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Programa Bônus Eficiente Celesc Programa Bônus Eficiente Celesc 29.117 equipamentos vendidos 175.000 lâmpadas substituídas 21.784MWh economizados por ano

Revista Bônus Eficiente I

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1ª Edição

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Page 1: Revista Bônus Eficiente I

Programa Bônus

EficienteCelesc

Programa Bônus

EficienteCelesc

29.117equipamentos

vendidos

175.000lâmpadas

substituídas

21.784MWh

economizados por ano

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Page 4: Revista Bônus Eficiente I

ExpEdiEntECOLABORADORESMario Machado JrTecnólogo em Sistemas de Energia

Celesc

Marco GianesiniChefe Divisão de Eficiência Energética

Celesc

Assessoria de Comunicação e EventosCelesc

Giulliano InácioSupervisor de Projeto Bônus Eficiente

3E Engenharia

Maurício GonçalvesDiretor de Relacionamento e Novos Negócios

3E Engenharia

Márcio JardiniDiretor de Operações

3E Engenharia

Camila FurlanGerente de Projetos

3E Engenharia

Raquel RochaAssistente de Marketing

3E Engenharia

Luciano BrochSupervisor de Produtos e Novos Negócios

Lojas Colombo

Elizeu SouzaGerente

Lojas Colombo

Fabiana CologneseMarketing

Lojas Colombo

JORNALISTA RESPONSÁVELManoela Machado PinheiroSC 02825-JP

REVISÃO Raquel Rocha

FOTOGRAFIARhuan Fernandes

PROJETO GRÁFICOComunix Publicidade

IMPRESSÃOGráfica Natal

PROGRAMA BÔNUS EFICIENTE - PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA4

Page 5: Revista Bônus Eficiente I

Palavra do presidente

É com grande satisfação que estamos divulgando, nesta revista, os ótimos resultados do Projeto

de Eficiência Energética “Bônus Eficiente”.

No início de 2012, quando a equipe de eficiência energéti-ca da Celesc Distribuição nos trouxe a proposta de uma moda-lidade de projeto que iria benefi-ciar não só o consumidor baixa renda, que sempre havia sido o público preferencial dos nossos projetos, mas todos os nossos consumidores residenciais, que também contribuem para o fundo de eficiência energética, abraçamos efetivamente a ideia.

Naquele momento, a Divisão de Eficiência Energética pas-sava por mudanças estratégicas dentro da concessionária, ao mesmo tempo em que precisava enfrentar o desafio de viabi-lizar investimentos de R$ 40 milhões em projetos no ano, a fim de cumprirmos os requisi-tos regulatórios.

A meta representava um ver-dadeiro desafio para quem, desde 1999, quando foi iniciado o pro-grama de eficiência energética na Celesc, registrava investimen-tos de R$ 80 milhões na área. O Projeto “Bônus Eficiente” era uma ação que, devido a sua magnitude e abrangência, repre-sentaria, sozinho, investimentos de mais R$ 20 milhões, mas com resultados que se projetavam muito eficazes.

Dentro das leis, regras e premissas que norteiam nossa Empresa, elaboramos o edital de licitação para contratar a empresa que seria responsável por implementar o processo de substituir cerca de 30.000 gela-deiras, freezers e condicionado-res de ar antigos, ineficientes, por equipamentos novos, muito mais econômicos; substituir 175.000 lâmpadas incandescen-tes por fluorescentes compactas; descartar de forma correta os eletros recolhidos e, por fim, realizar as medições necessárias para emissão dos relatórios de acompanhamento.

O processo licitatório foi ven-cido pela Lojas Colombo S/A, grande rede varejista do sul do Brasil, com mais de 40 lojas em Santa Catarina. Na execução das ações, a Colombo subcontratou a empresa Indústria Fox para o recolhimento e reciclagem dos eletrodomésticos e lâmpadas, e a 3E Engenharia para medição e verificação, elaboração e emissão de relatórios conforme exige a ANEEL – nosso órgão regulador.

O projeto tornou-se um verdadeiro sucesso de público, superando todas as expectativas. A adesão dos catarinenses ao Bônus Eficiente foi maciça e em menos de 30 dias, 80% dos pro-dutos disponíveis já haviam sido comercializados, todos com 50% de desconto. Ao final do proces-so, numa atitude inovadora do Bônus Eficiente Celesc, também

foram doados R$1milhão e 300 mil para a Federação das APAES de Santa Catarina – FEAPAES, entidade que representa 195 APAEs, que atendem 17 mil por-tadores de necessidades especiais em todo o Estado, como resul-tado de arrecadação de doações dos consumidores que aderiram ao Projeto.

O “Bônus Eficiente” tornou-se um verdadeiro case de sucesso na história da eficiência energética na Celesc. Contamos com ampla participação dos consumidores e com a competência das empresas contratadas, atendemos aos re-quisitos regulatórios, ajudamos as APAES de todo o estado, fomos corretos no descarte dos eletrodo-mésticos e obtivemos know how para executar projetos de ampla envergadura.

É hora de agradecermos a to-dos os envolvidos direta ou indi-retamente na sua execução. Dire-tores, empregados, parceiros. A todas aqueles que se dedicaram para que nossa empresa pudesse atingir suas metas de investi-mento, provando mais uma vez que vamos muito além de apenas distribuir energia elétrica, fator de competitividade e indução de desenvolvimento. Nós podemos fazer bem mais. E essa conquista nos é extremamente gratificante.

Prezado leitor,

Divu

lgaç

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elesc

Cleverson SiewertDiretor Presidente da Celesc S.A.

PROGRAMA BÔNUS EFICIENTE - PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 5

Page 6: Revista Bônus Eficiente I

Eficiência aliada à qualidade

A Celesc

A Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc, é uma sociedade de economia mista, que atua há mais de

cinco décadas nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia. Durante esse período, consolidou-se como uma das maiores empresas do Setor Elétrico Brasileiro, sendo reconhecida nacional e internacio-nalmente pela qualidade dos seus serviços e por suas ações nos campos técnico, social e financeiro.

Em 2006, em atenção ao modelo preconizado pela atual legislação do setor elétrico nacional, a Empresa foi estruturada como Holding, já estrean-

do como um dos 100 maiores grupos empresariais do País, com duas subsi-diárias integrais, a Celesc Geração S.A. e a Celesc Distribuição S.A.

A Celesc Distribuição, respon-sável pelos serviços de distribuição de energia elétrica, é a sétima maior distribuidora de energia elétrica brasileira em volume de receita de fornecimento e volume de energia distribuída e a décima em número de consumidores.

A área de concessão da Empre-sa corresponde a 92% do Estado de Santa Catarina. Seus serviços chegam a mais de 2,5 milhões de unidades consumidoras, localizadas

em 263 municípios. Em 2012, o volume de energia distribuída somou 21.205GWh, um crescimento de 6,1% em relação a 2011.

Focada em combater o desperdí-cio no consumo, a Empresa investe firmemente em ações de eficiência energética. Em 2012, os investimen-tos na área chegaram a R$36mi-lhões. As iniciativas beneficiaram, principalmente, o consumidor bai-xa renda, mas também chegaram a hospitais filantrópicos e indústrias. O Bônus Eficiente, apresentado nesta revista especial, devido a sua abrangência acabou tornando-se o projeto mais popular.

PROGRAMA BÔNUS EFICIENTE - PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA6

Page 7: Revista Bônus Eficiente I

A empresa atende, de forma direta, mais de dois milhões de unidades consumidoras, abrangendo quase 92% do território catarinense

Rhuan Fernandes

em númerode consumidores

em volume de energia distribuída

10ª7ª

A CElEsC Em númEros

2,5milhões de unidades

consumidoras

* Da

dos

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de 2

013.

PROGRAMA BÔNUS EFICIENTE - PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 7

Page 8: Revista Bônus Eficiente I

Combate ao desperdício

Uso racional de energia

Desde 1999, quando começou o Programa de Efici-ência Energética da ANEEL, a CELESC já investiu 60 milhões de reais em projetos do PEE, beneficiando os consumidores de sua área de concessão. Nestes 14 anos, a CELESC realizou mais de 70 projetos, gerando uma economia de energia da ordem de 1,2 TWh (1 teraWatts = 1 trilhão de Wh). Para os próximos 4 anos, ainda restam 160 milhões para investimentos, pela CELESC, em programas de eficiência energética.

CElEsC E o pEE

Sancionada em 24 de julho de 2000, a Lei nº 9.991 diz que as empresas concessionárias ou permissionárias de dis-

tribuição de energia elétrica devem aplicar um percentual mínimo de sua receita líquida em Programas de Eficiência Energética – PEE, seguindo normas e regulamentos da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.

Segundo a ANEEL, tais pro-gramas devem ter como objetivo demonstrar à sociedade brasileira a importância de ações de combate ao desperdício de energia elétrica e de melhoria da eficiência ener-gética de equipamentos, processos e usos finais de energia, estimu-lando o desenvolvimento de novas tecnologias e a criação de hábitos racionais para melhor impacto ao planeta. Ou seja, os projetos de eficiência energética apresentados pelas concessionárias, tal qual acontece com a Celesc Distribui-ção, devem ser aplicados junto às comunidades visando a utilização racional de energia elétrica.

PROGRAMA BÔNUS EFICIENTE - PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA8

Page 9: Revista Bônus Eficiente I

Fotos: Rhuan Fernandes

PROGRAMA BÔNUS EFICIENTE - PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 9

Page 10: Revista Bônus Eficiente I

A origem

Foi através de referências das edições anteriores na con-cessão de bônus na conta de energia advindas do Projeto

Luz Solidária, executado pela COEL-CE desde 2009, que surgiu a inicia-tiva que deu vida ao Projeto Bônus Eficiente. O desafio estava nas mãos do engenheiro Marco Aurélio Giane-sini, que tinha a missão de investir um montante de 40 milhões de reais em programas de eficiência energéti-ca. Para isso, teve o apoio do técnico industrial Mario Cesar Machado Jr. e de toda a equipe de Engenharia e Planejamento do Sistema Elétrico e Divisão de Eficiência Energética da CELESC, onde juntos tiveram que elaborar e adequar as necessidades de atender o público catarinense às novas práticas de conscientização do consumo de energia elétrica.

Com a inspiração advinda dos resultados obtidos nos projetos de eficiência energética no nordeste, observou-se grande potencial para al-cançar esta meta. Após quatro meses de planejamento e dedicação total, o Bônus Eficiente saía do papel para o início das vendas nas lojas Colom-bo, empresa ganhadora do processo licitatório para execução do projeto. Segundo Marco Aurélio, a diretoria atual da CELESC é formada por administradores mais jovens, com uma visão diferente de gestão, fator determinante para que a abertura para o projeto tenha sido tão grande.

o processo licitAtório

Com o projeto Bônus Eficiente traçado, deu-se início ao processo licitatório na modalidade de Pre-gão Eletrônico, realizado em sessão pública, uma vez que a CELESC é uma sociedade de economia mista e

segue a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que estabelece normas sobre licitações e contratos administrativos.

A empresa vencedora do processo foi a rede de varejo Lojas Colombo, que iniciou a operacionalização para implantação em outubro de 2012, disponibilizando quarenta e cinco lojas em todo o Estado.

A rede de Lojas Colombo está presente em cinco estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais e vem trabalhando ao longo de seis anos em processos licitatórios condu-zidos por órgãos públicos, sobretudo junto a concessionárias de energia, que é o segmento de mercado que trata de eficiência energética.

o projeto

Todos os consumidores resi-denciais - urbanos ou rurais - inte-ressados em participar do projeto teriam a oportunidade de adquirir um eletrodoméstico novo, com Selo Procel de economia de energia, com um bônus de 50% de desconto.

Alguns requisitos para a participa-ção no Bônus Eficiente deveriam ser preenchidos pelos clientes, tais como: ser cliente residencial, urbano ou rural, da CELESC Distribuição; estar adimplente com a CELESC Distribuição; possuir um eletro-doméstico sem o Selo Procel de economia de energia e com mais de 05 (cinco) anos de uso em funciona-mento; possuir 05 (cinco) lâmpadas incandescentes que seriam trocadas por 05 (cinco) lâmpadas fluorescen-tes compactas; concordar e assinar o Termo de Adesão ao projeto. O Bônus Eficiente disponibilizaria aparelhos refrigeradores, freezers e ar condicionado para substituição.

Para a divulgação de como funciona todo o passo a passo para participação do Bônus Eficiente, a Lojas Colombo contou com vasto trabalho de veiculação de anúncios em todos os pontos de vendas nas lojas participantes, bem como difu-são nas principais mídias de rádio e televisão, gerando grande expectati-va por parte dos clientes.

Desconto conscienteDa inspiração à ação

Divulgação/Celesc

Marco Gianesini e Mário Machado Júnior – Coordenadores do Projeto

PROGRAMA BÔNUS EFICIENTE - PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA10

Page 11: Revista Bônus Eficiente I

Vendas e consumo eficientes

Nesta etapa, o cliente recebe todas as orientações de como participar e efetuar a compra do novo equipamento eficiente

O processo de vendas re-presentou a etapa mais importante do projeto, pois foi onde o cliente

recebeu todas as orientações de como participar, efetuar a compra do novo equipamento eficiente, confirmar a doação à entidade das Federações APAES de Santa Catarina e ter a cer-teza de que o seu consumo de energia seria reduzido com a nova aquisição. Para participar era muito simples: o cliente chegava até as Lojas Colombo com toda a documentação necessária para efetuar a compra, recebia as ins-truções do vendedor sobre o projeto e

escolhia o produto com selo Procel de sua preferência, seja uma geladeira, freezer ou ar condicionado. Termina-da esta etapa, o vendedor negociava junto ao cliente as condições de pa-gamento referente a 50% do valor do produto adquirido e acessava o Siste-ma de Gestão, realizando a pré-venda. Para concluir o processo de vendas, o vendedor digitava os dados da Unida-de Consumidora de Energia (UC) do cliente na base de dados da CELESC e preenchia os dados de cadastro para que assim pudesse ser ingressada uma nova pré-venda. Finalizada esta etapa, o cliente recebia a impressão

do Termo de Adesão e a geração do boleto de doação que deveria ser pago para concluir a venda.

A doação era um valor desti-nado a Federação das APAEs de Santa Catarina, no valor de R$ 30,00 ou R$ 50,00 , dependendo do equipamento escolhido. Para a eta-pa final, o cliente assinava o Termo de Adesão e efetuava o pagamento do boleto de doação, credenciando--o a participar do projeto e ter sua compra efetivamente confirmada no Sistema de Gestão e no Sistema de Gestão Comercial das Lojas Colombo.

Rhuan Fernandes

PROGRAMA BÔNUS EFICIENTE - PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 11

Page 12: Revista Bônus Eficiente I

Equipamentos

lâmpadas

29.117

175.000

númEros GErAis

Total de vendas

Total de lâmpadas trocadas

Principais municípios por número de vendas (57% do total de vendas)

Composição de vendas por tipo de equipamentos

Composição de vendas por categoria

Tipo de Equipamento Vendas (unid.) Vendas (R$)

Refrigerador 20660 R$ 12.116.990,00

Condicionador de ar 6244 R$ 3.913.755,00

Congelador 2213 R$ 1.058.920,50

Total 29117 R$ 17.089.665,50

Categoria de Produtos Vendas (unid.) Vendas (R$)

Refrigerador 1 porta frost free

7854 R$ 4.393.314,00

Refrigerador 1 porta con-vencional

5467 R$ 2.434.437,00

Condicionador de ar Split Quente/Frio

4745 R$ 2.924.415,00

Refrigerador 2 portas frost free

3890 R$ 3.430.228,00

Refrigerador 2 portas convencional

3449 R$ 1.859.011,00

Congelador Vertical 2213 R$ 1.058.920,50

Condicionador de ar Split Frio

1499 R$ 989.340,00

Total 29117 R$ 17.089.665,50

Municipio Quantidade Vendida %

JOINVILLE 2780 9,55%

FLORIANOPOLIS 2257 7,75%

BLUMENAU 1178 4,05%

CHAPECO 1052 3,61%

CONCORDIA 1051 3,61%

CRICIUMA 1034 3,55%

SAO BENTO DO SUL 1002 3,44%

SAO JOSE 911 3,13%

PALHOCA 861 2,96%

LAGES 824 2,83%

ITAJAI 821 2,82%

CANOINHAS 725 2,49%

TUBARAO 717 2,46%

BRUSQUE 715 2,46%

JARAGUA DO SUL 693 2,38%

DEMAIS 232 MUNICÍPIOS 12496 42,92%

PROGRAMA BÔNUS EFICIENTE - PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA12

Page 13: Revista Bônus Eficiente I

Tiago Maciel Ramos é de Florianópolis. Mora com a avó e uma tia em uma casa grande, com uma

área perfeita para festas e churras-co. Uma geladeira velha atendia esta área de lazer da casa. Velha, sim, pois o equipamento tinha mais de 10 anos de uso!

Quando Tiago soube do projeto Bônus Eficiente, junto com a avó e a tia decidiram ir até a loja para trocar o equipamento. O desconto foi o grande chamariz: uma gela-deira nova estava custando quase a metade do preço! Assim, a velha geladeira foi trocada por uma frost free, com espaço amplo e tecnolo-gia avançada.

Antes de recolher o equipa-mento velho, a equipe do Bônus Eficiente agenda uma visita com o cliente para iniciar o processo de medição. Nesta visita o cliente responde a uma série de questiona-mentos, através dos quais a equipe consegue colher todas as informa-ções de consumo do cliente e do dia-a-dia de sua casa.

Depois se instala o equipa-mento que vai medir o consumo

de energia do aparelho que será substituído. São sete dias medindo o consumo de energia, a tensão e a corrente que passa por este apare-lho. Depois, são mais sete dias me-dindo o consumo do equipamento novo. Dirceu Basei, técnico da 3E Engenharia que faz as medições de consumo dos equipamentos, velhos e novos, afirma que geral-

mente a diferença entre essas duas medições são muito significativas. “A economia existe de verdade!”, confirma Dirceu.

A expectativa pela chegada da geladeira nova foi grande! “A bebida gelada do próximo chur-rasco está garantida e a econo-mia na conta de luz, também”, afirma Tiago.

Desconto duploMenos consumo, mais economia

Rhuan Fernandes

No processo de medição é possível diagnosticar os dados reais da redução de consumo

Total Geral

São José1% Brusque1% Chapecó2% Rio do Sul3% Capivari de Baixo3% Joinville5% Indaial5%

Tubarão5% Canoinhas6% Blumenau6% Timbó16% Florianópolis32%Araranguá7% Jaraguá do Sul9%

mEdição E VErifiCAção

Unidades residenciais264Medições

TotaisUnidades Residenciais:

Composição de medições por tipo de equipamentos

PROGRAMA BÔNUS EFICIENTE - PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 13

Page 14: Revista Bônus Eficiente I

Respeito ao ambienteNa etapa do descarte, a primeira

fase inicia-se com a remoção manual das tubulações de cobre e as peças de aço inoxi-

dável da parte externa do gabinete dos aparelhos. Em seguida, são separadas em frações para reaproveitamento da matéria prima. Os compressores são destruídos com cortadores hidráulicos industriais e depois separados em frações de aço e cobre e o restante do gabinete é encami-nhado para a fase II.

Na fase II, os gabinetes dos apare-lhos são triturados em ambiente herme-ticamente fechado e após a trituração, o processo de separação de matéria prima é iniciado.

O principal impacto ambiental ge-rado pelo descarte de aparelhos de refri-geração se manifesta pela contribuição ao aquecimento global em decorrência do processo adotado. A indústria Fox possui uma unidade fabril que imple-menta o estado da arte em reciclagem de refrigeradores devido à sua capaci-dade de baixar as emissões de gases de efeito estufa decorrente do processo de reciclagem.

O processamento da produção re-versa é efetuado em três fases e seus re-sultados, que são auditados por institui-ções independentes e credenciadas pela ONU, permitem, perante as tecnologias aplicadas, a captação, destruição e trans-formação dos CFCs, HCFCs e HFCs contidos nos refrigeradores antigos.

Na primeira fase, os cabos de energia, as peças plásticas soltas, as prateleiras de vidro e/ou plástico são retiradas e, em seguida, os refrigeradores são sujeitos à estação de desgaseificação, onde os com-pressores são perfurados com dispositivos apropriados.

Os refrigeradores e o óleo são captados e enviados para a fase III do processo.

Na fase III, as moléculas dos diversos gases são quebradas e transformadas em uma solução ácida.

Na saída do processo o resíduo final é um fluxo de ar e vapor limpo.

PROCESSO FINAL: RESÍDUO FINAL É UM FLUXO DE AR E VAPOR LIMPO

6 – MOLÉCULAS DE DIVERSOS GASES SÃO QUEBRADAS PARA TRANSFORMAÇÃO DE SOLUÇÃO ÁCIDA;

4 – OS GABINETES DOS APARELHOS SÃO TRITURADOS EM AMBIENTE FECHADO E APÓS, O PROCESSO DE SEPARAÇÃO É INICIADO;

5 – REFRIGERADORES E O OLÉO CAPTADOS PARA A FASE III;

2 – SEPARAÇÃO EM FRAÇÕES DE AÇO E COBRE;

3 – O RESTANTE DO GABINETE PARA FASE II;

FASE I

FASE II

FASE III

1 – REMOÇÃO DAS TUBULAÇÕES PARA REAPROVEITAMENTO DE MATÉRIA PRIMA;

Fotos: Rhuan Fernandes

PROGRAMA BÔNUS EFICIENTE - PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA14

Page 15: Revista Bônus Eficiente I

A Federação das APAES de Santa Catarina – a FEA-PAES-SC foi a entidade escolhida para receber

as doações provenientes do Pro-jeto Bônus Eficiente, por ser uma entidade séria e reconhecida pelo seu trabalho. O consumidor, ao adquirir um eletrodoméstico pelo Bônus Eficiente, faz uma doação para a entidade, de acordo com o valor do produto adquirido.

As doações são de R$30,00 ou R$50,00. Eletrodomésticos cujo valor é de até R$1.000,00 equi-valem a uma doação de R$30,00. Acima deste valor, as doações passam a ser de R$50,00.

As APAES de Santa Catarina têm como missão promover e ar-ticular ações de defesa de direitos, prevenção, orientação, prestação de serviços e apoio às famílias de pessoas com deficiência e à cons-trução de uma sociedade justa e solidária.

substituição de lâmpAdAs

Uma portaria emitida no final do ano de 2010 pelos Ministérios de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, diz que as lâmpadas incandes-centes deverão sair do mercado nacional até 2016, determinando uma substituição gradual das lâmpadas. Segundo especialistas,

o maior benefício desta troca para os consumidores é a redução da conta de luz. As lâmpadas fluores-centes são, em média, mais caras do que as incandescentes, mas tem uma vida útil muito maior do que as outras, o que as torna mais econômicas.

Por isso, um dos requisitos indispensáveis para a participa-ção dos consumidores no Projeto Bônus Eficiente seria a substitui-ção de cinco lâmpadas incandes-centes por cinco lâmpadas fluores-centes compactas. No momento em que a troca do eletrodoméstico fosse feita na residência do clien-

te, haveria a substituição. As cinco lâmpadas incandescentes teriam o descarte correto, levadas para reciclagem.

Projeto inova com ação social

Rhuan Fernandes

Cerimônia de entrega da doação do cheque à Federação das APAES de Santa Catarina

Segundo o INEE – Instituto Nacional de Eficiência Energética, uma lâmpada incandescente tem uma eficiência de 8% (ou seja, 8% da energia elétrica usada é transformada em luz e o restante aquece o meio ambiente). A eficiência de uma lâmpada fluorescente compacta, que produz a mesma iluminação, é da ordem de 32%.

PROGRAMA BÔNUS EFICIENTE - PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 15

Page 16: Revista Bônus Eficiente I

De acordo com o engenheiro Marco Aurélio e o técnico industrial Mário Cesar, a expec-tativa era finalizar todo o projeto Bônus Eficiente em três meses. De acordo com a

experiência adquirida em todos os projetos de eficiên-cia energética que a CELESC já havia desenvolvido, eles sabiam que existiria uma agilidade no processo, visto que o povo catarinense sempre foi muito recepti-vo com tais projetos. Além do que, a parte burocrática acabaria sendo agilizada pela logística da CELESC,

sua organização de TI e pelos cadastros completos dos consumidores. O resultado: 28 mil equipamentos vendidos com bônus em apenas 30 dias.

“O poder aquisitivo do sul do Brasil é muito maior do que o Nordeste, e isso foi o fator determinante para a adaptação do projeto da Coelce para a CELESC. Em Santa Catarina deveríamos investir 20 milhões de reais em três meses – o que aconteceu, de fato, em 26 dias. Isso demonstra todo o poder econômico do nosso Estado.” – Mario Cesar Machado Jr.

Além da expectativaResultados satisfatórios e metas alcançadas

Rhuan Fernandes

PROGRAMA BÔNUS EFICIENTE - PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA16

Page 17: Revista Bônus Eficiente I

Investimento total do projeto

Recursos Celesc

Recursos consumidor

Redução de consumo

Demanda

MWh/ano MW/ano

RCB (Relação Custo-Benefício do projeto) = 0,69, portanto abaixo do valor de 0,80 exigido para projetos de PEE da ANEEL.

R$38.231.050,62

R$21.132.138,99

R$17.094.958,31

21.784,46 6.966,11

(55,3%)(44,7%)

PROGRAMA BÔNUS EFICIENTE - PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 17

Page 18: Revista Bônus Eficiente I

Rhuan Fernandes

Em agosto de 2012, a Lojas Colombo participou da licitação junto à CELESC, na ordem de 30 mil produ-

tos, dentre eles, ar condicionados, freezers e refrigeradores.

Luciano Broch tem 9 anos de trabalho junto a Lojas Colombo e é ele quem supervisiona a área de licitações da empresa e é também o gestor do projeto Bônus Eficiente dentro da Lojas Colombo. Ele afir-ma que a Colombo sabe que o con-sumo de energia, atualmente, está muito elevado e que, através da inteligência de comercialização, de logística e até mesmo de unidade de negócios de licitação, atrelada a essa demanda das concessionárias de energia, a empresa fica grata não só por poder participar e usufruir desses negócios, mas também por levar benefícios para a companhia de energia e para os consumidores, que terão a possibilidade de adqui-rir produtos de melhor qualidade para suas residências, economi-zando energia e direcionando o produto usado para o descarte de maneira correta.

“Para a Colombo, é muito im-portante participar desta proposta de negócio por alguns motivos: primeiro, por ser um segmento di-ferenciado de varejo. Em segundo, devido à possibilidade de, através da nossa expertise de logística, termos a chance de aperfeiçoar a inteligência que a empresa já tem e também o lucro. Como qualquer empresa, a Colombo também buscou, dentro dessa operação, uma margem de contribuição que fizesse com que se justificasse toda a operação, fazendo com que a empresa crescesse. Mas, sobretudo, nos importa o compromisso com

o meio ambiente e com programas que tragam benefícios para toda a comunidade.” Luciano Broch

Ainda segundo Luciano, o projeto da CELESC mostrou-se um projeto macro, ou seja, mais aprimorado, mais completo e abrangente, possibilitando a troca em massa de refrigeradores, ar con-dicionado e freezers antigos para consumidores residenciais. “Hoje as concessionárias de energia exe-cutam muito, no Brasil, projetos que dão a oportunidade de troca de um produto usado, mas para consumidores de baixa renda, onde se doa 100% do produto. Aqui em Santa Catarina o projeto possibi-lita o trabalho com um público diferenciado, fazendo com que este público também tenha acesso ao projeto e também tenha benefí-cios”, afirma Luciano.

O anúncio do vencedor da lici-

tação junto à CELESC trouxe mui-ta alegria e expectativa dentro da empresa, principalmente por poder trabalhar com uma concessionária de energia para a qual, até então, a Colombo não havia executado nenhum trabalho. Por estar estabe-lecida no sul do Brasil, um dos ob-jetivos estratégicos da empresa era atender a CELESC. Foi, também, um momento de grande ansiedade, criando uma mobilização geral da companhia. Luciano conta que foram três pólos de treinamento com todos os gerentes das lojas, ex-plicando como seria a operação, os pré-requisitos e as peculiaridades do programa. “Sentimos a ansie-dade de começar a operação e ao mesmo tempo esse compromisso com a comunidade catarinense, de possibilitar um retorno financeiro para a APAE, levar um bem estar para o consumidor, contribuir para

Parceria de sucessoA importância do processo logístico

Luciano Broch

PROGRAMA BÔNUS EFICIENTE - PROJETO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA18

Page 19: Revista Bônus Eficiente I

o consumo de energia, descartar os produtos corretamente e alavancar as vendas nas lojas, o que é natural. É um grande aprendizado, para todos”.

Elizeu, gerente da Colombo do centro de Florianópolis, lembra do anúncio da vitória da licitação, em uma reunião com os gerentes das lojas. “Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o quanto nós daríamos em benefícios para os nossos clientes e também para a APAE. Além do aumento do fluxo de clientes!”

Ele conta, ainda, que o anúncio gerou uma expectativa grande em toda a equipe, mas que foi supe-rada pela realidade vivida, logo

no início das vendas com o Bônus Eficiente.

Eliseu lembra daqueles vende-dores que não acreditavam muito no projeto, que não se mostravam tão motivados, mas que quando viram o volume e a dimensão do projeto, ficaram impressionados. “Triplicamos as vendas, o que acabou aumentando a comissão dos vendedores. Ficou todo mundo feliz, empresa e clientes.”

A vendedora Tânia faz parte da equipe de 12 vendedores da loja do centro de Florianópolis gerenciada por Eliseu. Ela diz que a expectativa foi grande para o início do projeto e que logo se consolidou, pois a equi-pe chegou a triplicar as vendas. To-

dos os vendedores logo perceberam que o processo era muito simples. Para Tânia, o procedimento para fazer as trocas foi muito tranquilo, durante todo o período.

Os vendedores da Colombo contam que muitos clientes já sabiam do Projeto Bônus Eficiente, pois, além da intensa divulgação, houve muita troca de informação entre os próprios clientes: o vizi-nho que trocou contava pro outro, que contava pra família e assim por diante. “Alguns clientes chegavam, mas não sabiam do projeto. O in-teressante é que eles voltavam para casa pra buscar os documentos necessário, para poder participar do projeto”, lembra Tânia.

Equipe de vendas das Lojas Colombo a postos para atendimento aos clientes Bônus Eficiente

Rhuan Fernandes

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Equipamentos antigos eque consomem mais energiasão descartados.

Para dar lugar a produtos novos, que consomem menos energia e garante uma folga no orçamento familiar

Kit Economia CELESC comlâmpadas fluorescentes compactas que gastam menos energia e duram mais.

Fotos: Rhuan Fernandes

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A 3E Engenharia é uma em-presa que trabalha na área de eficiência energética, um novo braço da engenharia.

Seu foco é o desenvolvimento de projetos que tragam o uso racional da energia elétrica, visando a diminuição do consumo de energia.

A 3E nasceu de duas empresas: uma trabalhava com gestão na área de eficiência energética, trabalhan-do direto com as concessionárias há mais de dez anos, montando justamente os projetos de eficiência energética, planejamento e gestão. A outra empresa trabalhava com soluçõ es em tecnologia, desenvol-vendo sistemas para a execução destes projetos. No ano de 2012 essas duas empresas se uniram, juntando conhecimento técnico de eficiência energética e desenvol-vimento de tecnologia. Por isso a 3E, atualmente, tem um conjunto de conhecimentos completo em planejamento, gestão, execução e comprovação do processo.

São basicamente três grandes projetos trabalhados pela 3E, cha-mados dentro da empresa de Tipo-logias: um é a troca de refrigera-dores e lâmpadas em comunidades de baixa renda; outro é a troca de resíduos recicláveis (garrafas pet, vidro e papel) por bônus nas contas de energia elétrica; e o outro é o Bônus Eficiente, que é a troca de equipamentos antigos por novos, visando a diminuição de consumo de energia elétrica.

Engana-se quem pensa que a preocupação com o meio ambiente e o alto consumo de energia é algo recente. Desde o marco regulató-rio, quando foi criada a ANEEL, começou a pensar-se em eficiência energética. Desde então, as empre-sas que passaram a trabalhar em cima deste assunto vem desenvol-vendo projetos que, além de terem

um foco socioambiental, envolvem educação, treinamento e capaci-tação. Ou seja, um processo como o Bônus Eficiente não trata só de eficiência energética, mas sim de um conjunto de ações e resultados que trazem conscientização, além da redução do consumo de energia elétrica.

“Nós costumamos falar que quando surge a concepção de um projeto, seja por uma demanda da concessionária, seja por uma ideia que tenhamos levado para elas, a gente acaba montando o projeto todo voltado para a le-gislação atual, tentando “anelar” (fazendo referência à legislação e regulamentações da ANEEL) este projeto.”, explica Marcio Luis Jardini, diretor de planejamento e operações da 3E.

Para os sócios da 3E, o retorno deste trabalho mistura financeiro, social e de satisfação pessoal. “É muito bom saber que estamos trabalhando e, junto com o nosso trabalho, estamos ajudando a população de um modo geral, contri-buindo também com o meio ambiente. É uma realização pessoal poder unir a satisfa-ção pessoal de trabalhar com aquilo que gostamos à satisfação do todo”, define Mauricio Milhomen, diretor de relacio-namento e novos negócios da 3E.

Sobre o

Bônus Eficiente em Santa Catarina, a equipe da 3E é taxativa ao dar uma nota para todo o processo: dentro da capacidade técnica da CELESC, dos parceiros envolvidos e do apoio da população, a nota é dez. Um diferencial importante deste projeto foi o seu alcance, já que se cobriu o estado de Santa Catarina em quase sua totalidade. “Ficamos admirados pela aposta da CELESC no projeto. Foi um desafio trabalhar com um parceiro do varejo e com o tamanho da verba disponibilizada. Mas o que mais es-pantou foi a velocidade das vendas, ou seja, a adesão dos catarinenses ao projeto. Que venham os próximos projetos!”, diz Maurício.

Gestão energética

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Equipe 3E Engenharia

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Equipamentos prontos para descarte

Rhuan Fernandes

Indústria Fox

durAnte A últimA décAdA, os fAbricAntes de eletrodomésticos conseguirAm reduzir drAmAticAmente o consumo de energiA de novos modelos de gelAdeirAs e freezers. no entAnto, muitAs residênciAs no brAsil AindA usAm gelAdeirAs com mAis de dez Anos de idAde e estAs são responsáveis por cercA de 30% dAs contAs de energiA. novos ApArelhos têm o potenciAl de bAixAr em mAis de 50% o consumo de energiA relAtivo à refrigerAção em umA residênciA de fAmíliA.

Compromisso com o meio ambiente

Um dos pontos importantes do projeto Bônus Eficiente é a pre-ocupação dos seus gestores com o descarte correto dos aparelhos antigos, substituídos pelos novos. Aliás, todo o País se mostrou mais engajado, nos últimos anos, com inúmeras campanhas de conscien-tização para o descarte correto de aparelhos eletroeletrônicos, pilhas e baterias. O cuidado com o meio ambiente é o foco principal de tais campanhas, e não foi diferente com o Bônus Eficiente, pois, com relação ao descarte de geladeiras e ar condicionado, a realização de um processo de descarte e recicla-

gem correto e responsável previne a contaminação do meio ambiente por gases, metais e outras substân-cias nocivas.

Aparelhos de refrigeração, em sua maioria, contêm matérias primas e substâncias que podem ser nocivas ao meio ambiente, tais como aço, alumínio, cobre, vidro, ferro e plástico. Rios e lençóis freáticos estão em perigo caso estes metais os atinjam através do óleo dos compressores destes equipa-mentos. Além disso, estes tipos de aparelhos possuem gases de refri-geração que, ao atingir a atmosfe-ra, podem danificar e até mesmo

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destruir a camada de ozônio. Além de incorrer em crime

ambiental pelas novas políticas nacionais de resíduos sólidos, a liberação destes resíduos no ambiente mostra-se um grande desperdício de dinheiro, já que tais resíduos podem, através de proces-sos corretos de reciclagem, voltar a ser utilizados.

É por isto que os gestores do projeto Bônus Eficiente buscaram uma parceria com a Indústria Fox. Fundada no ano de 2009, a Fox foi a primeira fábrica de reciclagem de geladeiras e freezers da América do Sul. A partir de alta tecnologia em reciclagem de resíduos sólidos, a Fox produz matéria-prima e oferece serviços de troca e recicla-gem de refrigeradores, com foco na proteção climática com a redução de emissões de gases de efeito es-tufa decorrentes do gerenciamento inadequado do fim do ciclo útil de aparelhos de refrigeração.

No processo do Bônus Eficien-te, os aparelhos antigos, depois de

passarem pelo processo de medi-ção, são substituídos pelos novos. Neste momento a equipe da Fox, que fornece uma gestão de reci-clagem ambientalmente correta, coleta e transporta os equipamen-tos antigos até a sede da indústria, em São Paulo.

Segundo técnicos da Indústria Fox, a reciclagem adequada e o reaproveitamento de materiais contribuem para a preservação dos recursos naturais. Taxas de reci-clagem acima de 90% de equipa-

mentos de refrigeração podem ser obtidas com técnicas de separação, resultando em fluxos secundá-rios de matéria prima reduzindo, inclusive, a necessidade de espaços em aterros sanitários. De um ponto de vista econômico, a redução do consumo de energia pela substi-tuição de uma geladeira antiga por uma nova, pode resultar em uma economia considerável na conta de luz – outro foco importante do pro-jeto Bônus Eficiente.

pnrsA Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) contém instrumentos impor-tantes para permitir o avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inade-quado dos resíduos sólidos.Prevê a prevenção e a redução na geração de resídu-os, tendo como proposta a prática de hábitos de con-sumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).

Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo.Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de plane-jamento nos níveis nacional, estadual, microregional, intermunicipal, metropolitano e municipal; além de impor que os particulares elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

Composição dos resíduos:

Materiais

Óleo 6.655 Kg

Sucatas ferrosas 1.188.706 Kg

Sucatas não ferrosas 73.572 Kg

Sucatas de plástico 120.410 Kg

Motores 99.224 Kg

Radiadores 54.235 Kg

Pelletes de PU 81.902 Kg

Sucata de vidro 8.997 Kg

Lã de vidro 69.111 Kg

Acido + água 54.136 Kg

Residuos 53.266 Kg

Outros materiais 360 kg

VolumE dE EquipAmEntos rECEbidos

GELADEIRAS LÂMPADAS

AR CONDICIONADO

ÁGUA

1.508.580Kg 1.750Kg

234.146Kg 46.074Kg

1.508.580Kg 1.750Kg

234.146Kg 46.074Kg

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REALIZAÇÃO EXECUÇÃO