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Dom Werner admite: novo bispo diocesano deve vir de fora Entrevista Mérito Empresarial homenageia José Alves Moreira Neto Social Caratinga é destaque mundial na preservação do muriqui Estação Biológica Ano 1 Nº 5 Janeiro 2013 EMANCIPAÇÃO POLÍTICA Valadares celebra 75 anos de fundação

Revista Conceito 5ª Edicao

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Revista Conceito 5ª edicao

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Page 1: Revista Conceito 5ª Edicao

Dom Werner admite: novo bispo diocesano deve vir de fora

EntrevistaMérito Empresarial homenageia José Alves Moreira Neto

SocialCaratinga é destaque mundial na preservação do muriqui

Estação Biológica

Ano 1 Nº 5 Janeiro 2013

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

Valadares celebra75 anos de

fundação

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3Janeiro 2013conceito

Conheça nossos

Colaboradores

Bianco Cunha é formado em Comunicação Social pela UFJF e é pós-graduado em Marketing. Tem experiência de trabalho na Rússia e atualmente tra-balha na Orquestra Sinfônica Brasileira.

Artista notável nos mais variados campos de ex-pressão. É pintora,escultora, escri-tora, documen-tarista, cineasta, inventora. Clores é plural.

Psicólogo, pes-quisador e mestre em Psicologia pela UFES e membro do Comitê de Ética em Pesquisa na cidade de Barreiras-BA.

Formado em Filosofia pelo Se-minário São José e em Pedagogia pela UFMG. É diretor da empresa Dialétika e coordenador técnico de cursos de capacitação do Sicoob em 8 estados.

BIANCO CUNHA CLORES LAGE IGOR MADEIRA INOCÊNCIO MAGELA

Mestre em Direito pela UGF/RJ, especialista em Direito Empresarial e em Gestão Estratégica de Cooperativas. Professor Universitário.

Jornalista valadarense, radicada nos EUA há 12 anos. For-mada pela Boston University como tradutora e intér-prete em 2009, é proprietária da empresa Mass Translations.

Graduado em Gas-tronomia pela Está-cio de Sá, Lucas Del Peloso já chefiou grandes empresas como o Grupo Porcão e o La Isla. Atualmente esta à frente das criações do Restaurante Villa Roberti, em BH.

Formada em Comunicação Social pela UFJF. Cursou parte da graduação na Universidade de Salamanca, na Espanha, e é ex-empresária júnior. Hoje é trainee de Marketing na BRMalls.

JOSÉ FRANCISCO JULIANA TEDESCO LUCAS PELOSO TAINÁ COSTA

Adriana Portugal é graduada em Direito pela Faculdade Milton Campos, pós-graduada em Direito do Trabalho pelo Unicentro Newton Paiva, presi-dente do Grupo da Fraternidade Martha Figner e diretora do Instituto Nosso Lar

ADRIANA PORTUGAL

JOÃO PAULO DE OLIVEIRA

Formado em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propa-ganda pela Univale. Especiali-zado em Redação Publicitária pelo Ateliê das Letras. Redator na agência Óbvio Comunicação.

Bacharel em Comuni-cação Social, com ha-bilitação em Jornalis-mo e Publicidade pela Univale – Universidade Vale do Rio Doce. Pós-graduada em Me-todologia do Ensino Superior pela Univale. Sócia-proprietária da Óbvio Comunicação Integrada.

VALÉRIA ALVES

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4Janeiro 2013conceito

conceitoUm novo contexto em notícias

DIRETORIA

Diretor-presidenteGetúlio Miranda

Diretoria ExecutivaDileymárcio de Carvalho – MG 6697JPSonia Augusta Miranda

REDAÇÃO

Jornalista ResponsávelAndré Manteufel – MTb MG-10456

RepórterAna Paula Teixeira

FOTOGRAFIA E CAPARamalho Dias

EDITORIA DE ARTE

DiagramaçãoAndressa Tameirão – MG-14994JP

Designer GráficoCarlos Faria

Projeto GráficoAndressa Tameirão

Revista Conceito Ltda. CNPJ: 16.671.290/0001-35Endereço: Rua Olegário Maciel, 569 Esplanada - CEP: 35010-200Governador Valadares-MGSite: www.conceitorevista.comEmail: [email protected]: (33) 9989-4092 / 9968-7171As opiniões emitidas pelos colaboradores no conteúdo desta revista são de inteira responsabilidade dos autores.

Contato Comercial:(33) 9968-7171

E-mail: [email protected]

Editorial

Definitivamente, o mês de janeiro é especial para os valadarenses. Não é pela alta tem-porada nas praias capixabas ou baianas, nem tampouco pela iminente contagem regressi-va para o carnaval, mas para algo ainda mais

importante. Foi num dia 30 do primeiro mês do ano de 1938 que o município finalmente pôde celebrar sua funda-ção, após se emancipar de Peçanha. O decreto veio do então governador de Minas Benedito Valadares, cujo sobrenome nos deixa absolutamente certos de que a criação da Princesa do Vale se deu em troca do próprio registro.

A partir daí os anos se passaram, e quis o destino que a barganha política tenha batizado não um município qualquer, mas uma das maiores cidades do Estado e a maior cidade do Leste de Minas. Sob as mais contestadas, instáveis e improdu-tivas formas econômicas, o fato é que o município se desen-volveu e alcançou a população próxima dos 300 mil habitantes, que hoje ainda guardam os traços da dedicação, do trabalho, do amor à terra e, muito em particular, do impressionante flu-xo de gente que deixou o lugar rumo a um futuro mais pro-missor para os familiares em outros horizontes não tão belos.

Valadares não só cresceu como também se globalizou. E não foi graças aos passeios à Disneylândia nem aos circui-tos culturais da Europa. Mas pelas próprias cicatrizes dos valadarenses que precisaram aprender o inglês para sobrevi-ver nos Estados Unidos, que se aproximaram do mandarim para expandir o comércio de pedras ao oriente. E que ainda se viram obrigados a falar o alemão, o espanhol, o francês e

tantos outros idiomas para bem receber os coloridos aven-tureiros dos céus ao redor da Ibituruna.

Foram mesmo muitas marcas ao longo destes 75 anos. Fruto de pessoas que lutaram até o fim da vida para ver o município crescer, crescer e crescer. Dos nossos pioneiros, passando pelas dezenas de prefeitos, até chegar aos empre-sários, juristas, trabalhadores, estudantes. Todos, de algu-ma forma, fizeram de Valadares o que ela é hoje.

E, mais do que nunca, a gente batalhadora começa a pen-sar o município de olho no futuro. Reconhecer as origens, es-tudar o passado, fazer do presente o melhor possível visando o amanhã é a receita certa para a sobrevivência de qualquer civilização. A sensação é de que, cada vez mais, o valadarense se interessa por sua própria história, olha para si para enten-der de onde vem o desejo tão intenso de fazer deste lugar o melhor de todos.

Governador Valadares é uma cidade que fala, que pulsa, que caminha e que espera todos os dias por um desenvolvi-mento definitivo que ainda não veio. Enquanto isso, segue crescendo, tomando o rumo natural dos grandes municí-pios, sem se preocupar com as barreiras das montanhas ou com as limitações econômicas. Crescer é algo que está no DNA da Princesa do Vale. E enquanto nela habitar gente aguerrida e disposta a dar suor pelo desenvolvimento do município, continuará carregando a responsabilidade de ser grandiosa, a maior dentre todas do Leste do Estado, mesmo diante das apadrinhadas pela fumaça ardente das chaminés.

Vida longa ao município mais belo do planeta!

IMPRESSÃOGráfica Del ReyBelo Horizonte-MG

TIRAGEM2.000 exemplares - Gov. Valadares500 exemplares - Caratinga

Periodicidade mensal

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5Janeiro 2013conceito

Índice

BON VIVANT

COM A PALAVRA

CLORES LAGE

8

6

20

ADRIANA PORTUGAL 18

BIANCO CUNHA 24

MOURÃO ANUNCIA OBRAS 26

JULIANA TEDESCO 28

GLAMOUR

TAINÁ COSTA

INOCÊNCIO MAGELA

31

36

58

JOSÉ FRANCISCO JÚNIOR 38

IGOR MADEIRA 40

VALÉRIA ALVES

EDUARDO FRAGA

42

47

Relembre a história política de Valadares desde a

emancipação

15Conheça a modelo valada-rense que vem mexendo

com o mundo oriental

30Nos trilhos do progresso:

trem de ferro influenciou no desenvolvimento local

53

Dom Werner fala sobre o futuro da Diocese e dos

planos após deixar o bispado

11

PEDRO TRENGROUSE 37

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6Janeiro 2013conceito

Por Antonio Anastasia

Governador de Minas Gerais

O Vale do Rio Doce, que tem Governador Valadares como uma das cidades-pólo, tem recebido por parte do governo de

Minas um tratamento especial, com o objetivo de aproveitar as suas potencialidades e vocações.

Com a terceira geração do Choque de Gestão, cujo enfoque é a Gestão para a Cidadania, dentro do conceito de Estado em Rede, o cidadão deixa de ser considerado pelo poder público apenas como des-tinatário das ações gover-namentais e passa a ser um ator relevante no processo de definição das políticas e das prioridades a serem realizadas.

Exatamente dentro dessa perspectiva de avan-ço socioeconômico, foi escolhido o Vale do Rio Doce para abrigar o piloto desse novo conceito ad-ministrativo, cujos pilares são a gestão regionalizada e a gestão participativa. Com esse modelo, busca--se aproximar a estratégia central das necessidades e particularidades regionais, por meio da constituição de ambiente colegiado, in-tersetorial e capaz de realizar articulação horizontal e sistêmica entre os diversos órgãos e entidades da administração pública na discussão e priorização de estratégias regionais. Por outro lado, o modelo possibilita ao Estado a oportunidade de apresentar as estratégias e ações realizadas, bem como ouvir as sugestões e opiniões de representantes da socieda-

de civil organizada a respeito das prioridades estra-tégicas regionais.

Em agosto de 2011, o Governo de Minas pro-moveu em Governador Valadares o Encontro Re-gional, quando, com a participação da sociedade, foram definidas prioridades para a região e eleitos representantes para participar do fórum regional,

responsável pela definição de cinco estratégias, que se des-dobraram em ações pactua-das no Acordo de Resultados de 2012. Entre as ações, vale destacar o início da constru-ção do Hospital Regional e o aprimoramento e ampliação do Programa Poupança Jo-vem.

Quando comemoramos a chegada do 75º aniversário de emancipação política e ad-ministrativa dessa importante cidade, com orgulho vemos os esforços de gerações para a construção de uma comuni-dade, que teve na Estrada de Ferro Vitória-Minas um de seus propulsores. Se as crises econômicas expulsaram parte de sua população, as divisas que eles acumulavam e repa-triavam, davam um novo im-pulso à economia local.

Agora, no século 21, o século do conhecimento, Governador Valadares busca um novo salto. Para a construção desse novo tempo, o Governo de Minas estará ao lado de seus cidadãos, instrumentalizando, criando oportunidades e perseguindo sua grande meta que é criar emprego, gerar riqueza e impulsio-nar o desenvolvimento social e econômico.

Agora, no século 21, o sé-culo do conhecimento, Go-vernador Valadares busca um novo salto. Para a construção desse novo tempo, o Gover-no de Minas estará ao lado de seus cidadãos, instrumen-talizando, criando oportu-nidades e perseguindo sua grande meta que é criar em-prego, gerar riqueza e im-pulsionar o desenvolvimento social e econômico.

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7Janeiro 2013conceito

Por Elisa Costa

Prefeita de Governador Valadares

Caros leitores e caras leitoras da Revista Conceito, neste momento em que festejamos os 75 anos de nossa Valadares, festejamos também a nossa capacidade de construirmos juntos um Município cada vez mais fraterno, desenvolvido, moderno e justo.

São muitos, ainda, os desafios que nos impõem um trabalho diuturno, mas podemos afirmar que preparamos as bases para encarar todos de frente.

Urbanizamos bairros, criamos outros, com um Programa Municipal de Habitação arrojado, com o qual superamos a meta de duas mil moradias populares; criamos empregos; incrementa-mos a construção civil; fizemos girar a roda da economia.

Com a Escola de Tempo Integral, fizemos a travessia de uma educação conservadora para uma educação que garante as mais amplas oportunidades. Agora, cumpre-nos o dever de conso-lidar esta passagem e avançar na direção de uma escola verdadeiramente educadora.

Implantamos o nosso Instituto Federal e a nossa Universidade Federal, que indicam o sen-tido do futuro ao presente da nossa juventude.

Na saúde já avançamos muito e vamos avançar muito mais. Estamos inaugurando novas Unidades Básicas de Saúde e, em breve, vamos inaugurar a Unidade de Pronto Atendimento no Vila Isa. Estão dadas as condições para que o nosso Hospital Municipal se torne um hospital universitário. Onde existe (uma) vontade, existe (um) caminho.

Neste ano, vamos concentrar nossos esforços nos serviços urbanos: seja no sistema integrado de limpeza, na acessibilidade de vias e calçadas ou na melhoria do transporte coletivo. Com o PAC Mobilidade, nosso trânsito será mais seguro, assim como a cidade mais bem organizada e mais humana.

Precisamos, também, investir mais na cultura, nas artes, no lazer. Preservar a nossa identida-de e aumentar nosso sentimento de pertença. Ainda neste primeiro semestre, inauguraremos a nossa Biblioteca Pública e o nosso Parque Municipal.

Muitas as metas, muitos os compromissos, o que exige de nós que sejamos capazes de criar um novo pacto social que nos permita atingir a plenitude do desenvolvimento para todos e to-das. Um desenvolvimento que já começou e que seguirá transformando a nossa Valadares numa cidade onde esperança e oportunidades se encontram.

com a palavra

São muitos, ainda, os desafios que nos impõem um trabalho diuturno, mas podemos afirmar que preparamos as bases para encarar todos de frente. Urbanizamos bairros, criamos outros, com um Programa Municipal de Habitação arrojado, com o qual superamos a meta de duas mil moradias populares; cria-mos empregos; incrementamos a construção civil; fizemos girar a roda da economia.

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8Janeiro 2013conceito

Boas opções para a

mesa no verão

A estação mais esperada do ano para nós, brasileiros, está aí. É verão, período de férias, muito sol e momentos de lazer.

Para a gastronomia, essa estação é ideal para a utilização de ingredientes frescos e leves. Peixes e frutos do mar são os mais recomendados para a época, além de saladas coloridas com frutas ver-melhas e cítricas. Nesta edição preparamos três receitas especiais inspiradas nos verão.

Ceviche de frutos do mar:

O ceviche é um antepasto de origem peruana baseado em peixe cru e frutos do mar marinados em suco de limão, azeite e especiarias. Basicamente neste preparo o peixe é cozido na própria acidez do suco de limão, o que deixa a receita bastante leve e refrescante. A porção rende para quatro pessoas.

Ingredientes:5 colheres de sopa de azeite extra virgem

Por Lucas PelosoE-mail: [email protected]

100 gramas de filé de peixe branco fresco cortado em cubinhos de meio centímetro

100 gramas de filé de salmão fresco cortado em cubinhos de meio centímetro

150 gramas de camarão rosa limpo pré-cozidos em água e cortados ao meio no sentido longitudinal

1 colher de sopa de cebola roxa bem picadinha2 limões Taiti espremidos 1 limão siciliano espremido2 colheres de sopa de salsinha picada½ colher de chá de pimenta calabresaSal a gosto

Preparo: Em uma vasilha coloque o azeite, o camarão, o

peixe branco o salmão e a cebola roxa. Mexa para envolver os ingredientes ao azeite e reserve na ge-ladeira por 1 hora. Em seguida retire da geladeira e acrescente o suco dos limões e tempere com sal a gosto. Junte a salsinha e a pimenta calabresa ao preparo e mexa com uma colher para envolver a

bon vivant

Page 9: Revista Conceito 5ª Edicao

9Janeiro 2013conceito

mistura. Deixe descansar por mais 30 minutos na geladeira. Sir-va em taças e de acompanhamento utilize torradinhas.

Salada mediterrânea com mozarela de búfala fresca:

Esta salada clássica é refrescante, azedinha e perfeita para ser servida com salmão grelhado ou como prato principal acompa-nhado de pão italiano integral. A porção rende para 4 pessoas.

Ingredientes:½ pepino japonês sem sementes cortado em cubos2 laranjas descascadas sem sementes e cortadas em cubinhos15 unidades de mini tomatinhos italianos cortados ao meio e

sem sementes½ xícara de hortelã em folhas½ molho de rúcula rasgada1 colher de sopa de azeitonas pretas150 gramas de mozarela de búfala bolinha fresca com soro

Para o molho:4 colheres de sopa de azeite3 colheres de sopa aceto balsâmico1 colher de sopa de alcaparras1 colher de chá de açúcar mascavo

Preparo:Retire o soro da mozarela de búfala e passe o queijo para uma

saladeira. Acrescente o pepino, as laranjas, os tomatinhos italianos, as folhas de hortelã, a rúcula rasgada, as azeitonas e misture bem.

Para preparar o molho, misture o azeite com o balsâmico, as alca-parras e o açúcar mascavo. Regue a salada com o molho e revolva bem.

Salada light de espinafre com morango

Frutas vermelhas frescas dão um toque bem especial nas saladas verdes, conferindo agridoce e deixando mais delicada. Rende para 4 pessoas.

Ingredientes:15 unidades de morangos limpos e cortados em 4 partes iguais1 molho de folhas de espinafre½ molho de alface frisada2 colheres de castanha de cajuPara o molho:1 colher de sopa de mostarda dijon1 colher de sopa de mel3 colheres de sopa de azeite

Preparo:Em uma saladeira junte os morangos, as folhas de espinafre,

a alface frisada, as castanhas e envolva com cuidado para não amassar os morangos. Para preparar o molho, misture o azeite com a mostarda e o mel. Regue a salada com o molho e se preferir sirva com peito de frango grelhado.

Page 10: Revista Conceito 5ª Edicao

10Janeiro 2013conceito

Por João Paulo de OliveiraE-mail: [email protected]

Qualquer pessoa, aos 75 anos, já pensou e repensou sua própria vida. Quantos amores viveu, a quantos lugares foi,

quantas pessoas conheceu e por aí vai. Em se tra-tando da idade de uma cidade, o que devemos indagar? O que mudou ou o que precisa mudar?

Quanto cresceu ou o quanto ainda pode crescer? O que deixou de existir ou o que ainda está por vir? Sinceramente não sei quais per-guntas devem ser feitas, muito menos as res-postas a serem dadas. Portanto, falarei apenas aquilo que sei e nada mais.

Sei que Valadares é conhecida em todo o Brasil e fora do Brasil também pela grande quan-tidade de emigrantes que, em busca de melhores condições de vida, saem de sua cidade natal.

Porém, o que pouco se ouve é sobre as pes-soas que saem de suas cidades para viver em Valadares. Vidas são construídas, bens adqui-ridos, amores encontrados e empresas abertas por pessoas que passaram suas infâncias bem longe. Que, muitas vezes, deixam pais e ir-mãos em outras regiões para formarem suas próprias famílias. E que passam a amar essa terra como se fosse sua.

Sou uma dessas pessoas que saíram do seio da família para construir a própria história. Di-ferentemente daqueles que saem de Valadares para o exterior e que sonham em um dia vol-tar, eu cheguei aqui e não penso em ir embo-ra. Aqui concluí meus estudos, descobri minha vocação, exerço minha profissão, encontrei um grande amor, fiz grandes amizades e luto por tudo mais que preciso na vida.

O aniversário de 75 anos de Governador Valadares me fez pensar e repensar a minha vida aqui. São apenas 8 anos, e já vi a guitarra formada pelas luzes noturnas vistas do alto da Ibituruna perder a forma com o crescimento da cidade. Já vi pessoas se divertindo em enchente, me banhei em cachoeiras, fiquei boquiaberto tentando contar paraglider, dei voltas e mais voltas na Ilha dos Araújos, viajei de trem e vis-lumbrei o pôr-do-sol da Ibituruna.

Vi muita coisa mudar e mudei com a cidade, vivendo com ela a coragem atrevida da juventu-de, que a faz crescer e ser ainda mais do que já é. Para mim, Valadares é uma jovenzinha impe-tuosa de 75 anos, por quem me apaixonei e com quem quero escrever a minha história.

75 anosA jovenzinha de

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11Janeiro 2013conceito

Nem mesmo as décadas de cultura dos dólares do Tio Sam em Governador Valadares serão suficientes para deixar na história do município uma marca tão inde-lével de um norte-americano quanto terá sido de um alemão a partir de 2013. Quando se despedir da re-gião, o que pode acontecer a qualquer momento, Dom Werner Franz Siebenbrock deixará meia cidade aos prantos, como já deixou em outros lugares por onde pas-sou, segundo ele próprio relata, com toda a modéstia.

O bispo que conseguiu cativar mais de 500 mil fiéis – a população estimada das 52 paróquias que pertencem à Diocese – está com os dias contados em Governador Valadares. Ao completar 75 anos, no dia 27 de setembro, viu-se obrigado a encami-nhar ao papa Bento 16 uma carta comunicando a idade e consequentemente solicitando um subs-tituto para o cargo, como regem as leis do Vaticano.

O eminente bispo admite inclusive dar referên-cias ao Santo Padre de párocos que poderiam vir a ocu-par seu lugar. Mas aos católicos que anseiam por al-gum nome local, convém esquecer. “Tem que ser um padre ou um bispo de fora. É o sistema, pelo menos das nomeações aqui no Brasil”, revela Dom Werner.

O ainda bispo diocesano de Governador Valadares admite que segue pensando o que vai fazer depois que deixar a função. Mas sabe que não vai ficar no muni-cípio. Pelo menos por enquanto, pensa em retornar ao Rio de Janeiro ou a Belo Horizonte, dois dos municípios por onde viveu mais tempo desde que saiu da Europa.

Siebenbrock revela que este é um momento difícil. Mas talvez nada comparado ao que viveu na juventude, quan-do ainda prestava serviço militar na Alemanha, como te-nente da área de engenharia. “Foi a decisão mais difícil da minha vida”, relata, referindo-se à escolha pelo sacerdócio. Nascido em Münster, o bispo com mestrado em Teologia Moral, no Rio de Janeiro, e formado em Filosofia, na Áus-tria, em Teologia, ainda na Alemanha, e em Pedagogia, já em Belo Horizonte, está mesmo prestes a se despedir do Vale do Rio Doce e particularmente dos valadarenses. Mas não sem antes deixar sua marca no município e, é claro, tam-bém nas próximas páginas da REVISTA CONCEITO.

bola da vez

Por André Manteufel Dileymárcio de Carvalho Sonia Augusta Miranda

O alemão que fará Valadares chorarDom Werner Siebenbrock

Page 12: Revista Conceito 5ª Edicao

12Janeiro 2013conceito

Revista ConCeito - A decisão de se tornar padre se deu ainda na Alemanha, mas não demorou muito para o senhor vir para o Brasil. Como foi essa mudança?Dom Werner - Bom, eu pensei assim: uma vez já tendo uma decisão tão difícil – foi a mais difícil da minha vida exercer o sa-cerdócio, ser padre –, agora é tudo ou nada. Não importa ser um pouco mais fácil, um pouco mais difícil. Agora é tudo ou nada. Aí perguntei: “onde posso fazer mais como padre?”. Naquela época, ti-nha muito padre na Europa, na Alemanha, por exemplo. Mas me informei e o país com mais falta de padre no mundo era o Brasil. Não porque tenha tido poucos católicos, mas relativamente poucos padres. Naquela época, pelo menos, uns 12 mil católicos tinham um padre. Então era um grande número de católicos, mas com pouquís-simos sacerdotes. Além disso, eu tinha umas certas ligações já com o Brasil pelos conhecimentos, eu tinha uma tia freira no Brasil e outras informações. Eu sempre gostava muito do Brasil. Então fiz essa opção: “eu gostaria de ir para o Brasil”.

RC - Então foi o senhor mesmo quem pediu para ser enviado pra cá?DW - É, eu pedi. Eu pertencia a Congregação do Verbo Divino e o superior geral concordou que eu fosse para o Brasil. Éramos uns 24 ordenados naquele ano na congregação, mas o único que veio para o Brasil fui eu. Eu nunca me arrependi. O contrário. Hoje sou muito mais brasileiro do que de outra nação. Já por quantos anos, tenho muito mais anos aqui do que na Europa, ou seja, na Alemanha. Além disso, como sacerdote eu me realizei muito bem aqui no Brasil. No início foi relativamente difícil, mas nunca me arrependi dessa opção de ser padre e mais tarde ainda de ser bispo. Nunca me arrependi.

RC - Mas vamos voltar um pouquinho no tempo. Sua deci-são em ser padre foi dentro do exército alemão, com a carreira bem encaminhada. De onde surgiu essa escolha?DW - Ficar no exército, fazer carreira, casar, arranjar uma mulher agradável e tal: é o que o jovem normalmente pensa e é sempre uma tentação. Em qualquer jovem, me parece. Mas eu não queria que Deus me dissesse uma vez: “eu queria fazer uma grande coisa com você em favor do Reino de Deus, mas você disse não”. Então eu não queria dizer não a Deus. Acho que foi o motivo principal, e finalmente decidi para ser padre. Foi depois de bastante tempo e muito pensamento e coração também, e me decidi para ser padre. Então foi muito difícil, mas uma vez ten-do sido muito difícil, agora queria tudo ou nada. Dar o máximo de mim para o Reino de Deus que podia dar.

RC - Então o senhor chegou ao Brasil logo depois da ordenação?DW - Pouco tempo depois.

RC - E aí o senhor foi direto para o Rio de Janeiro, já na condição de padre?DW- A Congregação do Verbo Divino, a qual eu pertenço, já naquela época tinha duas paróquias no Rio, e uma delas foi essa, Cristo Redentor, no Bairro Laranjeiras. Lá eu praticamente co-

mecei minha vida de padre.

RC - E ficou muito tempo por lá?DW - Lá fiquei relativamente pouco tempo, uns dois anos. De-pois fui transferido para Belo Horizonte, fiz faculdade de Peda-gogia, era diretor de colégio e fiz outros trabalhos. Depois voltei para o Rio como pároco. E Dom Eugênio, tão conhecido entre nós, se tornou, eu posso dizer, um grande amigo. Ele pediu que fosse não apenas vigário episcopal dele no bairro mais conheci-do e mais problemático, mas mais importante também talvez do Rio, que é a zona sul, que abrange toda a orla marítima: Botafogo, Flamengo, Copacabana, Leme e tal. Lá fui vigário episcopal dele, pároco ao mesmo tempo, e além disso coordenador

É difícil, não é fácil uma transferência. E cada vez quando fui transferido, des-culpa, não falamos em favor da própria pessoa, mas cada vez eu vi muitas lágrimas quando fui transferido.

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13Janeiro 2013conceito

de setor e outros cargos além de pároco. Foi um tempo muito duro mas um tempo muito bonito ser pároco no Rio de Janeiro. E naquela época fui pároco numa paróquia onde praticamente só tinha prédios, nas Laranjeiras. Foi um contato direto diário com a Pastoral Urbana. A minha tese de mestrado sobre teologia moral e teologia pastoral, eu escrevi sobre a Pastoral Urbana.

RC - Tinha tudo a ver com o ambiente em que o senhor es-tava...DW - ...com o ambiente em que eu estava. Mas não era assim que eu queria. Quando eu imaginava jovem em ser padre, pen-sava no interior onde não tem padre, o povo está sem pastor e tal, né. E quando cheguei ao Rio, o pároco nas Laranjeiras me diz: “olha, você foi destinado aqui para as Laranjeiras e vai ficar aqui”. E aí fiquei lá. E foi o meu primeiro grande contato com uma típica pastoral urbana. E isso me marcou muito. Aqui em Governador Valadares foi o primeiro ambiente que eu trabalho na minha vida como padre mais rural. Para você ter uma noção, a penúltima diocese onde fui bispo, em Nova Iguaçu [RJ], tem mil quilômetros quadrados de área e 2 milhões de católicos. E a nossa tem 14 mil quilômetros quadrados e 500 mil habitantes.

RC - E aí quando o senhor chegou ao Rio de Janeiro, houve um impacto, um susto, por estar vindo de um país bem dife-rente do nosso, como a Alemanha?DW - No início foi um pouco difícil, mas há convivência na paróquia com os confrades, com o novo ambiente e tal. Mas não tanto como o povo. Contar com o povo sempre foi muito bonito. E o carioca por natureza é muito aberto, alegre até. Então nesse sentido eu aprendi português em pouquíssimo tempo. Em dois, três meses, eu já estava pregando. Foi muito rápido e me senti logo em casa, à vontade.

RC - E a realidade vista no interior do país, te assustou?DW - Também não foi um grande impacto, porque a gente sempre se concentrava na tarefa do trabalho, ou seja, no Reino de Deus. É difícil, não é fácil uma transferência. E cada vez quando fui trans-ferido, desculpa, não falamos em favor da própria pessoa, mas cada vez eu vi muitas lágrimas quando fui transferido. É duro, né. Mas é necessário. E além disso, como religioso, eu já tinha feito o voto de obediência. E nunca me arrependi de ter obedecido.

RC - O senhor já encaminhou a carta ao papa Bento XVI solicitando sua substituição como bispo da Diocese, em função dos 75 anos completados em setembro passado. Já parou pra

pensar no futuro?DW - Eu pretendo ir a um dos lugares onde conheço já bastan-te gente e onde posso ainda fazer alguma coisa pelo Reino de Deus. Não quero ficar parado. Eu não posso ser bispo diocesano porque tem de entregar com 75 anos. Mas a gente pode fazer outros trabalhos pastorais, sociais, trabalhar em favor de uma comunidade pobre, fazer um trabalho social, fazer um trabalho evangelizador.

RC - E onde seria isso?DW - Os lugares onde eu trabalhei mais foram no Rio e em Belo Horizonte. É para um desses dois lados que eu pretendo ir, onde a Congregação do Verbo Divino, a que pertenço, também tem casas.

RC - O senhor arriscaria um palpite, em primeira mão, sobre quem será seu sucessor?DW - Eu vou fazer propostas, porque eu tenho que indicar no-mes, mas não sei se o Santo Padre vai aceitar. Se ele achar me-lhor outro candidato... ainda não posso informar, não.

RC - Mas há chances de ser algum pároco da própria região?DW - Não convém indicar alguém daqui porque normalmente é nomeado um bispo não da diocese, mas de outra diocese, um padre de outra diocese. Se eu indicasse, por exemplo, um dos nossos padres, com certeza ele não ia ser o bispo. Tem que ser um padre ou um bispo de fora. É o sistema, pelo menos das nomeações aqui no Brasil. Eu perguntei uma vez onde algum padre é nomeado bispo na própria diocese, e um padre me respondeu que têm duas exceções, só, no Bra-sil. Uma no Sul e outra não sei. Mas praticamente não é comum. Eu diria que é uma questão mais pastoral, para o bispo ficar mais livre, à vontade, e também para começar uma vida nova.

RC - E neste período em que o senhor conduziu a Diocese, de dezembro de 2001 até este ano, qual o legado acredita que terá deixado para os 52 municípios?DW - Aí eu não gostaria muito de falar, porque nunca se deve elogiar a si mesmo, e agora não convém falar mal de mim. Mas oficialmen-te podemos dizer que a Diocese cresceu muito. Não merecimento meu, mas merecimento dos padres, dos leigos, dos agentes pastorais e de tanta gente que colaborou conosco. Alguns exemplos: nesses dez anos que estou aqui, o número de padres aumentou de 40 para mais de 70. Não tinha diáconos, agora tem 26 diáconos permanentes na Diocese. O número das paróquias aumentou de 40 para 52. O número de comunidades eu nem sei quantas aumentaram ou não. Então houve um crescimento, o seminário reabriu. Ficava fechado e agora reabriu. E um dos motivos

Eu vou fazer propostas, porque eu tenho que indicar nomes, mas não sei se o Santo Padre vai aceitar. Se ele achar melhor outro candidato... ainda não posso informar, não.“

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14Janeiro 2013conceito

que levaram ao aumento dos padres é com certeza a Pastoral Vocacio-nal e também o seminário, bem coordenado. Além disso, o que sempre me impressiona na Diocese é a beleza das nossas igrejas: limpas, bo-nitas, liturgicamente bem preparadas, e depois a liturgia em si muito bem organizada, preparada e coordenada. Quando você chega, seja a capela mais afastada da Diocese, ela é bonita. E está cheia de gente e a liturgia bem preparada. Outra coisa que me impressiona na Dio-cese é o trabalho social. Nós praticamente temos para todos os setores sociais obras da Diocese: para crianças pobres, para idosos pobres, para dependentes químicos, para qualquer grupo social que precisa de uma assistência social especial temos praticamente obras sociais na Diocese. E não são poucas. Então nesse ponto, a Diocese tem feito muito em fa-vor dos pobres, em favor dos menos favorecidos que precisam de ajuda e de apoio. Outra coisa interessante, os vicentinos são uma associação que ajudam os pobres, mas não quer dar simplesmente o peixe a quem tem fome. Eles querem ensinar a pescar. Eles querem que o próprio pobre cresça e saia da sua situação. E nós somos a Diocese, ou no Brasil ou até no mundo talvez, com o maior número de vicentinos. E eles trabalham em silêncio como o mineiro. Eles não chamam a atenção, eles não que-rem se colocar no centro do mundo pra chamar a atenção. São alguns tópicos que acentuam a nossa diocese e pelas quais ela se destaca.

RC - O senhor diria que os católicos de Governador Valada-res são praticantes ou ainda precisam intensificar a relação com a Igreja?DW - Eu tenho a impressão que o número de católicos praticantes, pelo menos, aumentou bastante aqui em Governador Valadares. Chegou ao ponto que as missas dominicais muitas vezes estão tão cheias que não cabem dentro da igreja. Nunca houve isso na história da Catedral.

RC - Mas a fé do brasileiro e a do valadarense, especifica-mente, chega a ser fervorosa, se comparada a outros povos com os quais o senhor já teve contato?DW - A fé começou a fazer parte da tradição, e não tanto da convicção para muita gente. Uma das grandes tarefas nossas na pastoral é fazer dos batizados – ou, como se diz, dos pagãos batizados – batizados cons-cientes, verdadeiros católicos. Que não são apenas batizados, mas que vivem seu batismo e sua fé. Um dos grandes desafios, uma das grandes tarefas pastorais nossa tanto no Brasil e também na nossa Diocese.

RC - A expansão de outras igrejas chega a preocupar a Igreja Católica?DW - Uma preocupação não tanto quanto ao número, ao fato em si, mas referente a nós, católicos. Será que nós cumprimos o nosso dever? Imagine se todos os católicos vivessem a fé. Não haveria essa multidão de protestantes porém não-católicos. O grande Mahatma Ghandi, fi-lósofo [líder indiano do século XIX], disse que “eu já seria cristão há muito tempo se os cristãos fossem cristãos 24 horas por dia”. Então ele lamentou que muitos cristãos não vivessem a sua fé. É uma das gran-des tarefas nossas de conscientizar o nosso povo e de fazer dos católicos, digamos, tradicionais, não praticantes, ou dos pagãos batizados, como se diz, verdadeiros católicos.

RC - Valadares completa agora a mesma idade do senhor, 75 anos de fundação. Qual a visão e qual a intensidade do amor que o se-nhor adquiriu pelo município no tempo em que ficou aqui?DW- Uma cidade bonita, uma cidade impressionante no senti-do de organização, de ruas largas, arborizadas. Uma cidade que não tem ainda, pelo menos, um trânsito com um caos horrível. É um trânsito fluente, um povo super gentil, onde eu, por exemplo, chego em qualquer loja do centro e o pessoal não diz apenas ‘bom dia’ ou ‘bom dia, senhor bispo’. Dizem ‘bom dia, Dom Werner’. Uma coisa muito interessante, porque em pouco tempo o bispo ficou conhecido na cidade pela grande massa, pelo menos.

RC - O valadarense que sentir saudades pode ficar tranqüi-lo? O senhor vai voltar muitas vezes à região?DW - Depende deles, não é? Eu não vou me impor. Se alguém me convida, eu posso vir para celebrar ou para fazer um traba-lho missionário, pastoral. É claro que venho. Porque eu espero que tenha mais tempo como emérito do que como bispo diocesa-no. Embora um dos bispos eméritos, meu amigo e confrade Dom Silvestre, arcebispo de Vitória, me tenha dito: “agora como emé-rito tenho muito mais trabalho, porque atendo dois hospitais da cidade como padre”. Além disso, o povo diz: “já que o senhor é emérito, não tem problema: pode fazer isso e aquilo...”.

Eu tenho a impressão que o nú-mero de católicos praticantes, pelo menos, aumentou bastante aqui em Governador Valadares. Chegou ao ponto que as missas dominicais muitas vezes estão tão cheias que não cabem den-tro da igreja. Nunca houve isso na história da Catedral.

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15Janeiro 2013conceito

política

Da emancipação e a nomeação de Moacyr Paletta, até os dias atuais, Valadares viveu experiências políticas que sempre estiveram no centro das atenções da população

Política

Por André Manteufel

Uma história entrelaçada com a

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16Janeiro 2013conceito

Muito pouco se explora sobre a história que antecede a emancipação política de Governador Valadares. Em-bora se saiba em detalhes como se deu o povoamento

de Figueira do Rio Doce, então distrito de Peçanha, o fato é que, historicamente, costuma-se dar mais atenção apenas para o que aconteceu após 1938. Do passado mais distante, talvez apenas a linha férrea e os pioneiros ganham o mesmo peso dos aconteci-mentos a partir da fundação da cidade.

As histórias são muitas, mas sem dúvida as do meio político são as mais curiosas e ricas. A começar pela própria emancipa-ção. A transformação em município só teria acontecido graças a uma barganha. O nome que batiza a maior cidade do Vale do Rio Doce foi, sim, fruto de uma suspeita homenagem ao então governador Benedito Valadares.

O certo é que não demorou muito para que a manobra fosse bem sucedida. Mas, por outro lado, a escolha do primeiro pre-feito ocorreu por uma questão mais estratégica do que política. A revelação é do historiador da Univale Haruf Salmen Spíndola. Segundo ele, houve motivos para o governador indicar Moacyr Paleta, engenheiro nascido em São João Nepomuceno (MG), na Zona da Mata. “A maior parte dos distritos de terra do esta-do estavam nesta região do Rio Doce, e Valadares era um polo importante disso. Então, por ser engenheiro, ele acabou sendo escolhido para ser o primeiro prefeito da cidade”, justifica.

Segundo ele, as ações do novo dirigente à frente do muni-cípio recém-criado eram direcionadas para um único propósito. “O momento era realmente de instalar o município. A Prefeitu-ra funcionava num prédio provisório, alugado do Seleme Hilel. Então era tudo muito modesto”, conta.

Na sucessão do político que sequer deixou parentes em Vala-dares, houve uma sucessão de pessoas que passaram rapidamente pela gestão municipal. Nos primeiros dez anos desde a emanci-pação, houve nada menos do que sete prefeitos diferentes à frente do cargo. Neste período, o que mais se destacou foi Raimundo Albergaria, que em dois mandatos acumulou cerca de 3 anos de gestão de Governador Valadares. Tempo suficiente para fundar alguns bairros centrais do município.

“Todos os lotes do Bairro Santa Terezinha, os primeiros lo-tes, nunca foram comprados. Foi alvará. Todos os lotes do Ca-rapina: alvará. E lá no Bairro de Lourdes, onde morei por 23 anos, foi alvará também com 80, 90% daqueles lotes”, conta o ex-vereador Jean Mifarreg, que ocupou uma cadeira na Câmara Municipal por dez mandatos, o primeiro deles pouco depois da gestão de Raimundo Albergaria. “Era aquele coração bom, mé-dico, ponderado”, afirma Jean ao referir-se ao ex-prefeito.

Hélio Albergaria, irmão do prefeito, defende a política popu-lista adotada na época. “Sempre foi um homem muito caridoso. Embora muitos combatiam essa coisa de dar lotes para os pobres, ele fez a doação dentro da legalidade”.

O início

Mas o conceito de gestão política só chegou mesmo à prefeitura de Valadares em 1955, com Ladislau Salles. Nos

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Paletta e Elisa: a história os uniu através da Prefeitura e da Engenharia

quatro anos em que comandou o município, a prioridade foi de estruturar o local.

Segundo Spíndola, neste momento as ruas já eram calçadas e algumas delas arborizadas, mas não havia rede fluvial. “Quan-do chovia, alagava tudo. O que o Ladislau vai fazer? Vai abrir a Avenida Minas Gerais, vai tirar o jardim central, as árvores. Era bonito, né. Vai arrancar isso tudo. Mas vai arrumar, botar rede fluvial e botar rua pra carro passar”, explica o historiador.

Jean Mifarreg vai além. Cita o pagamento da dívida de 7.500 contos do município com comerciantes e funcionários – pelas contas do ex-parlamentar, algo em torno de R$ 70 milhões atu-ais – e a melhoria das ruas para apontá-lo como o maior prefeito da história de Valadares. Ele chega a revelar um carinho pelo ex-prefeito, o qual considera como o maior da história do mu-nicípio. “Ali Ladislau Salles moralizou. Ele aumentou os impos-tos e pagou e limpou a cidade e moralizou. Depois inventou de calçar as ruas. Falava em fazer paralelepípedo de cimento. Nós, vereadores, principalmente eu, da zona rural, achamos ele meio louco. Paralelepípedo de cimento? Fomos ver uma experiência lá em Timóteo e chegamos à conclusão que Ladislau Salles estava com a verdade”, sustenta.

As décadas seguintes, de 1960 e 1970, foram marcadas por administrações notáveis, que entraram para a história por ter à frente dirigentes que ganharam renome no mu-nicípio. Joaquim Pedro do Nascimento, Hermírio Gomes, Sebastião Mendes Barros e Raimundo Rezende entraram na galeria de prefeitos do município que se notabilizaram ou pela gestão ou pelas polêmicas.

Coube a Ronaldo Perim – atual vice-prefeito – reabrir, pelo PMDB, o caminho das gestões pós-ditadura militar, com um mandato tampão de 1986 a 1988. Dele surgiram ainda outras duas lideranças locais: José Bonifácio Mourão e Rui Moreira, que seria seu sucessor, entre 1989 e 1992. Depois de um man-dato contestado de Paulo Fernando, entrou em cena a disputa de poder entre PSDB e PT, numa alternância que envolveu José Bonifácio Mourão (por duas vezes), João Domingos Fassarella e finalmente Elisa Costa, primeira prefeita na história do muni-cípio a conseguir a reeleição. “É uma cidade que caracteriza por ter eu diria que um certo divórcio entre a elite econômica, a elite social, e as massas. E quem faz essa junção, que unifica a cidade, é a vida política”, sentencia Haruf Salmen Spíndola.

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18Janeiro 2013conceito

colaborador

Por Adriana PortugalE-mail: [email protected]

“Véi, graças a Deus que mudei de Teó-filo Otoni. Ô cidadezinha atrasada! Pior lugar do mundo pra se morar.” Esta foi

a frase de “comemoração” de um jovem que havia acabado de mudar para Governador Valadares. Foram muitos os adjetivos utiliza-dos para descrever a cidade de origem, todos depreciativos, que optamos não repeti-los. Tudo parecia ir muito bem para o jovem, des-lumbrado com a nova cidade-lar. Entretanto, passados uns trinta dias (isso mesmo, pouco mais de um mês), o mesmo jovem aparece com o seguinte discurso: “É, e eu que achava Teófilo Otoni a pior cidade do mundo, agora estou vendo que Valadares dá de dez a zero

O melhor lugar

para se viver

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19Janeiro 2013conceito

Verdade seja dita, a grande maioria de nós costuma desvalorizar o que tem à disposição. Deslumbra-mos no iní-cio e, pouco tempo de-pois, come-çamos a de-preciar ou a almejar algo diferente, e isso se dá em quase todos os aspectos da vida: bens materiais, corpo físico, educação. Andamos insaciáveis.

“em ruindade. Isso aqui é uma roça...”. Tam-bém inúmeros outros adjetivos foram utili-zados para ilustrar a “nova visão” do recente morador de Governador Valadares.

Discurso bem familiar, não é mesmo? Ao saber deste fato, lembrei-me imediatamente de uma parábola acerca do “sábio e do viajante”. Conta o autor, que desconheço, que havia nos pórticos de uma aldeia um velho sábio e uma criança. Um viajante aproxima-se do sábio e pergunta como são os habitantes da aldeia. O sábio devolve a pergunta ao viajante e procu-ra saber como são os habitantes da cidade de origem do viajante. Este responde que as pes-soas de onde vem são egoístas, avarentas, pre-conceituosas, interesseiras, incompetentes. O sábio lhe informa que as pessoas da aldeia são exatamente iguais às pessoas da cidade onde anteriormente morava o viajante.

Passado algum tempo outro viajante procu-ra o sábio e indaga sobre as pessoas da aldeia, informando que as pessoas da sua antiga cidade eram generosas, altruístas, companheiras, com-petentes, prestativas. O sábio então lhe res-ponde que as pessoas da aldeia são exatamente iguais. A criança que a tudo assistia quis saber qual das respostas do sábio era, afinal, a correta. O sábio lhe diz que ambas as respostas estão corretas, pois cada um encontrará o mundo que lhe é próprio.

Será sempre assim: o mundo à nossa volta refletirá o nosso mundo interior.

Emmanuel diz que o homem enxerga sem-pre através da visão interior. Com as cores

que usa por dentro, julga os aspectos de fora (Fonte Viva, 34). Verdade seja dita, a grande maioria de nós costuma desvalorizar o que tem à disposição. Deslumbramos no início e, pou-co tempo depois, começamos a depreciar ou a almejar algo diferente, e isso se dá em quase todos os aspectos da vida: bens materiais, corpo físico, educação. Andamos insaciáveis. Quere-mos preencher o vazio interior com “algo” que, imaginamos, esteja no exterior. E consumimos. E consumimos. E o vazio continua.

Há um dito popular no sentido de que “a grama do vizinho é sempre mais verde”.

Tudo ainda não conquistado parece me-lhor. Já constatamos: não é. Tão logo temos acesso à “grama do vizinho”, percebemos que ela não é “tão verde assim”.

A questão da felicidade é anseio comum à maioria de nós, viventes. Acontece que temos

feito o caminho diametralmente oposto ao da nossa felicidade, temos procurado encontrá-la no mundo, no exterior, enquanto a felicidade, o reino de Deus, não vem com aparência ex-terior. Não o encontraremos no mundo. Não adianta insistirmos em dizer que a felicidade está aqui ou acolá, porque o reino de Deus está dentro de nós (Lc. 17:20).

Foi também Jesus, nosso irmão e Mestre, que nos orientou a buscar primeiro o

reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas (Mt. 6:33). Então, qual o melhor lugar para se vi-ver? Chico Xavier, psicografando mensagem de Emmanuel, diz que o lugar onde vive-mos, onde nos encontramos, foi determina-do por iniciativa do Poder Maior que nos supervisiona os destinos (Fonte Viva, 115). Deus, nosso Pai, é que dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas. É Ele que de-termina o tempo e o limite da nossa habi-tação (Atos 17:25-26). Estamos, pois, no lugar certo. Na cidade certa. Valadares é o melhor lugar para se viver para todos aqueles que nela habitam neste momento, porque é o lugar que o Pai escolheu.

Enquanto muitos de nós lança olhares para “a grama do vizinho”, vizinhos de outras cida-des, de outros países, vêm até nossa cidade e apreciam a nossa “grama”, o Pico da Ibituruna, as corredeiras do Rio Doce, a produção envol-vendo nossas preciosas pedras, as tecnologias utilizadas na nossa pecuária, o nosso comércio, as nossas faculdades...

Necessário aprendermos a desenvolver o amor pelo que temos, pelo que somos, pelo local que habitamos. Quando Jesus nos disse que deveríamos amar o próximo como a nós mesmos (Mt. 19:19), deixou claro que o amor ao próximo seria idêntico àquele que dispen-sássemos a nós mesmos. Ou seja, em primei-ro lugar precisamos nos amar, aceitarmo-nos com as nossas virtudes, acolher nossos defei-tos como filhos transviados que necessitam de redirecionamento. A você, jovem, eu diria: Valadares é o melhor lugar do mundo para se viver para todos nós que ora habitamos esta maravilhosa cidade. Aqui estamos por vonta-de e determinação do Pai. É aqui que encon-tramos exatamente aquilo de que precisamos para nossa evolução. Estamos no lugar certo, com as pessoas certas, vivenciando as experi-ências certas. Afinal, Deus nunca erra!

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20Janeiro 2013conceito

Por Clores de Andrade LageE-mail: [email protected]

colaborador

A cidadeque vi crescer

O ano é 1946. Vejo meu pai na varanda, de terno de linho branco, ouvindo o som do bandolim tocado por minha

mãe. Eu com apenas 3 anos desenho flores e borboletas em uma tela improvisada – na ver-dade são folhas de papel sobre um pequeno tamborete. A menina Clores agora renasce na memória de uma Clores crescida em experi-ências, sonhos e realizações. Essa época é tão saudosa quanto bonita e foi vivida na primeira casa da Rua Sete de Setembro, num período em que Governador Valadares também era menina, com apenas 8 anos de emancipação política.

Contar minha história é o mesmo que percorrer os caminhos que deram origem a essa cidade. Clores e Valadares nasceram

quase juntas e com uma coincidência maior ainda: ambas continuam jovens. Minha ci-dade, aos 75 anos, ainda recebe o título de Princesinha do Vale e eu, aos 69, tenho per-sonalidade e “eletricidade” de uma menina com a vida inteira pela frente e muita gar-ra para conquistar tudo quanto for possível. Nós duas (eu e a cidade) nos vimos crescer e ser tudo o que nos tornamos hoje.

Nas minhas primeiras recordações, por aqui tudo era mato. Às margens do Rio Doce só com vara se matava capivara. A terra era promissora e atraía muita gente. Alguns vi-nham em busca das belas paisagens, como era o caso do povo de Guanhães, Virginópolis, Sabinópolis, Peçanha, Coroaci... Já os ame-

A primeira casa da Rua Sete de Setembro, onde Clores morou.

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21Janeiro 2013conceito

Pai e Mãe da artista plásticas Clores Lage

ricanos estavam de olho mesmo é na mica e no trem. Ou seja, alguns já tinham dinheiro, outros só cheiro e outros nem isso.

Quando o progresso chegou os nativos americaniza-ram-se, o sistema monetário mudou, o dólar endoidou e a princesa virou rainha. As mulheres, que foram domésticas nos Estados Unidos, viraram madames na cidade natal e as casas e carros se multiplicaram. Muitos religiosos con-quistaram espaço. Afinal, somos essência e filhos da luz, ajudando na doutrina da evolução.

Arte

Agora vou falar um pouquinho do campo artístico, ao qual dedico minha vida. Ainda na minha infância/adoles-cência já observava as pessoas declamando poesias ou to-

cando violão em festas particulares ou lares valadarenses. A pintura, no princípio, era ensinada por algumas senho-ras de circo. Mudava o circo, opa, sinal de professora nova, trazendo algum estilo diferente.

Quando o Colégio Imaculada Conceição chegou, as freiras ensinavam música, pintura e artesanato. E tinha ainda outra expressão artística que acontecia todo “Dia da Pátria”. Nos desfiles e competições entre as escolas eu ficava com o coração explodindo, a cabeça nas nuvens e pés no chão.

Lá estava eu na “parada”. De chapéu azul marinho, gola marinheiro, saia longa pregueada, sapato boneca pre-to, meias e luvas brancas. Certo ano, as alunas do Clóvis Salgado desfilaram com as pernas de fora. Foi o máximo! O povo aplaudiu e a escola ganhou.

Embora eu fosse mais moderninha, tinha que me adap-tar ao estilo conservador da escola, mas de vez em quando dava uma “escapadinha”. No mês de maio, por exemplo, na coroação na Catedral ou em frente ao Colégio Imaculada, eu sempre me vestia de rosa (como na foto) e queria subir os degraus do altar e coroar. E até hoje continuo sem entender por que só os anjos de vestes brancas podiam coroar, se no céu tem estrelas de todas as cores.

Uma rua e suas adoráveis histórias

“Se essa rua, se essa rua fosse minha....” eu não man-dava ladrilhar, mandava era registrar tudo. Criaria um baú de memórias da Rua Ribeiro Junqueira. Os amores, a chegada da primeira bicicleta, da primeira televisão, o casamento da Tatá, os doidos, as brincadeiras que tinham os nomes mais peculiares possíveis, como “pau de bosta”, “berlinda”, “boca de forno”, “roda pião”.

Enquanto a gente brincava, lá vinha ela toda elegante. A charrete “Quem vai querer” era o melhor e mais char-moso transporte da cidade. Era uma satisfação vê-la pas-sar. Os namorados adoravam e as prostitutas também.

Outro fato curioso era o “footing” na Praça Serra Lima. As moças rodavam pra lá, os rapazes pra cá; e de forma inteligente éramos vistos só de frente. Na Avenida Minas Gerais, muitos pés de fícus, o bar do Chain, o café Tintim e o Cine Ideal com programas de auditório – in-clusive muitas vezes cantei lá.

Aqui nasci e vivo o dia a dia de uma cidade do interior com passagens pitorescas, sérias , doloridas e alegres, que faz dos empecilhos degraus, tal qual minhas amigas de infân-cia. Na Praça de Esportes, no horário dos meninos, nós não podíamos nadar, então íamos para o pé da Figueira colher o leite do figo e fazer goma de mascar (chiclete). Pois é, as lembranças são muitas. Sei que aqui não está nem metade delas e também por isso sou feliz, pois tenho muita história pra contar. Amo minhas origens e faço parte do crescimento de uma bela cidade, receptiva, inesquecível e tão moderna que será princesa pra sempre.

Mãe da Clores tocando bandolim

Em uma época em que só se coroava de branco, a Clores queria

coroar com seu vestido rosa

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22Janeiro 2013conceito

para viver melhor

Água

Que o ser humano não vive sem água, disso todo mundo sabe. E a captação do elemento mais precioso da natu-

reza exige um grau de pureza cada vez maior. O resultado é que a água mineral engarrafa-da é a bebida cujo consumo mais cresce no mundo. Fruto da qualidade e da segurança no produto, segundo a Associação Internacional de Águas Engarrafadas.

Aliado ao aumento do consumo, o produ-to ganhou também boa entrada no mercado, de forma que hoje pode ser encontrado em praticamente todos os supermercados, lojas de conveniência, restaurantes e lanchonetes.

Em Governador Valadares, milhares de galões de água mineral de diferentes marcas chegam todos os dias às fontes e distribui-doras. A Água Mineral Krenak é uma das marcas mais comercializadas. A proprietária, Tábata Sherrer, tem na ponta da língua as ra-zões do sucesso. “Fruto dos rígidos padrões

de qualidade implantados na fábrica de en-vase”, atribui.

Segundo ela, todo o processo é acompa-nhado por uma equipe técnica responsável por análises laboratoriais periódicas, que monitoram os aspectos físico-químicos e mi-crobiológicos para rastreamento de cada lote produzido. “Periodicamente, são recolhidas amostras de água para análise de controle de qualidade dentro das normas da Agência de Vigilância Sanitária e do Departamento Na-cional de Produção Mineral”, explica.

Sherrer acrescenta que a Krenak segue à ris-ca todas as exigências da legislação brasileira, a qual caracteriza a água mineral independente da fonte, seja natural ou artificial, desde que possua composição química ou propriedades fí-sicas ou físico-químicas diferenciadas das águas comuns, com características que apresentem ação medicamentosa. Isto significa que a Kre-nak possui padrão de alta qualidade.

Por Ana Paula Teixeira

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23Janeiro 2013conceito

Variedade

Há dez anos no mercado, a Água Mineral Krenak produz garrafões de 10 e 20 litros retornáveis. Mas o mix de embala-gens tornou-se um dos diferenciais da empresa. De forma que, além destes, também são comercializados garrafões de 5 litros e ainda os descartáveis de 330 ml e 510 ml (com e sem gás) e de um litro e meio.

Tábata Sherrer explica ainda que o produto chega ao consumidor logo após ser extraído da natureza. Da fonte ele segue diretamente para as salas de envase, dispensando a ne-cessidade de prévio armazenamento. Para o consumidor, a sensação é de estar bebendo uma água sempre fresca, pura e com o sabor da natureza.

A fonte da Água Mineral Krenak está situada a 100 qui-lômetros de Governador Valadares, num local protegido por cadeias de montanhas rochosas, ao norte do Parque Sete Salões. Tem como área de segurança pedreiras com vegeta-ção nativa, que nunca foram degradadas pelo homem e sem possibilidade de acesso de animais domésticos. A água nasce espontaneamente, sem bombeamento.

- o garrafão de água mineral deve ser protegido da luz solar ou artificial intensa. Por isso, recomenda-se não deixá-Io próximo a janelas.

- O garrafão vazio não deve ser dei-xado no chão, sujeito a poeira, e muito menos próximo a bujão de gás ou pro-dutos de limpeza, pois pode absorver odores.

- Em hipótese alguma utilize álco-ol em gel para limpar o garrafão ou o interior do suporte, pois o álcool pode comprometer o sabor da água.

- Nunca deixe de higienizar bem o suporte ou bebedouro, pois a forma-ção de algas nestes pode comprome-ter a qualidade da água.

- Não utilize o garrafão vazio para colocar qualquer outro produto, pois seja qual for a embalagem ficará im-pregnada de odores e estará definiti-vamente inutilizada.

- Lembre-se que 99% das ocorrên-cias envolvendo mau gosto ou odor não decorrem da qualidade da água, mas de acondicionamento ou uso inadequado do garrafão ou da não higienização fre-qüente do suporte ou bebedouro.

Dicas para consumoManuseio dos garrafões:para viver melhor

Page 24: Revista Conceito 5ª Edicao

24Janeiro 2013conceito

Por Bianco CunhaE-mail: [email protected]

colaborador

são do mundo da músicaGrandes sucessos da internet de 2012

2012 foi um ano que revelou para o mundo grandes sucessos da música internacional. Com a ajuda da tecnologia, um pouco de

humor e rimas que pegam, artistas de diversas partes do mundo emplacaram hits nos cinco con-tinentes. Um pouco deste estrondoso “buzz”, ou “burburinho”, pode ser creditado às redes sociais, que contribuem diretamente para a internacio-nalização do conteúdo.

Quando o jogador português comemorou um gol dançando a música “Ai se eu te pego”, Michel Teló provavelmente não tinha a menor noção do movimento que aconteceria em seguida em sua carreira. O vídeo se espalhou rapidamente e a core-ografia, feita ao lado do jogador brasileiro Marce-lo, chamou a atenção do público. A partir daquele momento, Michel Teló já era um sucesso global. Hoje, em seu canal oficial, o clipe da música já pos-sui mais de 400 milhões de visualizações em todo o planeta. Um sucesso tão grande que fica difícil mensurar o valor de uma ação promocional que chegasse ao mesmo resultado.

Outro grande sucesso explodiu no fim do ano passado. Quem poderia pensar que um can-tor sul-coreano poderia conquistar o público em todo o mundo cantando em sua própria língua? Psy, o autor da música GangnamStyle, conquis-

tou um incrível número de visualizações de sua música no seu canal oficial do Youtube: mais de 1 bilhão – o vídeo mais visto em todos os tempos na rede social. Misturando um estilo irreveren-te e cheio de referências na cultura pop, Psy em pouco mais de 6 meses levou multidões às ruas, boates e pistas para dançar o seu sucesso.

Provavelmente você, leitor da Revista Concei-to, conhece um destes sucessos da internet que ex-plodem do dia para a noite. O mais interessante é que hoje nós também fazemos parte deste sucesso, compartilhando, discutindo e distribuindo vídeos, fotos e textos em nossas redes sociais.

Muitos de nossos artistas prediletos pen-sam em suas estratégias de divulgação pensando também em nossas redes sociais. Quando com-partilhamos um vídeo ou uma foto, estamos provavelmente atestando que gostamos daquele conteúdo. Isso provoca uma reação em cadeia e pessoas que eventualmente tenham um gosto parecido também se sentem motivadas a distri-buir o que publicamos.

O que fica de tudo isso? Se Psy ou Michel Teló são hoje referências do mundo da música e encontram-se na vanguarda dos sucessos digitais, é porque provavelmente participamos da cons-trução destes sucessos.

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25Janeiro 2013conceito

PSDB firma raízes na oposiçãoCâmara valadarense:

Contrariando os rumores a respeito de uma possível fragmentação do PSDB em Governador Valadares, o vereador

mais votado do município, Chiquinho, eleito com 3.384 votos, mostrou que tudo não pas-sa de boato. As eleições municipais em 2012 confirmaram a força do partido, não só como a maior legenda de oposição do país mas também sinônimo de gestão eficiente. No Legislativo, o parlamentar terá ao seu lado o segundo vereador mais votado: Dr. Luciano, que alcançou os 2.897 votos. Ambos terão a responsabilidade de liderar a bancada de oposição no Plenário da Casa. E prometem dar trabalho.

Chiquinho rebate as avaliações negativas so-bre o desempenho do PSDB no ano passado e afirma que a legenda mantém a força e a deter-minação de sempre. “Discordo inteiramente dos grupos políticos que preferem entender de forma equivocada a imagem do PSDB. Se em Valadares tivemos insucesso nas eleições majoritárias, jun-tamente com os partidos da coligação, estamos felizes com o resultado das eleições proporcio-nais, sendo os dois vereadores do PSDB os mais votados do município”, avalia o tucano.

“Não vejo o PSDB como enfraquecido, mas sim como um partido que se fortalece através de suas lideranças, por meio de uma postura que, cada vez mais, forma um partido popular e de massa. Prova disso é a consolidação do PSDB, com for-

tes líderes políticos nos âmbitos estadual e federal, com nomes como o do deputado estadual José Bo-nifácio Mourão, do governador Antonio Anastasia e do nosso futuro candidato à Presidência da Re-pública, senador Aécio Neves”, detalha Chiquinho.

Oposição

Mesmo sendo minoria no Legislativo, Chi-quinho e Dr. Luciano apostam na força da opo-sição e no papel que podem desempenhar. “É importante que haja oposição dentro do Poder Legislativo. Só assim poderemos garantir uma maior fiscalização e transparência nos atos do Executivo. A oposição que eu e Dr. Luciano pretendemos fazer é uma oposição propositiva e ousada, que atue com responsabilidade em bene-fício da cidade e do povo, para o bom fortaleci-mento do processo democrático”, diz Chiquinho.

Os dois parlamentares asseguram que não farão oposição cega contra a administração, mas de forma consciente. “Iremos buscar um melhor entendimento junto ao governo municipal para que as propostas apresentadas pela prefeita Elisa Costa em sua campanha de reeleição em 2012 sejam cumpridas e executadas. Trabalharemos também na fiscalização da destinação de recursos federais e estaduais, encaminhados ao município, a fim de atestar sua boa aplicação”, completou o vereador, ao lado de Dr. Luciano.

Vereador Chiquinho Vereador Dr. Luciano

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26Janeiro 2013conceito

aos valadarensesMourão anuncia ‘presentes’

Às vésperas de completar 75 anos de fun-dação, Governador Valadares recebeu do deputado estadual José Bonifácio Mou-

rão (PSDB) anúncios que soam como verdadeiros presentes para o município. Nos próximos meses, o terminal do Aeroporto Municipal vai ganhar cara nova. Isto porque as obras de reforma e ampliação em breve vão ser licitadas.

O líder de Governo na Assembleia Legis-lativa lembrou que no último mandato como prefeito já havia conseguido junto ao Estado promover a reforma e a ampliação da pista, o que permitiu o pouso e a decolagem de aviões de grande porte. Além disso, uma parceria com a Vale resultou na abertura do novo acesso ao aeroporto pela região da JK.

“Estamos sempre trabalhando para atrair in-vestimentos de pequeno, médio e grande porte para o município”, explica Mourão. E esta, ga-rante o deputado, não é a única obra que está prestes a chegar a Valadares. “A principal delas é o Hospital Regional, que terá investimentos de R$ 85 milhões só na construção, mais a aquisi-ção de R$ 40 milhões em equipamentos. Será o maior investimento de um governo numa única obra na história do município. É uma obra do Governo do Estado”, exalta.

E o novo hospital tem mesmo números de encher os olhos. O complexo será instalado numa área de 50 mil metros quadrados, pró-ximo à BR-116, no trevo de acesso ao distrito de Pontal. Inicialmente, segundo o próprio de-

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27Janeiro 2013conceito

putado, estão previstos 250 leitos, mas assim que for inau-gurado, iniciam os trabalhos para alcançar a meta de 400.

E o prestígio do deputado junto ao governador Antonio Anastasia deve ser mais uma vez comprovado nos próximos me-ses. O asfaltamento da estrada que dá acesso ao distrito de Nova Floresta (Paca) já foi concluído, e a inauguração deve acontecer até março, possivelmente com a presença do dirigente. Além dis-so, Mourão trabalha para garantir a chegada do gás comprimido ao município, ainda no primeiro semestre deste ano.

“Valadares chegou a uma situação em que os investimentos industriais são indispensáveis para o seu desenvolvimento e gera-ção de emprego. Esses investimentos não virão só através de con-vites vazios das suas lideranças, porque o empresário quer investir onde tem retorno dos investimentos”, avalia. Para o deputado es-tadual, apenas com investimentos e infraestrutura sólida na saú-de, na educação, na segurança pública e no transporte, é que será possível alcançar o sonho dos valadarenses. “Aí, sim, Valadares terá poder competitivo muito maior, e as sonhadas indústrias se instalarão aqui”, prevê.

Desenvolvimento

Por outro lado, Mourão vê com bons olhos tudo o que foi feito pelo município até agora, em especial na sua gestão como prefeito. Ele cita a extensão da Avenida Minas Gerais até o Anel Rodoviário, o que propiciou a criação de novos bairros, como o Morada do Vale II e o Cidade Nova. Além disso, destaca o trabalho desempenhado pela Prefeitura na transformação do viaduto da Rua Sete de Setembro, o Mr. Simpson, bem como na construção da Policlínica e do 3º andar do Hospital Municipal e na realização de projetos

importantes, como o Poupança Jovem, Travessia e as obras de saneamento promovidas em diversos bairros.

Diante do clima de festa pelos 75 anos de Governador Valadares, o deputado deixa uma mensagem à população. “Quero trazer minha saudação a todos os valadarenses pelos 75 anos do nosso município e dizer que Valadares é uma das mais belas cidades de Minas Gerais, não só pelo contraste entre a Ibituruna, o Rio Doce e sua arborização como tam-bém pela força de seus habitantes”, enaltece, para em segui-da concluir: “é uma cidade hospitaleira e construída por um povo trabalhador, que traz em seu peito um amor incontido por esta terra, como é o meu caso”.

Estamos sempre trabalhando para atrair investimentos de pequeno, médio e grande porte para o município. (...) A principal delas é o Hospital Regional, que terá investimentos de R$ 85 milhões só na construção, mais a aquisição de R$ 40 milhões em equipamentos. Será o maior investimento de um governo numa única obra na história do município. É uma obra do Governo do Estado.

Novo Hospital Regional: obra será entregue em dois anos

Construção da Policlínica é uma das marcas do governo Mourão

Viaduto da 7 de Setembro foi um legado de Mourão para Valadares

aos valadarenses

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28Janeiro 2013conceito

Por Juliana TedescoE-mail: [email protected]

colaborador

O balanço do primeiro mandato do go-verno de Barack Obama quanto a leis migratórias não foi muito bom. Mesmo

sendo um governo democrático e de “mente aber-ta”, nunca se deportou tanto imigrante quanto nos últimos 4 anos. Famílias inteiras foram retornadas

para seu país de origem e muitos sem direito de voltar legalmente para os Estados Unidos por pelo menos dez anos. Isso gerou uma crise em vários setores. Mesmo indocumentados, as pessoas in-vestem anos de suas vidas e criam laços fortes na esperança de que um dia o tão sonhado “Green

O que será,que será

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29Janeiro 2013conceito

Card” chegue no correio. Infelizmente essa é uma realidade que ainda está longe de acontecer. Pelo menos pelos próximos 6 meses. De acordo com informações não-oficiais vindas do se-nado americano, eles terão que passar algum pacote imigratório apoiados pelos democratas e alguns republicanos moderados. A briga vai ser grande com a oposição, que hoje lidera a maioria dos votos. Com certeza, como fizeram até hoje, a linha republica-na conservadora deve resistir até a última instância para que não aconteça nenhuma mudança.

Mas a esperança é que o presidente Obama assine um aden-do de última hora, beneficiando os imigrantes ilegais. Em entre-vistas recentes na mídia americana, o porta-voz da Casa Branca, John Boehner, apóia o presidente cem por cento.

Em 2007, a linha conservadora lutou fortemente com orga-nizações trabalhistas no intuito de arruinar a intenção do governo de George W. Bush em facilitar a permanência de imigrantes ilegais nos Estados Unidos.

Desta vez, essas mesmas organizações continuam unidas, mas com a vantagem de ter como aliados republicanos que hoje dividem a idéia de uma reforma migratória. Obviamen-te uma jogada política, baseada nos números da última elei-ção, quando apenas 27% dos hispânicos votaram no candi-dato republicano Mitt Romney, contra 39% que votaram no candidato reeleito, Barack Obama.

De acordo com especulações, detalhes desse pacote de leis ainda estão sendo trabalhados, como os que incluem uma segu-rança maior nas fronteiras; atalho para a cidadania para os mais de onze milhões de indocumentados que vivem nos Estados Unidos; expansão do programa temporário de trabalho; e uma responsabilidade maior dos empregadores em checar o status migratório de seus trabalhadores.

A briga promete ser grande. As opiniões se divergem entre os próprios americanos: alguns afirmam que a taxa de desemprego no país é grande porque os imigrantes ocupam seus lugares. Ou-tros afirmam que americanos não querem ou fazem o trabalho que fazem os imigrantes, sejam eles documentados ou não.

Entre os imigrantes as opiniões são variadas. O carpintei-ro e pintor Jaques Simão, há 10 anos nos EUA, está esperan-çoso, mas apreensivo: “não vejo a hora de algo acontecer para nos beneficiar. Tenho tantos planos, mas fico com medo de assumir mais compromissos aqui neste país. Na verdade, não consigo me planejar cem por cento porque não sei o dia de amanhã e isso me deixa chateado. Quero muito ficar e criar mais raízes do que já tenho e me estabelecer de vez aqui. Para começar, podiam liberar pelo menos a carteira de motorista para diminuir a tensão do nosso dia-a-dia”, relata.

A preocupação de Jaques é hoje dividida com quase cem por cento dos imigrantes indocumentados que aqui se encon-tram. Talvez hoje a carteira de habilitação seja o documento mais desejado por qualquer imigrante ilegal. Isso porque, des-de o ano passado, por determinação do Departamento de Se-gurança Pública dos Estados Unidos, qualquer pessoa que for parada no trânsito e não tiver a carteira de motorista, tem au-tomaticamente seu status imigratório checado. E se a situação

for irregular, a Imigração é acionada imediatamente e muitos são levados para o Tribunal de Imigração e deportados.

A diarista Emilia Silva, nos Estados Unidos há 5 anos, vai mais longe: “Eu não dirijo neste país enquanto eu não tiver minha licença. Sei que meu mundo fica limitado, mas ficar dentro da lei pra mim é muito importante. Ainda não tenho vida própria, dependo de carona para trabalhar. Mi-nha mãe está se tornando cidadã americana e minha legali-zação virá dentro de alguns anos. Se por acaso eu tiver qual-quer problema com as leis daqui antes disso, pode afetar o meu processo”.

Enquanto não acontece nenhuma reforma, o negócio é ter paciência e continuar esperando. Algo deve acontecer para que esse império e máquina de trabalho chamado Estados Unidos volte a operar com toda a capacidade. Afinal, foi por isso que muitos imigrantes deixaram seu país de origem para alcançar o tão desejado “American Dream”.

Emília Silva vive nos EUA há cinco anos, ainda com medo da deportação

‘‘Obama, pare de deportar sonhadores’’. Manifestações contra política migratória são constantes nos EUA

que será

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30Janeiro 2013conceito

Bonesi

Não é exagero dizer que Larissa Bonesi é uma ci-dadã do mundo. Valadarense hoje residente na China, seu primeiro trabalho foi em Ipatinga,

ainda aos treze anos de idade. Foi lá que ela descobriu a vocação para ser modelo. Depois de participar de um desfile, não parou mais. Fez trabalhos para Philips Hair, Eva Deo, Jos Alukkas Jewellery e Água Mineral Krenak, entre tantos outros comerciais.

E olha que ela ainda encontrou fôlego para ir além da carreira de modelo. Como atriz, atuou no trailer de uma música do filme Desi Boyz. “Eu era uma boxeadora. E no filme Go Goa Gone, uma assistente particular de um gerente de uma grande empresa, no papel da personagem Simona”, conta.

Em virtude da fama, Larissa já se acostumou a ser pa-rada na ruas da China para fotos, e sempre ouve incenti-vos e reconhecimento pelo sucesso nas passarelas e nas te-las. Alguns dos seu trabalhos foram feitos na Índia, Hong Kong, África do Sul, Estados Unidos, Japão e França.

Por Sonia Miranda

Larissa

jovem

Foto: Carlos Sales

E dá pra sobreviver no Oriente? Ela garante que sim! A jovem valadarense fala fluentemente o mandarim e o hindi, línguas provenientes da China e da Índia, respec-tivamente. Mas mesmo sabendo se comunicar, Larissa adquiriu a disciplina dos orientais: ela mantém o foco no trabalho e não sai muito à noite, a não ser que o evento tenha algo a ver com a profissão.

E quanto ao paladar exótico dos chineses? Ela dá a dica: “eu gosto de comidas estranhas e diferentes. O exó-tico me fascina. No final, ou é muito bom, ou é péssimo. Só experimentando pra saber, né?” Para matar a saudade da nossa comida, não dispensa em sua bagagem o tempero brasileiro. A modelo e atriz namora o modelo brasileiro Evaristo Danielski, que também reside na China.

Larissa conta que, sem a família, ela não é nada, mes-mo fora Brasil. “Acho que, independente da formação, carreira ou profissão, levada internacionalmente ou na-cionalmente, nada é tão valioso ou tão mais importante que nossa base, nossa família”, define.

Page 31: Revista Conceito 5ª Edicao

31Janeiro 2013conceito

Sonia Mirandaglamour

O elo maior do ser humano:

A sensação que temos é que todas as pessoas iniciaram o ano de 2013 com a certeza de que dias melhores virão! Com objetivos já definidos, estratégias estabelecidas no trabalho e na vida pessoal, compartilhando amor, amizade e carinho, cada um se compromete a construir suas próprias vitórias. E é

nesse clima de muita energia positiva que a REVISTA CONCEITO com-partilha a alegria e a esperança de um novo tempo, através do elo maior do ser humano, que é a família. Curta cada momento, cada palavra, cada gesto

desse bem tão precioso.

a família

Luiza, Paulinho, Lorena, Paula e Sofia Martins

Bonesi

Page 32: Revista Conceito 5ª Edicao

32Janeiro 2013conceito

1 - Carla, Geovanna e Silvio Pérez 2 - Gustavo, Guilherme Amariz, Laila Lubiana, Magali e José Arnóbio Amariz de Sousa 3 - Kátia, Ulisses

Lemgruber, Vanessa e Henrique 4 - Carol e Ana Clara 5 - Celso e Marcela Mol 6 - Lilian Persiano e André 7 - Kátia, Célio e Bruno Paolielo

8 - Ramy Augusta, Neilton, Rayane e Guilherme Soares 9 - Rosália, Amilton Coelho e filhas

Legenda das fotos:

1 2

3

4 5 6

7 8 9

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33Janeiro 2013conceito

10 - Fellipe, José do Carmo e Giselle, Luana, Cinthia, Igor e Guilherme 11 - JR, Thiêssa, Gabriela, Beatriz, Ivan e Ian Menezes 12 - Mariana, Marcos, Iracy e

Gabriela de Matos 13 - Luana, Lucas, Miriam e Sebastiâo Santiago 14 - Ricardo e Betinha Barbalho 15 - Milla, Marcela, Gaziela e Davson Persiano 16 -

Mariana, Ana Lúcia e Arthur Paes 17 - Brenda, Moisés, Bernardo, Bárbara, Gilberto e Giselle e Bianca Hastenreiter 18 - Mariana, João Emídio e Cibely Coelho.

Legenda das fotos:

16 17

18

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13 14 15

Foto: Carlos Sales

Page 34: Revista Conceito 5ª Edicao

34Janeiro 2013conceito

1 - Adriana Gonçalves, Mirian Santiago, Saleth Neves, Vanessa Prado, Rosália Coelho, Deborah Di Spirito, Cristiane Brasil, Sonia Miranda, Kátia Paoliello,

Raquel Abrantes e Fátima Simões. 2 - Marcela Morena, Mariana Bonfim, Isabela e Ana Vitória 3 - Débora Gomes e Henrique Santiago 4 - Mariana

Coelho e Istefanny Cardoso 5 - Marcela Moreno e Luísa Thomé 6 - Patrícia Barbalho e Carol Nalon 7 - Aninha Ferreira e Róbson Araujo 8 - Gustavo

Mendes e Marcela Santiago

Legenda das fotos:

6

3

2

7

4

1

8

5

2013 com um novaO ano finalizou com algumas indagações sobre o que vem acontecendo no Planeta Terra. Estamos no auge de uma mudança global, em que nossas

decisões irão influenciar grandemente nossas vidas. E depois de refletirmos quais mudanças, atitudes e

gestos têm de ser tomados, iniciamos o ano de 2013 comemorando um novo sentido para a vida, para

a religião, para a família, a união e os amigos. E daí celebramos ao lado dessas pessoas um início de ano mais consciente, fraterno e ecologicamente correto.

Em alguns caso à beira da piscina, do mar, de um lago. Não importa onde se esteja, mas sim o sentido

de uma nova consciência.

consciência

Page 35: Revista Conceito 5ª Edicao

35Janeiro 2013conceito

A presidenta da FIEMG, Rozani Azevedo, recepcionou com um almo-ço no Restaurante Joá o novo secre-tariado da Prefeitura, com objetivo de integração entre FIEMG e Executivo Municipal. O evento aconteceu logo após a solenidade de posse da prefeita reeleita de Governador Valadares Eli-sa Costa, que, é claro, também presti-giou a recepção, ao lado do deputado federal Leonardo Monteiro.

Um dos momentos marcantes da vida de Natashy se deu com a finalização do curso de Medicina. As comemorações se estenderam nos dias 17 a 19 de janeiro, quando compartilhou a vitória ao lado de amigos e familiares, para orgulho da super mãe Fátima e dos irmãos Hatem e Hugo Homaidan. E também trilhando o mesmo caminho, Lucas recebeu o canudo de médico, para a alegria incontida dos pais Dr. Márcio e Kissila Zacché Andrade.

Recepção

Novos profissionais

Retalhos

Juliana Tedesco, que atravessou fronteira e hoje reside em Boston, representando muito bem Gover-nador Valadares no governo americano, sendo intérprete oficial do Tribunal de Imigração dos USA, será uma das intérpretes também na Copa do Mundo de 2014. Além disso, ela tem atuado também traduzindo filmes para a Paramount Pictures. Nossa ilustre colaboradora oficializou sua união em dezembro com Rinaldo Patricio Gonçalves.

Colaboradora e intérprete

Ele, que é formado em Engenharia Civil e Letras, optou em exercer a função de cabeleireiro e maquiador – função digna do reconhecimento de atores globais e artistas como Henry Castelli, Juliana Paes, Carla Peres, Sheila Carvalho, Mirele Santos, Preta GiL. Mário Jorge é apaixonado pelo que faz e gosta de deixar suas clientes sempre de bem com a vida. Também nao abre mão de conhecer lugares diferentes, principalmente se for ao lado da família.

Mário Jorge

Page 36: Revista Conceito 5ª Edicao

36Janeiro 2013conceito

Por Tainá CostaEmail: [email protected]

O verão está aí. E junto com ele está o bom e velho calor. Há quem goste, há quem odeie. Mas numa coisa temos

que concordar: calor, quando em excesso, não é agradável pra ninguém. É difícil pra dormir. É ruim pra comer. Pra trabalhar ou estudar, então... haja ar condiconado, porque nem ven-tilador dá conta. A remota hipótese de sair na rua e andar dois minutos embaixo do sol já causa arrepios (e estão longe de ser de frio!).

Tem lugares que a situação fica tão crítica no verão que já ouvi falar de gente que adora ficar na fila do banco, só pra aproveitar que o am-biente é refrigerado. Há aqueles que preferem dar uma passadinha no supermercado do centro da cidade e ficar uns minutinhos fingindo que estão olhando os preços da seção de congelados, só pra dar uma refrescada.

Os que têm mais dinheiro e tempo disponível recorrem à piscina e à praia. Todo verão é a mes-ma coisa. O litoral é tomado por gente querendo se refrescar dando um mergulho e aproveitando a brisa do mar. As praias ficam tão abarrotadas que além do calor do ambiente experimentamos um outro tipo de calor: o calor humano. É tanta gente que fica difícil até chegar ao mar.

Quem não tem dinheiro pra ir a praia ou ter

uma piscina em casa, improvisa piscina em caixa d’água, toma banho de mangueira ou puxa um cano e instala uma ducha no quintal. Em tem-pos em que se toma banho com chuveiro desli-gado e ainda assim o espelho do banheiro fica embaçado, vale qualquer alternativa.

Mas pra melhorar mesmo, nada como uma chuvinha. O pior é quando está tão quente, mas tão quente, que quando chove a água da chuva evapora e o mundo parece se transformar numa sauna a céu aberto, de tão abafado. Não adianta nada! Você fica com mais calor ainda e prefere o status anterior.

Já para os que preferem se refrescar com uma cervejinha gelada, o calor representa uma vanta-gem. Isso porque normalmente os bares são ao ar livre. Ou seja, temperatura ambiente e nada de ar condicionado. Com isso, você transpira tanto que o álcool é eliminado junto com o suor e você demora mais a ficar “no grau”.

Em meio a tantas alternativas, muitas vezes frustradas, de driblar o calor, uma coisa é fato: ele sempre virá, nós sempre reclamaremos, mas não sabemos passar muito tempo longe dele. Duvida? Experimente passar um mês num lugar onde faz frio e fica nublado todos os dias que, nem que seja lá no fundo, você vai sentir saudade de um dia de céu azul, sol e calor.

O verãoAh...

Page 37: Revista Conceito 5ª Edicao

37Janeiro 2013conceito

Por Pedro Trengrouse*

futebol com cerveja

Futebol, cerveja e

Uma em cada quatro cervejas consumidas no país, segundo a FGV, tem alguma relação com o futebol, seja pelos torce-

dores assistindo aos jogos ou na sagrada pelada com amigos. A indústria da cerveja é parte im-portante de todo o arranjo produtivo do futebol. Cada R$ 100 milhões consumidos em cerveja geram R$ 338 milhões na economia nacional.

O debate suscitado sobre o consumo de cerveja nos estádios não pode, portanto, se re-sumir simplesmente à Copa. Não há nenhuma evidência que comprove qualquer relação en-tre cerveja e violência. Muito pelo contrário! Um estudo feito no Mineirão evidencia que as ocorrências relacionadas às bebidas alcoólicas aumentaram 15% depois da restrição ao consu-mo de cerveja no estádio. Houve também um aumento sensível das ocorrências envolvendo o porte de drogas e o consumo de álcool ilegal.

Na Inglaterra, onde as autoridades acre-ditaram que a proibição da cerveja diminuiria a violência, descobriu-se após 15 anos que os torcedores aumentaram a quantidade de álcool antes das partidas e passaram a ingerir bebidas mais fortes, reunindo-se em bares dos arredo-res, aumentando a chance de encontro com ri-vais e deixando para entrar no estádio em cima da hora, algo que dificulta muito todo planeja-mento de segurança pública.

A pesquisa da FGV revela ainda que ape-nas 5% da população pensa que o consumo de bebida alcoólica no estádio tem alguma relação com violência. Os principais fatores que a in-fluenciam são: grupos fanáticos de torcedores,

decisões de árbitros, declarações de jogadores, treinadores e dirigentes, notícias esportivas, in-fraestrutura inadequada dos estádios e falta de controle policial e de preparo dos agentes de segurança pública no tratamento ao torcedor.

É importante lembrar que, no Brasil, a res-trição ao consumo de cerveja nos estádios não tem amparo em nenhuma lei federal. O Esta-tuto do Torcedor, que precisa ser melhor regu-lamentado, não faz menção específica à cerveja nem proíbe expressamente o seu consumo.

Embora alguns estados possuam legislação sobre o assunto, foi a CBF quem proibiu a ven-da de bebidas alcoólicas em partidas oficiais de futebol, com base em um protocolo de inten-ções celebrado com o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público.

O curioso é que uma das razões citadas para justificar a proibição é uma regra da Fifa, mas ela já foi modificada justamente para permitir o consumo de cerveja nos estádios, respeitando a cultura de cada país.

Não há qualquer restrição à liberação de cerveja nos estádios brasileiros além de algumas leis estaduais que precisam ser revistas nas res-pectivas assembleias e de um ato administrativo discricionário da CBF, que pode e deve ser re-vogado pelo novo presidente com uma simples canetada. Isso deve acontecer, pois não há qual-quer razão para restringir o consumo de cerveja nos estádios, na Copa do Mundo e em todos os jogos do futebol brasileiro.

*Pedro Trengrouse, 33, é advogado, consultor da ONU na Copa e coordenador de projetos da FGV

Page 38: Revista Conceito 5ª Edicao

38Janeiro 2013conceito

Por José Francisco JúniorE-mail: [email protected]

Nas duas últimas décadas, notou-se um crescimento exponencial de facilida-des proporcionadas pela tecnologia.

Muitas dessas facilidades representam também maneiras que encontram grandes empresas para reduzir seus custos operacionais, o que se veri-fica com o fenômeno da desmaterialização das operações bancárias, facilmente observado por todos. Não faz muito tempo que dispensas em massa de empregados do setor ocorreram, o que só se fez possível com o surgimento de caixas eletrônicos e, mais recentemente, a maciça im-plementação da internet bancária e os acessos por meio de smartphones e tablets.

As filas continuam, mas não se concen-tram mais em caixas ocupados por funcioná-rios, e sim por máquinas de autoatendimento. A despersonalização das relações entre banco e cliente é patente. Basta ver, por exemplo, que não é mais necessário contato com o gerente

para fazer empréstimos (graças a créditos pré--aprovados), realizar aplicações, comprar ações, contratar seguro de automóvel etc. É a chamada internet banking. É verdade que isso representa boa comodidade para correntistas, mas também uma considerável redução de custos com a con-tratação de pessoal e infraestrutura em favor das instituições financeiras. A internet é o meio de exploração cada vez maior no setor, com uma elevação espetacular das transações eletrôni-cas, como o débito automático, o DDA, o pa-gamento de contas via internet, dentre muitas outras. Por causa desse aumento de acessos, os riscos de seu uso por parte do cliente bancário devem ser analisados.

Nas relações entre os bancos e seus clientes são aplicáveis as disposições do Código de Defe-sa do Consumidor (CDC), especialmente o Art. 14, que prevê a responsabilidade do fornecedor, independentemente de culpa, pela má presta-

colaborador

bancosInternet e

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39Janeiro 2013conceito

ção dos serviços. O banco só se exime de responsabilidades se provar inexistência de defeito na prestação do serviço ou que houve culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro no evento danoso. Usa-se como exemplo algo cada vez mais corriquei-ro, consubstanciado no fato de que o sítio (site) do banco não oferece segurança suficiente, e uma terceira pessoa consegue descobrir a senha de acesso do cliente por meio de programas “espiões” instalados sem seu conhecimento em seu computa-dor. Com essa fraude, são feitos vários pagamentos ou transfe-rências ou contratação de empréstimos que não são de autoria do titular da conta, sem que este tome conhecimento. E isso se tornou muito comum atualmente.

O banco, nesse caso, deve se responsabilizar pelo estorno de todo o prejuízo suportado pelo cliente, salvo se ficar prova-do que este (cliente), por exemplo, forneceu sua senha a ou-tras pessoas. De qualquer forma, tendo em vista a aplicação do CDC e também da teoria do risco – segundo a qual quem aufere o bônus (redução de custos) deve arcar com o ônus (res-ponsabilizar-se pelos defeitos no serviço) –, há a possibilidade da inversão do ônus da prova. Ou seja, não é o cliente que tem

de provar que não efetuou as operações fraudulentas; é do ban-co a responsabilidade de provar que foi o cliente quem as fez.

Além disso, pode haver danos morais indenizáveis. Supo-nhamos o caso em que o banco negue o estorno do valor do desfalque não reconhecido pelo cliente e que, em virtude dis-so, pagamentos por ele programados deixem de ser feitos por insuficiência de fundos, ou ainda o caso de o próprio banco, em razão de saldo negativo, inscrever o nome do cliente em cadastros de inadimplentes (SPC, Serasa, Protesto). Nesse caso, cabível, também, não só a devolução do dinheiro, como ainda a indenização por danos morais ante a repercussão ex-trapatrimonial do fato.

Se fatos dessa espécie acontecerem, não se acomode. Re-clame imediatamente com o gerente, porque você não estará pedindo a ele nenhum favor. Mas faça-o sempre por escrito, com protocolo. Documente tudo. As mensagens eletrônicas (os famosos e-mails) também são aceitas como provas. Se isso não resolver, de posse dos documentos, faça valer seus direitos junto ao Poder Judiciário. (Com excertos do texto de Hélio Vagner O. Cota)

bancos

Page 40: Revista Conceito 5ª Edicao

40Janeiro 2013conceito

Falar menos Por Igor MadeiraE-mail: igormadeira.wordpress.com

O ano começou e com ele a expectativa de que conseguiremos realizar boa par-te daquilo que planejamos. É comum

encontrarmos pessoas (geralmente na passagem do ano) prometendo coisas que realizarão no próximo ano. O que precisamos saber é que há uma enorme diferença entre falar e agir.

A fala é um importante instrumento de co-municação (desenvolvido há milhares de anos), e por meio dela podemos expressar pensamen-tos, desejos, vontades e até sentimentos. Po-rém, a fala não produz efeitos imediatos a não ser por intermédio de outras pessoas. Se você pronunciar “água” em uma situação de extrema sede, ela não aparecerá instantaneamente na sua frente. Será necessário buscá-la ou solicitar que alguém traga pra você.

Por outro lado, por meio das ações consegui-

mos gerar efeitos muito mais rápidos e mudar situações sem precisarmos da intervenção de ter-ceiros. É bem provável que sua sede seja saciada rapidamente caso você decida buscar a água ao invés de ficar dizendo “água”. É somente através das ações que conseguiremos mudar algo.

Portanto não basta dizer, é preciso fazer. O ditado popular diz que “se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai até a montanha”. Esse dito popular nos traz uma lição que devemos carre-gar para todo o ano de 2013. Os nossos plane-jamentos só serão realizado caso transformemos nossas falas em ações: não seremos bons pro-fissionais se não nos comportarmos como bons profissionais; não teremos uma boa família se não dedicarmos tempo e cuidados a ela. Ou seja, somos aquilo que fazemos e não o que falamos. Em 2013, fale menos e aja mais!

colaborador

e agir mais

Page 41: Revista Conceito 5ª Edicao

41Janeiro 2013conceito

e agir mais

movida pelo turismo, por exemplo, os lugares se preparam para captar e direcionar a atenção do tu-rista, bem como este busca determinados aspectos locais já consagrados. Ou seja, há uma espécie de encenação característica que emerge nos eventos turísticos. E tanto turistas quanto a comunidade receptora e o próprio destino turístico envolvem--se nesse processo de representação espetacular.

A bem da verdade, até a vida diária, com seus ritos e rituais cotidianos, possui formas particulares de encenação e dramaticidade. Aprendemos isso desde muito cedo, como a criança que chora ape-nas para chamar a atenção ou ganhar algo dos pais. Ou seja, co-participamos da existência e realização do espetáculo. A mídia tão somente amplifica a predisposição das pessoas, cada vez maior, a atrair os olhares e holofotes para si.

*Lauro Moraes é formado em Comunicação e especialista em Políticas Públicas e Projetos Sociais pela Universidade Vale do Rio Doce (Univale). Mestre em Cultura e Turismo pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Acumula passa-gens por três afiliadas Rede Globo. É professor em cursos de Comunicação desde 2005.

uma releitura de Debord

Para Guy Debord, autor do clássico “A Socie-dade do Espetáculo”, “toda a vida nas socie-dades nas quais reinam as modernas condi-

ções de produção se apresenta como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo que era vivido diretamente tornou-se uma representação”. Esta-ríamos, portanto, diante da afirmação da aparência em todos os sentidos da existência social humana.

Imagine o que diria hoje o filósofo e diretor de cinema francês ante o fantástico desenvolvimento das mídias. A despeito de apresentar uma crítica pioneira da sociedade de consumo, na década de 60, um contraponto à linha de pensamento debor-diana faz-se necessário. O espetáculo não é obra da mídia, do poder capitalista ou qualquer outro agen-te contemporâneo, apesar de acionado por muitos deles, mas uma “invenção” da raça humana.

O que seriam os jardins suspensos da Babilô-nia – existentes de fato ou não – ou as pirâmides do Egito senão mostras cabais da espetacularidade, idealizadas por civilizações da antiguidade. A di-ferença é que, agora, o espetáculo não se restringe apenas ao ambiente religioso e político, aos quais estava quase sempre associado, mas deslocou-se com intensidade para os meios de comunicação, tornando-se não apenas uma afirmação soberba do poder – espiritual ou público – como também vetor de sensibilização e de convencimento.

É por isso que a gramática da mídia exerce tamanha influência sobre o discurso político mo-derno. Contudo, a adaptação da retórica tradicio-nal à linguagem e recursos midiáticos ocorre numa perspectiva estético-cultural e não de subserviência, como se fosse obrigatória e constante. A política não estaria perdendo seu viés argumentativo para aderir às regras e à estética dos meios de comuni-cação, mas somente adequando-se à sociabilidade contemporânea, na qual a visibilidade possui acen-tuada significância.

Com efeito, há uma relação social, um com-partilhamento entre as pessoas para a recepção do espetáculo, abrangendo as mais diversas esferas so-ciais e campos da experiência: TV, cinema, esporte, teatro, música, moda, jogos de computador, cibe-respaço, gastronomia, etc. Na comunicação pro-

“A sociedade do espetáculo”:

Por Lauro Moraes*

Page 42: Revista Conceito 5ª Edicao

42Janeiro 2013conceito

colaborador

Por Valéria AlvesE-mail: [email protected]

A construção da realidade nas

A vida mudou! Essa parece ser a pre-missa dos dias de hoje em qualquer discussão, porque isso virou argumen-

to. Mas será que mudou mesmo?! Bem, para mim, ela foi mudando e não foi tão rápido assim, foi acontecendo. Para minha filha (7 anos), ela já começou assim. Para minha mãe (72 anos), não mudou, porque ela continua le-vando a mesma vidinha, mas para muitas na idade dela, mudou sim. Mas, é fato que o bra-sileiro passou a contar com outras influências em sua vida. Pesquisa Ibope Nielsen Online, de setembro de 2012, mostra que o número de brasileiros com acesso à internet atingiu re-corde de 83,4 milhões no segundo trimestre do último ano. O que, na minha modesta opi-nião, só piora o cenário da influência da mídia, agora a social, na construção da realidade, e comprova que a vida, ah, ela mudou sim!

Alguns acreditam que com a mudança as

opiniões afloraram. Uns crêem que a opinião pública não existe, uma vez que a mídia disse-mina as opiniões, manipulando telespectado-res, ouvintes, leitores e internautas. Outros, com uma visão menos pessimista, acreditam nas contradições do espaço público midiáti-co e na opinião pública como uma expres-são da opinião dos cidadãos. Eu sou otimista por natureza e faço parte do segundo grupo. Por isso, procuro sempre considerar a relação das novas tecnologias, das novas sociabilida-des, da emergência de novos sujeitos sociais, da cena política midiatizada com a opinião pública e da esfera pública contemporânea, quando vou interagir nas redes sociais. Coisa de comunicólogo...rsrs. Verdade é que, nos dias de hoje, se você fizer um comentário mais picante e não der printscreen rapida-mente, pode perder o ônus da prova e até mesmo o direito a presunção da inocência,

redes sociais

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43Janeiro 2013conceito

O que as pessoas fazem nas redes sociais é reflexo daquilo que a mídia fez com elas como espectadores, ouvintes ou leitoras a vida toda, ou do que ouviram os pais dizerem que faziam. Importante é tentar mudar, ou melhorar, daqui pra frente.

dependendo da situação. É assim nos dias de hoje, pode perguntar ao seu advogado.

Todos os dias vemos, lemos e curtimos várias opiniões nas redes sociais, e muitos destes posts se tornam notícia ou fonte de pauta. Tem sido assim com os telespectadores que filmam e mandam vídeos pela internet. Estão esquecendo a formalidade de noticiar e a importância dela, estão colocan-do em prática o que já dizia Ciro Marcondes Filho (1989), no livro “O Capital da Notícia”. Estão usando os avanços tecnológicos para atrair os leitores, espectadores e ouvintes. O texto jornalístico está ficando em segundo plano. A bem da verdade, tem gente dizendo que tem pouca coisa de boa qualidade para se ler por aqui, mas aí vem a contradição. A internet permite ter acesso a tudo, inclusive aos melhores. Portanto isso não é desculpa.

O que precisamos entender é que a mídia não é uma reprodução fiel da realidade. Precisamos ver e enxergar o que desmistifica o mito da isenção jornalística, que eu sem-pre discuti e nunca acreditei existir. Ao contrário, ela age na construção do real e, muitas vezes, atua de forma au-toritária, colocando-se como o poder central da socieda-de e procurando, desta forma, destituir a legitimidade dos poderes constituídos. Não adianta reclamar agora. O que as pessoas fazem nas redes sociais é reflexo daquilo que a mídia fez com elas como espectadores, ouvintes ou leitoras a vida toda, ou do que ouviram os pais dizerem que faziam. Importante é tentar mudar, ou melhorar, daqui pra frente.

Essa idéia da mídia, não como quarto poder, mas como contrapoder, em que os discursos buscam legitimar o espaço mediático como o espaço das decisões, é o que vemos nas redes sociais todos os dias. É isso que as pessoas tentam fazer com seus posts cheios de verdade na internet. Muito impor-tante é ter cuidado em dilemas que vão do respeito à privaci-dade e que passam pelo interesse público, porque diferenciar o que é interesse público do que é curiosidade perversa do público é muito difícil, e o usuário das redes sociais descobre isso rápido, com a popularidade dos seus posts.

Em vários momentos da história da humanidade, líderes políticos, artistas e pessoas comuns tornaram-se os “vilões” e foram “crucificados” pela chamada “opinião pública”, in-fluenciada por emissoras de TV e jornais. Agora o são pela internet, graças às redes sociais e por cidadãos comuns.

Com o crescimento das mídias sociais, este processo ga-nhou novos contornos, contribuindo de forma decisiva para criar determinados climas favoráveis ou desfavoráveis, seja na política, seja no esporte, no entretenimento e, inclusive, em questões judiciais. Foi assim com o mensalão, com Lula, Serra, Ronaldo Fenômeno, Adriano e tantos outros. Bom ou ruim? Verdade ou mentira? Construção ou realidade? Não sei se nossa geração terá tempo para responder a todas essas perguntas. Afinal, sendo trágica como as redes sociais, a velocidade de doenças que aparecem tem sido a mesma das mídias. Mas, as conseqüências, isso vamos e estamos sofrendo! Rsrsrsrs... Esse é o conceito!

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Por André Manteufel

A Disneylândia da comunidade científica

EBCcaratinga

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45Janeiro 2013conceito

Confira algumas fotos da Reserva:

Uma diversidade imensa de bichos e plantas, que juntos formam um ecossistema capaz de deixar ambientalistas de todo o mundo de queixo caído.

Pode não parecer, mas este lugar tão espetacular está bem perto. O contraste com a devastada Mata Atlântica o tor-na ainda mais especial. E não é pra menos.

Quando o produtor de café Feliciano Miguel Abdala passou a proteger os muriquis que viviam em suas terras, ainda nos anos 50, talvez mal soubesse que com o tempo o lugar se transformaria num reduto não só da espécie, ameaçada de extinção, como também de cientistas e am-bientalistas de todo o planeta dedicados ao estudo e à preservação do primata.

Aos poucos o lugar acabou deixando a produção cafeei-ra de lado para ser exclusivamente um local de proliferação dos animais, e, por isso, em 2001 ganhou status de Reser-va Privada do Patrimônio Natural Feliciano Miguel Abdala (RRPN-FMA), cujo nome é uma homenagem ao grande idealizador da proteção aos muriquis. Hoje, o local também é conhecido como Estação Biológica de Caratinga (EBC).

Atualmente a reserva conta com 957 hectares, e desde meados da década de 80 vem promovendo estudos que credenciam a região de Caratinga como uma das áreas

mais bem estudadas do Brasil. Além disso, a reserva ga-rante a preservação não só do muriqui, mas de um total de 217 espécies de aves, 77 de mamíferos e 30 de anfíbios. Da mesma forma, a flora guarda o DNA da Mata Atlân-tica original. Resultados de um trabalho desempenhado com muita dedicação por dezenas de pessoas.

Uma delas tem papel fundamental no sucesso da RRPN. A bióloga norte-americana Karen Strier, forma-da pela Universidade de Wisconsin (EUA), é responsável por coordenar a reserva. Desde que deu início aos estudos sobre o muriqui, em 1982, colocou suas pesquisas no rol dos clássicos da primatologia e potencializou a formação de um grande número de brasileiros interessados nas es-pécies de macacos residentes na região de Caratinga.

O trabalho desempenhado na reserva é tão expressivo que a incidência de muriquis já se estabilizou, de forma que o número de mortes da espécie passou a ser inferior à quantidade de nascimentos.

Definitivamente, vale a pena conhecer o trabalho e a natureza exuberante da Estação Biológica de Caratinga. É, sem dúvida, uma bela forma de descobrir que a relação entre o homem e o meio ambiente pode dar certo. Os animais são a grande prova disto.

Fotos: Marcello Nery, Breno Gomes, Fernanda Tabacow, Carla Possamai, Igor Inforzato

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46Janeiro 2013conceito

Fotos: Marcello Nery, Breno Gomes, Fernanda Tabacow, Carla Possamai, Igor Inforzato

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47Janeiro 2013conceito

Eduardo Fragasociedade caratinga

Foto: Renato Ferraz

Os noivos Hana Gomes e Igor Marques, ladeados pela mãe dele,

Maria Helena, e pelo pai dela, Eugênio Gomes. A cerimônia

religiosa aconteceu na Catedral de São João Batista, seguida

de recepção no salão social do América Futebol Clube. O buffet foi comandado por Artur Araújo,

mesa de doces Darly Muniz e decoração Matter Floris.

As apresentadoras Bia Mussi e Lucrécia Gonçalves comemorando a nova etapa do Programa Divas, que está fazendo parte do cast de programas da TV Leste. Todos os sábados, a partir das 13h, as conterrâneas de plantão comandam a cena apresentando um programa de variedades com culinária, moda, saúde, cultura, eventos e turismo. “Nossa expectativa é de muito trabalho este ano, pois queremos fazer omelhor para o público do leste mineiro. Pretendemos sempre colocar umpedacinho de cada uma das 200 cidades que vão nos assistir durante anossa programação”.

Foto: Stúdio Itaúna

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48Janeiro 2013conceito

Chegando à bancada do colunista o convite de formatura de Carol Maciel Santos. Ela esteve na turma de formandos do curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. A colação de grau aconteceu no dia 19 de janeiro, sábado, no Teatro João Paulo II, no Bairro Coração Eucarístico, em Belo Horizonte. Diga-se de passagem, a futura doutora está belíssima, esbanjando simpatia.

Luciano Assis Costa esteve entre os formandos do curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. A colação de grau aconteceu no Chevrolet Hall, em Belo Horizonte, no dia 13 de dezembro. Luciano é filho do casal Maria Helena e César Nicolau Costa.

O médico Nestor Leite participou da 11ª Semana Brasileira do Aparelho Digestivo, que aconteceu entre os dia 24 e 28 de novembro em Fortaleza, no Ceará. De retorno à Cidade das Palmeiras, o especialista traz novidades na área de gastro.

O presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e filho de Caratinga, João Marcos Grossi Lobo, esteve no município para encontros políticos e rever familiares e amigos. João Marcos preside o PSB de Belo Horizonte há 4 anos, e divide seu tempo com o trabalho, no conselho da Viação Rio Doce. João Marcos fez um importante trabalho na campanha de reeleição de Márcio Lacerda (PSB), na capital mineira. Mas não é pra menos: filho de Mauro Lobo e Neto do saudoso Sô Dário, a perfomance dele não poderia ser diferente.

Não tem jeito! A cidade litorânea de Guarapari, no Espírito Santo, durante o verão é o reduto dos caratinguenses de plantão loucos pela brisa do mar. Circular por lá nesta época do ano é o mesmo que andar pelas ruas da Cidade das Palmeiras.

A apresentadora Belkiss Chaves a todo o vapor com o seu programa Saúde e Movimento, pela Doctum TV. Cada semana é um assunto diferente, levando informação de qualidade para o telespectador. O programa vai ao ar toda segunda, quarta e sexta-feira. No Youtube você pode conferir os programas já exibidos.

A mais tradicional festa a fantasia das Gerais anuncia para 7 de setembro, sábado, mais uma edição do evento. O ‘Thiapo Thia Thiapo’ acontece em Caratinga de dois em dois anos desde de 1979, reunindo gerações numa noite de muita alegria e alto astral.

Direito

Medicina

Aperfeiçoando

Pela cidade

Verão

Saúde em movimento

Save the date...

“Retalhos”

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49Janeiro 2013conceito

O empresário Toninho Salim foi o escolhido da vez para receber o título de Empresário Destaque do Ano de 2012, da Associação Comercial e Industrial de Caratinga. A Comenda Manoel Ribeiro Sobrinho foi entregue durante o Café Empresarial no salão do Vind´s Palace. O forte empresário do ramo de frigorífico também foi homenageado pela Federaminas com o Mérito Empresarial 2012.

O caratinguense Dr. Leonardo Provetti Cunha é o mais novo professor adjunto do Departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de Juiz de Fora. O concurso para docentes da UFJF possuía apenas uma vaga para professor e cinco candidatos. A aprovação encheu de orgulho a família, amigos e a equipe do Hospital de Olhos de Juiz de Fora, do qual ele é chefe da equipe de Retina e Vítreo. O Dr. Leonardo é filho do casal Aristides Alves Cunha e Maria Amélia Provetti Cunha, e é casado com a Drª Luciana Virgínia. Parabéns!

Foto: Federaminas

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50Janeiro 2013conceito

Fotos: Silmara Freitas, Foco Studio e www.guiagerais.com.br

Celebre os encantos da Balada! A festa que movimentou o Clube Ipê em Ipatinga, com direito a congestionamento, deu notícia no Leste de Minas. Performances + espaço

Vip Veuve Cliquot + Zoom Box e Mileva Aê = diversão e gente bonita! A produção do evento recebeu a assinatura da Stillos Entretenimento.

1 - Este colunista com os amigos Rogério Frade e Glauber Faria 2 - Junior Cézar com a apresentadora Tessa Damasceno 3 - Modelo Veuve

Cliquot com Afonso Lana, Max e Diógenes 4 - Lucas Ferreira e Emely Gomes com Juliana Pereira e Heleno Conte 5 - Luciana e Jonas Sales

Legenda das fotos:

1

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51Janeiro 2013conceito

O cartunista Edra comemorou seus dez anos de charges no jornal Diário de Caratinga lançando cinco livros que mostram fatos marcantes da nossa cidade com muito humor.

Dois momentos no melhor estilo “Newborn”, enviados pela fotógrafa Daniele Soares. No primeiro click a

pequena Júlia, ladeada pelos seus pais, Dra. Nathalia Coutinho Cruz e Dr. Hildo Pacheco Júnior. No segundo

click, a gatinha Mallu posando com os pais Priscilla Lage e Leonardo Sette.

10 anos de charge

New generation

Fotos: Nohemy Peixoto

Edra com o professor Sebastião Zeferino

Mário Eber com a senhora Elzi Amorim

Foto: Daniele Soares

Foto: Daniele Soares

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52Janeiro 2013conceito

Paula Soares e Pedro Henrique Tiola estão desfilando pela Cidade das Palmeiras com alianças na mão direita. O noivado foi uma surpresa para a Paula, e aconteceu no restaurante Topo do Mundo, em Belo Horizonte. O pedido foi feito entre os familiares dos noivos.

A posse do prefeito Marco Antônio Ferraz Junqueira e do vice Odiel de Souza foi pra lá de movimentadíssima. O Centro de Convenções Dário

Grossi funcionou com lotação máxima e quem não conseguiu entrar assistiu a solenidade do lado de fora.

Posse em Caratinga

Noivado

O prefeito e seu secretariado

1 - Os noivos Paula e Pedro Henrique 2 - Os noivos ladeados pelos familiares: Pedro Soares Corrêa, Lúcia Soares Alves, Ana Lúcia Xavier Tiola, Pedro Ernani Tiola e Ana Carolina

Legenda das fotos:

O prefeito Marco Antônio

entrando no Centro de

Convenções Dário Grossi,

ladeado pelos filhos Daniel e

Mariana

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53Janeiro 2013conceito

Por André Manteufel

especial

Estrada de ferro que corta Governador Valadares teve papel fundamental na história econômica

do município e ainda hoje carrega o charme das viagens por cenários tipicamente mineiros

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54Janeiro 2013conceito

percurso de 664 quilômetros entre Belo Horizonte e Vitória, não faltam montanhas, pontes, túneis e uma infinidade de atrativos da flora e da fauna para contemplar, enquanto o trem aos poucos segue seu roteiro. Paradas mesmo, só nas pequeninas estações localizadas ao longo do trajeto. O sobe--e-desce das pessoas simplesmente não para.

O aposentado Raul Liberato é um dos milhares de usuá-rios que preferem a calmaria do trem aos riscos do transporte rodoviário. “Vou ver a família, ver a filha. Eu tenho que dar

Em 2013 o valadarense tem motivos em dobro pra fes-tejar a própria história. Além dos 75 anos de funda-ção de Governador Valadares, a mais antiga testemu-

nha do desenvolvimento da região completa um século desde o início das instalações. A linha férrea, que ainda hoje leva o minério de ferro das Minas Gerais para o porto de Vitória (ES), começou a ser construída em 1903. Sete anos depois, chegou a Valadares para ser o grande propulsor do cresci-mento que o município teria nas décadas seguintes.

A partir da estrada de ferro, muitos trabalhadores vindos de outras partes do país, especialmente do Espírito Santo e do Nordeste, desembarcaram no local, ainda distrito de Pe-çanha, acreditando no progresso que viria sobre a linha. Os parcos habitantes da ainda Figueira do Rio Doce passaram, então, a se instalar entre o rio e a estrada de ferro.

“O trem desenvolveu o comércio local”, explica a histo-riadora Gabriela de Almeida. “A partir de 1910, Valadares se transformou, se desenvolveu. A população aumentou mui-to rapidamente. Em 1930, 1940, a população já era muito maior do que antes”, acrescenta.

Mas os trilhos que hoje cortam bairros como o Nossa Se-nhora das Graças e o de Lourdes não foram instalados nestas localidades nos primeiros anos do século passado. Coinci-dência ou não, o cruzamento da Rua Marechal Floriano com a Avenida Minas Gerais, assim como a Avenida Brasil, ao lado da Catedral, foram os primeiros locais escolhidos pelos construtores para atravessar a cidade.

Depois de pronto e já em pleno funcionamento, o trem de ferro ofereceu não só o progresso como também uma vis-ta deslumbrante aos passageiros. A historiadora conta que a porta de desembarque era voltada para o Rio Doce e a Ibitu-runa, enquanto o local onde hoje está a Avenida Minas Ge-rais ficava atrás dos usuários que desciam por estas bandas.

O que sobrou do lugar? Apenas a árvore centenária, plan-tada ao lado do Fórum Municipal. Já a nova Estação Fer-roviária, a mesma que os moradores conhecem hoje, só foi construída no início dos anos 50. Naquela época, a população local somava cerca de 20 mil pessoas.

“Após a linha não existia nada! Então a gente vê como Valadares cresceu, tanto antes de 1952 como depois tam-bém”, sugere Gabriela de Almeida. Outro historiador, Car-los Antônio Vieira, arrisca dizer que a realidade local seria outra se não houvesse chegado o trem ao município. “Poderia aqui talvez arriscar o que poderia ser Governador Valadares [sem a linha férrea], mas dificilmente você entenderia. Em 1910, quando chega a ferrovia, é que dá esse ‘boom’ de pes-soas vêm pra cá”, lembra.

Apesar das centenas de vagões e locomotivas que trans-portam o minério de ferro de Itabira até o Porto de Vitória, o que vem à memória de dez entre dez pessoas que pensam nos trens de ferro da Vale são mesmo os dois únicos que fazem o transporte de passageiros.

Quem faz questão de viajar de trem não consegue es-quecer os cenários que compõem as paisagens mineiras. No

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‘a volta’ pra ver minha filha. Então aproveito e vou de trem porque gosto muito da viagem”, declara-se.

Segundo a própria Vale, os trens de passageiros da Es-trada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) são os únicos do país a operarem diariamente. São cerca de 3 mil pessoas por dia, ou nada menos do que mais de um milhão de pas-sageiros ao ano. Um fluxo de pessoas maior que muitos ae-roportos importantes do país. Muito diferente do que era cem anos atrás.

Estação Ferroviária, como conhecemos hoje, só veio nos anos 50

Na foto, os trilhos onde hoje é a Rua Prudente de Morais, próximo à Catedral. Quem descia do trem se deparava com o rio e a Ibituruna

Complexo de obras da Estação Ferroviária: o progresso chegava à cidade

Foto: Leonardo Morais

Fotos: Arquivos Museu da Cidade

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56Janeiro 2013conceito

O Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio

Doce (Cisdoce) tem novo presidente. Vindo de um dos mu-nicípios acostumado a eleger pre-feitos atuantes em toda a região,

Juraci Braz de Souza (ou simples-mente Juraci Fidelis, como é co-

nhecido) terá um desafio em dobro, pelo menos nos próximos dois anos.

Além da Prefeitura de São Félix de Minas, ele terá a incumbência

de dirigir também um dos maiores consórcios de saúde do país, que

hoje abrange nada menos que 38 prefeituras. Os moradores desta microrregião apostam sobretudo na experiência de dois mandatos

anteriores como prefeito para acre-ditar que o trabalho no Cisdoce

será digno de entrar para a histó-ria. Pelas metas estabelecidas para

o consórcio, é de se acreditar que isto seja mesmo possível, como você

confere nesta rápida entrevista.

Juraci Fidelis é o novo presidente do Cisdoce

Por Ana Paula Teixeira André Manteufel

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57Janeiro 2013conceito

revista ConCeito - Que experiências o senhor traz dos mandatos em São Félix de Minas para a presidência do Cis-doce?JuraCi FiDelis- Antes mesmo de ser prefeito cheguei a ser vice-prefeito em São Félix, e desde então tenho a oportuni-dade de acompanhar a realidade e necessidade da saúde com a qual lidamos. Também tenho um irmão que há 15 anos é secretário de Saúde. Criei o transporte que hoje permite a locomoção de pacientes de São Félix para Governador Vala-dares e pude desenvolver várias ações de saneamento básico, como a instalação de 65% da rede de esgoto da cidade, estação de tratamento, além de obras como urbanização e calçamento. Cheguei a ser vice-presidente do Cisdoce em 2002, quando convivi de perto com as metas do Consórcio em busca de im-portantes melhorias.

RC - Falando em melhorias, quais são suas metas para os próximos meses?JF - São muitas! A primeira a ser alcançada será a implan-tação do Sistema Estadual de Transporte em Saúde (SETS).

RC - Como funcionará?JF - É uma medida junto ao Governo do Estado, que doa os transportes, que são rastreados pelo próprio governo, e têm como f inalidade garantir o acesso aos serviços de saúde através de transporte ef iciente e humanizado. Esta medida vai de en-contro também aos programas “Viva Vida” e “Mais Vida”, que

têm como princípios a diminuição da mortalidade materna e infantil e a saúde do idoso, respectivamente.

RC - Estes programas também chegarão aqui?JF - Sim, estes programas serão implantados aqui e devem be-nef iciar 51 municípios.

RC - E as demais metas do Consórcio?JF - Estamos buscando a construção da nossa nova sede, uma sede maior que atenderá melhor aos clientes. Junto ao Samu, também visamos a implantação e construção de uma rede de urgência e emergência, que visa integrar os serviços de saúde e minimizar sua fragmentação. Além disso, pretendemos [fa-zer] a estruturação de uma sala de estabilização, a aquisição de Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e de unidades mó-veis, como ambulâncias, helicópteros e aviões, que é um progra-ma para a macro leste e contemplaria 86 municípios.

RC - Então pelo visto a lista de aspirações não é pequena...JF - Isso mesmo, aspirações não nos faltam. Tenho outro im-portante objetivo, que é a implantação de um restaurante po-pular, criado para atender as cidades consorciadas, pois o Cis-doce recebe de 500 a 600 pessoas diariamente.

RC - O Cisdoce é considerado um dos maiores consórcios de saúde do Estado e também do país. A que se deve este status?JF - Certamente deve-se ao trabalho sério realizado à fren-te da equipe. Tanto é que um antigo presidente daqui foi a Rondônia, no município de Ji-Paraná, onde foi recebido pelo governador que, posteriormente, depois de visitar nossa sede em Valadares, implantou o Cisdoce lá em Rondônia, com base no que viu aqui.

RC - E qual a sensação, em poucas palavras, de estar à fren-te de uma instituição como esta?JF - É com grande orgulho que assumo esta presidência e ga-ranto que não vou decepcionar nenhum daqueles que votaram para que eu estivesse aqui.

Ao fim da entrevista, a secretária executiva do Cisdoce, Meire Rosane Lanes, ressaltou que o novo presidente só tem a somar junto ao grupo. Na ocasião, ela lembrou o empenho do Cisdoce em desenvolver ações na área da saúde para auxiliar e ajudar os gestores municipais a suprir as lacunas deixadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Diante da realidade dos municípios, buscamos alternativas para completar o acesso dos pacientes a serviços de saúde que não poderiam ser obtidos de forma particular nos consultórios e clínicas”, explicou, dando uma ótima notícia no fim da conversa. “Agora o Cisdoce se tornará público e de direito público, ou seja, estamos nos ade-quando à Lei 11.107 e às diretrizes do SUS”. Entre os serviços oferecidos pelo Consórcio destacam-se ultrassom, mamografia, oftalmologia, odontologia, laboratório de prótese dentária, fu-nerária e eletroencefalograma.

Estamos buscando a cons-trução da nossa nova sede, uma sede maior que atenderá melhor aos clientes. Junto ao Samu, também visamos a im-plantação e construção de uma rede de urgência e emergência, que visa integrar os serviços de saúde e minimizar sua frag-mentação. Além disso, preten-demos [fazer] a estruturação de uma sala de estabilização, a aquisição de Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e de unidades móveis.

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58Janeiro 2013conceito

Por Inocêncio MagelaE-mail: [email protected]

colaborador

mulher idealA parábola da

Mantiqueira, ao sul de Minas Gerais, vive-ram dois amigos. Conhecidos desde a mais tenra infância, foram colegas no ensino fun-damental, médio e superior. Como se pode ver, amizade construída por longos anos, com compartilhamento de muitas experiências, confidências e sentimentos, que só uma gran-de amizade pode construir.

Parábola, segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, é uma “narração alegórica, na qual o conjunto

de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior”. Pois bem, este é o propósito do presente contato com o leitor.

Conta-se que lá pelas bandas de Andra-das, cidade cravada nas últimas escarpas da

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59Janeiro 2013conceito

tados do nordeste e norte, pelos países do nor-te da América do Sul, entrando pela América Central e do Norte. Exatamente de acordo com o meu plano eu executei. Do Canadá embar-quei para a Europa Ocidental, percorri a Eu-ropa Oriental, atravessei a Ásia Menor, países árabes, a China, Indonésia e outros, até chegar ao Japão. Passei ainda pela Austrália, pelas Fi-lipinas, chegando à África.

Acalantava comigo a esperança de que, ten-do encontrado a mulher ideal, depois de todo o meu percurso, eu retornaria a ela e a tomaria como minha esposa.

Já faz uns seis meses que retornei ao Brasil. Por essa razão estivemos tão distantes, por esse período que se passou. Estou feliz de poder revê-lo e retomar a nossa convivência, pois, re-centemente, mudei-me para Belo Horizonte, e estou trabalhando no escritório de uma grande siderúrgica.

— Tudo bem! Diz Leo. Mas você, Simão, contou-me toda essa história, gerou em mim uma grande expectativa ao desenrolar a sua procura, mas não concluiu o seu relato. Afinal, você encontrou a mulher ideal? Você conquis-tou o seu sonho?

— Sim Leo, eu a encontrei.— Que ótimo! Então você se casou? Está

vivendo uma condição paradisíaca?!— Não, Leo. Eu a encontrei, mas não a

desposei.— Como?! Não compreendo. Depois de

tudo isso, você não se casou com ela? Caramba, Simão! Você é um cara muito estranho! Porque você não se casou com ela!? – Exclama Leo, indignado.

— Posso lhe explicar, Leonardo. Ela tam-bém estava à procura do homem ideal.

Depois de conversarem sobre outros temas, despediram-se, cada qual à procura de seu des-tino e de suas fantasias, com a promessa de se reverem, mais amiúde.

Muitos são os que têm uma visão unilateral, egocêntrica, “coisificando” o outro. Não se dão conta de seu real valor e sua importância para o outro. Não se perguntam: — Qual será o ideal de mim mesmo? Como minha esposa me vê? Como meus filhos me veem? Como meus amigos me percebem? E meus companheiros de trabalho?

Se eu não fizer, efetivamente, tais pergun-tas, não obterei as respostas. Permanecerei procurando os pais, a esposa, os filhos, os ami-gos e os pares ideais.

Decidi não ficar parado e ir à busca da mulher sonhada, pré-requi-sito do meu sonho. Saí com a de-terminação de encontrar a mulher ideal. Sendo ela a con-dição para a conquista de minha felicidade, entendi que valeria a pena, investir tempo e di-nheiro nessa pesquisa.

Depois de toda esta convivência separa-ram-se, sendo que um foi para Belo Hori-zonte e outro para São Paulo, conforme de praxe a todo aquele que pretende encontrar o seu caminho. Encontros raros davam-se em períodos cada vez mais distanciados, saben-do-se que desde a última vez passaram-se já cinco anos. Leonardo, aquele que permane-cera em Belo Horizonte, perdera de vista seu amigo que partira para São Paulo. Durante muito tempo não teve nem mesmo notícias, dado que ambos perderam suas raízes co-muns: Andradas.

Certo dia, na Praça da Savassi, em Belo Horizonte, ao cair da tarde de uma sexta-feira, à luz de uma tulipa de chope, Leonardo assiste passando ninguém mais que seu amigo Simão. Levanta-se e vai ao seu encontro. Após um grande abraço, a manifestação da alegria do reencontro, lembranças reavivadas dos longos anos, veio-lhe a pergunta:

— Por onde andou, Simão?— A história é muito longa, Leo. É neces-

sário mais tempo do que o que dispomos nesse momento.

— Simão, você não vai me deixar em bran-co. Quero ouvir de você alguma coisa, que venha a preencher esse espaço de memória que me ficou, desde o nosso último encontro. Diga-me, ainda que sucintamente, o que se su-cedeu com você, de lá para cá.

— Ok, Leo! Conforme você sabe nunca deixei de ser motociclista. Mudo de moto, mas não mudo de Harley Davidson. Há sete anos, após participar de uma demissão incen-tivada, vi-me capitalizado e decidi ir à pro-cura de algo, que sempre sonhei encontrar. Em meus sonhos e projetos, via-me casado, vivendo feliz ao lado da mulher amada, acom-panhado de meus filhos, que comporiam o meu imaginário.

Decidi não ficar parado e ir à busca da mu-lher sonhada, pré-requisito do meu sonho. Saí com a determinação de encontrar a mulher ideal. Sendo ela a condição para a conquista de minha felicidade, entendi que valeria a pena investir tempo e dinheiro nessa pesquisa.

Cavalgando em minha Harley, empreendi esta aventura com os equipamentos mínimos necessários, dinheiro em conta corrente e com a determinação de encontrar o objeto de meu sonho, grávido de meu desejo. Fiz um plano de viagem, cujo caminho crítico passaria pelos es-

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60Janeiro 2013conceito

O que mais movimenta qualquer cidade do mundo é sem dúvida as relações de mercado. Comprar e vender faz parte

do dia-a-dia das pessoas e, por isso, exige que não só os consumidores mas também os comer-ciantes se protejam. Para isso, há diversas em-presas especializadas em fornecer informações sobre os consumidores para proteger os lojistas.

Então qual a diferença de uma prestadora para outra? A resposta é simples: a quantidade e a qualidade de informações disponíveis para os comerciantes. E entre tantas concorrentes, a de maior reconhecimento tem apenas três letras: SPC. Não é por acaso.

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) tem 58 anos de atuação e é recheado de números que impressionam: são mais de 1,2 milhão de empresas associadas no país, que todos os meses fazem nada menos que 50 milhões de consultas ao SPC para verificar informações sobre consumidores. No ban-co de dados da empresa, há mais de 140 milhões de informações restritivas, tornando o SPC a maior fonte de informações de crédito da América Lati-na. Contra fatos não há argumentos.

E como se associar ao SPC? Em Gover-nador Valadares, só há uma maneira. Para ter acesso a este arsenal de dados de proteção ao crédito, a CDL é o único meio. É isto mesmo!

Não existe nenhuma outra instituição ou enti-dade no município que ofereça tantas informa-ções para proteção ao crédito como a CDL. Isto porque a entidade é a representante exclusiva do SPC na cidade.

A partir do momento que se associa à CDL, o lojista passa a ter todos os recursos oferecidos pelo SPC à disposição. Segundo a gerente da CDL-GV, Geralda Gonçalves, o serviço possui informações inclusive de consumidores de ou-tros países, como o Japão. “O SPC é o que há de mais confiável em informações de crédito. A diferença é que ele tem uma capilaridade e uma abrangência nacional que nenhuma outra em-presa tem, e a confiabilidade e segurança das in-formações de quem está no mercado de crédito há quase seis décadas”, explica. “Se o nome do cliente está registrado no sistema, ele deixa de ter acesso a várias possibilidades de crédito, e isso o obriga a quitar a dívida”, observa a gerente.

Mas a oferta do banco de dados do SPC não é a única ferramenta que a CDL disponibi-liza aos conveniados. O caráter associativista da entidade exige que ela busque sempre represen-tatividade junto aos poderes públicos, e ainda que garanta o desenvolvimento empresarial dos lojistas através de cursos de capacitação, pales-tras e inúmeros outros serviços.

e é na CDLSPC só tem um,FIQUE LIGADO:

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Saboroso, antioxidante, fonte abundante de proteínas. Estes são apenas alguns dos muitos atrativos que fazem do peixe um

dos alimentos mais recomendados por médicos e nutricionistas atualmente. E não é por acaso. “Seu consumo auxilia na diminuição dos triglicerídeos e colesterol e favorece a produção do ‘colesterol bom’, o HDL, diminuindo o risco de doenças cardiovas-culares, alguns tipos de câncer e doenças inflama-tórias”, atesta a nutricionista Camila Ramos Leite.

Mas é bom ficar atento à qualidade do peixe que está sendo comprado. Por isso, o consumidor precisa conhecer a procedência e a forma de conser-vação do produto. No Coelho Diniz, maior rede de

supermercados da região, o cuidado é permanente. Os peixes são comprados quinzenalmente, de modo que estão sempre frescos e próprios para o consumo.

“Nos últimos anos o consumo de peixes au-mentou muito. Os preços estão muito competitivos e fazemos negociações com vários fornecedores, o que favorece o consumidor”, avalia José Gomes de Souza, gerente de uma das lojas Coelho Diniz. A variedade também é um diferencial na rede. Os mais procurados pelos consumidores são o cação, a pira-mutaba, o dourado e o surubim. “Costumo comprar este peixe para fazer moqueca, e gosto de comprar aqui porque sei que a qualidade é melhor”, atesta a servidora pública Selma Maria César.

Coelho Diniz alia qualidade e preço baixo

aos pescados

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CFC 2012 foi um sucesso

A Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce realizou o encerramento da 4ª edição do projeto Centro de Forma-

ção do Cooperado 2012, no tatersal de leilões do Parque de Exposições José Tavares Pereira. O objetivo do encontro foi abordar assuntos de interesse do produtor rural, como melhoramen-to genético, cria e recria de bezerras leiteiras, manejo de gado de leite e pastejo rotacionado, além de controle de mastite. Houve até mesmo aulas práticas em torno da Instrução Normativa 62, realizadas na Embrapa de Coronel Pacheco, em Juiz de Fora, onde existe o que há de mais avançado em pesquisas de pecuária leiteira. Por lá estiveram nada menos que 60 cooperados.

No encerramento do evento, houve a entrega dos certificados CFC 2012 aos participantes e aos concluintes do curso de pós-graduação em Pecu-

ária Leiteira da ReHagro, realizada em parceria com a Cooperativa com o propósito de capacitar profissionais da região do Vale do Rio Doce. Par-ticiparam agrônomos, veterinários e zootecnistas da região. A diretoria executiva da Cooperativa também fez a entrega do Bônus Fidelidade. Cada cooperado que forneceu leite ininterruptamente de janeiro a novembro de 2012 recebeu um bônus de 30% da média de leite fornecida neste período. O encontro foi finalizado com uma palestra intitu-lada “Ética – sucesso de suas escolhas”.

“O encerramento do CFC é sempre mui-to importante para a Cooperativa, ainda mais este ano que ele foi realizado na Embrapa. Fizemos questão de finalizar com chave de ouro”, avaliou Guilherme Olinto Abreu Lima Resende, presidente da Cooperativa Agrope-cuária Vale do Rio Doce.

Encerramento do

cifras

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