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Revista Bancária Nº15

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Edição Especial de balanço da Gestão 2013-2016.

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|Sumário

Gestão 2013/2016 » Presidenta: Rosalina Amorim Vice-Presidente: Marco Aurélio Vaz Secretária Geral: Eliana Lima Diretora Administrativa: Erica Fabiola Diretor Fincanceiro: Sérgio Trindade Diretor Jurídico: Cristiano Moreno Diretora de Comunicação: Tatiana Oliveira Diretor de Seguridade Social e Saúde: Gilmar Santos Diretor de Formação: Sandro Mattos Diretora de Relações Sindicais: Heládia Carvalho Diretora de Delegacias Sindicais: Odinéa Gonçalves Diretor de Bancos Federais: Heider Alberto Diretora de Bancos Estaduais: Heidiany Moreno Diretor de Bancos Privados: Saulo Araújo Diretor de Esportes: Luiz Otávio Pereira.

Assessoria de Comunição » Assessor: Allan Tomaz Jornalista: Ticiane Rodrigues Projeto Gráfico, Editorial e Ilustrações: Antonio Costa Estagiários: Jéssica Almeida e Paulo Oliveira

Uma publicação do Sindicato dos Bancários do Pará

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Ousar e Avançar nas conquistas dos bancários e bancárias paraenses. Esse foi o lema da atual gestão do Sin-dicato que foi eleita por mais de 60% de seus associados e associadas, to-mou posse em maio de 2013 e encerra sua jornada em maio desse ano, com a certeza de que muito contribuímos para o fortalecimento deste que é um dos principais sindicatos do Pará e da Região Norte do país.

Ao longo desses três anos traba-lhamos arduamente para fazer o Sin-dicato presente em todas as regiões do estado, principalmente através das Caravanas Bancárias que iniciamos ainda em 2011, para acompanhar de perto a dura realidade da categoria nos bancos públicos e privados que atuam em todos os cantos do Pará.

O trabalho das caravanas resul-tou em muitas ações políticas para o Sindicato, mas principalmente gerou credibilidade à entidade sindical pe-rante a categoria. Prova disso foi o crescimento expressivo de sindicali-zações ao longo da gestão e que hoje somam mais de 6.500 bancários filia-dos, o que corresponde a quase 66% da nossa base social em todo estado, e nos credencia a ser um dos mais re-presentativos sindicatos da categoria bancária em todo país.

Todo esse apoio da categoria aju-

dou a travarmos batalhas difíceis con-tra a força do grande capital, como as lutas contra o PL 4330 das Terceiri-zações, contra o PLS 555 do Estatuto das Estatais que prevê a privatização da Caixa, BNDES, Petrobrás e outras empresas públicas, a defesa de uma Constituinte exclusiva para discutir a Reforma Política brasileira, a regu-lamentação do Sistema Financeiro Nacional, o fortalecimento do caráter público e regional do Banpará e Banco da Amazônia, a defesa do emprego no HSBC com a incorporação ao Brades-co, a defesa da democracia contra o golpe pretendido pela mídia e os se-tores mais reacionários da sociedade que defendem, inclusive, a volta da ditadura militar no país, a luta pela igualdade entre homens e mulheres, o combate a qualquer forma de discrimi-nação, dentre tantas outras lutas onde o nosso Sindicato se fez presente.

A credibilidade do Sindicato junto à categoria também fez com que as greves que organizamos ao longo des-ses três anos fossem cada vez mais fortes, ao ponto de em 2015 conse-guirmos paralisar 87% das agências bancárias no Pará e fazer desta uma das maiores greves em nosso estado. Dessa forma, contribuímos durante as Campanhas Nacionais para que a categoria chegasse a 12 anos conse-

cutivos de ganhos reais nos salários, e com muitos avanços econômicos e sociais em todos os bancos.

A retribuição do Sindicato à cate-goria se deu com ganhos patrimoniais aos seus associados, a exemplo das novas subsedes em Santarém e Ma-rabá, o novo ginásio poliesportivo e o espaço criança na sede de Belém, a ampliação do atendimento jurídico e de saúde, os investimentos e inova-ções na comunicação sindical, a so-lidificação das finanças, a ampliação da rede de convênios, dentre outras vitórias dos bancários e bancárias que serão apresentadas a vocês nesta Re-vista Bancária de prestação de contas da gestão.

Aproveitamos o momento para agradecer a confiança, o apoio e o carinho que recebemos da nossa ca-tegoria em todas as regiões do estado, ao longo dessa gestão, e também para reafirmar que o Sindicato dos Bancá-rios do Pará seguirá firme nessa estra-da de mais de oito décadas de lutas em defesa dos interesses da nossa cate-goria e da classe trabalhadora.

Rosalina AmorimPresidenta do Sindicato dos Ban-

cários do Pará

|Editorial

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Em 2013, no primeiro ano da atual gestão, o Sindicato com-

pletou 80 anos de lutas e conquistas. Uma longa trajetória, que resistiu à ditadura militar e o neoliberalismo, e cada vez mais ganha espaço nas lutas sociais pela regulamentação da jorna-da de trabalho, por mais contratações, saúde, segurança e melhores condi-ções de trabalho nos bancos; além de levantar a bandeira contra as privatiza-ções, terceirização e todas as formas de assédio e opressão.

“Foi muito emocionante celebrar os 80 anos do Sindicato no ano em que tomamos posse como gestão dessa importante entidade da catego-ria bancária. Ali reafirmamos o com-promisso de lutar cotidianamente pelo fortalecimento da entidade e em defesa dos interesses dos trabalhado-res e trabalhadoras. Por isso, fomos incansáveis ao longo dessa gestão, estivemos presentes em diversas lutas sociais e temos certeza que o Sindica-to teve sua história política ainda mais valorizada nesses últimos três anos”, avalia a presidenta da entidade, Rosa-lina Amorim.

Selo comemorativo - Para envol-ver a categoria nesse momento tão especial, o Sindicato lançou um con-curso para escolher o selo dos seus 80 anos, comemorado no dia 24 de novembro. Dentre os concorrentes, o vencedor foi do bancário Bruno Marcel Soares, do Bradesco, que foi premiado com um notebook.

Uma história dedicada às lutas da classe trabalhadora

Em oito décadas de história, o Sindicato está ainda mais fortalecido e combativo

A atuação política do Sindicato é cada vez mais reconhecida e legitimada pela categoria

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Defender a categoria bancária é a maior missão do Sindicato

dos Bancários do Pará, mas para isso é preciso ter uma base forte, e que legitime a representação dos trabalhadores nas chamadas mesas de negociação e também perante a sociedade.

A gestão Ousar e Avançar entende essa importância e por isso, nos seus três anos de mandato realizou diversos cursos de formação para dirigentes e delegados sindicais, com objetivo de discutir os principais temas relacionados aos trabalhadores, como campanha nacional, sistema financeiro nacional, emprego, remuneração, segurança, saúde e condições de trabalho, e igualdade de oportunidades. Além disso, também publicamos cartilhas sobre temas importantes como assédio moral e assédio sexual no trabalho.

“Procuramos ao longo dessa gestão valorizar e investir no que há de mais importante para o nosso Sindicato, que é a categoria bancária e os nossos associados. Foram muitos eventos em formação, cultura, lazer, por sabermos que esse é o retorno

que a categoria quer de sua entidade, e também por ser um compromisso político da nossa gestão”, afirma o diretor do Sindicato, Sandro Mattos.

Promover lazer e integração en-tre os bancários foi outra missão traçada pela atual gestão do Sindi-cato. Por isso, comemorar o carna-val virou tradição entre a categoria, que todos os anos participa do Car-nabancários, folia que sempre lota o Complexo Cultural Bancário com grandes atrações, como as baterias show do Quem São Eles e Rancho Não Posso me Amofiná.

Outro momento cultural valori-zado nessa gestão foi a quadra ju-nina, com o Bumbabancários, que também montou arraiais repletos de comidas típicas e grandes atrações musicais, como Sabino do Acor-deon e Arraial do Pavulagem. E não poderíamos esquecer das Noites do Reajuste, logo após o fe-chamento das campanhas nacio-nais, como a do ano passado que se chamou “Bancários Dance Club” e contou com Elvis da Amazônia e os VJs Kleber Barros, Luciano Manga e Rodrigo Mutran, que incendiaram o salão com clássicos quentes dos anos 60, 70 e 80.

Cultura, lazer eintegração

Investimentos em formação e cultura

Formação conscientiza e fortalece a luta política nos bancos e na sociedade

As atividades culturais do Sindicato ajudam na integração da categoria

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Para oferecer mais espaço, con-forto e acessibilidade no aten-

dimento aos bancários e bancárias das regiões sul e sudeste, e também da região oeste do estado, o Sindicato mudou de endereço e reinaugurou as subsedes de Santarém e Marabá.

A reinauguração da subsede Mara-bá foi no dia 7 de agosto do ano pas-sado, com direito a coquetel e música ao vivo. A nova subsede oferece aten-dimento jurídico permanente e homo-logação todas às quartas-feiras. Além disso, Marabá agora conta com um Alojamento Bancário.

Em Santarém, a casa da categoria bancária no oeste paraense foi reinau-gurada no dia 28 de janeiro desse ano, com coquetel e música ao vivo, e está localizada no centro da cidade, com muito mais espaço, inclusive com sala para atendimento jurídico e um novo Alojamento Bancário.

“As subsedes de Marabá e Santa-rém têm sido de grande importância para organizar as lutas da categoria nas regiões sul, sudeste e oeste pa-raense, e as melhorias nas instalações visam qualificar o atendimento para fortalecer nossas lutas políticas de um modo geral”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Obras não param - Em Belém, a sede do Sindicato passa por reformas para oferecer em breve novas salas de atendimento e um novo auditório com capacidade para 80 pessoas.

Serviço – As reservas nos alojamentos de Santarém e Marabá podem ser feitas pelo site do Sindicato (www.bancariospa.org.br) ou pelos telefones (93) 3064-5579 – Santarém, e (94) 3322-3276 – Marabá. Para nossos associados, a taxa de hospedagem é de R$ 20, extensiva aos dependentes.

Novas subsedes em Marabá e Santarém

“...as melhorias nas instalações visam qualificar o atendimento

para fortalecer nossas lutas políticas

de um modo geral”

Rosalina Amorim

Subsede Marabá agora tem alojamento e atendimento jurídico permanente

Santarém ganhou uma subsede com muito mais espaço e novo alojamento

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O Espaço Criança é um projeto da atual gestão que visa garantir a

participação nos eventos do Sindicato daquelas bancárias, ou bancários, que não abrem mão de ficar com seus filhos, e também de estarem presentes em nos-sos eventos. A ideia foi colocada em prá-tica durante a 10ª Conferência Estadual e também em alguns debates realizados no ano passado de forma experimental, como na atividade sobre o parto huma-nizado.

A proposta foi muito bem aceita pela categoria e no último dia 1º de março o Sindicato inaugurou o Espaço Criança de forma permanente, sendo este um espaço confortável e totalmente adap-tado para a criançada, o qual funcionará sempre que houver atividades políticas da categoria, com direito a cuidadoras e recreadoras para que as mães e os pais possam participar da vida sindical ban-cária com a comodidade e segurança necessária de atenção aos seus filhos.

Sindicato também é espaço das crianças

As experiências positivas de 2015 levaram o Sindicato a inaugurar em 2016 um espaço permanente dedicado às crianças dos bancários e bancárias

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Ao longo dessa gestão tivemos um crescimento expressivo

de sindicalizações. De cerca de 5.300 associados em 2013, saltamos para mais de 6.500 sindicalizações em 24 de fevereiro de 2016. São mais de mil novos associados, o que nos dá uma média anual de 400 novas sindicaliza-ções nos últimos três anos de gestão.

Para alcançar essa marca foi rea-lizado em 2014, no ano da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, uma Campanha de Sindicalização e Atuali-zação Cadastral. Os bancários que se sindicalizaram nesse período parti-ciparam de sorteios e concorreram a smartphones, tablets e uma smart tv.

“A filiação da categoria bancária junto ao Sindicato é muito importan-te, pois a entidade se torna mais re-presentativa e assim tem mais força para lutar. Nossos associados podem desfrutar de diversos benefícios que o Sindicato oferece, como assistência jurídica, orientações de saúde, hospe-dagem nos Alojamentos Bancários de Belém, Santarém e Marabá, locação do Complexo Cultural com taxas diferen-ciadas, sem contar com a grande rede de convênios que possuímos com em-presas prestadoras de diversos servi-ços”, destaca a diretora do Sindicato, Érica Fabíola.

Mais de mil novos associados ao longo da gestão

Crescimento das sindicalizações mostram a legitimidade e credibilidade do Sindicato com a categoria bancária

“...a entidade se torna mais representativa e assim tem mais

força para lutar”Érica Fabíola

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O projeto das Caravanas Bancá-rias surgiu em 2011 e foi inten-

sificado na atual gestão do Sindicato dos Bancários do Pará, a fim de fazer a entidade sindical presente no cotidia-no dos bancários e bancárias em todo o estado. Nessas atividades o Sindicato realiza reuniões nas agências, distribui informativos, brindes aos associados,

realiza sindicalizações e estreita as rela-ções da entidade sindical com sua base social.

“Com as visitas, nossos dirigentes vêem de perto a rotina e as condições de trabalho nos bancos, escutam as recla-mações e sugestões dos trabalhadores, para depois pautarmos as instituições financeiras em busca de providências

para as mais diferentes demandas, so-bretudo mais contratações, respeito à jornada, segurança e infraestrutura dig-na de trabalho nos bancos. As carava-nas são fundamentais para traçarmos nossas linhas de ação política em cada corporação”, explica o diretor do Sindi-cato, Saulo Araújo.

Abaetetuba, Abel Figueiredo, Acará, Água Azul do Norte, Alenquer, Almeirim, Altamira, Ananindeua, Augusto Corrêa, Baião, Barcarena, Bagre, Benevides, Bom Jesus do Tocantins, Bragança, Breu Branco, Breves, Cametá, Canaã dos Carajás, Capanema, Capitão Poço, Castanhal, Carajás, Curionópolis, Curuçá, Eldorado dos Carajás, Conceição do Araguaia, Concordia do Pará, Dom Eliseu, Floresta do Araguaia, Goianésia, Igarapé-Açu, Igarapé-

Miri, Irituia, Itaituba, Itupiranga, Jacundá, Juruti, Mãe do Rio, Marabá, Maracanã, Marapanim, Marituba, Mocajuba, Moju, Monte Alegre, Mosqueiro, Nova Esperança do Piriá, Nova Timboteua, Nova Ipixuna, Novo Progresso, Novo Repartimento, Óbidos, Oriximiná, Ourém, Ourilândia do Norte, Pacajá, Paragominas, Parauapebas, Peixe- Boi, Portel, Prainha, Redenção, Rio Maria, Rurópolis, Salinópolis, Santana do Araguaia, Santarém,

Santa Bárbara, Santa Izabel, Santa Maria do Pará, São Caetano de Odivelas, São Domingos do Araguaia, São Domingos do Capim, São Geraldo do Araguaia, São Felix do Xingu, São Francisco, São João da Ponta, São João de Pirabas, São Miguel do Guamá, Santo Antônio do Tauá, Sapucaia, Serra dos Carajás, Soure, Tailândia, Tomé-Açu, Tracuateua, Tucumã, Tucuruí, Uruará, Vigia, Viseu, Xinguara.

Sindicato presente em todo Pará

Veja por onde andamos ao longo dessa gestão:

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As conquistas da classe traba-lhadora sempre vieram através

de muitas lutas, greves e manifesta-ções. Ano após ano as demandas da categoria crescem e as estratégias de luta também, principalmente quando aparecem alguns tentando retirar tais direitos, como o famigerado presiden-te da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB – RJ), favorável ao Projeto de Lei das Terceirizações - PL 4330, e que ago-ra tramita no Senado com o nome de Projeto de Lei da Câmara nº 30 – PLC 30. Não foi à toa que manifestações de “Fora Cunha” se espalharam pelo país. Em Belém ou em Brasília, o Sindicato esteve presente em todos, com faixas, cartazes e palavras de ordem.

Cunha também é autor do Projeto de Lei (PL) 5069/ 2013, que pretende dificultar o atendimento às mulheres em caso de estupro, ao exigir boletim de ocorrência policial para comprovar a violência sofrida e garantir o acesso à ‘pílula do dia seguinte’ como método contraceptivo. Esse assunto mobilizou diversos movimentos de mulheres e o Sindicato dos Bancários do Pará tam-bém pelo “Fora Cunha”.

Frente Brasil Popular - O Sindica-to também lançou, junto com a CUT e vários movimentos populares do Pará, a Frente Brasil Popular seção Pará - FBP, em setembro do ano passado no Complexo Cultural da entidade. Sem propósitos eleitorais, a Frente se apre-senta como instrumento de mobiliza-ção popular e programática, aberta a todas as correntes democráticas e de esquerda. Ao mesmo tempo, a FBP se posicionou contra a tentativa de golpe e pelo respeito ao resultado das urnas nas últimas eleições presidenciais, e fez duras críticas à política econômica do governo, como a das altas taxas de juros.

Mais saúde no Pará - O Sindicato também foi às ruas pedir mais saúde, em agosto de 2015, dois meses depois que o maior Pronto Socorro Munici-pal do estado pegou fogo, causando a morte de três pacientes. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública no Estado do Pará (Sindsaúde), “o incêndio no PSM da 14 de março foi uma tragédia anun-ciada, fruto da política de abandono e sucateamento dos serviços públicos

implantada pelo governador do Pará, Simão Jatene, e pelo prefeito de Be-lém, Zenaldo Coutinho”.

Reforma Política - O tema da Re-forma Política ganhou força no cenário nacional após as manifestações da ju-ventude brasileira em junho de 2013. Nesse contexto, o Sindicato dos Ban-cários do Pará e diversas organizações sociais de base articularam um amplo movimento popular em defesa do Ple-biscito por uma Constituinte Exclusi-va e Soberana do Sistema Político. O Sindicato sediou o Comitê Estadual do Plebiscito, coletou votos e realizou atividades de formação sobre o tema, como o debate Reforma Política: que mudança precisamos?, com o econo-mista e professor da Unicamp, Márcio Pochmann.

Apesar de ignorado pelos grandes meios de comunicação, a campanha do Plebiscito da Reforma Política con-seguiu arrecadar quase 8 milhões de votos em todo o país. Desses, 97% fo-ram favoráveis à convocação da con-sulta.

Em defesa da democracia e da ampliação dos direitos

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Mulheres em Marcha - As mulhe-res também não poderiam ficar de fora das bandeiras de luta do Sindicato dos Bancários. Não foi à toa que um dia do ano, 8 de março, foi dedicado interna-cionalmente em homenagem às mu-lheres que fizeram e fazem história até hoje. A data nunca passou despercebi-da pelo Sindicato, que todos os anos, realiza atividades em alusão ao dia que é lembrado não com flores, mas sim com atividades que intensifiquem a luta diária de mulheres bancárias, mães, filhas, esposas, militantes, pela igualdade de oportunidades, respeito, e pelo fim da violência.

O ano de 2015 foi de muitas mar-chas, entre elas a Marcha das Margari-das e a primeira Marcha das Mulheres Negras, em Brasília, e o Sindicato es-teve nesses espaços, assim como nas Conferências Municipal e Estadual das Mulheres, sempre em parceira com a Marcha Mundial de Mulheres e o Cole-tivo de Mulheres da CUT.

Coletivo de Bancárias - Fortalecer a participação das mulheres bancárias nas lutas políticas da sociedade. Essa foi uma das bandeiras prioritárias er-guidas pela atual gestão do Sindicato. Por isso, de 2013 a 2016 o Sindicato desenvolveu diversas atividades que colocaram o olhar feminino no centro do debate sobre o machismo na socie-dade, como o assédio sexual no am-biente de trabalho, parto humanizado, entre outros. Como resultado desse investimento, foi lançado em 2015 o Coletivo de Mulheres Bancárias, o qual já realizou vários encontros para deba-ter sobre lutas e organização das mu-lheres no movimento sindical, inclusi-ve durante a última greve da categoria.

Democratização da Comunica-ção - Outra importante luta para o fortalecimento da democracia no país é exatamente a democratização dos meios de comunicação, e o Sindicato dos Bancários do Pará também está nessa luta, tanto que integra o Fórum Paraense pela Democratização da Co-municação lançado em julho de 2013, que tem o objetivo de disseminar essa reivindicação por meio de debates, congressos, manifestações, dentre outras formas de diálogo com a socie-dade.

Coletivo de Mulheres é mais uma ferramenta de organização e luta das bancárias

Bancários no ato do PSM da 14 em defesa da saúde em Belém e no Pará

Sindicato integra a FBP na luta em defesa de avanços na democracia

Bancários integram o Fórum Estadual pela democratização da comunicação

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Foram duros embates travados com os banqueiros durante as

Campanhas Nacionais nesse triênio de gestão do Sindicato dos Bancários do Pará. Mesmo com o fantasma da crise econômica mundial provocada pelo crescimento progressivo da infla-ção e das taxas de juros, em todas as Campanhas Nacionais dos bancários e bancárias prevaleceu a unidade e a mobilização nacional da categoria que garantiram mais três anos consecuti-vos de ganhos reais nos salários e me-lhorias das condições de trabalho.

Em 2013, após 26 dias de greve a categoria bancária conquistou índice de reajuste salarial de 8%, aumento no piso e na PLR, proibição dos bancos de enviar torpedos para cobrar metas dos bancários, redução do tempo para apuração de casos de assédio moral, mais contratações nos bancos públi-cos, não desconto dos dias parados, e a conquista inédita, entre todas as categorias, do Vale-Cultura mensal em todos os bancos.

Em 2014, no ano da Copa do Mun-do de Futebol no Brasil e de eleições gerais no país, novamente a unidade

e mobilização nacional da categoria foram decisivos para, em uma sema-na de greve nacional, conquistar no-vamente ganho real nos salários com índice de 8,5% de reajuste, elevação do piso com reflexo na tabela do PCS, avanços no combate às metas abu-sivas e assédio moral nos bancos a exemplo da proibição de publicação do ranking individual de resultados, avan-ços para igualdade de oportunidades com a extensão de direitos para casais homoafetivos, reintegração de bancá-rias demitidas durante a gestação, e publicação de cartilha de combate ao assédio sexual.

A Campanha Nacional 2015 talvez tenha sido a mais difícil dos últimos três anos. Era um momento de insta-bilidade política, com pressão no Con-gresso para aprovação de pautas pre-judiciais à classe trabalhadora, como o PL 4330.

Nesse contexto, os banqueiros tentaram impor uma derrota aos tra-balhadores com a proposta de perdas salarias a partir da não reposição da inflação (5,5% de reajuste para uma inflação de 9%) e a volta do famige-

rado abono dos tempos neoliberais de FHC. Mas a categoria foi aguerrida e construiu, em 21 dias, uma greve na-cional forte e vitoriosa, capaz de ga-rantir o 12º ano consecutivo de ganho real aos salários (10% de reajuste) dos bancários e demais verbas, como os vales refeição e alimentação, que tive-ram 14% de reajuste. Como resultado, a greve da categoria bancária injetou R$ 11 bilhões na economia brasileira.

No Pará a Campanha Nacional 2015 teve grande repercussão, pois a categoria cruzou os braços em 429 unidades bancárias públicas e priva-das, o que correspondeu a 87% das agências paraenses no movimento pa-redista, e fez desta a maior greve dos bancários e bancárias do Pará nos últi-mos anos, com destaque para grande adesão nos bancos privados da Região Metropolitana de Belém, assim como em todos os bancos de Santarém, Ma-rabá, Altamira, Abaetetuba, Castanhal, Parauapebas e São Felix do Xingú, que pela primeira vez participou da greve nacional da categoria.

Greves vitoriosas e 12 anos de ganhos reais

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Uma das marcas do Sindicato tem sido a presença permanente nas unidades bancárias em defesa da categoria, seja por mais contratações, melhores condições

de segurança, de salubridade, pelo combate ao assédio, enfim, por condições dignas de trabalho nos bancos. Confira algumas das lutas da atual gestão do Sindicato em cada instituição financeira:

Ações sindicais em todos os bancos

- Defesa da Caixa 100% pública e contra o Estatuto das Estatais (PLS 555)- Mais bancários para Caixa com contratação imediata de concursados- Melhores condições de trabalho nas agências e Agência Barco- Melhor planejamento das unidades no período do seguro defeso- Garantia de água potável nas agências da Região Metropolitana de Belém- Respeito à jornada e transparência no Sipon- Ampliação do atendimento do Saúde Caixa- Luta pelo fim do bloqueio às substituições, inclusive com ação judicial- Fim dos descomissionamentos arbitrários dos tesoureiros de seis horas

- Luta contra a Lateralidade - Inclusão dos 15 minutos de descanso dentro da jornada de 6 horas- Ponto Eletrônico, respeito à jornada e pagamento de horas extras- Defesa de instalação da mesa permanente do PCCS e de Segurança- Adesão aos novos planos da CAPAF- Igualdade de oportunidades para o Quadro de Apoio- Combate ao BS60 e às transferências compulsórias- Combate às práticas antissindicais

- Luta contra o novo Plano de Funções- Inclusão dos 15 minutos de descanso dentro da jornada de 6 horas- Mais segurança nas agências- Mais contratações e melhores condições de tra-balho- Mais contratações e respeito à jornada na Plata-forma de Serviços Operacionais (PSO)- Defesa da Cassi e Previ para todos

Caixa

Banco do Brasil

Banco da Amazônia

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- Fim do assédio moral e de demissões arbitrárias- Critérios para comissionamentos e descomissionamentos- Promoções para todos com correção das distorções na tabela do PCS- Retomada do Tíquete Extra- Redução de jornada com manutenção de comissão- Melhores condições de segurança e de trabalho nas agências- Implementação do Ponto Eletrônico e pagamento de horas extras- Eleições dos comitês internos e Consad- Destino do saldo remanescente do PAS/CAFBEP

- Defesa do PCS em todos os bancos privados- Luta por mais segurança e fim do transporte irregular de valores no Bradesco - Paralisações por melhores condições de trabalho e mais qualidade de vida nos bancos privados - Campanha de valorização do funcionalismo do Bradesco (Bancário não é lata)- Defesa do emprego no HSBC, na incorporação ao Bradesco- Luta por mais contratações e fim das demissões no Itaú e Santander - Paralisações em repúdio às práticas antissindicais no Santander- Repúdio ao assédio sexual em campanha publicitária do Santander na Campanha Nacional 2015

Banpará

Bancos Privados

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A luta contra o Projeto de Lei das Terceirizações (PL 4330), de

autoria do ex-deputado federal San-dro Mabel (PMDB-GO) e que prevê a terceirização nas atividades fins de empresas públicas e privadas, sempre foi uma das prioridades do Sindicato dos Bancários do Pará. Fomos às ruas em defesa do emprego e dos direitos trabalhistas desde o momento em que o projeto foi desarquivado pela Co-missão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara Federal, em 2013.

Em uma das primeiras cartas abertas assinadas pelo Sindicato, CUT e demais entidades sindicais, naque-le ano em que a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) completava 70 anos, afirmávamos que o referido projeto de terceirizações precarizava ainda mais as relações de trabalho e a organização sindical, por permitir, por exemplo, que uma empresa exista sem qualquer funcionário contratado de maneira direta.

Com a ofensiva da bancada em-presarial no Congresso e o apoio da grande mídia ao projeto, não restou al-ternativa senão a mobilização popular. E nesse contexto, a categoria bancária foi, e continua a ser, uma das van-guardas políticas nesse processo que

ainda não acabou, e agora tramita no Senado com o nome de PLC 30.

Organizamos uma série de mani-festações, debates, assembleias e pu-blicamos informativos para esclarecer à sociedade sobre os prejuízos que a terceirização sem limites poderia tra-zer para a classe trabalhadora.

Outra estratégia utilizada pelo mo-vimento sindical cutista foi a denúncia pública dos parlamentares que vota-ram a favor do PL 4330 na Câmara, ao mesmo tempo em que as entidades sindicais buscaram diálogo com esses parlamentares, seja nas ocupações feitas em Brasília, nos Dias Nacionais de Luta com paralisações e atos pú-blicos realizados na capital e demais regiões do estado, ou mesmo durante a madrugada no aeroporto de Belém antes dos congressistas irem à capital federal em dia de votação sobre tercei-rização.

Toda essa mobilização fez com que quase 100 deputados mudassem de voto e se posicionassem contra o então PL 4330 na segunda votação. Uma grande vitória, mas insuficiente diante da truculência, autoritarismo e manobras escusas do presidente da casa, deputado Eduardo Cunha (PM-DB-RJ), que fez valer a força do lobby empresarial para aprovar o projeto das

Mobilização permanente contra a terceirização

A luta contra a terceirização e precarização do trabalho foi uma das grandes lutas do Sindicato nessa gestão

“A categoria bancária deve estar em alerta permanente na luta

contra a precarização do emprego e das relações de trabalho em

nosso país”

Heider Alberto

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terceirizações na Câmara, em caráter de urgência.

O texto aprovado expande a tercei-rização para a atividade-fim, inclusive em todos os setores da administração pública. Assim como diminui a “qua-rentena” de pessoas que saiam do trabalho e passem a prestar serviço como terceirizado, de 24 para 12 me-ses.

O Sindicato, a CUT e outras en-tidades não se calaram e receberam Eduardo Cunha em Belém com muito protesto durante a vinda de uma Câ-mara Itinerante que virou as costas aos trabalhadores, já que reuniram somente com empresários do Agrone-gócio e mostraram de que lado estão.

O combate ao projeto das Tercei-rizações segue agora no Senado. Por isso o Sindicato contribuiu para a rea-lização, em Belém, de uma Audiência Pública da Comissão de Direitos Hu-manos, presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que tratou dos impac-tos da terceirização para a classe tra-balhadora e a necessidade de derrotar esse projeto, nas ruas e no Congresso.

“A categoria bancária deve estar em alerta permanente na luta contra a precarização do emprego e das re-lações de trabalho em nosso país. Não podemos deixar de dialogar com os colegas nos locais de trabalho, fami-liares, vizinhos e amigos, chamá-los para ocupar as ruas em defesa dos nossos direitos, contra o projeto das terceirizações”, destaca o diretor do Sindicato, Heider Alberto.

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Cada vez mais o Sindicato dos Bancários do Pará tem se inse-

rido no mundo digital, e no dia 28 de agosto de 2014, Dia dos Bancários e Bancárias, presenteou a categoria com sua nova página na internet, totalmen-te elaborada na plataforma de software livre, mais moderna e fácil de navegar, adaptado para as versões estática e móvel, com muito mais conteúdo e possibilidades de interatividade. O novo site do sindicato tem uma média de visitas semanais de 1.700 usuários, e as corporações que mais acessam são: Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Caixa e Banpará.

Redes Sociais - No Twitter (@sin-dibanpa) o Sindicato já possui mais de 900 seguidores, sendo que em outu-bro de 2015, durante a greve, alcan-çou 196 novos seguidores, 1.825 visi-tas ao perfil e 20,5 mil visualizações de postagens nessa rede social.

Já no Facebook, a Fanpage Banca-riosPa já possui mais de 3.800 curti-das, e o alcance médio da mesma é de 2.500 pessoas por semana, principal-mente nas cidades de Belém, Ananin-deua, Tucuruí, Altamira, Parauapebas, Castanhal, Santarém e Marabá.

Mural Bancário - É outra novida-de de interação, que permite que cada matéria do informativo seja acessada através de um aplicativo leitor de códi-gos QR, um tipo de código de barras em 2D que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares que têm câmera fotográfica. Para acessar o conteúdo, é preciso posicionar a câ-

mera digital de maneira que o código seja escaneado. Em instantes, o apli-cativo redireciona para a matéria pu-blicada no site do Sindicato.

Impressos e Telecomunicação - O Sindicato mantém uma intensa e periódica publicação impressa, com Boletins, Jornais, Revistas, Cartilhas, Cartazes, Agendas, Calendários, sem contar com a produção de camisas, faixas, adesivos, panfletos, dentre outras mídias de greve. O Sindicato também se mantém conectado com a categoria através de informações via faxes para as agências e mensagens de texto nos celulares, sendo que ao longo dessa gestão foram enviados 645.825 SMS aos bancários com nú-meros cadastros em nosso sistema. O cadastramento pode ser feito direto no site do Sindicato.

“Todas as inovações que reali-zamos nessa área são resultado de muito trabalho da nossa diretoria e da equipe de profissionais de comunica-ção que atua conosco. Tudo tem sido pensado de forma a atender o nosso público e os órgãos de imprensa de forma eficiente, com velocidade e ri-gor de qualidade”, destaca a diretora de Comunicação, Tatiana Oliveira.

Inovação e interatividade na comunicação sindical

“Tudo tem sido pensado de forma a atender o nosso público e os órgãos de imprensa de forma

eficiente”Tatiana Oliveira

O Mural Bancário facilita o acesso da categoria às principais notícias do novo site, através do Código QR, acessado diretamente da câmera dos smartphones

O novo site do sindicato tem uma média de visitas semanais de 1.700 usuários

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Nos últimos três anos de gestão do Sindicato, mais de 500 pro-

cessos judiciais coletivos e individuais foram movimentados pela entidade sindical para defender os direitos da categoria bancária paraense. Dentre as principais demandas estão o combate às violações do direito do trabalhador, como: as ações civis públicas (ACP’s) ajuizadas na Justiça do Trabalho contra os bancos públicos, as quais somam 96 processos judiciais, e as denúncias aos órgãos públicos contra as péssimas condições de trabalho em bancos públicos e privados.

Levando-se em consideração as questões específicas de cada banco, no Banco do Brasil, por exemplo, a grande atuação jurídica do Sindicato foi pela alteração do Plano de Funções. Na Caixa Econômica Federal, as prin-cipais ações pleitearam a contratação de mais funcionários e empregados portadores de necessidades especiais, quebras de caixa e substituições. No Banco da Amazônia, as principais ações coletivas específicas visaram combater a lateralidade e a ascensão profissional dos empregados que

pertencem ao quadro de apoio. E no Banpará foram as ações coletivas que versam sobre extrapolação de jornada de trabalho e pagamento da 7ª e 8ª ho-ras extras.

Ampliação do atendimento - Além do atendimento jurídico realizado dia-riamente em Belém, a entidade esten-deu o atendimento jurídico à subsede de Marabá, que também atende todos os dias, pelo período vespertino. Na subsede de Santarém, o atendimento jurídico ocorre através de plantão pe-riódico, duas vezes ao mês.

“Tivemos uma atuação jurídica in-tensa e exitosa ao longo dessa gestão, o que reflete o compromisso do Sin-dicato com a defesa intransigente dos direitos e dos interesses da categoria bancária. Estamos ampliando cada vez mais o atendimento jurídico, seja em Belém, nas subsedes ou nas cidades do interior, e esperamos alcançar em breve outros municípios, em todas as regiões, pois sabemos que as de-mandas existem e queremos atender a categoria da melhor forma possível”, destaca a presidenta do Sindicato, Ro-salina Amorim.

Serviço – A assessoria jurídica do Sindicato atende diariamente em Belém, de 9h às 17h. Contatos pelo (91) 3344-7769 ou [email protected]. Em Marabá, o atendimento pode ser feito pelo (94) 3322-3276. Em Santarém, o agendamento para os plantões mensais pode ser pelo (93) 3064-5579.

Uma gestão com atuação jurídica intensa

Sindicato ampliou o atendimento jurídico e move mais de 500 ações em defesa da categoria

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Rodrigo Lima Coutinho, presen-te! É assim que o jovem bancá-

rio será lembrado por pelo Sindicato, seus familiares, amigos, colegas de trabalho e clientes. Rodrigo deixou esposa e uma filha de pouco mais de 1 ano, em julho de 2015, após ser baleado por criminosos que tentaram assaltar o Posto de Atendimento Avan-çado (PAA) do Bradesco em Trairão, sudoeste do Pará. Ele era o único ban-cário da unidade onde trabalhou por cerca de 3 anos sem nenhum tipo de segurança.

Em um ato ecumênico em San-tarém, o Sindicato e os familiares do bancário assassinado exigiram mais segurança do Bradesco e das autorida-des competentes. A mesma cobrança também foi formalizada à Polícia Fede-ral (PF) no município. No documento entregue à PF foi denunciada a ausên-cia da porta giratória com detector de metais em várias unidades do Brades-co no Pará. O dispositivo é obrigató-rio por leis, uma federal (7.102/83) e estadual (7.013/2007).

Além de Rodrigo Lima, vários ou-tros bancários e bancárias foram víti-mas da insegurança pública que toma conta do interior do Pará e atinge há anos a capital paraense. Olavo Rocha, da GEPROT do Banco da Amazônia, foi atingido por um tiro no peito durante uma tentativa de saidinha bancária

quando saía do Itaú da Av. Presiden-te Vargas, em Belém no início do ano passado. Em protesto, colegas do bancário chamaram o Sindicato e pa-raram a mesma avenida onde Olavo foi ferido.

Números da insegurança - A falta de segurança em agências e pos-tos bancários ocasionou 57 ataques a bancos em todo o Pará em 2015, sendo 38 assaltos consumados e ou-tras 19 tentativas. Em 2014 foram 54 ocorrências, sendo 32 assaltos e 22 tentativas. E em 2013 foram 52 ocor-rências: 39 assaltos e 13 tentativas. O crime mais comum tem sido o de explosão/ arrombamento de cofres ou caixas eletrônicos, e a região sudeste concentra o maior número de ocorrên-cias no Estado.

“Nesses últimos 3 anos temos percebido um aumento de pelo menos 10% no número de ataques a bancos no Pará. A nós cabe cobrar dos ban-cos e dos órgãos de segurança pública ações efetivas que possam coibir es-ses tipos de crimes. Os assaltos não impactam em nada as instituições fi-nanceiras, diferente do que acontece com a vida de bancários que, trauma-tizados, chegam a pedir demissão”, destaca o diretor de saúde do Sindica-to e funcionário do BB, Gilmar Santos.

Resultados da luta sindical - No ano passado, a Polícia Federal aplicou

A luta do Sindicato em defesa da paz e da segurança

“Difícil é entender o motivo de os bancos não cumprirem as leis. Dinheiro há para isso, os

lucros provam.”Sandro Mattos

Ato ecumênico em protesto pela morte de um funcionário do Bradesco, em Trairão, durante assalto

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multas no valor de R$ 11,4 milhões a 19 bancos que atuam no país. A infor-mação foi divulgada em primeira mão pela Comissão Consultiva para Assun-tos de Segurança Privada (CCASP), que é integrada por representantes do governo e entidades dos trabalha-dores e dos empresários. O dirigente sindical Sandro Mattos representou o Pará no Seminário Nacional sobre Segurança Bancária em novembro do ano passado em Recife.

“Difícil é entender o motivo dos bancos não cumprirem as leis. Di-nheiro há para isso, os lucros provam. Mesmo com várias multas milionárias em processos de segurança bancária, as instituições pouco investem na se-gurança de seus funcionários, clien-tes e usuários. Cerca de 5% do total de lucros é investido em segurança”, afirma o diretor do Sindicato e mem-bro do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Sandro Mattos.

Queremos a volta do GT Estadual de Segurança - A mobilização do Sindicato dos Bancários do Pará pela retomada do Grupo de Trabalho esta-dual de segurança bancária tem sido permanente. Depois de muita insistên-cia da entidade sindical, no dia 17 de abril de 2015, a presidenta da entidade sindical Rosalina Amorim, o diretor Sandro Mattos e o assessor jurídico Fernando Galiza estiveram em uma reunião com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Segup) para a “retomada” do GT que foi criado em 2007, no governo Ana Julia, e inter-rompido em 2011 no governo Jatene.

Na ocasião o Sindicato apresentou propostas relacionadas ao transpor-te de valores feito por bancário, bem como transporte de valores com es-colta da PM, colocação de portas gira-tórias em agências que ainda não pos-suem o equipamento, sobre o efetivo

policial, principalmente no interior, biombos ainda não instalados ou com instalações incorretas, e instalação de biombos nas áreas de caixas eletrôni-cos.

Porém, o Governo Jatene não deu importância para as demandas dos trabalhadores, cancelou a reu-nião prevista para o dia 20 de maio do ano passado, onde seriam chamados os Correios e as Casas Lotéricas, re-presentantes das áreas de segurança de todos os bancos, e sindicato dos vigilantes e dos transportadores de valores, e novamente desarticulou no-vamente o GT de Segurança. Enquanto isso, a violência e a insegurança bancá-ria só fazem aumentar em todo Pará.

Vapor no Banpará de Concórdia:7 assaltantes armados destruíram a fachada agência na primeira ocorrência de 2016

Ato pede mais segurança para categoria após bancário ser vítima de saidinha bancária

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A falta de um ambiente salubre, de condições

dignas de trabalho, a pressão pelo cumprimento de metas, o excesso de movimentos repetitivos e rápidos em uma jornada de trabalho muitas vezes extrapolada prejudi-cam a saúde dos bancários e bancárias de todo o País.

“Temos lutado insistentemente não apenas por melhores salários, mas, sobretudo, por melhores condições de trabalho nos bancos. E conseguimos avanços nas Campanhas Nacionais, mas precisamos avançar ainda mais para melhorar a qualidade de vida da nossa categoria. Por isso somos incansáveis nessa luta por qualidade de vida e condi-ções de trabalho que não prejudiquem a saúde da categoria”, destaca o diretor de saúde do Sindicato, Gilmar Santos.

Rotina de adoecimentos - A catego-ria bancária está cada vez mais adoecida, o que foi comprovado em uma pesquisa de doutorado da paraense e médica do trabalho, Socorro Valente, realizada em parceria com o Sindicato dos Bancários do Pará.

O estudo feito com 1.046 bancá-rios e bancárias do Pará e Amapá teve como objetivo identificar de que forma o ambiente de trabalho nas instituições financeiras do Pará favorece para o sur-gimento da depressão e do esgotamento profissional nos trabalhadores, e os re-sultados foram impressionantes:

Depressão - Foi identificada em 32% das trabalhadoras e trabalhadores analisados, sendo 17,6% de depressão maior e 14,4% de outras depressões; e

a causa estava normalmente associada a atividades de alta demanda e baixo con-trole, bem como baixo apoio social, alto esforço, baixa recompensa, e compro-metimento excessivo com as demandas dos bancos.

Esgotamento - A prevalência geral de esgotamento foi de 71,8% (31,1% nível alto e 40,7% moderado), não ha-vendo diferença estatisticamente signifi-cante entre os sexos. Exposição a condi-ções psicossociais adversas de trabalho como alto desgaste, baixo apoio social no trabalho, alto esforço e baixa recom-pensa, e comprometimento excessivo, mostrou forte associação com os tipos de esgotamento laboral.

Atendimentos e CAT’s – Os núme-ros de atendimentos a bancários que procuraram o Sindicato por motivos de adoecimentos cresceram a cada ano. Em 2013 foram 98 atendimentos de saúde. Já em 2014 o número subiu para 118, e cresceu mais ainda em 2015, com 132 atendimentos.

Outro número que cresceu foi o de emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT’s), pois durante esses 3 anos de gestão, o Sindicato emitiu 382 documentos desse tipo, sobretudo após assaltos ou sequestros de bancários.

Saúde do trabalhadorem primeiro lugar

“...somos incansáveis nessa luta por qualidade de vida e condições de trabalho que não prejudiquem a saúde da

categoria”Gilmar Santos

Nas reuniões nos bancos, o Sindicato sempre pauta a saúde dos trabalhadores.

Seminário de saúde do trabalhador realizado em fevereiro de 2014

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Além de ser consi-derada uma fonte

de vida, a prática espor-tiva proporciona vários benefícios às pessoas, sejam eles físicos, estéti-cos, fisiológicos ou emo-cionais. O esporte não é apenas uma competição entre atletas em busca de um troféu. É uma ótima maneira de quebrar a ro-tina do trabalhador ban-cário, que é diariamente difícil, estressante, e por muitas vezes perigosa. Por isso, o Sindicato dos Bancários não poderia deixar de incentivar a prática desporti-va entre os bancários e bancárias, seja na capital ou nos demais municípios do estado.

Corrida - Exemplo disso foram as tradicionais Corridas Bancárias realiza-das anualmente em Belém, sempre em agosto, na semana do Dia dos Bancá-rios, e que além da categoria também mobiliza atletas amadores e profissio-nais em geral, tanto que já faz parte do calendário da Federação Paraense de Atletismo. Em 2015 o Sindicato inovou e realizou a 1ª Corrida e Caminhada dos Bancários e Bancárias em Marabá, que foi um sucesso, já que 300 atletas participaram dessa primeira edição, entre eles uma bancária grávida que levou toda a família.

Novo Ginásio - Para incentivar ainda mais a categoria, o Sindicato reformou e entregou em fevereiro des-se ano o Novo Ginásio Poliesportivo da categoria. Com isso, as condições para a prática diária de Futsal, Vôlei, Basquete, dente outras modalidades esportivas, ficaram ainda melhores.

Futebol - O futebol tem sido a mo-dalidade esportiva que mais mobiliza a categoria nos bancos públicos e pri-vados. Ao longo dessa gestão, foram realizados campeonatos de Futebol de Campo, Futsal e Beach Soccer, sempre com grande número de inscritos.

Esporte é o melhor incentivo à qualidade de vida

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