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Referencial urbano Edição 111 | 2013 | ISSN 1414-6517 – Publicação Especializada da Associação Brasileira da Construção Metálica - ABCEM Garantia de segurança às edificações com geometria complexa Ensaio em túnel de vento Sistemas industrializados: rapidez e qualidade às obras do setor hoteleiro Projeto em desenvolvimento Pele de vidro e estrutura metálica compõem edifício do TRT em Goiânia

Revista Construção Metálica 111

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Page 1: Revista Construção Metálica 111

Referencial urbano

Edição 111 | 2013 | ISSN 1414-6517 – Publicação Especializada da Associação Brasileira da Construção Metálica - ABCEM

Garantia de segurança às edificações com geometria complexa

Ensaio em túnel de vento

Sistemas industrializados: rapidez e qualidade às obras do setor hoteleiro

Projeto em desenvolvimento

Pele de vidro e estrutura metálica

compõem

edifício do TRT em Goiânia

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4 Editorial A industrialização na construção

6 Sala Vip Carlos Freire

12 Reportagem Tecnologia a favor dos ventos

18 Aço em Evidência Referencial urbano

22 Projeto em Desenvolvimento Construção hoteleira

26 Livros & Aço Especificação para Estruturas de Aço de Edifícios 27 Projeto e Cálculo de Estruturas de Aço

28 Artigo Técnico Parafusos estruturais de aço ASTM A325 Tipo 3

na construção em aço

34 Galvanização Armco Staco fornece sete silos para novas instalações do Terminal Portuário Seara, no Porto de Paranaguá

36 Notícias ABCEM Vencedores do 6º Concurso CBCA para

Estudantes de Arquitetura 38 Publicação do CBCA recebe o conceito

Qualis B4 pelo Capes 39 Ocean Machinery em novo endereço 39 Fachadas e revestimentos com chapas de aço

40 Giro Pelo Setor 68º Congresso da ABM aborda as vantagens da construção metálica

42 A construção metálica e sustentável no Greenbuilding

43 Tekla Structural 19

44 Nossos Sócios Composite, Perfilor ArcelorMittal

45 Sócios e Produtos Empresas, entidades de classe e profissionais liberais

48 Estatística Inversão na tendência de queda nas vendas

no último bimestre

50 Agenda Eventos do Setor

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4 Construção Metálica

Edição 111 – 2013

Publicação especializada da Associação Brasileira da Construção Metálica – ABCEM

Conselho Diretor ABCEMPresidenteLuiz Carlos Caggiano Santos (Brafer)Vice-PresidentesCésar Bilibio (Medabil)Fulvio Zajakoff (Bemo)Ronaldo do Carmo Soares (Gerdau)Ulysses Barbosa Nunes (Armco Staco)DiretoresAntonio Roso (Metasa)Steffen B. Nevermann (Dânica) Ademar de C. Barbosa Filho (Codeme) Marino Garofani (Brafer) Weber Reis (CSN) Marcelo Manzato (Manzato) Bernardo Rath Garcia (Techsteel Eng.) Alan Baldon (Engemetal) Horácio Steinmann (UMSA)Carlos Eduardo Marzola (Tecnaço Const. Met.) Afonso Henrique M. de Araújo (V&M)Volmir Supptitz (Nova JVA) Norimberto Ferrari (FAM Const. Metálicas)Érik Demuth (Demuth Machines)Edson de Miranda (Perfilor) Diretora ExecutivaPatrícia Nunes [email protected] GeralAv. Brig. Faria Lima, 1931 – 9o andar – Cj. 9101452-001 – São Paulo, SPFone/Fax: (11) [email protected] e MarketingElisabeth [email protected]

EdiçãoSansei ProjetosPaulo Ferrara [email protected] RodriguesDireção de Arte e diagramaçãoAntonio AlbinoJornalista ResponsávelValéria Vargas (MTB 21139)EstagiáriaLilian Kaori FujitaRevisãoTassiana Ghorayeb ResendeContato com a redação [email protected](11) 7630-8879PublicidadeAv. Brig. Faria Lima, 1931- 9o andar01452-001 – São Paulo, SPFone/Fax: (11) 3816.6597www.abcem.org.brTiragem5.000 exemplaresCapa: foto de Nelson Kon cedida por Corsi Hirano Arquitetos

Construção Metálica é uma publicação trimestral, editada desde 1991, pela Associação Brasileira da Construção Metálica – ABCEM, entidade que congrega empresas e profissionais da Construção Metálica em todo Brasil. A revista não se responsabiliza por opiniões apresentadas em artigos e trabalhos assinados. Reprodução permitida, desde que expressamente autorizada pelo Editor Responsável.

Há três anos, o então presidente do Instituto Aço Brasil (IABr), Flávio Roberto Silva de Azevedo declarou que o País experimentava um movimento de transição da construção convencional para a industrialização. A justificativa eram os investimentos crescentes em produtos industrializados, como o steel decks, painéis pré-fabricados para fechamen-to, drywall, shafts, tubulações flexíveis de polietileno, entre outros. De lá pra cá, o cenário se apresentou ainda mais positivo, a partir de novas tecnologias e sistemas constru-tivos que passaram a se multiplicar nos canteiros de obras. Parte disso se deve ao momento pelo qual o Brasil atraves-sa com obras de infraestrutura, hotelaria e esportivas em quase todas as regiões, tendo em vista os grandes eventos esportivos nos anos que se seguem.

E se a demanda por novos empreendimentos é cres-cente, cabe aos profissionais de arquitetura e construção atender a contento às exigências. Nesta edição mostramos projetos que caracterizam essas transformações, como o novo edifício do Tribunal Regional do Trabalho de Goiânia, que tem projeto assinado por Corsi Hirano Arquitetos. Exe-cutado com estrutura mista em aço e concreto, o partido revela algumas inovações arquitetônicas como a instalação de uma grelha metálica entre as fachadas, elemento que traz sombreamento às áreas internas – solução acertada para a região de clima quente.

Na sequência, os empreendimentos hoteleiros da rede Accor mostram que os sistemas industrializados, sobretudo as estruturas metálicas, garantem aspectos como velocida-de construtiva e qualidade final aos projetos. Aliás, a busca constante pela qualidade foi o que motivou o engenheiro Carlos Freire, a desenvolver projetos com o uso de softwa-res de modelagem em 3D. Na seção Sala Vip, ele destaca que a tecnologia é ideal para as estruturas complexas. Este também é o enfoque da nossa Reportagem, que traz uma matéria a respeito dos ensaios em túnel de vento no IPT. Os testes garantem segurança e até economia às estruturas com geometria diferenciada.

Também neste número, o artigo técnico sobre Para-fusos estruturais de aço ASTM comprova que a cadeia produtiva do aço passou um processo significativo de amadurecimento e modernização. De fato, tecnicamen-te, não há restrições para o uso do material. O desafio é incorporá-lo cada vez mais à rotina dos canteiros. Contu-do, de uma forma ou de outra, seu uso pode ir além, como vimos no Terminal Portuário Seara, no Porto de Parana-guá, cujas instalações receberam sete novos silos, todos em aço, conforme apresentamos na seção Galvanização. No mais, os eventos do setor confirmam as vantagens e diferenciais dos materiais ferrosos em projetos com as mais variadas tipologias, com diferenciais que vão da du-rabilidade, a facilidades no manuseio, além de resistência e baixo impacto ambiental.

Boa leitura.Luiz Carlos Caggiano Santos

Presidente da ABCEM

A industrialização na construção

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6 Construção Metálica

SalaVip

Carlos Freire O engenheiro civil Carlos Alberto Freire de An-drade Lopes, ou apenas Carlos Freire, como é conhecido, é uma autoridade quando o as-

sunto é estrutura metálica. Formado em 1980 pela Escola de Engenharia Mauá e diretor técnico do es-critório que carrega o seu nome, possui mais de três décadas de experiência no segmento. No decorrer da carreira desenvolveu know how em nichos específicos da construção em aço, como projetos de helipontos, edifícios para empresas petroquímicas, além de atuar no desenvolvimento de projetos de recuperação es-trutural. Porém, mais do que isso, se tornou um es-pecialista em CNC (sigla para controle numérico por computador). Trata-se de um sistema de fabricação de estruturas metálicas a partir de arquivos enviados por um software de modelagem 3D, que contém todas as informações relacionadas à estrutura. Utilizada há mais de 20 anos em países europeus e também nos Es-tados Unidos e no Japão, a tecnologia ainda é recente no Brasil, e, segundo o engenheiro, pode impulsionar ainda mais o uso de sistemas construtivos industria-lizados no mercado brasileiro, ainda definido por so-luções artesanais. Freire, associado da ABCEM desde 2002, durante a entrevista para a Revista Constru-

ção Metálica, falou sobre sua experiência com o CNC e as vantagens deste pro-

cesso em relação aos métodos con-vencionais. Confira a seguir:

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Carlos Freire: bons projetos explorando bem a fabricação em CNC lembram as obras rebitadas da revolução industrial

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Construção Metálica 7

Freire – O CNC é uma parte do processo

de produção da estrutura metálica. Exis-

tem algumas etapas anteriores, como o

cálculo e o planejamento da estrutura.

Nesta última, a obra é detalhada peça a

peça, por meio de um software de mo-

delagem com posição das perfurações,

bem como das medidas exatas das peças.

Nessa etapa são geradas as informações

necessárias para que a máquina de CNC

trabalhe. Logo, a operação em CNC pode

ser feita de duas maneiras. Desenha-se a

peça que se quer produzir e uma máquina

é programada para executar o que está no

desenho. Mas já tivemos avanços. Atu-

almente, o próprio programa é utilizado

para realizar o detalhamento da estru-

tura, criando um arquivo no formato do

processamento usado nos equipamentos

CNC. Esse arquivo vai diretamente para a

máquina que executa o serviço.

Freire – Quando se emprega alta tec-

nologia, muitos valores passam a ser

agregados. Uma vantagem está dire-

tamente relacionada ao custo. Uma es-

trutura projetada e fabricada por CNC

chega a custar 20% a menos do que a

produzida de forma convencional, uma

Carlos Freire – Começamos a utilizar

em 2002. Em alguns países europeus,

nos Estados Unidos e no Japão o pro-

cesso de fabricação automatizada de es-

truturas metálicas por CNC é emprega-

do desde a década de 1990. Conheci o

processo ao visitar empresas na Europa.

Na ocasião, adquiri um software finlan-

dês de modelagem 3D com resultados

de arquivos para operação em CNC.

Freire – A primeira obra foi o heliponto

do Hospital Paulistano, em São Paulo,

em 2003. Ele é todo em estrutura metá-

lica, parafusado e totalmente projetado

e produzido com o uso de CNC.

Freire – Em 2002 tínhamos muita dificul-

dade em manipular o programa de mode-

lagem porque não existia outro usuário no

Brasil. Na época, delegamos a um único

profissional do escritório a missão de utili-

zar o software. À medida que surgiam dú-

vidas, recorríamos ao fabricante na Euro-

pa. O problema é que a empresa conhecia

o software, mas não o sistema construtivo

em aço. Hoje, com a disseminação da tec-

nologia é mais fácil a troca de ideias. Sem

contar que o treinamento e a aprendiza-

gem tornaram-se mais fáceis à medida

que outros profissionais se especializaram.

Freire – Aos poucos, o sistema está sen-

do disseminado aqui no Brasil. Temos,

de fato, pleno conhecimento da tecno-

logia, embora exista uma quantidade

pequena de profissionais que trabalhem

com ela. Porém, trata-se de pessoas

muito qualificadas e realmente aptas a

fazer o que se faz globalmente.

Desde quando

o seu escritório

utiliza o CNC

nos projetos?

Qual foi o

primeiro projeto

que você utilizou

esse tipo de

tecnologia?

Como foi

utilizar um

sistema ainda

novo no país?

Pode-se dizer

então que a

tecnologia foi

incorporada

pela maioria

dos escritórios

brasileiros?

Como o CNC

pode ser

definido dentro

do processo

de fabricação

da estrutura

metálica?

Aos poucos, o sistema está sendo disseminado aqui

no Brasil. Temos, de fato, pleno conhecimento da tecnologia,

embora exista uma quantidade pequena de profissionais que

trabalhem com ela.

Quais são as

vantagens

em relação

ao sistema

convencional?

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8 Construção Metálica

Uma estrutura projetada e fabricada

por CNC chega a custar 20% a menos do que a produzida de forma

convencional.

vez que as chances de erros são prati-

camente nulas. O software possibilita o

dimensionamento exato de cada peça

e também de todas as ligações. Todo

o detalhamento é enviado para o com-

putador, que realiza o trabalho em um

sistema fechado em 3D. Outra vanta-

gem é que ainda é possível dar nome às

peças, facilitando a montagem, então

realizada de maneira sequenciada em

função das identificações feitas. O mais

interessante é que o sistema permite a

criação de uma maquete eletrônica da

obra. Quando os arquivos das peças

que compõem essa maquete eletrônica

são gerados, a máquina corta e perfura

exatamente conforme o modelo deter-

minado pelo sistema. Além de qualida-

de, o processo imprime velocidade na

execução do projeto.

Freire – Hoje o mercado dispõe de cin-

co ou seis softwares de modelagem 3D

de fabricantes de origens diferentes.

Cada programa desses tem um preço e

uma determinada eficiência, mas todos

conseguem trabalhar com o cálculo, o

detalhamento e a geração dos arquivos

em CNC. Existem diferenças entre eles,

porém, são todos muito eficientes.

Freire – Atualmente temos três softwares

de modelagem aqui no escritório. Apesar

de diferentes, todos geram arquivos de

CNC. Normalmente usamos o programa

que o cliente tem. Ao realizar uma obra,

instalamos o software no computador e

carregamos a estrutura que será monta-

da. Como se trata de um programa inte-

ligente, basta abrir o modelo 3D e clicar

sobre uma determinada peça que ele au-

Como é a

oferta de

softwares

atualmente?

Com quantos

deles você

trabalha no

escritório?

Os elementos a serem montados não têm peças soldadas.

O objetivo é usar o CNC para evitar soldas, inclusive,

de fabricação

O modelo (abaixo) representa a

maquete em escala 1:1 e é praticamente

idêntico à obra acabada (ao lado)

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Construção Metálica 9

SalaVip

prédio e os vários equipamentos neces-

sários, de maneira que tais informações

acabam por interferir no projeto. Neste

caso, a base ou piso das estruturas me-

tálicas tem de receber perfurações exatas

para a fixação em pontos pré-determina-

dos. Eu diria que nesse tipo de obra só é

possível se obter qualidade por meio de

processos com modelagem 3D, uma vez

que todas as informações serão inseridas

no CNC. Aliás, ao longo destes 30 anos

de experiência com estruturas metálicas,

encontrei muitos problemas na fabrica-

ção e montagem desse tipo de edifício.

Em geral, isso acontece com construções

mais complexas, quando o partido arqui-

tetônico é repleto de curvas. Na Europa,

existe uma tendência de projetos execu-

tados com estrutura em aço, com essa

característica de arquitetura mais fluida

e repleta de traços orgânicos. Em cons-

truções olímpicas temos muitos projetos

assim. Nessa tipologia, as peças são bem

complicadas de se executar, exigindo

mais recursos do programa. Os estádios

vistos nos Jogos Olímpicos de 2008, na

China, são um exemplo.

Freire – Foi uma fábrica inteira do

Grupo Ultra no polo petroquímico de

Camaçari (BA). São vários edifícios de

processos, todos produzidos em 3D e

processados em CNC.

Freire – Eu acho fundamental associar

não só o CNC, mas toda a modelagem

3D à construção metálica. A tecnologia

garante qualidade, precisão, flexibili-

dade nas formas, além de significativa

Qual o projeto

mais significativo

que você já

executou com o

uso do CNC?

tomaticamente mostra o nome do com-

ponente e onde ele deve ser instalado.

Freire – A diferença entre um programa

e outro é que alguns possuem recursos a

mais. O que possibilita que alguns dese-

nhos sejam feitos com maior facilidade e

velocidade, utilizando recursos que talvez

outros não tenham, principalmente em

relação ao detalhamento das ligações das

peças. Porém, em obras mais convencio-

nais, como edifícios corporativos com es-

truturas inteiramente em aço, por exem-

plo, o mais simples consegue atender.

Freire – No setor petroquímico, por

exemplo, que denominamos de edifícios

de processos. Além da estrutura metálica,

é preciso considerar o tipo de tubulação

que transporta os elementos químicos no

Existem

diferenças

de qualidade

entre os

softwares?

Alguma

tipologia de

obra exige mais

recursos desses

programas?

O que o

sistema em CNC

representa hoje

para a construção

em aço?

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SalaVip

redução de custos ao projeto como um

todo. Costumo dizer que o método des-

caracteriza o conceito de fábrica de es-

trutura metálica, criando o de centro de

processamento em aço.

Freire – Em alguns países, particular-

mente nos Estados Unidos, existem

várias empresas que se auto-intitulam

steel center, que significa centro de pro-

cessamento em aço. Isso é muito co-

mum no mercado americano. As cons-

trutoras podem escolher entre quatro

ou cinco steel centers para fabricar as

vigas e entregar direto na obra. Ocorre

até de várias trabalharem em um mes-

mo projeto. Nós tivemos alguns mode-

los assim no Brasil, mas sem sucesso.

Isso mudaria o conceito de fabricante de

estrutura em aço no país. Lá quem faz

a obra é a construtora, e não quem pro-

duz a estrutura metálica. Aqui, muitas

vezes, os fabricantes são responsáveis

até pelo projeto. Acho que eles ficariam

até felizes se funcionassem como um

steel center. O fabricante não tem que

ter responsabilidades de engenharia,

pois isso recai sobre os projetistas. Ele

tem que recortar e perfurar o aço, o que

representaria um grande negócio para

os produtores de estrutura.

Freire – O CNC funciona bem para a pro-

dução de vigas do tipo I, H e cantoneira.

Em uma estrutura treliçada, por exemplo,

ele não se aplica tão bem. A menos que

se utilize uma máquina para fabricação de

treliça em CNC, o que é pouco comum

no Brasil. Outra questão importante é que

essa tecnologia é mais indicada à constru-

ção da estrutura metálica com parafusos.

O que não significa que não exista solda

no CNC, até pode ser utilizada num siste-

ma automático, mas a resposta nem sem-

pre é eficiente. Os projetos mais recentes

que temos executado lembram as estru-

turas de rebite, comuns às peças fabrica-

das durante a revolução industrial inglesa,

completamente sem soldas. Trata-se de

obras com montagem 100% parafusadas,

com galvanização a fogo. Isso é possível

graças ao CNC, que possibilita um corte

preciso. A ideia é eliminar o trabalho ar-

tesanal, isto é, produzir cada vez mais a

estrutura no computador e sem grandes

interferências do homem.

Qual a

diferença

básica entre

os dois?

Existe algum tipo

de restrição para

o uso do CNC

na fabricação

de estruturas

metálicas? Ou

seja, alguma

tipologia de obra

o qual ele não

seja indicado?

Modelo completo do heliponto do

Hospital Paulistano que foi 100%

fabricado em CNC. Todas as ligações são

formadas por peças soltas e parafusadas

na montagem

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12 Construção Metálica

Reportagem

O s ensaios em túnel de vento são

necessários sempre que as con-

figurações do projeto arquitetônico não

estejam contempladas na norma que

rege a ação dos ventos sobre a estrutura

das edificações, a NBR 6123/1988. A nor-

ma fornece procedimentos e coeficientes

confiáveis para as construções com geo-

metria em planta quadrada ou retangu-

lar, bem como cúpulas, coberturas iso-

ladas, entre outras. Porém, não abrange

as estruturas (metálicas ou em concreto)

mais complexas, como construções com

formas esféricas, estádios e arenas olím-

picas, pontes estaiadas ou torres esbeltas.

De acordo com Gilder Nader, pesqui-

sador do Centro de Metrologia de Fluidos

(CMF) do Instituto de Pesquisas Tecnoló-

Ensaios em túnel de vento garantem segurança e economia a projetos com estruturas complexas

Tecnologia a favor dos ventos

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Construção Metálica 13

gicas do Estado de São Paulo (IPT), para a

realização do ensaio é fundamental repro-

duzir as condições do vento local, em es-

cala de modelo reduzido, de maneira que

este seja o mais fiel possível à construção.

“Por meio destes ensaios são definidos,

por exemplo, os carregamentos estáticos

do vento e também a resposta dinâmica

da edificação. A partir daí, analisa-se al-

guns fatores como as forças de arrasto e

de sustentação, tombamento, além das

frequências de ressonância e a amplitude

de vibração da estrutura”, explica.

A consideração do entorno é igual-

mente importante, pois está relacionado

à rugosidade do terreno exercendo in-

fluência direta sobre as características do

vento na construção. “Se for realizado

um ensaio em uma edificação na região

central de São Paulo, a vizinhança em um

raio de 300 metros também será avaliada.

Porém, o vento incidente nesse modelo

precisa ser característico para terrenos da

categoria V, de acordo com a NBR 6123”,

esclarece o pesquisador.

Assim como o entorno, as formas

arquitetônicas influenciam na decisão

de se realizar ou não ensaios. Estruturas

mais arrojadas não são cobertas pelos co-

eficientes previstos na norma, portanto,

requerem um estudo mais apropriado.

“Por questões de segurança e conforto

dinâmico da edificação, é recomendável,

por exemplo, a realização de ensaios em

torres com estruturas metálicas esbeltas e

revestidas com pele de vidro, ainda que

tenham características próximas às des-

critas pela norma. E quando a edificação

possui configuração complexa, a necessi-

dade de ensaio em túnel de vento é quase

que obrigatória”, salienta Nader.

O pesquisador lembra ainda que, ao

longo dos últimos anos de estudos reali-

zados no IPT, notou que em muitos casos

o dimensionamento das estruturas me-

tálicas sofreu significativa redução após

passar por ensaios. Para ele, os testes

tornaram-se uma ferramenta importan-

te, uma vez que otimiza o projeto tanto

em segurança quanto em economia.

Acima, Museu do Amanhã visto pelo lado norte, com algumas aletas na vertical. À esquerda, foto do Túnel de Vento do IPT

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14 Construção Metálica

os ensaiosPara a realização dos ensaios são

construídos modelos reduzidos de edifi-

cações em escalas que variam de acordo

com a dimensão do conduto do túnel de

vento, mas nunca menor que 1:400, com

simulação da vizinhança e da rugosida-

de local. Os ensaios são feitos por meio

de uma plataforma circular que ao girar

simula as direções do vento até comple-

tar uma volta (360 graus). O engenhei-

ro Flávio D’Alambert, da Projeto Alpha

Engenharia, destaca que em cada etapa

são coletados os coeficientes de pressão

interno e externos. “Uma vez tratados

estatisticamente, geram as matrizes de

carregamento, conforme a solicitação do

projeto estrutural”.

Ainda hoje é mais comum a ocor-

rência de ensaios na fase final do proje-

to executivo. Porém, tem-se

investido em tecnologia para

agilizar os ensaios e a entrega

dos resultados. “Dessa forma,

os testes em diversas etapas

do projeto passa a ser até

mais viável”, afirma Gilder

Nader. Ele acrescenta que,

no decorrer deste ano, frente

ao número de obras em andamento no

país, o IPT adquiriu instrumentação ca-

paz de realizar a medição de 512 tomadas

de pressão simultaneamente. Com isso,

acelerou-se a entrega dos resultados em

um período máximo de 10 dias corridos.

Estruturas complexas Dentre as grandes obras em estru-

turas metálicas que passaram por ensaios

em túnel de vento do IPT, destacam-se

a Arena Pantanal, o Estádio Castelão, o

Estádio do Morumbi e o Museu do Ama-

nhã. A análise dos resultados chama a

atenção pelas características distintas de

cada edificação.

Com área de 50 mil m2 e capacidade

para 43 mil espectadores durante a Copa,

a Arena do Pantanal, no Mato Grosso,

é composta por quatro módulos de ar-

quibancadas independentes – duas delas

estão sendo construídas em concreto pré-

-moldado e outras duas em estruturas me-

tálicas aparafusadas para desmontagem e

com redução de 30% da capacidade após

o término do mundial. Como a inclinação

das coberturas é mínima, tendendo a zero,

durante as simulações observou-se que os

coeficientes de pressão eram igualmente

Acima, à esquerda, elementos para geração do vento característico na escala do modelo. Acima, esquema do túnel de vento do IPT, ilustrando suas principais

dimensões, as duas mesas giratórias de testes, os elementos de rugosidade, barreira e geradores de

vórtices para modelar o vento característico do local

Reportagem

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16 Construção Metálica

distribuídos pela cobertura, sendo os valo-

res extremos equilibrados pelas quinas. Os

testes também mediram os carregamen-

tos de ventos nos sistemas de fechamento

construídos em tensoestrutura, tecnologia

que está sendo adotada na construção e re-

forma de diversos estádios brasileiros.

Outro exemplo foi o Estádio Cícero

Pompeu de Toledo, o Morumbi, em São

Paulo. Os testes forneceram coeficientes de

forma e de pressão que garantiram confia-

bilidade na concepção da nova cobertura de

30 mil m2. Executada com estrutura metálica,

em um sistema de treliça espacial, demandou

cerca de quatro mil toneladas de aço tratado.

O fechamento, segundo D’Alambert, ainda

não foi escolhido e encontra-se em estudos.

“O material adotado terá que minimizar o

impacto sonoro dos ventos no estádio e tam-

bém os ruídos causados durante os shows”.

Apesar de circular, segundo Gilder

Nader, o ângulo de inclinação da cobertura

tende a zero, comportamento intermediá-

rio entre a Arena do Pantanal e o Castelão.

“Por outro lado, é interessante notar que o

Morumbi terá uma arena de shows fechada.

Assim, durante os ensaios, foi considerada

essa possibilidade, na qual foram obtidos

coeficientes de pressão externo e interno

para essa configuração, acarretando em di-

mensionamentos distintos”, explica.

Com arquitetura concebida pelo es-

panhol Santiago Calatrava, o Museu do

Amanhã, edificação de 12.500 m2, no

Rio de Janeiro, terá cobertura de 41 me-

tros de largura, 28 de altura e 340 metros

de comprimento. Para determinação dos

carregamentos estáticos do vento, o IPT

construiu um modelo reduzido na escala

1:200 e reproduziu a vizinhança num raio

de 300 metros. Pelo fato do edifício possuir

estruturas móveis, onde serão posiciona-

dos coletores solares, e estas estruturas se

moverem acompanhando a posição do sol,

foram realizados ensaios com essas estru-

turas móveis em diversas posições, além

de terem sido realizadas medições de pres-

sões internas com algumas configurações

de permeabilidade. Nestes ensaios deter-

minaram-se coeficientes de pressão na

cobertura e nas fachadas laterais, os quais

forneceram aos projetistas e à construtora

dados necessários para o correto dimensio-

namento das estruturas metálicas e de con-

creto e também de todas as esquadrias.

Já o Estádio Plácido Aderaldo Cas-

telo, o Castelão, na cidade de Fortaleza,

com 155 mil m2, mantém sua configura-

ção de estádio circular. A única premissa,

segundo o engenheiro Flávio D’Alambert,

responsável pelo projeto de cobertura, foi

renovar a identidade visual da construção,

uma exigência às arenas contemporâneas.

Para tanto, foram criados pórticos treliça-

dos com tubos metálicos que interagem

com os pórticos de concreto preexisten-

tes. “Do seu interior são lançadas as vigas

de cobertura, com mais de 50 metros de

comprimento, garantindo proteção total

às arquibancadas destinadas ao público”,

ressalta D’Alambert. Para o engenheiro,

os resultados de ensaio em túnel de vento

deram subsídios para esse dimensiona-

mento com total segurança, consideran-

do-se que a região do nordeste é acometi-

da por ventos constantes.

Reportagem

Origem do túnel de vento

os ensaios de edificações como conhecemos hoje foram revolucionados em 1959 por Jack E. Cermak, quando montou um túnel de vento de camada limite atmosférico, na Colorado state university. a partir dessa data, passou-se a estudar a interação vento-estrutura em edificações submetidas a um escoamento turbulento, reproduzindo as características do vento natural do local da construção. No entanto, foi a partir da década de 1970 que os testes cresceram em importância. No Brasil, a demanda aumentou muito nos últimos dez anos em virtude dos projetos com estruturas mais arrojadas como arenas esportivas e torres esbeltas.

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18 Construção Metálica

Q uando os escritórios Corsi Hirano

arquitetos + R.Nishimura venceram

em 2007 um concurso nacional para proje-

tar o novo Fórum do Complexo Trabalhista

do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da

18ª região, localizado em Goiânia (GO), a

grande preocupação era construir um es-

paço cívico de qualidade. Um lugar que

pudesse ser aproveitado por toda a popu-

lação, e não só pelos seus usuários.

Referencial urbanoEstrutura em aço e pele de vidro valorizam projeto do Tribunal Regional do Trabalho de Goiânia

Fazer com que um prédio com vo-

cação tão austera seja um qualificador

do espaço urbano exige ao menos duas

questões. A primeira é dotá-lo de equi-

pamentos que atraiam o interesse das

pessoas. Por isso, além das 20 varas onde

transitam os processos, o edifício dispõe

de centro cultural com auditório, biblio-

teca, área de exposições e café, bem como

salas para cursos, além de restaurante na

cobertura com vista geral da cidade.

A segunda é transformar, por meio

da arquitetura, a construção em um sím-

bolo do município. E, nesse sentido, a

estrutura metálica desempenhou papel

fundamental à construção. É bem verda-

de que o plano inicial não contemplava

o uso do sistema em aço. A ideia era le-

vantar um edifício com lajes em concreto

protendido. Como o projeto arquitetôni-

Page 19: Revista Construção Metálica 111

Construção Metálica 19

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co previa uma pele de vidro como revesti-

mento de todo o perímetro da edificação,

os pilares deveriam ficar centralizados.

“Executamos grandes blocos fecha-

dos de concreto armado nas partes cen-

trais, onde estão os elevadores e as esca-

das. É como se existissem ‘miniprédios’

no meio da construção, servindo para es-

truturar as bases de apoio do restante da

estrutura”, explica Ricardo Zulques, sócio

diretor da BRZ Engenharia, empresa res-

ponsável pelo projeto estrutural da obra.

Com isso, criaram-se vãos de gran-

des dimensões com cerca de 15 metros. A

partir daí um estudo de viabilidade mos-

trou que o sistema misto em aço e con-

creto seria a melhor opção. “Ele acabou

sendo mais eficiente pelo fato de diminuir

a carga, ser mais econômico, além de não

prejudicar a passagem das instalações”,

explica o arquiteto Daniel Corsi.

A solução ainda permitiu que o am-

plo hall de entrada chegasse a uma altura

de 12 metros em alguns pontos. Na parte

da frente foram instalados perfis de aço in-

dependentes para sustentar o fechamento

da fachada com pele de vidro, principal

elemento de identidade do edifício.

A primeira foi executada com vidros

duplos laminados de aproximadamente

3,60m x 1,25m. Sua principal função é for-

necer proteção contra o excesso de insola-

ção, reduzindo a transmissão de calor nos

espaços internos. O material possui uma

coloração cinza e serigrafia desenhada es-

pecialmente para o prédio com base em

cálculos de transparência e opacidade.

Todos os painéis possuem presilhas

de aço escovado que não exigem a perfura-

ção do vidro durante a instalação. Fixados a

80 centímetros das extremidades das pla-

cas para evitar flambamento, esses com-

Fachada geral do Fórum Trabalhista de Goiânia, executado com estrutura mista em aço e concreto e revestido com pele de vidro, solução que barra o excesso de calor nos ambientes. Além disso, pequenos vãos entre as placas possibilitam a troca de ar. A existência de grelha entre as duas fachadas, conforme imagem abaixo, funciona como brise, além de ajudar no sombreamento interno

açoEmevidência

Page 20: Revista Construção Metálica 111

20 Construção Metálica

ponentes são ligados a garras metálicas

fixadas nas extremidades do edifício. Além

disso, grelhas de metal foram colocadas na

mesma altura dos pisos de cada andar, fun-

cionando como passarela de manutenção e

brise de sombreamento para as janelas.

Já a camada interior é composta por

caixilhos de alumínio e vidros transparen-

tes, alternados entre painéis fixos e mó-

veis. Dessa maneira, o sistema cria uma

proteção contra a radiação solar e colabo-

ra para a economia energética do tribunal,

reduzindo significativamente o uso do ar

condicionado, além de permitir que os

usuários tenham uma visão do entorno

sem comprometer a eficiência do projeto.

“A execução da fachada foi muito interes-

sante porque tinha a questão do ineditis-

mo. Tínhamos uma série de referências

fora do Brasil, onde a solução é mais co-

mum, mas tivemos que trazer isso para o

nosso universo. Foi preciso uma grande

proximidade entre todos os profissionais

envolvidos no projeto”, afirma Corsi.

Além de todos esses elementos, o

aço também está presente na escada he-

licoidal e na rampa do térreo, escorada

sobre dois pontos na laje de 17 metros de

largura do mezanino – também execu-

tada em estrutura metálica – e sobre um

apoio vertical com uma treliça. Já os pi-

lares ganharam uma superfície formada

por uma nata de concreto, enquanto para

o piso adotou-se granilite branco.

Apesar do hall ocupar uma área ampla

e o edifício estar localizado em uma região

de clima quente, em nenhum momento

cogitou-se climatizá-lo. Para manter a tem-

peratura agradável, as paredes de vidro do

andar foram divididas em quatro faixas hori-

zontais. Nas duas de baixo as placas perma-

necem juntas, enquanto nas linhas de cima,

protegidas pela camada externa da pele que

reveste a edificação, existe uma abertura de

10 centímetros entre um painel e outro. A

solução permite que o espaço seja constan-

temente ventilado, ao mesmo tempo em

que se mantém protegido da chuva.

De acordo com arquiteto Daniel

Corsi, todos os materiais empregados vi-

saram à máxima qualidade da edificação,

sem extrapolar os limites orçamentários

estabelecidos. Vale destacar ainda que

o projeto se integra a uma praça monu-

mental, qualificando o espaço público e

seu entorno, além de possibilitar a cria-

ção de um expressivo marco urbano.

O uso de estrutura mista permitiu que o amplo hall de entrada chegasse a 12 metros de altura. Na parte da frente foram instalados perfis de aço independentes para sustentar o fechamento da fachada com pele de vidro

TRT – 18ª região

local: Goiânia (GO)

Cliente: União Federal / TRT – 18ª Região

Conclusão: abril de 2012

Construção: GM e CG

arquitetura: Corsi Hirano Arquitetos – Daniel Corsi, Dani Hirano e Reinaldo Nishimura (autores); Laura Paes Barretto Pardo, Liana Paula Perez de Oliveira, Sergio Matera, Thais Velasco, Andrea Key Abe, Taís Lie Okano, Renato Borba e Pamella Porto Kaninski (colaboradores)

Área construída: 26.707m²

total de aço utilizado: 1.100 toneladas (estrutura principal)

fachada: Avec Design

estrutura metálica: Florenzano

Grelhas Metálicas: Selmec

Vidros: santa Marina Vitrage

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Page 21: Revista Construção Metálica 111
Page 22: Revista Construção Metálica 111

22 Construção Metálica

Construção hoteleiraEstrutura metálica combinada às demais tecnologias industrializadas garante qualidade e rapidez à implantação dos hotéis da rede Accor

ProjetosEmDesenvolvimento

Page 23: Revista Construção Metálica 111

Construção Metálica 23

À esquerda, imagem do Hotel Ibis Foz do Iguaçu, que depois de construído deverá acomodar 125 suítes. Acima, etapa de fechamento em steel framing e placas cimentícias na fachada

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D esde que o Brasil anunciou que iria

sediar os grandes eventos esporti-

vos como a Copa do Mundo de 2014 e

as Olimpíadas de 2016, iniciou-se uma

aceleração nas obras não só referentes às

instalações esportivas como também de

infraestrutura e, principalmente no setor

de hotelaria. A prova é o número de esta-

dias ampliadas em várias regiões do país.

O grupo francês Accor, por exemplo, por

meio da bandeira Ibis, tem 85 unidades

em desenvolvimento nos vários cantos

do país, sendo que desse montante, so-

mente no Estado de São Paulo serão en-

tregues mais 17 instalações. De acordo

com o diretor técnico de Implantação e

Patrimônio da Accor América Latina, o

engenheiro civil Paulo Mancio, a rapidez

na execução dos novos empreendimen-

tos está sendo possível graças ao uso dos

sistemas construtivos industrializados,

entre os quais destacam-se as estruturas

metálicas ou mistas (em aço e concreto),

os painéis pré-fabricados, os banheiros

prontos e o sistema hidráulico PEX (tubos

flexíveis). Para ele, tais conceitos refletem

diretamente na qualidade dos serviços,

na satisfação dos hóspedes e, sobretudo,

no retorno rápido do investimento, sen-

do este último fator primordial.

“O uso de estruturas metálicas ou

mistas nas novas unidades da família Ibis

tem proporcionado uma redução de 40%

a 70% no tempo de entrega da constru-

ção”, afirma Mancio. Soma-se a isso, a

Page 24: Revista Construção Metálica 111

24 Construção Metálica

qualidade final da obra e a facilidade de

manutenção como um todo, consideran-

do que o sistema construtivo em aço fun-

ciona como gabarito, ou seja, não admite

erros e nem perdas no canteiro de obras.

Para o engenheiro, apesar das novas

tecnologias atenderem de forma efetiva aos

aspectos citados, antes de tudo, em qual-

quer projeto é imprescindível o planeja-

mento. Cada etapa tem de ser programada,

o que infelizmente nem sempre acontece na

maioria das obras. Frente a isso, vale con-

siderar também que nesse tipo de constru-

ção o uso de estruturas metálicas somente

não resolve. “É necessário adotar sistemas

complementares, isto é, todos devem ser

industrializados. Do contrário, as chances

de ocorrem patologias é quase certa.”

Segundo Mancio, vale lembrar ain-

da que um hotel é diferente das demais

tipologias construtivas, não admite para-

lisação das atividades durante a manu-

tenção. Por isso, o uso de sistemas inte-

grados acaba sendo indispensável.

Cases de sucesso Na prática, alguns conceitos vêm sen-

do utilizados há alguns anos pela rede Ac-

cor, traduzindo-se em projetos com grande

êxito. No ano de 2001, o Caesar Park Gua-

rulhos, idealizado pelo escritório Roberto

Candusso Arquitetos Associados, foi um

exemplo. O uso de estruturas em aço, junto

a outros sistemas construtivos industriali-

zados como lajes em steel deck, fechamen-

tos em painéis pré-fabricados, dry wall,

entre outros, proporcionou um ganho de

tempo de 135 dias, período em que o hotel

com 23 mil m2 iniciou suas operações.

Outra obra significativa, segundo a

Accor, foi o Ibis Paulista, em São Paulo. A

torre de dez pavimentos recebeu estrutura

em aço e lajes steel deck. Devido à constru-

ção em terreno exíguo, localizado em ave-

Vista da montagem das estruturas inteiramente em aço no Ibis Foz do Iguaçu. O sistema permitiu a criação de vãos livres maiores, auxiliando na configuração dos pavimentos

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Page 25: Revista Construção Metálica 111

Construção Metálica 25

nida movimentada da cidade, a Paulista,

a logística pedia soluções industrializadas.

“Não tínhamos canteiro de obras para o

armazenamento dos materiais e tampou-

co poderíamos paralisar a via com entra-

das e saídas constantes de caminhões com

areia, brita ou ferragens”, lembra Paulo

Mancio. Assim, o espaço restrito pode ser

destinado ao recebimento de estruturas

metálicas em um horário predetermina-

do e seguro tanto para os trabalhadores

quanto para os transeuntes.

Mais recentemente, duas obras da

bandeira Ibis ganharam destaque pelo uso

dos sistemas industrializados. O primeiro

foi o Ibis Canoas, no Rio Grande do Sul,

entregue em 2012. Com 4.500 m2, a cons-

trução pode ser executada em apenas 67

dias. Neste caso, além do prazo, o uso do

sistema estrutural misto em aço e concreto

trouxe precisão em cada etapa. Além disso,

algumas condicionantes como segurança,

conforto térmico e acústico foram pronta-

mente atendidas a partir da adoção de ‘sis-

temas industrializados complementares’,

conforme cita Mancio, entre os quais estão

lajes em steel deck, vedações em steel framing,

placas cimentícias na fachada, janelas de

PVC, entre outros sistemas. A montagem

das estruturas ocorreu simultaneamente

à execução das vedações. Daí o ganho em

produtividade e redução na entrega.

Ainda em execução, o Ibis Foz do

Iguaçu, no Paraná, já figura como outro

exemplo bem sucedido da rede Accor.

Com 5.500 m2, o prédio acomodará 125

apartamentos, voltados principalmente ao

turismo de negócios na região. Em relação

à unidade de Canoas, a diferença está no

sistema estrutural, 100% em aço. O en-

genheiro José Antônio Prestes, da Brafer

Construções Metálicas, empresa respon-

sável pela confecção das estruturas, explica

que a opção pelo sistema estrutural metá-

lico permitiu a criação de vãos livres maio-

res e a eliminação de pilares, solução que

auxiliou na conformação dos pavimentos.

Para ele, assim como nas demais

obras do grupo, o uso do aço implicou

em agilidade construtiva, bem como num

canteiro limpo e organizado. “Vemos a

cada etapa que não há sobras ou desper-

dícios, considerando que as dimensões e

prumos são exatos, o que por vezes está

Ibis Canoas

local: Canoas, RS

área construída: 4.200 m2

Projeto arquitetônico: Michaelis Arquitetos

Projeto estrutural e estrutura metálica: Medabil Sistemas Construtivos

Construtora: Prisma Engenharia

entrega: julho de 2012

Ibis Foz do Iguaçu

local: Foz do Iguaçu, PR

área construída: 5.800 m2

Projeto arquitetônico: Dória Lopes Fiúza

Projeto estrutural e estrutura metálica: Brafer Construções Metálicas

Construtora: Brasenge Construções Civis

Previsão de entrega: Início de 2014

ProjetosEmDesenvolvimento

gerando mais economia à obra como um

todo, se comparado aos sistemas cons-

trutivos convencionais”, ressalta Prestes.

A previsão é que o hotel comece a ope-

rar no início do próximo ano, período em

que a cidade pretende aumentar o núme-

ro de leitos de 23 mil para 26 mil.

Ainda de acordo com a Accor, o

objetivo é entregar 30 hotéis por ano

até 2016. A rede, que em 2012 lançou o

programa Planet 21, firmou também um

compromisso de reinventar à implanta-

ção de seus empreendimentos por meio

de práticas sustentáveis. Nesse sentido,

o aço combinado às demais tecnologias

industrializadas acaba sendo a escolha

mais acertada.

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Page 26: Revista Construção Metálica 111

26 Construção Metálica

Livros&Aço

Especificação para Estruturas de Aço de Edifícios

Olivro “Especificação para estrutu-

ras de aço de edifícios”, de autoria

do engenheiro civil e de estruturas Ivan

Lippi Rodrigues, foi lançado no primei-

ro semestre de 2013 pela Editora Pini. A

bibliografia destaca os critérios de segu-

rança e dimensionamento das estruturas

estabelecidos pelo Instituto Americano

da Construção em Aço (American Institute

of Steel Construction).

De acordo com o autor, a versão em

português chega para atender aos enge-

nheiros brasileiros pouco familiarizados

com o idioma inglês, porém experientes

nos processos de fabricação e montagem

das estruturas em aço.

Sobre o autorIvan Lippi Rodrigues é engenheiro

civil e de estruturas, membro da Socie-

dade Americana de Engenheiros Civis

(American Society of Civil Engineers) e do

Instituto Americano de Construção em

Aço (American Institute of Steel Construc-

tion). Atualmente trabalha como consul-

tor em projetos comerciais e industriais

nas áreas de estruturas e fundações. Seu

currículo vasto inclui ainda um período

de docência na Universidade Mackenzie

e a experiência de cinco anos em empresa

americana especializada em instalações

para siderurgia e petróleo. No Brasil, o

engenheiro foi também o responsável

pela instalação do primeiro programa de

computador para análise e dimensiona-

mento de estruturas em aço para plata-

formas marítimas na Petrobrás.

Editora: PINIAutor: Ivan Lippi RodriguesIdioma: PortuguêsNúmero de páginas: 376

A publicação aborda os critérios de segurança e dimensionamento estabelecidos pelo Instituto Americano de Construção em Aço

Engenheiro civil Ivan Lippi Rodrigues, membro da Sociedade Americana de Engenheiros Civis li

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Page 27: Revista Construção Metálica 111

Aobra é composta por nove capítu-

los: os oito primeiros com as bases

teóricas sobre ações, análises, dimensio-

namento de elementos e ligações; e o

nono, integralizando os conceitos apre-

sentados em um projeto passo a passo

de uma edificação industrial. Todos os

cálculos são baseados nas prescrições da

norma ABNT NBR8800: 2008, sendo que

em alguns capítulos são apresentadas

as marchas de cálculo que simplificam a

consulta à norma.

A publicação é voltada aos profis-

sionais e estudantes interessados no di-

mensionamento de estruturas em aço a

partir de conceitos mais recentes. O livro

enfatiza o conhecimento necessário ao

dimensionamento das estruturas de um

projeto, com abordagem completa, desde

o lançamento da geometria, ações, aná-

lise, ligações, bem como elaboração dos

desenhos necessários até a fabricação e

montagem das peças.

Editora: CampusAutores: Zacarias Chamberlain,

Ricardo Ficanha e Ricardo FabeaneISBN-10: 8535256008

Idioma: PortuguêsEdição: 1

Número de páginas: 256

projeto e Cálculo de Estruturas de AçoO livro traz um passo a passo do dimensionamento das estruturas em aço, desde o projeto até a fabricação e montagem

Page 28: Revista Construção Metálica 111

28 Construção Metálica

ArtigoTécnico

Parafusos estruturais de aço astM a325 tipo 3 na construção em aço

Fabio Domingos Pannoni, Ph.D.Consultor Técnico - Gerdau Aços [email protected]

INtRODUÇÃOA construção em aço cria, por vezes, situações em que di-

ferentes ligas metálicas unidas (por exemplo, por parafusos ou

solda) estão presentes em um mesmo sistema. Um bom exem-

plo é observado nas ligações onde parafusos estruturais “pre-

tos”, galvanizados a fogo, ou, ainda, em aço ASTM A325 tipo

3 (aço patinável) são empregados nas uniões de componentes

estruturais em aço carbono comum ou em aço patinável.

Esta mistura de materiais ocorre principalmente por duas

diferentes razões: experiência prévia de uso e indisponibilida-

de local dos itens julgados, a priori, como adequados.

Em certas circunstâncias, que serão detalhadas a seguir, a

união de diferentes ligas metálicas pode levar à corrosão ace-

lerada de um dos componentes. Este fenômeno é conhecido

como corrosão galvânica, isto é, as diferentes ligas metálicas

formam, então, o que se chama de par galvânico. Como resul-

tado da formação de um par galvânico, temos o aumento da

velocidade de corrosão do elemento menos nobre do par. Em

contrapartida, a liga mais nobre (do par) tem sua velocidade

de corrosão diminuída. Este tipo de corrosão pode promover

danos “cosméticos” à aparência da liga menos nobre ou, em

casos extremos, uma perda de massa considerável, levando à

redução drástica da vida útil do componente.

Os aços patináveis são sabidamente “mais nobres” do

que os aços estruturais comuns. Isto ocorre devido à sua com-

posição química diferenciada. Eles podem, a princípio, desen-

volver corrosão galvânica quando conectados aos aços estru-

turais comuns – fato extensivamente divulgado na literatura.

Seria isto verdadeiro para todas as condições de uso? Não. Isto

não é verdadeiro para boa parte das situações vivenciadas pelo

engenheiro projetista.

O risco da corrosão galvânica depende de uma série de fa-

tores. Além do aço utilizado, as características do ambiente e o

detalhe de projeto são cruciais. É difícil, senão impossível, fazer

um julgamento a respeito da compatibilidade de materiais.

O presente artigo descreve os princípios da corrosão gal-

vânica e os principais parâmetros que permitem aos projetis-

tas estimar o risco da corrosão quando utilizam materiais di-

versos na construção de uma estrutura em aço, especialmente

no caso da escolha dos parafusos estruturais.

Os PRINCíPIOs Da CORROsÃO GalvâNICaPara que a corrosão galvânica ocorra, três condições de-

vem ser satisfeitas simultaneamente:

• Duas ou mais ligas metálicas que apresentem

diferentes potenciais de corrosão (ou potenciais

eletroquímicos) devem ser conectadas;

• A conexão deve ser tal que permita o fluxo de elétrons

entre as ligas;

• As ligas metálicas, conectadas “eletricamente”,

devem ser banhadas por uma mesma solução condutora

de íons – o eletrólito.

A Figura 1 ilustra os três pré-requisitos de forma gráfica.

Figura 1: Os três pré-requisitos da corrosão galvânica: ligas metálicas com diferentes potenciais de corrosão, conectadas eletricamente e banhadas pelo mesmo eletrólito

Eletrólito

Liga 1 Liga 2

Ânodo Cátodo

Page 29: Revista Construção Metálica 111

Construção Metálica 29

O conhecimento dos fatores necessários ao desenvolvi-

mento da corrosão galvânica e entendimento dos exemplos

relacionados na Figura 3 torna possível a determinação de

ações preventivas, que serão discutidas a seguir.

FatORes RelevaNtes aO DeseNvOlvIMeNtO Da CORROsÃO GalvâNICa De acordo com a Lei de Faraday, os processos de corrosão eletro-

química estão diretamente relacionados à transferência de cargas

elétricas, isto é, ao fluxo de correntes. Correntes ou densidades de

corrente são, assim, frequentemente utilizadas para medir a velo-

cidade de corrosão. Se as condições para a ocorrência da corrosão

galvânica forem satisfeitas, em princípio, a corrente de corrosão

total, Itot , é composta de uma corrente parcial de “auto-corrosão”

Is (isto é, a parte da corrosão que independe do contato com a

outra liga metálica) e a corrente parcial da cela, Iel , (isto é, a parte

da corrosão originada pela união das ligas metálicas que compõe

o par galvânico). Isto é descrito pela Equação 1:

Itot = Is + Iel

Se a corrosão galvânica puder se desenvolver, a liga me-

nos nobre – o ânodo – é preferencialmente corroída. Em opo-

sição, a liga mais nobre – o cátodo – é protegida. Sua taxa de

corrosão diminui muito. De fato, o princípio da proteção cató-

dica é baseado em ânodos de sacrifício, promovendo a prote-

ção a partir da corrosão.

O contato das duas ligas metálicas, com diferentes po-

tenciais eletroquímicos, imersos em um eletrólito, leva ao

desenvolvimento de um fluxo de elétrons do ânodo para o

cátodo. As reações eletroquímicas são as mesmas que ocor-

rem enquanto as ligas metálicas estão isoladas, expostas ao

ambiente particular – reações anódicas e catódicas. Entretan-

to, a corrosão sobre o ânodo é acelerada. Em alguns casos, a

formação de elementos galvânicos (conhecidos como “pares

galvânicos” ou “pilhas galvânicas”) pode levar à corrosão em

ligas que seriam resistentes à corrosão em dado ambiente. Este

pode ser o caso de ligas consideradas passivas em ambientes

atmosféricos, como alumínio, que pode ser levado à corrosão

pela formação de pares galvânicos. Em tais casos, a corrosão

localizada (como a corrosão por frestas ou pites) pode ser ob-

servada, o que não ocorreria sem que houvesse alteração de

potencial, usada pela formação de um par galvânico.

Contrariamente ao que se acredita, a diferença de po-

tencial existente no par galvânico, por si só, não é um bom

indicador do risco da ocorrência deste tipo de corrosão. Ela

somente indica quando este risco deve ser considerado. Neste

contexto, deve ser lembrado que as várias tabelas publicadas

- chamadas de “Série Eletroquímica”, somente oferecem uma

aproximação à questão da diferença de potenciais. O fator de-

cisivo não é diferença de potencial observada em condições

experimentais normatizadas, rigidamente controladas, mas a

diferença real de potencial, de ligas reais, sob condições reais.

Esta é a razão pela qual as tabelas empíricas de “Série Gal-

vânica” foram feitas para certo número de ambientes típicos

– como, por exemplo, a água do mar.

A Figura 2 ilustra a série galvânica para água do mar

a 25oC.

Figura 2: Série galvânica para diferentes ligas imersas em água do mar a 25oC

Equação 1

Grafite

Titânio

Aços inoxidáveis (passivos)

Bronze níquel alumínio

Cuproníquel (70/30 e 90/10)

Bronzes

Latões

Estanho

Chumbo

Ferro fundido austenítico

Aços inoxidáveis (ativos)

Ferro fundido

Aços estruturais patináveis

Aços estruturais

Ligas de alumínio

Zinco

Magnésio

Eletropositivo(+ nobre)

Eletronegativo(– nobre)

Page 30: Revista Construção Metálica 111

30 Construção Metálica

A intensidade da corrosão em dado elemento é determinada

pela diferença de potencial entre os dois metais (DV), a resistên-

cia do eletrólito (Rel) e a resistência de polarização no ânodo

(Rp,a) e no cátodo (Rp,c), respectivamente (Equação 2):

Iel = DV

Rel + Rp,a+ Rp,c

É importante lembrar que a resistividade é inversamen-

te proporcional à quantidade de sais dissolvidos em solução.

Ambientes mais poluídos levam a eletrólitos de menor resisti-

vidade e vice-versa.

Para eletrólitos com maior resistividade (como películas

de água resultantes de condensação de vapor de água, como o

orvalho), haverá, consequentemente, uma menor velocidade

de corrosão. Assim, quanto mais sais dissolvidos no eletrólito,

maior será a corrosão do ânodo, causada pelo efeito galvânico.

Ambientes atmosféricos classificados como de muita alta

agressividade, industriais ou marinhos (C5-I e C5-M, segun-

do a norma ISO 9223) são aqueles em que, devido à menor

resistividade do eletrólito superficial, a corrosão galvânica se

desenvolve com certa frequência. A Tabela 1 traz valores es-

pecíficos de condutividade (o inverso da resistividade), para

vários tipos de eletrólitos aquosos.

Podemos fazer inferências, utilizando a Equação 2, a res-

peito dos fatores que determinam a corrosão galvânica. Estes

fatores são críticos na avaliação da possível ocorrência ou não

da corrosão galvânica. O efeito destes fatores será discutido

individualmente a seguir.

ResIstIvIDaDe DO eletRólItOO risco da corrosão galvânica diminui com o aumento da re-

sistividade do eletrólito. Isto acontece porque o alcance da corrente

galvânica (iônica no eletrólito) é reduzido e a mudança de poten-

cial (V) no ânodo é limitada, tal como ilustrado na Figura 4.

DURaÇÃO DO UMeDeCIMeNtOExiste uma forte interação entre a resistividade do eletrólito

e a duração do umedecimento. Menor resistividade implica em

maior quantidade de sais em solução no eletrólito que, por sua

vez, resiste mais ou menos à desidratação completa. Não é pos-

sível secar completamente uma superfície metálica previamente

exposta, por exemplo, à deposição de sais marinhos (a névoa sa-

lina). Isto é de grande importância sempre que os componentes

do par galvânico não estiverem permanentemente umedecidos

por líquidos aquosos. Como descrito anteriormente, a película

de eletrólito desempenha papel fundamental no processo. Sem

a película, a corrosão galvânica não ocorrerá.

Isto implica, na prática, que qualquer combinação de ma-

teriais metálicos não é problema, a princípio, desde que não

exista película de eletrólito presente. Esta é uma situação típica

para interiores sem condensação. Componentes de ilumina-

Equação 2

Figura 3: Condições nas quais a corrosão galvânica não pode ocorrer

Figura 4: Influência da resistividade do eletrólito sobre a corrosão (ou, despolarização) do ânodo (V corresponde ao potencial medido).

Tabela 1: Valores típicos de condutividade específica em diferentes tipos de água

Ambiente

Água pura

Água potável

Água desmineralizada

Água salobra

Água de chuva

Água do mar

Condutividade específica (Ω.cm-1)

5.10-8

2.10-4 a 1.10-3

2.10-6

5.10-3

5.10-5

3,5.10-2 a 5.10-2

Page 31: Revista Construção Metálica 111

Construção Metálica 31

ArtigoTécnico

Além do ambiente em si, detalhes de projeto desempe-

nham um papel decisivo na proteção. Fatores que auxiliam a

secagem rápida de películas de unidade (aeração adequada,

prevenção de frestas, drenagem das águas, etc.) reduzem o

risco da corrosão. Áreas permanentemente úmidas, contidas

em frestas, áreas protegidas (mas contendo água estagnada)

ou superfícies contendo resíduos tais como terra, podem ace-

lerar consideravelmente a corrosão galvânica.

a CINétICa Das ReaÇões De eletRODOA cinética das reações de eletrodo (entenda-se velocidade

de corrosão) é sintetizada na Equação 3. Diferenças de potencial

por vezes consideradas pequenas, como 100 mV, podem levar à

corrosão, enquanto ligas metálicas com diferenças de potencial

consideravelmente mais elevadas (por exemplo, 800 mV) po-

dem ser unidas sem dificuldade. Por que isto acontece?

De fato, a diferença de potencial não fornece informação so-

bre a cinética da corrosão galvânica. A cinética da reação depende

da liga metálica em particular. O titânio, por exemplo, permite

que a reação de redução de oxigênio sobre sua superfície ocorra

de modo muito mais lento que sobre o cobre. Isto explica porque

o aço carbono corrói mais rapidamente em contato com o cobre

do que com o titânio, embora este último esteja situado no “limi-

te” da série galvânica. Neste contexto, a formação de películas de

corrosão desempenha um papel decisivo. Elas podem alterar sig-

nificativamente o potencial de uma liga metálica e ser obstáculo à

reação parcial anódica e/ou catódica.

ÁRea DO CÁtODO e âNODOEste é um ponto crítico quando se pensa em parafusos e

consumíveis de soldagem, em geral. Um importante fator no

cálculo da densidade da corrente da cela galvânica, Iel (corrente

de cela relacionada à área) é a razão das áreas superficiais cató-

dica (Ac) e anódica (Aa). Ela influencia tremendamente a veloci-

dade da corrosão galvânica (Equação 3):

Iel =

Ac . DV Aa + Rel+ Rp,c

ção (por exemplo, lustres), em ambientes interiores, costu-

mam unir diferentes ligas metálicas (latão, alumínio, etc.). A

corrosão galvânica raramente é observada nestas condições.

De modo geral, ambientes secos, aerados (e, eventualmente,

aquecidos) não impõe restrição à união de diferentes ligas me-

tálicas. A Figura 5 ilustra um caso de união de aço inoxidável

com aço carbono pintado em um ambiente interior. Não ha-

verá o desenvolvimento de corrosão galvânica.

O tempo de exposição à determinada umidade e a resisti-

vidade do eletrólito depende das condições locais. Em ambien-

tes marinhos, industriais ou internos às piscinas cobertas, por

exemplo, a probabilidade da ocorrência da corrosão galvânica é

significativamente maior que em condições mais brandas, como

aquelas observadas nos ambientes rurais ou mesmo de cidades

médias a grandes (agressividade atmosférica classificada como

C2 e C3 segundo a ISO 9223). A Tabela 2 mostra a influência do

ambiente sobre a velocidade de corrosão do zinco, com e sem

contato com o aço inoxidável – um par galvânico normalmen-

te considerado “perigoso”. Podemos observar que a parcela da

corrosão proporcionada pela formação do par galvânico (isto é,

a diferença entre as velocidades de corrosão entre componen-

tes isolados e unidos) excede a da auto-corrosão (isto é, a velo-

cidade de corrosão do zinco sem qualquer contato com o aço

inoxidável) em atmosferas marinhas e regiões sujeitas à forte

deposição de sais marinhos.

Equação 3

Tabela 2: Velocidades de corrosão do aço carbono galvanizado a quente com e sem contato com aço inoxidável, em diferentes ambientes

Figura 5: Eletrólitos são, de modo geral, ausentes em ambientes internos aerados e aquecidos. A combinação de ligas metálicas tais como aços inoxidáveis e aços carbono (pintado ou não) não envolvem riscos do aparecimento da corrosão galvânica.

Situação

Aço carbono galvanizado a quente

Aço carbono galvanizado a quente conectado a aço inoxidável

(razão de superfície ânodo/cátodo = 1:6)

Atmosfera industrial

6,5

8,5

Atmosfera marinha

5,1

10,1

Atmosfera urbana

Velocidade de corrosão, micrometros/ano

Região de arrebentação

costeira

2,5 10,2

3,0 27,0

Page 32: Revista Construção Metálica 111

32 Construção Metálica

ArtigoTécnico

Sempre que a área superficial do cátodo (o componente

mais nobre do par galvânico) for muito menor do que a área

superficial do ânodo (a liga metálica menos nobre), nenhuma

mudança no comportamento frente à corrosão é costumeira-

mente observada. Esta situação é ilustrada na Figura 6.

Exemplos típicos podem ser encontrados quando parafusos

de aço ASTM A325 tipo 3 (aço patinável) são utilizados em com-

ponentes de aço carbono. Não há corrosão dos componentes de

aço carbono e a ligação é preservada. A Figura 7 ilustra uma situ-

ação ainda mais extrema – a união de aço carbono galvanizado a

quente com aço inoxidável, sem problemas de origem galvânica.

Mesmo em ambientes relativamente agressivos (classificação

C4, segundo a ISO 9223), não há corrosão galvânica.

Sob condições atmosféricas, torna-se, por vezes, difícil

quantificar as proporções ativas das superfícies anódicas e ca-

tódicas de uma estrutura. Para uma avaliação prática, entre-

tanto, isto é desnecessário. Normalmente, basta considerar o

sistema em geral. Na combinação de materiais, parafusos de-

vem ser sempre feitos de materiais mais nobres, de modo que

a superfície catódica seja pequena. Este conceito está descrito

em muitos livros que tratam do tema corrosão – e possui forte

embasamento teórico. Assim, o uso de parafusos (e consumí-

veis de solda) com características “patináveis”, em estruturas

de aço patinável ou não, garante a integridade estrutural do

conjunto ao longo do tempo.

A situação oposta, entretanto, pode causar problemas. Se

um ânodo pequeno for conectado a um grande cátodo (por

exemplo, um parafuso de aço carbono – galvanizado ou não

– conectado a componentes estruturais de aço patinável), a

corrosão galvânica poderá ocorrer (Figura 8).

Figura 6: Enquanto a área superficial do cátodo (Liga metálica 2) for pequena comparada à do ânodo (Liga metálica 1), nenhum dano é observado ao ânodo (Liga metálica 1)

Figura 8: A corrosão galvânica pode ocorrer se a área superficial do ânodo (Liga metálica 1) for pequena, e a do cátodo grande. Este é o caso da utilização de parafusos estruturais “pretos” ou galvanizados a quente em estruturas de aço patinável

Figura 7: Parafusos de aço inoxidável conectados em componentes de aço carbono de área superficial muito maior não promovem a corrosão galvânica. Em ambos os casos, as conexões estão em ambiente externo, classificado segundo a norma ISO 9223 como C3 (ambiente de alta agressividade)

exPeRIêNCIa PRÁtICaExiste uma grande quantidade de informação na literatura

a respeito da combinação dos aços carbono com diferentes ligas

metálicas, em diferentes ambientes. A Tabela 3 traz algumas des-

tas informações disponíveis na literatura.

A corrosão galvânica de componentes expostos à atmos-

fera somente pode ocorrer durante os períodos de exposição

à umidade. A superfície não precisa entrar em contato dire-

tamente com, por exemplo, chuva. A deposição de sujeira e

fuligem tem influência significativa sobre os períodos de umi-

dade, pois, através de vários mecanismos, mantém a superfície

umedecida permanentemente.

Page 33: Revista Construção Metálica 111

Construção Metálica 33

ReFeRêNCIas BIBlIOGRÁFICas GeRaIs 1. X. G. Zhang, “Galvanic Corrosion”. In: Uhlig´s Corrosion

Handbook, 3rd. edition, Editor R. Winston Revie, John Wiley, Hoboken, N.J., 2011.

2. H. Kaesche, “Metallic Corrosion – Principles of Physical Chemistry and Current Problems”, Tradução de R. A. Rapp, National Association of Corrosion Engineers – International (NACE), 1985.

3. V. Kucera e E. Mattson, “Atmospheric Corrosion of Bimetallic Structures”. In: Atmospheric Corrosion, Editor W.H. Ailor, John Wiley, New York, 1982.

4. H.E. Townsend, C.D. Gorman e R.J. Fischer, Atmospheric corrosion performance of hot-dip galvanized bolts for fastening weathering steel guiderail, Corrosion 98, NACE International, paper no. 344.

5. K.P. Fischer, A review of offshore experiences with bolts and fasteners, Corrosion 2003, NACE International, paper no. 3017.

Frestas pouco aeradas podem levar à presen-

ça constante de umidade. Em contraste com os ele-

mentos imersos em sistemas aquosos, o desenvol-

vimento da corrosão galvânica atmosférica somente

ocorre em uma área bastante limitada, próxima do

ponto de união das duas ligas metálicas. A corrosão

ocorre, neste caso, somente em uma pequena re-

gião, ao longo da linha de contato, sem que a maior

parte da superfície metálica restante desempenhe

qualquer papel efetivo.

PAR METÁLICO AMBIENTE RAZÃO DE ÁREAS

VELOCIDADE DE CORROSÃO

aIsI 430(inoxidá-

vel)

aço carbono

Água potável(imersão) 1:1

0,47 mm/ano

aço patinável 0,29 mm/ano

Zinco (99,9%) 0,17 mm/ano

alumínio (99,5%) 0,18 mm/ano

aIsI 321(inoxidá-

vel)

aço carbonoÁgua do mar

(imersão)

1:1 0,38 mm/ano

1:10 0,25 mm/ano

10:1 1,10 mm/ano

Zinco (99,9%) 1:1 0,61 mm/ano

titânio (99,5%) 1:1 < 0,01 mm/ano

astM a588

(patinável)

Isolado(não há par)

atmosfera rural Isolado 0,04 mm/10 anos

atmosfera industrial Isolado 0,05 mm/10 anos

astM a36 (estrutural)

Isolado(não há par)

atmosfera rural Isolado 0,14 mm/10 anos

atmosfera industrial Isolado 0,20 mm/10 anos

astM a588

(patinável)

astM a36 (estrutural) atmosfera rural

1:10

1 = aço patinável

0,03 mm/10 anos (a588)

0,17 mm/10 anos (a36)

10:1

10 = aço patinável

0,04 mm/10 anos(a588)

0,21 mm/10 anos(a36)

astM a588

(patinável)

astM a36 (estrutural)

atmosfera industrial

1:10

0,14 mm/10 anos (a588)

0,28 mm/10 anos(a36)

10:1

0,05 mm/10 anos (a588)

0,42 mm/10 anos(a36)

CONClUsões1. A corrosão galvânica é um fenômeno eletroquímico

que somente se manifesta quando duas ou mais ligas

metálicas que apresentam diferentes potenciais eletro-

químicos, conectadas “eletricamente”, são banhadas

por um mesmo eletrólito;

2. As conhecidas “Tabela de Potenciais de Eletrodo

Padrão” ou as “Tabelas de Série Galvânica” não são,

por si só, indicadores da possível ocorrência da corro-

são galvânica;

3. Os fatores mais importantes para o desenvolvimento da

corrosão galvânica são, por ordem de importância:

a. Área relativa dos componentes anódicos e catódicos. Sempre

que a área do ânodo for muito maior (> 10x) que a do cátodo,

nenhuma corrosão galvânica ocorrerá em ambientes classifica-

dos pela norma ISO 9223 como de muito baixa agressividade

(C1), baixa agressividade (C2, média agressividade (C3) e alta

agressividade (C4). O inverso é potencialmente perigoso: gran-

des áreas catódicas (> 10x) conectadas a pequenas áreas anó-

dicas poderão levar ao desenvolvimento da corrosão galvânica,

para as mesmas condições ambientais descritas;

b. Resistividade do eletrólito. O risco da corrosão galvânica dimi-

nui grandemente com o aumento da resistividade do eletrólito.

Eletrólitos gerados em ambientes rurais (classificação C2) e ur-

banos (classificação C3 e C4), não favorecem o aparecimento da

corrosão galvânica. Em contrapartida, os ambientes industriais e

marinhos (C5-I e C5-M, respectivamente) merecem atenção.

4. Parafusos estruturais de aço ASTM A325 tipo 3 (aço patiná-

vel) podem - e devem - ser os escolhidos nas ligações de estru-

turas confeccionadas em aço estrutural comum ou aço patiná-

vel. Isso se deve ao fato de que, quando aplicados em estruturas

constituídas em aços estruturais, garantem a integridade da

ligação ao longo dos anos. A corrosão não ocorre devido à ra-

zão de áreas anódica/catódica favorável. O mesmo pode ser dito

para as estruturas constituídas em aços patináveis.

5. Parafusos estruturais de aço carbono (ASTM A325 tipo 1),

em contrapartida, não devem ser utilizados em estruturas de

aço patinável, sob risco do aparecimento da corrosão galvânica.

A razão de áreas (anódica/catódica) não favorece esta aplicação.

O mesmo pode ser dito em relação ao uso destes mesmos para-

fusos, galvanizados a quente.

Tabela 3: Velocidades de corrosão de algumas ligas metálicas em diferentes meios e com diferentes razões de área

Page 34: Revista Construção Metálica 111

34 Construção Metálica

Onovo Terminal Intermodal de Ar-

mazenagem da empresa Terminal

Portuário Seara, do Grupo Seara, está equi-

pado com sete silos metálicos produzidos

pela Armco Staco, projeto que amplia a ca-

pacidade de estocagem de grãos no Porto

de Paranaguá, no Paraná. A planta, inau-

gurada em abril de 2013, já está operando

com capacidade máxima: 80 mil toneladas

de soja para exportação, distribuídas em

sete silos com 27 metros de diâmetro e

30 metros de altura, e que totalizam cerca

1.700 toneladas de aço galvanizado.

Entre os diferenciais deste projeto es-

tão a localização privilegiada das instalações,

a 5 km do Porto de Paranaguá, e a logística

de movimentação dos grãos entre os trens e

caminhões e os silos. É que o sistema insta-

lado permite o descarregamento do produto

mesmo quando chove – o que normalmen-

te impede as operações no porto – ou quan-

do os outros terminais estão lotados.

Segundo o engenheiro Carlos Beutler,

gerente da Armco Staco, a empresa levou 10

meses entre a fabricação e a montagem dos

equipamentos. O engenheiro metalúrgico

Ulysses Nunes, gerente de galvanização da

Armco Staco, ressalta que este tipo de aca-

bamento dado ao aço torna-o mais resisten-

te à corrosão e prolonga sua vida útil.

“Quando as peças de aço recebem

apenas uma pintura, a manutenção pre-

cisa ser feita a cada três anos. Já as pe-

ças galvanizadas podem durar de 20 a 50

anos, dependendo das condições climá-

ticas do local, reduzindo os custos com

manutenção. Além dos benefícios diretos

da maior resistência do aço, peças galva-

nizadas são mais sustentáveis, pois o au-

mento da vida útil reduz o consumo de

minério de ferro e demais insumos natu-

rais a longo prazo”, diz Nunes.

Beutler explica que o projeto do novo

Terminal conta com um sistema de correias

transportadoras inferiores e superiores que

somam mais de 1 km de extensão. São dois

pontos de alimentação com duas linhas de

1.000 t/h de capacidade cada, divididos em

dois sistemas paralelos de 500 t/h e eleva-

dores com 50 m de altura.

“Ao chegar no terminal, o produto é

Armco Staco fornece sete silos para novas instalações do Terminal Portuário Seara, no Porto de Paranaguá

Page 35: Revista Construção Metálica 111

Construção Metálica 35

Galvanização

fon

Te: A

BCeM

Durabilidade da camada de zinco: Correlação Peso/Espessura/Vida Útil da camada

foTo

S: D

ivu

lgA

çã

o A

rMC

o S

TAC

o

Nova planta, localizada próxima ao Porto de Paranaguá. Ao chegar no terminal, o produto

é descarregado nas correias inferiores, que transportam os grãos até os elevadores, de

onde vão para as correias superiores

descarregado nas correias inferiores, que

transportam os grãos até os elevadores,

de onde vão para as correias superiores.

Esta rede aérea distribui a soja de forma

automatizada, enchendo cada silo antes

de passar ao próximo”, detalha Beutler. O

engenheiro acredita que o fato da planta

estar instalada junto ao pátio ferroviário

da ALL facilita toda a operação: “O trem

ou caminhão chega no destino e é desvia-

do diretamente para os silos. Em seguida,

já está liberado para fazer outra viagem”.

Para a expedição dos produtos ar-

mazenados nos silos são utilizadas cor-

reias inferiores em duas linhas de 600 t/h

cada, totalizando 1.200 t/h, que alimen-

tam tulhas elevadas para carregamento e

envio ao porto por via ferroviária. Dos si-

los, a soja é transportada para o porto de

acordo com a programação de embarque

do corredor de exportação de Paranaguá.

No porto, existem seis linhas de embar-

que de carregamento dos navios com ca-

pacidade de 1.500 t/h cada.

“Esta obra foi realizada em parce-

ria entre o Terminal Portuário Seara e a

ALL, que cedeu uma parte da área sob

sua concessão. É um projeto de grande

importância, pois traz mais uma opção

de descarga e escoamento no Porto de

Paranaguá, o que vai melhorar o esco-

amento e armazenagem de grãos. Uma

futura instalação de mais dois silos do

mesmo modelo no local já está confirma-

da”, afirma o engenheiro Adair Luiz Sul-

zbacher, gerente de projetos do Terminal

Portuário Seara.

Page 36: Revista Construção Metálica 111

36 Construção Metálica

Vencedores do 6º Concurso CBCA para Estudantes de Arquitetura

Promovido pelo Centro Brasileiro

da Construção em Aço (CBCA), o

“Concurso CBCA para Estudantes de

Arquitetura” já tem os vencedores de sua

sexta edição, que contou com 269 equi-

pes inscritas de 25 estados brasileiros e

115 faculdades de arquitetura.

Os trabalhos foram selecionados

por um júri formado por arquitetos e es-

pecialistas que avaliaram critérios como

contemporaneidade e conceito arqui-

tetônico; uso propriamente dito do aço,

coerência estrutural e viabilidade cons-

trutiva, além da relação do edifício com

o entorno.

Em relação ao tema, esta edição

propôs a criação de um projeto em aço

para uma “Biblioteca Mediateca Pública”,

tendo em vista a necessidade de reno-

vação dos conhecimentos e habilidades

para a superação da pobreza e desigual-

dade no país. Do ponto de vista técnico,

o objetivo foi incrementar o conhecimen-

to que os futuros arquitetos têm sobre o

uso do aço, bem como a capacidade de

desenvolver um projeto conceitual, com

ideias que conduzam a uma obra com a

utilização do material.

Esta edição contou com apoio da

Associação Brasileira de Engenharia e

Consultoria Estrutural – ABECE, Asso-

ciação Brasileira dos Escritórios de Arqui-

tetura – AsBEA, Instituto de Arquitetos

do Brasil – IAB, Instituto de Engenharia

e a Associação Brasileira da Construção

Metálica – ABCEM.

O Centro Brasileiro da Construção em Aço – CBCA divulga vencedores e os critérios da comissão julgadora para a escolha do projeto em aço para uma Biblioteca Mediateca Pública

• Arq. Lua Nitsche, presidente da Comissão Julgadora – representando o Instituto de Arquitetos do Brasil – sede SP.

• Arq. Luis Frederico Rangel, representante da ABCEM – Associação Brasileira da Construção Metálica.

• Eng. João Alberto Vendramini, vice-presidente da ABECE – Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural.

• Arq. Marcelo Barbosa, representante da AsBEA – Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura.

• Arq. Marcio Sequeira, Arquiteto convidado pelo CBCA.

• Eng. Natan Jacobsohn Levental, coordenador da Divisão de Estruturas do Instituto de Engenharia.

• Arq. Roberto Inaba (Usiminas), representante do CBCA.

• Arq. Silvia Scalzo (ArcelorMittal), representante do CBCA.

Comissão Julgadora

NotíciasABCEM

ARQUITETURA

Page 37: Revista Construção Metálica 111

Construção Metálica 37

2º colocadoUniversidade de São Paulo – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.Equipe: Fabiana Tiemi Imamura, Lucas Augusto Battiva Silva Cortes e Vanessa Balbino Pereira.Orientador: Professora Helena Aparecida Ayoub Silva.O segundo colocado destacou-se pela implantação urbana, com boa solução para articulação entre ruas e desníveis do lote, e pela criação de uma grande esplanada e auditório integrados à cidade e ao novo edifício da biblioteca. Ótima qualidade dos desenhos e do nível de resolução do projeto.

3º colocadoUniversidade Presbiteriana Mackenzie - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.Equipe: Rogério Seixas e Michele Soares Panhoni.Orientador: Professor Antonio Carlos Sant’Anna Junior.O terceiro colocado destacou-se pela ideia de fazer da biblioteca um edifício ponte sobre a ferrovia no bairro da Mooca.

Menções Honrosas1. Universidade Estadual

do Maranhão – Faculdade

de Arquitetura e Urbanismo.

Equipe: Marcos Miguel Carvalho

Duailibe, Eduardo Aurélio de

Oliveira Aguiar e Rafael

Duailibe dos Santos.

Orientador: Professor Eduardo

Aurélio Barros Aguiar.

2. Universidade Presbiteriana

Mackenzie – Faculdade de Arquitetura

e Urbanismo.

Equipe: Homã Santana Alvico e

Michele Guillen San Martin Costa.

Orientador: Professor Renato

Carrieri Júnior.

1º colocadoUniversidade de São Paulo – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.Equipe: Ana Carolina Ferrigatti Mamede, Kim de Paula, Lucas Lima Vieira e Rafael Elias Abifadel Monteiro.Orientador: Professora Helena.Aparecida Ayoub SilvaSegundo a comissão julgadora o projeto vencedor destacou-se por:• Leveza da estrutura propiciada pelo

atirantamento das lajes;• Inserção urbana bastante adequada

à Biblioteca Mediateca Pública;• Adequação da escala do edifício

proposto ao entorno. A realização de uma maquete física, cujas fotos integravam a apresentação, pareceu fundamental para o bom resultado.

A equipe vencedora do Concurso CBCA para Estudantes de Arquitetura representará o Brasil no 6º Concurso ALACERO de Diseño en Acero para Estudiantes de Arquitetura - 2013, organizado pelo ALACERO – Asociación Latinoamericana del Acero, que ocorrerá durante o Congresso do ALACERO em Lima, no Peru, de 8 a 12 de novembro de 2013. O Brasil

concorrerá com os representantes de países como Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela.

Vencedores do projeto Biblioteca Mediateca

fOtO

S: D

IVU

LgA

çã

O

Page 38: Revista Construção Metálica 111

38 Construção Metálica

Publicação do CBCA recebe o conceito Qualis B4 pelo Capes

A Revista da Estrutura de Aço acaba

de ser reconhecida pela Capes - Co-

ordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal

de Nível Superior como uma publicação

de relevância em seu segmento. Na última

avaliação de periódicos nacionais e inter-

nacionais, a entidade atribuiu à publicação

o conceito Qualis B4 na categoria Enge-

nharias I – engenharia civil, engenharia de

transportes e engenharia sanitária.

A revista, uma publicação tecno-

científica lançada em 2012 pelo Centro

Brasileiro da Construção em Aço – CBCA,

tem independência editorial e apoio de

três editores e um qualificado número de

colaboradores na área acadêmica de en-

genharia de estruturas.

Os artigos da Revista da Estrutura

de Aço devem estar sempre relacionados

com estrutura, arquitetura, siderurgia, fa-

bricação e montagem, colaborando com

a área da construção em aço.

Cada artigo é analisado por revisores

escolhidos entre os membros do Conse-

lho Editorial – formado por renomados

pesquisadores sobre o assunto no Brasil e

Portugal - ou, eventualmente, por outro

especialista na área em questão

Segundo Fernando Matos, geren-

te executivo do CBCA, “o conteúdo e a

qualidade dos artigos são indispensáveis

para a valorização e o benefício da cadeia

produtiva do aço”.

CapesA Coordenação de Aperfeiçoamen-

to de Pessoal de Nível Superior (Capes) é

uma agência de fomento à pesquisa brasi-

leira que atua na expansão e consolidação

da pós-graduação stricto sensu (mestrado

e doutorado) em todos os estados do país.

A característica distintiva em relação às

outras agências federais de fomento, como

o Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq) e a Finan-

ciadora de Estudos e Projetos (FINEP), e às

estaduais, está na Avaliação Trienal que ela

efetua de todos os cursos de pós-graduação

do país. É a única entidade que tem tradi-

ção de determinar o descredenciamento (na

prática, o fechamento) dos cursos que apre-

sentam nota baixa ou deficiente.

QualisQualis é a lista que relaciona e clas-

sifica os veículos utilizados para a divul-

gação da produção intelectual dos progra-

mas de pós-graduação quanto ao âmbito

da circulação (local, nacional ou interna-

cional) e à qualidade por área de avaliação.

Além de definir a lista, o Qualis clas-

sifica estes veículos para fundamentar o

processo de avaliação do Sistema Nacio-

nal de Pós-Graduação da Capes.

Existem oito níveis de avaliação a sa-

ber: Qualis A1, A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C.

Cada nível confere um determinado peso

à produção intelectual de cada pós-gradu-

ando ou orientador/docente. Nas áreas de

Ciências Biológicas e Exatas, a produção

intelectual é praticamente sinônimo de

artigo original em revista científica.

A classificação segue uma série de

critérios definidos (como número de

exemplares circulantes, número de bases

de dados em que está indexado e número

de instituições que publicam na revista)

pela Capes, possuindo atualização anual.

ABCEM Revista e Congresso

A Revista Construção Metálica,

da Associação Brasileira da Construção

Metálica – ABCEM, mesmo não tendo

como objetivo principal ser uma revista

científica, tem o conceito Qualis B5 na

categoria Engenharias I.

A ABCEM também promove a apro-

ximação entre a academia e a indústria

com a realização do Congresso Latino-

-americano da Construção Metálica –

CONSTRUMETAL a cada dois anos. Com

um amplo programa de conferências in-

ternacionais, palestras nacionais e pales-

tras técnicas, reúne por meio da platafor-

ma denominada Contribuições Técnicas

mais de trinta artigos por edição.

Pesquisadores universitários e inde-

pendentes apresentam e valorizam a pro-

dução intelectual, contribuem para am-

pliação do conhecimento técnico e, assim,

aumentam a competitividade do setor.

Revista da Estrutura de Aço é reconhecida como um periódico de relevância em seu segmento

Page 39: Revista Construção Metálica 111

Construção Metálica 39

NotíciasABCEM

Ocean Machinery em novo endereço

fachadas e revestimentos com chapas de aço

A Ocean Machinery, líder mundial

em soluções CNC para o pequeno

e médio fabricante de estruturas metáli-

cas, instalou seu primeiro escritório em

São Paulo, no ano de 2010. Hoje, em fase

de crescimento, a Ocean Machinery do

Brasil está em novo endereço: Rua Feli-

pe Neri, 148 – Sala 302, em Porto Alegre,

Rio Grande do Sul.

O novo escritório faz parte de um pro-

A Ananda Metais, uma das maiores

indústrias de aços transformados

do país, lança o Steellayer®. O produto

com tecnologia patenteada é um exem-

plo de como o aço pode ter versatilidade

na construção civil.

Utilizado como revestimento em fa-

chadas personalizadas e ambientes inter-

nos, o Steellayer® é sustentável e 100%

reciclável, apresenta longa durabilidade e

é de fácil manutenção.

Suas duas linhas são a Novitá, im-

pressa com tecnologia HD, e Minerais,

com pintura eletrostática. Produzido em

aço revestido, o Steellayer® possui zero

absorção de água e é extremamente leve,

o que facilita seu manuseio e aplicação.

Apresenta grande variedade de cores e

formatos que permitem soluções criati-

vas e personalizadas.

A impressão das imagens no Ste-

ellayer® é realizada em um substrato

grama de expansão da estrutura da empresa

no país, que visa melhorar o atendimento ao

mercado. “Nosso principal objetivo é aten-

der nossos clientes com a máxima qualida-

de, eficiência e rapidez. Os investimentos

que estão sendo feitos no país trarão melho-

rias imediatas para todo o funcionamento

da companhia, bem como satisfação aos

clientes”, afirma Pedro Ranieri, diretor da

Ocean Machinery América Latina.

previamente tratado com primer. Isto

significa que todas as imagens impressas

são idênticas, eliminando a possibilidade

de lotes de uma mesma estampa apre-

sentarem colorações diferentes.

Chapa de aço revestida com opções de pintura ou impressão

para uso interno e externo

DIV

ULg

ãO

D

IVU

LgA

çã

O

Camadas que compõem o produto

Camada protetora

Primer

Impressão HD oupintura eletrostática

Proteção anticorrosiva

Proteção anticorrosiva

Chapa de aço

Cola bicomponente

Fachadas:Placa com EPS ou XPS

Revestimentos:Tratamento para aderência

Page 40: Revista Construção Metálica 111

40 Construção Metálica

GiroPeloSetor

Em sua 68ª edição consecutiva, o

Congresso Internacional da ABM

– Associação Brasileira de Metalurgia,

Materiais e Mineração reuniu, de 30

de julho a 02 de agosto, um público

aproximado de 1.000 pessoas, entre

lideranças empresariais e profissio-

nais da mineração, siderurgia e do

segmento de não ferrosos (alumínio,

cobre, zinco), do Brasil e do exterior,

além de acadêmicos e estudantes.

O evento desenvolvido no Expomi-

nas, em Belo Horizonte (MG), envolveu um

número recorde com mais de 500 contri-

buições técnicas, além de diversas palestras

proferidas por especialistas de alto nível no

contexto nacional e internacional nas mais

variadas esferas do conhecimento.

Entre os destaques da programação

está o Painel Construção Metálica, onde fo-

ram apresentadas as mais diversas formas

em que o aço, o alumínio, o cobre, o bronze

e o zinco estão presentes nas obras cons-

truídas em todas as partes do mundo com

68º Congresso da ABM aborda as vantagens da construção metálica Painel reuniu, no dia 31 de julho, especialistas nas áreas de materiais ferrosos e não ferrosos

Page 41: Revista Construção Metálica 111

Construção Metálica 41

O arquiteto Gustavo Penna coordena o Painel Construção Metálica

resultados positivos em termos de rapidez,

eficiência e sustentabilidade.

Gustavo Penna, autor do projeto ar-

quitetônico da futura sede da ABM, co-

ordenou as apresentações e os debates,

abrindo espaço para que outros painelis-

tas abordassem as novas tendências em

projetos inovadores. “A concepção do

novo prédio da ABM ampara-se nos con-

ceitos de sustentabilidade, tecnologia e

funcionalidade, utilizando-se dos varia-

dos materiais ferrosos e não ferrosos que

representam os segmentos de atuação da

entidade”, destacou ele.

“Os fatores de maior peso no uso de

materiais em projetos de construção – de

qualquer natureza – são o conhecimento

do perfil, propriedades e potencial dos

produtos disponibilizados pelo mercado

e a capacidade dos projetistas e empre-

endedores de mesclar tecnologias e pro-

cessos que contemplem a diversidade”,

argumentou Ronaldo do Carmo Soares,

vice-presidente de desenvolvimento

de mercado da Associação Brasileira de

Construção Metálica – ABCEM.

Definindo esses parâmetros, segun-

do ele, as equações de custos e tecnologias

viabilizam qualquer empreendimento,

desde shoppings, túneis, pontes, viadu-

tos, passarelas, prédios comerciais e resi-

denciais usando modernas soluções como

estruturas steel deck e steel framing.

“Resistência, durabilidade, facilida-

des de manuseio e baixo impacto ambien-

tal estão entre os diferenciais de maior

apelo dos materiais ferrosos. Em face

dessas vantagens, muitas vezes os custos

financeiros mais elevados acabam sendo

compensados pelos ganhos de redução de

custos de manutenção e elevação da vida

útil”, justificou Humberto Napoli Bellei,

consultor do Centro Brasileiro de Cons-

trução em Aço – CBCA.

Arturo Chao Maceiras, diretor-exe-

cutivo da Associação Brasileira do Aço

Inoxidável – Abinox, mostrou exemplos

da aplicação do material em projetos ar-

quitetônicos, ressaltando que seus atri-

butos e propriedades físicas o qualificam

como uma solução de excelente custo

benefício, “além de permitir projetos es-

teticamente belos e modernos”.

O engenheiro mecânico Ricardo

Suplicy Góes, gerente-executivo do Ins-

tituto de Metais Não Ferrosos – ICZ, des-

tacou os aspectos de sustentabilidade do

processo de galvanização por imersão a

quente, que protege o aço contra a corro-

são, aumentando sua vida útil.

O uso do cobre na construção civil

foi defendido pelo engenheiro Gilson Sil-

va, chefe do Departamento de Engenha-

ria de Aplicação do Produto – Pesquisa,

Desenvolvimento e Inovação – PDI da

Paranapanema, única fabricante nacional

de tubos e conexões de cobre e bronze.

“Trata-se de um material com boa

resistência química, mecânica e à corrosão,

fácil manuseio, soldabilidade, excelente

condutibilidade térmica e elétrica, é 100%

reciclável e possui longa vida útil”, resume

o engenheiro, que falou sobre os processos

de extrusão e trefilação a frio que permitem

obter um produto sem descontinuidades e

espessura de parede uniforme.

Também participaram do Painel

Construção Metálica, Leonardo Silvestre

(CBMM, nióbio) e José de Arimateia No-

natto (Abal, alumínio).

div

ulg

ão

Os fatores de maior peso no uso de

materiais em projetos de construção são o conhecimento das

propriedades e potencial dos produtos e a capacidade de

mesclar tecnologias e processos.

Ronaldo do Carmo SoaresVice-presidente de desenvolvimento

de mercado da Abcem

Page 42: Revista Construção Metálica 111

42 Construção Metálica

A construção metálica e sustentável no greenbuilding

Uma das principais referências em

arquitetura sustentável no Bra-

sil e no mundo, a Zanettini Arquitetura

esteve presente no Greenbuilding Brasil

– Conferência Internacional e Expo 2013.

O evento apoiado pela Associação Bra-

sileira da Construção Metálica – ABCEM

aconteceu entre os dias 27 e 29 de agosto

no Expo Center Norte, em São Paulo.

A 4ª Expo Greenbuilding Brasil supe-

rou todas as expectativas e atingiu público

recorde. O evento cresceu 33% no número

de visitantes/compradores e recebeu mais

de 9 mil visitantes entre construtores, enge-

Pesquisas da Petrobras – CENPES, no Rio

de Janeiro. As obras são exemplos de ino-

vação e tecnologia em termos de economia

de energia e água e soluções naturais de ilu-

minação, ventilação e redução de resíduos.

Atuante desde a década de 1970 em

construções ecoeficientes, Siegbert Zanet-

tini já assinou mais de 1.200 projetos em

mais de 50 anos de história. Ícone na uti-

lização de estruturas de aço, lançou princí-

pios fudamentais que hoje são amplamente

divulgados na área de construção sustentá-

vel. Em 2012, teve seu trabalho reconhecido

por uma das mais importantes premiações

mundiais da área, o David Gottfried Global

Green Building Entrepreneurship Award

2012, em cerimônia realizada em São Fran-

cisco, na Califórnia.

Sobre o evento o professor comen-

ta: “Participo desde a primeira edição e

acompanho o trabalho do Green Building

Council Brasil desde a fundação, porque

acredito na importância desse debate para

abrir novos caminhos, trazer informações

e experiências de especialistas de outros

países. O evento é um ponto de encon-

tro e também um elemento educativo que

leva até as pessoas propostas e valores que

se defendem nesses fóruns”.

Ao lado do professor e diretor da FAU-

-USP, Marcelo Romero, Zanettini participou

do debate intitulado Green Design. A mesa

discutiu os princípios de arquitetura econô-

mica, social e ecologicamente sustentável.

“Precisamos aproveitar melhor os

nossos recursos naturais e o Brasil não

está tão atrás em relação ao que tem sido

feito em outros países nos quesitos que

envolvem sustentabilidade e arquitetura

”, expôs Siegbert Zanettini – diretor pre-

sidente da Zanettini Arquitetura Planeja-

mento e Consultoria.

O professor Zanettini expôs alguns de seus projetos na exposição

nheiros, arquitetos, designers de interiores e

especialistas do setor de construção.

Participaram da conferência 1.600

profissionais entre congressistas e pales-

trantes e 113 empresas entre exposito-

res e patrocinadores, que apresentaram

grande diversidade de produtos de baixo

impacto ambiental.

O escritório do professor Siegbert

Zanettini apresentou alguns de seus proje-

tos mais recentes, como o novo centro de

Convenções da Unicamp, a Graded Scho-

ol, de São Paulo, o hospital Mater Dei, de

Belo Horizonte e a ampliação do Centro de

gre

enBu

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ing

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Zanettini Arquitetura expõe seus projetos na 4a edição da exposição e conferência internacional

Page 43: Revista Construção Metálica 111

GiroPeloSetor

Tekla structural 19

No dia 1 de agosto, a Tekla Structu-

re, associada da ABCEM, apresen-

tou em um encontro realizado no Hotel

Inter Continental, em São Paulo, as no-

vas funções da versão Tekla Structural 19.

O software, que gerencia o projeto desde

o detalhamento até a fabricação de estru-

turas metálicas de edifícios comerciais,

estádios e plataformas marítimas, agora

dispõem de um novo visualizador de ob-

jetos, capaz de exportar as informações

para planilhas em Excel. Outra novidade

é a importação de documentos em PDF,

o que antes era feito somente em DWG.

De acordo com a empresa, um novo

comando ainda é responsável pela união

das peças, gerando automaticamente

uma épura, que pode ser exportada para

arquivos em CNC. Além das novidades

citadas, a nova versão possibilita o uso

de um comando de modelagem de solda,

com as devidas especificações. Todas as

extensões já estão disponíveis e podem

ser baixadas no site da empresa.

Page 44: Revista Construção Metálica 111

44 Construção Metálica

NossosSócios

A Composite conta com profissionais com mais de 30

anos de experiência constante e específica no setor e

hoje é referência como uma das principais empresas de es-

truturas metálicas no país. Coloca à disposição dos clientes

um potencial dimensionado ao atendimento de projeto, fa-

bricação e montagem dos mais diversificados tipos e estilos de

estruturas para shopping center, galpões industriais e comer-

ciais, plataformas, mezaninos, entre outros. Atua com uma

equipe técnica altamente especializada para atender a neces-

sidade específica de cada projeto, com a finalidade de oferecer

aos clientes a solução com tecnologia, qualidade e prazo.

Cumpre rigorosamente as normas técnicas de segu-

rança, indispensáveis neste setor de atuação, e desenvolve

todos os projetos com apoio de sofisticados sistemas infor-

matizados para assegurar a precisão absoluta e a máxima

confiabilidade das previsões.

Temos orgulho em informar a todos que conseguimos a

certificação para a norma ISO 9001:2008, o que mostra a busca

constante pela otimização de sua operação, visando superar a

expectativa do cliente em relação aos seus principais valores:

tecnologia, qualidade e prazo.

Sua sede está localizada em São Bernardo do Campo e

possui uma filial em Ribeirão Pires. Está presente em diver-

sos estados brasileiros com mais de 1.000 obras realizadas ao

longo de sua existência e atualmente possui uma capacidade

produtiva anual de 4.000 toneladas.

A Perfilor é uma das 55 empresas especializadas da

ArcelorMittal Construction (do grupo ArcelorMittal),

que atua em diferentes países, oferecendo revestimentos

metálicos para construção civil. A ArcelorMittal controla no

Brasil empresas como a Companhia Siderúrgica de Tubarão

– CST, a Belgo Mineira, a Acesita e a Vega do Sul.

A Perfilor é uma aliança estratégica da Haironville, filial da

divisão construção do grupo europeu Arcelor, com a brasileira

Perkrom, divisão do grupo Tekno S.A., tradicional fabricante

de chapas pré-pintadas, com mais de 60 anos de experiência.

A fábrica da Perfilor conta com mais de 8.000 m2 de

área construída em um terreno de 45.725 m2. A sede co-

mercial está instalada em São Paulo e é complementada por

uma rede de representantes comerciais em todo o Brasil.

A completa linha de produtos inclui telhas convencio-

nais com desenhos diversificados para se adaptarem às di-

versas necessidades de cada projeto, telhas arqueadas para

soluções arquitetônicas especiais, steel deck (laje colaborante)

de última geração, coberturas zipadas e sistemas de cobertu-

ras com propriedades termo-acústicas e revestimentos pré-

-pintados de alta durabilidade para telhas metálicas aplica-

das em ambientes mais agressivos.

Além do revestimento pré-pintado Ecogris, voltado

para aplicações econômicas, a Perfilor oferece seus produ-

tos com revestimento metálico natural simplesmente zinca-

do ou em liga de alumínio e zinco (Aluzinco, Zincalume ou

Galvalume, marcas registradas).

A Perfilor presta também um suporte diferenciado, com

serviços especializados de assistência técnica para projetos

de montagem e de aplicação dos seus produtos, dentro dos

rigorosos padrões de qualidade das normas NBR 14513 e

14514 de telhas e da norma ISSO 9001:2000, cuja certificação

a Perfilor obteve em 2006.

www.compositeestruturas.com.br www.perfilor.com.br

Page 45: Revista Construção Metálica 111

Fabricantes de estruturas

MontageMServiçoS TécnicoS

EMPRESA TELEFONE

ACCIAIO (11) 4023-1651

AçOfer (65) 3667-0505

AçOpOrt (12) 3953-2199

AçOteC (49) 3361-8700

ANDrADe & reZeNDe (41) 3342-8575

ArtSerV (11) 3858-9569

ASA ALUMÍNIO (19) 3227-1000

BIMetAL (65) 2123-5000

BrAfer (41) 3641-4613

CArLOS freIre (11) 2941-9825

C.A.W. prOjetOS (41) 2102-5600

CODeMe (31) 3303-9000

DÂNICA (11) 3043-7883

eMMIG (34) 3212-2122

eMteC (17) 3818-7330

fAM (11) 4894-8033

fheCOr (41) 3029-9190

h. peLLIZZer (11) 4538-0303

ICeC (11) 2165-4700

INOSerVICe (11) 3766-8347

jM (31) 3281-1416

KOfAr (11) 4161-8103

LOyMAN (54) 3342-2525

MArfIN (11) 3064-1052

MBp (11) 3787-3787

MeDABIL (54) 3273-4000

MÉtODO eNGeNhArIA (11) 5181-5089

MÓDULO eNGeNhArIA (51) 3348-9229

NOVA jVA (54) 3371-0200

pAULO ANDrADe (11) 5093-0799

perfILOr ArCeLOrMIttAL (11) 3065-3400

pLASMONt (11) 2241-0122

prOjeArt (85) 3275-1220

rMG (31) 3079-4555

SANtO ANDrÉ (11) 3437-6373

SeMAM (79) 3254-1488

SIDerteC (16) 3371-8241

SOrOCABA (15) 3225-1540

SULMetA (54) 3273-4600

teCNAçO (34) 3311-9600

teChSteeL (41) 3233-9910

tIBre (54) 3388-3100

tUper (47) 3631-5180

USIMINAS MeCÂNICA (31) 3499 8500

VerZONI ADM. (51) 3076-3450

ZANettINI (11) 3849-0394

Pro

jeto

de

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uit

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Pro

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erg

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co

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Sócios&Produtos

EMPRESA TELEFONE

AçOBrIL (11) 2207-6700

ACCIAIO (11) 4023-1651

AçOteC (49) 3361-8700

ÁGUIA SISteMAS (42) 3220-2666

ALphAfer (11) 4606-8444

ALUfer (11) 3022-2544

ArMCO StACO (11) 2941-9862

ASA ALUMÍNIO (19) 3227-1000

AVSteeL (17) 3212-8214

BIMetAL (65) 2123-5000

BLAt (18) 3324-7949

BrAMetAL (27) 2103-9400

BrAfer (41) 3641-4613

CAW (41) 2102-5600

CODeMe (31) 3303-9000

COMpOSIte (11) 4362-4333

CONteCh (11) 2213-7636

CpC (61) 3361-0030

DAGNeSe (54) 3273-3000

DAMp (31) 2126-7874

DeMUth (51) 3562-8484

DINÂMICA (19) 3541-2199

eNGeMetAL (11) 4070-7070

eMMIG (34) 3212-2122

eMteC (11) 5184 2454

fAM (11) 4894-8033

ferrALUMI (11) 4534-3371

frISOMAt (19) 3208-2025

h. peLLIZZer (11) 4538-0303

ICeC (11) 2165-4700

INCOMISA (12) 2126-6600

jOCAr (19) 3866-1279

MArfIN (11) 3064-1052

MArtIfer (12) 3604-6330

MeDABIL (51) 2121-4000

MetASA (51) 2131-1500

MetÁLICA 3D (47) 3521-9779

MULtI-SteeL (16) 3343-1010

NOVA jVA (54) 3371-0200

pLASMONt (11) 2241-0122

prOjeArt (85) 3275-1220

SAe tOWerS (31) 3399-2702

SeMAM (79) 3254-1488

SeNteC (11) 4689-3030

SIDerteC (16) 3371-8241

Sh eStrUt. MetÁLICAS (51) 3594-3922

SIGper (11) 4441-2316

SOrOCABA (15) 3225-1540

SULMetA (54) 3273-4600

teCNAçO (34) 3311-9600

tIBre (54) 3388-3100

USIMINAS MeCÂNICA (31) 3499 8500

VãO LIVre (83) 3331-3000

ZIpCO (81) 3326-5930

EMPRESA TELEFONE

ACCIAIO (11) 4023-1651

AçOpOrt (12) 3953-2199

AçOteC (49) 3361-8700

ALphAfer (11) 4606-8444

ALUfer (11) 3022-2544

ArtSerV (11) 3858-9569

BeMO (11) 4053-2366

BIMetAL (65) 2123-5000

BrAfer (41) 3641-4613

C.A.W. prOjetOS (41) 2102-5600

CODeMe (31) 3303-9000

COMpOSIte (11) 4362-4333

CONteCh (11) 2213-7636

CpC (61) 3361-0030

DAGNeSe (54) 3273-3000

DÂNICA (11) 3043-7883

DINÂMICA (19) 3541-2199

eMMIG (34) 3212-2122

eMteC (11) 5184-2454

fAM (11) 4894-8033

h. peLLIZer (11) 4538-0303

ICeC (11) 2165-4700

IMeSUL (67) 3411-5700

jM (31) 3281-1416

MArfIN (11) 3064-1052

MArKO (21) 3282-0400

MBp (11) 3787-3787

MeDABIL (54) 3273-4000

MetÁLICA 3D (47) 3521-9779

MetASA (51) 2131-1500

MULtI SteeL (16) 3343-1010

NOVA jVA (54) 3371-0200

perfILOr ArCeLOrMIttAL(11) 3065-3400

pLASMONt (11) 2241-0122

prOjeArt (85) 3275-1220

SeMIth (11) 4990 0050

SeNteC (11) 4689-3030

SIDerteC (16) 3371-8241

SIGper (11) 4441-2316

SOrOCABA (15) 3225-1540

SULMetA (54) 3273-4600

teCNAçO (34) 3311-9600

tIBre (54) 3388-3100

tUper (47) 3631-5180

construção Metálica 45

Page 46: Revista Construção Metálica 111

galvanização

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Stel

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coberTuraS

MÁquinaS e equiPaMenToS

EMPRESA TELEFONE

AçOfer (65) 3667-0505

AçOpOrt (12) 3953-2199

ANANDA (19) 2106-9050

ArtSerV (11) 3858-9569

BIMetAL (65) 2123-5000

BrAfer (41) 3641-4613

BeMO (11) 4053-2366

CAW (41) 2102-5600

CODeMe (31) 3303-9000

COfeVAr (17) 3531-3426

DAGNeSe (54) 3273-3000

DÂNICA (11) 3043-7883

eMteC (11) 5184-2454

fAM (11) 4538-7848

ISOeSte (62) 4015-1122

IfAL (21) 2656-7388

jOCAr (19) 3866-1279

KOfAr (11) 4161-8103

MArKO (11) 3577-0400

MBp (11) 3787-3787

OCeAN MAChINery (11) 997349493

OCeL (41) 3064-3000

perfILOr (11) 3065-3400

pIZZINAttO (19) 2106-7233

reGIONAL teLhAS (18) 3421-7377

SANtO ANDrÉ (11) 3437-6373

SeMIth (11) 4990-0050

SeNteC (11) 4689-3030

SIDerteC (16) 3371-8241

SOUfer (19) 3634-3600

SULMetA (54) 3273-4600

teLhAçO (19) 2106-7233

tUper (47) 3631-5180

ZIpCO (81) 3326-5930

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ind

ust

rial

EMPRESA TELEFONE

ACCIAIO (11) 4023-1651

AçOfer (65) 3667-0505

AçOteC (49) 3361-8700

ANANDA (19) 2106-9050

ArMCO StACO (11) 2941-9562

ArtSerV (11) 3858-9569

BrAfer (41) 3641-4613

CAW (41) 2102-5600

COfeVAr (17) 3531-3426

CONteCh (11) 2213-7636

CpC (61) 3361-0030

CSN (11) 3049-7162

DÂNICA (47) 3461-5303

eMMIG (34) 3212-2122

fAM (11) 4894-8033

fereZIN MArtINS (18) 3421-7377

h. peLLIZZer (11) 4538-0303

hArD (47) 4009-7209

ICeC (11) 2165-4700

ISOeSte (62) 4015-1122

IVI IpeÚNA (19) 3534-5681

KOfAr (11) 4161-8103

MANZAtO (54) 3221-5966

MArfIN (11) 3064-1052

MBp (11) 3787-3787

MeDABIL (54) 3273-4000

NOVA jVA (54) 3371-0200

perfILOr/ArCeLOrMIttAL (11) 3171-1775

pIZZINAttO (19) 2106-7233

prOjeArt (85) 3275-1220

SANtO ANDrÉ (11) 3437-6373

SeMIth (11) 4990-0050

SIDerteC (16) 3371-8241

SOrOCABA (15) 3225-1540

teCNAçO (34) 3311-9600

teKNO (11) 2903-6000

tIBre (54) 3388-3100

tUper (47) 3631-5180

ZIpCO (81) 3326-5930

insuMos eiMPleMentos

46 construção Metálica

EMPRESA TELEFONE

fICep S.p.A. (11) 4636-8798

OCeAN MAChINery (11) 997349493

siderurgia

EMPRESA TELEFONE

ASA ALUMÍNIO (19) 3227-1000

IpeUNA (19) 3534-5681

NeMetSCheK (11)9880 9845

teKLA COrpOrAtION (11) 4166-5684

tUper (47) 3631-5180

VOtOrANtIM MetAIS (11) 3202-8699

ZIpCO (81) 3326-5930

Fornecedoresde outrosProdutos e serviços

Pro

du

tos

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alu

mín

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Pro

du

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plá

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tub

os

dry

wal

l

cal

has

ru

fos

Pro

du

tos

Met

alú

rgic

os

EMPRESA TELEFONE

CSN (11) 3049-7162

GerDAU (11) 3094-6552

GerDAU LONGOS (11) 3094-6552

VALLOUreC (31) 3326-2447

VOtOrANtIM SIDerUrGIA (11) 2575-6700

EMPRESA TELEFONE

ALGe MetALÚrGICA (11) 2721-2006

EMPRESA TELEFONE

ArMCO StACO (11) 2941-9862

B. BOSCh (11) 2152-7988

BIMetAL (65) 2123-5000

BrAfer (41) 3641-4613

BrAMetAL (27) 2103-9400

CAW (41) 2102-5600

INCOMISA (12) 2126-6600

LUMeGAL (11) 4066-6466

SIDerteC (16) 3371-8241

trIfer (11) 4084-1750

Page 47: Revista Construção Metálica 111

enTidadeS de claSSe

ch

apas

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Perfi

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tub

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com

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ost

ura

cen

tro

le s

ervi

ços

diSTribuição

EMPRESA TELEFONE

AçOBrIL (11) 2207-6700

ANANDA (19) 2106-9050

BIMetAL (65) 2123-5000

COfeVAr (17) 3531-3426

CpC (61) 3361-0030

eUrO teLhAS (54) 3027-5211

fAM (11) 4894-8033

GerDAU (11) 3094-6552

KOfAr (11) 4161-8103

MBp (11) 3787-3787

MetASA (51) 2131-1500

MULtIAçO (11) 4543-8188

pIZZINAttO (19) 2106-7233

reGIONAL teLhAS (18) 3421-7377

SANtO ANDrÉ (11) 3437-6373

SIGper (11) 4441-2316

SOUfer (19) 3634-3600

teCNAçO (34) 3311-9600

tIBre (54) 3388-3100

tUper (47) 3631-5180

Sócios&Produtos

AARS

Associação do Aço do Rio Grande do Sul

telefone: (51)3228.3216

e-mail: [email protected]

ABECE

Associação Brasileira de Engenharia

e Consultoria Estrutural

telefone: (11) 3938.9400

e-mail: [email protected]

ABM

Associação Brasileira de Metalurgia,

Materiais e Mineração

telefone: (11) 5534.4333

e-mail: [email protected]

CBCA

Centro Brasileiro da Construção em Aço

telefone: (21)3445-6332

e-mail: [email protected]

CDMEC

Centro Capixaba de

Desenvolvimento Metalmecanico

telefone: (27) 3227.6767

e-mail: [email protected]

IABr

Instituto Aço Brasil

telefone: (21) 3445.6300

e-mail: [email protected]

ICZ

Instituto de Metais Não Ferrosos

telefone: (11) 3214.1311

e-mail: [email protected]

INDA

Instituto Nacional de Distribuidores de Aço

telefone: (11) 2272.2121

e-mail: [email protected]

NÚCLEO INOX

Associação Brasileira do Aço Inoxidável

telefone: (11) 3813.0969

e-mail: [email protected]

Page 48: Revista Construção Metálica 111

48 Construção Metálica

Estatística

Na compra, o mês de agosto apontou alta de 2,2% perante julho, com volume total de 422,7 mil tonela-

das. Frente a agosto do ano passado (377,5 mil ton.), apresentou acréscimo de 12%. Entre janeiro e agosto de

2013, as compras da rede associada contabilizaram um aumento de 9,7% em relação ao mesmo período de

2012, com volume total de 3.140,3 mil toneladas.

Segundo os dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, INDA, houve um aumento de 11,2%

no mês de julho e 9,6% no mês de agosto, que representam uma inversão na tendência de queda ob-

servados nos dois meses anteriores.

O estoque, em função da diferença entre as variações de venda e compra, recuou em 0,1%.

Inversão na tendência de queda nas vendas no último bimestre

381,4

296,0

401,6 413,8 422,7381,5 390,3385,0

340,2323,1331,4377,5 340,8

388,8

20122013

fonte: InstItuto naCIonal dos dIstrIbuIdores de aço (Inda)

CoMpras

A venda de aços planos em agosto teve crescimento de 9,6% quando comparada a julho, atingindo o mon-

tante de 424,1 mil toneladas – recorde histórico para o período. Também registrou alta de 12% diante a agosto

do ano passado (378,8 mil ton.). No acumulado do ano, o saldo é positivo: elevação de 1,8% no que diz respeito

ao mesmo período de 2012, com volume de 2.954,9 mil toneladas.

342,1378,8 353,8 356,4

383,1363,9

401,2 384,8

312,5368,7

317,9347,8

386,8424,1

20122013

Vendas

Page 49: Revista Construção Metálica 111

Construção Metálica 49

Assim, os estoques de agosto tiveram leve recuo de 0,1% em seus volumes, atingindo 1.129,5 mil to-

neladas. Na comparação com agosto do ano anterior (962,3 mil ton.), os estoques também registraram alta,

17,4%. O giro de estoques caiu para 2,7 meses.

As importações encerraram o mês de agosto com alta de 15,1% em relação ao mês anterior, com vo-

lume total de 211,7 mil toneladas. Comparando-se ao mesmo período do ano anterior (163,6 mil ton.), as

importações também registraram elevação, 29,4%. Entre janeiro e agosto desse ano contabilizam redução de

13,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, com volume total de 1017,9 mil toneladas.

Para setembro, a expectativa da rede é que compra e venda tenham retração em torno de 5%.

963,6 962,3 949,3 936,9 933,5 944,1 947,6970,4

1035,01017,4998,4

1129,51130,91103,9

20122013

estoques

IMportações1

projeções

o INDA – Instituto nacional dos distribuidores de aço – tem como objetivo promover o uso consciente do aço. o desenvolvimento de estudos estatísticos estratégicos e a produção de conhecimento técnico específico são ferramentas que o Instituto se utiliza para oferecer informações a seus associados e ao mercado de uma maneira geral.

¹ Inclui: Chapas Grossas, Laminados a Quente, Laminados a Frio, Chapas Zincadas a Quente, Chapas Eletro-Galvanizadas, Chapas Pré-Pintadas e Galvalume.

Page 50: Revista Construção Metálica 111

50 Construção Metálica

Agenda

Galvabrasil 2013 - ConGresso brasileiro de GalvanizaçãoLocal: Caesar Park, São Paulo – SP Site: www.galvabrasil.com.br

iX ConGresso de Construção MetáliCa e Mista & 1º ConGresso luso-brasileiro de Construção MetáliCa sustentávelLocal: Exponor – Centro de CongressosLeça da Palmeira, Porto, PortugalSite: www.cmm.pt/congresso

bridGes brazil 2013Local: São Paulo, Brasil Site: www.bridgesbrazil.com

batiMat FrançaLocal: Paris Nord Villepinte Exhibition Villepinte – FrançaSite: www.batimat.com

aMeriCas iron ore 2013Local: Hotel Windsor Atlântica Rio de Janeiro – RJAv. Atlântica, 1020 – LemeSite: www.informagroup.com.br/ironore

22 e 23outubro 2013

24 e 25outubro 2013

05 a 07 noveMbro 2013

04 a 08 noveMbro 2013

11 a 13 noveMbro 2013

11 a 14

noveMbro 2013

08 a 11

abril 2014

02 a 04

seteMbro 2014

11 a 13

noveMbro 2014

50º seMinário de laMinação –

ProCessos e Produtos laMinados

e revestidos

Local: Ouro Preto – MG

Site: www.abmbrasil.com.br/seminarios/

laminacao/2013

santos oFFshore oil & Gas eXPo

Local: Mendes Convention Center

Av. General Francisco Glicério, 206

Gonzaga, Santos – SP,

Site:www.santosoffshore.com.br

ConstruMetal

Local: Centro de Convenções

Frei Caneca, São Paulo – SP

Site: www.construmetal.com.br

FeiPlar CoMPosites & FeiPur

Local: Expo Center Norte

R. José Bernardo Pinto, 333 – Vila

Guilherme, São Paulo – SP

Site: www.feiplar.com.br

Page 51: Revista Construção Metálica 111
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