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ESPECIAL LIMONADA ESPECIAL LIMONADA

REVISTA BEZOURO - Especial Limonada

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Chegou, pegue carona nessa edição Especial que preparamos sobre o Festival Limonada. Adoce e sirva bem gelada!

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ESPECIALLIMONADA

ESPECIALLIMONADA

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EditorialA vida nos apresenta desafios que, por sua vez, costumam nos levar

ao encontro de amigos de fé, esses que nos acompanham em

jornadas. Também são eles que nos ajudam e a quem ajudamos com

gosto tanto por empatia quanto por necessidade. Esta é a natureza

da parceria que une a Revista Bezouro e o Festival Limonada,

iniciativas gestadas e concretizadas no mesmo contexto.

Se a grande atração do Limonada é a música, precisamos destacar

que o Festival, assim como a Bezouro, mostrou e contou com o

trabalho de toda uma nova geração de profissionais e entusiastas do

vídeo, da fotografia, da produção, da sonorização, da gravação, da

publicidade e do marketing. Em suma, procuramos cobrir e atender o

mesmo público e os seus interesses.

Nossa capa procura resumir este caso de amor. A referência a Bob

Dylan, que fez uma dura transição do tradicionalismo acústico do

folclore para o Rock’n’Roll, é clara, mas também vemos nela. Uma

geração representada pelo casal que já deixou de seguir a nada

saudosa passeata contra a guitarra elétrica que ainda assombra em

seu patrulhamento ideológico, muitos que

ousam pensar diferente das academias. Vemos

também nas duas metades do limão um público

que sabe escolher e encontrar seus artistas e

que simplesmente não aceita (nunca aceitou,

diga-se) as sugestões e imposições de

secretarias e comitês de plantão. Um mercado

vivo, ativo e legítimo.

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E tudo mais que a vida me der...

O Festival Limonada surgiu por acaso, como

um desafio. Produzido em menos de três dias

p e l a M a t r a c a D i g i t a l c o m a p o i o d o

Mandamentos Hall. O Festival só se tornou

possível, através da dedicação e do trabalho

colaborativo de artistas e apaixonados por

música, que souberam extrair do cítrico, o

suco.

A primeira edição foi um sucesso de público e

motivou toda a equipe envolvida a dar

continuidade ao Festival, que se apresenta

como um ponto de conver-gência da enorme

efervescência cultural que vem tomando

conta de São Luís (MA).

O público que provou da primeira edição do

Festival com as apresentações de Orr,

Matraca Soul, Beto Ehongue & Canelas Preta,

Marcos Magah, Grillos Elétricos, PedeGinja,

Nathália Ferro, Tiago Máci, Marcos Lamy,

Criolina, Acsa Serafim e Farol Vermelho, fez o

boato crescer e se multiplicar na realidade de

uma segunda edição, ainda mais forte no dia

10 de janeiro de 2014, com Carol Vieira,

Velttenz, Vinil do Avesso, Nivandro, Twelve

Street e ainda viajou no tempo com a Nova

Bossa e A Chapa dos Poetas, que voltaram

com sede, e especialmente para o Limonada.

E tudo mais que a vida me der...

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guardadas nas gavetas da obscuridade, pura e

simplesmente porque eles e seus trabalhos não

cabiam nos três ou quatro formatos dispostos

na régua psicotécnica do tradicionalismo.

Escolher normalmente era muito fácil. Ficar ou

partir, mudar ou desistir. Não se pode negar que

a censura, em sua posição castradora, oferecia

um caminho. O problema é que essa era uma

estrada pavimentada sobre um leito de

iniciativas mortas.

José Caldas Gois Jr, advogado de formação e

músico amador, foi peça central na produção

Num lugar equidistante entre o céu e o mar

jaz uma ilha, cuja população era obrigada a

escolher. A insularidade muito cedo se

estendera entre os ilhéus para além de uma

realidade geográfica. Ela havia se tornado,

acima de tudo, uma condição para a

existência de uma realidade que se opunha

ao que não era nativo, em prejuízo de toda

forma de criatividade. Não foram poucos os

indivíduos que se viram represados por esta

barreira, com obras de vidas inteiras

O grande diferencial do Limonada é, muito

provavelmente, o fato de que ele é muito mais

do que uma reunião de músicos. São designers,

fotógrafos, publicitários, cinegrafistas,

maquidores, roadies, editores, jornalistas,

empresários e pasmem, advogados! Todos

ativos e disponíveis desde o primeiro rascunho,

até a hora de varrer o confete.

Trata-se de muita energia acumulada, às vezes

por gerações, que parece finalmente estar

rompendo as últimas barreiras que lhe

atrapalhavam o desenvolvimento estético e

c r i a t i v o d e c o n t e ú d o s e f e t i v a m e n t e

independentes. A condição é querer fazer

parte, trabalhar sério e saber apreciar as coisas

bacanas, aquelas que podemos colher

esticando o braço e o mais legal de tudo é que

você também está convidado.

Náufragos

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das duas edições do Limonada, e falou conosco

sobre a sensação de desafogo que pessoas da

geração dele também sentiram com a onda de

criatividade que avança pela costa.

Walter Reis Pinheiro, percussionista e artista

plástico, ficou particularmente satisfeito,

depois de uma década vivendo no exterior, com

a apresentação da Nova Bossa, no Limonada II.

“A banda é muito boa, os arranjos, as

referências musicais. Fico surpreso e triste

com as posições de pessoas que dizem não

gostar desses novos artistas sem nem ao

“Eu tenho 43 anos.

Tive minhas bandas e várias

experiências musicais

que eram muito

limitadas pelo contexto

daqui de São Luís. É com muita

satisfação que eu faço o possível

para contribuir

com este cenário de artistas.”

José Caldas Gois Júnior

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menos ir a um show ou ouvir qualquer

de suas músicas. É uma posição

lamentavelmente preconcei-tuosa.

Eu mesmo já vi algumas opiniões

mudarem quando eu me dei o

trabalho de falar com essas pessoas

e desmontar as suas defesas contra

o novo”, discorreu o artista. O

preconceito percebido por Walter é

justamente a manifestação máxima

daquela inércia de que trata-mos no

início do texto. Felizmente, ele parece

não ser irredutível.

Esta geração do Limonada tem manti-

do as portas abertas para alguns

náufragos de outras décadas. Não são

poucos os que estão aproveitando este

novo momento para colocar o bloco na

rua ou ajudar com a experiêcia de

quem já teve que nadar muito contra as

terríveis correntezas que cercam a

nossa república bananeira. Marcos

Magah, um refugiado da cena punk

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G r a v a r u m d i s c o ,

trabalhar na capa, filmar

e editar um clipe pas-

sou a ser uma questão

m a i s d e t a l e n t o e

vontade. “A produção

musical independente de São Luís ganhou

força no anos 2000, mas ainda que,

existisse um ensaio de integração das

bandas e a possibilidade de divulgar fora

do Maranhão, via internet, ainda era um

trabalho tímido. Hoje, como editora de

cultura, percebo que há maior organização

das bandas e os trabalhos de divulgação,

estão mais maduros.” comenta, Bruna

Castelo Branco, Editora de Cultura do Jornal

O Estado do Maranhão. O Limonada, se

beneficiou enormemente da nova realidade

tecnológica e o resultado desse esforço,

poderá, em breve, ser conferido.

É preciso lembrar que ele foi rigorosamente a

transmutação de um show cancelado de

dos anos 80, que “beligerou” contra aquela

inércia, quando ela ainda era demasia-

damente forte para ser batida, tocou no

primeiro Limonada, e alegou que “a grande

novidade dessa geração Limonada é que eles

podem até ser uma panela, mas tem a

preocupação de deixar a tampa sempre

aberta, para quem quer participar”.

Revolução de ocasião

Não podemos ser injustos com os dissidentes

veteranos a ponto de não entender que o

contexto mudou bastante.

Dos anos 90 para cá, a

chegada da MTV e da Internet

ajudou na formação de um novo

público e também de novos artistas.

Com o tempo e com a rede, ferramentas

que antes est avam financeiramente

indisponíveis fizeram o caminho das grandes

corporações, para os quartos e quintais

daqueles interessados em produzir.

“Hoje, estamos dando um novo passo

rumo a profissionalização da cena inde-

pendente, com captação audiovisual com

qualidade”, afirmou Vander Ferraz, respon-

sável pela edição de imagens do evento.

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INGREDIENTES1 limão1 litro de água geladaAçúcar ou adoçante a gostoGelo a gosto

MODO DE PREPAROCorte as extremidades do limão, coloque o limão com casca no liquidificador.Bata até ralar o limão com a casca, adicionando toda água.Adoce com açúcar ou adoçante, bata mais um pouco e coe.Sirva bem gelada.

Receita para umaboa limonada

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O Rock, aliás, deve ser entendido aqui, num

contexto bem amplo, que engloba vários estilos

musicais e comportamentos já plenamente

adaptados ao clima ilhéu. A maior parte deste

público é jovem, tendo entre 20 e 35 anos,

economicamente ativo e muito ciente do que quer

consumir. Esta parece ter sido a grande sacada da

produção em fazer a aposta e manter o Manda-

mentos, casa de shows sofisticada e acostumada a

receber a fina flor da MPB, para o Limonada.

O vento sopra a favor, mas é preciso estar atento aos

desafios. “ Há uma alegria pairando no ar, um

sentido de renovação, de energia, de novas

produções musicais. Essa energia é uma turbina

que alimenta as criações, as realizações. O

grande desafio é conquistar o público. Novos e

bons artistas entraram no circuito, somando-se

aos bons trabalhos que já existiam, já que a

cidade tem uma grande vocação cultural,

musical. Mas para que essa cena não morra na

praia, é preciso entender como funciona a

cadeia produtiva, buscar saídas para a sustenta-

bilidade e difusão dos trabalhos. Buscar fazer

parte do mapa cultural do Brasil, da rede de

cultura, de circulação dos trabalhos, que já

existe. Outro desafio é buscar conexão setorial,

conectar para gerar oportunidades mútuas e

criar processos de transformação”, alerta

Luciana Simões, da dupla Criolina.

Um dado interessante que parece escapar de

alguns patrocinadores e produtores é o de que

estamos falando de um mercado real, que

movimenta a economia a ponto de estar

presente nos maiores centros comerciais da

cidade. Para além do crescimento geométrico

que detectamos facilmente no número de lojas

de instrumentos musicais, estúdios de ensaio e

gravação, locação de equipamentos para shows

e afins, também existe um incremento visível no

número de varejistas que lucram com a venda

de roupas, acessórios e artigos de Rock, sem

falar no permanente aquecimento do mercado

para artistas de tatuagem e no surgimento de

bares e festas temáticas em São Luís.

Mercado maduro

Moraes Moreira que, em bíblicos três dias, fez-

se Festival divulgado e lotado, surpreendendo

tanto artistas e organizadores, quanto o

público, com a eficiência das redes sociais.

Thaynara Viegas, quando questionada, não

deixou de frisar a sua satisfação ao revelar que

mais de 80.000 usuários já foram impactados

com a divulgação do Festival, via Facebook, em

apenas dois meses.

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“É preciso fortalecer, compartilhar, criar uma rede colaborativa das produções

locais, que envolvam artistas e profissionais que dialogam

com a música, como audiovisual, fotografia, designers,

produtores, etc.”

Luciana Simões, Criolina

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Voltando à questão estilística, não custa lembrar

que a mesma convergência que vem moldando

tecnologicamente a mídia pode ser ouvida em

festivais como o Limonada. Estamos muito longe

da época das torcidas apaixonadamente

excludentes dos festivais da canção. O que vimos

nos dois eventos, bem como em outras iniciativas

(como o Sebo no Chão, no COHATRAC), foi uma

audiência satisfeita pela variedade das atrações.

No início dos anos 80, quando estava nascendo a

geração X, a população de São Luís era de menos

da metade da atual. Com mais de um milhão de

habitantes em 2014, a ilha tem ao menos

quinhentos mil jovens. Se, numa análise

pessimista, apenas dez por cento deles gostar do

som do Limonada, já são 50 mil pessoas em idade

produtiva, acostumadas à utilização de redes

sociais para consumir e interagir. Tudo ao alcance

das mãos.

Desde Ali Baba, nunca se produziu tanto com

cerca de quarenta pessoas. Inclua-se aí, que tudo

transcorreu dentro da lei e na mais perfeita

ordem.

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E vocêsabe

comQUANTOS

limõesse faz umalimonada?

AGORA

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“Há pouco tempo atrás havia um desespero meio comodista de esperar apoio institucional dos

poderes locais para que algo acontecesse, esse apoio nunca veio, a não ser para os de sempre,

que infelizmente, nunca conseguiram transpor as barreiras do estado com seus trabalhos. Hoje

com muito mais disposição e com o apoio das ferramentas tecnológicas demos um salto de

qualidade em quase todos os setores das produções culturais locais. Sinto que estamos perto

de alcançar um bem maior e assim colocar a música produzida aqui num local de destaque

dentro da cena brasileira.” Beto Ehongue, Músico e Compositor.

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“Outros produtores surgiram e as bandas passaram a ter mais

opções e diversidade no registro do seu material. Esse som gravado

começou a rodar pela net e a atingir um público cada vez maior.”

Vander Ferraz, Músico, Compositor e Produtor.

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"Como a produção do evento não tinha dinheiro

disponível, as bandas não se fizeram de rogadas

e se tornaram parceiras do Festival, para que

esse se realizasse. Assim, todos cresceram

juntos, dando algo de si e ganhando algo. Me

sinto ótimo participando desse momento de

afirmação da música daqui, pois a cada dia

temos novos exemplos de sucesso, o que traz

muita motivação pra acreditar e continuar."

André Grolli - Músico.

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“A importância não é só no viés

profissional ou cultural. Quando se

cobre um evento como esse, você não

está fazendo apenas o registro

cronológico do que está acontecendo,

não é só o registro da arte, você está

fazendo parte da história, está, em si,

fazendo história e sendo parte dela.

E algo me diz que, o que está

acontecendo na cena cultural de São

Luis é só a ponta do iceberg de grandes

coisas que estão vindo por aí.”

Marco Aurélio - Fotógrafo

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“O momento vivenciado por São Luís é de

intensa produção e de busca por qualidade.

Há um amadurecimento geral, desde os

aspectos iniciais de composição e produção

até aspectos mais profissionais como

geração de mídia, rede de trabalho,

produção executiva.”

Ruan Cruz, Músico e Produtor Musical

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No Limonada I e II nós tivemos cada uma das pessoas envolvidas com o melhor que elas podiam oferecer e mais, decidido por elas e não por nós. E foi por isso que conseguimos realizar o Limonada I em 3 dias e

depois o II em cerca de 10 dias. Jessica Gois eThaynara Viegas, Produtoras do Limonada

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“O movimento já se encontrava articulado. O

Limonada não nasceu naquele dia 03 de

dezembro, digamos que ali foi um evento

catalisador, pois essa organização vem se

fazendo no dia a dia, nos projetos grandes e

pequenos, mas sempre viscerais que tomam a

nossa cidade, no BR 135, no Sebo no Chão, só pra

citar dois exemplos. José Caldas Gois Jr., Diretor

da Matraca Digital

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“Foi uma noite fora do comum, mas a cena tá tomando

um rumo fora do comum. A gente espera que no rumo

que a música de São Luís está, o comum seja o fora do

comum, e que todas as noites sejam como foi a dos dois

Limonadas.” Rafael Bastita, Músico e Jornalista

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Editor chefePablo Habibe

MatériaPablo Habibe

Arte da CapaJessica Gois

DiagramaçãoCarolinne Bijl

RevisãoCarolinne Bijl

Andrezza Brasil

FotografiaMarco Aurélio

Supervisão GeralVera Salles

Colaboração EspecialThaynara Viegas

Jessica Gois

revistabezouro.comissuu.com/bezouro

facebook.com/revistabezouro

[email protected]

Contatos(98( 9975-4372 / (98) 8804-4362

EXPEDIENTE

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AGRADECIMENTOS

LIMONADA I PRODUÇÃO E REALIZAÇÃO: MATRACA DIGITAL / DIREÇÃO EXECUTVA: JÉSSICA GOIS E THAYNARA VIEGAS

ARTE GRÁFICA: LAILA RAZZO / FOTOGRAFIA: MARCO AURÉLIO

LIMONADA IIPRODUÇÃO E REALIZAÇÃO: MATRACA DIGITAL / DIREÇÃO EXECUTVA: JÉSSICA GOIS E THAYNARA VIEGAS

ARTE GRÁFICA: LAILA RAZZO / FOTOGRAFIA: MARCO AURÉLIOPRODUÇÃO E EDIÇÃO DE VÍDEO: VANDER FERRAZ, JÚLIA ANTUNES, LUIZA FERNANDES,

RAFAEL BATISTA, ANDREI MENDES, TATIANA NAHUZ E VALÉRIA SOTÃO CAPTAÇÃO E EDIÇÃO DE SOM: RUAN CRUZ E JOÃO SIMAS

APOIO MANDAMENTOS HALL / REVISTA BEZOURO / NONSENSE / ELIO TATTOOING

CHILLI BEANS / CASA DO MÚSICO / DISCOTECÁRIO

AGRADECIMENTOS ADICIONAISAO CASAL LIMONADA, MANEL E CAROL, E MORAES MOREIRA, É CLARO!

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