Temos um contratocom o Rock in Rio até 2020 para ser agravadora oficial do Rock in Rio ecomo a Sony tem um poder de decisãomais rápido e como a gente tem queser rápido, firmei a parceria de fazer oslançamentos dos DVDs com eles,como foi feito agora com JQuest,Skank e Capital Inicial. E vai darmuito certo. Tenho certeza.

Backstage – O investimento foi alto?

Dá para recuperar?Marco Mazzola - Passei por momen-tos em que eu disse: vou desistir, por-que ninguém queria dar autorização.Aí vim para o estúdio e vi que a quali-dade era terrível, mas insisti mais poridealismo, essa é a verdade, pela his-tória do Rock in Rio. E pretendo,quem sabe um dia, vir a recuperar oque a gente investiu, porque é muitagrana. Se você pensar em um concer-to tributo ao Legião Urbana, que é umconcerto sinfônico, além da orquestrasinfônica, você tem todos os grandesartistas (Dinho, Flausino, Pitty), quetêm o direito de imagem. Tem cenário,telão,... E tudo isso você tem que pagar,fora as autorizações e os royalties quevocê paga a cada um. Então, quandovocê fecha a conta, não fecha. Temtodo um trabalho técnico, de arrumaro vídeo, porque cortam muito rápidoe não dá certo, e tem que corrigiraquilo tudo. Você tem que mixar tudoem 5.1 e em 2.0, fazer a masterização,e aí manda fazer a autoração. Então éum trabalho grande. Mas estamos fa-zendo história.

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Penta5witchuando muitos músicos, como eu,começaram a tocar guitarra, a ex-

pectativa de uma pedaleira recheadade pedais não era muito presente.Não se esqueçam de que isso foi hámais de vinte anos. As grandes estre-las internacionais ainda estavamcarregando seus enormes racks deequipamentos, com dezenas de apa-relhos engaiolados em geladeiras gi-gantescas. As grandes estrelas nacio-nais se arrumavam como podiam - emuma época em que a importação deequipamentos de qualidade já era difí-cil para eles, era muito mais para os mú-

Q

Penta5witchNo meio de um

mar caótico de

cabos e pedais

surge um pouquinho

de lógica e ordem.

O Pedrone

Penta5witch é

um dos primeiros

loopers de

efeitos 100%

analógicos

produzidos

no Brasil.

sicos amadores ou semiprofissionais. Delá pra cá muita, mas muita coisa mu-dou. Além das questões econômicas, ogrunge confinou os racks nos estúdiose a cultura dos vintages abriu espaçopara os equipamentos de boutique ehandmades. Nos dias de hoje, a maioriados guitarristas profissionais tem diver-sos pedais diferentes em seus arsenais.Distorções, modulações, delays, etc, di-videm espaço em cases cada vez maissuper lotados e o sapateado nos pedaisfica cada vez mais inevitável para cadaapresentação musical. E esse sapateadoé o único problema dos pedais? A res-

Rogério Leão

[email protected]

Foto: Internet / Divulgação

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Rogério Leão é Produtor Musical,

lançou o livro/DVD Guitarra: Efeitos e

seus efeitos e trabalha nas produtoras

7Cordas e Big Foote Music+Sound.

Cada um desses presets pode ounão incluir no sinal da guitarra qualquer uma,ou mais de uma, das mandadas posicionadasna parte de trás do aparelho

““

posta é, obviamente, não. Quan-do você decide usar um novo pe-dal você está escolhendo mais ca-bos, mais conectores, mais swit-ches e, dependendo da sua esco-lha, mais equipamentos deterio-rando o seu timbre. A sombra da-quela dificuldade financeira podeainda estar por aí, mas até para amaioria de nós os pedais estão dis-poníveis e acessíveis. Era entãoinevitável que a ótima soluçãoque começou nas mãos de umameia dúzia de engenheiros talen-tosos trabalhando para superes-trelas virasse um padrão.Os loopers de efeitos surgiramainda no final da década de seten-ta. Pete Cornish e Bob Bradshawforam dois dos pioneiros na cons-trução dos loopers de efeitos.Seus aparelhos tinham algumas

diferenças básicas, mas podiamser descritos como controles re-motos de inclusão ou exclusão deprocessadores dentro de uma ca-deia de sinal sonoro.Mas, e o Brasil, como fica a produ-ção nacional nessa história? Noano de 2012 já temos bons amplifi-cadores, pedais, guitarras e, issomesmo, loopers de efeitos sendoproduzidos totalmente no país!O construtor de amplificadoresAugusto Pedrone já se destacavano mercado de projeto e cons-trução de amplificadores val-vulados quando decidiu ampliarsua linha de produtos, adicionan-

do um Looper de efeitos. O Penta-5witch tem um preço acessível e éconstruído como um pequenotanque azul. Ele tem cinco pe-dais, cada um selecionando opreset a que está associado ou co-locando o aparelho em true by-pass. Cada um desses presetspode ou não incluir no sinal daguitarra qualquer uma, ou maisde uma, das mandadas posici-onadas na parte de trás do apare-lho. O Penta5witch tem na partesuperior cinco grupos de seletoresem miniatura chamados Mini DipSwitches. Cada um desses grupostem seis seletores de duas posiçõesque controlam as já citadas man-dadas, além de controlar um con-tato para ser usado selecionandoos canais de um amplificador deguitarra. É simples assim, se o

seletor de número "1" estiver naposição "On" a mandada de núme-ro "1" vai estar funcionando.As mandadas estão todas organiza-das em série e podem ser usadas dealgumas formas diferentes. Umaconfiguração básica seria compos-ta de uma guitarra, cinco pedais eum amplificador de dois canais,mas é possível utilizar o retorno daprimeira mandada como a entradade um segundo instrumento. Aoativar o funcionamento da primei-ra mandada, o contato vindo daentrada é cortado e o sinal do se-gundo instrumento segue adiante.Essa lógica pode ser utilizada para

todas as outras mandadas. É possí-vel usar os outros canais para en-trada de um novo sinal e deixarmandadas posicionadas antes domesmo, funcionando ou não. Es-sas mandadas só afetariam o sinalantes dele na cadeia, logo, o sinalvindo da primeira guitarra. Épossível, também, transformar oPenta5witch em um seletor paraseis instrumentos diferentes (1 emcada preset e 1 em modo bypass).Vale lembrar que nesse caso nãohaveria mais nenhuma mandadadisponível para outros usos, masesse tipo de escolha megalomanía-ca não acontece todo dia mesmo!De uma forma inversamente se-melhante, é possível usar o Penta-5witch para selecionar mais deuma saída. Usando o Send de nú-mero cinco conectado a um segun-do amplificador, esse estará funci-onando toda vez que a mandadanúmero cinco estiver programada.É possível, dessa maneira, selecio-nar até seis amplificadores, mas ascombinações entre seletores deinstrumentos, amplificadores eloops são a parte mais atraente doaparelho. Para aqueles que nemtem tantos pedais assim, mas usammais de um amplificador e guitarranão seria necessário ABboxes nempara um nem para outro.Mas é obvio que todos esses recur-sos precisam de um pouco de ener-gia pra funcionar. O Penta5witchfunciona com qualquer fonte de 9volts, padrão Boss. Com uma fontedessas e um pequeno exército depatch cables você pode testá-locom suas próprias mãos e, quemsabe, dar uma organizada na zonaque, eu poderia apostar, está nafrente do seu amplificador nesseexato momento.

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a mesma maneira como acontecena criação musical com os artistas,

também entre os profissionais de áudionão existe uma única fórmula mágica,que seja sinônimo de sucesso, especial-mente quando o assunto é a sonori-zação ao vivo. Cada técnico tem a suamaneira de trabalhar, sempre de acordocom as exigências do artista com o qualestá lidando, e acaba fazendo dessemodus operandi a sua marca pessoal, quese reflete no seu som.O técnico Alexandre Rabaço, atual-mente responsável pelo PA do cantorLulu Santos, por exemplo, diz que procu-ra moldar o seu estilo de mixagem ao doartista. Ainda assim, uma marca regis-trada do seu trabalho acaba sendo im-

Alexandre Coelho

[email protected]

Revisão Técnica:

José Anselmo “Paulista”

Fotos: Arquivo Pessoal /

Internet / Divulgação

D pressa em cada nova empreitada, seja elacom quem for: a busca pela limpeza nosom, com a manutenção, tanto quantopossível, dos timbres de cada instrumen-to, sem que uns atrapalhem os outros.“Acredito que o técnico deve reproduzirpara o público o que está acontecendono palco, mas algumas vezes, para isso,precisamos modificar levemente o tim-bre de fontes que possuam característi-cas semelhantes”, revela.Essa adequação do jeito de atuar de Ale-xandre Rabaço às características sono-ras e estilísticas de cada artista ou gêne-ro musical requer, no entanto, que o téc-nico faça o velho conhecido “dever decasa”. Ele explica que, como cada gêneromusical tem seus instrumentos de des-

Em prosseguimento à série

de reportagens sobre como

alguns dos mais

renomados profissionais

de áudio imprimem uma

sonoridade própria ao seu

trabalho ao vivo, nessa

edição conversamos com

os técnicos Alexandre

Rabaço e Biggu.

O som de O som de

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taque, costuma estudar previa-mente o estilo com o qual vai tra-balhar, a fim de estabelecer qual ouquais instrumentos terá que res-saltar na mixagem.“Sabendo disso, procuro colocar osdemais instrumentos de forma quenão atrapalhem a sonoridade dosprincipais, sempre com o objetivode manter a mixagem bem limpa einteligível, mas sem esconder ne-nhum elemento. Nem sempre te-nho sucesso nesta empreitada. Oarranjo é de vital importância paraque o resultado seja bom”, observa.

FIDELIDADESe Alexandre Rabaço molda o seuestilo ao do artista com quem estátrabalhando, o técnico Biggu, atu-almente responsável pelo PA dacantora Alcione e pelo monitor do

cantor Lenine, garante que procuraser um reprodutor fiel do som queestá sendo executado pelo músico.“Eu cuido para amplificar exata-mente como a música foi criada,apenas fazendo adaptações ao am-biente (equalização) e ao sistema desonorização que está sendo utiliza-do. Quando é permitido, ou seja,quando a música pede, eu gosto deusar efeitos, tais como o reverb e odelay”, ilustra.Um detalhe, porém, faz com que a for-ma de trabalhar dos dois profissionaisesteja em convergência: a observaçãodo tal instrumento, ou instrumentosde destaque de cada gênero musical.Segundo Biggu, é na percepção dessas

pequenas coisas que ele aprende a tra-balhar da melhor maneira possívelcom cada artista.“Cada estilo musical tem uma ca-racterística própria, uma tendên-cia ou instrumento de destaque, e éisso que devemos observar. Nãotem nada a ver mixarmos uma gui-

tarra alta no samba, mas ela tem oseu lugar na mix e precisa estar au-dível”, exemplifica.Se por um lado Biggu garante quenunca precisou mudar seu estilopessoal ao sonorizar um PA, Ale-

xandre Rabaço entende que, emalgumas situações, é necessário,sim, um esforço maior para ade-quar o seu som pessoal ao do con-tratante. “Muitas vezes, alguns es-tilos musicais pedem mixagensmais sujas, com menos definiçãode alguns instrumentos. Já aconte-ceu, sim, de eu ter que mudar a mi-nha forma de atuar, mas forampoucas vezes”, admite.Da mesma forma como citou ogênero musical e os instrumen-tos que devem ser destacados emcada estilo como um detalhe quefaz toda a diferença, na hora de setirar o melhor som possível doPA, Rabaço lembra que, antes dequalquer coisa, é preciso contarcom um sistema de qualidade efuncionando da melhor maneirapossível. “Um correto alinha-mento do sistema de sonorizaçãoé imprescindível para que eu al-cance a sonoridade que busco.Geralmente, passo um bom tem-

PARTE 2

Um correto alinhamento dosistema de sonorização é imprescindívelpara que eu alcance a sonoridade quebusco (Alexandre Rabaço)

cada PA cada PA

Alexandre Rabaço

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po alinhando o sistema. De-pois disso, a mixagem ficamuito mais fácil”, ensina.

‘ALIADOS’Com o sistema devidamen-te alinhado, aí sim, o técni-co pode se dar ao luxo deimprimir a sua marca pes-soal ao trabalho, com a ga-rantia de que o equipa-mento vai responder ade-quadamente, a ponto depermitir que ele alcanceos resultados desejados.O que, no caso de Ale-xandre Rabaço, é a tallimpeza no som que ca-racteriza sua trajetóriacomo técnico de áudio.Para isso, ele conta comalguns bons aliados.“Gosto de equipamen-tos mais transparentes:prés de microfone deboa qualidade, e equa-lizadores e compres-sores que não interfi-ram muito na carac-terística do timbre de

cada instrumento. As ‘pontas da corren-te’ são o que há de mais importante: o sis-tema de PA e os microfones”, sentencia.O colega Biggu não hesita ao concordarque uma boa sonorização começa comum sistema de qualidade. Por isso, elegarante que dá atenção especial à esco-lha do material com o qual vai trabalhar.O técnico salienta que, com bons equi-pamentos à disposição da equipe, maisrapidamente se chega ao resultado al-mejado e poupam-se frustrações, o queacontece quando se trabalha com ummaterial de qualidade sonora inferior.Biggu não faz mistério ao apontar seus“equipamentos de confiança”, aquelesque o ajudam a tirar do PA o som que eleprocura. Na lista, ele garante não havererro quando se opta por marcas e mode-los conhecidos e com boa reputação nomeio musical.“Prefira sempre os consoles (mesas desom) e sistemas de som (PA) de qualidade,ou seja, as marcas consagradas no merca-do. Com elas, consegue-se facilmente umexcelente resultado na amplificação dosinstrumentos e, em consequência, na re-produção da música”, indica.Equipamentos, marcas e modelos à par-te, o importante mesmo, concordam

Os técnicos indicam escolha de bons consoles, de preferência de marcas consagradas no mercado

Biggu concorda que boa sonorização começa com bom sistema

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“Algumas vezes, precisamosesquecer do que gostamos ou deinfluências, e fazermos o que amúsica ou som precisam

(Biggu)

Alexandre Rabaço e Biggu, é o profissional de áudio nãoabrir mão do seu estilo próprio, o que, no fim das contas,será, para aquele técnico, como uma espécie de cartão devisitas e até mesmo servirá como currículo para futurostrabalhos. “Os artistas, quando convidam um técnico paraalgum trabalho, o fazem por conta de sua identidade sono-ra”, garante Rabaço.“É importante, sim, essa identidade no som, mas não deve-mos ficar presos a critérios e ‘vícios’ no áudio. Algumas vezes,precisamos esquecer do que gostamos ou de influências, e fa-zermos o que a música ou som precisam”, acrescenta Biggu.

MENOS É MAISPara ilustrar essa sua maneira de trabalhar, Biggu recordauma situação profissional em que precisou até mesmo abrirmão das modernas tecnologias para melhor servir à músi-ca, ao áudio e, principalmente, ao cliente.“Certa vez, fui convidado para trabalhar com uma bandacover dos Beatles, no Rio de Janeiro. Antes do trabalho,conversei com os componentes, que logo perguntaram seeu já tinha ouvido os Beatles. Prontamente, respondi quesim e eles me disseram que queriam o som exatamenteigual. Esqueci os processamentos e muitos recursos exis-tentes hoje e fiz o som o mais fiel possível, o som da época,com algumas correções”, conta.A busca da perfeição na sonorização de um show, no en-tanto, pode ter seus efeitos colaterais. Alexandre Rabaçodestaca que nem sempre o excesso de cuidados que ele tem

durante o alinhamento de um PA é recebido de maneiraefusiva por todos os profissionais envolvidos no evento.Mas, no fim, sempre acaba valendo a pena.“Às vezes, eu ouço comentários sobre o tempo que ‘perco’alinhando o sistema, ouvindo com atenção o som em todosos lugares ou solicitando mudanças no posicionamento decaixas, subs etc. Muitas vezes, algum funcionário de locado-ra com mais pressa para ir embora fica de cara feia, mas, namaioria das vezes, quando ele ouve a diferença do sistemaalinhado e bem distribuído, a feição muda”, assegura.

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Portáteisá na matéria publicada em abril de2009 (edição de nº 173), com o tí-

tulo “Estamos por um Fio”, retomamoso mesmo assunto, no entanto, tratando

especificamente das interfaces com doiscanais de entrada e dois canais de saídade áudio (padrão 2x2 canais).

Pouca coisa mudou desde a publicaçãodaquelas matérias até hoje no que se re-

fere à oferta (quantidade e diversidade)desses equipamentos. No entanto, po-

demos perceber o surgimento de ummercado emergente que busca por in-

terfaces com número limitado de canais(geralmente com dois canais de entrada

de áudio, aquelas que até pouco tempoeram taxadas como “interfaces popula-

J res”), mas que não abrem mão de obter amelhor qualidade sonora disponível na

atualidade. Para essa parcela de consu-midores, dedicamos esta matéria abor-

dando as principais características detrês, entre uma pequena quantidade de

equipamentos, que se destacam nestenovo segmento de mercado.

APOGEE – DUET 2Construída para ser o benchmarking dasinterfaces de gravação portáteis, os en-

genheiros da Apogee utilizaram no de-senvolvimento da Duet 2 a mais recen-

te tecnologia de conversão disponívelem seus produtos, aplicando toda a expe-

riência obtida na criação da sua inter-

Na matériapublicada nesta

coluna na ediçãode nº 162 (maio de

2008), intitulada“ExpandindoHorizontes no

Áudio”, falamosum pouco sobre

alguns padrões deinterfaces de áudio

consolidados pelomercado, dando

destaque aosmodelos de pré-

amplificadores deoito canais (outro

padrão) quepoderiam

complementar estesequipamentos.

Luciano Freitas é técnico de

áudio da Pro Studio americana

com formação em ‘full mas-

tering’ e piano erudito

Portáteisque falam como “Gente Grande”

Page 61: Revista Backstage - Edição 216

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face/conversor top de linha, a Symphony I/O, para oferecer ao seu usuáriodimensão e pureza sonora dificilmente encontrada nesta categoria de pro-

dutos. Seus pré-amplificadores utilizam componentes que garantem a cap-tura de todos os detalhes das fontes sonoras com maior transparência e

menor nível de ruído de fundo, enquanto os seus conversores permitemoperar em amostragens de até 192kHz/24 Bits.

A comunicação com o computador é realizada por meio do protocolo USB2(permitindo seu uso com praticamente qualquer laptop da Apple) e a comu-

nicação de áudio por meio de um breakout cable (cabo de áudio), o qual per-mite a conexão de dois microfones ou dois instrumentos musicais elétricos

simultaneamente (conectores XLR combo) e duas saídas de áudio(conectores P10 balanceados), sendo que, no corpo da interface, o usuário

ainda encontra-rá uma saída de

fones de ouvidocom fluxo de si-

nal independen-te. Em resposta

aos pedidos dosseus consumido-

res, a empresa dis-ponibilizou, co-

mo acessório (ven-dido separadamen-

te), o BreakoutBox, um elegante patch bay que permite a conexão dos mesmos dispositivos

possíveis no breakout cable, porém, em conectores separados (dois XLR paramicrofones, dois P10 para instrumentos musicais elétricos e dois XLR para

saída do sinal de áudio), reduzindo aquele “conecta e desconecta” que, aolongo do tempo, desgasta os conectores.

Na seção de controle, além do clássico knob multi-funções eternizado naprimeira geração da Duet, o usuário conta com dois botões touch pads (assi-

milam diferentes funções), os quais permitem ao usuário rápido acesso a re-cursos como emudecer, diminuir níveis de sinal e somar canais para mono

nas saídas de áudio, e também com um visor colorido de OLED (diodo orgâ-nico emissor de luz) com alta resolução que possibilita acompanhar a res-

posta instantânea de várias funções, entre elas a dos medidores de sinal deentrada e saída (com valores gráficos e numéricos), agrupamento dos ca-

nais de entrada (link), inversor de polaridade, phantom power, entre outras,sem ter que acessar seu software de controle. E por falar em seu software de

controle, no Maestro 2 o usuário encontrará um visual baseado em uma ja-nela única que contém as principais funções da Duet 2 (demais funções es-

Seus pré-amplificadoresutilizam componentes quegarantem a captura de todos osdetalhes das fontes

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tão disponíveis em abas de fácil acesso).As entradas de áudio da Duet 2 ainda

contam com a ferramenta Soft Limiter, ofamoso limitador de sinal analógico da

Apogee que desde a década de 1990 im-prime suas características sonoras na

maioria dos hits produzidos pela indús-tria do áudio profissional. Este dispositi-

vo previne a saturação digital (distorção)agindo nos picos dos transientes antes

da etapa de conversão A/D, proporcio-nando o vital incremento de alguns

decibéis no sinal registrado.

FOCUSRITE - FORTEO conceito adotado pela Focusrite na

concepção da Forte foi o de oferecer aomercado uma interface de dois canais de

entrada e quatro canaisde saída de áudio (2x4)

que fosse ao mesmotempo compacta e ro-

busta, capaz de per-mitir ao seu usuário

capturar e monitoraro sinal das fontes so-

noras (microfones,instrumentos musi-

cais elétricos e si-nais de linha) com o

máximo de integri-dade possível.

A qualidade sonorada Forte é a mesma

encontrada nos in-tegrantes da família

RedNet (linha deinterfaces de áudio

da Focusrite basea-da na tecnologia

DanteTM, a qual u-tiliza as redes digi-

tais Internet Protocol - IP e componen-tes como cabos Ethernet, roteadores e

switches para transportar até 256 ca-nais de áudio em alta resolução e baixa

latência), oferecendo a melhor tec-nologia de conversão A/D e D/A pre-

sente atualmente nos equipamentos daFocusrite: amostragens de áudio em até

192kHz/24Bits, margem dinâmica dochipset de 120 dB (medição real de 117 dB

no conversor A/D e 118 dB no conversorD/A), Distorção Harmônica Total infe-

rior a 0,0008% nas entradas (microfone)e saídas de áudio (inclusive na dedicada

aos fones de ouvido) e tecnologiaJetPLLTM de redução de jitter (distor-

ções de fase decorrentes de erros ocor-ridos no momento da digitalização da

“As entradas deáudio da Duet 2

ainda contamcom a

ferramenta SoftLimiter, o

famoso limitadorde sinal

analógico daApogee que desdea década de 1990

imprime suascaracterísticas

sonoras namaioria dos hitsproduzidos pela

indústria doáudio

profissional

Page 63: Revista Backstage - Edição 216

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amostra de áudio, devido à rápidamudança de amplitude).

Seus dois pré-amplificadores de micro-fones são remotamente controláveis,

semelhantes aos utilizados na interfaceRedNet 4, no entanto, possibilitam até

75dB de ganho. Com resposta de fre-quências de +/- 0.1 dB (entre 50 Hz e

42 kHz), a Forte disponibiliza ao usuá-rio um filtro de passagem de altas

frequências (HPF de 12 dB por oitavaabaixo de 75 Hz), alimentação phantom

power (quando utilizada com o ali-mentador AC, incluso no pacote), pad

de -10 dB e inversor de polaridade, to-dos independentes para cada canal.

Já no quesito controle, a Forte ofere-ce quatro botões sensíveis ao toque

(selecionam as seções de monito-ração, entrada de sinal, fones de ouvi-

do e controle remoto da DAW), um

knob multifunções (atribui valores eseleciona funções na seção seleciona-

da) e um visor de OLED colorido(permite verificar os níveis de sinal e

as funções selecionadas pelos botõese pelo knob giratório).

Acompanham o equipamento umbreakout cable (com conectores XLR e

TRS para entrada de sinal, sendo queas saídas de áudio encontram-se no

corpo da interface), o software decontrole do equipamento (Forte

Control) e o pacote de plug-ins Mid-night, versão digital dos lendários

módulos ISA 110 Eq e ISA 130 (de-senvolvidos por Rupert Neve e utili-

zados no console Forte, o qual empres-ta o nome para a interface).

PRISM SOUND – LYRA 2Oferecendo a inconfundível so-

noridade da Prism Sound em umpatamar de preços nunca antes

visto, a Lyra 2 entra neste seg-mento de mercado oferecendo a

mesma qualidade do seu big brother

Orpheus (considerada o “Rolls-

Royce” entre as interfaces de áudiofirewire 18x18 canais) em uma ver-

são USB (USB Audio Class - UAC2, com um processador “Xcore”

ARM-Cortex que permite suportenativo em plataformas Mac, Win-

dows, Linux e Android) compactacom dois canais analógicos de en-

trada e quatro canais analógicos desaída de áudio (além da saída es-

téreo independente para os fones deouvido). O equipamento também

desfruta da mesma estabilidade de

clock (circuito CleverClox DPLL -Dual Digital Phase-Locked Loop,

permitindo amostragens de até192kHz/24Bits), das mesmas bar-

reiras de proteção contra possíveisinterferências (geradas pelos com-

ponentes do computador) e da ar-quitetura totalmente balanceada

que fizeram da Orpheus destaqueentre as melhores interfaces dispo-

níveis atualmente no mercado.Resultado de anos de pesquisa e

extensivo diálogo com seus clien-tes, a Prism Sound coloca na Lyra 2

o mesmo conceito que solidificou onome da empresa entre os profissi-

onais mais exigentes do mercado:oferecer equipamentos que apre-

Seus dois pré-amplificadores demicrofones são remotamente controláveis,semelhantes aos utilizados na interfaceRedNet 4

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Para saber mais

[email protected]

“A Lyra 2 aindaconta com ummixer virtual

(controlável viasoftware) que

permitemonitorar as

fontes sonorasdiretamente na

interface(monitoraçãosem latência)

sentam, além de expressivos valores téc-

nicos de distorção harmônica e ruído(THD + N), os quais, no mundo real,

nem sempre se correlacionam comuma qualidade sonora perceptível, um

espectro sonoro de distorção e ruídometiculosamente desenhado que pro-

porciona uma experiência auditivatransparente e inigualável.

Em cada canal de entrada analógico, aLyra 2 oferece o mesmo pré-amplifica-

dor de microfones utilizado na interfaceOrpheus (com 65 dB de ganho, em pas-

sos de 1 dB, controlável via software),alimentação phantom power, pad de -20

dB e o exclusivo limitador analógico“Overkiller”, um soft-clipping limiter que

mantém o áudio transparente mesmocom consideráveis sobrecargas de sinal

(ideal para materiais percussivos).Complementando as conexões de áudio

analógico, a Lyra 2 traz conexões (en-tradas e saídas) digitais nos formatos

coaxial (S/Pdif, comutável para o for-mato AES3 por meio dos adaptadores

inclusos) e óptico (toslink e ADAT-S/MUX) que oferecem conversão de taxa

de amostragem e bit depht (algoritmoPrism Sound SNS), permitindo ao usu-

ário gerar cópias do sinal com configu-rações diferentes à do projeto aberto na

DAW (o equipamento também propor-ciona sincronismo via wordclock). O

usuário ainda encontrará no painel tra-seiro da interface um conector RJ45

(rede Ethernet) que, por meio de atuali-zações futuras de firmware, possibilitará

a comunicação de áudio de acordo com

as normas AVB (Audio Video Bridging)e IEEE 802.1.

A Lyra 2 ainda conta com um mixer vir-tual (controlável via software) que per-

mite monitorar as fontes sonoras dire-tamente na interface (monitoração sem

latência), garantindo uma mixagemcom “qualidade de estúdio”, onde cada

canal de entrada e cada canal de retornodo software (DAW) tem o seu próprio

circuito independente, formando umchannel strips completo, com fader, pa-

norâmico, solo, mute e medidores de si-nal individuais (são aplicados algo-

ritmos de dither e filtros coeficientes, se-melhantes aos usados nos melhores

consoles digitais do mercado). Seu delay

residual (resultante dos filtros de inter-

polação aplicados nas etapas de conver-são A/D e D/A) é extremamente curto,

mantendo-se, na pior das hipóteses,igual ou inferior a 0,5 milissegundo (va-

lores reduzidos de maneira significanteà medida que se aumenta a taxa de

amostragem da interface).Talvez seu único problema seja o de estar

no mesmo patamar de preços do conversor/interface Symphony I/O (da Apogee) em

sua configuração de entrada (2x6), oqual se mostra mais flexível em termos

de possibilidades de configuração etambém proporciona uma qualidade

sonora impecável.

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ge.c

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PROGRAMAÇÃO DOPROGRAMAÇÃO DO

ES 2ES 2uas várias seções (osciladores, fil-tros, modulação, saída geral), quan-

do bem compreendidas, possibilitam aoprodutor explorar os sons desejados deforma bem criativa. Nesta edição, vamosabordar as seções modulação e saída ge-ral, finalizando, desta forma, a coberturade todas as funcionalidades do ES2.Com o conhecimento sobre os os-ciladores e filtros já é possível produzirum som inicial, porém, estático. As al-terações dinâmicas podem ser obtidascom a modulação que é toda feita numaseção específica (vide figura 1). Vamoscomeçar pelo roteador de modulação(modulation router), onde é feito o“cabeamento” da entrada e saída, ouseja, qualquer fonte de modulação podeser conectada ao alvo da modulação.Esta seção possui 10 partes para modula-

ção, as quais podem atuar simultanea-mente e onde podem ser atribuídosroteamentos individuais que vão im-pactar na sonoridade final (vide figura2). Cada uma das partes do roteadorpossui alguns parâmetros: Target, Sour-ce, Intensity e Via.O Target representa o que será alteradodinamicamente. O parâmetro Via defi-ne uma fonte para controlar a intensi-dade da modulação. As setas que estão àdireita de cada um dos grupos de pa-râmetros representam a intensidade doefeito. A intensidade da modulaçãotambém pode ser modulada através doparâmetro Via que determina outrafonte de modulação.Quando em off, a intensidade de modu-lação é constante. Para qualquer outraconfiguração, as duas setas funcionam da

S

MAIS SOBRE

Vera Medina é produtora, cantora,

compositora e professora de canto e

produção de áudio

O ES2, como já

vimos

anteriormente, se

mostrou um

sintetizador

virtual bem

versátil, com um

vasto campo para

programação.

Page 67: Revista Backstage - Edição 216

67

seguinte forma: a parte de baixodefine o mínimo de intensidade demodulação e a parte de cima a in-tensidade máxima. Desta forma, afaixa entre as setas significa a ex-tensão que é controlada pelo parâ-metro Via. Para inverter o efeito,ative o parâmetro “inv” (via in-vert) no roteador.As letras b/p significam bypass.Desta forma, é possível “dar by-pass” em algumas das partes semperder a configuração.

Temos vários parâmetros disponí-veis para modulação em temporeal e é importante entender umpouco sobre eles:•Pitch 123: este alvo permite umamodulação paralela das frequências(tom) dos 3 osciladores do ES2.

•Pitch 1, 2 ou 3: este alvo permi-te a modulação da frequência dooscilador em questão (1, 2 ou 3).•Detune: controla a quantidade dedesafinação entre os 3 osciladores.

•OscWaves: afetam todos os os-ciladores. Dependendo das for-mas de onda escolhidas para ostrês osciladores, pode ser utiliza-do para modular:

-A largura do pulso de ondas pulseou retangulares-A quantidade de modulação defrequência do oscilador 1-Noise para o oscilador 3-Posição das DigiwavesPara apenas afetar um deles, deveser escolhido Osc1Wave, Osc2-Wave ou Osc3Wave. As opções decontrole variam para cada um deles.

Ainda existem as opções Osc1-WaveB, Osc2WaveB e Osc3WaveB.Estas estão relacionadas às Digi-waves para modular de forma maisprecisa as transições entre estas for-

mas de onda. Existe uma série deparâmetros que podem ser utiliza-dos na modulação, desta forma,além de procurar o significado decada um deles no manual do Logic,teste o efeito em si, fica muito maisfácil de trabalhar desta forma.Já explicamos que para fazer umamix dos 3 osciladores podemoscontar com a área triangular pró-xima aos osciladores. Temos tam-bém do lado direito uma área qua-drada que possibilita o movimentodos eixos X e Y e maior controlesobre a modulação. Os valores queconstam na área quadrada são po-sitivos e negativos. Podem seratribuídos parâmetros para cadaeixo, sendo que a movimentaçãopermite a atuação dos dois parâ-metros simultaneamente.Na seção onde escolhemos o Rou-ter, agora podemos escolher omodo Vetor (Vector Mode) queatuará sobre a área quadrada no

lado direito da tela (vide Figura 3).O menu do modo Vetor permitehabilitar o controle do cursor daárea quadrada pelo envelope dovetor. Este menu define se o mixerdos osciladores (a área triangular)deve também ser controlada peloenvelope do vetor.Temos as seguintes opções:

-Off (desligado).-Mix: permite o controle da áreatriangular pelo envelope do vetor.-XY: Controla a área quadrada-Mix + XY: controla ambas asáreas triangular (mixer dos os-ciladores) e quadrada.A grande vantagem da combinaçãodestas várias abordagens é que osom final acaba demonstrando umadinâmica que não existe na maioriados sintetizadores virtuais. A ex-

Figura 1 - ES2 visão geral

Figura 2 - Router

Figura 3 - Vector

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Para saber online

[email protected]

www.veramedina.com.br

tensão do uso do modo Vetor é muito abrangente e maiscomplexa e talvez possamos abordar este assunto numamatéria específica. Porém, quis deixar a mensagem sobresua importância para que você possa pesquisar seu uso.Temos ainda uma área importante no ES2 que é oprocessador de efeitos (vide figura 1 – Saídas e efeitos).Este processador possui alguns efeitos padrão que po-dem ser aplicados nos sons gerados e lembra um poucoos pedais de efeito, uma vez que apresentam os básicosDistorção, Chorus, Phaser e Flanger. Em alguns casoseu não utilizo os efeitos do ES2 e acabo por utilizar ou-tros efeitos semelhantes, como plug-ins.O efeito distorção é autoexplicativo. Temos as configu-rações soft e hard, sendo que a primeira “esquenta” osom e a outra cria uma distorção mais pesada.Os efeitos Chorus, Phaser e Flanger são os clássicos demodulação. Seus principais parâmetros Intensidade eVelocidade simulam os efeitos análogos.Acredito que com base nos parâmetros explicados épossível ir mais a fundo em cada uma das seções de for-ma a tirar o maior proveito possível do ES2.Até a próxima matéria!

Este processadorpossui alguns efeitos padrãoque podem ser aplicados nossons gerados

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70 REVERENCEuma das palestras voltei a abordaro Reverence, reverb nativo do

Cubase. Detalhei a base teórica datecnologia de convolução e também oupgrade no algoritmo da versão 6.5. Ointeresse neste tema sempre é de todos.A espacialização da música e a coloca-ção dentro de um ambiente virtual paratrazer a sensação de “palco” numamixagem é uma das principais funçõesdo reverb. Saber usar um bom reverb éprerrogativa presente em qualquer esti-lo musical. Existe pouca literatura a res-peito para explorar as possibilidades.

N

Marcello Dalla é enge-

nheiro, produtor mu-

sical e instrutor

O sucesso de reverb de convoluçãonativo Steinberg continua no Cubase 6.5

REVERENCEOlá, amigos.

Durante a última

Expomusic estive

com a equipe da

Steinberg, no

estande da

Yamaha, seguindo

nossa tradição de

levar informação

através de nossas

palestras. Falamos

sobre diversos

temas em criação

musical e áudio

com o Cubase. Bom

público, boas

perguntas e muito

interesse no aspecto

criativo e em

técnicas de

finalização

(mixagem e

masterização).

Na verdade, o uso no dia a dia de produ-ção é que traz a experiência e as escolhasde programação do reverb; mas, mesmoassim, as possibilidades são muito gran-des e conhecer em detalhes os parâ-metros de programação e como o plug-inse comporta faz toda a diferença.

Vamos lá, então: a pedidos, um tutorial devisita aos recursos e controles do Reve-rence, além de algumas dicas interessan-tes para tirar o máximo desse plug-in quejá valeria o software. Vou dar uma brevenoção sobre o funcionamento e depois

Figura 1

Page 71: Revista Backstage - Edição 216

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partimos para os parâmetros de controle. Reverbs deconvolução têm um princípio de funcionamento ba-seado na resposta real do ambiente. Um pulso desample é gerado por alto-falantes em um ambiente e aresposta desse ambiente é captada por microfones deprecisão em diferentes pontos e é “codificada” emvários parâmetros. Esta codificação é chamada de“Respostas de impulso“ (Impulse Responses). Sabemosque qualquer som gravado digitalmente é uma se-quência de samples (Impulsos) tomados em uma de-terminada taxa de amostragem (48KHz, 44.1 KHz etc).Então, ao passarmos esta sequência de samples pelo nos-so simulador codificado com as respostas do ambientepara um sample, ele responderá com o mesmo resultadoem nossa sequência de samples.Ou seja, estamos virtualmente levandonossa sequência de samples (nossoáudio) para o mesmo ambiente no qualfoi codificado o sample padrão. Essagrande sacada resulta em um reverbdenso, rico, repleto de profundidade eriquesa harmônica. Como é um proces-samento elaborado, naturalmente de-manda DSP, leia-se RAM, pois é execu-tado em tempo real.O Reverence de fato pede que você es-teja atento ao DSP do seu projeto. Porisso, vale a pena recordar as dicas quepassei nos artigos da série “Farinhapouca seu pirão primeiro – Administreseu DSP”, porque com essas dicas vocêabre caminho para usar e abusar doReverence em projetos com muitos ca-nais. Obviamente, se você tem umamáquina ultratop, com memória RAMem baldes e processadores em cachos,sua preocupação será menor. Mas mes-mo assim, recomendo as dicas, poisvocê poderá ter situações de uso de di-ferentes algoritmos do Reverence, em“racks” diferentes.O Reverence traz uma diversidade mui-to interessante de ambientes. Tanto emaplicações musicais quanto em desenhode som e simulação de ambientes, osalgoritmos originais são sempre muitoúteis. A referência pela foto do ambienteajuda muito. Na figura 1 vemos o al-goritmo “Austrian Concert Hall”. Al-guns dos algoritmos vêm nas versõesestéreo e surround. Isto mesmo, algumasrespostas de impulso foram obtidas com

microfones posicionados de forma a reproduzir aespacialidade do ambiente.Quando a fonte sonora é deslocada pelo panorâmicosurround, a resposta acontece no espectro “3D” comdiferentes respostas de cada ponto de referência damesma maneira que no ambiente original. Cabe aquiuma observação importante: no recém-lançadoNuendo 5, o Reverence vem com dois bancos de res-postas de impulsos, o banco original do Cubase 5 emais um banco repleto de ambientes voltados para odesenho de som em filmes: interior de veículos, salasde recepção, salas de aula, quartos, corredores, gara-gens. Enfim tudo o que é necessário à ambientação defalas e sons em cinema. (Figuras 2 e 3).

Figura 2 - Reverence Nuendo 5

Figura 3 - Reverence Nuendo 5

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Vamos aos parâmetros do Reverence.Podemos usar a figura 1 para visualizar.

Program Name – Nome da resposta de impulso fontedo programa em uso. Quando você carrega o programaé mostrado neste campo, por alguns segundos, o nú-mero de canais e o tempo de duração do reverb.

Browse – Abre a lista de respostas de impulso disponí-veis para carregar.

Import – Permite importar respostas de impulso diver-sas nos formatos wav e aiff. Desde respostas de outrosprogramas até arquivos de áudio da sua escolha que vão

resultar em texturas variadas. Os efeitos são surpreen-dentes. O número de canais desses arquivos vai de 1 a 5(5.0) e o Reverence ajusta a resposta automaticamente.

Program slots 1 to 36 – A lista de números de 1 a 36permite que a troca de programa Reverence sejaautomatizada. Este recurso é importante para que sepossam trocar os programas sem a necessidade de terdiferentes “Reverences” carregados, o que consumiriamemória RAM.

Smooth parameter changes – Entre o Program Slots eos botões Store, Recall, Erase, há um pequeno botão.Quando ativado, ele promove uma transição suave en-

tre dois programas do Reverence evitan-do ruídos digitais e transições bruscas.

Store, Recall, Erase – Respectivamente:guarda, ativa e apaga o programa selecio-nado na matriz de programas.O Reverence também dispõe de umequalizador próprio de três bandas queatua em seu sinal de resposta, além dosparâmetros de volume da saída (out) ede mistura com o sinal original (mix).

Estão presentes também parâmetros jáconhecidos e comuns a unidades de

reverb como:Pre delay – Controla o tempo entre osinal não processado e a chegada do si-nal reverberado. Quanto maior o valor,maior o tamanho do ambiente.

Time scaling – Controla o tempo dereverberação.

Size – Determina o tamanho da salasimulada.

Level – Controla o volume do reverb.

ER Tail split – Early Reflections tailSplit. Determina o ponto onde termi-nam as primeiras reflexões do ambientee onde começa a “manutenção” e decai-mento, ou seja, o corte do reverb. Umvalor de 60 significa que as reflexões se-rão ouvidas por 60 milisegundos.

ER Tail Mix – Determina a relação entreas primeiras reflexões e o corte do reverb.

Figura 4 - Espectrograma

Figura 5 - Information Display

Page 73: Revista Backstage - Edição 216

73

Valores acima de 50 atenuam as reflexõese abaixo de 50 atenuam o corte do reverb.

No display do Reverence temos in-

formações importantes:Play Button – Apertando o botãoPlay o pulso de referência é tocado. Éum som de teste que permite quevocê ouça as características do reverbe dos parâmetros aplicados.

Time Scaling Wheel – O dial em vol-ta do botão Play permite ajustar otempo de reverb.

Time domain display – Mostra awaveform da resposta de impulso.Quando giramos o dial, a waveformmostra as alterações.

Spectrogram Display – Mostra aanálise de espectro da resposta deimpulso. No eixo horizontal te-mos o tempo e no eixo vertical asfrequências. O volume é represen-tado pelas cores. Figura 4.

Information Display – Informa-ções adicionais sobre o algoritmoselecionado. Tempo de duração do

reverb original, características dasala, número de canais, observa-ções gerais. Muito útil. Vemos naFigura 5.Abaixo do display do Reverencetemos uma linha horizontal quetermina em um botão. Esse botãoativa o Trimmer para ajuste dos

O Reverence também dispõe de umequalizador próprio de três bandas que atuaem seu sinal de resposta, além dosparâmetros de volume da saída (out)

““

Figura 6 - Trimming

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limites da resposta de impulso, ou seja,onde ela começa e onde ela termina. Re-pare que o ajuste é feito mediante corteabrupto, sem fade. Observe o efeito ou-vindo o resultado final. O “ImpulseTrimming Button” ativa o “TrimmingSlider” na barra e você pode usar a rodado mouse para fazer os ajustes (Figura 6).Tenho a dizer que o equalizador doReverence é bastante eficiente. Masaqui vai uma dica para quem desejaequalizar de uma forma refinada ossons que passam pelo reverb. Quandoadicionamos um canal de FX, o Cubasecria um canal dedicado e coloca oReverence como Insert deste canal. Apartir deste momento, o Reverencepassa a aparecer em todos os comandosSends dos canais de áudio. Até ai tudobem. Bom, já que o Reverence ocupaum dos inserts do seu canal dedicado,nada impede que na sequência de in-serts a gente use um equalizador maisrefinado como o GEQ 30, por exemplo,para equalizar o som que passa peloReverence. Dependendo do efeito quese deseja, podemos ocupar o insert se-guinte com um compressor e “apertar”um pouco o som do reverb, indepen-dente do som direto. Vemos na Figura 7

o roteamento do canal de FX. Isso abreuma quantidade enorme de possibilida-des de mixagem e de criação de texturassonoras. O que vem na sequência dosinserts é do gosto e da criatividade decada um. Podemos processar o som doreverb com qualquer efeito desejado.Experimentem, testem configura-ções diferentes, explorem as possibi-lidades desse plug-in sensacional.Tenho feito isso desde o Cubase 5 eagora no Cubase 6.5 e o que tenho adizer é que as possibilidades são ain-da mais surpreendentes.Grande abraço. Até a próxima

Para saber online

[email protected]

www.ateliedosom.com.br

Facebook: ateliedosom

Twitter:@ateliedosom

Figura 7 - Inserts

“Quando

adicionamos um

canal de FX, o

Cubase cria um

canal dedicado

e coloca o

Reverence como

Insert deste

canal. A partir

deste momento,

o Reverence

passa a aparecer

em todos os

comandos Sends

dos canais de

áudio

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Page 76: Revista Backstage - Edição 216

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EARNLogo na primeira aba, à esquerda, te-

mos a opção “Learn”, que foi uma opçãodos desenvolvedores para que usuáriosde todos os tipos pudessem entender o

L

EXPLOREDO SIBELIUS 7

EXPLOREO QUICK START

DO SIBELIUS 7Cristiano Moura é produtor, en-

genheiro de som e ministra cur-

sos de Sibelius na ProClass-RJ

Assim que o

Sibelius 7 é

carregado, uma

caixa de diálogo

chamada “Quick

Start” (fig.1) é

apresentada e

muitas vezes é

subestimada ou até

ignorada por

muitos usuários.

Porém, o “Quick

Start” é repleto de

opções para

acelerar diversos

procedimentos.

Neste artigo, vamos

explorar cada parte

desta tela inicial.

funcionamento básico do Sibelius 7. Aopção “Quick Tour” são vídeos voltadosaos usuários novos e apresenta de formamuito clara a interface e também comodar os primeiros passos no aplicativo.

Figura 1

Page 77: Revista Backstage - Edição 216

77

Logo abaixo, a opção “What’s New”foi criada pensando nos usuáriosmais antigos que, a princípio, iriamse assustar e se desapontar com anova interface do Sibelius, pois nes-ta versão, todo o sistema de menus efunções foi reformulado e a primeiraimpressão para um usuário antigo éde estar num software completa-mente diferente.Por último, a opção “Sibelius forSwitchers” é a maneira que osdesenvolvedores encontraram pa-ra estimular e agradecer usuáriosde outros softwares como Finale,Motion ou Encore pela iniciativade experimentar o Sibelius 7.Na direita, existem diversos docu-mentos para ler e o meu destaque épara o primeiro item “Sibelius 7Tutorials”. Este documento é umpasso a passo para a criação de diver-sas partituras, e, mesmo para quemtem apenas o inglês básico, é uma ex-

celente maneira de começar a exer-citar com projetos e exemplos reais.

NEW SCOREA segunda aba é utilizada para cri-ar uma nova partitura e seu grandeatrativo é o fato de vir com muitaspré-configurações de instrumen-

tação. Estas pré-configurações sãochamadas de “manuscript paper” eopções como quarteto de cordas,grupo vocal, formação de big bande até de orquestra completa estãodisponíveis. Se nada interessar,utilize a opção “blank” e selecioneos instrumentos à sua escolha.

Figura 2

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São muitas opções e o usuário pode atécriar suas próprias pré-configurações e,para facilitar a busca pelo que deseja, oSibelius 7 incorporou duas funções que,apesar de simples, são extremamenteúteis: um campo de busca no lado supe-rior direito e um slider de zoom na parteinferior (fig.2)

RECENTNão há muito que falar da aba Recent,que apenas apresenta as últimas parti-turas abertas, mas gostaria de reforçar ofato de também possuir o campo de bus-ca e slider de zoom.

IMPORTO Sibelius 7 pode receber e converter ar-quivos de outros formatos para seu forma-to nativo, e por esta aba, o usuário poderealizar funções interessantes. Photos-core e Audioscore são softwares inclusosna compra do Sibelius 7, e o primeiro pos-sibilita detectar e importar partiturasscaneadas, enquanto o segundo converteum áudio gravado para partitura.À direita, a opção MIDI File permiteimportar arquivos no formato MIDIque foram gerados num teclado se-quenciador ou um software de produ-ção musical como Pro Tools, Sonar,Logic etc. Mais abaixo, a opção Mu-sicXML File permite importar materi-al gerado em outros softwares de nota-

ção musical como Finale,Notion, Encore etc.

LATEST NEWSA última opção não é nadamais do que um agregadorde notícias dos posts dowww.sibeliusblog.com, queé um excelente local paraaprender e discutir sobreSibelius, apesar de infeliz-mente, ser em inglês.

CONCLUSÃOEu recomendo a todos a as-sistirem os vídeos assimque possível e, para se man-terem atualizados, sempre

passar pelas últimas notícias na últimaaba. O Quick Start é uma ótima opção,mas demora um pouco para se acostumar,principalmente para aqueles que viveramanos e anos clicando nos labirintos demenus e submenus dos softwares.Por último, sabemos como é difícil agra-dar a todos e, por isso, o pessoal doSibelius implementou funções paradesativar a apresentação do Quick Start.No final da janela (fig. 3), se a opção“Show Quick Start when Sibelius 7starts” for desmarcada, o Quick Startnão será mais apresentado a cada vez quese iniciar o Sibelius. A segunda opção“Show Quick Start again after closinglast score” também deve ser desmarcadapara que, ao fechar uma partitura, oQuick Start não seja apresentado.

Para saber online

[email protected]

http://cristianomoura.com

Figura 3

“Photoscore e

Audioscore são

softwares inclusos

na compra do

Sibelius 7, e o

primeiro possibilita

detectar e importar

partituras

scaneadas, enquanto

o segundo converte

um áudio gravado

para partitura

Page 79: Revista Backstage - Edição 216

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Page 80: Revista Backstage - Edição 216

PROD

UÇÃO

MUS

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Ricardo Mendes é produtor,

professor e autor de ‘Guitarra:

harmonia, técnica e improvisação’

a afirmação em que meu estúdio é“especializado” em gravar guitar-

ras, vai também o significado subjetivoe camuflado de que as outras coisas, semser guitarra, meu estúdio não grava tãobem... Na verdade eu acho que eu nãogravo nada bem, nem guitarras. Sem hi-pocrisias ou falsa modéstia. A vida in-teira, nunca tive certeza se estava gra-vando bem alguma coisa, por isso conti-nuo experimentando até hoje. Se euachasse que gravo bem, colocava ummicrofone em uma posição e deixava-olá para o resto da vida...Mas confesso que adoro gravar guitar-ras, mesmo na época dos plug-ins e si-muladores. Ainda sinto saudade dotempo da fita, não pelo som, mas porcerta mística que havia dentro do estú-dio e que desapareceu com o advento dagravação em computador. Não me per-gunte por que, mas que se não sumiu,

N

Guitarras... Alguns

“concorrentes” já

me “elogiaram”

dizendo que eu sou

um especialista em

gravar guitarras...

Morri de rir.

Primeiro, porque

não acho que eu

seja, e depois

porque percebia que

o elogio na verdade

era uma maneira

politicamente

correta – aliás,

politicamente

correto para mim é

uma maneira

politicamente

correta de se falar a

palavra hipocrisia

– de me fazer uma

crítica.

diminuiu bastante. Pelo menos os am-plificadores de guitarra ainda não sumi-ram como os gravadores de fita.Nada contra plug-ins. Eu os uso de vezem quando, especialmente quando es-tou com pressa, sem paciência ou sequero um som específico que posso teralguma dificuldade de consegui-lo comum amplificador. Usei o pioneiro Amp-Farm da Line 6, o Sans-Amp uso atéhoje. Uso também o Guitar-Rig e tam-bém o da Waves. Entretanto tenho umentendimento dos plug-ins um poucodiferente do que eles se propõem a fazer.Quase todos os plug-ins para a guitarrasão simuladores que emulam o som deamplificadores, caixas e microfonesclássicos usados para gravar guitarra.Quem tem um amplificador, uma caixae microfone clássicos para gravar umaguitarra, sabe que o plug-in não soaigual ao setup físico. Mas não soar igual

Estúdiodo seuO tamanho

PARTE 7

Page 81: Revista Backstage - Edição 216

81

não quer dizer que seja pior. Em mi-nha opinião, soa apenas diferente.Para mim o que faria um estúdioficar “sério” em relação a gravarguitarras, seria oferecer pelo me-nos uns dois amplificadores dife-rentes como opção para o cliente.Se tiver guitarras também, melhorainda, pois os amplificadores e asguitarras farão muito mais diferen-

ça no som do queo pré-amplificador que você esti-ver usando para gravar. O plug-in,eu o enxergo como mais um ampli-ficador no seu set, e não como umsubstituto para todos os amplifica-dores de guitarra.Para começar (estamos falandonessa série de como construir umestúdio de médio porte), o ideal se-ria ter três amplificadores de ca-racterísticas diferentes. Eu os divi-diria em três grupos básicos: o“super clean”, o “crunch-over-

drive” e o “hi-gain”. Dificilmenteum mesmo amplificador faz bem astrês funções. É claro que dá para ti-rar um bom timbre nas três famíli-as com o mesmo amplificador, masnão será “O” timbre.Da família “super-clean”, eu cos-tumo gostar dos Fenders como osTwin Reverb, o Cyber-Twin e tam-bém dos transistorizados como osda série Frontman, especialmenteos R65 e que são bem baratinhos.Os Roland Jazz Chorus tambémsão ótimos no “super-clean”. Umpouco menos conhecido, o Bogeratambém é muito bom. Mas, é claro,existem vários outros.Na família “crunch-over-drive”,eu gosto dos Marshall JMP, osPlexi, e o JCM 800. Gosto muitotambém do Vox AC-30, do FenderBass-Man, os Hi-Watt 100, o Me-sa/Boogia Mark II, mas tambémexistem vários outros...

Page 82: Revista Backstage - Edição 216

PROD

UÇÃO

MUS

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Para saber mais

[email protected]

Na família “hi-gain”, sou fã dos Mesa/Boogie como os antigos Studio-Pre-amp e o Quad-Preamp e os mais novosDual Rectifier. Gosto também dos

Peavey 5150. Da mesma maneiracomo os anteriores, também exis-

tem vários outros...Outra coisa interessante de se

ter em seu “arsenal” guitar-rístico é uma coleção de pe-

dais, em especial os de“boost”, over-drive e dis-

tortion. Estes pedais po-dem ser combinados

com os amplificado-res que você tem,

aumentando emmuito a gama desom e opções paravocê ou seu clien-te. Se tiver outrospedais de efeitos,além dos de booste overdrive, me-

lhor ainda, pois algunsefeitos ficam melhores quando

colocados na hora de tocar, antes doamplificador, como wah-wah, com-

pressor e efeitos de phaser, flanger,detune e chorus.Os pedais de boost são literalmenteinúmeros. Overdrive, Super-Over-drive e Turbo-Overdrive, da Boss.Tube-Screamer, da Ibanez, O Rat, daProCo, V-Twin da Mesa/Boogie, OSans Amp GT2, da Tech 21. Dos wah-wah, os mais clássicos são o Crybaby eo Vox. Dos compressores, acho o CS2da Boss imbatível. Todos os de pitch daBosss são bons, mas os da TC Elec-tronics são insuperáveis.Gravar guitarra é quase como que pintarum quadro, pois quanto mais opções decores o artista tiver na sua paleta, maisrico de possibilidades será o quadro. Comum número razoável de tubos com dife-rentes cores de tinta, as combinações se-rão infinitas. Uma vez montado o setup deguitarra, vamos ver como captar este som,mas isso fica para o próximo mês.Abraços a todos os especialistas em gra-var guitarra do planeta!!!

“Outra coisa

interessante de se

ter em seu

“arsenal”

guitarrístico é uma

coleção de pedais,

em especial os de

“boost”, over-drive e

distortion. Estes

pedais podem ser

combinados com os

amplificadores que

você tem

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NEW Esta é quente… com o perdão

do leitor ao trocadilho, mas

quer manter suas mãos quentes

com expressividade nos efeitos?

Então conheça um produto que

chama a atenção pelo

ineditismo e por possuir um ar

tecnológico que nos leva à

ficção científica pura.

Oequipamento consiste de um aneltransmissor de ondas e um receiver

wireless para converter e enviar o sinalpara pedais de efeito que contenhamparâmetro para expression. Tudo muitosimples de entender, mas de uma cria-tividade interessante, produzido pelaSource Audio, uma empresa especi-alizada em pedais de efeitos. O sistemajá está causando um movimento inte-

NEW

Jorge Pescara é baixista, artista da

Jazz Station e autor do ‘Dicionário

brasileiro de contrabaixo elétrico’

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BASS SCHOOL

ressante no que vem sendo chama-do de “New Bass School”, ou seja, anova onda em que osbaixistas saem do lugarcomum e usam dispositi-vos técnicos diversos, alia-dos à novíssima tecnologiapara extrair sonoridadesvariadas e diferenciadas.

Vamos ao que diz o release

do fabricante:

O Hot Hand 3 Universalcontrolador de efeitos semfios, expande significativa-mente a tecnologia de pontado Hot Hand original, ampli-ando sua compatibilidade para

BASS SCHOOLincluir pedais de outros fabrican-tes. Um acelerômetro de 3 eixos demovimento traduz-se em um sinalde expressão dinâmica e precisa, aqual pode ser aplicada a uma sériede parâmetros, incluindo o efeitode varreduras de filtro, os níveis dedrive e de modulação e mix entresinais wet/dry. O anel de luz, semfio, é capaz de transmitir mais de

100 metros e se encaixa conforta-velmente na mão, pé ou headstockdo instrumento.O Hot Hand 3 conecta-se a todosos pedais modelos Soundblox ®,

Soundblox 2, Pro Soundblox e de-mais pedais da Source Audio atra-vés da saída do sensor de 1/8". Aestação base receptora tambémpossui uma saída padrão de expres-são ¼” compatível com a maioriados pedais de terceiros equipadoscom uma entrada de expressão de¼”, tais como o PS-5 Pitch ShifterChief, Eventide Space Reverb,Line 6 DL4 e muitos mais.O sistema consiste de um anel desensores sem fio, fonte de alimen-tação anel carregador DC, estaçãobase, receptor e cabo do sensor. Oanel é alimentado por uma bateriarecarregável de íons/lítio subs-tituível, com um tempo médio deoperação de 6 horas entre as cargas.O que se percebe neste sistema éuma total interação entre movi-mento e música. O instrumentistapode literalmente usar sua cria-tividade musical desenhando on-

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Para saber online

[email protected]

http://jorgepescara.com.br

das e movimentos que controlam osefeitos de formas distintas. Com isto,a consciência de que o movimento,assim como o silêncio, está intima-mente relacionado à música, ultrapas-sará os limites atuais.Com o que se pode verificar em vídeono Youtube, este tipo de equipamentoleva-nos a outro patamar sonoro.Claro, para tocar samba, choro, bossaetc, isto pode não servir; mas para fu-sões, world music, rock experimentale para não criarmos raízes no chão, aísim, esta é uma caixinha mágica!

ESPECIFICAÇÕES•Compatível com todos os pedaisSoundblox, Soundblox 2, SoundbloxPro e Hot Hand.•Trabalha com diversos pedais e racksde efeito equipados com entrada ¼”Expression. Chave DIP facilita confi-guração do efeito.•Seleção entre 3 diferentes movi-mentos (X, Y e Z).•Transmissor RF capaz de atingir aci-ma de 30 metros.

•Bateria de Íon Lítio recarregável esubstituível.•Saída SENSOR de 1/8” e outra Ex-pression de 1/4”.•Controles de DEPTH e SMOO-THING ajustam a quantidade de efei-tos e a sensibilidade do anel.•Todos os componentes são compatíveiscom o adaptador original Hot Hand.

•Pode ser usada até quatro unidadesHot Hand separadas, simultanea-mente, sem interferência no sinal.•Licença gratuita para uso wireless aoredor do Globo (ISM band).Se você é um gearcrazy ou mesmoansioso por novidades tecnoló-gicas-musicais, se cansou do “maisdo mesmo” e quer experimentarnovidades, este é um dos muitosdispositivos que esperam por suacriatividade.Paz Profunda .:.

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Os 40 anosá faz quarenta anos que o ProjetoAquarius traz espetáculos de músi-

ca clássica para o grande público. A co-memoração foi no dia 15 de setembro,com um show no palco montado emfrente ao Hotel Copacabana Palace, emCopacabana, no Rio de Janeiro.Dirigido pela diretora do Theatro Muni-cipal, Carla Camurati, o show teve a par-ticipação, mais uma vez, da OSB, regidapelo maestro e diretor musical RobertoMinczuc. Além da orquestra, tambémparticiparam o Coro Sinfônico do Rio deJaneiro e o Coro Infantil da OSB. A bai-larina Ana Botafogo dançou coreografiaespecialmente feita para a ocasião. Aapresentação foi do jornalista Pedro Bial.

Miguel Sá

[email protected]

Revisão Técnica:

José Anselmo “Paulista”

Fotos: Divulgação

J

Do dia 30 de abril de

1972, quando a

Orquestra Sinfônica

Brasileira tocou as

primeiras notas da

Alvorada, de Carlos

Gomes, no Parque do

Flamengo, até os dias

de hoje, muita coisa

mudou. Mas, ainda

hoje, o Projeto

Aquarius continua

desafiando os

profissionais de áudio.

PRODUÇÃOPela grande quantidade de músicos eas dimensões dos espetáculos, os con-certos do Projeto Aquarius sempre re-presentaram um grande desafio paraempresas de sonorização e para a pro-dução em geral. Filho de Péricles deBarros, criador do Projeto com Ro-berto Marinho, Luciano Costa, nasci-do no ano de fundação do Aquarius, éo diretor de produção. “Com certeza,hoje é mais simples que há 15, 20anos. Porém, ao mesmo tempo, pro-curamos coisas novas, e aí criamostambém as dificuldades. Ou seja, eusou o próprio culpado da minha difi-culdade”, brinca o produtor.

Os 40 anosdo Projeto Aquarius

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Luciano ressalta o pioneirismotecnológico do Projeto Aquarius.“A primeira vez que se usou raiolaser no Brasil, a primeira câmerafilmando sobre um balé e a primei-ra vez que foi usado um line arrayem concerto aberto, ao ar livre, noBrasil, foi no Projeto Aquarius”,enumera. O amplo uso de microfo-nes DPA e de LED na iluminação eno telão mostram que o eventocontinua atualizado com relaçãoàs tendências tecnológicas.A pré-produção do evento duracerca de seis meses. O início é areunião com o realizador, que é oJornal O Globo. “Aí nós definimosa pauta do ano e, em cima disso,criamos uma série de situações.Depois, conversamos com o AbelGomes para criar a cenografia. Apartir dai, está criada a criança”,detalha Luciano. Após a ideali-zação e a montagem da estruturade palco, a colocação de som e luzdemora uma semana.

CAPTANDO A ORQUESTRAFernando Scholl começou a traba-lhar no Projeto Aquarius aindaquando a empresa que sonorizada oevento era a MacAudio. “Aprendimuito com o Roldão”, diz o técnico.

Hoje, a sonorização é feita pelaEvent Solutions (EVS) em parceriacom a Gabisom. Por conta de vento,condições acústicas desfavoráveis eda quantidade de pessoas no públi-co, a sonorização de uma orquestrase torna algo bastante complexo.Para “domar” um som feito parasoar acusticamente, é necessárioinvestir em microfonação e canais,muitos canais. Mais de 120 no casodo Projeto Aquarius. Das percus-sões às cordas, cada instrumento émicrofonado individualmente. Issosem contar os coros infantis e adul-

tos que participam da festa. Nocaso desse evento, para ter um somo menos vulnerável possível àscondições desfavoráveis, a opçãofoi microfonar cada instrumentoindividualmente, e não por nai-pes, como é mais comum. “Aquitem microfone Neumann no co-ro, DPAs diversos para cada tipode instrumento, Isomax, SM- 57na percussão, Sennheiser MD 421,RE-20, Countrymans, SennheiserME66, AKG C3000. A maioriados microfones é condensador”,expõe Fernando.

Monitores para o maestro

Scholl em ação Rack com compressores e efeitos

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Entre os vários macetes aprendidos emmais de 25 anos de Projeto Aquarius –desde a época em que o evento era feitopor Roldão, da MacÁudio – está a mi-crofonação das vozes do coro. “Os mi-crofones femininos são mais direcionais,os masculinos são mais abertos”, exem-plifica Fernando. Para minimizar os efei-tos do vento, foi pedido à produção queas laterais e a parte de trás do palco fos-sem fechadas com panos e, é claro, ocor-reu o farto uso de windscreens.

MIXAGEMFazer uma mixagem ao vivo com maisde 100 canais pode parecer uma missãoimpossível, mas uma orquestra é prati-camente um organismo, com músicosextremamente treinados e acostuma-dos a tocar juntos, todos reproduzindouma dinâmica muito próxima. No en-tanto, a posição dos microfones precisa

estar perfeita. Uma equipe de oito pes-soas ficou responsável apenas por istodurante a passagem de som. “Qualquercoisa fora do lugar gera uma pequena ca-tástrofe na mixagem”, brinca Scholl.No entanto, a mixagem pode ser menostrabalhosa do que parece. “Se for esta-belecer uma relação de ganho exata doinício ao fim, a mixagem é do maestro.Evidente que tem os solos, e aí a gentepuxa um pouquinho para cima. Se foruma orquestra nova, pouco ensaiada,para tocar em uma situação dessa, es-quece. Barulho de mar, carro passandona rua... É uma prova de fogo. O mais di-

“Se for estabelecer

uma relação de

ganho exata do

início ao fim, a

mixagem é do

maestro. Evidente

que tem os solos, e

aí a gente puxa um

pouquinho para

cima. Se for uma

orquestra nova,

pouco ensaiada,

para tocar em uma

situação dessa,

esquece (Scholl)

Minczuc acompanha a passsagem de som

Foram usados microfones de variados tipos

Kako, da Gabisom

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Iluminação

O projeto cenográfico de Abel Gomes

foi montado em um palco de mil e du-

zentos metros quadrados. A cenografia

foi feita de forma a integrar o painel de

LED e a iluminação. Valmor Neves, da

Zuluz, conhecido como Bolinho, foi o

responsável pelo projeto de iluminação.

Ele usou LEDs RGBW e moving lights

pelas facilidades de cores e de progra-

mações. Foram 300 LED RGBW, 24

moving heads Vari-Lites 3000 e 12 DTS.

Valmor está há 28 anos no Projeto

Aquarius. “Todo ano tem uma evolução

grande em equipamento de luz. Antes

era mais lúdico, hoje é mais técnico.

Tem equipamento Grand MA que grava

(as programações) no estúdio, tem a

3D, então sobra mais tempo para cuidar

da programação, criação, tudo graças

à evolução da tecnologia. Eu já tinha a

planta do cenário e chego aqui com qua-

se toda a programação feita, mas tem

sempre uma mudança de última hora”,

comenta o lighting designer.

Valmor trabalhou com uma equipe de 20

pessoas, entre técnicos de dimmer, de

moving lights, operadores de canhões,

rack man, etc. “Fico muito feliz em fazer o

Aquarius nestes anos todos, fico sempre

muito emocionado”, acrescenta.

fícil é chegar no equilíbrio entre or-questra e coro. Tem que saber quehora é mais orquestra, mais coro.Por isso, quando é estabelecido oprograma, a produção me manda astrilhas, converso com o maestro,ele diz o que é mais importante. Sãodois meses de pré-produção comi-go”, detalha o técnico.A mesa master - que mandava o sompara as 28 V-Dosc do PA (14 de cadalado), os nove subs Meyer Sound 700HP e as oito CQ2 do front fill, tam-bém da Meyer Sound – foi umaAmek Recall. A monitoração – ape-

nas para bailarinos e maestro, já quemúsicos de orquestra não gostam detocar com retorno – foi feita comcaixas da Clair Brothers. As cordasforam mixadas em grupos na Mi-

das Heritage antes de ir para aAmek, assim como foi feito com aspercussões na Yamaha M7CL. Fer-nando Scholl ressaltou que as digi-tais ainda não são a sua ferramentade trabalho preferida para mixaruma orquestra, ainda que use umapara receber o sinal da percussão.Evandro Kako foi o funcionário daGabisom que trabalhou no evento,acompanhado por Alessander Bri-to e Reinaldo Oliveira. Como nãofoi feita microfonação do ambien-te para orquestra, foram usadastrês máquinas Lexicon de reverbs:uma 300 e duas PCM 80. Os com-pressores Avalon foram usadospara as madeiras (clarone, clarine-te, etc), que tem muito ataque, epara os coros.

COMEMORAÇÃONo decorrer destas quatro décadas,foram 325 espetáculos realizadosem todo o Brasil. Muitos deles mo-numentais, como a reconstituiçãodo Grito do Ipiranga em São Paulo,em 1981, assistido por 500 mil pes-soas. A procura pela popularizaçãoda música sinfônica também levoua encontros pouco comuns, comoo que aconteceu na inauguração doSambódromo, em 1984, quando asbandas de rock Blitz e Barão Ver-melho tocaram com a OSB. “Es-tamos fazendo 40 anos de um con-certo que, apesar de ser com or-questra sinfônica, é, sempre foi esempre será um show”, defineLuciano Costa.

Luciano Costa, diretor de produção

Amek Recall

Bolinho, responsável pelo projeto de luz

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feira mudou de local e a edição 2012da Lighting Week Brasil, que este

ano ocorreu no Expo Center Norte, emSão Paulo, contou também com dois diasde palestras com profissionais consagra-dos, além de expositores nacionais e es-trangeiros. A estimativa da organização éque o evento tenha movimentado cercade 20% do faturamento anual do setor,

A

Expositores e palestras

voltadas para o setor de

iluminação fizeram da

terceira edição da Lighting

Week Brasil, entre os dias 19 e

23 de setembro, um local

perfeito para troca de

informações entre os

profissionais.

movimenta 20% do

[email protected]

Fotos: Divulgação

estimados em R$ 120 milhões. Mais detrês mil profissionais do setor de ilumina-ção, entre projetistas, consultores, técni-cos, arquitetos, engenheiros, designers, ci-neastas, artistas e diretores, passaram pe-los corredores do Expo Center Norte.Nomes como dos brasileiros CesioLima, Jamile Tormann, Joel Brito e dosueco Nicklas Arvidsson, que apresen-

Lighting Lighting

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mercadotou uma palestra sobre wireless eDMX, foram uns dos destaques daprogramação deste ano, totali-zando mais de 10 horas de pales-tras. Segundo Esteban Risso, dire-tor da Gobos do Brasil e presidenteda Associação Brasileira de Ilumi-nação Profissional (Abrip), o ob-jetivo das palestras técnicas, por

Feira de iluminação estreia novo local em 2012

Césio Lima fala sobre a iluminação nas Olimpíadas de Londres

Week 2012Week 2012Profissionais de iluminação visitam os estandes Empresas também investiram na decoração

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exemplo, é alertar para as normas, que jásão leis, sobre o cuidado do profissionalno ambiente de trabalho.“A cada semana, por exemplo, perde-mos um profissional de iluminação de-vido a quedas ou choque elétrico”, fala.“Buscamos palestrantes ícones no mer-cado para as palestras. Temos desde pa-lestras técnicas, em que o profissionalvai se preocupar com a questão da segu-rança no ambiente de trabalho, até a de

entretenimento, como a beleza da ilu-minação”, completa.Uma das palestras que abordaram a so-bre segurança foi a do engenheiro JoelBrito, que falou sobre o tema “Em even-tos, instalações elétricas dentro da leigarantem a vida”. Segundo Joel, muitaspessoas acreditam que, quando estão fa-zendo o aterramento, por exemplo, es-tão seguras, o que nem sempre é verda-de. “Só porque você aterrou não signifi-

“Buscamos

palestrantes ícones

no mercado

para as palestras.

Temos desde

palestras técnicas,

em que o

profissional vai se

preocupar com a

questão da

segurança no

ambiente de

trabalho, até a de

entretenimento,

(Esteban)

Ciclo de palestras trouxe profisisonais nacionais e internacionais

Joel Brito alertou sobre segurança nas instalações Daniel Ridano: novas tecnologias nas mesas grandMA

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ca que está imune ao choque, pois aterra não é condutor; ela é um re-sistor”, ressaltou. O engenheiro ain-da alertou para a importância de secontratar um profissional especi-alizado ao realizar consertos elétricosou novas instalações, tendo em vistaque segurança na instalação elétricanão é “receita de bolo”.As vantagens do uso do sistema DMXfoi um dos pontos abordados na pales-tra do design de iluminação NicklasAvirdsson. Segundo o profissional,que falou sobre o tema Wireless DMX.

A iluminação interligada sem cabos de si-

nal, entre as vantagens estão econo-mia de tempo, economia de energia e,por consequência, economia de di-nheiro, além de favorecer a criati-vidade e a liberdade do profissionalnos projetos. Em eventos corpora-tivos, por exemplo, a iluminação pre-cisa ser alinhada nos quatro cantos deum auditório”, ressaltou. Segundoele, a passagem de cabos em lugaresem que há circulação de pessoas écomplicada e um equipamento semfio permite que o trabalho seja execu-tado em poucos minutos.O show brasileiro durante o encerra-mento das Olimpíadas de Londres,quando a bandeira olímpica foi ofici-

almente entregue ao prefeito do Riode Janeiro, Eduardo Paes, foi o temada palestra de Cesio Lima. Em Olim-

píadas. Quando a luz emociona a alma

humana, o lighting designer explicoucomo preparou a iluminação do showde oito minutos. Ele falou como foitrabalhar ao lado da diretora artísticado espetáculo Daniela Thomas e con-tou que a parte mais difícil foi concili-ar os figurinos e a iluminação, de for-ma que a luz não interferisse de formanegativa nas fantasias. “Não dá paraser singelo em abertura de Olimpíada,tem que ser algo feérico”, comentou.Entre as novidades do mercado de ilu-minação, destaque para a palestra do es-pecialista Daniel Ridano, que abordoua nova tecnologia usada nos consolesGrand MA Lighting. Ridano ressaltouque a mesa oferece a possibilidade deaté mesmo programar um show a partirda própria residência. “Consigo orga-nizar todo o show ainda em casa e, alémdisso, a grand MA Lighting oferecemais recursos de hardware e mais saídasde DMX”, reforçou.Além da iluminação para entreteni-mento e shows, a luz arquitetural foioutro destaque na programação depalestras. Farlley Derze, por exemplo,que apresentou o tema Iluminação e

Jamile Tormann encerrou o último dia de palestras com um bate-papo entre os profissionais

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arquitetura no espaço noturno da cidade,além de falar sobre as diversas fases dailuminação e a sua influência na vidadas pessoas ao longo da história, lem-brou que a percepção humana atravésda iluminação também evoluiu.

EXPOSITORES

Embora esteja na terceira edição, paraalguns expositores foi ano de estreia.

Como o caso da Lumikit, empresa deSanta Catarina que produz softwarepara o controle de sistemas de ilumina-ção DMX. Segundo Luis Spranger, pro-prietário da empresa, ao participar dafeira, a empresa consegue focar mais nocliente. “Como trabalhamos na área deiluminação é bem mais legal expor aquiporque o público é bem mais voltadopara esta área. Na Expomusic, como temmuito expositor, você acabando passan-do despercebido”, fala.Opinião parecida é a de Bruno Fonseca,diretor da Lightop, empresa que fabricapainéis de LED. “Eu visitei a feira no anopassado e achei que este ano melhoroumuito. A minha loja na Avenida Ipi-ranga “bombou”, então achei bem legal.Estou trazendo um painel de LED de fa-bricação própria da Lightop, modelosP20 e P10. Somos a única empresa quefabrica painel de LED no Brasil e essa énossa maior novidade”, afirma, acrescen-tando ainda que também trouxe doismodelos de consoles Pearl, da Avolites.Daniel Ridano afirmou que já é a tercei-ra vez que participa da Lighting Week.Para ele a ideia de compartilhar o mes-

Entre as novidades trazidas pela Gobos estava o painel de LED de alta definição

Eteban Risso, terceiro da esquerda para a direita, um dos idealizadores da LWBR

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mo espaço é bastante interessante,porque dá a possibilidade de as pesso-as não terem que se deslocar para par-ticiparem das duas feiras. No entan-to, sugere que deveria ter um isola-mento maior por causa do barulho,“A feira deu supercerto como em to-dos os outros anos e as pessoas domercado têm vindo, mas acredito quefaltou um pouco mais de divulgação,porque ano passado, apesar de ser me-nor e em um lugar diferente, tivemosoutros tipos de clientes, aqueles quevêm mais focados”, compara.“Trouxemos a linha Clay Paky, umalinha inteira de moving light, alémda linha de MA Lighting, com osconsoles com um produto novo queé o comand wing, que dá a possibili-dade de atingir uma grand MA comum orçamento bem menor; um novoproduto que é o fader wing, que vaicomeçar a produção em janeiro de2013, além de uma máquina de fu-maça que ainda não havia sido mos-trada, que produz ice fog, um efeitode gelo seco. Porém bem melhor é alinha de wireless DMX (sem fio), que

havia sido apresentada em anos an-teriores”, diz.Diogo Dargosa, proprietário da ACLight, distribuidor oficial da linha delaser Spark, também apostou pela pri-meira vez na feira e aprovou o novolocal. “Ano passado viemos para aExpomusic, mas ter juntado as duasfeiras aqui ficou mais interessante”,fala. Entre as novidades, levou ummoving beam de 200 watts e refleto-res PAR de 18 LEDs.Outra empresa que apresentou novi-dades foi a Gobos do Brasil. A compa-nhia brasileira levou para a feira os pa-inéis da linha iLED, que apresentam aproposta de definição e brilho nuncavistos antes. Os modelos MEGASCREEN P9 IP65, ideal para uso ex-terno, e o iLED MEGA SCREEN P9e iLED GIGA SCREEN P4.8, para usointerno, são ideais para uso em televi-são, shows e eventos corporativos.

Mais empresas participaram da edição 2012

Lumikit, de SC, estreiou na LWBR

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NO RUMONO RUMOCERTO

egundo os organizadores, nos seisdias de feira, foram movimentados

mais de R$ 100 milhões em negócios.Para o promotor da Expocristã, EduardoBerzin Filho, a 11ª edição cumpriu o seupapel, que é o de promover o intercâm-bio entre a indústria e o canal de distri-buição. “Registramos novamente a pre-sença de lojistas, livreiros e distribuido-res e permitimos um contato maior coma liderança. A Expocristã fomenta aabertura de novas livrarias e auxilia ospastores na evangelização”, completou.Presente pela primeira vez na Expo-

S

[email protected]

Fotos: Divulgação

CERTOMERCADO GOSPEL SEGUE SE PROFISSIONALIZANDO

A capital de

São Paulo foi palco

de mais uma edição

da Expocristã,

evento dedicado ao

segmento gospel e

que reúne, em um

só local, editoras,

gravadoras e

produtos para

igrejas. A 11ª

versão da feira, que

aconteceu no

Anhembi entre os

dias 25 e 30 de

setembro, recebeu

mais de 160 mil

pessoas e teve um

aumento de 15% no

número de pastores,

lojistas, livreiros e

distribuidores

presentes.

cristã, o Ecad (Escritório Central deArrecadação e Distribuição) aproveitouos cinco dias para divulgar dois traba-lhos implantados recentemente peloórgão: o Banco Digital do Ecad e oEcad.Tec Cia Radio, que é um sistemapróprio de captação, gravação e identifi-cação automáticas das músicas que to-cam nas rádios em todo o país.O público também pôde conferir ascampanhas desenvolvidas constante-mente pelo Escritório, como a “Vozesem Defesa do Direito Autoral”, umamobilização que conta com o apoio de

Sistema Picollo foi um dos sucesso no estande da DB Tecnologia Acústica

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Para saber mais sobre os lança-

mentos e novidades, acesse:

www.quanta.com.br/music?s=xsw

www.quanta.com.br/music?s=ew+135

www.quanta.com.br/music/produtos/

presonus-studiolive-16-0-2/

www.quanta.com.br/music/produtos/

presonus-studiolive-16-4-2/

www.ecad.org.br/viewcontroller/

publico/Home.aspx

www.dbtecnologiaacustica.com.br/

www.dbtecnologiaacustica.com.br/

PowerBy18Sound_LineArray_ULTRA-

COMPACT.php

grandes nomes da música em defesados direitos dos compositores. Se-gundo Bia Amaral, gerente executi-va de marketing do Ecad, a ideia departicipar da Feira nasceu ao longode 2012. “Para o Ecad, foi ótimo,porque entramos em contato comas gravadoras para o envio de áudiopara o nosso banco de áudio. Fize-mos contato com 14 gravadoras e

Para saber online

conseguimos alcançar plenamenteo nosso objetivo”, completa.Para Gordon Gerstheimer, da DBTecnologia Acústica, este ano, afeira foi bem melhor do que em2011. “Fizemos muitos contatosnovos e já enviamos orçamentospara muitas igrejas de tamanho va-riável entre 500 a 1.200 metros eaté para uma com capacidade para

12 mil pessoas”, ressalta. Outroponto que chamou a atenção deGordon foi o interesse de muitospastores em adquirir um sistema dequalidade, ao contrário do queacontecia no passado. “Muitos pas-tores nos disseram que fizeram umacompra inicial de um sistema de bai-xo custo e agora estão olhando paraatualizar e investir em um sistema dealta qualidade que eles possam usarpara os próximos dez anos”. Aindade acordo com Gordon, os produtosmais procurados foram o Line Pi-collo 6" com Sub Picollo 8", LineUltra Compact 8" com Sub Scoop12", Line Compact 254 e os TopPicollo 8" e 10".Já a Quanta Brasil apresentou solu-ções para pequenas e grandes igrejas,além de novidades para os artistasgospel. A Quanta Music apresentoua linha Sennheiser XSW (microfo-nes), EW135 (microfones), diversosmodelos de fones de ouvido, além dalinha Presonus StudioLive. A Unida-de Quanta AV-Pro apresentou solu-ções de projetos, integrando as linhasEW345, EW500-945, Serie 2000 eSKM5200 (Sennheiser), Caixas FZÁudio e Mesas VENUE gravando noPro Tools (AVID). A empresa fezquestão de ter, no estande, todos osequipamentos ligados para teste. “Oresultado nessa feira foi muito satis-fatório”, garantiu Ricardo Coutinho,da área de marketing.

Estande da Quanta levou diversas soluções para projetos que puderam ser testados na hora

Pela primeira vez participando da Expo Cristã, Ecad apresentou as campanhas sobre o direito autoral

Gravadoras marcaram presença na Feira Público contou também com as editoras

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Miguel Sá

[email protected]

Revisão Técnica:

José Anselmo “Paulista”

Fotos: Internet / Divulgação

Igreja da Penha surgiu no sécu-lo XVII, em 1635, quando o

capitão Baltazar de Abreu Cardosofoi salvo de uma cobra após invocara Virgem Maria. Para agradecer,mandou construir uma capela noalto do penhasco onde aconteceuo milagre. Daquela época até osdias de hoje, foram construídas edemolidas duas capelas até que,por volta do início do século XX, aigreja ganhou a configuração atual.Hoje, além da Igreja, há uma loja e aconcha acústica onde acontecemos grandes festejos da paróquia,como a Festa de Nossa Senhora daPenha. Todo o entorno da igreja fazparte do santuário.

A

da

Um dos pontos mais

famosos do Rio de

Janeiro e símbolo da

nova fase da cidade, o

Santuário da Penha

começa a investir em um

novo sistema de som.

San San

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O templo fica no alto de uma grande pedra e, parasubir até lá, o fiel pode usar o plano inclinado quevem desde o portão de entrada do Santuário, ou subiros 382 degraus da tradicional escadaria, que foramesculpidos diretamente na pedra em agradecimento auma graça alcançada no início do século XIX. Desdeentão, o lugar já ganhou até música na voz de LuizGonzaga, Baião da Penha, onde ele pede a bênção paraa “gente brasileira que quer paz para trabalhar”.

SONORIZAÇÃODesde que o complexo de favelas do Alemão – noqual fica incrustada a igreja – foi ocupado pelo exérci-to, em 2010, e depois ganhou uma Unidade de PolíciaPacificadora (UPP), o local vem sendo revitalizado erecebe cada vez mais visitantes. Além dos fiéis quevão assistir à missa e pagar promessas, o local tambémrecebe turistas em busca da vista panorâmica de boa

Penha, RJtuáriotuário

parte da zona norte do Rio deJaneiro. É claro que não poderiafaltar uma estrutura de sono-

Concha acústica: Sistema K-Array 400com um sub e duas caixas

Soundcraft SI Compact

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SOM

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rização. A gerência deste sistema é feitapor Jucyer Falcão.Quando começou a trabalhar no local,quatro anos atrás, havia um sistema mon-tado com linha de tensão constante de 70volts. Este tipo de sistema é usado quandoé necessário que o som chegue a longasdistâncias com poucas perdas durante ocaminho por longos cabos, como é justa-mente o caso do santuário. “O som vemaqui para a igreja, vai para as caixas da es-cadaria e chega até a loja lá embaixo”, ex-plica Falcão. O sistema tem três caixas emcada lado externo da igreja, três no ladointerno mais um retorno para o padre, umpara o coral, duas caixas na parte traseira ena frontal, quatro caixas na escadaria emais duas na loja, já na parte de baixo dosantuário. Quando há missa, o som vemdos microfones Gooseneck da TSI quecaptam a voz do padre e é emitido portfodas estas caixas, da igreja à loja.O coro que atua nas missas é captadopor um pequeno microfone JTS CM502, específico para coral. “O padrão po-lar dele é cardióide, com uma abertura demais ou menos 120 graus. Coloquei-o auma altura que pega todo o coral”, espe-cifica o técnico de som. Em horários de-terminados, são tocados CDs com a Ave

Maria e o Terço. “Tem que ser em um vo-lume bem agradável, de som ambientemesmo”, explica Falcão.Na capela Sagrado Coração de Jesus, naparte de baixo do Santuário, também háum sistema de som de configuração seme-

lhante ao da Igreja, com três caixas em cadalado interno, além de caixas externas.

NOVO SISTEMAPARA A CONCHA ACÚSTICASe no sistema regular não há novidades,na concha acústica ocorreu um investi-mento em novos equipamentos de sono-rização da K-Array. A concha fica ao ar li-vre, em um local com capacidade para até30 mil pessoas. A decisão pela compra doequipamento foi um processo lento, quedurou dois anos. “Devido ao custo do alu-guel, padre Serafim (Serafim Fernandes,reitor do Santuário) queria adquirir umsistema de sonorização para a conchaacústica”, relembra Jucyer Falcão.O técnico ofereceu três opções de sistemaao padre. No fim das contas, ele escolheuos sistemas da K- Array: o KR 400 para oPA frontal e o KR 200 para cobrir as late-rais do palco. Os testes definitivos para acompra do equipamento foram feitos emparceria com a Gobos do Brasil, represen-tante da K-Array no país, durante os even-tos do Mês de Maria, em maio de 2012, queincluíram uma missa campal com DomOrani Tempesta, arcebispo do Rio de Janei-ro. “Eram mais de dez mil pessoas”, comen-ta Falcão. Além dos sistemas K-Array, fo-ram adquiridas quatro caixas de retornoVRM 1550A da Attack e o console digitalSoundcraft Si Compact. No feriado de 12de outubro, dia de Nossa Senhora deAparecida, aconteceu a 377a Festa de Nos-sa Senhora da Penha. O equipamento foinovamente usado para a missa e no showdo cantor católico Izaías Carneiro, presi-dente da Comunidade Coração Novo.

Caixa na escadaria

Para saber online

www.santuariopenhario.org.brwww.gobos.com.br

Padre Serafim Fernandes e Jucyer Falcão

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Rachel Malafaiaretoma produção de novo CDApós período de maternidade com achegada de seu segundo filho, a cantoraRachel Malafaia voltou à Central Gos-pel Music para reunião com seus repre-sentantes a fim de selecionar as fotosque irão ilustrar seu terceiro álbum, ain-

da sem título definido. A sessão de fotosrealizada para seu álbum foi em um pon-to turístico de Niterói (RJ), após Racheldescobrir sobre sua gravidez. O lança-mento do CD está previsto para o pri-meiro semestre de 2013.

MK Musicrecebe três troféus na ExpoCristãA MK Music recebeu três troféus naExpoCristã, ocorrida no Anhembi, SãoPaulo. Os prêmios recebidos foram nacategoria “Mais Vendidos ConsumidorCristão” pelo álbum Extraordinário

Amor de Deus, de Aline Barros, catego-ria “CD e DVD infanto-juvenil” tam-

bém de Aline Barros e CIA 3 e o “Prê-mio Consumidor Cristão/EBF”. O CDExtraordinário Amor de Deus foi certifi-cado com um Disco de Diamante pormais de 360 mil cópias vendidas, e o CDe DVD Aline Barros e Cia 3 já conquista-ram Discos de Ouro.

DIANTE DO TRONO CONCORRE AO GRAMMY LATINO 2012O Ministério de Louvor Diante do Trono recebeu sua primeira indicação ao Grammy Latino2012, considerado o Oscar da música latina. O Diante do Trono concorre na categoria“Melhor Álbum de Música Cristã” (Língua Portuguesa), pelo álbum Sol da Justiça, lançadopela Som Livre, em setembro de 2011. A 13ª Entrega Anual do Grammy Latino será realizadano dia 15 de novembro de 2012.

Jotta A ganha prêmiode cantor revelação do anoO cantor Jotta A ganhou o “PrêmioConsumidor Cristão/Anle” de cantorrevelação do ano, na entrega de prêmiosde destaque no ano, ocorrida em SãoPaulo. O “Prêmio Consumidor Cristão/Anle” é considerado um dos mais quali-ficados do segmento, onde reúne lojis-tas, lideranças e executivos do meioevangélico. O encontro reconhece osmelhores produtos e executivos domeio, segundo o ranking nacional que arevista Consumidor Cristão promove.

ALIANÇA ÉPREMIADA PORDISTRIBUIÇÃO EATENDIMENTOA Aliança acaba de ga-nhar o “Prêmio Excelên-cia Anle/Expocristã 2012”na categoria “Distribui-ção e Atendimento”. Oevento tem como objetivoreconhecer as empresasque fazem a diferença nosetor fonográfico e edito-rial cristão. Esta é a quintavez que a Aliança recebeeste troféu.

LEANDROVINÍCIUS RECEBETROFÉU DE OUROAconteceu no último dia04 de outubro a entregado “Troféu de Ouro”. Acelebração teve comoapresentadores os jura-dos do Programa RaulGil, José Messias e Si-mony e a cantora ThaisSéliguer. Entre os premia-dos, Jotta A, como melhorcantor, Leandro Vinícius,como melhor cantor mirim,Cristina Mel, como melhorcantora, e Fat Family comomelhor grupo.

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KARINA CARDOSO | [email protected]

Sandro Nazireu recebe disco de ouro

O cantor Sandro Nazireu recebeu o Disco de Ouro pelo CDMisturado com Deus, que vendeu mais de 40 mil cópias.Este é o seu segundo trabalho pela Graça Music, sendo oprimeiro com assinatura artística da gravadora. Durante aExpoCristã, que ocorreu em São Paulo, Sandro Nazireu foiconvidado a fazer uma participação musical no “Nosso Pro-grama”, que foi apresentado ao vivo. O artista, após cantar,recebeu com surpresa o Disco de Ouro .

Cristo Vivo indicado ao Troféu Promessas

O ministério de louvor Cristo Vivo, liderado pelo pastorVinícius Zulato, foi um dos indicados na categoria “Pra Cur-tir”, da premiação Troféu Promessas. O objetivo da catego-ria é possibilitar àqueles com menos abertura na mídia aoportunidade de mostrarem o seu trabalho.A banda inscreveu a canção Teu Reino na premiação, queleva o nome do primeiro CD. A categoria “Pra Curtir” possi-bilita apenas uma pessoa por perfil a votar através da redesocial Facebook. Não é possível que uma mesma pessoavote várias vezes, como nas outras categorias, o que valori-za ainda mais cada voto.

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O novo trabalho da Casa deDavi é o CD Esperando contra

a esperança. O trabalho pos-sui várias participações espe-ciais, como Lucas Conslié, daArgentina, Fabian Zacarías,do México, Nengo Vieira, doBrasil, entre outros.

Esperando contra a esperançaCasa de Davi

O terceiro CD Código Secre-

to, de Alex & Alex, prome-te mostrar aos fãs um ama-durecimento musical maiordo que em outros CDs. Lan-çado pela MK Music, a pro-dução musical é assinadopor Leandro Simões, que

também foi responsável pelo álbum anterior da banda,Até o Céu Te Ouvir. O diferencial do CD é a conquistade ter reunido grandes nomes da música gospel para aversão em estúdio da música Caráter. Artistas comoWilian Nascimento, Jairo Bonfim, Cristina Mel,Ariely Bonatti, Bruna Karla, entre outros, participa-ram desta faixa especial.

Código SecretoAlex e Alex

A cantora Mara Lima lan-çou, na ExpoCristã 2012,seu primeiro trabalho de-pois de três anos de trata-mento e três cirurgias de-correntes de um cisto nascordas vocais, o CD Vou To-

car o Céu. De acordo com agravadora Louvor Eterno, o trabalho virá para come-morar a cura da cantora. A canção Lágrimas foi a esco-lhida como o primeiro single, seguida das músicas Vou

Tocar o Céu, que dá nome ao álbum, e Eu acreditei.

Vou tocar o céuMara Lima

LançamentosLanç[email protected]

O Ministério Aliança deAdoração é composto porbrasileiros que moram atu-almente em Londres, masque já planejam em breveresidir e atuar no Brasil.O primeiro CD, intituladoMomento Certo, possui 10

faixas autorais, gravadas ao vivo na Sede Internacionaldo Ministério Aliança em Londres durante a III Con-ferência de Louvor e Adoração.

Momento CertoMinistério Aliança de Adoração

O 8º CD da banda Anjos deResgate, Marcados pelo amor,é o primeiro lançamento daparceria entre as gravadorasCODIMUC e Universal Mu-sic. O álbum traz 12 faixasinéditas e conta com a parti-cipação do grupo Cantores

de Deus, Andréia Zanardi, Dalva Tenório e KarlaFioravante. O CD Marcados pelo amor já está disponí-vel nas melhores lojas do Brasil.

Marcados pelo AmorAnjos de Resgate

A banda Catedral lança seuprimeiro álbum totalmenteindependente, o livro/CDM.I.M - Maior Idade Musical.Este é o primeiro trabalhoda banda composto por so-mente músicas inéditas.A Maior Idade Musical traz

todas as vertentes de estilo que formam o som da Ca-tedral. Há rock progressivo, hard rock, baladas, folk,MPB e outras levadas características do trio. A primei-ra música de trabalho será a balada pop/rock românti-ca Dona do meu coração.

Maior Idade MusicalBanda Catedral

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REL

AÇÃO

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Empresa .......................... Telefone ................Home Page/e-mail .................................................... Pág

Augusto Menezes .......................... (71) 3371-7368 .............. [email protected] ................................................................... 45

Audio Premier ........................................................................ www.audiopremier.com.br ......................................................................... 15

Audio Quality ................................ (19) 3402-6111 .............. www.audioquality.ind.br .............................................................................. 87

Arena Áudio Eventos .................... (71) 3346 - 1717 ........... www.arenaaudio.com.br ............................................................................. 35

B & C Speakers ............................. (51) 3348-1632 .............. www.bcspeakers.com.br ............................................................................ 77

Black Box ...................................... (11) 4134-4000 .............. www.blackbox.com.br ................................................................................ 79

Bass Player .................................... (11) 3721-9554 ..................................................................................................................................... 73

CM do Brasil ................................. (11) 4613-4900 .............. www.cmdobrasil.com.br ............................................................................ 47

CV Áudio ...................................... (11) 2206-0008 .............. www.cvaudio.com.br .................................................................................. 09

Decomac ...................................... (11) 3333-3174 .............. www.decomac.com.br .................................................. 10, 17, 25, 51 e 91

Digipro Áudio ............................... (11) 3228-1278 .............. www.digiproaudio.com.br .......................................................................... 87

Ecad .............................................. (21) 2544-3400 .............. www.ecad.org.br ................................................................................. 2ª capa

Equipo ........................................... (11) 2199-2999 .............. www.equipo.com.br ................................................................................... 33

EM&T ........................................... (11) 5012-2777 .............. www.territoriodamusica.com/emt/ ............................................................ 04

Eros Alto-Falantes ........................ (18) 3902-5455 .............. www.eros.com.br ........................................................................................ 65

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Gobos do Brasil ............................ (11) 4368-8291 .............. www.gobos.com.br ..................................................................... 20, 23 e 41

Guitar Player ................................. (11) 3721-9554 .............. www.guitarplayer.com.br ............................................................................ 14

Harman ................................................................................... www.harman.com ....................................................................................... 29

Habro ........................................... (11) 2787-0300 .............. www.habro.com.br ..................................................................................... 19

Hot Machine ................................. (11) 2909-7844 .............. www.hotmachine.ind.br ............................................................................ 101

Hot Sound .................................... (19) 3869-1478 .............. www.hotsound.com.br ............................................................................... 81

Home Stúdio ................................ (21) 2558-0300 .............. www.homestudio.com.br ........................................................................... 06

IATEC ........................................... (21) 2493-9628 .............. www.iatec.com.br ....................................................................................... 08

João Américo Sonorização ........... (71) 3394-1510 .............. www.joao-americo.com.br ......................................................................... 61

LL Audio ....................................... 0800-0141918 ............... www.llaudio.com.br .................................................................................... 59

Machine Amplificadores ............... (11) 4486-4967 .............. www.amplificadoresmachine.com.br ........................................................ 111

Metal Fecho ................................. (11) 2967-0699 .............. www.metalfecho.com.br ............................................................................ 58

Modern Drummer ........................ (11) 3721-9554 ..................................................................................................................................... 63

Ninja Som ..................................... (11) 3226-8085 .............. www.ninjasom.com.br ................................................................................ 57

Oneal ............................................ (43) 3420-7800 .............. www.oneal.com.br ...................................................................................... 75

Oversound .................................... (12)3637-3302 ............... www.oversound.com.br .............................................................................. 69

Prisma ........................................... (51) 3711-2408 .............. www.prismaaudio.com.br ........................................................................... 27

Projet Gobos ................................ (11) 3672-0882 .............. www.projetgobos.com.br ........................................................................... 49

Pro Shows .................................... (51) 3589-1303 .............. www.proshows.com.br ............................................................... 07, 53 e 93

Quanta .......................................... (19) 3741-4644 .............. www.quanta.com.br .................................................................................. 11

QVS .............................................. (19) 3872-3585 .............. www.qvsaudio.com.br .............................................................................. 109

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Vitória Som .................................. (11) 2014-7300 .............. www.vitoriasom.com.br ............................................................................. 37

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