Upload
camila-puni
View
213
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Essa é uma coletânea das colagens manuais realizadas na disciplina de Psicologia e Percepção no curso de graduação em Design na PUC-Rio. Tivemos como foco geral correlacionar o Design com os temas dos Estudos de Gênero e Sexualidade. No primeiro semestre de 2016 ela foi ministrada por Denise Portinari, Camila Olivia-Melo (estágio docência) e Barbara Orsi, Eva Celém e Natasha Ribas (bolsistas Pibics). Uma criação do LARS e Unicórnios - PUC-Rio, 2016.
Citation preview
3
Rio de Janeiro, inverno de 2016PUC-Rio - LARS e Unicórnios
CARTA DE ABERTURA
Tendo como uma das mais fortes inspirações a dadaísta Hannah Hoch (essa maravidiva da Fotomontagem, Fotocopiarte e Colagens manuais) é que iniciamos nossa proposta da “Oficina de Colagens” no curso de Graduação em Design - dentro da disciplina Psicologia e Percepção - ministrada por Denise Portinari, por mim (como estágio docência) e por outras três feministas incríveis: Barbara Orsi, Eva Celém e Natasha Ribas. Tínhamos um tema para nossas aulas e um foco a seguir. A ideia era colocar em diálogo com o Design as temáticas: gênero, sexualidade, subjetividade, percepção e diferença.
Ao longo dos meses dentro desse ambiente educativo alguns textos foram lidos, fortes discussões em sala se desenvolveram e alguns curta-metragens e documentários foram exibidos. Dessa maneira fomos saindo de órbita, deslocando sensos comuns, viajando nesse grande universo de discussões, afetações, bichas e sapatões. Do momento da oficina o que permanece na pele, nos poros e nos pelos é a memória do toque, do toque em diversos papéis espalhados por sobre a mesa e aquela sensação sonora do Bebop tocando nos canais circulares dos ouvidos.
Conseguimos uma sala maior para a oficina. Houve o momento pré-colagem (aquele em que reunimos os materiais a serem usados) o momento para decidir, desco(a)brir e quebrar gelados medos. Nesse recortar e colar de papéis-vestígios alguns processos acontecem: o de re-memorar (o filme que o ingresso indica), o de investigar (por restos de tecido, botões, lantejoulas) e de, principalmente, movimentar energias. Energias de subjetivação, de processo, de Design e de força feminista.
Essa pequena publicação online é feita com carinho especial para todxs cursistas, técnicos do estúdio de fotografia e bolsistas Pibics envolvidxs nesse processo. Também a Guilherme Altmayer (pela força na diagramação), à Fernanda Coutinho (pela inspiração) e à Denise Portinari que nos incentiva à autonomia como modo de vida.
Camila Olivia-Melo