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Cibernética vista T e c l a n d o p a r a a m u d a n ç a Ano 2 | Edição 6 15 FEVEREIRO 2014 14 FEVEREIRO 2014 Amor & Pátria Adolfo Campos & Rosa Mendes ACTIVISTAS CÍVICOS: contraiem matrimônio este mês

Revista Cibernética 14 fevereiro 2014

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Teclando para a mudança

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Page 1: Revista Cibernética 14 fevereiro 2014

CibernéticarevistaT e c l a n d o p a r a a m u d a n ç a

Ano 2 | Edição 6

15 FEVEREIRO 201414 FEVEREIRO 2014

Amor & PátriaAdolfo Campos & Rosa MendesACTIVISTAS CÍVICOS:

contraiem matrimônio este mês

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CibernéticarevistaT e c l a n d o p a r a a m u d a n ç a

A REVISTA CIBERNÉTICA é uma publicação elec-trónica de acesso e distribuição grátis, lançada na internet aos 15 de Janeiro de 2012 a partir da capital da Namíbia, Windhoek. Ela surge como contributo na diversificação de platafor-mas cibernéticas de informação, debates, ed-ucação e entretenimento no seio da comuni-dade de expressão da língua portuguesa com interesses em assuntos concernentes a Angola. É uma revista mensal, publicada normalmente nos dias 15 de cada mês.

* * *

DIRECTOR & EDITOR: Pedrowski Teca

GRANDE REPÓRTER: Vaga

COLABORADORES: Maurílio Luiele

Marlene ChiengoDomingas Zua Matamba

PUBLICIDADE & MARKETING: Vaga

PAGINAÇÃO & DESIGN: Revista Cibernética

DISTRIBUIÇÃO: Vicente Paxtomás

(Johannesburg, África do Sul)

CONTACTOS: [email protected]

© COPYRIGHT 2014 Revista Cibernética

PROPRIEDADE: Pedrowski Teca

AS OPINIÕES EXPRESSAS PELOS COLABORADORES,ENTREVISTADOS E COLUNISTAS NESTA PUBLICAÇÃO NÃO ENGAJAM A REVISTA CIBERNÉTICA.

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14.FEV.2014

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Teclandopara a mudança

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considerados humanos. Quê País é esse onde o diferente é tido e achado como inimigo? Quê País

seria esse se todos pensássemos iguais? As injustiças e violações de direitos hmanos definem o caráter

de quem desgoverna este País e que com imposições define à seu critério e vontade o que deve ser

tido e achado como “patriota”.

A história se encarregará a julgar cada um segundo os seus actos, e queira ela que as consequên-

cias das acções de uns não se alastrem para seus escolhidos sucessores, porque o que se está a

criar, com esta dominação à mão de ferro, é uma receita e mistura perfeita embrionária de gradual-

mente crescente nível de insatisfação, cujo resultado ninguém queira testemunhar ou vivenciar.

A boa governação rege-se por acolhimento e execução de actos de consenso e justiça, porque

o contrário é imposição, igoísmo e autoritarismo que estão longe de serem as qualidades de um

“patriota”.

Assim sendo, deixo para reflexão as palavras de um ex-Presidente Americano, Theodore Roosevelt:

“Patriotismo significa defender o País. Não significa defender o presidente ou um outro oficial públi-

co, salvo em casos em que ele ou ela esteja a defender o País. É patriótico apoiar ele ou ela quando

eficientemente serve o País. É não patriótico não opor-se à ele ou ela, exactamente no ponto de

ineficiência ou quando falha nas suas obrigações em prol do País. Em todo o caso, não é patriótico

quando não se diz a verdade, seja ela acerca do presidente ou qualquer outra pessoa”.

Pedrowski Teca, Director

Neste mês de Fevereiro, a Revista Cibernética é publicada exactamente

no Dia dos Namorados... talvés esta seja uma das únicas ocasiões quando

as pessoas distraiem-se um pouco das “malambas” da vida e focalizam-se

em “assuntos do coração”. Não é certo dizer que, desde a publicação

da nossa última edição, nada de positivo aconteceu no País mas a des-

governação em Angola atingiu níveis desmedidos, onde até a própria lei

é desrespeitada e pisoteada por entidades que deviam dar exemplo no

cumprimento da mesma.

Refiro-me aos constantes desalomentos forçados e demolições ilegais

das casas das nossas populações. Estou a falar das inúmeras violações

da liberdade de imprensa e de informação, principalmente dos jornalis-

tas e activistas cívicos. Estou a abordar sobre o desrespeito, até físico, de

opositores políticos, e porque não mencionar também as perseguições e

espancamentos de indefesos mas honestos vendores ambulantes? Estou

a falar dos actos desumanos que continuamente violam os direitos dos An-

golanos e tiram-nos a honra, o orgulho, a liberdade e dignidade de sermos

Carta do Director05

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Tópicos

Especial S. Valentim

08Todos Os Dias São: ‘Dia Dos Namorados’

Neste mês do Amor, a Revista Cibernética con-

vidou a jovem escritora Rosie Álves que, com as

suas narrativas eróticas, concretizou a secção

“Especial São Valentim” desta edição do Dia

dos Namorados.

Notícias

16MCK lança preservativos BOM PÉRU

O rapper MCK lançará uma marca de preser-

vativos denominado “BOM PÉRU - Proibido fazer

sem isso”, no Domingo, 16 de Fevereiro de 2014.

O evento que está previsto parar às 18 horas do

mesmo dia, terá lugar no Elinga Teatro.

revistacibernética

Em Foco

18Jovens activistas cívicos, Adolfo & Rosa, casam-se neste mês do Amor

Eles são um dos jovens activistas cívicos Ango-

lanos mais dinâmicos e influentes da actuali-

dade. Têm um pequeno percurso de referência

na sociedade civil onde destacaram-se pela

coragem e determinação em defesa dos sem

vozes.

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07

Educação

24Ministério vai distribuir mais de 40 milhões de manuais

Quarenta e três milhões setecentos e noventa

mil e duzentos manuais escolares serão distribuí-

dos em todo país para o próximo ano lectivo,

cuja abertura oficial foi prevista para o dia cinco

de Fevereiro.

revistacibernética

Análise

28Patriotismo,cultura paterna de quem governa

Neste artigo, o acadêmico Mário Lunga abor-

da profundae«mente acerca do conceito de

Patriotismo, exemplificando casos do contexto

do Continente Africano. Recomenda-se a leitu-

ra deste importante artigo aos nossos leitores.

Saúde

32Dicas para evitar problemas de saúde ao usar o computa-dor

Muitas pessoas passam várias horas na frente

do computador e esta situação pode, mais

cedo ou mais tarde, resultar em problemas de

saúde. Para ajudar a evitar estes males, a revista

Cibernética publicou as 10 dicas sobre postura a

respeito do correcto uso do computador.

Page 8: Revista Cibernética 14 fevereiro 2014

Rosie Álves

Sou uma romântica incurável. Escrevo sobre

amor, mas não consigo ver nada de român-

tico no dia dos namorados. Apetece-me fugir

quando só vejo corações por todos os lados, co-

rações esses que, na sua maioria, não significam

o que deveriam significar.

Não quer dizer que não deve haver um dia es-

pecial para homenagear os namorados. Deve

sim! Mas é exactamente isso, depender de da-

tas especiais para comemorar...

Esquecemo-nos da data de aniversário de nam-

oro, mas lembramos do dia dos namorados por

ser uma data global.

Até parece que tenho algo contra o amor, né?

Nada disso

Eu adoro o Amor! Até sou uma consequência

do amor. E o adoro em todas as suas formas.

Vou explicar:

Às vezes, as pessoas são muito esquecidas ao

ponto de necessitarem que lhes lembrem de

certas coisas...

<<mostrar amor pelo(a) parceiro(a)>>, por ex-

emplo.

Devemos namorar os nossos parceiros todos os

dias; namorar com as palavras, com pensamen-

tos, ações, com a música... Ai que já estou a lem-

brar-me de uma canção que ouço sempre as

doze horas na Rádio Luanda, não sei quem can-

ta, se calhar André Mingas ou algum bom can-

Todos Os Dias São:

‘Dia Dos Namorados’

ESPECIAL SÃO VALENTIM

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09tor que já morreu. Mas é algo assim: “Mandei-lhe

uma carta, em papel perfumado, mas ela, disse,

NÃO.” Perdão. Desviei-me do assunto.

Estava então eu a dizer que todos adoramos

namorar mas não devemos ter dias marcados

para isso. Na verdade não devemos ter dias

marcados para nada relativo a dar amor. Não

precisamos de dias, ditos especiais, para nos

lembrarmos do fundamental, do essencial da

vida. Não precisamos de um dia para mostrar

amor em meio de declarações que talvez nun-

ca foram feitas em dias normais.

- Quando é amor, é involuntário mostrar. - Não

necessitamos que nos digam que precisamos

Gostar ou Amar alguém.

Desculpem mas isso é confuso, isto dos dias.

Somos seres vivos que vivemos, dependemos e

ansiamos por Amor e ele não tem hora, dia ou

mês para aparecer ou para ser comemorado

ou lembrado. Aparece sempre. Existe sempre.

Mas é triste ver que algumas relações tornaram-

se dependentes do dia 14...

Criou-se uma data para lembrar os namorados,

não uma data para lembrar que temos de dar

Amor ao parceiro(a).

«Temos de dar»...

O dia dos namorados acaba por ser algo força-

do, imposto pela sociedade do consumo onde

jantar e oferecer algo ao parceiro(a) é sinal de

comemoração quando tais coisas deveriam

acontecer sempre. Não é à toa que a importa-

ção de Chocolate cresce de uma forma con-

siderável no mês de Fevereiro… Comprar uma

prenda, dar uma flor, levar a jantar ou num pas-

seio romantico para, muitas vezes, estar a pensar

em outra pessoa e não naquela que está mes-

mo ali. Céptica? Não Apenas realista. Acreditem

que a maioria das vezes é mais um «Aparecer»

do que um prazer. Por que não celebrar o Amor

todos os dias? O Amor constrói-se. O Amor rega-

se. O Amor fala-se, canta-se, dança-se, escreve-

se, sente-se …. VIVE-SE TODOS OS DIAS.

Sem imposições ou regras, sem medo ou razão,

sem declarações facilmente copiadas e cola-

das em um Mural, dar mais valor ao presente

dado do que à pessoa que o deu.

Sejam genuínos, façam de todos os dias, dias

especiais. Sempre que quiserem, as vezes que

quiserem.

Um beijo da vossa Sweet Cliché.

Criou-se uma data para lembrar

os namorados,não uma data

para lembrarque temos

de dar Amor ao parceiro(a).

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A Revista Cibernética deseja um feliz

à todos os seus membros,colaboradores e leitores

Dia dos Namorados

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““E o que é que não queres hoje?”

- perguntas tu.“Hoje eu não

quero rosas. Hoje eu quero um

orgasmo!”

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Hoje eu quero um orgasmo

“Amor, hoje é São Valentim. Eu pensei numa

grande noite de prazer como nunca tivemos

antes... Hoje quero deitar maliciosamente sobre

a tua cama, puxar-te pela camisola e afogar a

tua boca na minha.

Quero que me beijes enquanto as tuas mãos

aprontam-se para deixar-me totalmente nua.

Quero te seduzir, estar insaciável para ti, quero

que explores a minha libido, que satisfaças os

meus mais profundos desejos.

Isso! Rouba o meu seio do sutiã, e arranca a min-

ha cueca num único movimento. E com a tua

boca, quero que inundes o meu clítoris, quero

gemer sem descanso! Quero que me falte o ar.

Hoje serei egoísta, quero-te só para mim e por

mim. Dá-me todo o teu prazer, deseja-me como

nunca! Inteira; sem regras, sem princípios, sem

pudor.

“E o que é que não queres hoje?” - perguntas,

tu. “Hoje eu não quero rosas. Hoje eu quero um

orgasmo!”.Leia mais artigos da autora em:

www.sweetclichee.blogspot.com

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Rosie Álves

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RETROSPECTIVA13

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Nesta secção, a Revista Cibernética trás os acontecimentos marcantes

que ocorreram após a publicação da edição de 15 de Janeiro de 2014.

Em tão pouco periodo de tempo, a Polícia Nacional de Angola foi álvo

de inúmeras críticas por parte de cidadãos Angolanos e não só, por um

simplesmente motivo: ao invés de cumprir a sua função de garante da

ordem, segurança e tranquilidade, acusa-se que implanta o contrário na

sociedade Angola.

Um dos casos mais arrepiantes aconteceu na Província de Malanje onde,

segundo relatos, um carro patrulha da Polícia Nacional perseguiu até

atropelar mortalmente dois jovens que viajavam sem capacetes numa

motorizada. As fotografias indicam que o carro policial subiu por cima

da moto e derrubou mortalmente os dois jovens. Consequentemente os

populares que testemunharam a cena, vandalizaram o carro da Polícia,

queimando-a à cinzas. Dias depois, o Jornal de Angola noticiou que um

jovem, que não era sequer familiar das vítimas, foi detido pela Polícia sob

a acusação de ter incendiado o carro patrulha.

Na cidade capital, Luanda, os governantes locais enveredaram numa

caça aos vendedores ambulantes (zungueiros), num decreto desacon-

selhável que visa “limpar” a imagem de Luanda, sem antes ter criado

condições alternativas ou empregos para milhares de Luandenses involvi-

dos na venda ambulante. Nesta senda, a zungueira Carolina Domingos

foi inicialmente dada como morta após, segundo relatos, ter sido detida

e espancada pela Polícia no Município de Viana, tendo tentanto es-

capar dos maus tratos, pulando do carro policial, o que resultou na frac-

tura do pescoço e perca de sentido. Dias depois, informações circularam

nas redes sociais de que a senhora Carolina Domingas estava viva e que

segundo o marido dela, Cipriano Pedro, 1° cabo das Forças Armadas

Angolanas, apenas deslocou uma das pernas e neste momento depois

de ser prestada os primeiros socorros numa das unidades hospitalar de

Viana encontra-se em casa a recuperar da lesão. O mesmo lamentou a

atitude da polícia em recusar custear o tratamento da sua esposa.

Um dos mais recentes casos de violação da liberdade de expressão

aconteceu com o jornalista da Rádio Despertar, Queirós Anastácio Chilu-

via, quando, para averiguar informações que obteve sobre o maltrato de

detidos pela Polícia no Município do Cacuaco em Luanda, dirigiu-se para

um piquete policial local. O jornalista retirou-se do piquete e presenciou

do exterior um dos detidos a ser retirado em estado crítico. Reportou en-

tão para a rádio o que acabava de presenciar. Chilúvia viria a ser detido

de seguida, acusado de crime de Difamação e Calúnia.

Foi sumariamente julgado e condenado pelo Tribunal Municipal de Cac-

uaco, segundo o MISA-Angola, à aproximadamente 1 ano e quinze dias

de prisão, “pena suspensa” mais 60 mil Kwanzas.

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RETROSPECTIVAUm dos temas que também mexeu com o País durante as últimas

semanas, é a retirada da vida política activa do nacionalista e militante

do MPLA, Lopo do Nascimento. A mensagem de despedida deste

dirigente do MPLA, aplaudido pela oposição, foi tanto quanto peculiar

para os seus camaradas. Lopo do Nascimento apelou a juventude para

que com educação e competência, não por afiliações partidárias,

começe a tomar controle das directrizes do país, tratando de assuntos

sérios e relevantes e não se involvesse em conversas de “infantário”. Para

a surpresa dos seus camaradas, Lopo do Nascimento descreveu um ex-

opositor, Mfulumpinga Nlando Vitor, como uma das pessoas que mais o

impactuou na Assembleia Nacional, onde entrou em 1980. Dentre outras

declarações, o veterano afirmou que os camaradas fizeram o Estado,

criaram o Governo mas que falta criarem a Nação. Muitos criticos argu-

mentaram de que, apesar da mensagem exemplar, Lopo do Nascimen-

to aposentou-se na vida política activa acorrentado ao silêncio conivente

sobre os segredos da desgraça que inferma os Angolanos, e que durante

a sua carreira não foi um bom exemplo à seguir, tendo estado, até ao

momento, na ilegalidade de probidade administrativa, sendo deputado

e empresário ao mesmo tempo.

Desalojamentos forçados

Apesar das várias intervenções e apelos, o Governo continua a everedar

desalojamentos forçados sem indemnizações condígnas. Desta vez, os

moradores da Chicala e Kilombo em Luanda, viram as suas casas demoli-

das e foram abandonados à sua sorte e ao relento nas imediações do

Parque Nacional da Quiçama. Em pleno tempo chuvoso, as imagens do

local são lastimáveis, sob o olhar dos governantes que usam das forças da

ordem pública para impedirem que jornalistas, activistas cívicos e políticos

se aproximem e registem a forma desumana em que aquelas popula-

ções estão a serem submetidas.

Morreu o nacionalista Uanhenga Xitu

O nacionalista, combatente da luta pela independência nacional de

Angola e militante MPLA, Agostinho André Mendes de Carvalho, mais

conhecido pelo nome literário de Uanhenga Xitu, faleceu aos seus 89

anos de idade, na quinta-feira, 13 de Fevereiro de 2014, em Luanda, por

doença. Uanhenga Xitu, também um dos maiores escritores Angolanos,

lutou durante o periodo colonial, tendo sido preso, julgado no conhecido

Processo dos 50 em 1959 e condenado, pelas então autoridades coloni-

ais portuguesas, a 12 anos de prisão maior, a medidas de segurança de

seis meses, a três anos prorrogáveis e a perda de direitos políticos, por 15

anos. Depois da proclamação da Independência Nacional de Angola,

em 11 de Novembro de 1975, o nacionalista Mendes de Carvalho

exerceu, entre outras, as funções de Ministro da Saúde, de Comissário

Provincial de Luanda, de embaixador na Alemanha e de Deputado,

pelo MPLA, à Assembleia Nacional.

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MCK lança preservativos BOM PÉRU“Proibido fazersem isto”

O rapper MCK lançará uma marca de preservativos denominado “BOM

PÉRU - Proibido fazer sem isso”, no Domingo, 16 de Fevereiro de 2014.

O evento que está previsto parar às 18 horas do mesmo dia, terá lugar no

Elinga Teatro. Para o acto, está agendada uma conferência de imprensa

onde o músico fará a apresentação oficial da sua marca do contracep-

tivo masculino.

Na sua página do Facebook, MCK apelou ao público a comparecerem

no local afim de receberem um pacote grátis dos preservativos BOM PÉRU.

“Vá ao Elinga Teatro no dia 16 de Fevereiro e receba o teu kit gratuito da

Bom Péru”, disse o rapper.

NOTÍCIAS

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Luanda - O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, orientou hoje, quinta-feira,

em Luanda, o acto inaugural do novo edifício sede do Instituto Nacional de Estatística (INE),

que acolhe o gabinete de coordenação do Censo Geral da População e Habitação.

Ao Chefe de Estado Angolano, após a inauguração do empreendimento, foram dadas

explicações sobre a estrutura do edifico, tendo de seguida percorrido algumas áreas que

compõem o mesmo. O edifício foi construído de raiz numa área total de 4.987 metros

quadrados, localizada na Avenida Ho-Chi-Minh e comporta oito andares, duas caves,

sendo uma para parqueamento e outra reservada a grandes operações estatísticas. O

espaço foi cedido pelo então Comissariado Provincial de Luanda no dia 20 de Junho de

1990, através do ofício 1125/148/GAB.COM.PROV.ADJET./90, em cumprimento do Despa-

cho Interno do Presidente da República Popular de Angola. A construção do edifício, que

apresenta um aspecto arquitectónico moderno e multifuncional, teve a duração de 22

meses e orçou em cinco trilhões,586 milhões, 773 mil e 600 Kwanzas. Como órgão indepen-

dente, o Instituto Nacional de Estatística foi criado em Fevereiro de 1982. Em Setembro de

1996, o INE passou a ser um instituto público, dotado de personalidade e capacidade ju-

rídica e de autonomia técnica, administrativa e financeira. O INE irá implementar o Censo

Geral da População e Habitação, uma das tarefas mais importantes do Executivo ango-

lano para 16 a 31 de Maio de 2014. Fonte: Angop - 6 Fevereiro 2014

PRinaugurasede do INE

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EM FOCO

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Os jovens Adolfo Campos André e Rosa Mendes dis-pensam apresentações na arena política Ango-lana. São referências in-contestáveis de activistas cívicos cujas acções influ-enciaram e continuam a influenciar as directrizes do país. Diante de inúmeras calúnias e difamações que surgiram contra os dois nos últimos anos, neste mês do amor, Adolfo e Rosa darão mais um ex-emplo para a juventude Angolana, unindo-se em matrimônio no dia 21 de Fevereiro de 2014 em Luanda.Como fruto deste amor, o casal já tem o seuprimogênito, o pequeno Rodolfo Mendes André.O noivo é formado na área de Enginharia Mecânica pela Vaal Tech-nology Institute, e a noiva é formada em Marketing e Gestão de Empresas pela UNISA, ambas instituições sul-africanas.A Revista Cibernética deseja felicidades ao casal Adolfo Campos André e Rosa Mendes André.

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“ Rosa Mendes (cen-tro)na companhia de outros jovens activistas cívicos de vários países Africanos duran-te uma formação em Wash-ington DC, Estados Unidos da América. Fotos na lateral: o casal em Johannesburg, África do Sul. Adolfo Campos com o primeiro filho do casal, o menino Rodolfo.

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“ Nesta foto recente, pai e filho, Adolfo e Rodolfo, pousam para a câmera. À dire-ita, o casal durante um curso de noivos na África do Sul. Mamãe Rosa com o Rodolfo. Foto à baixo, Adolfo Campos duran-te uma missão diplomática do Movimento Revolucionário na República Unida da Tanzânia em 2013, fotografado com dois homens da tribo “Massai”.

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24EDUCAÇÃO

Luanda - Quarenta e três milhões setecentos e noventa mil e duzentos

manuais escolares serão distribuídos em todo país para o próximo ano lec-

tivo, cuja abertura oficial foi prevista para o dia cinco de Fevereiro.

O dado foi avançado hoje, à Angop pelo consultor do ministro da Edu-

cação, JoaquimCabral, que reforçou ser o número de manuais distribuí-

dos no ensino primário anualmente.

Segundo a fonte, a produção de livros é assegurada pelo Ministério da

Indústria e é feita localmente.

O MED controla actualmente 64 mil e 62 salas e está a apostar na forma-

ção de professores, na construção de mais salas de aulas, na alfabetiza-

ção, no ensino especial como a inclusão.

O MED controla o ensino da iniciação, alfabetização, o ensino especial, o

primário, o secundário do primeiro ciclo e secundário do segundo ciclo.

Para este ano lectivo, o MED terá sob seu controlo sete milhões 683 mil e

56 alunos, dos quais 200 mil entram pela primeira vez no sistema normal de

ensino.

Ministério vai distribuir mais de 40 milhões de manuais

Fonte: Angop | 03 Fevereiro de 2014

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MARROCOS - Numa longa viagem de ideias e expressões, és aqui uma relação que tor-

nou-se uma luta sangrenta numa sociedade cheia de diferenças.

Dias atrás, o nacionalista Lopo do Nascimento declarou a sua saída das lides políticas,

deixando uma mensagem carrilada, cheia de chamadas de atenções e pontificou o

assento da juventude.

“Os jovens Africanos têm de prepararem-se para ajudar a mudar este critério em favor da

educação, formação e competência”. Palavras contundentes, arrepiantes e reflectivos.

As apreciações da juventude têm criado motivos de todos quererem pensar diferente,

numa mudança de mentalidade e dirigismo. Embora haja alguns no obscurantismo.

Palmeei os meus pensamentos por Angola fora, busquei as relíquias duma juventude co-

lada à terceiro plano no país que hoje diz estar na senda do desenvolvimento, a carica-

tura e a cede do poder chifra cada vez mais as inspirações da juventude sem acompan-

hamento necessários, descarrilando assim o pensamento de exigência, direitos e inclusão

à todos sem cores partidária, etnias, religião, e outras diversidades.

Os dados continuam assustadores, as diferenças elevadíssimas e a acumulação de

riquezas e esquecimento vão piorando a ilucidez da luta e da liberdade.

A juventude, tida como futuro duma nação, continua no relento de banhos de intimida-

ções, opressões, ofuscando assim o valor dos esforços da liberdade e da paz.

Na sequência dos conflitos dos seus direito e valores, a juventude continua andando

numa causada turbulência entre lutas e refúgios, e de tal maneira vai-se fazendo os con-

teúdos de novos ditadores, de novos opressores e de novos colonizadores.

Assim somam-se e seguem os números dos perdidos e não achados, e vai se formando

um país totalmente esquecido da história, do passado, e das suas origens, dando acesso

ao que se assiste hoje.

PODERES

No anexo desta apreciação, viajei para bem longe das ditas cidades Angolanas, e junto

dos municípios, comunas, sobados encontrei uma juventude sem esperança, uma juven-

tude aliciada somente quando os votos vão se aproximando, e és aqui a linha da von-

tade de muitos com força de trabalhar, mas sem empregos.

Nos discursos dos bons políticos, dirigentes, a prevenção e o futuro formaliza uma geração,

e há quem diz que a juventude perde-se quando pensa na política, quem tem medo do

Osvaldo Mavungo

ANÁLISEPoderes e

segredos de uma juventude

esquecida

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revistacibernética

“futuro é um saqueador autêntico.

As minhas ansiedades vão-se tornando cada mais esperançosas, na

promessa de um dia voltar a ver Angola unida e todos juntos pela Victória,

continuo a ver a vontade da juventude, embora haja alguns sem solução

de concerto, e na promessa de concertar vitalizemos as nossas mentes

junto das nossas bases e raízes que sempre nortearam a vontade de luta e

crença nos bons e maus dias.

Numa comparação com o ocidente, busquei das minhas linhas étnicas a

razão da nossa humilhação, quando os nossos pais desvalorizam a nossa

importância, os vizinhos se debochando de nós, és aqui a razão de muitos

perdidos. As nossas chamadas de atenção vão se tornando vícios, hoje

quem tem some e segue, e os necessitados vão se ajeitando com a reali-

dade, dura realidade e muito longe de ser resolvido, e eis aqui o quadro

da juventude Angolana, que alguns diz ser boa, diz estar em condições

de bater-se com jovens de outras sociedades, dói, todos conhecemos a

realidade dessa juventude, que agora encontra-se perto de desabar.

São muitos os desafios dessa terra, tida como terceiro mundo, com ricos

e poderosos, vestidos de imunidade, copilo do jeito agressor a invasão

desses detentores que continuam a pintar um país com jovens cheios de

vergonhas e sacanagens.

Os vícios vão tomando conta de jovens, e a razão das causas estão bem

avista, cada um quer fazer da sua maneira, agora vai virando moda

encher interesses e esquecer as raízes. As proporções das dificuldades vão

tomando parte dessa juventude bem alcoolizada e xuxuada de eventos

e disbundas... e lá se esquecem das suas razões e valores.

Não intimido as razões dessas causas, mas chamemos à razão e gozemos

dos nossos direitos, porque virou mitologia a compra dos valores humanos,

e sobretudo numa terra chifruda e uma juventude dada à falência.

Alguém pode querer, mais impossivelmente alguém vai mudar tudo,

porque vai-se tornando herança, as malandrices de geração em gera-

ção, a peregrinação toma e laiquiza os mais velhos nas rezas de um dia o

quadro mudar.

E no reparo bem mínimo, achei estranho ver crianças contaminadas in-

ocentemente, pura impureza, dura nação escandalizada por um gov-

erno cara de pau. Dor e luto, choros e tristeza, ninguém tem competên-

cias se não os superiores, que sempre dão ordens e ninguém assume as

consequências, e a lenha vai ardendo assim assim, porque todos críticos

e pensamentos diferentes são vistos opositores, os vagabundos como eles

chamam, nem são tidos, para não dizer achados.

Agora muitos, desses jovens são obrigados a aderir... futuros ameaçado,

mortes de jovens em todos os lados, e assim o consumo das vidas duma

geração que não pode ver os sonhos realizados vão desistindo, agora só

resta histórias duma juventude falida e desencontrada.

Milagrosamente vou acreditando que há quem possa mudar, ainda con-

tinuo a fazer fé nessa possibilidade longínqua. Vou confiando em alguns,

de certeza que as lutas diárias vão trazer de volta os valores que todos per-

demos quando entregamos de mãos aberto o país em gente insensível.

De certeza que a nossa esperança não morre nunca, mais fica a promes-

sa de um dia ela vir a ser mutilada.

As proporções das dificuldades vão toman-

do parte dessa juven-tude bem alcoolizada e

xuxuada de eventos e disbundas... e lá se es-

quecem das suas razões e valores.

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revistacibernética

Mário Lunga

Patriotismo,cultura paterna

de quem governa

ANGOLA - Apesar de na história de África existirem registos de sociedades que construíram-se com

a inexistência de reis ou rainhas, governos etc. Como o caso da cultura Igbo na Nigéria, a mesma

história nos mostra noutra perspectiva, a presença da mulher nas posições de direcção ou do poder,

nas sociedades em que pertenceram. Njinga Mbande, Okinka Pampa, Aquatuny, dentre outras,

são alguns exemplos. Essas notabilizaram-se não apenas pela assunção do poder, mas pelo pendor

político e pela força com que se impuseram diante das repressões dominantes. Em última linha, é

razão para repensarmos o cenário discursivo-democrático assistido hoje em África e a posição da

mulher no proscénio político, quando se ostenta a existência de determinado número de mulheres

na bancada parlamentar, tal fosse o exemplo de uma democracia no continente.

Com essa introdução pretendemos nada mais do que corroborar a discussão que na nossa opinião

é de suma importância para o desenvolvimento do discurso patriótico na mesma óptica.

Em livros ou artigos na internet, existem várias definições sintonizadas entre si, dispostas a nossa apre-

ciação para que com efeito, dela retiremos algum conteúdo sobre o tema. Todavia, sugiro que

ignoremos qualquer definição aprofundada e os arquétipos teóricos já estabelecidos, como forma

de exercitarmos a nossa observação, desprovidos dos cânones viciantes da teoria política e nos mo-

vamos sim, pela realidade dos factos, com um olhar prático e existencial. No entanto gostaríamos

de partir do cerne da genealogia ao que tratamos por patriotismo, tema central do artigo, para

entendermos e desde agora ousarmos estabelecer uma relação, na nossa opinião fundamental ou

pelo menos recorrente á discussão; A relação entre a pátria e a cultura para chegarmos ao proposto

patriotismo.

Patriotismo, de Pátria, terra natal, terra do pai, paterna ou agora do patriarcado. Como a partir daqui,

podemos provocar uma discussão mais abrangente a cerca da relação supracitada? Na nossa óp-

tica, é porém um grande conflito dialéctico senão um paradigma a enfrentar. Basta observarmos

que a despeito serem grande parte das sociedades africanas monitoradas pelo matriarcado, está

enraizada nelas, grandes cultos do machismo que suplantam e esmagam indiscretamente o ma-

triarcado presente ali, fazendo com que gerem e se alimentem nelas, atitudes próprias de regimes

patriarcais (patrióticos).

A pátria ou o patriotismo são na nossa óptica, já subvencionados por um elemento sociocultural

e não natural conhecido como machismo que doutrina as sociedades sobe o cunho masculino

e a coloca em detrimento da mulher, reconhecendo os valores dos cidadãos partindo do olhar

do homem político e militar. Daí que em Angola é questionável e inacreditável a forma desprezível

ANÁLISE

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com que as mulheres zungueiras ou qualquer

outra representação de violência contra a mul-

her são tratadas aos olhos dos patriotas, quando

esses não se sensibilizam nem se constrangem,

nem mesmo as mulheres políticas ou tão pouco

as comuns. O que aqui vemos é uma teoria, um

discurso que aliena a mulher em defesa dos in-

teresses patriarcais e não matriarcas, ou seja,

em defesa do patriotismo ou da pátria e não do

“matriotismo” ou da mátria consubstanciada no

matriarcado, fazendo com que seja mais fácil e

natural para essas mulheres, saírem ao ataque

da imoralidade que agride a pátria como a

prostituição ou a poliandria por exemplo, ao

ataque da violência contra a mulher; contra a

zungueira ou se quisermos contra a prostituta ou

ainda contra a poligamia. Com isso queremos

dizer que, o patriotismo passa também por um

estímulo psicológico que intima subliminarmente

os cidadãos a saírem em defesa da sua terra

(cultura, bandeira, hino, mentalidade, etc.) a

todo momento, por mais que nessa o mesmo

não se veja contemplado como autóctone. Por

essa razão, num artigo passado lançamos de

forma provocadora o tema, OS LIMITES DO PA-

TRIOTISMO CONSTRUIDOS PELA OPORTUNIDADE,

ou seja, quais os limites para o individuo defender

a sua pátria? Quais são esses limites quando por

exemplo somos realizados económica, política

ou espiritualmente em outras pátrias? E se o indi-

víduo identificar-se com o sistema político, com

o nível democrático e de liberdade existente em

outras sociedades? Se lhe for oferecido melhores

oportunidades nessas sociedades sem precisar

participar do tráfico de influências ou compra

de lugares? , Como e até que ponto esse de-

verá reconhecer e exercer o seu patriotismo?

Ou mesmo, o que é ser patriota ou o que é

defender a pátria? Entre valorizar a cultura e re-

pudiar a política de um país por exemplo, onde

se encontraria o patriotismo; o patriota? São no

entanto, questões abertas dispostas a discussão

e a consensos ou mesmo a mudança de para-

digmas.

Outrossim, é importante reconhecermos que

amar a pátria, não pressupõe dar a vida por ela.

Ou por outro lado, qualquer cidadão angolano,

ainda que não conhecendo na íntegra o hino

nacional, pode ser um verdadeiro patriota. A

importância de educar-se o cidadão a amar

a sua pátria é apenas fundamentada quando

esse amor pressupõe defender a pátria para a

benesse do povo e do próprio país, onde sub-

jazem quaisquer interesses de um cerco ínfimo

de homens virados e viciados á política par-

lamentar. A título de exemplo, para subsidiar

a afirmação acima, morrer pela pátria como

forma de afirmar o amor por ela, é no entanto

um débito social ou uma responsabilidade re-

strita a um determinado número de militares de

baixa importância intelectual na hierarquia das

Forças Armadas e não de todos os militares nem

de todos os angolanos. São alguns cidadãos de

uma nação, senão de algumas etnias, que es-

tão intimados a perder a vida para provar o seu

amor pela pátria, gozando de imunidade todos

os demais cidadãos, o que nos leva a crer que

o discurso patriótico é no entanto um veículo

pelo qual, vários cidadãos são convencidos

a esquecer as suas famílias e todas as demais

partes da vida, para se doarem a luta armada

ANÁLISE

“ Patriotismo,de Pátria, terra natal,

terra do pai, paterna ou agora do patriarcado.

Como a partir daqui, po-demos provocar uma dis-

cussão mais abrangente a cerca da relação supraci-tada? Na nossa óptica, é

porém um grande conflito dialéctico senão um para-

digma a enfrentar.

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por exemplo, enquanto uma elite militarizada e

política ou não, nos momentos conflituosos em

que aqueles ocupam as mãos com sangue, es-

ses enchem os aviões e navios com familiares e

amigos com destino a além-mar ou por exem-

plo quando utilizam as clínicas da Europa para

protegerem a saúde, enquanto o cidadão co-

mum continua a depender do bom senso dos

médicos nas portas dos nossos hospitais. Somos

porém, todos patriotas. Assim, entendemos que

á patriotismo pressupõe-se: Amar, criticar e de-

fender o país aos limites, os povos, as culturas,

a identidade cultural e a história, as nossas insti-

tuições, etc quando esses nos contemplam e

representam dentro e fora do território em que

pertencemos.

Infelizmente, muitas pessoas apenas fora da

sua pátria reconhecem o verdadeiro valor e

participação que ela tem nas suas vidas e es-

pontaneamente saem em defesa dela, sem

fazer-se necessário a intervenção de um discur-

so político-militarizado. Para dizer também que,

só defender a pátria não identifica o patriota,

criticar sem pessimismo, mas acreditando que o

melhor pode ser feito e apresentando propostas

de reparação politica, histórica e social é tam-

bém direito senão dever do mesmo. Depreciar,

subjugar o povo ou o país, salvar ou alimentar

o pessimismo para com o país não é mais pa-

triótico ao lutar com as forças que visem a mel-

horia do país e das ideias, com o fim único de

melhorar e curar o homem presente nesse ter-

ritório. Assim sendo, gostaríamos de interromper

esse artigo sintetizando que a missão ou o dever

nosso enquanto nacionais e patriotas é apenas

nosso, ninguém será patriota por nós nem nós

por ninguém seremos patriotas. Porém, enquan-

to jovens, somos urgentes e eufóricos, queremos

mudanças para ontem e assim acabamos por

entusiasmadamente nos deixar enganar pelos

malfeitores que saqueiam o país e estupram o

povo. Nos lançamos a custos reduzidos ás ar-

madilhas da ditadura como forma as vezes de

afirmar e ou provar e comprovar o nosso activ-

ismo. A pátria precisa dos patriotas, expor a vida

sem medidas diante de um campo minado e

selvagem sobretudo numa época que o país

precisa da força motriz e intelectual jovem não

é uma atitude inteligente de um patriota. Deve-

mos ser aparentemente ignorantes e irónicos

no jogo político em que se encontra o patriota.

Colidir a tempo inteiro, nos colocará expostos ou

nos oferecerá a memória dos mártires do país e

da história o que não mudará o país ao tempo

esperado. A voz da liberdade será exaltada

com a força do povo e da natureza sobretudo.

Os homens se cansam, são fálios e ignorantes

por natureza, razão pela qual a nossa luta não

deve constar e ou incidir sobre o homem físico,

senão nas ideias e tal como agora, convidamos

nossos irmãos dessa geração a ousadamente

e sem complexos, forjarem seus discursos em

função da sua realidade , das suas sociedades

, na pior das hipóteses das suas mentalidades. E

nessa esteira, deixarmos a ideia final de que o

homem está antes do militante e ou do patriota,

sendo o homem o primeiro, é o detentor do

sentimento e da consciência(nem sempre com

razão) e os dois últimos, construções sociais ape-

nas porém de suma importância onde repousa

normalmente a razão. Assim, equilibrar os dois

é o ser ideal do patriota. Não seremos sempre

militantes, pois somos tomados por sentimentos

naturais e intrínsecos, tão pouco devemos ser

apenas homens movidos pelos mesmos senti-

mentos, aí chamaremos o militante; o patriota.

“ Outrossim, é impor-tante reconhecermos

que amar a pátria, não pressupõe dar a vida por ela. Ou por outro

lado, qualquer cidadão angolano, ainda que não conhecendo na

íntegra o Hino Nacional, pode ser um verdadeiro

patriota.

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32SAÚDE

O computador faz parte do quotidiano de mui-tas pessoas, seja para fins profissionais, seja para estudos, seja para diversão, enfim. Como conse-quência, muita gente acaba passando horas e mais horas por dia na frente do PC, e esta situa-ção pode, mais cedo ou mais tarde, resultar em problemas de saúde. Para ajudar a evitar estes males, o InfoWester apresenta a seguir 10 dicas simples, mas muito importantes sobre postura e outros aspectos a respeito do uso correto do computador.

1 - Sente-se corretamente na cadeiraAo se sentar, mantenha suas costas retas, de forma que estas se apoiem no encosto da ca-deira. Neste sentido, não use cadeiras com en-costo curto e tome cuidado para não deixar este item incorretamente inclinado, quando for possível ajustá-lo.Também evite deixar seus ombros caídos e não adiante suas pernas de forma que seus pés fiquem muito à frente da linha dos joelhos, como se você fosse se deitar - é importante deixar suas coxas quase que totalmente posicionadas no assento da cadeira.

Dicas para evitar problemas de saúde ao usar o computador

Postura correta na cadeiraDê preferências a cadeiras para uso em es-critório, que normalmente são ergonômicas e permitem regulamente da altura e do encosto.

2 - Deixe os pés retos ao se sentarAo sentar na cadeira, os pés devem ficar com-pletamente no chão, ou seja, não podem ficar inclinados, com somente os dedos tocando a superfície. Caso a cadeira seja muito alta para você, use um apoiador para os pés. Evite jogar os pés para traz, assim como cruzar ou dobrar as pernas enquanto permanecer na cadeira.

3 - Mantenha os cotovelos na mesma aultura dos pulsos

Dê preferência a cadeiras que tenham apoia-dores para os braços, de forma que os cotovelos não fiquem abaixo da linha dos pulsos. Desta maneira, você conseguirá usar todo o braço para manipular o teclado e o mouse. Os pul-sos também não podem ficar muito abaixo da linha dos dedos.

Posição das mãos4 - Mantenha o monitor em frente ao seu rostoMantenha o monitor de vídeo em uma posição

frontal ao seu rosto, de forma que você não tenha que levantar/abaixar a cabeça ou girá-la para ver a tela do computador.Se estiver utilizando notebook ou ultrabook, é uma boa ideia conectá-lo a um monitor com al-tura adequada, caso permaneça por um longo período diante do dispositivo, do contrário, você passará muito tempo inclinando seu corpo para frente para visualizar a tela satisfatoriamente.

5 - Fique a pelo menos 50 cm de distância da tela

Se você “grudar” a cara no monitor, seus olhos ficarão cansados mais rapidamente e você acabará forçando-os para enxergar, podendo ter dores de cabeça ou algum tipo de irritação. Por este motivo, mantenha uma distância de pelo menos 50 centímetros da tela do computa-dor.Também é uma boa ideia ajustar os níveis de contraste e brilho do monitor e usar modelos que ofereçam boa qualidade visual. Regule também a resolução do equipamento para um padrão confortável aos seus olhos - se as letras ou objetos exibidos na tela lhe parecerem muito

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REVISTA CIBERNÉTICAwww.issuu.com/revistacibernetica

DROWSKI Notícias & Opiniõeswww.drowski3.blogspot.com

[email protected] ou [email protected]:

DUAS PLATAFORMAS A SEU DISPOR

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34pequenos, alterne entre as resoluções disponíveis até encontrar uma que lhe pareça confortável.

6 - Levante-se a pelo menos cada 50 minutosNão é bom permanecer muito tempo mesma na posição. O corpo humano foi preparado para se mover regularmente, por isso, levanta-se a cada 50 minutos, pelo menos. Se você estiver em um escritório, por exemplo, vá ao banheiro ou caminhe até o bebedouro do seu andar. Se o telefone tocar em outra mesa, vá até lá an-dando, evite chegar ao local se empurrando em uma cadeira com rodinhas.Você também pode complementar este hábito esticando o seu corpo ou fazendo alongamen-tos. Neste caso, é importante buscar orientação com um profissional no assunto para não execu-tar movimentos inadequados.

7 - Pisque maisPiscar mais?! Sim! Repare que quando você está muito concentrado ou dando bastante aten-ção a um assunto, os seus olhos ficam bem ab-ertos diante da tela e, consequentemente, pis-cam menos. Se situações do tipo acontecerem com frequência, você poderá ter algum tipo de irritação nos olhos, como ardência e cansaço visual.O problema pode ficar pior se você passar muito tempo em um ambiente com ar condicionado funcionando. Assim, ao sentir sinais de irritação nos olhos, comece a piscar mais. Você também pode fazer compressas com água fria e aplicar sobre os olhos por 3 minutos (com eles fechados, obviamente). Também há colírios que ajudam a lidar com este problema, mas é importante utilizá-los somente com prescrição médica.

8 - Use o computador em um ambiente bem iluminado

Ambientes mal iluminados podem causar vários problemas, como sonolência, sensação de con-finamento (aumentando o estresse), perda de noção do horário, entre outros. Por isso, é impor-tante usar o computador em um lugar bem ilu-minado, preferencialmente com luzes brancas distribuídas de maneira uniforme.É válido ressaltar que a luz não deve focalizar o seu rosto e muito menos a tela do monitor, como acontece quando se usa o computador de costas para uma janela com forte incidência de luz solar, já que estas situações fazem com você não consiga enxergar corretamente o conteú-do da tela.

9 - Use teclados e mouses ergonômicosDê preferência a teclados e mouses ergonômi-cos. Dispositivos do tipo são projetados para

prover maior conforto ao utilizador, assim como são preparados para evitar ao máximo lesões por esforço repetitivo ou por posicionamento inadequado. Além disso, alguns modelos con-tam com um suporte para os punhos, como o teclado exibido abaixo.

Teclado com suporte para as mãosNo caso de mouses, você pode optar por um mousepad (material de plástico ou de borracha que serve de base para o mouse) com uma es-puma firme que também tem a função de man-ter seus punhos devidamente posicionados.

10 - Evite se alimentar diante do computadorSe a fome bater enquanto você utiliza o com-putador, o ideal é fazer uma pausa e dedicar alguns minutos para esta atividade em um lugar adequado. Há dois bons motivos para isso:1. Higiene: farelo de salgados, molhos de lanches, pedaços de biscoitos ou pães, entre outros, podem cair no teclado ou na mesa, po-dendo atrair insetos ou até mesmo causar mal cheiro;2. Você precisa prestar atenção na co-mida: se você estiver fazendo outra atividade enquanto come, acaba não prestando a devi-da atenção na comida. Esta situação pode fazer com que você mastigue rapidamente o

alimento ou coma demais sem perceber, com-portamento capaz de causar indigestão e out-ros problemas.

FinalizandoSe, apesar das medidas preventivas, você sentir dores, formigamentos, visão cansada ou qualquer outro desconforto frequentemente durante o uso do computador, não hesite, vá ao médico! Estes são sinais de alerta que o seu corpo está dando e, se você não der a devida atenção ao problema, poderá desenvolver uma lesão que se agrava com o passar do tempo.Se você é funcionário de uma empresa, é con-veniente inclusive conversar com seus superiores ao notar condições de trabalho que não fa-voráveis à saúde ou que podem ser melhoradas em benefícios de todos.Por fim, é recomendável fazer exercícios, alon-gamentos e outras atividades físicas regular-mente - o corpo humano não foi preparado para ficar parado, como você deve saber. Para isso, procure orientação profissional, assim você poderá executar estas atividades de maneira correta e segura.Escrito por Emerson Alecrim - Actualizado em 20_02_2013 em www.infowester.com

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