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ANO II EDIÇÃO 06 / OUT - NOV - DEZ / 2008 Impresso da Continental - Fábrica de Pneus de Camaçari corrente do bem ct.ms A eficiência ao alcance das suas mãos ContiRunningDay Correndo em prol da responsabilidade social Como contribuir para melhorar o ambiente de trabalho entrevista Hans Joachim Nikolin

Revista Continental 06

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House Organ da Fábrica de pneus Camaçari

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corrente do bem

ct.ms A eficiência ao alcance das suas mãos

ContiRunningDay Correndo em prol da responsabilidade social

Como contribuir para melhorar o ambiente de trabalho

entrevista Hans Joachim Nikolin

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sumário

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Hans Joachim Nikolinentrevista /

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mundo conti /

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Corrente do Bemcapa /

editorial /

Quem é a sua equipe?entre nós /

A eficiência ao alcance das suas mãos

Projeto Aroeira: plantando o futuro do meio ambiente

ct.ms /

meio ambiente /

Resíduo que vira arte

Depoimento de um voluntário

responsabilidade social /

ContiRunningDay /

big six /

basics live /

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Por Pedro Carreira(Diretor Superintendente)

entre nós

Após este ano complicado que passamos, penso que é chegado o momento de

prepararmo-nos para uma nova fase na vida da nossa empresa. Para fazermos face

aos novos desafios que um novo ano produtivo sempre traz, teremos que trabalhar

com mais empenho e união na resolução dos problemas que vamos enfrentar, e

para isso, nada melhor que o bom trabalho em equipe.

Uma fábrica é um conjunto de várias equipes trabalhando em vários setores para uma só finalidade: O sucesso da Empresa. Porém muitas vezes temos dois comportamen-tos distintos: um, com aqueles que querem colaborar para o bem comum não se interessando por quem leva os “lou-ros”, interessando-se apenas em alcançar o resultado que a equipe se propôs e outro com os que apenas fazem algo se forem os donos da idéia esperando serem reconhecidos por tal e mesmo que traga prejuízos preferem não ajudar só porque existe a possibilidade de a idéia não ser aceita.

Portanto, quem é a sua equipe? A que se coloca à dispo-sição do coletivo para ajudar independentemente de quem sai beneficiado no imediato, pensando que no futuro todos vão ser beneficiados, que se esforça entre a equipe e busca o apoio das outras para resolver um problema quando não sabem? Ou sua equipe é aquela que só faz se tiver lucro para si mesma, que acha que fez tudo sozinha e que che-gou a um objetivo apenas porque só seus componentes é que são os bons?

Deste modo, não devem existir os “Maus” e os “Bons” entre os diferentes setores, mas sim o “Nós” formados por todos que estão empenhados no sucesso coletivo.

A resposta de todos vocês para esta pergunta pode realmen-te fazer a diferença em 2009 para a Fábrica de Camaçari.

Quem é a sua equipe?

As características de cada elemento deverão ser:

• Comum entendimento do problema em análise;

• Vontade de melhorar em conjunto e em contínuo;

• Capacidade de dialogar em comum e chegar a um consenso;

• Conhecimento das ferramentas para resolução de problemas de forma metódica;

• Senso comum na aplicação das soluções;

• Vontade de publicar os resultados alcançados.

É simples, mas se torna complexo quando não levado a sério. Quando caminho pela fábrica quantas vezes ouço: “nós trabalhamos em equipe, os outros é que não colabo-ram conosco”, logo estão errados. Já pararam para refletir que as outras equipes podem dizer o mesmo da sua? Des-tas mesmas pessoas vem muitas vezes o comportamento incorreto de postura dentro da sua própria equipe com, não sei, não vi, não avaliei, não tive tempo, pois estive muito ocupado para procurar, esqueci o que era para fazer, o meu chefe não me deixou e tantas outras expressões que todos vocês já ouviram e que se a nada conduzem, ainda menos ajudam no trabalho da equipe. Numa equipe, os assuntos têm que ser postos na mesa e convenientemente discutidos de forma aberta e clara para que não haja mal entendidos, nem ressentimentos.

A todos vocês e às suas Famílias, um 2009 com paz, saúde e claro, trabalho.

Nada de novo, conceito bem velho e muito usado por toda a gente sem necessariamente entender a profundidade des-se mesmo conceito ficando muitas vezes desiludida com a equipe em que participa ou na relação entre elas.

Uma equipe é formada preferencialmente por um grupo de pessoas de uma mesma área ou de várias áreas, que pretendem resolver um problema ou dar continuidade a um trabalho que decorre.

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Conti com VocêRevista da Continental - Fábrica de Pneus de Camaçari.Ano II, Edição 06 / 2008

Revista da Continental - Fábrica de Pneus de Camaçari. Ano II, Edição 06 / 2008Diretor Superintendente: Pedro Carreira. Gerente de Recursos Humanos: Kalil Nicioli.Jornalista Responsável: Celso Duran - 01846 DRT/SC | Editoração: Accessing.Fotos: Adriana Souza, Accessing e Banco de Imagens da Continental AG.

Tiragem: 1250 exemplares. Circulação interna.Colaboraram nesta edição: Adriana Souza, Alexandre Oliveira, Ana Rita Fraga, Hans Joachim Nikolin, Markus Korsten, Kalil Nicioli e Pedro Carreira.

Contatos: +55 71 [email protected] / www.conti.com.br

editorial

A matéria central desta edição intitulada cor-rente do bem nos convida à reflexão sobre como o nosso comportamento do dia-a-dia está pautado em boas condutas e ações, mesmo aqueles pequenos gestos que apa-rentemente não causam impacto podem ser o primeiro passo para grandes transformações no nosso ambiente de trabalho e nas pessoas que estão à nossa volta.

Um exemplo disso é o trabalho em equipe em que cada um contribui com aquilo que tem de melhor, com alto grau de compro-metimento e fazendo com o que o time che-gue ao sucesso. Costuma-se dizer que em equipe um mais um, não é somente dois, mas três, quatro e por aí afora. Fácil de di-zer, mas difícil de fazer quando pensamos na empresa como uma única equipe em que só com a cooperação mútua consegue-se atingir o objetivo comum.

Por Kalil Nicioli (Gerente de Recursos Humanos)

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É desta forma que devemos encarar os desafios para um 2009, que nos reserva uma série de incertezas diante da atual conjuntura eco-nômica mundial, com a certeza de que somente com o comprometi-mento de todos, cooperação e trabalho em equipe é que conseguire-mos suplantar as dificuldades e atingirmos os nossos objetivos.

Ainda na linha de boas ações, você vai ver três interessantes matérias sobre responsabilidade social e ambiental: o Pólo de cidadania que foi realizado em comemoração aos 30 anos do Pólo Industrial de Cama-çari; o Projeto Aroeira que visa o reflorestamento do entorno da nossa fábrica e; Voluntariado com o depoimento do Sr. Alexandre Oliveira.

Você ainda vai poder se atualizar sobre as mudanças ocorridas nos “BIG SIX” que são as seis competências definidas pela corpo-ração para avaliação de desempenho e potencial. Na matéria de CT-MS, você vai entender sobre como esta poderosa ferramenta pode auxiliar o seu ambiente de trabalho.

Finalmente gostaria de agradecer a todos pela dedicação durante o ano de 2008 e desejar a vocês e seus familiares um 2009 repleto de novas esperanças e realizações.

Boa leitura!

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conticomvocê: Quais as diferenças observadas entre a primeira e a última visita?Hans Joachim Nikolin: Eu diria que eu estou muito im-pressionado com a velocidade com que o grupo se adap-tou aos processos, em apenas um ano. Quando eu estive aqui pela última vez, a situação parecia difícil. Eu obser-vei, principalmente, uma deficiência na organização dos processos. Agora a melhora é evidente! A planta funciona como uma fábrica de verdade! Você consegue ver os pro-cessos mais organizados, com mais limpeza, tudo parece bem melhor. Um grande avanço!

ccv: O que dizer sobre a entrega, apontada como o nosso grande desafio na sua última visita?HJN: A planta ainda não funciona na sua total capacidade, por causa de uma demanda reprimida do mercado. Há sete anos, há uma flutuação dos índices econômicos mundiais, o que é natural diante de todas as mudanças, e precisamos nos adaptar a isso. Já estamos no caminho. Também hou-ve muito progresso no setor.

ccv: Por que essa flutuação e constante mudança do mercado mundial deve ser uma preocupação para a Continental em Camaçari?HJN: Devemos estar atentos ao panorama mundial por-que temos que adaptar nossas habilidades e capacidade de produção a partir disso, para não perdermos o contro-le da situação. É uma grande oportunidade da Continental Camaçari atuar de forma mais assertiva nos mercados da América do Sul e de países da América Latina. Uma vez que Camaçari não produz para os EUA, apesar da gran-de demanda, podemos focar nossa estratégia em praças como México, Argentina. Esses mercados estão se desen-volvendo muito bem.

ccv: E sobre o desenvolvimento dos processos, como CVT (?) Como podemos melhorar?HJN: Aqui cada processo tem sua velocidade de desen-volvimento. Algumas áreas estão quase que em perfeito funcionamento. A área de CVT apresenta um progresso considerável. Na minha última visita, havia uma preocupa-ção com o setor da misturação, que estava meio caótico por ser uma planta nova. Os processos de melhoria já estão em andamento e as mudanças são visíveis. Mas ainda há trabalho para fazer. É um processo normal em uma fábrica tão nova. Talvez o próximo desafio seja alinhar os processos a um iminente cenário de crescimento do mercado mundial que irá certamente aumentar a demanda.

ccv: O que o senhor acha do Projeto Aroeira?HJN: É uma iniciativa maravilhosa! Dar valor ao meio am-biente e garantir sustentabilidade são premissas básicas da Continental. O projeto vai ao encontro da nossa idéia de pre-servar e valorizar a natureza. Foi um prazer poder participar e ter a chance de plantar uma árvore nativa aqui na Bahia!

HANs JoACHim

NikoliNDr. Nikolin, membro do corpo diretivo

da matriz da Continental, na Alemanha,

foi um dos responsáveis pela instalação

da Fábrica em Camaçari. Após visita

em 2007, ele retornou à nossa Fábrica

para a reunião de revisão dos indicado-

res da planta (POR) e comentou sobre

a velocidade com que o grupo se adap-

tou aos processos. “Agora a melhora é

evidente! A planta funciona como uma

fábrica de verdade!”

entrevista

Recebendo placa de homenagem... ... e plantando a muda de Seringueira.

“estou muito impressionado com a velocidade com que o grupo se adaptou aos processos, em apenas

um ano”

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big six

BiG-siXO BIG SIX foi revisado buscando fortalecer a perspectiva estratégica da Continental através de um modelo basea-do em uma análise mais abrangente. Foram incluídas, por exemplo, as competências Empreendedorismo e Execu-ção. O atual desenho do BIG SIX é:

Essa revisão foi o produto do resultado de uma pesquisa feita na integração da Continental com as unidades adqui-ridas da Motorola e Siemens VDO, buscando qualificar e inovar os BASICS da Continental.

O objetivo da reformulação foi implementar o potencial exis-tente no BIG SIX, levando em consideração um grupo de competências, e trabalhar alguns aspectos que são difíceis de observar apenas através de palavras.

Visão

Cria uma visão inspiradora do fu-turo, dirige inovações e processos de mudanças adiante.

• Pensamento visionário• Orientação estratégica• Inovação• Lidera mudanças

Direção

Lidera e toma iniciativa em ativida-des com grande paixão e compro-metimento.

• Iniciativa • Liderança e orientação• Auto-determinação• Paixão e comprometimento

Interação

Ganha e motiva os outros, promo-ve trabalho em equipe e encoraja a cooperação entre as áreas.

• Comunicação clara e aberta• Rede de contatos• Estimula a equipe• Motiva os demais• Sensibilidade intercultural• Promove a diversidade

Execução

Consegue realizar as coisas certas e resolver problemas, assume ris-cos calculados.

• Solução de problemas • Tomada de decisão• Entrega de resultados• Assertividade

Aprendizagem

Procura e promove ativamente oportunidades de aprendizado para si e para os outros.

• Desenvolvimento para os negócios• Auto-reflexão• Lidar com feedback• Treina os demais

Empreendedorismo

Atua orientado para o cliente, com forte espírito empreendedor, alto padrão de qualidade e integridade pessoal distinta.

• Orientado para o cliente• Orientado para o lucro• Orientado para a qualidade• Integridade

Competências

Conhecimento (= habilidades) • Técnicas• Especializadas• Metodologias

Experiências• Profissional• Projetos e/ou Processos• Liderança• Intercultural

Capacidades• BIG SIX

Absorvendo as experiências existentes no modelo de competência da Siemens e implementando uma política que “busca o melhor entre as duas práticas”, apesar do novo foco e mudanças, os princípios do “BIG SIX” conti-nuam os mesmos.

Os princípios básicos para as competências definidas levaram em consideração que estas devem ser relevan-tes e trazer resultados para o negócio. Foram definidas 6 Competências (“BIG SIX”) com um máximo de 4 a 6 aspectos de capacidade cada uma. As competências e aspectos de capacidade têm nome claro e, preferencial-mente, é definido em uma ou duas palavras que buscam focar manifestações observáveis de características pes-soais que são consideradas a base para o atingimento dos resultados estabelecidos.

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Está provado que no mundo corporativo o tra-

balho em equipe é um dos principais responsá-

veis pelos bons resultados. Pensar, decidir e agir

a partir de idéias diversas, porém com foco no

mesmo objetivo, é peça chave para o bom anda-

mento do trabalho.

A constatação é comum a dez entre dez especia-

listas que garantem: o profissional de hoje deve,

sobretudo, saber trabalhar em equipe. Quem está

no mercado de trabalho sabe que, mesmo com

a presença de conflitos, duas cabeças pensam

melhor do que uma. Mas quem nunca pensou

que preferia trabalhar sozinho, pois centralizando

o trabalho “tudo andaria melhor”?

Para afastar essa idéia equivocada é fundamental

que o ambiente de trabalho seja favorável. Isso

significa um lugar onde o colaborador se sinta am-

parado e parte integrante de um processo maior,

envolvendo todo o corpo funcional da empresa.

CoRReNte Do Bem Como contribuir para melhorar

o ambiente de trabalho

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Na Continental, uma nova ferramenta deu o início em um novo processo para integrar equipes e fazer das atividades de Camaçari e de outras plantas, modelo para um melhor rendimento de todos. O CT. MS (saiba mais em uma matéria nesta edição) une todas as soluções para procedimentos eficazes de manufatura. “Pela primeira vez em nossa em-presa, é apresentada uma estratégia facilmente inteligível para ferramentas de manufatura. Não há necessidade de inventar a roda duas vezes; para problemas em comum, en-contramos soluções em comum.”, explica Pedro Carreira, Diretor Superintendente da Continental Camaçari.

Tudo isso em nome do melhor para todos e para a Empresa. Paralelo à implantação do sistema, que permite unir forças em direção ao objetivo de produzir mais sem desperdícios e em menos tempo, percebeu-se a importância de estimular e valorizar o trabalho em equipe. Especialistas apontam cinco dicas fundamentais para que o trabalho alcance os resulta-dos desejados; veja no quadro em destaque.

Na prática, o esforço já começa a dar frutos na Conti. Aos poucos vai surgindo um conceito, chamado: “Corrente do Bem”. A base deste pensamento que surge em Camaçari, e em todas as fábricas da Continental, está na diferença entre atuar em grupo ou atuar em equipe.

A primeira coisa que o integrante de uma equipe precisa saber para garantir um bom desempenho em uma empresa que valoriza o coletivo é diferenciar o que é trabalho em gru-

Seja paciente. Nem sempre é fácil conciliar opiniões diversas. Procure expor os seus pontos de vista com moderação e procure ouvir o que os outros têm a dizer. Respeite sempre os outros, mesmo que não esteja de acordo com as suas opiniões.

Aceite novas idéias. Para algumas pessoas, é difícil aceitar idéias no-vas ou admitir que não temos ra-zão. É importante saber reconhe-cer que a idéia de um colega pode ser melhor do que a nossa.

Evite criticar os colegas. Conflitos são comuns e podem surgir entre os colegas de grupo. Não deixe que isso interfira no andamento do trabalho. Sugira alterações nas idéias, nunca nas pessoas.

Trabalhe. Não é por trabalhar em grupo que devemos esquecer nos-sas obrigações. Dividir tarefas é uma coisa, deixar de trabalhar é ou-tra completamente diferente.

Evite cair no “pensamento de grupo”. Quando todas as barreiras já foram ultra-passadas, e um grupo é muito homogê-neo, existe a possibilidade de se tornar resistente a mudanças e a opiniões dife-rentes. É importante que o grupo ouça opiniões externas e que aceite a idéia de que pode estar errado.

No departamento de vulcanização e inspeção final de CVT de Camaçari, o chefe Claudio Andrade conta que no depar-tamento já passaram no Passo zero, 5S, a etapa de grande limpeza. No 5S fazem um plano de ação para evitar repetir a produção de sujeira identificada durante o processo. As auditorias identificaram um desempenho acima de 80% que garantiu a passagem para o próximo passo. Nesta etapa, o Passo 1, o grupo começa a conter os pontos de fuga. No caso do departamento são pontos que naturalmente geram resíduos. A meta é evitar que os níveis de resíduo não ul-

po e o que é trabalho em equipe. “Equipe quer dizer com-prometimento. Trata-se de um grupo de pessoas com um objetivo comum que batalham por sua conquista e respei-tam as características e competências individuais de cada um. Um não se sobrepõe ao outro. Trabalham em conjunto, aproveitam o que cada um tem a oferecer, ao contrário do que acontece em um grupo sem foco, sem objetivo”, expli-ca a psicóloga e consultora Suzy Fleury.

O exemplo pode ser ilustrado por um time de vôlei. Para ob-ter sucesso, não é preciso que todos os jogadores tenham o mesmo desempenho, nem o mesmo potencial. Um le-vantador não tem a mesma habilidade que um atacante, no entanto, o ponto só é conquistado a partir da sinergia entre a ação dos dois. A presença do técnico garante que, cada membro do grupo atue na atividade que apresente melhor rendimento. Ao mesmo tempo, não se pode perder a noção de que todos têm uma função fundamental para a vitória. É necessário ter consciência de que o placar final depende de integração e diálogo.

O consultor americano em recursos humanos, Terry Mollner, já apontava na década de 90 uma tendência para a importân-cia do relacionamento humano dentro das empresas. Para ele o mundo começou a olhar para o mercado como um espaço de relações e não apenas um celeiro de conquistas materiais. “As pessoas passaram a compartilhar objetivos co-muns, para atender objetivos específicos. Assim o resultado único acaba por satisfazer o desejo individual”, argumenta.

trapassem os parâmetros estabelecidos na fase anterior. “A cultura operacional de nossos operadores foi fundamental. Cada operador já tinha incorporado o sentimento de limpe-za. Mais que isso, eles cobram de mim e cobram uns dos outros”, esclarece Andrade.

Para facilitar, Claudio criou ainda outro instrumento para es-timular uma onda de responsabilidade. A partir de uma lista operacional com todos os itens a serem verificados na pas-sagem de turnos, os operadores interagem e se compro-metem com o resultado. “As assinaturas de um e do outro assumindo responsabilidades fez com que eles se atentas-sem para a necessidade de uma organização maior e de manter o local limpo”, revela.

Jadson Oliveira é operador de produção no setor de cons-trução. Envolvido na “Corrente do Bem”, adotou uma pos-tura pró-ativa na manutenção da limpeza e organização do local de trabalho. Uma das responsabilidades é entregar as máquinas limpas para o grupo do turno seguinte. A prática constante incluiu na rotina, o espírito de equipe. “Se cada um pensar sozinho, isolado, não adianta”, ele diz.

A supervisão de Alessandro Araújo também faz parte des-se cenário de sucesso. Motivou os colaboradores e reco-nhece que os resultados positivos só aparecem se houver comprometimento com os resultados. “Para ter sucesso no trabalho em equipe, é fundamental a participação e a vontade de todos”, conclui.

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Por Ana Rita Fraga Coordenadora de Desenvolvimento de Pessoal

É um instrumento para:

A primeira aplicação da Pesquisa foi feita no ano de 2006.

O formulário utilizado foi desenvolvido por todos os Recur-

sos Humanos da Continental, com o apoio e cooperação

de uma instituição externa especializada. O mesmo ques-

tionário foi aplicado à todas as empresas do grupo.

É importante lembrar que o The BASICS – nossos valo-

res corporativos – servem como base para a pesquisa,

pois eles descrevem a ambição da nossa cultura corpo-

rativa, o modo como tratamos nossos clientes, colabo-

radores e acionistas. Guia-nos no cumprimento das me-

tas desejadas sob o aspecto da qualidade, dos direitos

e deveres corporativos.

O The BASICS estabelece o conjunto de princípios que

faz com que a nossa empresa cresça unida. É a base

do nosso trabalho no dia-a-dia e essencial para o su-

cesso da empresa.

Em 2008 aproximadamente 150.000 colaboradores parti-

ciparam da pesquisa. Em Camaçari tivemos uma participa-

ção de 96,71% dos colaboradores considerados eletivos a

participar da pesquisa (822 colaboradores), o que é uma

excelente participação. Agradecemos a todos o empenho

em tornar a nossa empresa um lugar cada vez melhor para

trabalhar e crescer!

A pesquisa é tabulada por um parceiro externo, na Alema-

nha, que após o procedimento envia o resultado para a

Continental. A confidencialidade e anonimato são assegu-

rados durante todo o processo.

Resultados recebidos, resultados divulgados. A partir daí

planos de ação serão elaborados para a melhoria dos itens

considerados ineficazes.

Em 2006, Camaçari estava vivendo um momento diferen-

te. Foi o ano de iniciação, onde se começava a produção

de pneus. Com um grupo de 620 colaboradores, metade

do que somos hoje, éramos considerados como uma fá-

brica iniciante.

Naquele ano houve um índice de 82% (509 colaboradores)

de retorno na pesquisa que fora aplicada.

Houve um índice de 71% de satisfação com relação à em-presa. Outros importantes índices a serem considerados são:

• Avaliar e desenvolver a cultura THE BASICS na Continental;

• Avaliar a opinião e satisfação geral dos colabora-dores principalmente nos aspectos relacionados à satisfação de pertencer a empresa, cooperação e qual tem sido o desempenho dos nossos líderes;

• Contribuir para a melhorar a comunicação, o tra-balho em equipe, a criação de valor, a orientação para o cliente e para a qualidade, dentre outros;

• Promover a base para quantificar as melhorias implementadas.

A pesquisa é conduzida regularmente a cada dois anos e tem as características de:

• Realizar os processos utilizando questionários físicos e on-line;

• Avaliar questões corporativas e questões locais das unidades da empresa.

• Satisfação com a liderança: 69%;

• Comprometimento com a empresa: 86%.

Os principais aspectos positivos observados naquela oca-sião foram:

• Comprometimento dos colaboradores com a empresa;

• Colaboração da liderança;

• Cooperação no grupo de trabalho.

Levando em consideração esses pontos de melhoria foi elaborado um plano de ação para melhorar a satisfação dos colaboradores. As ações planejadas e seu atual status de realização. São elas:

• Cooperação entre departamentos; entendido como a falta de integração entre colegas de diferen-tes departamentos; a falta de percepção dos depar-tamentos depende uns dos outros;

• Melhoria da remuneração através de mudanças na política salarial;

• Conhecimento pelos colaboradores da estratégia do seu departamento: os colaboradores não conhe-cem a estratégia do seu departamento.

Os principais pontos de melhoria observados foram:

• Cooperação entre departamentos;

• Melhoria da remuneração;

• Conhecimento pelos colaboradores da estratégia do seu departamento.

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ct.ms

O CT.MS, Continental Tire Manufacturing System, sigla em Inglês que traduzida para o português quer dizer Sistema de Manufatura da Continental Pneus, combina ferramentas de Manufatura Enxuta com a filosofia da melhoria contínua dos processos. O Sistema é adotado pelas fábricas de pneus espalhadas por todo o mundo.

Através de uma linguagem unificada e da sistematização de procedimentos, a ferramenta operacional permite que colaboradores dos diversos setores responsáveis pela produção de pneus adotem ações padronizadas, evitando desperdícios de material e de tempo, além de otimizar os esforços na busca e manutenção dos pa-drões de qualidade Continental.

A eficiência ao alcance das suas mãos

Veja na prática como o CTMS pode auxiliar seu trabalho

O CT.MS apresenta experiências de sucesso na realização dos procedimentos comuns ao dia-a-dia das fábricas, e ilus-tra as melhores práticas para todos os assuntos relacionados à manufatura de pneus. O Sistema define uma linguagem co-mum para auxiliar a cooperação entre as fábricas, criando no-vas sinergias. “Imagine que o CT.MS é uma ferramenta para melhorar a comunicação. É como se existisse uma linguagem universal sobre o sistema de manufatura que todos devem entender e interagir através dele”, explica Markus Korsten, diretor geral da área CVT da Manufatura.

A partir de quatro eixos de atuação pré-definidos, o Sistema descreve práticas necessárias que garantem um funciona-mento eficaz do setor de manufatura da Continental. São eles:

• Scorecard Operacional – Metas operacionais para as fábricas e equipes, com base nos objetivos estra-tégicos das divisões. Garante que as atividades que beneficiam diretamente a empresa sejam executadas de maneira eficaz;

• Ferramentas de Manufatura Enxuta - A Caixa de Ferramentas da Manufatura Enxuta contém dispositivos para alinhar as atividades e incrementar a partilha do valor agregado. Irá ajudar a nossa comunicação e interação com outras fábricas do grupo, através da definição de uma “linguagem” comum para desenvolver os processos de manufatura;

• Bases da Manufatura - Trata de todos os aspectos da organização, assim como da predisposição necessária às equipes. O objetivo é a melhoria contínua;

• The Basics - O Basics contempla todos os aspectos de nossa organização e o direcionamento necessário para alcançar metas. Contribui para focar ainda mais nos nossos clientes internos e externos, e a melhorar conti-nuamente o ambiente de trabalho, os processos e nossa posição no mercado.

A execução do CT.MS é baseada na análise das melhores práticas de cada fábrica e no plano de ação corresponden-te. É coordenado por um grupo de gestores e pelos respon-sáveis pela manufatura na Divisão de Pneus. A rede CT.MS, formada por experts das fábricas e da Engenharia Industrial de Pneus em Hannover, na Alemanha, viabiliza a troca entre as equipes de diferentes estados e países. A rede, por sua vez, permite um entendimento em comum do CT.MS e ga-rante o futuro desenvolvimento desse sistema dinâmico.

A eficiência do CT.MS e a conseqüente melhora do proces-so produtivo dependem de uma série de fatores; entre eles a utilização de ferramentas do Lean Manufacturing, como

TPM, SMED, 5S, Kanban. Através delas é possível propor-cionar uma modificação da qualidade das peças produzi-das. Essas ferramentas têm como objetivo reduzir perdas, melhorar o espírito de equipe, além de atuar na melhoria dos processos e da qualidade dos produtos. “Essas práti-cas são inovadoras; trazem à tona todas as ferramentas do Lean Manufacturing, demonstrado sua aplicabilidade nas áreas produtivas e administrativas, e através das trocas das melhores práticas entre as plantas fazemos com que todas as fábricas da Continental mantenham mutuamente coope-radas em um objetivo comum: Tornar a Continental a maior e melhor empresa de fabricação de pneus no mundo”, resu-me Franklin Santos, Coordenador do TPM.

“Imagine que o CT.MS é uma ferramenta para melhorar a comunicação. É como se existisse uma linguagem universal sobre o sistema de manufatura que todos devem entender e interagir através dele”

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O CT. MS na Fábrica

O CT. MS é um sistema que congrega diversas ferramentas. Ele é descrito como 4 telhados. Cada um desses “telhados” absorve para si um conjunto de ferramentas que devem ser geridas pelos próprios “donos” das áreas. Quem nos conta como todo esse processo funciona é Franklin Santos. Ele e Roman Kukucka formam a dupla de experts da planta de Camaçari no CT. MS.

Vamos pegar, por exemplo, o SMED. O SMED é um sistema que visa a redução do tempo de setup em uma máquina. Para isso os operadores e gestores serão treinados nesta ferramenta - com níveis diferentes - para que através de

ações em sua área de trabalho, venham a ter efetivamente um ganho de produção. O acompanhamento da evolução do uso desta ferramenta deve ser realizado pelo “dono” da área em questão, pois é ele que poderá mensurar o quanto de ganho houve com a aplicação desta ferramenta em sua área de gestão. O expert da ferramenta vai acompanhar e dar suporte para verificar se tudo aquilo que ficou estabele-cido no workshop de desenvolvimento da ferramenta está sendo efetivamente aplicado. Os gráficos de acompanha-mento mostram a evolução do processo de implementação de cada uma das ferramentas e, por conseguinte, os da aplicação do CT. MS.

Roman Kukucka

Franklin Santos

Tufik Staut Kairalla

Tufik Staut Kairalla

SMED

O SMED é uma ferramenta muito importante quando pensamos na melhoria do processo produtivo. O foco do SMED é a melhoria do tempo de setup, reduzindo-o a um dígito de minuto. Ou seja, para esta sistemática, qualquer tempo de setup que ultrapassar 9 minutos e 59 segundos é desperdício.

Temos alcançado alguns bons resultados nas áreas em que esta metodologia foi implementada – a preparação quente. Na Inner Liner, por exemplo, o tempo de setup que era de 40 minutos caiu para 12 min. Embora ainda não tenha al-cançado o que prega a sistemática, nota-se uma clara evo-lução no sistema de troca de ferramental.

Desde o inicio do ano conseguimos reduzir o tempo de setup em aproximadamente 60% e a ferramenta foi fun-damental para esse ganho. Atualmente temos o setup da Inner Liner como referência para a fábrica. Nosso time transformou tempo improdutivo em pneus.

Com o KANBAN eliminamos a fabricação de material des-necessário, evitando a eliminação de material vencido.

A ferramenta possibilitou eliminar dos supervisores mais uma atividade e deixamos aos operadores a autogestão da programação.

KANBAN

O KANBAN é um sistema de gerenciamento da produção através de cartões, no qual, à medida que uma determinada referência de produto alcança uma quantidade de cartões no quadro KANBAN, esta referência deve começar a ser produzida na primeira oportunidade.

Isso nos possibilita ordenar corretamente a prioridade de produção, de acordo com o consumo de cada referência de produto, no dia.

INTRANET TPM

A partir de janeiro de 2009 a Continental de Camaçari já vai contar com mais uma novidade: é a intranet do TPM. Onde to-dos vão poder acessar para buscar os exemplos, formulários, ver os resultados das auditorias de 5S, os destaques de Manutenção Autônoma no mês, saber sobre o TPM, 5S, SMED, KANBAN e tantas outras ferramentas do CT. MS.

Brevemente divulgaremos o endereço para todos.

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PRoJeto ARoeiRA:PlANtANDo o futuRo

Do meio AmBieNte

pau-ferro, pau-brasil, sibipiruna, mogno, etc. “A área, que havia sido manipulada durante a obra da fábrica, foi tratada e preparada”, explica o agrônomo Domingos Badaró. “Co-locamos terra vegetal e farelo de rocha, além de adubo or-gânico, para aumentar o poder nutritivo do solo. O processo facilita o equilíbrio do solo e o desenvolvimento da planta”.

As mudas depositadas em “berços” – buracos cavados na terra – plantaram também a idéia de preservação na cabeça das novas gerações. Muitas crianças, filhos e filhas de co-laboradores contribuíram para a ação. Fábio Pinho trabalha no RH. A presença do filho João Pedro tem uma razão es-pecial. “Ele fica muito em casa, preso na cidade. É importan-te ver coisas novas e ter contato com a natureza”, explica. O menino de seis anos teve um pouco de dificuldade para manusear as ferramentas, mas não desistiu. “Plantei uma para mim e agora vou plantar uma para o meu pai”, disse.

O local hoje ainda está assim, mas em três anos o bosque em frente a fábrica vai estar formado.

responsabilidade social

Você sabe o que é Silvicultura? É a ciência que estuda mé-

todos para regenerar e melhorar povoamentos florestais. O

termo se tornou fundamental para o desenvolvimento susten-

tável do planeta terra. É a partir de um projeto de silvicultura

que a humanidade pode continuar crescendo e se desen-

volvendo sem acabar com as reservas naturais e florestas.

Na Continental de Camaçari, o plano de repovoamento ve-getal da área da fábrica já começou. Na primeira etapa do Projeto Aroeira, no último dia 13 de setembro, foram plan-tadas mais 100 mudas de espécies características da Mata Atlântica. “Mais uma vez estamos reunidos em torno de uma atividade que, além de cumprir nosso papel social, ajuda a integrar os colaboradores a partir desse encontro fora do expediente”, explica Pedro Carreira, que acompanhado do filho, fez sua parte no reflorestamento da Continental.

Num sábado de sol, colaboradores da Conti e familiares plantaram mudas de árvores de fácil manutenção, como: mangaba, goiaba, aroeira, pitangueira e licuri. As espécies foram escolhidas porque além de serem frutíferas também vão florir a fábrica durante todo o ano.

Cerca de 50 pessoas vestiram a camisa do Projeto. Um treinamento de segurança garantiu que ninguém se ma-chucasse com ferramentas como pás e enxadas usadas para o plantio. O protetor solar e o boné protegeram do sol. Foi uma verdadeira ação em família. Cesar da Silva é operador de construção e junto com a mulher Ana Maria e os dois filhos, Cesar e Verônica, seguiu as instruções do agrônomo. “É importante estar plantando vida. A planta dá tanta coisa para a gente e só pede água em troca”, disse o operador.

Divididos em pequenos grupos, eles fizeram o plantio. Na área em frente à sede, foram plantadas também mudas de

Plantando em família... ...e com a mão na massa!

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responsabilidade social

Resíduo que vira

arteFábrica mostra em exposição como transformar resíduo de

pneu em arte

Foi um dia de ação social, com serviços que vão

desde o atendimento na área da saúde, até ati-

vidades de lazer, esportivas e culturais. O Pólo de

Cidadania encerrou a agenda da programação em

comemoração aos 30 anos do Pólo de Camaçari.

O evento foi coordenado pelo Cofic – Comitê de Fo-

mento Industrial de Camaçari -, em parceria com o

Sesi e a Cidade do Saber. A Continental foi chamada

para participar e fez questão de atender o convite.

“A nossa política é fazer parte da comunidade de

Camaçari, não só no aspecto econômico, mas tam-

bém no social”, conta Kalil Nicioli, Gerente de Recur-

sos Humanos da fábrica.

Na Cidade do saber, foram montados 45 stands. No es-paço reservado para a Continental, uma exposição de pro-dutos, feitos a partir de sucata de tecido têxtil e borracha de resíduo de produção de pneus, chamou a atenção de quem passou por lá.

Diante de sapatos, sandálias, solados e palmilhas feitos com restos da matéria prima usada na fabricação de pneus, a es-tudante Bárbara Pereira, de 18 anos, confessa que os aces-sórios poderiam fazer parte do guarda-roupa. “Se for um ma-terial assim bem feito, bonito, eu uso sim! Por que não?”

A borracha vulcanizada, processada com outros elemen-tos, serve ainda para a indústria de estofados e é reutilizada para a produção de mantas que servem para a fabricação de pneus maciços.

A oficina de currículos deu oportunidade para quem busca-va emprego, ou mesmo uma colocação melhor no mercado de trabalho. Maraísa mora em Camaçari. Ela e o marido es-tão desempregados. Segura do potencial do companheiro arriscou preencher a ficha de recrutamento. “O currículo dele é ótimo! Ele pode começar a trabalhar em qualquer área no início, depois a promoção é uma conseqüência”, relata confiante. “A idéia é mostrar às pessoas o que a gen-te busca em um candidato e qual é a melhor forma deles apresentarem isso para nós, através do currículo”, explica Ana Rita Fraga, coordenadora da área de desenvolvimento de pessoas da Continental.

Também foram distribuídas mudas de seringueira para in-centivar o plantio e chamar a atenção para a necessidade

de reflorestar e cuidar do meio ambiente. A ação antecipou mais uma etapa do Projeto Aroeira da Continental Camaçari (leia matéria nesta edição).

Mas o que chamou mesmo a atenção dos quase 10 mil visitantes que passaram pelo Pólo de Cidadania, foi a oficina de percussão do cantor e compositor baiano Peu Meurray. Há dez anos, ele realiza as oficinas de produção de sons e ritmos, a partir de instrumentos feitos com materiais como, embalagens de iogurte, latas e pneus – usados para fazer os tambores. “Eu vi a marginal do Rio Tietê em São Paulo cheia de lixo e restos de pneus, aquilo me sensibilizou e eu pensei: por que não fazer reciclagem com pneu? Daí veio a idéia de usar o pneu para fazer tambor, surdo e até caixas de som!”. Os pneus foram doados pela Continental.

Os tambores são feitos do próprio pneu, muitos doados pela Continental. A lona é afixada com cordas que conta com a ajuda de uma estrutura de ferro dando sustentação e ga-rantindo a produção do som característico do instrumento. “O pneu tem uma história interessante. Veio da roda, onde o conceito de movimento começou. Isso marca evolução, construção e desenvolvimento”.

Josias dos Santos Neto de 13 anos também participou. Ele já toca outros instrumentos, mas o pneu sonoro cha-mou sua atenção. “O som que sai daí é muito legal! Eu realmente fiquei surpreso!”

Manuel Jorge de Carvalho também foi arriscar. “É fascinan-te ver um material que seria jogado fora se transformar em música”, conta o aposentado de 55 anos.

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Descontração, lazer e diversão. Foi nesse clima de alegria que mais

de 150 convidados participaram da Caminhada Conti, ocorrida no

dia 11 de outubro, no parque de Pituaçu, em Salvador. Foi neste dia

que todas as unidades da Continental no mundo correram ou cami-

nharam em prol da responsabilidade social.

A malhação durou cerca de 2 horas para os adultos, que percorreram 6 km rodeados de mais de 450 hec-tares de Mata Atlântica. Para as crianças, que percor-reram 2 km, a malhação, acompanhada com a aula de ecologia, durou 1 hora.

Após o itinerário, uma pausa para o descanso e o lan-che. Entre as crianças há quem diga que não houve cansaço, como é o caso de João Victor, 10 anos, que além de participar das brincadeiras, cantou para os co-leguinhas e animou a garotada.

Conti Running Day

Para garantir o conforto e a segurança dos participantes,

toldos com cadeiras e mesas foram colocados no local.

Uma assistente de enfermagem também esteve presente

para garantir que tudo corresse bem.

Antes do início da caminhada, todos os colaboradores e

familiares participaram do momento de integração. Foi o

momento de apresentar os familiares, interagir e conversar

com as pessoas presentes. Para as crianças, atividades

lúdicas sobre o meio ambiente, ministradas por um recre-

ador infantil. Para os adultos aquecimento e preparação

para o início da caminhada.

Antes de iniciar o percurso, a série de alongamentos tam-

bém se fez presente. Crianças e adultos alongaram com um

profissional de educação física e relaxaram ao som do DJ

que animava o local.

No percurso, pontos de água foram estrategicamente alo-cados para garantir que os participantes se hidratassem. Os animadores fantasiados de flora e fauna também par-ticiparam da caminhada e ministraram aulas de ecologia para pais, filhos e familiares durante todo o trajeto.

A Continental, através do contirunningday, mostrou que, além de se preocupar com o bem estar dos cola-boradores, também é socialmente responsável. No dia 11 de outubro, todas as unidades da Continental no mundo correram em prol das doações a serem feitas pela corporação a Organização Humanitária Interna-cional Médicos sem fronteiras (MSF).

As doações foram feitas com base no número de partici-pantes do evento. Ao todo foram aproximadamente 10.000 colaboradores de mais de 60 localidades em 20 países no mundo, correndo em função das doações.

“O evento foi um iniciativa muito boa da empresa. O local es-colhido por ser bonito e cheio de verde nos deu a oportuni-dade de dividir esse momento com nossos familiares. Gos-tei bastante”, disse André Rocha, supervisor de produção.

O que é a Organização Médico sem Fronteiras?

O MSF leva cuidados de saúde a vitimas de catástrofes, con-flitos, epidemias e exclusão social, independente de raça, políticas ou crenças. Possui a missão de sensibilizar a socie-dade sobre as carências vividas pelas populações espalha-das no mundo. Atualmente mais de 22 mil profissionais tra-balham com Médicos Sem Fronteiras em mais de 70 países.

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“Foi bom, adorei. O passeio foi legal, o lanche tava gos-toso e eu me diverti bastante. Tomara que no ano que vem tenha mais”, disse João.

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Este ano tive a oportunidade de estar novamente com minha família e amigos

desenvolvendo uma ação de voluntariado para o “Dia das Crianças” em uma

comunidade carente em Campinas de Malhada, próximo a Praia do Forte, dirigida

a cerca de 300 crianças.

Ser voluntário é isso, é ser útil, deliberadamente, sem esperar

recompensas nem compensações. É doar seu tempo, trabalho e

talento para causas de interesse maior.

Não é só quem é especialista em alguma coisa que pode ser vo-

luntário. Todas as pessoas têm capacidades, habilidades e dons.

A diversidade de pensamento é muito estimulada, porém sem-

pre com respeito a opinião do outro, é claro que os conflitos vão

existir, mas serão conflitos de pensamentos e não pessoais.O que

cada um tem de melhor pode fazer bem ao outro!

Não é uma atividade fria, racional e impessoal. É relação de

pessoa a pessoa, oportunidade de se fazer amigos, viver novas

experiências, conhecer outras realidades, aprender coisas novas!

Não é preciso pedir licença a ninguém antes de começar a agir.

Quem quer, vai e faz!

Cada um contribui na medida de suas possibilidades, mas cada

compromisso assumido é para ser cumprido. É algo que vem de

dentro da gente e faz bem aos outros.

No voluntariado todos ganham: o voluntário e aquele com quem

o voluntário trabalha. Todos podem e devem ser mobilizados!

Observem que todo este conceito geral de voluntariado esta

presente em empresas ou equipes que apresentam desempenho

diferenciado e por esta razão conseguem alcançar resultados ex-

pressivos e de sucesso continuamente.

Este sentimento de voluntariado tem que ser amplamente disse-

minado na empresa. As pessoas não têm que “ter” que fazer algo!

Elas precisam “querer” fazer! E o “querer” envolve entendimento,

sentimento, coração e garra!

Sabemos que o momento atual é delicado e não precisamos de

nenhuma comunicação adicional para compreender e acreditar

que o problema é real e necessita ser enfrentado de frente. Se por

acaso ainda restar alguma dúvida, basta assistir ao noticiário

diário dos grandes meios de comunicação e atentar para as pre-

visões dos especialistas.

Por isso, vale destacar e chamar a atenção sobre a importância

do desenvolvimento deste espírito de voluntariado em cada um

de nós. Precisamos ter sempre em mente o compromisso de atin-

gir e superar nossas metas, acreditar que não temos apenas um

emprego, acreditar que fazemos parte de algo maior, que somos

capazes, e, que vamos fazer história e que a história somente

pode ser feita quando deixamos nossa “zona de conforto” e par-

timos para a ação.

E foi assim, abandonando a “zona de conforto”, que no dia

11/10/2008, véspera do dia das crianças, tive a oportunidade de

vivenciar um dos dias mais felizes da minha vida. A nossa con-

tribuição não se restringiu a entrega de um simples presente, mas

na preocupação de transmitir o quão é importante que a criança

cresça em estatura, conhecimento e graça! Tornando-se um mo-

delo positivo para seus pais, amigos, sociedade e quem sabe no

futuro possa também ser um voluntário.

“Ser voluntário é, por vezes, uma benção do céu

para quem beneficia”

Texto dedicado aos amigos:

Fernando Cabral, Felipe Ferreira, Agostinho Ferreira

e Rui Baptista.

Agradecimentos Especiais:

Igreja Batista Villas do Atlântico (IBVA): Apoio Logístico

e Financeiro

Realsi Serviços e Transportes Litoral Norte (VCI):

Concessão gratuita de ônibus e motorista

Continental Camaçari: Concessão gratuita de uniformes

e bolas de futebol

Gran Sapore: Doação de 100 kits de lanche e venda

de 300 kits (preço contratual)

Foi uma grande festa, na qual as famílias se uniram e cantaram

a mesma canção, comeram no mesmo prato e fizeram a mesma

oração. Teve palestra educativa de saúde bucal com distribuição

de kits dentais, corte de cabelo, cinema com pipoca e refrigerante,

recreação, futebol, lanches, palhaços engraçadíssimos, distribui-

ção de brindes e brinquedos que fizeram à alegria da criançada

e dos pais. E posso atestar que nem a dificuldade do dia-a-dia

presente naquele local fez a mãe, de olhar sofrido, desacreditar

que o amanhã pudesse ser melhor, dando lugar em seu coração

para a esperança e o orgulho.

Ao final do evento e já a caminho de casa dentro do ônibus co-

mecei a refletir sobre tudo que ocorreu e recordei-me das fases

que precederam a sua realização. Lembro-me que foi necessário

e primordial existir planejamento, interação, criatividade, coo-

peração, disponibilidade, diversidade de pensamento e o mais

importante vontade de querer fazer e acreditar que era possível!

Então comecei a me dar conta do quanto esta atividade de vo-

luntariado pode contribuir e ensinar a desenvolver ferramentas

e competências úteis e que estão relacionadas diretamente com a

nossa vida pessoal, profissional e o ambiente da empresa.

Sempre estamos pensando em fazer, em ajudar, mas às vezes

demoramos tanto para dar o primeiro passo, não é verdade?

Tanto no voluntariado quanto em nossa vida profissional den-

tro da empresa precisamos ter coragem de deixar nossa “zona

de conforto” e termos a iniciativa para quebrar as barreiras

existentes, saltar os obstáculos, expor nossas idéias e oferecer a

excelência do nosso trabalho.

“Depoimento de um voluntário

Por Alexandre Oliveira Chefe do setor de Administração de Pessoal e Relações Laborais

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A Continental apresenta na Automechanika 2008 em Bue-nos Aires, na Argentina, até 15 de Novembro sua linha de pneus de passeios e cargas.

A empresa também mostra sua linha de produtos de pneus de cargas para o tráfego urbano, a HSU, que Segundo a empresa possui reforço extra nos ombros e na parede la-teral, que minimizam danos acidentais provenientes do im-pacto com o meio fio de calçada.

Continental Pneus expõe na Automechanika

Continental Pneus aposta no

segmento de suVContinental korbach alcança a marca histórica de

150 milhões de pneus produzidos.

Pneus Continental também são opções nos

caminhões mercedes-Benz

De 2001 a 2007, de um mercado total de veículos de passeio estimado em 20 milhões de unidades, 5% são picapes e SUVs, com mais de 40 modelos que mesclam a proposta de uso tanto on-road como off-road. Baseada nesses números, a Continen-tal está disponibilizando no Brasil uma extensa linha de pneus premium desenvolvidos com a mais avançada tecnologia.

“O consumidor deste tipo de veículo valoriza muito o prazer de dirigir, a performance e o visual, além de estar consciente da importância da qualidade dos pneus em automóveis com estas características”, pondera Rogério de Aguiar, diretor de Vendas e Marketing da Divisão de Pneus da Continental na América Latina.

O modelo produzido, um 195/65 R15 ContiPremiumCon-tact, deixou a fábrica de Korbach, uma unidade que também representa muito na trajetória da empresa, por ter sido fundada em 1907. Sob a marca Mitteldeutsche Gummiwarenfabrik Louis Peter AG, Frankfurt, a fábrica empregava 180 funcionários e sua produção então incluía pneus para bicicletas, pneus sólidos e produtos técnicos feitos a partir da borracha.

Em 1929 a Louis Peter AG, fundiu-se com a Continental AG em Hannover. Em 1965, quando a produção de pneus radiais começou, foram fabricadas diariamente 12.500 uni-dades, uma marca que evoluiu ao longo do tempo para

Os caminhões Axor e Atego, produzidos pela Mercedes-Benz na região do ABC, na Grande São Paulo, passam a contar também com os pneus Continental made in Brazil como equipamento original.

Os modelos 275/80 R22,5 HSR1 e 295/80 R22,5 HSR1 (direcionais para tráfego regional, de média e longa dis-tância); e 295/80 R22,5 HDR1 (trativo para tráfego regio-nal, de média e longa distância) fornecidos à montadora são produzidos na fábrica da Continental em Camaçari/BA, uma das mais modernas do mundo.

Hannover, Julho 2008. O ContiSportContact Vmax, atingiu um novo recorde.

Jan Fatthauer, líder da equipe da Porsche Tuners 9ff, levou o seu GT9 a uma velocidade acima dos 409 km/h, com o pneu de alta tecnologia, no circuito de testes de Papenburg (Emsland), um novo recorde para o automóvel equipado com 987 cavalos, assim como para o pneu desportivo de alta tecnologia da Continental.

Holger Berkmann, engenheiro responsável pelo desenvol-vimento do ContiSportContact Vmax da Continental Tuning também assistiu a este teste.

Porsche GT 9 Tuner 9ff supera 409 km/h

Novo recordealcançado com pneus Continental

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O ContiSportContact Vmax, atualmente aprovado

”apenas” para velocidade de até 360km/h provou cla-

ramente estar preparado para velocidades superiores,

como recorde atingido com GT9; de acordo com Hol-

ger Berkmann, para além disso, o pneu estava prepara-

do para suportar uma carga ainda maior, em condições

de testes controladas.

Esta foi a primeira vez que o ContiSportContact Vmax supe-

rou os 400km/h. O seu Record anterior, foi alcançado apenas

há um ano atrás quando o Audi TT Bimoto da MTM registrou

a velocidade de 393 Km/h, também em Papenburg.

os atuais 28.000 pneus que deixam a planta a cada dia.

Os números hoje são impressionantes: 2.400 pneus indus-triais, 5.300 pneus para motocicletas e bicicletas e nada menos que 130 quilômetros de mangueiras deixam, a cada dia, a fábrica de Korbach. Esses números representam um enorme incremento da produção. “ Levamos 30 anos para atingirmos os primeiros 75 milhões de pneus, mas apenas oito anos para dobrarmos essa conquista”, informa o ge-rente da fábrica, Ernst Völkening. Para ele, “a produção de 150 milhões de pneus é um marco para o nosso futuro, que continuará a ser marcado pelo sucesso graças, acima de tudo, à nossa equipe altamente motivada e qualificada.

“A Mercedes-Benz é um dos maiores fabricantes nacio-

nais e no momento em que o mercado brasileiro de ca-

minhões vive um período de crescimento extraordinário

é muito importante para nós termos aqui uma parceria

como a já existente na Alemanha e nos Estados Unidos”,

explica Luciano Ortenzi, gerente de Desenvolvimento de

Negócio em Montadoras da Continental. O executivo des-

taca ainda que a produção dos pneus no Brasil permitirá

à marca crescer de forma significativa sua presença junto

às principais montadoras instaladas no país.

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Poster Publicitário da Continental Pneus, 1926