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Revista Bimestral de Comunicação Interna Ano II n número 07 Descubra o que o CERTREM Centro de Memória homenageia Monteiro Lobato Brasilidade João Parente fala sobre a criação dos cursos de moleiro Entrevista tem a ver com estas delícias

Revista Bimestral de Comunicação Interna Ano II n Descubra ... · de de conhecimentos tais como his- ... a cruzadinha. Muito legal, adorei! Maria José dos Santos Auxiliar de Enfermagem

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Revista Bimestral de Comunicação InternaAno II n número 07

Descubra o que o

CERTREM

Centro de Memória homenageia Monteiro Lobato

BrasilidadeJoão Parente fala

sobre a criação dos cursos de moleiro

Entrevista

tem a ver com estas delícias

Certrem.A instituição forma, há

26 anos, profissionais da área de moagem que se empenham na melhoria constante dos produtos derivados de trigo.

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Filhos e Filhas. Estimule seu

filho a brincar. Conheça os benefícios que essa atividade pode trazer para toda a família.

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Julho/Agosto 2006

Sugestões e comentários: Sabrina (85) 4006-6149 Débora (85) 4006-8152 E-mail: [email protected]ço: Rua Benedito Macêdo 79, Vicente Pinzón, Fortaleza-CE, CEP 60180-900www.jmacedo.com.br www.donabenta.com.br www.petybon.com.br

Entrevista. João Parente conta como

foi o trabalho de articulação para realizar o primeiro curso de molei-ro no Ceará, que resultou na cria-ção do Certrem.

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Centro de Memória. Evento marca assinatura

de contrato para criar espaço de valorização das trajetórias e valores de Monteiro Lobato e da J. Macêdo.

NESTA EDIÇÃO

Conselho de Administração: Presidente José Dias de Macêdo Conselheiros Roberto Macêdo, Amarílio Macêdo, Georgina Macêdo Comitê Estratégico (coordenador) Edson Vaz Musa Comitê de Marcas (coordenador) Marcel Fleischmann Comitê das Pessoas e da Organização (coordenador) João de Paula Monteiro Comitê de Auditoria (coordenador) Humar Oliveira Diretoria Executiva: Presidente Amarílio Macêdo Diretores Eiron Pereira, Jacob Cremasco e Marcos Andrade Comitê de Comunicação José Souza, Jumar Pedreira e Flávio Paiva Coordenação Geral Sabrina Romero Jornalista Responsável Débora Cronemberger, MTB DF01749JP Projeto Gráfico e Editoração OMNI Editora Associados Impressão Gráfica Halley Tiragem 3.700 exemplares

A Revista Diálogo J.Macêdo é uma publicação bimestral dirigida aos colaboradores de J.Macêdo, com o objetivo de intensificar o diálogo, praticar a transparência, fortalecer o trabalho de equipe, divulgar os valores da empresa, informar fatos relevantes acontecidos no período, disponibilizar dados dos produtos e das unidades, aprimorar permanentemente a comunicação interna, aproximar o universo de trabalho de todos os que fazem a J.Macêdo com suas famílias.

imagem chico gadelha

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JULHO/AGOSTO 2006 | Diálogo | �www.donabenta.com.br

Alianças para aumento do patrimônio intangível

SugestãoSão muito interessantes os assuntos que encontramos na revista Diálo-go. Acho que deveria ser abordada a questão social que envolve a em-presa. A revista com esse caráter inovador e dinâmico faz com que saibamos os assuntos que circulam em cada ponto, cada área da empre-sa, em todas as nossas unidades, e com isso, passamos a conhecer um pouco de cada área e a compreender melhor o trabalho e suas dificulda-des e limites. A revista está de para-béns por levar tão belas e preciosas informações para nossas casas, além das receitas maravilhosas.Aline Barreto CordeiroAssistente Administrativo, TIFortaleza, CE

Comunicação“A qualidade dos nossos produtos depende da qualidade das nossas re-lações”. Ouvi essa frase em um trei-namento de qualidade total e tem tudo a ver com a revista Diálogo, que tem sido um bom instrumento de comunicação entre as unidades, refletindo a melhoria contínua que os nossos produtos vêm alcançando. Rovena CoutinhoAnalista de QualidadeSimões Filho, BA

EDITORIALBem-vindo à nossa revista

DIGALÁ!Espaço aberto para Cartas, Sugestões e Críticas

BrasilidadeGostei da forma como colocaram a história do Brasil, seus valores e diversidades. De fato, precisamos valorizar mais a nossa cultura e os produtos nacionais. Com certeza esse jeito J. Macêdo de empresariar faz com que a Brasilidade permaneça.

Precisamos ter em nosso País empreendedores como vocês, que enfrentam constantes desafios, que ao longo da história encontraram o equilíbrio, produzem com qualidade e deixam os produtos acessíveis a todos. A J. Macêdo é importante e fundamental para o desenvolvimen-to social e econômico brasileiro. Isso é evidente para mim, leitora e esposa de um dos colaboradores da unidade de Itapetininga.

A revista Diálogo vem ao en-contro de nossas expectativas, nos informando e esclarecendo sobre os valores e a responsabilidade de uma empresa idônea da qual fazemos parte. Essa comunicação aberta tor-na o ambiente de trabalho melhor e consequentemente o convívio familiar também! Parabéns a todos. Nossa família agradece: Sueli, Celso Antonio e Alberto dos Santos.Sueli de Sousa FerreiraEsposa do colaborador Alberto dos Santos — Auxiliar de Produ-ção de MassasItapetininga, SP

OpiniãoA revista é muito legal. Ela nos dá a oportunidade de conhecer as ou-tras unidades, os eventos que a J. Macêdo promove, suas parcerias e muitas receitas saborosas.Vínícius Mello dos SantosAnalista TISão José dos Campos, SP

A

Amarílio Macêdo – Eiron Pereira – Jacob Cremasco – Marcos AndradeCOMEX – Comitê Executivo da J.Macêdo S/A

Diálogo significa conversa, troca, colaboração de duas partes em busca do melhor. E é isto o

que queremos com nossa troca de idéias — o melhor.Por isso, este espaço é destinado a mostrar o que

você tem a nos dizer — opine, critique, sugira, elo-gie... Diga lá!

Mande seu e-mail para [email protected] ou entregue sua carta ao Coordenador de RH de sua unidade, ele se encarregará de fazê-la chegar até a Redação.

Leituras técnicasParabenizo aos que fazem a Diálogo pelo profissionalismo e criatividade com que elaboram a revista! Sugiro espaço em que nos sejam informa-das leituras técnicas, segmentadas por área, que nos auxiliem no me-lhoramento da nossa capacitação profissional. Aproveito para ex-ternar meu contentamento em ver publicada na edição de Maio/Junho 2006 reportagem sobre gestão da URN Salvador, com foto da nossa equipe, com ênfase no 1º Encontro de Distribuidores realizado por esta URN em Julho/2006.Elza Cristina Reis RibeiroAssistente de VendasSalvador, BA

ConhecimentoGostaria de expressar minha sa-tisfação pelo conteúdo da revista Diálogo.

As informações contidas fazem com que fiquemos juntinhos da J. Macêdo. Assim temos oportunida-de de conhecimentos tais como his-tórias, receitas de dar água na boca e a cruzadinha. Muito legal, adorei!Maria José dos SantosAuxiliar de EnfermagemLapa, SP

o percorrer os caminhos da brasilidade, J. Macêdo encontrou em Monteiro Lobato uma das expressões mais completas de

uma síntese brasileira cosmopolita e atemporal, que merece ser sempre mais valorizada, difundida e incentivada.

Nossa cultura de alianças, inspirada em relações de ganha-ganha, nos propiciou dar dois passos importantes para criar condições de agregação de valor ao nosso patrimônio intangível, com a assi-natura, no mês de agosto, de um contrato com a Monteiro Lobato Licenciamentos e outro com a Companhia Editora Nacional.

Com a Monteiro Lobato Licenciamentos, firma-mos uma aliança para instituir o Centro de Me-mória Dinâmica Monteiro Lobato - CMDML que homenageia esse gênio da brasilidade e cumpre o papel de depositório dos registros sobre o nosso jeito de empresariar. Além disso, esse centro nos servirá como instrumento de articulação de rela-ções de valor, objetivando aumentar a atratividade e a legitimidade das nossas ações no campo insti-tucional da empresa e de suas marcas.

No contrato que assinamos com a Companhia Editora Nacional, empresa criada por Monteiro Lobato nos anos 1920 e detentora dos direitos do best seller “Dona Benta Comer Bem”, estabelece-mos uma relação que abre um leque de oportuni-dades para o empreendimento de ações conjun-tas, com a finalidade de fortalecer as nossas mar-cas e ampliar o mercado para nossos produtos.

Estes contratos significam mais dois nodos na rede de relações de valor que estamos tecendo em benefício da consolidação, do crescimento e da perenidade do nosso negócio.

Guardadas às devidas diferenças e proporções, a saga de J. Macêdo tem traços de semelhança com a de Lobato, nos aspectos da crença, ousadia

e ação pioneira do fundador José Dias de Macêdo. Basta nos lembrarmos que, a política de alianças, hoje considerada mundialmente uma estratégia de excelência de gestão, vem sendo aplicada por J. Macêdo desde os anos 1940, com as revendas de jeep Willys no interior do Ceará, passando pela Brahma, Siemens, Sangati, United Biscuits, Sadia e, mais recentemente com a Bunge Alimentos.

A título de ilustração, convém mencionar que esse pioneirismo vem desde o pagamento do 13º salário, antes que se tornasse obrigação legal em 1962, e passa pelo tratamento adequado de resí-duos industriais e pela preservação do patrimônio arquitetônico e de áreas verdes em plantas de cer-vejarias, nos anos 1970, antecedendo a preocupa-ção da sociedade brasileira com temas urbanísticos e ecológicos.

Na essência da obra de Lobato e dos feitos em-presariais de José Macêdo, o legado de brasilidade é fundamental para a construção da mentalidade de uma nação jovem que luta para se firmar no ambiente competitivo do mercado internacional e de reordenamento geopolítico do mundo instigan-te e mutante em que vivemos.

Por meio da relação com Lobato J. Macêdo está criando um novo campo de atratividade e de ex-pansão para si e para todos os parceiros que lidam com o universo da vida e obra do autor do Sítio do Picapau Amarelo. A instituição do Centro de Memória Dinâmica Monteiro Lobato e a assinatura do contrato com a Cia. Editora Nacional estimula o empreendimento de ações coordenadas daquelas forças, a fim de multiplicar a capacidade de irradia-ção do conteúdo lobatiano, como a argamassa da construção do Brasil que merecemos, em benefício da educação, da cultura e do desenvolvimento empresarial tão valorizado pelo cidadão e empre-endedor Monteiro Lobato.

� | Diálogo | JULHO/AGOSTO 2006 www.petybon.com.br JULHO/AGOSTO 2006 | Diálogo | �www.donabenta.com.br

DOmINGO cuLTuRALConheça este projeto que reúne arte e culinária em Fortaleza

ma gostosa combinação de cultura e culinária. Assim pode ser definido o Domingo Cul-

tural Dona Benta, que acontece todo domingo no Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza (CE). O progra-ma comemorou três anos em agosto e virou referência na cidade. Ele foi apontado pela revista Veja Especial Fortaleza (edição 2006-2007) como um dos 10 motivos para tomar café da manhã fora de casa.

O produtor cultural Franzé Santos, que organiza a programação de cine-ma do Espaço Unibanco no Dragão do Mar, deu a idéia do projeto com base numa sugestão feita por sua mãe. Ela sentia falta de uma matinal de cinema que funcionasse como um espaço de entretenimento, sobretudo para as pessoas da melhor idade que não ti-nham muitas opções de programação aos domingos. O projeto se tornou mais interessante com a parceria da J. Macêdo, que entrou com um belo café

Café da manhã cinematográfico

Domingo Cultural Dona Benta completa três anos e vira referência de programa

U

da manhã oferecido aos freqüentado-res destas sessões de cinema.

A programação começa por vol-ta de 8h30min, com um banquete repleto de maravilhosos quitutes da nossa cozinha Dona Benta. A criação do cardápio fica por conta do nosso supervisor de Atendimento ao Cliente, Raimundo Lobo de Oliveira, que conta com o apoio da culinarista Lia Moreira e de sua equipe. A cada domingo, são oferecidos mais de 25 opções entre bolos, tapiocas, pães e outras delícias. O foco são os produtos Dona Benta, com destaque para farinhas, misturas para bolo, sobremesas e para a linha de biscoitos Salt.

A sessão de cinema tem início às 10h30. Em cartaz, clássicos dos anos 30, 40 e 50 que já são de domínio pú-blico, pois estão no mercado há mais de 50 anos. O ingresso custa R$ 7,00 e dá direito a assistir a sessão e a se deliciar com os quitutes Dona Benta.

“Trata-se de uma ação de marketing no ponto de consumo que envolve a propaganda boca-a-boca”, comenta Lobo. A média de público a cada domingo varia de 150 a 200 pessoas nas datas não comemorativas. Nas ocasiões mais especiais, como a co-memoração do aniversário do projeto,

o público chega a 300 pessoas. Cerca de 75% do público está acima de 60 anos. Os outros 25% são mais jovens e, geralmente, atraídos pelos comen-tários de seus avós.

A divulgação interna, ao Escritório Central, é feita por meio de cartazes com a programação mensal. Para o público externo, a divulgação é feita em jornal local onde, além da progra-mação do dia, são apresentadas sabo-rosas “receitas com arte” feitas com nossos produtos Dona Benta.

Visando inovar e atrair cada vez mais participantes, foram incluídas outras atividades culturais além do cinema, tais como apresentações de orquestras, como a Camerata Eleazar de Carvalho, referência nacional em música clássica, além de peças de teatro, grupos de músicas diversas e a participação do coral J. Macêdo. “Isso tem contribuído e muito para o suces-so do evento”, afirma Franzé.

O Domingo Cultural Dona Benta tem transformado a vida dos seus participantes, que acabam construin-do e estreitando relacionamentos para além do espaço cultural. Muitos ao final da sessão saem para almoçar jun-tos e dar continuidade a um domingo agradável e especial. n

Marcas admiradas se juntam

J.Macêdo e Balu Doces unem marcas de credibilidade em parceria que prevê estratégias conjuntas de marketing

A

União saborosa em Fortaleza

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Dona Balu apresenta a Amarílio Macêdo delícias feitas com capricho em sua cozinha

Produtos Dona Benta são garantia de um delicioso café da manhã imagem chico gadelha

6 | Diálogo | JULHO/AGOSTO 2006 www.petybon.com.br JULHO/AGOSTO 2006 | Diálogo | �www.donabenta.com.br6 | Diálogo | JULHO/AGOSTO 2006 www.petybon.com.br

batizado de Dona Benta para com-por o cardápio de suas lojas.

Além disto, estabeleceu-se uma grande parceria no desenvolvimento de novos produtos, pesquisas e tes-tes de produtos na cozinha de dona Balu unindo as equipes de J. Macêdo e da doceira. “É uma aproximação positiva para todos. J. Macêdo e Balu são referências de credibilidade e qualidade”, diz Cláudio Guimarães, gerente administrativo da Balu.

Dona Balu virou empresária em 1981, aos 52 anos, quando fundou a Balu Doces. Ela já era conhecida na cidade pelo talento culinário. Aos 15 anos fazia bolos, docinhos e outras guloseimas para as festas da família e de amigos. Aos 20 anos, passou

cozinha é espaçosa e organi-zada, com quituteiras concen-tradas no preparo de doces

e salgados que são considerados os melhores da capital cearense, segun-do a revista “Veja Fortaleza – o me-lhor da cidade”. Estamos falando da Balu Doces, confeitaria tradicional de Fortaleza, que tem à frente uma co-zinheira de mão cheia: Maria Lucíola Campos de Albuquerque, conhecida como dona Balu, de 78 anos.

Com rigor e vitalidade, é ela quem cuida do cardápio e da qualidade da produção, que se reforça com uma novidade: a parceria com a J. Ma-cêdo. Produtos da J. Macêdo se tor-naram ingredientes no preparo dos doces e salgados da Balu, que terá uniformes e material de divulgação unindo as duas marcas.

A união das duas empresas foi formalizada com uma visita que o presidente-executivo da J. Macêdo, Amarílio Macêdo, fez à Balu Doces no dia 2 de agosto. Dona Balu apre-sentou as instalações da loja matriz e as delícias que são preparadas lá.

A gerente de Marketing da J. Ma-cêdo, Marly Parra, conta que entre as ações conjuntas previstas está o desenvolvimento de novos sabores de misturas para Bolos inspirados nos bolos de Dona Balu. Em contra-partida, Dona Balu criará um bolo

a fazer quitutes para festas sob en-comenda, o que resultou em muita propaganda boca-a-boca de clientes encantados com o seu trabalho.Hoje, ela administra duas lojas e um time de quase 80 funcionários. Uma terceira loja está prevista para ser inaugurada em outubro. O doce que é a “prata da casa”, segundo a dona Balu, é o bolo Zebrinha, de chocolate branco e preto. “Inventei essa receita há uns nove anos e é o bolo mais procurado aqui. Fazemos cerca de 70 bolos Zebrinha por semana”, diz a dona Balu. n

Farinha com fermento

Em edições anteriores, falamos sobre a fari-nha de trigo e sobre o fermento isoladamente. Chegou a vez de conhecermos mais sobre a farinha de trigo com fermento

Nutrição, gastronomia e conhecimento

vISITENOSSA cOZINHA

omo o próprio nome indica, a fa-rinha de trigo com

fermento é uma farinha à qual foi adicionado fermento. Há mais de um século, o produto já era utilizado com muito sucesso na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, em 1992, a J. Ma-cêdo foi pioneira no lançamento deste tipo de produto.

A farinha de trigo com fermento torna o processo de cozinhar muito mais fácil e mais prático, já

C

>> Prepare a massa para tempurá utilizando a farinha com fermento DONA BENTA e água gelada. Você vai ver que ela fica bem mais crocante. >> Utilize a farinha com fermento Dona Benta para preparar a massa para salgadinhos, como coxinha, bolinha de queijo, rissole. A massa não formará grumos e deixará o salgadinho mais sequinho depois de frito. >> Para molhos brancos ou sopas tipo creme, esta farinha é ideal, pois não forma grumos. >> Empane o bife com a farinha com fermento para fazê-lo à milanesa. De-pois de frito, a casca ficará mais seca e crocante. >> Adicione um pouco de farinha com fermento Dona Benta à sua omelete. Como você vai perceber, a receita ficará mais fofinha.

DICAS DE USO

IngredientesMassa2 xícaras (chá) de Farinha de Trigo com Fermento Dona Benta½ colher (chá) de sal½ colher (chá) de curry½ xícara (chá) de margarina3 colheres (sopa) de vinho branco secoRecheio2 colheres (sopa) de óleo500g de peito de frango cortado em cubos pequenos1 cebola pequena picada2 dentes de alho amassados2 tomates médios, sem pele e sem se-mentes picados

Ingredientes2 xícaras (chá) de Farinha de Trigo com Fermento Dona Benta 3 gemas½ xícara (chá) de açúcar3 colheres (sopa) de margarina1 colher (chá) de canela em pó

½ xícara (chá) de leite4 bananas nanicas médias amassadas½ xícara (chá) de nozes trituradas3 claras em neve

Modo de preparoPeneire a Farinha de Trigo com

Bolo de banana com nozes

Ingredientes2 xícaras (chá) de Farinha de Tri-go com Fermento Dona Benta 1 colher (chá) de sal3 colheres (sopa) de queijo parme-são ralado½ xícara (chá) de nozes trituradas½ xícara (chá) de ricota amassada2 gemas1 xícara (chá) de margarina

Modo de preparoEm um recipiente, misture a Fari-

nha de Trigo com Fermento Dona Benta com o sal, o queijo, as nozes, a ricota, as gemas e a marga-rina. Amasse até ficar homogêneo, maleável e que solte das mãos.Pegue pequenas porções de massa e modele bolinhas com cerca de 1 cm de diâmetro. Arrume em assa-deiras, deixando espaço entre elas. Pressione levemente a superfície com um garfo. Asse em forno médio (180ºC), pré-aquecido, por cerca de 20 minutos ou até dourar a base dos biscoitos. Retire e deixe esfriar. Sirva em seguida.

Tempo de preparo: 1 hora

Rendimento: 100 unidades

>> Dica. Para mantê-los crocantes por mais tempo, guarde-os em em-balagens bem fechadas.

Biscoito de ricota e nozes

½ colher (chá) de curry½ colher (chá) de gengibre picado½ colher (chá) de noz-moscada ralada1 colher (sopa) de cheiro-verde picado½ pimentão amarelo pequeno picado1 colher (chá) de sal1 colher (sopa) de Farinha de Trigo com Fermento Dona Benta½ xícara (chá) de água Para pincelar1 gema ligeiramente batida

Modo de preparo:Recheio: Em uma panela, aqueça o óleo e doure o frango. Acrescente a cebola, o alho, os tomates e refogue por

Torta de frango com especiarias cerca de 4 minutos. Junte as especia-rias, o pimentão, o sal e refogue por mais 3 minutos. Dissolva a Farinha de Trigo com Fermento Dona Benta na água e junte ao refogado, mexendo sempre até engrossar. Deixe esfriar.Massa: Em uma tigela, junte a Fa-rinha de Trigo com Fermento Dona Benta com o sal, o curry, a margarina e o vinho. Misture com as pontas dos dedos até obter uma mas-sa lisa e que solte das mãos. Divida a massa em 3 partes.Com duas partes, forre o fundo e as laterais de uma fôrma de aro removí-vel com 24cm de diâmetro. Espalhe o recheio frio e cubra com a massa restante. Pincele com a gema e asse em forno médio (180ºC), pré-aquecido, por cerca de 25 minutos ou até dourar. Retire do forno e deixe descansar por 5 minutos. Desenforme cuidadosamente e sirva em seguida.

Tempo de preparo: 1 hora

Rendimento: 8 porções

>> Dica. Se preferir, monte em fôrmas para tortas individuais. Para cobrir a tor-ta mais facilmente, abra a massa com o rolo entre duas folhas de filme plástico.

Fermento Dona Benta junto com a canela. Reserve.Na batedeira, bata as gemas com o açúcar e a margarina até obter um creme esbranquiçado. Acrescente, alternadamente, a mistura da farinha reservada e o leite e bata até ficar cremosa. Retire da batedeira, adicio-ne as bananas e as nozes. Incorpore delicadamente as claras. Coloque a massa em uma fôrma de furo central com 20 cm de diâmetro, untada e enfarinhada. Asse em forno médio (180ºC), pré-aquecido, por cerca de 40 minutos ou até que espetando um palito, no centro, este saia limpo. Desenforme depois de frio.

Tempo de preparo: 1 hora Rendimento: 12 porções

>> Dica. Se desejar, polvilhe com açúcar de confeiteiro misturado com canela em pó antes de servir.

que a quantidade de fermento adicionado é ideal para

realizar qual-quer receita que necessite

desse elemen-to. Com essa

farinha, podemos fazer gostosos bo-

los, biscoitos, tortas doces e salgadas e

pizzas. No caso da receita pedir fermento

biológico ou fermento para pão, substitua a farinha com fermento

para farinha de trigo tradicional tipo 1 e use o fermento biológico seco Fermix. n

8 | Diálogo | JULHO/AGOSTO 2006 www.petybon.com.br JULHO/AGOSTO 2006 | Diálogo | �www.donabenta.com.br

Em 26 anos de atuação, o Certrem formou mão-de-obra qualificada para garantir derivados de trigo cada vez melhores para o consumo

Centro regional de credibilidade internacional

cApAcERTREm

ornar o Brasil auto-suficiente em pessoal capacitado para atuar na indústria de moa-

gem de trigo. Foi com este objetivo que J. Macêdo S/A sensibilizou o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Sindicato da Indústria do Trigo do Pará, Paraí-ba, Ceará e Rio Grande do Norte e outras empresas do setor a firmar um termo de cooperação para criar o Centro Regional de Treinamento

T

Excelência na formação de moleiro

abertura do curso são egressos de países africanos de língua portu-guesa e da América hispânica.

O programa de formação desen-volvido por este departamento do Senai-CE foi avaliado positivamente pela organização U.S. Wheat As-sociates, dos Estados Unidos, que oferece suporte de treinamento e informações a produtores de trigo de cerca de 100 países.

O projeto é de fácil replicação, inclusive para outros setores da indústria. O Certrem inspirou e ser-viu de base para a criação da Uni-versidade Corporativa de Alimentos (UNICA.br), que, assim como ele, funciona em Fortaleza-CE, no edifí-cio-sede da J. Macêdo, em sistema de comodato.

A história do Certrem começou a ser delineada no fim da década de 1970. Diante da perspectiva do Governo Federal mudar regras do setor moageiro, o que exigiria que as indústrias criassem políticas e práticas para se tornarem mais competitivas, a J. Macêdo atuou na construção de alianças para viabili-zar um curso específico para a área de moagem. O objetivo do curso era não somente atender às pró-prias necessidades da empresa, mas formar um mercado qualificado para atender às demandas de todo o setor de trigo do País.

O primeiro curso de moleiro foi realizado pela J. Macêdo em 1979. Ao final do curso, foi decidida a institucionalização do Certrem. A instituição recebeu, também, a adesão da Associação dos Moi-

O curso de moleiro do Certrem se divide em aulas teóricas e práticas sobre o que há de mais recente no setor de moagem

imagenS chico gadelha

nhos de Trigo no Norte e Nordeste do Brasil, do Sindicato da Indústria do Trigo do Rio de Janeiro e da Abitrigo – Associação Brasileira da Indústria de Trigo. O Certrem nasceu com a missão de prestar serviços de excelência no merca-do nacional, colaborando para o desenvolvimento

Nossa meta é sempre

apresentar tendências novas e diferenciadas para o setor.

Jussara Bisól Menezes, gerente do Certrem.

tecnológico da área de alimentos. “A J. Macêdo fez o projeto-pilo-

to e viu que era bom para o setor. O projeto foi oferecido ao Senai-CE, na época gerenciado pelo senhor Almir Caiado, que apoiou a causa”, conta Jussara Bisól Menezes, geren-te do Certrem.

O curso de moleiro tem dura-ção de quatro meses e um total de 1.252 horas/aula. Não há cur-so com características similares na América Latina. Na Venezuela existe uma escola chamada Esla-mo – Escuela Latinoamericana de Molineria, que oferece cursos sobre moagem, mas a duração dos cur-sos é de cerca de duas semanas. Jussara conta que a base da escola venezuelana foi o Certrem. Re-presentantes da Eslamo visitaram as instalações em Fortaleza para orientar seus cursos de formação.

A experiência e a credibilidade do Certrem na formação de molei-ros fizeram com que a instituição realizasse seminários internacionais nos anos de 2000, 2001 e 2002. “Somos convidados também a re-alizar cursos de tecnologia de mo-agem em outros Estados. Já fomos ao Rio Grande do Sul quatro vezes e ao Paraná duas vezes. Nossa meta é sempre apresentar tendências novas e diferenciadas para o setor”, diz Jussara.

“Queremos sempre oferecer o que o mercado tem de melhor, bus-cando e disseminando novas tecno-logias, trabalhando o exercício de vi-ver, aprender a pensar, a raciocinar,

a comunicar, a relacionar-se e a trabalhar em equipe”, reforça o diretor regional do Senai-CE, Francisco das Chagas Magalhães. “É uma atuação compro-metida com a geração e a multiplicação de conheci-mentos e tecnologias que potencializam as condi-ções de participação dos profissionais dentro das empresas”, completa. n

em Moagem e Panificação Senador José Dias de Macêdo (Certrem), há 26 anos. Até 1980 o país era dependente de profissionais estran-geiros nessa área.

O Centro oferece o curso de formação de moleiro júnior, único existente no Brasil, que também recebe alunos do exterior. Este profissional atua no ramo de mo-agem de trigo. Muitos dos 451 profissionais formados desde a

10 | Diálogo | JULHO/AGOSTO 2006 www.petybon.com.br JULHO/AGOSTO 2006 | Diálogo | 11www.donabenta.com.br

O Certrem ofe-rece há 26 anos cursos sobre tri-go e seus produ-tos derivados

1980Ano de criação do Certrem

1252Horas de aulas no curso de moleiro

451Moleiros formados

Contribuição decisiva na carreira

ituado no edifício-sede da J. Ma-cêdo, em Fortaleza, o Certrem contribuiu para a formação de

executivos renomados no mercado brasileiro. Um exemplo é o Diretor de Food Processor da Bunge Alimentos S/A, Martinho Silveira. Ele era estagiário no Moinho Fortaleza em 1979 quando João Parente, então diretor de J. Ma-cêdo, o convidou para participar do pri-meiro curso de moleiro.

Para fazer o curso, Martinho precisou adiar em um ano a formatura em Enge-

S

Executivos contam que o curso de moleiro é uma importante referência para o currículo

nharia Mecânica, ação da qual não se arrepende. “Hoje, 27 anos depois, te-nho plena consciência da importância da minha graduação em Engenharia Mecânica como fator de sucesso na minha vida profissional, mas foi o cur-so de moleiro do Certrem que me deu a verdadeira carreira da minha vida”.

O diretor superintendente da San-gati Berga S/A, Ricardo Pereira, era estagiário da J. Macêdo CAP na épo-ca do primeiro curso de moleiro, do qual participou parcialmente. A San-gati Berga é uma empresa de origem italiana que produz equipamentos de moagem e deu muito apoio para a realização dos cursos do Certrem, segundo João Parente (veja entrevista com ele na página 18).

Em 1979, como estagiário da J.

Em nosso país, o Certrem tem sido determinante na formação de profissionais que compõem toda esta cadeia produtiva. As informações que recebi em aulas no Certrem, logo no início de suas atividades, foram de fundamental importância para a minha formação

profissional. Ricardo Pereira, diretor superintendente da Sangati Berga S/A

O Certrem é uma história de sucesso, que tem contribuído de forma definitiva para a formação de profissionais de primeiro nível para a indústria moageira, prestando um serviço ímpar a essa indústria e ao Brasil. Martinho Silveira, diretor de Food

Processor da Bunge Alimentos S/A

Macêdo, Ricardo trabalhou direta-mente com Jean Pierre Vialanès, dire-tor do Moinho Dijon, que foi contra-tado pela J. Macêdo para ministrar o primeiro curso de moagem.

Ricardo afirma que a qualifica-ção profissional é um dos alicerces para o desenvolvimento tecnológico de qualquer setor e que na indústria moageira não é diferente. Segundo ele, o Certrem tem sido determinan-te na formação de profissionais que compõem toda esta cadeia produ-tiva. “As informações que recebi em aulas no Certrem foram de funda-mental importância para a minha formação profissional”.O diretor superintendente da Sanga-ti continua mantendo vínculos com o Certrem: ele ministra anualmente o

módulo Tecnologia de Moagem. “Fre-quentemente tenho a satisfação de encontrar ex-alunos do Certrem em diversos moinhos. Noto, assim como deles escuto, que o Certrem também foi para eles importantíssimo para sua formação profissional e, em conse-qüência, para o progresso de todo o nosso setor”, afirma. Parcerias de qualidade. A iniciativa de criar um curso de moleiro no Cea-rá, Estado que não é produtor de tri-go, causou surpresa no setor em um primeiro momento, mas foi viabiliza-da pelo empenho dos articuladores em torno do projeto e pelas parcerias com instituições e pessoas de credibili-dade no Brasil e em outros países.

“A iniciativa que a J. Macêdo teve de montar uma escola de moagem de trigo em Fortaleza foi algo de visioná-rio, difícil de acreditar que daria certo, e somente possível para empresários que pensam longe, muito longe”, afir-ma Martinho Silveira.

A qualidade do curso de moleiro surpreendeu o Diretor da Bunge Ali-mentos, bem como o conteúdo de cada um dos módulos aplicados. En-tre os professores do primeiro curso, estavam professores Doutores da Uni-versidade Estadual de Campinas (Uni-camp) e da Embrapa, bem como o francês Jean Pierre Vialanès, reconhe-cido como um dos grandes nomes da moagem mundial.

Segundo Martinho Silveira, as ins-talações preparadas em conjunto pela J. Macêdo e Senai para a realização daquele primeiro curso, como os equi-pamentos de laboratório, máquinas para moagem experimental, padaria experimental e biblioteca, mostravam a seriedade com que a J. Macêdo ha-via encarado seu objetivo de formar profissionais de primeira linha para atuar na indústria de moagem.

A partir da experiência com os moleiros, o Certrem se movimentou para ampliar a oferta de cursos. As-sim foram criados cursos de panifica-ção, confeitaria, culinária, massas ali-mentícias e biscoitos. n

Centro regional de credibilidade internacional

cApAcERTREm

curso de moleiro ainda é um universo predominantemen-te masculino. Do total de

mais de 450 alunos que passaram por esses cursos do Certrem, menos de 3% é formado por mulheres.

A baiana Rumena Bitencourt, de 28 anos, está neste grupo restrito. Rumena foi a primeira mulher a assumir a função de moleiro na J. Macêdo, onde entrou em 2000 como estagiária do Controle de Qualidade. Ela estava no último ano do curso de Química, no Cefet da Bahia.

Ao final do contrato de estágio, foi efetivada como laboratorista e trabalhou no turno noturno por aproximadamente um ano. Quando soube, em agosto de 2001, que estavam abertas as inscrições para o Curso de Moleiro 2002, recebeu incentivo de várias pessoas, incluin-do seu supervisor direto da época, Evilázio Uchoa, para participar da seleção interna. “A princípio, eu não sabia ao certo o que era ser moleiro, mas fiquei motivada porque o curso me pareceu oportuno para construir um futuro promissor”, conta.

Teve sucesso na seleção e no

O

Presença feminina

curso, o que resultou na função que assumiu na empresa. Ela fez parte da 20ª turma do Certrem, de 2002, for-mada por 24 alunos. Era a única mu-lher. “Só então começou a cair a ficha que conquistar espaço neste reduto masculino seria custoso”, ela lembra.

Concluído o curso, Rumena traba-lhou no cargo de moleiro júnior por dois anos e foi promovida à função de moleiro pleno em 2005. Hoje na Tri-goBrasil, é a única mulher a exercer essa função. “Meu trabalho é fazer fa-rinha. Nossa unidade mói 1.000 tone-ladas de trigo por dia. É preciso abas-tecer farinha para a fábrica de mas-sa, mistura e biscoito. Tenho também de monitorar o processo de moagem, que consiste em receber o trigo, pre-pará-lo e moer, com a máxima extra-ção, obedecendo a todos os padrões legais de qualidade e rendimento”.

Rumena diz ter orgulho de fazer parte de um movimento de inserção crescente das mulheres no mercado de trabalho, particularmente em áre-as ainda mais ocupadas por homens. “As mulheres provaram que além de ótimas cozinheiras, podem também ser boas motoristas, mecânicas, en-genheiras, advogadas e moleiras!” n

Rumena Bitencourt fez o curso de moleiro de 2002 e está na função de moleiro pleno desde o ano passado

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cApAcERTREmCentro regional de credibilidade internacional

tribuiu bastante. Estudamos muito o funcionamento do Certrem para a Unica”, afirma Henrique Sérgio Abreu, atual Secretário de Turismo de Fortaleza, que operou a montagem para a criação da instituição. Henrique Sérgio diz que a Unica.br foi criada com foco na produtividade. “É fazer com que as empresas produzam mais com menos recursos”, pontua.

A Unica.br tem atuação regional na cadeia produtiva de alimentos em diversas categorias, e por uma articulação capitaneada pela J. Macêdo junto ao Conselho Nacional do Trigo, sediado em São Paulo, a universidade atua em âmbito nacional no setor do trigo.

“A atuação da universidade corporativa orienta-se ao desen-volvimento de programas que

venham a agre-gar resultados imediatos às empresas

através de cur-

sos e treina-

mentos que envolvam

o aprender fazendo”, afirma Otaviano Costa, gestor da Unica.br. A universidade começou suas atividades em maio de 2005. Pelos cursos da instituição, já passaram 280 pessoas.

Segundo Otaviano, a instituição tem por objetivo formar profis-sionais com perfis de capacitação exigidos pelos setores produtivos através do desenvolvimento das competências consideradas críticas para a viabilização das estratégias de negócios das empresas que compõem o setor alimentício. n

Brasil conta atualmente com um parque moageiro formado por cerca de 200

moinhos. O trabalho dos moleiros tem como foco a combinação entre qualidade e maior produti-vidade industrial, com vista a uma melhor extração de trigo que pos-sa resultar em produtos cada vez mais nutritivos e saborosos para a sociedade, como massas, farinha de trigo, biscoitos e pães.

O curso de moleiro do Certrem tem início no primeiro semestre de cada ano. Para fazer inscrição, os candidatos devem obedecer a alguns pré-requisitos. Eles devem

O

Perfil dos participantes

ter mais de 18 anos, ter o Ensino Médio e estar vinculados profissio-nalmente a um moinho de trigo.

Após a fase de seleção, os alu-nos participam de um estágio su-pervisionado antes do começo do curso em um moinho industrial. No total, o estágio supervisionado e o curso somam 1.252 horas de aulas em um período de quatro meses.

Cada turma possui no máximo 24 alunos. No curso, os alunos são informados sobre diversos pro-cessos da moagem, como novas tecnologias, processo de compra de trigo, controle de custos, em-balagem e ensacamento. n

Integrantes do atual curso de moleiro que reúne profissionais de vários estados do Brasil

Queremos sempre oferecer o que o mercado tem de melhor, buscando e disseminando novas tecnologias, trabalhando o exercício de viver, aprender a pensar, a raciocinar, a comunicar, a

relacionar-se e a trabalhar em equipe. Francisco das Chagas Magalhães, diretor regional do Senai-CE

experiência do Certrem influenciou outra iniciativa de vanguarda para o

setor nacional de alimentos: a criação da UNICA.br - Universidade Corporativa de Alimentos do Brasil. A Unica.br também está vinculada ao Sistema Fiec / Senai-CE e suas instalações, da mesma forma que o Certrem, ficam no edifício-sede da J. Macêdo, em Fortaleza.

A universidade corporativa foi criada com a missão de contribuir para o desenvolvimento corpora-tivo – organizacional e individual – das empresas do setor de alimentos, por meio de ações que proporcionem o aumento do capital intelectual, gestão do conheci-mento e produti-vidade. Atualmente a instituição oferece 16 cursos de extensão nas áreas de logística, processos, marketing e vendas, gestão e finanças e controladoria.

“A experiência do Certrem con-

A

Referência para criação de universidade de alimentos

Reformulação e ampliação

Fernando Cirino Gurgel, ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec)

á cerca de 10 anos, o Cer-trem passou por um pro-cesso de ampliação e mo-

dernização de suas instalações. A instituição ganhou um auditório com capacidade para 140 pes-soas; passou a ocupar, por meio de contrato de comodato, três ao invés de dois pavimentos do edi-fício-sede da J. Macêdo e recebeu o nome de “Senador José Dias de Macêdo” em homenagem ao fun-dador da empresa. Essas medidas foram implantadas na gestão do industrial Fernando Cirino à frente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).

O Certrem está ligado ao Siste-ma Senai e é vinculado ao Sistema Fiec. “Quando vi a unidade do Certrem, percebi que uma boa

H

semente foi plantada lá, mas que era necessária uma grande refor-mulação. Foi uma medida acerta-da, pois o setor tem realmente um potencial enorme”, afirma.

Considerando que era fun-damental uma maior sinergia e parceria entre os setores das indústrias de moagem de trigo, instalou no Certrem as sedes dos sindicatos das Indústrias de Massas Alimentícias e Biscoitos do Estado do Ceará; das Indústrias de Panifi-cação e Confeitaria do Ceará e das Indústrias do Trigo nos Estados do Pará, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.

Ele conta que foi possível obter recursos para investir nas unidades do Senai e Sesi no Ceará principal-mente devido à sua participação na Comissão de Apoio Técnico e Ad-ministrativo (CATA) do Senai a nível nacional, a convite do então presi-dente da Confederação Nacional da Indústria Albano Franco. Por meio da CATA, conheceu o Senai no Bra-sil todo e estreitou relações com a direção nacional da entidade.

Fernando Cirino diz que batizar a instituição com o nome do funda-dor da J. Macêdo representou uma justa homenagem. “Foi um reco-nhecimento à iniciativa da J. Ma-cêdo e ao pioneirismo do senador José Macêdo na indústria de moa-gem de trigo. Historicamente, ele atuou de forma muito competente, muito dedicada. É uma legenda.” n

Instalações da entidade foram modernizadas

1� | Diálogo | JULHO/AGOSTO 2006 www.petybon.com.br JULHO/AGOSTO 2006 | Diálogo | 1�www.donabenta.com.br

que, em Fortaleza, criou o Certrem - Centro Regional de Treinamento em

Moagem e Panificação Senador

José Dias de Macêdo, em

Centro regional de credibilidade internacional

cApAcERTREm

o chegar do exterior em 1977, após ter terminado meu tra-balho de doutorado em tec-

nologia de moagem e panificação, chamou-me a atenção a carência de produtos derivados do trigo nas gôndolas dos supermercados.

Qualidade de farinha de trigo era praticamente restrita a parâ-metros de extração e se restringia às denominadas farinhas comum ou especial. Praticamente não exis-tiam produtos com valor tecnoló-gico agregado.

Atualmente, o cenário é total-mente diferente, a diversificação é muito grande tanto nos produtos oferecidos ao consumidor quanto aqueles direcionados às indústrias que processam derivados do trigo.

Vários foram os fatores que contribuíram para a agregação de tecnologia no setor. Entre estes, sem dúvida, merece registro a iniciativa pioneira do grupo J. Macêdo

O papel do Certrem na indústria do trigo

A

César Ciacco é professor-titular da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, ex-diretor do Instituto Uniemp (Fórum Permanente das Relações Universidade-Empresa) e ex-editor da revista da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos.

Leitura, música, passeios, diversão. Dicas de todo o Brasil.

OLHAQuELEGAL

LIVRO “COMO SE TORNAR UM LíDER SERVIDOR”Indicação de Marília Brito NascimentoRH — Salvador, BA

ServiçoTítulo: Como se tornar um líder servidorAutor: James C. HunterEditora: SextantePáginas: 144Preço Médio: R$ 15,00

“Mesmo autor do monge e executivo. Complementa-ção desse livro sobre lideranças e é muito interessante. É uma continuação. Mostra uma liderança servidora, o líder também tem de servir. Tem pontos bem interessantes.”

PASSEIO CAROLINA (MA) Indicação de Cíntia Ferreira LinsSuprimentos — Fortaleza (CE)

Cíntia mora em Fortaleza, mas é natural do Maranhão, e a sugestão dela é a cida-de de Carolina, que fica em seu Estado de origem. “É um lugar lindo, com muitos rios e ca-choeiras. Há várias opções de pousadas de estilo antigo e aconchegante”, afirma. O município possui 22 rios perenes de águas sem problemas de poluição. Foi justamen-te pela quantidade de recursos hídricos na região que o município recebeu o título de “Paraíso das Águas”. O nome da cidade é uma homenagem à esposa de D. Pedro I, a imperatriz Carolina Leopoldina.

DVD “O ADVOGADO DO DIABO” Indicação de Grazielle Sant´AnnaRH – São José dos Campos, SP

ServiçoTítulo: O Advogado do DiaboPreço Médio: R$ 25,00Distribuidora: Warner Home VideoAno de produção: 1997

CD “FROM THE INSIDE” Indicação de Debora BrunelliSecretária da Diretoria Comercial — Lapa, SP

“A maior parte de seu repertório é composto pela própria cantora. Além das músicas românticas, também escreve letras reflexivas e outras de apelo social.”

ServiçoTítulo: From The Inside — Laura PausiniPreço: R$ 55,00Gravadora: Atlantic / WEA

ServiçoCarolina fica a 897 km de São Luís (MA), de onde saem ônibus diários da empresa Expresso Açailândia. Outra forma de chegar lá é pegar um trem da Estrada de Ferro Carajás. Para outras informações, acesse o site www.carolina.com.br

“Este filme é para qualquer ocasião e para todas as épocas. Ele mostra o lado sombrio das pessoas que nin-guém quer ver. Mostra até onde o ser humano pode ir, dentro do que a gente às vezes até pensa que é justo, e o mal que nossas ações podem causar.”

1980.Como o primeiro centro voltado

para a qualificação de técnicos em moagem, estruturou no Brasil o primeiro programa de cursos para formação de moleiros e iniciou suas atividades visando à capacita-ção de pessoal tecnicamente quali-ficado para trabalhar em moagem e panificação.

Desde sua criação formou mais de 400 profissionais moleiros e outros tantos na área de tecnolo-gia de panificação contribuindo de maneira significativa para transfor-mar a área de tecnologia do trigo no Brasil.

Para nós, pesquisadores da área de moagem e panificação, o Certrem contribuiu de maneira decisiva, através dos técnicos ali formados, para o desenvolvimento de um ambiente propício no meio industrial para a interação efetiva entre os centros geradores de co-nhecimento e a indústria.

O reflexo desse ambiente, emol-durado pela iniciativa de 1980 em Fortaleza, hoje pode ser visto, toca-do e prazerosamente consumido nos produtos à disposição do consumi-dor brasileiro. n

Sinopse: O novo livro de James C. Hunter reúne de maneira simples, concisa e clara os princípios da liderança servidora apresentados em seu livro anterior, “O monge e o executivo”. Trata-se de um livro que facilita a aplicação desses princípios em sua vida e no trabalho.

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m meados da década de 1970, o setor de trigo no País estava apreensi-vo. O governo brasileiro estava na iminência de

acabar com o incentivo fiscal do tri-go, que tinha um preço controlado. As mudanças previstas no cenário iriam exigir que as indústrias do setor adequassem suas políticas e práticas. Tornaram-se necessárias ações para otimizar a extração do trigo e prepa-rar pessoas para escolher e comprar essa matéria-prima, o que era mono-pólio do Governo.

Nesta época, além dessa inquie-tação no mercado, as empresas ainda tinha de trazer de outros países profissionais fundamentais para seus moinhos – os moleiros. A partir de sua característica de antecipação de futuro, a J. Macêdo se movimentou para formar profissionais não só para atender às próprias necessidades, mas também de todo o setor do trigo.

O engenheiro João Parente esteve à frente de todo o processo de arti-culação que resultou na criação do Certrem – Centro Regional de Trei-

E

ENTREvISTAEle costurou alianças para viabilizar o que hoje é um dos cursos de moagem de maior credibilidade na América Latina. João Parente era diretor de J. Macêdo quando o Certrem foi criado. Nesta entrevista, ele fala da receptivida-de de outros Estados diante do projeto de criar um curso de moleiro no Ceará e da importância que a entidade conquistou.

JOÃO pARENTE

Débora CronembergerAssessora de Comunicação da Presidência

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namento em Moagem e Panificação Senador José Dias de Macêdo. Em nome de J. Macêdo, onde ocupou um cargo de diretoria por 15 anos, João Parente costurou diversas e im-portantes parcerias para viabilizar, em 1979, o primeiro curso de moleiro no País. A credibilidade desse trabalho resultou na formalização do Certrem no ano subseqüente.

Até hoje, João Parente atua na entidade que ajudou a criar. Ele é responsável por um dos módulos do curso de moleiro, com foco na parte estratégica. Hoje sua principal atividade é a de diretor-executivo do Planefor – Plano Estratégico da Região Metropolitana de Fortaleza, organização não governamental que articula, planeja e executa projetos focados no desenvolvimento local urbano da Região Metropolitana de Fortaleza. O Planefor tem a J. Macêdo como uma das empresas fundadoras e mantenedoras.

Acompanhe a seguir o relato de João Parente sobre os passos que leva-ram à criação do Certrem e ao reconhe-cimento nacional e internacional dos cursos oferecidos pela instituição.

Diálogo. O senhor esteve à frente de toda a articulação que resultou na criação do Certrem. O que motivou a J. Macêdo a assumir essa movimen-tação naquela época?João Parente. A indústria moageira no Brasil se formou efetivamente na década de 1950. Nessa década vi-nham de outros países os montadores de moinhos que depois praticamente ficavam com a função de chefes-mo-leiros. Eles vinham principalmente da Suíça, Alemanha, Itália e Áustria. Percebemos que eles não se preocu-pavam com a formação de novos pro-fissionais. A gente até desconfiava se não haveria algum interesse da parte deles de garantir uma estabilidade na sua função. A moagem de trigo era uma caixa preta nessa época.

Diálogo. Qual era a representativi-dade da J. Macêdo no setor de trigo nesse período?João Parente. Em 1975, a J. Ma-

cêdo já vinha empresariando com muita força a moagem de trigo, era o maior produtor brasileiro na época. Eu organizava a divisão de moinhos sob a supervisão do Amarílio Macêdo e ocupava a posição de assistente de diretoria naquela época. Dentro de uma visão de futuro muito marcante nesse grupo empresarial, vislumbra-va-se preparar a organização para uma possível desregulamentação governamental do setor moageiro.

Diálogo. Qual seria o impacto no setor diante da mudança que se vislumbrava?João Parente. Naquela época havia o incentivo fiscal do governo. O trigo

tinha um preço subsidiado, controla-do, e havia tendência de mudar essa circunstância. Era necessário adequar as empresas em sua política industrial, mercadológica e, sobretudo, na indis-pensável competência técnica e geren-cial das áreas de produção, otimizar a extração com boa performance e qualidade para uma clientela que se-ria cada vez mais exigente, formando pessoas para escolher e comprar o trigo, o que até então era monopólio do Governo. Em conclusão, era preciso abrir a caixa preta e formar pessoas.

Diálogo. A partir dessa constatação, qual foi o primeiro passo para mudar esse cenário?João Parente. Procurei o Senai

DE OLHO NO fuTuRO

nacional e nessa procura tive ajuda de um diretor do Senai do Ceará, falecido recentemente, senhor Almir Caiado Fraga, que era meu colega de magistério na Universidade Federal do Ceará (UFC). O Senai é um órgão de treinamento, é o órgão por exce-lência para conduzir e administrar o Certrem. Levamos uma proposta para montar, em Fortaleza, o primeiro curso de formação de moleiros, com apoio do Sindicato dos Moinhos de Trigo do Norte e Nordeste, que era presidido pelo Amarílio.

Diálogo. Como foi a receptividade no Senai nacional diante da proposta de um curso de moleiro feita logo por um Estado sem plantio de trigo?João Parente. A reação dos dire-tores nacionais do Senai foi de riso, indagando: “Como é que vocês que-rem formar moleiro no Ceará se não se cultiva trigo no Estado?” Não nos aco-modamos com essa reação e procura-mos então fazer um documento com análise da função do moleiro e com a participação de pedagogos do Senai e de J. Macêdo. Nessa altura, surgiu um curso de moagem em Buenos Aires e J. Macêdo apoiou minha participação nesse curso, que era ministrado pelo professor Claude Willm, de Paris, da ENSMIC, a escola de moagem da França. Lá eu pude conversar com o professor sobre o curso no Ceará e ele se dispôs a nos ajudar. Fiz contatos com a Unicamp, que tinha um setor de alimentos, e aqui falei com a UFC, na área de Tecnologia de Alimentos. Passamos a ter um suporte muito im-portante de um engenheiro francês, Jean Pierre Vialanès, que era diretor do Moinho Dijon e foi contratado pela J. Macêdo para morar no Ceará. Vialanès proporcionou-nos excelente colaboração, ministrando os conhe-cimentos técnicos do primeiro curso de moagem.

Diálogo. Que entidades internacio-nais colaboraram com a construção dos cursos de moleiro?João Parente. Tínhamos alguns relacionamentos externos muito importantes. Um foi com a US Whe-

O papel do Certrem tem sido

fundamental não só em relação ao trigo, mas também em relação aos seus produtos.

18 | Diálogo | JULHO/AGOSTO 2006 www.petybon.com.br JULHO/AGOSTO 2006 | Diálogo | 1�www.donabenta.com.br18 | Diálogo | JULHO/AGOSTO 2006 www.petybon.com.br

ocê tem curiosidade de saber algu-ma informação sobre a história de

J.Macêdo ou a trajetória do fundador da empresa? Então, envie sua pergunta sobre a vida, obra, valores e crenças do nosso fundador José Dias de Macêdo, para o e-mail [email protected], que ele responderá nesta seção fixa da sua revista Diálogo. Participe e confira a resposta nas próximas edições.

Alex dos Santos Villela – TI (Rio de Janeiro, RJ). Quais foram as pessoas e personagens históricos que mais influenciaram o senhor?

José Dias de Macêdo. A pessoa que mais me influenciou foi o meu irmão Antônio Macêdo. Ele foi para mim como um segundo pai. Me estimulou nos estudos, nos valores morais e espirituais e me animou a fazer ginástica, um hábito saudável que conservo até hoje. No meu desenvolvimento empresarial, o primeiro apoio recebi do meu padrinho José Torquato, que me deu o traba-lho de caixeiro durante um ano da minha adolescência e tempos depois com-prou um barco a vela e me arrendou para o transporte de açúcar do porto de Cabedelo [PB] para Fortaleza. Depois tive a grande oportunidade que me foi dada pelo meu cunhado Carlindo Cruz. Ele me chamou para ser seu sócio no seu escritório de representação comercial. Foi daí que nasceu a J. Macêdo.

Fui influenciado também pelo meu amigo Raúl Barbosa, que quando go-vernador do Ceará, colaborou para a montagem do nosso primeiro moinho de trigo, que foi também o primeiro moinho do Ceará. Foi por influência dele que acabei entrando na política. No meio político fiz bons amigos e muito aprendi com o governador Virgílio Távora e com Flávio Marcílio, que foi vice-governador do Ceará e presidente da Câmara Federal. Eles eram como irmãos para mim. A escritora Rachel de Queiroz, sempre me impressionou pela sua modéstia, uma das qualidades que mais admiro no ser humano. Ora, ela com toda a expressão que tinha na intelectualidade brasileira, era completamente despojada de qualquer pose. Tive muita satisfação de recebê-la na minha fazenda Canhotinho [Quixeramobim-CE] e constatar a grandeza da sua sim-plicidade. Quando eu era jovem li um livro intitulado “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, de um autor chamado Dale Carnegie. Esse livro marcou muito a minha maneira de me relacionar com as pessoas. Já de personalida-des históricas não lembro de alguém que tenha me influenciado diretamente, mas de algumas figuras por quem tenho muita admiração. Posso dizer que Abraham Lincoln, pelo espírito público; Barão de Mauá, pela capacidade em-preendedora; e Assis Chateaubriand, pela ousadia, embora este tenha tido muitos comportamentos que deixaram a desejar.

V

pERGuNTE AOfuNDADOR

Paulo Parodi – Custos/Controladoria (Fortaleza, CE)Com sua experiência ao longo de tantos anos a frente de J. Macêdo e já ten-do trabalhado com muitos gestores diferentes, quais são na sua opinião as 3 principais virtudes que um líder deve ter e quais os 3 erros que não deve co-meter ao gerenciar uma equipe ?

José Dias de Macêdo. Para mim as três principais virtudes de um líder de empresa são: 1) montar sua equipe com auxiliares mais capazes do que ele nas suas áreas de competência; 2) saber encontrar virtudes entre os defeitos que todas as pessoas têm; 3) simplicidade.

Quanto aos três erros que considero inadmissíveis em um executivo, cito os seguintes: 1) não respeitar os valores da organização onde trabalha; 2) não saber trabalhar em equipe; 3) arrogância e pedantismo.

at, que tinha muito interesse em assegurar o Brasil como cliente, pois era exportadora de trigo, e a Kansas State University, onde eu havia parti-cipado de um curso. A Kansas Wheat Commission deu uma importante contribuição aportando ao Certrem um valioso moinho piloto, o pri-meiro a existir no Brasil, para teste de trigo e análise de diagramas de processos de moagem. Esses órgãos nos deram muito apoio, inclusive mandando pessoas para cá para serem instrutores do curso de reciclagem do Certrem. Outro apoio foi do American Institute of Bakery, instituto voltado à panificação nos Estados Unidos que também colabo-rou conosco já na área da panifica-ção. Mandamos pessoas para lá para serem treinadas como instrutores. Outro apoio muito importante foi do Instituto Canadense de Grãos, onde passei um mês a convite deles depois do primeiro curso de moleiro. Esse Instituto proporcionou um programa de intercâmbio durante um mês para 10 instrutores de panificação do Brasil coordenado pelo Certrem. Outra rede foi a ENSMIC, da França.

Diálogo. Os cursos do Certrem fo-ram planejados para ter maior foco em um derivado particular do trigo?João Parente. Não, os cursos foram planejados para ter maior foco no genérico do trigo, desde a qualifica-ção do trigo à definição de ajudar os compradores de trigo, que importam do Sul do País, Canadá e Estados Unidos. Depois orienta a parte de limpeza, a moagem propriamente dita até a utilização do trigo nos diversos segmentos. Foi importante a contribuição da Sangati do Brasil, que até hoje vem contribuindo com textos técnicos e ensinamentos de tecnologia da moagem. Essa empresa foi associada com a Cemec para im-plantar a primeira fábrica de equipa-mentos de moagem no Brasil. Depois se desligou da J. Macêdo e está com sede atualmente em São Paulo.

Diálogo. O senhor comentou que houve um descrédito inicial em outros

Estados diante da articulação do curso de moleiro ser feita a partir do Ceará. Qual foi a repercussão a partir da ava-liação dos primeiros cursos?João Parente. Os outros Estados reconheceram a qualidade e o valor que tinha o Certrem. O curso de formação de moleiro

ficou muito prestigiado. Teve uma questão importante também que foi a da panificação. Estávamos atentos à formação de moleiro, mas também às indústrias oriundas do trigo: pani-ficação, biscoitos e massas e também a parte de rações animais. Na parte de panificação, o Brasil era muito frágil na formação de panificadores. A gente só conhecia um curso no Paraná e outro em São Paulo. Não era uma coisa muito consistente.

Diálogo. Com base nessa carência,

foi idealizado um curso específico para a panificação no Certrem?João Parente. Exatamente. Fizemos uma pesquisa em várias indústrias de panificação do Norte e Nordeste e montamos um grande seminário, em que vieram 80 pessoas a Forta-leza dessas indústrias existentes, e também professores de panificação. Trouxemos uma pessoa que passou a ser muito importante, o professor Raymond Calvel. O senhor Vialanès colaborou na formação de novos docentes e conquistou a colaboração de eminentes professores de moa-gem e panificação, como o próprio professor Willm e o professor Calvel. Eles estiveram várias vezes propor-cionando cursos no Brasil a convite da J. Macêdo.

Diálogo. Inclusive o professor Calvel é referência mundial na panificação e escreveu um livro que é um marco para o setor, “O pão francês e os pro-dutos correlatos”, que foi editado no Brasil pela J. Macêdo.João Parente. Para você ver a importância do professor Calvel, foi ele quem introduziu o pão no Japão. Graças ao professor, o pão se chama “le pain” no Japão. Ele montou umas tendas em que o pessoal da França, do Canadá e dos Estados Unidos dava cursos de panificação para acostumar os jovens a consumir pão. Depois ele trabalhou nos Estados Unidos em algo muito impor-tante, a valorização do autêntico pão francês, a introdução do pão baguete, sempre tendo em vista o pão que ele considera autêntico. Ele editou o livro “O pão francês e os produtos correlatos” primeiro no Japão. Depois fizemos uma edição brasileira,

que eu coordenei. É o principal livro de panificação feito no Brasil.

Diálogo. Qual o conceito de pão autêntico para o professor Calvel?João Parente. Ele participou conos-co de um seminário em 1982 e uma professora da UFC da área de alimen-tos perguntou a ele o que é um bom pão. Ele respondeu e gostou tanto da resposta que colocou na capa de todas as edições da revista da Associação dos Antigos Alunos e Amigos do Pro-fessor Calvel: “O bom pão, qualquer que seja o País ou o tipo, é aquele panificado com respeito à natureza das coisas”. Ele é contra os aditivos e a favor do uso da farinha natural e da fermentação natural.

Diálogo. Qual era a grande motiva-ção para fazer toda essa articulação em favor do setor de trigo?João Parente. A J. Macêdo tinha toda a receptividade para esse tipo de programa. Houve um momento que o pessoal de São Paulo tentou fazer algo no estilo do Certrem, mas não pegou. O curioso é que o Certrem é Centro Regional de Treinamento em Moagem, mas é como se fosse na-cional. É o único centro de formação de moleiro da América Latina. Rece-bemos até pessoas de outros países.

Diálogo. O que o senhor acha que o Certrem representa hoje

para o setor de trigo?João Parente. No meu ponto de vista, ele tem esse papel funda-mental na formação de moleiro. Creio que deve desenvolver mais do que faz em termos de aperfeiçoamento dos moleiros que foram gra-duados aqui. O papel do Certrem nesses anos to-dos tem sido fundamen-tal não só em relação ao trigo, mas também em relação aos seus produ-tos. É uma entidade da maior importância para o setor nacional. n

O curioso é que o Certrem é

Centro Regional de Treinamento em Moagem, mas é como se fosse nacional.

O livro do francês Raymond Calvel é a principal obra publicada sobre panificação no Brasil

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Assinatura de contrato do Centro de Memória Dinâmica

EvENTOLOBATO

legado de Monteiro Lobato lado a lado com a história da J. Macêdo. A união de valo-

res como a brasilidade e a esperança e o trabalho pelo desenvolvimento do Brasil estará representada no Centro de Memória Dinâmica Monteiro Loba-to (CMDML), que será criado no edifí-cio-sede da J. Macêdo, em Fortaleza.

A cerimônia de assinatura do con-

O

Encontro de brasilidade

Centro de Memória Dinâmica Monteiro Lobato nasce para fortalecer com pere-nidade a ampliação de conexões entre os instrumentos dinami-zadores da cultura e da economia

trato de instituição do CMDML foi re-alizada no dia 24 de agosto, no edifí-cio José Dias de Macêdo, com a pre-sença da neta do criador do Sítio do Picapau Amarelo, a arquiteta Joyce Campos, de Jorge Kornbluh, Diretor da Monteiro Lobato Licenciamentos, e dos jornalistas Vladimir Sacchetta, editor de conteúdos do sítio de Lo-bato na Internet, e Márcia Camargos, que juntamente com Sacchetta é au-tora da biografia “Monteiro Lobato: Furacão na Botocúndia”. O livro foi a base de um documentário de mesmo nome que foi exibido no evento.

O auditório do Certrem – Centro Regional de Treinamento em Moa-gem e Panificação Senador José Dias de Macêdo ficou lotado de pesso-as que conheceram mais da história de vida e da obra de Lobato, que em

muito combinam com os valores da J. Macêdo.

O presidente-executivo da J. Ma-cêdo, Amarílio Macêdo, afirmou que o objetivo é disponibilizar o CMDML antes da celebração dos 70 anos da empresa. “J. Macêdo, como resultan-te da vida empresarial de José Dias de Macêdo, motivou-se pela essência de brasilidade resgatada e extraída da alma da nossa gente por esse gênio chamado Monteiro Lobato”, reforçou.

Dona Joyce Campos lembrou que Lobato apostava no sonho. “Como ele mesmo disse, tudo é loucura e sonho no começo. Mas tantas coisas se re-alizaram que não temos o direito de duvidar de mais nada. Vejo aqui, hoje, mais uma vez, o reconhecimento dos brasileiros a um homem que amava o Brasil”, afirmou.

Por que um Centro de Memória? Com quase sete décadas de atividade, a J. Macêdo acumulou uma destacada história empresarial de natureza eco-nômica, social e cultural, que precisa ser difundida por meio de um sistema organizado e interativo de informa-ções. O Centro de Memória vem cum-prir esse papel de dinamizador dessa experiência inspirada sempre no dese-jo de chegar antes ao futuro.

A J. Macêdo é uma empresa es-sencialmente brasileira, marcada pelo pioneirismo e pela capacidade de es-tabelecer vínculos permanentes en-tre empreendedorismo com ousadia, inovação, compromisso com o desen-volvimento sustentável e mobilização para a prática da cidadania respon-sável. Por isso foi capaz de antever as atitudes e os valores que prevalece-riam diante das transformações que se processaram ao longo da sua existên-cia, produzindo resultados econômi-cos, políticos, sociais, culturais e com-portamentais, resultantes de uma in-tensa ação empresarial produtiva.

O CMDML nasce para fortalecer com perenidade a ampliação de co-nexões entre os instrumentos dina-mizadores da cultura e da econo-mia, como contribuição ao desenvol-vimento integrado e sustentável do País, tendo como inspiração o imagi-nário brasileiro exaltado e enri-quecido por Monteiro Lobato em sua vida e obra.

Por que Monteiro Lobato? Dos intérpretes do Brasil, Mon-teiro Lobato foi um dos mais completos, porque além de investigar e pensar o País, ele agiu e instigou os outros a agi-rem. Lobato não se acanhou com as limitações do seu tem-po. Pelo contrário, antecipou-se permanentemente a eventos de um futuro que ainda não se re-alizou totalmente.

A sintonia entre a mentalida-de empreendedora de Monteiro Loba-to e do grupo empresarial J. Macedo, levou-nos a escolher o nome de Loba-to para a denominação do nosso Cen-

Amarílio Macêdo, José Macêdo e Dona Joyce Campos no evento de lançamento do Centro de Memória Dinâmica

om a concordância da fa-mília de Monteiro Lobato, J. Macêdo denomina o seu

Centro de Memória, prestando um tributo à vida e a obra desse notável brasileiro. Ao criar o Sítio do Picapau Amarelo, Lobato jun-tou características de brasilidade em um espaço imaginário, obje-tivando preparar as crianças para construírem o Brasil moderno com o qual sonhava. Sua obra infantil, a ri-gor, é uma pe-dagogia para o desenvolvi-mento de um país enraizado em suas vertentes cul-turais, mas inserido no mundo global. No Sítio ele construiu a ambiência para o abra-sileiramento de tudo o que o mundo produz de melhor para melhorar a vida dos brasileiros. Obra na qual Dona Benta é a perso-nagem que funciona como

catalisadora e fio con-dutor das metáforas lobatianas de brasilidade.

Dona Ben-ta incorpora a figura do adulto que estimula a imaginação das crian-ças, que harmoniza

divergências,

Nossa Dona Benta comumC que integra

diferenças e que valoriza as inovações que vão modifican-do o mundo. Proprietária do Sítio, ela tem a compreensão plena de sua responsabilidade e a exerce

motivando cada um a ser o melhor no que faz. É a gran-de pedagoga do desenvol-vimento humanizado.

A Dona Benta criada por Monteiro Lobato, nos anos 1920, teve a parte de culinária bra-sileira de sua força metafórica amplia-da com o lança-mento, nos anos

1940, do livro de receitas da Dona Benta “Comer Bem”,

best seller da Companhia Editora Na-

cional, fundada em 1925 por Monteiro Lobato e Octalles Ferreira. Por sua vez, o livro contribuiu para ampliar a popularização do imagi-nário de Brasilidade que gravita em torno da aura da Dona Benta.

Em 1979, com o lançamento da farinha de trigo Dona Benta, houve uma ampliação da exposição do nome Dona Benta com milhões de pacotes ocupando as prateleiras dos supermercados de todo o País e chegando às mesas das famílias brasileiras. Ao fazer essa agregação, J. Macêdo, com o prestígio da sua principal marca, vem dando sua contribuição à perenidade da Dona Benta no imaginário nacional. n

“Dona Benta Comer Bem”, best-seller da Companhia Editora Nacional, lançado na década de 1940. O livro “Serões Dona Benta” mostra que no Sítio do Picapau Amarelo a Dona Benta funciona como uma pedagoga do desenvolvimento humanizado. Com a marca Dona Benta, J. Macêdo colocou a personagem na mesa da família brasileira

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onteiro Lobato certamente ficaria muito feliz em sa-ber que foi o pivô de uma

história de amor bem diferente que envolveu uma moça do Ceará e um rapaz da Geórgia, país que perten-cia à antiga União Soviética.

Florice Pereira Gogadze, de 26 anos, e Lasha Gogadze, de 31 anos, se conheceram em 2001 em Colônia, na Alemanha. For-mada em Letras pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Florice ganhou uma bolsa de estudos para fazer o curso de Germanís-tica na Universidade de Colônia. Lasha estava lá fazendo Mestrado em Arquitetura e estava hospeda-do na mesma república estudantil que recebeu Florice.

Ao se conhecerem, Florice dis-se que era brasileira e ouviu de Lasha: “Então você é da terra de Narizinho?” Impressionada, ela perguntou como ele sabia. “Eu lia Monteiro Lobato quando era

M

Lobato em georgiano

criança”, disse o rapaz.Ao perceber a moça meio des-

confiada de que tudo não passasse de charme para se aproximar dela, Lasha mostrou-lhe um livro de Monteiro Lobato que é uma verda-deira relíquia de família. “Monteiro Lobato era bem conhecido entre meus amigos e foi quem me atraiu para a literatura brasileira”, conta Lasha. “Achei fantástico alguém de um país que eu nunca tinha ouvi-do falar me dizer que lia Monteiro Lobato, que tem tudo a ver com a minha infância, a minha cultura”, diz Florice.

Florice e Lasha estiveram pre-sentes ao evento da assinatura de contrato do CMDML. Conheceram a neta de Monteiro Lobato, dona Joyce, encantaram os presentes com sua história e mostraram o livro em georgiano que marcou o início de um belo relacionamento. Os dois estão casados há quatro anos e moram em Fortaleza. n

Florice e Lasha com dona Joyce e o livro“Sítio do Picapau Amarelo” em georgiano

tro de Memória Dinâmica, como uma homenagem a essa personalidade de notável antevisão desenvolvimentista para o Brasil.

As convergências entre Lobato e J.Macêdo vão mais além. Assim como J.Macêdo enfrentou a informalidade tributária dominante, investiu na sus-tentabilidade ambiental antes dela ser cobrada pela sociedade organizada, antecipou-se na valorização do talen-to humano, pagando o 13º salário antes de sua obrigatoriedade legal e estimulou o fortalecimento do ensi-no profissionalizante, a obstinação, a coragem, o desejo de desenvolver o país e de promover seus cidadãos mo-tivaram as iniciativas de Monteiro Lo-bato, que se engajou em campanhas memoráveis pela produção do ferro e do petróleo – produto do qual o Brasil tornou-se auto-suficiente, em 2006, como ele próprio previu há mais de meio século. A criação das bases da indústria editorial no país e da literatu-ra infanto-juvenil genuinamente bra-sileiras são, entre outros, importan-tes legados do escritor que ressaltam sua genialidade. Sua obra infantil, a rigor, é uma pedagogia para o desen-volvimento de um Brasil enraizado em suas vertentes culturais, mas inserido no mundo global.

O que é o CMDML? O Centro de Memória Dinâmica Monteiro Lobato é um dos instrumentos de articulação das ações de compromisso social de J. Macêdo, que abrangem a geração de alianças duradouras nos campos da formação profissional, da educação cidadã, da cultura, do desenvolvimen-to local, da cooperação empresarial e

da democratização da informação.A partir da valorização da brasili-

dade, dos negócios da J. Macêdo, da difusão da vida e obra de Monteiro Lobato e de José Dias de Macêdo, o CMDML tem como objetivo estimu-lar as pessoas a se reconhecerem na

diversidade singular da cultura bra-sileira e na sua relação com o mun-do, despertando-as para a realização do potencial de um País que fala a mesma língua em toda a sua exten-são continental e é privilegiado pela abundância das suas riquezas natu-rais e culturais.

O CMDML desenvolve-se e difun-de-se em duas plataformas, uma físi-ca e outra virtual. Entendendo-se por físico o espaço em que estiver instala-do o equipamento de projeção mul-timídia, chamado “Porviroscópio”; e,

por virtual, a disponibilização de aces-so externo aos conteúdos do Cen-tro, através da internet ou por outros meios de comunicação eletrônica.

A memória difundida no CMDML, através do Porviroscópio, é dinâmica, impulsionada para o devir e não limi-tada ao passado. Essa desconstrução da linearidade do tempo ganhou sen-tido para J. Macêdo pela convergência com o conceito de “raízes no futuro”, que já vinha sendo trabalhado pela empresa na apresentação de sua ima-gem institucional.

A idéia do Porviroscópio, que se materializa no equipamento de pro-jeção do CMDML, foi concebida ale-goricamente pelo escritor Monteiro Lobato, para captar, por meio do que ele chamou de coletor de onda Z, fa-tos e acontecimentos do passado e do futuro, exibindo-os em uma tela como a de televisão ou de cinema. O ponto alto dessa ficção de Lobato re-side na antevisão das comunicações através de ondas eletromagnéticas. Este processo, que ele chamou de “rá-dio transporte”, foi uma antecipação do mundo informatizado das redes de computadores, fibras óticas e infovias da atualidade.

Quais são os conteúdos do Cen-tro? O CMDML será situado em Forta-leza no edifício José Dias de Macêdo, onde funciona a sede da J. Macêdo, e será composto de quatro módulos com conteúdos que serão projetados como se fossem em um planetário, de acordo com programações flexíveis, adaptadas aos interesses de cada pú-blico visitante. Essas exibições contem-plam interesses sociais, culturais, histó-

O contrato da instalação do CMDML foi assinado por Jorge Kornbluh (1º à esquerda) e dona Joyce Campos (�ª à esquerda) pela Monteiro Lobato Licenciamentos e José Macêdo (6º à esquerda) e Roberto Macêdo (1º à direita) pela J. Macêdo, tendo como testemunhas a Secretária de Cultura do Ceará, professora Cláudia Leitão (�ª à esquerda) e a presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Fortaleza, jornalista Beatriz Furtado (2ª à direita)

ricos, organizacionais e empresariais, com as seguintes informações:

>> Módulo1. Vida e a obra do Fun-dador da J. Macêdo, José Dias de Macêdo, com relatos da sua história, filosofia de vida, premiações e reali-zações como empreendedor, empre-sário, político e cidadão, com relatos, depoimentos, discursos, entrevistas, imagens e aspectos da sua valoriza-ção da família, das pessoas, da natu-reza, das artes e do seu apego pela vida no campo.

>> Módulo2. Evolução do modo J. Macêdo de empresariar, pautado per-manentemente pelo arrojo, pioneiris-mo e conduta ética. Este módulo con-ta os feitos de uma trajetória empre-sarial que se inicia, em 1939, no Cea-rá, como um simples escritório de re-presentação comercial, até a atuação da J. Macêdo, como líder brasileira em farinha de trigo doméstica, em mistu-ras para bolos e vice-líder em macar-rão; da Hidracor, como líder brasileira em tintas hidrossolúveis; e da Cemec, como detentora de 13% de participa-ção no mercado brasileiro de transfor-madores de distribuição nas conces-sionárias de energia.

>> Módulo3. Presença da J. Macêdo no mercado brasileiro. A participação dos produtos no mercado, a arquite-tura e histórico das marcas, catego-rias de produtos, inovações, cursos de culinária, receitas, atendimento ao consumidor, promoções, trade-marketing, participação em feiras e eventos, características dos produtos, lançamentos e premiações.

>> Módulo4. Vida e obra de Monteiro Lobato, com imagens do escritor, de seu universo iconográfico (seus familia-res, locais onde viveu, documentos es-critos e manuscritos), além de citações de sua autoria. Farão também parte dos conteúdos lobatianos reproduções de capas dos livros escritos e traduzi-dos por Lobato e representações his-tóricas de seus personagens, especial-mente da Dona Benta, que é a mais importante marca de J. Macêdo. n

Monteiro Lobato: homenagem da J.Macêdo

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CuriosidadeVocê sabia que há um site sobre mulas? (www.mulas.com.br) Esta página in-teressante tem como proposta levar a todos os interessados, seja por negócio, hobbie, lazer, pesquisa ou apenas curiosidade, informações gerais sobre a espé-cie asinina (jumentos, mulas e burros) e seus deri-vados. O responsável pela cons-trução e manuten-ção desse site é o Paulo Roberto Mota Ro-drigues, supervisor administrati-

vo em Itapetininga. Paulo já é procurado por pes-

soas do exterior para saber sobre a criação de mulas no Brasil. Parabéns Paulo e su-cesso! n

20 anos. No dia 1º de julho de 1986, o Papa João Paulo II visita a Colômbia. No Brasil, em São José dos Campos, é admitido o An-tonio Fernandes Cavalcanti Neto e, em Salvador, é a vez da Elisabete Machado dos Santos. Em agosto de 1986, a Volkswagen anuncia o fim da produção do Fusca. No primeiro dia do mês de agos-to, Ligia da Silva Arruda dá início à sua trajetória em J. Macêdo, em Maceió

1� anos. Em julho de 1991, quando ingressam em J. Macêdo o Roque Haas (1/7) em Itajaí, o Valdir Neri dos Santos (3/7) em Salvador e a Débora Mira Ferrei-ra (17/7) em Simões Filho, a gran-de muralha da China é declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. O dia 25 de agosto do mesmo ano marcou a estréia do alemão Michael Schumacher na Fórmula 1. Em diferentes unida-des da J. Macêdo, estrearam os colaboradores: Arizomar Bezerra De Araujo (1/8) em Cabedelo; Valdeci Saturnino dos Santos (1/8), Laudeflor Cardoso dos Santos (7/8) e Railda Guedes Dos Santos Batista (7/8) em Si-

mões Filho; Genival Nunes de Oliveira (7/8) e Edmario Teles de Sena (13/8) em

Salvador.

10 anos. Em 5 de julho de 1996, nasceu Dolly, a 1ª ovelha clonada. Seu nascimento, no entan-to, só foi anunciado ao mundo em fevereiro de 1997. Ainda em julho de 1996, ingressam na companhia, o João Moura do Nascimento (1/7) em Fortaleza e Deusimar Alves Da

Silva (1/7), Valdir Moeda Dias (3/7), Adriana Furtado

Leite (12/7), Cássia Regina Fernandes Ca-valeiro (15/7) em São Paulo, na Lapa. Em

agosto de 1996, iniciam

em São Paulo Mauricio Gamba

Marques (1/8) e

Máquina do tempo

Veja quem faz aniversário de tempo de empresa em julho e agosto — e o que acontecia no Brasil e no mundo quando eles foram contratados

Luiz Antonio Quitzau (5/8). No mes-mo mês, o presidente russo Boris Yeltsin inicia segundo mandato.

� anos. Em julho de 2001 o G8 (grupo interna-cional formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália , Canadá e Rússia) anuncia o perdão da dívida dos 23 países mais pobres do mundo. Em J. Macêdo, temos a chegada de sete novos integrantes: Evandro Pedrosa Monteiro (2/7), Francisco Jeovam Alves de Souza (20/7) e Regis Al-meida de Souza (25/7) em Fortaleza; César Augusto Dantas Viana (9/7), Ezerau

Oliveira Santos (10/7), Valdice Mendes dos Santos (16/7) em Salvador e Leonardo Neves de Souza (9/7) em Cabedelo.

Em agosto de 2001, Wim Dui-senberg (presidente do Banco Cen-tral Europeu) apresenta as cédulas do Euro. Michael Schumacher vence o GP da Hungria e conquista o tetracampeonato da Fórmula 1. Em agosto desse mesmo ano, são contratados Francisco de Assis Mar-culino da Silva (6/8) em Cabedelo, André Luiz dos Santos (13/8) no Rio de Janeiro e Cristia-ne Lorenzetti Colla-res (14/8) em Fortaleza. n

TuDOAZuLAs nossas datas especiais, aniversários, casamentos e conquistas

Momentos especiais na vida da nossa gente

Cláudio Sabino, David Zanotelli, Alexandre Afexe, Pedro Elder Lima, Lourival Rosa, Victor Macêdo, Ginaldo Borges, Cláudio Arrais e João Marcus Queiroz: todos do escritório central

MaratonaParabéns às equipes que participaram da 5ª edição da Maratona Pão de Açúcar de Revezamento de Fortaleza, que aconteceu dia 23 de julho, na Praia de Iracema, um dos pontos turísticos mais famosos da capital cearense. Os nossos atletas enfrentaram um total de 42.2 km por ruas e avenidas da bela cidade e conquistaram a medalha de par-ticipação, pois concluíram a prova dentro do prazo de 4 horas.n

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Sonhos realizadosCom a chegada da linda Ana Júlia, em 28 de agosto de 2006, Rogério Nogueira Pinto, conhecido como Rincon no CD Barueri onde trabalha como analista de Logística, realiza o sonho de ser papai. Ana Júlia é

recebida pelo casal Rincon e Sônia, com muito amor e carinho. Em Itapetininga, foi a vez do casal Elias

de Jesus da Silva, auxiliar de produção, e de sua esposa Adriana Canin, comemora-rem o nascimento do Kawan Henri-que Canin da Silva que veio ao

mundo dia 30 de agosto de 2006.

Às famílias, desejamos muitas felici-dades e saú-de sempre. n

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Dica de segurança, saúde e comportamento para os pais

os diversos povos e culturas, no decorrer da história, o homem sempre brincou nos mais diversos espaços: nas

ruas, praças, feiras, rios, praias, cam-pos etc.

Com o atual estilo de vida cada vez mais acelerado, os pais com menos tempo junto aos seus filhos, a crian-ça cada vez mais ocupada com ativi-dades extracurriculares reduzindo seu tempo livre para brincadeiras, a falta de segurança aliada à ausência de es-paços públicos voltados para o lazer, fica cada vez mais reduzido o tempo e o espaço para brincadeiras.

Por outro lado, é cada vez maior o número de estudos e pesquisas que

N

Diversão que ajuda no desenvolvimento

mostram a importância fundamen-tal que o brincar tem no desenvolvi-mento. No site www.nepsid.com.br, a pesquisadora e pedagoga Adriana Friedmann aponta de que forma a brincadeira contribui para o desenvol-vimento das crianças e dos jovens:>> Favorece a socialização e troca en-

tre aqueles que brincam;>> Facilita o desenvolvimento físico,

cognitivo (processo de adquirir um conhecimento), emocional e moral das crianças e jovens;

>> Estimula a criatividade, a imagina-ção e a fantasia;

>> Desperta e favorece o desenvolvi-mento dos potenciais e habilidades;No nosso País, de norte a sul, te-

mos uma riqueza interminável de brincadeiras que expressam a diver-sidade de nossas regiões e os ele-mentos comuns à nossa cultura brasileira, a partir da influência das culturas européia, africana e indí-gena. Assim, podemos dizer que o brincar representa a nossa brasilida-de: a cada conjunto de brincadei-ras de cada região, revela-se uma linguagem cultural. A criança fala através do seu brincar.

Por todos esses motivos, é impor-tante estimular a criança a brincar. Que tal incentivar seus filhos a fazer brincadeiras que não precisam de computador ou televisão para ga-rantir uma boa diversão? Quem sabe

até você pode participar da brinca-deira com suas crianças. Seguem di-cas de animadas e conhecidas brin-cadeiras que continuam conquistan-do gerações. Amarelinha. Primeiro desenhe no chão um diagrama como este que está aí embaixo. Quem for jogar fica no “inferno” e lança uma pedra, mi-rando no número 1.

Se acertar, pula num pé só no nú-mero 2 e depois no 3. Em seguida, pula colocando um pé no número 4 e o outro no 5. Pula de novo com um pé só no número 6 e pisa com os dois pés no “céu”.

Para voltar, faz a mesma coisa, abai-xando um pouco no número 2 para pegar a pedra que ficou no número 1, pulando depois para o “inferno”.

O jogo começa novamente, só que dessa vez tem de mirar a pedra no número 2 e pular num pé só direto no número 3. E assim vai a brincadei-ra, até que o jogador erre e passe a vez para o próximo companheiro.

Perde a vez quem pisar nas linhas do jogo, pisar na casa onde está a pedrinha, não acertar a pedrinha na casa onde ela deve cair ou não con-seguir (ou esquecer) de pegar a pe-drinha na volta. Ganha quem pular todas as casas primeiro.

Você também pode jogar amare-linha sozinho. Quando errar comece do número 1. Pique-Esconde. Escolha um lu-gar para ser o chamado “pique” e quem vai ficar nele. O jogador es-colhido fica de costas e de olhos fe-chados no “pique”, contando até o número combinado.

Enquanto isso, o resto do grupo tem de se esconder. Quando termi-na de contar, o jogador vai procurar os companheiros.

Quem está escondido tem que correr até o “pique” para se salvar. Quando encontra alguém, o jogador que está procurando tem de voltar ao “pique” e dizer onde é que viu o companheiro.

Se o jogador encontrado chegar ao “pique” antes do perseguidor, ele se salva.

O primeiro que for pego é o per-seguidor na próxima jogada. Se todo mundo for salvo, a brincadeira continua com o mesmo perseguidor.

Estátua. A turma escolhe um joga-dor para ser o animador, que vai fi-car controlando a música.

Quando o animador quiser, ele diz “estátua” e pára a música. Os outros jogadores devem olhar para o animador e ficar imóveis.

O animador começa a fazer pa-lhaçadas e caretas. Quem rir primei-ro vira o próximo animador. Pique-bandeira. A brincadeira deve ter no mínimo seis participantes.

Não há número máximo, mas tem de ser número par. A turma tem de escolher duas “bandeiras”, que po-dem ser qualquer objeto. A brinca-deira começa com a divisão de dois times iguais. O ideal é jogar numa quadra. Se estiverem brincando na rua, escolha um lugar não passe car-ro e divida o espaço em dois cam-pos iguais.

No fundo de cada campo, colo-que a “bandeira” do time. O obje-tivo é pegar a bandeira do time ad-versário e trazer de volta para o seu campo. Acontece que o jogador que entrar no campo do time adversário e for tocado por alguém fica preso no lugar. Só pode sair se for “salvo” por alguém do seu próprio time, ou seja, se quem está preso é tocado por alguém do seu próprio time. Ga-nha o time que capturar a bandeira adversária primeiro. Pique-Pega ou Pega-Pega. É uma brincadeira bastante conhecida e bem simples. Escolhe-se uma crian-ça para ser o “pegue”. O pegue deve dar um tempo para as outras crian-ças se afastarem e depois ir correr atrás delas, até pegar uma, encos-tando a mão nas costas, por exem-plo. Quando pegar alguém, esse al-guém se tornará o novo pegue e as-sim a brincadeira continua, até can-sar! Vale lembrar que deve ser es-tabelecido um limite, por exemplo, numa rua o limite pode ser de uma esquina a outra. Quem ultrapassar o limite passará a ser o pegue mesmo que tenha conseguido fugir! n

Brincar é uma atividade universal que tem atravessado fronteiras e épocas, passando por várias transformações ao longo do tempo

fILHOS&fILHAS

Pique-Esconde.

Amarelinha.

Pique-Pega ou Pega-Pega.

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