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Cívica Um Distrito de Cultura O Governo Civil do Porto atribuiu a Medalha de Mérito Distrital a Júlio Cardoso como reconhecimento do distrito ao seu trabalho como Actor e Encenador ao longo de 50 anos. Homenagem Mário Cal Brandão Comemorando o Centenário da República o Governo Civil do Porto homenageou o primeiro Governador Civil do Porto pós 25 de Abril. Segurança Interna Reforço de Estruturas no Distrito Um Porto mais seguro. Liberdade e Segurança - Porto, um Distrito seguro e acolhedor! JULHO’2010 www.govcivilporto.gov.pt Júlio Cardoso Porto Um Distrito de Futuro Comemoração Comemorações do Centenário da República Inicio das comemorações no Porto

Revista Cívica #1

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Revista do Governo Civil do Porto

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CIVICA | Liberdade e Segurança - Porto, um Distrito seguro e acolhedor!

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CívicaUm Distrito de CulturaO Governo Civil do Porto atribuiu a Medalha de Mérito Distrital a Júlio Cardoso como reconhecimento do distrito ao seu trabalho como Actor e Encenador ao longo de 50 anos.

Homenagem Mário Cal BrandãoComemorando o Centenário da República o Governo Civil do Porto

homenageou o primeiro Governador Civil do Porto pós 25 de Abril.

Segurança InternaReforço de Estruturas no Distrito Um Porto mais seguro.

Liberdade e Segurança - Porto, um Distrito seguro e acolhedor!JULHO’2010

www.govcivilporto.gov.pt

Júlio Cardoso

PortoUm Distrito de Futuro

ComemoraçãoComemorações do Centenário da RepúblicaInicio das comemorações no Porto

Page 2: Revista Cívica #1

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JULHO’2010

LocaLização

Governo civil do PortoRua Gonçalo Cristóvão, nº 3734000-270 PortoE. [email protected]. 222 097 500 Loja do cidadãoAv. Fernão Magalhães, 1862, 1º Piso, Torre das Antas4450-158 PortoT. 808 24 11 07

Horários

Governo civilDias úteis, das 9h00 às 16h00 Loja do cidadãoDias úteis, das 8h30 às 19h30Sábados, das 9h00 às 15h00

Cíviva #1Julho 2010

Edição

Governo Civil do Porto

dirEcção

Isabel santos

rEdacção

António Fernando MoreiraCustódio OliveiraMiguel Lemos Rodrigues

TiPo dE LETra

‘Republica’ por Hugo d’Alte

dEsiGn E PaGinação

www.antoniocruz.eu

CENTENÁRIO DA REPÚBLICA 4MÁRIO CAL BRANDãO 5

+ PRÓXIMO DO CIDADãO 6Porto Comemorou o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência 6

Inaugurada Esquadra da PSP no Centro de Vila Nova de Gaia 6

Governadora Civil associa-se à causa do “Joãozinho” 7

Apresentada 5ª Fase de candidaturas ao MOD-COM 7

Modernização do parque escolar do distrito 8

Reabilitação dos acessos ao Hospital de S. João 9

Governo Civil do Porto recebe Prémio de Inovação 9

Protecção Civil no centro das preocupações 10

Dia da Protecção Civil 10

Segurança Rodoviária 11

Seminário “Incêndios Florestais” 12

Seminário sobre Planos Municipais de Segurança Rodoviária 13

Um Distrito Competitivo e Moderno 13

Segurança interna reforça estruturas no Distrito 14

Concurso “Escola Alerta” entrega de prémios 14

O SEF foi à Escola 15

Proteger o Futuro 15

Equipamento inovador em parceria com a IKEA 16

PORTUCALE 4

O Governo Civil do Distrito do Porto 4Competências 5

JÚLIO CARDOSO 20-23

FOTO POR SERGIO ROLANDO

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EditorialDepois de alguns anos de interregno, a Cívica volta ao contacto com os cidadãos.

Surge agora diferente, traduzindo também ela a invulgar capacidade que o Distrito do Porto possui de se reinventar, mesmo em tempos difíceis como aqueles que atravessamos.

Encaramos os momentos difíceis como momentos de desafio e de oportunidade para fazer mais e melhor. É isso que procuramos todos os dias com entusiasmo e congregando vontades em torno do objectivo de fazer do Porto um Distrito seguro, inovador e com mais oportunidades para todos. Ou seja, um Distrito com futuro.

Abrimos assim um novo espaço de cidadania, tornando a acção governativa e do Governo Civil mais próxima ao colocá-la apenas à distância de um “clique”, sem o peso dos custos e da agressão ambiental que as edições impressas comportam sempre.

Nesta edição o(a) leitor(a) pode tomar contacto com aquilo que de mais significativo aconteceu nos últimos meses, mas pode também ler a entrevista feita a Júlio Cardoso, personalidade a quem foi atribuída a Medalha de Mérito Distrital pelos 50 anos de carreira ou ainda a evocação de um dos nossos cidadãos mais ilustres, o primeiro Governador Civil do Porto pós-25 de Abril, Mário Cal Brandão.

Esperamos que esta revista o(a) prenda do princípio ao fim e que possamos continuar a contar com o seu “clique” página a página em próximos números.

isabel santosGovernadora Civil

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DISTRITO DO PORTO ACOLHEU O INÍCIO DAS COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA REPÚBLICAO Porto acolheu as cerimónias de abertura oficial do centésimo

aniversário da implantação da República. A cerimónia que ocorreu

no dia 31 de Janeiro na Avenida dos Aliados com a presença de Sua

Excia. O Presidente da República e do Primeiro-Ministro, teve na noite

de 30 para 31 na Praça da Liberdade o seu arranque oficial com uma

evocação histórica da revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891.

Numa iniciativa organizada em parceria entre o Ateneu Comercial

do Porto e o Governo Civil do Porto, milhares de pessoas puderam

revisitar esse momento histórico que se pretende ver reeditado em

31 de Janeiro de 2011. Dezenas de figurantes sob a Direcção artística

do encenador Norberto Barroca recriaram a revolta dos militares

de Caçadores 9, Infantaria 10 e parte da Infantaria 18 a que logo se

associou o povo do Porto num grito à República, revolta abafada pelo

poder das armas mas que prenunciou aquilo que seria a vitória do

movimento republicano em 1910.

Na manhã do dia 31 de Janeiro a Governadora Civil do Porto

associou-se à romagem que habitualmente é realizada ao cemitério do

Prado do Repouso, local onde repousam os restos mortais de alguns

dos heróis desse inesquecível dia.

Ainda no âmbito das Iniciativas que visam comemorar o Centenário da

República, o Governo Civil do Porto, em colaboração com a Federação das

Colectividades do Distrito do Porto, levou a efeito no passado dia 22 de

Maio o colóquio “O Associativismo e a República” que contou com a pre-

sença do Prof. Dr. Fernando de Sousa (Professor Universitário),

Domingos Martins (Presidente da Federação das Colectividades do Dis-

trito do Porto), Dr. Júlio Oliveira (Presidente da Federação das Associações

Juvenis do Distrito do Porto) e do Dr. Óscar Brandão (Professor do Ensino

Secundário e Mestre em Associativismo).

 

COLÓQUIO “O ASSOCIATIVISMO E A REPÚBLICA”

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No CENtENáRio Do sEu NasCiMENto

Comemorando o Centenário da república o Governo Civil

do Porto decidiu homenagear Mário Cal Brandão, o pri-

meiro Governador Civil do Porto pós-25 de Abril.

A cerimónia decorreu no auditório do Museu Nacional

Soares dos Reis, onde para além dos discursos da Governa-

dora Civil e do advogado Coelho dos Santos que, enquanto

companheiro e amigo do homenageado, procedeu à

evocação da vida de Cal Brandão, participou ainda o grupo

“Ensemble de Saxofones” da Escola Superior de Música e

das Artes do Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto

(ESMAE.IPP)).

uMa viDa DE luta pEla DEMoCRaCia

Mário Cal Brandão nasceu no Porto em 1910, filho de pai

galego radicado nesta cidade. Após frequência dos liceus

Rodrigues de Freitas e Alexandre Herculano e terminado

o ensino liceal matricolou-se em Direito na Universidade

de Coimbra, passando a residir na República das Águias,

fundada pelo seu irmão Carlos Cal Brandão.

A vivência coimbrã levou-o a inscrever-se na loja maçónica

Revolta. Enquanto estudante universitário, Mário Cal Bran-

dão desenvolveu uma importante acção na luta estudantil

entre os anos de 1928 a 1931. Por tal facto, foi-lhe fixada

residência em Estarreja por intervenção no movimento

reviralhista. Daqui, partiu para o exílio em Espanha, regres-

sando a Lisboa na semiclandestinidade para terminar o

curso de Direito.

Em 1936, iniciou o seu percurso profissional, como

advogado, na sua cidade natal, o Porto e em 1938 foi

preso por manter ligações com elementos da Frente

Popular.

Fez parte da comissão do Norte do MUNAF –Movimento

de Unidade Nacional Antifascista formada em 1944 por

democratas como António Sérgio, Bento Jesus Caraça,

José Magalhães Godinho, Fernando Piteira Santos e Álvaro

Cunhal– e, no ano seguinte, participou na fundação do

MUD –Movimento de Unidade Democrática-, tendo sido

preso na sequência da proibição deste movimento em

1948.

Nas eleições presidenciais de 1949, foi membro consti-

tuinte da comissão do Porto da candidatura do general

Norton de Matos, e em 1958 apoiou a candidatura de

Humberto Delgado, sendo por isso novamente preso.

Em 1961 foi candidato pela oposição nas listas à Assem-

bleia da República tendo subscrito o Programa para a

Democratização da República. A partir de 1964 participou

nas acções que conduziram à criação da Acção Socialista

Portuguesa.

Mário Cal Brandão ocupou várias vezes a bancada da

defesa nos Tribunais Plenários Criminais do Porto, órgão

que, por três vezes, também o julgou por delitos de

opinião. Em 1969, foi candidato pela CEUD –Comissão

Eleitoral de Unidade Democrática, organização que con-

gregou os oposicionistas da Acção Socialista Portuguesa

liderada por Mário Soares, personalidade católicas como

Sophia de Mello Breyner Andresen e Francisco Sousa

Tavares e mesmo monárquicos como Gonçalo Ribeiro

Telles - à Assembleia da República. Foi um dos fundadores

do Partido Socialista e, após o 25 de Abril, desempenhou

por duas vezes (1974-1980 e 1983-1985) o cargo de Gover-

nador Civil do distrito que o viu nascer e foi deputado à

Assembleia da República em todas as legislaturas até 1991,

com a excepção da intercalar de 1980.

Foi agraciado pelo rei de Espanha com a Ordem de Mérito

Civil e pelo Presidente da República Portuguesa com a

Ordem Militar de Cristo.

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Porto Comemorou o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

Promover acções tendentes a uma sociedade mais inclu-

siva é um dos objectivos do Governo Civil do Porto. Assim e

com o apoio do Futebol Clube do Porto, do Shopping Dolce

Vita-Antas, da Associação do Porto de Paralisia Cerebral

(A.P.P.C.). e com a presença de Rosa Mota, Aurora Cunha,

António Leitão e da equipa de basquetebol do Futebol

Clube do Porto, teve lugar no “Dragão-Caixa” um convívio

envolvendo a exibição de actividades desportivas adaptadas

(boccia e basquete)a que se seguiu a inauguração de uma

exposição de pintura com trabalhos da autoria de membros

da APPC.

Dentro da mesma linha de actuação, e em colaboração

com as empresas públicas de transportes, STCP, Metro e CP,

foram dadas a conhecer as medidas adoptadas no âmbito do

Plano Nacional para a Promoção da Acessibilidade, destina-

das à criação de uma rede de acessibilidade global, coerente

e homogénea, geradora de igualdade de oportunidades para

os cidadãos portadores de deficiência na sua relação com os

diferentes meios de transporte.

Esta inciativa contou com a presença da Secretária de Estado

Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz.

Algumas medidas implementadas:

• disponibilização de informação auditiva e via telemóvel

nas estações da Metro do Porto e paragens e viaturas da

STCP

• informação braille nas paragens da STCP

• adopção de pisos rebaixados na frota da STCP

• criação de postos de atendimento adaptados nas estações

da CP

Inaugurada Esquadra da PSP no Centro de Vila Nova de Gaia

Encontra-se a funcionar desde o passado dia 12 de Dezembro

uma nova esquadra da PSP no centro de Gaia.

Num investimento de 490 mil euros em obras de adaptação

do espaço, mobiliário e equipamento, este novo espaço veio

substituir, numa parceria com a Câmara Municipal de V. N.

Gaia, as decrépitas instalações existentes em edifício anexo

aos Paços do Concelho.

A inauguração do espaço contou com a presença do Ministro

da Administração Interna, Rui Pereira, do Secretário de

Estado Adjunto e da Administração Interna, José Conde

Rodrigues, do Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova

de Gaia, Luís Filipe Meneses, da Governadora Civil do Porto,

Isabel Santos e do Director Nacional da PSP.

Na oportunidade, o Ministro da Administração Interna

tornou pública a intenção de sediar em Vila Nova de Gaia

uma Unidade Especial de Polícia.

+ PRÓXIMO DO CIDADãO

  

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Governadora Civil associa-se à causa do “Joãozinho”

Trata-se de uma iniciativa lançada pela administração do

Hospital de S. João que, a partir do apoio da sociedade civil,

pretende dotar aquela unidade hospitalar de uma nova

Ala Pediátrica. Este novo Serviço será dotado de valências

inovadoras de forma a permitir às crianças as condições

indispensáveis ao seu normal desenvolvimento intelectual e

educativo, disponibilizando uma creche, uma escola e outros

espaços ludico-educativos.

Procura-se assim que a limitação física deixe de ser uma

limitação ao normal processo de desenvolvimento intelectual

e de socialização das crianças sujeitas a internamento.

Os apoios a esta causa poderão ser dados através do site

www.ojoaozinho.com

Apresentada 5ª Fase de candidaturas ao MOD-COM

O ministro da Economia, Inovação e Desenvolvimento,

Vieira da Silva, apresentou no Governo Civil do Porto a 5ª

fase do ModCom - Sistema de Incentivos à Modernização do

Comércio. Esta nova fase vai apoiar o comércio tradicional

com incentivos de 20,7 milhões de euros, destinados a 706

projectos com impacto positivo na criação previsível de mais

mil postos de trabalho.

Os incentivos da 5ª fase do ModCom estão distribuídos pelas

cinco regiões do país cabendo ao Norte 5,9 milhões de euros.

Esta nova fase, de acordo com o Ministro Vieira da Silva, vai

obrigar a uma maior exigência e rigor, por parte dos candi-

datos e dos serviços da Administração, no cumprimento dos

prazos de apresentação e avaliação das candidaturas e na

disponibilização dos meios financeiros por parte do IAPMEI e

da Direcção Geral das Actividades Económicas (DGAE).

 

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JULHO’2010

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Modernização do parque escolar do distrito

O Primeiro-Ministro, deslocou-se ao nosso distrito nos dias

16 e 30 de Janeiro para inaugurar três novas escolas (Raul

Peixoto, na Póvoa de Varzim, António Sérgio em Vila Nova

de Gaia e Carolina Michaelis no Porto) intervencionadas ao

abrigo do Programa de Modernização das Escolas do Ensino

Secundário.

Na oportunidade lançou um desafio aos portugueses para

fazerem o seu próprio juízo sobre como o Governo está a

gastar os dinheiros públicos, olhando para a reabilitação das

escolas secundárias:

«Será que estamos a gastar bem o dinheiro dos portugue-

ses? Pois venham a esta escola e digam-nos se estamos

a gastar bem», afirmou José Sócrates na inauguração da

escola António Sérgio, em Gaia.

«É aqui que está a ser gasto o dinheiro dos portugueses»,

afirmou, recordando que em 2009 o Governo investiu 500

milhões de euros neste programa. E é realizando investi-

mentos públicos como este que «se luta pela recuperação

da economia, que se dá mais oportunidades de emprego

e ao mesmo tempo se aposta na modernização do País»,

acrescentou.

O programa de modernização do parque escolar do secun-

dário, que tem como objectivo requalificar 332 escolas até

2015, espelha «a vontade de fazer mais pela Educação, pois

é um dos maiores investimentos de sempre nesta área»,

referiu o PM na Póvoa de Varzim.

Presentemente, «estão a ser requalificadas 100 escolas, o

que representa uma oferta de 10 mil empregos e envolve

cerca de 2700 empresas». Até final de 2010, deverão estar

concluídas 100 intervenções e adjudicadas 100 novas

obras, acrescentou José Sócrates, recordando também

que, segundo os contratos, a manutenção dos edifícios fica

concessionada às empresas que os construíram, libertando

os responsáveis das escolas deste problema.

Aproveitando a inauguração da Escola Secundária António

Sérgio, foram assinados mais 12 contratos de financiamento

do Programa Operacional Temático Valorização do Território

(do QREN) para a requalificação de mais 28 escolas com

ensino secundário, representando 360 milhões de euros de

investimento, 234 milhões dos quais financiados pela União

Europeia.

 

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CIVICA | Liberdade e Segurança - Porto, um Distrito seguro e acolhedor!

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Reabilitação dos acessos ao Hospital de S. João

Em reunião patrocinada pela Governadora Civil do Porto,

e que contou com a presença do Vereador do Urbanismo

e Mobilidade da Câmara Municipal do Porto, para além de

representantes das diversas entidades envolvidas: adminis-

tração do Hospital de S. João, Estradas de Portugal, Metro

do Porto, STCP, PSP e INEM, foi colocado um ponto final no

impasse que se verificava à cerca de um ano no processo e

que colocava em causa a operacionalidade dos acessos aos

serviços de Urgência bem como as condições de segurança

e comodidade de milhares de pessoas que trabalham e

visitam aquela unidade hospitalar, designadamente aqueles

que utilizam o interface de transportes públicos localizado

junto ao acesso principal do Hospital.

O projecto em curso prevê a reformulação total de toda a

frente do hospital – passeio da Alameda Hernâni Monteiro

e reperfilamento das zonas verdes que separam esta via da

Estrada da Circunvalação – com reorganização das posturas

de autocarros (públicos e privados) e táxis. Em reformulação

encontra-se ainda o sistema de gestão de tráfego, o qual

será dotado de um sistema inteligente de semaforização,

de forma a gerir a acessibilidade de veículos prioritários aos

serviços de Urgência.

Governo Civil do Porto recebe Prémio de Inovação

O Governo Civil do Porto recebeu uma Menção Honrosa

no “Optimus Innovation Awards” pelo projecto Gestão de

Viaturas de Protecção e Socorro.

Com o objectivo de dotar as Cooperações de Bombeiros de

uma Plataforma On-line de gestão de veículos de socorro

para apoio à decisão no teatro de operações, o Governo

Civil do Porto procurou com este projecto uma solução que

lhe disponibilizasse rigor da informação, rapidez e facilidade

de acesso e segurança da plataforma. Com uma integração

total potenciada pela geo-referenciação, aliada à internet de

banda larga móvel e a computadores portáteis, foi possível

desenvolver uma solução integrada facilitando o comando

das operações e o planeamento das mesmas.

O Projecto, que permitiu equipar 135 viaturas de protecção

e socorro e dotar cada comando, num total de 45, de um

computar portátil também ele georreferenciado para apoio

à decisão e gestão dos meios, contou com a participação da

Federação Distrital de Bombeiros do Distrito do Porto.

O evento, em parceria com a Accenture, procura distin-

guir projectos e entidades que apostaram na inovação e

tecnologias avançadas, suportadas em telecomunicações

desta operadora. Foram atribuídas três menções honrosas

e quatro prémios de um total de 21 projectos seleccionados

num vasto conjunto de sistemas candidatos em quatro

categorias.

 

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Protecção Civil no centro das preocupações

A Protecção Civil, é no plano distrital, uma das competências do

Governo Civil do Porto. A prontidão, articulação e complemen-

taridade dos meios humanos e materiais existentes carece de

ser testada regularmente de forma a serem aperfeiçoados os

mecanismos de coordenação operacional a cargo do Comando

Distrital de Operações e Socorro. É nesta perspectiva que a

realização de simulacros é fulcral para melhorar as estratégias

de resposta dos agentes de Protecção Civil a acontecimentos

imprevisíveis. Foi dentro desta filosofia que decorreram nos

últimos meses diversos simulacros:

O primeiro, realizado no passado dia 26 de Fevereiro junto

ao Estádio dos Arcos, em Vila do Conde, consistiu na simu-

lação do descarrilamento de uma composição do Metro,

de forma a testar a capacidade de resposta a um acidente

desta ordem. No local estiveram 40 homens dos Bombeiros

de Vila do Conde, 26 Bombeiros Voluntários da Póvoa de

Varzim, e 8 elementos do INEM, um dos quais psicólogo.

O segundo decorreu a 13 de Março nas proximidades do

Aeroporto Francisco Sá Carneiro com simulação de queda

de uma aeronave em fase de descolagem. Nesta acção, em

que estiveram envolvidos 47 corporações de bombeiros, 115

veículos e 369 operacionais oriundos de todos os concelhos

do distrito. Por fim, no mês de Abril realizou-se um simulacro

de incêndio envolvendo produtos químicos no interior das

instalações da Petrogal, em Leça da Pameira.

Segundo a Governadora Civil do Porto, que marcou presença

em todos estes momentos, tratou-se de demonstrar que

“existe uma eficaz coordenação e mobilização dos meios

existentes no distrito de forma a dar respostas a este tipo de

imprevisibilidades”.

Dia da Protecção Civil

No fim-de-semana de 6 e 7 de Março, o Governo Civil

associou-se às comemorações do Dia Nacional da Protecção

Civil.

Numa iniciativa que ocupou todo o espaço da Avenida dos

Aliados, no Porto, e que teve a colaboração de entidades

como a PSP, a GNR, o Exército, corporações de Bombeiros

do Distrito, INEM, Autoridade Marítima, Cruz Vermelha, que

com meios humanos e materiais permitiram aos milhares

de cidadãos que por lá passaram um contacto mais próximo

com a realidade dos serviços que diariamente cuidam da

segurança de todos os cidadãos do distrito.

E como a prevenção e a sensibilização são tarefas de todos e

para todos, as escolas do distrito, e os seus Clubes de Protec-

ção Civil, não poderiam deixar de ter um espaço de relevo.

Um palco localizado a meio da Avenida permitiu a actuação

de cerca de 300 crianças, representando escolas e IPSS.

Simultaneamente esteve patente uma exposição de traba-

lhos escolares denominada “Os Riscos do Meu Concelho”.

Esta exposição itinerante encontra-se a percorrer o distrito

com o apoio das Câmaras Municipais.

A inauguração da exposição contou com a presença do

Secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, e da

Governadora Civil do Porto, Isabel Santos.

  

Page 11: Revista Cívica #1

CIVICA | Liberdade e Segurança - Porto, um Distrito seguro e acolhedor!

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QREN financia Bombeiros e Protecção Civil do Distrito

No âmbito das candidaturas apresentadas pelas Associações

Humanitárias de Bombeiros do distrito do Porto, o Quadro

de Referência Estratégica Nacional disponibilizou já um total

de três milhões de euros para apoio à modernização de

instalações:

· Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Gondomar – €81.718,00;

· Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários

do Porto – €776.982,56;

· Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Vilas das Aves – €103.069,87;

· Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sto.

Tirso – €770.000,00;

· Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Baltar – €741.237,00;

· Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da

Areosa-Rio Tinto – €608.590,50;

Esta verba foi reforçada recentemente com a aprovação de

novas candidaturas protagonizadas pelas Associações Huma-

nitárias de Bombeiros, Câmaras Municipais e Federação de

Bombeiros do Distrito do Porto destinadas ao reforço dos

Equipamentos de Protecção Individual dos bombeiros e pelo

Governo Civil do Porto destinado à actualização do Sistema

Informático de Gestão de Emergências num valor global que

ultrapassa um milhão e trezentos mil euros:

· Governo Civil do Porto – €499.455,25;

· Associações Humanitárias de Bombeiros

do Distrito – €880.000,00.

Segurança Rodoviária

Nos últimos meses várias têm sido as iniciativas levadas a

cabo pelo Governo Civil do Porto nas áreas da sensibilização

e prevenção da sinistralidade rodoviária no distrito.

Destaque para as iniciativas desenvolvidas durante as épocas

de Natal, Ano Novo e Páscoa bem como outras coincidentes

com actividades de carácter cultural ou lúdico como foram

os casos das campanhas associadas ao “Fantasporto” ou à

“Queima das Fitas do Porto-2010”

Numa iniciativa inédita, o Governo Civil do Porto, a Fede-

ração Académica do Porto, a Polícia de Segurança Pública,

o Instituto da Droga e da Toxicodependência, a Associação

Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas e a Associação

de Discotecas Nacional celebraram um protocolo de colabo-

ração que permitiu durante a semana da Queima a presença

no recinto do “Queimódromo” de equipas de sensibilização

para o consumo racional de álcool.

Com o patrocínio da UNICER e da STCP foi ainda exibido, nos

ecrans do palco principal do Queimódromo, o spot publici-

tário “Se Beberes Não Conduzas” o qual foi ainda emitido

regularmente pela Porto Canal.

 

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JULHO’2010

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No que se refere à prevenção e sensibilização das nossas

crianças e jovens, para além do reforço da capacidade de

actuação dos elementos da PSP e GNR ligados ao programa

“Escola Segura”, o Governo Civil do Porto conseguiu este

ano a colaboração do Instituto de Segurança Rodoviária

da Fundación MAPFRE a qual disponibilizou às crianças de

diversas escolas do Primeiro Ciclo dos concelhos do Porto e

de Matosinhos o contacto com a sua “Caravana de Educação

Rodoviária”.

A iniciativa envolvendo a comunidade escolar dos dois con-

celhos decorreu no Queimódromo do Parque da Cidade do

Porto entre os dias 8 e 12de Junho.

O Comando Metropolitano da PSP, através dos agentes afec-

tos ao Programa “Escola Segura” e à equipa “cinotécnica”

estiveram presentes com iniciativas complementares.

Seminário “Incêndios Florestais”

Teve lugar, a 6 de Abril, no Auditório António Macedo do

Fórum Vallis Longus em Valongo, o seminário “Incêndios

Florestais, Protecção das Povoações e Interface Urbano-

Florestal”, organizado pelo Governo Civil do Porto e pela

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do

Norte (CCDRN).

Este evento, que teve início com o discurso de abertura da

Governadora Civil do Distrito do Porto, Isabel Santos, contou

com as participações da Dr.ª Célia Ramos da CCDRN, que se

referiu à importância do ordenamento do território na pre-

venção dos fogos florestais, do Professor Domingos Xavier

Viegas da Universidade de Coimbra, que abordou temas

como o comportamento extremo do fogo e a segurança da

população e, ainda, do Eng. Luís Mário Ribeiro da Univer-

sidade de Coimbra, que se debruçou sobre o problema dos

incêndios na interface urbano/florestal.

Iniciativas como esta, baseadas na prevenção e nas práticas

pró-activas, inserem-se na estratégia definida no Plano Dis-

trital de Defesa da Floresta Contra Incêndios, tendo em vista

o combate ao problema dos fogos florestais que assolam,

todos os Verões, as florestas portuguesas e, em particular, as

dos Distrito do Porto, cujo território é constituído, em grande

parte (40%), por florestas.

 

Page 13: Revista Cívica #1

CIVICA | Liberdade e Segurança - Porto, um Distrito seguro e acolhedor!

1313

Seminário sobre Planos Municipais de Segurança Rodoviária

Decorreu, no dia 7 de Abril, num dos auditórios da Faculdade

de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), um seminá-

rio da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária sobre

Planos Municipais de Segurança Rodoviária.

Esta iniciativa, contou com a abertura do Secretário de

Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, e com o encerra-

mento da Governadora Civil do Porto, Isabel Santos. Do pro-

grama constaram ainda as comunicações do Presidente da

Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, do Director

da Unidade de Prevenção Rodoviária, de um representante

da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, da

Fundação da Juventude e do Presidente do Automóvel Clube

de Portugal.

Este seminário, inserido no âmbito da Estratégia Nacional de

Segurança Rodoviária para o período de 2008 a 2015, a qual

tem como objectivo transformar Portugal um dos dez países

europeus com mais reduzidos índices de sinistralidade, visou

sensibilizar autarcas e serviços técnicos municipais para a

importância da sinistralidade nos núcleos urbanos.

Um Distrito Competitivo e Moderno

Na manhã do passado dia 23 de Abril, a Governadora Civil

do Porto acompanhou o Primeiro-Ministro, José Sócrates, no

lançamento da “primeira-pedra” do Terminal de Cruzeiros

do Porto de Leixões e do Parque de Ciência e Tecnologia do

Mar da Universidade do Porto. Além do Primeiro-Ministro,

estiveram presentes nesta visita, os ministros da Ciência,

Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, e das Obras

Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça.

Estas obras darão lugar a um cais que permitirá receber

cruzeiros turísticos de grande dimensão, promovendo o

desenvolvimento turístico e económico do distrito do Porto,

e a um novo pólo da Universidade do Porto, destinado à

investigação científica de vocação marítima. Este centro de

investigação surge de uma parceria entre a Câmara Munici-

pal de Matosinhos, a Universidade do Porto e a Administra-

ção do Porto de Leixões.

Sobre este projecto, o Primeiro-Ministro afirmou ser um

investimento “que vale a pena” e salientou a sua relevância

para o turismo, para economia e para a ciência do nosso

país. Já a Governadora Civil do Porto, Isabel Santos, apontou

a importância deste projecto, que representa um “marco de

modernidade” para o Distrito do Porto.

 

Page 14: Revista Cívica #1

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JULHO’2010

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Segurança interna reforça estruturas no Distrito

Prosseguindo aquilo que tem vindo a ser a estratégia do

Governo no reforço e modernização dos meios humanos

e materiais das forças de segurança no distrito do Porto e

na sua Área Metropolitana, o Ministro da Administração

Interna, Rui Pereira, acompanhado do Secretário de Estado

da Administração Interna, Conde Rodrigues, da Governa-

dora Civil do Porto Isabel Santos, do Presidente da Câmara

Municipal do Porto, Rui Rio, e das chefias metropolitana

e nacional da PSP inauguraram duas novas esquadras na

cidade do Porto.

Num investimento de 2 milhões de euros, os agentes da PSP

que zelam pela segurança dos cidadãos das freguesias de

Paranhos e da Foz do Douro têm agora ao seu dispor duas

esquadras modernas e capazes de dar resposta àquilo que

tem sido nos últimos anos uma aposta do Governo: asse-

gurar as funções de soberania do Estado e a segurança dos

cidadãos.

Em construção encontram-se ainda as esquadras da PSP do

Viso (Porto) e Afurada (V.N.Gaia) e o quartel da GNR de Pare-

des. No que se refere a projectos, encontram-se concluídos

os projectos para as novas esquadras da PSP em Aldoar e no

Centro Histórico do Porto (S.Nicolau).

Concurso “Escola Alerta” entrega de prémios

O Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos acolheu

a cerimónia de entrega dos prémios referentes à fase distri-

tal do Concurso Escola Alerta. Trata-se de uma iniciativa do

Instituto Nacional para a Reabilitação, em colaboração com

escolas e governos civis, que pretende envolver a comu-

nidade escolar na apresentação de trabalhos que visem a

melhoria das acessibilidades para as pessoas portadoras de

deficiência ou com mobilidade reduzida.

A turma vencedora da fase distrital em 2010, na categoria

1 pertence à Escola EB 1 Aldeia Nova-Póvoa de Varzim, e na

categoria 2 à Escola Secundária Augusto Gomes-Matosinhos.

Estas turmas foram premiadas com 600 euros para a

aquisição de material didáctico e/ou equipamento escolar,

e uma placa em acrílico. O júri distrital, face à qualidade

dos trabalhos apresentados, decidiu ainda a atribuição de

quatro menções honrosas.

Foram também entregues Diplomas a todos os alunos e

professores que participaram no Concurso.

O acto de entrega de prémios foi presidido pela Secretária

de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz e contou

com a presença da Governadora Civil do Porto, Isabel Santos,

da Subdirectora do Instituto Nacional para a Reabilitação,

Ana Salvado, bem como de diversos autarcas do Distrito.

 

Page 15: Revista Cívica #1

CIVICA | Liberdade e Segurança - Porto, um Distrito seguro e acolhedor!

1515

O SEF foi à Escola

Numa acção inserida na campanha “SEF vai à Escola” envol-

vendo os Ministérios da Administração Interna e da Educa-

ção, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras deu direito de

cidadania portuguesa a 9 jovens estudantes de Matosinhos.

A cerimónia presidida pela Governadora Civil do Porto e que

contou com a presença de membros do corpo consular credi-

tados no nosso distrito bem como do Presidente da Câmara

Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto, e do Vereador

com o Pelouro da Educação, teve lugar na Escola EB 2/3 de

Leça da Palmeira.

A campanha “SEF vai à Escola” pretende facilitar o acesso à

autorização de residências por parte de cidadãos de países

terceiros através de acções directas junto da comunidade

escolar (jovens que frequentem o ensino pré-escolar, básico,

secundário ou profissional ) mediante deslocação de equipas

do SEF a solicitação dos Concelhos Directivos ou da direcção

dos Agrupamentos Escolares.

Proteger o Futuro

Está aprovado o Plano distrital de defesa da Floresta contra

incêndios que orientará as acções de planeamento e orde-

namento florestal no distrito até 2015 bem como a Directiva

Operacional Distrital de Combate a Incêndios Florestais

2010.

De igual forma, encontra-se em fase final de consulta

Pública o Plano distrital de Emergência de Protecção civil

do distrito do Porto o qual se constituirá como o “guia “

para situações de emergência que requeiram a intervenção

dos agentes de protecção civil de âmbito supra-municipal.

 

Page 16: Revista Cívica #1

16

JULHO’2010

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Equipamento inovador em parceria com a IKEA

O Governo Civil do Porto e a IKEA Portugal assinaram um

protocolo de colaboração que permitiu o financiamento, por

parte desta empresa, de duas “câmaras térmicas”.

Este equipamento, tecnologicamente avançado, de origem

militar e utilizado pela Protecção Civil para detectar vítimas

através de nuvens de fumo, será utilizado no distrito do

Porto, numa experiência pioneira no plano nacional e inter-

nacional como uma ferramenta fundamental no processo de

rescaldo de incêndios florestais, permitindo diminuir entre

33% a 66% o tempo e os meios adstritos à fase de rescaldo.

A Governadora Civil, Isabel Santos, considerou que “a dispo-

niblização desta tecnologia ao Comando Distrital de Opera-

ções de Socorro é mais um incentivo ao reforço da eficiência

dos bombeiros, quando se aproxima o período mais propício

à ocorrência de incêndios marcando o início de um processo

de criação de parcerias entre o Governo Civil do Porto e

diversas empresas que, nos seus planos de sustentabilidade

e responsabilidade social, incluem a defesa da floresta como

um dos seus objectivos”.

 

SE FOR PASSEAR À FLORESTA•Nãodeitefósforosoucigarrosparaochão.•Nãodeitepelajaneladoautomóvelcinzas

oupontasdecigarro.•Levearefeiçãopreparada.Nãoacendafogueiras.•Asfogueirassópodemserfeitasnoslocais

próprios,ecomosseguintescuidadosespeciais:•removaasfolhassecas;•ponhaumcírculodepedrasemredordofogo;•molhebemolocalàvolta;•mantenhaporpertoumrecipientecomágua;•vigie-aatentamente;•apague-amuitobemcomáguaeterra;•nuncafaçafogueirasemdiademuitovento;•nãoabandonenaflorestanenhumlixo,incluindo

garrafasdevidro.

SE O incêndiO ESTivER PERTO dA SuA cASA•Aviseosvizinhos.•Corteogáseaelectricidade.•Molheabundantementeasparedeseosarbustos

querodeiamacasa.•Solteosanimais,elestratamdesipróprios.•Emcasodeevacuaçãoajudeasairascrianças,

idososedeficientes.•Nãopercatempoarecolherobjectospessoais

desnecessários.•Nãovolteatráspormotivoalgum.

SE MORA JunTO

A uMA ÁREA FLORESTAL•Limpeomatoàvoltadasuahabitação.•Separeasculturascombarreirascorta-fogo

(porexemploumcaminho).•Guarde,emlugarseguroeisolado,alenha,

ogasóleoeoutrosprodutosinflamáveis.•Afastedamadeira,papel,roupaououtros

materiaiscombustíveis,asvelasecandeeirosapetróleoouagás.

•Nuncadeixeascriançassozinhasemcasaefechadasàchave.Nãoasdeixebrincarcomfósforosouisqueiros.

Page 17: Revista Cívica #1

CIVICA | Liberdade e Segurança - Porto, um Distrito seguro e acolhedor!

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QuEiMAS, QuEiMAdAS E FOguETES•Éproibidorealizar-sequeimadasequeimas

nosespaçosruraisduranteoperíodocrítico(compreendido,normalmente,de1deJulhoa30deSetembro).

•Éproibidoolançamento,duranteoperíodocrítico,dequaisquertiposdefoguetes,debalõescommechaacesaeautilizaçãodefogodeartifício.

•AntesdefazerumaqueimadaouqueimapeçaautorizaçãoàCâmaraMunicipaleinforme-sedascondiçõesdesegurançajuntodosBombeirosdasuaárea.

•Nãofaçaqueimadasouqueimasnasproximidadesdasflorestas.

•Digaaosseusvizinhosquandoavaifazer.•Duranteaqueimadaouqueimatenhasempre

àmãoenxadas,pás,mangueiraseoutrasferramentas.

AviSE AS AuTORidAdES•Sevirlixooumatodensoacumuladopróximo

dehabitações.•Senotarapresençadepessoascom

comportamentosderisco,informeasautoridades.

•Seavistaroiníciodeumincêndioflorestal,liguedeimediatoparao117ouparaosBombeirosdaárea.

SE FicAR cERcAdO POR uM incêndiO. O QuE FAzER•Saianadirecçãocontráriaàdovento.•Refugie-senumazonacomáguaoucompouca

vegetação.•Cubraacabeçaeorestodocorpocomroupas

molhadas.•Respirejuntoaochão,atravésderoupa

molhada,paraevitarinalarofumo.•AguardeachegadadosBombeirossenão

conseguirsairsozinho.

dEPOiS dO incêndiO•Háperigodereacendimento.Impeçaas

criançasdebrincarnolocal.•COLABOREcomasautoridadessemprequelhe

solicitaremajudanasoperaçõesderescaldoevigilância.

•SehouveevacuaçãoregressesóquandoosBombeiroslhedisseremqueopodefazer.

•Assegure-sedequeasuacasanãoestáemriscoderuir.Tenhacuidadocomfioseléctricosexpostoseoutrosperigos.

Portugal sem fogos depende de todos

117112

Page 18: Revista Cívica #1

18

o Governo civil do distrito do Porto

O Governo Civil do Porto é uma das mais distintas e pro-

eminentes Instituições do Distrito do Porto. Atrás de si,

tem uma larga história de serviço público, assinalada por

128 personalidades e por cerca de 170 anos ao serviço da

população do distrito, sempre com o intuito de aproximar

o poder político dos cidadãos.

Tudo começou com o regime liberal, implantado na sequên-

cia da Revolução de Agosto de 1820, o primeiro a entender

a necessidade de se criar uma instância intermédia entre

os poderes central e municipal, de modo a que o governo

pudesse comunicar, mais rápida, uniforme e eficazmente

com todo o território nacional. É nesse sentido que são

criados os cargos de Administrador Geral, primeiro, e de

Prefeito, depois, com as mesmas funções do Governador

Civil, figura que apenas surgiria em 1835.

Os vários governadores civis do Porto não tiveram a vida

facilitada. A sua entrada na cena política e administrativa

do Distrito do Porto coincidiu com alguns dos momentos

mais conturbados da história do país e da região. Em

1846, deu-se a Revolta da Maria da Fonte, no Minho, e

logo a seguir a Patuleia, esta centrada no Porto. Estes

acontecimentos, que envolveram directamente o distrito,

exigiram que o Governo Civil desempenhasse um papel

activo para assegurar a manutenção da paz e a segurança

das populações.

Um dos momentos mais relevantes na história do Governo

Civil do Porto foi a Implantação da República, a 5 de

Outubro de 1910. Na altura em que comemoramos o

centenário dessa histórica data, é importante salientar e

relembrar o papel efectivo e essencial desta Instituição,

sob a liderança de Paulo Falcão, para assegurar, dentro

do possível, uma transição tranquila para o novo regime

Republicano.

Seguiu-se o período muito conturbado da I República,

marcado por uma grande instabilidade política e que

afectou, também, o Governo Civil do Porto. Contudo

durante estes tempos conturbados a que se seguiu a

ditadura militar, imposta em 1926, e a instauração do

regime totalitário do Estado Novo, a figura do Governador

Civil manteve-se na mesma linha e as suas funções não

mudaram substancialmente.

Sob a égide do novo regime democrático e por força de

sucessiva legislação, o Governo Civil tem vindo a transformar-

se numa instituição cada vez mais aberta e cooperante

com as instituições do distrito. É através da constante

reinvenção do seu papel, e sem abdicar das funções que

legalmente lhe estão acometidas, que o Governo Civil do

Porto tem sabido encontrar formas de conseguir manter-se

activo, interventivo e dinâmico na prossecução da principal

prioridade desta Instituição: a satisfação e o bem-estar

da população do distrito.

É nessa perspectiva que o Governo Civil do Porto tem

desenvolvido um conjunto de acções tendentes a aproximar

os serviços que presta dos cidadãos que a eles recorrem.

Assim, é com honra e orgulho no seu passado que o Governo

Civil do Porto enfrenta o presente e prepara futuro, numa

linha de inovação que muitas vezes nos tem feito pioneiros

nas soluções encontradas face a novas exigências de uma

sociedade cada vez mais complexa.

PORTUCALE

Um dos momentos mais relevantes na história do

Governo Civil do Porto foi a Implantação da República,

a 5 de Outubro de 1910.

Page 19: Revista Cívica #1

19

como rEPrEsEnTanTE do

GovErno no disTriTo

• Colaborar na divulgação das políticas

sectoriais do Governo, designadamente,

através de acções de informação e

formação.

• Prestar ao membro do Governo

competente, em razão da matéria,

informação periódica e sistematizada

sobre assuntos de interesse para o

distrito, nomeadamente nas áreas

da protecção civil, segurança interna,

policiamento de proximidade, questões

económico-sociais e investimentos a

realizar no distrito.

• Preparar informação relativa a

requerimentos, exposições e petições

que lhe sejam entregues para envio aos

membros do Governo ou outros órgãos

de decisão.

• Desenvolver todas as diligências

necessárias e convenientes a uma

adequada cooperação entre os serviços

públicos desconcentrados e entre

estes e outros órgãos administrativos

localizados no distrito.

na aProximação EnTrE o

cidadão E a adminisTração• Promover, através da organização de

balcões de atendimento próprios, a

prestação de informação ao cidadão,

bem como o encaminhamento para os

serviços competentes.

• Centralizar o acompanhamento da

sequência de questões multisectoriais

referentes ao distrito, fomentando

e assegurando a oportunidade de

intervenção de cada serviço ou entidade

desconcentrada de forma a potenciar a

emissão de decisões globais, céleres e

oportunas.

no ExErcício dE

FunçõEs dE sEGurança

PúbLica E ProTEcção civiL

• Conceder, nos termos da lei, licenças

ou autorizações para o exercício de

actividade, tendo sempre em conta a

segurança dos cidadãos e a prevenção

de riscos ou de perigos vários que

àqueles sejam inerentes.

• Promover, após parecer do Conselho

Coordenador de Segurança, e com

fundamento nas políticas definidas

pelo Ministério da Administração

Interna (MAI), a articulação de

actividades em matéria de segurança

interna, como sejam:

- das forças de segurança quanto ao

policiamento de proximidade;

- das forças de segurança com as

polícias municipais;

- das acções de fiscalização que se

inserem no âmbito do MAI.

• Requisitar, quando necessário, a

intervenção das forças de segurança,

aos comandos da PSP e GNR instalados

no distrito.

• Aplicar as medidas de polícia e as

sansões contra-ordenacionais previstas

na Lei.

• No exercício das funções de protecção

e socorro, desencadear e coordenar, na

eminência ou ocorrência de acidente

grave, catástrofe ou calamidade, as

acções de protecção civil de prevenção,

socorro, assistência e reabilitação

adequadas em cada caso, com

a coadjuvação do Comandante

Operacional Distrital e a colaboração

dos agentes de protecção civil

competentes, nos termos legais.

no ExErcício dE

PodErEs dE TuTELa

• Dar conhecimento às instâncias

competentes das situações

de incumprimento da lei, dos

regulamentos e dos actos

administrativos por parte dos órgãos

autárquicos.

Acompanhar junto dos serviços

desconcentrados de âmbito distrital,

o andamento do(s) processo(s) e

tratamento de questões suscitadas no

distrito ou com interesse para o mesmo,

dando conhecimento do(s) mesmo(s) ao

Governo.

comPETE ainda ao

GovErnador civiL

• Presidir ao Conselho Coordenador

Consultivo do Distrito.

• Exercer as funções legalmente

estabelecidas no âmbito dos processos

eleitorais, designadamente, assegurar

a distribuição de equipamento e

documentação destinados aos actos

eleitorais e participar do escrutínio

provisório dos resultados eleitorais.

• Dirigir e coordenar os serviços do

Governo Civil e superintender na gestão

e direcção do pessoal afecto.

• Emitir parecer, quando solicitado,

sobre pedidos de reconhecimento da

utilidade pública administrativa de

pessoas colectivas constituídas no

distrito.

• Emitir parecer sobre pedido de

reconhecimento de fundações

constituídas no distrito.

• A solicitação, emitir parecer em sede

de investimentos no distrito.

• Presidir à Comissão Distrital de

Segurança Rodoviária.

• Presidir à Comissão Distrital

Especializada de Fogos Florestais.

COMPEtêNCIAS

Page 20: Revista Cívica #1

20

JULHO’2010

 

disTriTo com ExcELÊncia

JÚLIO CARDOSOMEDALHA DE MÉRITO DISTRITAL

Page 21: Revista Cívica #1

21

 

O Governo Civil do Porto decidiu homenagear os 50 anos

de carreira ininterrupta do actor e encenador Júlio Cardoso.

Assim, e dando cumprimento a um Despacho da Governa-

dora Civil do Porto, teve lugar no passado dia 22 de Fevereiro,

no Salão Nobre do Governo Civil, a imposição da Medalha

de Mérito Distrital. Esta cerimónia contou com a presença

da Ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas e de inúmeras

figuras do teatro que tornaram demasiado pequeno o espaço.

Na oportunidade, a Governadora Civil do Porto, Isabel Santos,

caracterizou esta homenagem a Júlio Cardoso como “um acto

da mais elementar justiça”, dado que este vulto do teatro

português representa “um exemplo para todos” tendo sempre

assumido como um objectivo de vida e de carreira, “dar um

norte e um porto à cultura”. Nas palavras de Isabel Santos, Júlio

Cardoso “ultrapassou a dimensão da sua individualidade. É não

só um símbolo do teatro, mas também de uma certa forma

a maneira de ser e de estar das gentes do Porto e do Norte”.

De modo a engrandecer este justo tributo a Júlio Cardoso, a

cerimónia contou ainda com um recital de poesia por António

Reis e Estrela Novais, companheiros de uma vida de palco, a

actuação do Quarteto de Cordas da ESMAE e, simultanea-

mente, uma exposição de pintura da autoria de Paulo Carteiro

alusiva à peça “Eu sou a minha própria mulher”.

Page 22: Revista Cívica #1

22

JULHO’2010

Que significado dá às diversas homenagens por uma vida

dedicada ao teatro?

Júlio Cardoso (J.C.) – Independentemente da minha vontade

de estar fora das luzes. A verdade é que o público vê para além

dos projectores. Depois sinto que estes gestos são adubos que

nos incentivam a ir mais longe. São surpresas que provocam

espanto. Os filósofos explicam aquilo que sempre ouvimos

dizer: a verdade vem sempre ao de cima.

ao longo de 50 anos, a “seiva” está na base de muita vida.

Que seiva tão forte te prendeu aqui?

J.C. – Vezes sem conta, amigos e irmãos de profissão me acon-

selharam e me lembraram que Lisboa, qual terra prometida,

tinha aliciantes propostas de trabalho. Reconheço que os deuses

me abençoaram e fiquei neste Porto de liberdade e esperança.

Gosto muito de Lisboa. Gosto de lá trabalhar mas de forma

efémera e temporária. As pedras do Norte, mas sobretudo a

sinceridade e transparência das gentes daqui levaram-me a

permanecer. É um orgulho trabalhar assim de forma íntegra,

de cabeça levantada e em paz comigo mesmo. Nos momentos

da tentação maior de sair da Seiva logo aparecia um anónimo

na rua, nos transportes, no café a lembrar-me que a Seiva era

um dos símbolos do Porto, do Norte e da Cultura.

Em duas palavras como se define. actor? Encenador?

J.C. - O actor no século XXI é um extraordinário veículo de

apelo à transformação, à mudança da vida que todo o homem

aspira e merece. O encenador é aquele que abre postigos e

caminhos para que o actor respire e dê vida e sentido à palavra.

Teatro versus cinema. mas sempre teatro, não?

J.C. – O teatro é a verdade das virtudes e das crueldades da vida.

Mas não é vida. É arte que brota da essência do ser humano. O

cinema é arte onde a tecnologia tem um papel central. tec-

nologia criada pelo homem que amplia a ilusão e os sonhos.

ao fim de 50 anos de carreira que projectos o animam ou já

pensa na reforma?

J.C. – Se hoje morresse levava a cabeça repleta de sonhos. Outros

milionários levariam contas e papeis dos bancos. Penso que

continuaria a sonhar. Sonhos que estão na origem de todos os

projectos. Sonhos que são o belo e o eterno face ao material

efémero. Sei bem que há um caminho infinito entre o sonho e

a realidade. Mas também sei que o poeta vê ao alto e ao longe

quando canta: sempre que um homem sonha…

o que significa para si:

Porto › Cidade adiada da esperança constante. Cidade com

passado, com futuro risonho. Cidade que é obrigatória ser

moda Europeia.

25 de abril › Sempre!

democracia › Aprofundar constantemente.

amor › Infinitamente presente.

amizade › Necessidade absoluta.

boavista › Esperança no futuro.

Gil vicente › Pai nosso.

brecht › Filósofo tão actual como do futuro.

saramago › Saudade e farol.

s. João › A festa fraterna de cariz universal.

— Ilustrações por Paulo Carteiro

O Senhor Teatro

‘Sonhos mesmo nopós Morte’

ENTREVISTARecebeu-nos no

Teatro do Campo Alegre na véspera do S. João. Não o disse,

mas percebemos que estava muito ocupado.

O trabalho teatral esperava-o.

Page 23: Revista Cívica #1

CIVICA | Liberdade e Segurança - Porto, um Distrito seguro e acolhedor!

23

ALGUNS DEPOIMENTOS

“Júlio Cardoso é um amigo, um senhor,

um homem de rara sensibilidade.

Merece o meu respeito e a minha

admiração e coloco-me a seu lado na

procura de valores que nos ajudem a

valorizar e enriquecer a cultura portu-

guesa. É importante que se dê à gente

de teatro o respeito, a dignidade e a

importância a que tem direito”

Carlos Avilez - Encenador

“Júlio Cardoso – o criador – actor,

e4ncenador, formador, fundador

e director da Seiva trup, homem

também ligado ao desporto.

Mas, aquilo que acho fundamental no

Júlio é o ser humano que habita nele.

Congratulo-me com a homenagem

que o Governo Civil do Porto lhe

presta com a entrega da Medalha de

Mérito Distrital nestes 50 anos que ele

dedicou ao teatro.”

João Mota - Encenador/Director da Comuna

“Júlio Cardoso desenvolveu durante

50 anos uma carreira marcada pela

devoção: devoção à arte do teatro e

devoção à sua cidade – o Porto. tanto

na relação com o teatro como na

relação com o Porto a sua intervenção

caracterizou-se pela assumpção

determinada dos mesmos valores:

a tolerância, o universalismo, a

solidariedade, o desejo de contribuir

para um melhor Mundo. O Porto

honra-se a si próprio ao honrar um

nome de um dos seus artistas mais

carismáticos”

Joaquim Benite - Encenador/Director Teatro

Municipal Almada

“Devemos a Júlio Cardoso a persis-

tência da paixão, servida pelo apego

à disciplina. Caminheiro das rotas

da Cidade, e sua personagem maior,

honramo-nos de o ter por amigo, e por

intérprete das vozes que levamos”

Mário Cláudio - Dramaturgo/Escritor

Page 24: Revista Cívica #1

24

JULHO’2010

MORADA

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