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em revista Nº 44 AGOSTO 2004 COLOSSO NAVAL COLOSSO NAVAL As tecnologias inovadoras que garantem as aventuras náuticas de Amyr Klink Inovação tecnológica entra na agenda nacional Impresso Especial 050200138-0/2001-DR/RJ CREA-RJ CORREIOS

Revista Crea - RJ

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COLOSSO NAVAL As tecnologias inovadoras que garantem as aventuras náuticas de Amyr Klink

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em revistaNº 44 AGOSTO 2004

COLOSSONAVALCOLOSSONAVALAs tecnologias inovadoras que garantemas aventuras náuticas de Amyr Klink

Inovação tecnológicaentra na agenda nacional

ImpressoEspecial

050200138-0/2001-DR/RJCREA-RJ

CORREIOS

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em revistaComo as pessoas, as organiza-

ções também aprendem todo dia.E o nosso aprendizado cotidiano éresultado dessa forte interação doConselho com os profissionais, asempresas e a sociedade.

O novo modelo de gestão doCrea-RJ está embasado exata-mente nesse conhecimento dosvalores, da cultura, das expecta-tivas e necessidades de cada pro-fissional. Administrar esse conhe-cimento implica em conceber e vi-abilizar projetos que se reflitam namelhoria de qualidade na vidaprofissional de todos nós.

Um bom exemplo: a Coopera-tiva de Crédito recém-lançada peloCrea-RJ. Significa obtenção de re-cursos a taxas reduzidas, bem infe-riores àquelas praticadas pelo mer-cado financeiro. É como se vocêtivesse um banco só seu, de suapropriedade, uma vez que o lucroé distribuído entre os cooperados.

Outro exemplo: o Plano deSaúde Crea-RJ/Unimed, possibi-litando aos profissionais, entreoutras vantagens, o reembolso deaté 30% na anuidade 2005. Maisum: o Fundo de Pensão dos Pro-fissionais do Crea-RJ, cujo plane-jamento está sendo concluído.

Relevante iniciativa é o Clube de

Uma nova dinâmicaUma nova dinâmicaUma nova dinâmicaUma nova dinâmicaUma nova dinâmicaVantagens Crea-RJ, em fase de im-plantação, para oferecer aos pro-fissionais - através de convênios emdiferentes áreas - descontos varia-dos em diversos setores e serviços.

O lançamento do Selo Crea-RJde Responsabilidade Social (foca-do na inclusão digital, no primeiroemprego tecnológico e na Agen-da 21 bem como do Certificadode Conformidade com o ExercícioProfissional já estão, ambos, emfase de consulta pública. “Crea-RJem Revista” nos dá oportunidadede levar até você informações so-bre todos esses assuntos.

No dia 28 de agosto terá lu-gar, na sede do Crea-RJ, o 5º Con-gresso Estadual de Profissionais.O tema é “Exercício Profissional eCidades Sustentáveis” e a campa-nha de divulgação já está na rua,nos outdoors e outros canais demídia. Participe, inscreva-se, apre-sente seus trabalhos.

Esta edição da “Crea-RJ emRevista” está especialmente sedu-tora. Você vai descobrir, porexemplo, que de aventureiro AmyrKlink não tem nada. É tudo pla-nejamento e tecnologia. Vai seespantar com o baixo índice deinovação tecnológica em nossopaís, com o número pouco ani-

mador de novas idéias registra-das. Mas também vai, em com-pensação, se orgulhar com a tra-jetória bem sucedida da organi-zação fundada em 1981, pelosaudoso Betinho, e inteiramentededicada às causas sociais.

Completando, os leitores re-ceberão um presente muito espe-cial: um encarte com a primeiraparte de um leventamento histó-rico sobre os 70 anos de históriado Conselho, dos nomes e dosfeitos que marcaram época.

“Crea em Revista” será sem-pre um instrumento motivador.Para que você compartilhe conos-co este desafio por um novoCrea-RJ dinâmico, abrangente,descomplicado e realizador.

PresidenteENGº REYNALDO BARROS

em revista3

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Angra dos RAngra dos RAngra dos RAngra dos RAngra dos ReiseiseiseiseisRua Professor Lima, 160 / 101 - Centro - CEP 23900-000Telefax: (24) 3365-2135 / 3365-3600e-mail: [email protected]

AraruamaAraruamaAraruamaAraruamaAraruamaAvenida Presidente John Kennedy, 82 / sala 13 - Centro -CEP 28970-000Telefax: (22) 2665-4511/(22) 2665-7389e-mail: [email protected]

Armação de BúziosArmação de BúziosArmação de BúziosArmação de BúziosArmação de BúziosAv. José Bento Ribeiro Dantas, 5400 / sala 27 -Manguinhos - CEP 28950-000Telefax: (22) 2623-3032 / (22) 2623-2866e-mail: [email protected]

Barra do PBarra do PBarra do PBarra do PBarra do PiraíiraíiraíiraíiraíPraça Nilo Peçanha, 27 / 2 anexo - Centro - CEP 27123-020Telefax: (24) 2442-0234 / (24) 2442-0342e-mail: [email protected]

Barra da TijucaBarra da TijucaBarra da TijucaBarra da TijucaBarra da TijucaAv. das Américas, 700 bl 8 lj. 103 D - CEP 22640-100Telefax: (21) 2494-7397 / (21) 2493-9592e-mail: [email protected]

Cabo FCabo FCabo FCabo FCabo FrioriorioriorioAv. Nilo Peçanha, 73 / loja 5 - Centro - CEP 28901-970Telefax: (22) 2645-6524 / (22) 2647-2329e-mail: [email protected]

Campo GrandeCampo GrandeCampo GrandeCampo GrandeCampo GrandeEstrada do Cabuçu 271, loja - J - Centro - CEP 23052-230Telefax: 2413-9992 / 2415-2522e-mail: [email protected]

Campos de GoytacazesCampos de GoytacazesCampos de GoytacazesCampos de GoytacazesCampos de GoytacazesPraça São Salvador, 41 / sobreloja 7 - Centro - CEP 28010-000Tel: (22) 2733-1474 - Fax: 2733-2662e-mail: [email protected]

CantagaloCantagaloCantagaloCantagaloCantagaloRua Getúlio Vargas, 82 - Centro - CEP 28500-000Telefax: (22) 2555-5442 / (22) 2555-4808e-mail: [email protected]

Duque de CaxiasDuque de CaxiasDuque de CaxiasDuque de CaxiasDuque de CaxiasRua Marechal Deodoro, 557 / sala 406 - Bairro Jardim 25de Agosto - CEP 25071-190Telefax: (21) 2671-9352 / 2671-8951e-mail:[email protected]

I lha do GovernadorIlha do GovernadorIlha do GovernadorIlha do GovernadorIlha do GovernadorEstr. do Galeão 2500 / 201-B - Portuguesa - CEP 21931-003Telefax: (21) 3393-4398 / (21) 3393-5286e-mail: [email protected]

I taocaraI taocaraI taocaraI taocaraI taocaraRua Cel. Pita de Castro, 230 / loja 102 - Centro -CEP 28570-000Telefax: (22) 3861-3288e-mail: [email protected]

I taperunaI taperunaI taperunaI taperunaI taperunaRua Tiradentes, 50 - Centro - CEP 28300-000Telefax (22) 3824-3387 / (22) 3824-4912e-mail: [email protected]

MacaéMacaéMacaéMacaéMacaéRua Conde de Araruama, 139 / 102 - Centro - CEP 27910-300Telefax: (22) 2762-9550 / (22) 2772-4758e-mail: [email protected]

Mari cáMar i cáMar i cáMar i cáMar i cáPraça Conselheiro Macedo Soares, 206 / sala 1 - Centro -CEP 24900-000Telefax: (21) 2637-1931/ (21) 2637-2738e-mail: [email protected]

Todas as Inspetorias que estão sem o horário de atendimento discriminado funcionam de 9 às 18h.

PPPPPres identeres identeres identeres identeres identeREYNALDO ROCHA BARROSEngenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho

1º Vice1º Vice1º Vice1º Vice1º Vice -P-P-P-P-Pres identeres identeres identeres identeres identeJAQUES SHERIQUEEngenheiro Mecânico e de Segurança do Trabalho

2º Vice2º Vice2º Vice2º Vice2º Vice -P-P-P-P-Pres identeres identeres identeres identeres identeJOSÉ SCHIPPEREngenheiro Civi l

1º Secretár io1º Secretár io1º Secretár io1º Secretár io1º Secretár ioOLÍNIO GOMES PASCHOAL COELHOArquiteto e Urbanista

2º Secretár io2º Secretár io2º Secretár io2º Secretár io2º Secretár ioRICARDO NASCIMENTO ALVESTécnico em Eletrônica

3ª Secretár ia3ª Secretár ia3ª Secretár ia3ª Secretár ia3ª Secretár iaTENEUZA MARIA F. PEREIRAEngenheira Operacional / Mod. Constr. Civil

1º T1º T1º T1º T1º TesoureiroesoureiroesoureiroesoureiroesoureiroPAULO ROBERTO SAD DA SILVAEngenheiro Mecânico e de Segurança do Trabalho

2º T2º T2º T2º T2º TesoureiroesoureiroesoureiroesoureiroesoureiroALEXANDRE SHEREMETIEFF JÚNIOREngenheiro Mecânico

3º T3º T3º T3º T3º TesoureiroesoureiroesoureiroesoureiroesoureiroOSVALDO HENRIQUE DE SOUZA NEVESEngenheiro Agrônomo

COORDENADORES DCOORDENADORES DCOORDENADORES DCOORDENADORES DCOORDENADORES DASASASASASCÂMARAS ESPECIALIZADCÂMARAS ESPECIALIZADCÂMARAS ESPECIALIZADCÂMARAS ESPECIALIZADCÂMARAS ESPECIALIZADASASASASAS

Engª Civil:Engª Civil:Engª Civil:Engª Civil:Engª Civil: ABÍLIO BORGESEngª Elétrica:Engª Elétrica:Engª Elétrica:Engª Elétrica:Engª Elétrica: LUIZ ANTÔNIO COSENZAEngª Industrial:Engª Industrial:Engª Industrial:Engª Industrial:Engª Industrial: GIL PORTUGAL FILHOGeologia e Minas:Geologia e Minas:Geologia e Minas:Geologia e Minas:Geologia e Minas: ANDRÉ CALIXTO VIEIRAEngª Química:Engª Química:Engª Química:Engª Química:Engª Química: ORLANDO ORMÊNIO CASTELLO BRANCOAgrimensura:Agrimensura:Agrimensura:Agrimensura:Agrimensura: SÉRGIO DA COSTA VELHOArquitetura:Arquitetura:Arquitetura:Arquitetura:Arquitetura: RAPHAEL DAVID DOS SANTOS FILHOAgronomia:Agronomia:Agronomia:Agronomia:Agronomia: LUIZ RODRIGUES FREIRE

COMISSÃO EDITCOMISSÃO EDITCOMISSÃO EDITCOMISSÃO EDITCOMISSÃO EDITORIALORIALORIALORIALORIAL

Orientador:Orientador:Orientador:Orientador:Orientador: RICARDO DO NASCIMENTO ALVES

Membros Efetivos:Membros Efetivos:Membros Efetivos:Membros Efetivos:Membros Efetivos: CLENILSON SILVA DE PAULA ,IVO COSTA DE LIMA, MARIA LUIZA POCI PINTOE SÉRGIO DA COSTA VELHO.Suplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes: ÉRIEL DE VELASCO BARCELOS eJACQUES JAYME HAZAN Assessor de MarkAssessor de MarkAssessor de MarkAssessor de MarkAssessor de Marketing e Comunicação:eting e Comunicação:eting e Comunicação:eting e Comunicação:eting e Comunicação: LUIZ FERNANDO MOREIRA

Jornal i s ta RJornal i s ta RJornal i s ta RJornal i s ta RJornal i s ta Responsável:esponsável:esponsável:esponsável:esponsável:CORYNTHO BALDEZ (MT. 25489 ) RRRRRedação:edação:edação:edação:edação: ÂNGELO ACAUÃ, CORYNTHO BALDEZ,RENATO KANDHALL E VIVIANE MAIA

Colaboradores:Colaboradores:Colaboradores:Colaboradores:Colaboradores: BÁRBARA RANGEL, MELISSA ORNELAS,PHELIPE CRUZ, TATIARA LEON E PABLO CHRISTHIAN Fotografia:Fotografia:Fotografia:Fotografia:Fotografia: EQUIPE CREA

Diagramação:Diagramação:Diagramação:Diagramação:Diagramação: ATUANTE - COMUNICAÇÃO E SOLUÇÕES GRÁFICAS

Impressão: Impressão: Impressão: Impressão: Impressão: ESDEVA

Capa: Capa: Capa: Capa: Capa: AKPE/AMYR KLINK

INSPETINSPETINSPETINSPETINSPETORIAS DO CREA-RJORIAS DO CREA-RJORIAS DO CREA-RJORIAS DO CREA-RJORIAS DO CREA-RJMiguel PMiguel PMiguel PMiguel PMiguel PereiraereiraereiraereiraereiraAv. da Paz, 115 / sala 6 - Centro - CEP 26900-000Telefax: (24) 2484-5035e-mail: [email protected]

Niteró iNi teró iNi teró iNi teró iNi teró iAv. Roberto Silveira, 245 - Icaraí - CEP 24230-151Telefax: (21) 2711-1317 / (21) 2610-9832e-mail: [email protected]

Nova FNova FNova FNova FNova FriburgoriburgoriburgoriburgoriburgoPraça Getúlio Vargas, 105 / 206 - Centro - CEP 28610-170Telefax: (22) 2522-4890 / (22) 2523-5357e-mail: [email protected]

Nova IguaçuNova IguaçuNova IguaçuNova IguaçuNova IguaçuRua Dom Walmor, 383 / sala 208 - Centro - CEP: 26215-220Telefax: (21) 2669-3166 / (21) 2668-3082e-mail: [email protected]

PPPPParatyaratyaratyaratyaratyPraça Monsenhor Hélio Pires, s/nº - Centro - CEP 23970-000Tel: (24) 3371-2261e-mail: [email protected]

PPPPPetrópol i se t rópol i se t rópol i se t rópol i se t rópol i sR: Barão do Amazonas, 88 - Centro - CEP 25685-070Telefax: (24) 2242-2815 / (24) 2237-7997e-mail: [email protected]

RRRRResendeesendeesendeesendeesendeRua Vila Adelaide, 201 - Jd. Brasília - CEP 27514-100Telefax: (24) 3354-6233 / (24) 3355-0452e-mail: [email protected]

Rio das OstrasRio das OstrasRio das OstrasRio das OstrasRio das OstrasAlameda Casimiro de Abreu, 292 / sala 7 - Centro -CEP 28890-000Telefax: (22) 2764-6966 / (22) 2764-7417e-mail: [email protected]

São GonçaloSão GonçaloSão GonçaloSão GonçaloSão GonçaloRua Alfredo Backer, 115 / 204 e 205 - Mutondo - CEP 24452-001Telefax: (21) 2602-5801 / (21) 2602-7249e-mail: [email protected]

TTTTTeresópol i seresópol i seresópol i seresópol i seresópol i sAv. Lúcio Meira, 330/201 - Centro - CEP 25953-001Telefax: (21) 2742-7179 / (21) 2643-5288e-mail: [email protected]

TTTTTrês Riosrês Riosrês Riosrês Riosrês RiosRua Bernardo Belo, 20 / loja - CentroTelefax: (24) 2255-1557 / (24) 2252-1092e-mail: [email protected]

VVVVValençaalençaalençaalençaalençaRua Raphael Januzz, 15 / sala 406 - CEP 27600-000Telefax: (24) 2453-3164e-mail: [email protected]

VVVVVolta Rolta Rolta Rolta Rolta RedondaedondaedondaedondaedondaRua 21, 48 - Vila Santa Cecíl ia - CEP 27260-610Tel: (24) 3342-4570 Fax: (24) 3342-9820email: [email protected]

PPPPPosto de Atendimento da Eletronuclearosto de Atendimento da Eletronuclearosto de Atendimento da Eletronuclearosto de Atendimento da Eletronuclearosto de Atendimento da EletronuclearBR 101 - KM 132 - Prédio do Comissionamento - sala B15 -Itaorna - CEP 23900-000Tel: (24) 3362-1439e-mail: [email protected]: 10 às 17h - (terça-feira)

PPPPPosto Aosto Aosto Aosto Aosto Avançado de Pvançado de Pvançado de Pvançado de Pvançado de PetrópolisetrópolisetrópolisetrópolisetrópolisAv Koeller, 260 - Centro - CEP 25685-060Tel: (24) 2237-7286e-mail: [email protected]ário de A tendimento: 12:30 às 18:30 h

PPPPPosto de Atendimento São Posto de Atendimento São Posto de Atendimento São Posto de Atendimento São Posto de Atendimento São Pedro D´Aldeiaedro D´Aldeiaedro D´Aldeiaedro D´Aldeiaedro D´AldeiaRua Teixeira Brandão, 19 / sala 4 - Bairro EstaçãoTel: (22) 2627-9672Horário de Atendimento: 9 às 17h (2ª e 5ª feiras)

EXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

em revista

Page 5: Revista Crea - RJ

07 Resolução 218 em debate

08 5º CEP: Primeiros Encontrosmobilizam profissionais

10 O futuro do sistema de inovaçãotecnológica do país

14 A sofisticação tecnológica por trásdas aventuras de Amyr Klink

18 Governo investe em fontes alternativas

20 Deslizamento de Encostas:técnicas de prevenção

24 Assessor do Confea acompanha novas leisque tramitam no Congresso

26 Centro Experimental de Tratamento deEsgotos aprimora qualidade do serviço

28 Responsabilidade social: ações devemcomeçar dentro da empresa

30 Prateleiras de Luz: conforto e economiade energia elétrica

34 PrevenRio debate fortalecimentoda Engenharia de Segurança

36 Programa Progredir: cursos para enfrentarum mercado de trabalho competitivo

em revistaSUMÁRIO

LEGISLAÇÃO

VALORIZAÇÃOPROFISSIONAL

INOVAÇÃO

TECNOLOGIA

ENERGIA

ARTIGO TÉCNICO

ENTREVISTA

SANEAMENTO

INCLUSÃO SOCIAL

ARTIGO TÉCNICO

SEGURANÇADO TRABALHO

QUALIFICAÇÃO

em revista5

Page 6: Revista Crea - RJ

Colunados leitores

Estive no evento“Café da Manhãcom a Construção

Civil”, no Sofitel Rio Palace, e as-sisti às apresentações dos presiden-tes do SINDUSCON e do CREA,sobre os cenários e as perspectivasdo setor no estado do Rio. Gosteimuito da demonstração de apoioao nosso segmento demonstradapelo Reynaldo.Engenheiro Jorge Zarur.Construtora Prêmio.(Por e-mail)

Faltam pessoaspara atender nohorário de almoço.

Estive no prédio nesse intervalo esó havia uma pessoa atendendo.O tempo de espera é absurdo,precisa ser revisto.Carlos Alberto Reis(carta na caixa de sugestões)

Gostaria de deixarregistrado o elogioao atendimento, o

interesse em colaborar, a eficiên-cia e a presteza da funcionáriaTânia Jardim, que me deu as in-formações necessárias e o apoiona emissão de minha carteira pro-visória de engennheiro de seguran-ça do trabalho.Adriano Maciel Horta.

O atendimento viatelefone deste órgãoé ineficiente. Deveria

melhorar ou cancelar. Não existemeio atendimento. Espero que acrítica contribua.Márcia Carolina(por e-mail)

O Crea está melho-rando. Não concor-do, no entanto, com

o valor de R$ 41,00, 15% de umsalário mínimo, para me dar umdocumento garantindo que pagueia minha anuidade, cujo compro-vante perdi.Antônio Carlos Assis Brasil.Videocom Brasil.

Parabéns pelo bri-lhante trabalho dossenhores, que vem

trazendo ilustrações e informaçõesa todos de nossa empresa. Traba-lhamos, além de produtos de rede,com barreiras corta-fogo. Conti-nuem assim.Norton Jovianos dos Santos.Gerente Regional Rio.DPR Telecomunicações(Por e-mail)

Todas as contribuições de profissionais e leitores da Crea em Re-

vista são muito bem vindas. Como toda publicação, temos limi-

tações de espaço, portanto, é recomendável que o colaborador

mantenha contato prévio com os editores para conhecer os es-

paços disponíveis. Além disso, para uniformizar as contribuições

encaminhadas elas são submetidas à Comissão Editorial do Crea,

que dá a palavra final sobre a oportunidade da publicação.

em revista6

Page 7: Revista Crea - RJ

Atribuições:mudanças geram polêmicamudanças geram polêmicamudanças geram polêmicamudanças geram polêmicamudanças geram polêmica

LEGISLAÇÃO

DEBATE SOBRE AS ALTERAÇÕESNA RESOLUÇÃO 218 ENVOLVEMADAPTAÇÃO À NOVA LDB

Resolução 218 será reformulada. Elaboradaem 1973, trata dos limites de atribuição decada modalidade profissional, ou seja, elaA

delimita as funções que cada área tecnológica podeexercer. Desde então existe a discussão em torno dapossível revisão dos termos nela contidos. A principalalegação é que a 218 não atenderia às mudançasconstantes na área tecnológica, educacional e, princi-palmente, às necessidades de crescimento do profissi-onal do Sistema Confea/Crea. Mas foi o advento danova LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Naci-onal) em 1996, que realmente deu início às discussõesno âmbito do Conselho Federal de Engenharia, Arqui-tetura e Agronomia.

Segundo Adilson de Lara, arquiteto e assistenteda Comissão de Educação do Confea, o motivo paraa mudança na Resolução é simplesmente o fato deque a lei que regulamenta o ensino no país foi mu-dada. “A 218 que está em vigor foi elaborada combase no currículo mínimo, mas a nova LDB o extin-guiu”, disse Adilson.

O presidente do Confea, engenheiro Wilson Lang,argumenta que, se o anteprojeto da Resolução foraprovado, o profissional conquistará novas compe-tências através do ensino continuado em outras áre-as, diferentes da qual ele se graduou, o que irá repre-sentar uma revolução nas carreiras, pois “quebrará ogesso” que impede a movimentação do segmento pro-fissional em questão. “A Resolução 218 é fundamen-tal para o exercício profissional. A sua flexibilizaçãovai permitir a circulação horizontal e vertical dos pro-fissionais”, definiu Lang.

Contudo, nem todas as áreas da engenharia estãosatisfeitas com o anteprojeto apresentado. É o caso daEngenharia de Segurança do Trabalho que vem apre-

sentando descontentamento com relação a essas mu-danças. O principal argumento da classe é que, se-gundo o novo projeto, praticamente todos os mecanis-mos voltados para a proteção do trabalhador passa-rão a fazer parte dos grupos e sub grupos da Engenha-ria de Produção.

“Nesse projeto que está sendo apresentado peloConfea, a engenharia de segurança apareceu de umaforma muito transversal em todas as modalidades comouma atividade ou como um sub grupo”, disse o enge-nheiro mecânico e de segurança do trabalho JaquesSherique, vice-presidente do Crea-RJ e presidente daSOBES-Rio. Para ele, nem o problema das áreas desombreamento (existência de profissionais que atuamem setores para os quais não estão legalmente autori-zados) será resolvido se o texto atual for aprovado. “Esseprojeto é um retrocesso, ele vai segmentar a engenhariaa fim de acabar com as dúvidas em relação às áreasmultidisciplinares, mas na verdade o que cria são zo-nas de conflito muito mais específicas”, conclui o en-genheiro, apimentando a discussão.

A oportunidade de todos os profissionais do Riode Janeiro participarem será na Teleconferência doConfea sobre reforma universitária, diretrizes curricu-lares e duração dos cursos de graduação, no próximodia 23 de agosto, com transmissão gratuita na sededo Crea-RJ, às 17 horas. (B.R.)

em revista7

Page 8: Revista Crea - RJ

VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL

Cidadespara o futuro

om o objetivo de discu-tir e propor políticas, es-tratégias e programas deC

A CONSTRUÇÃODA SUSTENTABILIDADE

FICOU PERDIDANO SÉCULO XX

5º CEP: ENCONTROS REGIONAIS APONTAM EIXOS PARA AÇÃO PROFISSIONAL

atuação, bem como afirmar a im-portância dos profissionais dasáreas tecnológicas no desenvolvi-mento nacional e propiciar umaintegração maior com a socieda-de, o Crea-RJ realiza dia 28 deagosto o 5º Congresso Estadual

de Profissionais (5º CEP), em suasede, de 9h às 18h.

Os Encontros Regionais, de 8 dejulho a 27 de agosto, já vêm discu-tindo e aprovando teses e propos-tas sobre formação profissional epolíticas públicas dentro do eixotemático Exercício Profissional e Ci-dades Sustentáveis. Os delegados

eleitos nos Encontros Regionais par-ticiparão do 5º CEP, que tambémelegerá delegados estaduais comdireito a voz e voto no 5º Congres-so Nacional de Profissionais (5ºCNP), a ser realizado na cidade deSão Luis – MA, no período de 3 a 4de dezembro de 2004.

Encontro de FriburgoO primeiro encontro regional do

Estado do Rio de Janeiro aconte-ceu em Nova Friburgo, em 8 de ju-lho, na sede do Clube de DiretoresLojistas daquele município, e reu-niu profissionais de Nova Friburgo,Cantagalo, Itaocara e Teresópolis.Além das propostas e moções apre-sentadas, no final foram eleitos 8delegados que terão direito a voto

no Congresso Estadual. O asses-sor do Crea-RJ e relator do 5ºCEP,arquiteto Canagé Vilhena, destacoua importância desses encontros.

- Eles têm um caráter especialporque, pela primeira vez, vamos teruma oportunidade de fazer propos-tas dirigidas ao poder público e mos-trar para a sociedade a importânciado exercício profissional. Até porque

em revista8

Page 9: Revista Crea - RJ

João Santucci, Reynaldo Barros, Jaques Sheriquee Canagé Vilhena

Encontro de Petrópolis

estamos diante de um novo séculoonde a questão da sustentabilidadedas cidades é a mais importante paraa vida humana. No século XX, o pro-gresso criou a dívida ambiental eagora teremos que fazer uma refle-xão séria a respeito da construçãoda sustentabilidade que ficou perdi-da no século passado.

Para o engenheiro civil PauloRoberto Gomes, inspetor do Crea-RJ em Nova Friburgo, este 5º Con-gresso vem ao encontro dos an-seios dos profissionais da região quesentem falta de uma aproximaçãomaior com o Crea-RJ. “É importan-te que o Conselho venha a NovaFriburgo fazer este Congresso comum tema tão relevante, que esta-mos acompanhando ao longo dosanos”, frisou o inspetor.

Cabo Frio mobilizadaO segundo Encontro Regional

aconteceu no dia 15 de julho, emCabo Frio, no Clube Tamoyo, ondeestiveram reunidos mais de quaren-ta profissionais dos municípios deCabo Frio, Araruama, Iguaba, SãoPedro D’Aldeia e Armação dos Bú-

zios. No encontro, foi discutida atese apresentada e eleitos por con-senso os 11 delegados que partici-parão do 5o. Congresso Estadualde Profissionais, no final de agosto,no Rio de Janeiro.

Na ocasião, o coordenador do5º CEP, engenheiro Jaques Sheri-que, disse que o profissional tempapel decisivo perante este tema.“Este é o foco principal, que o pro-fissional pense a sua atividade comresponsabilidade social, hoje ogrande tema na nossa sociedade”,frisou. Ele afirmou, ainda, que nin-guém pode pensar “em construir umprédio ou uma casa se isto ofendero direito de cidadania do vizinho, omeio ambiente ou a qualidade devida das pessoas daquela região”.Já para o presidente da Associaçãode Arquitetos e Engenheiros da Re-gião dos Lagos (ASAERLA), enge-nheiro Fernando Luiz Cardoso, oevento é uma oportunidade únicapara o profissional se conscientizarsobre a questão do desenvolvimen-to sustentável. “Na nossa região, anossa Associação sempre lutou pelarecuperação de áreas indevidamen-

te ocupadas. Não temos ocupaçõesem morros e isso já é uma grandevitória, embora ainda existam agres-sões ambientais em dunas e na re-gião da orla”, destacou.

Encontro em PetrópolisNo dia 22 de julho foi a vez de

Petrópolis sediar o terceiro Encon-tro Regional, que também recebeuparticipantes dos municípios de TrêsRios e Magé no auditório da Uni-versidade Católica da cidade impe-rial. Cerca de trinta profissionais daregião discutiram o tema ExercícioProfissional e Cidades Sustentáveis.Foram apresentadas cinco moçõese uma proposta e eleitos seis dele-gados que irão representar a regiãono Congresso Estadual.

Os outros encontros regionaisaconteceram em Macaé, no dia 27de julho; em Volta Redonda, em 5de agosto; Angra dos Reis, dia 12de agosto; Duque de Caxias, em20 de agosto; e no Rio de Janeiro,em 27 de agosto.

Na próxima edição, conheça aspropostas aprovadas no 5º Con-gresso Estadual. (R.K.)

em revista9

Page 10: Revista Crea - RJ

O desafiodo presente

INOVAÇÃO

ode a previsão de um enge-nheiro transformar uma in-dústria inteira? A resposta éP

sim e está estampada bem no siteda Intel, o maior fabricante de mi-crochips do mundo. Não é por aca-so: em 1965, Gordon Moore, quemais tarde fundou a Intel ao ladode Bob Noyce, previu que a capa-cidade de um chip de computadorse duplicaria a cada dezoito meses.A teoria persiste até hoje e ficou co-nhecida, entre os engenheiros,como a Lei de Moore. Os especia-listas indicam que, provavelmente,ela se manterá por, pelo menos,duas décadas, permitindo aceitarque uma operação que, hoje, re-quer 24 horas para ser concluída,gastará míseros 20 segundos paraobter o mesmo resultado. Curiosa-mente sua previsão ocorreu no mes-mo ano que o economista e demó-grafo inglês Thomas Malthus disseque o mundo implodiria (propôs,num ensaio, que o crescimento dapopulação crescia em progressãogeométrica e a produção de alimen-tos, em progressão aritmética, pro-vocando desequilíbrio, fome e po-breza em todo o planeta. Seu estu-do ficou conhecido como a TeoriaMalthusiana, que previa, entre ou-tras coisas, o caos completo porvolta de 1965). Por analogia, foi fei-ta uma comparação do crescimen-to da tecnologia com a curva de in-cremento da população mundial.Neste caso, a constante populaci-onal, igualmente exponencial, é

bem menor, jogando ao chão asprevisões mais catastróficas, funda-mentando, de quebra, os ambien-talistas ligados à corrente tecnoló-gica-industrial.

Sociedade doconhecimento

O uso da tecnologia como repo-sitório de informação, substituindomeios estáticos, sugere uma amplia-ção da malha participativa, maiordinamismo, variedade, volume deinformação e, muito provavelmen-te, definirá uma intrincada repagi-nação do mapa da empregabilida-de, com a extinção de alguns em-pregos tradicionais e o surgimentode outros, especializados no usodessas novas tecnologias. É a horada Sociedade do Conhecimento,um sistema convergente de dados,indexado, rápido e totalmente dis-ponível. É como se fundissem gran-des bibliotecas, bancos de teses, tra-balhos, propostas, catálogos, gui-as de referência, tudo num só es-paço virtual, com acesso por de-manda ilimitado, síncrono ou não.É graças a esse desafio, que já fazparte da realidade, que expressõescomo “o mundo só tem seis pesso-as” passaram de proposições ma-temáticas a experiências facilmentedemonstráveis. Para quem não co-nhece, a teoria dos “seis graus deseparação” foi formulada pelo psi-cólogo americano Stanley Milgran,em 1967. Ele estudou redes sociaisnos EUA e concluiu que uma mé

Por Pablo Christhian

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dia de muito poucos contatos se-parava quaisquer pessoas do pla-neta (seis em seu estudo original).Essa conectividade, somada às ini-ciativas rumo ao desenvolvimentotecnológico, configuram um futurobastante interessante.

Cenário deinvestimentos

O Brasil é detentor, na AméricaLatina, da mais bem arranjada teiade ciência, tecnologia e inovação,sendo, em decorrência disso, res-ponsável por notórias realizações.Talvez os principais feitos, reconhe-cidos internacionalmente, sejam aexploração de petróleo em águasprofundas e os feitos da Embrapana área de pesquisa, com uma su-cessão de recordes acumulados noagro-negócio. Mais recentemente,o país vem investindo em segmen-tos estratégicos, como a nano e abiotecnologia, com mercado po-tencial de algumas dezenas de bi-lhões de reais só nos próximos dezanos. Na esfera governamental, oassunto ganhou contornos acentu-ados e o presidente Luiz Inácio Lulada Silva fala em dobrar, até 2006,os investimentos nas áreas de Ci-ência, Tecnologia e Inovação. Mes-mo assim, a conjuntura não é dasmais animadoras: além dos recur-sos escassos, permanecemos comnossas exportações alicerçadas,basicamente, por produtos primá-rios. O percentual das exportaçõesde produtos de alta e média tec-

nologia é de 32,9% (a taxa corea-na é de 66,7%). No tocante a tec-nologias antigas, o painel é razo-ável. Dados de 2002 do Índice deAvanço Tecnológico do Relatóriode Desenvolvimento Humano daONU apontam que temos 238 li-nhas telefônicas fixas e móveis paracada mil habitantes. Registramoscerca de duas patentes por milhãode pessoas (nos Estados Unidos,são 289 e no Japão, 994). O Mi-nistro da Ciência e Tecnologia,Eduardo Campos, tornou públicoque “os pesquisadores brasileirosrespondem por apenas 1,5% dapublicação mundial de artigos emperiódicos especializados”, com oagravante de que, dos 40 mil pro-fissionais ocupados com P&D nasempresas, menos de 1000 têmdoutorado. “Esperamos, com a Leide Inovação, desenhar o ambien-te propício a parcerias estratégicasentre as universidades, institutostecnológicos e empresas, estimu-lando a participação de instituiçõesde ciência e tecnologia no proces-so de inovação e fomentando ainovação nas corporações priva-das”, conclui o ministro.

BRASIL REGISTRA CERCADE DUAS PATENTES

POR MILHÃO DEPESSOAS. NOS ESTADOS

UNIDOS, SÃO 289E NO JAPÃO, 994

Ações de empresasO paradigma a ser quebrado

está na distribuição dos quadrosentre governo e iniciativa privada:nos EUA, 72% dos pesquisadoresestão nas empresa e 18%, em ór-gãos de pesquisa. No Brasil, é jus-tamente o contrário. Nesse desequi-líbrio, a comunidade empresarialacena com algumas ações positi-vas, através de estudos com com-postos pneumáticos da multinacio-nal Michelin, com sua fábrica emCampo Grande, na Zona Oeste doRio de Janeiro, ou de empresascomo a Timken, de Nova Friburgo,fabricante de rolamentos e colunasde direção para automóveis e ca-minhões do Brasil e do exterior, queinvestem uma parcela consideráveldo seu orçamento em pesquisa enão mostram o mínimo de arrepen-dimento: “incorporando inovaçõesà nossa linha de produtos, extrapo-lamos expectativas e exigências le-gais de segurança e conforto. Gra-ças a isso, estamos ampliando nos-sa participação junto às montado-ras nacionais e conquistamos fatiasimportantes no mercado exterior”,assegura o Gerente de Engenhariada companhia, Engenheiro Mecâ-nico Carlos Henrique Ferrari Mar-tins. As perspectivas de apoio a essecrescimento existem: de 2004 a2007, os investimentos totais dogoverno federal em CT&I alcança-rão R$ 37,6 bilhões, 54% a maisque o investido entre 2000 e 2003.Está previsto, também, incentivar o

PRESIDENTE FALA EM DOBRAR, ATÉ 2006,OS INVESTIMENTOS NAS ÁREAS DE CIÊNCIA,TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

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INOVAÇÃO

Lei de Informática (benefícios até 2016)

Programa de Apoio à Pesquisa em Pequenas Empresas (Pappe)

Programa de Criação de Tecnologia (Criatec)

Projeto Mobilizar para Inovar

Fundo de Pesquisa de Ciência e Tecnologia (Funtec/BNDES), comrecursos da ordem de U$ 60 milhões (ainda em discussão)

Lei de Inovação (em discussão no Senado), com o somatório de10 anos de discussões entre as universidades, os institutos depesquisa e o setor produtivo.

1ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

1as Olimpíadas de Matemática das Escolas Públicas

Programa Ciências de Todos

Prêmio Jovem Cientista

Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica. O julgamento dos tra-balhos já entregues será no próximo dia 9 de setembro e a pre-miação, no dia 30 do mesmo mês, Dia Nacional da Inovação,sempre na sede da FIRJAN. A cerimônia nacional ocorrerá emBrasília, em 10 de novembro.

Luz no fim do túnel

Longavidaà luz

O Engenheiro cariocaPaulo Acioly desenvolveuum dispositivo, que batizoude long-alux, capaz de au-mentar quatro vezes avida-út i l das lâmpadasfluorescentes tubulares,através de pequenas alte-rações no reator de parti-da. Se imaginarmos o queum supermercado gastacom a compra e reposi-ção, digamos, de 1.500lâmpadas tubulares, já dápara projetar a reviravol-ta que o aparelhinho podecausar, sem falar no as-pecto ecológico, visto queo descarte de lâmpadas éresponsável por cerca de40 milhões de carcaçasanuais, exigindo rigorosocontrole, devido aos vapo-res de mercúrio, altamen-te tóxicos, liberados coma quebra dos tubos. O in-vento pode, simplesmente,reduzir esse índice, no mí-nimo, à metade. O long-alux tem ART de proprie-dade intelectual, o quegarante a autoria do pro-jeto de engenharia.

incremento na participação deagentes públicos e privados no se-tor, vinculando as iniciativas à polí-tica federal para indústria, tecnolo-gia e comércio exterior, com foco

em bens de capital, semiconduto-res, software e medicamentos, bemcomo os três “eixos do amanhã” -biotecnologia, nanotecnologia ebiomassa.

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Brasil: Recursos do Governo Federalaplicados em Pesquisa e Desenvolvimento(P&D), 1996-2002Fonte: Sistema Integrado de Administração Financeira do Go-verno Federal (Siafi). Extração especial realizada pelo ServiçoFederal de Processamento de Dados (Serpro).

Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - Ministérioda Ciência e Tecnologia.

Notas: Valores monetários expressos em milhões de R$de 2002, atualizados pelo Índice Geral de Preços - Disponi-bilidade Interna (IGP-DI) (médias anuais) da FundaçãoGetúlio Vargas (FGV).

Brasil: Dados brutos da basede dados da Anpei: despesa médiapor empresa com Pesquisa,Desenvolvimento e EngenhariaNão-Rotineira(P&D&E), 1993-1999Fontes: Para o período 1993-1998:Anpei. Base de Dadossobre Indicadores Empresariais de Inovação Tecnológica.S.Paulo: Anpei, 1999. Para 1999: Anpei: Indicadores Empre-sariais de Inovação Tecnológica. São Paulo: Anpei, 2000.

Brasil: Número de pessoas com formaçãosuperior dedicadas a atividades inovativasnas empresas industriais, “UniversoAnpei”(1), 1993-1999Fonte: Dados Brutos: Associação Nacional de Pesquisa, De-senvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras (Anpei).

Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - Ministérioda Ciência e Tecnologia.

Nota: (1) sobre o “universo Anpei” e o método de expansãodos dados primários, ver nota específica.

Fonte: Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - Ministérioda Ciência e Tecnologia.

Brasil: Concessão de patentespelo Instituto Nacional de PropriedadeIndustrial (INPI), segundo origemdo depositante, 1995-2002

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CAPA

Aventurae tecnologia

O QUE HÁPOR TRÁS

DAS EMPREITADASDO NAVEGADOR

SOLITÁRIO

Imagine atravessar o OceanoAtlântico, sozinho, num barco aremo. Imagine, então, passar todoo inverno isolado no meio da imen-sidão antártica, circunavegar o PóloSul e fotografar, pessoalmente, di-versas imagens da aurora austral.Pense, também, em construir umbarco moderno, muito moderno,pela módica quantia de U$ 5 mi-lhões, sem igual no seu país, talvezno mundo. Pense, agora, em desen-volver plataformas de concreto flu-tuantes para ancoradouros e parti-cipar do mais avançado projeto bra-sileiro com óleo diesel. Muita aven-tura? Loucura? Pode até ser, mas,acredite, é tudo verdade e essas ex-periências respondem pelo nome deAmyr Klink, paulista, 48 anos, casa-do, pai de duas filhinhas, moradorde Paraty, no Sul Fluminense.

CREA EM REVISTA chegou a esseadministrador de empresas atravésdo Engenheiro Civil Fred Lowndes.Com especialização nos EUA e ten-do trabalhado em empresas comoa General Motors e o Grupo Voto-rantin, ao aposentar-se, Fred deci-diu abandonar a agitação urbana erefugiar-se em Paraty, onde divideseu tempo entre a administração desua confortável pousada, construí-da por ele mesmo, seu escritório deengenharia e os passeios no seu ve-leiro Cicerone, igualmente protago-nista de várias viagens internacionais.Fundador da Associação de Enge-nheiros de Paraty, foi quem propor-cionou o contato com o “capitãoKlink” e desfez a idéia de aventura:“Não tem amadorismo nas expedi-ções de Amyr, tudo é meticulosamen-te planejado. Há uma equipe de téc-nicos trabalhando, pesquisando edando suporte. Na terra ou no mar,o importante é ser rápido e sério eele sabe disso. Seus méritos são re-sultado disso”.

Tecnologia avançadaAutor de três best-sellers, um li-

vro de fotos e um documentário,Amyr Klink é um dos nomes mais re-quisitados, hoje, para palestras em

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Paratii II: cascos com 2 cm de espessura para enfrentar geleirase mastros eletrônicos de 32 m controlados por botões

TECNOLOGIADO BARCO DE KLINK

NÃO DEVE NADAA NENHUMAESTRANGEIRA

todo o país. Seu lado empresarial,sua visão vanguardista e a obstina-ção por novos desafios sugerem umasérie de provocações para corpora-ções dos mais diversos segmentos.De suas propostas, abriu-se um novohorizonte para a engenharia navalbrasileira: a embarcação não devenada a nenhuma estrangeira e a tec-nologia empregada é um genuínoorgulho nacional. Muitas das inova-ções, desde os fundamentos de me-teorologia e geografia à construçãonaval, passando pelas telecomuni-cações, a fotografia e a paraferná-lia eletrônica, estão presentes nos28,8 metros de comprimento doParatii II, um colosso naval assinadopelo engenheiro brasileiro ThierryStump. O casco chega a ter, em al-guns pontos, 2 cm de espessura,devido à necessidade de navegar emáreas com gelo. Os mastros de 32m são eletrônicos e podem ser con-trolados com um simples apertar debotões. Para águas rasas, existe umdispositivo que recolhe o leme e aquilha. A casa de máquinas contacom motores MERCEDES BENZ es-peciais e um mecanismo de refrige-ração de baixíssimo consumo deenergia, desenvolvido pela EMBRA-CO. Há equipamentos para apro-veitamento de energia eólica e solare o banheiro possui um sistema es-pecial de descarga, com tratamentode dejetos. Nenhum peso na embar-cação é “morto”, não há chumbopara o seu equilíbrio e nenhum tipode cabo. Os dois mastros de fibra

de carbono e a hidrodinâmica docasco são os responsáveis pela es-tabilidade. Apesar das dimensões, oveleiro tem a mesma mobilidade deum barco pequeno.

Todo em alumínio aeronáutico enaval, tem soldagem especial, levan-do magnésio na composição, pro-tegendo o barco da corrosão e dis-pensando pintura, o que evita a po-luição do mar. O Paratii II é capazde viajar até dois meses sem uso dasvelas, graças aos mais de 30 mil li-tros de diesel anti-congelante daPETROBRÁS. O óleo especial temalta qualidade de ignição, escoa-mento a temperaturas inferiores a10ºC, pode ficar estocado por mais

de 3 anos sem oxidar e nível de emis-sões quatro vezes menor do que opadrão utilizado nas capitais brasi-leiras. As severas condições de usorepresentam o teste ideal e uma an-tecipação do óleo diesel que seráutilizado, a partir de 2006, nas regi-ões metropolitanas brasileiras, quan-do passa a vigorar a nova legisla-ção ambiental, que exige a produ-ção de combustíveis com menor im-pacto ao meio ambiente – “Eles sãopessoas espetacularmente sérias”,revela Klink.

A preocupação com a eficiência,a conservação de energia, a limpezae a proteção ao meio ambiente é umaconstante: “as condições praticamen-te obrigam. Meus pais não são bra-sileiros e, de onde vieram, não há essaabundância de recursos que temosaqui. Assimilei essa cultura. No Bra-sil, o desperdício é tão grande quechega a ser um afronta. Nas minhasviagens, vi coisas belíssimas como aaurora austral e os cristais de gelo

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CAPA

em suspensão. São semelhantes aosque se formam em freezers, só quecom cerca de 9 cm, presos em su-perfícies de metal. Mas, também vibastante lixo flutuante. Nas ilhas sub-antárticas, a presença humana prati-camente acabou com as aves, porcausa dos ratos que levaram comseus barcos. É visível o retrocesso dasgeleiras. Da última vez, avistamoscampos de gelo a mais de 2 mil kmda Antártica, icebergs com 100 kmde extensão navegando em alto mar.O planeta está sendo atingido”.

Da literatura ao marCuriosamente, sua trajetória foi

meio ao acaso: “Eu nunca tive opor-tunidade de freqüentar um clube develas. Os esportes náuticos, nomundo, têm uma popularidade euma atenção muito maiores do queaqui, porque, lá, se olha não o as-pecto esportivo, mas, principalmen-te, o aspecto educativo da vela. Éformadora do caráter dos jovens,mais do que uma oportunidade deesporte. E eu acabei descobrindo omundo das navegações através daliteratura. Na verdade, foi atravésde um curso de francês, quando eujá tinha uns 20 ou 25 anos de ida-de. Comecei a ler muito em francêspara dominar a língua. Não gos-tava muito de ler sobre literatura eaí descobri alguns relatos de via-gem e fui percebendo que o assun-to era interessante. Aos poucos,percebi que muitos tinham passa-do com seus barcos em Paraty e

notei que muitos dos autores erampessoas que conheciam muito me-lhor do que eu a Baía de Paraty.Eram barcos que eu já tinha visita-do, que eu acabei encontrando emalguma situação e aquilo foi crian-do uma paixão. Era o final da dé-cada de 60 e, enquanto os ameri-canos estavam no movimento hip-pie, a França estava num processointeressante e o mesmo movimentose transformou numa corrida paraos barcos. E, de repente, todo mun-do descobriu que, com quase ne-nhum dinheiro, se construía um bar-co no quintal de casa e saía pelomundo”. Dessas viagens que, maistarde viraram livros, soube de umfrancês que tinha atravessado oAtlântico Norte e se impressionoupelo planejamento, pelas caracte-rísticas do barco e a logística. Criti-cando a idéia, tomou conhecimen-to de uma corrente que permitiauma travessia equivalente no Atlân-tico Sul. Foi assim que surgiu a idéiade percorrer, remando, a TravessiaRaymond, valendo-se de zero deexperiência (nunca tinha feito umatravessia oceânica) e muito estudo.

Foi mais ou menos nessa épocaque começou a estabelecer conta-tos com profissionais da área tec-nológica, engenheiros, projetistasnavais, deixando escapar algumascríticas. “Os engenheiros têm umainformação muito fechada, princi-palmente na engenharia naval. Eufalo isso de brincadeira, provavel-mente, muitos engenheiros vão me

atirar pedras na cabeça, mas o pro-blema é que, em geral, ele se fiaexclusivamente ao conjunto de nor-mas e regras que aprendeu e tentaimpor isso ao longo da sua vida,em todos os momentos. Não con-segue admitir, por exemplo, um con-ceito novo. Posso garantir que99,9% dos engenheiros navais es-tudando hoje no Brasil, nunca cons-truíram um barco com as própriasmãos, não sabem laminar umapeça, nunca montaram um moldepra fazer laminação ou fez o pro-cesso completo sozinho. Quandotem chance, o faz junto com dezamigos, na oficina, no estaleiro.Manda fazer, mas não sabe comofazer”, completando, em seguida:“quando a gente montou um esta-leiro, começou a desenvolver cer-tas tecnologias novas com algumasempresas para poder aplicar e po-der formar pessoas. Encomendava-se a um escritório de engenhariauma porta estanque a tantos quilosde pressão por centímetro quadra-do, todos desenhavam a porta, osfechos, as dobradiças, só que aporta pesava 122 quilos e, para fun-cionar, não poderia ultrapassar vin-te. Então, é um lado interessante,aparece esse trabalho de experi-mentação, principalmente no uso decompostos, materiais, fibra de car-bono, todos os múltiplos de epóxi,as resinas, a gente acaba conhe-cendo pessoas que têm uma habi-lidade espantosa ou os que têm for-mação acadêmica e, por alguma

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razão, desenvolveram habilidademanual. O Thierry Stump (engenhei-ro naval), por exemplo, é um pro-fissional que aprendeu todas as eta-pas necessárias para você transfor-mar um projeto em barco de ver-dade, porque projetar é uma coisaimportante, mas é apenas uma dasetapas. Desenvolver a estrutura fis-cal, legal e trabalhista é outra eta-pa que, aparentemente, não temnenhuma importância, mas que, sevocê não passar por isso, não vaichegar no final. Ele sabe trabalharcom fornecedores diferentes paraproblemas diferentes, conhece to-das as etapas necessárias para vocêchegar e transformar uma idéianuma obra pronta. Assina a maiorparte dos projetos que a gente fazaqui, mas sua presença vai muitoalém disso, representa a solução deengenharia para problemas”.

Para o navegador solitário, oBrasil detém tecnologia suficien-te para desenvolver máquinas ou-sadas, com um custo operacio-nal mínimo. Perguntando sobrequal será a próxima empreitada,Amyr Klink surpreende, mais umavez: já está empenhado em res-taurar e dar aproveitamento tu-rístico à mansão em que viveu afamília de Thomas Mann, em Pa-raty. A histórica construção é be-líssima, tem mais de 100 anos,fica sobre um platô debruçado nomar e é prato cheio para arqui-tetos, turistas e curiosos. Palmaspara o capitão. (A.A.)

Entre roupas impermeáveis e botas antiderrapantes, a empresade Amyr Klink apresenta uma inovação capaz de evitar problemashabituais com atracação. Um módulo flutuante com altura constan-te em relação ao nível da água, facilitando o embarque e desem-barque de pessoas e materiais, com tecnologia especial e barata.As normas existentes no exterior, os critérios e as recomendaçõesforam adequados à realidade brasileira e, com preços tropicaliza-dos, pioneiro, 100% nacional, todo em material reciclável e comancoragem simplificada, o sistema é ecologicamente correto, ser-vindo, ainda, como abrigo para a fauna local. As principais vanta-gens envolvem o espaço (boa superfície para circulação) e a estabi-lidade (leves, têm pouca oscilação).

Os píeres flutuantes, além de manterem a dinâmica e a renova-ção hidrica do local, também podem ser utilizados como atenua-dores ou quebra ondas flutuantes. Do ponto de vista social, estenegócio gera cerca de 7,5 empregos por embarcação, sem contara otimização e a multiplicação do número de vagas. Economica-mente, se tomarmos como exemplo a Hidrovia Paraná-Tietê (2.400km), quando for realizada a eclusagem de Foz do Iguaçu, este“canal navegável” chegará a cerca de 6.000 km de SP a Mar DelPlata, projetando oportunidades excepcionais.

PONTÕES FLUTUANTES

Plataformasflutuantescom tecnologiaespecial e baratadesenvolvidapor Amyr Klink

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instabilidade no forneci-mento de energia elétri-ca experimentada re-

ENERGIA

Fontesalternativas

PROGRAMA DO GOVERNO PREVÊ INVESTIMENTOS DE R$ 8,6 BILHÕES EM ENERGIAEÓLICA, DE BIOMASSA E HIDRÁULICA

Acentemente no Brasil e a crescen-te preocupação com as questõesambientais levantaram a discus-são acerca da importância de pro-mover investimentos em fontes al-ternativas de produção energéti-ca. Sob esta perspectiva, até o fi-nal do ano de 2006, o Brasil pas-sará a contar com um potencialde 3.300 MW, gerados por fonteseólica, biomassa e pequenas cen-trais hidrelétricas (PCHs).

Essa é a proposta do Proinfa–Programa de Incentivo às FontesAlternativas de Energia Elétrica –criado em 26 de abril de 2002,pela Lei nº 10.438 e revisado pelaLei nº 10.762, de 11 de novem-bro de 2003, que estabelece a pro-dução de 1.100 MW por cada fon-te e é coordenado pelo Ministériode Minas e Energia. Para a reali-zação do Programa 70% dos in-vestimentos serão garantidos peloBNDES e o mesmo percentual daprodução de energia terá garantiade compra pela Eletrobrás. Comas mudanças determinadas pela Leinº 10.762, o Proinfa passou a as-segurar um maior número de esta-dos na participação do Programa,o incentivo à indústria nacional –60% do custo total da construção

dos projetos devem ser brasileiros– e a exclusão dos consumidoresde baixa renda no pagamento dacompra da nova energia.

Mais de 100empreendimentos

O presidente da Eletrobrás, Si-las Rondeau, diz que o Programade Incentivo às Fontes Alternativasde Energia Elétrica vai resultar eminvestimentos de R$ 8,6 bilhões,já que o percentual mínimo de na-cionalização dos empreendimen-tos será de 40%. “Segundo as pro-jeções, a compra de energia aolongo de 20 anos totalizará apro-ximadamente US$ 12 bilhões, cer-ca de US$ 600 milhões por ano”,

afirma Rondeau. De acordo comele, foram selecionados 115 em-preendimentos, de um total de261 apresentados. Os preçospara as energia eólica, de biomas-sa e hidráulica (PCHs) seriam, res-pectivamente, de US$ 60, US$ 50e US$ 40.

Entretanto, o engenheiro Rober-to Araújo, consultor do Ilumina –Instituto de Desenvolvimento Estra-tégico do Setor Energético, questio-na a viabilidade econômica do Pro-grama. Segundo ele, a tarifa deenergia no Brasil é uma das maiscaras do mundo, equivalendo àspagas no Japão e EUA. “O repassedas contas com os gastos feitos peloProinfa, através da compra garan-tida pela Eletrobrás, certamente vaitrazer aumentos significativos paraos consumidores”, afirma.

Para Araújo, não há deman-da de consumo que justifique otamanho dos investimentos. Oque precisa ser feito é um acom-panhamento e controle da pro-dução e utilização da energia hi-dráulica. Ele afirma que antes do“apagão” de 2001, vários espe-cialistas do setor elétrico já ti-nham alertado para o esvazia-mento dos reservatórios das hi-drelétricas e que o problema sóchegou a tais níveis por falta deplanejamento. “O que precisa

Esvaziamento de reservatórios ocorrepor falta de planejamento

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haver no Brasil é uma políticaséria de conservação de energia.O Brasil está entre os países commaior índice de transformação daágua das chuvas em rios. Seriaum absurdo não aproveitarmosesse potencial”, esclarece.

ESPECIALISTAQUESTIONA VIABILIDADE

ECONÔMICA DOPROINFA E DEFENDE

POLÍTICA SÉRIADE CONSERVAÇÃO

Embora o Ministério das Minase Energia justifique a criação doProinfa alegando a privilegiada si-tuação do território brasileiro emtermos de utilização de fontes re-nováveis de energia, o consultor doIlumina é categórico: “para o mer-cado cativo, aquele que é obriga-do a comprar a energia de um sóprodutor – no caso nós, a popula-ção, só vale a pena estimular a uti-lização desse potencial onde a de-manda supere os gastos com os in-vestimentos. Do contrário, os sis-temas isolados de energia (comoos propostos pelo Programa) só de-veriam ser implantados onde o sis-tema interligado ainda não tenhachegado”. (V.M.)

Acreditando ou não que a energia produzida por fontes alterna-tivas seja o futuro para o consumo no Brasil, o governo federal sabeque os investimentos na extensão do sistema interligado de energiasão fundamentais para o desenvolvimento do país, tendo em vistaque, atualmente, dezenas de municípios brasileiros ainda encon-tram-se excluídos do abastecimento de energia.

O Programa Luz paraTodos, também coordenado pelo Ministé-rio de Minas e Energia, tem como objetivo levar energia elétricapara mais de 12 milhões de pessoas até 2008, prevendo um orça-mento de R$ 7 bilhões, realizado em parceria com as distribuidorasde energia e os governos estaduais. O governo federal destinará5,3 bilhões ao programa e o restante será partilhado entre governosestaduais e agentes do setor.

Pela atual legislação do setor elétrico, as concessionárias deenergia teriam prazo até dezembro de 2015 para eletrificar to-dos os domicílios sem acesso à energia no Brasil. Entretanto, ogoverno acredita que, utilizando a distribuição de energia, pro-moverá, além da facilidade ao acesso a serviços de saúde, edu-cação e abastecimento de água e saneamento, o desenvolvi-mento social e econômico das comunidades, a redução da po-breza e aumento da renda familiar, o que justificaria a anteci-pação das metas em 7 anos.

Luz PLuz PLuz PLuz PLuz Para Tara Tara Tara Tara Todosodosodosodosodos

Sistema de energia solar Sistema de energia eólica

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ARTIGO TÉCNICO

Deslizamentosde encostas

ESTUDO MOSTRA COMO TÉCNICAS DE MINERAÇÃO DE DADOSPODEM AJUDAR NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES NO RIO DE JANEIRO

urante o processo decrescimento das gran-des cidades, muitasD

áreas próximas às encostas sãoocupadas pela população, de-vido à urbanização. A ocupaçãodesordenada dos morros alteraas características físicas do am-biente natural, provocando a di-minuição das áreas de vegeta-ção, o acúmulo de lixo em lo-cais impróprios, etc.

A alteração do ambiente na-tural promove novas configura-ções dos terrenos íngremes, quese tornam suscetíveis a ocorrên-cias de acidentes geotécnicos(deslizamentos ou escorrega-mentos) durante as chuvas in-tensas. Estudos têm mostrado,MENEZES et al. [1], que a cida-de do Rio de Janeiro possui ca-racterísticas físicas (posição ge-ográfica e topografia) e padrõesatmosféricos favoráveis ao de-senvolvimento de fenômenosmeteorológicos causadores dechuvas intensas.

O conhecimento dos padrõesexistentes entre os diversos fenô-menos relacionados aos escor-regamentos, permite o estabele-cimento de critérios determinan-

Por Fábio Teodoro de Souza

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A ALTERAÇÃODO AMBIENTE NATURALPROMOVE MUDANÇAS

NOS TERRENOSÍNGREMES, QUE FICAM

SUSCETÍVEIS AACIDENTES

GEOTÉCNICOSDURANTE CHUVAS

INTENSAS

Figura 1 – Escorregamento ocorridoem Fevereiro de 1967

tes para a emissão dos alertas ea conseqüente mobilização dasinstituições responsáveis para oauxílio à população habitantedas regiões das encostas.

Em meados dos anos 60,chuvas intensas castigaramtoda a cidade do Rio de Janei-ro, causando diversos escorre-gamentos danosos à popula-ção. A Figura 1 ilustra um es-corregamento ocorrido no mêsde Fevereiro de 1967, próximoà Rua das Laranjeiras.

Nessa época então foi cria-da a Fundação Geo-Rio, com oprincipal objetivo de elaborar eorganizar o plano de proteçãodas encostas. Mais recentemen-te, em 1996, a Geo-Rio criou o

Sistema ALERTA-RIO [2], com oobjetivo de emitir boletins dealerta à população sempre quehouver previsão de chuvas inten-sas e que possam gerar escor-regamentos nas encostas.

O sistema de alerta utiliza, emtempo real, imagens de radarmeteorológico, dados de esta-ções pluviométricas instaladas nomunicípio e de estações meteo-rológicas, imagens de satélite etc.Os dados são analisados por ge-otécnicos e meteorologistas.

A implementação dos novosmodelos desenvolvidos com astécnicas em Data Mining deve-ria manipular os dados relacio-nados aos acidentes geotécni-cos de forma automática, geran-do relatórios de análise em tem-po real e contribuindo com in-formações úteis para o proces-so de tomada de decisão.

Os relatórios anuais daGEO-RIO [3] descrevem os re-

gistros de escorregamentos. Emcada registro são anotados obairro em que ocorreu o aciden-te, a data, a hora, a tipologiado acidente, o volume escorre-gado e as conseqüências cau-sadas pelos escorregamentos.

O presente estudo analisou ohistórico de escorregamentosocorridos entre 1998 e 2001, to-talizando 1266 registros. O ban-co de dados ainda foi enriqueci-do com a condição de “NãoOcorrência”, para que os mode-los também identificassem os pa-drões de chuva que não provo-cam acidentes. Cada registro foiassociado a diversos índices dechuva acumulada (ICA) e às ca-racterísticas do solo onde foramdeflagrados os acidentes. Foramcalculados ICA´s, referentes à 15,30, 45, 90 minutos; 1, 2, 3, 4, 6,8, 12 horas e 1, 2, 3, 4, 5 e 6dias, SOUZA e EBECKEN [4], [5]e [6]. Os dados de chuva, medi-dos a cada 15 minutos, foram ob-tidos da rede automática de 30pluviômetros instalados no muni-cípio do Rio de Janeiro. As ca-racterísticas do solo foram extraí-das do banco de dados da SMAC[7], que monitora diversos parâ-

em revista21

Page 22: Revista Crea - RJ

ARTIGO TÉCNICO

metros para cada um dos 159bairros existentes no município.A figura 2 ilustra uma imagem desatélite utilizada pela SMAC no le-vantamento das características dosolo. A Figura 3 ilustra a divisãodo município considerando a redepluviométrica (esquerda) e a divi-são atualmente adotada pelaGeo-Rio (direita).

Metodologia e ResultadosForam construídos modelos

SOUZA and EBECKEN [8] utilizan-do as técnicas em Data Miningconsiderando três abordagens: (1)predição de escorregamentos comredes neurais artificiais (RNA) e comregras de classificação, (2) predi-ção de escorregamentos com re-gras de associação e (3) prediçãodo volume de chuva nos próximosminutos, horas ou dias.

Todos os modelos construídosobtiveram boa performance de pre-

Figura 3 – Áreas para previsão de escorregamentos

Figura 2 – Imagem do Satélite LANDSAT do município do Rio de Janeiro

dição. A Figura 4 ilustra o resultadoda predição do volume da chuva naspróximas 6 horas usando RNA.

Este modelo de predição do vo-lume das chuvas nas próximas 6horas, pode ser acoplado à regrade associação descoberta pelas téc-nicas de Data Mining, LIU et al [9].

Em 117 vezes que o ICA ultra-passou 43.7 mm, ocorreram aci-dente em 90.6 % das vezes.

Trabalhos FuturosA metodologia de análise de-

senvolvida apresenta bons resul-tados, mas certamente atingirámelhor performance com a inser-ção de novos dados.

Pretende-se ainda melhorar aacurácia dos modelos utilizandotécnicas de ponderação, DUDA etal [10], Boosting, TING and ZHENG[11] e Bagging, HAN and KAMBER[12], e construiindo um sistemacomputacional que disponibilizariaum mapa com níveis de risco, emtempo real, em função dos níveisde chuva medidos.

em revista22

Page 23: Revista Crea - RJ

Figura 4 – Predição do volumede chuva nas próximas 6 horas

Agradecimentos:À FAPERJ pelo financiamentoe às instituições que forneceramos dados: GEORIO; SMAC;DHN; SERLA; INMET; UERJ;UFRJ; Wyoming University;DECEA; CPRM.

[1] MENEZES, W. F., et al., 2000, “Estudo do Ambiente Favorável àPropagação de Sistemas Convectivos de Mesoescala sobre o Mu-nicípio do Rio de Janeiro”, In XI Congresso Brasileiro de Meteoro-logia, Rio de Janeiro.

[2] ALERTA-RIO, 1996, “Condições das Chuvas e Probabilidade deEscorregamentos no Município do Rio de Janeiro”,http://www2.rio.rj.gov.br/georio/site/alerta/alerta.htm.

[3] GEORIO, 1998 a 2001, Relatórios de Escorregamentos, In: Prefeitu-ra da Cidade do Rio de Janeiro.

[4] SOUZA, F. T., EBECKEN, N. F. F., 2003, “A Data Mining Approach forLandslide Analysis Caused by Rainfall in Rio de Janeiro”, Internati-onal Conference on Slope Engineering, pp.611-616, 8-10 Decem-ber, Hong Kong.

[5] SOUZA, F. T., EBECKEN, N. F. F., 2004, “Preparação de Dados deChuvas Intensas utilizando técnicas de Mineração de Dados”, Re-vista Brasileira de Recursos Hídricos, pp. 181-187, vol. 9, número2, Julho, Porto Alegre.

[6] SOUZA, F. T., EBECKEN, N. F. F., 2004, “Landslides Data Preparationfor Data Mining”, IX International Symposium on Landslides, pp.429-434, June 28 to July 2, Rio de Janeiro.

[7] SMAC, 1999, Mapeamento e Caracterização do uso das Terras eCobertura Vegetal no Município do Rio de Janeiro entre os anos de1984 e 1999, In: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Prefeitu-ra do Rio de Janeiro.

[8] SOUZA, F. T., EBECKEN, N. F. F., 2004, “A Data Mining Approachto Landslides Prediction”, Paper accepted at the Data Mining2004, Fifth International Conference on Data Mining Septem-ber, Malaga, Spain.

[9] LIU, B., HSU, W., CHEN, S., MA, Y., 2000, “Analyzing the SubjectiveInterestingness of Association Rules”, IEEE, University of Singapore.

[10] DUDA, R. O., HART, P. E., STORK, D. G., 2001, Pattern Classifi-cation, Wiley Interscience.

[11] TING, K. M., ZHENG, Z., 1998, “Boosting Trees for Cost-SensitiveClassifications”, Tenth European Conference on Machine Learning,LNAI-1398, Berlin, pp. 190-195.

[12] HAN, J., KAMBER, H., 2001, Data Mining - Concepts and Techniques.

Resumo da tese de doutorado, defendida na Coppe/UFRJ, intitulada “Predi-ção de Escorregamentos das Encostas do Município do Rio de Janeiro Atra-vés de Técnicas de Mineração de Dados”.

Referências:

Entre 1998 e 2001, foramregistrados 1.266 escorregamentosno Rio de Janeiro

Regra 10: SE ICA (6 horas) > 43.7 mm,ENTÃO Acidente(9.2% 90.6% 117 106)

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Page 24: Revista Crea - RJ

ramitam hoje no Congres-so Nacional cerca de 200projetos de leis de interes-

ENTREVISTA

De olhonas novas leis

Tse dos profissionais e do Sistema.Com o intuito de qualificar o tra-balho de acompanhamento dasmatérias legislativas, o Confeacriou, há 11 anos, uma AssessoriaParlamentar. O objetivo da Asses-soria, além da identificação dasproposições e do acompanhamen-to do processo legislativo, é tam-bém de atuar no Legislativo demodo a interferir na aprovação ourejeição dos projetos, de acordocom o posicionamento e manifes-tação do Sistema Confea/Creafrente a cada matéria.

O resultado desse trabalho jáapresenta resultados expressivos.Projetos que levavam anos para oConfea apresentar um posiciona-mento, hoje são apreciados empoucos meses, com a participaçãode todo o Sistema.

Nesta entrevista, Carlos MuriloFrade Nogueira, arquiteto e asses-sor do Confea para assuntos parla-mentares, faz uma análise sobre osprincipais projetos de leis em trami-tação no Congresso.

Crea em Revista - Quais são osprincipais projetos para o Sistemaque tramitam hoje no CongressoNacional?

Carlos Frade - O Sistema sem-pre atuou no Congresso muito maispara defender sua legislação do que

para aperfeiçoá-la ou propor no-vas leis. Há matérias positivas e degrande importância para o exercí-cio das nossas profissões e para asociedade. Dessas, eu destacaria oprojeto da Engenharia Pública - PL889/03, do deputado Zezéu Ribei-ro; o PLS 117/03, do senador SibáMachado, que corrige, com a re-vogação da Lei 7.399/85, umaantiga distorção na regulamentaçãodas atividades dos geógrafos; o PL5979/01, que regulamenta a Ins-peção Técnica Veicular; o PL 6699/02, que tipifica como crime o exer-cício ilegal de nossas profissões,além dos diversos projetos que ins-tituem políticas nacionais, como ade Saneamento, a de Resíduos Só-lidos, a de Mobilidade e Acesso aoTransporte, a de Segurança e Saú-de do Trabalho, entre outros. Quan-to aos projetos nocivos ao Sistema,ressaltaria o que regulamenta a pro-fissão de Mestre de Obras (PLS 18/03) e todos aqueles que criam no-vos conselhos, mesmo que relativosa profissões alheias ao Sistema.

Crea em Revista - Entre eles,quais já estão em fase final dedecisão?

Carlos Frade - Acredito que de-pois do recesso legislativo de julho,até o final do ano, o Congressodeve aprovar o projeto da InspeçãoVeicular, que deverá abrir um bomcampo de trabalho para técnicos eengenheiros mecânicos e propiciar

maior segurança do trânsito, o pro-jeto da nova Lei de Falências, alémdo projeto das Parcerias Público-Pri-vada, o chamado PPP, que poderáincrementar os empreendimentos daconstrução em geral. Outra maté-ria na agenda do Congresso e dogoverno é o da Biossegurança. Ape-sar de ser um tema abrangente epolêmico, há uma clara disposiçãopolítica de levá-lo adiante.

Crea em Revista - Em que con-siste o projeto de recuperação judi-cial e extrajudicial de empresas, co-nhecido como a nova Lei de Falên-cias (PLC 71/03)?

Carlos Frade - Na verdade esseprojeto não afeta diretamente osprofissionais do Sistema. É umanorma mais de cunho econômico esocial, cujo objetivo é tentar recu-perar empresas em processo deconcordata, resguardando ao má-ximo os direitos dos consumidoresafetados pela falência das empre-sas. O Confea acabou interferindono trâmite desse projeto porque naComissão de Assuntos Econômicosdo Senado foi aprovado um substi-tutivo que atribuía somente ao pro-fissional contabilista a competênciapara realizar a avaliação dos bense ativos do devedor. Ou seja, cria-va uma reserva de mercado parauma única categoria. Isso descar-taria do processo o engenheiro deavaliação que, em alguns casos eem determinadas fases, tem impor-

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Page 25: Revista Crea - RJ

SISTEMA CONFEA/CREAACOMPANHA PROJETOSDE INTERESSE DOSPROFISSIONAIS EMDISCUSSÃO NOCONGRESSO NACIONAL

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tante papel no processo de avalia-ção de bens tangíveis (imóveis eequipamentos).

Crea em Revista - Existe no Con-gresso o PL 889/03, cujo objetivoé dar assistência gratuita em pro-gramas para construção de mora-dias econômicas. O Crea-RJ já re-aliza, junto com as Prefeituras Mu-nicipais e as Associações de Enge-nheiros e Arquitetos, o Projeto“Casa Da Gente”, que visa a darassistência técnica direta e gratuitaa projetos de obras populares, cominteresse social, como construçãoe reforma de moradias. Como se-ria na prática, caso seja aprovado,a implementação do projeto emtodo o Sistema?

Carlos Frade - Essa é uma ini-ciativa do deputado Zezéu Ribei-ro (PT/BA) que prevê a instituiçãode um Programa Nacional de As-sistência Técnica à Moradia Eco-nômica (ATME). Porém, não atri-bui a responsabilidade da imple-mentação ao Sistema Confea/Crea. A intenção é exatamente deviabilizar e incentivar programascomo esse do Crea-RJ, cabendoa iniciativa sempre ao poder pú-blico. E aí, não entra só o poderpúblico municipal, mas tambémo estadual e o federal.

Crea- em Revista - Os proje-tos PL 3156/92 e PL 2634/92 de-fendem a extinção da cobrança

da ART. Como o Confea vem atu-ando em relação a estes proje-tos e ao dos Geógrafos? Quaisas conseqüências caso sejamaprovados?

Carlos Frade - O projeto da ARTé o mais antigo problema do Con-fea no Congresso. A receita daART permite aos Creas manteremum valor de anuidade quase trêsvezes menor daquela paga pelomédico e cerca de quatro vezesmenor do que a da OAB. A taxaconstitui, assim, um fator sociali-zante das despesas dos profissio-nais com o Sistema, já que, comela, acaba pagando mais quemde fato demanda mais serviços defiscalização prestados pelo Crea.E esse é o grande argumento quese tem para defender a manuten-ção da cobrança da ART. Outraatuação recente do Confea foi ela-borar e encaminhar ao senedorSiba Machado o projeto dos geó-grafos. Vale dizer que a revoga-ção da Lei nº 7.399/85, que per-mite aos mestres e doutores emGeografia (mesmo sem a gradu-ação) o registro e a atuação ple-na da profissão, é uma reivindi-cação da categoria há quase 20

anos. E nesse processo de luta,que somente uma nova lei pode-rá resolver o problema, o Crea-RJteve papel crucial desde o início,pois a partir da sua insistência quese culminou com a apresentaçãodo projeto no Senado.

Crea em Revista - O Confeaadotou há pouco tempo uma novasistemática interna de acompanha-mento dos projetos de interesse doSistema. Como vem funcionandoe como o senhor qualificaria a par-ticipação do Sistema nesse novoprocesso?

Carlos Frade - De fato, há maisde um ano temos trabalhado comuma nova rotina interna de análi-se e deliberação da matéria legis-lativa. Foi uma conquista impor-tante, já que, além de definir eta-pas, prazos, responsabilidades emodos de operação, o sistema im-plantado pela Portaria 59/03, doConfea, garante não só a trans-parência do processo como tam-bém a participação de todosaqueles que compõem o Sistema.Assim, com a nova rotina, tudoisso ficou mais claro, mais rápidoe mais organizado. (T.L.)

Page 26: Revista Crea - RJ

um momento em que oBrasil está perto de veraprovado pelo Congres-

Pesquisa e práticana busca da qualidade de vidana busca da qualidade de vidana busca da qualidade de vidana busca da qualidade de vidana busca da qualidade de vida

SANEAMENTO

Nso o Anteprojeto da Política Nacio-nal de Saneamento, iniciativascomo o Centro Experimental de Tra-tamento de Esgotos do Departa-mento de Recursos Hídricos e MeioAmbiente (CETE) da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (UFRJ)demonstram que a utilização indis-criminada dos recursos hídricos, oalarmante número de 60 milhõesde brasileiros que não possuem redede coleta de esgoto e a poluiçãodescontrolada produzida por deje-tos in natura não são mais apenaspreocupações para o futuro.

Apoiado pelo Ministério da Ci-ência e Tecnologia e a FINEP, oCETE é uma central de operações,processos e tecnologias de trata-mentos de esgotos, voltado para o

ensino e pesquisa de graduação epós-graduação dos cursos do Ins-tituto Politécnico e da COPPE – Co-ordenação de Pós-graduação ePesquisa de Engenharia. Tem ain-da a função de centro de capaci-tação e treinamento em operaçãoe manutenção de estações de tra-tamento de esgotos, visando a as-sistir às empresas e concessioná-rias públicas e privadas, que pres-tam serviços de saneamento e detratamento de água.

Tecnologias monitoradasO CETE está localizado na

Ilha do Fundão e o material paraestudo vem da estação elevató-ria do Fundão (CEDAE), que re-cebe os esgotos coletados detoda a cidade universitária. NoCentro, o esgoto é distribuído pordiversas tecnologias diferentes, as

quais são monitoradas e analisa-das, em separado, por estudan-tes bolsistas de iniciação científi-ca, mestrandos e doutorandos dediferentes especialidades.

De acordo com o professor e co-ordenador do CETE, o engenheirosanitarista Eduardo Pacheco Jordão,a importância das pesquisas e dostreinamentos realizados no Centrorefletirá no aumento das taxas dedistribuição de água e esgoto paraa sociedade. “Da população urba-na no Brasil, apenas 25% são ser-vidos por esgoto. Se apenas estaparcela é atendida, significa que háuma imensa defasagem no atendi-mento e de mão-de-obra especi-alizada. Por isso não estamos ape-nas fechados para a pesquisa e oensino, buscamos também oferecertreinamento aos funcionários deempresas interessadas”, afirma.

O CETE foi desenvolvido pelo Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da UFRJ

em revista26

Page 27: Revista Crea - RJ

CENTRO EXPERIMENTALDE TRATAMENTO

DE ESGOTOS APRIMORATECNOLOGIAS

ALTERNATIVAS PARAAUMENTAR EFICIÊNCIA

E REDUZIR CUSTOSDO SERVIÇO

Soluções para quem precisaO desenvolvimento das diferen-

tes tecnologias empregadas para otratamento de esgoto visa a encon-trar caminhos que facilitem a implan-tação e barateiem os custos com esteserviço. “O CETE trabalha no apri-moramento e desenvolvimento detecnologias novas ou alternativas,que possam oferecer menores cus-tos e maior eficiência. Queremosdividir com quem precisar as solu-ções que encontramos com nossosestudos”, analisa o professor.

O Congresso brasileiro seprepara para votar a NovaPolítica Nacional de Sanea-mento Ambiental, após qua-se dez anos de discussõesacerca de um modelo ade-quado e democrático.

De acordo com o presi-dente da Federação Nacionaldos Urbanitários, José Eduar-do de Campos Siqueira, o tex-to do Anteprojeto é um avan-ço, pois cria toda uma regu-lamentação para o setor – àqual todas as empresas pres-tadoras terão que se adequar,além de compreender serviçoscomo saneamento ambiental,abastecimento de água, esgo-tamento sanitário, manejo deresíduos sólidos e manejo deáguas pluviais urbanas, pro-movendo uma visão integra-da dos serviços envolvidos.

José Eduardo aposta nosucesso do Anteprojeto e nauniversalização do sanea-mento proposta pela lei, masfaz críticas à possibilidade deempresas privadas assumiremo serviço. “Acreditamos navontade do governo em levarsaneamento e água a toda apopulação. Mas acredito queo setor deveria ser preserva-do sob o domínio público.Queremos evitar a mercanti-lização. Afinal, qual empresaque objetiva o lucro vai que-rer subir uma favela para le-var esgoto para uma pessoaque poderá ser inadimplen-te? Todo o dinheiro arreca-dado deveria ser reinvestidoa fim de melhorar cada vezmais as condições apresen-tadas. E é claro que, numaempresa particular o grossodo dinheiro vai ser revertidocomo lucro e não em investi-mentos”, finalizou.

Além de pesquisas em siste-mas de tratamento de esgoto pro-priamente ditas, o CETE realizadiversos estudos em áreas com-plementares, como é o caso daparceria feita com a EMBRAPAcom recursos da FINEP, para odesenvolvimento da cultura demilho com esgoto tratado. O ob-jetivo é minimizar o uso da águatratada durante o plantio dosgrãos. O professor Jordão afirmaque, além de evitar o desperdí-cio de água potável durante a ir-

rigação das plantações, os resí-duos de fósforo, potássio e mag-nésio, entre outros minerais, tor-nam a água utilizada muito nu-tritiva para o cultivo.

Sobre a importância da parti-cipação da universidade na bus-ca e orientação de soluções paraos problemas sociais, o professorJordão alerta: “estamos voltadospara o estudo e determinados aceder a tecnologia pesquisada.Todos temos que estar comprome-tidos. A UFRJ é uma universidadepública e é parte de nossa respon-sabilidade trabalhar para o bemde toda a sociedade”. (V.M.)

CETE fez parceria com EMBRAPApara desenvolver cultura de milhocom esgoto tratado

Centro também é usado paracapacitar mão-de-obra

PPPPProjeto em debaterojeto em debaterojeto em debaterojeto em debaterojeto em debate

em revista27

Page 28: Revista Crea - RJ

ara promover açõessociais, uma empre-sa deve antes estar“P

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Ações devem começardentro da empresa

preocupada na relação justa detrabalho com os seus funcioná-rios. A diversidade existente no Bra-sil tem de ser representada dentroda própria empresa”. Assim acre-dita Núbia Gonçalves, coordena-dora de Relações Institucionais doIbase. Fundada em 1981, sob aliderança do sociólogo Herbert deSouza, a instituição sem fins lucra-tivos tem como um de seus objeti-vos incentivar as empresas brasi-leiras a se envolver com as ques-tões sociais. “O trabalho precisaser transparente, prezando a éticaempresarial, combatendo as desi-gualdades e respeitando as diver-sidades”, afirma a coordenadora.

O balanço social, campanhalançada em 1997 pelo sociólogoBetinho, que presta contas à socie-dade sobre as ações das empresasno campo social, tornou-se um mo-delo importante para a divulgaçãodos princípios éticos das instituições.No programa elaborado pelo Iba-se, a empresa revela para o públi-co o que faz por seus profissionais,dependentes, colaboradores e co-munidade. Afinal, “não adianta es-tar fazendo belos projetos sociaisnas comunidades se internamentea relação com os funcionários nãoé justa”, explica Núbia.

Projeto de sucessoDiversas empresas passaram a

assumir esta postura social no Bra-sil. Um das primeiras foi o Institu-

to Xerox, que através de projetoscomunitários de sucesso com o daVila Olímpica da Mangueira, em1996, vem colhendo os frutos des-ta iniciativa. Considerado um dosmelhores projetos sociais de paí-ses do Terceiro Mundo, a vila ofe-rece assessoria jurídica e fisiote-rápica à comunidade e abriga umposto médico que também aten-de outras comunidades e da Bai-xada Fluminense.

No campo esportivo, o centroolímpico, com uma área de 35 milmetros quadrados, abriga diversasquadras poliesportivas de atletismo.O projeto, que favorece cerca de1.500 crianças por ano, pede,como principal condição para o in-gresso na Vila, que o menor estejadevidamente matriculado nas esco-

em revista28

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XEROX FOI UMADAS PIONEIRAS,PATROCINANDO

PROJETOSCOMUNITÁRIOS

DE SUCESSO,COMO O DA VILA

OLÍMPICADA MANGUEIRA

las, evitando assim o abandono dosestudos e incentivando o ensino.

Para o diretor do Instituto Xe-rox, José Pinto Monteiro, o su-cesso de projetos como o da VilaOlímpica da Mangueira pode serexplicado pela iniciativa da pró-pria comunidade que, junto comfuncionários da própria empre-sa, construíram e desenvolveramo projeto em conjunto. “Duranteesses quase 20 anos, o compro-misso, a participação efetiva dacomunidade e suas liderançascomunitárias formaram a basedo sucesso”, afirma. Para ele, odesempenho e a aceitação doprojeto na Mangueira só foi pos-sível com a ajuda de figuras im-portantes da comunidade. “Sócom a liderança da Tia Alice, aaprovação e empenho de DonaZica e Dona Neuma e as demaispersonalidades da Mangueiraque o projeto criou valores im-portantes que o diferenciaram deuma proposta de transformaçãodaquela política pública com-pensatória”, reconhece.

José Monteiro Pinto, no entan-to, parece não se preocupar como marketing social gerado com adivulgação destas iniciativas na mí-dia. “Quanto mais se divulga asações sociais de uma fundação ouempresa, um número maior de pes-soas passa a se preocupar com oassunto”. Porém, a única preocu-pação do empresário é na obriga-toriedade de estar sempre publi-

cando estas atividades. “Deste jei-to, algumas organizações aindaem desenvolvimento assumem umapostura socialmente responsávelapenas por obrigação e esta nãoé a proposta”, diz.

Dentre os outros projetos so-ciais criados pelo Instituto Xeroxestão a “Biblioteca Digital” que,com a evolução da tecnologia,permitiu a reedição de títulos es-gotados e a publicação de obrasinéditas para o suporte digital.Para a publicação de obras pro-duzidas pela comunidade literá-ria e acadêmica, o projeto “Fá-brica de Livros” fez-se necessá-rio, imprimindo os trabalhos notempo e na quantidade que oautor preferir. Outra iniciativa naárea cultural está o Centro Cul-tural Cartola que, com o apoiodo Ministério da Cultura, apóiaa arte, a educação e a cultura,estimulando a inclusão do indiví-duo na sociedade e o preparan-do profissionalmente. (P.C.)

O reconhecimento deações de responsabilidade so-cial que ocorrem dentro dasempresas da área de tecnolo-gia foi o que motivou o Crea-RJ a criar o “Selo de Respon-sabilidade Social”. Com estainiciativa, o Conselho preten-de distinguir, anualmente, asempresas de Engenharia, Ar-quitetura e Agronomia, Geo-logia, Geografia e Meteorolo-gia que desenvolvem açõesque estimulam, principalmen-te, a aplicação do “PrimeiroEmprego Tecnológico”, da “in-clusão tecnológica”, dos prin-cípios da “Agenda 21” e aten-dam às funções sociais do “Es-tatuto das Cidades”. Segundoo presidente do Crea-RJ, a for-mulação do Selo de Respon-sabilidade Social para a áreatecnológica foi baseada “emalguns princípios do código deética dos profissionais do Sis-tema Confea/Crea que mani-festam o compromisso social”.

Para concorrer ao Selo -com inscrições abertas noperíodo de 16 de agosto a30 de setembro - o compro-metimento das empresas re-gistradas no Crea-RJ deveatender aos requisitos inter-nacionais de responsabilida-de social, que não apóia otrabalho forçado, o trabalhoinfantil e se preocupa com ascondições de saúde e segu-rança dos trabalhadores.“Além do cumprimento dasquestões inerentes ao exer-cício profissional”, lembraReynaldo Barros.

Selo de RSelo de RSelo de RSelo de RSelo de ResponsabilidadeesponsabilidadeesponsabilidadeesponsabilidadeesponsabilidadeSocial Crea-RJ:Social Crea-RJ:Social Crea-RJ:Social Crea-RJ:Social Crea-RJ:inscrições já começaraminscrições já começaraminscrições já começaraminscrições já começaraminscrições já começaram

em revista29

Page 30: Revista Crea - RJ

Iluminação naturale economia de energia

ARTIGO TÉCNICO

Simulação de ambienteplanejado para receberluz natural

em revista30

Page 31: Revista Crea - RJ

m dos fatores que podecontribuir para o bem es-tar das pessoas e tambémU

para a economia de energia elétri-ca, em um ambiente construído, éo aproveitamento da luz natural.A sensação de se estar em um am-biente que permita ter contato visu-al com o meio externo, além de seragradável, possibilita em determi-nados horários e condições climá-ticas, o desligamento da luz artifici-al, economizando energia.

Para isto, o arquiteto tem à suadisposição diversos elementos ar-quitetônicos para o implementodeste conceito, tendo o cuidado dese analisar diversos fatores paranão transformar a construção emverdadeiras “estufas”, ocasionan-do um “aumento de carga térmi-ca” e conseqüentemente um siste-ma de ar condicionado com maiorconsumo de energia.

Uma opção muito utilizada empaíses do hemisfério Norte para oaproveitamento da luz natural, é alight shelf (prateleira de luz). Umaprateleira de luz é um elemento ar-quitetônico, quase sempre horizon-tal, incorporado às aberturas emforma de peitoris ou soleiras, quedivide uma janela em duas partes:superior, destinada à iluminação;e inferior, destinada à visibilidadee ventilação.

A light shelf tem dupla função:sombreamento e redirecionamen-to da luz difusa para as áreas maisprofundas e distantes da janela,

minimizando a necessidade do usoextensivo de iluminação artificial.Podem ser construídas com dife-rentes materiais (alumínio, chapasde ferro ou outros materiais me-tálicos, de concreto armado, dematerial plástico e de madeira) eem diferentes cores.

Devido às suas característicasatendem simultaneamente a: pos-sibilidade de ser elemento dinâ-mico, variando o ângulo de incli-nação de acordo com os horá-rios, visando direcionar melhor ailuminação; execução possível deser harmonizada com o projeto daedificação; custo de execuçãocompensado pela redução na suamanutenção, durabilidade em re-lação a persianas e cortinas usa-das para sombreamento; situadaacima da linha de visão, permi-tindo contato com o exterior; con-sequente melhoria da qualidadevisual do ambiente.

Podem, ainda, ter formas pla-nas ou curvas e estar posicionadasna horizontal ou inclinadas em re-lação às fachadas, além da possi-bilidade de ser exterior, interior aoambiente ou ambas.

Critérios para utilizaçãoA estratégia de utilização des-

ses elementos numa composiçãoarquitetônica leva em consideraçãoos critérios a seguir: orientação so-lar da fachada; ângulo do fluxo lu-minoso incidente em relação a su-perfície das estantes, que muda con-

Por: Patricia Sales,Sabrina Cordeiro

e Wânia Nascimento.

Arquitetas especialistasem eficiência energética

em edificações.

em revista31

Page 32: Revista Crea - RJ

forme à hora dia, o mês do ano e aorientação da fachada; refletânci-as das estantes; profundidade depenetração do fluxo luminoso refle-tido no ambiente; distribuição dailuminância natural resultante nointerior do ambiente; carga térmicaresultante do fluxo luminoso queincide sobre a estante de luz e pe-netra no ambiente.

Devem ser considerados diver-sos parâmetros para a otimizaçãoda reflexão da luz, como: altura doambiente; profundidade; requisitosde sombreamento; posição dos vi-dros; acabamentos e refletâncias;inclinação das prateleiras; métodosusuais de construção, que fazemparte de uma análise detalhadaprópria de qualquer equipamentode iluminação.

A iluminância uma vez refletida,se distribui no interior do ambientede acordo com sua profundidade ecom as refletâncias nas superfíciesinteriores. Conforme a distribuição

Figura 1 – Estante de Luz Inclinada

FONTE: Eficiência das Estantes de Luznas Aberturas – José Arthur Fell

Figura 2 – Gráfico A: curva isolux para abertura larga.Gráfico B: curva isolux para abertura larga com estante de luz. A curva resultantecom estante de luz diminui a iluminância na frente junto à abertura e a aumentano fundo da sala.

FONTE: Eficiência das Estantes de Luz nas Aberturas – José Arthur Fell

do fluxo luminoso, tem-se a diminui-ção do fluxo luminoso (lux) inciden-te em uma superfície, proporcionalao aumento da distância entre a fon-te emissora e a superfície receptora.

Pode-se entender melhor a dis-tribuição de iluminância em umambiente através de uma represen-tação gráfica com curvas isolux tra-çadas em plantas ou em elevações.A unidade de medida desta repre-sentação gráfica é o CLD (Coefici-ente da Luz do Dia). O CLD podeser descrito como uma relação per-centual entre a iluminância em umponto de um plano horizontal nointerior de um ambiente (EP) (exclu-ída a luz direta do sol) e a ilumi-nância total e simultânea em umplano horizontal sob a abóbodaceleste desobstruída (EE) – segun-do as descrições de MOORE (1985,p.79) e MASCARÓ (1991, p.134).CLD = ( EP / EE ) . 100

Pode-se perceber, na figura 2,o comportamento da iluminân-cia no interior do ambiente atra-vés da utilização de elementosjunto à abertura.

A colocação de uma estante deluz reflete a radiação solar para ointerior do ambiente e minimiza oofuscamento próximo à abertura.As estantes de luz permitem umamelhor distribuição da luz; maisuniforme. E sendo estrategicamen-te posicionadas e dimensionadas,podem contribuir para a reduçãode uso da luz artificial no fundodos ambientes.

Carga TérmicaDependendo da incidência de

radiação solar as estantes de luz nasjanelas dos edifícios ganham cargatérmica. A absorção e a emissão decalor dependem da densidade dosmateriais, da capacidade de con-

O CUSTO DE EXECUÇÃO DAS PRATELEIRAS DE LUZPODE SER COMPENSADO PELA SUA DURABILIDADE

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Page 33: Revista Crea - RJ

duzir calor e de sua capacidade tér-mica, absorvendo e depois emitin-do calor para o ambiente.

A PRATELEIRA DE LUZ(LIGHT SHELF) É OPÇÃOMUITO UTILIZADA EM

PAÍSES DO HEMISFÉRIONORTE PARA

O APROVEITAMENTODA LUZ NATURAL

A umidade aumenta a conduti-bilidade dos materiais mais utiliza-dos na construção e diminuem suaresistência térmica. As estantes deluz que vierem a ser feitas em ma-teriais como concreto, tijolo e re-boco, ou madeira, terão sua con-dutibilidade térmica, no mínimo,dobrada quando úmidas, a menosque sejam impermeabilizadas.O ideal seria utilizar-se das espu-mas sintéticas, dos expandidos e dosisolantes, por terem pouca massaespecífica, junto com baixa condu-tibilidade e revestidas com uma lâ-mina de baixa emissividade, comoo alumínio polido, por exemplo, queé um bom refletor.

Fachada: posiçãodas estantes de luz

Possibilidades de localização dasestantes de luz no peitoril em rela-ção ao eixo da parede: projetadapara fora, no eixo e para dentro.Pode-se dizer que, de maneira ge-ral, as posições das estantes em re-

lação ao eixo da parede e ao ambi-ente faz com que: mais para fora =mais ofuscamento: mais luz de fun-do; mais para dentro = menos ofus-camento: menos luz de fundo

A comparação acima mostraque no caso de uma posição in-termediária, pode-se conseguirmaior equilíbrio das iluminân-cias. Entretanto para cada edifi-cação, na qual se venha a estu-dar detalhadamente os resultadosquanto ao posicionamento e for-mas das estantes de luz, podemsurgir novas possibilidades e re-sultados específicos.

As regras acima são gerais, co-muns a várias situações, servemcomo indicadores básicos, mas não

devem ser utilizadas a priori numaabordagem específica.

As estantes de luz pivotantes(móveis em relação ao eixo da pa-rede) podem ser em alguns casos,mais eficientes que as fixas, já querefletem em uma seqüência de in-clinações os raios solares e podemser utilizada como artifícios para asolução da questão.

Estante X eixo da paredeExistem sete situações básicas com

diferentes relações entre a estante deluz e o eixo da parede. De todas re-sultam espaços limitados pelas me-didas da estante e funcionam comouma reserva de espaço interno sobrea light shelf e para o ambiente.

Conclusão – Salienta-se que o emprego da light shelf deve ser mui-to bem estudado. Não adianta sair copiando elementos e estilos usa-dos em outros países onde o clima é completamente diferente donosso. Há ferramentas computacionais disponíveis e profissionais es-pecializados para efetuar este estudo e determinar se a solução iráfuncionar adequadamente, produzindo o conforto visual e térmiconecessário, além da desejada economia no consumo de energia.

Figura 3 – As sete posições da estante de luz e o espaço (nicho) resultante queserve de armário, balcão e para aparelhos de ar condicionado.

FONTE: Eficiência das Estantes de Luz nas Aberturas – José Arthur Fell

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PrevenRio reacendedebate sobre valorização da Engenharia de Segurançadebate sobre valorização da Engenharia de Segurançadebate sobre valorização da Engenharia de Segurançadebate sobre valorização da Engenharia de Segurançadebate sobre valorização da Engenharia de Segurança

inspeção em um tanqueseparador de óleo eágua, de 2 metros de

SEGURANÇA DO TRABALHO

Aprofundidade, era uma das funçõesdo Engenheiro Metalúrgico Gil Por-tugal Filho na Companhia Siderúr-gica Nacional, em Volta Redonda.Em 1991, enquanto caminhavapela mureta que cercava um destestanques, resolveu descer por umlado não recomendado: um chãonão nivelado de 40 centímetros dealtura. “Meus pés bateram juntos,caindo sobre uma altura diferenteuma da outra. Senti uma forte dorna perna direita”, conta Gil. “Denoite, não consegui dormir. Fui aohospital perto de casa e deixei es-capar para o médico que o aciden-te tinha acontecido na siderúrgica”.Porém, esconder o acontecido,numa tentativa de evitar a burocra-cia que requer o preenchimento deinúmeros papéis, não adiantou. “Ele[o médico] chamou na mesma horaa ambulância da CSN e tive queser tratado no hospital da compa-nhia. E relatar todo o acidente”.

O engenheiro, hoje coordena-dor da Câmara de Engenharia In-dustrial do Crea-RJ, reconhece aindisciplina. “Naquela época, porpreguiça, não escolhi o lugar cor-reto para descer do tanque. Tiveuma atitude imprudente ao saltardaquela altura”, admite.

Relatos como esse foram ouvi-dos por profissionais e autorida-des do setor de Segurança e Saú-de do Trabalho que, no início do

mês de julho, estiveram presentesna PrevenRio. A feira de preven-ção, realizada pela primeira vezno Rio de Janeiro, marcou o en-contro de 10 mil profissionais du-rante os três dias de exposição edebates. “É necessário dar ênfa-se, discutir e apoiar estes eventosrealizados no Estado que normal-mente acontecem no sul do país”,disse o presidente do Sindicato dosTécnicos de Segurança do Rio deJaneiro, Elias Bernardino.

O evento, realizado em conjun-to com o VII Seminário Nacional deBombeiros, abrigou diversos expo-sitores que demonstraram, em are-nas montadas ao ar livre, salvamen-tos de vítimas de incêndio, afoga-mento (simulados na própria Baíada Guanabara) e o atendimentocorreto para primeiros socorros.

Desatenção do governoA realização de um evento deste

porte no Rio de Janeiro promoveu o

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A LUTA PELOFORTALECIMENTO

DO SETOR VEMACOMPANHADA

DE UMA BOA RAZÃO:AS MORTES E OS

ACIDENTES OCORRIDOSEM AMBIENTESDE TRABALHOSÃO CADA VEZ

MAIORES.

debate sobre a área de Segurança eSaúde do Trabalho, que andou en-frentando, no início do ano, amea-ças de desmonte feitas pelo gover-no federal. A tentativa de esvazia-mento do Departamento de Segu-rança e Saúde do Trabalho foi de-nunciada por toda a sociedade eacabou gerando Audiência Públicaorganizada pelo Crea no dia 1º deabril, na qual foi reivindicada tam-bém a suspensão do decreto queextinguia o cargo de auditor fiscal.

Stand do Crea na PrevenRio, que reuniu 10 mil profissionais

Durante a feira, bombeiros fizeram demonstraçõesde ações preventivas de segurança

Após diversas reuniões com oministro do Trabalho, Ricardo Ber-zoini, a situação foi amenizada. Em18 meses de governo Lula, o setorjá apresentou seu terceiro diretor, omédico e auditor fiscal do Traba-lho, Mário Bonciani. “Já tivemos trêsprofissionais ocupando a área. Istomostra que o governo de um tra-balhador ainda não se acertou nasquestões de saúde e segurança dostrabalhadores”, disse o engenheiro

Jaques Sherique, presidente da So-ciedade de Engenharia de Seguran-ça do Rio de Janeiro (SOBES-Rio)

A luta pelo reconhecimento e avalorização da profissão de enge-nheiro de Segurança e Saúde doTrabalho vem acompanhada deuma boa razão: as mortes e os aci-dentes ocorridos em ambientes detrabalho são cada vez maiores. Se-gundo dados da última pesquisa doMinistério da Previdência Social, oEstado do Rio de Janeiro registrouum aumento de 35% no número de

acidentes de trabalho, passando de19.148 casos em 2001 para25.914 no ano seguinte. Desta ele-vação, a mais expressiva é a donúmero de doenças do trabalho,que teve um aumento de 44,87%,totalizando 1.653 casos.

Diminuir estes números, no en-tanto, não deve ser uma responsa-bilidade somente dos profissionaisde Saúde e Segurança do Trabalho,mas também de cada cidadão quese preocupa com a vida e o bem-estar do trabalhador. (P.C.)

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QUALIFICAÇÃO

Programa Progredirpromove capacitação de profissionaispromove capacitação de profissionaispromove capacitação de profissionaispromove capacitação de profissionaispromove capacitação de profissionais

alestras técnicas sobre geren-ciamento de projetos, avalia-ção de impactos ambientais,P

E V E N TE V E N TE V E N TE V E N TE V E N T OOOOO T I P OT I P OT I P OT I P OT I P O LLLLL O C A LO C A LO C A LO C A LO C A L D I AD I AD I AD I AD I A H O R Á R I OH O R Á R I OH O R Á R I OH O R Á R I OH O R Á R I O D O C E N T ED O C E N T ED O C E N T ED O C E N T ED O C E N T E

Avaliação de Impactos Palestra Inspetoria Regional 31 de agosto 18h às 20h EngenheiroAmbientais e o Processo de Duque de Caxias Pedro Paulo de Lima e Silvade Licenciamento

Concreto de Alto Palestra Inspetoria Regional 2 de setembro 18h às 20h EngenheiroDesempenho da Barra da Tijuca Geraldo Piccoli

Uma Solução de Baixo Palestra Inspetoria Regional 14 de setembro 18h às 20h EngenheiroCusto para o Tratamento de Niterói Carlos Alberto Branco Diasde Esgotos Sanitários

Segurança e Educação Palestra Inspetoria Regional 21 de setembro 18h às 20h Engenheirono Trânsito de Duque de Caxias José Jairo Araújo de Souza

Uma Solução de Baixo Palestra Inspetoria Regional 14 de setembro 18h às 20h EngenheiroCusto para o Tratamento de Niterói Carlos Alberto Branco Diasde Esgotos Sanitários

Legislação Urbanística Curso Instalações do CREA 14, 15, 20, 21, 18h às 20:30m Arquitetoe Edilícia 22, 27, 28 e Canagé Vilhena da Silva

29 de setembro/4 e 5 de outubro

Confira a agenda de cursos e palestras do Programa Progredir:

introdução à legislação urbanística,durabilidade das estruturas na cons-trução civil e técnicas de impermea-bilização são algumas das oportuni-dades de aprimoramento para os pro-fissionais da área tecnológica ofere-cidas pelo Programa Progredir, im-plantado em março deste ano pelanova gestão do Crea-RJ. Segundo acoordenadora do projeto, professo-ra Dora Apelbaum, a idéia é promo-ver, através de palestras e cursos,capacitação e atualização dos conhe-cimentos para um mercado de tra-balho cada vez mais competitivo.

Em 2004, foram contemplados:Miguel Pereira, Campo Grande, S.Pedro D’Aldeia, Resende, Angra dosReis, Niteói, Cantagalo, Nova Fribur-go e Araruama.

O arquiteto Carlos Eduardo Pi-menta da Luz foi um dos participan-tes do Programa Progredir. Ele assis-tiu palestras sobre Tubulações deCobre e Técnicas de Impermeabili-zação, realizadas neste primeiro se-mestre, na Inspetoria de CampoGrande, local onde reside. “Para osprofissionais essa abordagem técni-ca é muito importante para a recicla-gem do aprendizado. E esta comple-mentação sendo gratuita é melhorainda”, ressaltou Carlos Eduardo.

A primeira palestra da Inspetoriada Barra da Tijuca, em setembro,abordará o tema Concreto de AltoDesempenho e será ministrada peloengenheiro Geraldo Piccoli. Além dis-so, o Crea-RJ pretende firmar parce-rias e a primeira será com a Universi-dade do Estado do Rio de Janeiro(UERJ), que pretende organizar cur-sos no espaço físico do Conselho.

“Estamos estreitando os laços parauma relação que vai beneficiar a to-dos”, afirmou Dora.

Outra iniciativa do Crea-RJ preten-de integrar estudantes de engenharia,arquitetura, agronomia, geologia, ge-ografia, e meteorologia à instituição,com a proposta de divulgar o sistema,o código de ética e a regulamentaçãodas profissões. Para isso, o Crea-RJ estálançando um concurso para dar títuloe slogan ao projeto. As inscrições po-dem ser feitas pelo site www.crea-rj.org.br, até o dia 15 de setembro. Oestudante que criar a melhor campa-nha para o projeto será um convidadoespecial na delegação do Crea-RJ ao5º Congresso Nacional dos Profissio-nais do Sistema Confea/Creas, a serrealizado em dezembro deste ano, emSão Luiz do Maranhão, podendo, ain-da, optar por dois cursos oferecidospelo Conselho. (M.O.)

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NOTAS

Inauguraçãodas novas instalaçõesda Inspetoria dePetrópolis

O Crea-RJ inaugurou, nodia 20 de julho, as novas ins-talações da inspetoria de Pe-trópolis, que passa a funcio-nar num belo casarão. Nosalão destinado ao EspaçoCultural, a inspetoria recebeua exposição “Memória da Des-truição: Rio – uma história quese perdeu 1889-1965”. Lan-çada durante a comemoraçãodos 70 anos do Crea, a expo-sição relata, através de fotos,as mudanças arquitetônicassofridas pela cidade do Rio deJaneiro. Também foi inaugura-da a nova sede da APEA, As-sociação Petropolitana de En-genheiros e Arquitetos. O pre-sidente do Conselho, eng. Rey-naldo Barros, foi homenagea-do com a medalha alusiva aoúnico ganhador do prêmioNobel no Brasil, o médico Pe-ter Brian Medawar, cidadãopetropolitano que dá nome auma das salas do Espaço. Oevento marca o empenho danova gestão em oferecer me-lhores condições de atendi-mento aos profissionais e aopúblico em geral.

Agronomia em discussãoAgronomia em discussãoAgronomia em discussãoAgronomia em discussãoAgronomia em discussãoO III Congresso Mundial de Profissionais da

Agronomia e o I Congresso Pan-Americano de En-genheiros Agrônomos ocorrerão simultaneamenteem Fortaleza, Ceará, no período de 6 a 9 de ou-tubro deste ano. Com o objetivo de valorizar oengenheiro agrônomo e o setor rural, enfocandosua importância estratégica, social e econômicapara o mundo, os principais eixos temáticos aserem discutidos nos eventos serão educação su-perior agronômica, exercício profissional, pesquisae a transferência de tecnologia, assuntos técni-cos atuais e futuros, desenvolvimento rural sus-tentável e comércio e cooperação internacional.Informações (85) 241-3541.

IV Encontro de CoraisIV Encontro de CoraisIV Encontro de CoraisIV Encontro de CoraisIV Encontro de CoraisO IV Encontro de Corais, evento que reunirá

o Coral Semeando SME-RJ, Grupo Vocal GerandoVozes – Furnas, Coral do TCE-RJ e o CoralSebrae, comemora este ano o quarto aniversáriodo Coral Crea-RJ e presta homenagem aos 70anos do Conselho.

O encontro será realizado no dia 18 de se-tembro, às 16 horas, no Espaço Cultural do Crea,localizado na rua Buenos Aires, 40/2º andar.

PPPPProjeto Cadastra Riorojeto Cadastra Riorojeto Cadastra Riorojeto Cadastra Riorojeto Cadastra RioO Governo do Estado e a Secretaria de Meio

Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SEMA-DUR), lançam, através da SERLA, o Projeto Ca-dastra Rio. Esse projeto corresponde à primeiraetapa do Programa de Regularização dos Usuá-rios dos Recursos Hídricos das Bacias Hidrográfi-cas Estaduais e tem como objetivo saber como,onde e quem usa as águas superficiais e subter-râneas. Devem se cadastrar indústrias, agricul-tores, psicultores, mineradores, prefeituras e to-dos que dependem das águas dos rios, córregos,lagos, poços artesianos e freáticos do Estado doRio de Janeiro, seja por captação de águas, ex-tração ou despejo de esgotos direta ou indireta-mente. O cadastramento é anual e o prazo para

este ano vai até o dia 20 de outubro. Maioresinformações no site www.serla.rj.gov.br

Música Contemporânea no CreaMúsica Contemporânea no CreaMúsica Contemporânea no CreaMúsica Contemporânea no CreaMúsica Contemporânea no CreaNo dia 8 de setembro o Crea-RJ irá brindar

os moradores do Rio com um concerto de músicacontemporânea, que contará com a presença dosgrupos de música experimental da UNIRIO e UFRJ.O evento terá início às 18h30m e serárealizado no Espaço Cultural do Conselho, rua Bu-enos Aires, 40/2º andar. A entrada é franca.

4º Rio Sul Leite reúne grande4º Rio Sul Leite reúne grande4º Rio Sul Leite reúne grande4º Rio Sul Leite reúne grande4º Rio Sul Leite reúne grandepúblico em Rpúblico em Rpúblico em Rpúblico em Rpúblico em Resendeesendeesendeesendeesende

A 4ª edição do evento aconteceu no dia 22de julho, atraindo centenas de profissionais do se-tor produtivo à Academia Militar das Agulhas Ne-gras. Atendendo produtores, técnicos e estudantesligados à atividade leiteira e difundindo informa-ções voltadas para o aumento da produtividade noSul e Centro-Sul Fluminense, a feira contou com apresença do inspetor-chefe do Crea-RJ em Resen-de, engenheiro agrônomo Mario Lucio MachadoMelo Junior, que participou da mesa de aberturacomposta por Christino Áureo da Silva, Secretáriode Estado de Agricultura, Abastecimento, Pesca eDesenvolvimento do Interior; Miguel Gilberto Dias,Secretário Municipal de Agricultura de Resende;Nilton Salomão, Presidente da EMATER-Rio e Pau-lo Carmo Martins, representante da Embrapa.

CandidatosCandidatosCandidatosCandidatosCandidatosA Revista do Crea-RJ vai abrir um espaço de

divulgação para o profissional do Sistema Con-fea/Crea, em situação regular perante o Conse-lho, que for candidato a qualquer cargo eletivonas próximas eleições municipais. Os candidatosà prefeitura da capital, inclusive, estarão na sededo Crea conversando com os profissionais, du-rante os meses de agosto e setembro. Os interes-sados poderão acompanhar as visitas dos prefei-táveis em www.crea-rj.org.br. Os candidatos vin-culados ao Crea que quiserem espaço na revistae no site deverão remeter texto com, no máximo,10 linhas ou 750 caracteres, na fonte Times NewRoman, corpo 12, acompanhado de foto, até odia 31 de agosto, na rua Buenos Aires, 40, sala708 ou pelo e-mail [email protected].

Reynaldo Barros e Lúcio Mendonça(inspetor-chefe de Petrópolis)

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ENGENHARIA DE CUSTENGENHARIA DE CUSTENGENHARIA DE CUSTENGENHARIA DE CUSTENGENHARIA DE CUSTOSOSOSOSOSO Instituto Brasileiro de Engenharia de Cursos (IBEC)e a Universidade Federal Fluminense (UFF) realiza-rão, em parceria com o Crea-RJ, pós-graduação emEngenharia de Custos, Gestão em Construção Civil eEngenharia de Petróleo e Gás, com data prevista parainiciar em agosto. Ao término do curso, os profissio-nais ganharão certificado emitido pela UFF. As ins-crições poderão ser feitas na secretaria do IBEC. Mai-ores informações: (21) 2223-1403 / 2233-0257ou pelo e-mail: [email protected].

AAAAATEL E CREA-RJ REALIZAM CURSO PTEL E CREA-RJ REALIZAM CURSO PTEL E CREA-RJ REALIZAM CURSO PTEL E CREA-RJ REALIZAM CURSO PTEL E CREA-RJ REALIZAM CURSO PARAARAARAARAARACOMUNIDCOMUNIDCOMUNIDCOMUNIDCOMUNIDADE TECNOLÓGICAADE TECNOLÓGICAADE TECNOLÓGICAADE TECNOLÓGICAADE TECNOLÓGICAA Associação dos Técnicos da Light (ATEL), com apoiodo Crea-RJ, promoverá palestra e curso avançado deProteção Contra Sobrecorrentes em Circuito de Distri-buição, ministrados por Haroldo de Barros, no audi-tório do Crea-RJ – rua Buenos Aires, 40 – 5º andar,Centro. A palestra será no dia 24 de agosto, de 18hàs 20h. As inscrições estarão abertas até o dia 20 deagosto. O valor da palestra para profissionais comregistro no Crea-RJ em dia é de R$ 30,00 e para osdemais é de R$ 60,00. Já o curso avançado será nosdias 5 e 6 de outubro, de 17h às 21h. Inscriçõessomente até o dia 01 de outubro. O valor é de R$110,00 para os profissionais devidamente registra-dos no Crea-RJ e para os demais é de R$ 220,00.Engenheiros, técnicos e estudantes poderão fazer asinscrições na ATEL - Av. Marechal Floriano, 168 –Entrada A – Térreo, Centro ou na sede do Crea-RJ.Informações: (21) 2206-9659 (Sra. Sheila) / 2211-7329 ou pelo e-mail [email protected].

ECONOMIA DE MEIO AMBIENTEECONOMIA DE MEIO AMBIENTEECONOMIA DE MEIO AMBIENTEECONOMIA DE MEIO AMBIENTEECONOMIA DE MEIO AMBIENTEO Núcleo Interdisciplinar de Estudos Ambientais eDesenvolvimento (NIEAD) da UFRJ realizará curso detreinamento profissional de Economia de Meio Am-biente, nos dias 1, 8, 15, 22, 29 de setembro, das

AGENDA

Cursos

9h às 18h. Com carga horária de 40 horas, o cursoserá voltado para profissionais, dirigentes de organi-zações não-governamentais, entidades de pesquisae formadoras de opinião, que pretendem ampliar seusconhecimentos estruturais na área de meio ambien-te. Maiores informações: (21)2270-8547 ou pelo e-mail [email protected].

TRATRATRATRATRATTTTTAMENTAMENTAMENTAMENTAMENTO DE ESGOO DE ESGOO DE ESGOO DE ESGOO DE ESGOTTTTTOSOSOSOSOSO Crea e a Atel realizarão de 4 a 6 de outubro o cursoProjetos de Baixo Custo para Tratamento de Esgotosem Municípios de pequeno Porte e Empreendimen-tos Habitacionais, no auditório do 5º andar do Con-selho. O evento ocorrerá de 18 às 21h e será minis-trado pelo engenheiro civil Carlos Alberto Branco.O investimento é de R$ 120,00 e profissionais emdia com o Crea têm 50% de desconto. Informações(21) 2211-7329 ou (21) 2206-9659.

SETSETSETSETSETOR ELÉTRICO PROMOVE SEMINÁRIOOR ELÉTRICO PROMOVE SEMINÁRIOOR ELÉTRICO PROMOVE SEMINÁRIOOR ELÉTRICO PROMOVE SEMINÁRIOOR ELÉTRICO PROMOVE SEMINÁRIOO 4º Seminário Nacional de Segurança e Saúde noSetor Elétrico será realizado no Centro de ExposiçõesImigrantes, em São Paulo, nos dias 22 a 25 de agos-to de 2004. No evento, realizado pela Funcoge e pelaEletrobrás com o apoio do Crea-RJ e outras organiza-ções, será discutido o intercâmbio de experiências e aatualização técnica dos profissionais das áreas de SST,Operação e Manutenção e Sistemas Elétricos. Infor-mações no endereço www.funcoge.org.br

APOSENTAPOSENTAPOSENTAPOSENTAPOSENTADORIA ESPECIAL E SEGUROADORIA ESPECIAL E SEGUROADORIA ESPECIAL E SEGUROADORIA ESPECIAL E SEGUROADORIA ESPECIAL E SEGURODE ACIDENTE DE TRABALHODE ACIDENTE DE TRABALHODE ACIDENTE DE TRABALHODE ACIDENTE DE TRABALHODE ACIDENTE DE TRABALHONo dia 9 de setembro, a Sobes-Rio promoverá umnovo curso destinado a empresários, ongs, asso-ciações de classe e sindicatos, gerentes e profis-sionais da área de RH, segurança e sáude no tra-balho. O curso “APRENDA COMO FAZER PPRA, PPPE O NOVO CÁLCULO DO SAT” orienta os partici-pantes sobre as demonstrações ambientais e o pre-

enchimento do novo formulário do PPP, sua ma-nutenção e atualizações, livrando as empresas demulta no valor de R$ 991,03 por empregado ecom valores crescentes por reincidências, incluin-do as instruções para o seguro de acidentes detrabalho. Informações em www.sobes.org.br

PRÁTICA E CONCEITUAÇÕES SOBREPRÁTICA E CONCEITUAÇÕES SOBREPRÁTICA E CONCEITUAÇÕES SOBREPRÁTICA E CONCEITUAÇÕES SOBREPRÁTICA E CONCEITUAÇÕES SOBREDDDDDANOS NAS CONSTRUÇÕESANOS NAS CONSTRUÇÕESANOS NAS CONSTRUÇÕESANOS NAS CONSTRUÇÕESANOS NAS CONSTRUÇÕESOs profissionais interessados no segmento de En-genharia Legal têm mais uma oportunidade deconhecer de perto questões como pós-ocupação,danos nas construções, seus desdobramentos econflitos e situações como assessoria, mediação,arbitragem, perícias e assistência técnica judici-al, em curso específico, ministrado nos dias 20,21, 22 e 23 de setembro de 2004, no Clube deEngenharia. As inscrições podem ser feitas na As-sociação dos Antigos Alunos da Politécnica (Largode São Francisco, 1 – tel. 21 2221-2936), naFEBRAE (Av. Rio Branco, 124/20º andar – tel.21 2507-8017) ou no próprio Clube, no 18º an-dar do mesmo prédio.

JUSTIÇA AMBIENTJUSTIÇA AMBIENTJUSTIÇA AMBIENTJUSTIÇA AMBIENTJUSTIÇA AMBIENTAL LANÇA CDAL LANÇA CDAL LANÇA CDAL LANÇA CDAL LANÇA CDO documento ambiental mais esperado do ano serálançado na sede do Crea, no próximo dia 23 deagosto, às 18h. O CD Mapa da Justiça Ambientalcontém um registro completo de casos de violaçõesaos direitos humanos e à natureza no estado doRio de Janeiro. Numa iniciativa do Ibase, junto coma FASE e o IPPUR/UFRJ, com recursos oriundos demedidas compensatórias, o projeto objetiva identi-ficar, além dos conflitos, focos sociais de resistên-cia ao modelo de desenvolvimento vigente. O eventocontará com um debate entre os coordenadores doprojeto, técnicos do Crea, representantes da Fiocruz,membros da Apedema, da CUT, do MST e da im-prensa especializada.

Todos os cursos ministradoscom parceria do Crea ou emsuas dependências, obriga-toriamente, concedem des-contos para profissionais dosistema Confea – Crea emdia com suas obrigações

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