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Conheça melhor essa importante ferramenta que pode (e deve) ser utilizada por todos os profissionais da saúde. Revista Digital - Terapia Ocupacional DEZ11/JAN/FEV12 Edição Nº 59 Conheça melhor essa importante ferramenta que pode (e deve) ser utilizada por todos os profissionais da saúde. Antes de abrir sua empresa faça um BUSINESS PLAN Terapeuta Ocupacional atua na reabilitação de pacientes com Hanseníase

Revista CREFITO-8 ed. 59 Terapia Ocupacional

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Revista Digital do CREFITO-8 especializada na área de Terapia Ocupacional

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Conheça melhor essa importante ferramenta que pode (e deve) ser utilizada

por todos os profissionais da saúde.

Revista Digital - Terapia Ocupacional

DEZ11/JAN/FEV12Edição Nº 59

Conheça melhor essa importante ferramenta que pode (e deve) ser utilizada por todos os profissionais da saúde.

Antes de abrir sua empresa faça um

BUSINESS PLAN

Terapeuta Ocupacional

atua na reabilitação de pacientes

com Hanseníase

Profissão - Terapeuta Ocupacional atua na reabilitação de pacientes com Hanseníase

7

Antes de abrir sua empresa faça um Business Plan13

ÍND

ICE

ÍNDICE4 Destaque - 4 CIF - questão de cidadania

3

Crefito-8Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 8ª Região

Serviço Público FederalÁrea de jurisdição: ParanáRua Jaime Balão, 580, bairro Hugo Lange. Curitiba. CEP: 80040-340Telefone: 0800 645 2009www.crefito8.org.brGestão [email protected]

Conselho Editorial:

PresidenteDr. Abdo Augusto Zeghbi

Vice-PresidenteDr. Ruy Moreira da Costa Filho

Diretor-Tesoureiro Dr. Milton Carlos Mariotti

Diretora-SecretáriaDra. Maria Luiza Vautier Teixeira

Conselheiros EfetivosDra. Marlene Izidro VieiraDra. Isabela Álvares dos SantosDra. Naudimar di Pietro SimõesDr. Cleverson FragosoDra. Deborah Toledo Martins

Conselheiros SuplentesDra. Sonia Maria Marques BertoliniDra. Marcia KozelinskiDra. Daniele BernardiDr. Laudelino RissoDra. Rúbia Marcia BenattiDr. Francisco Hamilton Sens JuniorDra. Fernanda Cândido F. MonteiroDr. Cristiano P. de Jesus FagundesDra. Vera Lucia Presendo Bet

Produção:Crefito-8Jornalista responsável: Marina D o m i n g u e s ( A s s e s s o r a d e Comunicação do Crefito-8, DRT 5234/SP)[email protected]

Projeto Gráfico e diagramação:Paloma Castro (Assistente de Comunicação do Crefito-8)

EXPEDIENTEDr. Abdo Augusto Zeghbi

Gestão 2010-2014Presidente do CREFITO-8

hegou ao fim 2012. Foi um ano de muito trabalho Ce ao longo dos 12 meses tivemos desafios nas nossas profissões, cumprimos grande parte das metas estabelecidas. O nosso papel quanto autarquia federal não se limitou ao de fiscalizar e autuar como fórum de ética.

Entre as conquistas deste ano, conseguimos a adequação de 8 municípios paranaenses e 3 entidades estaduais à Lei da Jornada de 30 horas, algumas por interpelação administrativa do CREFITO-8 e outras por via judicial. Bem como ainda temos 28 ações judiciais em trâmite e outras aguardando ajuizamento. Nossas ações referentes ao Plano de Gestão de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, entre elas em Dermatofuncional, resultaram na contratação de fisioterapeutas em diversas clínicas de Curitiba. As nomenclaturas Fisioterapia e Terapia Ocupacional foram oficialmente inseridas na Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS), isto significa que todos os procedimentos fisioterapêuticos e terapêuticos ocupacionais do Referencial de Honorários passam a fazer parte da padronização da codificação e descrição dos procedimentos de saúde. Destacamos como importante o comportamento da população para com os especialistas em Fisioterapia e Terapia Ocupacional que reconhece em ambos sua competência científica, não só do saber, mas da prática profissional padronizada, segura e resolutiva - conferindo a estes especial istas atr ibutos de profissionalização, autonomia e valorização. Além disso, defendemos nossos profissionais com intervenções diretas contra tentativas de restrições às nossas prerrogativas legais. O CREFITO-8 juntamente com o COFFITO participou de Fóruns, manifestações públicas e do movimento nacional contra a aprovação do Ato Médico, atuando em todas as sessões no Senado Federal.

Sabemos que muitos desafios nos aguardam em 2013, com a sua participação conquistaremos juntos a valorização profissional e o respeito que os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais merecem. Isto é o que o CREFITO-8 faz por você: trabalhar para que a sociedade se conscientize da importância das nossas profissões para a saúde da população.

A classificação foi desenvolvida pela

Organização Mundial da Saúde (OMS) após ter

passado por vários testes extensivos realizados

no mundo todo e ter sido aprovada por uma

Assembleia Mundial de Saúde, em 2001. Para

discutir a PNSF e difundir a utilização da CIF nas

práticas profissionais, assim como prestar apoio

técnico para a implantação de projetos pilotos, o

CREFITO-8 instituiu um Grupo de Trabalho (GT

de Saúde Funcional) que hoje conta também

com a participação do Conselho Regional de

Fonoaudiologia. Nessa matéria entrevistamos o

fisioterapeuta Dr. Cleverson Fragoso, membro

do CREFITO-8 e integrante do GT de Saúde

Funcional para explicar melhor qual a finalidade

da CIF que abrange vários setores e disciplinas.

Vamos abordar quais os objetivos da

classificação e como aplicá-la.

4

DESTAQUEDESTAQUE

Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) é uma importante ferramenta da Política Nacional de Saúde Funcional (PNSF) e deve ser A

utilizada por todos os profissionais da área da saúde. O objetivo geral da classificação é unificar e padronizar uma linguagem que descreva a saúde e os estados a ela relacionados.

DESTAQUEDESTAQUE

Para que serve a CIF?Objetivos da CIF

CID e CIF

5

De acordo com Dr. Cleverson Fragoso, a

CIF é um sistema de classificação multiuso,

projetado para atender as diversas disciplinas e

setores como educação, saúde, transporte,

entre outros. Os fatores ambientais influenciam

na CIF, sendo inclusive uma ferramenta para o

gestor avaliar a acessibilidade e as barreiras

arquitetônicas que o município apresenta. Os

fatores ambientais constituem o ambiente físico,

social e de atitudes em que as pessoas estão

inseridas e levam suas vidas. “Uma rampa é um

acesso para um usuário de cadeira de rodas,

porém pode ser uma barreira para uma pessoa

cega, isto é, os fatores ambientais devem ser

qualificados conforme a situação em que a

pessoa está vivenciando”, explica Dr. Cleverson.

De acordo com Dr. Cleverson, a CIF é

c o n s i d e r a d a u m a c l a s s i f i c a ç ã o d e

funcionalidade humana, uma vez que identifica

tudo o que a constitui. Nas classificações

internacionais da OMS, as condições de saúde

(doenças, distúrbios, lesões, etc) são

classificados principalmente na CID, enquanto a

funcionalidade e a incapacidade associados aos

estados são classificados na CIF. “A CID e a CIF

são complementares e as informações

resultantes das duas classificações podem ser

combinadas traduzindo o estado da saúde da

população e revelando avaliações capazes de

identificar e até mesmo evitar a mortalidade e

morbidade.

Proporcionar uma base científica para a

compreensão e o estudo da saúde e das

condições relacionadas à saúde, de seus

determinantes e efeitos;Estabelecer uma linguagem comum para

a descrição da saúde e dos estados

relacionados à saúde, para melhorar a

comunicação entre diferentes usuários; como

profissionais da saúde, pesquisadores,

elaboradores das políticas públicas e o público e,

inclusive, pessoas com incapacidades;Permitir comparação de dados entre

países, entre disciplinas relacionadas à saúde,

entre os serviços e em diferentes momentos ao

longo do tempo;Fornecer um esquema de codificação

para sistemas de informação de saúde.

A classificação pode ser útil em várias

aplicações diferentes. Dr. Cleverson explica que

por ser utilizada em vários setores, como uma

das Classificações Sociais das Nações Unidas é

considerada um instrumento adequado para

implantação dos mandatos e declarações

internacionais de direitos humanos como a

legislação nacional.

O CREFITO-8 instituiu um Grupo de

Trabalho de Saúde Funcional (GT da Saúde

Funcional) que tem como objetivo principal

difundir o uso da CIF. Dentre algumas das ações

realizadas pelo GT de Saúde Funcional do

Crefito8 destacam-se:- Treinamento da equipe multidisciplinar

das Escolas de Educação Especial da Prefeitura

Municipal de Curitiba, para utilização da CIF;- Treinamento da equipe multidisciplinar

do setor de internamento do Centro Hospitalar

de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier, para

implantação de projeto piloto utilizando a CIF

como ferramenta para Classificação;- Treinamento da equipe multidisciplinar

do Serviço de Atendimento Domiciliar - SAD, do

Hospital Zilda Arns (Hospital do Idoso), para

utilização da CIF e implantação de Projeto Piloto;- Palestra sobre o uso da CIF em várias

faculdades;-Apoio para implantação de Grupo de

Trabalho de Saúde Funcional do Crefito07;-

6

DESTAQUEDESTAQUE

GT da Saúde Funcional

Aplicações da CIF

Os integrantes do GT da Saúde Funcional (da esq. para a dir):Dr. Renato Niquel (Terapeuta Ocupacional)Dr. Joari Stahlschmidt (Fisioterapeuta)Dr. Cleverson Fragoso (Fisioterapeuta)Dra. Ana Paula Fernandes (Terapeuta Ocupacional)Dra. Claudia Schenek (Fisioterapeura)

Como uma ferramenta estatística – na coleta de dados (e.g., em estudos populacionais e

pesquisas ou em sistemas de gerenciamentos de informações);Como uma ferramenta de pesquisa - para medir resultados, qualidade de vida ou fatores

ambientais;Como uma ferramenta clínica – na avaliação de necessidades, na compatibilidade dos

tratamentos com condições específicas, avaliação vocacional, reabilitação e avaliação de

resultados;Como uma ferramenta de política social – no planejamento dos sistemas de previdência

social, sistemas de compensação e projeto e implementação de políticas públicas;Como uma ferramenta pedagógica – na elaboração de programas educativos, para

aumentar a conscientização e realizar ações sociais; entre outras.

Apresentação em Seminário da Federação

Nacional dos Trabalhadores da Saúde - FENTAS

de algumas das experiências do GT de Saúde

Funcional do Crefito8;-Atuação em parceria com o GT de Saúde

Funcional do Coffito, entre outras ações.

PROFISSÃOPROFISSÃO

7

Terapeuta Ocupacional atua na reabilitação de pacientes com Hanseníase

ma das mais antigas

doenças que acomete o Uhomem, a hanseníase é

infecciosa, crônica e de grande

importância para a saúde pública

devido à sua magnitude e seu alto

poder incapacitante. Atinge

principalmente as pessoas em

faixa etária economicamente ativa

comprometendo seu

desenvolvimento profissional e/ou

social.

A terapeuta ocupacional da

Extensão do Hospital São Roque,

Dra. Dione Maria Kowalski dos

Santos, explica a doença e como

se dá a intervenção terapêutica

ocupacional nesses casos.

Entenda mais sobre essa doença com a

entrevista da terapeuta ocupacional da Extensão

do Hospital São Roque, em Piraquara, Dra.

Dione Maria Kowalski dos Santos:

Como pode ser classificada a

Hanseníase e quais os sinais e sintomas? A hanseníase, para fins de

tratamento, pode ser classificada em:

Paucibacilar – poucos bacilos, até 5 lesões de

pele e Multibacilar – muitos bacilos, mais de 5

lesões de pele. Os sintomas e sinais são

manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou

amarronzadas em qualquer parte do corpo com

perda ou alteração de sensibilidade; área de

pele seca e com falta de suor; área da pele com

queda de pe los, espec ia lmente nas

sobrancelhas; área da pele com perda ou

ausência de sensibilidade ao calor, dor e tato. A

pessoa apresenta sensação de formigamento

(Parestesias); dor e sensação de choque,

fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos

braços e pernas; inchaço nas mãos e pés;

diminuição da força dos músculos das mãos, pés

e face devido à inflamação de nervos, que

nesses casos podem estar engrossados e

doloridos; úlceras de pernas e pés; caroços

(nódulos) no corpo, em alguns casos

CREFITO-8:

Dra. Dione:

avermelhados e dolorosos; febre, edemas e dor

nas articulações; entupimento, sangramento,

ferida e ressecamento do nariz e nos olhos, além

de se queimar ou machucar sem perceber. Os

locais do corpo que apresentam maiores

predisposição para surgimento das manchas

são as mãos, pés, face, costas, nádegas e

pernas. Em alguns casos, a hanseníase pode

ocorrer sem manchas. Como se transmite e quais são

fatores de risco para a hanseníase? A transmissão se dá entre pessoas,

o qual o doente que apresenta a forma infectante

da doença (multibacilar – MB), estando sem

tratamento, elimina o bacilo pelas vias

respiratórias (secreções nasais, tosses,

espirros), podendo assim transmiti-lo para outras

pessoas suscetíveis. O bacilo de Hansen tem

capacidade de infectar grande número de

pessoas, mas poucas adoecem porque a

maioria tem capacidade de auto defesa. O

contato direto e prolongado com o doente em

ambiente fechado, com pouca ventilação e

CREFITO-8:

Dra. Dione:

PROFISSÃOPROFISSÃO

8

NERVOS QUE PODEM SER ACOMETIDOS PELA HANSENÍASE:

As referências mais remotas da hanseníase datam de 600 anos Antes de Cristo e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, podem ser consideradas o berço da doença. Ela é causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo descoberto em 1873 pelo médico Amaneur Hansen, na Noruega. Em homenagem ao seu descobridor, o bacilo é também chamado de Bacilo de Hansen – micróbio que apresenta afinidade pela pele e nervos periféricos. Tem alto potencial incapacitante, diretamente relacionado a capacidade do bacilo penetrar na célula nervosa e também ao seu poder imunogênico. Atualmente a hanseníase tem tratamento e cura.

Fonte: Portal da Saúde (Ministério da Saúde)

Os sintomas da Hanseníase são

manchas na pele, secura, ausência

de pelos, perda ou ausência de

sensibilidade ao calor, dor e tato.

PROFISSÃOPROFISSÃO

hanseníase. Esta doença pode atingir pessoas

de ambos os sexos em qualquer idade em áreas

endêmicas. Entretanto, é necessário um longo

período de exposição e apenas uma pequena

parcela da população infectada, adoece.

Qual o período de incubação e

como as pessoas podem suspeitar que estão

com hanseníase ?Em média de 2 a 5 anos. Os sinais e

sintomas mais frequentes são manchas e áreas

da pele com diminuição de sensibilidade térmica

(ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem

estar em qualquer parte do corpo, principalmente

CREFITO-8:

Dra. Dione:

casos será necessário solicitar exames

complementares para a conf i rmação

diagnóstica. O tratamento específico é

encontrado nos serviços públicos de saúde e é

chamado de poliquimioterapia (PQT), porque

utiliza a combinação de três medicamentos. O

paciente vai ao serviço mensalmente tomar a

dose supervisionada pela equipe de saúde e

pegar a medicação para as doses que ele toma

diariamente em casa. A regularidade do

tratamento e o início mais precoce levam à cura

da hanseníase mais rápida e segura.

ausência de luz solar, aumenta a chance de

infecção. É importante salientar que assim que a

pessoa doente começa o tratamento ela deixa de

ser transmissor, não precisando ser afastada do

trabalho, nem do convívio familiar e pode manter

relações sexuais com seu parceiro ou parceira.

As situações de pobreza como precárias

condições de vida, desnutrição, alto índice de

ocupação das moradias e outras infecções

s i m u l t â n e a s , p o d e m f a v o r e c e r o

desenvolv imento e a propagação da

Trabalho em grupo para confeccionar adaptações para autocuidado.

nas extremidades das mãos e

dos pés, na face, nas orelhas, no

tronco, nas nádegas e nas

pernas.

Como confirmar o

diagnóstico e como é o

tratamento da hanseníase? A confirmação do

diagnóstico é feita pelo médico

por meio de exame clínico,

baseado nos sinais e sintomas

detectados na observação de

toda a pele, olhos, palpação dos

n e r v o s , a v a l i a ç ã o d a

sensibilidade superficial e da

força muscular dos membros

superiores e inferiores. Em raros

CREFITO-8:

Dra. Dione:

9

A regularidade do tratamento

e o início mais precoce levam

à cura da hanseníase mais

rápida e segura.

PROFISSÃOPROFISSÃO

Gravidez e Aleitamento:A gravidez e o aleitamento materno não

contraindicam o tratamento poliquimioterápico

da hanseníase, que são seguros tanto para a

mãe como para a criança. Alguns dos

medicamentos podem ser eliminados pelo leite,

mas não causam efeitos adversos importantes.

Os lactentes, porém, podem apresentar a pele

hiperpigmentada por um dos medicamentos,

ocorrendo a regressão gradual da pigmentação,

após a interrupção do tratamento.

Como prevenir e realizar a

prevenção de incapacidades? Apesar de não haver uma forma de

prevenção especifica, existem medidas que

podem evitar novos casos e as formas

multibacilares, tais como:-Diagnóstico e tratamento precoces;-Exame das pessoas que residem ou residiram

nos últimos cinco anos com o paciente;-Aplicação da BCG.A prevenção de incapacidades (PI) é uma

atividade que se inicia com o diagnóstico

precoce, tratamento com PQT, exame dos

contatos e BCG, identificação e tratamento

adequado das reações e neurites e a orientação

de autocuidado, bem como apoio emocional e

social. A Prevenção de Incapacidades se faz

necessária também em alguns casos após a alta

de PQT (reações, neurites e deformidades em

olhos, mãos e pés). A avaliação neurológica,

classificação do grau de incapacidade, aplicação

de técnicas de prevenção e a orientação para o

autocuidado são procedimentos que precisam

ser realizados nas unidades de saúde. Estas

medidas são necessárias para evitar sequelas,

tais como: úlceras, perda da força muscular e

deformidades (mãos em garra, pé equino,

CREFITO-8:

Dra. Dione:

Teste de sensibilidade

Adaptações com palmilhas a fim de melhorar a qualidade de

vida do paciente

Cadeira de autocuidado

confeccionada por pacientes

10

PROFISSÃOPROFISSÃO

lagoftalmo – incapacidade parcial ou total de

fechar as pálpebras). Recomenda-se o

encaminhamento às unidades de referência os

casos que não puderem ser resolvidos nas

unidades básicas.

Como seria a intervenção

terapêutica ocupacional nesses casos? Os pacientes diagnosticados

tardiamente e com deformidades físicas deverão

ser encaminhados para unidades de referência

onde poderão se beneficiar de tratamento

adequado, como a cirurgia, exercícios pré e pós-

operatórios e o autocuidado, bem como da

indicação de próteses e/ou órteses. O objetivo é

proporcionar uma melhor qualidade de vida às

pessoas com hanseníase e/ou suas sequelas. O

trabalho do Terapeuta Ocupacional se inicia com

o diagnóstico terapêutico ocupacional e após é

realizado o acompanhamento em conjunto com

toda equipe. Caso seja necessário é realizado o

CREFITO-8:

Dra. Dione:

atendimento domiciliar. Após a alta o paciente e

seus familiares são acompanhados pelo menos

uma vez ao ano. O paciente, por exemplo, tem

que aprender a usar a mão, o que é possível com

a intervenção do terapeuta ocupacional, bem

como qualquer região do corpo; é necessário

avaliar para propor as adaptações com

aparelhos, palmilhas, etc. O paciente tem que

aprender sobre a sua doença e aprender como

melhorar sua qualidade de vida por meio do

tratamento.

Dra. Dione mostra fotos de trabalhos com os pacientes.

O paciente tem que aprender sobre a sua doença e aprender como melhorar sua qualidade de vida por meio do tratamento.

11

CREFITO-8: Por que a viabilidade e o sucesso

de um empreendimento como uma Clínica de

Fisioterapia ou de Terapia Ocupacional

depende de um "Business Plan" (plano de

negócios) para dar certo no mercado de

prestação de serviços de saúde?

A elaboração de BP – Business Plan serve

primeiramente, para avaliar as estratégias que

uma empresa prestadora de serviços em saúde

deseja adotar de forma mensurada e com

resultados financeiros e retorno sobre o capital

investido. Isto proporciona uma otimização na

utilização de recursos e evita desperdícios em

ações que não agregam valor. Segundo, que

passa ser um guia norteador das atividades

planejadas e com possibilidade de correções

evitando planos de ações que não proporcionam

o resultado desejado, tanto mercadológico como

operacional.

C R E F I TO - 8 : P o r q u e t r a b a l h a r o

P l a n e j a m e n t o E s t r a t é g i c o d e u m

empreendimento na área de prestação de

serviços de saúde como Fisioterapia e

Terapia Ocupacional é fundamental?

Atualmente, qualquer atividade empresarial, em

destaque a prestação de serviços de saúde,

apresenta um número crescente de novas

ORIENTAÇÃO EMPRESARIALORIENTAÇÃO EMPRESARIAL

que nos faz procurar uma clínica ou hospital para um check-up? Como

fazer com que uma clínica ou consultório de Fisioterapia ou Terapia OOcupacional faça o mesmo sucesso de outros setores do mercado?

Trabalhar técnicas de marketing e de comunicação para empresas de

Fisioterapia e Terapia Ocupacional pode ser a principal diferença para chegar ao

sucesso e isso requer, antes, um “Plano de Negócios”.

Antes de abrir

sua empresa

Antes de abrir

sua

empresa

BUSINESS PLAN

O professor e consultor Edélcio Jacomassi

e x p l i c a c o m o v i a b i l i z a r u m f u t u r o

empreendimento para trabalhar com prestação

de serviços de saúde:

faça umfaça um

13

empresas entrantes no mercado, mas que

muitas vezes não estão preparadas para

gerenciamento da atividade, apesar de contar

com excelentes profissionais qualificados na

atividade fim. Por mais que o profissional tenha

sua qualificação técnica, quando a empresa

inicia um processo de crescimento a demanda

de conhecimentos de gestão aumenta

gradativamente, ao ponto de se contratarem

profissionais especializados em gestão. No

entanto, existem poucos profissionais de gestão

que conhecem as estratégias em serviços de

saúde e utilizam a gestão de forma estratégica,

ética e com êxito. Tendo um planejamento

estratégico como norteador das decisões

fundamentais da organização, a gestão fica mais

fácil.

CREFITO-8: A partir do Planejamento

Estratégico, quais outras ações o Sr. sugere

para que o empreendedor tenha sucesso no

mercado de prestação de serviços de saúde

em Fisioterapia e Terapia Ocupacional?

Os serviços de saúde são demandados pelo

grau de confiança e resultados que apresenta.

No entanto, apesar de existirem muitas

empresas concorrendo neste mercado, ainda

existem muitos potenciais pacientes e clientes

que não conseguem diferenciar qual a melhor

em função de sua necessidade. Um plano

estruturado de comunicação e uma correta

formação de profissionais que estejam dispostos

a “vestirem a camisa” da organização e

ajudarem a formar uma imagem que proporcione

confiança ao paciente/cliente são fundamentais.

Neste sentido, o planejamento estratégico

proporciona o desdobramento de ações mais

importantes para a formação de uma cultura

única, com padrões de excelência no

atendimento e uma melhor adaptação de

serviços em função das necessidades de um

determinado segmento de mercado. “Fazer as

coisas certas para as pessoas certas” tanto em

atendimento como no tratamento de seu público.

ORIENTAÇÃO EMPRESARIALORIENTAÇÃO EMPRESARIAL

Como os empreendedores podem avaliar seu próprio negócio:

Existem várias metodologias de avaliação de qualidade de serviços e da própria viabilidade de negócio:

- BSC – Balanced Scorecard: é uma avaliação das estratégias adotadas pelas empresas;

- Diagnóstico estratégico: é de grande valia para mensurar as decisões tomadas e direcionar ações mais eficazes para garantir o sucesso de um negócio;

- Diagnóstico operacional: avalia a percepção do cliente em relação à qualidade e formatação de serviços em função de suas necessidades. Representa quase que uma obrigação para uma prestadora de serviços de saúde adotar, pois garante que a prospecção e o atendimento a clientes / pacientes se transforme em um negócio cada vez mais lucrativo, sem entrar em concorrência de preços, que somente d e p r e c i a m a l g u m a s e m p r e s a s e profissionais.

”“Tendo um planejamento

estratégico como norteador das decisões fundamentais da organização, a gestão fica mais fácil.

Edélcio Jacomassi

14

O grande segredo deste sucesso

é o acompanhamento de perto da

franqueadora no sentido de orientar as

ações da franqueada para que sejam

bem sucedidas.

ORIENTAÇÃO EMPRESARIALORIENTAÇÃO EMPRESARIAL

CREFITO-8: As franquias têm sido uma boa

opção de investimento para muitos

empreendedores. Para um empreendimento

de prestação de serviços de saúde de

Fisioterapia ou Terapia Ocupacional se tornar

uma franquia, o que é necessário?

A forma de trabalhar em franquia é uma das

alternativas mais rentáveis para quem já possui

um know how de mercado ou alto grau de

inovação. Para poder formatar uma franquia, a

organização deve ter experiência no negócio,

conseguir atingir um estágio de lucratividade

bom e possuir uma sistemática de trabalho bem

definida e estruturada, com padrões de

excelência em qualidade. Deve-se pensar que

quando se formata uma franquia, praticamente

se está montando uma nova unidade de negócio

que deve ser gerenciada por um terceiro que

talvez não tenha o know how de quem formata e

precisa também de uma marca reconhecida no

mercado. Novamente o plano de negócios é

fundamental para orientar o empreendedor de

franquias, ensinando o “o que” e “como” fazer.

CREFITO-8: Como as franquias nesta área

podem ter sucesso?

É indispensável que a franquia para que tenha

sucesso, o franqueador seja modelo de sucesso,

com a aplicação das metodologias já citadas, ou

seja, possuir um planejamento estratégico, com

plano de negócios, marca reconhecida, serviços

de excelência, resultados financeiros favoráveis

e um ótimo plano de comunicação. A partir do

momento que a empresa franqueadora possa

mostrar a sua empresa como sendo um modelo

de sucesso e saiba analisar a viabilidade de uma

nova unidade de serviços, poderá franquear a

diversos novos investidores que hoje buscam

oportunidades para investir, mas que não

possuem o know how necessário para

estruturarem um novo negócio (start up) do

ponto zero. O grande segredo deste sucesso é o

acompanhamento de perto da franqueadora no

sentido de orientar as ações da franqueada para

que sejam bem sucedidas.

C R E F I T O - 8 : E m q u a i s b a s e s

empreendedoras acredita-se que o

profissional deixe de ser empregado e passe

a ter sua própria Clínica ou Consultório de

sucesso?

Existe sempre um perfil de pessoas que

gostariam de ter seu próprio negócio. Aliás, um

número muito expressivo mesmo! Mas o que os

impede de abrir um negócio nesta área é muitas

vezes a falta de conhecimento de gestão e o

medo de entrar sozinho em um mercado

extremamente competitivo. Com a segurança de

uma franqueadora de experiência e com

técnicas de gestão bem claras, transparentes e

uma segurança para atuar com excelência na

área de saúde, com respaldo de uma área

jurídica-legal, administrativo-financeira;

comunicação de marketing e mercadológica, o

novo empreendedor sente a segurança de

aplicar seus recursos no negócio. O mercado de

franquias está em pleno crescimento no Brasil e

pode ser um investimento muito lucrativo no

médio prazo, sem imobilizar os recursos da

própria clínica que detém a experiência de

mercado.

”“

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