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Revista Ano 11 - Setembro / Outubro 2012 - nº 81 - COCAPEC / CREDICOCAPEC COCAPEC Acesse nossa revista online: www.cocapec.com.br GRANELIZAÇÃO Cooperados cada vez mais satisfeitos CORREÇÃO DE SOLO: garantia de bons frutos CONCURSO DE QUALIDADE destaca a excelência dos cafés da Alta Mogiana

Revista Cocapec nº 81

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Revista Cocapec nº 81

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Revista

Ano 11 - Setembro / Outubro 2012 - nº 81 - COCAPEC / CREDICOCAPEC

CoCapeC

Acesse nossa revista online: www.cocapec.com.br

GranelizaçãoCooperados cada vez mais satisfeitos

Correção de solo: garantia de bons frutos

ConCurso de Qualidade

destaca a excelência dos

cafés da Alta Mogiana

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3SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

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Cocapec busca reconhecimento para o produto de seu cooperado

Já estamos em setembro e a colheita está em sua fase final, momento de nos organizamos para o tratamento pós-colheita, período em que iniciaremos os trabalhos para o próximo ano agrícola preparando a planta para mais uma jornada. Nesta fase, é importante realizar as análises de solo e folha, pois só assim teremos condições de dar ao cafeeiro o que ele necessita.

Ao mesmo tempo em que um novo ano agrícola se aproxima, devemos permanecer atentos ao mercado de café, para realizar bons negócios com o produto que temos em mãos. A safra que vamos finalizar é expressiva, mas, enfrenta problemas, pois dentre vários fatores, o clima no início da colheita não foi nada propício à qualidade em certas regiões produtoras de café do país.

A Cocapec, como não poderia ser diferente, está ao lado de seu cooperado também neste momento, buscando o reconhecimento pelos melhores cafés da região ao promover o tradicional Concurso de Qualidade de Café Cocapec – Seleção

Senhor Café Alta Mogiana. O regulamento pode ser consultado na página 6 e as inscrições vão até 28 de setembro. Ao participar, o cafeicultor poderá abrir as portas do mercado para sua produção, pois os cinco finalistas paulistas de cada categoria (natural e cereja descascado) participarão do Concurso Estadual, uma oportunidade excelente de evidenciar seu produto.

Na premiação da 9ª edição do Concurso a Cocapec ainda promoverá para seus cooperados um panorama das perspectivas do mercado cafeeiro em escala mundial, informações essenciais para a gestão responsável do agronegócio café.

João Alves de Toledo Filho Presidente

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Técnica

especial

eventos

social

social

Credicocapec

Subsolagem, importante para o futuro da lavoura

A força da mulher na gestão do agronegócio

Cocapec recebe certificado do Dia do Campo Limpo

Cocape e Sicoob Credicocapec dão inicio a Campanha de Natal Cooperativo

Vem aí: Mosaico Teatral

Colaboradores realizam visita técnica

4 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

ÍNDICe

expedienteÓrgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec,

destinado a seus cooperados

Diretoria Executiva CocapecJoão Alves de Toledo Filho - Presidente

Carlos Yoshiuyuki Sato - Vice-presidenteRicardo Lima de Andrade - Dir. secretário

Conselho Administrativo CocapecGiane Bisco

Amílcar Alarcon Pereira João José Cintra

Paulo Eduardo Franchi Silveira Erásio de Grácia Júnior

José Henrique Mendonça

Conselho Fiscal CocapecZita Cintra Toledo

Cyro Antônio RamosAndré Luis Cintra

Cocapec Franca Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP 14406-052

Franca – SP – CEP - 14400-970 CAIXA POSTAL 512Fone (16) 3711-6200 Fax (16) 3711-6270

Núcleos Capetinga (35) 3543-1572

Claraval (34) 3353-5257Ibiraci (35) 3544-5000

Pedregulho (16) 3171-1400

Diretoria Executiva CredicocapecMaurício Miarelli – Presidente

José Amâncio de Castro – Dir. Administrativo Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida – Dir. Crédito

Rural

Conselho de Administração CredicocapecCarlos Yoshiuyuki Sato

Divino de Carvalho Garcia Élbio Rodrigues Alves Filho

Paulo Henrique Andrade Correia

Conselho Fiscal CredicocapecHélio Hiroshi Toyoshima

João José CintraRicardo Nunes Moscardini

CredicocapecFone (16) 3712-6600 Fax (16) 3720-1567 Franca SP

PAC Pedregulho (16) 3171-2118PAC Ibiraci (35) 3544-2461

PAC Claraval (34) 3353-5359 [email protected]

www.credicocapec.com.br

Revista CocapecCoordenação

Setor de ComunicaçãoFone: (16) 3711-6203/ (16) 3711-6291

[email protected]@cocapec.com.br

Diagramação BZ Propaganda & Marketing

Revisão OrtográficaNathalia Maria Soares

Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior-MTb/24781

Tiragem: 2750 exemplares

www.cocapec.com.br

É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

ED. 81 SETEMBRO/OUTUBRO 2012

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são

de inteira responsabilidade de seus autores.

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5SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

NeGÓCIoS

CoCaPeC e ConaB definem os coeficientes para custo de produção na região

Os dados colaboram para definir as políticas públicas do setor cafeeiro

Texto: Murilo Andrade (Assistente de Comunicação Cocapec) / Colaboração: Ricardo Lima Andrade (Diretor Secretário da Cocapec)

No dia 31 de julho, representantes da Companhia Nacional de

Abastecimento (Conab) e da Cocapec se reuniram para rever os indicadores técnicos que dizem respeito ao custo de produção na cultura do café. Ao todo foram 8 profissionais envolvidos, Antônio Carlos Farias, técnico de operações e Carlos Roberto Bestétti, engenheiro agrônomo, ambos pela Conab, e pela cooperativa um representante da diretoria, um do setor técnico comercial, um analista de suporte responsável pelos custos de produção na Cocapec e um do setor técnico.

Eles discutiram os coeficientes necessários para começar a implantar uma lavoura como preparo de solo, insumos, serviços, e tudo que seja preciso nos 3 principais períodos, ou seja, nos primeiros 6 meses quando se planta, até 18 meses considerando uma lavoura pronta pra entrar no processo produtivo e depois de 19 meses já em produção. O objetivo é fazer a revisão destes dados

que atuarão como balizadores para as políticas públicas garantindo assim, o preço mínimo no mercado cafeeiro, uma vez que o governo utiliza as planilhas com os levantamentos realizados em todas as regiões produtoras (Cerrado, Sul de Minas, Espírito Santo, Paraná e Mogiana).

Em cada localidade, a Conab define uma instituição que representa a região no fornecimento das informações. A Cocapec colabora desde 2000, quando o café passou a integrar as Políticas de Garantia de Preço Mínimo (PGPM). A primeira revisão foi em 2008 e agora em 2012, isso acontece porque muitas operações podem deixar de ser feitas, outras se tornam padrão, assim como insumos que podem ser substituídos. Para que pudessem confeccionar este trabalho junto à cooperativa, a Conab criou um parâmetro, pois cada produtor tem uma forma de atuar, além das diversas tecnologias disponíveis. O objetivo foi espelhar o que o agricultor tem usado com mais

frequência na região. Para isso, foi analisada uma propriedade em torno de 20 hectares, com uma produtividade média entre 25 a 28 sacas por hectare e com 20 anos de produção. O passo seguinte foi descrever tudo que é necessário, como insumos, maquinário e estrutura. Além disso, foi considerado o processo de colheita e varreção manual, que é a maioria da região, lembrando que a mecanização avança, mas que não entra na análise da Conab, porém que levou como referência os valores destas operações. Após todo o levantamento, foi definido o padrão tecnológico da região e seus respectivos coeficientes.

A Conab, após compilar todos os dados, disponibiliza para consulta pública através do site (www.conab.gov.br) no seguinte caminho: Indicadores Agropecuários > Custo de Produção > Culturas Perenes > Planilhas por região.

Vale lembrar que a Cocapec continua fornecendo os dados a cada 3 meses atualizando os preços dos insumos para o período e com isso permite à Conab traçar uma curva de variabilidade e o impacto no custo.

Representantes da Cocapec e Conab se reuniram para rever os indicadores técnicos para o custo de produção na cultura do café

Após o levantamento foi definido o padrão tecnológico da região e seus respectivos coeficientes

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ConCurso de Qualidade destaca a excelência dos cafés da alTa Mogiana

6 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

NeGÓCIoS

A 9ª edição distribuirá R$ 30 mil em prêmios

A Cocapec, sempre parceira do seu cooperado e na busca pelo reconhecimento dos melhores cafés

da região, promove o 9º Concurso de Qualidade de Café Cocapec – Seleção Senhor Café Alta Mogiana. Ao participar, o cafeicultor poderá abrir as portas do mercado para sua

produção, pois os cinco finalistas paulistas de cada categoria (natural e cereja descascado) participarão do Concurso Estadual, uma oportunidade excelente de evidenciar seu produto. Confira a seguir o regulamento desta edição do concurso.

Regulamento do 9º ConCuRso de Qualidade de Café

seleção senhor Café – alta mogiana

RegulamentoSerá realizado no ano de 2012 o “9º Concurso de Qualidade de Café COCAPEC – Seleção Senhor Café

– Alta Mogiana”, com o objetivo de premiar os cooperados cafeicultores que produzem café arábica de alta qualidade. O Conselho de Administração, usando da competência que lhe é atribuída pelo art. 43 do Estatuto Social, estabelece:

Artigo 1º - A comissão organizadora deste concurso será composta pelos seguintes membros: Sr. Anselmo Magno de Paula e Sr. Airton Rodrigues Costa.

Artigo 2º - Somente poderão participar do Concurso, cooperados que estejam com o café depositado em armazéns da Cocapec ou em local por ela indicado ou credenciado.

Artigo 3º - Serão aceitos no concurso somente lotes de café da espécie Coffea Arábica, safra comercial 2012/2013 preparados por via seca (café natural) e por via úmida (cereja descascado ou

despolpado), com tipo 4 para melhor, de acordo com a tabela oficial brasileira de classificação de bebida dura para melhor, nas peneiras 16 e acima com vazamento de no máximo 2% da peneira 16. O teor de umidade deverá ser de, no máximo 11%, tanto para os cafés naturais como para descascados ou despolpados. Cafés fora destas características serão desclassificados.

Artigo 4º - Amostra de café preparado por via seca (café natural) queapresente característica de mistura com grãos preparados por via úmida (cereja descascado ou despolpado) será desclassificada a critério da Comissão Julgadora.

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Artigo 5º - Cada participante poderá concorrer com apenas 1 (um) lote de café, dentro de cada categoria de preparo, representando lotes de, no mínimo, 30 sacas, preparados e/ou equivalentes conforme o percentual de peneira da amostra representativa do referido lote, e de no máximo 100 sacas, juntamente com a ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada até o dia 28/9/2012.

Artigo 6º - A comissão julgadora será formada por técnicos em classificação de café, não pertencentes ao quadro de colaboradores da Cocapec, indicados pela comissão organizadora, devidamente habilitados junto à Associação Comercial de Santos.

Artigo 7º - Todos os lotes inscritos passarão por análises da comissão julgadora, a qual escolherá os 20 (vinte) melhores lotes preparados por via seca e os 20 (vinte) melhores lotes preparados por via úmida. Os 5 (cinco) primeiros lotes classificados de cada categoria, produzidos em propriedades no Estado de São Paulo, serão encaminhados ao 11º Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo.

Artigo 8º - Não poderão participar deste concurso membros da comissão organizadora e julgadora.

Artigo 9º - Dúvidas de interpretação e omissão deste regulamento serão resolvidas e decididas pela comissão organizadora.

Artigo 10º - As decisões das comissões julgadoras

e organizadoras serão finais e irrecorríveis, cabendo aos participantes, ao assinar a FICHA DE INSCRIÇÃO, a concordância plena com as condições gerais de participação estipuladas neste regulamento.

Artigo 11º - Os nomes dos 20 (vinte) primeiros classificados de cada categoria serão anunciados pelos meios próprios de comunicação da Cocapec no dia 08/10/2012.

Artigo 12º - Os 5 (cinco) primeiros classificados, dos cafés preparados por via seca (café natural), serão contemplados com os prêmios (vale compras) abaixo relacionados, a serem utilizados nas lojas da Cocapec:

1º LUGAR: R$ 10.000,002º LUGAR: R$ 8.000,003º LUGAR: R$ 6.000,004º LUGAR: R$ 4.000,005º LUGAR: R$ 2.000,00

Artigo 13º - A premiação será realizada no Auditório do SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Avenida Presidente Vargas, 2500 - Jardim Petráglia CEP 14402-000)

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Tratamento de pragas e doenças no pós-colheita

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TÉCNICa

Texto: Alex Ponce Faleiros (Engenheiro Agrônomo/Uniagro) / Saulo de Carvalho Faleiros (Engenheiro Agrônomo/Uniagro)

Nos últimos anos, na região da Alta Mogiana, temos observado um aumento significativo na incidência de algumas doenças no cafeeiro. Doenças relacionadas à seca de ramos e de chumbinhos estão disseminadas em grande parte do parque cafeeiro desta região. Em observações no campo, temos notado que, com o aumento da colheita mecanizada, o índice de ataque das doenças tem aumentado, necessitando de mais pesquisas que possam esclarecer os motivos, a severidade e a estratégia de controle a ser adotada, uma vez que este tipo de colheita é extremamente necessário para a sustentabilidade econômica da atividade. Em lavouras novas (plantio e formação) o problema se agrava ainda mais, principalmente nas áreas onde a condição favorece o ataque severo das doenças.

O controle destas doenças já se tornou parte integrante do conjunto tecnológico adotado pela maioria dos produtores na região, mas vale lembrar que o tratamento que envolve pulverizações na pós-colheita, florada e pegamento dos frutos, compõem um custo considerável na produção de café, o que nos faz analisar criteriosamente a necessidade do tratamento, o manejo correto e eficiente, com menor custo.

Em relação às doenças causadoras de seca de ramos, podemos destacar aquelas provocadas por fungos e outras por

bactérias que, embora os sintomas sejam bastante parecidos, o manejo de controle tem que ser bem definido e se inicia com o correto diagnóstico.

As doenças relacionadas aos sintomas descritos são principalmente a mancha de phoma, provocada pelo fungo Phoma tarda, e a mancha aureolada, causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. Garcae, que aparece como problema principal e tem se tornado uma preocupação nas lavouras, principalmente em formação ou podadas, especialmente as situadas em regiões cafeeiras mais frias, de altitude e em faces expostas a ventos. Nas lavouras em formação os prejuízos comprometem o desenvolvimento da cultura e as safras por vários anos.

Durante o inverno mais seco, a doença reduz drasticamente sua proliferação, mas a situação torna-se novamente preocupante com a chegada das chuvas nos meses de agosto e setembro, (Apesar da baixa umidade a bactéria permanece nos ramos, sendo esta uma estratégia de sobrevivência), sobretudo em regiões de altitude acima de 1000 metros e em condições de temperaturas amenas.

Os sintomas são caracterizados por lesões foliares de coloração parda, que podem ser acompanhadas por um halo amarelado (que dá o nome à doença), mas a doença também

O período da florada é propício para o aparecimento das doenças

Sintomas da doença na folha

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incide sobre rosetas, frutos novos e ramos do cafeeiro. Quando a bactéria penetra na planta pode causar seca de ramos e desfolha. A mancha aureolada também incide sobre mudas em viveiros, causando lesões nas folhas e seca de hastes, ramos e até do ponteiro. A doença é mais importante em lavouras novas, com até três a quatro anos de idade.

Como ela pode causar seca de ramos e desfolha é com relativa frequência confundida com mancha de phoma, ou mesmo distúrbios nutricionais ou climáticos. Um sintoma característico da doença, especialmente no final do período das águas, é que os ramos secam e ficam inicialmente com as folhas murchas, que caem posteriormente. No caso da mancha de phoma, as folhas caem antes que ocorra a seca do ramo, ou na medida em que ela ocorre.

O inverso também pode acontecer, ou seja, lesões de cercosporiose, causada por Cercospora coffeicola ou até mesmo de mancha de phoma, especialmente as circundadas por halos amarelados podem ser confundidas com lesões de mancha aureolada. Para dificultar ainda mais a identificação da bacteriose, muitas vezes, verificamos a ocorrência simultânea de mancha aureolada e de phoma em uma mesma lavoura, justamente por serem doenças favorecidas por condições ambientais semelhantes.

As medidas de controle devem ser iniciadas ainda na fase de formação das mudas. Os viveiros devem ser instalados em locais adequados e protegidos contra ventos frios. O sistema de irrigação dos viveiros deve ser monitorado, evitando-se vazamentos nos aspersores. Mudas com sintomas devem ser isoladas das demais, para que a doença não se propague para as plântulas sadias. Caso a doença ocorra nos viveiros, as mudas podem ser protegidas com aplicações de fungicidas cúpricos ou de antibióticos, semanalmente ou a cada 15 dias.

As medidas culturais são fundamentais para o controle dessa bacteriose no campo, e deve ser principalmente preventivo, por meio da instalação de quebra-ventos, se possível, ainda durante a formação da lavoura. Entre as opções de quebra-ventos temporários sugere-se o milho, a crotalária, o feijão guandu e, entre as espécies permanentes, destacam-se as grevíleas e bananeiras, cedro australiano e eucalipto (este no caso plantado ao redor do talhão). Quando o cafeicultor for instalar a lavoura em regiões de elevada altitude ou com incidência constante de ventos, é importante que faça com antecedência o planejamento do plantio de quebra-ventos temporários e permanentes. Se a doença estiver presente no campo ainda em pequena escala pode ser aplicada a poda sanitária, cortando a

ramagem atacada e seca e queimando-a. O equilíbrio nutricional das plantas também está diretamente relacionado à susceptibilidade à doença, especialmente o excesso de Nitrogênio deve ser monitorado.

O controle químico é feito usando pulverizações com caldas contendo produtos à base de cobre, podendo ser associado ao mancozeb, ou com antibióticos específicos como a Kasugamicina. Quando for observada associação com ataque de fungos (Phoma/Ascochyta e Colletotrichum), que é comum, pode-se associar fungicidas específicos nas pulverizações.

Procure seu agrônomo e defina preventivamente a programação para o controle desta importante doença, que tanto prejuízo tem causado na região.

Frutos atacados pela doença causando redução da produtividade

Infestação da doença na floração

Sintomas iniciais da doença

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10 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

TÉCNICa

Prática importante na agricultura

moderna

O território nacional com seus solos tropicais, altamente desgastados, com baixos teores de nutrientes, altos índices de

acidez, alta capacidade de fixação de fósforo, tem como característica marcante a dificuldade no desenvolvimento de raízes, principalmente devido aos altos teores de alumínio, baixos de cálcio e alta saturação por alumínio nas camadas subsuperficiais.

Neste contexto, a correção do solo se torna uma

prática de grande importância na agricultura moderna, com o objetivo de melhorar as características físicas, químicas e biológicas do solo e proporcionar melhores condições de desenvolvimento das plantas cultivadas gerando maior produção e consequentemente maior retorno econômico. Mas o trabalho abrange vários processos, entre eles a calagem, a gessagem, a fosfatagem, a potassagem e a adubação orgânica. Neste artigo vamos discutir sobre os três primeiros itens.

A prática consiste na aplicação de material corretivo sobre o solo com o objetivo de corrigir a acidez. Os materiais mais comuns utilizados para isso são o óxido de cálcio ou cal virgem, hidróxido de cálcio ou cal extinta, escórias de siderurgia (silicatos de cálcio e magnésio) e o calcário. O óxido e o hidróxido de cálcio são pouco utilizados na agricultura como corretivos. As escórias de siderurgia são resíduos da fabricação do aço, nos quais os elementos ativos de correção de acidez se

Texto: Antônio Carlos de Oliveira Cintra (Engenheiro Agrônomo/Uniagro)

Correção do solo:

garantia de bons frutos

Correção do solo:

garantia de bons frutos

encontram em forma de silicato de cálcio e de magnésio. Os calcários são os mais utilizados e são obtidos através da moagem de rochas calcárias constituídas principalmente de carbonatos de cálcio e magnésio.

Os corretivos de acidez do solo fornecem nutrientes como Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg) e, reduzem a concentração de elementos que em condições de acidez elevada se tornam tóxicos, como Alumínio (Al) e Manganês (Mn). No

entanto, para calcular a quantidade correta de corretivo (calcário) a ser aplicada em uma determinada área, é imprescindível ter em mãos a análise de solo.

A calagem proporciona vários benefícios, ou seja: melhora o desenvolvimento radicular e favorece um melhor aproveitamento de água e nutrientes existentes no solo; aumenta a disponibilidade do fósforo; melhora o aproveitamento dos fertilizantes (Tabela 1),

através da elevação do pH; aumenta a disponibilidade de molibdênio, porém diminui a dos outros micronutrientes; aumenta a atividade microbiana acelerando a decomposição da matéria orgânica; aumenta as cargas dependentes do pH e consequentemente eleva a capacidade de troca de cátions (CTC); favorece as propriedades físicas através da adição dos cátions floculantes (cálcio e magnésio) aos colóides do solo.

1. CalageM

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11SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

De acordo com Malavolta (1980), o pH do solo ideal para a maioria das espécies cultivadas está entre 6,0-6,5, e para o cafeeiro não é diferente. Alguns trabalhos mostram que as lavouras de café mais produtivas do Sul de Minas Gerais encontravam-se em terras com pH em torno de 6 a 7, ou seja, faixa de pH do solo que melhor disponibiliza nutrientes.

Elementos pH

4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0

Nitrogênio 20 50 75 100 100 100

Fósforo 30 32 40 50 100 100

Potássio 30 35 70 90 100 100

Enxofre 40 80 100 100 100 100

Cálcio 20 40 50 67 83 100

Magnésio 20 40 50 70 80 100

tabela 1. Estimativa da variação percentual na assimilação dos principais nutrientes pelas plantas em função do pH do solo (PNFCA, 1974; EMBRAPA, 1980).

1.1. o Cálcio e Magnésio

A falta de cálcio no solo afeta os pontos de crescimento da raiz, diminuindo o seu desenvolvimento, causando o escurecimento e até mesmo a morte.

A deficiência de Ca nas plantas ocasiona morte de brotações, podendo provocar o perfilhamento das plantas. Por ser indispensável para a germinação do grão de pólen e para o crescimento do tubo polínico, que permite a fecundação nas plantas, a sua deficiência ocasiona baixa frutificação das plantas e consequentemente menor produção, baixa produção de sementes e colapso do pecíolo ocasionando queda prematura de folhas. O Ca também faz parte da parede das células, tornando a planta mais rígida e resistente.

Os sintomas de deficiência de Ca ocorrem inicialmente nas regiões mais novas da planta (pontos de crescimento), tornam as margens das folhas esbranquiçadas e formam folhas novas irregulares. O Ca por ser um elemento imóvel na planta, deve ser fornecido de preferência via solo, através da aplicação do calcário, que é uma fonte de baixo custo.

O Mg faz parte da clorofila e é o elemento que mais ativa enzimas na planta, no

entanto, a sua falta diminui a fotossíntese, a respiração, a produção de carboidratos, lipídeos e proteínas e a absorção de nutrientes, principalmente o Fósforo. Por ser um elemento móvel na planta, a deficiência aparece inicialmente nas folhas mais velhas, ocasionando uma clorose internerval. As plantas deficientes em Mg mostram um atraso na fase reprodutiva e diminui o transporte de carboidratos das folhas paras as raízes e frutos.

1.2 Modo e época de aplicação

No plantio do café, a calagem quando necessária deve ser realizada em área total, incorporando o calcário ao solo através da aração e gradagem. É importante ainda adicionar uma dose no sulco de plantio, que pode variar entre 100 a 400g por metro linear, dependendo da quantidade de calcário indicada pela análise de solo. Esta prática deve ser realizada com antecedência de no mínimo 30 dias do plantio.

Em lavouras já instaladas, o calcário deve ser distribuído sobre o solo, podendo ser em área total, no caso de lavouras mais velhas com pequeno espaço entre ruas e lavouras adensadas, ou em faixa, no caso de lavouras novas com idade entre 2 a 4 anos, com o objetivo de corrigir apenas a acidez induzida pelos adubos.

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12 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

2. gessageM

TÉCNICa

Sabe-se que o calcário pouco se movimenta no solo, entretanto seus efeitos corretivos ficam limitados à camada arável (não excedendo 20 cm de profundidade), e com isso as mais profundas permanecem ácidas, com altos teores de alumínio e baixos de cátions trocáveis. Essas limitações químicas do subsolo não permitem que as raízes explorem um volume maior de solo em profundidade, reduzindo sua capacidade de absorção de água e nutrientes, aumentando a sensibilidade das plantas aos efeitos da seca (veranicos).

A gessagem é uma prática agrícola onde se realiza a aplicação

de gesso ao solo, com o objetivo de levar as bases trocáveis (Ca, Mg e k) para camadas mais profundas e neutralizar o alumínio tóxico adsorvido nas argilas. Por ser mais solúvel em água do que o calcário (cerca de 150 vezes), o gesso apresenta maior mobilidade no perfil do solo, promovendo assim maiores efeitos em profundidade, porém vale ressaltar que o gesso não corrige o pH do solo.

O gesso agrícola é um sulfato de cálcio, subproduto da fabricação de superfosfatos e contém cerca de 30% de CaO e 17% de S. Para cada tonelada de Fósforo (P2O5 na forma de ácido

A quantidade de gesso para culturas perenes como o cafeeiro, pode ser baseada de acordo com a classificação textural do solo, conforme apresentado na Tabela 2, ou de acordo com as recomendações dos boletins técnicos de cada estado.

fosfórico) produzido, obtém-se em torno de 4,5 toneladas de gesso (Vitti, 2000).

O gesso é fonte de cálcio e enxofre, e quando adicionado ao solo forma outros complexos químicos solúveis neutros, carregando o Ca, Mg e K para camadas mais profundas.

Outros dois benefícios do gesso além de fornecer Ca e S são:

1) O sulfato liberado em profundidade reage com Alumínio formando um composto não tóxico às raízes das plantas; 2) melhora a taxa de infiltração de água ao longo do perfil do solo em função da floculação da argila (melhor

estruturação dos agregados), reduzindo o encrostamento do solo.

Sua utilização agrícola muitas vezes está associada à grande propaganda dos seus efeitos, que muitas vezes é superestimada. Para a cultura do cafeeiro, a aplicação de gesso só se faz necessária se, com base na análise de solo da camada de 20-40 cm, for constatado teor de Ca2+ inferior a 4 mmolc/dm3 e/ou saturação de alumínio acima de 30%. Nestes casos pode-se ter efeito positivo na produção do cafeeiro. No entanto devemos tomar alguns cuidados para a aplicação do gesso:

• O gesso não deve ser utilizado de imediato, em solos pobres (baixa saturação por bases);

• Como fonte de cálcio e enxofre é uma opção, no entanto deve ser levado em conta o seu custo, quando comparado com outras fontes disponíveis;

• No plantio, quando se utiliza superfosfato simples ou matéria orgânica, não há necessidade de aplicar gesso;

• O gesso mal utilizado acarreta prejuízos, pois leva o Mg e o K, nutrientes de alto custo, para camadas mais profundas.

Textura do solo Dose de gesso agrícola (kg/ha)

Arenosa (< 15% argila) 1050

Média (16% a 35% argila) 1800

Argilosa (36% a 60% argila) 3300

Muito argilosa (> 60% argila) 4800

tabela 2: SOUSA, D.M. G. de; LOBATO, E.; REIN, T.A. Uso de gesso agrícola nos solos do Cerrado. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, 1996. 20 p. (Circular Técnica, 32)

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13SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

3. FosFaTageM

Os solos tropicais brasileiros são ricos em óxidos de ferro e alumínio, e nas condições naturais, apresenta baixa concentração de Fósforo (P) disponível, além de alta capacidade de adsorção, o que faz com que o elemento fique indisponível para as plantas, pelo menos temporariamente.

Nestas condições, esses solos geralmente são incapazes de sustentar produtividades elevadas, necessitando então que se realize um manejo adequado. Para isso, na implantação de qualquer cultura se torna necessário realizar a adubação fosfatada corretiva, devendo-se aplicar fertilizantes fosfatados solúveis ou fosfatos naturais “a lanço” em área total, com posterior incorporação superficial. Esta prática visa melhorar a fertilidade

natural do solo, com o objetivo de tornar mais eficiente as adubações posteriores.

Para aumentar a concentração de fósforo na solução do solo temos que elevar a dose para o mesmo volume de solo ou reduzir o volume de solo fertilizado para a mesma dose adicionada, pois a porcentagem do fósforo adsorvido diminui com a quantidade aplicada.

É importante salientar que o pH do solo é muito importante para a disponibilização do P para a solução do solo, pois em terrenos muito ácidos ocorre a formação de fosfatos de ferro, alumínio e manganês, que são compostos de baixa solubilidade. Em solos alcalinos ou com excesso de calagem, ocorre a formação de fosfato de cálcio, também

pouco solúveis, ou seja, apesar de adicionarmos fósforo via fertilizantes, se o pH não estiver na faixa adequada, o aproveitamento dos fertilizantes é diminuido.

O pH próximo de 6,5 promove a maior disponibilidade deste nutriente à solução do solo e consequentemente, maior absorção pela planta.

Para a realização da fosfatagem em culturas anuais e perenes, o mais recomendado é que se use fosfatos naturais de alta reatividade, como os importados de Arad, Gafsa e outros, que tem origem sedimentar garantindo o suprimento moderado de P solúvel. Estes fosfatos entregam melhores resultados do que os fosfatos naturais de baixa reatividade.

Para a cultura do

cafeeiro, o consumo anual de fósforo (P2O5) é de aproximadamente 25 kg/ha, podendo chegar a 40 kg/ha em sistemas de produção mais intensivo. No entanto, na implantação da lavoura cafeeira após a fosfatagem, deve-se realizar a correção do sulco de plantio com dosagens menores de fósforo, mas ainda com o objetivo de manter as reservas do solo por longo período.

As dosagens de fósforo a serem aplicadas ao solo, seja na fosfatagem, implantação ou manutenção da lavoura, dependem dos teores deste elemento no solo, porém são bem maiores do que o consumo da cultura, pois em condições de pH abaixo de 6,0, a assimilação do fósforo do adubo aplicado não passa de 50%.

2.1 o enxofre

O enxofre é um elemento muito importante para as plantas, pois faz parte da composição de todas as proteínas e algumas vitaminas da planta. Participa ainda na absorção do nitrogênio, nas reações da fotossíntese entre outras.

No entanto, devido a grande participação nas estruturas orgânicas da planta e nas diversas reações enzimáticas, a sua deficiência pode trazer prejuízos na produção de proteínas, acumulando nitrogênio e diminuindo a produção de clorofila, apresentando sintomas como coloração verde pálida e até clorose nas folhas novas.

Como a absorção de N e S são bem coordenadas pela planta, a deficiência de um deles afeta a absorção do outro. Porém, a maior eficiência de uso do nitrogênio pelas plantas se deve a um nível adequado de enxofre no solo.

2.2 Modo e época de aplicação

O gesso deve ser aplicado em área total, após a aplicação do calcário, não sendo necessário realizar a incorporação. Apresenta efeito residual e, portanto, a sua reaplicação é função de análises de solo posteriores.

Page 14: Revista Cocapec nº 81

14 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

TÉCNICa

3.1 o Fósforo

O fósforo é um elemento importante para a vida das plantas, pois desempenha funções como armazenamento e transferência de energia, além de participar de vários compostos.

A melhor resposta das plantas à aplicação de fósforo pode ser observada em cafeeiros novos, devido ao estímulo do desenvolvimento radicular e produção de

tecidos vegetais novos.

O fósforo é móvel na planta e, no caso de deficiência é translocado para as regiões de crescimento, porém raramente apresenta os sintomas que ocorrem nas folhas mais velhas.

A deficiência de fósforo reduz a atividade meristemática (crescimento) da planta, retarda o brotamento, diminui a floração e reduz o crescimento da parte aérea.

referências.

COELHO, F. S. Fertilidade do solo. 2. ed. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola,1973, 384 p.

MALAVOLTA, E. elementos de nutrição mineral de plantas. São Paulo: Ceres, 1980, 251 p.

PRADO, R. M. nutrição de plantas. São Paulo: UNESP, 2008, 407 p.

VITTI, G. C. uso eficiente do gesso agrícola na agropecuária. Piracicaba: ESALQ/GAPE, 2000, 30 p.

(Vitti&Gasparoto).

Para a produção de

café, o que mais pesa no

bolso do produtor rural

é o investimento em

fertilizantes, porém com

um bom planejamento e

monitoramento da cultura

através de análises de solo

e folhas, pode ser possível

reduzir custos.

Segundo dados da Conab,

em 2011 os fertilizantes

representaram de 15% a 20%

do custo de produção de

café. Isto quer dizer que para

produzir 6,7 sacos de café, é

investido 1 saco de café em

fertilizantes.

O planejamento da adubação

inicia-se com a amostragem

de solo, uma técnica simples

e barata que permite através

da sua interpretação, tomar

a decisão de reduzir ou não a

adubação.

O histórico da área quanto às

adubações e produtividades

em anos anteriores,

assim como as opções de

podas, também ajuda na

determinação da necessidade

de aplicação de fertilizantes.

As recomendações do

Engenheiro Agrônomo ou

técnico responsável pela

interpretação das análises

de solo e folhas devem ser

respeitadas para não gerar

desperdício, e assim aumentar

os custos de produção.

Planejamento da adubação

Page 15: Revista Cocapec nº 81
Page 16: Revista Cocapec nº 81

16 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

TÉCNICa

Práticas simples garantem um solo fértil

Texto: Felipe de Carlos Ferreira (Engenheiro Agrônomo/Uniagro)

Fonte Tabela: Cultura de Café no Brasil: Novo Manual de Recomendação, ed. 2005

suBsolageM, importante para o futuro da lavoura

A subsolagem é uma operação eventual na

lavoura cafeeira, realizada somente quando constatada sua real necessidade. Ela é responsável por eliminar problemas de camadas adensadas do solo, as quais dificultam a penetração de água, reduzem o arejamento

- em tricheiras: são abertos buracos na área, com profundidade até onde se deseja avaliar. Normalmente são feitos na projeção da saia do cafeeiro, ou onde passam as rodas do trator. Com o auxílio de uma faca, verifica-se, de cima a baixo, no perfil do solo, se existem áreas endurecidas ou compactadas, quando a ferramenta apresenta maior resistência à penetração. Também deve-se observar na trincheira se a distribuição das raízes está normal.

e o desenvolvimento do sistema radicular das plantas de café principalmente no período de seca. A compactação faz com que a profundidade útil do solo seja menor, e os cafeeiros sofram também na época chuvosa por excesso de água que não se escoa. Uma das causas principais é a

mecanização da lavoura cafeeira que, em algumas propriedades, já alcança quase 100%.

Alguns solos possuem problemas em camadas normalmente de 40 a 60 cm de profundidade, formados em função de sua natureza, ou seja, com infiltração e depósito gradual de

argila ao longo do perfil. O manejo inadequado com gradagens ou outros implementos que pulverizam a terra tendem a dar origem ao mesmo problema. Áreas com relevo plano e com teor de argila mais elevado, principalmente quando mal estruturado facilitam a ocorrência.

Como avaliar o adensamento?

Page 17: Revista Cocapec nº 81

17SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

Fonte Gráfico: Cultura de Café no Brasil: Novo Manual de Recomendação, ed. 2005

- Com o trado: tradando, ou abrindo buracos com o trado, na zona desejada do terreno, pode-se avaliar a presença de camadas endurecidas pela dificuldade de fazer penetrar o equipamento. Também é possível examinar a consistência da terra retirada pelo trado naquela parte do solo. Observar a presença das raízes em várias profundidades também auxilia.

- Pela determinação da densidade ou massa específica do solo em laboratório.

- Com o penetrômetro: é um equipamento com uma haste que penetra no solo sempre que impulsionada pelo peso existente. A haste é graduada e permite avaliar a dureza do solo nas várias camadas através do número de batidas (do peso) necessárias para a haste penetrar determinada distância. Assim, com o auxílio de um gráfico construído em função dos dados obtidos, verifica-se a presença ou ausência de camada compactada.

Modo e época de subsolagem

5

4

3

2

1

4 12 20 28 36 44 52

Profundidades (cm)

ANTES DA SUBSOLAGEM

APÓS A SUBSOLAGEM

Resi

stên

cia

do s

olo

àpe

netr

ação

(kg/

cm2 )

- Pela observação de cafeeiros velhos arrancados da área em análise vê-se que, em caso de problemas, as plantas desenvolvem suas raízes grossas apenas lateralmente, formando um “pé de galinha”, podendo, assim, o toco da planta manter-se na vertical mesmo após ser retirado.

Deve ser feita com um equipamento acoplado aos três pontos do trator, sendo composto de uma estrutura superior de barras de aço, onde são presos de 1 a 3 garfos ou hastes subsoladoras, que penetram o solo. O maquinário pode ou não ter rodas para a regulagem de profundidade. Ele trabalha, normalmente, aprofundando de 50 a 70 cm. Em lavouras adultas, quando houver necessidade, por problemas de adensamento subsuperficial, utiliza-se o subsolador com uma haste de cada lado, fazendo os riscos na projeção da saia.

Page 18: Revista Cocapec nº 81

18 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

Existem três situações em que as lavouras se encontram em que a subsolagem é realizada diferentemente em cada uma delas:

Existem algumas medidas auxiliares de prevenção que evitam ou reduzem o adensamento do solo, sendo principais as seguintes:

Quanto à frequência, na prática observa-se que ela não deve ser feita anualmente, como alguns produtores erroneamente fazem. Deve-se avaliar novamente a compactação do solo, podendo ser repetida a cada 2 ou até 4 anos, de acordo com a necessidade.

A época ideal para subsolar é após o período da colheita e o mais próximo possível do período chuvoso (em set-out). Para que a haste quebre o solo, é preciso que ele esteja seco. Sempre que houver necessidade de aplicar insumos e melhorar sua incorporação no perfil do solo, é recomendado aplicar os mesmos logo em seguida, de forma que parte dele possa se aprofundar melhor através da abertura feita pelo subsolador.

- lavouras esqueletadas e decotadas: como visto na edição anterior da Revista Cocapec, na matéria Podas e Condução do Cafeeiro, com a operação de podas boa parte do sistema radicular das lavouras acaba morrendo, podendo então nesta situação, ser realizada a subsolagem de ambos os lados da linha do cafeeiro

- lavouras adultas: O mais indicado é a subsolagem na projeção da saia e de um lado da fileira de cada vez, pois o rompimento de raízes, dos dois lados, de uma só vez, pode prejudicar a planta, principalmente se demorar a chover. Pode-se efetuar a subsolagem do outro lado no ano seguinte, minimizando com isso o rompimento das raízes.

- Plantio: No plantio utiliza-se 3 haste subsoladoras, para fazer o fechamento do sulco, quebrar a compactação do solo e realizar a mistura dos fertilizantes e corretivos aplicados no sulco de plantio.

TÉCNICa

- aração profunda: uma aração mais profunda no preparo do solo, antes do plantio, pode reduzir problemas de compactação.

- subsolagem no sulco: subsolar com 3 hastes sobre o sulco de plantio aberto, já reduz bastante o problema, pois o sistema radicular primário “pião” já pode descer na abertura deixada.

- Revolver pouco o solo: durante os tratos culturais, usar o mínimo possível de implementos desintegradores, como grade, rotativa, capinadeira, etc.

Prevenção de problemas de adensamento

- Reduzir o uso de implementos mecanizados: evitando passadas desnecessárias de trator no ano. Uma boa opção para isso é o uso de herbicidas, fazendo somente a “tria” e deixando o mato no meio da rua, e a aplicação de fungicidas via solo. Evitar trabalhar com tratos na lavoura com a terra excessivamente úmida. Hoje, com a tecnologia, existem fertilizantes que podem ser aplicados em uma única vez, sem riscos de perdas evitando o número de entradas.

- usar material orgânico sempre que possível: pois além de fornecer nutrientes, melhora as condições físicas do solo.

- manejar o mato: o mato é um subsolador natural, melhora as condições físicas, químicas e biológicas do solo, através do aproveitamento de seus nutrientes e da transformação deste em material orgânico. Os elementos são facilmente assimilados pelo cafeeiro e ainda proporcionam a melhoria na infiltração da água nos canalículos deixados pelas raízes podres.

Page 19: Revista Cocapec nº 81

19SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

A esparramação é uma operação inversa à arruação, quando todos

os resíduos (folhas, ramos, torrões, etc) localizados no centro da rua após a operação de varreção são esparramados sob a “saia do cafeeiro”, podendo ser feita manualmente, utilizando a enxada, rodo ou rastelo, ou de forma mecânica com esparramador (composto por duas lâminas em “vê invertido”) ou rastelo mecânico acoplado ao trator.

Vale lembrar que as folhas do cafeeiro caídas no solo apresentam uma considerável concentração de nutrientes, e num processo de reciclagem, aumentam a capacidade de retenção de água, permitem maior penetração e distribuição das raízes e criam condições mais favoráveis aos microorganismos do solo, beneficiando as plantas de uma forma geral.

Atualmente, com a tendência de varrição mecânica na preparação da área para esta operação (arruação), as folhas e detritos amontoados no meio da rua são triturados com trincha, e em muitos casos, não são esparramados após o término da colheita. É uma grande oportunidade perdida,

principalmente, em lavouras muito desfolhadas, onde os resíduos esparramados poderiam proteger a área com maior concentração de raízes.

Sabemos da necessidade de manutenção da cobertura sobre o solo nas entrelinhas, mas é fato que este material restante ao término da varrição, localizado no meio da rua, possui alta fertilidade. E, mesmo sendo removido rapidamente nas primeiras chuvas, o solo será coberto posteriormente por mato, retornando sua proteção. Alguns produtores, aproveitando de disponibilidade operacional, têm realizado calagem nos meses de abril e maio, sendo neste caso, indispensável a esparramação, para direcionar o corretivo ao local de interesse, em baixo da “saia do cafeeiro”.

A esparramação deve ser realizada logo após o término da colheita, pois favorece o desenvolvimento das raízes do cafeeiro logo nas primeiras chuvas. Para o produtor obter mais informações sobre esta prática operacional, deve procurar o técnico ou agrônomo da sua região

Texto: Rubens Manreza (Engenheiro Agrônomo/Uniagro)

uma forma eficaz de nutrir o solo

“a esParraMação deve ser

realizada logo aPós o TérMino

da ColheiTa”

Folhas e detritos esparramados protegem

áreas com grande concentração

de raízes

esParraMaçãoesParraMação

Page 20: Revista Cocapec nº 81

Assuntos como deficiências, fontes de fornecimento, manejo adequado, métodos de avaliação fizeram parte das discussões

20 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

TÉCNICa

Texto: Pedro Henrique dos Santos (Engenheiro Agrônomo/Uniagro)

equipe técnica da Cocapec participa de simpósio em Piracibaca/sP

Constante atualização

proporciona melhor

atendimento ao

cooperado

Entre os dias quatro e seis de julho, oito engenheiros agrônomos, integrantes

da equipe técnica da Cocapec, participaram do Simpósio sobre Micronutrientes e Magnésio, promovido pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) e pelo Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão (Gape). Além dos profissionais da cooperativa, o encontro reuniu cerca de 300 pessoas entre pesquisadores, empresários, estudantes e representantes de instituições privadas e públicas.

O evento abordou diversos temas, entre eles a negligência na adubação de magnésio associado a crença no seu fornecimento total por meio da calagem, tornando sistemática a deficiência deste macronutriente nos solos brasileiros. A programação também incluiu legislação nacional e mundial de fertilizantes,

fontes e modos de aplicação, biofortificação e aspectos nutricionais, Magnésio na nutrição vegetal, além de grãos e algodão.

Os engenheiros agrônomos da cooperativa destacam alguns pontos de maior relevância no

simpósio como o debate sobre a qualidade da produção de alimentos e o seu reflexo na saúde humana. Outras pautas ressaltadas pelos técnicos são a respeito da dinâmica, deficiências, fontes de fornecimento, manejo adequado, métodos de avaliação da necessidade de aplicação dos

micronutrientes. Além disso, os pesquisadores esclareceram algumas dúvidas sobre o magnésio, considerado por muitos como um macronutriente de “importância secundária”, deixando claro sua importância no transporte de carboidratos dentro da planta, que no caso do café, sua deficiência implica em chochamento de grãos. Logo um alerta de grande valia seria pulverizações tardias com fontes de magnésio.

A participação de profissionais em eventos como este, proporciona assimilação de conhecimento através de palestras e debates, de assuntos que irão auxiliar nas orientações ao cooperado, para que ele tenha um atendimento de excelência e atualizado.

Fonte: http://www.fealq.siteprofissional.com http://www.agrovalor.com.br/2011/noticias/3480-esalq-promove-o-simposio-sobre-micronutrientes-e-magnesio-

Page 21: Revista Cocapec nº 81

21SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

Texto: Luciene Reis (Analista de Comunicação Cocapec)

A Cocapec, mais uma vez e com grande orgulho e satisfação, figura no Anuário Exame Melhores e Maiores 2012. A Exame, ao publicar seu anuário

busca destacar o bom desempenho de empresas dos mais diversos setores econômicos com abrangência geral e por categoria de acordo com a área de atuação.

Para a Cocapec é motivo de alegria fazer parte, nos últimos anos, desta edição especial, pois, além de demonstrar sua solidez, nos rankings figura ao lado de empresas fortes e experientes que desenvolvem trabalhos sérios e de sucesso, assim como ela. No ranking das 10 melhores do agronegócio café alcançou a 3ª posição, nas 400 maiores do agronegócio nacional é 224ª colocada e entre as 1000 maiores empresas do Brasil obteve o 889º lugar.

A diretoria da Cocapec parabeniza seus cooperados pela conquista. “Através da fidelidade e participação constante de nossos associados foi possível, mais uma vez, alcançarmos esta posição de destaque no ambiente econômico nacional. Também agradecemos imensamente o empenho dos colaboradores, fornecedores e parceiras que, sem dúvida, são essenciais a esta instituição.”

A edição especial Melhores e Maiores da Revista Exame tem o objetivo de medir o desempenho das empresas e, para isso, avaliou dados de mais de 3 mil companhias, além dos maiores grupos privados do país. O grupo abrange todas as que publicaram demonstrações contábeis no Diário Oficial dos estados. Também fazem parte companhias limitadas que responderam aos questionários e enviaram seus resultados para a análise de Melhores e Maiores.

Cooperativa também figura entre maiores da Valor1000

A Revista Especial do Valor Econômico, que elege as 1000 maiores empresas do Brasil, também indicou a Cocapec em seu ranking, na 776ª posição. O objetivo da publicação é eleger as melhores empresas do ano que passou. Para isso, analisam diferentes indicadores para verificando o desempenho financeiro das instituições.

Indicações como esta e a da Revista Exame, recompensam o árduo trabalho feito ao longo de 27 anos de história da Cocapec.

eSpeCIaL

CoCaPeC novaMenTe esTá enTre as Melhores e Maiores do País

Page 22: Revista Cocapec nº 81

22 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

eSpeCIaL

a Força da Mulher

na gestão do agronegócio

Cooperadas contam

suas experiências na

administração das

propriedades

Texto: Murilo Andrade (Assistente de Comunicação Cocapec)

Não é de hoje que as

mulheres aparecem à

frente na administração

de diversos setores da economia.

Na agricultura não é diferente. Na

Cocapec elas já representam 10%

do quadro social, quando 1º titular.

Mas se contarmos as esposas dos

cooperados, pode se afirmar que

a cooperativa tem mais de 2 mil

mulheres, ou seja, o mesmo número

total de associados. Outro fato

interessante, foi um levantamento

realizado para saber o grau de

escolaridade das cooperadas

e, mesmo sendo a minoria, a

escolaridade é equivalente a dos

homens, inclusive ultrapassando

em algumas faixas etárias. Os

principais motivos que colocam elas

na gestão das propriedades

são tradição familiar e

necessidade de substituir o

marido. E para prestigiar essa

força que ajuda a cooperativa

a crescer, vamos contar

a seguir três histórias de

desafios e superação, e que

certamente irão representar

todas as mulheres.

A cooperada Maria

Aparecida de Souza comanda

a Fazenda Serra Dourada

de 74 hectares, localizada

no município de Capetinga/

MG, apesar de ser de família

de agricultores, começou

a trabalhar com o café

após o casamento. Desde

sempre colaborou com o

marido colocando a mão

na massa, chegando a

dirigir até caminhão. Com o

falecimento do esposo em

1980 assumiu integralmente

a administração. Segundo

ela, a mulher na gestão

“dá de 10 a 0 no homem, é

mais detalhista, precavida Zuleica Martins Rosa comanda a propriedade de 647 hectares em Ibiraci/MG

Page 23: Revista Cocapec nº 81

23SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

e econômica, pelo menos no

meu caso”. Maria disse que

seu diferencial foi sempre a

preocupação com a qualidade e

que acompanha de perto todas as

etapas no processo do café.

Outro Exemplo vem de Claraval/

MG da também cooperada Geise

Cintra, proprietária do Sítio

Santo Antônio e São Jorge. Em

um depoimento emocionado,

contou parte da sua história a

Revista Cocapec. Ela lembrou as

dificuldades que enfrentou após

o falecimento do marido há 3

anos. Disse que desde criança

já colaborava na lavoura e, com

o casamento aos 22 anos, ficou

ainda mais próxima do café,

mesmo mantendo sua profissão

de professora. Hoje, administra

25 hectares, mas deixa claro

que não é fácil, pois enfrenta

preconceito e até inveja por parte

dos homens, por ter tido sucesso

no comando da propriedade. Geise

conta ainda que é necessário ser

mais firme com os funcionários,

muito mais que um homem seria,

para conseguir o mesmo respeito.

Destaca também que acredita que

a mulher seja mais detalhista e

tem uma visão mais abrangente

de tudo, por isso o sucesso.

Quando questionada sobre qual

etapa gosta mais, Geise diz que

“não tem como escolher, o que vier

eu tenho que abraçar e faço isso

tudo para o meu filho que já segue

o caminho do pai”.

A frente da Fazenda Santa

Luzia de 647 hectares, da cidade

de Ibiraci/MG, está a cooperada

Zuleica Martins Rosa. Ela começou

a trabalhar com o café quando se

casou aos 18 anos e desde então

sempre acompanhou o marido.

Hoje, está à frente dos negócios,

e ressalta que a mulher tem

mais jogo de cintura e paciência

para superar as dificuldades que

aparecem. Zuleica destaca que

sua parte preferida no processo

é a venda, pois é o momento que

efetiva todo o trabalho.

A presença feminina na Cocapec

acontece em outras esferas do

sistema. Dois exemplos são Zita

Cintra Toledo e Giane Bisco, que

fazem parte dos Conselhos Fiscal

e Administrativo, respectivamente.

“na CoCaPeC elas já rePresenTaM

10% do Quadro soCial”

Geise Cintra e seus filhos coordenam a propriedade em Claraval/MG

Page 24: Revista Cocapec nº 81

24 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

eSpeCIaL

uso de ePis ProPorCiona segurança no CaMPoTexto: Alda Batista de Souza (Assistente de Segurança do Trabalho Cocapec)

A partir desta edição a Revista Cocapec inicia uma série de reportagens sobre as orientações

trabalhistas e mostrará como empregador rural deve se adequar perante as obrigações. Iniciamos falando sobre os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Os EPIs garantem a integridade física dos funcionários e evita e/ou ameniza os riscos de acidente no ambiente de trabalho. A Norma Regulamentadora 6 (NR-6) diz que o empregador deverá adquirir o material adequado ao risco de cada atividade, exigir o uso, a higienização e manutenção periódica e substituir quando estiver danificado. É de responsabilidade dos trabalhadores utilizar apenas para a finalidade a que se destina, guardar e conservar, comunicar o empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso e cumprir as determinações de como usar.

Porém, algo tão necessário quanto disponibilizar esses materiais é oferecer treinamento para garantir a utilização correta e conscientizar o trabalhador sobre sua importância, uma vez que a eficiência dos equipamentos depende essencialmente da maneira como são usados e quanto mais informações os colaboradores tiverem maior será sua eficácia.

É natural que os materiais de proteção sofram desgaste, por isso é importante adquirir produtos de qualidade que prolongam sua durabilidade, além de desempenhar corretamente seu papel que é proteger a integridade física, a saúde e a vida do colaborador no ambiente de trabalho. Lembrando que assim como o fornecimento, a reposição de equipamentos em condições de uso é uma exigência legal. Além disso, é necessário que tenham o Certificado de Aprovação (CA), concedido pelo Ministério do Trabalho, atestando sua qualidade.

Para a colheita:• Botas;

• Luva;

• Mangote;

• Óculos;

• Perneira.

• Toca árabe;

Para Pulverização: Kit EPI contendo:• Avental;

• Botas impermeáveis de cano longo;

• Calça e blusa de algodão tratado;

• Luva;

• Máscara;

• Protetor auricular;

• Protetor frontal (viseira facial), transparente, sem ter contato com o rosto.

Veja a relação dos EPIs necessários para o trabalho no campo:

Bloqueador solar é um item que faz parte dos EPIs e o fornecimento é necessário a todos que trabalhem ao ar livre.

É necessário ter um local adequado para lavagem e acondicionamento dos EPIs seguindo os procedimentos para sua colocação e retirada.

Page 25: Revista Cocapec nº 81

25SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

Fornecimento, informação e

substituição dos materiais

são responsabilidades

do empregador

Para a colheita os acessórios para o rosto são: óculos,

máscara e toca árabe

Botas e perneiras compõem a proteção dos pés e pernas

durante a colheita

Magote e luva são os itens de proteção para mãos e braços

Os EPIs usados para pulverização são: Calça, blusa, luva nitrílica, toca árabe, viseira, máscara, avental e botas

“os ePis garanTeM a inTegridade FísiCa dos FunCionários e

eviTa e/ou aMeniza os risCos de aCidenTe no

aMBienTe de TraBalho”

Page 26: Revista Cocapec nº 81

26 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

NoVIDaDeS

A cópia de segurança fornece tranquilidade e controle

Com o cadastro, todas as emissões

de notas fiscais emitidas pela

cooperativa são encaminhadas

para o e-mail do cooperado na forma de

cópia de segurança. O procedimento é mais

um serviço ao associado e também traz uma

tranquilidade, pois todas as movimentações que

gerarem notas fiscais vão imediatamente para

o correio eletrônico independente do núcleo

que faça a transação, auxiliando nos controles

administrativos da propriedade.

Além disso, é uma facilidade no momento de

fazer a declaração do imposto de renda, pois

muitas vezes esses documentos são perdidos e

causam um transtorno no momento de comprovar.

Mas com o armazenamento em uma conta de email isso

pode ser minimizado.

Vale lembrar que a cópia de segurança não substitui

a original para transporte de produtos e retirada de

mercadoria na cooperativa.

Para ter mais este benefício, basta solicitar ao setor de

cadastro por telefone, email ou pessoalmente: (16) 3711-6254

[email protected]

“auxiliando

nos ConTroles

adMinisTraTivos da

ProPriedade”

Texto: Murilo Andrade (Assistente de Comunicação Cocapec)Colaboração: José Ribeiro (Coordenador Estoque Físico Cocapec)

Page 27: Revista Cocapec nº 81

27SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

Page 28: Revista Cocapec nº 81

28 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

Capa

CooPerados saTisFeiTos CoM a granelização

A granelização é uma realidade na Cocapec. Muitos cooperados

já depositaram seus cafés na cooperativa utilizando o novo sistema de recebimento. Para viabilizar tudo isso, os produtores fizeram as adequações

necessárias procurando a melhor adaptação de acordo com a sua realidade. A Revista Cocapec ouviu alguns cooperados e mostra como eles se organizaram e quais benefícios perceberam nesta novidade, com redução de custos, agilidade e mão-de-obra.

Texto: Murilo Andrade (Assistente de Comunicação Cocapec)

“Para a granelização não exisTe Modelo deFino, CoMo oBservado. Cada CooPerado deve enConTrar a Melhor ForMa de se PreParar de aCordo CoM seus oBjeTivos, CaPaCidades e neCessidades”

Page 29: Revista Cocapec nº 81

29SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

Os produtores se

adaptaram para realizar

a entrega dos cafés na

cooperativa

O cooperado de Pedregulho/SP,

Niwaldo Antônio Rodrigues, que divide a

administração das propriedades com seus

irmãos, acompanhou desde o princípio a

proposta de granelização, participando dos

comitês pré-assembleia. Desde o início foi

a favor e começou a investir, adquirindo

dois silos e um elevador. O café após passar

pelo beneficiamento é levado para os

balões que descarregam diretamente no

caminhão. “Ficou mais barato que comprar

equipamentos para uma única safra e com

a vantagem de ser apenas uma vez”. Além

disso, Niwaldo ressalta que o trabalho dos

funcionários foi pontecializado, pois eram

necessárias duas pessoas e hoje existe

apenas uma e, pela facilidade do processo,

esta ainda consegue realizar mais tarefas.

Outro ponto destacado por ele foi com

relação a segurança nos casos de roubo,

já que o café a granel, diferentemente da

sacaria, é mais difícil de ser transportado.

Mais uma vantagem é que os caminhões

assim que são carregados já seguem para

cooperativa, tornando o processo mais ágil.

“FiCou Mais BaraTo Que CoMPrar eQuiPaMenTos Para uMa úniCa saFra e CoM a vanTageM de ser

aPenas uMa vez”

O investimento do cooperado foi inferior ao que é necessário para apenas uma safra.

Com duas baterias de silos, o cooperado consegue armazenar grande parte da produção antes do descarregamento.

Acionando apenas um botão os cafés são levados dos silos diretamente para carroceria do caminhão.

O processo de descarregamento no caminhão é rápido e exige pouca mão-de-obra.

Page 30: Revista Cocapec nº 81

30 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

Outro cooperado que também faz a

entrega no novo sistema é Maurício

Mendonça, do município de Jeriquara/SP. Ele

relata que estava com receio no início, pois

trabalhou a vida toda com sacaria. Mesmo

assim, confiou na proposta da cooperativa

e adaptou os equipamentos na sua

propriedade. Ele colocou uma rosca que leva

os grãos para o “chupim” que por sua vez

despeja diretamente no big bag. Um macaco

hidráulico eleva os big bags no caminhão

que são abertos sobre a carroceria

depositando lá toda a produção. Uma das

vantagens observadas por ele foi a redução

dos riscos de acidente, “o trabalho é pesado,

os riscos de acidente é muito grande”. Para

o próximo ano Maurício pretende colocar

dois silos, mas,

segundo ele, “até

agora está uma

maravilha”.

Capa

Os cafés caem na moega e a rosca leva os grãos para o “chupim”.

Uma ponte rolante foi montada dentro da tulha para poder movimentar os big bags.

O chão foi rebaixado para poder encaixar o big bag e utilizar a mesma máquina

para o descarregamento.

Dois cavaletes são necessários para poder depositar os cafés dentro da tulha, um

leva o big bag até um ponto e a seguir o outro, em uma posição diferente, recolhe e

armazena.

Page 31: Revista Cocapec nº 81

31SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

Paulo César Toledo Campos, que possui

propriedades em Franca/SP, Cristais Paulista/

SP e Pedregulho/SP, já conhecia o processo de

outras localidades e quando soube que seria

realizado na Cocapec ficou muito satisfeito,

pois, pelas informações que possuía, sabia

que traria economia. O investimento, para ele,

foi bem abaixo do que seria para a entrega

tradicional. Foram compradas duas talhas

elétricas e dois cavaletes “praticamente

uma ponte rolante dentro da tulha” disse.

Os equipamentos fazem a movimentação

dos big bags que são preenchidos da mesma

maneira que a sacaria, após isso um guincho é

responsável por pegar os cafés na tulha e os

coloca dentro do caminhão. Para isso, “não foi

necessário nenhum preparo dos funcionários,

eles foram se adaptando e hoje o desgaste

é bem menor”,

finalizou.

Os cafés caem na moega e a rosca leva os grãos para o “chupim”.Os cafés vindos da rosca caem diretamente nos big bags através

de um tubo.O sistema adotado por Maurício permite controlar a quantidade

de café que cai no big bag.

Page 32: Revista Cocapec nº 81

32 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

No município de Ibiraci/MG,

Isac Tanja também já fez sua

entrega no núcleo da cooperativa

com o novo processo. Ele

confessa que conhecia pouco

sobre granelização, mas, após

acompanhar as explicações nas

reuniões de comitês, percebeu

que poderia reduzir custos e

tornar o trabalho mais fácil.

Para isso, ele reaproveitou um

elevador que estava sem uso em

sua propriedade, tirou o ensaque

da máquina e começou a jogar os

cafés diretamente nos big bags,

que por sua vez são colocados em

cima de um palete para facilitar

a movimentação dentro da tulha

através de uma paleteira manual.

A retirada de dentro do depósito é

feita por um guincho que leva os big bags até o caminhão. O cooperado

pretende aumentar sua área de

armazenagem para poder acomodar

melhor sua produção na próxima

safra. Apesar do desconhecimento

inicial, Isac reforça que a

granelização “não prejudica nada

o seu produto, economiza, agiliza e

demanda menos esforço físico, é só

benefício”.

“a CoCaPeC esTá BusCando Melhorar a Cada dia ProPorCionando aos CooPerados ConForTo e agilidade no MoMenTo de enTregar seus CaFés na CooPeraTiva”

Capa

Para a granelização

não existe modelo

defino, como observado.

Cada cooperado deve

encontrar a melhor

forma de se preparar

de acordo com seus

objetivos, capacidades

e necessidades. Mas

algo que é indiscutível,

independente de como

o trabalho é realizado,

é a redução de custos

com materiais e mão-

de-obra, otimização

do tempo e melhor

qualidade para

realização das tarefas.

Como toda novidade, é

natural ter um período

de adaptação para que

tudo esteja em pleno

funcionamento, sendo

assim, a Cocapec está

buscando melhorar a

cada dia proporcionando

aos cooperados conforto

e agilidade no momento

de entregar seus cafés

na cooperativa.

Com ajuda do elevador os cafés caem diretamente nos big bags e depois são movimentados com a

ajuda de uma paleteira.Um cano foi adaptado para levar os cafés que saem da

maquina para o elevador.O cooperado utilizou um elevador que estava parado e

adaptou para o novo sistema.

Isac faz sua entrega toda em big bag e diz que esta é a forma mais

adequada para sua realidade.

Page 33: Revista Cocapec nº 81
Page 34: Revista Cocapec nº 81

34 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

eVeNToS

A Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) realizou no dia 25 de junho a entrega dos prêmios da XV Edição do

Prêmio Andef 2012. A cerimônia, que aconteceu no Esporte Clube Sírio, em São Paulo, foi conduzida pela jornalista Rosana Jatobá que está sempre envolvida com temas sobre sustentabilidade. A Cocapec, que também concorreu ao prêmio, foi representada pelo seu presidente João Alves de Toledo Filho.

O Prêmio Andef tem por objetivo destacar ações de educação, responsabilidade social e ambiental, de cooperativas, canais de distribuição e revendas, centrais de recebimento de embalagens, agricultores, trabalhadores rurais, entre outros, visando à produção sustentável de alimentos saudáveis.

Ao todo são sete categorias: Profissionais, Campo Limpo, Cooperativismo, Revendas e Distribuidores, Prêmio Especial para Revendas e Distribuidores, Indústria e Jornalismo. “Ano após ano, vemos que os participantes buscam melhorar e adaptar seus projetos as

Texto: Agrolink adaptado pela equipe de comunicação da Cocapec

CoCaPeC participa da cerimônia

do PrêMio andeF

O presidente da Cocapec João Alves de Toledo Filho representou a cooperativa

Entidade premiou profissionais que se destacaram em ações por boas práticas agrícolas, responsabilidade ambiental e social

“o PrêMio andeF TeM Por oBjeTivo desTaCar ações

de eduCação, resPonsaBilidade

soCial e aMBienTal”

necessidades do homem e do campo. Nosso objetivo é fomentar ações de educação no campo visando à sustentabilidade do agronegócio brasileiro”, declara José Annes Marinho, gerente de educação da Andef.

Page 35: Revista Cocapec nº 81

35SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

Texto: Murilo Andrade (Setor de Comunicação Cocapec)

núcleo da Cocapec em Claraval/Mg

comemora juBileu de PraTa

A cidade foi a primeira a ganhar um núcleo da cooperativa

Cocapec de Claraval/MG celebrou, dia quatro de junho,

25 anos. Para comemorar a data foi realizada uma confraternização com os cooperados locais com a presença do vice-presidente da Cocapec Carlos Yoshiyuki Sato, da diretora de crédito rural Edinéia Almeida e do diretor administrativo José Amâncio de Castro que representaram o Sicoob Credicocapec.

Por ser uma importante região produtora de café, foi a primeira a ganhar um núcleo da cooperativa em 1987. Atualmente, os cerca de 400 cooperados contribuem para o fortalecimento da economia local e a consciência do espírito cooperativista. Em breve, a cidade ganhará um novo espaço que proporcionará, aos cafeicultores locais, mais comodidade.

Claraval foi a primeira cidade a ganhar um núcleo da Cocapec em 1987

“aTualMenTe, os CerCa de 400

CooPerados ConTriBueM Para o ForTaleCiMenTo da eConoMia loCal

e a ConsCiênCia do esPíriTo

CooPeraTivisTa”

Page 36: Revista Cocapec nº 81

36 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

eVeNToS

CoCaPeCrecebe certificado do dia do CaMPo liMPo

No dia 17 de agosto, em comemoração ao

Dia Nacional do Campo Limpo (18/8), a Central de Recebimentos de Embalagens de Ituverava homenageou seus parceiros que possuem o compromisso com a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.

A Cocapec, representada pelo diretor Ricardo Lima de Andrade, recebeu o certificado por ter sido a cooperativa que mais se destacou, fazendo as entregas de forma adequada, de acordo com os padrões do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Varias (Inpev). A Associação das

Revendas de Produtos Agrícolas de Franca e Região (Arpaf), através da sua gerente Mônica Antônia dos Santos, também foi reconhecida pelos mesmos critérios, entre os postos da região.

O evento ainda abriu suas portas para a comunidade e contou com a

presença de alunos de diversas escolas do município, que puderam aprender mais sobre a importância da correta aplicação de defensivos, assim como o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e o equilíbrio destas práticas com o meio ambiente.

A Associação das Revendas de Produtos Agrícolas de Franca e Região (Arpaf) também foi homenageada

Texto: Murilo Andrade (Assistente de Comunicação Cocapec)

Coleta anual de embalagens é sucesso entre os cafeicultores

A coleta itinerante de embalagens vazias de defensivos agrícolas aconteceu entre o final de abril e início de maio em todos os núcleos da cooperativa. Com a participação de 258 agricultores,

foram devolvidas 43.782 embalagens. O diferencial deste trabalho é que alcança principalmente os pequenos produtores que residem em regiões mais afastadas dos postos de coleta.

“a CoCaPeC, rePresenTada Pelo

direTor riCardo liMa de andrade, reCeBeu

o CerTiFiCado Por Ter sido a CooPeraTiva

Que Mais se desTaCou”

O diretor da Cocapec Ricardo Lima de Andrade e a gerente da Arpaf Mônica Antônia dos Santos receberam as homenagens

Page 37: Revista Cocapec nº 81

37SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

CoCaPeC recebe visita de

estudantes de jornalismo

A Cocapec recebeu, no dia 17 de agosto, um grupo de 70 pessoas, entre

estudantes de jornalismo de várias faculdades paulistas e profissionais do setor, em uma ação promovida pela Associação Brasileira do Agronegócio regional Ribeirão Preto (Abag/RP). A visita faz parte do V Prêmio ABAG/RP de Jornalismo José Hamilton Ribeiro que possibilita aos concorrentes conhecer melhor o setor e as empresas do agronegócio da região de Ribeirão Preto, bem como receber informações diretamente de pesquisadores e especialistas da área.

Como 2012 foi proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano

Internacional das cooperativas, este ano, a Abag inseriu o tema na pauta de assuntos que foram apresentados aos futuros profissionais de comunicação, e a Cocapec foi escolhida para receber o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Sistema Ocesp/Sescoop), Edivaldo Del Grande, que mostrou o importante papel das cooperativas para o agronegócio.

Os visitantes também assistiram à apresentação do gerente do departamento de Café da Cocapec, Anselmo Magno de Paula que falou sobre o agronegócio café e sua importância social. Ele também mostrou aos estudantes o processo pelo qual o produto

passa após ser entregue na cooperativa.

O gerente enfatizou, em vários momentos, o quanto é importante os futuros jornalistas analisarem com profundidade os temas que irão discutir para poderem passar as informações reais sobre o agronegócio. Ao levar em consideração todos os ângulos de uma questão a ser tratada, o jornalista permiti que o produtor mostre as suas dificuldades.

Ações como esta visita, permitem à Cocapec oportunidades de mostrar a batalha diária de seus cooperados para se manterem ativos e competitivos, bem como o imenso valor desta classe para a sociedade.

Desde 2011, o Prêmio abre suas portas aos estudantes de jornalismo de universidades de fora da área de atuação da direta da ABAG/RP - Ribeirão Preto - para assim contribuir na sua formação. Nesta edição, a Associação conta com o apoio de faculdades de comunicação da Unesp, Mackenzie, Unaerp, Barão de Mauá, Unimep, Uniseb-COC, Uniara, Unifran, ESPM e Metodista-SBC.

A inovação deste, em relação aos prêmios já existentes, é a vinculação da inscrição dos trabalhos à participação dos autores no Seminário e no Ciclo de Palestras e Visitas que é promovido pela ABAG/RP.

Ação da Abag/RP promoveu palestra sobre cooperativismo e mercado de café

Prêmio ABAG/RP de Jornalismo José Hamilton Ribeiro

Texto: Luciene Reis (Analista de Comunicação Cocapec)

O presidente do Sistema Ocesp/Sescoop Edivaldo Del Grande, mostrou a importância do papel das cooperativas para o agronegócio

O grupo teve a oportunidade de conhecer o novo processo de granelização da cooperativa

O gerente do departamento de café, Anselmo Magno de Paula enfatizou o quanto é importante os futuros jornalistas analisarem profundamente os temas para poderem passar as informações reais sobre o agronegócio

Page 38: Revista Cocapec nº 81

Texto: Murilo Andrade (Setor de Comunicação Cocapec)

Cooperados são homenageados em comemoração ao

dia do agriCulTor em Pedregulho/sP

A solenidade reuniu autoridades regionais, produtores rurais e o presidente da OCB

O evento organizado pela Coordenadoria de Assistência Técnica

Integrada da Regional Franca (Cati-EDR Franca), Prefeitura de Pedregulho/SP e Secretaria de Agricultura e Abastecimento, homenageou produtores rurais da região em comemoração ao Dia do Agricultor, no dia 26 de julho. Os cooperados Divino Garcia de Patrocínio Paulista, Hélio Mendes de Ribeirão Corrente, Jair Nascimento de Pedregulho e Maurício Mendonça de Cristais Paulista, receberam as congratulações.

O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Márcio Lopes de Freitas prestigiou a cerimônia e proferiu uma palestra sobre o Ano Internacional das Cooperativas instituído pela

ONU. Márcio explicou que há tempos, esforços eram realizados para que a entidade reconhecesse a importância

do cooperativismo para a humanidade. Com a crise econômica de 2008 este ideal

foi fortalecido, pois segundo o presidente da OCB, os impactos da crise foram minimizados nos locais onde havia a presença do sistema e assim 2012 foi definido para a celebração. Márcio ainda parabenizou os agricultores pelo seu dia e aproveitou para ressaltar a importância da Cocapec na região, afirmando que é a melhor cooperativa de café do Brasil, na qual é cooperado e foi colaborador e presidente.

Prefeitos e autoridades regionais também marcaram presença, sendo que a Cocapec foi representada pelo seu presidente, João Alves de Toledo Filho. Houve ainda exposição de máquinas, com oportunidade de negócios e um almoço de confraternização. Para os próximos anos, a Cati realizará o encontro em outras cidades agraciando assim toda a região.

A Cocapec parabeniza seus mais de 2 mil cooperados e familiares e todos que geram riquezas através do trabalho na terra pelo Dia do Agricultor. Homenagem a estes profissionais que, ao proporcionarem o alimento na mesa de milhões de pessoas, são essenciais para a sobrevivência da humanidade.

Divino Garcia de Patrocínio Paulista/SP

Hélio Mendes de Ribeirão Corrente/SP

Jair Nascimento de Pedregulho/SPMaurício Mendonça de Cristais Paulista/SP

38 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

eVeNToS

Page 39: Revista Cocapec nº 81

39SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

Agropecuário1.523

Transporte1.088

Cooperativas brasileira por ramo de atuaçãoTotal - 6.586

Crédito1.047

Trabalho966

Saúde846

Educacional294

Produção243Habitacional

226Infraestrutura

128Consumo

120Mineral

69

Turismo e lazer27

Especial9

Fonte: OCB

CoopeRaTIVISMo

Em sua passagem por Pedregulho/SP, em comemoração ao Dia do Agricultor, o presidente

da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Márcio Lopes de Freitas reforçou a importância do cooperativismo e ressaltou que 2012 é o Ano Internacional das Cooperativas, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ele fez um retrospecto histórico do movimento e destacou a importância socioeconômica deste, através de casos ocorridos, acompanhe.

Cooperativismo é uma filosofia, uma ideologia existente no mundo há muitos séculos. Desde os primórdios, quando os homens das cavernas tinham que se organizar para caçar já se caracterizava um ato de cooperação, e este comportamento foi se modernizando ao longo da história até chegar à denominação cooperativismo. Na Inglaterra, em 1844, no período da Revolução Industrial, quando o desemprego era alto e a concentração de renda maior ainda surgiu à primeira cooperativa. Assim, o movimento se espalhou pelo mundo e está presente em mais de 100 países, totalizando cerca de 1 bilhão de cooperados, mas se for levado em conta que cada um possui uma média de 3 familiares, esse número passa de 4 bilhões do total de 7 bilhões de habitantes do planeta. Então o cooperativismo tem uma força fantástica e não só social, mas também econômica.

Hoje, quase 170 anos após a criação da primeira cooperativa, e depois de muitos esforços, a ONU finalmente reconheceu a força do cooperativismo e instituiu 2012 como Ano Internacional das Cooperativas.

O presidente da OCB marcou presença no evento em comemoração ao Dia do Agricultor em Pedregulho/SP

CooPeraTivas FazeM Toda diFerençaSão nos momentos difíceis que elas mostram sua força

A crise econômica no final de 2008 foi determinante. Naquele momento houve muita desconfiança em relação aos bancos, empresas e outras instituições, o processo de credibilidade mudou muito, porém a ONU percebeu que onde havia a presença de cooperativas os efeitos negativos eram menores. Para se ter uma ideia, no Brasil o sistema financeiro recuou 6% no período, mas as cooperativas de crédito cresceram 26%, isso aconteceu porque as cooperativas têm responsabilidades com seus associados. Este fato se comprova através de um estudo técnico da USP, que não foi encomendado pela OCB, que mostra onde existe uma cooperativa os preços dos produtos representados por ela alcançam valores 6% maiores e os valores dos insumos 10% menores.

O Brasil, mesmo não possuindo tanta tradição como os países europeus, em relação ao cooperativismo, conta com 6.586 cooperativas e deste número 1.523 são agropecuárias. Um fato curioso é que apenas 20% dos cooperados são produtores rurais, mas representam 48% de toda produção agrícola do país.

Mas, mesmo com todos esses números, é preciso continuar unindo forças. Estar presente na cooperativa a todo o momento, principalmente quando as coisas não estiverem andando bem, tem que bater na porta, perguntar o que está acontecendo e como poderá resolver. Lembrando que independente do tamanho, em uma cooperativa todos tem o mesmo poder.

Texto: Márcio Lopes de Freitas (Presidente da OCB)

Page 40: Revista Cocapec nº 81

SoCIaL

40 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

CoCaPeC e siCooB CrediCoCaPeC dão iníCio a CaMPanha naTal CooPeraTivo

Com ações durante o ano todo, o objetivo é estimular o trabalho voluntário nos colaboradores

O objetivo central da iniciativa é construir, gradualmente, uma

rede de relações capaz de aproximar os colaboradores da realidade das instituições sociais, através do trabalho voluntário durante o ano todo. Com isso, possibilitar a conscientização e a

cidadania, formando e informando cidadãos para compor a luta por condições dignas e por direitos sociais efetivos para a comunidade.

O resultado disso é maior integração entre os funcionários, troca de saberes e prática dos

princípios cooperativistas como a intercooperação. Vale ressaltar que esta é uma iniciativa dos colaboradores das duas cooperativas que doam parte do seu tempo aos finais de semana, e proporcionam inúmeros benefícios à comunidade.

Texto: Cristiane Olegário (Assistente de Comunicação Cocapec)

A equipe “liga da Cooperação”, colaboradora do Lar D. Leonor (Nosso Lar) já realizou três visitas. A primeira foi para conhecer o local, o que possibilitou também trocar experiências. Já na segunda, os integrantes promoveram uma festa junina com direito a decoração, comidas e trajes típicos e muita dança. Houve também distribuição de bijuterias (colares, anéis, brincos, etc) para as moradoras do lar que ficaram muito contentes com os presentes. No terceiro encontro o grupo promoveu “O dia da Beleza” e cuidaram das unhas das senhoras. Pode-se perceber claramente que a vaidade não tem idade.

ações das eQuiPes

Page 41: Revista Cocapec nº 81

41SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

O grupo “esperança Renovada” visitou o Lar de Idosos São Vicente de Paula em três oportunidades e puderam dialogar com os internos,“percebemos que eles são carentes de atenção e afeto, saímos de lá felizes por saber que proporcionamos um dia diferente a eles, já que raramente recebem visitas, nem mesmo de familiares.” (Informações da equipe). Além disso, a equipe participou de uma festa junina promovida pela entidade, levando pratos típicos e bebidas, “foi uma tarde maravilhosa, conversamos, comemos, tiramos fotos e até dançamos com aqueles velhinhos tão agradáveis e simpáticos”, Informou a equipe.

As equipes “alegria Contagiante” e “Você é melhor do que Pensa” estão promovendo a cooperação na Casa-abrigo Recanto Samaritano que abriga crianças e adolescentes. Em sua primeira visita as equipes ofereceram um lanche e conheceram o excelente espaço para o desenvolvimento de atividades. Ao final o clima de satisfação tomou conta de todos assim como o gostinho de quero mais. Em julho, as equipes levaram as crianças ao Teatro do SESI, quando se divertiram a valer com a peça “Sem Concerto” da Cia. Amarilho, a apresentação misturava música, teatro e circo encantando os pequenos que tiveram a oportunidade de irem pela primeira vez no teatro. “As crianças se divertiram, aproveitaram bastante, tiraram fotos com os artistas, valeu muito a experiência do passeio”, relataram os grupos.

Os colaboradores membros das equipes “aliança natalina” e “amigos solidários” realizaram sua primeira visita ao Lar de Ofélia, em junho. O encontro foi cheio de interação, os grupos prepararam presentinhos para os idosos e idosas, e uma sessão de cuidados de beleza, fazendo as unhas das senhorinhas, além de muita música com um trio de rapazes que fizeram a alegria de todos no lar. O grupo “Amigos Solidários” em julho, levou as fotos do primeiro encontro como recordação aos moradores que se alegram com atenção e afeto do grupo. Neste dia a música ficou por conta de um sanfoneiro convidado que animou toda a tarde.

Page 42: Revista Cocapec nº 81

42 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

O grupo “fraternidade” realizou sua primeira visita ao Lar Eurípedes Barsanulfo em julho. A equipe se apresentou para os moradores e levou um carinhoso mimo para cada um. Os integrantes do grupo sentiram-se bem acolhidos pelos idosos. Em agosto promoveram uma comemoração do Dia dos Pais, com direito a bingo, música, comidas e bebidas.

SoCIaL

Em Pedregulho a campanha segue forte com o grupo “solidaped”, que já realizou três visitas ao Lar dos Velhinhos. Depois da festa junina, promovida pela equipe com direito até a fogueira, realizaram o “Torneio de Sinuca do Lar dos Velhinhos”, envolvendo os colaboradores e moradores que ao final foram premiados com medalhas.

“solidariedade sempre”, o grupo dos colaboradores de Ibiraci iniciaram também suas atividades no Lar Aísa Rodrigues de Siqueira onde promoveram um café da tarde. “Foi muito gratificante para ambas as partes, para os colaboradores a doce sensação de ajudar alguém e para os velhinhos sua carência amenizada. Vale lembrar que fazer o bem é bom e necessário e um dia os papéis podem se inverter e seremos nós os ajudados, por isso devemos ter muito amor ao fazer nosso trabalho voluntário”, relatou o grupo.

os colaboradores que ainda não fazem parte de nenhum grupo unam-se as equipes, se desafie a essa nova experiência. a doação do seu tempo e afeto alimentará almas... e em primeiro lugar a sua!

O Encontro de Crianças Cooperativistas e o Programa Mosaico Teatral serão apoiadores da iniciativa revertendo a renda arrecadada, nas inscrições e vendas de ingressos, em benefício às entidades parceiras da Campanha Natal Cooperativo.

Page 43: Revista Cocapec nº 81

43SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

Primary color

Secondary color 80%

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339 C

Pantone

Color 3 45%245 / 130 / 3200 / 60 / 100 / 00 165 C

Brand Reference Sheet – NPB

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Valores cooperativistas e de preservação ambiental difundidos a alunos e professores

Texto: Cristiane Olegário (Assistente de Comunicação Cocapec)

O projeto “Escola no Campo”, realizado pela Cocapec e Syngenta na

região, orienta estudantes sobre a necessidade da preservação dos recursos naturais, conscientizando quanto à segurança no uso de defensivos agrícolas e estimulando a produção de alimentos saudáveis.

Iniciou suas atividades reunindo as diretoras das escolas participantes, o técnico agrícola da Syngenta e a diretoria da cooperativa para a renovação do compromisso para mais um ano de trabalho, além de fazer uma retrospectiva e avaliação do ano de 2011. Em 2012, participarão do projeto escolas das cidades Capetinga/MG, Jeriquara/SP, Ibiraci/MG e Ribeirão Corrente/SP.

A diretora da EMEB Profª Wanderit Victal Ferreira Alves, da cidade de Jeriquara/SP, Vanessa Rizzatti Alves, destacou o conteúdo valioso do material didático e o envolvimento da

cooperativa para o sucesso do projeto na sua escola, que tem expressiva demanda de alunos da zona rural.

Para Regina de Fátima Mendes, diretora da EMEB Jornalista Granduque José, do município de Ribeirão Corrente/SP, as visitas dos técnicos e atividades extracurriculares são importantes para o desenvolvimento do projeto, observou que há muitos alunos filhos de associados da Cocapec na escola, neste sentido nota-se o envolvimento da família na apreensão do conteúdo.

Ana Laura P. Cintra, vice-diretora, da Escola Estadual de Ibiraci/MG elogiou o projeto, principalmente pela inclusão do conteúdo cooperativista, levando valores de cooperação e solidariedade ampliando o olhar dos educandos para uma visão socioambiental mais consciente.

A Cocapec renovou também, o compromisso com os parceiros que enriquecem ainda mais

início dos trabalhos do

o conteúdo do “Escola no Campo”. O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SP) oferecerá oficinas de Educação Ambiental para alunos e professores, e também de Educação Cooperativa em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas instituído pela ONU. A Associação de Recuperação Florestal do Vale do Rio Grande continua conosco viabilizando e acompanhando as ações ambientais que serão realizadas até o final do ano.

As atividades nas escolas iniciaram dia nove de agosto, com a visita dos técnicos da Syngenta e da cooperativa, para falar com os educandos sobre Cooperativismo e o uso consciente de defensivos agrícolas e Equipamento de Proteção Individual (EPI).

O Projeto Escola no Campo inicia mais um ano de sucesso, levando consciência ambiental para aproximadamente 450 alunos.

Os alunos de escolas da região receberam orientações sobre o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Os professores das escolas participantes do “Escola no Campo” participaram da “Oficina de Educação Ambiental” realizada na Cocapec

Page 44: Revista Cocapec nº 81

44 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

SoCIaL

O projeto traz este ano o elogiado espetáculo “O Senhor

dos Sonhos”

Texto: Cristiane Olegário (Assistente de Comunicação Cocapec)

veM aí:veM aí:

A Cocapec e o Sicoob Credicocapec

em parceria com a Coonai e Unimed/Franca promovem há 6 anos o programa Mosaico Teatral em Franca, um programa do Sescop/SP. O objetivo é proporcionar o acesso à cultura para seus cooperados, colaboradores e a comunidade, através de renomados espetáculos teatrais.

Neste ano, o projeto traz à Franca a elogiada

peça “O Senhor dos Sonhos” da Cia Truks, que faz parte da Cooperativa Paulista de Teatro. A montagem já passou por diversas cidades com grande sucesso e promete contagiar a todos com a história de Lucas, um sonhador criativo que volta às memórias de infância.

Este ano, o Mosaico Teatral acontece no dia 28 de setembro às 20h, no Teatro Municipal de Franca com classificação

livre. Os ingressos serão vendidos nas cooperativas participantes com o valor simbólico de R$ 5 ou 2 litros de óleo. Toda renda será revertida para o Lar de Ofélia que acolhe idosos.

As cooperativas já começaram os preparativos para trazer para a comunidade mais uma ação em benefício a seus cooperados, levando lazer e entretenimento a toda a sociedade.

sinopse da peça: O espetáculo “O Senhor dos

Sonhos” conta a história de Lucas, um velho e bem sucedido escritor, que relembra os tempos de sua infância como um menino criativo, engraçado, simpático e, principalmente, sonhador! Se não navegava pelos sete mares, certamente estava a pilotar alguma nave espacial em planetas longínquos. E, como sempre, atrasado para ir à escola ou esquecido de suas lições e obrigações.

O “Senhor dos Sonhos”, ao confrontar as mirabolantes

aventuras de Lucas com a necessidade que o menino tem de “ajustar-se” às regras sociais, é um espetáculo que discute, mesclando momentos lúdicos e divertidos com outros de delicada e leve poesia, o conflito em que se veem as crianças, ao terem que se equilibrar, como que sobre uma corda bamba, entre a fantasia e a realidade.

Cooperativas Parceiras

Apoio Cultural

Realização ApoioInstitucional

classificaçao LIVREINFANTIL

Cia. truks

espetáculo

o senhor dos sonhos

POSTOS DE TROCACOCAPEC, SICOOB CREDICOCAPEC

COONAI e UNIMED

INGRESSO5 reais ou 2 litros de óleo

revertidos ao lar de oféliasexta-feira - 28/09 - 20h00Teatro Municipal José Cyrino Goulart

Av. Sete de Setembro, 455

Bairro São José - franca

informações

COCAPEC (16) 3711-6200 /3711-6285

SICOOB CREDICOCAPEC (16) 3712-6600 / 3712-6630

COONAI (16) 9214-6394 / (16) 3145-1011

UNIMED (16) 3711- 6711 / 3711- 6679Teatro Municipal (16) 3723-9531

www.sescoopsp.coop.br/mosaico

facebook.com/mosaico

“o oBjeTivo é ProPorCionar o aCesso à CulTura Para seus CooPerados, ColaBoradores e a CoMunidade”

Page 45: Revista Cocapec nº 81

Cooperativas Parceiras

Apoio Cultural

Realização ApoioInstitucional

classificaçao LIVREINFANTIL

Cia. truks

espetáculo

o senhor dos sonhos

POSTOS DE TROCACOCAPEC, SICOOB CREDICOCAPEC

COONAI e UNIMED

INGRESSO5 reais ou 2 litros de óleo

revertidos ao lar de oféliasexta-feira - 28/09 - 20h00Teatro Municipal José Cyrino Goulart

Av. Sete de Setembro, 455

Bairro São José - franca

informações

COCAPEC (16) 3711-6200 /3711-6285

SICOOB CREDICOCAPEC (16) 3712-6600 / 3712-6630

COONAI (16) 9214-6394 / (16) 3145-1011

UNIMED (16) 3711- 6711 / 3711- 6679Teatro Municipal (16) 3723-9531

www.sescoopsp.coop.br/mosaico

facebook.com/mosaico

Page 46: Revista Cocapec nº 81

46 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

SoCIaL

Atividades ajudam a incluir o cooperativismo no cotidianoTexto: Cristiane Olegário (Assistente de Comunicação Cocapec)

PrograMa CooPerjoveM promove oficinas em Franca

A Cocapec, o Sicoob Credicocapec e a Coonai promoveram

entre os dias 11 e 16 de junho as oficinas de “Jogos Cooperativos” e “Contação de Histórias”, que fazem parte do Programa Cooperjovem, uma iniciativa do Sescoop/SP. Participaram alunos e professores do ensino fundamental da EMEB’s Prof. Fausto Alexandre Teodoro de Souza e Profª. Sueli Contini Marques, além de colaboradores das cooperativas, educadores convidados da Secretaria Municipal de Educação de Franca e parceiros da Casa-abrigo “Recanto Samaritano”.

A oficina de “Jogos Cooperativos” reuniu aproximadamente 750 crianças, e foi ministrada pelo instrutor Sérgio Carvalhal. De forma lúdica e divertida, os alunos vivenciaram os princípios cooperativistas para conviver e brincar.

Já a oficina de “Contação de histórias”, mostra como este recurso serve de instrumento pedagógico na realização de aulas, projetos e atividades cooperativistas. Gislayne Matos foi a profissional responsável pelo curso que reuniu cerca de 50 pessoas.

A participação de colaboradores e parceiros das cooperativas nas oficinas oferecidas pelo Cooperjovem esteve intrinsecamente ligada ao projeto Natal Cooperativo da Cocapec e Credicocapec que, objetiva levar as entidades sociais de Franca e região, ações contínuas através do trabalho voluntário. A casa-abrigo “Recanto Samaritano” participa desse novo desafio e a equipe de profissionais do “Recanto” participantes das oficinas puderam mergulhar no mundo imaginário da “Contação de histórias” para enriquecer o trabalho que desenvolvem na instituição.

A integração Cooperjovem e Natal Cooperativo demonstra que a cooperação e a solidariedade são valores vivenciados no cotidiano das cooperativas, especialmente no Ano Internacional das Cooperativas instituído pela ONU. Neste ano, integramos nossas ações para que os princípios cooperativos sejam disseminados na sociedade, através do envolvimento dos nossos colaboradores e o engajamento dos novos parceiros.

De forma lúdica e divertida, os alunos vivenciaram os princípios cooperativistas para conviver e brincar

A oficina “Contação de Histórias” é um instrumento pedagógico para disseminar os princípios cooperativistas

Page 47: Revista Cocapec nº 81

Cursos do senar Minas e são Paulo

movimentam a região

47SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

É a oportunidade para o produtor rural e sua família se capacitar nos dois Estados

Texto: Raquel Cintra Rosa (Assistente Administrativo Senar/MG) e Camila Neves (Coordenadora Senar/SP)

O Senar/MG promoveu em junho dois

cursos. O primeiro foi de Operação de Colhedora, realizado na Fazenda Cafeeira São Judas Tadeu em Ibiraci/MG, que apresentou técnicas de utilização, formas de minimizar os estragos na lavoura e aumentando a eficiência de retirada dos grãos sobressalentes, além de ressaltar a importância no uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs). O segundo foi de Pintura e Bordado e aconteceu em Claraval/

MG. Na oportunidade, as participantes deixaram a criatividade fluir, aprendendo técnicas para a confecção de artigos que podem até se transformar em fonte de renda.

Já os 5 cursos oferecidos pelo Senar/SP beneficiaram cerca de 80 pessoas em junho, veja quais foram: Aplicação de Agrotóxicos com Turbo Pulverizador em Restinga/SP, Processamento Artesanal de Frutas em Franca/SP, Sensibilização para o Programa de Tomate Orgânico em São José da Bela Vista/SP,

Sensibilização para o Programa de Apicultura Franca/SP e mais um módulo do Programa de Olericultura Orgânica em São José da Bela Vista/SP. Em julho, foram ministrados cursos de Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas Jeriquara/

SP, Aproveitamento de Alimentos na Cozinha de Referência da Secretaria de Segurança e Cidadania de Franca e mais um módulo dos Programas de Olericultura Orgânica, Tomate Orgânico e Apicultura.

núcleos

ibiraci: (35) 3544-5000 (Raquel)

Claraval: (34)3353-5257 (Dinei)

Capetinga: (35)3543-1572 (Joana)

[email protected]

senar/sP

sindicato Rural de franca

(16) 3720-2366 (Camila)

[email protected]

www.srfranca.com.br

segue abaixo a relação de possíveis cursos senar/mg• Trator

• Roçadora costal/lateral

• Defumados (suíno)

• Crochê e bordado

• Avicultura

• Trançados em couro

• Manutenção de colhedora

• Motosserra

* Relação sujeita a alterações.

No curso de pintura e bordado as participantes deixaram a criatividade fluir.

Page 48: Revista Cocapec nº 81

48 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

opINIÃo

de ProduTor de CaFé Para eMPresário rural

Célio Garcia NevesConsultor em Gestão do Agronegócio - Pós Graduado em Administração Financeira. Qualquer duvida ou comentário pode ser feito através do e-mail: [email protected]

Iniciei no mercado de café na década de 70, na Rua Diogo Feijó, conhecida na época como “Rua do Café”. Desde então tenho acompanhado e

participado das alegrias e tristezas da “Arte de produzir e comercializar Café”. Presenciei também a evolução do cafeicultor nesta arte, e posso dizer que estão de parabéns, pois houve uma especialização muito grande na produção.

Mas o mundo também evoluiu e cobra do produtor maior responsabilidade social, preservação do meio ambiente, certificação, etc.

Neste momento, podemos fazer uma pergunta: Como ser lucrativos e também atender a todas as exigências do mercado?

A resposta é que o produtor deve-se tornar um empresário rural, e estar sempre atento a outros assuntos que estão intimamente ligados a sua atividade, tais como planejamento estratégico e financeiro, fluxo de caixa, orçamento, estimativa de safra e mercado futuro. Para melhor entendimento, vamos comentar sobre alguns destes conceitos.

Planejamento estratégico

É colocar no papel a vontade a qual esperamos que aconteça com nosso negócio nos próximos anos. Após estabelecer esta vontade passamos a formular os objetivos e metas, ou seja, qualificar e quantificar o que deverá ser feito nos próximos anos, observando as condições internas e externas que envolvem o negócio.

É necessário fazer um levantamento criterioso dos recursos (econômicos, financeiros e humanos) disponíveis, e um estudo técnico que servirá como base para avaliar o potencial produtivo do ponto de vista econômico.

Planejamento financeiro

É transformar o estratégico em dinheiro, e com isso facilitar a tomar decisões difíceis antecipadamente, e escolher como gastar, principalmente nos meses em que a renda não cobre todas as nossas despesas.

O planejamento financeiro é como um mapa que vai ajudar a sair de onde está e levar até o alcance dos seus objetivos e metas. Além disso, deve ser acompanhado rigorosamente através do fluxo de caixa, fazendo correções quando necessárias. Com isso podemos estimar, a médio e longo prazo, qual é o retorno que obteremos

dos investimentos realizados e a viabilidade econômica de novos na atividade.

Porque fazer e seguir um planejamento?

Principalmente para ter maior conhecimento financeiro e econômico do negócio, reduzir custos efetivos, pagar menos juros bancários, tornar-se mais eficiente e obter lucro.

Para que serve o planejamento?

Para definir onde queremos que nosso negócio esteja econômico e financeiramente nos próximos anos, facilitar

as decisões sobre o quanto e onde investir, ajudar a alcançar as metas financeiras e assumir o controle sobre o dinheiro.

Finalmente, é importante lembrar que não basta apenas modificar a forma de se intitular “Produtor Rural para Empresário Rural” que promoverá a transformação, mas sim um ajuste de postura, atitude, gestão e quebra de paradigmas que possibilitará avançar mais um degrau na evolução para “Empresário Rural”.

Page 49: Revista Cocapec nº 81

49SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

CURTaS

Foto no cadastro garante tranquilidade e segurança ao cooperado

Reunião de novos Cooperados

Brigada de Incêndio da Cocapec atua rapidamente em queimada

Cocapec e Sicoob Credicocapec premiam quem colaborou com o 3º Leilão apae Franca

Atenção Cooperado: verifique junto ao setor de cadastro se consta em seus dados a sua foto. Ela garante segurança no momento de adquirir produtos e fazer diversas movimentações na

cooperativa. Caso não possua a imagem, basta comparecer no setor de cadastro e tirar no momento. No caso dos núcleos, leve uma foto 3x4 e diga que é para atualização de cadastro.

Em junho nos dias 20 e 22, e agosto no dia 8, aconteceram reuniões de novos cooperados. O encontro é a oportunidade de conhecer mais sobre o cooperativismo, o funcionamento da

cooperativa assim como os direitos e deveres do cooperado. Cerca de 35 pessoas participaram e agora fazem parte da Cocapec que deseja boas-vindas aos novos associados.

No dia 3 de agosto, os brigadistas da cooperativa colocaram em prática o que aprenderam, ao apagarem uma queimada em terreno ao lado da Cocapec Matriz que poderia tornar-se uma ameaça. Mas o que é a Brigada de Incêndio? É

um grupo organizado de colaboradores treinados e capacitados para atuarem na prevenção, abandono de área, combate a princípio de incêndio e incêndio, e ainda prestarem os primeiros socorros, dentro de uma área pré-estabelecida. A

atual equipe de brigadistas, que é formada por 22 colaboradores, proporciona mais segurança à Cocapec Matriz e Núcleos.

As cooperativas realizaram no dia 20 de julho um sorteio de duas TVs 32” e uma cafeteira espresso. A ação foi uma retribuição àqueles que doaram, através da Cocapec e Sicoob Credicocapec. Estes realizaram a

campanha em prol do 3º leilão Apae Franca que aconteceu em maio. Os ganhadores das 2 TVs 32” foram os cooperados Carlos Gomes e Nilton Messias Almeida, e a cafeteira espresso o colaborador Walter Alves dos Reis Junior.

Page 50: Revista Cocapec nº 81

50 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

BoLeTIM - Relação de troca

PRODUTOS UNID. Preço unitário SP Preço unitário MG Relação de Troca SP Relação de Troca MG

Fertilizantes

Sulfato de Amônio t R$ 845,00 R$ 960,00 R$ 2,11 R$ 2,40

Uréia t R$ 1.330,00 R$ 1.440,00 R$ 3,33 R$ 3,60

Super Simples Pó t R$ 790,00 R$ 636,00 R$ 1,98 R$ 1,59

Super Simples Gr t R$ 800,00 R$ 850,00 R$ 2,00 R$ 2,13

Cloreto de Potássio Gr t R$ 1.400,00 R$ 0,00 R$ 3,50 R$ 0,00

Adubo 21.00.21 t R$ 1.070,00 R$ 1.145,00 R$ 2,68 R$ 2,86

Calcário Dol.Itaú t R$ 50,00 R$ 45,00 R$ 0,13 R$ 0,11

Nitrato de Amônio t R$ 920,00 R$ 1.030,00 R$ 2,30 R$ 2,58

Valores referente ao mês de agosto de 2012

BiCHo mineiRo

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Abamectina Nortox 0.4 R$ 7,84

Curyon 0.8 R$ 52,64

Danimen 0.2 R$ 17,40

Fastac 0.2 R$ 5,20

Karate Zeon 250 CS 0.04 R$ 6,15

Nomolt 0.4 R$ 34,80

Rimon 0.3 R$ 16,59

Vertimec 0.4 R$ 19,86

CeRCosPoRa

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Priori xtra 0.75 R$ 90,00

Amistar 0.1 R$ 16,20

Viper 1 R$ 24,50

Cuprozeb 3 R$ 60,75

Tutor 2 R$ 43,86

Tebufort 1 R$ 22,70

Opera 1.5 R$ 113,37

Supera 2 R$ 45,40

feRRugem

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Alto 100 0.75 R$ 46,50

Opera 1.5 R$ 113,37

Cuprozeb 3 R$ 60,75

Tilt 1 R$ 80,09

Priori xtra 0.75 R$ 90,00

Supera 350 SC 2 R$ 45,40

HeRBiCidas

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Glifosato 3 R$ 22,29

Zapp QI 2.1 R$ 24,30

Gramocil 3 R$ 52,05

Aurora 0.08 R$ 23,98

Flumizim 0.1 R$ 33,05

Roundup WG 1.5 R$ 24,00

PHoma

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Amistar 0.1 R$ 16,20

Tebufort (Tebuconazole) 1 R$ 22,70

Cantus 0.15 R$ 77,00

feRRugem

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Endossulfan 0.75 R$ 47,40

manCHa auReolada

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Cobre Recop 3 R$ 51,00

Cuprozeb 2.5 R$ 60,75

Supera 2 R$ 45,40

Kasumin 1 R$ 64,50

Tutor 2 R$ 43,86

insetiCida/fungiCida de solo

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Verdadero WG 0.4 R$ 385,00

Counter 0.8 R$ 485,80

Actara WG 0.2 R$ 280,00

HeRBiCida PRé-emeRgente PaRa Café

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Alachor 5 R$ 74,75

Galigan Ce 2.5 R$ 104,75

Goal 2.5 R$ 114,00

Custo (R$/Ha) por seguimento

RelaçÃo de tRoCa de Café

Page 51: Revista Cocapec nº 81

51SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

Índice pluviométrico* de Capetinga nos últimos 5 anosAno Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2008 573 236 116 78 40 5 0 26 37 113 222 428

2009 354 249 286 165 54 21 17 24 128 156 193 389

2010 327 95 206 51 12 6 0 0 87 116 302 235

2011 399 120 538 136 0 8 0 0 8 186 161 306

2012 523 80 245 103 50 134 19

Média Mensal 435.2 156.0 278.2 106.6 31.2 34.8 7.2 12.5 65.0 142.8 219.5 339.5

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec de Capetinga, MG

550

500

450

400

350

300

250

200

150

100Jan Fev Mar

2008 2009 2010 2011 2012

Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov

Fonte: Esalq/BM&F

Dez

550

500

450

400

350

300

250

200

150

100Jan Fev Mar

2008 2009 2010 2011 2012

Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov

Fonte: Esalq/BM&F

Dez

média mensal do preço de Café arábica* índice esalq/Bm&f

2011 2012

R$ US$ R$ US$

Janeiro 433,37 258.54 485,04 271.39

Fevereiro 495,98 297.29 441,31 256.93

Março 524,27 315.94 387,53 216.18

Abril 524,41 330.82 379,53 204.47

Maio 530,76 329.11 382,65 192.69

Junho 514,99 324.35 360,31 175.76

Julho 457,81 292.92 408,06 201.05

Agosto 470,62 294.68

Setembro 511,57 292.51

Outubro 490,45 277.34

Novembro 493,83 275.48

Dezembro 491,35 267.28

MÉDIA ANUAL 494,95 296.36 406,35 216.92*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

média mensal do preço* de milhoíndice esalq/Bm&f

2011 2012

R$ US$ R$ US$

Janeiro 30,35 18.11 31,08 17.39

Fevereiro 31,68 18.99 28,40 16.54

Março 31,44 18.94 28,89 16.11

Abril 29,94 18.88 25,83 13.92

Maio 28,69 17.79 24,91 12.54

Junho 30,75 19.36 24,13 11.77

Julho 30,31 19.39 28,80 14.19

Agosto 30,20 18.91

Setembro 31,92 18.23

Outubro 30,75 17.39

Novembro 29,81 16.66

Dezembro 28,18 15.32

MÉDIA ANUAL 30,34 18.16 27,43 14.64Fonte: Índice Esalq/BM&F

Índice pluviométrico* de Franca nos últimos 5 anosAno Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2008 325 230 128 108 38 32 0 26 39 87 168 410

2009 382 228 282 53 58 32 21 30 137 262 77 382

2010 461 158 274 16 17 12 1 0 110 102 339 221

2011 328 145 365 146 1 29 0 24 32 115 135 274

2012 317 158 150 125 28 115 28

Média Mensal 299.2 152.1 209.7 89.6 28.5 44.0 10.0 20.1 79.5 141.4 179.9 321.7

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec Matriz - Franca, SP

média mensal do Preço do Café arábica - Comparativo dos últimos 5 anos (R$)

Page 52: Revista Cocapec nº 81

52 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

Colaboradores do siCooB CrediCoCaPeC realizam visita técnica

O Sicoob Credicocapec realizou no mês de agosto, juntamente com seus colaboradores, uma visita

técnica às fazendas Nossa Senhora de Fátima e Santo Antônio do Monte Belo, localizada no município de Restinga/SP, com o intuito de conhecer a mecanização da colheita do café.

A visita foi acompanhada pelo Sr. José Amâncio de Castro – Diretor Administrativo da Cooperativa – e composta por várias etapas.

Inicialmente, o grupo foi conhecer como funciona a colhedeira mecânica do cafeeiro. Na sequência, foi demonstrado de forma prática, a varreção mecânica do café, que é o recolhimento dos frutos que caem antes e durante a colheita.

Depois, foram conduzidos para o lavador, onde o café passa por uma pré-limpeza, retirando impurezas como galhos, paus e folhas. Na aragem retira principalmente terra e pedras. Neste processo, em virtude das diferentes densidades dos cafés bóia e cereja, o café é separado com diferentes pontos de maturação.

Logo após, os colaboradores foram conhecer o terreiro, que é o local onde ocorre a secagem do café, onde o grão fica exposto ao sol para retirar o excesso de umidade, ressaltando que o revolvimento do café é de suma importância para que os grãos sequem por igual.

Outra etapa acompanhada foi a de beneficiamento, que consiste na retirada da casca e pergaminho, transformando o fruto em café beneficiado.

Para completar, os colaboradores visualizaram o ensacamento do café em big bags, que posteriormente será levado para os armazéns da Cocapec.

Essa visita mostrou a importância de conhecer todo o processo prático, uma vez que, o grupo só tinha o conhecimento teórico.

As atividades foram finalizadas com um Coffee Break acompanhado pelo bom e velho cafezinho oferecido pelos cooperados proprietários das fazendas.

Texto: Tassiane Vaismenos (Assistente de Comunicação)

O diretor administrativo da cooperativa, José Amâncio de Castro, foi o monitor da visita técnica

Os colaboradores tiveram a oportunidade de acompanhar o revolvimento do café no terreiro

Os colaboradores do Sicoob Credicocapec puderam visualizar todas as etapas do café na fazenda

Page 53: Revista Cocapec nº 81

53SETEMBRO / OUTUBRO 2012 | Revista Cocapec

3º WorkshoP de CrédiTo

rural do BanCooB

Texto: Alessandra Cristina Moscardini Carvalho (Gerente de Crédito)

Realizado nos dias 5 e 6 de

julho em Brasília – DF, o 3º

Workshop de Crédito Rural

do Bancoob, apresentou as novas

mudanças da politica de crédito

rural do Governo Federal, através do

Plano Safra 2012/2013.

O presidente do Bancoob,

Sr. Marco Aurélio Almada

comentou em linhas gerais

sobre o agronegócio e o novo

ano safra; o Sr. Marcelo Carneiro,

superintendente comercial, falou

sobre crédito rural no Sicoob. Na

sequência João Luiz Guadagnin,

do Ministério do desenvolvimento

Agrário (MDA), apresentou o novo

plano Agrícola e Pecuário para a

Agricultura familiar e Caio Tibério

do Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento

(Mapa), apresentando o Novo

Plano Agrícola e Pecuário para

a Agricultura Empresarial, com

as particularidades sobre o novo

plano safra, onde o enfoque maior

foi dado ao apoio à agricultura

familiar. Vale destacar que Sr. João

Luiz Guadagnim parabenizou e

agradeceu as cooperativas pelo

apoio e comprometimento com a

agricultura familiar.

Também fez parte da programação,

treinamento correspondente à

nova mudança no SISBR, referente

ao novo sistema RECOR – Registro

Comum das Operações Rurais,

que é sistema do Banco Central

do Brasil que faz o controle das

operações de crédito rural em todas

as instituições autorizadas.

Page 54: Revista Cocapec nº 81

Muitos criadores perguntam: qual o melhor medicamento para diarreia em bezerros? Parece simples e fácil a resposta, mas não é. São diversos fatores e causas das diarreias. O que deve ficar evidente: o melhor remédio é a prevenção (e mais barato).

Devemos lembrar que o colostro deve ser dado aos recém-nascidos, pelo menos, nas primeiras 24 horas de vida, fornecendo anticorpos que são absorvidos no seu intestino (artigo revista Cocapec nº79, pg. 26).

Geralmente as diarreias são causadas por microorganismos considerados normais dentro do intestino dos bezerros, porém, devido alguns fatores como manejo deficiente, estresse, falta de higiene, umidade, excesso de animais por bezerreira, água contaminada, frio, parasitose entre outros, baixa a resistência do animal e cria a oportunidade para que a bactéria se multiplique intensivamente instalando a diarreia.

Devemos sempre identificar as diarreias e suas causas, procurando um tratamento específico, observando a incidência e quantos bezerros estão contaminados. Reforçar junto aos profissionais que como os vaqueiros e retireiros, que atuam diretamente com o animal, sobre os prejuízos que produzem esta doença como o alto custo dos medicamentos e a mortalidade.

O futuro do seu rebanho está na criação bem sucedida de seus bezerros e bezerras. Todo cuidado é pouco...

Na Cocapec você encontra os medicamentos para controlar esta doença. O acompanhamento pelo médico veterinário é muito importante para confirmar o diagnóstico e a melhor recomendação para o tratamento e controle da diarreia.

novos horários de atendimento do veterinário

Terça-feira – Ibiraci/MG (tarde)

Quarta-feira – Franca/SP (tarde)

Quinta-feira – Pedregulho/SP (manhã)

Quinta-feira – Capetinga/MG (tarde)

Sexta-feira – Claraval/MG (manhã)

[email protected]

escherichia coli, uma bactéria que causa a colibacilose. Acomete principalmente bezerros nas 3 primeiras semanas de vida. A diarreia é de cor esbranquiçada e fedida. O animal fica fraco, não tem apetite, emagrece rápido e pode morrer em poucos dias.

Coronavírus, os bezerros apresentam sinais de fraqueza, depressão, relutância para mamar, com fezes contendo muco e leite coagulado. Acomete animais de 7 dias a 3 semanas de vida.

eimeriose ou coccidiose, apresenta uma diarreia contagiosa causada pelo protozoário Eimeria spp , as fezes são escuras, aquosas contendo muco e sangue (curso negro), cheiro forte e fica grudada na cauda do bezerro. Ocorre em animais de 1 a 6 meses de idade. O animal perde o apetite, desidrata e seu crescimento é retardado. A transmissão é ocasionada pela ingestão de

diarreia eM Bezerros

Cuidados com o pequeno animal garantem um rebanho sadio

salmonelose, conhecida também como “paratifo dos bezerros”. É causada por uma bactéria, a salmonela. As fezes tornam-se fluidas com presença de muco, de cor esverdeada ou cinzenta com bolhas de gás e cheiro desagradável. Acomete animais até 3 meses de vida.

Rotavírus, causada por vírus, aparece em bezerros com menos de 10 dias de idade. A diarreia é aquosa e amarelada, contamina rapidamente os bezerros novos, causando salivação, relutância para mamar e parar de pé. A contaminação é por ingestão de fezes infectada.

água contaminada e lambedura de pelos onde existam fezes infectadas. A falta de higiene nas baias ou bezerreiras, o excesso de umidade, a superlotação ajudam no aparecimento da doença.

Parasitose gastrintestinal, causada por vermes ou lombrigas, pode levar a uma diarreia, acometendo geralmente animais mais novos e com deficiência alimentar e fracos.

pRoDUÇÃo aNIMaL

54 Revista Cocapec | SETEMBRO / OUTUBRO 2012

Texto: Paulo Henrique Andrade Correia (Médico Veterinário Uniagro/Cocapec)

Page 55: Revista Cocapec nº 81

novos horários de atendimento do veterinário

Terça-feira – Ibiraci/MG (tarde)

Quarta-feira – Franca/SP (tarde)

Quinta-feira – Pedregulho/SP (manhã)

Quinta-feira – Capetinga/MG (tarde)

Sexta-feira – Claraval/MG (manhã)

[email protected]

Page 56: Revista Cocapec nº 81

1º LUGAR: R$ 10.000,00

2º LUGAR: R$ 8.000,00

3º LUGAR: R$ 6.000,00

4º LUGAR: R$ 4.000,00

5º LUGAR: R$ 2.000,00

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

anuncio1pgAF2.pdf 1 8/31/12 11:20 AM