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Revista Comuna - edicao 23

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Revista Comuna, materias, reportagens, estudos e noticias.

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O fim do mundo é um assunto polêmico e perturbador, mas que também suscita grande curiosidade em muita gente.

Como o tema é controverso, as especulações variam desde a matemática até o mítico.

Nos tempos de Jesus, havia uma preocupação entre os seus discípulos so-bre o futuro momentos antes dEle subir aos céus.

Eles queriam saber se Israel voltaria a ser um reino independente, livre do domínio da águia romana. Ao que Jesus respondeu:

“Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade” Atos 1.7

Na seqüência do texto, vemos Jesus conectando seus discípulos com a real urgência espiritual do mundo ao redor deles.

Era como se Ele dissesse: “Tem coisa mais importante para nós pensar-mos”. E não é verdade?

Wagner Fernandes

Comunidade da Graça SedeRua Eponina, 390 - V. Carrão - (11) 2090-1800Para saber o endereço de outras igrejas acesse:www.comuna.com.br/endereco-das-igrejas

Produção: Comunidade da Graça Sede

Pastor Presidente: Carlos Alberto de Quadros Bezerra

Pastor Responsável: Wagner Fernandes

Jornalista Responsável: Fabiana Lima - MTB 58739

Coordenação e Revisão: Paulo Alexandre Sartori

Redação: Elisabete Mazi

Projeto Gráfico e Editoração: André Rinaldi

Direção de arte: Diego Boaventura

Assistente de arte: Flávia Lima Cunha

Contato Publicitário: Gabriela Rosaneli

Tiragem: 15.000 exemplares

Os anúncios contidos nessa edição são de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes, não tendo a Igreja Comunidade da Graça nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo e veracidade dos mesmos.

Interessados em anúnciar na próxima edição: [email protected] 11 3588 0575

23comuna

Editorial

4 | comuna | janeiro 2012

06. visão o futuro nas células

14. dEus agindo é tEmpo dE buscar ao sEnhor

18. EspEcial o podEr da cruz

22. capa 2012 - o fim do mundo

32. apocalipsE o govErno mundial partE 2

10. culinária cupcakE dE chocolatE da fabi

08. lidErança sEm lidErança, sEm futuro

16. fundação cg a importância do sErviço dE nutrição

20. igrEja-família quEimEm os navios

30. ponto dE vista o dia Em quE a pErifEria foi vista pElas lEntEs da compaixão

34. saúdE dEprEssão... sErá o fim

12. ElEs andaram com jEsus jonathan Edwards

índice

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domingo

09h00 – Culto de Celebração• Culto para Crianças (3 a 11 anos)• Culto para Juniores (12 a 14 anos)

19h00 – Culto de Celebração• GCEM para Crianças (4 a 8 anos)

Durante os cultos de Celebração temos interpretação em linguagem de sinais (LIBRAS) para surdos

1o. Domingo do mês: Ceia do Senhor2o. Domingo do mês: Projeto Neemias/Projeto Primícias

sEgunda-fEira

20h00 – Culto da VitóriaPastor Wagner FernandesTema: Minha família vai ficar de péComo ter uma família forte.• GCEM para Crianças (4 a 8 anos)

2º E 4º sábado

09h00 – Encontro da Melhor IdadePastor Gilberto DalmasoComunhão, edificação e desafios.

20h00 – MAG / Marcando A GeraçãoPastor Wagner FernandesEncontro para Jovens e Adolescentes.

células

Nossas células se reúnem nos lares. Temos grupos para adoles-centes, jovens, mulheres e famílias, em várias regiões de São Paulo e em vários dias da semana.

Informe-se pelo telefone: (11) 2090-1817, durante o horário comercial, ou pelo email: [email protected]

Fundador e Presidente da Comunidade da Graça

carlos albErto dE quadros bEzErra

comuna E você!

“Graça e Paz. Quero deixar aqui os meus elo-gios às matérias publicadas nesta revista.

Em especial, ao pastor Carlos Bezerra Junior, quetemescritomatériasquenosfazemrefletirmuito mais sobre o papel da igreja aqui na ter-ra. Grato.”

Hugo Tiago Santana, Comunidade da Graça em Guarulhos/SP

Gostou dos temas e assuntos da revista? Deseja fazer algum comentário?

Tem sugestões?

Escreva para nós. Queremos saber sua opinião! [email protected]

Uma igreja família,vivendo o amor de Cristo,alcançando o próximoe formando discípulos

horários - comunidade da graça

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o início do meu ministério, qua-se cinqüenta anos atrás, havia uma ênfase muito forte na pro-clamação da Palavra de Deus via púlpito. Ser cristão evangé-lico estava fora de moda naque-

la época. O máximo que se conseguia era ouvir a voz de pouquíssimos prega-dores nas rádios. A televisão brasileira não cedia nenhum espaço para evangé-licos ou católicos. Sua programação era limitada e restrita.

Mas como o evangelho é o poder de Deus (Romanos 1.16) e a Palavra é a divina semente, como bem ensinou Je-sus (Lucas 8.11), aquilo que pregáva-

mos atingia frontalmente o coração de brasileiros ávidos por uma experiência com Deus. Tudo era novidade!

Vi milagres e a transformação de mi-lhares de pessoas. E à medida que a igreja ia crescendo, a única preocu-pação que eu tinha era: “quem vai me ajudar a cuidar dessa gente?”. Porque não acredito numa dinâmica de vida cristã restrita a ouvir belos sermões e voltar para casa. De modo algum! Acredito na obra perfeita do Pai e de Cristo realizada na cruz. Escrevendo ao povo da cidade de Corinto, o após-tolo Paulo afirmou que:

no futuro nas células carlos albErto bEzErra, pr.

visão liderança Deus agindoeles andaram com Jesus fundação CGculinária

“Porque de deus

somos cooPeradores;

lavoura de deus,

edifício de deus

sois vós”.

especial

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“tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o minis-tério da reconciliação” (2 Corín-tios 5.18).

O futuro da igreja depende da cons-ciência dos pastores e líderes de que cada membro da igreja é - como fato absoluto e bíblico - um ministro da reconciliação. No nosso modelo presidencial de governo, não cabe ao presidente escolher seus minis-tros? Pois Deus, na pessoa de Seu Filho Jesus fez o mesmo; ou seja, nomeou cada cristão à condição de ministro. Ministério fala de serviço, e ministério de reconciliação fala de um trabalho espontâneo de cada cristão no sentido de reintegrar o homem perdido a um “edifício”.

Muitos homens de Deus me influen-ciaram no ministério. Prefiro não citar nomes e cometer a injustiça de esquecer alguém. Mas em meados de 1977 mantive estreito contato com o pastor Juan Carlos Ortiz. Fui a Bue-nos Aires, Argentina, e aprendi muito com aquele profeta. Ele tinha uma visão e uma prática bíblica de disci-pulado que me encantava. Ortiz enfa-tizava a importância de construirmos um edifício para Deus. Ele se apoiava em 1 Coríntios 3.9, que diz:

“Porque de Deus somos coopera-dores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós”.

Enfatizava também a verdade de que somos pedras vivas:

“Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos ho-mens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edi-ficados casa espiritual para ser-des sacerdócio santo, a fim deoferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” 1 Pedro 2.4 e 5

Trouxe o amigo argentino ao Brasil dois anos mais tarde. Ele usava uma figura que merece uma reflexão ain-da hoje. Ortiz comparava o ajunta-mento dos cristãos a uma pilha de tijolos. Falava do perigo e da faci-lidade que Satanás tinha de roubar os “tijolos” (de roubar pessoas que se convertiam). Quem pode negar isso? Não é assim que o nosso ini-migo atua nos nossos dias?

Mas também falava da solução e do desafio na construção de uma pare-de; de um edifício. Num trabalho firme de ajuntar os tijolos; de ligá--los uns aos outros pela “argamas-sa” e fixá-los na parede do edifício; de firmá-los através das colunas, vigas de concreto e muito ferro; de rebocá-los como forma de proteção e assentamento no edifício. Como roubar ou subtrair um tijolo incor-porado a uma parede... a um edi-fício? Que insanidade levaria um ladrão a impor-se contra um tijolo protegido por imponente estrutura?

Que figura maravilhosa! Eu já vi-brava na época com esta analogia. Imaginem hoje!

Tenho insistido freqüentemente, que se alguém continuar só, vai cair! Se já não caiu! Essa queda tem a ver com uma ação do inferno de arrancar os crentes do reino ma-ravilhoso de Deus, que se expressa na terra através da igreja - das pes-soas vivendo em unidade.

A igreja de Jesus é construída de pedras vivas; de pessoas que rece-beram a vida de Cristo. Estavam mortas, mas reviveram; estavam perdidas, mas foram achadas (Lu-cas 15.24). Cada uma delas deve estar ligada às outras pedras para a composição perfeita do edifício de Deus.

O futuro seguro de cada crente está nas células; na ligação de amor e serviço que devemos manter uns com os outros. Não se trata de uma regra religiosa fria, mas de um esti-lo de vida natural dos filhos de Deus com vistas à comunhão plena e ao evangelismo, ao plano de alcançar os perdidos. Você já faz parte deste edifício ou continua exposto como tijolos amontoados?

“E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos outros.” Romanos 15.14

igreja família apocalipse saúde aconteceucapa

se alguém continuar só, vai cair! se já não caiu!

ponto de vista

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á que o tema desta edição é “O Fim do Mundo”, permita-me comparti-lhar com você o resultado de uma importante pesquisa realizada na década de 90 pela Universidade de Michigan: As perguntas centrais da

pesquisa foram: “Quais são os dez pe-rigos básicos para nossa sociedade? O que poderia acabar com o mundo?”. Se-gundo os resultados, o primeiro e mais significativo perigo à nossa sociedade é a possibilidade de algum tipo de aciden-te nuclear. O segundo é a perspectiva de uma epidemia, doença ou depressão de âmbito mundial. O terceiro perigo que poderia destruir a raça humana é a falta de liderança em nossas instituições.

Se trouxermos este resultado para nos-so contexto, reforçamos a convicção de que formar líderes comprometidos com Deus e com as pessoas é um dos princi-pais fatores que garantirá a permanência e crescimento da igreja de Jesus Cristo, até que Ele venha. É por isso que uma das principais responsabilidades de um líder é cuidar do presente, com o objeti-vo de criar um futuro melhor.

Reproduzir e multiplicar segundo sua espécie faz parte da natureza de tudo aquilo que é vivo, e que foi criado pelo próprio Deus. Seres humanos, plantas e animais se reproduzem para que sua espécie não se extinga. Da mesma ma-

jsEm lidErança, sEm futuro marco fabossi

visão liderança

“liderar não significa

aPenas ter seguidores,

mas saber quantos líderes

se conseguiu formar

entre esses seguidores.”

useen

Deus agindoeles andaram com Jesus fundação CGculinária especial

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neira, se queremos evitar que o líder se torne uma raça em extinção nas igrejas, é preciso que os atuais líde-res reproduzam novos líderes. Uma liderança sem reprodução é uma li-derança sem propósito, sem vida e sem futuro, e que apenas gera pes-soas dependentes e fracas, compro-metendo a continuidade de qualquer organização, incluindo a igreja.

O futuro não é apenas um lugar para onde estamos indo, mas o lugar que estamos construindo, e a pavimenta-ção da estrada que conduz a um futu-ro melhor passa necessariamente pela formação de novos líderes. É por isso que líderes verdadeiramente com-prometidos com Deus, com a Igreja, e com a vida, estabelecem como um de seus principais objetivos a identi-ficação e formação de novos líderes, semeando atitudes que inspiram os

que estão à sua volta a se tornarem melhores seres humanos, pais, filhos, cônjuges, amigos e profissionais, consciente de que não estamos aqui para extrair da vida tudo o que puder-mos somente para nós, mas principal-mente para nos empenharmos em fa-zer a vida das outras pessoas melhor, mais significativa e mais feliz, já que este é um princípio básico do verda-deiro cristianismo.

A formação de novos líderes, por sua vez, é também a maior gratifica-ção na jornada do líder, já que em liderança não existe sucesso sem sucessão. Perceba, porém, que não

estamos falando em instruir líderes, mas em formá-los; e isso tem um propósito: A instrução assume res-ponsabilidade, mas atinge apenas o “fazer”, enquanto a formação é ca-paz de tocar o “ser”, evocando com-promisso e envolvimento com a vida daqueles que estão sendo formados. Este é sem dúvida o principal di-visor de águas entre o instrutor e o líder: compreender que a instrução não forma, já que é possível instruir pessoas que têm ideologias e valo-res diferentes dos seus, porém, para formá-las, é preciso caminhar junto, colocar os braços ao redor, compar-tilhar valores, sucessos, fracassos, sentimentos, paixões, conhecimento e sabedoria, transmitindo às pessoas aquilo que ele é, e não apenas o que ele faz. É por isso que o exemplo é a principal ferramenta de formação de líderes.

Em liderança, cada atitude é uma se-mente; portanto, se cada líder der a sua parcela de contribuição, enten-dendo que suas ações, por mais sim-ples que sejam, podem influenciar e impactar profundamente a vida das pessoas que estão ao seu redor, esta-remos dando um grande passo para que Jesus se manifeste na vida das pessoas, não através de palavras ape-nas, mas principalmente por meio de atitudes que falam muito mais alto, contribuindo para o crescimento da Igreja, e para o desenvolvimento de um mundo melhor, mais feliz e mais sustentável.

São respostas sinceras a estas perguntas que nos ajudarão a perceber se estamos no caminho certo, contribuindo para a construção de um futuro melhor, até que Jesus volte!

• Você gostaria de ser liderado por você?

• Você se seguiria?

• Qual a vantagem das pessoas em tê-lo(a) como líder?

• O que fala mais alto em sua vida? Suas palavras ou suas atitudes?

• Quantos líderes você formou nos últimos anos?

pErguntas importantEs pra você rEflEtir:

Marco Fabossi é conferencista, coach, escritor e consultor com foco em Liderança e Coaching. Veja mais em www.marcofabossi.com.br

igreja família apocalipse saúde aconteceu

“as atitudes do meu líder falam tão alto,

que eu não consigo ouvir o que ele diz.”

capa ponto de vista

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visão liderança Deus agindoeles andaram com Jesus fundação CGculinária

cupcakE dE chocolatE da fabiingrEdiEntEs3/4 xícara de cacau em pó sem açúcar

3/4 xícara de farinha de trigo

1/2 colher de chá de fermento em pó

1/4 colher de chá de sal

3/4 xícara de manteiga sem sal, temperatura ambiente

1 xícara de açúcar

3 ovos grandes

1 colher de chá de essência de baunilha

1/2 xícara de creme de leite

Marshmellow

Pré-aqueça o forno. Em uma tigela média, peneire o cacau, a farinha, o fermento e o sal e reserve. Em uma tigela, bata a man-teiga e o açúcar até formar um creme. Adicione os ovos, um de cada vez, batendo bem após cada um, em seguida, acrescente a baunilha. Com a batedeira em velocidade baixa, adicione a mis-tura de farinha em duas partes, alternando com o creme de leite e começando e terminando com a farinha. Despeje nas forminhas de papel, acomodadas nas formas próprias para cupcakes, en-chendo 3/4 da forma de papel. Asse de 20 a 25 minutos, até que um palito inserido no centro saia limpo.

Deixe esfriar na forma por 5 minutos, transfira para uma gra-de para esfriar completamente. Recheie-os, se desejar, e depois cubra com o marshmellow, usando um bico grande, liso ou “pi-tanga” e um saco de confeitar. Decore com raspas de chocolate, confeitos, açúcar colorido, flores de açúcar etc.

modo dE fazEr

especial

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igreja família apocalipse saúde aconteceu

marshmEllow podE sEr usado como rEchEio E/ou cobErtura

ingrEdiEntEs1 xícara de chá de claras (aprox. 5 claras)

2 xícaras de açúcar

1 colher de chá de suco de limão

2 xícaras de água

Misture as 2 xícaras de água com 1 xícara de açúcar em uma panela, até dissolver todo o açúcar. Limpe as paredes internas da panela com um papel-toalha, para que esse açúcar não carameli-ze e deixe o caramelo marrom. Ligue o fogo e deixe ferver (sem mexer). Caso forme espuma, retire com uma colher. O ponto certo, para um marshmellow firme, é quando as bolhas estouram mais devagar, mas a mistura continua transparente.

Enquanto o caramelo ferve, bata em uma batedeira as claras em neve. Depois de armadas, acrescente o açúcar aos poucos e o suco de limão. A função do limão é deixar o marshmellow bem branquinho. Caso você deseje tingir, não precisa utilizá-lo.

Com a batedeira ligada, vá derramando delicadamente o cara-melo na mistura de claras (como um fio de oleo). Após terminar de derramar o caramelo, deixe batendo até a tigela da batedeira ficar fria. Isso leva em media 30, 40 minutos, batendo sem parar. Após colocar o caramelo, você pode acrescentar o corante co-mestível para tingir o marshmellow na cor da sua preferência. Utilize corantes em gel ou soft gel. Corantes líquidos tiram o ponto, e em pó, pode não dissolver totalmente.

Este marshmellow também serve para outras sobremesas, como bolos gelados, sorvetes etc.

Uma dúvida comum é como rechear estes bolinhos. Montamos um passo a passo muito simples:

Com uma faca pequena inclinada, recorte um cone no bolinho, de apro-ximadamente 2 cm de profundidade.

Corte a ponta do cone, deixando como uma tampa. Reserve.

Coloque o recheio da sua preferência (brigadeiro mole, doce de leite, mar-shmellow, beijinho etc.) em um saco de confeitar, ou em um saquinho. Corte a ponta e recheie a abertura do cupcacke, sem transbordar. Coloque a tampa de bolo reservada. Cubra conforme desejado.

modo dE fazEr

capa ponto de vista

como rEchEar cupcakEs

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jonathan Edwardspaulo alExandrE sartori

visão liderança Deus agindoeles andaram com jesus fundação CGculinária especial

onathan Edwards nasceu em 5 de outubro de 1703 em Connecticut, EUA. Criado em um lar evangélico – seu pai era pastor –, desde cedo ele cultivou uma vida de-vocional e se preocupou com a salvação de almas. Aos 13 anos, entrou no Colégio Yale. Em 1720 recebeu o grau de bacharel, iniciando em seguida os seus estu-

dos teológicos.

Em 1726, Edwards passou a auxiliar seu avô no ministério pastoral da igreja congregacional de Northampton. Aos 24 anos, ele se casou com Sarah Pierrepont, também filha de um pastor. Ela era uma mulher muito inteligente, e sempre acompanhava o marido nos momentos de oração. Eles ti-veram 11 filhos, todos cristãos, e sua vida familiar foi um modelo para todos os que os visitaram. Após a morte do avô, em 1729, ele assumiu a igreja.

No período entre 1735 e 1737, durante uma série de pregações sobre a justificação pela graça por meio da fé, começou um pe-queno avivamento em sua congregação. Nos anos seguintes, este movimento se estendeu por outras igrejas promovendo o que ficou conhecido como o Grande Despertamento, com mi-lhares de conversões acontecendo em várias cidades.

Ele escreveu cerca de mil sermões. ‘Pecadores nas mãos de um Deus irado’ (1740), baseado em Deuteronômio 32.25, é o mais famoso. O povo, ao entrar para o culto, se mos-trava indiferente e mesmo desrespeitoso. Encostado sobre o púlpito, Edwards segurava o manuscrito e o lia numa voz calma e penetrante. A certa altura, quase todos ficaram prostrados no chão, alguns se agarrando às colunas da igre-ja, pensando que o juízo final havia chegado. Edwards re-conheceu que naquele dia “mais de 300 almas foram salvas, trazidas para Cristo”.

jnenhuma mudança significativa na vida acontece

enquanto o coração não é Profundamente afetado

Pela graça de deus. jonathan edwards

um gigante esPiritual

Em 1751, Edwards tornou-se pastor dos colonos e missionário junto aos índios num posto na frontei-ra, em Massachusetts. Foi lá que ele escreveu alguns de seus tratados teológicos mais importantes. Porém, sua peregrinação intelectual sempre foi subordinada às Escrituras e, pela influência de seus escritos, ele é considerado o maior teólogo dos Estados Unidos.

Convidado, ele aceitou a presidência do Colégio de Nova Jersey, hoje Universidade de Princeton. Em 22 de março de 1758, um mês após ter tomado posse no Colégio, Jonathan Edwards morreu devido a compli-cações resultantes de uma vacina contra varíola.

Para saber mais!Leia “Uma Fé Mais Forte que as Emoções” da Editora Palavra

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igreja família apocalipse saúde aconteceucapa ponto de vista

14 | comuna | janeiro 2012

“Semeiem a reti-dão para si, co-lham o fruto da lealdade, e façam sulcos no seu solo não arado; pois é hora de buscar

o Senhor, até que ele venha e faça chover justiça sobre vocês” Oséias 10.12

Um novo ano se inicia. Fazemos planos, traçamos metas, fazemos até

muitas promessas. Quem nunca pro-meteu emagrecer, economizar mais, se engajar em algum projeto no novo ano? Mas não podemos pensar que vamos ter sucesso nestes desejos, se não tivermos consciência do poder da oração. É preciso apresentar dian-te de Deus todos os nossos anseios, projetos, sonhos e expectativas.

O meu maior desejo é ver cada vez mais pessoas orando, intercedendo e buscando a face de Deus. Se nós de-

sejamos ver mudanças significativas em nossa vida, família, igreja e país, este é o melhor caminho.

Mas isso somente irá acontecer se os princípios da Palavra de Deus forem colocados em prática. À medida que vamos lendo mais a Bíblia e passan-do mais tempo com o Senhor em oração, por experiência, ja descobri que coisas maravilhosas começam a acontecer. Deus nunca deixa uma oração sem resposta.

é tEmpo dE buscar ao sEnhor

“s

visão liderança deus agindoeles andaram com Jesus fundação CGculinária

suEly bEzErra, pra.

especial

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igreja família apocalipse saúde aconteceu

Todas as respostas às mais diver-sas inquietações como a alegria que tanto buscamos, a paz que deseja-mos, etc... só podem ser encontra-dos em Jesus. E é somente por meio da oração que chegamos ao trono da Sua graça e entramos em comunhão com Ele, a fim de apresentarmos nossos pedidos e recebermos a res-posta que esperamos.

Ao meditar sobre a passagem que abre este texto, tudo o que podemos fazer é concordar. Sim, “este é o tempo de buscar ao Senhor”. Este é o desafio que o profeta Oséias nos apresenta: preparar a terra do nosso próprio coração e buscar ao Senhor.

Todos sabem que uma árvore só pode dar bons frutos se crescer em uma boa terra, devi-damente semeada. Esta metáfora mos-tra o caminho para aqueles que se sen-tem inconformados com a situação es-piritual de sua vida, sua família, e até de sua nação.

Tenho um grande desejo de ver Deus movendo cada vez mais sua Igreja no Brasil. Sabemos que a terra em que pisamos é chão duro e cheio de espinhos. No entanto, também co-nhecemos a melhor maneira de mu-dar as coisas. Precisamos nos unir neste sublime propósito e contribuir para arar e preparar a terra para que ela dê seus frutos.

É tempo de buscar ao Senhor. Nos-sa luta é cada vez mais intensa e os dias são maus. Precisamos de uma unção renovada do Espírito Santo para enfrentar os crescentes ata-ques do diabo - o nosso inimigo. O que a Igreja mais precisa nos dias de hoje, creio, é de pessoas a quem o Espírito Santo possa usar; crentes poderosos na oração. Todas as vi-tórias que precisamos alcançar não serão ganhas no púlpito, mas no lu-gar secreto de oração. O poder do Espírito Santo, liberado mediante a oração daquele que crê, é a força que vence Satanás e liberta as al-mas das fortalezas diabólicas.

Não temos missão maior do que levar o Evangelho a toda criatura, mas, para isso, é necessário antes

arar a terra para que a colheita seja grande. A oração está no âmago da conquista de novas almas e na base do avivamento que

tanto ansiamos experimentar. Por-tanto, é tempo de buscar ao Senhor! Não duvide disso: sua vida, sua família, sua igreja e nossa nação serão tremendamente enriquecidas quando você se levantar como um intercessor.

Dedique-se mais à oração em 2012. Certamente você provará as maio-res bênçãos que nosso Pai está pre-parando

todas as vitórias que Precisamos alcançar não

serão ganhas no PúlPito, mas no lugar secreto de oração

capa ponto de vista

16 | comuna | janeiro 2012

visão liderança Deus agindoeles andaram com Jesus fundação cgculinária especial

a importância do sErviço dE nutrição

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ma alimentação saudável e adequada é importante para promover a saúde e prevenir o aparecimento de doenças em nossas crianças e seus fami-liares. A alimentação saudável

deve ser estabelecida desde cedo, ou seja, ainda quando criança, pois é nes-sa fase que se inicia a formação dos hábitos alimentares, que podem ser influenciados pela educação recebida e pelas informações que a criança tem acesso no meio em que vive.

Por isso é importante que os pais também tenham uma alimentação saudável, servindo de exemplo para seus filhos.

O Serviço de Nutrição passa estas informações aos pais, através de palestras, e no dia a dia para nos-sas crianças, através do trabalho que nossos colaboradores exercem em nossas cozinhas. O simples ato de preparar o alimento e oferecê--lo acaba influenciando as famílias, pois a criança, mesmo com pouca idade, leva as informações para sua casa, numa pergunta muito simples: ‘Mamãe, sabe o que comi hoje na creche?’ E a comunicação entre creche e família acaba se tornando um vínculo muito importante, pois as mesmas nos procuram para saber como está a alimentação de seu fi-lho na unidade.

Fazer parte deste vínculo com as famílias é de uma importância tão grandiosa, pois não é só um atendi-mento ou uma informação, é poder

conhecer esta criança melhor e sua família; é ajudar com informações básicas, como planejar a compra dos alimentos, prepará-los com hi-giene e como pôr a mesa, para que a alimentação em família se torne prazerosa. Mas a informação mais valorosa é levar o amor de Jesus para as crianças. Com uma simples oração de agradecimento antes das refeições, este valor é passado às suas famílias.

Neste ano de 2011 tivemos avanços surpreendentes em nossos Serviços de Nutrição; e estes avanços se es-tendem também aos nossos colabo-radores, apresentando um serviço de respeito às nossas crianças, ofe-recendo a elas uma alimentação de qualidade e respeitando os padrões de higiene e de normas técnicas.

Este ano, nossos fornecedores pres-taram um serviço muito importante nos oferecendo produtos de qualida-de e preço aceitável, fazendo pronta-mente doações para as nossas festas e para o projeto Papai do Céu.

Como nutricionista destes projetos, tenho que agradecer a Deus por to-das as conquistas e avanços. Ofere-cemos um total de 3.500 refeições/dia em todas as nossas creches, 145 refeições/dia na Casa Abrigo, na Unidade dos SASF I e II atendemos aproximadamente 1.000 famílias, onde é oferecido lanches para os usuários que se apresentam na uni-dade ou fora dela em reuniões para-lelas. Isso sem contar a lanchonete

do Colégio da Comunidade e os cultos na igreja.

A responsabilidade é muito grande, mas a vitoria é do Senhor, pois Ele é quem nos guarda e abençoa.

Para 2012 os desafios são muitos, temos muito trabalho pela frente, e minha expectativa é que a Fundação Comunidade da Graça cresça; e que os desafios que o Senhor tem para nós sejam cumpridos, para a Sua glória, e que muitas famílias sejam alcançadas, e sejam supridas. A pa-lavra que tenho para 2012 é esta:

“SeoSenhornãoedificaracasa,emvãotrabalhamosqueaedifi-cam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de ma-drugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granje-astes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem. Herança do Senhorsãoosfilhos;o frutodoventre, seu galardão. Como fle-chas na mão do guerreiro, as-simosfilhosdamocidade.Felizo homem que enche deles a sua aljava; não será envergonhado, quando pleitear com os inimigos à porta.” Salmo 127

Bom é estar na Fundação Comuni-dade da Graça.

apocalipse saúde aconteceu

Sandra Regina Moreno BernardisCRN 6890 NutricionistaServiço de Nutrição FCG

uigreja família capa ponto de vista

18 | comuna | janeiro 2012

cruz é um dos maiores símbo-los do cristianismo. Quando a vemos, imediatamente recorda-mos o sacrifício de Jesus, e nos lembramos do escandaloso ges-to de amor do qual Ele foi capaz.

Por isso, a conexão entre nós, cristãos, e a cruz é tão contundente.

Agora, imagine se a cruz ainda trou-xer em si outros simbolismos – menos

visíveis – além daqueles que já conhe-cemos? E se nela estiverem impressos elementos de uma salvação ainda mais ampla, de uma reconciliação transfor-madora inegável e irreversível?

A obra realizada no Calvário nos rege-nerou por meio da morte e da ressurrei-ção de Jesus, que destruiu o pecado e nos deu um novo coração e uma nova natureza. Porém, seus efeitos se esten-

o podEr da cruzpatrícia bEzErra

visão liderança Deus agindoeles andaram com Jesus fundação CGculinária especial

a

janeiro 2012 | comuna | 19

igreja família apocalipse saúde aconteceu

dem e podem ser maiores do que imaginamos. Como? Por meio de um Deus genial, extremamente pedagó-gico, que não faz nada de maneira incompleta.

A Palavra nos ensina que “Deus, em Cristo, reconciliou consigo o mundo” (2 Coríntios 5.19). Textos como esse são conhecidos por nós. Sabemos que fomos incluídos no sacrifício de Cristo e sabemos também que fomos reconciliados através da sua morte... Graças a Deus por isso! Mas costu-mamos pensar nessa tão grande re-conciliação somente em um aspecto: a reconciliação com Deus. Não está errado, apenas incompleto.

Para entendermos melhor, é impor-tante lembrar que no tempo de Jesus nem todos sabiam ler ou escrever e, por isso, era muito importante que se usasse uma linguagem cheia de ima-gens, quase auto-explicativa. Por essa razão, Jesus fazia uso das parábolas constantemente, para facilitar a com-preensão. Deus também usou dessa “técnica” de comunicação no dia em que Jesus foi crucificado, mas algu-mas coisas ficaram despercebidas em sua mensagem.

Observe a figura: a cruz possui quatro extremidades. Uma aponta para cima, simbolizando a reconciliação com Deus. Duas apontam para as laterais (onde estavam os dois ladrões, se lembra?), simbolizando nossa recon-ciliação com o próximo. A quarta e última aponta para baixo, para a terra (onde a cruz foi cravada) indicando

nossa reconciliação com a criação. Desse modo, fomos reconciliados de uma maneira muito mais poderosa do que imaginávamos.

Que poder imenso existe na cruz de Jesus! Que mensagem transformado-ra, integral e inclusiva! Precisamos perceber que este é o verdadeiro mila-gre que ele pôde – e pode! – promover em nós: nos reconciliar integralmente com Ele, com nosso próximo e com Sua criação. Depois disso, do que mais precisaríamos? O que nos cabe é “desenvolver a nossa salvação” a fim de que alcancemos toda a dimensão dessa obra maravilhosa e tenhamos uma relação saudável e natural em todas as esferas de nossa vida. A cruz tem o formato do nosso corpo de bra-ços abertos. Nós somos a nossa cruz, e por isso Ele disse: “Quem quiser vir após mim, tome sua cruz e siga-me” (Lucas 9.23). Há uma cruz em nós, a cruz que nos livrou da morte da forma mais mara-vilhosa e poderosa: nos fazendo mor-rer para nós mesmos e viver nEle e para Ele. Que os efeitos de tão grande salvação operem no interior de cada um, e que a prática da nova vida que essa salvação nos garante leve a ze-lar e preservar tudo aquilo que o Pai criou e a amar nosso próximo como a nós mesmos. Louvado seja o Senhor!

Patrícia Bezerra é psicóloga e diretora geral da Fundação Comunidade da Graça. É casada com Carlos Bezerra Jr. e mãe da Giovanna e da Giulianna

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as eles come-çaram, um por um, a apresen-tar desculpas. O primeiro disse: ‘Acabei de com-

prar uma propriedade, e preciso ir vê-la. Por favor, desculpe-me’. Outro disse: ‘Acabei de com-prar cinco juntas de bois e estou indo experimentá-las. Por favor, desculpe-me’. Ainda outro disse: ‘Acabo de me casar, por isso não posso ir’.” Lucas 14.18-20

Como você se sente quando pre-para um aniversário, uma saída, uma formatura, um casamento, por exemplo, convida seus melhores amigos, e eles dão estes tipos de desculpas? E você, também já deu desculpas assim? Quando algo não é importante ou prioritário, qual-quer motivo pequeno é uma escusa para não aceitar o convite.

Deus preparou uma festa para nós. Fazer parte do Reino de Deus é entrar em um banquete eterno. Eu

vivo assim desde o dia em que assu-mi um compromisso e decidi seguir a Cristo. Eu já vivo no céu, pois mi-nha vida anterior era um inferno.

No texto citado, os convidados apresentaram três desculpas. As duas primeiras são de ordem finan-ceira. Eu sempre faço este alerta aos empresários: cuidado com a prosperidade! Está provado que buscamos menos a Deus quando dependemos mais do dinheiro. Al-guns até dizem: “Preciso cuidar do

quEimEm os naviososmar misaEl dias, pr.

visão liderança s agindoeles andaram com Jesus fundação cgculinária especial

“m

Deu

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igreja família apocalipse saúde aconteceu

que o Senhor me deu”. Engano! Os bens podem roubar seu coração.

O casamento é a terceira desculpa. O jovem, enquanto solteiro, está sempre disponível, pedindo para o Senhor contar com a vida dele, par-ticipando em todos os projetos etc. Mas, depois que se casa, desapare-ce. “Tenho que cuidar da casa, fazer compras, receber visitas etc.”

Estas três desculpas são pedagógi-cas, porque elas falam de valores deste mundo: propriedades, ne-gócios e compromissos que dis-tanciam a pessoa de Deus. Se um casamento se fundamenta em pro-pósitos de auto-satisfação, ele está errado e tem tudo para fracassar. O casamento deve ser para glorificar a Deus e colaborar em Seu Reino. É isso que vai abençoar a sua vida.

Quando os convidados despreza-ram o convite, a ordem foi chamar os que tinham fome. Isso se chama graça de Deus. É o Senhor dando e fazendo tudo, para aqueles que nada merecem. Os criados avisa-ram que a casa continuava vazia e o anfitrião mandou buscar a todos que eles encontrassem. Em seguida, Jesus fez um alerta sobre o custo do discipulado.

“Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos,seusirmãoseirmãs,eatésua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípu-lo.” Lucas 14.26

O que significa isso na prática? O Reino de Deus precisa ser colo-cado em primeiro lugar. Os inte-resses pessoais devem vir depois. Não é para abandonar a família. Mas o contraponto aqui é a pessoa dizer que ama a Deus, mas não ama a sua esposa e os seus filhos. É al-guém dizer que ama a Deus, mas qualquer outro assunto ou preocu-pação o desvia das coisas do alto e o prende nas coisas desta terra. Isso seria uma incoerência.

Há um texto que ilustra bem esta decisão de aceitar o convite para o banquete de Jesus e não colocar ou-tros compromissos, pessoas ou cir-cunstâncias no lugar dele. Render--se ao senhorio de Cristo é tomar a decisão de “queimar os navios”.

Esta expressão “Queimem os na-vios!”. vem da história de um con-quistador espanhol que chegou ao México com dois navios trazendo pessoas que iriam colonizar aque-la terra. Fizeram a viagem com este propósito. Quando eles desembarca-ram, o conquistador chamou à parte os comandantes e ordenou que eles queimassem as duas embarcações.

Claro que os comandantes estranha-ram. Mas sabe por que ele ordenou

que fizessem isso? Porque ele sabia que aquele povo, chegando naque-la terra estranha, teria dificuldades e inimigos para enfrentar, e a pri-meira coisa que os temerosos que-rem fazer em um momento difícil é voltar atrás. Por isso ele ordenou: “Queimem os navios!”.

Há decisões que tomamos que reque-rem de nós a queima dos navios. Eu já completei 25 anos de casado. No dia em que me casei com a minha es-posa, eu queimei um navio. Fiz uma aliança eterna com ela. E por mais dificuldades que vieram, não desisti!

Quando assumi um compromis-so com Cristo, eu disse: “Não tem mais volta!” Queimei outro navio! Quando o pastor Carlos Alberto me chamou para assumir o ministério pastoral em tempo integral, quei-mei os navios da minha carreira e vida profissional.

Seguir a Cristo tem um custo. É algo sério, para a vida toda e para toda a vida. É preciso decidir! O que você quer da sua vida? O Se-nhor quer transformar o seu infer-no em céu! Para isso, queime seus navios. Mas isso é definitivo, não pode ser uma tentativa.

O Evangelho vem para trazer este desconforto, para tirar-nos da zona de conforto, para arrancar todos os apoios, a fim de que confiemos somente no Senhor e na graça de Deus. E viver como diz a canção: “Atrás não volto, não volto não!”

o senhor quer transformar o seu inferno em céu!

Para isso, queime seus navios.mas isso é definitivo,

não Pode ser uma tentativa.

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recentemente esPerava-se o tal fim do mundo Para a virada do milênio. isso fora baseado nas Profecias do famoso médico, astrólogo e vidente francês do século Xvi, conhecido como nostradamus. seus escritos foram eXaminados Por cientistas e estudiosos no assunto. entretanto, entramos no século XXi e nada aconteceu.

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wagnEr fErnandEs, pr

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cho engraçada essa preocupação das pessoas com o fim do mundo. Qualquer livro ou matéria exibi-da sobre o tema FIM DO MUNDO atrai o interes-se e a especulação de muita gente.

Mas me pergunto: Por que se preocupar tanto com o fim do mundo? Por que não pensar no mundo de agora, e em como torná-lo melhor? Por que não pensar em como cooperar para a transforma-ção do mundo através do serviço de amor a Deus e ao próximo? (Jesus disse que desses dois man-damentos - amar a Deus e ao próximo - depende toda a lei e os profetas. Mateus 22.40).

A Bíblia diz que Deus amou o mundo de tal ma-neira que deu seu Único Filho, de modo que toda pessoa que crer no Filho de Deus (Jesus) tenha

a

a vida eterna (João 3.16). Quando a Bíblia cita a palavra mundo neste versículo, refere-se às pessoas. Deus ama as pessoas. Mas Deus não ama o sistema do mundo (ou o mun-do sistema); isto é, a filosofia e os pensamentos do mundo que são contrários à vontade soberana e perfeita de Deus.

O mesmo João, conhecido como o apóstolo do amor, escre-veu em 1 João capítulo 2, dos versos 15 a 17, as seguintes palavras: “Não amem o mundo, nem as coisas que há nele. Se vocês amam o mundo, não amam a Deus, o Pai. Nada que é deste mundo vem do Pai. Os maus desejos da natureza humana, a vontade de ter o que agrada aos olhos e o orgu-lho pelas coisas da vida, tudo isso não vem do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, com tudo aquilo que as pessoas cobiçam; porém aquele que faz a vontade de Deus vive para sempre.” A Bíblia fala por si mesma; não é verdade?

Não se assuste com o que vou dizer, mas estudando a Bíblia, podemos concluir que o mundo “acabou” desde o pecado no Éden. O mundo idealizado por Deus, em Gênesis, o primei-ro livro da Bíblia, era muito diferente do mundo atual. No projeto original havia um perfeito equilíbrio entre o Deus Criador e o ser criado. A natureza – os animais vivos e a flo-ra – compunha aquela grande “sinfonia de amor e poesia”. Mas a desobediência a Deus por parte de Adão e Eva desen-cadeou um ambiente hostil onde Abel assassinou seu pró-prio irmão Caim com a mesma frieza e cinismo dos nossos dias. Perguntado por Deus sobre seu irmão, Abel afirmou sarcasticamente: “Não sei onde meu irmão está. Por acaso eu sou o guarda do meu irmão?” Gênesis 4.9

Mais tarde, Jesus viria reforçar a triste sentença de que o mundo todo está debaixo do poder do Maligno (1 João 5.19). Quem de nós pode discordar das sábias palavras do Mestre Jesus? Basta ler e assistir aos telejornais para ratificarmos a grande verdade do mundo atual debaixo de uma influência espiritual maligna. Daí tanta desigualdade e injustiças.

Minha vida foi transformada quando descobri a obra perfeita de Deus em Cristo registrada em Gálatas 1.3-4: “Graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do nosso

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Senhor Jesus Cristo, o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perver-so, segundo a vontade de nosso Deus e Pai.” Que verdade bíblica surpreendente! O texto mostra as duas obras que Je-sus realizou na cruz do Calvário: perdoou nossos pecados e arrancou nossas raízes desse mundo perverso; desse conjunto de valores contrários aos valores de Deus inseridos em toda a Bíblia. A obra perfeita de Deus não desconecta o cristão do mundo; nem o deixa em crise ou assustado com o fim do mundo. Pelo contrário, devolve o ser humano ao formato ori-ginal de comunhão com Deus e compromisso com o mundo, envolvendo uma relação sadia e direta com as pessoas e com o ecossistema – tudo que está à nossa volta.

Quando o apóstolo Tiago falou sobre a verdadeira religião, inspirado pelo Espírito Santo, ele trouxe luz quanto ao nosso posicionamento em relação ao mundo e às pessoas que estão no mundo. Observe o texto: Tiago 1.27 “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visi-tar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.”

Acredito que a explicação mais objetiva para tanta gente tão preocupada com o fim do mundo é que talvez estejam muito contaminadas com este mundo (gostem muito deste mundo), e estejam deixando de lado o cuidado que deveriam ter com os menos favorecidos; com aqueles que sofrem. Quando a Bíblia focaliza órfãos e viúvas em tribulações, ela nos cha-ma a uma mudança de atitude; ela nos desperta do sono da indiferença e nos projeta na direção das pessoas – na mesma direção de Deus: PESSOAS.

Quem disponibiliza a vida para amar o que Deus ama – as pessoas – não tem tempo de se preocupar com o fim do mun-do. “Então os que estavam reunidos lhe perguntaram: "Se-nhor, é neste tempo que vais restaurar o reino a Israel? "Ele lhes respondeu: "Não lhes compete saber os tempos ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade. Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda aJudéiaeSamaria,eatéosconfinsdaterra"Atos1:6-8

“a religião Pura e sem mácula, Para com o nosso deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.” tiago 1.27

“graça a vós outros e Paz, da Parte de deus, nosso Pai, e do nosso senhor jesus cristo, o qual se entregou a si mesmo Pelos nossos Pecados, Para nos desarraigar deste mundo Perverso, segundo a vontade de nosso deus e Pai.” gálatas 1.3-4:

“não lhes comPete saber os temPos ou as datas que o Pai estabeleceu Pela sua PróPria autoridade. mas receberão Poder quando o esPírito santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em jerusalém, em toda a judéia e samaria, e até os confins da terra”atos 1:6-8

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a prEciosidadE do tEmpotraduzido E rEsumido pElo pastor antonio carlos costa a partir dE um sErmão dE jonathan Edwards

“remindo o temPo, Porque os dias são maus.” efésios 5.16

emindo tem mais relação com algo que tanto está perdido como de alguma forma perdemos, ou que no mínimo está pronto para ser tomado de nós. O verso pode ter relação também com o desperdício de tem-po no passado, ou pode significar o grande perigo do tempo ser perdido, em razão dos dias serem tão

maus. Ou, finalmente, pode dizer respeito à necessidade de remirmos o tempo dessas terríveis calamidades que Deus trará sobre os ímpios; como se eles fossem salvos da terrível destruição que, quando vier, colocará um fim a tudo.

Os dias são maus. E o tempo é uma coisa que deveríamos ter em alto valor. Se não tivermos um grande cuidado, o tempo se deslizará das mãos, e não tiraremos nenhum benefício dele. Vemos tantos desperdiçando seu precioso tempo; mas você se esforçará para remi-lo?

Mais tarde, Jesus viria reforçar a triste sentença de que o mundo todo está debaixo do poder do Maligno (1 João 5.19). Quem de nós pode discordar das sábias palavras do Mestre Jesus? Basta ler e assistir aos telejornais para ratificarmos a grande verdade do mundo atual debaixo de uma influência espiritual maligna. Daí tanta desigualdade e injustiças.

Minha vida foi transformada quando descobri a obra perfeita de Deus em Cristo registrada em Gálatas 1.3-4: “Graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do nosso Senhor

r1. a EtErnidadE dEpEndE do aprovEitamEnto do tEmpo.

As coisas são preciosas na proporção da sua importância, ou em razão do nível de rela-ção com o nosso bem-estar. Isso faz com que o tempo seja um bem imensamente precio-so, porque o interesse pelo nosso bem-estar depende do aproveitamento do tempo. Ele é precioso porque se não o aproveitarmos, nós correremos o risco de atrairmos pobreza e desgraça. Mas acima de tudo é importante porque a eternidade depende dele. De acor-do com o aproveitamento ou perda do nos-so tempo, seremos felizes ou miseráveis na eternidade.

2. o tEmpo é muito curto, o quE o torna muito prEcioso.

A escassez de algum bem faz com que o ho-mem coloque um grande valor sobre ele, es-pecialmente se é uma coisa necessária de ser tida e sem a qual não pode viver. O tempo é tão curto, e o trabalho que temos a fazer é tão grande, que não podemos desperdiçar ne-nhuma parte dele. O trabalho que temos que fazer para nos prepararmos para a eternidade deve ser feito no tempo, ou nunca será feito; e esta é uma obra que envolve grande dificul-dade e labor.

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aProveitando o temPoQuando Deus criou você e lhe deu uma alma racional, ele o fez para a eternidade; e lhe deu o tempo aqui a fim de prepa-rá-lo para essa eternidade. Considere o que você fez com o tempo passado. Existem muitos que podem muito bem con-cluir que metade do seu tempo já se foi. A raça humana age como se o tempo fosse uma coisa em grande quantidade, e tivesse mais do que precisa, mas não sabe o que fazer com ele. Para que propósito você gastou o seu tempo? • Muitos gastam grande quantidade do seu tempo em

ociosidade e em conversas não proveitosas. Suas mãos recusam-se a trabalhar. Eles deixam sua família sofrer e eles próprios sofrerão.

• Muitos gastam o tempo em trabalhos ímpios. Não ape-nas fazem nada para um propósito bom, mas gastam o seu tempo em propósitos maus. Eles ferem e matam a si mesmos com isso.

• Muitos gastam seu tempo apenas em propósitos mun-danos, negligenciando suas almas. Se os homens não aproveitam seu tempo para os propósitos da eternidade, eles o perdem.

Você é responsável diante de Deus pelo seu tempo. Tempo é um talento de Deus dado a nós. Considere quanto tempo você já perdeu. Você deve aplicar a si mesmo o mais dili-gentemente possível no aproveitamento da parte de tempo que lhe resta, para que você possa viver como se fosse remir o tempo perdido.

“esPero que o seu efeito seja o mesmo que eXPerimenteium grande desejo de viver cada segundo intensamentee isso, Para a glória de deus somente.” antonio carlos costa

3. o tEmpo é muito prEcioso porquE sua continuidadE é incErta.

Nós sabemos que ele é muito curto, mas não sabemos quão curto ele é. Nós não sabemos o quão pouco nos resta, se um ano, ou mui-tos anos, ou apenas um mês, ou uma semana, ou um dia. Quantos homens valorizariam seu tempo se soubessem que tinham apenas pou-cos dias de vida nesse mundo; e certamente um homem sábio valorizaria seu tempo ainda mais. Essa é a condição de milhares no mundo que agora gozam de saúde, e não vêem ne-nhum sinal do avanço da morte. Muitos, sem dúvida alguma, não pensam sobre isso.

4. o tEmpo é prEcioso porquE quando ElE passa não podE sEr rEcupErado.

O que é bem aproveitado não é perdido; em-bora o tempo por si mesmo se vá, o seu bene-fício permanece conosco. Cada parte do nosso tempo é como se fosse sucessivamente ofere-cida a nós, a fim de que possamos escolher se o faremos nosso ou não. Mas se o recusamos, ele imediatamente é tomado, e nunca mais oferecido. A eternidade depende do aprovei-tamento do tempo; mas quando a morte vem, nós não temos mais o que fazer com o tempo.

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chEgamos Em 2012... E agora?paulo alExandrE sartori

fim do mundo sempre po-voou o imaginário dos po-vos em toda a Terra e em todas as épocas. Narrações e imagens de catástrofes naturais, guerras atômicas,

epidemias letais, invasões extrater-restres, asteróides desgovernados e tantas outras coisas, sempre rende-ram bons livros e excelente bilhe-teria em filmes hollywoodianos.

Muitos marcaram datas para o epí-logo da história do nosso planeta. Já se esperou o apocalipse para o ano 1000 da era cristã. Segundo al-guns, uma terceira guerra mundial poria fim no mundo em 1997. A terceira mensagem de Fátima, em sua suposta aparição em Portugal, é de uma situação caótica até o ano 2000. Passada cada data, sem que as previsões catastróficas se cum-pram, novos dias continuam sendo agendados para os tempos do fim.

A revista norte-americana Time fez o “top 10” das falsas profecias. Uma das mais conhecidas é a de William Miller. Em 1840, come-çou a dizer que o mundo ia acabar

e Cristo regressaria, prevendo um grande incêndio entre 21 de mar-ço de 1843 e 21 de março do ano seguinte. Quando a data passou, disse que afinal era até outubro. O fim nunca chegou, mas os seus se-guidores acabaram por formar uma igreja que existe até hoje.

Recentemente esperava-se o tal fim do mundo para a virada do mi-lênio. Isso fora baseado nas profe-cias do famoso médico, astrólogo e vidente francês do século XVI, co-nhecido como Nostradamus. Seus escritos foram examinados por cientistas e estudiosos no assun-to. Entretanto, entramos no século XXI e nada aconteceu.

Mas eis que surge uma nova pro-fecia. O fim será agora no próxi-mo dia 21 de dezembro de 2012. A data é sugerida por um Calendário da civilização Maia (cultura pré--colombiana). Como não poderia deixar de ser, o tema já rendeu um filme com o nome “2012”, dirigido por Roland Emmerich, e se tornou assunto para conversas e debates em toda a mídia.

O fenômeno de 2012 compreende um conjunto de crenças e teorias escatológicas de que eventos cata-clísmicos ocorrerão nessa data, que é considerada o final de um ciclo na mitologia Maia. Vários alinha-mentos astronômicos e fórmulas numerológicas têm sido relaciona-dos com este dia. A interpretação da Nova Era sobre essa transição postula que, durante este tempo, o planeta e seus habitantes podem sofrer uma transformação física ou espiritual e que 2012 pode marcar o início de uma nova era. Teorias para o fim do mundo incluem a co-lisão da Terra com um planeta de passagem (referido como “Nibi-ru”) ou com um buraco negro.

Nada disso é novidade. Ainda no primeiro século depois de Cristo, quando o apóstolo Paulo falou so-bre a segunda vinda do Senhor e os últimos acontecimentos no mundo, os habitantes de Tessalônica agi-taram-se em especulações quanto a esse dia, chegando ao ponto de, por este motivo e segundo alguns intérpretes, abandonarem seus tra-balhos e responsabilidades coti-

o

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dianas na expectativa iminente do fim (2 Tessalonicense 3.11). Em função disto, Paulo precisou escrever-lhes a fim de corrigir este equí-voco:

“Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reu-nião com ele, rogamos-vos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja reveladoohomemdopecado,ofilhodaperdição,aquelequeseopõee se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adora-ção, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus. Não vos lembrais de que eu vos dizia estas coisas quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém para que a seu próprio tempo seja revelado.” 2 Tessalonicenses 2:1-6

Recentemente, especialistas se apressaram em comunicar que as in-terpretações das profecias no calendário Maia foram imprecisas. O calendário não termina em 21 de dezembro de 2012, já que existem inscrições de previsões até para o ano de 4772, por exemplo. Isso tudo só nos leva a uma conclusão óbvia: o fim do mundo não pode ser previsto pelo homem. É muito mais sábio e prudente confiar nas palavras de Cristo e estar preparado para quando este dia chegar:

“Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Se-nhor.” Mateus 24.42

“Tenhamcuidado,paraqueosseuscoraçõesnãofiquemcarregadosde libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vocês inesperadamente.” Lucas 21:34

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crescimento desordenado das grandes cidades empurrou a população pobre para seus cantos mais afastados. Esse movimento se torna ainda mais implacável em lugares

como São Paulo, com alto custo de vida. Na periferia, para onde vão mi-lhares de pessoas, as moradias são precárias e há carência de condições mínimas de saneamento básico e ou-

tros serviços. Nada disso é novida-de, eu sei. Porém, poucos imaginam a que grau possa ter chegado tama-nha exclusão.

No sábado, 10 de dezembro, come-morou-se o Dia Internacional dos Di-reitos Humanos e eu e a Patrícia, mi-nha esposa, coordenamos uma ação em uma das creches da Fundação Comunidade da Graça, na Vila Ver-

de, extremo leste da capital. Encam-pamos a iniciativa global chamada Help-Portrait. O projeto, que nasceu nos Estados Unidos, tem o objetivo de reunir fotógrafos e fazer imagens de gente que nunca teve sequer um retrato feito por profissionais.

Parece simples? Sim. E realmente é. Mas não confunda simplicidade com superficialidade. Nos lugares

o dia Em quE a pErifEria foi vista pElas lEntEs da compaixão

o

visão liderança Deus agindoeles andaram com Jesus fundação CGculinária especial

carlos bEzErra jr., pr.

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mais distantes da cidade, nos pontos em que nem o poder público vai, a carência não é só de direitos, de saú-de ou de educação. Trata-se de algo ainda mais agudo: a carência é tam-bém de amor. “Que importância tem fotografar essas pessoas?”, um leitor pode perguntar. E a resposta é que, na verdade, a fotografia é apenas um símbolo, um gesto. Na realidade, o que estamos dizendo àquelas famí-lias é: nós enxergamos vocês.

Acostumadas a ocuparem o centro foco apenas nas páginas policiais dos jornais, nas lentes dos progra-mas sensacionalistas que fazem do fracasso social a mola propulsora de seu Ibope, uma centena de famílias visitou nossa creche e se surpreen-deu. Primeiro por não mais encon-trar ali o conhecido centro de educa-ção infantil – o espaço foi adaptado para abrigar 10 estúdios de fotogra-fia, maquiadores, cinegrafistas, con-tadores de história, animadores etc. E, depois, por deparar-se com pesso-as que não as viam com olhos cheios de estereótipos.

Mais de 100 voluntários engajaram--se no evento. Vários deles, jovens da Comunidade da Graça. Todos com o mesmo sentimento, unidos pelo objetivo único de levar uma for-ma diferente de ver aquelas crianças, aquelas mães, aquela gente. Uma forma de enxergá-los como fazia o Mestre com os cegos, os paralíticos, as viúvas, os pobres, os enfermos, uma maneira de vê-los pelas lentes da compaixão.

M. E., uma das mulheres que foi até lá para participar da ação, não queria ser fotografada. Ela hesitava, evita-va as lentes. Uma de nossas volun-tárias chamou-a para uma conversa e não demorou a descobrir que sua aversão às imagens de família tinha raízes profundas. M. tinha sido abu-sada sexualmente por seu pai, e, no dia em que sofreu a violência, foi obrigada a tirar um retrato justamen-te ao lado de seu agressor.

A experiência deixou-a traumatiza-da e desde então ela passou a fugir das fotos. No contato com a volun-tária, foi levada a perdoar seu pai e aceitou ir para um dos estúdios e ter sua imagem registrada. M. deu ali os primeiros passos para livrar-se da-quela mágoa profunda.

Ao longo do evento, uma equipe se desdobrou para imprimir tudo e, no final, entregamos a cada uma das famílias um porta-retrato com sua foto. As imagens são surpreenden-tes. Separei apenas algumas delas, apresentadas na página ao lado, para dar uma idéia do que estou falando. Os resultados foram tão positivos que, em contato com a Secretaria Estadual de Cultura, conseguimos que todo o material seja reunido e apresentado em uma exposição no Museu da Imagem e do Som (MIS).

Madre Teresa dizia que as “calcutás” do mundo estão em todos os luga-res. Para encontrá-las, mais do que qualquer câmera fotográfica, são os nossos olhos que precisam enxergar

aquilo que vêem os olhos de Deus, e é o nosso coração que tem de bater pelas causas que fazem bater o cora-ção do Pai. Que Ele nos mova às pe-riferias e que, como igreja, sejamos Sua resposta a cada um dos “invisí-veis” das muitas calcutás de nossa cidade e Estado.

igreja família apocalipse saúde aconteceu

*Para saber maisusina21.com.br/help-portrait.com

CARLOS BEZERRA JR. é pastor da Comunida-de da Graça, médico e deputado estadual. É vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa-SP. Casado com a psicóloga Patrícia Bezerra,temduasfilhas:Giovanna e Giulianna.

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futuro governo mundial tam-bém já pode ser vislumbrado pela reunião anual dos mem-bros do chamado Clube de Bilderberg que, desde 1954, congrega mais de 100 hie-

rarcas da economia, das finanças, da política e dos meios de comu-nicação, da América do Norte e da Europa. Os maiores veículos de co-municação acompanham com muito interesse estes encontros, que embo-ra cercados de muito sigilo, deixam transparecer que o seu grande obje-tivo é buscar uma nova ordem mun-dial de governo, exército, economia e ideologia únicos.

David Rockefeller, um de seus mem-bros fixos, disse à revista Newswe-

ek: “Algo deve substituir os gover-nos, e o poder privado parece-me a entidade adequada para fazê-lo”. Por sua parte, o banqueiro James P. Warburg afirmou: “Gostem ou não gostem, teremos um governo mun-dial. A única questão é se será por concessão ou imposição”. É muito provável que destas figuras mun-diais é que sairão os 7 governantes das nações mais desenvolvidas (7 cabeças) e os 10 líderes que darão todo o apoio ao governo mundial da besta (10 chifres – Apocalipse 13:1).Nestes últimos dias, avaliando a cri-se nos países europeus, o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, foi enfático: “A zona do euro está ameaçada e será impos-sível salvá-la de um colapso se não

houver um controle central sobre como governos gastam dinheiro, e como coletam impostos.” (jornal O Estado de São Paulo, de 24 de no-vembro de 2011, pg. B1, caderno de Economia e Negócios).

Podemos perceber que o cenário vai se montando peça a peça, para que aquilo que a Palavra de Deus profe-tizou a milhares de anos se torne re-alidade; e este, é um dos sinais mais evidentes de que a volta do Senhor está bem próxima.

Mas, além da criação de um governo mundial, o grande objetivo de Sata-nás e do seu ungido, o anti-Cristo, é o de procurar impedir de todas as formas que a Igreja cumpra integral-

o govErno mundial partE 2 carlos albErto antunEs, pr.

visão liderança Deus agindoeles andaram com Jesus fundação CGculinária

o

especial

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mente a sua missão de evangelizar e fazer discípulos de todas as tribos, línguas, povos, e nações, e assim prolongar indefinidamente a volta de Cristo a esta terra. Porém, como já foi citado, isto não acontecerá, e a Igre-ja cumprirá sua missão, em que pese toda a oposição do governo da besta:

“E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e entãoviráofim.”Mateus24:14

“Então vi outro anjo, que voava pelo céu e tinha na mão o evange-lho eterno para proclamar aos que habitam na terra, a toda nação, tribo, língua e povo. Ele disse em altavoz:TemamaDeuseglorifi-quem-no, pois chegou a hora do seu juízo. Adorem aquele que fez os céus, a terra, o mar e as fontes das águas.” Apocalipse 14:6-7

“Então vi a besta, os reis da terra e os seus exércitos reunidos para guerrearem contra aquele que está montado no cavalo e contra o seu exército. Mas a besta foi presa, e com ela o falso profeta que havia realizado os sinais mi-raculosos em nome dela, com os quais ele havia enganado os que receberam a marca da besta e adoraram a imagem dela. Os dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. Os demais foram mortos com a espa-da que saía da boca daquele que está montado no cavalo. E todas

as aves se fartaram com a carne deles.” Apocalipse 19:19-21

Ao final, na volta de Cristo, quando este governo mundial e maligno for destruído, um novo Reino se estabe-lecerá em toda a terra; este sim, de amor, justiça e paz, que não se aca-bará jamais.

“Mas os santos do Altíssimo rece-berão o reino e o possuirão para sempre; sim, para todo o sempre. (...) Então a soberania, o poder e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão entregues nas mãos dos santos, o povo do Altís-simo. O reino dele será um reino eterno, e todos os governantes o adorarão e lhe obedecerão.” Da-niel 7:18 e 27

Assim, podemos perfeitamente per-ceber que enquanto vivemos nossa vida cotidiana, com suas inquieta-ções e ansiedades por vezes muito humanas, por cima de nossas cabe-ças, o Senhor da história, que não dorme e nem cochila, está conduzin-do tudo e todos para a perfeita reali-zação do Sfeu projeto original, que é o estabelecimento do Reino de Deus em todo o universo.

Por isto, não podemos permitir que estas preocupações terrenas nos ocu-pem de tal maneira que nos afastem e nos impeçam de vivermos de acordo com os valores eternos. Desta forma, algumas questões precisam ser ur-gentemente consideradas por nós:

• Já nascemos de novo, para po-der entrar e viver neste Reino eterno?

• Já estamos totalmente envolvi-dos com a principal missão da igreja, que é a de fazer discí-pulos, para que nossa família, amigos e os que se relacionam conosco, possam também fazer parte do Reino de Deus?

Se não pudermos responder positi-vamente a estas duas questões mag-nas, então é o tempo de nos arrepen-der para que possamos participar com muito gozo do único governo mundial que permanecerá por toda eternidade.

“Façam isso, compreendendo o tempo em que vivemos. Chegou a hora de vocês despertarem do sono, porque agora a nossa sal-vação está mais próxima do que quando cremos. A noite está qua-se acabando; o dia logo vem. Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e vistamo-nos a armadura da luz.” Romanos 13:11-12

“O sétimo anjo tocou a sua trom-beta, e houve altas vozes no céu que diziam: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.” Apocalipse 11:15

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visão liderança Deus agindoeles andaram com Jesus fundação CGculinária especial

dEprEssão...sErá o fim?kátia c. gonçalvEs, psicóloga

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igreja família apocalipse saúde aconteceu

ealmente, a depressão é uma doença muito mal compre-endida; especialmente, por aqueles que nunca a experi-mentaram.

Em primeiro lugar é preciso compre-ender que a depressão é uma doença como qualquer outra e precisa de tra-tamento. Também é importante entender que a depressão não tem nada a ver com preguiça, frescura, baixo astral, corpo mole, pecado etc., porque, por suas próprias caracterís-ticas, a depressão é algo que inca-pacita a pessoa para as atividades às quais ela, anteriormente, estava acostumada a realizar.

Mas, os que sofrem deste mal e as pes-soas próximas a eles devem saber que isso não é o fim do mundo; é só uma doença que pode ser tratada e curada. É uma fase, mas que com os recursos certos pode ser superada. É um tempo ruim; mas não é para sempre.

A depressão precisa ser avaliada de um modo inteligente e sensato. Al-gumas vezes pode estar acontecendo um desequilíbrio na constituição quí-mica do organismo, ou uma carência de elementos químicos. Outras ve-zes, a questão pode estar relacionada com alguma situação hormonal, ou com o modo como estamos adminis-trando, pensando e entendendo al-gumas situações do nosso dia a dia, gerando tensão, ansiedade e estresse. Perdas, separações e cobranças po-dem levar uma pessoa à depressão; porém tudo isso é tratável. Tudo isso é possível de ser resolvido. Tudo isso

é humano. Tudo isso tem cura. Nada disso é para sempre.

Quero destacar também que o cris-tão que sofre de depressão não deve sentir-se culpado por estar doente; a fé é justamente um recur-so para nos ajudar a ficar curados. O sentimento de culpa só irá pre-

judicar ainda mais o processo de cura. É bom lembrar que a fé não nos vacina contra os proble-mas, mas ela nos ajuda a atravessá--los. Até os médicos sabem que uma pes-

soa que crê que vai ficar boa, tem mais chances de melhorar do que uma pessoa que não crê.

Atualmente, após algumas pesquisas, chegou-se à conclusão de que exis-te uma correlação entre saúde e bem estar espiritual. Muitos especialistas apontam para a necessidade de inclu-são da espiritualidade na concepção de saúde, unida às dimensões biológica, psicológica e social.

Assim, um relacionamento verda-deiro com Jesus Cristo, pode trazer uma contribuição importante para a promoção da saúde e cura da doença. E a oração sincera, realmente ajuda muito quem passa por um momento assim. Isso sem falar no grande re-forço que há no apoio, compreensão e acolhimento de familiares, amigos e pessoas próximas.

A depressão precisa ser enfrenta-da sem tabus ou preconceitos, sem culpas ou cobranças, sem pressões e sem desgastes, mas acima de tudo com confiança e entrega a Deus.

“os que sofrem deste mal e as Pessoas PróXimas a eles devem

saber que isso não é o fim do mundo; é só uma doença

que Pode ser tratada e curada”

rcapa ponto de vista

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igreja família apocalipse saúde aconteceuCGfundação especial capa ponto de vista

decoração natalina da Comu-nidade da Graça Sede recebeu um brilho a mais na noite de 18 de dezembro. Em apresen-tação única, as crianças do Ministério com Crianças emo-

cionaram a todos os presentes com a Cantata de Natal.

A decoração do palco foi feita com um painel de LED que ilustrava cada momento da Cantata. As crianças se apresentaram divididas por faixa etá-ria, coordenadas pelas professoras que os acompanharam na Escola Bí-blica durante todo o ano.

Os pais aproveitaram para convidar amigos e familiares que não conhe-ciam a Comunidade, e todos ficaram encantados. Os pastores Carlos Al-berto e Suely Bezerra e os demais pastores da igreja local estiveram presentes, prestigiando o trabalho de todos os envolvidos neste Ministério.

O concerto foi encerrado com um show de pirotecnia indoor, que sur-preendeu a todos.

cantata dE natal do ministério com crianças

a

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igreja família apocalipse saúde aconteceufundação cg especial paca ponto de vista

o dia 17 de dezembro, a Fundação Comunidade da Graça rea-lizou o “Papai do Céu”, um projeto que envolve toda a Comu-nidade em um movimento de oração, palavra profética e ações práticas em favor das crianças carentes que estão em volta de nossas igrejas. Tudo isso, visando abençoá-las ao demonstrar, com atitudes, quem é Deus.

Foi promovido, na Comunidade da Graça Sede, o encontro de 1.500 crianças com os seus “padrinhos”. Elas receberam mais que presentes de Natal; ganharam uma ação de amor. Foram entregues roupas, calça-do e um brinquedo a todas as crianças.

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