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Revista do Governo Civil do Porto
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CIVICA | Liberdade e Segurança - Porto, um Distrito seguro e acolhedor!
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CívicaRepública 100 anosHumberto Delgado relembrado no centenário da República com a exibição e distribuição do documentário «O Meu Coração Ficará no Porto»
Homenagem Medalha de Mérito Distrital para a GNRComando Territorial distinguido no ano do 100º aniversário
Segurança InternaPrograma «Comércio Seguro – Baixa do Porto» Um Porto mais seguro
Liberdade e Segurança - Porto, um Distrito seguro e acolhedor !Número 2 · JANEIRO’2011
www.govcivilporto.gov.pt
Humberto Delgado
PortoUm Distrito de Futuro
PrevençãoEscolas de Referência para a Educação RodoviáriaCriada rede distrital para os mais novos
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Janeiro 2011
LocaLização
Governo civil do PortoRua Gonçalo Cristóvão, nº 3734000-270 PortoE. [email protected]. 222 097 500 Loja do cidadãoAv. Fernão Magalhães, 1862, 1º Piso, Torre das Antas4450-158 PortoT. 808 24 11 07
Horários
Governo civilDias úteis, das 9h00 às 16h00 Loja do cidadãoDias úteis, das 8h30 às 19h30Sábados, das 9h30 às 15h00
Cívica #2Janeiro 2011
edição
Governo Civil do Porto
direcção
Isabel Santos
redacção
António Fernando MoreiraNatacha Reis
TiPo de LeTra
‘Republica’ por Hugo d’Alte
desiGN e PaGiNação
antoniocruz.eu
FOTO POR SERGIO ROLANDO
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Entrevista a Jorge CamposGNR – Atribuição da Medalha de Mérito Distrital
+ PRÓXIMO DO CIDADãOPorto um distrito seguro
Contrato Local de Segurança do Cerco
Agente da PSP homenageado pela FAUP
Inaugurada Esquadra da PSP na Afurada
Conferência Inter. «Forças de Segurança: Qualidade e Excelência»
Secretário de Estado da Protecção Civil no Porto
Programa “Viagem Segura”
Governo Civil e voluntários do “Limpar Portugal” promovem acções
Campanhas de sensibilização para a segurança rodoviária
143.º aniversário do Comando Metropolitano da PSP do Porto
Porto um Distrito InclusivoPrémio de Mérito Distrital de Boas Práticas na Área da Inclusão
Crianças e jovens deficientes participam em desfile de moda
Inaugurada Casa dos Vizinhos
Iniciativa “Porto de Abrigo”
Natal Solidário
Porto um Distrito PositivoOriginal da «Ribeira Negra» de Júlio Resende
Instalações da Associação Empresarial de Paredes
Chancelaria do Consulado-Geral da República de Angola no Porto
Distrito do Porto comemora Dia do Armistício
Sistema «ColorADD» para daltónicos
PROGRAMA COMéRCIO SEGURO – BAIXA DO PORTOENTREVISTA – CORONEL JOSé TEIXEIRA LEITE
DIA DA MEMÓRIAROTA DO ROMâNICO DO VALE DO SOUSA
CIVICA | Liberdade e Segurança - Porto, um Distrito seguro e acolhedor!
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editorial
Em 2010 lançámos a primeira edição electrónica da “Cívica”. Demos, assim, um passo que entendemos impor-tante face ao objectivo de criarmos canais de comunicação que nos permitam uma mais ampla e aberta comunicação com os cidadãos.
Acabámos de entrar em 2011 e chega agora à sua caixa de correio electrónico o segundo número da “Cívica”. Como não poderia deixar de ser, esta edição é preenchida por aquilo que de mais significativo aconteceu ao longo dos últimos seis meses.
Um período marcado por uma época de incêndios flores-tais particularmente exigente. Mas também por novos projectos, como a criação da Rede Distrital de Escolas de Referência para a Segurança Rodoviária, do programa “Comércio Seguro”, na Baixa do Porto, entre outros.
O Centenário da República marcou 2010 e, no momento em que preparávamos a comemoração do 120.º aniversá-rio do 31 de Janeiro, rememorámos a celebração do 5 de Outubro com a apresentação pública e a distribuição aos cidadãos do distrito, com a edição do “Jornal de Notícias” desse dia, do documentário “O meu coração ficará no Por-to”, produzido por altura da celebração do cinquentenário da chegada de Humberto Delgado à estação de S. Bento. Um dos mais épicos momentos até hoje vividos no Porto.
2011 anuncia-se como um período particularmente exi-gente para o País. Estamos conscientes das dificuldades, mas sabemos que este não é momento para desistências ou desânimos.
Nas circunstâncias mais difíceis, o Porto sempre soube resistir e dar uma resposta à altura dos pergaminhos de um distrito que é coração de uma região que sempre foi motor do desenvolvimento do País.Estamos certos de que assim acontecerá, mais uma vez. Estamos certos de que o espírito empreendedor que sempre nos caracterizou nos conduzirá, mais uma vez, a novas conquistas, afirmando o distrito dentro e fora de fronteiras, num contexto mais centrado no nosso potencial endógeno, nos recursos natu-rais, na história, no património, na inovação e no potencial humano. Tudo isto, sem perder de vista a necessidade de resolução de alguns constrangimentos estrutu-rais, objectivo no qual devemos centrar definitivamente as nossas energias.
Pelo nosso lado, cá continuaremos “contra ventos e marés”, confiantes no cumprimento da missão de fazer do ”Porto, um distrito com o Governo mais próximo dos cidadãos”.
Isabel Santos Governadora Civil
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República 100 AnosComemorações do centenário da República no Porto
O centenário da República foi celebrado, no Porto, ao longo
de todo ano com um programa vasto e recheado de diferentes
iniciativas organizadas pelo Governo Civil do Porto. O ponto
alto das celebrações aconteceu no próprio 5 de Outubro.
A manhã do dia 5 começou com a Banda Militar do Porto a tocar
o Hino nacional na Praça da República. Ao longo de todo o dia
esteve em funcionamento a linha 100 do eléctrico da STCP, que
perfez inúmeras vezes a chamada “Viagem do Centenário da
República”, entre a Igreja de S. Francisco e o Jardim do Passeio
Alegre, com visita ao Museu do Carro Eléctrico. Este mesmo
eléctrico circulava no Porto no dia 5 de Outubro de 1910.
A habitual cerimónia de homenagem aos republicanos do Porto
decorreu ao final da manhã, no Campo 24 de Agosto, com o
içar da bandeira, o Hino nacional, deposição de coroa de flores
e intervenções de várias entidades oficiais.
Isabel Santos, governadora civil do Porto, destacou que vivemos
“100 anos de uma história de luta plena de gestos heróicos,
como o do General Humberto Delgado”, de “momentos que
marcam a nossa identidade e nos lembram a todo o tempo que
a democracia é um processo em permanente construção e que
a liberdade é um valor cuja conquista nos remete para etapas
sempre cada vez mais exigentes num processo de constante
aprofundamento”.
Para a representante do Governo, “o desafio da sociedade pós-
industrial para a qual caminhamos de forma cada vez mais
vertiginosa só será ultrapassado com a permanência destas
apostas: na educação, na modernização tecnológica, no ambiente.
Mas também em novas formas de combate às desigualdades
sociais, mediante o recurso a novos modelos de organização
dos agentes e a uma maior interacção e partilha comunitária”.
Lembrando a conjuntura actual, Isabel Santos salientou
ainda que “a crise mundial que atravessamos conduzir-nos-á,
forçosamente, a novas formas de organização da sociedade, do
mercado e das empresas para as quais temos de nos preparar.
Assim como temos de assumir a defesa de novas formas de
reforço da coesão social, exigindo a implementação de novas
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Apontamento histórico
O documentário “O Meu Coração ficará no
Porto” evoca o 14 de Maio de 1958, dia em que
o candidato às eleições presidenciais, general
Humberto Delgado, foi recebido na cidade
do Porto por cerca de 200 mil portuenses e
realizou o célebre comício na Praça de Carlos
Alberto. Em pleno regime salazarista, este foi
um dos mais épicos momentos da história
da cidade Invicta, com o povo a sair à rua
num verdadeiro grito de liberdade. Humberto
Delgado, o General sem Medo, foi um homem
de coragem, audacioso, que sacudiu a solidez
do Estado Novo, tendo sido vítima de uma
das maiores fraudes eleitorais de sempre. Foi
silenciado pela PIDE a 13 de Fevereiro de 1965,
num assassínio político ainda hoje envolto
em mistério. No âmbito das comemorações
do centenário da República, “O Meu Coração
Ficará no Porto” foi exibido no Teatro Nacional
S. João e distribuído em DVD com a edição do
“Jornal de Notícias” do dia 5 de Outubro.
formas de distribuição da riqueza que todos ajudamos a criar.
Só assim estaremos em condições de honrar os ideais de liberdade,
igualdade e fraternidade e a ambição de desenvolvimento
e modernidade que a República nos legou”, acrescentou.
E porque “o Porto sempre soube tomar a dianteira quando
se tratou de projectar o futuro”, a governadora civil lançou
um “apelo à cidade, às suas instituições e aos parceiros que
connosco, anualmente, promovem esta iniciativa, para que,
conjuntamente, e materializando aquilo que são os ideais da
liberdade e da República, associados à tradição liberal do Porto,
possamos todos construir novas formas de participação cidadã
mais apelativas e mais próximas do tempo presente. Acções
que perpetuem, junto dos cidadãos, os princípios e as ideias
que levaram muitos a não desistirem de lutar pela democracia
e pela liberdade, mesmo durante a longa noite da ditadura do
Estado Novo”.
Ao longo de todo o dia 5 de Outubro foram inaugurados
equipamentos escolares por todo o distrito, concretamente nos
concelhos de Felgueiras, Gondomar, Lousada, Maia, Matosinhos,
Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel, Porto, Valongo e Vila do
Conde. “Mais de três dezenas de equipamentos dignos, funcionais,
modernos e com projectos educativos abertos à comunidade
e aos seus agentes. E que melhor forma de homenagear o
ideal republicano do que esta clara e inequívoca aposta na
escola púbica, na educação e na formação das novas gerações?”,
congratulou-se Isabel Santos.
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Janeiro 2011
De que forma surgiu o convite do Governo Civil do Porto?
O processo veio cair-me nas mãos numa fase bastante adian-
tada. Tanto quanto julgo saber, houve uma negociação prévia
entre o Governo Civil e o Instituto Politécnico do Porto (IPP),
que se associou às comemorações dos 50 anos da vinda do
general Humberto Delgado ao Porto. No âmbito desse acordo
e dessas comemorações, partiu-se para a realização deste
documentário.
Como podem caracterizar-se as experiências que este pro-
jecto proporcionou?
Esta foi uma óptima oportunidade para mobilizar os serviços
de vídeo do IPP, para juntar professores e alunos e levar a
cabo uma experiência cívica e pedagógica, e da qual resultou
um filme que – apesar de ser o autor, e passando a imodéstia
– me parece bastante interessante.
A realização deste documentário teve dois aspectos que
me parecem de relevar. O primeiro foi o envolvimento dos
alunos, que permitiu que tomassem conhecimento do general
Humberto Delgado, uma figura de referência da resistência ao
fascismo. E sucede que, na maioria dos casos, eles estavam,
se não em branco, praticamente em branco sobre o general
sem medo. O facto de terem feito o filme levou-os a interes-
sarem-se não apenas pela figura, mas também pelo que se
tinha passado e por aquilo que tinham sido os 48 anos de
ditadura. Assim, isto acabou por ser um exercício de cidadania
para os estudantes. E foi também um exercício de memória,
o que me parece tão importante quanto é certo que hoje há
uma conspiração latente contra a memória... Não se fala do
passado, não se conhece o passado recente, nomeadamente
as novas gerações, e, obviamente, quando isso sucede não há
possibilidade de ter uma ideia prospectiva, de pensar o futuro.
E, nessa matéria, foi muito importante para os estudantes.
E em termos pedagógicos?
Foi importante, também, porque os alunos desenvolveram
um conjunto de tarefas no plano técnico que lhes permitiu
apurar competências já adquiridas, mas ainda não devida-
mente testadas. Nós tivemos, no dia das comemorações,
muitos estudantes a filmar, a captar som – já não falo dos
estudantes da ESMAE, que estavam nos concertos e executa-
ram aquelas obras todas… E isso fez com que eles tivessem
esse contacto com o trabalho no terreno, o que, do ponto de
vista pedagógico, é muito interessante.
Um filme, dois protagonistas
O General sem Medo e a Cidade Insubmissa
A convite do Governo Civil do Porto, no âmbito das comemorações dos 50 anos do comício do general Humberto Delgado no Porto, a 14 de Maio de 1958, Jorge Campos realizou o documentário “O Meu Coração Ficará no Porto”. O filme contou com a colaboração de professores e alunos do Politécnico do Porto e da sua Escola ESMAE.IPP.
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E houve uma outra dimensão, relacionada ainda com o carác-
ter pedagógico: este documentário foi feito justamente do
modo como não deve fazer-se um documentário. Ou seja, o
documentário exige um olhar singular sobre um determinado
acontecimento, e o simples facto de termos várias equipas de
estudantes com câmaras a filmar, desde logo, deixava supor
que iriam existir diversos olhares sobre aquilo que estava a
acontecer. E todos eles olhavam de um modo muito diferente.
Em termos de trabalho de campo, o que é que
os alunos fizeram?
Os alunos do IPP fizeram captação de imagem e de som e
os alunos da ESMAE executaram as músicas mais variadas.
Depois, colaboraram muito em pesquisa na internet sobre o
general Delgado. Era muito engraçado, porque, volta e meia,
vinham ter comigo e diziam “descobri mais isto”, “encon-
trei estas imagens”, “tenho uma literatura que ainda não
tínhamos”… Portanto, houve um envolvimento que os levou
a interessarem-se pela figura do general. Tiveram ainda a
possibilidade, posteriormente, de discutir o trabalho feito e de
seguir com regularidade o trabalho de edição e de monta-
gem, para perceberem como é que as partes encaixavam de
modo a construir a história. Entre alunos, professores e técni-
cos, no IPP tivemos, seguramente, 30 a 35 pessoas envolvidas
só na parte da imagem e do som. Com os alunos de música
da ESMAE foram muitos mais.
Com tanta gente envolvida, qual foi exactamente
o seu papel?
Para além da coordenação da equipa que fez o documentá-
rio, o meu papel foi um pouco tentar fazer um documentário
a partir de um conjunto de imagens e sons – aos quais eu
chamaria desperdícios, considerando aquilo que são os proce-
dimentos habituais quando se faz um documentário – e, em
função deles, procurar encontrar um dispositivo discursivo que
desse origem a uma narrativa. E foi isso, justamente, que eu
fiz – tentar organizar todo aquele material de forma a que as
coisas funcionassem.
Também beneficiámos de algumas imagens de arquivo cedidas
pela RTP, que foram muito importantes – foram apenas quatro
minutos, mas com a manipulação da imagem estenderam-se
a quase 12. Foi muito importante o arquivo fotográfico distrital
do Porto, porque algumas das fotografias eram, se não total-
mente desconhecidas, muito pouco conhecidas… E, também
aí, houve a possibilidade de fazer um outro exercício, que foi o
exercício da animação, em computador, das fotografias.
E que balanço pode fazer de todo este trabalho?
O resultado acabou por ser muito interessante. Primeiro,
porque toda a música do filme é música executada ao vivo
pelos estudantes da ESMAE. Nós aproveitámos toda a música
que foi tocada pelos alunos ao longo do dia nos diversos con-
certos, na rua e na estação de S. Bento, e a partir daí construí-
mos a banda sonora do filme.
Contámos também com o apoio da CP, que nos possibilitou
que filmássemos os comboios, o que para nós era fundamen-
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Janeiro 2011
tal, pois foi de comboio que o general Humberto Delgado
chegou ao Porto. Por isso, este transporte tem uma carga
simbólica muito presente.
Fizemos, ainda, a recolha de meia dúzia de testemunhos.
Eu não gosto de recolher depoimentos de especialistas, pois
normalmente arruínam os documentários. Nem se fazem
documentários assim, só a televisão é que os faz, e não era o
que queríamos fazer. Nós queríamos fazer um trabalho dife-
rente. Apesar de tudo, ouvimos um especialista que foi muito
útil, que foi o professor Jorge Alves, e alguns protagonistas da
época, nomeadamente o Dr. Coelho dos Santos, que foi um
dos homens da campanha do Delgado aqui no Porto. Por-
tanto, pessoas que tiveram presença nesse acontecimento há
50 anos. São depoimentos muito mais interessantes, pois são
memórias vividas. Embora o depoimento do Jorge Alves fosse
muito interessante, porque ele é um conhecedor do Estado
Novo e estudou muito a questão do Delgado. Por isso, fazia
sentido, tanto mais que nós não quisemos utilizar um texto
off, que também é uma coisa com que não me dou muito
bem… Era preciso que houvesse uma componente informa-
tiva, mas eu não queria dá-la em texto off, e neste sentido
o Jorge Alves foi importante, porque permitiu contextualizar
aquilo que se passou.
E daqui obteve-se um resultado muito positivo…
Eu creio que esta foi uma experiência inédita em Portugal,
ainda não se tinha feito nada parecido. Não deixou de ser
uma experiência arriscada, mas acabou por ser gratificante.
De um modo geral, as pessoas gostaram do filme, ele foi bem
recebido, teve boas críticas. Depois houve a edição do DVD,
que foi muito importante – saíram 60 mil exemplares com o
Jornal de Notícias, que desapareceram logo. é, seguramente,
o DVD de documentário mais distribuído em Portugal.
A cidade do Porto tem uma tradição forte de estar na origem
das revoluções, e o que se passou a 14 de Maio de 1958 foi
um sinal disso...
Sim, aliás o filme é tanto sobre o general Humberto Delgado
como sobre o Porto. Digamos que o filme tem dois protago-
nistas, um é um general, o outro, a cidade insubmissa.
Acha que se perdeu, esse espírito?
Eu creio que nós hoje não temos a exacta consciência daquilo
que está a acontecer. E eu tenho a percepção de que há coisas
muito interessantes a passarem-se sem que delas haja conheci-
mento por parte do público, porque os media tradicionais não
se interessam por acontecimentos culturais. Há imensas coisas
a acontecer, há nichos que funcionam de uma forma muito
activa e interessante. Já no plano das políticas municipais para
a cultura, estamos perante uma posição que é, simplesmente,
fazer tábua rasa dessa matéria. Não há política municipal para
a cultura. Um teatro municipal, que deve ser uma montra
daquilo que é, no plano cultural, uma cidade europeia de
média dimensão, tem obrigação de marcar muitos pontos
nesse domínio, justamente para se diferenciar. é inacreditável
que aquilo seja entregue a um empresário teatral! Quando
assim é, e quando vamos constatando o tipo de iniciativas, do
plano dito cultural, que a câmara leva a cabo, percebemos que
é um deserto, que a cidade do Porto, do ponto de vista das
políticas municipais, não tem qualquer expressão.
A realização deste tipo de trabalhos, envolvendo os alunos, é
uma forma de fomentar o conhecimento da História recente?
Sim, eu acho que isso é fundamental. Aliás, nós, no último
ciclo do IRI (Imagens do Real Imaginado) tivemos um docu-
mentário extraordinário da Susana de Sousa Dias, chamado
“48” (porque foram 48 os anos de fascismo), que é a recu-
peração da memória da prisão de um conjunto de pessoas
que viveram nesse tempo. é um filme extraordinário que joga
apenas com as fotografias feitas pela PIDE aos presos, com
uma excelente montagem de uma banda sonora em que os
testemunhos funcionam de uma forma articulada de maneira
a produzir uma narrativa. é muito interessante verificar que os
estudantes reagiram de uma forma extremamente positiva ao
documentário. Estavam totalmente em branco, não imagi-
navam que nas cadeias da PIDE se passava aquilo que era
relatado. Nem imaginavam, sequer, que Portugal tinha sido
um país onde tudo aquilo existia.
CIVICA | Liberdade e Segurança - Porto, um Distrito seguro e acolhedor!
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Guarda Nacional RepublicanaAtribuição da Medalha de Mérito Distrital O Governo Civil do Porto não poderia deixar de assinalar a passagem do centésimo aniversário da Guarda Repu-blicana do Porto, actual comando territorial do Porto. Nesse sentido, a governadora civil decidiu distinguir esta instituição com a Medalha de Mérito Distrital, galardão entregue ao comandante territorial, tenente-coronel Sá Guimarães, no decurso das cerimónias que tiveram lugar na cidade da Trofa. O Comando Territorial do Porto da GNR é descendente directo da guarda real da polícia do Porto, criada no princípio do século XIX pelo príncipe regente D. João, sob proposta do intendente-geral da polícia da corte e do reino, Pina Manique, seguindo o modelo da Gendar-merie francesa, que havia sido criada em 1791.O Convento das Carmelitas Descalças, vulgo Quartel do Carmo, cuja construção teve início a 5 de Maio de 1619, é, desde 1835, a sede desta força de segurança, cujas origens remontam à Guarda Municipal Portuense, que aí se aquartelou nesse ano. Em 12 de Outubro de 1910 foi criada a Guarda Republicana do Porto, substituindo a extinta Guarda Municipal Portuense. Em 2006, a GNR viu reforçadas as suas competências pela criação do
Corpo Nacional da Guarda Florestal. Já a 1 de Janeiro de 2009 foi criado o Comando Territorial do Porto da GNR.Destacando “o trabalho em prol das comunidades locais e os valorosos serviços prestados aos cidadãos do distrito do Porto nas áreas da segurança pública, protecção civil e defesa do ambiente”, Isabel Santos decidiu, assim, atribuir a Medalha de Mérito Distrital a esta centenária instituição.Ainda no âmbito das comemorações, o Governo Civil do Porto e a Faculdade de Direito da Universidade do Porto associaram-se àquela instituição para a realização do seminário “Violência Doméstica em Grupos Espe-cialmente Vulneráveis”, que teve lugar no Salão Nobre da Faculdade de Direito. Mais de duzentos participantes assistiram às intervenções de Celina Manita (Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto), Jorge Garcia Ibáñez (Universidade de Zaragoza), Miriam Pina (Facul-dade de Direito – Escola de Criminologia da Universi-dade do Porto), Manuel Albano (vice-presidente da CIG – Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género), coronel Albano Pereira (director de Investigação Criminal da GNR), entre outros oradores. O seminário contou ainda com a presença do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, e da secretária de Estado para a Igualdade, Elza Pais.
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coNTraTo LocaL de seGuraNça do cerco avaNça No TerreNo e eNvoLve PoPuLação O Contrato Local de Segurança (CLS) do Cerco entrou numa
nova fase. Depois da celebração, em 2008, do contrato entre
o Governo Civil do Porto (GCP), a Câmara Municipal do Porto
(CMP) e a Polícia de Segurança Pública (PSP), e elaborado o
diagnóstico local, foram assinados, pela governadora civil do
Porto, Isabel Santos, dez protocolos de parceria entre o GCP e
várias entidades, a saber: Agrupamento Vertical de Escolas do
Cerco do Porto, projecto “Pular a Cerca”, Run Porto – Organi-
zação de Eventos Desportivos, CIG – Comissão Para a Cidada-
nia e Igualdade, CPCJ – Comissão de Protecção de Crianças e
Jovens (Porto Oriental), Q.P.I. – Qualificar para Incluir, IPSS,
Arrimo – Organização Cooperativa para o Desenvolvimento
Social e Comunitário, Mundo a Sorrir, ONG, Fundação Vítor
Baía e Federação das Associações Juvenis do Distrito do Porto.
Privilegiando uma actividade de policiamento de proximi-
dade, este projecto procura igualmente elevar o nível de
confiança da população e, através de acções direccionadas
para as camadas jovens, reduzir comportamentos anti-sociais
e contribuir para o desenvolvimento social da comunidade.
Uma das iniciativas previstas teve lugar no dia 1 de Outubro,
com a colaboração da CMP, da Cruz Vermelha Portuguesa
– Delegação Porto, da PSP (equipa cinotécnica), da Obra Dio-
cesana de Promoção Social e da SONAE. O Largo dos Afectos –
entretanto requalificado no âmbito do CLS –, em pleno Bairro
do Cerco, foi o palco para diversas iniciativas comemorativas
do Dia Mundial do Idoso. O programa contou a actuação de
dois coros e um racho, um lanche, demonstração da equipa
cinotécnica da PSP e outras actividades.
A 13 de Outubro, a Fundação Vítor Baía e a Sociedade de
Transportes Colectivos do Porto proporcionaram a cerca de
duas dezenas de jovens de escolas do Cerco a visita à exposi-
ção “O Corpo Humano” patente no edifício da Alfândega do
Porto. A visita à exposição contou com a presença do próprio
Vítor Baía e da governadora civil do Porto.
No âmbito das iniciativas de Natal, foi inaugurada a ilumina-
ção de um cedro centenário no centro do bairro e realizado
um espectáculo designado “Show de Talentos”, no qual parti-
ciparam algumas dezenas de jovens do Cerco.
aGeNTe da PsP HomeNaGeado PeLa FauPA direcção da Associação de Estudantes da Faculdade de
Arquitectura da Universidade do Porto (AEFAUP) decidiu
atribuir o título de sócio-honorário ao agente Álvaro Pinto, da
12ª Esquadra da PSP/Porto, pelo contributo que tem vindo a
dar à segurança daquele estabelecimento. A governadora civil
do Porto foi convidada pela AEFAUP para fazer o elogio deste
homenageado.
Isabel Santos salientou o papel desempenhado em diferentes
áreas pelo policiamento de proximidade e a forma como
“este programa e os agentes que lhe dão corpo, com o seu
empenho e entrega, conseguiram granjear não só o reco-
nhecimento, mas também a amizade da comunidade que ao
longo dos anos têm servido de forma dedicada”.
Nesta cerimónia foi também conferido o título de sócio-hono-
rário ao professor-arquitecto António Madureira.
+ PRÓXIMO DO CIDADãO
PORTO UM DISTRITO SEGURO
CIVICA | Liberdade e Segurança - Porto, um Distrito seguro e acolhedor!
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iNauGurada esquadra da PsP Na aFuradaRui Pereira, ministro da Administração Interna, inaugurou a
nova esquadra da PSP na Afurada. As instalações ocupam o
antigo Posto de Pescado, cuja recuperação representou um
investimento de 285 mil euros.
Durante a cerimónia, o presidente da Câmara Municipal de
Vila Nova de Gaia, Luís Filipe Menezes, considerou “exemplar”
o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela equipa
do Ministério da Administração Interna (MAI), tendo ainda
solicitado financiamento para a construção das esquadras de
Canidelo e Valadares. “Sempre considerámos exemplar esta
equipa ministerial. O MAI, de há anos a esta parte, está em
boas mãos”, afirmou o autarca.
Rui Pereira, por seu turno, destacou o investimento que está
a ser feito na melhoria das condições de trabalho da PSP e
GNR, com a construção de “instalações modernas, funcionais
e dignas”, e a aquisição de novas armas e viaturas. O gover-
nante garantiu, ainda, que o MAI vai dar continuidade à estra-
tégia de reforço dos meios de segurança, apesar das dificul-
dades provocadas pela crise económica. “é indispensável não
haver cessação do nosso esforço na aposta em dispositivos
humanos e materiais das forças de segurança”, afirmou.
A cerimónia de inauguração da Esquadra da Afurada contou
também com a presença do director nacional adjunto da PSP,
Francisco Santos, do comandante distrital do Porto da PSP,
Pinto Vieira, da governadora civil do Porto, Isabel Santos, e
do vice-presidente da Câmara de Gaia, Marco António Costa.
Relembre-se que, durante o ano de 2010, foram ainda inau-
guradas, na Área Metropolitana do Porto, as esquadras da
PSP de V. N. Gaia, Foz do Douro, Bom Pastor e Viso (Porto).
coNFerêNcia iNTerNacioNaL «Forças de seGuraNça: quaLidade e exceLêNcia»O Governo Civil do Porto organizou, pela primeira vez, a
conferência internacional “Forças de Segurança: Qualidade e
Excelência”, com vista ao debate da certificação da qualidade
das forças de segurança do Distrito do Porto. Este seminário
ibérico, realizado no Auditório da Biblioteca Almeida Garrett,
no Porto, resultou de uma colaboração entre o Comando
Distrital do Porto da Polícia de Segurança Pública e o Governo
Civil do Porto.
O objectivo da iniciativa passou por, através da recolha e
partilha de conhecimentos entre responsáveis do Comando
Distrital da PSP e do Comando Territorial da Guarda Nacional
Republicana e elementos das forças de segurança de Espanha
(Guarda Civil de Madrid e Moços de Esquadra de Barcelona),
contribuir para o lançamento do processo de Certificação de
Qualidade da actividade desenvolvida pelas nossas forças de
segurança no distrito.
O seminário contou com a presença do ministro da Admi-
nistração Interna, Rui Pereira, do director nacional da PSP,
super-intendente Oliveira Pinto, e do comandante-geral da
GNR, tenente-general Nelson dos Santos. A governadora civil
do Porto, Isabel Santos, encerrou os trabalhos.
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secreTário de esTado da ProTecção civiL No PorToO secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco,
esteve no Porto e em Baltar, onde promoveu reuniões com
os comandantes operacionais das associações de Bombeiros
Voluntários do distrito, os oficiais de ligação do Comando
Distrital de Operações e Socorro e ainda os militares do Grupo
de Intervenção e Socorro da GNR, localizado no heliporto de
Baltar-Paredes.
As reuniões visaram proceder in loco à avaliação da resposta
e dos resultados atingidos pelo dispositivo operacional distri-
tal de combate a fogos florestais durante a fase Charlie.
De acordo com a governadora civil do Porto, “apesar da
eficácia do dispositivo distrital e da aptidão dos agentes de
protecção civil, o distrito do Porto continua a manter níveis
excessivos de ignições, mesmo tendo em conta que 40% do
território do distrito é ocupado por floresta”, deixando um
apelo ao empenhamento da população “na defesa de um
património que é de todos”.
ProGrama «viaGem seGura»A governadora civil do Porto, Isabel Santos, esteve presente no
lançamento da iniciativa “Viagem Segura”, resultante de uma
parceria com a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto
(STCP) e a Polícia de Segurança Pública (PSP). Esta acção
tem como objectivo a adopção, pelos utentes dos transportes
públicos, de comportamentos preventivos no âmbito da segu-
rança, de forma a tornar as deslocações ainda mais seguras
e tranquilas. Durante a campanha, que se realiza a bordo
dos autocarros e eléctricos da STCP, serão realizadas algumas
recomendações, por parte de agentes da PSP, como: evitar
mostrar elevadas quantias de dinheiro em público; segurar
bem a mala à frente do corpo; levar a carteira em bolsos do
casaco ou das calças e nunca em mochilas; ter cuidado com
abordagens insistentes ou que apelem à comoção, evitar
distracções e ter atenção ao que se passa ao seu redor.
GoverNo civiL e voLuNTários do «LimPar PorTuGaL» Promovem acçõesRespondendo ao apelo do núcleo distrital do Porto do
movimento “Limpar Portugal”, o Governo Civil do Porto,
o Comando Distrital de Operações e Socorro, os serviços
de Protecção Civil e corporações de bombeiros de diversos
municípios deram as mãos numa campanha de limpeza de
caminhos e espaços florestais.
No âmbito desta parceria tiveram já lugar três acções – em
Santo Tirso, Gondomar e Valongo – envolvendo dezenas de
voluntários, que contribuíram com o seu empenho para a
limpeza de caminhos e corta-fogos. Novas acções encontram-
se programadas para os meses de Janeiro a Março, incluindo
iniciativas de reflorestação.
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camPaNHas de seNsibiLização Para a seGuraNça rodoviáriaO Governo Civil do Porto tem participado e promovido, nos
últimos meses, várias campanhas de sensibilização para a
segurança rodoviária. Em meados de Outubro foi apresentada
uma iniciativa desenvolvida em parceria com a Fundacion
MAPFRE. Carros destruídos em acidentes de viação, cadeiras
de rodas e diverso material hospitalar destinado a vítimas
de acidentes rodoviários integravam uma instalação artística
que pretendia despertar os cidadãos para os resultados da
irresponsabilidade ao volante. De acordo com a governadora
civil, Isabel Santos, esta foi “uma campanha que, provocando
o choque, fez parar para pensar na necessidade de ter cuidado
na estrada”.
No início de Setembro, a Marginal de Matosinhos foi o cená-
rio escolhido para uma outra acção. Um conjunto de simu-
ladores foi instalado na marginal, integrando o road-show
da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP). Com recurso
a tecnologia para a transmissão, de forma interactiva, de
conteúdos teóricos e práticos de forte componente técnica e
pedagógica, foram realizadas várias acções, como a simula-
ção do ambiente rodoviário, de capotamento ou de embate.
“O excesso de velocidade é recorrente em Portugal. O facto de
os condutores não saberem adequar o seu comportamento,
a sua velocidade, às situações de trânsito é uma preocupação
das nossas entidades”, referiu Rosa Pita, vice-presidente da
PRP. Isabel Santos participou, também, num dos simuladores
e salientou que “o combate à sinistralidade é uma tarefa de
todos nós”.
Já em Agosto, mês de viagem para milhares de Portugueses,
o Governo Civil, em colaboração com a PSP e a GNR, desenvol-
veu uma outra campanha, com vista à prevenção de acidentes
rodoviários durante o período de férias.
comemorações do 143.º aNiversário do comaNdo meTroPoLiTaNo da PsP do PorToAs comemorações do 143.º aniversário do Comando Metropo-
litano da PSP do Porto decorreram na freguesia da Afurada,
em Vila Nova de Gaia. A cerimónia, presidida pelo ministro da
Administração Interna, Rui Pereira, contou com a participação
de centenas de populares, que assistiram às demonstrações
policiais e às intervenções das entidades presentes. Estiveram
presentes a governadora civil do Porto, o vice-presidente da
Câmara Municipal de Gaia, o director nacional da PSP, entre
outras entidades civis, militares, judiciais e religiosas.
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Janeiro 2011
dia iNTerNacioNaL da Pessoa com deFiciêNcia
Tendo em vista assinalar a passagem desta efeméride,
o Governo Civil do Porto promoveu diversas acções.
aPreseNTado o Prémio de mériTo disTriTaL de boas PráTicas Na área da iNcLusão de Pessoas com deFiciêNcia e/ou iNcaPacidadeNum roteiro que pretendeu “chamar a atenção para bons
exemplos de empresas e instituições que integram nos seus
quadros pessoas com deficiência”, o qual incluiu a visita às
empresas Filinto Mota e Nucleocar e às instituições Espaço T
e Fundação Padre Luís, a governadora civil do Porto apresen-
tou o Prémio de Mérito Distrital de Boas Práticas na Área da
Inclusão de Pessoas com Deficiência e/ou Incapacidade. Esta
distinção será atribuída, pela primeira vez, em 2011, sendo
condição básica para participar a integração, no próximo ano,
de um trabalhador com deficiência com contrato sem termo.
“é um prémio simbólico que visa conferir uma marca de dis-
tinção, reconhecendo boas práticas”, salientou Isabel Santos.
criaNças e JoveNs deFicieNTes ParTiciPam em desFiLe de modaO Centro Comercial Dolce Vita Porto foi o espaço escolhido
para uma passagem de modelos de roupa de criança que
contou com a participação de mais de 30 crianças do projecto
Caerus do Marco de Canaveses. Esta iniciativa teve o apoio do
Dolce Vita Porto, da Câmara Municipal do Marco de Canave-
ses, da Best Models, da Central Models, do Estrela e Vigorosa
Sport e do Porto Canal. Os meninos e as meninas partilharam
a passerelle com manequins profissionais e algumas figuras
públicas, como Afonso Vilela (actor), Marisa, Daniel e Susana
Jordão (modelos), tendo sido aplaudidas por Helton e Álvaro
Pereira, jogadores do FC Porto. O desfile foi apresentado por
Pedro Carvalho da Silva (jornalista do Porto Canal) e Sónia
Mendes. O DJ Isidro Lisboa, animador da Rádio Nova, foi o
responsável pela banda sonora de uma tarde de muita alegria
e colorido emprestado pelos jovens participantes e pelos
formandos na área da animação cultural do IEFP.
iNauGurada casa dos viziNHosA governadora Civil do Porto associou-se à inauguração da pri-
meira Casa dos Vizinhos do Porto, um projecto do Movimento
Comunidades de Vizinhança (MCV). Situada na Rua de Costa
Cabral, em instalações cedidas pela Fundação Filos, a Casa dos
PORTO UM DISTRITO INCLUSIVO
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Vizinhos pretende ser uma casa-âncora do MCV em cada rua
ou conjunto de ruas próximas umas das outras, servindo de
espaço para convívio, encontro, actividades de lazer, formação
e cultura a todas as pessoas, mas de forma especial a quem
se sentir em situação de abandono, isolamento e solidão e
deseje fazer a “experiência da convivência” como forma de
realização pessoal. Adoptará na sua estruturação a forma de
centro comunitário aberto a uma convivência inter-geracional
que, na medida do possível, recrie o conceito casa. O espaço
será, assim, aberto a todas as pessoas que desejem conviver,
valorizar-se, interessar-se pela sua rua, podendo receber ou dar
o que, em cada momento e em cada situação pessoal, poder
ser partilhado em benefício das pessoas dessa rua.
iNiciaTiva «PorTo de abriGo»Mais de trezentos cidadãos sem-abrigo marcaram presença
no jantar que marcou o final da iniciativa “Porto de Abrigo”,
promovida pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional
(IEFP), pelo Governo Civil do Porto e pela Universidade do
Porto. O jantar decorreu na Faculdade de Engenharia (FEUP),
onde os alunos do IEFP prepararam e serviram a refeição, ani-
mada por algumas actuações, como as do Grupo de Fados da
FEUP, da equipa de humoristas do programa “Bolhão Rouge”
ou do Rancho Folclórico de Esposende. Num momento de con-
vívio e particular alegria para estes cidadãos, marcaram ainda
presença diversos convidados, entre eles o bispo do Porto,
D. Manuel Clemente, o padre José Maia, Sónia Araújo ou
Vítor Baía, bem como representantes das várias instituições
envolvidas. Inserido no âmbito do Ano Europeu do Combate à
Pobreza e à Exclusão Social, o “Porto de Abrigo” incluiu ainda
outras acções durante a tarde, no pavilhão gimnodesportivo
do Instituto Politécnico do Porto, com o objectivo de promo-
ver a inclusão e a reinserção destes cidadãos. Aqui, mais de
120 sem-abrigo começaram por fazer rastreios à diabetes e à
hipertensão, promovidos por duas das empresas que se asso-
ciaram ao evento. Seguiram depois para o cabeleireiro, para
a manicure e para a maquilhagem, trabalhos feitos por for-
mandos do IEFP. Depois, escolheram roupa – calças, camisola
e casaco, pijama e interiores – doada por outras empresas. A
Comissão de Honra da iniciativa contou com nomes como o
bispo do Porto, D. Manuel Clemente, o reitor da Universidade
do Porto, Marques dos Santos, o director regional do IEFP,
Manuel Ramos, Fernanda Menezes, presidente da STCP, Rosa
Carvalho, jornalista da Porto Canal, a comendadora Rosa Tei-
xeira (Rosa do Aleixo), padres José Maia, Lino Maia e Jardim
Moreira, Vítor Baía e os presidentes das Câmaras Municipais
de Amarante, Felgueiras, Gondomar, Lousada, Maia, Marco de
Canaveses, Maatosinhos, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel,
Porto, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa e Valongo
NaTaL soLidárioCumprindo aquela que é já uma tradição anual, a governa-
dora civil do Porto, Isabel Santos, visitou várias instituições
da cidade do Porto que se dedicam diariamente à prestação
de apoio aos mais necessitados. A oportunidade foi marcada
pela entrega à Associação dos Albergues Nocturnos do Porto,
Coração da Cidade e ao Centro Porta Amiga do Porto da Assis-
tência Médica Internacional (AMI) de bolos-rei para as ceias
de Natal de cidadãos carenciados.
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Janeiro 2011
oriGiNaL da «ribeira NeGra» de JúLio reseNde com iNsTaLação deFiNiTivaO painel “Ribeira Negra”, de Júlio Resende, tem finalmente um
espaço próprio, disponibilizado pelo Museu dos Transportes
e Comunicações, no edifício da Alfândega, no Porto. Isabel
Santos participou na cerimónia de inauguração oficial do
espaço, presidida pela ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.
Mais de 25 anos após a sua realização, o estudo do painel,
com 40 metros de extensão e 3 de altura, fica agora disponí-
vel para ser apreciado na sua integralidade no “Espaço Ribeira
Negra”, em mais uma iniciativa inserida nas comemorações
dos 150 anos de existência do edifício da Alfândega.
GoverNadora civiL iNauGura iNsTaLações da associação emPresariaL de ParedesAs instalações da Associação Empresarial de Paredes (AEPa-
redes) foram inauguradas pela governadora civil do Porto.
Durante a sua intervenção, Isabel Santos salientou que “a
Associação Empresarial de Paredes tem tido um papel rele-
vante na representação e dinamização do tecido empresarial
deste concelho e, por via disso, do distrito do Porto, contri-
buindo para o desenvolvimento sustentado e para o cresci-
mento da actividade comercial e industrial”.
A AEParedes nasceu há 68 anos e começou por chamar-se
Grémio do Comércio de Paredes. Actualmente tem um uni-
verso de associados de cerca de 1.400 empresas, das quais 45
por cento pertencem ao sector industrial, com forte predomi-
nância na área do mobiliário. A associação já passou por vários
locais, tendo-se fixado nas novas instalações, sitas na Rua
Amália Rodrigues, que representaram um investimento de 200
mil euros, financiados a 50% pela Administração Central.
iNauGurado Novo esPaço da cHaNceLaria do coNsuLado--GeraL da rePúbLica de aNGoLa No PorToA governadora civil do Porto marcou presença na inauguração
das novas instalações da Chancelaria do Consulado Geral de
Angola no Porto. A cerimónia foi presidida pelo vice-ministro
angolano das Relações Exteriores para Administração e Orça-
mento, Carlos Alberto Bragança. O novo espaço, construído
de raiz e situado na Rua Dr. Carlos Cal Brandão, no Porto, vem
assim dar resposta àquilo que tem sido o acréscimo constante
de procura dos serviços consulares de Angola no Porto, não
só por parte de cidadãos angolanos mas também de portu-
gueses, reflectindo a importância das relações bilaterais entre
Portugal e Angola, bem como o incremento das relações
comerciais entre o Norte de Portugal e aquele país.
PORTO UM DISTRITO POSITIVO
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disTriTo do PorTo comemora dia do armisTícioO distrito do Porto comemorou, a 11 de Novembro, o 92.º
aniversário do Dia do Armistício, numa cerimónia promovida
pelo Núcleo do Porto da Liga dos Combatentes, junto ao
Monumento aos Mortos da Grande Guerra – Praça Carlos
Alberto, no Porto –, que contou com a presença da governa-
dora civil do Porto. Isabel Santos depositou uma coroa junto
ao monumento, homenageando, assim, os soldados portu-
gueses mortos durante aquele conflito.
O Armistício de Compiègne foi um tratado assinado às 11
horas do dia 11 de Novembro de 1918 – a “undécima hora do
undécimo dia do undécimo mês” – entre os Aliados (Marechal
Ferdinand Foch) e a Alemanha (Matthias Erzberger), e marcou
o fim das hostilidades na Frente Ocidental e o fim simbólico
da Primeira Guerra Mundial.
Dos 21.227 homens que constituíram o Corpo Expedicionário
Português, 2.096 morreram, 5.224 ficaram feridos, 6.678
foram feitos prisioneiros e 7.279 foram afectados por outras
causas.
sisTema «coLoradd» Para daLTóNicos vai avaNçar Nos HosPiTais do serviço NacioNaL de saúdeOs serviços de urgência dos hospitais do SNS vão ver genera-
lizado, “ao longo de 2011”, o uso do sistema de identificação
de cores para daltónicos. O anúncio foi feito pelo secretário de
Estado Adjunto e da Saúde, no âmbito da conferência organi-
zada pelo Governo Civil do Porto sobre o “ColorAdd”. Manuel
Pizarro abriu o evento em que participaram o autor do
projecto, Miguel Neiva, e representantes de várias empresas.
O governante garantiu que “haverá uma atitude do Ministério
da Saúde no sentido de promover a adopção deste processo
em todos os hospitais em que temos triagem de Manches-
ter”, justificando que esta é uma iniciativa que “permite uma
sociedade mais inclusiva”.
A governadora civil do Porto destacou também a importância
de este projecto “ganhar asas e voar”, sendo “o primeiro nicho
os hospitais”, até porque “a saúde é um dos principais direitos
dos cidadãos”. A proliferação do “ColorAdd”, para Isabel
Santos, será “mais um factor de inclusão e permitirá o acesso
mais confortável a desse direito que é a saúde”. O “ColorAdd”
foi desenvolvido com base nas cores primárias e será utilizado
na triagem dos hospitais, que se baseia em códigos de cores
que, no novo sistema, estarão associadas a símbolos.
O Hospital de São João, no Porto, é o primeiro a aplicar este
sistema nas pulseiras de triagem de Manchester e na sinalé-
tica dos serviços de Urgência.
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PROGRAMA COMéRCIO SEGuRO BAIXA DO PORTO
O Governo Civil e o Comando Metropolitano do Porto da PSP colocaram na rua o programa “Comércio Seguro”, que pretende trazer mais segurança aos comerciantes e aos consumidores. No âmbito deste projecto, duas pequenas viaturas eléctricas, tripuladas por agentes da PSP, patrulham a zona compreendida entre a Praça da Batalha e a Rua de Cedofeita. O perímetro de actuação dos pequenos veículos e das equipas de patrulhamento já no terreno inclui as ruas de Cedofeita, Carmo, Ceuta, Almada, 31 de Janeiro, Sá da Bandeira, Formosa, Santa Catarina e Passos Manuel e ainda a Avenida dos Aliados e a Praça da Batalha.A dimensão dos veículos e a possibilidade de os comer-ciantes contactarem, directamente, os agentes que os conduzem farão com que seja possível uma resposta mais célere a eventuais ocorrências. Para isso, foram distribuídos aos comerciantes e aos transeuntes desdobráveis explicando o funcionamento deste projecto, onde os primeiros terão ainda acesso ao número directo dos agentes destacados para este patrulhamento. A Associação dos Comerciantes do Porto apoia esta acção divulgando, junto dos comerciantes da Baixa, os seus mecanis-mos e objectivos.Na apresentação deste programa, a governadora civil do Porto, Isabel Santos,
destacou que “a criminalidade tem baixado” no Porto e esta acção permitirá aumentar, ainda mais, “a sentimento de segurança” de quem visita a Baixa ou trabalha nesta zona da cidade. “Entendemos que seria importante desenvolvermos uma parceria capaz de tornar a polícia mais próxima” dos comerciantes e dos transeuntes, explicou, acrescentando que “a segurança tem cada vez mais um valor económico – as pessoas vão aos locais onde se sentem seguras”. Por isso mesmo, este é também um projecto que pretende “estimular a vinda das pessoas à Baixa do Porto e pro-mover o comércio tradicional”, concluiu.Este programa de policiamento veio dar resposta a uma aspiração apresentada pela Associação dos Comer-ciantes do Porto à governadora civil, aquando da sua primeira visita à sede da associação.
NA NORuEGA VIATURAS ELéCTRICAS FORNECIDAS à PSP APRESENTADAS COMO EXEMPLO DE BOAS PRÁTICAS.
Os carros eléctricos que estão ao serviço da PSP do Porto no âmbito da campa-nha “Comércio Seguro”, na Baixa do Porto, são já notícia na Noruega. O site da Associação Norueguesa de Veículos Eléctricos fala na utilização destes veícu-los como um exemplo de boas práticas. Promovido pela PSP e pelo Governo
Civil do Porto, o programa “Comércio Seguro” está nas ruas da Baixa desde o dia 30 de Novembro e pretende trazer mais segurança aos comerciantes e aos consumidores. Este projecto prevê um policiamento mais próximo e, desta forma, uma actuação mais rápida da Polícia de Segurança Pública junto de quem necessitar de auxílio, graças à circulação de duas pequenas viaturas eléctricas, tripuladas por agentes da PSP, na zona compreendida entre a Praça da Batalha e a Rua de Cedofeita.
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Janeiro 2011
O distrito do Porto registou, este ano, uma
pequena diminuição quer do número de
incêndios florestais, quer da área total ardida
neste tipo de ocorrência. Conforme avançou o
comandante distrital de operações e socorro,
coronel Teixeira Leite, o total de área ardida
em 2010 cifrou-se nos 8.500 hectares, menos
15% relativamente a 2009.
Apesar da diminuição destes valores, o
comandante salientou que “foram dois anos
muito maus” no que respeita a incêndios
florestais, com mais de seis mil ocorrências
em cada um deles. Acresce a isto o facto de
grande parte destas se terem verificado num
período curto de tempo, entre 1 de Junho e
30 de Setembro – só nestes quatro meses,
em 2010, registaram-se 5.600 incêndios,
num total de 7.600 hectares ardidos. Esta
circunstância faz com que haja muitos fogos
em simultâneo num dia, o que “dificulta
muito o combate às chamas. Por várias vezes
tivemos mais de 150 incêndios num mesmo
dia, obrigando a uma dispersidade de meios
que complica muito o trabalho”, explica o
responsável.
É importante referir que as condições
meteorológicas que se verificaram neste
Verão foram das piores dos últimos 80 anos
no que respeita ao risco de incêndio, tendo
Agosto sido mesmo o pior – durante este
mês, só por quatro dias o distrito do Porto
não esteve em situação de alerta amarelo ou
superior.
Os números do distrito do Porto vêm
contrariar o que se verificou em grande parte
do território continental, que foi um grande
aumento tanto do número de ocorrências,
tanto da área ardida face a 2009. Para o
comandante distrital de operações e socorro,
no que toca ao Porto, e “considerando o
número de ignições e o factor meteorológico,
os resultados foram bons, ainda que não
estejamos satisfeitos”. “Apesar de tudo,
conseguimos cumprir bem e ainda
apoiámos o combate nos distritos de Viseu,
Viana, Braga e Vila Real”, acrescentou ainda.
Para o coronel Teixeira Leite, há uma
explicação para a diminuição de fogos e
área ardida no Porto neste ano, em oposição
aos outros distritos do País: “Temos uma
capacidade de mobilização que contribui
para que esta eficácia seja muito superior
à de outros distritos. A disciplina dos
bombeiros, o seu espírito de sacrifício e a
organização dos comandantes são factores
que fazem com que os resultados acabem por
ser mais favoráveis”.
Tendo em conta que 98 por cento dos
fogos deflagram por mão humana, seja por
negligência, seja com intenção criminosa,
o comandante destaca que “o problema
dos incêndios passa pelo comportamento
das pessoas, que não é um comportamento
seguro”. Por isso, defende que “tem de se
fazer um grande investimento quer na
prevenção, quer na repressão. Temos de fazer
chegar às pessoas a mensagem de que não
podem, de forma alguma, fazer fogo durante
o Verão. Se o fizerem, tem de haver medidas
repressivas, para que não o repitam”, reforça
ainda.
“Estamos a investir muito na sensibilização
pública, nas acções em escolas – de forma
coordenada, através da criação de clubes de
protecção civil –, identificando os riscos,
para que as pessoas possam tomar medidas
de protecção”, descreve, acrescentando que,
desenvolvendo acções nos estabelecimentos
de ensino, “não só estamos a contribuir para a
boa formação da criança, como ela vai acabar
por ser também um vector de sensibilização
dos pais”.
“Temos de eliminar os incêndios que
começam por negligência humana”, declara
o coronel Teixeira Leite, reiterando que a
prevenção é fundamental, mas reforçando
também que “a repressão tem de funcionar
de facto”.
Entrevista com Coronel José Teixeira Leite Comandante Distrital de Operações e Socorro
8.500 HecTares de área ardida No disTriTo do PorTo, meNos 15% do que em 2009 baLaNço de iNcêNdios FLoresTais em 2010
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Distrito do Porto evoca Dia da Memória com projecto inovadorO Governo Civil do Porto, a Direcção Regional de Educação do
Norte, 17 câmaras municipais do distrito, 18 agrupamentos
escolares, a PSP e a GNR (estas através do programa “Escola
Segura”) assinaram um protocolo que visa dotar um estabele-
cimento escolar, em cada um dos 18 concelhos, de uma escola
que integrará a Rede Distrital de Escolas de Referência para a
Educação Rodoviária.
Estas escolas estarão dotadas de um circuito rodoviário e de
uma sala de formação com meios audiovisuais que permi-
tirão promover acções continuadas, teóricas e práticas, de
educação rodoviária junto dos alunos, proporcionando-lhes
os conhecimentos e as competências necessárias a uma
adequada integração na circulação rodoviária. A parte
teórica será leccionada em sala. Já no circuito rodoviário, os
alunos terão a possibilidade de colocar em prática aquilo que
aprenderam. Ao volante de karts a pedal, viverão simulações
de situações de trânsito, obedecendo às regras e à sinalização
vertical disposta no circuito.
A cerimónia, que decorreu na EB 2/3 Passos José, em Guifões,
Matosinhos, contou com a presença do ministro da Admi-
nistração Interna, Rui Pereira, do secretário de Estado da
Protecção Civil, Vasco Franco, e do presidente da Autoridade
Nacional de Segurança Rodoviária, Pedro Marques.
“Quisemos trazer a este dia um sinal de ambição e um sinal
de esperança”, afirmou, na ocasião, a governadora civil.
Isabel Santos considerou que esta medida vem “dar resposta
a uma das muitas lacunas sentidas pelos professores e pelas
instituições envolvidas no programa “Escola Segura”, salien-
tando que, desta forma, “estamos a olhar para os futuros
condutores”. “Apesar da redução das mortes nas nossas
estradas, queremos melhorar mais, queremos estar entre os
países com os melhores resultados no que toca à sinistrali-
dade rodoviária”, apontou, destacando que este “é o início
de uma caminhada que queremos alargar” a uma escola
por agrupamento, mais do que a actual escola por concelho.
Durante o seu discurso, Isabel Santos exortou ainda os autar-
cas a avançarem, em 2011, com a elaboração dos seus planos
municipais de segurança rodoviária.
Esta primeira fase do projecto engloba os seguintes agrupa-
mentos escolares:
Agrup. Amadeu Sousa Cardoso – Amarante
Agrup. do Sudeste do Concelho de Baião
Agrup. Dr. Leonardo Coimbra – Lixa – Felgueiras
Agrup. Santa Bárbara – Fanzeres – Gondomar
Agrup. Lousada Oeste – Lousada
Agrup. Dr. Vieira de Carvalho – Maia
Agrup. Toutosa – Marco de Canaveses
Agrup. Irmãos Passos – Matosinhos
Agrup. Dr. Manuel Pinto de Vasconcelos – Paços de Ferreira
Agrup. Cristelo – Paredes
Agrup. Penafiel Sul – Penafiel
Agrup. Dr. Leonardo Coimbra, Filho – Porto
Agrupamento A-Ver-o-Mar – Póvoa de Varzim
Agrupamento Santo Tirso – Santo Tirso
Agrupamento Coronado e Covelas – Trofa
Agrupamento D. António Ferreira Gomes – Valongo
Agrupamento Maria Pais Ribeiro – Vila do Conde
Agrupamento de Escolas de Santa Marinha
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Janeiro 2011
Rota do Românico do Vale do Sousa
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o que é a rota do românico?
A Rota do Românico assume-se, essen-
cialmente, como um projecto de desen-
volvimento regional, assente na defesa e
na valorização do riquíssimo património
histórico-cultural de matriz românica
do Vale do Sousa e, mais recentemente,
de toda a região do Tâmega.
Estruturada para ser um projecto de
cariz supramunicipal, integrando ini-
cialmente seis municípios do Vale do
Sousa e alargada, há cerca de meio ano,
aos restantes seis da Comunidade Inter-
municipal do Tâmega e Sousa, a Rota
do Românico definiu, desde sempre,
como objectivo o desenvolvimento da
região onde está implantada, através
do fomento da competitividade, da
coesão e da identidade territoriais, da
qualificação dos recursos humanos e,
claro, da valorização económica de um
conjunto de recursos endógenos distin-
tivos: o denso e rico património, quer
edificado quer intangível, desta região.
A Rota do Românico está desenhada
ao longo de dois percursos que levam os
visitantes à descoberta de 21 elementos
patrimoniais, como mosteiros, igrejas,
memoriais, pontes e torres, edificados
entre os séculos XI e XIV. Uma visita
ao românico significa não só o con-
tacto com a história e com a arte, mas
também um convite a vivenciar a região
como um todo, usufruindo do contacto
com a natureza e da singularidade das
tradições e das gentes da região.
como surgiu a ideia da sua criação?
A Rota do Românico é um projecto
já com 12 anos, embora formalmente
conhecido desde 2008. A ideia começou
a germinar em 1998, quando a Valsousa
– Associação de Municípios do Vale do
Sousa, a antiga DGEMN – Direcção-
Geral dos Edifícios e Monumentos
Nacionais e o ex-Ippar – Instituto
Português do Património Arquitec-
tónico, entre outras entidades, deram
início a um processo de colaboração
que viria a culminar na sua criação.
Foram seleccionados 21 monumentos
dos seis municípios que compunham
a Valsousa e, em 2003, no âmbito dos
financiamentos proporcionados pela
Acção Integrada de Base Territorial
– Vale Sousa, deu-se início ao desen-
volvimento concreto deste projecto
através das acções de restauro, conser-
vação e valorização dos monumentos
previamente seleccionados.
A apresentação pública da Rota do
Românico aconteceu a 18 de Abril de
2008 e, desde essa data, o projecto
tem vindo a expandir-se em diversas
vertentes.
Nos trilhos da história e da arteA Rota do Românico do Vale do Sousa integra 12 municípios do Vale do Sousa e da Comunidade Intermunicipal
do Tâmega e Sousa e oferece dois percursos que levam os visitantes à descoberta de 21 elementos patrimoniais
edificados entre os séculos XI e XIV.
Rosário Correia Machado, directora do projecto, explica-o em pormenor à “Cívica”.
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Janeiro 2011
de que forma contribuiu a existência de uma associação de
municípios para a consolidação do projecto?
A Rota do Românico é um projecto nascido no seio da Valsousa,
que tem cumprido a figura de entidade gestora. A esta e, con-
sequentemente, à Rota do Românico, estão umbilicalmente
ligados os seis municípios do Vale do Sousa – Castelo de Paiva,
Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel –, cujos
sucessivos executivos têm manifestado publicamente o grande
orgulho na rota, reconhecendo a importância que a mesma tem
exercido na promoção e no desenvolvimento da região.
É este trabalho em rede que tem pautado o sucesso do projecto.
Referimo-nos não só à Valsousa e aos seis municípios, mas também
ao trabalho articulado de muitas instituições nacionais, regio-
nais e locais, como o Turismo de Portugal, a Direcção Regional
de Cultura do Norte, a CCDRN – Comissão de Coordenação
e Desenvolvimento Regional do Norte, a Diocese do Porto, a
Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, a
Ader-Sousa – Associação de Desenvolvimento Rural das Terras
de Sousa e muitas outras instituições, empresas e agentes de
cariz público, cooperativo e privado. De particular importância
na génese e no desenvolvimento da rota foram as acções e as
responsabilidades assumidas por algumas entidades entretanto
extintas: a DGEMN, o Ippar, a Adeturn – Associação para o
Desenvolvimento do Turismo na Região do Norte e o Gabinete
de Apoio Técnico do Vale do Sousa.
qual o envolvimento financeiro e quais as fontes de
financiamento?
A Rota do Românico é um projecto de cariz essencialmente
público e, nesse sentido, a sua acção tem dependido dos pro-
gramas de financiamento nacionais e europeus, bem como das
verbas dos seis municípios que compõem a Valsousa.
O volume de investimento da Rota do Românico, que compre-
ende as componentes infra-estrutural e imaterial, ultrapassou já
os oito milhões de euros. Grande parte desse valor resultou de
candidaturas aprovadas a fundos europeus, mas há que destacar
também o envolvimento e a importância das comparticipações
de outras entidades como a DGEMN, a CCDRN, o Turismo de
Portugal e, claro, dos municípios do Vale do Sousa.
No entanto, a rota tem procurado atenuar a sua dependência
dos financiamentos públicos, mediante a obtenção de receitas
próprias resultantes da comercialização dos seus materiais
promocionais, e estão também previstas, a breve prazo, outras
receitas decorrentes da prestação de vários serviços, nomeada-
mente ao nível da animação turística e cultural.
que avaliação faz da actual situação do projecto?
O ano de 2010 tem sido memorável para a Rota do Românico. A
rota deu mais um passo importante no seu percurso e podemos
dizer que cresceu, literalmente, com o alargamento aos restantes
seis municípios da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e
Sousa: Amarante, Baião, Celorico de Basto, Cinfães, Marco de
Canaveses e Resende.
Este foi também o ano de reconhecimento da qualidade do
trabalho desenvolvido ao longo destes 12 anos em benefício
do património, da cultura, do turismo e, essencialmente, do
desenvolvimento sustentado do Vale do Sousa. Das distinções
obtidas merecem destaque o Prémio Turismo de Portugal 2009,
na categoria “Requalificação de Projecto Público”, o XXXV Troféu
Internacional de Turismo, Hotelaria e Gastronomia, o Prémio
Novo Norte, na categoria “Norte Civitas” e, mais recentemente,
a Medalha de Mérito Turístico, atribuída pelo Governo.
Recentemente vimos ser aprovada uma candidatura, no âmbito
do Provere – Programa de Valorização Económica dos Recursos
Endógenos, que vai permitir-nos dar continuidade ao trabalho
em prol da conservação e da requalificação do património his-
tórico e cultural, e também cimentar outras componentes do
projecto. Uma das apostas está ligada ao reforço da vertente
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turística e cultural, com a apresentação de um calendário
anual de eventos e de sugestivos programas de visitas dirigidos
ao mercado nacional e internacional. Aliás, a adesão da rota à
Transromânica, a maior rede de locais e itinerários românicos
da Europa, é demonstrativa da nossa aposta no trabalho em
parceria e na internacionalização do projecto.
O lançamento do Projecto Pedagógico, de um centro de estu-
dos, de um plano de formação, do sistema de monitorização
e certificação dos produtos e serviços associados à Rota do
Românico constituem igualmente importantes acções já
equacionadas. Por outro lado, continuará a merecer especial
cuidado a melhoria das condições de acessibilidade e mobilidade
de todos os cidadãos aos monumentos da Rota do Românico,
dando sequência ao Plano de Promoção da Acessibilidade que
tem vindo a ser desenvolvido.
como avalia a iniciativa no que se refere ao reforço da
identidade cultural das populações envolvidas, e que
impacto pode ter no turismo cultural do distrito?
A Rota do Românico só faz sentido se for fruída pela comuni-
dade local, pelos visitantes e pelos turistas. Nesse sentido, tem
sido feito um enorme trabalho de divulgação e promoção do
projecto, sendo nossa pretensão afirmar a rota como um produto
turístico-cultural capaz de posicionar o Vale do Sousa, e agora
também o Tâmega, como um destino de referência do Românico.
Este objectivo é indissociável de outros que têm pautado a
actuação da Rota do Românico, nomeadamente a melhoria da
qualidade ambiental e da reestruturação física do território,
impulsionando o seu correcto reordenamento; o planeamento
turístico dos recursos, das infra-estruturas de suporte e das
facilidades de apoio turísticas; o desenvolvimento de uma nova
fileira produtiva, associada ao turismo e com forte potencial
de dinamização de actividades associadas, passível de com-
pensar a tradicional dependência industrial desta região; a
dinamização de cursos e acções de formação que contribuam
para a reciclagem, qualificação e formação dos profissionais do
turismo e de actividades associadas que facilitem o aumento
da empregabilidade qualificada e, claro, a melhoria da imagem
interna e externa do Vale do Sousa.
Este projecto não tem a pretensão de resolver todos os proble-
mas estruturais da região, mas pode dar um forte contributo
nesse sentido. A crescente procura turística, bem como o papel
mobilizador e activo que a rota tem vindo a desempenhar na
dinâmica socioeconómica da região, provam que esta poderá
contribuir claramente, a diversos níveis, para o desenvolvimento
da região.
Rota do Românico do Vale do Sousa
26
Janeiro 2011
MORADA
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