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Revista Comuna 64

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Espírito Santo - É uma pomba? Um vento? Uma pessoa? Descubra quem ele é e a plenitude que vai mudar a sua vida. Palavra do presidente - Amizades essenciais Serviço ao próximo - #amorquetransforma Exclusivo Nepal - Mário Freitas "Nenhum sistema prevalece contra o amor."

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COMUNIDADE DA GRAÇA SEDE

RUA EPONINA, 390 - V. CARRÃO

( 1 1 ) 2090-1800

UMA IGREJA FAMÍL IA

V IVENDO O AMOR DE CR ISTO

ALCANÇANDO O PRÓXIMO

E FORMANDO D ISC ÍPULOS

ACESSE O PORTAL COMUNA

WWW.COMUNA.COM.BR

E A Í , GOSTOU?

UM VENTO IMPETUOSO, UM AMIGO GENT ILExiste um lugar único bem perto de nós, aqui na América do Sul, cha-mado por alguns fotógrafos de “a terra do vento”. Se você pesquisar na Internet, com certeza encontrará imagens como essa da capa da revista. Esse lugar fica na Patagônia (Argentina) e é cheio de árvores milenares que acabaram se dobrando durante o seu crescimento por causa dos ven-tos que sopram incessantemente.

É muito interessante pensar que algo como o vento, que não podemos ver, e que, muitas vezes, não sabemos de onde vem e nem para onde vai, pode causar efeitos tão grandes de transformação e criar um cenário singular.

Funciona assim com a gente também. Como aquelas árvores da Patagô-nia, estamos enraizados no Senhor Jesus e somos moldados pela ação de alguém que não vemos, talvez não entendamos e, muita vezes, não conhecemos de verdade: o Espírito Santo de Deus. Essa ação faz de cada um de nós únicos.

Você encontrará nessa edição da Revista Comuna a experiência real de pessoas que foram tocadas pelo Espírito Santo, que foram conduzidas por Sua voz e que tiveram suas vidas transformadas pelos sonhos e desa-fios que Ele inspirou em cada uma delas.

É interessante ver que nisso tudo, o Espírito Santo se mostra como ami-go de todos aqueles que precisam dele. Tiago 4.8 diz: “Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês”, e nós queremos que você se aproxime mais de Deus. Não tenha medo ou receio de - como aquelas árvores - ter sua vida transformada por esse Espírito que é Santo, gentil e amoroso.

Boa Leitura!

GUSTAVO ROSANEL I E M IGUEL ANTUNESPELA EQUIPE ED ITORIAL

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USE A HASHTAG #REVISTACOMUNA OU ENVIE UM EMAIL PARA [email protected]

A matér ia do pastor Car los A lber to , vem de encont ro com a rea l idade em que v ivemos . É mui to bom saber e aprender que somos a mensagem do evange lho - @ju l inhorentero

Conteúdo in te l igente e desaf iador, nos desper tando para uma melhor cont r ibu i ção com a ig re ja de C r i s to e a soc iedade. @serg ior t j r

D IREÇÃO GERAL : CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA

CONSELHO GESTOR: CARLOS BEZERRA JR , SÉRGIO PAVARIN I , OSMAR D IAS , AGUINALDO FERNANDES , VALMIR VENTURA, LA IR DE MATOS , RENATO FOGAÇA, CÉZAR ROSANEL I , FERNANDO D IN IZ , GUSTAVO ROSANEL I , RONALDO BEZERRA

COORDENAÇÃO ED ITORIAL : M IGUEL ANTUNES

COORDENAÇÃO DO PROJETO:GUSTAVO ROSANEL I

JORNAL ISTA RESPONSÁVEL : CÉSAR STAGNO - MTB 58740

REVISÃO:MAYRA BONDANÇA

COLABORADORES : PAULO ALEXANDRE SARTORI , MAYRA BONDANÇA

DIREÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁF ICO :SALSA COMUNICAÇÃO

CIRCULAÇÃO:NO ESTADO DE SÃO PAULO: SÃO PAULO CAPITAL; ARUJÁ; ATIBAIA; BALSA; BRAGANÇA; CAMPINAS; CARAGUATATUBA; GUARULHOS; MAUÁ; MOGI DAS CRUZES; REGISTRO; SANTOS; SÃO BERNARDO DO CAMPO; SOCORRO; SOROCABA; TATUÍ ; TAUBATÉ; UBATUBA. RIO DE JANEIRO: MACAÉ.MINAS GERAIS: GOVERNADOR VALADARES; SÃO SEBASTIÃO DE VARGEM ALEGRE; VISCONDE DO RÍO BRANCO. PARANÁ: CURIT IBA; FOZ DO IGUAÇU; LONDRINA; MARINGÁ; PARANAGUÁ; ROLÂNDIA. PERNAMBUCO: BARREIROS; CARUARU; CATENDE; ITAPISSUMA; JOÃO PESSOA; RECIFE; STA. MARIA DA BOA VISTA. BAHIA: SALVADOR; VITÓRIA DA CONQUISTA

IMPRESSÃO:HAWAI I GRÁF ICA

DISTR IBUIÇÃO:12 .000 EXEMPLARES

#64 | JUNHO | 2015

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CAPA | 18

ESP ÍR ITO SANTOQUEM ELE É? RESPONDER A ESSA PERGUNTA É CAMINHAR PARA A PLENITUDE DE DEUS

DAS TREVAS À LUZ#AMORQUETRANSFORMA

AMIZADES ESSENC IA IS

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AS BASES DA NOSSA IDENT IDADE

ENTRE AMIGAS

O QUE VOCÊ TEM NAS MÃOS

RECOMENDO

DEUS PLANTA FLORES NO CAOS

DE MÃOS DADAS

ACONTECEU

DE JOELHOS E EM AÇÃO

F IOS DESENCAPADOS

29 31 32

08 12 14

30

24 26 28

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PALAVRA DO PRES IDENTE CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA

OS RELACIONAMENTOS QUE NOS LEVAM MAIS PERTO DE DEUS

s amizades são uma parte importante da nossa vida. Desde a criação do primeiro

casal, Deus mostrou a necessidade do companheirismo na vida humana. Em famílias, igrejas e comunidades criamos laços. Precisamos comparti-lhar a vida com outras pessoas.

Na Bíblia, Deus nos orienta sobre amizades. Ele fala do valor dos bons amigos e adverte-nos sobre os perigos dos companheiros errados. Ele ofere-ce instrução e apresenta exemplos que nos ensinam. Essas orientações valem para os jovens que ainda estão esco-lhendo o seu rumo, e também ajudam os adultos no seu caminho pela vida.

Em João 15.15, os cristãos são chama-dos de amigos de Jesus. E a importân-cia de manter um profundo relaciona-mento de amizade com o Pai, o Filho e o Espírito Santo é a chave de uma vida espiritual plena.

Ao longo da vida podemos ter conhe-cidos, amigos superficiais ou amigos íntimos. Mas a Palavra de Deus nos recomenda enfaticamente o cultivo das amizades espirituais com vistas ao nosso amadurecimento como cristãos - Hebreus 3.12-13.

Quem deseja mais de Deus tem que andar perto de gente que anda com Deus. As pessoas que são íntimas do Senhor nos ajudam a colocar Ele no foco. Primeiro seguimos os passos dos amigos de Deus, até que aos poucos seguimos os passos dele.

Esta parece ser a recomendação do apóstolo Paulo: “Tornem-se meus imi-tadores, como eu o sou de Cristo” – 1 Coríntios 11.1. Primeiro você imita Pau-lo, que imita Cristo, que imita Deus. De-pois você imita o Filho, que imita o Pai.

Uma coisa é muito clara, a qualidade da sua vida depende da qualidade das

pessoas com quem você convive e da qualidade dos relacionamentos que você constrói.

Por isso, é de extrema importância sa-ber responder às seguintes perguntas: Você tem amigos que o confrontam em amor? Você é transparente o sufi-ciente com seus amigos de modo que eles tenham como te confrontar?

Eu encorajo você a ser transparen-te, autêntico, com uma, duas ou três pessoas. Construir relacionamentos de autenticidade, de verdade. Pessoas com quem você não precisa usar más-caras para estar junto.

Cultive amigos! Abra-se, conviva com eles como quem diz: Eu estou pronto a que você me confronte, porque eu res-peito você. Você é meu amigo. Eu con-fio no seu amor e no seu interesse legí-timo por mim. O Cristo que habita em mim ama o Cristo que habita em você.

AMIZADESESSENCIAIS

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CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA

É FUNDADOR E PRES IDENTE DA

COMUNIDADE DA GRAÇA. É MEMBRO DA

ACADEMIA PAUL ISTA EVANGÉL ICA DE LETRAS

E PRELETOR INTERNACIONAL .

CASADO COM A PRA. SUELY BEZERRA.

Esse é o caminho do nosso crescimento espiritual, do aprofundamento da qualidade da nossa vida. Por esse motivo, a escolha de companheiros é um assunto de gran-de importância: "Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau" - Pro-vérbios 13.20.

No final das contas, nossas escolhas não envolvem apenas pessoas, mas definem a nossa direção na vida e na eterni-dade. Devemos nos rodear de bons amigos que nos ajuda-rão, especialmente, em termos espirituais.

Por isso, escolha cuidadosamente seus amigos, valo-rize aqueles que o corrigem quando erra; evite se re-lacionar com os que prejudicam sua vida espiritual, seja você também uma pessoa fiel e de confiança - es-pecialmente nos momentos difíceis quando os amigos mais precisam de nós.

Quando se trata de amizade, devemos valorizar qualidade, e não quantidade: "O homem que tem muitos amigos sai perdendo, mas há amigo mais chegado do que um irmão" - Provérbios 18.24.

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TRANSFORMAÇÃO SUELY BEZERRA

AQUILO QUE NOS TRAZ SEGURANÇA PODE REALMENTE GANHAR VIDA EM DEUS

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SUELY BEZERRA, É L ÍDER NAC IONAL DO

MIN ISTÉR IO MULHERES INTERCESSORAS .

É CASADA COM O PR . CARLOS ALBERTO BEZERRA

E AUTORA DE VÁRIOS L IVROS RELAC IONADOS

COM A ORAÇÃO E A PRÁT ICA DEVOCIONAL

que você tem nas mãos?” Se você ouvisse essa per-gunta hoje, o que respon-deria? Uma carreira, sua

educação, talvez sua aparência ou influ-ência. Temos muito nas mãos. E Deus quer usar exatamente isso para nos fa-zer agentes de transformação. Mas o que estamos dispostas a entregar?

Moisés também ouviu essa pergunta do Senhor em Êxodo 4.2-4. E o que aconte-ceu depois disso mudou a vida desse homem de quase 80 anos e de todo o povo de Israel. Deus usou o que ele tinha e criou uma história de fé, coragem e libertação.

Nós queremos servir a Deus. Estamos dispos-tas, queremos realizar a Sua obra, cumprir o Seu chamado. Nos sentimos desafiadas a sermos mu-lheres que realmente fazem a diferença por onde passam.

Mas, ainda assim, aca-bamos colocando con-dições para o agir de Deus. Sempre tem alguma coisa que não queremos perder, que não vamos entregar. Nos-sos medos e inseguranças acabam nos impedindo de viver tudo aquilo que Ele tem para nós.

Moisés também tinha muitos medos. Ele havia fugido do Egito e já vivia há muito tempo no deserto como pastor de ovelhas. Tinha uma família e uma con-dição estável. Mas ainda estava cheio de dúvidas e não se sentia bom o suficiente.

Um dia, quando pastoreava o rebanho de seu sogro, a visão de um arbusto em chamas o intrigou. A vida de Moisés estava prestes a ser virada de cabeça

para baixo. Ali, no meio das suas tantas incertezas, ele ouviu a voz de Deus.

Entregou o cajado que segurava e o viu ser transformado em uma serpen-te. Aquele pedaço de madeira inani-mado de repente ganhou vida. Num momento de temor e êxtase, Moisés quis fugir, usou várias desculpas, quase foi dominado pela insegurança e pelo medo. Mal sabia ele que mais tarde levantaria esse mesmo cajado,

fazendo com que o mar se abrisse e os israelitas fugissem dos egípcios.

Quando nos colocamos à disposição de Deus, mesmo em meio às dúvidas que assolam o nosso coração, Ele nos pergunta: “o que você tem nas mãos?” Nossa educação, nossas carreiras e trabalhos, nossas rendas, nossa influ-ência e até mesmo nossos desejos e sonhos nos dão uma sensação de segu-rança, conforto e controle. Mas tam-bém nos fazem escolher uma vida que, na verdade, está morta.

Só o Senhor pode pegar essas coisas mortas, nossos bastões e cajados, e so-prar vida. Só Ele pode transformar em

instrumento de bênção tudo o que nós temos se estivermos dispostas a entre-gar. Só Ele pode fazer de nós pessoas realmente vivas, que carregam o Espí-

rito Santo e, através do Seu poder, transformam tudo por onde passam.

Sem o Seu toque, nada do que há em nós terá vida. Nós nunca conhe-ceremos todo o poten-cial com o qual fomos criadas até permitirmos que Ele tenha o controle de tudo.

Hoje, Ele nos pergunta se estamos dispostas a entregar os nossos caja-dos inanimados para que ganhem vida. Pare de questionar quando você vai receber certos dons

e talentos e veja o que você já tem nas mãos. Deus pode e quer fazer coisas maravilhosas através da sua vida, te encher do Espírito Santo e te capacitar para algo que vai muito além do que você pode imaginar.

N O SS O S M E D O S E I N S EG U RA N Ç A S

AC A B A M N O S I M P E D I N D O D E

V I V E R T U D O AQ U I LO Q U E D E U S

T E M PA RA N Ó S

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Anúncio Conferência Internacional

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Anúncio Conferência Internacional

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á reparou como muitos irmãos acreditam que, para comprovar o batismo no Espírito Santo, é preciso algo claramente sobre-

natural? Isso vem, principalmente, da ênfase exagerada na busca pelo “po-der”, em alta nos nossos dias. Mas, vendo e ouvindo essas coisas, é inevi-tável perguntar: qual é mesmo a maior evidência do Espírito em nós?

Em 1 Coríntios, Paulo nos dá uma pis-ta. O apóstolo registra que não falta-vam dons aos fiéis da igreja de Corinto (1 Coríntios 1.7). Mas engana-se quem pensa que tudo andava às mil maravi-lhas por lá… Seguindo a leitura, vemos divisões entre o rebanho, imoralidade sexual e até sacrifícios a ídolos.

E por que essas coisas aconteciam entre um povo tão espiritual? Porque faltava entre eles o maior dos frutos do Espírito. “As pessoas saberão que vocês são meus discípulos quando vo-cês se amarem uns aos outros” (João

13.35), disse Jesus. Ele nos ensina que a principal evidência do batismo no Espírito Santo é o amor. Por Ele, por Sua Palavra, pela Sua obra e pelo nos-so próximo.

E como recebemos esse amor? É sim-ples. A experiência cristã não é moral. Não se trata de comportamentos ad-quiridos. Não são filosofias para bem--viver ou regras para o sucesso que nos tornam melhores. A experiência cristã é de novo nascimento. “Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus…” (1 João 4.7-8), escreveu o apóstolo João.

Por isso, quando a gente crê e expe-rimenta regeneração, somos selados e recebemos o Espírito Santo. Como disse Jesus: “Pai, assim como somos um, oro por todos os que crerão em mim para que sejam um conosco” (João 17.21).

Nascer de novo é, por meio da morte

e ressurreição de Cristo, ser unido ao Espírito do Pai. É viver nele e expres-sar os frutos do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio pró-prio (Gálatas 5.22). Sendo que desses, o maior é o amor.

Não se trata de cair no chão ou não. Não tem a ver com ficar arrepiado. E está longe de ser os milagres que possam acontecer. A evidência da presença do Espírito está no tipo de gente que nos tornamos ao estarmos cheios dele. E todos aqueles que O recebem também passam a manifes-tar os Seus frutos.

É por isso que, às vezes, quando olha-mos para algumas igrejas por aí, até vemos muitas manifestações de dons, mas sentimos que falta algo e nos per-guntamos se o Espírito Santo de Deus está realmente presente nesses luga-res. Será que Ele pode ser visto na ma-neira com que os maridos tratam suas

OS FRUTOS DE UMA VIDA EM COMUNHÃO COM O ESPÍRITO SANTO

INSPIRAÇÃO CARLOS BEZERRA JR .

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esposas, que os pais tratam seus filhos e na forma como líderes se relacionam com seus liderados?

Mas vamos falar de nós mesmos. Fico imaginando o que diria Paulo se frequentasse nossas casas, se visse o modo com que vivemos. Será que ele nos diria as mesmas coisas que disse à igreja de Corinto? Será que sobrariam dons e faltariam frutos?

Creio nas mais variadas manifesta-ções do Espírito e pela graça de Deus já experimentei e experimento algu-mas delas. Não sou contrário à busca pelos dons ou às suas manifestações. Na verdade, admiro a todos aqueles a quem o Senhor presenteia com essas bênçãos. Paulo nos ensina a procurá--las com zelo (1 Coríntios 12.31). Po-rém, ele também nos orienta a buscar o “caminho mais excelente”, o cami-nho do amor (1 Coríntios 13). É ele quem nos afirma que “havendo profe-cias desaparecerão, havendo línguas

cessarão e havendo conhecimento passará”, mas “o amor jamais acaba” (1 Coríntios 13.8).

Nas primeiras vezes que comparti-lhei essas coisas, propus um desafio. E gostaria de retomá-lo: tente imagi-nar Deus de um jeito diferente. Tente se desprender da ideia que faz dele. Para a tradição cristã ortodoxa orien-tal, Deus é um movimento constante. Algo como uma dinâmica que envolve e une a Trindade. Como nossa cultu-ra é baseada em imagens, vou sugerir uma para explicar melhor. Pense numa ciranda, uma dança em que Pai, Filho e Espírito Santo estão de mãos dadas.

Faça o exercício de imaginar o Es-pírito Santo soltando Suas mãos e estendendo-as a você. Ser batizado nele, nessa metáfora, seria tomar-lhe as mãos e entrar nessa dança. É quan-do entramos nessa ciranda que passa-mos a participar da comunhão com Ele, é nela que experimentamos os

frutos do Espírito de um modo novo; e os dons que recebemos são resulta-do dessa intimidade.

Hoje, Ele está te convidando para a ci-randa do amor, da paz, da alegria, da bondade, etc. Por isso, se por algum motivo você soltou das mãos do Espí-rito, Ele novamente o está chamando. E se você nunca participou dessa roda, os braços dele estão abertos e Suas mãos estendidas. Essa dança está sem-pre pronta a receber cada um de nós. Maravilhoso, não é?!

PASTOR, MÉDICO, DEPUTADO ESTADUAL ,

PRES IDENTE DA COMISSÃO DE D IRE ITOS

HUMANOS DA ASSEMBLE IA LEG ISLAT IVA

DE SÃO PAULO. CASADO COM PATRÍC IA

BEZERRA, E PA I DE G IOVANNA E G IUL IANNA

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SONHOSPOSS ÍVE IS PATRÍC IA BEZERRA

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cada vez mais comum en-contrarmos pessoas que estão uma ‘pilha de nervos’.

O estresse do trânsito, do trabalho, problemas financeiros, questões do dia a dia, vida conjugal sentimentos, enfim... Muitas pessoas com tempe-ramentos explosivos encontram, em diversas áreas de sua vida, pretex-tos para externar as situações com as quais não sabem lidar e extravasam seus sentimentos sobre as pessoas er-radas, né?!

Me lembro de um ditado que vem bem a calhar: você só sabe se o guarda--chuva está funcionando na hora em que chove, assim como você só se dá conta de como está seu domínio pró-prio passando por situações em que precisa ter controle. Quem nunca ou-viu, por exemplo, pais falando para seus filhos: “você não presta para nada mesmo”, ou “como você é burro”, ou ainda, “você só me dá desgosto”.

Infelizmente, esse tipo de sentença ne-gativa, como dizemos em psicologia, é mais comum do que se imagina. En-tretanto, ao analisarmos à luz da Bí-blia, percebemos a gravidade das pa-lavras ditas ‘da boca para fora’. “Vida e morte estão no poder da língua”, diz Provérbios 18.21. Sem saber, ou sem se dar conta, pais podem estar trazen-do morte em diversas áreas para seus

filhos. Cristo ainda é mais rígido com relação às palavras. Ele ensinou que devemos bendizer os que nos mal-dizem, e abençoar aqueles que nos perseguem. Esse vocabulário que o Mestre ensinou é o do amor, da vida, porque Ele é a própria vida.

Nós, como pais, somos espelhos para os filhos. E nossa missão é fazer com que eles conheçam a Deus através das nossas vidas. Se formos pais destem-perados, intolerantes, que profetizam – usando terminologia bíblica – mal-dições sobre nossos filhos, estaremos, justamente, agindo no oposto da men-sagem de Deus.

Pais que tiveram uma experiência transformadora com a pessoa de Jesus Cristo encontram o equilíbrio emocio-nal no Espírito Santo. E aqueles que querem conceber filhos no caminho do Senhor, não podem externar suas frustações e falhas sobre eles, como se fossem fios desencapados, prestes a entrar em curto.

Avalie sua vida segundo os critérios do Pai. Busque nele as respostas e solu-ções. Aja como Deus ao falar sobre Je-sus, elogiando-o publicamente: “Esse é o meu filho amado em quem eu te-nho prazer”. Se entregue nas mãos do Senhor, seja um exemplo para seus fi-lhos. Assim, viverá mais leve e feliz, profetizando vida por onde passar.

PATRÍC IA BEZERRA É VEREADORA DE SÃO

PAULO E A ÚNICA NOVA MULHER ELE ITA PARA

O CARGO. É CASADA COM CARLOS BEZERRA

JR . E MÃE DAS ADOLESCENTES G IOVANNA E

G IUL IANNA. ENTENDE QUE PROFET IZAR V IDA

POR ONDE PASSA É A ESPERANÇA DE QUE O

MUNDO PREC ISA .

S E FO R M O S PA I S

D E ST E M P E RA D O S , I N TO L E RA N T E S ,

Q U E P R O F E T I Z A M M A L D I Ç Õ E S

S O B R E N O SS O S F I L H O S ,

E STA R E M O S , J U STA M E N T E ,

AG I N D O N O O P O STO DA

M E N S AG E M D E D E U S

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SERVIÇO AO PRÓXIMO

# A M O R Q U E T R A N S F O R M ACOMO A FCG TEM ATUADO NAS MAIS DIVERSAS ESFERAS DA SOCIEDADE E RESPONDIDO ÀS NECESSIDADES DE MILHARES DE BRASILEIROS

Todos os anos, o Programa das Na-ções Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lança um Relatório de Desen-volvimento Humano, que explica a si-tuação de cada país no que diz respeito às taxas sociais e políticas inclusivas de seus governos. No documento do ano passado, a organização constatou um progresso na redução da pobreza ex-trema. Mas ainda assim, as pesquisas apontam que mais de 2.2 bilhões estão perto ou vivem em situações de po-breza multidimensional - quando não se analisam apenas informações sobre renda, mas também características so-

ciais, culturais e políticas que influen-ciam no bem-estar das pessoas.

Eliminar a pobreza não tem a ver apenas com fazer seus índices chegarem a zero, mas com manter as pessoas longe dela. E aí, um outro índice entra em cena. O mesmo relatório aponta que mais de 15% da população mundial continua suscetível à pobreza multidimensional. Ao mesmo tempo, quase 80% das pes-soas no mundo tem falta de proteção so-cial abrangente. Cerca de 12% (842 mi-lhões) sofre de fome crônica, e quase a metade de todos os trabalhadores - mais

de 1.5 bilhão - são informais ou traba-lham em condições precárias.

O Brasil está inserido nesses números. Com investimentos em políticas de educação, saúde e segurança abaixo do ideal determinado pelas organiza-ções globais, acaba por colaborar com o aumento dos níveis de vulnerabili-dade da população. A fim de mudar essa realidade, a Fundação Comunida-de da Graça trabalha em práticas que contribuem em todas as esferas da so-ciedade e auxiliam na formação de um cidadão pleno.

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A história da Cleide Barros dos Santos é uma entre as tantas que foram completamente transformadas pelos projetos da Fundação Comunidade da Graça. Moradora do bairro de Itaquera há mais de 10 anos, ela vive com seu marido e quatro filhos.

Quando estava grávida de gêmeos, conheceu o Servi-ço de Assistência Social à Família (SASF), da FCG. Por causa do vício em álcool, acabou perdendo os be-bês. Nesse período, as visitas dos voluntários em sua casa fizeram toda a diferença. Ela passou a frequentar as reuniões do projeto e manda sua filha sempre que não pode ir.

Além disso, também recebeu doações e atendimen-to ginecológico na Policlínica Cáritas, e seus filhos passaram a participar do Papai do Céu, programa de apadrinhamento de crianças carentes. “Tudo foi e é muito importante, mas o Papai do Céu nos deixa ma-ravilhados pelo carinho e amor dedicado através de cada padrinho. Minhas filhas nunca tinham recebido algo novo e de tanta qualidade, elas ficam tão feli-zes”, conta.

Todos da casa de Cleide foram impactados pelos pro-gramas da Fundação Comunidade da Graça. Hoje, se sentem amparados e mais felizes. “Eu não tenho pala-vras para descrever o quanto eu e minha família fomos transformados pelo trabalho da FCG.”

A Fundação Comunidade da Graça busca ser uma resposta às necessidades daqueles que não têm voz e nem oportunidades. Mas ela não trabalha sozinha. O papel dos voluntários é fundamental.

O programa de voluntariado dá espaço para que to-dos ofereçam seus conhecimentos e aquilo que fazem melhor, buscando a justiça social e trabalhando em favor daqueles que vivem em situação de pobreza e vulnerabilidade.

Para se tornar um voluntário ou obter mais informa-ções, entre em contato através do e-mail [email protected] ou do telefone (11) 2672-1201.

Você também pode ajudar fazendo doações e interce-dendo pelos projetos da FCG.

Seja você também a resposta!

Mas, muito além de dar assistência, a maior missão da FCG é transformar vidas – tanto dos que são atendidos, quanto daqueles que trabalham como colaboradores – através do amor. E, hoje, com cerca de 96 mil atendimentos mensais em todos os programas e mais de 250 voluntários ativos, isso só tem se afirmado.

E U F U I T R A N S F O R M A D A

S E J A A R E S P O S TA

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CAPA

EM TIERRA DEL FUEGO, NA PATAGÔNIA ARGENTINA,

AS ÁRVORES CRESCEM INCLINADAS PARA O LESTE,

PRODUTO DA AÇÃO DO PERMANENTE VENTO QUE SOPRA SOBRE

ELAS DURANTE OS ANOS DE SEU CRESCIMENTO.

E A PERGUNTA QUE FAZEMOS É:

SUA VIDA JÁ FOI INFLUENCIADA PELO ESPÍRITO SANTO

A PONTO DE MUDAR POR CAUSA DELE?

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O QUE É?RESPONDER A ESSA PERGUNTA É CAMINHAR PARA A PLENITUDE DE DEUS

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ssim começava na televisão cada episódio do seriado deste mundialmente famoso super-herói, que veio à Terra – descrevia aquela apresentação – “com pode-res e habilidades muito além dos homens mortais!”

Na hora de pensar no Espírito Santo e tentar defini-lo ou ex-plicar quem Ele é, surgem as mesmas dúvidas: É uma pom-ba? Um vento impetuoso? É fogo? Não! É o Espírito Santo! E sim, igual ao cara dos quadrinhos, usa Seu poder para “lu-tar uma batalha interminável pela justiça e a verdade!”. Mas não está disfarçado de repórter bem-educado de um grande jornal metropolitano.

Já se pegou pensando na pergunta: “o que ou quem é o Espí-rito Santo?” Como defini-lo? Muitos se referem a Ele como uma coisa, uma energia, ou um tipo de poder místico que se apodera das pessoas. Na verdade, Ele é uma influência poderosa que vem de Deus. Na própria Bíblia aparece como vento, água, fogo, óleo, ou, claro, uma pomba. Estes são ape-nas símbolos registrados para se referir a Ele.

O Espírito Santo não é uma sombra vaga e etérea, nem uma força impessoal. Ele é uma pessoa igual em todos os sentidos ao Deus Pai e ao Deus Filho. É considerado a terceira pessoa da Trindade.

Como John Bevere explica no seu livro “O Espírito Santo – Uma Introdução”, afirmar que é uma pessoa não quer dizer que Ele é humano – e também não quer dizer que é um ET –, “mas que possui os atributos de uma personalidade”. Ou seja, tem uma mente, vontade e emoções. Ele consola, fala e ensina. Também pode ser entristecido, insultado, resistido, ou até ouvir mentiras.

Como toda pessoa, o Espírito Santo é relacional. Ele deseja profundamente estar perto de nós. Quer ser o auxiliador, o consolador. E, sobre todas as coisas, quer ser nosso amigo.

“O Amigo, o Espírito Santo que o Pai enviará, a meu pedido, irá esclarecer tudo para vocês. Ele vai lembrá-los de todas as coisas que ouviram de mim.” João 14.26 A Mensagem

“MAIS RÁPIDO QUE UMA BALA!

MAIS PODEROSO QUE UMA LOCOMOTIVA!

CAPAZ DE PULAR EDIFÍCIOS ALTOS EM UM ÚNICO SALTO!”

“OLHA! LÁ NO CÉU!”

“É UM PÁSSARO?” “É UM AVIÃO?”

“NÃO, É O SUPER-HOMEM!”

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O RELACIONAMENTO COM O ESPÍRITO SANTO É UM ELEMENTO ESSENCIAL PARA A EXISTÊNCIA DO CRISTÃO

CARLOS ALBERTO BEZERRA

UM

VERDADEIRO E FIEL

ocê já parou para pensar sobre o valor da amizade? Às vezes nos encontramos preocupados, ansiosos, em meio a situações complicadas, nos sentindo meio que perdidos. Mas somente o fato de conversarmos

com um amigo, desabafando o que está no nosso íntimo, já nos faz sentir melhor, mesmo que as coisas permaneçam inal-teradas. Quantas vezes são os amigos que nos fazem sorrir quando tínhamos vontade de chorar? Sua simples presença nos traz de volta o brilho da vida. A simplicidade das brinca-deiras, a conversa informal naqueles momentos de descontra-ção, uma conversa rápida ao telefone, no vai e vem do dia ou da noite, no bate-papo pela Internet, no ambiente do trabalho ou da escola, enfim, em qualquer lugar a qualquer hora.

O Espírito Santo deseja ter esse tipo de relacionamento co-nosco. Para nós, Ele deve ser o que o próprio Jesus foi para os discípulos quando estava em carne aqui na terra. Cristo caminhou, conversou e teve comunhão com eles; os diri-giu, instruiu e protegeu. Ele disse: “Eu vou embora, mas enviarei outro para andar com vocês, ser amigo de vocês e estar com vocês” - João 14.16-26.

O capítulo 2 do livro de Atos revela que apesar de vive-rem dias difíceis, de perseguição, os líderes e membros da Igreja primitiva estavam cheios do poder do Espírito Santo. Eles não tinham mais a presença física de Jesus, mas ti-nham um novo amigo para impulsioná-los com coragem e alegria nas mesmas obras que Cristo tinha realizado.

Assim, em cada atividade, se voltavam para o Espírito San-to. Interagiam com Ele, dependiam e falavam intensamente dele. Ele era uma parte extremamente vital das vidas destes homens e mulheres que O envolviam em absolutamente tudo o que faziam.

Lamentavelmente, não estamos vivendo esse padrão na Igreja atual. O que era comum entre os crentes em Atos pa-rece raro agora. Temos nos afastado da alegria, da busca, da dependência, da liderança, da camaradagem, da interação e da influência poderosa do Espírito de Deus.

A Igreja precisa entender urgentemente que não existe vida cristã sem o Espírito Santo. Sem Ele o cristianismo é seco, monótono, mundano, nosso trabalho se torna esgotador e a comunhão com Deus morre. Todas as obras de Jesus não teriam sido realizadas sem Ele - Atos 10.38. O mesmo vale para nós. Assim como um corpo sem espírito é um cadáver, não há vida cristã sem o Espírito Santo.

Ignorar Sua presença é tão grave que pode levar uma igreja a se transformar num clube, vivendo como uma organiza-ção, ao invés de se comportar como um organismo vivo.

Infelizmente, o Espírito Santo é, provavelmente, a pessoa mais ignorada na Igreja. Quantas vezes nos reunimos e Ele não é honrado ou sequer mencionado? Quantas vezes pas-samos a manhã, a tarde, a noite, ou até o dia inteiro sem dizer uma palavra àquele que é permanentemente chamado para residir em nós e caminhar conosco? Você consegue imaginar um casal passando cada hora do dia juntos, na mesma casa, sem dizer uma palavra um ao outro? É o que fazemos com o Espírito Santo quando o ignoramos.

No livro “O Deus Esquecido”, Francis Chan escreve: “Se eu fosse Satanás e meu objetivo final fosse frustrar os pro-pósitos de Deus e seu reino, uma de minhas principais es-tratégias seria levar os frequentadores de igrejas a ignorar o Espírito Santo.” Olhando para a realidade da Igreja brasi-leira, você acha que ele atingiu o alvo?

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É crucial acreditar que o Espírito Santo é uma pessoa divi-na – infinitamente santo, sábio, poderoso, carinhoso, sensí-vel e compassivo – e que Ele quer estabelecer um relacio-namento de amizade profundo conosco.

Amigos íntimos compartilham coisas juntos, conversam um com o outro, sabem o que acontece na vida do outro. Na Bíblia, os apóstolos mostravam esse tipo de relaciona-mento com o Espírito Santo. Por exemplo, Filipe tinha tan-ta familiaridade com Ele, que até conseguia distinguir Sua voz da de um anjo - At. 8.26 e 29.

É o relacionamento que requer tanto comunicação como ação. Por exemplo, em 1 Coríntios 3.9, Paulo chama os cristãos de “cooperadores de Deus”, ou seja, temos a opor-tunidade de trabalhar para e com nosso Pai. Já no verso 28 de Atos 15, os apóstolos escrevem uma carta aos gentios e declaram: “Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós”, ou seja, os líderes nitidamente expressaram a visão deles como a do Espírito, mostrando uma parceria de trabalho. Ele vive den-tro de nós 24 horas por dia e sete dias por semana. Temos acesso a Ele o tempo todo. E o melhor de tudo é que Ele deseja trabalhar em parceria conosco – direcionar nossos passos e ouvir nossos pensamentos.

É o nível mais profundo de amizade - 2 Co. 13.13. E Ele anseia profundamente pela nossa amizade, nosso tempo e nossa atenção. É errado para um cristão tentar se aproximar de Jesus rejeitando o Espírito Santo. Os fariseus comete-ram esse erro - Jo. 8.41-42. O Espírito foi enviado para revelar Jesus, assim como o Filho foi enviado para revelar o Pai. Devemos nos lembrar que o Espírito Santo ama glo-rificar a Jesus. Então, se você quer realmente saber mais sobre Jesus, tem que passar tempo com Ele.

O Espírito Santo é um elemento essencial para a existência do cristão, assim como o ar é necessário para qualquer ser humano. Quando os cristãos passam a viver no Seu poder, a evidência na vida da Igreja é algo sobrenatural. Ela não consegue deixar de ser diferente, e o mundo não consegue deixar de notar essa diferença.

PRECISAMOS TER COMUNHÃO COM ELE, E ISSO ENVOLVE TRÊS ASPECTOS:

COMPANHEIRISMO

PARCERIA

INTIMIDADE

S E E L E N Ã O AG E ,

N Ã O CO N S EG U I R E M O S P R O D U Z I R

F R U TO S G E N U Í N O S , N Ã O I M P O RTA

Q UA N TO E S FO R Ç O FA Ç A M O S .

M A S S E O E S P Í R I TO S A N TO AG E ,

N A DA P O D E I M P E D I - LO

ATRIBUTOS DA PERSONALIDADE DO

Espírito Santo

O ESPÍRITO SANTO TEM:

Mente Romanos 8.27

Vontade 1 Coríntios 12.11

Emoções Gálatas 5.22-23 e Tiago 4.5

O ESPÍRITO SANTO PODE:

Consolar Atos 9.31

Falar 1 Timóteo 4.1 e Hebreus 3.7

Ensinar 1 Coríntios 2.13

Entristecer-se Efésios 4.30

Sentir-se insultado Hebreus 10.29

Ser resistido Atos 7.51

Ouvir mentiras Atos 5.1-11

A BÍBLIA NOS ENSINA QUE ELE É UMA PESSOA.

COMO DETERMINAR ISSO? SEGUINDO ESTAS REFERÊNCIAS:

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Quando alcançamos esse nível de relacionamen-to, somos capacitados para colocarmos nossos dons em ação. Se Ele não age, não conseguire-mos produzir frutos genuínos, não importa quan-to esforço façamos. Mas se o Espírito Santo age, nada pode impedi-lo.

À medida que confiamos nas promessas de Deus, distanciamo-nos do desânimo e passamos a vi-ver uma vida caracterizada pela confiança, pela manifestação do poder dele em meio às nossas fraquezas e pelos frutos do Espírito.

Ele ficou no lugar de Jesus aqui na Terra. É o contato direto com Deus. É o melhor compa-nheiro da vida cristã, porque não só caminha ao nosso lado, como também habita dentro de nós e nos orienta em todas as áreas da nossa vida. Cris-to deseja que você conheça, ame, confie e creia no Espírito Santo que habita no seu coração para assim dar-lhe o lugar real que Ele merece. Mas para isso precisamos convidá-lo.

O Espírito Santo foi representado na Bíblia pelo vento, o fogo, a água, o óleo e uma pomba. Mas o que precisamos registrar é que Ele é uma pes-soa. Quando gostamos de alguém, naturalmente nos aproximamos para conhecer melhor e come-çar a construir uma amizade. Ele espera isso de nós. Aproxime-se dele, e Ele se aproximará de você – Tiago 4.8.

O Espírito Santo espera por você. “Quando vo-cês me buscarem, me encontrarão. Sim, quando me buscarem de todo o coração e em primeiro lugar, dou a vocês a certeza de que não vão se decepcionar”, é o que Deus nos diz em Jeremias 29.13-14.

Ele nos ama. Tanto que, quando ignorado, chega a sentir ciúmes. Construa uma amizade profunda com Ele. Você não vai se arrepender.

OS SÍMBOLOS DO

Espírito Santo

ÁGUAA água é indispensável para a vida e representa o poder renovador, restaurador e refrigerador da presença de Deus através do Espírito Santo. As Escrituras referem-se ao Espírito Santo como torrentes – Isaías 44.3 – e rios – João 7.37-39.

VENTOO vento é invisível, porém é real. Mesmo não podendo tocá-lo, nem compreendê-lo, pode-mos senti-lo. A sua ação independe de deter-minação humana, assim também é o Espírito Santo. Referências: Ezequiel 37.7-10, João 3.8 e Atos 2.2.

FOGOO fogo fala de Sua grande força para corri-gir os defeitos da nossa natureza decaída e conduzir-nos à perfeição. Há diversas passa-gens que se referem ao Espírito Santo desta maneira: Isaías 6.6-7, Mateus 3.11-12, Lucas 3.16-17 e Atos 2.3-4.

AZEITEO óleo (azeite) representa uma ação prática do Espírito Santo de Deus. Podemos achar esse tipo de referência ao Espírito Santo em Lucas 4.18, Atos 10.38 e 1 João 2.27.

POMBAEste símbolo fala de gentileza, pureza e pa-ciência, virtudes próprias do Espírito Santo, que determinam a maneira como Ele age. Re-ferências: Mateus 3.16, Marcos 1.10, Lucas 3.21-22 e João 1.32.

AO LONGO DA BÍBLIA, O ESPÍRITO SANTO APARECE

REPRESENTADO POR DIVERSAS FORMAS:

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REJE ITE A APAT IA

FLORES EM MEIO AO CAOS

OS DESAF IOS DO TRABALHO MISS IONÁRIO EM REGIÕES ONDE A MISÉR IA PREVALECE

SÉRGIO PAVARIN I

tragédia tem sido um espaço de crescimento para a Igreja de Cristo ao redor do globo. A igreja haitiana colhe frutos positivos do terremoto de 2010: estima--se que a população evangélica tenha crescido de 35% para 65% nesses últimos cinco anos. No Nepal,

após o terremoto de 7,8 graus de magnitude que em abril matou mais de 8500 pessoas e deixou 18500 feridos, missio-nários cristãos, movidos por um chamado que se fundamenta no amor, despertam o interesse da população ao abrirem, no meio de escombros, clínicas médicas, centros de distribuição de alimentos e creches. Com isso, a sociedade passa a ver os cristãos com outros olhos. Mário Freitas, um dos idealizado-res da Mais - Missão em Apoio à Igreja Sofredora, afirma: “Nenhum sistema prevalece contra o amor.”

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REVISTA COMUNA: O que passa no coração de alguém que tem o chamado missionário ao ver igrejas investindo centenas de milhares de reais em rádio e TV e quase nada em missões?

MÁRIO FREITAS: Originalmente, a utilização dos mecanismos de mídia pela Igreja consistia numa ferramenta missionária. Portanto, o que decepciona não é o fator midiático em si, mas os objetivos que esses recursos passaram a representar. Sustentar (e muitas vezes lucrar com) os programas tornou--se um fim em si mesmo, o que torna os objetivos cada vez mais comerciais e menos missionários. Isso me frustra não como missionário, mas como cristão.

RC: Como atender países devastados pelo Estado Islâmico sem incentivar o preconceito contra o islamismo?

MF: O preconceito dos evangélicos quanto ao Islã diz respeito à falta de conhecimento sobre o tema. O Estado Islâmico não representa o pensamento islâmico. É possível, sim, vis-lumbrar que a maioria dos muçulmanos não explodiria um prédio, nem jamais promoveria violência contra os chama-dos infiéis. No entanto, por outro lado, é preciso que se saiba que a perseguição contra cristãos no Oriente Médio parte de uma interpretação do próprio Corão. Por exemplo, as deca-pitações do Estado Islâmico visam intimidar os cristãos, e isso seguindo a instrução doutrinária que se segue: “Infun-diremos terror nos corações dos incrédulos, por terem atri-buído parceiros a Deus, sem que Ele lhes tivesse conferido autoridade alguma para isso.” (Alcorão 3:151). RC: Qual a sua leitura sobre a corrente que afirma que as tragédias que acontecem em países como o Nepal são con-sequência da sua idolatria?

MF: Essa “teologia do castigo” é bastante complicada. É o que Jesus tenta desconstruir quando questionado acerca das razões da cegueira do homem de João 9: “Nem ele pe-cou, nem seus pais, mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus”. Ao invés de tentar achar culpados para as catástrofes, prefiro acreditar que Deus planta flores no caos. RC: Como foi o seu trabalho no país? Como foi a resposta da população ao trabalho dos missionários?

MF: Meu trabalho foi realizar um levantamento diagnóstico para que nossas equipes venham e implantem projetos de desenvolvimento comunitário. O Nepal é predominante-mente rural, e com a destruição das estradas e lavouras o cotidiano passa a estar comprometido. Com um trabalho de médio prazo, incluindo distribuição de microcrédito, re-vitalização agrária e formação de cooperativas, creio que

poderemos fazer com que as pessoas voltem a viver com dignidade. RC: Como deve ser a abordagem missionária num lugar em que o sistema de castas mantém boa parte da população aprisionada socialmente? O que a mensagem do Evange-lho pode revelar para esses excluídos sociais?

MF: No Nepal e na Índia, especificamente, os cristãos ocu-pam as castas mais baixas do sistema. Mas Deus tem usado Sua Igreja poderosamente nesse tipo de contexto, princi-palmente no pós-catástrofe. Quando instruída a amar e a fazer o bem, a Igreja sobrepuja todo sistema ou hierarquia e estabelece o Reino. Na tragédia, a igreja local tem sua maior oportunidade de ser luz do mundo, pois se transfor-ma em clínica médica, centro de distribuição de alimentos, creche. Com isso, a sociedade passa a ver os cristãos com outros olhos. Nenhum sistema prevalece contra o amor. É nesse sentido que “as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja”.

MÁRIO FRE ITAS , UM DOS IDEAL IZADORES DA MAIS -

M ISSÃO EM APOIO À IGREJA SOFREDORA.

PARA MAIS INFORMAÇÕES ACESSE O S ITE :

WWW.MAISNOMUNDO.ORG

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26

L IDERANÇA DAVIS MOSÇO

DE JOELHOS E EM AÇÃO

VOCÊ JÁ SE PERGUNTOU SE “SÓ A ORAÇÃO RESOLVE”?

odos os cristãos do mundo já tiveram orações que não foram respondidas – ou, pelo menos, não da forma esperada. Cada um de nós já pediu a Deus coisas particulares que foram nega-das. Por exemplo, já pedimos ajuda para ir bem numa prova,

mas tiramos uma nota ruim; ou pedimos que um casal não se separe, e divorciaram-se; ou para que nosso amigo consiga aquela vaga, e outro cara ficou com o emprego. Pois é, a experiência é muito comum.

Eis então que surge a pergunta: “De que depende uma oração para que seja respondida?” Antes de mais nada, duas coisas precisam ser ressaltadas: não há uma fórmula – há ensinamentos que podem nos ajudar a refletir e avaliar se faltam peças ao quebra-cabeça; e não en-volve mérito – não há nada que possamos fazer para que Deus nos ame mais ou menos, e todas as respostas às nossas orações são fruto da Sua misericórdia.

Assim, quando falamos de oração, devemos levar em conta as seguin-tes questões:

“A F É S E M O B RA S

É M O RTA” ,

E A O RA Ç Ã O S E M A Ç Ã O

É I M P OT E N T E

Page 27: Revista Comuna 64

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O NOME DE JESUSÉ muito importante entender que Jesus mor-reu por nós para que sejamos salvos, e é Ele também quem intercede por nós perante o Pai – 1 Timóteo 2.5. Deus enviou Seu amado filho unigênito para absorver Sua própria ira contra o pecado e para nos conduzir aos pastos ver-dejantes onde há misericórdia, graça e socorro em tempo de necessidade – Hebreus 4.14-16. Ele morreu por nossos pecados para que nos-sas orações pudessem ser respondidas – e é por isso que oramos “em nome de Jesus”.

Ser cristão significa ter sido adotado como fi-lho de Deus. Logo, nossas orações são como a conversa de uma criança com seu pai. Agora, uma criança com atitudes erradas recebe de seu pai tudo o que pede? Nós aprovaríamos o comportamento de um pai que diz sim a tudo o que seu filho rebelde lhe pede?

A Bíblia nos ensina que devemos procurar per-manecer em Deus e guardar Sua Palavra - João

15.7. Ou seja, fazer Sua vontade - 1 João 3.21-23. Logo, se desonramos e desobedecemos Sua palavra não seremos ouvidos.

Obedecer a Palavra de Deus é amar uns aos outros. Se não consegui-mos expressar esse amor, somos facilmente irritáveis, guardamos ran-cor, somos impacientes, cruéis, arrogantes, ciumentos, ressentidos, não esperemos então receber uma resposta positiva ao nosso anseio. O de-samor nos afasta de Deus.

Seria um erro concluir que devemos então ser perfeitos, a fim de ter nossas orações respondidas. Há uma diferença entre ser uma criança obediente e ser uma criança perfeita. Uma das frases da oração que Cristo nos ensinou – Mateus 6.12 – é “perdoa nossas ofensas”, ou seja, se Ele nos ensinou a orar pelo perdão dos nossos pecados, seria contra-ditório afirmar que nossas orações serão respondidas se não cometer-mos nenhum pecado.

O justo cujas orações têm grande poder – Tiago 5.15-16 – não é uma pessoa sem pecado, mas uma pessoa arrependida.

“Por que você está clamando a mim? Diga aos israelitas que sigam avante”

Estas são as palavras que o Senhor disse a Moisés – Êxodo 14.15 – quando os israelitas, cercados por montanhas, pelo mar e pelo exército egípcio entraram em desespero. Deus estava dizendo a eles, e nos diz agora, que a oração tem uma segunda parte, a ação!

Precisamos ter uma atitude de fé: agir, andar, caminhar, marchar. Pelo que você tem orado, clamado, jejuado? Vá e faça o que for necessário para encontrar mudanças, soluções e respostas. A oração não é um exercício passivo, mas é ativo! Assim como João escreveu em Tiago 2.17, “a fé sem obras é morta”, a oração sem ação é impotente. É Deus quem responde nossas orações, mas Ele trabalha através de nossas ações.

Cristo passava longos momentos em oração, porque amava o Pai. As-sim deve ser conosco. Orar por deleite, saudade, dependência, gratidão e encanto. E, além disso, agir.

CRIANÇAS

ARREPENDIMENTO

DAVIS MOSÇO É PASTOR DA COMUNIDADE DA GRAÇA

EM SÃO MATEUS . É CASADO COM A SANDRA

E É PA I DE DOIS F I LHOS .

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eu nome é Roberto Reggia-ni. Minha família e eu somos membros da Comunidade da Graça em Ermelino Matara-

zzo. Com minha esposa e nossos dois filhos, Ricardo e Luciane, chegamos na igreja no ano de 1998, através de um casal de amigos, Vagner Poveda e Dilma, que nos convidaram.

Éramos espíritas e nossa vida estava cheia de idolatria e vícios. A vida fa-miliar estava destruída. Meu casamen-to e a relação com nossos filhos, total-mente desgastados.

Éramos atormentados constantemente por demônios. Havia brigas recorren-tes no casamento, e minha esposa e eu bebíamos muito, todos os dias. Como estava sempre embriagado, perdi a re-lação com meu filho, ao ponto de só conversarmos o necessário.

Minha esposa sofria com possessões demoníacas. Nossa casa acabou tor-nando-se um centro espírita, onde as pessoas passavam horas possessas. Passamos a acreditar que o diabo era alguém que queria nos ajudar. Vivía-mos como seus escravos, atendendo a tudo o que ele pedia em cada pos-

sessão. E assim como a família esta-va destruída, também minha pequena empresa faliu.

Nosso primeiro contato com a Co-munidade da Graça foi no GCEM liderado pelo Pastor Nadinho e sua esposa. Depois passamos a frequentar os cultos de segunda-feira. Foi quando recebi a palavra de Isaías 41.10, que trouxe a revelação de que Deus se in-teressava por mim e minha família: “Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; Eu o segurarei com a minha mão di-reita vitoriosa.”

Foi na célula que o Pr. Nadinho expul-sou os demônios que atormentavam minha esposa. Ela foi liberta para sem-pre, em nome de Jesus. E foi naquela mesma noite que nos entregamos ao Se-nhor Jesus. Desde esse momento, nossa vida foi completamente transformada.

Abandonamos o vício da bebida, da mentira, da idolatria. Destruímos os altares que havia em nossa casa. Jo-gamos fora roupas e adereços usados no espiritismo. Deus foi restaurando o relacionamento com nossos filhos,

que perceberam o milagre e logo tam-bém se entregaram a Cristo.

No GCEM fomos amados, cuidados, visitados, acompanhados e aconselha-dos. Entre os muitos ensinamentos, o Pr. Nadinho falou sobre os dízimos e ofertas. E diante da nossa extensa dí-vida, parecia insano dizimar e ofertar, mas cremos no princípio e algo inex-plicável aconteceu: passou a sobrar a ponto de nossa empresa ser miraculo-samente restaurada.

Um ano e meio depois, recebemos o grande privilégio de servir pessoas di-rigindo uma célula. Assim, estávamos oferecendo a outros todo amor e cui-dado que tínhamos recebido da famí-lia Comunidade da Graça.

Hoje somos uma família que vive o amor de Cristo. Gastamos nossos dias para ganhar, batizar e formar discípu-los de Jesus. A vida com Ele e com os irmãos é uma verdadeira maravilha. Louvamos a Deus pela vida dos servos fiéis, pastores Carlos Alberto e Sue-ly, Nadinho e Beth, e o Vagner Pove-da e a Dilma. Foi com vocês que apren-demos a levar Deus a sério e oferecer nossa vida em favor de muitos.

“NO GCEM FOMOS AMADOS, CUIDADOS, VIS ITADOS, ACOMPANHADOS E ACONSELHADOS”

DAS TREVAS À LUZ

TESTEMUNHO

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ill Hybels define visão como “uma imagem do futuro que pro-duz paixão”. Para a Comunidade da Graça, essa imagem está mui-

to bem definida: “uma igreja família, vivendo o amor de Cristo, alcançando o próximo e formando discípulos”. A declamação, bem conhecida por to-dos, está longe de ser apenas um jogo de palavras ou uma sentença poéti-ca. É, na verdade, o que tem definido os passos da igreja desde o seu início, há 36 anos.

Em Habacuque 2.2, Deus ordena ao profeta: “Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo.” Essa palavra veio também ao coração do Pastor Carlos Alberto Bezerra. E, em respos-ta à pergunta “como queremos ser”, ele procurou uma maneira de resumir as bases teológicas que o inspiraram a fundar a Comunidade da Graça.

Em primeiro lugar, foi preciso deter-minar o que seria imprescindível na identidade da igreja, qual seria o seu foco principal. Daí, quatro palavras vieram à tona: família, amor, evange-lismo e discipulado.

“Nossa mensagem de plena libertação do pecado, plenitude do Espírito San-to, amor, dons espirituais, adoração, louvor, família, estudo da Palavra,

grupos familiares e vida em comu-nhão tem suas raízes no desenvolvi-mento da teologia cristã e na história da Igreja”, explica o Pastor Carlos Alberto. “Não viemos do nada e não somos produtos do presente. Temos atrás de nós o peso e o lastro de um movimento contínuo e profundo do Espírito. E de cada movimento, rece-bemos influências, maiores ou meno-res, que formam hoje nosso acervo de revelação e fé.”

Entre esses movimentos estão o puri-tanismo e sua ênfase nas famílias, os pietistas e a relevância do estudo bíbli-co, os quakers apresentando o Espírito Santo como aquele que guia os homens a Cristo, os metodistas e a necessidade do novo nascimento, além de, claro, a reforma protestante e o pentecostalis-mo, que colocou o foco na necessidade de uma vida cheia do Espírito.

Todas essas referências e ênfases resultaram na visão que hoje rege a Comunidade da Graça. Uma visão firme, que tem os olhos fixos em Deus e no próximo, que tem nos le-vado a um caminho de fé e amor. E assim pretendemos seguir, como uma igreja que trabalha em família, vive e expressa todo o amor derramado por Cristo na cruz, cumpre o maior cha-mado de Deus e inspira as pessoas a serem semelhantes a Jesus.

Uma igreja famíliaO projeto eterno de Deus é ter uma família com muitos filhos seme-lhantes a Jesus – Romanos 8.29. A Igreja é essa família, onde as pessoas têm relacionamentos de aliança e fidelidade e se preocupam umas com as outras.

Vivendo o amor de CristoAí fica o compromisso da Igreja em ser um lugar de aceitação, onde as pessoas são amadas e acolhidas. Viver o amor de Cristo é amar e servir como o próprio Jesus faria – João 13.34-35.

Alcançando o próximoA maior missão do cristão é alcan-çar a todos – Marcos 16.15. É apre-sentar às pessoas o projeto eterno de Deus, as consequências do pecado, o sacrifício de Cristo e a nossa in-clusão em Sua morte e ressurreição.

Formando discípulosO principal propósito da Comu-nidade da Graça é formar pessoas regeneradas, que são semelhantes a Cristo em Seu caráter e Suas obras e que são cheias do Espírito Santo. É fazer de cada membro um discí-pulo – Mateus 28.19-20.

DE ONDE VEIO A VISÃO DA COMUNIDADE DA GRAÇA E COMO ELA TEM DETERMINADO OS NOSSOS PASSOS

HISTÓRIA

AS BASES DA NOSSA IDENTIDADE

E N T E N D A A V I S Ã O D A C O M U N I D A D E D A G R A Ç A

Page 30: Revista Comuna 64

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NOSSA COMUNIDADE

A CG LONDRINA INVESTE NOS RELAC IONAMENTOS COMO INSTRUMENTO DE CURA PARA A V IDA E AS EMOÇÕES DA MULHER

Dr. Alan Schatzberg, professor de psiquiatria e ciências comportamen-tais na Universidade de Stanford, EUA, afirmou

em uma palestra que uma das melhores coisas que uma mulher pode fazer por sua saúde, é investir em suas amizades. Buscando proporcionar esse tempo de qualidade entre amigas e ciente da re-alidade da mulher atual – que enfrenta problemas como ansiedade, depressão, cobranças sociais e diversas questões da alma – , a pastora Cristiane Fogaça, da Comunidade da Graça em Londrina, resolveu criar o Mulher Nota 10.

O projeto começou em Julho de 2013 e tem como objetivo curar e fortalecer as mulheres para que elas possam cuidar de outras e dar frutos que permanecem.

Os encontros acontecem toda primei-ra quarta-feira de cada mês, às 19h30,

e são divididos em oficinas. Segundo a pastora Cristiane, “as oficinas são lugares de reparo e manutenção, e é isso que esperamos que o Senhor faça: cure, restaure, fortaleça e fortifique na graça cada uma das 400 mulheres que participam desse trabalho.”

Em 2015, a temática destes trabalhos tem apontado aos relacionamentos: “Eu e você”, “Eu e Deus”, “Eu e minha família”. As pastoras Suely, Alessandra e Patrícia Bezerra, Cristiane Avancini, e a Rachel Novaes, além de outras pro-fissionais médicas locais, já foram as convidadas especiais do Mulher Nota 10 no primeiro semestre deste ano.

O trabalho nas redes sociais também tem sido essencial para manter essas mulheres conectadas umas às outras, ao projeto e a Deus. As páginas no Fa-cebook e no Instagram estão sempre recheadas de palavras inspiradoras,

novidades e além disso, existe tam-bém um boletim mensal e uma página no Youtube.

“A mulher tem um papel fundamental no seio da sociedade e um papel mais importante ainda dentro de sua famí-lia”, comenta a pastora. “Alcançar a sua vida através do Evangelho de Jesus Cristo e ainda ajudá-la a admi-nistrar, segundo os princípios bíblicos, os seus problemas e as objeções que interferem a prosperidade na sua vida cristã, nos permite gerar mulheres, esposas e mães saudáveis que estão aptas a multiplicar esses valores em novas vidas.”

O relacionamento com Deus e com a Sua Palavra é a principal ferramen-ta de transformação. E investir nesse relacionamento em um ambiente de amor, cercado de pessoas com o mes-mo propósito é ainda mais efetivo.

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RECOMENDO

L IVRO L IVRO CD

ANTÔNIO CARLOS COSTA

MUNDO CR ISTÃO

MUNDO CR ISTÃO

HILLSONG MUSIC AUSTRAL IA

CONVULSÃO PROTESTANTE

O FIM DO SOFRIMENTOMAURÍCIO ZÁGARI

AS CINCO LINGUAGENS DO AMOR PARA SOLTEIROSKEVIN LEMAN

EMPIRESHILLSONG UNITED

De extrema relevância para a realida-de cristã brasileira, este material narra a história de um pastor presbiteriano do Rio de Janeiro que decidiu dar uma reviravolta em sua carreira ministerial e lançar-se na imprevisível jornada da luta em favor da massa empobrecida deste país.

Ao contrário do que muitos possam es-perar, não temos aqui um texto panfle-tário, de pena viciada pelos usos e abu-

sos da retórica marxista. O que temos é o pensamento de um líder evangélico confrontado por Deus e impelido a agir.

Este livro ajuda a compreender porque o crescimento acelerado do cristianis-mo no Brasil não resultou em uma

sociedade mais justa e digna para todos.

Quem é que não precisa de consolo e esperança nos momentos mais som-brios? Neste livro, o autor comparti-lha poderosas reflexões baseadas nas Escrituras e que têm por objetivo fortalecer e orientar todos aqueles que estão tristes, fracos ou abatidos.

Neste livro, o autor se vale de sua ex-periência como conselheiro familiar, pa-lestrante e estudioso dos relacionamen-tos para abordar o período da vida em que a aplicação dos princípios das cinco linguagens é crucial para definir, restau-rar ou consolidar o presente e o futuro de pessoas que, mais cedo ou mais tarde, formarão as próprias famílias.

Depois de dois anos de trabalho que marcaram o maior crescimento e re-conhecimento internacional da banda, United lança este álbum que, segun-do Joel Houston, líder da Hillsong em Sydney, “é a história de dois mundos. Aquele que vemos diariamente e que se mostra às vezes frágil e às vezes em ebulição, e aquele inabalável, misterioso e maravilhoso Reino que não vemos”.

L IVRO

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Page 32: Revista Comuna 64

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ACONTECEU

“Como expressar o amor de Deus” - foi esse o tema da mensagem pregada pelo Pastor Dave Gibbons, no dia 6 de Maio, no Encontro IDE da CG Ermelino Matarazzo.

Gibbons começou dizendo que sentia o “coração da igreja vivo”, e lendo o texto de João 4.27-30, 39-42 falou sobre como o amor de Jesus transformou toda uma cidade.

CG ERMELINO RECEBE DAVE GIBBONS

Entre os dias 30 de Abril e 3 de Maio, os pastores Carlos Alberto e Suely Bezerra foram preletores na One Confe-rence, do Ministério Sabaoth, em Milão, na Itália.

Eles falaram sobre a importância de colocar a família em primeiro lugar e a diferença entre ser usado e aprovado.O Pastor Antônio Cirilo também estava presente na con-ferência e eles puderam participar da consagração de no-vos pastores e pastoras daquele ministério.

PASTORES CARLOS ALBERTO E SUELY BEZERRA PARTICIPAM DA ONE CONFERENCE EM MILÃO

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CARLOS BEZERRA JR. FALA EM FÓRUM DA OIT NA CALIFÓRNIA No dia 23 de Maio, a Comunidade da Graça Zona

Norte comemorou o novo nascimento em uma noite muito especial: uma grande celebração com batismos e recepção de novos membros.

19 pessoas foram às águas e declararam publicamente o seu novo nascimento em Jesus e seis foram recebi-das como parte da família da Comunidade da Graça.

Parentes e amigos estavam presentes e o clima era de alegria e do início de um novo tempo.

Realizado no dia 24 de Abril, pela Universidade da Ca-lifórnia em Los Angeles (UCLA), uma das principais universidades do mundo, o Out of the Shadows – fó-rum da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – reuniu diversos especialistas em Direitos Humanos e foi uma importante discussão sobre a situação atual e as formas de combate ao trabalho escravo. O deputado Carlos Bezerra Junior esteve presente no evento e falou sobre quais ferramentas o governo pode utilizar para conter a exploração dos trabalhadores.

“O que mexeu comigo foi poder reafirmar meu com-promisso de dar voz aos que não a têm depois de tanto tempo de luta”, afirmou o deputado relembrando os seus 15 anos de vida pública e os esforços para colocar a situação dos excluídos sempre em pauta.

CG ZONA NORTE EM FESTA

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ACONTECEU

Nos dias 24, 25 e 26 de Abril, a CG José Bonifácio rea-lizou o seu primeiro acampamento de jovens, na cidade de Ibiúna, SP.

Com o tema “Venha o Teu Reino”, o evento reuniu cer-ca de 80 pessoas comprometidas em desenvolver estra-tégias para marcar a geração do seu bairro, sua cidade e de todo o Brasil.

Eles ainda contaram com a presença do Pastor Israel Fiori, da CG Tatuí, confeccionaram camisetas com o tema do acampamento e se divertiram nas festas do Ta-pete da Fama e das Cores.

MAG JOSÉ BONIFÁCIO REALIZA O SEU PRIMEIRO ACAMPAMENTOO mês de Maio foi um tempo de festa no Japão. Isso

porque a Comunidade da Graça completou 10 anos ali, representada pelas CGs Okazaki e Toyohashi.

As duas igrejas se reuniram para uma festa de celebra-ção muito especial no Centro de Convenções da Prefei-tura de Okazaki, no dia 3. Receberam como convidado o Pastor Osmar Misael Dias, que pode passar um tempo com estes irmãos do outro lado do mundo.

COMUNIDADE DA GRAÇA COMEMORA 10 ANOS NO JAPÃO

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O dia 17 de Maio marcou um encontro muito especial na Comunidade da Graça Sede: o Pastor Asaph Borba participou dos três cultos e pode rever amigos muito queridos, como o Pastor Carlos Alberto Bezerra.

Além de cantar com os pastores Adhemar de Campos e Ronaldo Bezerra, também compartilhou uma palavra nos cultos da tarde e da noite, onde contou parte do seu testemunho e falou sobre o transbordar de Deus em nossas vidas.

ASAPH BORBA PARTICIPA DOS CULTOS NA CG SEDE

O Sinprovesp de Atibaia recebeu mais de 600 homens no dia 16 de Maio para o Homens de Honra da Comunidade da Graça Sede.

Foi um tempo muito bom de comunhão e compartilha-mento da Palavra. Os pastores Carlos Alberto Bezerra, Carlos Bezerra Jr e Osmar Misael Dias falaram sobre a importância das amizades espirituais. Ronaldo Bezerra foi o responsável pelo louvor.

Todos os presentes ainda puderam desfrutar de uma fei-joada no almoço e jogaram futebol à tarde.

600 SE REUNIRAM EM ATIBAIA PARA O HOMENS DE HONRA

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