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PQU passaa contar com tecnologi a Controle Avançado o Controle Avançado, de grande uso nasrefinarias da Petrobras,também fará parte do dia a dia da unida- de de olefínas da Petroquímica União (PQU). A tecno- logia, que está sendo implementada pela Honeywell, utiliza modernos algoritmos baseado no RMPCT - Ro- bust Multivariable Predictive Control Technology (pa- tente da divisão Hi-Spec da Honeywell). O que difere dos controladores multivariáveis existentes no merca- do, é que, o RMPCTpromete trazer a otimização em li- nha, ou seja, realiza as funções de controle e otimização no mesmo nível de controle avançado de processo. "O RMPCT consegue antever a situação do processo. A saídagerada pelo controlador já estácom- pensada por um ensaio matemático, realizado dentro da própria estrutura do controlador multivariável, pro- vendo assim um primeiro nível de otimização em li- nha" enfatiza Leonardo Cuéllar, account manager da Honeywell. No momento, a Honeywell estáterminan- do afasede aquisição de dados na unidade de Olefínas da PQU, para depois implementar a fase de controle avançado (veja ilustração). Em paralelo com os controladores multivariáveis, outro otirnizador, o Honeywell Profit Optimizer, junta- mente com o modelo PYPSda Lummus, também serão utilizados, passando para o segundo nível de otimiza- ção eavaliação dasvantagenseco- nômicas de produção. O primeiro trabalho da Honeywell serána par- te dos fornos (área quente que soma 20 fornos), que deverá ser concluída até meados de abril de 2000. Em paralelo, a Honeywell começará a implementar, a partir de março, o sistema na parte de olefínas frias. A previsão é que, até setembro de 2000, todo o projeto de controle avançado eotimização na unidade de olefínas esteja en- cerrado. Jáno início da coleta de dados, alguns ganhos significativos foram conquistados pela PQU. Nesta fase, onde é feita a çompilação do conhecimento do pessoal envolvi- do no processo para dentro do soft- ware Honeywell Uniformance PHD, foram detectadas algumas e mudanças necessárias,como mento complementar err- a campo. É o caso de ai para a verificação da qua . Unidade de Ole Área Quente _4n.a Fria 22 - Controle & Instrumentação - Dezembro de 1999

Revista Controle & Instrumentação - Dez-1999

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PQU passaa contar com tecnologi aControle Avançadoo Controle Avançado, de grande uso nas refinarias

da Petrobras, também fará parte do dia a dia da unida-de de olefínas da Petroquímica União (PQU). A tecno-logia, que está sendo implementada pela Honeywell,utiliza modernos algoritmos baseado no RMPCT - Ro-bust Multivariable Predictive Control Technology (pa-tente da divisão Hi-Spec da Honeywell). O que diferedos controladores multivariáveis existentes no merca-do, é que, o RMPCTpromete trazer a otimização em li-nha, ou seja, realiza as funções de controle eotimização no mesmo nível de controle avançado deprocesso. "O RMPCT consegue antever a situação doprocesso. A saídagerada pelo controlador já estácom-pensada por um ensaio matemático, realizado dentroda própria estrutura do controlador multivariável, pro-vendo assim um primeiro nível de otimização em li-nha" enfatiza Leonardo Cuéllar, account manager daHoneywell. No momento, a Honeywell estáterminan-do afasede aquisição de dados na unidade deOlefínasda PQU, para depois implementar a fase de controleavançado (veja ilustração).

Em paralelo com os controladores multivariáveis,outro otirnizador, o Honeywell Profit Optimizer, junta-mente com o modelo PYPSda Lummus, também serãoutilizados, passando para o segundo nível de otimiza-ção e avaliação dasvantagenseco-nômicas de produção. O primeirotrabalho da Honeywell serána par-te dos fornos (área quente quesoma 20 fornos), que deverá serconcluída até meados de abril de2000. Em paralelo, a Honeywellcomeçará a implementar, a partirde março, o sistema na parte deolefínas frias. A previsão é que, atésetembro de 2000, todo o projetode controle avançado eotimizaçãona unidade de olefínas esteja en-cerrado.

Jáno início da coleta de dados,alguns ganhos significativos foramconquistados pela PQU. Nestafase, onde é feita a çompilação doconhecimento do pessoal envolvi-do no processo para dentro do soft-ware Honeywell UniformancePHD, foram detectadas algumas

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mudanças necessárias,comomento complementar err- acampo. É o caso de aipara a verificação da qua .

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vel do parque instalado". To-dos os dados enviados pelosinstrumentos de campo para oSOCO são coletados a partirdeste ponto para dentro doHoneywell Uniformance, viainterface geral, em padrãoEthernet TCP/IP. "Nesta apli-cação, o Controle Avançado Tela de visualização da antecipação do controle multivariávelresidirá em um nível hierár-quico independente do nível das malhas de controleexistentes. Caso a PQU venha a optar mais tarde porsubstituir a sua filosofia de controle por uma base emFieldbus, por exemplo, o Controle Avançado serácompletamente aproveitado", lembra ele.

A PQU trabalha hoje na parte de olefínas quentescom duas gerações de SDCOs da Fisher-Rosemount(Provox). Na parte de olefínas frias repete-se a mesmaarquitetura de sistema. As plataformas de operaçãosão baseadas em AlphaStations X-Windows com in-

tantes do processo, que esta-rão contribuindo futuramentepara a otimização econômicado processoda PQU. Além dofato que o pessoal técnico daPQU passou a identificar eavaliar melhor as condiçõesdo processo em suasmãos.

No que diz respeito a pro-tocolos de comunicação, Le-onardo conta que apreocupação da Honeywell

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esar e o account managereonardo Cuellar: projeto de controle avançado será concluído emetembro de 2000.

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terface OSF-Motif da Digital. "Tudo isto está sendopreservado. Conectados ao sistema existente, esta-mos colocando os computadores de alto desempe-nho, que executarão os softwares HoneywellUniformance para coleta de dados, o RMPCTe o Pro-fit Optimizer". Eleconta que, os dados coletados peloHoneywell Uniformance, estarão comprimidos den-tro das máquinas para agilizar o processo de buscaquando necessário. A PQU poderá utilizar o Unifor-mance como uma ferramenta de análise de dados einformações de processo. Uma vez coletados os da-dos, é possível realizar comparativos de produção,através de gráficos e relatórios, verificando asdiferen-ças no comportamento dos equipamentos sob as di-versas condições do processo. Com a base de dadosdo Uniformance, será possível realizar o modelamen-to matemático do processo, o qual fornecerá a basepara as estratégias de controle multivariável do Con-trole Avançado.

Empresa visa máxima produção de etllenoUma vez implantado o Controle Avançado e Oti-

mização, a PQU deverá estar centrando seusesforçospara dois focos principais de retorno de investimento:máxima produção de etileno com o mínimo consumode energia. Em2000, a produção de etileno da PQU,que atende 30% da região Sudeste,deve passarde 500mil t/ano para as 520 mil t/ano. "Junto com o otimiza-dor será possível trabalhar com as tendências de mer-

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cado, onde um certo produto pode ter seu valoralterado em determinados momentos", ressaltaCesarBarlem, diretor industrial da PQU. Ele conta que, hátrês anos, quando chegou no pólo de Capuava, a PQUjá possuía um projeto de controle avançado de fornos,local onde se consegue ter grande retorno do capitalinvestido. "Em 1998, começamos avaliar astecnologi-as disponíveis para investir no projeto de controleavançado. Tivemos um trabalho muito intenso com to-dos os fornecedores detentores da tecnologia de Con-trole Avançado. Selecionamos a Honeywell pelasegurança que os técnicos nos passaram, preço com-petitivo e o reconhecimento internacional" comenta.Quatro profissionais da PQU foram até os EUA paraconhecer de perto a tecnologia Honeywell aplicadaem algumas centrais petroquímicas.

Em termos de produção petroquímica, a PQU éconsiderada ~omo uma empresa de médio porte, se-gundo pesquisa de 1997 da empresa Solomon. Mas aempresa tem tido uma evolução muito grande de acor-do com os indicadores de benchmarkingdesta mesmapesquisa. Os resultados do Controle Avançado vãoajudar a empresa a se aproximar ainda mais do ben-chmarking mundial.

"O resultado do investimento da PQU em controle

avançado deve acontecer dentro de no máximo seismeses", estima Leonardo. A afirmação do engenheirobaseia-seem outros projetos da Honeywell que foramimplantados em outras centrais petroquímicas, onde oretorno do investimento aconteceu num prazo médiode quatro a seismeses.

A PQU é o primeiro projeto de controle avançadoda Honeywell implantado no Brasil. "Além de todauma avaliação rigorosa, nóstivemos dois técnicos visi-tando plantas dos EUA com tecnologia Honeywell. Aavaliação dos técnicos foi extremamente positiva,principalmente, pelo fato do sistema estarefetivamen-te funcionando", comenta Barlem, acreditando que,no futuro, outras plantas da PQU também deverão es-tar dotadas de sistema de otimização. Entretanto, ad-verte: "Temos uma preocupação muito rigorosa deinvestir naquilo que vai ter retorno financeiro. Costu-mamos conseguir resultados surpreendentes com ainstrumentação existente". A área de aromáticos, porexemplo, com instrumentação basicamente pneumáti-ca é modificada na medida que sedetecta a necessida-de de implantação de novas tecnologias. Depois doprocessode otimização na parte de olefinas, a PQU es-tará estudando a implantação de um software de ERP,revelou Barlem.