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Revista dos Colégios Vicentinos de São Paulo ano 1 número 2 fev2011 Revista dos Colégios Santo Antonio de Lisboa J. R. Passalacqua São Vicente de Paulo módulos para supletivo momento cultural favisol Como uma nova metodologia e materiais didáticos fazem a diferença dos Vicentinos Ampliando horizontes

Revista Colégio Vicentinos - fevereiro de 2011

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Revista Colégio Vicentinos - fevereiro de 2011

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Revista dos

Colégios Vicentinos

de São Paulo

ano 1 • número 2 • fev2011

Revista dos Colégios

Santo Antonio de Lisboa

J. R. Passalacqua

São Vicente de Paulo

módulos para supletivo • momento cultural • favisol

Como uma nova metodologia e materiais didáticos fazem a diferença dos Vicentinos

Ampliandohorizontes

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Um bom anoIr. Luci | Diretora

Editorial

A RevistA v é umA publicAção dos colégios:Colégio Santo antonio de liSboa - R. FRAncisco mARengo, 1317 cep 03313-001 tAtuApé são pAulo sp tel: 11 2942 4300 [email protected] • Colégio São ViCente de Paulo - pRAçA nossA senhoRA dA penhA, 161 penhA são pAulo sp cep 03632-010 tel: 11 2093 6744 [email protected] • Colégio J. R. PaSSalaCqua - RuA João pAssAlAcquA, 207 belA vistA são pAulo sp cep 01326-020 tel: 11 3242 5879 [email protected]

SuPeRViSão geRal: Irmã LucI rocha de FreItas

JoRnAlistA Responsável: gisele FARinA (mtb no 32.088/sp) • Projeto e Desenvolvimento: 113Dc Design+comunicação 11 3384-2140 www.113dc.com.br • textos: AnA cândidA bRiski (mtb no 43.154/sp) revisão: maria eliza tomazzi / josé antonio zechin • Fotos: new FAce FotogRAFiAs (cApA). ana cânDiDa briski / 113Dc / acervo colégios vicentinos • imPressão: ogra oFicina gráFica. tiragem 4.000 exemPlares.

PatRoCinadoReS: attentIve segurança e vIgILâncIa (www.attentive.com.br) • new Face FotograFIas (www.newFAcephotos.com.bR) ogra oFIcIna graFIca (www.ogra.com.br) • PoLe scoLa (www.Polescola.com.br) • rana Formaturas (www.RAnAFoRmAtuRAs.com.bR)

www.colegiosvicentinos.com.bR

Caro leitor.

Não podemos deixar de começar esse editorial desejando a todos os nossos leitores e seus familiares um bom início de ano letivo, com saúde e muitas alegrias. Todo começo de trabalho e parceria é momento de estreitarmos os laços e reafirmarmos os compromissos que assumiremos para um bem comum. É momento de transmitirmos a todas as famílias segurança e bem estar, para juntos criarmos um ambiente harmônico que inspire crianças, adolescentes e jovens na busca de metas para uma formação de qualidade. Ao mesmo tempo é hora agradecer a Deus criador por tantas bênçãos e graças recebidas, e pedir, para o ano que inicia, que permita à Família Vicen-tina cumprir seu principal objetivo: formar pessoas humanizadas e promotoras de vida e “vida em abundância”.

Cabe-nos ainda fazer uma breve retrospectiva das ações desenvolvidas para alcançar o objetivo maior de estimular e apoiar a produção do saber em todos os níveis de ensino e em todas as áreas do conhecimento, destacando o cumprimento de uma série de atividades, como: FAVISOL, Festas de Encerramento da Educação Infantil, Campanhas de Natal para crianças das obras sociais, Festas de Formatura para os alunos do Ensino Fundamental e Médio, Confraternização de Natal dos Colaboradores e o sucesso com os excelentes resultados alcançados nos vestibulares pelos nossos alunos da 3ª série do Ensino Médio. Como estamos aguardando a divulgação de algumas listas de aprovados, esses resultados serão divulgados no próximo número de nossa revista. Essas atividades marcaram um final de semestre em um ano cheio de tantas realizações.

Cada vez mais sentimos a necessidade de propagar que as pessoas devem exercitar o sentimento de solidarie-dade e de amor pela vida e entender que ações beneméritas vão desde os pequenos gestos aos grandes feitos.

Nessa edição partilharemos com o leitor as grandes emoções que deram todo sentido a mais esse ano de traba-lho, agradecendo a toda comunidade escolar e aos nossos colaboradores pela parceria e dedicação com o nosso projeto educacional. Porém, não podemos terminar esse editorial sem divulgar a carta de agradecimento que recebemos e que sintetiza toda a alegria com a qual desenvolvemos nosso trabalho.

Estimada Irmã Luci, Boa Tarde.Com alegria misturada a uma pontinha de saudade, estou escrevendo esse e-mail, agora na qualidade de pai de dois

ex-alunos dessa tão querida instituição de ensino.Ontem tivemos a colaçs ão de grau, em que notei que uma etapa da vida de minha filha estava terminando, assim

como um ciclo da minha própria vida, que durou por longos 15 anos, em que todas as manhãs da semana, pontual-mente às 7 horas, deixava o Leandro e a Renata. Nos últimos 3 anos só a Renata, pois o Leandro, graças ao excelente aprendizado que teve em sua permanência junto ao Santo Antonio, já seguiu em 2011, para o quarto ano de Química Industrial na Osvaldo Cruz.

Hoje, tive uma vontade enorme de escrever esse e-mail , e não tenho vergonha em dizer, com lágrimas nos olhos, para agradecer toda a atenção que meus filhotiveram nesses longos anos, assim como parabenizar a Direção da escola por tão assertivas escolhas dos mestres que cruzaram o caminho deles e influenciaram a formação do caráter dos meus filhos.

Irmã agradeça, por favor, em meu nome e de minha família, a todos os funcionários, professores e orientadores que participaram dessa longa jornada, pois posso afirmar que a missão do Santo Antonio, em nossa vida foi plenamente alcançada e cumprida!

Um grande abraço fraternal a todo o pessoal do Colégio, e que DEUS continue iluminando e abençoando a todos. Um 2011 cheio de paz.

Renato Corbo Filho

Caro amigo, desejamos de todo o coração que iniciemos mais esse ano letivo, contando com a amizade e a dedicação de todos os parceiros e colaboradores nesse processo, em que cada um de nós se faz responsável por aquilo que cativa, nossa maior riqueza, presente que recebemos de cada família.

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Seja qual a for a sua necessi-dade, os Colégios Vicentinos têm a solução ideal para você que, mesmo com horários restritos, não abre mão da excelência no ensino. Tudo isso com o renome de uma rede voltada à formação pessoal e com a tradição de mais de um século de ensino.

Criados há quatro anos, os cursos noturnos são desenvolvi-dos na unidade da rede locali-zada no bairro da Penha, tendo como público-alvo alunos que estão fora do colégio por longo período, estudantes já inseridos no mercado profissional e adul-tos que, por diversos motivos, acabaram adiando o sonho de estudar.

Duas modalidades de ensino noturno são oferecidas. A primei-ra é voltada ao Ensino Médio re-gular com duração de três anos, sendo um ano para cada série, com a mesma grade curricular do curso diurno. Opção escolhida por Felipe Stradiotto para prati-car com mais afinco uma de suas maiores paixões: o futebol. “Mi-nha família escolheu a escola, pois teve ótimas referências do colégio e eu estou gostando mui-to, pois acho que à noite é mais produtivo”, destaca o zagueiro do Clube Juventus.

Já a segunda modalidade obe-dece às diretrizes do Ensino para Jovens e Adultos (EJA), com dois módulos: o nível I, do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e dura 24 meses, e o nível II, que engloba todo o Ensino Médio e dura 18 meses. Embora destina-dos a pessoas com perfis diferen-tes, todos oferecem a possibilida-

de de uma formação completa. Avaliações, provas globais, si-mulados, material apostilado e multimídia, atividades culturais e esportivas fazem parte do cur-rículo daqueles que optaram em estudar depois do pôr do Sol. “A qualidade é a mesma do curso diurno. Faço aulas para a prova do ENEM à tarde e tenho orien-tações para prestar o vestibular”, comenta a aluna do E.M. (regu-lar), Aline Sperto, 17 anos.

Outros alunos, apesar de terem parado os estudos, fizeram ques-tão de escolher o São Vicente para regressar, como Ana Paula Marques, 6º ano. “Tive um pro-blema de saúde e precisei parar de estudar por quatro anos. Aca-bei voltando para o São Vicente porque sei que aqui aprenderei de verdade”, completa a futura veterinária. Já para Bruno Giheli, do EJA-II, a necessidade de tra-balho o fez dar uma pausa nos estudos, mas a vontade de cursar

Arquitetura e Urbanismo falou mais alto. “O preço era acessível e a escola é boa, por isso fiz essa escolha. Pretendo ser arquiteto e hoje vejo que isso é possível, diz o aluno.

A oportunidade de crescer profissionalmente e, quem sabe, abrir seu próprio comércio, le-varam a podóloga Dolores dos Santos, 47 anos, matriculada no EJA-II, a voltar para a escola,

intercalando os estudos com os afazeres domésticos e o cuidado com os pés. “Não é fácil voltar. No começo dá vontade de parar, mas com persistência a gente chega lá”, afirma ela, encorajan-do mais pessoas.

A solução para quem tem pressa em aprender, ou precisa estudar em horários alternativos

“A qualidade é a mesma do curso diurno. Faço aulas para a prova do ENEM à tarde e tenho orientações para prestar o vestibular”.

De cima para baixo, da esquerda para direita: Bruno Giheli, Felipe Stradiotto, Ana Paula Marques,Aline Sperto e Dolores dos Santos

Qualidade de ensino também no período noturno

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Uma superprodução envolvendo as crianças da Educação Infantil e o Grupo de Teatro dos Colégios Vicentinos levou centenas de pessoas a prestigiar o encer-ramento das atividades de 2010, com o tema “A saga de Peter Pan e seus amigos em Busca do Tesouro Perdido”.

Antes do início do espetáculo, as famí-lias puderam se divertir, conferindo ví-deos com imagens dos alunos na rotina escolar. Enquanto isso, indiozinhos, fadi-nhas e até mesmo capitães-gancho davam os últimos retoques nas fantasias antes de entrar em cena e encantar a plateia.

Também, quem não se encantaria em ver Peter Pan chegando ao palco pelo teto, Sininho desafiando as crianças a acredi-

tar em fadas e as trapalhadas de Wendy, João, Miguel e a cachorrinha Naná que, por pouco, não viraram reféns do terrível Capitão Gancho? Depois de tantas idas e vindas em busca do tesouro perdido, a re-velação final: a família é o maior de todos os prêmios que alguém pode encontrar.

“Procuramos trabalhar não só as apti-dões artísticas no espetáculo, mas a moral da história do Peter Pan, porque acredita-mos que a família é transmissora de paz às crianças”, explicou a diretora dos colé-gios, Irmã Luci Rocha de Freitas, que ain-da presenteou a plateia com uma música especial, fazendo votos para 2011. “Saúde, esperança e futuro próspero a todos da fa-mília vicentina”, encerrou.

Crianças encantam os pais e convidados na festa de encerramento do ano

Em busca do tesouro perdido

Fotos: New Face Fotografias

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Com o objetivo de aguçar os sentidos, a sensibilidade e os conhecimentos intelectuais, foi realizado em outubro o IV Festi-val Arte Educação, que envolveu os alunos dos colégios por meio dos conhecimentos adquiridos na disciplina de Arte/Educação.

Os alunos vivenciaram a teo-ria e a prática artísticas, possibi-litando significativas mudanças comportamentais, com ganhos na dicção, fala, postura e outros mais subjetivos, como o aumen-

to da sensibilidade, interesse pelo belo, responsabilidade e so-ciabilização. “Achei ótima essa iniciativa porque podemos ver a mudança em nossos filhos. Eles estavam superempolgados, motivados, na expectativa da apresentação. E isso é bom por-que estimula o interesse e ajuda no desenvolvimento”, opinaram Marcos e Rosana, pais de Victor Santos Araújo, 9 anos, o Rabicó no espetáculo “A Reforma da Na-tureza”, interpretado pelos alu-

nos do 4º ano C. Ao contrário das edições an-

teriores, este ano o Festival teve direito a corpo de jurados, pre-miações e medalhas a todos os participantes. “Legal esse forma-to de festival, porque incentiva mais a participação e a melhora contínua.”, sintetizou a família Baldrigue Andrade, que esteve completa para assistir o desem-penho de Marcos, 9, e Daniel, 7, que atuaram em ambos os espe-táculos.

Arte não se ensina, se aprende

O soar da campainha avisa que o es-petáculo vai começar. O frio na barriga invade centenas de alunos pois, dali a instantes, deixarão seus nomes e iden-tidades para viver uma nova vida, em uma outra época e, principalmente, te-rão de encarar uma plateia lotada.

Mas todos os grupos tiraram de letra as apresentações no X Momento Cultu-ral, encerramento das atividades artís-ticas e culturais realizadas anualmente nos colégios, posteriormente às marato-nas de provas. Depois de tanto estudo, não há comemoração melhor para os alunos e familiares do que os musicais, que emocionam e transportam especta-dores a um mundo de faz de conta.

De personagens do imaginário infan-til a contos de fadas, histórias reconta-das, reinventadas, atualizadas e outras jamais vistas se intercalaram entre fei-xes de luz, jogos de câmeras, adereços, música e dança, tentando resumir em poucos minu-tos algumas das técnicas aprendidas durante 2010.

Nos palcos vicentinos foi possível vivenciar um pouco de tudo durante os espetáculos. Os alunos apresentaram números de dança com a temática Disney, “Alice No País das Maravilhas” em duas

versões: a original e Alice Reloaded. Também fo-ram apresentadas montagens de Hamlet, do Auto da Compadecida e os encantos de A Bela e a Fera, dentre outras que finalizaram as apresentações deste ano, deixando em cada espectador o gosti-nho de “quero mais”.

Os Vicentinos em cenaX Momento Cultural trouxe aos palcos superproduções e uma mostra do melhor das artes

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É possível aprender a aprender? A res-posta é sim! Não só é possível, como es-pecialistas garantem que esta é uma das maneiras mais fáceis de conquistar um aprendizado eficaz para todas as etapas da vida. Este, certamente, é um dos di-ferenciais dos Colégios Vicentinos: desen-volver, desde o início, o poder do aprendi-zado como alicerce para uma vida plena.

Muito confuso? Vamos explicar...A maioria dos métodos educacionais se-

gue o padrão de aulas expositivas, ou seja, de um lado ficam os professores e suas te-orias e, de outro, os alunos e suas par-ticularidades. Conceitos e mais conceitos são reproduzidos e, ao final dos estudos, espera-se que o resultado seja um acúmu-lo de conhecimentos, quase que instantâ-neos e decorados, para atingir os objetivos propostos.

Ao contrário dessa vertente, a rede vicentina se preocupa com a individua-lidade de cada aluno e, por isso, desen-volveu seu próprio método educacional, sendo uma das escolas pioneiras do país a trabalhar com o conceito de habilidade e competência, não só em sala de aula, mas em todo o material didático do curso, seguindo as diretrizes estabelecidas pela UNESCO.

Por meio da metodologia dialógico-reflexiva, faz uso constante da filosofia,

para que o aluno seja o construtor de seu próprio aprendizado. O conteúdo não é a finalidade, mas o processo, um meio para que ele próprio desenvolva suas potencia-lidades, participando ativamente de todas as etapas de sua formação.

A principal vantagem desta proposta é a de ensinar para a vida, de maneira que os conceitos assimilados sejam perpetuados,

servindo de bagagem para outros conhe-cimentos que o aluno receberá ao longo da sua trajetória.

Assim, os professores atuam como agentes do saber, estimulando pensamen-tos, estabelecendo relações, sugerindo hi-póteses, conduzindo a linha de raciocínio dos alunos. “Com a participação do aluno em todas as etapas de aprendizagem, eles próprios conseguem apresentar o concei-to, diferentemente dos demais métodos, onde acontece o contrário: primeiro vem o conceito, depois a reflexão”, explica o pro-fessor de geografia Willian Fugii, um dos autores do material didático do colégio.

A rede vicentina se preocupa com a individualidade de cada aluno e por isso desenvolveu seu próprio método educacional

Formando caráter, ampliando horizontesVeja como a proposta metodológica inovadora dos Colégios Vicentinos pode contribuir para a formação dos alunos

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O material utilizado pelos alunos vicentinos nas séries iniciais segue a mesma meto-dologia de ensino, com o di-ferencial de possibilitar mais diversão às crianças, desen-volvendo habilidades e com-petências para que cada aluno exerça sua cidadania de forma criativa, crítica e dinâmica.

Este é o Projeto Alicerce, destinado ao Ensino Infantil, que inclui o método fônico na alfabetização, estabelecendo relações entre o som e a ima-gem, porque respeita a ba-gagem que a criança já traz,

possibilitando um aprendiza-do mais rápido e eficiente. O planejamento de atividades lúdicas para codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita no fluxo da fala e do pensamento é o método mais recomendado nas diretrizes curriculares dos países desen-volvidos que utilizam a lin-guagem alfabética.

São utilizados teatros, ví-deos, jogos e demais suportes que colaboram com o interes-se no aprendizado, a começar pelo livro de alfabetização chamado “Aconteceu na Flo-

resta”, que traz os ensinamentos em forma de uma his-tória contínua, com personagens infan-tis despertando o interesse das crian-ças para o desfecho da narrativa.

A idealização de um material didá-tico consistente teve início em 1983, com o incentivo da direção dos colé-gios, que acreditava que somente com livros próprios a escola poderia aliar todo o conhecimento exigido nos pa-râmetros curriculares com uma das especialidades da rede: o ensino de valores. Afinal, porque continuar usando obras de professores que há anos já não estão em sala de aula, sen-do a educação um processo contínuo de aperfeiçoamento?

Com a divulgação do relatório para a UNESCO sobre Educação para o sé-culo XXI, novas perspectivas se abri-ram e, desde 2007, a rede deu início a um criterioso processo para reformu-lação da proposta pedagógica.

Denominado “Projeto Pilar”, a pro-posta é destinada ao Ensino Funda-mental I e II, estando amparada nas principais teses da educação para o próximo século. Diferentemente do

método construtivista puro e simples, o mé-todo proposto pelos Colégios Vicentinos dá liberdade para o aluno criar sua própria linha de raciocínio, mas im-põe regras para que isso aconteça. “Conhe-cemos casos em que alunos chegam ao En-sino Médio sem saber ler e escrever direito. Isso não acontece conosco porque formamos cidadãos conscien-tes de que há deveres e direitos”, des-taca a orientadora pedagógica Soreny de Espírito Augusti.

Outro ingrediente de sucesso para o aproveitamento do material é o en-gajamento dos docentes que, além de uma bagagem educacional sólida e consistente, deve ser apaixonado pela disciplina, uma vez que ele será um agente de mudança.

Projeto Alicerce

Projeto Pilar

material didático próprio

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Imagine ganhar uma viagem com tudo pago e ainda escolher o destino entre vários lugares do país, sem se preocupar com pas-sagem e estada. Esse foi o prê-mio conquistado pelos alunos do 3º Ano do Ensino Médio dos co-légios Santo Antonio de Lisboa e J.R. Passalacqua no Programa de Televisão “O Último Passageiro”, exibido aos domingos pela Rede TV!.

Para conseguir o feito, cada colégio teve que derrotar três ou-tras instituições de ensino em provas que avaliaram desde co-nhecimentos gerais até outras destrezas como agilidade e con-centração. A recompensa valeu cada minuto gasto, já que os destinos selecionados pelos vi-centinos em sua viagem de for-matura, não são, como diria-mos, nada desprezíveis: Floria-nópolis, em Santa Catarina e Fortaleza, no Ceará.

Conforme destacou a orienta-dora educacional, Nelmara Por-to Previanchi, os alunos vicenti-nos são estimulados desde cedo

a participar de com-petições, como forma de trazer mais diver-são ao aprendizado, o que facilitou a con-quista. “A escola pro-move competições re-gularmente. Ainda assim, os alunos se prepararam para participar, eles próprios escolheram os líderes, e, com muita união, saíram vi-toriosos. Desde o início eles esta-vam com a estratégia pronta e di-ziam que iriam ganhar”, comen-tou a educadora.

Vitória em programa de televisão rendeu bons frutos aos vicentinos

Viagem premiada

Nada mais justo que, após a maratona de provas e anos de estudo, os formandos das oita-vas séries e terceiros anos do Ensino Médio dos Colégios Vicentinos escolhessem um presente especial para come-morar a chegada de mais um

ciclo. Para isso, os alunos do En-sino Fundamental II optaram em passar alguns dias envoltos em sombra e água fresca na Costa do

Sauípe/BA. Já os for-mandos do Ensino Mé-dio escolheram como cenário para a confra-ternização, nada mais, nada menos, que a Cordilheira dos Andes, na cidade argentina de Bariloche. Afinal, essa fase passa e as lem-branças sempre ficam.

A grande despedida

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Família reunidavira festa!

Do lado de fora dos colégios já era possível ouvir os gritos de comemoração dos 3 mil alunos do Ensino Infantil, Fundamental e Médio que se apresentaram na edição 2010 do FAVISOL (Famí-lia Vicentina Solidária), megae-vento anual esportivo realizado em novembro em toda a rede vicentina. Judocas, ginastas, nadadores, jogadores de xadrez, basquete, vôlei, futsal, handebol e capoeiristas transformaram os pátios dos colégios Santo Anto-nio (São Paulo) e São Vicente (Jundiaí) em uma verdadeira olimpíada com mais de dez ho-ras de competição. Resultado das aptidões adquiridas durante todo o ano por meio das aulas de Educação Física, cursos extra-curriculares e PEVI (Programa de Esporte Vicentino) que aliam conceitos e normas do esporte, como também desenvolvem va-lores importantes para a forma-ção de um vicentino. Mães, pais, avós, tios e amigos dos atletas estiveram nas escolas para pres-tigiar as apresentações e, por isso, uma ampla e diversificada praça de alimentação foi arma-da, trazendo variedade de comi-das, bebidas e doces para saciar não só os atletas como toda a tor-cida organizada. “Esse é o espí-rito do evento, envolver todos os colégios e todos os funcionários, pais e alunos, resultando numa confraternização saudável e di-vertida”, resumiu o coordenador esportivo da rede vicentina, Luiz Cláudio Tarallo, também treina-dor da seleção feminina brasilei-ra sub-18 de basquete.

esPorte como estILo de vIda

Além de todas as modalidades oferecidas nas aulas de Educa-ção Física dos colégios, é pos-sível incentivar muito mais a prática esportiva por meio dos cursos extracurriculares ofere-cidos em toda a rede, pelo me-nos 50% mais baratos que em academias e clubes. Ambiente seguro e familiar, profissionais capacitados que são, antes de tudo, educadores que privile-giam o lazer à competição, são algumas das vantagens para aqueles que se matriculam. A grade de dias e horários das modalidades é disponibilizada sempre no início do ano e varia de acordo com a demanda.

Também faz parte das atribui-ções da coordenação de Educa-ção Física selecionar os atletas de destaque nas modalidades: futsal, handebol, vôlei e judô para o PEVI, em representativi-dade aos colégios nas competi-ções externas. Os treinamentos são gratuitos e exi-gem, mais que a técnica, um bom desempenho es-colar, já que os selecionados não podem ter mais que 75% de faltas nem advertências e devem ter boas notas para ingres-sar no time.

Confraternização de fim de ano em grande estilo

As mais de 3 mil pessoas - entre alunos, familiares e funcionários do Colégio Santo Antonio de Lisboa que estiveram na escola para acompanhar a realização do FAVISOL - foram assistidas pelo Hospital São Luiz, presente na comunidade escolar durante a realização do evento, para prestar atendimento médico a todos os envolvidos. Os Colégios Vicentinos agradecem o apoio e a parceria realizada com sucesso!

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A segunda mais antiga Bienal do mundo recebeu a visita dos alunos de uma das obras sociais mantidas pelos Colégios Vicenti-nos, o Centro Promocional Dino Bueno, que atende crianças caren-tes do bairro Campos Elíseos, em São Paulo. Graças a uma parceria da rede vicentina com a empresa Diverte Cultural e a própria Bie-nal, os alunos participaram de vi-sita com monitores ao Pavilhão de Exposições do Parque Ibirapuera.

Muitos tiveram contato pela primeira vez com o mundo das artes visuais e todos os seus en-cantamentos, sendo a 29ª edição uma vitrine abrangente da atuali-dade, contando com mais de 150 artistas nacionais e estrangeiros. Seria impossível não ficar perdi-

do em meio a tantas obras, insta-lações e esculturas que, com for-mas, cores e significados distin-tos, despertavam o interesse dos alunos. “Eu nunca tinha visto de perto uma obra de arte. Parece tudo meio maluco, mas é legal”, sintetizou Pedro Gomes, 6 anos.

Outros se identificaram com al-gumas obras, elegendo-as como favoritas. “Gostei de todas as obras, principalmente aquelas que podíamos mexer, sentir. Mas a melhor foi a do cordão [“350 pontos Rumo ao Infinito”, Tatia-na Frouvé] que tinha mais coisas para imaginar”, contou Maria Le-tícia Santos, 9 anos. A Bienal des-te ano tomou emprestado o verso do poeta Jorge de Lima como títu-lo para a mostra: “Há sempre um

copo de mar para um homem na-vegar”, retirado da “Invenção de Orfeu” (1952), sintetizando a im-possibilidade de separar a arte da política. Para a professora Irmã Fátima, apesar de a experiência ser diferente para cada um dos alunos, todos apreciaram a visita. “Muitos estão discutindo as obras e querendo saber os porquês de cada objeto; outros estão felizes pelo simples fato de sair do am-biente escolar; então, é sempre positivo”, explicou.

A obra social Dino Bueno pos-sibilita atividades em horários in-versos aos das aulas, oferecendo, além de refeições, aulas de refor-ço e complementos educacionais como educação moral e cívica, idiomas, entre outras.

Arte ao alcancede todosParceria possibilitou a ida dos alunos do Centro Promocional Dino Bueno à Bienal

Para compreender o verda-deiro espírito que move o vo-luntariado é preciso participar de todas as etapas do processo, requerendo abnegação, doação e discernimento, valores intrínse-cos à formação de um verdadeiro vicentino. Neste sentido, as tra-dicionais “sacolinhas de Natal” ganharam novos parceiros este ano, como os alunos do Ensino Fundamental II, Médio e forne-cedores dos colégios, fazendo a alegria de 470 crianças entre 10 e 14 anos do Centro Comunitário Nossa Senhora de Fátima, enti-dade localizada no Jardim das Gaivotas – Cocaia.

Além das sacolinhas contendo roupas, sapatos, brinquedos e doces, as crianças foram recep-cionadas por um mutirão de vo-luntários que cuidaram do bem-estar durante a visita no Santo Antonio de Lisboa. Dj’s, moni-tores esportivos, atividades de recreação e de temática educa-tiva, deliciosos lanches servidos pelos alunos do Ensino Médio, foram algumas das atrações pre-paradas para animar a tarde das crianças.

Ao final do evento, os sorrisos e a sensação de contribuir de alguma forma para melhorar a vida de pessoas eram nítidos nos

alunos que vivenciam na prática a importância de fazer o bem e ser um genuíno Vicentino.

Vocação para fazer o bem

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Você já deve ter ouvido falar dele, Fábio Porcel, estudante dos Colégios Vicentinos entre os anos 1983 e 1992, o grande vence-dor da segunda edição do reality show “O Aprendiz” exibido pela TV Record.

O que talvez você não saiba é que Por-cel, um Vicentino de mão cheia, atribui muito de seu sucesso profissional à baga-gem herdada no colégio. “Devo muito ao que sou pelo sólido alicerce adquirido no Santo Antonio de Lisboa. Acredito que a escola me ajudou muito a reforçar o cará-ter e a educação que tive em casa, não só para ser vitorioso no Aprendiz, mas em todos os aspectos da minha vida”, destaca o ex-aluno, que eliminou quinze concor-rentes em provas e tarefas de difícil supe-ração, sem falar no confinamento de mais de dois meses.

Antes de ser contratado por uma das empresas de Roberto Justus, recebendo em 2005 um salário anual de R$ 250 mil, Porcel se formou em Administração de Empresas pela UNIP (Universidade Pau-lista), fez pós-graduação em Marketing pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e foi professor nas Faculdades Drummond e de Jaguariúna. Hoje é sócio e atua como vi-ce-presidente de operações de uma agên-cia de Publicidade e Marketing.

Apesar de tanto sucesso em pouco tem-po, Porcel relembra com muito gosto dos anos no colégio e faz uma comparação com os dias atuais. “Os anos no colégio

foram uma fase mágica, minha maior pre-ocupação era acordar cedo, fazer a lição de casa e ter boas notas. Hoje, as respon-sabilidades são outras, também uma fase mágica, porém pouco durmo, minha li-ção de casa é surpreender meus clientes e receber um bom feedback”, conta o ex-aluno, que disse ainda preservar muitos amigos da época do colégio.

Sobre seu comportamento em sala de aula, o vicentino diz que sempre gostou muito da área de exatas e era estudioso, mas também fazia parte da turma da ba-gunça. “Eu sempre lembro, como se fosse hoje, do professor Isaac, de História; da Soreny, que foi uma das minhas primeiras professoras; e da Luísa, de Matemática”, destaca. Quanto às atividades físicas, Por-cel disse gostar muito de handebol, ati-vidade que praticava regularmente nas aulas de Educação Física.

As festas juninas, as danças e as guloseimas das barracas também se mantêm vivas na lembrança de Por-cel, que fez questão de deixar um re-cado para os vicentinos. “Descubra o que você mais ama fazer na vida, foque nos seus objetivos e vá em frente! ‘Keep going’, nos estudos e na vida profissional. É um pra-zer fazer parte da família dos Colégios Vicentinos”.

De Vicentino a Aprendiz

Fabio

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1992

Fabio Porcel fala sobre a importância do conhecimento sólido adquirido nos Colégios Vicentinos

“Os anos no Colégio foram uma fase

mágica, a preocupação

era acordar cedo, fazer

a lição de casa e ter boas notas”

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Fé e espiritualidadeA rede vicentina proporcio-

na momentos de espiritualida-de para catequese de alunos e funcionários que receberam, no final de 2010, um dos sete sacra-mentos da Igreja Católica Apos-tólica Romana.

Após todos os ritos de prepara-ção, incluindo um belo retiro em Pindamonhangaba, um grupo

significativo de colaboradores e alunos dos colégios São Vicen-te de Paulo e Santo Antonio de Lisboa receberam o sacramento da Crisma, também chamado de Sacramento da Confirmação, já que é por meio deste que o cris-tão confirma sua fé em Jesus Cristo e na Igreja.

Além da Crisma, mais de 80

alunos dos mesmos colégios rece-beram a Primeira Eucaristia, de-pois de participarem dos encon-tros semanais, conhecidos como catecismo. Ao receber Jesus pela primeira vez, em forma de pão e vinho, as crianças assumiram, juntamente com suas famílias, o compromisso de ser um constru-tor do Reino da Paz.

O fim de uma etapa pode ser encarado de di-versas formas. Aos formandos do Ensino Médio e Fundamental II dos Colégios Santo Antonio de Lisboa, São Vicente de Paulo e João e Rafaela Pas-salacqua, o momento foi de homenagens, gratidão aos pais, amigos, professores que acompanharam o grupo por uma longa trajetória de convivência, sendo a busca pelo conhecimento o ponto de par-tida para que tudo isso fosse possível.

Para aqueles que ingressaram no Ensino Médio o momento era de comemoração e festa, já que pelo menos por mais três anos a rotina de estudo e a convivência diária seria mantida. “Apesar de continuar na mesma escola, algo sempre muda. Alguns vão para outras séries, os professores são outros, mas ainda bem que continuo no São Vi-cente: a melhor escolha, a melhor escola”, discur-sou Gabriela Datoro, oradora da 8ª A, Vicentina desde o Pré.

Outros, embora tentassem aparentar tranquili-dade pelos ciclos que estão por vir, expressaram o inexplicável: o misto de sentimento de tarefa cumprida com a expectativa de uma rotina nova. “É muita emoção, mistura tudo. Estou orgulhoso e confiante porque acho que tudo o que aprendi é suficiente para meu sucesso profissional... Mas, que dá um frio na barriga, dá”, resume Celso del Roveri Júnior, formando do 3º A do São Vicente.

Já para as gêmeas Isabella e Mirella Ronqui, for-mandas do 3º A do Santo Antonio, nos colégios desde a Educação Infantil, a formatura pode ser resumida em uma palavra: Saudade. “Estamos aqui desde sempre. Já choramos muito porque só

nós sabemos o quanto sentire-mos falta dos amigos, dos professores, da escola toda. É muita emoção. São mais de dez anos na mesma esco-la. Mas valeu a pena, valeu muito a pena!”. Alguns orado-res preferiram encorajar, como o formando da 8ª A do J.R. Pas-salacqua, Júlio César de França Pereira, fazendo suspense sobre duas notícias que teria para con-tar. “A boa é que a primeira batalha acabou e a ruim é que outras virão, porque a construção do nosso conhecimento é eterna. Mas não tem pro-blema. A gente acorda bem cedo, toma um café reforçado e vai em frente, assim como fizemos nesses anos todos”, recomendou.

Mas como um Vicentino será para sempre um Vicentino, as palavras da Irmã Luci resumiram o clima da festa. “A escola está aberta e sempre con-tinuará para todos vocês. A parceria não termina aqui. Os professores continuam sendo seus ami-gos e a escola continuará no mesmo lugar. Aliás, muitos dos nossos professores foram nossos alu-nos e, quem sabe, futuramente vocês não sejam também?”, encerrou a diretora dos colégios.

O início de um novo cicloSessão solene que antecedeu as festas de formatura foi marcada por emoção e homenagens