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Revista Conexão Bahia 199

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Publicação oficial do Sebrae Bahia. Edição 199 - comemorativa dos 40 anos do Sebrae. Novo projeto gráfico e editorial.

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edição 199

40 anos de empreendedorismo na Bahia

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

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Este ano, o Sebrae completa 40 anos. Momento mais que oportuno para entregarmos, a você, uma nova Revista Conexão. Com 19 anos e 198 edições, a publicação contou muitas histórias de desafios, de lutas, de superação, de sucesso e de sonhos que se tornaram realidade e se integraram à historia do próprio Sebrae. Gente que acreditou e realizou. Levamos informações sobre projetos, produtos, serviços e disseminamos conhecimento, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de quem é Empreendedor Individual, dos empresários, dos pequenos produtores rurais e de quem deseja iniciar um pequeno negócio.

A renovação da Revista Conexão valoriza um dos maiores patrimônios

do Sebrae Bahia: gente que acredita no seu sonho e que tudo vai dar certo, sem se abater com obstáculos. Com nova linha editorial e gráfica, mais leve, moderna e dinâmica, as reportagens priorizam as histórias de vida e os casos de sucesso dos homens e mulheres que fazem o empreendedorismo na Bahia. As mudanças da Revista Conexão confirmam e valorizam a busca pela inovação, criatividade e conhecimento como uma das principais características do Sebrae desde sua origem. Ao longo dos anos, a Instituição mudou e evoluiu, sem jamais deixar de seguir sua missão de promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas e fomentar o empreendedorismo. Esta vocação nos levou a encarar grandes desafios e nos fez alcançar conquistas ainda maiores.

Hoje, somos o único estado tricampeão da Feira do Empreendedor no País, contribuímos para a formalização de mais de 200 mil Empreendedores Individuais e somos o sexto estado com o maior número de empresas optantes pelo Simples Nacional. Mais do que isso, contribuímos de forma decisiva para o fortalecimento de um segmento que atinge diretamente a vida de milhões de baianos, os pequenos negócios.

Novos desafios virão e estaremos prontos para enfrentá-los com criatividade e perseverança.

Afinal, nosso negócio é acreditar.

Reformulada, Conexão valoriza quem acredita

Expediente

Publicação do Sebrae Bahia, nº 199, Dezembro de 2012Filiada à Aberje

Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia João Martins da Silva Júnior

Diretor-superintendente Edival Passos Souza

DiretoresLauro Alberto Chaves Ramos Luiz Henrique Mendonça Barreto

UniDaDe De Marketing e CoMUniCação

CoordenaçãoCássia Montenegro (DRT 1052)

equipeAlice Vargas, Mauro Viana, Priscila Mafra, Rafael Pastori, Rodrigo Rangel, Vanessa Câmera. Estagiários: Ceres Martins, João Aguiar Neto, Daniele Silva.

revisãoGustavo Rozario

edição Carla Fonseca

reportagensAnaisa Freitas, Carla Fonseca, Carlos Baumgarten, Cristhiane Castro, Fátima Emediato, Juliana Souza, Laiana Menezes, Maria Clara Lima, Gustavo Rozario, Lúcio Andrade, Maurício Maron, Marta Erhardt, Rodrigo Rangel, Nara Zaneli, Silvia Torres, Tamara Leal e Verena Santana.

FotografiaMateus Pereira

CapaSolisluna Design Editora

Projeto gráfico, Design e editoração Solisluna Design Editora

impressãoGráfica Santa Bárbara

tiragem15.000 exemplares

Cartas Sebrae – Unidade de Marketing e Comunicação Rua Horácio Cézar, 64, Dois de Julho Salvador, Bahia CEP: 40060-350 [email protected]

telefones 71 3320.4558 / 4367 Fax 71 3320.4496

agência Sebrae de notíciaswww.ba.agenciasebrae.com.br

A Revista Conexão iniciou sua história como informativo Jornal Sebrae em abril de 1993. Em setembro de 2003, passou a ser Jornal Conexão, transformando-se revista apenas em janeiro de 2006.

edival Passos Diretor-superintendente do Sebrae Bahia desde 2007

Jornal Sebrae, Ano I, Nº I

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Sumário 16

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30inDÚStriaCerâmica com selo e sustentabilidadeLeme: da fundação ao associativismo

34PolítiCaS PÚBliCaSLei do desenvolvimento

36eMPreenDeDor inDiviDUal

Cidadania empresarial

38eDUCação eMPreenDeDoraEnsinar a empreenderConhecimento: fórmula para crescerMetas para inovar

41eMPreenDeDoriSMoSabores da vida

42SeBrae Perto De voCêSeBrae online

6CoMérCio e ServiçoS

Cheiro de sucessoOnda natural

10MerCaDoA força da cooperaçãoCrédito responsável

12agronegóCioDoces conquistasMel do Velho Chico

15inovação e teCnologiaDentista inovadoraProdução sem desperdício

18eSPeCialSebrae 40 anos: dedicação e estímulo ao empreendedorismoTrajetória e avançosTeia de conhecimentoTerreno fértil para o empreendedorismo

26eConoMia CriativaBerço da criatividadeFábrica de talentos

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Cheiro de sucesso

20 anos de empreendedorismobaseados em capacitações

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Em 1993, Dorival participou do curso Qualidade Total.

Programa Sebrae de Gestão da Qualidade Total (PSQT)

“Fazer melhor o que a gente jáfaz bem, é o que nos move”

O ex-funcionário do Polo Petroquími-co de Camaçari, Dorival Machado, sempre soube que para se manter no mercado é necessário investir nas relações de parceria interna e externa de uma empresa. A tenta-tiva frustrada de implantar um pro-grama de gestão da qualidade, onde trabalhava, não o desanimou. Em 1992, as intenções em abrir um ne-gócio foram vivenciadas na prática: nasce a Cheiro de Pizza. Em um es-paço de 45 metros quadrados, cinco artesãos da massa lapidam o “pão de abraão”. Da necessidade de am-pliar os horizontes, Machado inclui no cardápio treinamentos, pales-tras, seminários e consultorias.

Um ano depois de inaugurar o empreendimento, o empresário se inscreve na primeira turma do Pro-grama Sebrae de Gestão da Qua-lidade Total (PSQT). O curso era a confirmação de que estava certo e a recompensa não tardou a chegar: a área ocupada é ampliada para 90 metros quadrados e a equipe con-ta com 12 funcionários. “Antes de ser orientado, fazia desde a compra na feira até os ajustes financeiros. De 93 até 98, começamos a ganhar corpo. Tínhamos três lojas e apro-ximadamente 80 funcionários, mas ainda precisávamos nos estruturar. A participação na primeira turma do curso de Qualidade Total em 93,

novamente em 99 (como recicla-gem), e a certificação pelo Qualitur, no nível bronze em 2004, engrossou ainda mais a nossa gestão”, revela.

A terceira loja foi inaugurada no Dique do Tororó, em setembro de 1998, no formato de uma uni-dade piloto de franquia. Em 2000, a loja da Pituba passou para uma sede própria. Em 2003, a Cheiro de Pizza oferece o serviço de even-to em domicílio. Dois anos depois, a internet dinamiza as entregas. Em 2010, foi criada a Central de Entregas em Domicílio, incluindo a área administrativa, marketing e televendas.

Para Dorival Machado, todo co-nhecimento adquirido foi utilizado na estruturação do negócio, com a implantação de um modelo de ges-tão de comunicação e marketing

centralizado. Atualmente, são qua-tro unidades localizadas nos bair-ros do Rio Vermelho, Pituba, Dique do Tororó e Lucaia. Cada loja tem 30 colaboradores e a Central conta com 70. “Com a parceria, ganhamos em profissionalização, sistematiza-ção dos processos, além de termos um plano de cargos e salários. Fazer melhor o que a gente já faz bem, é o que nos move”, explica.

O programa surgiu com o objetivo de provocar uma reflexão sobre como obter melhores perspectivas de negócios, e aumentar a produtividade. Além de questões de liderança e resultados dos processos internos, o programa adota o Sistema 5S. Cada “S” corresponde a uma palavra japonesa que indica uma meta a ser atingida pelo empreendedor.

Em português, significam sensos de utilização, organização, limpeza, padronização e autodisciplina. Com o tempo, o Sebrae adaptou o Sistema 5S ao Brasil e criou o Programa D-Olho na Qualidade, que alterou os nomes referentes a cada “S” para descarte, organização, limpeza, higiene e ordem. Algumas palavras são diferentes, mas o objetivo é o mesmo: aumentar a produtividade.

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Atendimento ao ClienteO curso proporciona aos participantes a identifi cação de aspectos que contribuem com a satisfação do cliente, a refl exão crítica sobre o atendimento em suas empresas e o planejamento de ações que possibilitem resultados positivos.

Zé e Gabriela: vida imita a arte.

Onda naturalQuando um dos clássicos da tele-dramaturgia, a novela “Vale Tudo” de Gilberto Braga foi ao ar pela Rede Globo, os amigos mais próximos do casal de empresários José Vitorino (Zé) e Gabriela Borges tiveram a cer-teza de que a arte imita, sim, a vida. A história da Raquel, personagem de Regina Duarte, que vendia sanduí-che natural na praia, e acaba subin-do na vida, se confundia com a dos vendedores ambulantes baianos.

À época, os jovens engatinhavam tanto na relação amorosa quan-to na profi ssional. Começaram na informalidade. Durante a semana, estudavam e, sábado e domingo,

percorriam da Praia do Corsário até Jaguaribe, vendendo sanduíches naturais, sucos e saladas de frutas. Logo, o empresário, e surfi sta nas horas vagas, foi convidado a forne-cer para torneios de surf e vôlei de praia. “Com o tempo, desenvolve-mos uma tenda e transformamos a Praia do Corsário no nosso escri-tório. A preocupação e o cuidado em oferecer produtos naturais de qualidade permitiram que com-prássemos um trailer. Ganhamos em mobilidade, participávamos do Carnaval, lavagens e gincanas”, re-vela Gabriela.

Casal brinda ao sucesso do negócio sustentável

Em 1990, a Açaí – Ácidos Naturais entra para a formalidade. Os negó-cios vão de vento em poupa e o casal vê a necessidade de ter um ponto fi xo. Com o dinheiro da rescisão do antigo emprego de Zé, os parceiros compram uma barraca de chapa, que é instalada no Imbuí. A partir daí, eles resolveram procurar o Se-brae. “Acho que batemos o recorde com a participação em vários cur-sos. Fizemos o Gestão de Qualida-de Total, Atendimento ao Cliente, Supervisão e Liderança e Empretec.

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Sebrae 2014Apoiar micro e pequenas empresas e empreendedores individuais a se tornarem mais competitivos com as oportunidades oferecidas pelos megaeventos esportivos, principalmente pela Copa do Mundo Fifa 2014, é o objetivo do Programa Sebrae 2014. O Programa será especialmente realizado nas 12 cidades-sede da Copa: Brasília, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Com base no estudo, foram priorizados nove setores com mais possibilidades de geração de negócios por conta da Copa: turismo, cultura e entretenimento, comércio varejista, serviços, gastronomia, artesanato, construção civil, madeira e móveis, agronegócios, tecnologia da informação, comunicação e moda (têxtil e confecções, couro e calçados, gemas e joias).

As informações nos deram respal-do, segurança em assumir riscos calculados, abriu nossos horizontes e nosso leque de contatos”, afirma José Vitorino.

Ele decidiu vender suas pranchas de surf e viajou para o Rio de Janei-ro. Lá, Zé teve o primeiro contato com o açaí e suas propriedades. Os empresários foram os primeiros a trazer o fruto para Bahia, que é anti-hipertensivo, reduz o nível de colesterol do sangue e diminui a resistência insulínica. O trabalho de formiguinha tornou esse santo remédio natural no carro-chefe do negócio. “Antes de cair no gosto po-pular, oferecíamos amostras em co-pinhos de café e confeccionávamos uma tabela nutricional para divul-gar as propriedades do açaí. São 23 anos de uma parceria que deu cer-to. Hoje, conquistamos nosso espa-ço. Temos três lojas e em média 26 funcionários. Produzimos os nossos produtos e criamos outros segmen-tos, como tigelas de açaí, cupuaçu e de diversas frutas”, conta Gabriela.

Em 1994, na barraca no bairro do Imbuí.

“O Sebrae Bahia integra a linha de frente das instituições dedicadas ao desenvolvimento do nosso estado. A Instituição tem sido parceira do desenvolvimento da Bahia e atuou em todas as grande mobilizações que tiveram como norte metas como qualificação, incentivo e fortalecimento do empresariado. É um orgulho poder contar com o apoio do Sebrae Bahia, atuando num conjunto de empresas que representa a maioria dos empregos formais.”

Atualmente, o casal está montan-do uma central de produção para atender às lojas e possivelmente fornecer para outras lanchonetes. “Estamos estudando a possibilidade de abrir uma franquia com a ajuda do Sebrae. Essa relação é duradou-ra e tem resultados que devem ser colhidos na Copa de 2014. É impres-cindível para qualquer empresário, que pretende ter sucesso, se apro-ximar desse facilitador que é o Se-brae”, afirma.

antoine tawil Presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-BA)

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MerCaDo

A história da Mix Bahia Supermer-cados começou em 2006, quando o empresário Josué Teles, atual pre-sidente da rede, entrou em contato com o Sebrae para saber das possi-bilidades de montar uma Central de Negócios na Bahia voltada para os pequenos mercados. A parceria foi fechada e, inicialmente com 12 mer-cadinhos, surgiu a Rede Mix Bahia Supermercados em 2007. “O Sebrae abraçou a causa e apontou a neces-sidade de fortalecer o varejo de mer-cados”, conta Josué.

Durante um ano e meio os parti-cipantes da rede foram capacitados pelo Sebrae e orientados por consul-tores. Como resultado, a Mix Bahia despontou nos negócios. O fatura-mento mensal pulou de R$ 3,1 mi-lhões, em 2007, para R$ 25 milhões em 2012, e o número de lojas da rede aumentou de 12 para 24. Além disso, em março de 2012, a rede inaugurou o seu Centro de Distribuição, que já movimenta mais de R$ 6 milhões em negócios. Com a formação da Cen-

tral de Negócios, a Mix Bahia supe-rou o faturamento de pequena em-presa e evoluiu quanto ao seu porte.

“O pequeno comerciante tem maior chance de sobreviver no mer-cado seguindo o caminho das cen-trais de negócio, do cooperativismo ou do associativismo”, diz Josué. A coordenadora da Unidade de Aces-so a Mercado e Serviços Financeiros do Sebrae, Suely de Paula, está de acordo com o empresário. “A central é uma boa opção para o pequeno empreendedor ganhar força. No mo-mento em que as empresas se orga-nizam com objetivos comuns, elas se fortalecem e se tornam grandes para o mercado”, explica Suely.

De acordo com a coordenadora, já foram formadas mais de 50 centrais de negócios na Bahia em diversos setores, como tecnologia da informa-ção, turismo e comércio. Além disso, são cerca de mil empresários organi-zados e a movimentação fi nanceira das centrais acompanhadas pelo Se-brae Bahia é superior a R$ 60 milhões,

A força da cooperação

Central de NegóciosA Central de Negócios tem como meta realizar ações conjuntas e alcançar a competitividade, a lucratividade e ampliar os resultados das empresas. A ação é coletiva e de médio e longo prazo.

Rodada de NegóciosFoi idealizada para alavancar os negócios, promovendo o contato direto entre empresas. Objetiva estimular parcerias, aproximar as pequenas empresas das grandes indústrias e possibilitar o acesso a novos mercados. O público-alvo é formado por empresas (ofertantes ou compradoras).

entre compra e venda. “É uma verda-deira revolução dos pequenos. Com o tempo, as centrais andam sozinhas, porque, juntos, os negócios adquirem autonomia para crescer”, diz Suely.

Encontrar parceiros é também o objetivo das Rodadas de Negócios. “Participei da primeira rodada em 2005”, conta Josué. De lá para cá, já foram mais algumas, inclusive atra-vés da Mix Bahia. De acordo com Suely, as rodadas são um impor-tante instrumento de prospecção de negócios. “Nas rodadas, o grande comprador pode ter contato dire-to com pequenos empreendedores, como o agricultor”, explica. No fi m, as rodadas trazem benefícios às duas partes envolvidas.

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MerCaDo

Quando a Instituição Comunitária de Crédito Itabuna Solidária – Banco do Povo foi inaugurada, em Itabuna, em dezembro de 2001, a ideia era ajudar os empreendedores da região. Hoje, quase 11 anos após a sua fun-dação, pode-se afi rmar que a tarefa está sendo cumprida com êxito. O Banco do Povo é uma referência de bom trabalho e apoio aos pequenos empreendedores baianos. A ação vai além do empréstimo bancário: a grande ideia é o Microcrédito Produ-tivo e Orientado aos seus clientes.

“Percebemos em nossos clientes avanços no comércio, na estrutura, e na qualidade de vida. Geralmente, eles têm o empreendimento como única fonte de renda. Com isso, na medida em que evoluem nos negó-cios, melhoram as condições pesso-ais”, explica a diretora-executiva do Banco do Povo, Ilana Queiroz. Segun-do dados do Banco, durante seu fun-cionamento, a instituição já fi rmou 7.427 contratos, com um volume de empréstimo superior a R$ 9 milhões.

Os clientes do Banco do Povo são acompanhados pelo Agente Educa-tivo de Crédito. No total, a institui-ção conta com três agentes e cada um possui cerca de 250 contratos de clientes ativos. “Eles vão até o esta-belecimento, avaliam o negócio, a necessidade do crédito e orientam os clientes”, explica Ilana. Para atua-rem deste modo, os profi ssionais fa-zem o curso de Formação de Agen-tes de Microfi nanças no Sebrae.

O empréstimo é concedido após a avaliação do Comitê de Crédito, formado pela diretoria, o agente responsável pelo cliente e o conse-lheiro de uma das entidades parcei-ras. O Sebrae é uma destas institui-ções parceiras e, além de capacitar os agentes, também oferece cursos aos clientes do Banco, como Trei-namento Gerencial Básico, Juntos Somos Fortes e Aprender a Empre-ender. A ação conjunta tem dado bons frutos e a maioria dos clientes paga o empréstimo em dia. Não à toa, o índice de adimplência é alto:

99,4%. “Atribuo esse índice ao cré-dito orientado e ao contato direto com o cliente”, diz Ilana.

Herlon dos Santos é cliente do Banco do Povo desde 2008. Na épo-ca, Herlon já tinha a sua lanchonete “Sanduba & Cia”, em Itabuna. “Fui ao Banco querendo investir no meu negócio para crescer mais. Estava pensando em comprar mais mer-cadorias e alguns equipamentos”, conta. Desde então, ele já tomou mais de seis empréstimos e aplicou na lanchonete. “Mudou muito aqui, até a minha autoestima melhorou. Eu reformei a cozinha e comprei equipamentos, como batedeira, ar-mários, fogão, micro-ondas e o bal-cão da lanchonete”, enumera.

Em 2010, Herlon se formalizou como Empreendedor Individual. “Já estou me vendo como um empresá-rio, porque as pessoas até valorizam mais”, diz. Junto ao Sebrae, ele parti-cipou ainda de cursos voltados para orientação de crédito, divulgação de produtos e planejamento fi nanceiro. Mas Herlon não vai parar por aí: “Es-tou sempre buscando me aperfeiço-ar e vendo novas oportunidades de ampliar o meu negócio”, planeja.

Banco do Povo: empréstimo é concedido após avaliação.

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“Estou sempre buscando me aperfeiçoar e enxergando novas oportunidades de ampliar o meu negócio”Herlon dos SantosEmpreendedor Individual

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Os doces derivados de umbu e de maracujá da caatinga, produzidos no semiárido baiano, já ganharam o paladar de muita gente no Brasil e até no exterior. As frutas de sa-bor azedinho estão ajudando a in-crementar a renda de produtores rurais, atraindo os olhares do mer-cado consumidor, de instituições públicas, de ONGs e referenciando a Cooperativa Agropecuária Fami-liar de Canudos, Uauá e Curaçá (Co-opercuc) como um bom exemplo de trabalho coletivo.

Fotos de arquivo da cooperativa lembram a mobilização nas comu-nidades rurais, que começou através da igreja católica, no fi m da década de 80, quando muitas mulheres foram capacitadas para produzir doces ar-tesanalmente. Aos poucos, famílias

agronegóCio

completas foram se envolvendo nas atividades de inclusão social, atra-vés das discussões e práticas em torno da fé e da convivência com o semiárido. Quando perceberam que não bastavam as feiras livres para comercializar o que produziam, os agricultores criaram a cooperativa.

A estrutura da Coopercuc é for-mada por uma unidade industrial na sede da cidade de Uauá e mais 17 pequenas fábricas na zona rural dos três municípios no sertão. Entre os meses de novembro e abril, perí-odo da safra de umbu, os agriculto-res, organizados em associações, se revezam no trabalho de colheita e processamento das frutas. A linha atual de produção inclui doces de corte, cremosos e em calda, sucos, compotas, polpas e geleias. Além

Docesconquistas

Cooperativa comemora venda para rede de supermercados

de umbu e maracujá da caatinga, também são usadas goiaba, manga e banana. Na sede da cooperativa, uma equipe de comercialização dá seguimento ao trabalho, colocando os produtos no mercado. “Assim que recebemos o dinheiro das vendas, repassamos o lucro para os coopera-dos. Fazemos questão de reunir gru-pos de produtores com frequência. Tudo é feito com muita dedicação e transparência”, avalia o presidente da Coopercuc, Adilson Ribeiro, que também é produtor, assim como os outros membros da diretoria.

Os primeiros produtos eram ven-didos exclusivamente para o cha-mado mercado institucional, forma-do por instituições públicas, como escolas e companhias de abasteci-mento. Hoje, 60% da produção con-

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tinua sendo destinada às compras públicas e o restante vai para um criterioso mercado consumidor. “Nosso cliente é aquele que valori-za o esforço do agricultor familiar para fazer um produto de qualidade, sem agroquímicos e com respeito ao meio ambiente. Ele não se importa em pagar um pouco mais, quando reconhece outras causas além do lu-cro”, enfatiza a cooperada e gerente comercial, Jussara Dantas.

Este ano, os cooperados comemo-ram a inserção dos produtos, que le-vam a marca Gravetero, na rede de supermercados Pão de Açúcar. Em abril, o primeiro lote de geleias saiu do meio da caatinga para 60 lojas do grupo em cidades do Sul e Sudeste do Brasil. Até agora, os quatro lotes já vendidos animaram os coopera-dos, quanto ao cumprimento das exigências do contrato que tratam, entre outros itens, da qualidade do produto, regularidade da oferta e até da exatidão no prazo de entrega.

Ter acesso ao amplo mercado foi uma conquista que levou tempo e exigiu apoio. O Sebrae ajudou na implantação do trabalho de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para a melhoria da qualidade da produção e apoiou certifi cações nacionais e in-ternacionais que comprovam a au-tenticidade dos produtos orgânicos.

Por ano, a Coopercuc processa, em média, 200 toneladas de frutas para fabricar a linha de produtos que mantém no mercado. Alguns doces já ganharam o reconheci-mento internacional. A cooperativa começou a exportar em 2005 e acu-mulou clientes na França, Áustria, Itália, Espanha e Alemanha.

A comercialização no exterior é feita através de redes apoiadoras do movimento slow-food, uma asso-ciação internacional que tem como princípio básico o direito ao prazer da alimentação, utilizando produ-tos artesanais de qualidade espe-cial, produzidos de forma que res-

peite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela pro-dução. O movimento foi criado na década de 80 como resposta ao mo-delo de comida feita rapidamente, o conhecido fast-food.

Através do projeto Comércio Brasil e do programa Progredir, conveniado entre Sebrae e Governo do Estado da Bahia, os cooperados vêm tendo a oportunidade de participar de diver-sos eventos, no Brasil e no exterior, para promover seu trabalho.

Geleia de Umbu produzida no semiárido baiano.

Comunidades rurais se mobilizam para produzir doces artesanais.

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“Não só acredito como também sou parceiro do Sebrae porque ele desenvolve um trabalho fundamental que é de levar aos produtores rurais maior consciência sobre gestão da propriedade, que muitas vezes é mais importante do que a própria técnica de produção.”Francisco BenjamimGerente de programas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural na Bahia (Senar/BA)

Balbino de Almeida Sousa é apicul-tor do Território do Velho Chico e pre-sidente da Cooperativa Regional dos Apicultores do Médio São Francisco (Coopamesf), localizada em Iboti-rama, oeste da Bahia, que produz anualmente cerca de 120 toneladas de mel. Há sete anos atrás, tudo era bem diferente. Ele produzia por ano apenas 100 quilos. “Eu vendia pou-co, minha comercialização era foca-da no mercado regional e boa parte ia para atravessadores”, diz. Muitas mudanças aconteceram em quase uma década. Primeiro foi fundada uma associação de apicultores, de-pois veio a criação da Coopamesf.

Mel do Velho Chico

“Para conseguirmos negociar compras públicas, tínhamos que ser cooperativa. Mas, como realizar essa migração? Como focar a pro-dução com qualidade? Foi aí que entrou o Sebrae, que nos deu todo o apoio técnico”, lembra o presiden-te. A analista técnica do Sebrae em Barreiras, Adriana Morais, foi uma das que fez os primeiros contatos com os apicultores. “Com a criação da Coopamesf, o Sebrae ofereceu aos apicultores consultoria e capa-citação para potencializar o traba-lho coletivo, a profi ssionalização da gestão, a qualidade no benefi cia-mento do mel e a comercialização dos produtos para outros municípios”, afi rma.

O trabalho realizado em parceria deu certo e conquistas são prova disso. Hoje, os 42 coope-rados, de 21 municípios, produzem por ano de 80 a 120 toneladas. A co-operativa ingressou no

Programa Vida Melhor RuralO Programa corresponde a um conjunto de estratégias desenvolvido para a inclusão socioprodutiva. Os cooperados da Coopamesf estão recebendo um acompanhamento técnico continuado do Sebrae, num trabalho realizado em dois anos. Nesse primeiro momento, será traçado um diagnóstico da Cooperativa, com realização de missões técnicas e participação em eventos comerciais para estudo de mercado e prospecção de venda. Em 2013, é a vez de colocar em prática tudo que foi planejado para o avanço da cooperativa.

Programa Nacional de Alimentos (Pnae) e passou a entregar mel para a merenda das escolas públicas de Salvador. A Coopamesf venceu a chamada pública, assinada no ano passado, garantindo a produção de 22 toneladas de mel de abelha em bisnaga. O mel de abelha tem um público especial, crianças e adoles-centes de escolas estaduais e muni-cipais. Entre 2011 e agosto de 2012, foi registrado um aumento de 80% nas vendas do produto e os planos imediatos são aumentar o potencial da cooperativa no mercado, forne-cendo mel para prefeituras, redes de supermercado, lojas de varejos

e projetos da Copa 2014. “Queremos nosso produto conhecido pela marca de qualidade, que agrega valo-res”, defende Balbino. A Co-opamesf está participando Programa Vida Melhor Ru-ral, uma parceria do Gover-no do Estado da Bahia com o Sebrae.

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inovação eteCnologia

Dentista inovadoraEmpreendedorismo e a inovação há muito tempo fazem parte do dia a dia da cirurgiã dentista Ana Cristina Kolbe. Há mais de 20 anos, quando desenhava um protótipo, em metal, do que é hoje um dos mais inova-dores aparelhos de combate a ha-litose (mau hálito), Ana Cristina já traçava metas de como evoluir com o produto, torná-lo mais acessível, elaborar nova embalagem e investir na divulgação.

A invenção de Ana foi o limpador de línguas Kolbe, que leva o sobre-nome da família e já foi demons-trado nos principais programas de televisão e revistas do Brasil por ajudar a combater o mau hálito. De acordo com a Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca, o problema atinge 40% da população brasileira. O espírito em-preendedor levou a cirurgiã dentista a abrir uma empresa, que no início funcionava no fundo de sua casa e ela fabricava, artesanalmente, uma média de 500 limpadores por mês.

Em 1994, Ana venceu o edital do Sebrae de incubadora de empresas, passando a reduzir seus custos de produção e se instalando em en-dereço legal: Incubadora Compete – Condomínio de Empreendedores

e de Inovações Tecnológicas, uma parceria entre o Sebrae e a Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia. “Na incubadora, fi quei 14 meses, mas tive que sair para produzir em escala maior. Alu-guei um galpão e passei a produzir entre 80 e 100 mil por mês”, explica.

No dia 22 de setembro, data que marca o início da primavera, Ana criou o Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito. Ela também fundou a Associação Brasileira de Combate ao Mau Hálito e idealizou o clique mau hálito, disponível no site da sua empresa e recebe dez e-mails por dia. “A pessoa indica o e-mail de um conhecido que tenha o pro-blema e a gente encaminha para o

Em 1998, Kolbe foi destaque na VII Feira Baiana de Negócios (Feban).

indicado, sem divulgar os motivos, dicas de como prevenir o mau háli-to”, conta Ana Cristina.

Em março de 2002, o limpador de línguas Kolbe foi vencedor do Prê-mio de Inovação do Banco Intera-mericano de Desenvolvimento (BID) e, em outubro de 2003, venceu o prêmio de design da Confederação Nacional da Indústria.

Anualmente, cerca de mil unida-des do limpador de línguas Kolbe são vendidos para outros países como Holanda, Portugal e Japão. Para au-mentar as exportações Ana Cristina participou, com o apoio do Sebrae Bahia, do xVi Encontro internacional de Negócios do Nordeste (EiNNE).

EINNEO Encontro Internacional de Negócios do Nordeste aconteceu pela primeira vez na Bahia, entre os dias 23 e 25 de outubro, em Salvador, com o objetivo de promover a Internacionalização das MPE localizadas na região nordeste, além de fomentar as exportações por meio da promoção de contatos diretos entre empresas compradoras estrangeiras e fornecedoras, estabelecidas na Região.Responsável por gerar cerca de R$ 2 milhões em negócios diretor, a maior rodada internacional de negócios da região superou todas as expectativas, inclusive de Ana Cristina Kolbe, que fechou dois contratos de exclusividade com grandes distribuidoras de Portugal e da Espanha. A cirurgiã dentista revelou que o produto despertou o interesse de uma empresa norte--americana e russa.

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Com o apoio do Programa 5 Me-nos que são Mais, o empresário e economista, Gustavo Moura Costa, aprendeu a organizar a produção e a reaproveitar a matéria-prima, reduzindo em 30% os custos na fa-bricação de pré-moldados. Ele é res-ponsável pela produção da Refran Pré-moldados, empresa familiar ins-talada em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Criada pelo pai de Gustavo, o enge-nheiro civil e professor aposentado da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Ailton Costa, a empresa

Produção sem desperdícioconta com a contribuição de outros dois filhos, responsáveis pelo co-mercial e administrativo da Refran. Ailton assumiu o setor financeiro da empresa.

Com o programa, a demarcação das áreas de produção da empresa foi realizada com o foco na dimi-nuição das perdas e estruturação do processo de corte. Esta estruturação facilita o controle do estoque e pro-porciona maior assertividade na es-colha das sobras a serem utilizadas, o que diminui o tempo total de fina-lização e aumenta a produtividade.

Empresário aumenta vendas com ações sustentáveis e econômicas

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“Em um mundo onde as demandas crescem em quantidade e complexidade e a competitividade entre as empresas impõe ganhos de produtividade associados à incorporação do conhecimento científi co e tecnológico ao sistema produtivo, o Sebrae desempenha um papel determinante ao fomentar o empreendedorismo e promover o desenvolvimento das micro e pequenas empresas. Os pequenos negócios são importantes para o desenvolvimento do Brasil, seja pelo volume de empregos gerados ou pela sua distribuição, e o Sebrae é fundamental para a sustentabilidade, o fortalecimento e a geração de empregos de qualidade nas micro e pequenas empresas.”roberto PauloDiretor-geral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb)

Quando recebemos uma ordem de produção, antes de cortar uma peça virgem, a gente confere na área de descarte se há a possibilidade de reaproveitamento. Na área, temos os vários tamanhos de resíduos de aço”, explica Gustavo.

O programa 5 Menos que são Mais estimulou Gustavo Costa a tomar outras decisões como implantar um novo software de controle mais rigoroso de estoque. “Agora temos

mais controle e menos desperdício”, comemora o empresário.

Com um empreendimento mais sustentável e econômico, o empre-sário ampliou suas vendas para pequenas e grandes construtoras da Bahia e de Sergipe. Hoje, os pré--moldados fabricados pela Refran podem ser encontrados em grandes obras, como a da Arena Fonte Nova, palco dos futuros jogos da Copa do Mundo, em Salvador.

Refran: pré-moldados na obra da Arena Fonte Nova

5 Menos que São MaisCriado pelo Sebrae do Distrito Federal, o programa é baseado em experiências adquiridas com o projeto-piloto de Elaboração de Plano de Melhoria de Desenvolvimento Ambiental para Micro e Pequenas Empresas. O plano de melhoria aplica ferramentas de gestão ambiental, como a norma ISO 14001, os processos de coleta seletiva, Produção mais Limpa e Boas Práticas de Gestão Empresarial. O Programa 5 Menos que São Mais foi implantado com sucesso pelo Sebrae em vários estados e em mais de dez empresas na Bahia. O objetivo é identifi car focos de desperdícios que envolvem cinco aspectos: consumo de água, energia e matéria-prima, além da produção lixo e poluição. Após a identifi cação, é hora de criar procedimentos para combater o desperdício e adequar processos.

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Sebrae 40 anos: dedicação e estímulo ao empreendedorismoAs quatro décadas de existência do Sebrae, comemoradas em outubro de 2012, têm início a partir da atuação de outras instituições que o precederam e pavimentaram o caminho de sucesso no apoio às micro e pequenas empresas (MPE).Desde os pioneiros, Centro de Desenvolvimento Empresarial (Cedin) e Centro de Desenvolvimento Comercial (Cedec), até a consolidação como integrante do Sistema S, “a casa das MPE” é palco de esforços de equipes empenhadas em contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do País.

O início da década de 70 foi marcado por um período de crescimento verti-ginoso da economia brasileira. O País vivia o “milagre econômico” e o Pro-duto Interno Bruto (PIB), de 1968 a 1973, crescia a uma taxa média aci-ma de 10% ao ano. Enquanto Carlos Alberto Torres, capitão da seleção brasileira, levantava a Taça Jules Ri-met, a crise internacional do petró-leo batia à nossa porta e os baianos podiam conferir, no Cine Bristol, a invenção dos irmãos Lumiére. No período de grandes transformações na Bahia, época da criação da Su-perintendência do Desenvolvimen-to do Nordeste (Sudene), do Centro Industrial de Aratu e do Distrito Industrial de Feira de Santana, não havia no Estado, até a década de 60, qualquer órgão governamental que se relacionasse especificamente com as micro e pequenas empre-sas, fomentando investimento para seus projetos.

Atendendo aos anseios do então governador Lomanto Junior, foi cria-do o Centro de Desenvolvimento Empresarial (Cedin), ligado à Secre-taria da Indústria e Comércio (SIC). A este organismo era atribuída a tarefa de gerenciar o embrionário parque industrial baiano, assim como dialogar com os empresários, auxiliando-os na administração de seus empreendimentos e obtenção de financiamentos. Mesmo assim, Comemoração de dois anos de Sebrae Bahia.

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parte do empresariado não se sentia plenamente representada. “As pe-quenas e médias empresas tinham a Sudene como um órgão muito dis-tante e o Cedin não se adequava ao perfi l dos comerciantes, que busca-vam orientação e ajuda para obter novos investimentos”, relata Mano-el Castro, ex-secretário de Indústria e Comércio (1980) e ex-prefeito de Salvador (83-86).

Primeiro presidente e fundador da Bahiatursa (71-75), Castro afi rma que sempre defendeu a criação de um sistema de apoio às micro e pe-quenas empresas. “Precisávamos de um instrumento que estimulasse as pessoas e que as encorajassem a empreender”, explica. De acordo com o superintendente da Federa-ção das Associações Comerciais do Estado da Bahia (Faceb) e também conselheiro do Sebrae, Sérgio Go-mes, a SIC era vanguardista, toman-do a dianteira no desenvolvimento de projetos, como do Centro Indus-trial de Aratu, dos distritos indus-triais do interior, da Companhia de

Abaixo: 1980 é criado CEAG/BA, com a extinção da UNO Bahia em 1981.

Pesquisa de Recursos Minerais e do Centro de Desenvolvimento Comer-cial (Cedec).

Assim como na sétima arte, é pre-ciso acompanhar cena a cena para entender a cultura de uma institui-ção que acredita que cooperação e associativismo são fundamentais para o fortalecimento e competitivi-dade das micro e pequenas empre-sas. Em território baiano, a institui-ção pioneira, criada para apoiar os empreendimentos de micro e pe-queno portes, foi a União Nordestina de Assistência às Pequenas Organi-zações (UNO Bahia), fundada em novembro de 1975, com participação no Programa para Pesquisa e Desen-volvimento (Proped), em cooperação com a Fundação Rockefeller.

A instituição iniciou sua atuação de forma planejada em algumas áre-as de Salvador, realizando um censo das empresas mais receptivas atra-vés de diagnóstico e levantamen-to das necessidades de crédito dos clientes interessados. Nessa fase, a agência trabalha em toda região da

“Precisávamos de um instrumento que estimulasse as pessoas e que as encorajassem a empreender”. Manoel CastroConselheiro do Tribunal de Contas do Estado

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para o interior e passa a ser uma instituição autônoma voltada para apoiar o pequeno produtor rural, no campo, e o informal, em áreas urba-nas do Recôncavo. Um ano depois, é inaugurada a primeira agência do interior, em Feira de Santana.

Na época, o desafio era apoiar às micro e pequenas empresas, in-dependente da situação jurídica, garantindo financiamento a fundo perdido, por meio do Desenbanco e Banco Econômico. “Todos, sem exce-ção, desempenhávamos os serviços disponíveis. O mesmo profissional que dava o curso realizava diag-nóstico, consultoria e ainda elabo-rava o projeto de crédito”, esclarece

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Criação do Centro Brasileiro de Assistência Gerencial à Pequena e Média Empresa (Cebrae), com atuação Nacional.

UNO Bahia passa a receber recursos do Cebrae (nacional)

Extinção da UNO Bahia

10 anos do CEBRAE

É inaugurada a primeira agência no interior (Feira de Santana)

Criação da UNO Bahia

Expansão da UNO Bahia para o interior do estado

Criação do CEAG Bahia

Com cinco escritórios (Salvador, Feira de Santana, Juazeiro, Ilhéus e Itabuna) e dois pontos de apoio (Xique-Xique e Jacobina/Caatinga do Moura), o CEAG Bahia superou a marca de 6.000 empresas trabalhadas no decorrer do ano.

Transformação do Cebrae em Sebrae – Serviço

Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

Inauguração da atual sede do Sebrae Bahia,

no bairro Dois de Julho, em Salvador

Criação do Estatuto da Microempresa

CEAG Bahia reestrutura-se nos moldes do Sebrae Nacional e nasce o Sebrae Bahia.

União Nordestina de Assistência a Pequenas Organizações/Bahia - UNO-Bahia

Centro de Apoio à Pequenae Média Empresa da Bahia

Liberdade, São Caetano e Nordeste de Amaralina. Em meados de 1977, a UNO Bahia começa a receber re-cursos do Ministério do Trabalho, de instituições governamentais e do Centro Brasileiro de Assistência Ge-rencial à Pequena Empresa (Cebrae), organização de atuação nacional representada localmente pela UNO Bahia. “Tínhamos poucos recursos, mas contávamos com uma equipe extremamente comprometida e res-ponsável”, conta a analista da Área de Atendimento, Rita Lobo, com 30 anos de casa.

Em 1978, a UNO Bahia, em parce-ria com a Secretaria do Trabalho e Ação Social, inicia a sua expansão

Sebrae NacionalEm 1972, começou um movimento nacional de credenciamento que deu origem ao Centro Brasileiro de Assistência Gerencial à Pequena Empresa (Cebrae). O recém-criado órgão assumiu a forma de uma sociedade civil, sem fins lucrativos, operando a fundo perdido, e teve seu Conselho Deliberativo formado pela Finep, pela Associação Brasileira dos Bancos de Desenvolvimento (ABDE) e pelo então BNDE. Em 12 de abril de 1990, através da Lei 8.029, o Poder Executivo autoriza desvincular da Administração Pública Federal o Cebrae, mediante sua transformação em serviço social autônomo, criando-se, assim, o Sistema Sebrae.

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Criação do Jornal Sebrae, publicação que deu origem a Revista Conexão Bahia

A VIII Feira Baiana de Negócios atraiu 80 mil visitantes, 700 expositores, e gerou aproximadamente R$ 220 milhões em negócios

2006Lei Geral da Microempresa

e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar

123/2006) sancionada

Realização do primeiro Mutirão para formalização de Empreendedores Individuais

Sebrae conquista pela 2ª vez consecutiva o prêmio Melhor Feira do Empreendedor do Brasil

Criação da nova modalidade de registro de empresas, chamada Micro Empreendedor Individual (MEI), correspondente a Lei Complementar Nº 128/2008

Criação do teleatendimento do Sebrae, com o nome Alô Sebrae

Lei n.º 9.317/1996 – Simples Federal – Dispõe sobre o regime tributário das microempresas e das empresas de pequeno porte

Aprovação pelo Congresso Nacional, do Estatuto da Micro Empresa e da Empresa de Pequeno Porte, dispondo sobre o tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido (Lei 9.841/ 1999)

Criação do Portal Sebrae Bahia na internet

Lei Complementar 128/2008 (MEI) entra

em vigor em todo o país a partir de 1º de julho

2003

Lançamento do novo site do Sebrae Bahia

Instalação da Regional Nordeste em Feira de Santana, sediando jurisdição que cobre 10 municípios da Bahia

a colaboradora que tem 33 anos de Sebrae, Noemia Olga, resgatan-do detalhes de uma história que se confunde com a de milhares de brasileiros empreendedores que abriram seu próprio negócio.

De acordo com Noemia, o técnico detectava a necessidade, direciona-va o empreendedor e dava acompa-nhamento permanente, com visitas mensais para realizar consultorias. “A instituição contava apenas com 20 funcionários, homens e mulhe-res que participaram da evolução de muitas empresas. O negócio crescia e o empresário tinha a UNO como um padrinho que exigia re-sultados”, conta.

2007

Sebrae comemora 35 anos

2008

Lançamento da Agência Sebrae de Notícias na Bahia

Bahia conquista a primeira edição do Prêmio de melhor Feira do Empreendedor

2008

2011Realização da quinta edição da Feira do Empreendedor da Bahia

“Depois do Sebrae, o mercado nunca mais foi o mesmo. A Instituição, que tem a virtude de formar talentos, é extremamente vigorosa e vitoriosa em seus defeitos e suas qualidades. O papel dela hoje é importante na questão do fortalecimento das políticas públicas e na busca pelo conhecimento.”

Sérgio gomesConselheiro do Sebrae Bahia

Sérgio Gomes ministrando curso de Gerência em 1981.

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Sebrae alcança formalização de mais de 200 mil Empreendedores

Individuais na Bahia

Bahia conquista, pela terceira vez

consecutiva, o título de melhor Feira do

Empreendedor do Brasil

Comemoração dos 40 anos do Sebrae

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Realização da primeira Feira do Empreendedor da Bahia

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Trajetória e avanços

Velha Guarda do Sebrae: Noêmia, Guena, Isabel, Rita, Zé Élio, Dora e Ademilde.

O governo baiano, através da Secre-taria de Indústria e Comércio, cria um novo organismo para atuar no apoio ao segmento empresarial, o Centro de Apoio Gerencial às Micro e Pequenas Empresas do Estado da Bahia (Ceag/BA). Fundado no ano de 1980, sob a inspiração das inicia-tivas do Cebrae e do Ministério do Planejamento, o órgão contribuiu para compor uma ideia de sistema de apoio em escala nacional. As ins-tituições que custeavam a UNO pas-savam por difi culdades fi nanceiras, agravadas pela conjuntura adversa da economia e pelo processo infl a-cionário. Essa situação levou à ex-tinção da UNO, em 1981, o que im-plicou na absorção da metodologia de trabalho e os recursos humanos pelo Centro de Apoio.

Mantido pelo governo estadual e pelo Cebrae, o Ceag/BA, já estrutu-rado na capital, inicia sua interio-rização, em 1982, com a ampliação do escritório de Feira de Santana e a implantação das unidades de Ju-azeiro, Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista, Jequié e Itaberaba. Essa interiorização transcorre no perío-do de 1981 a 1985. “Com a vincula-ção ao governo estadual, a institui-ção se fortalece e evolui o serviço de atendimento às micro e pequenas empresas, ampliando a infraestru-tura, pessoal e os recursos”, relem-bra o analista da Unidade Regional Salvador, José Elio Souza.

Natural do Ceará, Dora Parente, começou a trabalhar na instituição em 1986, a convite do então supe-rintendente do Ceag Bahia, Sérgio

Gomes, primeiro funcionário da casa a assumir o cargo. “A necessi-dade de ampliar os serviços fez com que se pensasse numa estruturação interna, que trouxe à reboque oferta de cursos de alto padrão, competên-cia na articulação com agentes fi -nanceiros, novas políticas públicas e uma participação mais efetiva para

Com início na década de 90, Feira Baiana de Negócios tinha caráter nacional

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tornar o ambiente favorável para as micro e pequenas empresas”, lem-bra Dora, que hoje é analista da Uni-dade de Gestão Estratégica.

Considerado o marco da constru-ção da instituição, em 1991, o Ceag/BA é reestruturado nos moldes do Sistema Nacional, nascendo, assim, o Sebrae Bahia. O Sistema Sebrae passou por várias transformações como, por exemplo, modernização de seus produtos e serviços, atua-ção junto aos parceiros e introdu-ção de novos conceitos de gestão baseados na qualidade total.

Segundo a coordenadora da Uni-dade de Gestão Estratégica, Isabel Ribeiro, em 1985, o Ceag/BA atua-va com atendimento caso a caso. Quando o Centro passa a fazer parte do Sistema S, o foco se con-centra na melhoria e padronização do serviço, com a adoção do balcão de atendimento. A partir de 1999, o sistema atravessa um processo de reinvenção. “O desenvolvimento lo-cal é a coqueluche do momento e o volume de atendimentos é priori-dade. Passamos a trabalhar com as vocações regionais. Identifi cávamos as potencialidades locais, e estimu-lávamos o protagonismo”, lembra.

Em 2007, entra em vigor da Lei Ge-ral da Micro e Pequena Empresa, o que garantiu muitas conquistas ao setor, a exemplo da revolução tri-butária para cerca de 80% das em-presas do País. No Brasil, 62,5% dos municípios já regulamentaram a Lei Geral. Na Bahia, 334 dos 417 muni-cípios já contam com os benefícios da regulamentação.

Outro avanço na legislação que promoveu a cidadania empresarial para milhares de trabalhadores que viviam na informalidade foi o surgimento da nova modalidade de registro de empresas, chamada Em-

preendedor Individual (EI). Criada pela Lei Complementar nº 128, san-cionada em 19/12/2008, a nova mo-dalidade passou a vigorar na Bahia a partir de 7 de fevereiro de 2010. O Empreendedor Individual mudou o mapa da informalidade porque des-burocratizou o registro de empresa, reduziu os custos para a formali-zação e garantiu direitos previden-ciários. Atualmente, a Bahia conta com cerca de 200 mil Empreende-dores Individuais, sendo o primeiro estado do Nordeste em número de registro e o quarto do Brasil.

Atualmente, são cerca de 5,8 mi-lhões de empresas formalizadas no Brasil, sendo 99,2% de micro e pe-quenas, responsáveis por empregar 13,1 milhões de pessoas ou 52,3% do número de empregos gerados pelo setor produtivo. Ainda assim, o Bra-sil possui 10,3 milhões de empre-endimentos informais. Outro dado importante se refere ao volume de compras governamentais. Assegu-rados pela Lei Geral, os governos municipal, estadual e federal com-pram R$ 14,6 bilhões das micro e pequenas empresas brasileiras. Isso representa 29,4% do total dos ne-gócios gerados, o que demonstra o quanto ainda se pode avançar.

“Nesses 40 anos, um dos resultados signifi cativos talvez tenha sido o suporte dado ao Empreendedor Individual. Esta politica pública teve no Sistema Sebrae apoio decisivo para ampliar a adesão de milhares de brasileiros. Agora, o desafi o que se apresenta é o de fornecer capacitação, para que esses trabalhadores se tornem micro, pequenos e, quiçá, grandes empresários. Em função da grandeza de sua missão, que é apoiar as MPE - maiores geradoras de emprego do nosso País. Indiscutivelmente, o Sebrae é uma instituição desafi ante e empolgante.”

luiz Henrique BarretoDiretor administrativo fi nanceiro

“O Sebrae vem trabalhando para mudar o destino das MPE, permitindo que mais baianos possam adentrar por essa janela do empreendedorismo como forma de autoafi rmação familiar, econômica e social. Quando toma pra si o desafi o de animar a discussão com o governo federal com relação à Lei Geral, a instituição ganha musculatura no âmbito das políticas públicas e fortalece ainda mais a imagem de parceiro estratégico para longevidade dos negócios”lauro ramosDiretor técnico da Instituição

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Nessas quatro décadas, a tecnologia tornou-se aliada da principal ferra-menta de capacitação e sobrevivên-cia do empreendedor brasileiro: o conhecimento. O Sebrae aposta to-das as fichas numa teia de conhe-cimento em favor das micro e pe-quenas empresas, concentrando os esforços em disponibilizar um fluxo contínuo de informação de qualida-de por meio de cursos, consultorias, treinamentos, palestras, seminários, publicações, eventos e diversos ca-nais integrados a métodos conven-cionais e a novas tecnologias.

O atendimento continuado busca a construção de um relacionamen-to duradouro e assistido entre o Se-brae e o empreendedor, utilizando uma série de canais e formatos de comunicação que otimizam a disse-minação do conhecimento, levando informação ágil e relevante a um número cada vez maior de brasi-leiros. Hoje, o Estado conta com 32 Pontos de Atendimento em 28 mu-nicípios, divididos em dez Unidades Regionais: Salvador, Feira de Santa-na, Santo Antônio de Jesus, Barrei-

ras, Juazeiro, Irecê, Vitória da Con-quista, Ilhéus, Teixeira de Freitas e Jacobina.

A qualquer hora, em qualquer localidade, o Sebrae transmite co-nhecimento, por meio de um aten-dimento individual ou coletivo, de modo presencial ou a distância. O atendimento individual obedece a

padrões, sistemas e procedimentos previamente definidos, de modo a viabilizar as ações em escala nacio-nal. A capacitação e todas as ações articuladas garantem que o empre-endedor tenha sempre à mão infor-mações que atendam às suas neces-sidades. O atendimento coletivo, por sua vez, é composto por um con-junto de soluções que organizam as micro e pequenas empresas em co-operativas, associações, núcleos se-toriais e arranjos produtivos locais.

Para o superintendente do Sebrae Bahia, Edival Passos, a mais impor-tante escola de empreendedorismo do País, com expressiva contribui-ção no desenvolvimento das micro e pequenas empresas, apresenta-se como uma Instituição vanguardis-ta, que suscita novos desafios. O principal deles é o de produzir um modelo-conceito de negócios para o século XXI, que é o paradigmático. A nova exigência no mundo dos ne-gócios é o tripé da sustentabilidade: social, ambiental e econômica.

“As empresas mais competitivas são as que exigem uma nova relação com seu entorno, relacionando-se e comprometendo-se com a socieda-de. Assim como a questão ambien-tal é irreversível, fazendo com que os empreendimentos avancem no conceito de gestão de custos, apli-cado para diminuir os impactos no meio ambiente. A inovação e a tec-nologia são valores comuns, que somados a reconceituação do tra-balho, são atributos cada vez mais valorizados nos tempos atuais”, de-fende o superintendente, afirmando que o capital humano é a peça para o sucesso.

“As empresas mais competitivas são as que exigem uma nova relação com seu entorno, relacionando-se e comprometendo-se com a sociedade.”edival PassosSuperintendente do Sebrae Bahia

Teia de conhecimento

17 mil capacitados somente durante a Feira do Empreendedor de 2011.

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Terreno fértil para o empreendedorismoA Feira do Empreendedor, o maior evento de empreendedorismo do Brasil, ganha ainda mais força na Bahia. O projeto do Sebrae Nacional foi iniciado em 1994 e, na Bahia, a primeira realização desse evento foi em 2002. A coordenadora da Uni-dade de Captação de Recursos do Sebrae Bahia, Adriana Moura, que coordenou as Feiras de 2009 e 2011, explica o papel do evento em relação à disseminação do conhecimento. “Além das capacitações, palestras e ofi cinas, a Feira do Empreendedor é um espaço onde empresários po-dem trocar informações e experiên-cias”, diz. Não foi à toa que a Feira do Empreendedor da Bahia foi elei-ta, por três edições seguidas (2007, 2009 e 2011), a melhor do Brasil.

Esse roteiro de sucesso começa quando o Ceag/BA passa a trabalhar de forma descentralizada, com a

“Acredito no Sebrae porque ele trabalha com aquilo que é mais essencial neste País que é o empresário de micro e pequenas empresas. E o Sebrae é a maior ferramenta para a transformação das classes D e E em empreendedores.”João Martins da Silva JuniorPresidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb)

execução de ações coletivas, fortale-cendo o crédito para as microempre-sas e sua capacidade de treinamen-to empresarial. Um dos importantes meios utilizados para divulgação dos produtos da região e fomento a novos negócios, as feiras tinham o apoio da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC) e eram voltadas para as micro e pequenas empresas.

A nova concepção de feiras só acontece na década de 90 com o surgimento da Feira Baiana de Ne-gócios (Feban). “Tudo era feito por nós. Essa iniciativa 100% baiana tinha como objetivo apresentar os nossos produtos, a exemplo dos cursos, consultorias e programas”, revela o assessor da Diretoria Ad-ministrativa Financeira, Augusto Guena. Considerada mãe de todas as feiras, a Feban começa a operar em Salvador, expandindo seu raio

de atuação pelo interior. “A Feira do Empreendedor era um evento den-tro da Feban. Em 1996, a iniciativa foi considerada a maior feira já rea-lizada na Bahia, com a participação de 1,1 mil expositores”, revela o con-selheiro do Sebrae, Sérgio Gomes.

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Bahia: cenário idealquando o assunto

é inovação

As cortinas para a economia criati-va se abriram no Brasil a partir da década de 90, dando novas feições aos modelos de negócio que origi-nam atividades, produtos e serviços gestados do conhecimento, da criati-vidade ou do capital intelectual dos indivíduos. Caldeirão de tradições e patrimônio, a Bahia é fonte de inspi-ração e cenário ideal quando o as-sunto é inovação e criatividade.

O Carnaval da Bahia, por exem-plo, tem revelado essa capacidade de reunir no mesmo espaço, prazer,

negócios e cultura. A interatividade, criatividade e a inovação potencia-lizam o processo de transformação desta festa popular, requalificando o produto-carnaval e movimentan-do o comércio de alimentos, hospe-dagem e o turismo.

A Economia Criativa compreende as dinâmicas dos ciclos de criação, produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Os setores não se restringem apenas aos de natu-reza tipicamente culturais, como patrimônio, música, teatro, compre-endendo setores de moda, design, arquitetura, cultura digital, publici-dade e gastronomia. Com base em pesquisas que apontam uma par-ticipação de 1,4% no PIB baiano, é

correto afirmar que existe um uni-verso amplo a se explorar. Para tri-lhar uma trajetória de sucesso neste novo segmento econômico, o Sebrae Bahia e parceiros elaboraram o Ter-mo de Referência: Desenvolvimento da Economia Criativa.

“Estamos na mesma direção das políticas públicas das esferas fede-ral e estadual. O que precisamos fazer agora é implementar e incre-mentar o conceito de territórios criativos e produção associada ao turismo, para conseguirmos enxer-gar o desenvolvimento local/inte-grado das comunidades de todo o Estado”, defende a coordenadora da Unidade de Economia Criativa do Sebrae Bahia, Luciana Santana.

Berço da criatividade

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Margareth: apostando na cultura para o desenvolvimento local

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Fábrica de talentosProdução de talentos: é o que a cantora Margareth Menezes vem fazendo junto com os moradores da Ribeira/Itapagipe. O histórico de degradação do local onde a menina de voz grave cresceu e sua família escolheu permanecer, motivou a diva a transformar um cenário so-cioeconômico e ambiental até então engessado. Idealizada pela cantora, a Associação Fábrica Cultural inicia suas atividades na Península de Ita-pagipe em 2008, oferecendo cursos de criações em costura, estamparia, design gráfico, produção cultural e manutenção de micro e rede.

Com o objetivo de promover a in-clusão socioprodutiva de jovens de 16 a 24 anos, oriundos de escolas

públicas, e em condições de risco social, o Projeto Na Trilha da Cida-dania, carro-chefe da instituição, aproveita a mão de obra qualifica-da, transformando-os em agentes de desenvolvimento comunitário e despertando o interesse para a pro-fissionalização. Os estudantes rece-bem uma bolsa-auxílio no valor de R$ 130 e cada curso tem em média 400h. Aproximadamente 1,5 mil jo-vens já foram atendidos diretamen-te, num universo de 14 bairros e mais de 180 mil habitantes.

Com o apoio de instituições par-ceiras, como o Sebrae, a associa-ção vem desenvolvendo projetos nas áreas de educação, cultura e produção sustentável, com foco na

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Projeto social: qualificação profissional

Desde 2008 a Associação Fábrica Cultural já atendeu 1,5 mil jovens.

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da criação, desenvolvimento e ma-nutenção de centros de tecnologia e inclusão social, implementando turmas de capacitação profissional. O lixo eletrônico doado foi respon-sável pela recuperação de dois labo-ratórios da entidade.

“Da doação de peças e computa-dores sem utilidade, aproveitamos o possível. Para se ter uma ideia, de três computadores velhos produzi-mos um em perfeitas condições de uso. Vendemos a um baixo custo ou doamos para creches e associações, além de oferecermos manutenção. O aproveitamento dos recursos mi-nerais também é uma das novas áreas que serão fomentadas na co-munidade, agregando valor ao nú-cleo produtivo de moda”, explicou a coordenadora do Projeto Na Trilha da Cidadania, Tereza Carvalho.

O projeto tem o objetivo de pro-mover a qualificação profissional em lapidação de pedras semipre-ciosas e visa a implantação de nú-cleos de artesanato mineral para a produção de adornos, bijuterias, es-tatuetas e utilitários, aproveitando pequenos depósitos ou ocorrências minerais. Os recursos minerais, ma-teriais, equipamentos, suporte téc-nico e treinamento da mão de obra serão fornecidos pela Companhia Baiana de Mineração (CBM).

O trabalho vem dando tão certo que hoje são 450 participantes, dis-tribuídos em quatro sedes na Penín-sula de Itapagipe: duas localizadas na Ribeira, uma no Bonfim e um novo espaço no Jardim Cruzeiro. Os resultados chamaram atenção das Secretarias Trabalho, Emprego, Ren-da e Esporte (Setre), de Desenvolvi-mento Social e Combate à Pobre-za (Sedes), da Indústria, Comércio e Mineração (SICM) e da Ufba, que também se tornaram apoiadores.

infância, juventude, nas famílias e nos núcleos produtivos. A intenção é que, com o conhecimento adqui-rido, eles tenham uma participação efetiva na requalificação das asso-ciações locais.

Para Margareth Menezes, a rea-lização de ações educativas, cul-turais e produtivas são responsá-veis por despertar o sentimento de pertencimento, enaltecer os sabe-res tradicionais e as característi-cas locais, produzindo experiências emancipatórias. “Nesse sentido, o Sebrae é fundamental para o poten-cial dos jovens ganhar forma. A for-mação de novos empreendedores passa por isto. A educação é crucial para trazer novas ideias, agregar valor e clarear novas possibilidades. Eles acabam também por aprender a administrar as suas próprias vi-das, inovar na postura, adquirir co-nhecimento e cultivar boas redes de relacionamentos”, diz.

A moradora de Massaranduba, Valdenice de Oliveira (a Branca), 22 anos, sabia que os cursos ofereci-dos gratuitamente pela ONG abri-riam novos caminhos para a meni-

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na que acabara de chegar à capital. Ao saber do vizinho da abertura de inscrições, Branca começou a cos-turar sua trajetória profissional. “Ti-nha acabado de chegar do interior e estava perdida, sem saber o que fazer. A minha dedicação e a von-tade de mudar para melhor fizeram com que, após concluir o curso, fos-se convidada a ser monitora. Hoje, além de ser estagiária na Fábrica, trabalho na área de costura e faço curso técnico de estamparia à tar-de. Continuarei estudando para me manter no mercado”.

A partir de materiais descarta-dos, a exemplo de lonas e jeans, foi possível produzir coleções de bolsas e acessórios. “Os pedidos de enco-mendas, o interesse do governo es-tadual e a parceria com o Sebrae de-ram mais do que um empurrão para o lançamento do nosso primeiro ca-tálogo de moda, previsto para o fim do ano”, explicou, Tereza Carvalho.

A herança de contaminações e re-síduos provocada pela presença da atividade industrial na região susci-tou a idealização do Projeto Meta-Centro, que surge da necessidade

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“Em um estado com tanta cultura local e personalidade, o Sebrae tem uma grande missão e alcança grandes resultados a partir do desenvolvimento dos talentos locais” Marcelo rosenbaumDesigner

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“Acredito no Sebrae por ser uma instituição comprometida com os empresários, qualifi cando-os e assessorando-os para expansão dos seus negócios, além de investir na profi ssionalização do trabalhador autônomo e informal, tornando-o apto a se formalizar enquanto empreendedor individual, com direito a receber os benefícios legais, tais como aposentadoria e auxílio-doença.”emília almeidaDiretora-geral do Instituto Mauá

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“Em uma sociedade na qual o potencial de concentração e centralização de empresas é enorme, é fundamental que existam políticas que atuem efetivamente com a missão de ‘promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas’, pois isso é essencial para manter a complexidade, pluralidade e diversidade da sociedade, garantir um desenvolvimento mais equânime, com menos concentração de rendas e desigualdade social.” antonio albino Canelas rubim

Professor da UFBA e Secretário de Cultura do Estado da Bahia

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“O Sebrae tem contribuído para que micros e pequenas empresas e também pessoas desenvolvam toda uma capacidade de autogestão e autopromoção, através de cursos, consultorias, acesso a mercado e outras atividades. O que possibilita aos empreendedores e colaboradores o conhecimento que nos faz crescer e realizar a nossa missão. goya lopes Designer

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“O trabalho do Sebrae Bahia é importantíssimo para o desenvolvimento social do nosso estado, por ser uma fonte de orientação para o exercício da criatividade, da inovação, da geração de renda. Ressalto aqui o desenvolvimento dos territórios criativos e da economia nesse segmento tão importante para a nossa cidade. Parabéns ao Sebrae Bahia, que, através do estímulo ao empreendedorismo, tem mudado a realidade de muita gente e de muitas comunidades.”Carlinhos BrownMúsico e empresário

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A qualidade dos blocos e telhas pro-duzidos pela Cerâmica Santana de Alagoinhas ganhou certifi cação de peso em 2011, quando a empresa conquistou o selo do Programa Se-torial da Qualidade (PSQ) em telhas e blocos, da Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer). “Essa conquista é resultado da sistema-tização, integração e responsabi-lidade em todos os processos da empresa. Com manutenção deste certifi cado, almejamos a valoriza-ção do nosso produto e o reconhe-cimento da empresa em nível na-cional”, destaca o diretor Ailton da Cruz Alves.

O caminho trilhado até a obten-ção do selo foi longo. Fundada em

2000, no município de Caetité, a empresa foi transferida para Alagoi-nhas quatro anos depois. Nove anos após a fundação, seus dirigentes decidiram entrar em contato com o Sebrae. “Buscamos instruções ne-cessárias para o bom andamento da empresa. Com auxílio do Sebrae, pudemos solucionar problemas que estávamos enfrentando e antecipa-mos outros empecilhos que pode-riam aparecer”, conta o empresário.

Com a participação em treina-mentos, capacitações, consulto-rias e programas oferecidos pelo Sebrae – a exemplo do Empretec, Gestão Financeira e Sebrae Mais de Estratégias Empresariais – a empre-sa aperfeiçoou aspectos da gestão

Cerâmica com selo e sustentabilidade

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e conseguiu melhorar o processo produtivo, com ganho de tempo e redução de custos. “Aumentamos a qualidade do produto e ganhamos tempo na conclusão do processo. Houve uma redução de custo, o que gerou um melhor faturamento”, ressalta o diretor da Cerâmica San-tana de Alagoinhas.

O apoio do Sebrae, segundo Ailton Alves, também foi relevante para que a empresa pudesse construir um laboratório próprio e, assim, investir na melhoria dos produtos. Além disso, foi possível focar na sus-tentabilidade. “O setor de Cerâmica Vermelha é originado de recursos naturais e busca sempre otimizar a utilização desses recursos em prol

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da sustentabilidade. A empresa in-troduziu um sistema inovador de plantio adensado de eucalipto, que o tornou autossuficiente na produção de seu próprio combustível”, avalia Hirlene Pereira, gestora do Projeto de Construção Civil do Sebrae.

Atualmente, todo o material ener-gético utilizado no processo de quei-ma dos produtos da Cerâmica San-tana de Alagoinhas tem origem de florestas próprias. Agora, os donos investem na construção de um novo forno, que vai ajudar na redução de 50% do material energético utilizado e os resíduos deste processo são reu-tilizados no plantio de florestas e na fabricação de produtos cerâmicos.

“Buscamos instruções necessárias para o bom andamento da empresa. Com auxílio do Sebrae, pudemos solucionar problemas que estávamos enfrentando e antecipamos outros empecilhos que poderiam aparecer”ailton da Cruz alvesDiretor da Cerâmica Santana de Alagoinhas

Projeto da Indústria da Construção Civil Salvador e RMSPara conseguir o selo Programa Setorial da Qualidade (PSQ), a empresa participou do Projeto da Indústria da Construção Civil Salvador e RMS. Iniciado em 2010, o projeto tem a finalidade de promover o aumento da competitividade, inovação e a sustentabilidade das micro e pequenas empresas do setor na Bahia. O Sindicato da Indústria de Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia (Sindicer-BA), Sindicato das Indústrias Produtoras de Cimento do Estado da Bahia (Sinprocim-BA), Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Associação para Educação em Administração Empresarial - Bahia (Abai-BA), Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Sindicato da Indústria de Refrigeração(Sindratar), Sindicato das Empresas de Mármores e Granitos do Estado da Bahia (Simagram-BA) são parceiros do Sebrae no Projeto. Entre as ações desenvolvidas estão o diagnóstico empresarial; a capacitação gerencial e tecnológica para as empresas; o acesso a serviços financeiros; a capacitação de fornecedores; participação em feiras e eventos do setor; o fomento ao associativismo e cooperativismo; e o desenvolvimento da cultura da inovação nas empresas e desenvolvimento tecnológico empresarial.

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Leme: da fundação ao associativismo

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Recém-chegado do Rio de Janeiro, em 1989, o empresário William Moura montou, no centro de Salvador, a Leme Indústria e Comércio, empresa de confecção de uniformes militares. “Tinha apenas uma vontade grande de crescer na vida e um senso de empreendedorismo fortíssimo. Mas o meu conhecimento empresarial era menor que zero”, conta.

Para lidar com as dificuldades que surgiam, Moura decidiu procurar apoio do Sebrae. Na época, a orien-tação da Instituição foi importante para que o empresário pudesse en-tender questões como formação de preço de vendas e controle financei-ro e, assim, melhorar a administra-ção do negócio.

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William Moura: confecção de uniformes militares.

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“O apoio às micro e pequenas empresas, principais geradoras de emprego na economia do estado, é fundamental para a sustentabilidade da nossa economia e das próprias empresas. Especialmente na melhora da sua gestão, das boas práticas de produção, industrialização, comercialização e prestação de serviços, e na introdução aos conceitos de inovação. E esse é o trabalho que o Sebrae desenvolve com êxito, além de oferecer uma atenção especial ao Empreendedor Individual (EI), com enorme benefício a ele e à sua legalização, atendendo a uma importante demanda social.”victor ventin1º vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb)

ProgredirVoltado para micro e pequenas empresas de diversos segmentos produtivos, organizado em Arranjos Produtivos Locais (APL), o Progredir é coordenado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti) e executado em parceria com o Sebrae e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL/BA), com co-financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“Toda a gama de cursos e consultorias oferecidos pela Instituição foram muito importantes. Devo muito do meu sucesso empresarial ao Sebrae.”William MouraEmpresário

A partir daí, ele passou a partici-par de capacitações, consultorias e missões empresariais promo-vidas pelo Sebrae. “Toda a gama de cursos e consultorias ofereci-dos pela Instituição, sem falar na oportunidade de viajar e ter con-tato com outros empresários den-tro e fora da Bahia, foram muito importantes e gratificantes. Devo muito do meu sucesso empresa-rial ao Sebrae”, destaca.

Em 2008, William Moura alçou voos mais altos. Junto com ou-tras duas empresas de confecções, a Leme passou a integrar a Rede Brasil de Uniformes (RBU), da qual ele é presidente. “Sempre acreditei na união de pessoas para crescer. Como senti dificuldade de investi-mento, busquei me unir com ou-tras empresas. Por isso que quando soube do Progredir, vi no progra-ma a possibilidade de expansão”, relata Moura.

Entre as primeiras ações da RBU, estão a compra de um gal-pão comum, localizado no bairro do Uruguai, além da aquisição de maquinário comum. A Rede ainda realiza estudos para efetuar com-pras e vendas em conjunto.

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Antônio Dourado, coordenador de Assistências dos Municípios do TCM/BA

Lei do desenvolvimento

Desde que foi sancionada, em de-zembro de 2006, a Lei Complemen-tar nº 123 – Lei Geral das Micro e   Pequenas Empresas – regula-menta as normas gerais para que essas empresas possam garantir desenvolvimento aos municípios por meio do comércio local. A Lei também instituiu a fi gura do Em-preendedor Individual, legalizan-do os profi ssionais que trabalham por conta própria. Regiões que não possuem vocação para exploração de bens naturais, dependem de ini-ciativas regulamentadas pela legis-lação capazes de empregar a mão de obra e gerar renda, como explica o coordenador de Assistências aos Municípios no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, Antônio Dourado. “A Lei oportuniza o for-necimento de determinados bens à administração pública municipal pelas pequenas e microempresas locais, empregadoras dos morado-res da própria cidade”, ressalta. 

Para o coordenador da Unidade de Políticas Públicas e Desenvolvi-mento Territorial do Sebrae Bahia, Roberto Evangelista, um dos pon-tos mais relevantes da legisla-ção é a criação do Simples Nacional, para unifi car a arrecadação dos tributos e contribuições devidos pelas micro e pequenas empresas (MPE). Por meio desse regime de tributação, impostos federais (IRPJ, PIS, Cofi ns, IPI, CSL, INSS

sobre folha de salários), estaduais (ICMS) e municipais (ISS), passa-ram a ser recolhidos mensalmente a partir da mesma base de cálculo e de uma escrituração contábil e fi s-cal única.

Através da Lei Geral, os benefícios se estendem para além da questão tributária. Um exemplo é a desburo-cratização para a abertura e baixa de micro e pequenas empresas. A ativi-dade pode ser iniciada forma imedia-ta, por meio de um Alvará de Funcio-namento Provisório. As vistorias são realizadas após o início do funciona-mento da empresa, exceto quando a atividade for considerada de alto risco. Para a baixa de empresas sem atividade há mais de três anos, o pro-cesso é feito automaticamente, sen-do que os sócios assumem os débitos como pessoas físicas.

A Lei Geral facilita também a ob-tenção de crédito. Por meio de pro-gramas que recebem subsídios do Governo Federal, os bancos ofi ciais

passaram a oferecer linhas de cré-dito específi cas para micro e peque-nas empresas, com taxas de juros diferenciadas. A legislação deter-mina ainda que um mínimo de 20% dos recursos federais, estaduais e municipais sejam alocados para aplicação em pesquisa, desenvolvi-mento e capacitaçãço tecnológica por parte de instituições públicas de fomento à tecnologia.

  Outro capítulo importante cita-do por Roberto Evangelista é o que trata dos processos licitatórios na aquisição de produtos e serviços públicos. “A Lei institui, por exem-plo, que, nas contratações de até R$ 80 mil, apenas as MPE participam. No caso de subcontratação, até 30% será feita somente para pequena empresa”, diz.

O diálogo com o poder público também ganhou espaço através da Lei Geral com a criação do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. O obje-tivo é orientar a formulação e a co-ordenação da política nacional de desenvolvimento para o segmento das MPE. Participam do Fórum ór-gãos federais e entidades de repre-sentação empresarial.

  Hoje, as micro e pequenas em-presas totalizam 99,2% dos negó-

Micro e pequenas empresas se fortalecem com implementação da Lei Geral

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cios formais do País, com mais de seis milhões de empreendimentos e mais de 78,7% dos 111.746 empre-gos formais criados só no primeiro semestre desse ano. No entanto, o número de contratações das micro e pequenas empresas pelas gestões municipais ainda precisar aumen-tar, segundo Antônio Dourado. Ele afi rma que, em muitos casos, o fato é determinado na elaboração do edi-tal de licitação, que, dependendo da forma de oferecimento da proposta – se por item ou global – já exclui os fornecedores que não comercializem ou não disponham de todos os pro-dutos listados como objeto do edital.

 Uma das previsões da Lei é a im-plantação da Sala do Empreende-dor nos municípios, um espaço que oferece orientações sobre abertura e funcionamento de empresas. Atu-almente, na Bahia, já são 35 espa-ços como esse, capazes de, segundo Roberto, “acolher o Empreendedor Individual e a micro e pequena em-presa, para que possa equacionar suas demandas junto ao poder pú-blico municipal”.

Mérito públicoDesde 2010, Santo Antônio de Jesus regulamenta normas de incentivo ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas e dos Empre-endedores Individuais. O Programa “Tô Legal” é um exemplo de inicia-tiva que oferece vantagens para os EI, com o registro simplifi cado no Cadastro Nacional de Pessoas jurí-dicas (CNPJ), que facilita a abertu-ra de conta bancária, o acesso às linhas de créditos e a emissão de notas fi scais.

Outro incentivo diz respeito ao ISS, que, quando pago mensalmen-te, seu valor é revertido em descon-to no IPTU do ano seguinte. O tra-

balhador formalizado também tem isenção no pagamento da taxa de fi scalização e funcionamento (TFF) e não paga pela taxa de licença e localização (TLL), nem inscrição, alteração e baixa no cadastro mu-nicipal. Outra iniciativa é o Credi-Bahia, o programa de microcrédito do governo estadual, em parceria com o Sebrae e prefeituras. As ações de formalização dos empreendedo-res refl etem diretamente sobre a arrecadação de tributos, dando ao gestor público municipal possibili-dade de desenvolver novos projetos locais, com refl exo direto sobre toda a dinâmica da cidade. 

Através do conceito “Santo Antô-nio de Jesus – Cidade Empreende-dora”, a gestão municipal fomenta diferentes ações para estimular a economia local, como a capacitação de baianas de acarajé e artesãos.

“O resultado é que hoje Santo Antônio de Jesus fi gura como um dos municípios baianos com maior quantidade de Empreendedores In-dividuais e uma das maiores popu-lações de EI por habitante do País”, comemora Euvaldo Rosa, prefeito da cidade. Em 2011, ele foi o grande vencedor da etapa estadual do Prê-mio Sebrae Prefeito Empreendedor.Além disso, o gestor recebeu esta premiação nacionalmente, na cate-goria Melhor Projeto, representando a região nordeste.

Desde a primeira edição do Prêmio Prefeito Empreendedor, os prefeitos baianos vêm apresentando seus di-ferenciais para contribuir com o de-senvolvimento dos municípios. Em 2002, o então prefeito da cidade de Maracás, Fernando Carvalho, no su-doeste do Estado, venceu o prêmio pela região Nordeste, através de um programa chamado Cidade da Flor, que era destinado a garantir empre-

go e renda para famílias carentes, através da fl oricultura.

Na etapa estadual de 2007, o ven-cedor foi o então prefeito de Cama-çari, Luiz Caetano, por seu projeto de gestão voltado para a criação de um ambiente favorável a micro e pequenos negócios. A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, destacou-se em duas edições do prêmio. Em 2009, venceu na etapa estadual na categoria principal, Me-lhor Projeto. Já na edição de 2011, também na etapa estadual, a pre-feita foi contemplada na categoria “Compras Públicas”, por conta de suas políticas de estímulo às micro e pequenas empresas.

Prêmio Sebrae Prefeito EmpreendedorCom o objetivo de identifi car, valorizar e difundir ideias criativas e efetivas que estimulem a implantação e o sucesso de micro e pequenas empresas nos municípios brasileiros, o prêmio está em sua sétima edição. Essa iniciativa, que mostra como bons exemplos viraram bons negócios no Brasil, possui, além de etapa estadual, 12 premiações, cinco regionais (Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul) e sete destaques temáticos: Compras Públicas dos Pequenos Negócios Locais; Formalização de Pequenos Negócios e Apoio ao Empreendedor Individual; Lei Geral Municipal; Médios e Grandes Municípios; Crédito e Capitalização; Planejamento e Gestão Pública para o Desenvolvimento Sustentável; e Promoção do Desenvolvimento Rural.

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Quando procurou o Sebrae, em fe-vereiro de 2010, Edson Batista não sabia que estava prestes a se tornar um dos primeiros Empreendedores Individuais (EI) da Bahia. Hoje, qua-se três anos depois, já são mais 200 mil baianos formalizados, que con-quistaram a cidadania empresarial. “Eu já trabalhava na área, mas não me sentia seguro, principalmente em relação à aposentaria”, afirma o técnico em eletrônica, que trabalha na cidade de Campo Formoso, no norte do estado.

A preocupação de Edson era a mesma de muitos trabalhadores au-tônomos que, até então, conviviam com os riscos da informalidade. Com o Empreendedor Individual, esses trabalhadores passaram a possuir CNPJ, ter acesso a serviços bancá-rios e a possibilidade de vender para o governo e outras empresas. “Hoje, como posso emitir nota fiscal, te-nho muito mais clientes. Antes, nem imaginava isso”, completa Batista.

A possibilidade de emissão de nota fiscal também é apontada por

Cidadania empresarialoutros Empreendedores Individuais como um dos pontos-chave para o crescimento dos seus negócios. É o caso de Fábio Lima, que se formali-zou em 2010, para atuar com cria-ção e impressão de peças gráficas. “Me tornar um EI melhorou minha autoestima como empresário. Ao invés de só vender para conhecidos, passei a me sentir parte do merca-do”, destaca.

A história de Fábio é um dos muitos exemplos de como a formalização aliada à capacitação empresarial

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Lima migrou de EI para microempresa.

pode trazer resultados positivos em curto prazo. Fábio participou de cursos oferecidos gratuita-mente pelo Sebrae e, com menos de dois anos de formalização, au-mentou o faturamento e migrou de Empreendedor Individual para microempresa. “O curso de Gestão Financeira me ajudou a controlar e planejar os recursos da empresa, isso foi essencial para a compra dos equipamentos que permiti-ram o crescimento”, afi rma.

“Estou me sentindo milionária. E tudo começou como Empreendedora Individual com o apoio do Sebrae e da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). Passei a ser respeitada e a ter crédito na praça. Estou muito feliz porque adoro cozinhar. Também estou muito feliz porque trabalho com meus fi lhos e com pessoas aqui do bairro. Ao todo são dez funcionários, todos uniformizados, com luvas, toucas e uniformes com a marca Mary Mar.”Mary Carvalho Menezes (Mary Mar)Após dez meses como empreendedora individual, viu seu restaurante evoluir para microempresa.

EI na BahiaAo se formalizar, o Empreendedor Individual opta por uma ocupação relativa à sua atividade principal e pode registrar até outras quinze ocupações para suas atividades secundárias, entre mais de 400 possibilidades disponíveis. Na Bahia, a atividade com maior número de EI formalizados é comércio varejista de produtos de vestuário e acessórios, com mais de 20 mil empreendedores. Também são destaques o comércio de produtos alimentícios, com quase 11 mil formalizações, e os profi ssionais que trabalham como cabeleireiros, cerca de 13 mil. Outra ocupação com um grande número de trabalhadores formalizados é a de serviços ambulantes de alimentação, que tem mais de seis mil EI. É nesta categoria que se enquadra o pipoqueiro Emerson Rodrigues, de Ilhéus, no sul do estado. Conhecido como Sorozinho, ele faz parte de uma família conhecida por trabalhar no ramo e que tem o seu pai, o famoso Soró, como mentor. Atualmente, ele, o pai e mais seis familiares – entre irmãos, esposas e fi lhos – trabalham com pipoca e atendem desde o público das ruas de Ilhéus até os hospedes de hotéis de luxo da região.Com cerca de 9 mil sacos de pipoca vendidos por mês, Sorozinho não hesita em citar a formalização como uma das chaves para o sucesso da sua família. “São oito formalizados como Empreendedor Individual, que participam das atividades promovidas pelo Sebrae. A vida melhorou muito. Valeu não ter desacreditado e ter investido no negócio”, revela.

vendidos por mês, Sorozinho não hesita em citar a formalização como uma das chaves para o sucesso da sua família. “São oito formalizados como Empreendedor Individual, que participam das atividades promovidas pelo Sebrae. A vida melhorou muito. Valeu não ter desacreditado e ter investido no negócio”, revela.

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Ensinar a empreenderSoluções segmentadas

para cada público.

Acompanhar e se adaptar às trans-formações no mundo do empreen-dedorismo no Brasil. Este tem sido um dos principais desafios da Uni-dade de Educação Empreendedora do Sebrae ao longo da sua história. A criação da modalidade Empreen-dedor Individual (EI) e o surgimento de novas possibilidades de acesso aos conteúdos refletiram direta-mente nas soluções educacionais oferecidas atualmente pelo Sebrae.

Entre as principais mudanças, es-tão a adesão de novos referencias educacionais e a disponibilização de soluções em formatos que não existiam antes, como cursos via in-ternet e SMS, programas de rádio e televisão, e até kits para aprendiza-gem autônoma. “Estas soluções es-tão em novos formatos e obedecem

à segmentação de público”, desta-ca Jacqueline Baqueiro, analista da Unidade de Educação Empreende-dora do Sebrae.

Com base nessa segmentação, o Sebrae oferece grupos de produtos específicos para determinados pú-blicos. Como, por exemplo, o Sebrae Empreendedor Individual (SEI), con-junto de seis oficinas gratuitas vol-tadas para os EI. Construídas com linguagem simples e abordagem direta, as oficinas tratam de etapas essenciais na administração de pe-quenos negócios: Sei Comprar, Sei Vender, Sei Controlar o meu Dinhei-ro, Sei Empreender, Sei Planejar e Sei Unir Forças para Melhorar.

Voltado para as microempresas – aquelas que apresentam o fatu-ramento anual até R$360 mil –, o projeto Na Medida é o mais novo conjunto de soluções segmenta-das do Sebrae. Criado a partir das demandas dos próprios empresá-

rios, levantadas através de pesqui-sas realizadas em todo o Brasil, o Na Medida é composto por cursos, consultorias e palestras focados na melhoria da gestão dos negócios es-pecíficos dessa faixa de faturamen-to. Em fase final de implantação, o projeto estará disponível em todas as Unidades Regionais da Bahia a partir de janeiro de 2013.

Focado em empresas com mais de dois anos de funcionamento e que já tenham superado questões bási-cas de gestão nas áreas de recursos humanos, processos, marketing e fi-nanças, o Sebrae Mais foi planejado para quem tem interesse em expan-dir seus negócios, trocar experiências com outros empresários e buscar soluções para crescer e evoluir cada vez mais. As soluções do Sebrae Mais são: Empretec, Estratégias empre-sariais, Gestão da inovação - inovar para competir, Programa Sebrae de Gestão da Qualidade (PSGQ), Plane-jando para Internacionalizar, Gestão Financeira - do controle à decisão e Encontros Empresariais.

aprender a distânciaPensando em oferecer alternati-vas aos empreendedores que que-riam passar por capacitações, mas não tinham tempo para se dedicar a cursos com carga horária contí-nua, foi criado, há dez anos, o Se-brae EAD. A plataforma, que aten-de a clientes de todo o País, oferece cursos gratuitos via internet, onde cada aluno pode adequar as aulas aos horários disponíveis. Atualmen-te, são 30 cursos diferentes, nas mais diversas áreas, como gestão financeira, atendimento ao cliente e técnicas de vendas.

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Empreendedorismo online: www.ead.sebrae.com.br

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Conhecimento: fórmula para crescer

Em 12 anos de atividade, a Natu-lab, empresa do ramo farmacêutico de Santo Antônio de Jesus, deslan-chou no mercado. E tudo começou com o Empretec. O empresário Mar-coni Sampaio, diretor-executivo da empresa, participou do seminário em 1999.

“Foi em 1999. Já tínhamos feito estudos de oportunidades, ameaças e um plano de negócios. Mas o Em-pretec induziu a uma reavaliação”, conta Marconi. O empresário diz que observou algumas falhas no planeja-mento. “O seminário é fundamental, pois nos ajuda a enxergar os pontos fracos, para corrigir erros, e aprimo-rarmos os pontos fortes, para obter-mos melhores resultados”, pontua.

Por conta do Empretec, Marconi de-cidiu esperar. Ao invés de dar início ao negócio no mês seguinte ao semi-nário, como havia planejado, resol-veu abrir a empresa um ano depois. “Passei a avaliar, inclusive, o perfil dos colaboradores. Vi que era necessário que eles também fossem empreen-dedores”, afirma. De uma microem-presa com seis funcionários, a Natu-lab expandiu e, hoje, emprega mais de 600 pessoas. “Por meio do semi-nário, obtivemos uma visão de longo prazo, o que ajuda a minimizar riscos e potencializar ganhos”, diz. Entre as conquista da empresa, ao longo dos anos, está o Prêmio Realce, em 2002, atual MPE Brasil. A Natulab foi con-templada na categoria Indústria.

EmpretecO Empretec é um seminário que tem por objetivo desenvolver, características de comportamentos empreendedores. O programa foi desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU), visando o fortalecimento dessas características. O participante identifica seu potencial empreendedor e verifica quais são seus pontos fortes e fracos. O Empretec é aplicado no Brasil desde 1991. Na Bahia, os primeiros seminários aconteceram em 1996. Amplamente elogiado pelos participantes, o seminário atua dentro das questões comportamentais e é realizado em seis dias.

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Metas para inovar A diretora da NNova, Neuza Mar-ques, também já participou do Em-pretec. Ela está à frente de um negó-cio que surgiu em 2008, cuja atuação se dá através da prestação de servi-ços no segmento imobiliário. “Posso destacar a incorporação do hábito de estabelecermos metas.  Após a

participação, melhoramos também o planejamento e o monitoramento sistemático de nossas ações, além de evidenciar a importância para realizar o treinamento constante da equipe”, ressalta.

Além do Empretec, Neuza tam-bém participou do curso Gestão Financeira, oferecido dentro do Se-brae Mais. “Percebemos a necessi-dade de programarmos novos con-troles em função do crescimento da empresa, aproveitando as melhores práticas e aperfeiçoando os pontos identificados como frágeis”, conta. Através do curso, a empresária diz que foram obtidos inúmeros bene-fícios. “Um deles foi a definição de

Gestão Financeira – Do controle à decisão Por meio de encontros presenciais e utilização da internet para interação com o facilitador, a capacitação aborda temas como controles financeiros, capital de giro, liquidez, indicadores de desempenho e planejamento orçamentário.

um pró-labore, que representava um grande desafio”, destaca. Para a empresária, a busca pelo conhe-cimento deve ser contínua. “Enten-do que há sempre algo para fazer e aprender. Para quem deseja ser re-ferência em inovação, a busca por conhecimento não cessa”, afirma.

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O economista e ex-funcionário do Sebrae, Elon Coelho, transformou toda a experiência acumulada em 17 anos de colaboração com a Instituição em prática. O conhecimento sobre empreendedorismo, gestão empresarial e relacionamento com clientes auxiliou Elon a escolher o Bistrô Sabores da Noite como opção de vida. Em um ponto paradisíaco da Marina da Ilha de Itaparica, há três anos, ele se tornou empresário. Formalizado como Empreendedor Individual, Elon aproveitou sua experiência também para ajudar o empresariado local. Em 2009, ele fundou a Associação Comercial Empresarial de Itaparica (Aceita). Atualmente é o vice-presidente da Central de Negócios Itaparica – Negócios Turísticos (IINT), formada após o Clube da Excelência, em 2009, que faz parte do Projeto de Turismo da Baía de Todos- -os-Santos, realizado pelo Sebrae.

Sabores da vida

“O Sebrae induziu e estimulou a minha vontade de empreender.

Precisamos do espírito empreendedor, mas também

é necessário técnica.”

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Sebrae perto de vocêO Sebrae possui uma estrutura de atendimento presencial em diversas cidades na Bahia, disponibilizando aos empresários orientação, formalização, consultoria, capacitação e informação. Localizado no Palacete das Mercês, construído no século XIX, o

Centro de Atendimento ao Empreendedor funciona de segunda a sexta-feira, de 9 às 17h.

Centro de Atendimento ao EmpreendedorAv. Sete de Setembro, 261 – Mercês CEP. 40060-035 Tel. 71 3320.4526

Ponto de Atendimento na Bahia Além do Centro de Atendimento ao Empreendedor, o Sebrae Bahia possui 31 Pontos de Atendimento, distribuídos em dez unidades regionais.

AlagoinhasR. Rodrigues Lima, 126-A – Centro CEP. 48010-040 Tel. 75 3422.1888

BarreirasAv. Benedita Silveira, 132, Ed. Portinari Térreo – Centro. CEP. 47804-000 Tel. 77 3611.3013/ 4574

BrumadoR. Dr. Mário Meira, 79 – Centro CEP. 46100-000 Tel. 77 3441.3543

Camaçari R. do Migrante, s/n – Centro CEDAP – Casa do Trabalho CEP. 42800-000 Tel. 71 3622.7332

Euclides da CunhaR. Oliveira Brito, 404 – Centro CEP. 48500-000 Tel. 75 3271.2010

EunápolisR. 5 de Novembro, 66, Térreo – Centro CEP. 45820-041 Tel. 73 3281.1782

Feira de Santana R. Barão do Rio Branco, 1225 – Centro CEP. 44149-999 Tel. 75 3221.2153

Guanambi Av. Barão do Rio Branco, 292 – Centro CEP. 46430-000 Tel. 77 3451.4557

Ilhéus Av. Dois de Julho, 1039, Térreo – Centro CEP. 45653-040. Tel. 73 3634.4068

Ipiaú Praça João Carlos Hohllenwerger, 39 – Centro CEP. 45570-000 Tel. 73 3531.6849/5696

IrecêR. Coronel Terêncio Dourado, 161 Centro CEP. 44900-000. Tel. 74 3641.4206

ItaberabaR. Rubens Ribeiro, 253, Ed. Tropical Center Salas 22 / 23 – Centro CEP. 46880-000 Tel. 75 3251.1023

ItabunaAv. Francisco Ribeiro Júnior nº 198 Ed. Atlanta Center – Centro CEP. 45600-921 Tel. 73 3613.9734

Itapetinga Av. itarantim, 178 – Centro CEP. 45700-000 Tel. 77 3261.3509

IpiráPraça Roberto Cintra, 400-A – Centro CEP. 44600-000 Tel. 75 3254.1239

Jacobina R. Senador Pedro Lago, 100, Salas 1 e 2 Centro CEP. 44700-000 Tel. 74 3621. 4342

JequiéR. Felix Gaspar, 20 – Centro CEP. 45200-350 Tel. 73 3525.3552 / 3553

JuazeiroPraça Dr. José inácio da Silva, 15 Centro CEP. 48903-430 Tel. 74 3612.0827

Lauro de Freitas Lot. Varandas Tropicais nº 279, Q.3 Lote 16, Rua A, Galpão 01 – Pitangueiras CEP. 42700-000 Tel. 71 3378.9836

Paulo AfonsoR. Amâncio Pereira, 60 – Centro CEP. 48602-110 Tel. 75 3281.4333

Porto SeguroPraça ACM, 55 – Centro CEP. 45810-000 Tel. 73 3288.1564

Salvador / Boca do Rio. SAC Empresarial Av. Otávio Mangabeira, 6929, Multishop Boca do Rio CEP. 41706-690 Tel. 71 3281.4154

Salvador / Itapagipe R. Direta do Uruguai, 753, Bahia Outlet Center, Lojas 134 / 135 – Uruguai CEP. 40454-260 Tel. 71 3312.0151

Salvador / Liberdade Estrada da Liberdade, 26, Lojas 13 e 26 Liberdade CEP. 40375-016 Tel. 71 3241.8126

Salvador / Pelourinho. QualiculturaR. das Laranjeiras, 02, Terreiro de Jesus Pelourinho CEP. 40026-230 Tel. 71 3321.9509

Santo Antonio de JesusR. Ruy Barbosa, 22/26, Ed. Saene, Loja 3 Sala 104 – Centro CEP. 44572-000 Tel. 75 3631.3949

Seabra R. Horácio de Matos, 25, Salas 01 / 02 Centro. CEP 46900-000 Tel.75 3331.2368

Senhor do Bonfim R. Benjamim Constant, 12 – Centro CEP. 48970-000 Tel. 74 3541.3046

Teixeira de Freitas Av. Presidente Getúlio Vargas, 3986 Centro CEP. 45995-002 Tel. 73 3291.4333/ 4777

Valença R. Barão de Jequiriçá, 297, Galeria Central Centro CEP. 45400-000 Tel. 75 3641.3293

Vitória da ConquistaR. Coronel Gugé, 221 – Centro CEP. 45000-510 Tel. 77 3424.1600

Central de Relacionamento 0800 570 0800 Segunda a sexta-feira de 8 às 20h

Sede do Sebrae BahiaR. Horácio César, 64, Dois de Julho Salvador, Bahia CEP 40060-350 Tel. 71 3320.4301

OnlinePortal Sebrae Bahiawww.ba.sebrae.com.br

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Com o Programa Sebrae Mais, você terá oportunidade de conhecer modelos avançados de gestão empresarial, ampliar sua rede de contatos, implantar estratégias para estimular a inovação na sua empresa, analisar os aspectos fundamentais da gestão �nanceira e melhorar o processo de tomada de decisões gerenciais.

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