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REVISTA CRF 01crf-ba.org.br/revista/revista_03_2007.pdf · a inclusão das plantas medicinais e da Fitoterapia, da Homeopatia, da Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura e do

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apresentação

DIRETORIA

Dr. Altamiro José dos Santos - Presidente

Dr. Eustáquio Linhares Borges - Vice-presidente

Dr. Jacob Germano Cabús - Tesoureiro

CONSELHEIROS EFETIVOS

Dra. Ademarisa FontesDr. Altamiro José dos SantosDra. Ângela Maria de Carvalho PontesDr.Cleuber Franco FontesDr. Clóvis de Santana ReisDra. Cristina Maria Ravazzano FontesDra. Eliana Cristina de Santana FiaisDr. Eustáquio Linhares BorgesDr. Jacob Germano CabúsDra. Patrícia Sodré AraújoDra. Sônia Maria CarvalhoDra. Tânia Fraga Barros

CONSELHEIRO SUPLENTEDra. Marly Gonçalves Albuquerque

Dra. Mara Zélia de Almeida

CONSELHEIRO FEDERAL EFETIVODr. Jorge Antônio Píton Nascimento

CONSELHEIRO FEDERAL SUPLENTEDr. Edmar Caetité Júnior

JORNALISTA RESPONSÁVELRosemary Silva Freitas - DRT/BA - 1612

REVISÃOCarlos Amorim - DRT/BA - 1616

EDITORAÇÃO ELETRÔNICALucca Duarte (Sílica Multimídia)

IMPRESSÃO GRÁFICAGráfica Santa Bárbara

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO4.500 mil

Horário de Funcionamento do CRF/BADas 9h às 17h

Rua Dom Basílio Mendes Ribeiro, 127 - Ondina - Cep. 40170-120Salvador - BA - Tels.: (71) 3368-8800 / 3368-8849 / Fax: 3368-8811www.crf-ba.org.br / e-mail: [email protected]

Editado pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado da Bahia

O trabalho não pára!

Com a publicação da revista do CRF/BA, abrimos mais umajanela de oportunidades para a divulgação dos trabalhos pro-movidos pelo Conselho, priorizando as ações que fortaleceme valorizam o profissional.

No âmbito acadêmico, abordamos, nesta edição, a proxi-midade do aniversário do curso de Farmácia da UniversidadeFederal da Bahia, a mais antiga do Brasil. A UFBa vai realizaruma série de eventos comemorativos ao bicentenário doensino de nível superior no Brasil. O CRF/BA, convidado paraparticipar da organização, reforça o brilho que cerca essamilenar profissão.

A Diretoria do CRF/BA também está investindo no aprimo-ramento da formação científica, bem como na capacitaçãodos profissionais. Tais ações vão possibilitar a expansão doconhecimento nas mais diversas áreas. Já temos uma pautatemática aprovada e apresentada para toda a categoria.

É importante ressaltarmos o quanto as atividades reali-zadas nesta gestão estão conectadas com a valorização dosfarmacêuticos. Além disso, nos empenhamos em manter osprofissionais informados sobre as iniciativas dos governosnas esferas estadual e federal.

No campo da saúde, temos como exemplos as medidas eresoluções assumidas pela Anvisa. Ao mesmo tempo, traze-

mos técnicos dessa área específica para participarem dedebates que enfocam mudanças de normas e edição de novasmedidas.

Inauguramos, recentemente, o programa Quintas Cien-tíficas, mantendo acesa a chama do questionamento saudá-vel e agregando pesquisadores, estudantes e professores deFarmácia.

Registramos também a intensificação da fiscalização nointerior da Bahia, através de ações que resultem em benefí-cios para a “farmácia comunitária”.

A luta pela inclusão dos farmacêuticos no Programa deSaúde da Família (PSF) foi reforçada a partir da pressão paraa abertura de concursos públicos e contratação de farmacêu-ticos e de farmacêuticos bioquímicos.

Ainda nesta edição, em entrevista exclusiva, a coordenadorada Anvisa na Bahia, Dra. Eliana Fiais, fala sobre a importânciadas parcerias firmadas com órgãos das esferas dos poderesestadual e municipal, marca da sua gestão.

Finalmente, desejamos uma leitura agradável e proveitosa.Estamos certos de que nossos esforços em atender plena-mente aos anseios de todos têm sido bem-sucedidos.

A Direção

ISSN 1981-8378

sumário

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Ano I - Nº 3 - Outubro/2007

Fitoterapia entra no SUSDecreto presidencial integra aFitoterapia ao Sistema Único de Saúdee abre um importante espaço para aspráticas alternativas

Artigo CientíficoPesquisa enfoca as prescrições de medicamentossujeitos ao controle especial em farmáciacomunitária, no município de Feira de Santana

Programe-se!Importantes eventos da área farmacêutica estãorelacionados nesta edição. Agende-se e participe!

Clandestinas não funcionamAs ações de fiscalização e combate às farmácias clandestinascontinuam sendo realizadas nos municípios e na capital

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Assistência em debateA consolidação da Assistência Farmacêuticano Brasil foi o tema de um seminário promovidopelo CRF/BA e pelo Grupo para Desenvolvimentoda Atenção Farmacêutica (GDAF)

26Quintas científicasOs eventos do programa Quintas das CiênciasFarmacêuticas, criado pelo CRF/BA, têmalcançado boa receptividade do público

Farmácia participa do bicentenáriodo ensino farmacêutico no BrasilProgramação festiva se iniciará em janeiro de 2008

18Saúde sem fronteirasEm entrevista exclusiva, Eliana Fiais,coordenadora da Anvisa, fala da importância daparceria com os governos municipais e estadual

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CRF-BA em Revista

Incorporação daFitoterapia ao SUSfoi tema de seminárioO governo reconhece a importância da Fitoterapiapara a saúde pública, ao incorporar propostas dosmovimentos organizados à Política Nacional dePráticas Integrativas e Complementares no SistemaÚnico de Saúde (SUS). A implantação dessa políticafoi debatida no seminário que enfocou a Implantaçãoda Fitoterapia no Ensino de Farmacognosia, realizadono dia 18 de agosto, em Salvador.

A discussão da Fitoterapia enquanto alternativa para a saúde pública,

no Brasil, não é nova. A idéia vemsendo discutida em encontros realizadosem vários estados do país. A consolidaçãoda proposta aconteceu em 1996. Mas arecomendação do amplo uso de remé-dios tradicionais de eficácia comprovadafoi debatida a partir de orientações daOrganização Mundial da Saúde (OMS) edo Fundo das Nações Unidas para a In-fância (Unicef), órgãos que promove-ram, em Genebra, no ano de 1978, a

Conferência Internacional sobre AtençãoPrimária em Saúde.

Representantes institucionais da áreade saúde incorporaram a medida atra-vés de um relatório onde constam asconclusões da 10ª Conferência Nacionalde Saúde, recomendando a incorporaçãode práticas de saúde alternativas, aexemplo da Fitoterapia.

Em 2005, foi aprovada pelo ConselhoNacional de Saúde e divulgada através daPortaria GM nº 971, de 3 de maio de 2006,a inclusão das plantas medicinais e da

Fitoterapia, da Homeopatia, da MedicinaTradicional Chinesa/Acupuntura e doTermalismo Social/Cromoterapia comoopções terapêuticas no sistema públicode saúde.

No entanto, para os representantesdas entidades de saúde, a proposta sófoi, de fato, reconhecida pelo governo,com a publicação, em 22 de junho de2006, do Decreto nº 5.813 que instituiua Política de Plantas Medicinais e Fitote-rápicos. O decreto define que os órgãos eas entidades do Ministério da Saúde,

Representantes de entidades farmacêuticas, professores e gestores dos governos federal e estadual participaram do evento

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CRF-BA em Revista

cujas ações se relacionem com o tema,devem promover a elaboração ou a rea-dequação de seus planos, programas,projetos e atividades na conformidadedas diretrizes e responsabilidades esta-belecidas. Contemplando a área de plan-tas medicinais/Fitoterapia, e também aHomeopatia, a Medicina TradicionalChinesa/Acupuntura, o Termalismo So-cial/Cromoterapia. A Medicina Antropo-sófica está regulamentada através daPortaria nº 1.600 de 17 de julho de 2006.A partir dessa ação, foi instituído umgrupo de trabalho interministerial sob a

coordenação do Ministério da Saúde,com a responsabilidade de elaborar oPrograma Nacional de Plantas Medi-cinais e Fitoterápicos.

Um dos objetivos do programa é ga-rantir à população brasileira o acesso se-guro e o uso racional de plantas medici-nais e fitoterápicos, além da promoçãodo uso sustentável da biodiversidade e odesenvolvimento da cadeia produtiva eda indústria nacional. “As potencialidades de uso de plantasmedicinais encontram-se longe deestar esgotadas, afirmação que está

sendo endossada pelos novos para-digmas de desenvolvimento social eeconômico, baseados nos recursos reno-váveis” - diz o documento que traça anova política. “Novos conhecimentos enovas necessidades certamente encon-trarão, no reino vegetal, soluções pormeio de descobertas e do desenvolvi-mento de novas moléculas com ativi-dade terapêutica ou com aplicações,tanto na tecnologia, quanto no desenvol-vimento de fitoterápicos com maioreficiência de ação.” (Política Nacional de

Plantas Medicinais, Brasília - DF, 2006, p. 13.)

Dr. Ângelo Giovani Rodrigues, asses-sor técnico do Departamento de Assis-tência Farmacêutica/Fitoterapia do Mi-nistério da Saúde e coordenador res-ponsável pela área de Plantas Medi-cinais, participou do Seminário sobrea Implantação da Fitoterapia no SUS eo Ensino de Farmacognosia. Ele abor-dou os aspectos legais da Fito-terapia, a partir de um diag-nóstico elaborado por umgrupo de trabalho do Minis-tério da Saúde.

Segundo o representantedo Ministério da Saúde, arealização do diagnóstico daspráticas integrativas e com-plementares no SUS foi pau-tada em questionários envia-dos às secretarias municipaise estaduais de Saúde do país,nos meses de maio a junhode 2004. Foram devolvidos1.340 questionários, sendo que, destes,230 (de 19 capitais e duas secretariasestaduais de Saúde) apresentaramrespostas positivas quanto à existênciae necessidade de implementação deum serviço de Fitoterapia.

De acordo com Dr. Ângelo Giovani, aPolítica Nacional de Plantas Medicinaise Fitoterápicos trará inúmeras vanta-

gens e oportunidades para o país. Elecita, como um dos princípios norteado-res, a ampliação das opções terapêuticasaos usuários do SUS. E defende o fortale-cimento da indústria nacional para odesenvolvimento dos medicamentosfitoterápicos, além da promoção do usosustentável da biodiversidade e da

repartição dos benefícios decorrentes doacesso aos recursos genéticos de plan-tas medicinais e ao conhecimento tradi-cional associado.

A Política foi criada através da Portarianº 971/06, de 3 de maio de 2006, sendode âmbito nacional e recomenda às secre-tarias de Saúde dos estados, do DistritoFederal e dos municípios a implantação

e implementação das ações e dos ser-viços relativos às Práticas Integrativase Complementares no SUS (PNPIC/SUS).

O programa está sendo viabilizadopor um grupo de trabalho que contacom grande interesse institucionalpara a implantação da política aosusuários do SUS. O grupo foi instituído

pelo Decreto Presidencial,desde o ano de 2005, atravésda participação de repre-sentantes do Ministério daSaúde (coordenador), da An-visa, da Casa Civil da Presi-dência da República, da Fun-dação Osvaldo Cruz e dos Mi-nistérios da Integração Na-cional, do Desenvolvimento,Indústria, Comércio e Exte-rior, do DesenvolvimentoAgrário, da Ciência e Tecno-logia, do Meio Ambiente, daAgricultura, Pecuária e Abas-

tecimento, do Desenvolvimento Soci-al e Combate à Fome. Será elaboradauma relação nacional de plantas me-dicinais e de fitoterápicos, propor-cionando a ampliação das opçõesterapêuticas aos usuários do SUS egarantindo o acesso a esses serviçoscom segurança, eficácia e qualidade,na perspectiva da atenção à saúde.

A implantação da Fitoterapia no Brasil: aspectos legais

Dr. Ângelo Giovani Rodrigues

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CRF-BA em Revista

De acordo com o presidente do CRF/BA, Dr. Altamiro José dos Santos, as dis-cussões e propostas levantadas, atéhoje, com êxito, por toda a categoria defarmacêuticos, se originaram nas reco-mendações da Organização Mundial deSaúde (OMS) e em documentos resul-

tantes dos fóruns, conferências e reuniõestécnicas, realizadas em vários estados doBrasil.

Um aspecto de grande relevância e quetem trazido grandes discussões nas uni-versidades brasileiras, sobretudo dos espe-cialistas das cadeiras relacionadas à gran-

Exemplos relevantes

A Dra. Gisélia Santana de Souza,superintendente de Assistência Far-macêutica e Ciência e Tecnologia emSaúde do Estado da Bahia participouda mesa que tratou do tema “A Im-plantação da Fitoterapia no Brasil:os seus Aspectos Legais”.Para apalestrante, os convidados Dra. MariaCarmen e o Dr. Ângelo Giovani apre-sentaram exemplos de extrema rele-vância para a Bahia. A superinten-dente se posicionou de forma favo-rável à facilitação da implementaçãoda PNPIC. E declarou que “o sistemaestá precisando de uma visão de to-talidade”. Foi mais além, afirmandoa importância de uma abordagemintegrada.

Dra. Maria Carmen PirassinungaReis, subgerente do Programa Muni-cipal de Fitoterapia do Rio de Janeiro,expôs experiências realizadas emmunicípios do Rio de Janeiro, ressal-tando a sua repercussão na comu-nidade. “Institucionalizado desde1992, o programa tem executadodiversas ações que facilitam o desen-volvimento de atividades em prol dofuncionamento do serviço na redepública de saúde” - ponderou. “Essasações vão desde a formação de profis-sionais da área de saúde até a reali-zação de encontros comunitários emque a comunidade, além de receberinstruções sobre Fitoterapia, ajuda nocuidado com as hortas cultivadas em

de área de plantas medicinais e fitoterá-picas, é a oportunidade de ampliar as pes-quisas, fomentar o desenvolvimento tec-nológico e a inovação com base na biodiver-sidade brasileira, abrangendo espécies ve-getais nativas e exóticas adaptadas. Serãotambém priorizadas as necessidades epi-demiológicas da população. Enfim, espe-ra-se que o reconhecimento das práticaspopulares de uso de plantas medicinais ede remédios caseiros alcance grande re-percussão social.

“Vale ressaltar que a promoção técni-co-científica e a capacitação no setor deplantas medicinais e fitoterápicos con-templarão, sobretudo, o farmacêuticoenquanto profissional do medicamento”- concluiu Dr. Altamiro Santos.

locais apropriados para atender àsoficinas farmacêuticas.

Durante sua apresentação, a Dra.Maria Carmen Pirassununga de-monstrou, através de vários slides,um trabalho com resultados absolu-tamente satisfatórios, o que nãoinvalida a necessidade de apoio insti-tucional, visando, cada vez mais, amelhoria do sistema. “Além do mé-rito da implantação do programa deFitoterapia para as comunidades ca-rentes, o resultado está sendo posi-tivo para as pessoas que estão àfrente da sua execução. Segundo elas,o incentivo à formação profissionale à capacitação têm sido gratifi-cantes.”Dra. Gisélia Santana Souza

Subgerente do Programa do Rio de Janeiro falou sobre experiências práticas

Profissionais e estudantes lotaram o auditório durante evento

Formação profissional

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CRF-BA em Revista

Unificação curricular

“Para a realização do seminário, fo-ram convidados todos os professores deFarmacognosia do estado da Bahia. Afinalidade foi discutir questões relacio-nadas ao ensino da disciplina e, também,na elaboração de uma proposta de unifi-cação de currículo, no estado.

A Farmacognosia é uma disciplinaobrigatória do curso de Farmácia e fun-damental para o preparo de um profis-sional habilitado para trabalhar dentroda grande área de plantas medicinais.

Outras disciplinas também são degrande importância para o preparo dofarmacêutico nessa temática, podendoser citadas a Farmacobotânica e a Fito-terapia. A primeira deve fornecer ao estu-dante as bases do conhecimento que fu-turamente serão usadas no controle dequalidade da matéria-prima vegetal,utilizada principalmente nas farmáciasde manipulação e na indústria farma-

O ensino de Farmacognosiano Brasil

cêutica. Como proposta, a Farmacog-nosia tem como objetivo facilitar aoaluno a compreensão da origem de com-postos bioativos vegetais, animais e mi-nerais e suas respectivas atividadesbiológicas.

Com o ensino da Fitoterapia, o alunodeve compreender os mecanismos geraisde ação dos principais fitoterápicos, bemcomo suas indicações. Assim, essa disci-plina é de fundamental importância não

Professores Francisco Pacheco, Emídio Leitão, José Fernando Costa e Humberto Moraes

A Implantação da Fitoterapia no SUS e o Ensino de Farmacog-nosia foi tema do seminário. Partici-param dessa mesa o professor da dis-ciplina Fitoterápicos & Fitofármacos/UFBa, Humberto Ribeiro Moraes, oprofessor de Farmacognosia/UFPB epresidente da Sociedade Brasileira deFarmacognosia, Emídio Leitão, oprofessor e coordenador do curso deFarmácia/FTC, Francisco Pacheco dosSantos, e o professor e coordenador

Nordeste da SBFgnosia, José Fernan-do O. Costa.

Os coordenadores da atividade, osprofessores José Fernando O. Costa e

Mara Zélia de Almeida, apresentaram otexto abaixo, resumindo as diversas opi-niões apresentadas na discussão sobreo ensino de Farmacognosia no Brasil.

só para o aluno do curso de Farmácia,mas também para os alunos dos demaiscursos da área de saúde.

Dessa maneira, os professores de Far-macognosia presentes recomendam queos tópicos a seguir devam ser contem-plados pelas disciplinas de Farmacog-nosia dos cursos de Farmácia no Estadoda Bahia.

Referendam essa tentativa de unifica-ção do currículo de Farmacognosia a

Professora Mara Zélia de Almeida, coordenadora do evento

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CRF-BA em Revista

doutora Mara Zélia de Al-meida e o mestre José Fer-nando Oliveira Costa, re-presentantes da regiãoNordeste da SociedadeBrasileira de Farmacog-nosia.

Essa tentativa é emba-sada na importância do en-sino da referida disciplina,considerando o fato de quepaíses que retiraram a Far-macognosia do currículodos cursos de Farmácia perceberam oerro e voltaram a ensinar a disciplina.

Assim, os tópicos recomendados sãoBiodiversidade e Bioprospecção, Meta-

bolismo de vegetais, Óleos voláteis,Lipídeos, Polissacarídeos, Compostosfenólicos simples, Cumarinas, Cromo-nas e Xantonas, Lignóides, Flavonóides,

*José Fernando Oliveira Costa

É graduado em Farmácia pela UniversidadeFederal da Bahia (2001), mestre em Patologiapela Fundação Oswaldo Cruz (2004). Atual-mente é aluno de doutorado do curso de pós-graduação em Biotecnologia (UEFS) comatividades desenvolvidas no Laboratório deEngenharia Tecidual e Imunofarmacologia doCentro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Fiocruz.Tem experiência na área de Farmácia, comênfase em Farmacognosia, atuando principal-mente nas seguintes áreas: atividades bioló-gicas de produtos naturais, Etnofarmacologiae Fitoterapia.

Mara Zélia de Almeida

É graduada em Farmácia pela UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (1978), mestre emProdutos Naturais e Sintéticos Bioativos pelaUniversidade Federal da Paraíba (1982) eDoutora em Química de Produtos Naturais pelaUniversidade Federal do Rio de Janeiro (1997).Atualmente é professora da UFBa, categoriaAdjunto IV e professora visitante do curso depós-graduação em Biotecnologia Vegetal daUniversidade Federal do Rio de Janeiro e docurso de pós-graduação em Botânica do MuseuNacional/RJ. Tem como área de investigação aFarmacognosia, atuando principalmente emEtnofarmacologia, Quimiossistemática e Medi-cina Popular.

Taninos, Quinonas; He-terosídeos Cardioativos,Saponinas, Compostoscom Enxofre, Alcalóides,Metilxantinas, Produtosnaturais de origem mari-nha e Produção de me-dicamentos fitoterápicos:desenvolvimento tecno-lógico e controle de qua-lidade. Reitera-se que, di-ante da quantidade e com-plexidade dos assuntos

recomendados, a carga horária da mes-ma deva ser de, no mínimo, 36 horas deaulas teóricas e 36 de aulas práticas, noscursos semestrais ”*.

O professor e mestre HumbertoRibeiro de Morais foi escolhido pelaSociedade de Farmacognosia/Nor-deste para ser homenageado pelosserviços prestados em prol da forma-ção acadêmica e do desenvolvimentodessas áreas, na Bahia.

Antes de exercer a docência emFarmacognosia, ainda enquanto dis-cente, Dr. Morais foi o primeiro mo-nitor da disciplina de Farmacognosiana Universidade Federal da Bahia. Asmonitorias foram então instituídas

O Professor Humberto Moraes, primeiro monitor em Farmacognosia

Os participantes estiveram atento ao debate

Formaçâo acadêmica

pelo governo federal, visando, inclu-sive despertar o interesse pela docên-cia. Para ocupar o cargo de monitor,o referido professor foi selecionando,após passar por prova teórica oral,prática e escrita. Nos concursos, otítulo de monitor recebia uma pon-tuação por conta da atividade de-sempenhada. Anos após, o professorHumberto Morais veio, então, minis-trar, enquanto docente, aulas de Far-macognosia e, mais tarde, de Fito-terapia.

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CRF-BA em Revista

No ano de 1800, a Sociedade deMedicina como órgão de defesa daprática médica e atendendo a umasolicitação do governo elaborou umanteprojeto para ampla reforma doensino médico no Brasil. Em 1832, asduas escolas médicas cirúrgicas exis-tentes no país foram transformadasnas faculdades de Medicina da Bahiae do Rio de Janeiro. Os estatutos dasduas instituições de ensino eramcópias do estatuto da Faculdade deMedicina de Paris. Inicialmente, afaculdade seria composta por três cur-sos: Medicina, Farmácia e Obstetrícia.Segundo a lei que os instituiu, o cursode Medicina teria a duração de seisanos e só poderia exercer a “cura”,“partejar” e comercializar os medica-mentos aquele que fosse devidamenteaprovado pelas duas faculdades.

Cursos de Medicina e Farmácia foram criados no início do Séc. XIV

O primeiro professor catedráticoconcursado da cadeira de Farmacog-nosia, derivada da Matéria Medica, foiElsior Joelviro Coutinho, nos anos 30. Apartir daí, a cadeira foi ocupada e as aulasministradas na Faculdade de Medicinado Terreiro de Jesus. Com a instituiçãoda Universidade da Bahia, foram criadasas faculdades e escolas, assim foi entãocriada a Faculdade de Farmácia da refe-rida universidade. Posteriormente,foram federalizadas, passando então a

ser chamadas universidades federais.Saindo do Terreiro de Jesus, a Facul-

dade de Farmácia da UFBa ficou sediadana Avenida Araújo Pinho, no bairro doCanela. Toda a farmacoteca foi trans-ferida da Faculdade de Medicina do Ter-reiro de Jesus para o novo endereço. AFaculdade de Farmácia da UFBa foi aprimeira do Brasil.

Nesse ínterim, funcionaram, comoprofessores-assistentes e adjuntos osprofessores Carlos Alberto da Fonseca,Djalma Carvalho, Maria Myrce PintoCoelho, Maria Lúcia Seixas Ribeiro,Humberto Ribeiro Morais e, posterior-mente, a partir da década de 80 a pro-fessora Nádia Andrade Ribeiro. Anosdepois as professoras Juceni PereiraDavid, Edna Maura Prata de Araújo,Mara Zélia de Almeida, Helna CéliaPassinho e Eudes da Silva Velozo.

A Fitoterapia é a terapêutica maisutilizada pelos diversos povos de todo omundo desde a antiguidade. A cada diavem ganhando mais credibilidade edespertando mais interesse em todasas camadas sociais.

A utilização dos vegetais na preven-ção e cura de doenças está presenteem toda a história da humanidade. Osegípcios registraram em papiros o usodas plantas medicinais há mais de 3.300anos antes de Cristo.

Na China, o Pen T’sao Kang (GrandeHerbário), datado de 1552 a.C., contém1871 remédios com 8.160 fórmulas,descritas em 52 volumes.

O Pen T’sao Chin, datado aproxima-damente de 4.800 anos, contém indi-cação de 365 ervas.

Ainda hoje, na China, a Fitoterapia éa principal terapêutica ensinada nasuniversidades de Medicina tradicionalchinesa, sendo mais exercida que aacupuntura.

Nos famosos Jardins Suspensos da

Babilônia eram cultivadas 64 espéciesvegetais medicinais.

Em Roma, Dioscorides deixou uma dasobras antigas mais respeitadas da Fito-terapia, considerada uma das mais exten-sas e mais ricas em detalhes.

Durante a Idade Média, na Europa,eram comuns os jardins da saúde, naInglaterra e na Itália.

A Escola Médica de Salermo (no séculoX), considerada modelo em toda a Euro-pa, dedicava atenção especial à Fito-terapia e alguns de seus diversos livrossão considerados verdadeiras obras dearte pela riqueza de detalhes em suasilustrações.

É importante saber que, no estudo dasbases filosóficas da fitoterapia, dentro daMedicina tradicional chinesa, da tibe-tana, da ioruba, na África, e da Medicinatradicional Mebengokre, do Brasil, exis-tem fortes semelhanças. Existe o con-ceito dos elementos ar, terra, àgua e fogoregendo a metodologia de preparo dosmedicamentos e as funções orgânicas dos

animais e vegetais, o conceito de queas pessoas podem adoecer e seremcuradas por quatro “formas”: pelosalimentos, pelos pensamentos, pelosmovimentos e pela pele. Outras seme-lhanças também podem coexistir comoutros sistemas terapêuticos utiliza-dos por diferentes povos. Conhecer aestrutura filosófica das medicinas mi-lenarmente tradicionais é muito im-portante para quem quer conhecer eexercer com segurança a arte do usodos vegetais no restabelecimento e napreservação da saúde.

Pesquisa site: www.abra144.org. Textosobre os cursos de Medicina e Farmáciapor José Fernando Oliveira Costa

Faculdade de Medicina

Fitoterapia: prevenção e cura

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CRF-BA em Revista

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CRF-BA em Revista

Kaio Vinicius Freitas de Andrade1 Marília Pinto Federico2 Edimar Caetité Júnior3

1 Farmacêutico – Mestrando em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Bahia

2 Profª. MSc. da UEFS, mestre em Saúde Coletiva

3 Profº. MSc. da UEFS/UFBA – Farmacêutico – Administrador – Mestre em Administração Estratégica

1 [email protected] 2 [email protected] 3 [email protected]

INTRODUÇÃOA incorporação dos métodos epidemio-

lógicos para mensurar os eventos rela-cionados ao uso de medicamentos, naspopulações, surgiu há trinta anos, jun-tamente com a Farmacoepidemiologiacom relevância para os Estudos de Utili-zação de Medicamentos (EUM) (CARMO;NITRINI, 2004).

Observa-se atualmente um grandenúmero de pesquisas científicas que têmcomo perspectiva a utilização de medica-mentos, com o emprego de métodos eestratégias variadas, destacando-se osestudos sobre a qualidade de prescrições(LAPORTE; TOGNONI, 1993 apud SI-MÕES, 2001).

No Brasil, um elevado volume de pres-crições, geradas anualmente nos servi-ços públicos de saúde, não apresentamos requisitos técnicos e legais impres-cindíveis para uma dispensação eficientee utilização correta dos medicamentos,provocando um aumento na demandapelos serviços clínicos, que resulta emmaiores gastos com a saúde e diminuiçãoda qualidade de vida dos pacientes (LYRAJR. et al, 2004).

A prescrição de medicamentos é umdocumento de natureza legal, cercado deresponsabilidades, especialmente aque-las que encerram substâncias de empre-go controlado por leis específicas, devendoo farmacêutico realizar uma avaliaçãoprévia para certificar-se sobre a concen-

tração e posologia do medicamento, bemcomo a autenticidade da assinatura doprescritor (SILVA, 2006).

As normas para a fiscalização, controlee uso de entorpecentes, psicotrópicos eoutras substâncias, sujeitas ao controleespecial, estão descritas na Portaria nº344, de 12 de maio de 1998, da ex-Se-cretaria de Vigilância Sanitária, Minis-tério da Saúde (SVS/MS), que se trans-formou em Agência Nacional de VigilânciaSanitária (Anvisa) em dezembro de 1999.

A referida portaria foi publicada noDiário Oficial da União (DOU) em 19/5/1998, e reeditada, com várias correções,no DOU de 1/2/1999, estando sumuladacomo Regulamento Técnico sobre subs-tâncias e medicamentos sujeitos aocontrole especial, contendo recomen-dações para o controle das atividadesrelacionadas à sua produção, comércio,importação, exportação, prescrição e uso(ZUBIOLI, 2004).

O instrumento para a realização docontrole da prescrição e uso desses me-dicamentos é a Notificação de Receita,que deve estar preenchida de forma le-gível e ficar retida na farmácia ou dro-garia após a dispensação (BRASIL, 1999).O receituário para controle especial écomposto por:

• Notificação “A”: para substâncias en-torpecentes e medicamentos psicotró-picos (listas A1, A2 e A3) possui cor amarela;

• Notificação “B”: para medicamentospsicotrópicos (listas B1 e B2), possui corazul;

• Notificação de Receita Especial: pararetinóides de uso sistêmico e imunossu-pressores (listas C2 e C3) possui corbranca;

• Receita de Controle Especial (emduas vias): para antidepressivos, retinói-des de uso tópico, anti-retrovirais, ana-bolizantes e outros (listas C1, C2, C4 eC5) possui cor branca.

Nesse cenário, destaca-se a importân-cia da atuação dos profissionais de saúdeenvolvidos no processo de prescrição edispensação desses medicamentos, con-forme as normas legais para assegurarrealização do controle sanitário com ointuito de coibir o uso abusivo, caracte-rizado como um problema de saúde pú-blica.

MATERIAL E MÉTODOS

Foi desenvolvido um estudo descritivo,de delineamento transversal, que con-sistiu na avaliação da forma de prescri-ções de medicamentos sujeitos ao con-trole especial, em uma farmácia comu-nitária, localizada no Município de Feirade Santana, Bahia.

A população desse estudo foi compostapor 210 prescrições, elaboradas porprofissional médico, médico veterinárioou odontólogo, contendo medicamentos

Estudo de prescrições de medicamentossujeitos ao controle especial em uma farmáciacomunitária de Feira de Santana - Bahia

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CRF-BA em Revista

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sujeitos ao controle especial pela Portarianº 344/98, dispensados no local do estudo,durante o mês de julho de 2005, selecio-nado de forma aleatória através de pro-cedimento de sorteio.

O padrão de referência foi a Portarianº 344 de 12 de maio de 1998, do Minis-tério da Saúde (BRASIL, 1999). O estudoconsistiu em avaliar a presença e a legi-bilidade no registro dos elementos reco-mendados por essa legislação.

Considerou-se como presente o dadoque estava registrado integralmente naprescrição; e legível, o elemento registra-do com o emprego de caracteres nítidos,que possibilitaram a leitura correta(FERREIRA, 1988).

A fonte de dados (prescrição) foi ava-

liada utilizando-se uma ficha contendoas variáveis estudadas, segundo o padrãode referência do estudo. Os elementosexclusivos das Notificações de Receitaforam a sigla da Unidade Federativa (UF)e a seqüência numérica, fornecida pelaautoridade sanitária competente.

As variáveis investigadas em todas asprescrições do estudo foram:

••••• Identificação do emitente e do paci-ente, incluindo o seu endereço completo;

••••• Nome do medicamento prescrito,conforme a Denominação Comum Brasi-leira (DCB);

••••• Concentração do medicamento pres-crito, forma farmacêutica, quantidade eposologia (dose, via de administração e

intervalo entre as doses);

••••• Data de emissão, isto é, a data emque a prescrição foi elaborada;

••••• Identificação do prescritor e inscriçãono respectivo conselho profissional;

••••• Identificação do comprador e doresponsável pela dispensação (farma-cêutico ou atendente de farmácia) atra-vés de assinatura ou rubrica;

••••• Data e registro da quantidade do me-dicamento dispensada ao paciente.

Destaca-se ainda que nenhum conta-to foi estabelecido com os envolvidos napesquisa (prescritores, pacientes, dis-pensadores e compradores), garantindo-lhes o direito à privacidade e o sigilo desuas identidades.

RESULTADOS

Dentre as 210 prescrições avaliadas,foram obtidas 165 Notificações de Receita(“A”, “B” e Especial), correspondendo aum percentual 78,6%. A sigla da UF es-tava presente 54,5% destas, com 100%de legibilidade. A maior parte (58,2%) não

apresentou a seqüência numérica. Noentanto, em 100% das notificações nu-meradas o registro era legível.

Em relação aos elementos recomen-dados para toda a população do estudo,destaca-se que a identificação do emi-

tente ocorreu em 97,6% e foi registradade forma legível em 99,5% das pres-crições, que apresentavam este dado. Onome do paciente estava ausente em1,4%; e ilegível em 18,4% das prescriçõesem que ocorria (Tabela 1).

Tabela 1 – Distribuição da freqüência de prescrições, conforme a presença elegibilidade do nome do paciente, em uma Farmácia Comunitária, Feira de Santana,Bahia, julho, 2005.

Nota: *Valores válidos, excluídos os não identificados.

O endereço do paciente estava ausenteem 85,7% das prescrições. No entanto, veri-ficou-se um elevado percentual (86,7%) delegibilidade nos casos em que esse registrofoi realizado. A inscrição do prescritor noconselho profissional foi observada em99%das prescrições, com um considerávelpercentual de legibilidade (96,6%).

O nome do medicamento foi encon-trado em 100% das prescrições avaliadase estava legível em 99,5%. No entanto, amaior parte (90,5%) não apresentou aindicação do medicamento pelo nome ge-nérico, segundo a DCB (Tabela 2). Aconcentração do medicamento constavaem 72,4% das prescrições, com legibili-

dade em 94,1% daquelas que a con-tinham. Observou-se ainda que 71% dasprescrições apresentavam a forma far-macêutica e, na maioria destas, (90,6%)esse dado estava legível. Foi possível tam-bém detectar que 94,3% das prescriçõesindicavam a quantidade do medicamen-to com legibilidade de 97%.

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No estudo da posologia, verificou-se queo intervalo entre as doses (freqüência po-sológica) foi o elemento mais indicado(53,8%) e, posteriormente, a dose poradministração (51,9%). Por outro lado,grande parte das prescrições analisadas não

apresentou a via de administração do me-dicamento (75,2%), sendo este o ele-mento da posologia de menor freqüência.

O intervalo entre as doses foi o compo-nente da posologia de maior legibilidade(93,8%) e, posteriormente, a via de

Nota: *Valores válidos, excluídos os não identificados.

Tabela 3 – Distribuição da freqüência de prescrições, conforme a presença elegibilidade da data da emissão em uma Farmácia Comunitária de Feira deSantana, Bahia, julho, 2005.

A identificação do prescritor esteve pre-sente em 94,3% das prescrições e legívelem 93,0% daquelas que continham essedado. No que diz respeito à identificação doresponsável pela compra do medica-mento, destacaram-se o nome (94,8%) e o

administração (90,4%). A data em quea prescrição foi emitida ao paciente es-tava presente em 81,4% destas (Tabela3). Observou-se ainda que essa infor-mação apresentou um elevado per-centual de legibilidade (98,2%).

número do documento de identificação(92,4%), sendo o endereço também re-gistrado com elevada freqüência (89,5%).O maior percentual de legibilidade (89,7%)encontrado correspondeu ao número dodocumento de identificação do comprador.

A identificação do dispensador foi detec-tada em 84,3% das prescrições estudadas.Entretanto, vale ressaltar que o registroestava ilegível na maioria das prescriçõesque o continham (76,3%), como mostraa Tabela 4.

Tabela 4 – Distribuição da freqüência de prescrições, conforme a presença elegibilidade da identificação do dispensador em uma Farmácia Comunitária deFeira de Santana, Bahia, julho, 2005.

Tabela 2 – Distribuição da freqüência de prescrições, de acordo com a presençado nome genérico segundo DCB, em uma Farmácia Comunitária de Feira deSantana, Bahia, julho, 2005.

Nota: *Valores válidos, excluídos os não identificados.12

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A data em que ocorreu a dispen-sação do medicamento foi registradaem 96,2% das prescrições e legível

em 99% das que apresentavam essedado. Por fim, o registro da quanti-dade do medicamento dispensado

estava presente 92,9% das pres-crições, com um percentual de 98,5%de legibilidade.

DISCUSSÃO

Através desse estudo, observou-se queas prescrições analisadas não foram ela-boradas conforme as recomendações dalegislação, já que, em nenhuma delas,todos os elementos estudados estavampresentes e legíveis.

No que diz respeito à identificação doemitente, destaca-se que nas prescriçõesaviadas sem essa informação, ou com oregistro de forma ilegível, não foi possívela identificação do profissional ou insti-tuição responsável.

O nome do paciente é um dado im-prescindível, já que identifica o benefi-ciário do tratamento. Entretanto, foi de-tectado um pequeno número de prescri-ções sem o registro do nome do pacienteou com essa informação ilegível.

De forma similar ao relatado por An-drade, Andrade e Santos (2004), com umalinha, estudo semelhante, a maioria dasprescrições não apresentou o registro doendereço do paciente, isto é, este dado foinegligenciado pela maioria dos prescri-tores, dispensadores e usuários. Ressal-ta-se ainda que as Notificações de Recei-ta apresentaram um pequeno espaço des-tinado a esse registro, o que certamentedificultou a escrita de forma legível.

O registro do prescritor no conselhoprofissional apresentou elevados percen-tuais de presença e legibilidade, refletindoo hábito destes em fornecer essa infor-mação que comprova o exercício legal desuas atividades.

O nome do medicamento foi encon-trado em todas das prescrições estuda-das, já que a sua ausência inviabiliza adispensação. No entanto, a legibilidadedesse registro é fundamental para suaidentificação correta, fato consubstan-ciado na maior parte das prescrições.

Observou-se o hábito cultivado pelosprescritores de utilizar o nome comercial,descumprindo as normas legais e dificul-tando o acesso do usuário ao medica-mento genérico. Esses dados concordamcom os obtidos por Andrade, Andrade e

Santos (2004), com um perfil seme-lhante de amostra e estão muito abaixodo resultado de 30,6% de prescrição pornome genérico, obtido por Santos e Ni-trini (2004), o que reflete a cultura dis-seminada de não prescrever com a deno-minação genérica.

A concentração do medicamento deveestar indicada de forma clara e legível, oque possivelmente evitou a ocorrênciade erros na dispensação. A ausência dessainformação é um dado preocupante,especialmente nos casos em que existemconcentrações diferentes de um mesmomedicamento disponíveis comercial-mente.

Verificou-se ainda que uma elevadapercentagem das prescrições estudadasapresentou a forma farmacêutica domedicamento indicado. Essa informaçãotem grande relevância para o sucesso daterapêutica, já que o prescritor deveselecionar a forma farmacêutica maiscômoda e adequada ao paciente, favo-recendo a adesão ao tratamento. Ade-mais, verificou-se uma preocupação porparte dos prescritores em especificarclaramente esse dado, apesar do espaçoreduzido destinado ao seu registro.

Um grande percentual de prescriçõesapresentou a quantidade do medica-mento selecionado para o tratamento.O registro de forma legível também ocor-reu com elevada freqüência, apontandouma preocupação dos prescritores emespecificar a quantidade necessária aotratamento como forma de inibir o usoindiscriminado.

No estudo da posologia, verificou-seque o intervalo entre as doses (freqüên-cia posológica) foi o elemento mais indi-cado e, posteriormente, a dose por admi-nistração. Por outro lado, grande partedas prescrições não apresentou a via deadministração do medicamento, sendoeste o elemento de menor freqüência, oque pode provocar prejuízos ao trata-mento do paciente, caso este utilize a via

de administração inadequada. Outroaspecto relevante refere-se ao tamanhoreduzido do campo para o registro daposologia, o que possivelmente dificultoua indicação de forma completa.

Os resultados obtidos demonstraramque a indicação completa da posologianão foi um hábito predominante entreos prescritores, representando umaomissão de informações necessárias aouso correto do medicamento.

A data em que a prescrição foi emitidaao paciente apresentou elevados per-centuais de presença e legibilidade, re-metendo ao cuidado dos prescritores emregistrá-la para que ocorra a dispensaçãodentro do prazo legal.

A identificação do prescritor ocorreuna maioria das prescrições, ratificandoque este documento foi elaborado porum profissional responsável através dapresença da assinatura, acompanhadaou não do respectivo carimbo. No entan-to, em um pequeno percentual não foidetectada essa identificação e, mesmoassim, ocorreu a dispensação do medica-mento prescrito.

Apesar de, em alguns casos, ter sidoverificado o uso de rubricas na identifi-cação do prescritor, foi detectado um ele-vado percentual de legibilidade na assina-tura acompanhada pelo carimbo, suge-rindo um hábito dos responsáveis em seidentificar, contribuindo para a realizaçãodo controle sanitário.

A maior parcela da população de estudoapresentou os dados do comprador,

demonstrando o cuidado dos dispen-sadores no registro dessas informaçõesrelativas ao indivíduo que adquiriu omedicamento no estabelecimento far-macêutico.

A identificação do dispensador foidetectada com elevada freqüência, sendoeste o balconista ou o farmacêutico. En-tretanto, vale ressaltar que o registro es-tava ilegível na maioria das prescrições queo continham, visto que alguns dispen-

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sadores utilizaram rubricas. Dessa forma,esses devem estar mais atentos para aimportância de sua identificação, certi-ficando que a entrega do medicamento aopaciente ocorreu na data e local indicado.

A data em que foi efetuada a dispen-sação do medicamento estava presentee legível em um elevado número de pres-

crições, confirmando a importância dasua indicação, para assegurar que omedicamento foi realmente dispensadodentro do período legal.

Por fim, destaca-se, como último ele-mento pesquisado, o registro da quantida-de do medicamento entregue ao paciente,cuja importância é fundamental para a

verificação da correspondência entre aquantidade prescrita e dispensada, estan-do presente na maioria das prescrições. Alegibilidade dessa informação foi obser-vada com elevada freqüência, sugerindoque os dispensadores devem ter sido ori-entados para a sua importância na reali-zação do controle do estoque.

Farmacêuticos, pesquisadores, professorese estudantes:colaborem conosco, enviandoartigos ou trabalhos acadêmicos para o e-mail: [email protected]. A suacontribuição será muito importante !

CONCLUSÕES

Foi possível evidenciar que o cumpri-mento da legislação, referente ao con-trole sanitário dos medicamentos sob re-gime especial, ainda é bastante incipi-ente, apesar da existência do regula-mento técnico desde o ano de 1998. Essefato aponta para a necessidade de maiorcapacitação e efetividade da fiscalizaçãosanitária.

Os dados fornecidos pela pesquisadocumental sugerem a existência dedesvios na qualidade da elaboração dasprescrições analisadas relativos ao pre-enchimento de dados referentes ao medi-camento, especialmente os elementosda posologia, ausentes com maior fre-qüência, resultando em prejuízos nasinformações terapêuticas prestadas aopaciente.

Uma das limitações deste estudo foi àanálise de legibilidade, que pode ter apre-sentado viés de aferição, visto que a sua

caracterização é extremamente sub-jetiva, relacionando-se a com a possibili-dade de leitura dessas informações pelopesquisador, sendo que os resultados en-contrados podem não ser reprodutíveis.

Em relação às informações sobre oprescritor, foi detectado um baixo per-centual de não correspondência à legis-lação, assim como no que diz respeitoaos dados do paciente, a exceção doendereço deste, que não foi registradocom elevada freqüência, sendo impor-tante destacar que a localização de ambosé fundamental para que se possa dimi-nuir a possibilidade de fraudes e, atémesmo, de tráfico de medicamentos.

A realidade observada evidencia anecessidade de sensibilização dos envol-vidos nas atividades de prescrição e dis-pensação, de forma a adequar-se às exi-gências legais, proporcionando benefíciosà saúde do usuário e segurança para a

população, ao coibir o uso dessas subs-tâncias, de forma ilícita e abusiva, que seconstitui como uma questão relevanteno campo da saúde coletiva.

Dessa maneira, sugere-se uma oti-mização nos meios de fiscalização commaiores investimentos financeiros eavanços nos recursos humanos e tecno-lógicos, bem como a presença do profis-sional farmacêutico, não apenas paraelaborar livros de registro específico, mastambém na avaliação das prescriçõespara minimizar a ocorrência de erros.

AGRADECIMENTOS

Aos farmacêuticos e aos mestres Marí-lia Pinto Federico e Edimar Caetité Jú-nior, aos responsáveis pelo estabele-cimento farmacêutico onde foi realizadaa pesquisa, e a todos, que contribuírampara a viabilização desse trabalho.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, M. F.; ANDRADE, R. C. G.; SANTOS,V. Prescrição de psicotrópicos: avaliação dasinformações contidas em receitas e notifi-cações. Revista Brasileira de Ciências Far-macêuticas, São Paulo, v. 40, n. 4, p. 471-479, 2004.

BRASIL. Portaria nº 344, de 12 de maio de1998. Aprova o Regulamento Técnico sobresubstâncias e medicamentos sujeitos aocontrole especial. D.O.U. - Diário Oficial daUnião, Poder Executivo, Brasília, DF, 01 fev.1999. Disponível em: <http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public >. Acesso em:16nov. 2005.

CARMO, T. A.; NITRINI, S. M. O. O. Pres-crições de medicamentos para gestantes:um estudo farmacoepidemiológico. Cader-

nos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.20, n. 4, 2004.

FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio básico.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. 687p.

LYRA JR, D.P. et al. As prescrições médicas comocausadoras de risco para problemas relacio-nados com medicamentos. Seguimento Farma-coterapêutico, São Paulo, n. 2, p. 86-96, 2004.

SANTOS, V; NITRINI, S. M. O. O. Indicadores douso de medicamentos prescritos e da assistên-cia ao paciente de serviços de saúde. Revistade Saúde Pública, São Paulo, v. 38, n. 6, dez.2004.

SILVA, P. Prescrição e receita médica. In:_____. (Coord.). Farmacologia. Rio de Janei-ro: Guanabara Koogan, 2006. p. 142-147.

SIMÕES, M. J. S. Estudos de utilização de medi-camentos. In: CASTRO, L. L. C. de (Org.). Fun-damentos de farmacoepidemiologia. CampoGrande: Grupuram, 2001. p. 128-180.

ZUBIOLI, A. O Controle sanitário de entorpe-centes, psicotrópicos e outras substâncias su-jeitas a controle especial. In: ____. Ética Far-macêutica. São Paulo: Sociedade Brasileirade Vigilância de Medicamentos, 2004. p. 339-361.

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opinião

Foi louvável a persistente articulação do Conselho Federal de Farmácia junto ao Ministério da Saúde, ao

Conselho Nacional de Secretários deSaúde (Conass) e Conselho Nacional deSecretários Municipais de Saúde (Cona-sems), o que culminou com a publicaçãoda Portaria nº 698 de 30/03/06, a qualclaramente dispõe que os recursos fe-derais destinados exclusivamente ao cus-teio de ações e serviços de saúde passama ser organizados e transferidos na formade blocos de financiamento, e que umdestes blocos é o da Assistência Farma-cêutica.

Programa de Saúde da FamíliaDiante disso, pode-se interpretar que,

a partir do fato de haver recursos especí-ficos para a aquisição de medicamentosda atenção básica, o farmacêutico estariaautomaticamente incluído. É verdade,ninguém melhor que o farmacêuticopara gerir algo que ele domina. No en-tanto, equivocadamente, imaginou-seque a referida portaria incluiria o farma-cêutico no Programa de Saúde da Família(PSF) e abriria espaço para a contratação

de mais de 20 mil farmacêuticos. Noentanto, nunca se viu esse profissionalatuar em PSF, na Bahia.

Vale ressaltar, também, que a espe-rançosa Portaria nº 698/06 foi revogadaeste ano pela Portaria nº 204 de 29/01/2007, a qual dispõe também sobre ofinanciamento e as transferências derecursos para ações e serviços de saúde.Será que com isso o sonho da inserção dofarmacêutico no PSF também se esvai? Éclaro que não. E é claro que o farmacêuticojá está inserido na Atenção Básica e indi-retamente no PSF, pois quando anali-samos a Portaria nº 648 de 28/03/06encontramos no item infra-estrutura erecursos necessários, do capítulo I (Aten-ção Básica), um dos itens necessários àUnidade Básica de Saúde (UBS), qual sejaa existência e manutenção regular deestoque dos insumos necessários para ofuncionamento das UBS, incluindo dis-pensação de medicamentos pactuadosnacionalmente.

Dessa forma, não dá para pensar emdispensação de medicamentos sem pen-sar em farmacêutico atuando, pois sabe-mos que, em torno de 70% dos gastos

Farmacêutico no Programa deSaúde da Família (PSF):uma conquista a ser alcançada

com medicamentos, são perdidos devidoaos preços e à qualidade inadequados,como também ao armazenamento incor-reto, à perda da validade, à prescriçãoirracional e à falta de adesão ao trata-mento.

Portanto, o financiamento do bloco daAssistência Farmacêutica deve estar vin-culado a um processo de reorientaçãodessa assistência, bem como da neces-sidade de se adotar medidas que conso-lidem a assistência farmacêutica comoferramenta essencial para as ações bási-cas de saúde.

Finalmente, é urgente acordar para anecessidade gritante de um profissionalfarmacêutico no PSF e reabrir a discus-são com vistas a criar mecanismos legaisespecíficos para que esse profissionalpossa atuar em conjunto com outros pro-fissionais de saúde, sem medo de estarinterferindo no âmbito de outro profissio-nal, mas fechando o círculo multiprofis-sional ligado à promoção da saúde dopaciente.

Luiz Seneterri CRF 4395Farmacêutico auditor em Saúde/[email protected]

É inegável que o farmacêutico é imprescindível à atenção básica

no que tange à seleção, à aquisição, ao armazenamento, à

distribuição e dispensação de medicamentos, ao uso racional e à

segurança para o paciente, uma vez que os riscos advindos de

possíveis interações e reações indesejáveis possam ser evitados. A

Assistência Farmacêutica, à luz da Farmácia Clínica, contribui

também para o fortalecimento das campanhas sanitárias e da

atenção primária à saúde.

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A Consulta Pública foi debatida pela farmacêutica e técnica da Anvisa, Dr. Fernanda Coura e farmacêu-

ticos baianos, no dia 17 de agosto, noauditório do CRF/BA. O farmacêutico Dr.Jacob Cabús, tesoureiro do CRF/BA, coor-denou a atividade.

A Dra. Fernanda Coura apresentou asrazões que motivaram a Anvisa a defen-der as novas normas para farmácias edrogarias.

“A mudança de atitude frente às far-mácias e drogarias do país para que pos-sam contribuir para a integralidade eresolutividade na atenção à saúde dapopulação e fortalecer a autonomia e odireito do cidadão são necessidades ur-gentes em defesa do cidadão, sobretudoda saúde coletiva.”

Na proposta da Anvisa, estão colocadosos dados obtidos da Organização Mundialde Saúde (OMS), ressaltando o percen-tual de internações hospitalares provoca-das por reações adversas a medicamen-tos que ultrapassam 10%. Para a técnica,

as informações do Sistema Nacional deInformações Tóxico-Farmacológicas(Sinitox) são relevantes. Mas ela adverteque os medicamentos ocupam o primei-ro lugar entre os agentes causadores deintoxicações em seres humanos e queeste comportamento vem se apresen-tando desde 1996.

Dra. Coura acrescenta que, além dessasituação, a necessidade de disciplinar eharmonizar questões relacionadas à dis-pensação e ao comércio de medicamen-tos, correlatos e alimentos, bem como àprestação de outros serviços farmacêu-ticos em farmácias e drogarias em todoo país, em busca do constante aperfeiçoa-mento das ações no âmbito do SistemaNacional de Vigilância Sanitária, são con-siderações importantes para a promoçãoda Consulta Pública.

Esses argumentos e essas propostasencaminhadas pelas entidades farma-cêuticas foram importantes para a dis-cussão pública de mudanças no setor demedicamentos. Na discussão, está posto

o controle sanitário da dispensaçãode medicamentos e correlatos e docomércio de determinados alimentosque serão regulados com aprovaçãoda medida.

Na opinião Dr. Jacob Cabús, a me-dida abre um importante espaçopara o desenvolvimento da AtençãoFarmacêutica e o profissional farma-cêutico tem a sua atuação destacadacomo agente responsável por essaação.

Os serviços farmacêuticos de quetrata a consulta somente podem ser

Palestra aborda aConsulta PúblicaO regulamento técnico das boas práticasfarmacêuticas em farmácias e drogarias e a relaçãode produtos permitidos para a venda em farmácias edrogarias são algumas das medidas que deverão seradotadas por proprietários de estabelecimentosfarmacêuticos, caso seja aprovada a Consulta Públicanº 69, promovida este ano pela Diretoria Colegiada daAgência Nacional de Vigilância Sanitária.

O interesse foi geral

Dra. Fernanda Coura, técnica da Anvisa

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(...)2. ABRANGÊNCIA:2.1 Este Regulamento se aplica às farmá-

cias e drogarias em todo território nacional.2.2 O disposto neste Regulamento não se

aplica aos dispensários de medicamentos eestabelecimentos de atendimento privativo deunidade hospitalar ou de qualquer outra equi-valente de assistência médica, sujeitando-seàs disposições contidas em legislação espe-cífica.

(...)7. RELAÇÃO DE PRODUTOS PERMITIDOS

7.1 Fica permitido em farmácias e drogariasde todo o país a dispensação e o comércio dosseguintes produtos:

7.1.1 Alimentos para dietas para nutriçãoenteral:

7.1.1.1 Alimentos nutricionalmente com-pletos para nutrição enteral;

7.1.1.2 Alimentos para suplementação denutrição enteral;

7.1.1.3 Alimentos para situações meta-bólicas especiais para nutrição enteral;

7.1.1.4 Módulos de nutrientes para nu-trição enteral;

7.1.2 Fórmulas infantis para lactentes efórmulas infantis de seguimento para lac-tentes;

7.1.3. Alimentos para dietas com restriçãode nutrientes:

7.1.3.1 Adoçantes dietéticos;7.1.3.2 Alimentos para dietas com restrição

de sacarose, frutose e ou glicose;7.1.3.3 Alimentos para dietas com restrição

de outros mono- e ou dissacarídeos;7.1.3.4 Alimentos para dietas com restrição

de gorduras;7.1.3.5 Alimentos para dietas com restrição

de proteínas;7.1.3.6 Alimentos para dietas com restrição

de sódio;7.1.4 Os suplementos de vitaminas e ou de

minerais, isoladas ou associadas entre si, en-quadrados como alimentos:

7.1.4.1 Vitaminas isoladas ou associadasentre si;

7.1.4.2 Minerais isolados ou associadosentre si;

7.1.4.3 Associações de vitaminas com mi-nerais;

7.1.4.4 Produtos fontes naturais de vita-minas e ou minerais, legalmente regulamen-tados por Padrão de Identidade e Qualidade(PIQ) de conformidade com a legislação per-tinente;

7.1.5 Alimentos novos ou novos ingre-dientes.

7.1.6 Cosméticos;7.1.7 Medicamentos;7.1.8 Perfumes;7.1.9 Produtos médicos;7.1.10 Produtos para diagnóstico de uso in

vitro;7.1.11 Produtos de higiene pessoal.

7.2 A identificação dos alimentos cujacomercialização é permitida no termos dositens anteriores deve ser baseada nas infor-mações contidas em sua rotulagem quanto àfinalidade a que se destinam, conforme legis-lação específica.

7.3 É vedada a comercialização ou a expo-sição ao consumo de substância, produto, apa-relho ou acessório não-enquadrado no con-ceito de produto sujeito às normas de vigilân-cia sanitária e não-incluído na relação contidano item 7.1 deste Regulamento, tais como:

7.3.1 Alimentos comuns: sucos, refrige-rantes, bebidas potáveis com qualquer teoralcoólico, alimentos in natura, biscoitos, bola-chas, pães, balas, chicletes, chocolates, docesem geral, lacticínios, achocolatados, açúcar,mel, café, chá, sal comum, sopas, cereais,farinhas, temperos, condimentos, especiarias,sorvetes, picolés.

7.3.2 Artigos de uso doméstico: lâmpadas,vassouras, panos, esponjas, objetos de deco-ração, roupas de cama, mesa ou banho, mate-riais hidráulicos, materiais elétricos, ferra-mentas, artigos de armarinho, artigos de pape-laria.

7.3.3 Artigos de uso pessoal: peças de ves-tuário, calçados, jóias, bijouterias, relógios,brinquedos, aparelhos celulares, cartões tele-fônicos.

7.3.4 Artigos de tabacaria: cigarros, cha-rutos, isqueiros.

7.3.5 Materiais de cine, foto e vídeo: filmes,fitas, câmeras fotográficas, filmadoras.

7.3.6 Produtos saneantes: água sanitária,detergentes, desinfetantes, ceras, inseticidas,odorizantes de ambiente.

7.3.7 Produtos veterinários: vacinas, defen-sivos agrícolas, rações, ossos sintéticos, come-douros, acessórios para animais de estimação.

7.3.8 Demais mercadorias que sejam co-mercializadas por estabelecimentos especia-lizados, supermercados, armazéns, empóriose lojas de conveniência, nos termos da lei.

7.3.9 A relação contida nos itens anterioresnão é exaustiva e têm caráter meramenteilustrativo, não restringindo à vedação contidano item e artigo aos produtos neles citados.

(...)

realizados por farmacêutico ou poroutro profissional qualificado e legal-mente habilitado, segundo a legislaçãovigente, com adequada e comprovadacapacitação técnico-científica sob asupervisão do responsável técnico,observados os critérios e as condiçõesde Boas Práticas Farmacêuticas emFarmácias e Drogarias.

Para a técnica, o objetivo do regula-mento é estabelecer os requisitos míni-mos a serem observados na Assistên-cia Farmacêutica e na Atenção Farma-cêutica, em benefício da população.

Principais trechos do regulamentode boas práticas farmacêuticas

A representante da Anvisa e o Dr. Jacob Cabús

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Eliana Fiais, à frente da

Coordenação de Portos

e Aeroportos, Fronteiras

e Recintos Alfandegados do Es-

tado da Bahia, destaca, em entre-

vista exclusiva concedida à revis-

ta do CRF, as parcerias firmadas

com órgãos das esferas dos po-

A saúde semfronteiras

deres estadual e municipal como

a marca da sua gestão. Respon-

sável pela CVPAF/BA desde agosto

de 2003, ela tem desenvolvido

ações conjuntas que envolvem a

participação dos funcionários da

Vigilância Sanitária e Epidemio-

lógica nos municípios do interior

entrevista

e da VISA estadual e epidemio-

lógica, em Salvador. “É de fun-

damental importância realizar-

mos um trabalho articulado”,

defende. “Assim, cada órgão ou

entidade se complementam,

obtendo êxito pleno e resultados

mais que satisfatórios.”

P - Qual é o papel da Anvisa nacoordenação nos estados?

R - A Anvisa está estruturada, nos esta-dos, através das CVSPAF, tendo comoobjetivo garantir a fiscalização e ocontrole sanitário nos meios de trans-portes, na infraestrura, atuando nocontrole sanitário de viajantes e devetores transmissores de doenças. Nóscumprimos o papel institucional

como entidade de saúde pública.Atuamos, também, no controle sani-tário de produtos importados, tendocomo respaldo legal fundamentado naLegislação brasileira, no regulamentosanitário e em outros atos subscritosno Brasil.

P - Qual é a área de atuação daCVPAF/BA?

R - A CVPAF-BA tem postos organi-

zados nos postos e aeroportos deIlhéus, de Salvador e atracadouros dePorto Seguro, além dos aeroportos deSalvador, de Ilhéus e Porto Seguro.Fiscaliza o Porto de Aratu, de Madre deDeus, Centro Naútico, Marina Aratu,Aratu Iate Clube, Ferryboat, Porto Ford,EADI, Portos de Belmonte e Caravelas,embarcações para Abrolhos e osCorreios.

com Eliana Fiais:

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“As informações e

orientações prestadas para os

viajantes devem fazer parte

do planejamento de viagem.

Algumas medidas devem ser

previstas com antecedência, a

exemplo da vacinação contra

a febre amarela, que é

obrigatória para o ingresso

em alguns países, devendo ser

tomada pelo menos dez dias

antes da viagem.”

enviadas para análises na Faculdadede Farmácia da UFBA.

P - Qual a importância da RDC nº350/05?

R - A RDC nº 350 de dezembro de 2005traz no seu conteúdo um regulamen-to que norteia todo o trabalho de fisca-lização. O regulamento dispõe sobre oRegulamento Técnico de VigilânciaSanitária de Mercadorias Importadasque define sobre amostras, análisefiscal, análise de controle, autorização

de embarque, autorização sanitária,bagagem, bioquivalência, biodisponi-bilidade, despacho aduaneiro e emba-lagem, entre outros itens a serem se-guidos pela fiscalização da Anvisa, emtodo o país.

P - Existe uma infra-estrutura ade-quada para o trabalho no aero-porto de Salvador e em outrasáreas de orientação?

R - Sim. Temos uma área destinada aOrientação e Controle Sanitário de Via-jantes tem como uma de suas respon-sabilidades estabelecer medidas paradiminuir os riscos de um viajante vir aadquirir qualquer doença ou agravode importância em saúde pública du-rante a viagem. Na orientação, tambémcobramos a responsabilidade das em-presas de transportes de passageiros,que devem cumprir a legislação, ouseja, os viajantes devem apresentar osdocumentos solicitados como neces-sários.

No aeroporto de Salvador, contamoscom sala de vacina, onde ofertamos avacina contra a febre amarela. A vaci-nação é obrigatória para os viajantesque se deslocam para as áreas endê-micas dessa doença, ofertamos, tam-bém, nesse posto, vacinas como a duplae tripla virais e a de Polío e outras quan-do ocorrem eventos de interesse dasaúde pública. Estamos capacitadospara orientar os viajantes sobre proce-dimentos que devem ser cumpridosantes e/ou durante a viagem.

P - Quais são as orientações pres-tadas pela Anvisa?

R - A depender do destino do viajante,torna-se necessária a adoção de alguns

P - Como é realizado o trabalhoda coordenação?

R - Atuamos no controle sanitário dosviajantes antes e depois das viagens,prestando informações quanto aoscuidados que se deve ter com a saúde,visando a prevenção ou a diminuiçãodo risco de exposição a uma doençaou agravo. Atuamos, ainda, no controlede vetores transmissores (mosquitos)de doenças de notificação interna-cional, conforme o Regulamento Sani-tário Internacional. Somos responsá-veis por toda a infraestrutura que ga-rante condições higiênicas sanitáriassatisfatórias, com o objetivo de evitar apropagação de doenças transmissíveise outros agravos para a saúde públicae o meio ambiente, além da fiscaliza-ção das aeronaves e embarcações paraverificações das condições higiênicas eemissão do Certificado de Livre Prática.Nos armazéns alfandegados, verifica-mos o cumprimento das boas práticasde armazenagens e damos a autori-zação de Funcionamento de Empresa(AFE).

P - O trabalho também está rela-cionado à fiscalização de medica-mentos?

R - Sim. Atuamos nos portos portuárioe aeroportuário de Salvador, fiscali-zando a liberação de mercadorias eprodutos sob a forma de matéria pri-ma, produtos a granel, produtos semi-elaborados e acabados nas categoriasmedicamentos, alimentos, saneantes,produtos para a saúde e cosméticos,de acordo com a RDC 350/2005, a RDC217/2006, a Portaria nº 344/98 eoutras legislações especificas.Os ali-mentos importados nas formas acaba-do e a granel são coletadas amostras, e

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CRF-BA em Revista

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CRF-BA em Revista

cuidados. Por isso, as informações eorientações prestadas para os viajantesdevem fazer parte do planejamento deviagem. Algumas medidas devem serprevistas com antecedência, a exemploda vacinação contra a febre amarela,que é obrigatória para o ingresso emalguns países, devendo ser tomada pelomenos dez dias antes da viagem.A vacinação deve ser registrada no Cer-tificado Internacional de Vacinação,emitido em qualquer um dos postosda Anvisa. Caso ocorra algum problemade saúde que contra-indique a vacina-ção, o cidadão deve consultar seu mé-dico e solicitar um atestado que deveser apresentado para a emissão doCertificado Internacional de Isenção deVacinação. Outras vacinas são reco-mendadas como medidas de preven-ção do viajante que se desloca paraqualquer país. Exemplificamos com asque combatem sarampo, caxumba erubéola (a tríplice viral), difteria etétano (dT) e hepatite B. Nos casos emque houver deslocamento para áreasendêmicas, são ministradas as vacinas

contra poliomielite, influenza e menin-gite meningocócica. A principal orien-tação da Anvisa é que o viajante estejaem dia com seu calendário vacinal doPrograma Nacional de Imunização doMinistério da Saúde.

P - Além da vacinação, que outroscuidados devem ser adotadospelos viajantes?

R - Sugerimos que os viajantes evitemalimentos de procedência duvidosa,verificando se é, de fato, seguro. Evitempicadas de mosquitos usando repe-lentes. Além disso, sugerimos a utili-zação de mosquiteiros e telas prote-toras, bem como evitar exposição aosmosquitos nos horários em que estãoem maior atividade (ao anoitecer e aoamanhecer).

P - Onde os interessados podemobter maiores informações sobrea vacinação obrigatória e o traba-lho de fiscalização realizado pelaCVPAF/BA?

R - Na sede da Anvisa, situada na

É bacharel em Farmácia pela

Universidade Federal da Bahia e

sanitarista com especialização em

Saúde Coletiva e concentração

em Vigilância Sanitária de portos,

aeroportos e fronteiras pelo

Instituto de Saúde Coletiva (ISC-

UFBa). Atuou como farmacêutica

no Hospital Geral de Itaparica e

no Distrito Sanitário de

Cajazeiras, além de assumir o

cargo de fiscal de Vigilância

Sanitária na Divisão de

Vigilância e Controle Sanitário

do Estado da Bahia (Divisa).

Integrante da Diretoria da

Federação Nacional dos

Farmacêuticos, também presidiu

o Sindicato dos Farmacêuticos e

o Conselho Regional de Farmácia

do Estado da Bahia. Foi Diretora

da FENAFAR e Sindsaúde.

Eliana Cristina de Santana Fiais

“A vacinação é obrigatória

para os viajantes que se

deslocam para as áreas

endêmicas dessa doença e

para outras áreas, quando

ocorrem eventos de interesse

da saúde pública (...).”

Rua Banco dos Ingleses, nº 1, noCampo Grande, em Salvador, alémdos postos organizados, localizadosnos portos e aeroportos de Salvador,Ilhéus e Porto Seguro.

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CRF-BA em Revista

Janeiro

Março

AbrilMaioJulho

Setembro

Janeiro

O início do curso de Farmácia da Uni- versidade Federal da Bahia acon- teceu nos tempos da monarquia,

logo após a chegada da família real aoBrasil. Dom João VI fundou a Faculdadede Medicina, e no ano de 1815, atravésde Carta Régia, foi criada a disciplina quí-mica farmacêutica, incorporada ao cursomédico na Bahia. Diante de importantedata histórica, os farmacêuticos não po-deriam ficar de fora da programação deeventos comemorativos do bicentenárioda criação dos cursos médicos no Brasil.

A presença da Faculdade de Farmáciada UFBa nessas comemorações já estágarantida. Mas, para assegurar uma par-ticipação significativa e relevante, umacomissão organizadora, integrada porprofessores escolhidos pela congregaçãoda faculdade, já começou a trabalharcom afinco, fazendo um levantamentohistórico e coletando material origináriodas mais variadas fontes, que vão desde

Farmácia, desde a monarquia !

Prédio que abrigou o ensino farmacêutico

decretos e documentos a relatos oraisobtidos com familiares de antigos pro-fessores catedráticos.

“Estamos contando com o valiosoapoio dos descendentes de grandes balu-artes da Farmácia brasileira”, anuncia apresidente da Comissão, Florentina San-tos Diez del Corral. “Temos tido a opor-tunidade de ter acesso a preciosidades,além de solicitarmos também mais doa-ções de todos aqueles que tiverem inte-resse em colaborar conosco.”

Após as comemorações do bicen-tenário, todo o acervo será destinado aum espaço especialmente projetadopara preservar e expor a memória da

Farmácia, na Bahia. A programaçãocomemorativa se estenderá ao longo dopróximo ano, iniciando-se em 20 de ja-neiro, Dia do do Farmacêutico, e culmi-nando no dia 20 de janeiro de 2009 comum grande evento.

Comissão organizadora:• Ajax Mercês Atta• Fernando Trindade Rego• Florentina del Corral - Presidente• Humberto Ribeiro Moraes• Odúlia Leboreiro Negrão

Agosto

Outubro

Doação de fotos e documentos contactar o e-mail: [email protected]

Se juntarmos, em um mesmocadinho, o ensino da Medicina e oda Farmácia teremos dois séculosde história para festejar.

Comemoração do Dia do FarmacêuticoPalestra: Temas Atuais da Profissão Farmacêutica

Palestra: Temas Atuais da Profissão FarmacêuticaPalestra: Temas Atuais da Profissão FarmacêuticaParticipação no Cortejo do 2 de JulhoSeminário: A Profissão Farmacêutica nas Forças ArmadasParticipação na Feira de SaúdeSeminário: Atuação do Farmacêutico na Vigilância Sanitária

Simpósio: Ensino e Pesquisa em FarmáciaParticipação no Número da Gazeta Médica da Bahia com Histórico do Curso de Farmácia.

Encerramento

PROGRAMAÇÃO DA COMEMORAÇÃO DO INÍCIO DO ENSINO DE FARMÁCIA NA BAHIA

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CRF-BA em Revista

O seminário “Desafios da Atenção Farmacêutica no Brasil”, realizado no dia 6 de outubro, foi promovido

pelo CRF/BA e pelo Grupo para Desen-volvimento da Atenção Farmacêutica(GDAF). No evento, que reuniu cerca de350 farmacêuticos e estudantes de far-mácia, foram discutidas propostas eobstáculos para a consolidação da Assis-tência Farmacêutica, no país. As propos-tas foram apresentadas a partir de váriaspráticas existentes em vários estados ede experiências realizadas por especia-listas, no Brasil e no exterior.

Na mesa de abertura do seminário,estiveram presentes Dr. Altamiro San-tos, presidente do CRF/BA; Dr. Clóvis Reis,presidente do GDAF; Dra. Edênia Santos,diretora do Sindifarma; e Dr. José MiguelNascimento, representante do Departa-mento de Assistência Farmacêutica doMinistério da Saúde.

Experiências da Assistência Farmacêu-tica na Espanha e em Portugal foram rela-tadas pelas Dra. Gladys Santana e Dra.Tânia Nascimento, respectivamente.

Elas falaram dos desafios e destacaramcomo ponto negativo a resistência dosfarmacêuticos.

De acordo com a Dra. Tânia Nasci-mento, os farmacêuticos preferem semanter nas atividades tradicionais demanipulação e dispensação, resistindoa ampliar as suas funções para assistirmelhor os pacientes.

O Dr. Divaldo Pereira Júnior falou dosavanços no ensino e na pesquisa dessaprática no Brasil, lamentando o fato deo ensino ser realizado por docentes quenão têm a prática e experiência profis-sional.

O coordenador do GDAF e um dosorganizadores do evento, Dr. Clóvis Reis,destacou a importância da promoção douso racional de medicamentos na Aten-ção Farmacêutica e da importância daparticipação do paciente no tratamento.

“Pacientes que sabem mais e parti-cipam ativamente do tratamento, com-partilhando seus desejos, suas necessi-dades, limites e preferências com osprofissionais que lhe assistem, obtêmmelhores resultados”, conclui.

Foram também debatidos os proble-mas para a utilização de medicamentosem crianças, temática destacada nasapresentações das doutoras Helena Lu-téscia Coelho e Simone Mendonça. Elasexplicaram, ainda, como estruturarabordagens centradas nas necessidadesdo paciente.

Durante o evento, foram relatadas ex-periências e apresentados projetos dequatro importantes grupos de AtençãoFarmacêutica no Brasil: Grupo para De-senvolvimento da Atenção (GDAF), naBahia; Grupo de Pesquisa em AtençãoFarmacêutica (GRUPATF), no Ceará;

Grupo de Pesquisa em Farmácia (GPF),em Sergipe; e o Grupo de Estudos emAtenção Farmacêutica (GEAF), em MinasGerais.

No âmbito hospitalar, a farmacêuticaDra. Edênia Santos falou sobre as parti-cularidades da Atenção Farmacêutica e

Seminário discute propostaspara consolidação da AtençãoFarmacêutica no Brasil

Dr. Divaldo Pereira Júnior

Temática tem ampla repercussão no âmbito da saúde pública

Dra. Helena Lutéscia Coelho

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CRF-BA em Revista

a Dra. Tânia Nascimento sobre os desa-fios da formação clínica de farmacêuticos.

As políticas de medicamentos e daAssistência Farmacêutica para o paísforam explicitadas pelo representante do

No que se refere à participação do paci-ente no tratamento, há um contra-censoainda muito grande. Embora ouvimos emqualquer evento, na área de saúde, argu-mentos como legitimidade, humaniza-ção, direito, efetividade da abordagem cen-trada no paciente ser evocado no discur-so dos profissionais, é intrigante perce-ber que a participação do paciente é pou-co estimulada pelos profissionais desaúde.

A culpa pelos problemas relacionadosao uso dos medicamentos é frequente-mente atribuída ao paciente, e a causadestes problemas é geralmente descritadevido à auto-medicação ou ao descum-primento do tratamento. Mas, interagindoem profundidade com pacientes, começa-mos a compreender as idéias e o compor-tamento deles com relação aos medica-mentos. Observamos que os pacientesdesejam obter o melhor resultado e nãodesejam ter reações e danos. Percebemosque os problemas relacionados à medi-cação, incluindo auto-medicação e des-cumprimento do tratamento, ocorrem, naverdade porque o paciente não tem su-porte adequado para o atendimento desua necessidade ou esta não foi adequa-damente atendida e entendida pelos pro-fissionais, ou sistema de saúde.

Preocupado com a modificação dessacultura, o GDAF tem trabalhado dandosuporte a pacientes, profissionais de saú-de e estudantes. Ao participar dos seustratamentos, pacientes compartilhamseus objetivos, desejos, preferências,preocupações, limites com profissionaisque estão lhes assistindo e em conjunto,paciente e profissional são capazes deobter melhores resultados.

Farmacêuticos e também estudantes defarmácia podem interagir com pacientese facilitar o entendimento da lógica sobre

tratamento com medicamentos. Nessainteração não deve ser feita transmissãode fatos e verdades alheias ao paciente,pois estes não aprendem ouvindo, e simpensando, descobrindo, explorando econfrontando o que é dito. Deve-se tam-bém reforçar a idéia de que desejos, limi-tações, preferências, preocupações eexpectativas dos pacientes devem orientaro tratamento porque é feito para pacientese não os pacientes para o tratamento.

A principal dificuldade encontrada peloGDAF na mudança dessa postura está emambos os sujeitos: pacientes e farmacêu-ticos. Os farmacêuticos e estudantes deFarmácia são formados de maneira muitotecnicista e têm dificuldade para exerceroutra postura diferente da imposição deseu conhecimento e verdade ao pacienteem vez da facilitação do entendimento eda compreensão da lógica. Os pacientes,por sua vez, foram considerados ignoran-tes, sem conhecimento, por tanto tempoque as vezes acham que não são capazesou não têm o direito de saber mais sobreseu tratamento. Para ajudar farmacêu-ticos e estudantes nessa diferente postura,mais efetiva e recompensadora, o GDAFpreparou tutoriais que podem ser baixa-dos gratuitamente. Mais informações nosite do GDAF: www.gdaf.org.br

Ministério da Saúde, Dr. Mi-guel Nascimento.

“O papel principal agoracabe aos farmacêuticos quedevem buscar a consolidaçãodo serviço em consonânciacom os princípios do SUS”,disse Dr. Miguel Nascimento. Dr. Eustáquio Linhares debateu o tema

Dr.a Tânia Nascimento

Dr.a Gladys SantanaDr. Clovis Reis, presidente do GDAF

“Os pacientes desejam obter o melhor resultado...”

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CRF-BA em Revista

em destaque

Treinamento enfoca o Sistema Nacional deGerenciamento de Produtos Controlados

Com a promoção do CRF/BA, foirealizado no dia 4 de outubro, emSalvador, um treinamento comtécnico da Anvisa sobre o SistemaNacional de Gerenciamento deProdutos Controlados (SNGPC).

A atividade contou com um número expressivo de farmacêuticos de vá-

rios municípios do estado. Durante otreinamento, os profissionais conhece-ram a concepção e os objetivos do sis-tema, além das orientações obtidas paraimplementar o programa. De acordocom declarações do diretor-presidente daAnvisa, Dr. Dirceu Raposo de Mello, oSNGPC é um programa de fácil utilização.As farmácias e drogarias devem se cadas-trar no sistema até maio de 2008.

O sistema do SNGPC é um programa

Participantes lotaram auditório do Salvador Praia Hotel

Dr. Altamiro José dos Santos

informatizado de captura e tratamentode dados que irá monitorar a produção,a circulação, o comércio e uso de medi-camentos sujeitos a controle especial,como anorexígenos, psicotrópicos,entorpecentes e anabolizantes.

De acordo com a Anvisa, o respon-sável técnico pela farmácia e drogariadeverá repassar dados sobre compra,venda, transferência e até perda demedicamentos, com detalhes como onome do prescritor e do estabeleci-mento distribuidor, forma farmacêutica,concentração, quantidade na emba-lagem, lote, classe terapêutica, estado

O controle foi estabelecido por-que determinados medicamentos,apesar de extremamente eficazes,podem oferecer riscos elevados àsaúde, se o consumo não for racio-nal. Entre os produtos abrangidospela Portaria nº 344 estão os entor-pecentes, os psicotrópicos e os ana-bolizantes, entre outros. Os medi-camentos sujeitos a controle espe-cial estão listados na Portaria nº344/98 do MS.

Mais informações no endereço ele-trônico da Anvisa: www.anvisa.gov.br

E-mail do SNGPC:[email protected]

Fonte: Assessoria de Imprensa da Anvisa

Por que o controle?

Técnico da Anvisa esclarece dúvidas

físico e unidade de medida dos produtos.A regra vale tanto para manipuladosquanto para industrializados.

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CRF-BA em Revista

Pós- Graduação em Cosmetologia

Iniciado em janeiro de 2007, o Curso de Cosmetologia, promovido pelas

Faculdades Oswaldo Cruz de São Pauloe pelo Instituto de Pós-Graduaçãocom apoio do CRF/BA, forma a suaprimeira turma de especialistas, nopróximo ano.

Nova turma para 2008

Mais informações sobre a nova turmapara o próximo ano entrar em contatocom o CRF/BA, através dos telefones:(71) 3368-8800/ 8829.

Especialistas se formarão em 2008

PROGRAMA DE COSMETOLOGIA

Marketing Cosmético

Anatomofisiologia da Pele

Tecnologia de Produtos Cosmético I

Tecnologia de Produtos Cosmético II

Cosméticos para Peles com Enfermidades I

Cosméticos para Peles com Enfermidades II

Cosméticos Faciais, Corporais e MaquiagemI

Cosméticos Faciais, Corporais e MaquiagemII

Fitocosmetologia, Aromaterapia e Essências

Cosméticos Capilares, Depilatórios e Epilatórios

Metodologia da Pesquisa Científica

Boas Práticas de Fabricação de Produtos Cosméticos

Controle de Qualidade de Produtos Cosméticos

Microbiologia em Cosméticos

Desenvolvimento de Um Produto Cosméticos I

Desenvolvimento de Um Produto Cosméticos II

DISCIPLINA H/A PROFESSORES

24h/A

24h/A

24h/A

24h/A

24h/A

24h/A

24h/A

24h/A

24h/A

24h/A

24h/A

24h/A

24h/A

24h/A

24h/A

24h/A

Roseimary Guachache

Dra. Maria Inês Harris

Marcelo Guimarães

Marcelo Guimarães

MSc. Claudio Ribeiro

MSc. Claudio Ribeiro

Simone França

MSc. Claudio Ribeiro ou Viviane Leite

Dr. José Armando Jr.

Esp. Solange Garcia

Gláucia Yoshida

MSc. Marcelo Guimarães

MSc. José Claret Theodoro da Silva

Dra. Patrícia ou MSc. Elda

Esp. Marcia dos Santos

Esp. Marcia dos Santos

A primeira etapa do SNGPC seráa habilitação das farmácias e dro-garias que vendem medicamentoscontrolados, bem como dos respon-sáveis técnicos pela transmissãoeletrônica das informações. Emseguida, será feito um levantamen-to de todos os produtos comercia-lizados nos estabelecimentos. Apartir daí, o farmacêutico respon-sável passará a enviar os dados paraa Anvisa. O repasse das informaçõesdeverá ser feito, pelo menos, umavez por semana.

O sistema foi elaborado de formaa facilitar ao máximo a adaptação

ao SNGPC pelas farmácias e dro-garias. Segundo a chefe-substitutada Unidade de Produtos Controladosda Anvisa, Cejana Passos, não serápadronizado ou fornecido nenhumprograma de computador para ade-são ao sistema.

O SNGPC oferece as diretrizes téc-nicas para o envio das informações.A partir daí, cada estabelecimentopoderá incluir essas regras no pró-prio sistema de vendas. Atualmente,já existem 95 empresas de infor-mática habilitadas para utilizar osistema.

O padrão escolhido para o SNGPC

Como vai funcionar o SNGPC?

foi XML, uma linguagem de infor-mática aceita internacionalmentepara o envio e troca de dados.

A primeira fase de implementaçãodo sistema abrange o comércio vare-jista, mas o objetivo da Anvisa é quetoda a cadeia produtiva de medica-mentos passe a enviar informações àagência por meio do SNGPC. Isso per-mitirá ao Sistema Nacional de Vigi-lância Sanitária (vigilâncias munici-pais e estaduais e a Anvisa) monitorar,com precisão, todo o caminho percor-rido pelos produtos, o que restringiráainda mais o comércio irregular desubstâncias controladas.

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CRF-BA em Revista

Quintas das Ciências FarmacêuticasConselho promove evento científico

Dr. Fabrício Rios

Profissionais e estudantes discutem as ciências farmacêuticas

Em setembro, foi lançado oevento Quintas das CiênciasFarmacêuticas, uma atividadeque reúne um públicointeressado nos trabalhosacadêmicos e científicosdesenvolvidos porfarmacêuticos e estudantes deFarmácia.

Em uma quinta-feira de cada mês, sem- pre às 19 horas, no auditório doConselho Regional de Farmácia do Estadoda Bahia (CRF/BA), reuniões destinadasao debate sobre as atividades científicasse firmam como um espaço de divulgaçãode trabalhos, de ampliação de conheci-mentos e de reconhecimento dos quefazem do curso de Farmácia uma especia-lidade importante para a saúde pública.Esta é a proposta da Diretoria do CRF/BA, ao lançar o programa Quintas dasCiências Farmacêuticas.

A superintendente de Assistência Far-macêutica, Ciência e Tecnologias emSaúde da Secretaria da Saúde do Esta-do da Bahia (Sesab), Gisélia SantanaSouza, abriu o programa discorrendosobre o tema “O Controle Sanitário daProdução de Medicamentos no Brasil”.A tese da Dra. Gisélia Santana Souza éconsiderada de grande relevância paraa saúde pública e a política de medica-mentos no país, especialmente no quese refere ao controle da segurança e efi-cácia dos medicamentos. Cerca de 50

pessoas assistiram à expla-nação.

Na segunda sessão, nomês de outubro, a apresen-tação do Dr. Fabrício Riosenfocou a teoria do papel doóxido nítrico na sepse.

“Ao mesmo tempo, queesse mediador é importantepara a atividade microbicidainfeccioso, o processo doóxido nítrico sistemicamen-te pode levar a uma hipo-

Programação:

22/11/07 – Avaliação do Uso da Ami-cacina em Hospital Universitário.Palestrante: Dra. Lúcia Noblat

18/12/07 – Busca de SubstânciasCandidatas a Novos Fármacos.Palestrante: Dra. Juceni Pereira deLima David

Dra. Gisélia Santana Souza

responsividade de agentes vaso cons-tritores e disfunção da migração neu-trofílica”.

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CRF-BA em Revista

Nos dias 12 e 13 de outubro, a Sociedade Brasileira de Análises

Clínicas (SBAC/BA) realizou mais umEncontro dos Analistas Clínicos (EAC)(foto), na cidade de Barreiras. Os or-ganizadores contaram com o impor-tante apoio da Associação dos Farma-cêuticos de Barreiras e Região Oeste(ASFAR-OESTE).

De acordo com o presidente daSBAC/BA, Dr. Mário Martinelli Junior,foi cumprido mais uma etapa do pro-grama de descentralização do conhe-cimento científico. “A regional criaoportunidades valiosas para que osprofissionais analistas possam atua-lizar os saberes técnico-científico, hu-mano e social.” Para Dr. MartinelliJunior, a maioria dos participantesexpressou satisfação pelo encontro, so-

bretudo pela escolha dos professores epalestrantes convidados que apre-sentaram temas e debates de elevadís-simo nível de qualidade, sem contarcom o já conhecido padrão de organi-zação da instituição.

“Agradecemos em especial aosprofessores Dra. Fernanda Lima, Dr.Jader Donato, Dr. Luiz Henrique eDra. Simone Eiraza pela dedicaçãoincondicional e a vereadora Dra. Regi-na F. Noronha” - destacou. “Ressalta-mos, também, a importante parce-ria com o CRF/BA, e agradecemos aparticipação do Dr. Altamiro José dosSantos, do Dr. José Jesus Nogueira,do Dr. Rubem Filho, respectivamentepresidentes do CRF/BA, do SINDLAB eda ASFAR, além de todos os nossosparceiros e colaboradores”.

III Encontro de Análises Clínicas

Barreiras Qualificação de Fornecedoresem Farmácia Hospitalar

No dia 29 de setembro, Dra. Sônia Lucena Cipriano apresentou pales-tra sobre Qualificação de Fornecedoresem Farmácia Hospitalar. A Comissão deFarmácia Hospitalar coordenou o evento.

Feira de Santana

A Segurança no Uso de Medicamen- tos” foi tema do curso ministrado

pela farmacêutica Dra. Edênia Santos, nodia 22 de setembro, (foto) promovido pelaAssociação de Farmacêuticos de Feira deSantana, com o apoio do CRF/BA .

Dr. Altamiro José dos Santos presidiu a mesa

II Simpósio do Vale do SãoFrancisco

Nos dias 28 e 29 de setembro, foi realizado o II Simpósio dos Far-

macêuticos do Vale do São Francisco,na cidade de Juazeiro. Foram discutidosos temas: Atenção Farmacêutica e osServiços Básicos de Saúde, AssistênciaFarmacêutica no SUS, Farmácia comoEstabelecimento de Saúde, O Farma-cêutico e os Serviços de Farmácia Hos-

pitalar e Movimento dos Laboratórios deAnálises Clínicas. Participaram, comopalestrantes, os farmacêuticos ClóvisReis, Ariel Resende, Altamiro José dosSantos, Eliane Simões, Roberto Soares

da Silva, Edênia Santos, Mário Mar-tinelli Júnior e Anderson Alvim. A or-ganização do evento esteve sob a coor-denação do delegado honorário do CRF/BA, Dr. José Jilvandro.

Evento foi muito prestigiado

Juazeiro

Foi realizada, no dia 10 de novembro, em Salvador, a conferência sobre a

Natureza Como Fonte de Medicamentos,promovida pela Comissão de Ensino doConselho Regional de Farmácia do Estadoda Bahia, contando com a participação doprofessor Dr. Emerson Ferreira Queiroz,gerente Técnico Científico da Ache Labora-tórios Farmacêuticos S.A em São Paulo.

Fonte de Medicamentos

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CRF-BA em Revista

Itapebi

TAC põe fim às farmáciasirregulares

O Conselho Regional de Farmácia do Estado da Bahia, através do SetorJurídico, participou, na cidade de Itapebi,de reunião com proprietários de farmá-cias irregulares e clandestinas para assi-nar Termo de Ajustamento de Condu-ta(TAC). O resultado foi satisfatório e ape-nas uma farmácia não cumpriu o acor-do. No dia 17 de setembro, em uma açãoconjunta envolvendo Ministério Público,a Vigilância Sanitária local e o CRF/BA,foi fechado o único estabelecimento irre-gular naquela cidade. Nessa operaçãoparticiparam os representantes da Vigi-lância Sanitária Municipal, do MinistérioPúblico e o presidente do CRF/BA, Dr.Altamiro José dos Santos.

Caculé

No dia 15 de outubro, o presidente do CRF/BA esteve visitando, por duasvezes, os farmacêuticos da cidade de Caculé.Na primeira oportunidade, o presidente doConselho participou de reunião (foto), aconvite dos farmacêuticos da região, paratratar de assuntos relacionados à profissão.Em um segundo momento, o presidentedo CRF/BA participou da posse do delegadohonorário da cidade de Caculé, farmacêu-tico Gildásio Darlan. Foi instuituída umacomissão provisória para a criação da asso-ciação de Farmacêuticos da cidade de Ca-culé e região.

Guanambi

Os farmacêuticos da cidade de Gua- nambi (foto) convidaram o presiden-

te do CRF/BA, Dr. Altamiro Santos, paraparticipar de reunião, na qual solicitaramapoio para a capacitação profissional. ir

Foi assinado o Termo de Ajustamento de Conduta, no dia 24 de outubro, coma participação do Ministério Público, doCRF/BA, da Vigilância Sanitária Local eproprietários de estabelecimentos irregu-lares e clandestinos. No termo, ficou esta-blecido que, no início do próximo ano, osestabelecimentos irregulares e clandes-tinos devem estar de acordo com a legisla-ção federal.

Farmácias irregulares são autuadas

A SBCC/Regio- nal Nordestepromoveu nos dias11 a 13 de outubro,a 2ª Jornada deCitologia Clínica doNordeste, contando com cerca de 150participantes. De acordo com a presidentedo evento, Dra. Maria Lúcia Fernandesde Castro, a atividade científica dá con-tinuidade aos trabalhos realizados pelaSBCC. “O nosso objetivo é permitir a todosos profissionais que exercem a CitologiaClínica ampliar seus conhecimentosnessa área para melhor atuar no mercadode trabalho.” Na 2ª Jornada, foi realizadaa prova para obtenção do Título de Espe-cialista em Citologia Clínica para 26profissionais. Desses, oito foram apro-vados e se consagraram especialistas. Osaprovados cursaram a especializaçãorealizada no conselho.

A SBCC congrega profissionais legal-

2ª Jornada de Citologia Clínica

mente habilitadospara o exercício daCitopatologia por-tadores de título depós-graduação,além de especia-

listas, mestres e doutores na área deCitopatologia que integram a sociedade,além de promover a formação e o apri-moramento de recursos humanos atra-vés da realização de cursos, congressos,seminários, intercâmbio cultural, profis-sional, técnico e científico com entidadescongêneres no Brasil e no exterior, e esti-mular a pesquisa e qualidade na área.

Curso de especializaçãoO curso de Especialização em Cito-

logia Clínica, coordenado pelos profes-sores Maria Lúcia de Castro e AntônioJorge Piton, inicia a sua terceira tur-ma.Mais informações nos fones: (71) 8817-3800 e 3368-8800.

Participantes da 2ª Jornada

Canavieiras

Entre Rios

O CRF/BA, representado pelo presidente Dr. Altamiro José dos Santos, parti-

cipou, no dia 8 de novembro, do seminárioem Entre Rios, promovido pela Secretaria deSaúde e Vigilância municipal com partici-pação do Ministério Público, da 2ª Dires eproprietários de farmácia. O objetivo do even-to foi esclarecer sobre a legislação sanitáriaque não estava sendo cumprida no municí-pio. Cerca de 90% das farmácias estãoirregulares e não possuem alvará sanitário.

Foi estipulado um prazo de seis meses paraas farmácias se regularizarem e reconhe-cerem que são um espaço de saúde públi-ca.Participaram Dr. Gustavo Guerra, chefe da2ª Dires, Dra. Maria das Graças S. Oliveira,secretária de Saúde, Dr. Luciano T.Ghignone,promotor público.

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CRF-BA em Revista

Após a apuração, o resultado foi o esperado: a categoria farmacêu-

tica, com um índice de 87% dos votosválidos, reconduziu a atual Diretoria,liderada pelo Dr. Altamiro José dosSantos, a mais um mandato de doisanos à frente do Conselho Regional deFarmácia do Estado da Bahia. De acordocom Dr. Altamiro José dos Santos, aresposta da categoria é um reflexo dotrabalho que vem sendo desenvolvidona atual gestão:

“Um índice tão elevado de aprovaçãonos estimula a continuar o trabalho queplanejamos para a atual gestão, e,também, para o próximo mandato”.

Destacam-se, dentre as metas apre-sentadas no programa de campanha:a manutenção do trabalho conjuntocom o Ministério Público e os órgãos dedefesa do consumidor para cumpri-mento das garantias legais da profissãofarmacêutica; a garantia da articulaçãodo Conselho com todas as áreas deatuação da profissão; o apoio à criaçãode novas associações de farmacêuticose o fortalecimento das existentes; acontinuação da promoção de cursos decapacitação e de formação profissional

Com um percentual de 87% de aprovação,Diretoria é reconduzida no CRF/BA

ao longo da gestão; a continuação daluta por mudanças efetivas na tabelade exames do SUS para os laboratóriosde análises clínicas; a ampliação dasseccionais do CRF/BA.

Foi realizada, no dia 9 de novembro, a eleição para aescolha dos dirigentes do CRF/BA, para o biênio 2008/2009. A votação transcorreu de forma tranqüila, comuma excelente adesão dos farmacêuticos quecompareceram à sede, em Ondina. Os profissionais dointerior participaram ativamente, manifestando os seusvotos pelos correios.

Deputado Estadual Álvaro Gomes

Deputada Federal Alice Portugal

...adesão dos farmacêuticos foi excelente

A votação foi tranquila e a ...

Diretoria reeleita - votos: 1924

Dr. Altamiro José dos Santos,

Eustáquio Linhares Borges e

Jacob Germano Cabús

Conselheiros votosEustáquio Linhares Borges....... 1420Fernanda Washington................ 1336Maria Lucia Fernandes Castro.... 1257Cleuber F. Fontes........................ 1152Edênia Socorro Araújo Santos.... 1051

Ex-presidentes do Diretório Acadêmico/UFBA

Na sede, um ponto de encontro

eleição

programe-seprograme-seprograme-seprograme-seprograme-se

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CRF-BA em Revista

II Jornada de Farmácia da FTC

Quando: 20 de novembro de 2007Onde: Auditório da FTC - Salvador - BahiaInformações: [email protected][email protected]

Avaliação Econômica em Saúde:Farmacoeconomia

Quando: 01 de dezembro, às 9hOnde: Auditório Casa do ComércioInformações: Tels.: (71) 3368-8813 / 3368-8800(Funcionária Cristina)

I Semana de Farmácia

Quando: 19 a 23 de novembroOnde: FacSul - Campus I - Itabuna

II Encontro Farmacêutico do Sul da Bahia

Quando: 23 a 24 de novembroOnde: Colégio Modelo de ItabunaInformações: Tels.: (73) 3215-1704

VI Jornada do Instituto de CulturaHomeopática

XVIII Jornada Paulista de FarmacêuticosHomeopatas

Quando: 23 a 25 de novembro de 2007Onde: Auditório da Associação Paulista deHomeopatia (APH ) São PauloInformação: (11) 5579-1291

I Curso de Verão de Práticas em Farmacologia

Quando: 11 a 22 de fevereiro de 2008Onde: Rio de JaneiroInformações: o programa e ficha de inscrição no sitewww.farmaco,ufrj.br/[email protected]

programe-seprograme-seprograme-seprograme-seprograme-se

Curso de Pós-GraduaçãoGestão de Tecnologia Farmacêutica

Quando: 28 de março de 2008Onde: São PauloInformações: (55) 3670 – 3499/ wwwracine.com.br/[email protected]

Curso de Educação Continuada:farmacovigilância

Quando: 25 de abril de 2008Onde: São PauloInformações: (55) 3670 -3499/ wwwracine.com.br/[email protected]

XXIX Congresso Brasileiro de Homeopatia

Quando: 17 a 21 de setembro de 2008Onde: Hotel Maksoud Plaza -São Paulo/SPInformações: (55) 11 3051- 6121/www.aph.org.br/cbh2008

Congresso Brasileiro de Farmacêuticosem Oncologia

De 18 a 20 de abril de 2008, no Hotel Fiesta Bahia em Salvador- BA, a Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia(SOBRAFO) irá promover o seu 4º Congresso Brasileiro, ondeserão debatidos temas importantes para essa atividade funda-mental para o tratamento dos pacientes com câncer.

Informações: Loureiro Eventos (empresa organizadorado Congresso). Telefone (11) 5594-6356 (AlexandraLoureiro). E-Mail: [email protected].

Cursos Racine/2008Curso de Pós-Graduação: formação de Auditores para aCadeia Farmacêutica

Quando: 25 de abril de 2008Onde: São PauloInformações: (55) 3670-3499/ wwwracine.com.br/[email protected]