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Varejistas, fornecedores e consumidores analisam o volta às aulas 2014. Antecipação do calendário, logística, atendimento, concorrência e distribuição de kit escolar foram os principais obstáculos. Em contrapartida, o bom volume de negócios foi responsável pelo equilíbrio do setor no período. Vendas e desafios concentrados ano XXI – março de 2014 – nº 199 – R$ 9,90 www.revistadapapelaria.com.br Remetente: Av. das Américas, 5001/309 Rio de Janeiro - RJ - Cep: 22631-004 Papelaria REVISTA DA Simpa-SP empossa nova diretoria Paperworld Frankfurt aquece o mercado internacional

Revista da Papelaria 199

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Março de 2014. Especializada no mercado de papelaria.

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Varejistas, fornecedores e consumidores analisam o volta às aulas 2014. Antecipação do calendário, logística,

atendimento, concorrência e distribuição de kit escolar foram os principais obstáculos. Em contrapartida, o bom

volume de negócios foi responsável pelo equilíbrio do setor no período.

Vendas e desafios concentrados

ano XXI – março de 2014 – nº 199 – R$ 9,90www.revistadapapelaria.com.br

Remetente: Av. das Américas, 5001/309Rio de Janeiro - RJ - Cep: 22631-004Papelaria

REVISTA DA

Simpa-SP empossa nova diretoria

Paperworld Frankfurt aquece o mercado internacional

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Nesta Edição

Ano XXI – MARÇO/2014 - Nº 199ISSN 1516-2354

Direção GeralJorge Vieira e Rosangela [email protected]

JornalismoEdição: Rosangela FeitosaReportagem: Rachel RosaRevisão: Laila Rejane CoelhoColaboração: Joyce de Freitas e Luiz Assumpçã[email protected]

ArteDireção: Claudio AlbuquerqueProgramação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra e Nathalia RodriguesWeb designer: Stanley GonzagaAtendimento ao leitorGabriel [email protected]

AdministraçãoCaroline [email protected]

PublicidadeDireção comercial: Jorge [email protected]

Atendimento Comercial em São PauloEricson Ortelan (11) 2978-8841 e (11) 99145-4181

Ivo Trevisan (11) 2099-4356 e (11) 98215-8322

Distribuição nacional para diretores e compradores de papelarias, atacadistas, distribuidores, representações e indústrias do setor e departamento de compras de corporações.Conselho editorialRegião Norte: Eurivan Duarte (EC Duarte Re-presentações) e Eric Lira (Livraria e Papelaria Lira) | Região Nordeste: Agnaldo Rodrigues Gomes (Opendoor Representações) e Ivan José de Carvalho Galvão (Livraria e Pape-laria Estudantil) | Região Centro-Oeste: Erli Moura (Representações Modelo) e Carlos Alberto da Silva (Papelaria Pratika) | Região Sudeste: Rodnei Scapolan Alves Lamas (Sca-

polan Representações) e Francis Ferreira de Melo Pádua (Papel Magia) | Região Sul: No-rival Costódio Junior (N.C. Representações Comerciais) e Valdomiro Altrão (Contabilis-ta Papelaria e Informática)[email protected]

Sede própriaAv. das Américas, 5001/309, Barra da TijucaRio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004Tel/fax: (21) 2431-2112

Associada à International

Stationery Press Association

www.revistadapapelaria.com.br

Rosangela Feitosa [email protected]

Ovolta às aulas 2014 mal chegou ao fim e já estávamos levantando quais foram as principais conquistas e desafios para boa parcela do varejo de papelaria que investe no segmento escolar. Na reportagem de Rachel Rosa, você terá a análise de

comerciantes, consumidores e industriais sobre o período que, já adianto, foi positivo para a maioria de nossos entrevistados. O sucesso de licenciados, como Monster High, Barbie e Meu Malvado Favorito, foi o destaque ao lado da antecipação nas compras devido à mudança no calendário escolar e à distribuição de kits pelos governos. Na visão dos consumidores, as papelarias têm que melhorar a estrutura de atendimento para que as filas não aconteçam. Quanto à indústria, ela se mostrou preparada tanto no desenvolvimento de produtos quanto na logística de entrega. Ainda sobre volta às aulas, abordamos, na seção Na Web, os investimentos da gigante do setor office, Stapples, para atender o público escolar através de um eficiente e-commerce. Nesta edição, trago para você o clima e as novidades da maior feira mundial de papelaria. Depois de uma ausência de cinco anos, voltei a Frankfurt para visitar a Paperworld e conto agora como foi a participação brasileira e as principais tendências apresentadas. Além disso, conheça os planos da diretoria recém-empossada no Simpa-SP, na entrevista com o seu presidente Antônio Nogueira. Enquanto você lê esta revista, já estamos em plena produção na nossa edição 200(!). Preparamos muitas novidades e informação para vocês. Boa leitura e ótimos negócios.

Perfil do Varejo 14Papelaria Realce

Circulando 10

Na Web 36

Artigo 42

Volta às Aulas 2014 18Balanço do período

Tributação 34Imposto na nota

Representante Comercial 17Rijan Representações

Entrevista 6Antônio Nogueira

Internacional 28Paperworld Frankfurt

Lançamentos 38

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Entrevista | Antônio Nogueira

www.revistadapapelaria.com.br | março de 20146

A união faz a força

Um dos órgãos mais atuantes no setor papeleiro é o Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região (Simpa-SP). Há mais de 20 anos, trabalha para defender os interesses e dar unidade à categoria. Gerido por um presidente, dois vice-presidentes, dois secretários, dois tesoureiros e dois diretores sociais, além do Conselho Fiscal, o Simpa-SP empossou, neste ano, nova diretoria para o mandato de quatro anos. Para dar detalhes sobre o andamento do trabalho e os objetivos em prol da classe, tem a palavra, na REVISTA DA PAPELARIA, o presidente da instituição, Antônio Nogueira.

O que muda com a nova gestão do Simpa-SP?

Não faremos mudança e, sim, continuaremos com a preocupação de aproximar-mos os nossos fornecedores com a totalidade do comér-cio varejista, representado pelos micro e pequenos em-presários, que valorizam e, principalmente, fortalecem os artigos comercializados. A diretoria da entidade se empenha para criar sinergia entre o comércio varejista, os fabricantes e os importado-res de produtos de material de escritório e papelaria. Tivemos bons avanços nos últimos anos e, constante-mente, revemos ações para aproximar esses públicos.

Para a atual gestão, qual será o foco de atuação do Simpa-SP?

Desde 2006, estamos lutando pela modificação da entrega do kit escolar. Atualmente, a distribuição de material escolar pelo governo beneficia apenas um estabelecimento, aquele que ganha a licitação. Hoje, acreditamos que, unidos com Abigraf, Abfiae, Adis-pa e com nossos grupos organizados, teremos boas

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7março de 2014 | www.revistadapapelaria.com.br

notícias em breve. Por ser ano eleitoral, nossos diri-gentes, parceiros e poder público estão mais sensíveis a acelerar esse processo. Sem dúvida, a questão será solucionada. A expectativa é de que, até junho, tenha-mos êxito na implantação do Cartão Material Escolar. Paralelamente, por parte do governo, teremos redução no ICMS, principalmente nos produtos escolares. Com a diminuição dos im-postos, o benef ício será tanto para o empresário de papelaria quanto para o consumidor.

Como é o método de trabalho do Sindicato?

Este ano, pretendemos

ter, ao menos uma vez ao mês, reunião com os direto-res e associados para atuali-zarmos informações e ações a serem efetuadas em cada dia dos eventos tradicionais do nosso calendário, entre os quais Dia das Mães, Festa Junina, Dia dos Namorados e Dia dos Pais. Em todas essas datas representativas para o comércio, realizamos ações voltadas para a comemora-ção. O comércio de papelaria está preparado, mas a cada ano busca inovar, trazendo produtos do momento.

Os produtos da Copa do Mun-do serão comercializados?

Há difi culdade com pro-dutos licenciados da Copa. Isso porque eles estão com

valor alto, o que difi culta um pouco a negociação. Com certeza, teremos produtos da Copa do Mundo, mas pode-ríamos oferecer mais artigos se não fosse pelos encargos. Poucas empresas fi caram res-ponsáveis pelos licenciados e, por conta disso, o custo fi cou alto.

De que maneiras o Simpa-SP fortalece o setor papeleiro?

O Simpa-SP defende os interesses da categoria junto à Assembleia Legislativa de São Paulo, Câmara e Senado Federal, entre outras esferas do poder público. O Simpa-SP está instalado há mais de 20 anos em sua sede própria, localizada na Rua Barão de Itapetininga, nº 255, 12º andar, salas 1.211/1.212, num ponto estratégico e de fácil acesso ao centro de São Paulo. Nesse tempo todo, procura zelar pelos interesses dos micro, pequenos, médios e grandes empresários do segmento do varejo de ma-terial de escritório e papela-ria, não só em nossa região, mas com refl exos no Brasil como um todo. Além disso, o Simpa fortalece o setor com reuniões entre os prin-cipais executivos de nossos

Além da implantação do Cartão Material Escolar, focamos em reduzir o ICMS dos produtos escolares para, no máximo, 6% e posteriormente zerar este tributo

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Entrevista | Antônio Nogueira

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fornecedores. Desse diálogo, informamos o resultado dos assuntos tratados para que possamos, em conjunto, di-recionar nossos interesses e dos nossos parceiros.

Os progressos com relação à implementação do Cartão Material Escolar são substan-ciais? O que esperar de agora em diante?

Temos tido êxito na im-plementação do CME. Como já informamos, acreditamos no êxito desse implemento. Hoje, no entanto, se faz ne-cessário muita cautela. Do mesmo modo que estamos lutando para o uso do cartão, há empresas interessadas em continuar fornecendo esse material ao estado por causa do benefício que têm, já que não pagam tributos, são isen-tas do ICMS, e a distribuição se concentra em um ponto específico. Com a adoção do CME, geramos emprego, mais economia, e os estu-dantes podem receber mate-riais com maior qualidade. Acredito que, com a força do comércio varejista, que está mais organizado, atingire-mos o objetivo. Antes, só o Simpa estava empenhado na questão, mas agora outros grupos estão envolvidos, como indústrias, fornecedo-

res e outras associações. O governo e o poder público olham de outra maneira. O elo construído nos últimos anos entre importador, ata-cadista e fabricante fortale-ceu o setor.

Quais foram as conquistas do Sindicato desde a criação?

O Simpa obteve con-quistas bastante favoráveis para o nosso segmento, principalmente no sentido de unificar e fortalecer o grupo. Hoje, entre nossos objetivos, além da implan-tação do CME, focamos em reduzir o ICMS do material escolar (conforme relação do Inmetro) para, no máximo, 6% e, posteriormente, ze-rar esse tributo. Contamos com os associados do Sim-pa para prestigiarem a 29° Offi ce Brasil Escolar (11 e 14 agosto) quando, novamente, teremos prazo maior para as compras no evento. Na ST pagaremos em aproximada-mente 90 dias.

De que forma os interessados podem apoiar o Sindicato?

Todos deverão, dentro de suas possibilidades, par-ticipar das reuniões quando convocados e dos eventos que organizamos, entre eles: visitação ao showroom e à in-

dústria . O Simpa-SP oferece palestras e cursos gratuitos de atualização e informação, indica serviços de consul-toria jurídica e contábil, realiza aproximação entre fornecedores (indústria e dis-tribuidor), além de manter um jornal bimestral e um site atualizado com assuntos de interesse do segmento.

Por que surgiu a necessidade de criação do Simpa-SP?

A criação do Simpa deve-se a grandes e excepcionais varejistas, que viram a opor-tunidade de fortalecimento através da união de toda a classe. Atualmente, o Simpa-SP representa cerca de 3 mil papelarias, distribuídas por toda a cidade de São Paulo, e algumas nos municípios da Região Metropolitana.

Como o senhor iniciou trajetó-ria no setor?

Sempre tive curiosidade em me aperfeiçoar e participei de toda e qualquer atividade que fosse útil à minha carrei-ra. Desde 1980, participo de feiras do setor e eventos liga-dos ao segmento. Em 1986, atuei como coordenador da Abigraf do grupo Impressos Fiscais, Federais, Estaduais e Municipais. Dessa forma, foi possível informar ao setor com antecedência sobre mu-danças na implementação de novos formulários por nós comercializados, fazendo com que o segmento não tivesse grandes perdas quan-do havia modifi cação nesses formulários.

A diretoria da entidade se empenha para criar sinergia entre o comércio varejista, os fabricantes e os importadores de produtos de material de escritório e papelaria

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Circulando

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Xerox promove ação de marketing no Rio Open

A Dello, que tem como slogan ‘A Marca da Organi-zação’, patrocina a 1ª Con-ferência Internacional de Profissionais de Organiza-ção, realizada neste mês, em São Paulo. Com o objetivo de atualizar as informações sobre o mundo da organi-

zação e aprimorar os negó-cios, o evento conta com a presença de Barry Izsak, grande incentivador da pro-fissão no mundo, além de outros importantes nomes desse mercado no país.

A Conferência é direcio-nada para personal orga-

nizers e profissionais com habilidades para ajudar as pessoas nas mais diversas áreas da organização re-sidencial e corporativa ou nos processos para a me-lhoria da gestão do tempo e aumento da produtivida-de pessoal.

Dello patrocina Conferência de Profissionais de Organização

gestão de documentos e processos do torneio, com impressoras e multi-funcionais atendendo às demandas de produção e tratamento de docu-mentos, além de executar atividades de relacio-namento com clientes, parceiros, imprensa e visitantes em geral.

No estande da Xerox, localizado na entrada do evento, os visitan-tes experimentaram o “Twitter Mirror”, um aplicativo exclusivo do

Twitter demonstrado em parceria com a WTA (Women’s Tennis As-sociation), que registra imagens instantâneas das pessoas durante o evento para publicação nas redes sociais. A em-presa também trouxe o “All Access Hours”, um programa de entre-vistas transmitido pela internet que mostra os bastidores do evento e traz entrevistas exclusi-vas com as jogadoras da WTA.

Um zíper, muitas funções A Faber-Castell fir-mou parceria com a li-vraria Saraiva e trouxe ao Brasil produtos que são sucesso em diversos países e que fogem dos tradicionais materiais escolares. É a coleção Zipit, que possui formas e tamanhos para diferen-tes usos e estilos e são vendidos exclusivamente na Saraiva. Além do Esto-jo Monstro, que voltou

com novas cores, fazem parte da linha Zipit bol-sas estilo carteiro com design inovador; estojos coloridos, compactos e multifuncionais; porta-trecos, perfeitos para pendurar na mochila; e sleeve para tablets de até 10 polegadas. Todos os produtos agregam de-sign, humor e são feitos a partir de uma única longa tira de zíper.

O maior evento de tênis da América do Sul, o Rio Open, teve a Xerox

como uma das patroci-nadoras. A empresa ficou responsável por toda a

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11março de 2014 | www.revistadapapelaria.com.br

Em operação desde 2009, a fábrica de Três Lagoas/MS possui linhas de acabamento com sistema automatizado, capazes de fabricar até 140 resmas de papel Chamex por minuto.

Vendas da International Paper batem recordeA International Pa-

per entregou lucro opera-cional e ganhos recordes em 2013, de acordo com o presidente mundial da organização, John Fara-ci. “Grande parte desse resultado foi impulsio-nado pela expansão da margem em todos nossos negócios-chave”, explica o executivo.

No Brasil, a Interna-tional Paper América Latina registrou vendas líquidas de US$ 1.090 bilhão em seus negócios de papel para imprimir e escrever. De acordo com

posicionamento da em-presa, foi um ano impor-tante e, dentre os desta-ques, está o lançamento do novo posicionamento da marca Chamex.

Com o slogan “É me-lhor pôr no Chamex”, o novo conceito foi desen-volvido a partir de pes-quisa com consumidores, que indicou a percepção que eles têm sobre a mar-ca. O novo slogan é uma derivação do posiciona-mento anterior, “Expresse o seu melhor”, que agora faz parte da nova identi-dade da marca.

A International Paper é a maior fabricante de papel para imprimir e escrever não revestido na América Latina. A produ-ção brasileira de papel é de 1,2 milhão de tonela-das ao ano, volume que deve ser vendido entre mercado doméstico e ex-portação. O percentual de vendas desses produtos é de 55% no Brasil, 25% na América Latina, 20% na Europa e Oriente Médio.

No ano passado, as vendas anuais totaliza-ram US$29,1 bilhões. “Em 2014, nossos ne-

gócios estão bem posi-cionados para alcançar outro aumento significa-tivo no EBITDA e fluxo de caixa livre”, finaliza John Faraci.

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Circulando

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A partir de agora, os va-rejistas contam com solu-

ção que ajuda a entender o comportamento do cliente dentro da loja e, consequen-temente, maximizar as ven-das. Partindo da premissa de que as câmeras podem ser utilizadas para além da função de segurança, a Seal Tecnologia criou solução de inteligência de imagem com o objetivo de viabilizar um planejamento estratégico fo-cado nas necessidades e pre-ferências do consumidor.

O re c u r s o p o d e o u não utilizar o sistema de

câmeras existente e, em tempo real, demonstra os resultados de contagem de pessoas que entram e saem, analisa o tempo de permanência dos clientes e propõe, inclusive, gestão das filas.

O monitoramento da movimentação do esta-belecimento, de acordo com a empresa, tem 95% de acerto e permite um levantamento mais preci-so da taxa de conversão, mostrando quantas das

pessoas que entram na loja realmente finalizam a compra. Com a nova tec-nologia, é possível orga-nizar os pontos de venda de acordo com o fluxo de pessoas, além de gerenciar melhor a mão de obra ajustando com os horários de pico. Outra vantagem é que possibilita prever o tamanho das filas – pro-blema recorrente nas pa-pelarias durante o volta às aulas – e, assim, evitar que se acumulem.

Tecnologia para evitar filas e aumentar vendas

Numa ação de marketing inovadora, a Pado,

líder nacional no mercado de ca-deados em la-tão, promove, em todo Brasil,

os Cadeados d o A m o r. A iniciativa pre-tende estimu-lar o fortale-cimento dos laços afetivos entre casais,

f a m i l i a re s e amigos, ressaltando a im-portância do amor ao próxi-mo. Trata-se de um cadeado especial, não comerciável e personal izado com as iniciais das pessoas que de-sejam ter o amor unido por um laço indestrutível.

Tudo começou em 2006, quando o escritor italiano Federico Moccia escreveu que o casal que, de mútuo acordo, escrever as iniciais em um cadeado, trancá-lo

em uma ponte e jogar a chave no rio ficará com o amor seguro para sempre. Em 2008, o ritual começou a ser realizado em Paris, na Pont des Arts, e se es-palhou por várias outras pontes da capital. A partir de então, o gesto começou a ser realizado em diversas cidades europeias e ganhou o mundo.

A proposta da Pado é lançar o Dia do Amor em vá-rias cidades do país. Será um dia de lazer, com apresen-tações musicais, diversões variadas e com a distribuição dos cadeados que serão usa-dos para selar e eternizar os laços amorosos. Na ocasião, as iniciais dos nomes serão gravadas nos cadeados e os objetos fixados numa grade, que será direcionada ao Mu-seu do Amor, localizado na unidade fabril da Pado, em Cambé/PR, para preservar os pontos turísticos e o meio ambiente.

Em virtude da Copa, Serigrafia SIGN Future TEXTIL muda data e local

A 24ª edição da Seri-grafia SIGN Future TEX-TIL, maior feira no setor de serigrafia, comunica-ção visual, sinalização, sublimação, impressão digital e têxtil, materiais promocionais, brindes e personalização, será realizada, este ano, no Pavilhão de Exposições Anhembi, em São Paulo, entre os dias 6 e 9 de maio, das 13h às 20h.

Em virtude da realiza-ção da Copa do Mundo e das eleições no Brasil, eventos que favorecem negócios no setor, houve a mudança na data e no local de realização, de acordo com o diretor da feira, João Paulo Picolo. A decisão foi tomada depois de pesquisa reali-zada com o público visi-

tante da feira. “Realizar a feira antes da Copa e das eleições proporcionará uma gama de bons ne-gócios para expositores e visitantes. Além disso, o espaço será maior e mais versátil, garantindo mais conforto e comodidade para todos”, comenta o executivo.

Com área de exposição de 40 mil m2, mais de 650 marcas expostas e cerca de 40 mil pessoas entre visitantes de todo país, a feira promove encontro entre profissionais do setor, geração de negócios e networking, em espa-ços de exposição criados para destacar produtos, serviços e tecnologias no segmento. Outras infor-mações em www.serigra-fiasign.com.br.

Pado inova com Cadeados do Amor

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Contagem regressiva para Abrin 2014No ano passado, as

371 fábricas brasileiras de brinquedos conta-bilizaram faturamento superior a R$ 4,3 bilhões, aumento de 12% em re-lação a 2012, de acordo com dados da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinque-dos). Desse valor total, 25% é movimentado du-rante a realização da Abrin, a Feira Brasileira de Brin-quedos, terceira maior do segmento no mundo.

Neste ano, o evento busca se superar ainda mais. Os organizadores da Abrin 2014, Abrinq e Francal Feiras, têm a expectativa de ir além dos 15 mil profissionais do setor que visitaram a feira no ano passado.

Serão 180 fabricantes

brasileiros apresentando, em primeira mão, cerca de 2 mil lançamentos que vão abastecer as lo-jas nos meses seguintes, principalmente nas duas datas mais importantes para o setor: Dia das Crianças e Natal. As no-vidades estão por todas as partes: brinquedos em geral e pedagógicos, puericultura leve e pe-sada, jogos eletrônicos, colecionáveis, fantasias e outros artigos.

A 31ª Feira Brasileira de Brinquedos está mar-cada para 1° a 4 de abril, em São Paulo. Entre os expositores estão a em-presa Devir, que faz sua estreia no evento, Henri Trampolim, Tilin, Sunny Brinquedos, Estrela e Rubie’s.

CORRIGINDO...Na página 31, da edição 198, as fotos relacionadas ao papel sulfite da International Paper e Suzano foram publicadas trocadas entre si, em relação a legenda.

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Perfil do Varejo |

www.revistadapapelaria.com.br | março de 201414

Papelaria Realce

O caminho do sucesso é a ousadia

Já são 23 anos de exis-tência na cidade de Ma-riana, em Minas Gerais. A história começou

com uma reviravolta na vida de Maria de Fátima Pyra. Geraldo, marido de Fátima, era caminhoneiro, estava sempre na estrada enquanto

A antiga Papelaria Realce (esq.) e a loja hoje, referência em artigos de papelaria, materiais para escritório e presentes em Mariana/MG

Casal mineiro trocou a distância das rodovias pela proximidade de um negócio familiar. POR JOYCE DE FREITAS

ela cuidava dos dois filhos ainda pequenos. Um dia, a dona de casa quis mudar completamente seu rumo. “Eu disse ao meu marido: ‘eu ou o caminhão!’. Ele vendeu o caminhão, pagamos as dí-vidas, ele me deu o dinheiro e disse ‘toma, vê o que vai

fazer porque eu só sei diri-gir’”, lembra a empresária, nascida em Campinas/SP.

Após muita procura e sem conhecimento algum sobre o mercado, o casal abriu a Papelaria Realce onde ha-via sido uma garagem com espaço para dois carros, em

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uma rua sem comércio e sem movimento. Chamada de louca e sem ao menos saber o que era papel A4, Fatinha, como também é conhecida, passou a oferecer presentes, aviamentos e itens de papela-ria. Para se orientar, pesqui-sava os valores dos produtos na cidade e achava os seus muito baratos – até que en-tendeu que vendia artigos de qualidade inferior. Hoje, o lugar é um dos melhores e mais disputados pontos do centro, e a Papelaria Realce é referência, oferecendo arti-gos de papelaria, material de

escritório e presentes, com sete funcionários, além de uma consultora. Trabalha com grandes empresas como Tilibra, Faber-Castell e Acri-lex e conta com a atacadista Reval em suas emergências. Por outro lado, a proprietária já abriu mão de vender livros porque, segundo ela, era pouco retorno para muito trabalho e problema.

Com o crescimento, Fá-tima recebeu a proposta de ter máquinas de cópia para fornecer o serviço aos seus clientes e aceitou para usar como atrativo. Aprendeu a

mexer nos equipamentos e, agora, Geraldo faz até a ma-nutenção – chama o técnico apenas quando necessário. Mas o espaço não acomoda-va mais tudo o que disponi-bilizavam. Então, há cinco anos, o casal adquiriu um lote na mesma rua e abriu uma loja apenas para os ser-viços: cópias, encadernação, plastifi cação, banner, plota-gem, placas, adesivos, entre outros. Um dos filhos dos proprietários, Felipe, se for-mou e foi incentivado pela mãe a continuar na cidade e a ter seu próprio negócio, o

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www.revistadapapelaria.com.br | março de 201416

Perfil do Varejo | Papelaria Realce

que o levou a inaugurar, há pouco mais de dois meses, mais um ponto no segmen-to de serviços, ampliando o alcance da família na região – e empregando um total de mais sete pessoas.

Como toda empresa, a papelaria, às vezes, enfrenta suas difi culdades. Fátima se recorda de um problema com duas pessoas que a deixaram em má situação – sem ter se-quer R$ 100 para pagar uma dívida. Mas, felizmente, isso foi superado, e o que a pape-leira encara agora é o aluguel, compra de material... e os im-postos, a maior reclamação do setor. “A carga tributária do material escolar é muito alta. Tem itens que chegam a 43% e nada reduz, só aumen-ta. O governo deveria aju-dar”, afi rma. A concorrência é outro ponto: inicialmente, existia um serviço de cópia na mesma rua, que fechou, e os menores afetam pouco. Há seis papelarias na cidade, mas

apenas duas “batem de fren-te”, como diz Fátima. Uma delas deve fechar em breve porque está sendo vendida e possivelmente será uma loja de roupas – o que para Fati-nha é bom, pois será “uma a menos”.

A lojista comenta que, durante um curso, muito se discutiu sobre o mercado de papelaria. “A tendência é cair porque as escolas agora têm tablet, estão muito infor-matizadas”, explica. Isso fez com que a saída de material escolar fosse menor neste ano, com baixa venda de itens como cadernos, mesmo com promoção. As agendas, cadernetas e canetas diferen-tes ainda renderam, além das mochilas, alavancadas pelos homens que compram para levar tudo ali dentro, segun-do Fatinha. Devido a essa in-formatização, o lucro mesmo vem do material de escritório – até a venda de cartões caiu, porque as pessoas usam mais

meios eletrônicos para se comunicar, e na cidade só os cartões de casamento ainda são moda. Outra questão é que até lojas de roupa colo-cam itens escolares durante o volta às aulas. Compram em grande quantidade e repetem de um ano para outro, con-seguindo reduzir os preços. Para melhorar a situação, Fátima quer investir mais em presentes, principalmente para crianças.

Apesar disso, seu cresci-mento continua. No início, o casal expandiu para a casa que havia nos fundos do terreno, e depois agregou o espaço que era o quintal, criando um depósito. Du-rante o Carnaval, quando foi possível manter a loja fechada, mais um objetivo foi cumprido. O piso foi to-talmente trocado e, durante o feriado da Páscoa, haverá outra reforma. E, fi nalmen-te, a construção do segundo andar até o fi nal do ano. Po-rém, é necessária a aprovação do IPHAN, já que o imóvel está no Centro Histórico de Mariana e há critérios a serem seguidos, como tamanho do letreiro, cor usada na pintura externa e manutenção da fa-chada original. Mas Fátima garante que tudo correrá bem e que essa será mais uma conquista. Seus clientes permanecem fi éis e até mes-mo empresas que trabalham com mineradoras nacionais e multinacionais instaladas na cidade compram na Realce. O que começou como um proje-to sem rumo hoje é a estrada de sucesso da família.

Nome: Papelaria Realce.Localização: Mariana/MG.

Fundação: 1991.Funcionários: 7.

R e g i ã o q u e abrange: Cen-

tro, bairros próxi-mos e mineradoras

a cerca de 20 km.Filiais: 2.

Área: 164 m².Serviços oferecidos: có-

pias, carimbos, encadernação, plastifi cação, plotagem, banner, placas, adesivos, desenhos de plantas.

Perfil do cliente: população local e escritórios.A vitrine precisa ter: um pou-co de tudo – escolar, escritório, presentes.Produtos mais vendidos: en-velope A4, grampo, grampeador, clips, cola, pastas.Melhores fornecedores: Acri-lex, Faber-Castell, Reval e Tilibra. Que aspectos do mercado precisam ser discutidos: carga tributária.Como chegar: Rua Frei Du-rão, 246 – Centro – Mariana/MG CEP: 35420-000.

Direto da Revenda

Page 17: Revista da Papelaria 199

Representante Comercial |

17março de 2014 | www.revistadapapelaria.com.br

Rijan Representações

O professor e o aluno

Durante oito anos, Anto-nio Vieira trabalhou sozinho na empreitada. Até que seu fi lho, Jefferson Luiz Vieira, juntou-se ao negócio do pai, transformando a Rijan em uma empresa familiar.

“Comecei o trabalho com meu pai aos 21 anos de idade e fui muito bem assessorado por ele. Desde o início, seus ensinamentos foram funda-mentais para eu me estabele-cer na profi ssão e manter-me até hoje.”, conta Jefferson.

O então jovem vendedor acabara de sair do exército e planejava voltar à faculdade de publicidade e propaganda, mas ao se testar com as ven-das, percebeu que aquele era o seu caminho natural. O pai o presenteou com um carro e Jefferson rodou Santa Cata-rina vendendo e conhecendo gente. E assim apaixonou-se pela profi ssão.

Embora estivesse feliz no trabalho, a certeza de que estava no lugar certo veio um pouco mais tarde. “Em determinado momento, des-

cobri que não tinha clientes para visitar, e sim amigos. Frequento a casa de alguns e eles, a minha. Meus melhores clientes são meus melhores amigos.”, conta.

Para a Rijan decolar de vez, foi preciso vencer as difi cul-dades que se apresentaram. O grande desafi o, segundo Jefferson, foi o de convencer os papeleiros a se acostuma-rem com mudanças, aceita-rem novidades e prestarem atenção no custo-benefício, em vez de comprarem apenas o material mais barato.

Esse pensamento de mos-trar o que pode ser produtivo para o cliente veio de seu pai, Antonio, que costuma dizer: “Venda é a consequência de um bom serviço prestado ao seu cliente. Não pense no dinheiro, pense em assesso-rar seu parceiro/cliente”. Foi com essa mentalidade que a empresa se sustentou e pros-perou na região.

Dentre os planos de Jeffer-son está o de construir um escritório sustentável. Com as comissões diminuindo cada vez mais, as empresas estão acabando com o representan-te bem estruturado e prepara-do. Jefferson acredita que o futuro são os trabalhadores “individuais”, com custo me-nor, sem o respaldo de uma equipe e de pessoas internas resolvendo pendências.

Citando um dos muitos ensinamentos do pai, o em-presário é otimista quanto aos seus planos. “Não exis-te sentimento melhor do que a sensação do dever cumprido!”

Pai e filho trabalham juntos numa parceria de sucesso há quase 20 anos. POR LUIZ ASSUMPÇÃO

A Rijan Represen-tações tem o ramo de papelaria nas raízes de sua histó-

ria. A empresa foi fundada em 1987 e, originalmente, deveria funcionar apenas como uma papelaria em Blumenau-SC. No entanto, o fundador, Antonio Viei-ra, deparou-se com grande dificuldade para comprar novos produtos. E aí ele viu uma oportunidade. Perce-bendo o nicho que poderia explorar, o empresário tra-tou de aproveitar a ocasião e transformá-la num negócio promissor.

Jefferson Vieira seguiu os passos do pai, Antonio, e juntos dão continuidade ao negócio existente há 27 anos. Foto Kako Waldrich

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www.revistadapapelaria.com.br | março de 201418

Balanço do períodoVolta às Aulas 2014 |

E no finaldas contas...

Com o fi m do período de maior movimentação nas papelarias, chega a hora de avaliar o desempenho do setor. POR RACHEL ROSA

Ser empresário do ramo de papelaria é ter a certeza de que, pelo menos uma vez ao

ano, a empresa passa por um momento atípico e bastante esperado. Boa parte dos esforços se concentra no pe-ríodo de volta às aulas, pois o objetivo é tirar o melhor proveito dessa promissora época nas papelarias.

A preparação deve ser feita com antecedência, com a compra dos produtos e a adequação da logística. A contratação de funcionários

é mais uma etapa fundamen-tal. Os resultados costumam ser proporcionais à dedica-ção da equipe e à satisfação dos clientes.

O período entre dezem-bro e fevereiro são os que geram maior lucro no setor. E agora, passado esse tem-po, os empreendimentos começam a avaliar a efi cácia do trabalho. A REVISTA DA PAPELARIA pesquisou diversas empresas pelo Brasil (44 no total, sendo que algumas respostas tiveram absten-ção) para apresentar dados concretos sobre o desempe-nho do setor neste ano. Em média, a avaliação foi po-sitiva, mas alguns detalhes demonstram que o cenário está em mutação, em virtu-de, entre outros aspectos, da expansão da concorrência, das novas tecnologias e do perfi l de compra do consu-midor. Acompanhe:

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19março de 2014 | www.revistadapapelaria.com.br

Lucros e concorrência

O volta às aulas é um mo-mento bastante esperado para o setor papeleiro. Mes-mo com a crescente con-corrência, apenas uma das 44 empresas entrevistadas considerou o momento de volta às aulas ruim. “As ven-das foram boas, mas esperava um volta às aulas melhor, pois aqui na minha cidade os supermercados e lojas de R$ 1,99 vendem cadernos com preços muito baixos, o que atrapalha um pouco nossas vendas”, disse José Augusto de Mattos, da Nova Mania Papelaria, sediada em Juiz de Fora, Minas Gerais.

No geral, as cifras foram positivas e o faturamento foi dentro do planejado. A Pape-laria Central, em Araguaína/TO, vendeu, em janeiro deste ano, o equivalente a janeiro e fevereiro do ano passado. Já a Realce Representações, em Vitória/ES, se surpreendeu com o período. “Foi o melhor volta às aulas que tivemos. Estamos indo muito bem. Inclusive, nosso escritório de representações foi agraciado com um prêmio de destaque em 2013”, conta Altamir Mar-tins. Outra avaliação positiva foi da Vichi e Vichi, papelaria de Piedade/SP. “Em poucas palavras, foi um volta às aulas que gostaria de ter todos os anos”, afi rma o proprietário, Nicola Vichi Netto.

À frente da Livraria e Pa-pelaria Alfa, Pedro Mariano Pereira contabilizou boas cifras nessa temporada e o crescimento foi de 32% nas

vendas. Para ele, a mudança na estratégia de divulgação foi o que proporcionou o bom re-sultado. “Acredito que o maior responsável pelo saldo neste ano foi a divulgação da loja nas escolas e o aumento do mix de produtos”, salienta.

Por outro lado, alguns empreendimentos conside-ram que poderiam vender mais se os materiais escolares fornecidos pelo governo fos-sem comprados pelos pais na própria papelaria, conforme proposta do Cartão Material Escolar. “O momento foi bom, mas poderia ter sido melhor. O prefeito de Franca compra kit com produtos escolares e distribuiu para os alunos da rede municipal”, conta Viviane Dalpian, da Papelaria Dalpian.

Até o calor prejudicou um pouco, de acordo com Marlizia Wathier. Ela é dona da Adri Papelaria e Arte-sanato, localizada no Rio Grande do Sul, região que não está acostumada a in-tensos dias de calor, como os ocorridos no início do ano. “Não conseguimos vender muito devido às férias pro-longadas e ao forte calor aqui no Sul”, comenta.

A concorrência vinda de outros setores, a exemplo dos supermercados e lojas de departamento, continua a preocupar os empresários de papelaria. Alguns acredi-tam que esse é o fator que impossibilita o lucro na con-tabilidade fi nal. “Percebi que os supermercados vendem cada vez mais material esco-lar com preços baixíssimos

e isso prejudica um pouco nossas vendas”, afi rma Dé-bora, da Papelaria Cilene, em Minas Gerais.

Mesmo ainda não encer-rado o volta às aulas na pa-pelaria Pratika, no Distrito Federal, o proprietário Carlos Alberto da Silva afi rma não ter tirado bom proveito do momento. “Foi um fracasso total esse volta às aulas. A ven-da dos produtos está muito espalhada e a cada ano vejo nosso lucro caindo mais”, salienta. “Temos em Brasília a chamada Feira do Paraguai, que vende de tudo. As pessoas vão lá para comprar estojo, lancheira, mochila, e os nos-sos produtos acabam sobran-do. Quando realizamos as compras nas feiras especiali-zadas do setor, arriscamos 100%. Compramos sem saber se vamos vender”, ressalta o empresário.

Enquanto isso, os super-mercados projetam resul-tados cada vez melhores na

Avaliação positiva: 81% consideraram excelente ótima boa Avaliação negativa: 18,9%

consideraram regular ruim

Panorama geral

40,5%

14,3%14,3%

28,6%

2,4%

Page 20: Revista da Papelaria 199

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Balanço do períodoVolta às Aulas 2014 |

Produtos campeões

Quando o assunto é o gosto das crianças, os produ-tos licenciados ainda são os que têm maior procura nas papelarias. Nesse volta às au-las, as bonecas vampirescas da Monster High continuam em alta. Sejam nos cadernos ou mochilas, a escolha das meninas era pela estampa das monstrinhas chiques.

Além do gosto pela novi-dade, a tradicional boneca Barbie continua a atrair o

Giro no estoque

Maior venda com licenciados Maior venda com não licenciados

funcionários é uma delas. Ele lembra que, enquanto nos supermercados o cliente faz as compras nos sistema de autosserviço, nas papelarias, ele geralmente conta com atendimento personalizado. “Além disso, a concorrência deve ser vista como algo saudável e positivo, pois leva o empresário ao aprimora-mento”, avalia.

venda de material escolar e, a cada ano, abastecem o es-toque com novos produtos. Esse cenário já é realidade e cabe ao setor papeleiro criar estratégias para não ficar atrás das concorrentes. Em entrevista à REVISTA DA PAPE-LARIA, o consultor Francisco Rojo afi rma que as papela-rias têm alternativas para se destacar. A capacitação dos

Vendas

Aumentaram Diminuíram Mantiveram-se estáveis

olhar das pequenas consu-midoras. Houve boa procura por modelos que ostentavam o mundo rosa da fi gura cin-quentenária, o que indica que elas não podem faltar nas gôndolas das lojas, pois ainda prevalecem na escolha das novas gerações.

Outra licença de suces-so em 2014 foi a do filme ‘Meu malvado favorito’. Os produtos com os Minions, os ajudantes do vilão cama-rada Gru, contabilizaram boas vendas, repetindo o bom desempenho obtido nos cinemas.

Com relação à renta-bilidade, as mochilas são apontadas pelos empresários como os itens que mais dão

retorno positivo ao empreen-dimento. Entre os produtos não licenciados e que tiveram boa saída estão as pranchetas em plástico, apagadores para quadro branco, lápis de cor, cadernos e papel sulfi te.

56,8%

5,4%

37,8%

62,2%37,8%

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21março de 2014 | www.revistadapapelaria.com.br

Força de trabalhoNão é comum as pape-

larias do Brasil passarem pelo período de volta às aulas sem fazer contrata-ções. Em média, as lojas de pequeno porte contratam até cinco funcionários para o atendimento aos clientes em período de compra de material escolar.

Estabelecimentos maio-res, no entanto, que tra-balham com fabricação e distribuição de produtos, necessitam de maior mão de obra. A Carbrink, por exemplo, empresa de São Paulo, fundada em 1976, precisou contratar 15 novos colaboradores para suprir as necessidades da temporada. “Pelo fato de o volta às aulas ter uma produção maior, normalmente contratamos esse número para o período entre novembro e janeiro. São contratações temporá-rias, apesar de a maioria con-tinuar conosco”, comenta o representante da empresa, Ulysses Stancati.

Fato que chama a aten-ção é sobre o treinamento da equipe. Parte relevante das empresas não investiu em capacitação, como é o caso da Express Papelaria, loca-lizada em Leopoldina, Minas Gerais, que aumentou o efe-tivo em quatro funcionários. “O que aconteceu conosco foi a falta de planejamento. A contratação foi muito próxima do volta às aulas e os contratados tiveram que aprender na hora”, comenta o proprietário Gabriel Bar-bosa Pereira. Mesmo assim,

Confira os diferentes métodos utilizados para preparar a equipe:

Faço o curso de administração de empresas. Usando esse conhecimento, distribuo mate-rial de leitura durante o ano todo

VANDERLEI CONSTANTINI, MASTER PAPER/SC

Orientação e capacitação feita interna-mente através de teoria e prática. Além disso, pessoas especializadas em programas de atendimento dão assistência à loja, em todas as ocasiões

IVAN GALVÃO, LIVRARIA ESTUDANTIL/PE

Organizamos reuniões e informamos aos funcionários sobre as formas de pagamento e atendimento

CAMILA GONZAGA, PAPELARIA CAROL/PR

Os funcionários mais experientes treinaram os mais novos

PEDRO MARIANO PEREIRA, LIVRARIA E PAPELARIA ALFA/PR

Eu mesma incentivei a equipe, oferecendo brindes em dinheiro e dias de folgas

SANDRA MARQUES DA COSTA, PAPELARIA SANDRA/GO

Contratação antecipada para desenvolvi-mento de experiência na empresa

SÍLVIO DOMINGUES DA SILVA, FISCO PAPER/SP

Page 22: Revista da Papelaria 199

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Balanço do períodoVolta às Aulas 2014 |

Bloqueios

Chamar a atenção dos consumidores Driblar a concorrência Gerenciar o estoque Capacitar a equipe Negociar com fornecedores Atendimento aos clientes e contratação de

funcionários

no ramo papeleiro de hoje, como os concorrentes, a economia instável etc. No entanto, o que difi culta mui-to [o bom resultado] são os altos impostos”, acredita Cíntia Pioner, da Papelaria Pioner, no Rio Grande do Sul. “Continuo achando que a carga tributária nos pro-dutos de papelaria é muito alta”, concorda José Augusto de Mattos, da mineira Nova Mania Papelaria.

Outras questões são apon-tadas pelos empresários como desafi os. Confi ra:

faturamento. Se tivéssemos feito treinamento com mais tempo, teríamos números ainda melhores”, afi rma Ga-briel. “Vamos nos organizar

melhor a partir de agora”, salienta.

A Arco-íris, papelaria de Orlândia/SP, é de pequeno porte e contratou um fun-cionário para a auxiliar na temporada de volta às aulas. Mesmo não tendo realizado prévia capacitação, a pro-prietária, Maria do Socorro Pereira, valoriza a questão do treinamento. “A contra-tação foi muito rápida e a pessoa já veio em cima do volta às aulas e apenas dei orientações. Mas, depois do mês de março, vou contratar uma empresa para capacitar toda a equipe”, ressalta.

Vencendo desafiosQuando o assunto se

volta para os principais de-safios do setor, é consenso entre os papeleiros que a carga tributária sobre os produtos escolares é one-rosa e pode prejudicar o andamento do negócio. As associações batalham pela diminuição do encargo financeiro, principalmente por se tratar de artigos com finalidade educativa. Por hora, não há como mensu-rar um prazo para mudança nesse cenário atual.

“Temos diversas variáveis

Contratou até 5 colaboradores Entre 6 e 10 Entre 11 e 20 Mais de 20 Nenhum

Investiu em capacitação por meio de cursos, palestras ou com profissionais especializados

Não investiu em capacitação Outras formas de capacitação

a empresa contabilizou au-mento de 15% nas vendas. “A capacitação é importante para atendermos bem os clientes e, assim, melhorar o

Contratações

48,6%

10,8%

10,8%

5,4%

24,3%

13,5%

35,1%54,1%

33,3%

9,5%

14,3%

19%

11,9%

11,9%

Page 23: Revista da Papelaria 199

Experiência do consumidorSe nas papelarias o começo do

ano está com atenção totalmente voltada às listas escolares, para os pais esse é um momento que também requer apreensão, pois, inevitavelmente, terão que dedi-car um tempo para a compra dos materiais necessários ao estudo dos filhos.

No entanto, é uma situação considerada delicada a esse tipo de consumidor, pois vão aos esta-belecimentos com a prévia ideia de que terão que encarar filas, falta de materiais e, ainda, chegam às lojas apreensivos com os preços. Essa visão se fortalece nos dias atuais, com a adesão a novas formas de compras que proporcionam maior comodidade ao cliente, como o e-commerce.

Mesmo com as diferentes possibilidades, os pais passeiam por diferentes canais de venda e optam pelo que oferece o melhor custo-benefício. E não necessa-riamente adquirem tudo em um só lugar, como confirma, a seguir, o depoimento de duas mães, uma do Espírito Santo, outra do Rio de Janeiro, acostumadas a encarar a temporada de volta às aulas. Em um mundo cada vez mais infor-matizado, os esforços do setor papeleiro precisam se concentrar não só em uma escolha acertada de produtos para compor o mix, mas em um atendimento diferen-ciado, prezando pelo ambiente agradável e preços atrativos.

“A compra de materiais escolares ocorreu normalmente como em todos os anos: lojas cheias e sempre com falta de produtos. Infelizmente, não consigo destacar nenhum as-

pecto positivo, mas negativo posso apontar a falta de mer-cadoria e as f ilas enormes. Mesmo assim, prefi ro comprar tudo pessoalmente. Faço prévia pesquisa de preço dos cadernos e sempre consigo o melhor valor nas lojas de departamento. Os livros didáticos são tabelados, mas sempre estão em falta no estoque e, por isso, preciso ir às livrarias e comprar ‘picado’. Acho isso um horror!”

REJANE SILVA DOS SANTOS É MÃE

DE VICTOR, PEDRO E MARIA SILVA

DOS SANTOS, COM 17, 9 E 5 ANOS,

RESPECTIVAMENTE. SÃO NATURAIS DE

BRASÍLIA E ATUALMENTE MORAM NO

RIO DE JANEIRO/RJ.

“Esse volta às aulas foi pare-cido com o dos anos anteriores. Como sempre, os produtos estão um pouco mais caros. Um aspecto positivo é que as papela-rias estão investindo cada vez mais em novidades. No entanto, essas novidades a cada ano estão com preços maiores, inclusive os livros didáticos. Normalmente, compro o material sempre na mesma papelaria, mas alguns itens compro em atacado. Já as mochilas e estojos costumo comprar pela internet, pois tem maior variedade e quantidade, e tenho fi lhas gêmeas que gos-tam de usar coisas iguais. Todo ano tento comprar mochilas e estojos em papelaria, mas aca-bo comprando na internet por conta do preço”.

VALESKA ARAUJO É MÃE DE PALOMA,

DE 18 ANOS, JULIA, DE 15 ANOS, E DAS

GÊMEAS ISADORA E ISABELA, DE 11

ANOS. RESIDEM EM VILA VELHA/ES.

Page 24: Revista da Papelaria 199

www.revistadapapelaria.com.br | março de 201424

Balanço do períodoVolta às Aulas 2014 |

Para a Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Grá-fi ca), o volta às aulas 2014 superou as expectativas. “Re-gistramos um crescimento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado, bem acima, inclusive, de nossas previsões iniciais”, afirma Moacir Bergamo, diretor do grupo empresarial setorial da Abigraf-SP.

O bom resultado pode estar relacionado a uma mu-dança que a associação per-cebe há cerca de dois anos. Trata-se da antecipação do período de vendas. “Até al-guns anos atrás, a temporada de vendas começava logo após o término da Feira Escolar, ele-mento importante para nosso segmento. Mas de dois anos para cá, nós, caderneiros, esta-mos participando do evento

Visão em conjuntoAssociações papeleiras revelam a visão sobre o desempenho no setor.

Partindo para uma visão mais ampla, a REVISTA DA PAPELARIA apurou o desempenho do volta às aulas segundo as organizações que visam representar e ajudar os profissio-nais do setor de papelaria. Em consonância com o varejo, a avaliação das associações foi positiva em sua maioria, mas não deixaram de levar à tona questões polêmicas,

como o comércio ilegal de livros nas escolas e a crítica aos atacadistas que vendem ao consumidor final.

com um percentual bastante signifi cativo de vendas efetu-adas”, explica Bergamo.

Com relação à reposição de produtos para a tempo-rada escolar, o diretor revela que houve um volume signi-fi cativo de vendas de reposi-ção, o qual ele credita a um desabastecimento precoce por parte dos clientes ou, ainda, por uma antecipação das compras dos consumido-res fi nais em virtude da Copa do Mundo, tendo em vista que as escolas adiantaram o retorno às aulas. Para Moa-cir Bergamo, é importante frisar que houve, sim, vendas substanciais de reposição nos meses de janeiro e fevereiro.

De acordo com Paulo Sbragi Junior, diretor fi nan-

ceiro da Rede Nacional de Papelarias Brasil Escolar, de maneira geral, as empresas apresentaram algum cresci-mento e o saldo fi nal foi con-siderado positivo. A maior concentração das vendas ocorreu no mês de janeiro, assim como nos anos ante-riores, e especialmente neste ano, em virtude da realização da Copa no Brasil.

A mudança no perfi l de compra do consumidor, que faz uso da tecnologia para adquirir produtos, é uma realidade, e as grandes empresas buscam avanços nesse quesito. “Cada vez mais, o consumidor está exigindo preço bom e quali-dade excelente, além de estar conectado à internet e às redes sociais. Os fabricantes estão atentos a isso e também disponibilizam esses canais para a comunicação com o público”, conta o represen-tante da Brasil Escolar.

Fato que chamou bastan-

“O que mais chama atenção é a antecipação do período de vendas”

“O Cartão Material Escolar seria a salvação para o

nosso mercado”

Page 25: Revista da Papelaria 199

25março de 2014 | www.revistadapapelaria.com.br

te atenção foi a agilidade na reposição de materiais. “Al-guns fabricantes surpreen-deram na reposição e foram tão rápidos quanto o ata-cado. Isso mostra que estão olhando mais para o varejo”, aponta Sbragi Junior.

A expectativa agora é com relação à aprovação do Cartão Material Escolar nas principais cidades do país. A Brasil Esco-lar acredita que a implantação do CME se dará em médio e longo prazos e vê a medida como bastante benéfi ca a to-das as organizações e classes envolvidas com venda de ma-terial escolar. “O cartão seria a salvação para o nosso mercado e estamos trabalhando para isso”, salienta o diretor.

A antecipação do calendá-rio escolar exigiu ajustes aos associados da Abfi ae (Asso-ciação Brasileira de Fabrican-tes e Importadores de Artigos Escolares). Com prazos mais apertados, a produção teve que ser antecipada e as entre-gas para os clientes também tiveram que acontecer mais cedo. Devido à imprevisibi-lidade do mercado, houve a necessidade de reposição de materiais, de acordo com Ricardo Carrijo, responsável pelas relações institucionais da organização.

O volta às aulas foi bas-tante positivo para a Abfi ae.

“Sentimos que o consumidor está cada vez mais consciente de seus gastos”, comenta Carrijo. No entanto, o que mais lhe chamou a atenção foi a imprensa ter incluí-do em sua pauta a questão dos impostos no setor. “Foi bem interessante a imprensa destacar a carga tributária que pesa sobre os materiais escolares e não a elevação de preços dos produtos”, ressal-ta o representante.

Agora, a associação mo-biliza-se para lutar pela aprovação do Projeto de Lei do Senado Federal n° 122, que dispõe sobre a transfe-rência direta de recursos aos beneficiários do Programa Bolsa Família para aqui-sição de material escolar. No final do último ano, foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos do Senado e encontra-se em tramitação na Comissão de Educação daquela casa do Congresso Nacional.

Em 2014, houve maior procura nas livrarias por materiais escolares, mesmo com a concorrência por par-te das escolas e editoras que vendem diretamente ao con-sumidor, retirando, assim, a livraria da cadeia comercial do livro. “Há anos, a ANL trabalha junto às escolas e editoras a questão da venda direta de produtos e, neste ano, intensificou as ações.

Por meio de ofício, alertamos acerca do comércio ilegal, que tem ocorrido dentro das próprias escolas”, revela Ednilson Xavier, presidente da Associação. “Em parceria com algumas editoras e, em sua maioria, com benefícios às escolas e/ou aos dirigen-tes, as instituições de ensino passam a vender livros, em

“Foi bem interessante a imprensa destacar a carga tributária que pesa sobre os materiais escolares”

“O livreiro se reinventa e busca novas ações para atrair

o cliente”

Ricardo Carrijo, da Abfiae, afirma que o consumidor está mais consciente dos seus gastos.

Carlos Araujo, da Redepel, aponta problemas, mas sinaliza para um fechamento do balanço com números estáveis.

Page 26: Revista da Papelaria 199

www.revistadapapelaria.com.br | março de 201426

Balanço do períodoVolta às Aulas 2014 |

desacordo com as normas legais e fi scais, transforman-do o benefício em afronta e em concorrência desleal com o segmento de livrarias”, completa Xavier. O presi-dente acredita que a cons-cientização tenha sido um dos fatores para o aumento das vendas de didáticos nas livrarias.

O uso da internet para fins educativos é uma ten-dência mundial e começa a ser incluída nas listas escola-res. Segundo Xavier, em vez dos livros, algumas escolas optaram por conteúdo mul-timídia, com indicação de leituras através de links para estudos em sites de revistas científi cas, educacionais, de língua portuguesa e assuntos em geral.

“O período escolar ainda tem sua importância no fa-turamento das livrarias, mas, cada vez mais, os ganhos são menores. Independentemen-te do tamanho da livraria, no entanto, o livreiro se reinventa e busca novas ações para atrair o cliente, como o encapamento de livros, en-trega gratuita em domicílio e promoção de ações culturais/educacionais dentro de seus espaços, além de outras ações que possam atrair o leitor”, declara Ednilson Xavier.

Mesmo considerando a venda direta das editoras às escolas um complicador muito forte, principalmente para as livrarias que têm os didáticos como o produto determinante, o presidente da ANL considera o saldo fi nal positivo.

Enquanto algumas asso-ciações mostraram-se satis-feitas com o volta às aulas, os números preliminares da Redepel (Associação das Papelarias Independentes da Grande São Paulo) causaram alguma decepção. Os dados indicaram que as vendas de janeiro apresentaram núme-ros expressivos apenas nos últimos dez dias, enquanto que as vendas residuais es-peradas para fevereiro não se concretizaram.

“Os motivos para tal situação são mais do que conhecidos: concorrência com os grandes magazines, supermercados, ‘atacarejos’ [referindo-se ao atacadista que vende para o varejo], camelôs, lojas de época, lojas virtuais e, o mais prejudi-cial, os políticos e seus kits escolares”, critica o diretor de comunicação da Rede-pel, Carlos Roberto Araujo. “Mesmo com todos esses problemas, acreditamos que possamos terminar com nú-meros estáveis em relação ao ano passado”, sinaliza.

Destaques positivos e negativos foram apontados pelo diretor durante o perí-odo. Entre os positivos, está o atacadista que soube apro-veitar a correria dos lojistas e passou a funcionar 24h. “Em compensação, vendeu também ao consumidor de ocasião, tirando esse cliente do comerciante que o sus-

tenta o ano inteiro”, pondera Araujo. Para ele, o principal destaque negativo partiu de um grande fabricante de ma-terial escolar, que causou es-panto no fi nal do último ano quando tentou vender dire-tamente às escolas. “Depois, decepcionou novamente, queimando seus produtos a preços menores do que os praticados aos lojistas que compraram meses antes”, salienta o representante da Redepel.

Para o resto do ano, Car-los Roberto Araujo sugere apreensão por parte dos es-tabelecimentos, pois acredita que as vendas do volta às aulas poderão ser um termô-metro do que os espera em 2014. E ainda sugere cautela nas compras comuns e, prin-cipalmente, nas compras de ocasião em produtos alusivos à Copa do Mundo, para que não carreguem em estoques, de maneira a comprometer o fl uxo de caixa.

“As vendas do volta às aulas poderão ser um termômetro do que nos espera em 2014”

Ednilson Xavier, da ANL, vê saldo final como positivo, mas faz alerta sobre venda direta das editoras às escolas.

Page 27: Revista da Papelaria 199

27março de 2014 | www.revistadapapelaria.com.br

Fabricantes nota dez

Novidades e boa logística garantem o sucesso do volta às aulas nas indústrias

O balanço positivo durante o período de volta às aulas se refletiu também nas

indústrias, e a antecipação do calendário escolar foi outro tema recorrente. Para os fabricantes, fator que con-tribuiu ao bom desempenho foi o período de comemo-ração carnavalesca. “Nossa operação foi favorecida pelo fato de o Carnaval, neste ano, ter sido em março. Sem os gastos que normalmente os consumidores desembolsam nesse evento, o poder de com-pras para o nosso sazonal escolar foi maior”, explica Marici Foroni, diretora de marketing da Foroni.

Janeiro continuou sendo o mês de maior volume de vendas, e as empresas investi-ram em novidades para levar opções ainda mais atrativas aos clientes. “Dentre os fato-res que contribuíram para o sucesso, estão os investimen-tos em nova coleção, com layouts e estampas exclusivos. Lançamos novos itens no mix e investimos na aquisição de maquinários de última

geração”, comenta Nathalia Ibelli, analista de marketing da DAC, que busca maior participação no mercado com a produção de pastas em poli-propileno e registradores AZ. Na Foroni, o planejamento antecipado de compras e um consumo mais dissipado com ambientes mais agradáveis fo-ram os pontos que ajudaram positivamente no resultado, de acordo com a diretora de marketing da empresa.

A São Domingos, que contabilizou crescimento su-perior ao esperado, creditou o saldo ao bom funcionamento da logística. “Nossa logística funcionou com muita pre-cisão, efetuando as entregas com pontualidade e dentro do solicitado pelo cliente”, esclarece o gerente comercial, João Antonio Corniani.

As marcas próprias e li-cenças continuam com gran-de aceitação no mercado papeleiro. Os fabricantes estão sempre atentos às ten-dências para ir ao encontro do gosto dos clientes e obter diferencial. O processo de criação tem início meses antes do lançamento dos produtos. É baseado em pes-quisas de mercado, pesquisa de tendências, consulta a licenciadores e busca de refe-rências na moda e estilos de vida. “Buscamos refl etir em nossos produtos caracterís-ticas do meio social de cada público específi co para estar em perfeita harmonia com as exigências da atualida-de”, destaca o coordenador de marketing da Cadersil, Bráulio Carvalhal.

Marici Foroni, da Foroni, e João Antonio Corniani, da São Domingos, creditam o bom resultado do volta às aulas ao planejamento e logística eficazes.

Page 28: Revista da Papelaria 199

Tendências Paperworld 2014/15Requinte universitárioElementos básicos e casuais são usados de modo inteligente e, com requinte, caracterizam este olhar contemporâneo. A alta qualidade é uma necessida-de, mas, com autoconfiança e relaxamento, está em segundo plano.

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www.revistadapapelaria.com.br | março de 201428

Paperworld Frankfurt 2014Pa erwPaperwInternacional |

12

3

Page 29: Revista da Papelaria 199

29março de 2014 | www.revistadapapelaria.com.br

A feira líder do setor de papelaria, Pa-perworld Frankfurt, teve sua edição de

2014 realizada entre os dias 25 e 28 de janeiro, período em que consolidou seu pa-pel de grande promotora de negócios e lançamentos de tendências no mercado internacional de papelaria. Cerca de 60% de seus visitan-tes são de fora da Alemanha, e os 1.670 expositores reuni-dos são originários de mais de 50 países.

Messe Frankfurt, empre-sa promotora do evento, faz da Paperworld uma chancela internacional de feira de pa-pelaria, organizando versões em Hong Kong, Dubai, Rús-sia e China. Na Alemanha, a Paperworld é realizada junto com a Creativeworld e com a Christmasworld que, juntas, atraíram 83.300 visitantes. “O alto interesse dos profi s-sionais de todo o mundo em participarem desses eventos mostra que eles são as plata-formas ideais para geração de negócios em seus setores”, avalia Detlef Braun, membro do Conselho de Administra-ção da Messe Frankfurt.

O mercado de papel, ma-terial de escritório e papelaria movimentou, na Europa, 58 bilhões de euros em 2013, ob-

tendo um aumento de 0,2% em relação ao ano anterior. No entanto, a Alemanha, que detém a maior participação desse mercado, 18,5%, tem sofrido quedas gradativas nos últimos anos. Segundo analistas, o segmento per-manece sobre pressão e segue se adaptando a uma nova realidade.

Atentos a esse cenário, as associações alemãs de forne-cedores e a Messe Frankfurt organizaram um grupo de

A Paperworld Frankfurt, maior feira de papelaria do mundo, atrai profissionais interessados em manterem-se alinhados às tendências de consumo e à ampliação de mercados.

POR ROSANGELA FEITOSA

Negócios e inspiração

Page 30: Revista da Papelaria 199

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Paperworld Frankfurt 2014Internacional |

trabalho para manter a efi cá-cia do evento. Dessa coopera-ção, surgiu a decisão de que as empresas das associações alemãs participarão do even-to todos os anos, alternando entre um e outro o modo de exposição: um ano, com estandes individuais em um hall especial e no seguinte, em uma área conceitual com-partilhada e fórum de deba-tes. “Como expositores, ano após ano, nunca estudamos a possibilidade de fi car de fora da Paperworld. Em vez disso, nos adaptamos para atender as novas oportunidades e necessidades da era da inter-net”, declarou Christian Sch-neider, CEO da fabricante de lapiseiras Schneider.

Relevância internacional

Se a importância da feira é unânime entre os fornece-dores, entre os visitantes a visão não é diferente. “Venho aqui para ter informações específicas sobre toda sorte de produtos do setor de pa-pelaria, vejo novidades e faço contatos imprescindíveis para minha loja”, afi rmou Sabine Heindlk, dona da papelaria Schreib-Zeug. “Visitar a Pa-perworld é sempre positivo. Aqui, conseguimos ampliar as possiblidades de negócios. Há muitas oportunidades e inspi-ração em cada pavilhão. E, este ano, a feira esteve com corre-dores lotados e todos muito motivados”, declarou Elson Francisco Di Célio, presidente da Dello, empresa brasileira de acessórios de escritório e itens de organização.

1- Negócios e demostração de produtos no espaço da Acrilex. 2- Jackson Nunes, da Solugrav,

e Reinhard Kulterer, gerente para América Latina, da Trodat.

3- Jacques Belz (de óculos), da Motivate. 4- Fernando Alban e sua

equipe em atendimento no estande da Credeal. 5- Ronaldo Sutto Bassi e

diretores da Colop.

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Ronaldo Sutto Bassi, gerente de marketing da fa-bricante de carimbos Nova Era, foi outro brasileiro que esteve na Paperworld. Ele aproveitou o evento para co-nhecer de perto as novidades das empresas que representa no Brasil: a austríaca Colop e a alemã Henri. “Essa feira é essencial para manter-se atualizado no mercado de papelaria, e não apenas para quem trabalha com impor-tação como nós. Todo pro-fi ssional sai daqui com uma visão renovada do setor”, avaliou o executivo. Segun-do Jacques Belz, da importa-dora carioca Motivate, que também estava visitando a Paperworld, “a temporada anual de negócios do setor começa nessa feira”.

Entre os expositores, o Brasil estava representado pela Acrilex e pela Credeal. Fernando Alban, presidente da indústria de cadernos, estava entusiasmado com a feira. “As exportações são importantes para a Credeal. Equilibramos a produção do nosso parque industrial o ano todo. Nossa linha é muito bem aceita e os óti-mos resultados que temos

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Paperworld Frankfurt 2014Internacional |

obtido justifi cam estarmos aqui”, analisou Alban, que pretende lançar sua coleção 2015 para o mercado interno já em maio.

O diretor da Solugrav, empresa de Santa Catarina da área de carimbos e equipa-mentos de tecnologia a laser, Jackson Nunes, esteve não só participando da feira na Alemanha como dali partiria para a sede da sua mais im-portante representada, a fa-bricante de carimbos Trodat, para receber treinamento e atualização técnica sobre os lançamentos da empresa. En-tre eles, as inovações nos mo-delos da Trotec, máquina de corte a laser, e o Trodat Ideal, um carimbo a seco que marca o papel em baixo-relevo. “Es-tamos entusiasmados para apresentar essas novidades ao consumidor brasileiro”, disse Jackson.

A alma do consumoA Paperworld 2014 teve

como assinatura o mote “Mi-nha inspiração”, e não fi cou devendo em nada nesse que-sito. Os pavilhões da feira são organizados de modo que o visitante vá aonde realmente interessa é interessante para ele “se inspirar”. Papelaria fi na, artesanato, suprimentos para escritório e tecnologia, artigos escolares e empresas asiáticas: cada segmento do mercado tem um pavilhão exclusivo. Até as empresas que fabricam produtos ecologi-camente corretos podem ser facilmente encontradas pelos visitantes, que têm à disposi-ção um catálogo de empresas específi co sobre o tema. E, no meio de tudo isso, a grande fonte de inspiração: o Espaço Paperworld Tendências 2014/15. Este ano, o espaço propôs um momento para parar, recuar e, em meio às tarefas cotidianas, identifi car o que é importante e nos concentrarmos no que é realmente essencial.

O escritório de design Bora.Herke.Palmisano de-senvolveu uma instalação com produtos de fabricantes expositores da feira propondo três tendências de consumo, caracterizadas por diferentes estilos, materiais e padrona-gens. São elas: “Requinte Uni-versitário”, “Gentil Descanso” e “Fabuloso Deleite” (box da página 28). Para 2015, a data da feira alemã já está defi nida. Ela será realizada de 31 de janeiro a 3 de fevereiro. Veja no site da REVISTA DA PAPELARIA os principais lançamentos da Paperworld.

Em seus diferentes pavilhões, a Paperworld reúne fornecedores de todos os segmentos do mercado de papelaria: gifts, expressão social, tecnologia, suprimentos de escritório, material escolar e papelaria fina.

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Lei da transparênciaTributação |

No final de 2012, foi publicada a lei nº 12.741, que obriga as empresas a infor-

marem ao consumidor os tributos incidentes sobre as mercadorias e serviços. Ten-do em vista as dificuldades na implantação, as penalida-des pelo descumprimento, que eram para estar vigentes desde junho de 2013, foram prorrogadas para junho deste ano.

Os estabelecimentos que ainda não se adequaram à norma devem se apressar. Não só os empreendimentos varejistas como também ata-cadistas, indústria, agronegó-cio e autônomos que emitem documentos fi scais têm que se adaptar à lei 12.741/2012. “Se há relação de consumo, é necessário informar a carga tributária ao consumidor na nota fi scal”, disse o diretor de inteligência do IBPT (Ins-tituto Brasileiro de Planeja-mento e Tributação), Othon de Andrade Filho.

Para a implantação do sistema, as empresas podem ou não ter custo. “O proble-ma é no programa que emite a nota, que precisa estar

Imposto na nota

configurado. Trata-se de uma questão de software”, explica Claudio Henrique Thies, vice-presidente do Simpa-SP e proprietário da papelaria Magistral , em São Paulo. “Como pago manutenção mensal, tenho liberdade para fazer essas adaptações. Outros que usam programa pronto vão precisar adquirir um pro-grama novo que abrace essa fi nalidade”, explica Thies.

Para os pequenos lojistas que ainda emitem nota fi scal manualmente, será necessá-rio ter uma lista para ajudar a preencher o dado sobre o imposto juntamente com os demais itens da nota. No site do IBPT é possível encontrar a carga tributária de produ-tos e serviços. No entanto, o instituto recomenda a informatização por questão de profissionalização do negócio.

Em artigo publicado na página da Secretaria de Im-prensa da Presidência do Senado, Renan Calheiros defi ne a lei como “um marco de civilidade”, “o ponto de partida para uma nova cons-ciência cidadã no Brasil”.

De acordo com o governan-te, a lei serve para corrigir uma deformação histórica, na qual a sociedade não possui plena consciência e não invoca sua condição de contribuinte. “No Brasil, o imposto sempre foi disfarça-do, como se fosse um mero detalhe nas relações de con-sumo”, afi rmou o presidente do Senado no texto.

Num primeiro momento, o IBPT disponibiliza a carga tributária média nacional, mas está trabalhando para, em breve, disponibilizar o imposto na nota por es-tado. A adequação servirá para que os consumidores possam visualizar, além do imposto sobre o produto, as diferenças tributárias em cada região.

“O setor papeleiro está se adaptando, assim como qualquer varejo. Não existe carga maior para ninguém, o que existe é desinformação”, explica o vice-presidente do Simpa-SP. “O benefício é para todos. A população poderá ver que a carga tribu-tária é alta e a contrapartida é pouca. Vão se conscientizar”, acredita.

Empreendimentos que não se adaptarem à Lei da Transparência Tributária até junho sofrerão penalidades.

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Na Web

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Gigante mundial do e-commerce

O Brasil é tradicional-mente um país que não compra pela internet e chega até

a desconfiar desse tipo de comércio. No entanto, cada vez mais essa tendência vem mudando e, paralelo a isso, o e-commerce está se forta-lecendo. A Staples, um dos maiores fornecedores de ma-teriais de escritório do país, chegou ao Brasil há nove anos com o intuito de con-tribuir com essa mudança e criar entre os consumidores brasileiros a cultura de com-prar sem sair de casa.

Neste ano, mais uma etapa dessa proposta foi vencida. Pela primeira vez, a papelaria virtual investiu no desenvolvi-mento de ações para o volta às aulas, colocando novos itens em linha da categoria. Para facilitar ainda mais o trabalho do consumidor, a Staples dis-ponibilizou três listas de kits

Segunda maior operação de e-commerce no mundo, a Staples começa a investir em kits de material escolar para facilitar ainda mais a vida do consumidor.

de materiais escolares. Dessa forma, os pais dos estudantes economizam no tempo gasto com a escolha dos produtos e também no valor do material escolar para os filhos. Isso porque as listas trazem des-contos de 7% no valor total.

“Temos a expectativa ini-cial de criar entre os consu-midores brasileiros a cultura de buscar a linha de material escolar também na internet. Sabemos que a cultura brasi-leira envolve muito as lojas fí-sicas, o tato e a cotação. Com os kits e o desenvolvimento da categoria, pretendemos mostrar que é possível ofe-recer preços competitivos, comodidade e conveniência nessa compra”, comenta Patricia Romeu, gerente de marketing da Staples Brasil.

De acordo com a empresa, os kits são soluções práticas, rápidas e baratas. Visam a um público que não tem tempo de visitar uma loja ou de navegar por cada produto. Outra facilidade é o fato de o comprador poder adquirir os produtos a qualquer hora do dia ou da noite, incluindo feriados, já que o comércio virtual funciona 24h por dia.

Patricia Romeu afirma que o balanço da campanha de volta às aulas foi positivo. “Em 2005, quando a Staples chegou ao país, materiais escolares eram adquiridos

por meio considerado tradi-cional, ou seja, era necessário o deslocamento até uma loja física. Transformar a internet em um canal forte para esses consumidores, em nosso segmento, era um grande desafio que, acreditamos, vem sendo vencido”, ressalta a gerente. “A cada ano, vemos mais pais de estudantes mi-grarem para a simplicidade e a facilidade do e-commerce quando precisam comprar desde canetas e papéis até mochilas”, acrescenta.

Tendência e aposta O Brasil é uma grande

aposta para a Staples, visto como um dos mercados de grandes oportunidades e uma das operações com maior potencial de crescimento. No mundo, a empresa é a segunda maior operação de e-commer-ce e, por aqui, trabalha pela consolidação da liderança em seu segmento de atuação.

Fundada há 28 anos nos Estados Unidos, a Staples in-ventou o conceito de megaloja de papelaria e materiais para escritório. Expandiu seu mo-delo de negócios para outros canais, consolidando seu site como um dos maiores em vo-lume e faturamento do e-com-merce mundial. Há menos de dez anos no Brasil, possui 65 mil clientes e entrega em todo o território nacional.

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Lançamentos

Cola bastão com nova marcaPresentes no dia a dia das pessoas, as

colas são perfeitas para uso escolar, do-méstico, corporativo e até para hobby. A Acrimet, conhecida pela sua qualidade e excelência em produtos para uso cor-porativo e escolar, acaba de acrescentar mais uma família de produtos, com cer-tifi cação do Inmetro, em seu portfólio: cola bastão. As colas Acrimet (à base de água e atóxicas) possuem três gramatu-ras diferentes e podem ser adquiridas em caixas display com 30 unidades (para 8 g), 20 unidades (para 15 g) e 12 unidades (para 35 g). Os displays possuem cores vibrantes e um layout atrativo, porém as colas também podem ser adquiridas no blister individual. Preço sob consulta. (11) 4343-5577

Carteiras modernasA marca Fico, que possui extensa linha de

mochilas e produtos com pegada surf, lança nova linha de carteiras femininas com estam-pas coloridas e moder-nas. As carteiras Fico são produzidas em poliéster estampado e puxadores personalizados em metal. Os novos modelos, linhas Graphic, Drift e Paisley, têm bolso para notas, mo-edas e porta-cartões. De R$ 69,00 até R$ 79,00. (11) 2842-4242

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Beatrix no BrasilA Beatrix, marca especializada em

mochilas de costas e rodinha, lancheiras e cases para tablet, em parceria com a Nexo Import, traz para o Brasil a linha de produtos infantis com design moderno e estilo adulto, que pode ser usada também pelos pais para interagir com os fi lhos. A marca possui sede em

Nova York e os produtos são desenvolvi-dos com padrões internacionais de segurança

e qualidade. Possui design contemporâneo de animais, com simplicidade e sofi sticação. Os dinossauros Percival, Baxter e Alister, o ma-caco Dieter, a joaninha Juju e a coruja Papar

são os nomes de algumas personalidades que fazem parte da família Beatrix. Mochila de costas P: R$ 179,00; mochila de costas G: R$ 209,00; lancheira: R$ 149,00; case para tablet: R$ 149,00. (21) 3432-2694.

Caneta elegante

A nova caneta esferográfi ca Line Style, da Pentel, chega ao mercado brasileiro com grande apelo ao público feminino. De origem francesa, a caneta possui tinta à base de óleo com cores vivas e intensas. Há opção de ponta esférica de 0.8 mm nas cores preta, vermelha, azul, verde, violeta e rosa, e 1.0 mm na cor rosa. O corpo mais alongado dá elegância ao produto e o grip e clip de metal dão toque de modernidade e sofi sticação. R$ 7,35. (11) 4072-1423

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Lançamentos

Híbrido de tablet e smartphone Acaba de chegar ao mercado brasileiro a

nova versão do Asus Fonepad 7, o primeiro foblet, híbrido de tablet e smartphone, da fabricante produzido no país. Possui tela de alta defi nição de 7”, funções de tablet, entre as quais fazer anotações, realizar vi-deoconferências usando a câmera frontal, tirar fotos, ouvir música, além de realizar ligações.

A nova versão traz o novo processador Intel Atom Z2560 (Covertrail +), um mo-delo dual-core de 1,6 GHz com tecnologia HyperThreading. Com isso, o Fonepad 7 apresenta melhor performance que a

geração anterior do produto, com grandes aprimoramentos no desempenho gráfi co. A bateria do ASUS Fo-nepad 7 tem duração estimada em até 10 horas de uso contínuo em reprodução de vídeo HD. O sistema operacional utilizado é o Android, versão 4.2.2 “Jelly Bean”, com atualização disponível para o Android 4.3. R$ 999,00 desbloqueado. Revenda: www.suporteasus.com/#!talk-to-asus/c1wk1.

Flor de lótus nos cadernosA nova coleção da Teca tem como

inspiração a brincadeira de unir o geo-métrico a traços sinuosos, com a fl or de lótus como elemento principal. A fl or de lótus é identifi cada como símbolo de sucesso e paz espiritual, signifi cados positivos para acompanhar um estu-dante ou um profi ssional no dia a dia. A linha Lótus, composta por cadernos universitários, cadernos meio ofício, blocos jornalistas, carteira, bloco lista, bloco mouse pad e agendas, foi elabo-rada em parceria com a ilustradora e designer de estamparia Elisa Carareto. Produtos de R$ 11,30 a R$ 36,50. (11) 3081-4311

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Artigo | Marcelo Murin

Sim, as pessoas ainda fazem a diferença. Vi-vemos em uma era de tecnologia avançada,

velocidade nas informações, crescimento nas compras virtuais, busca incessante por inovações e muito mais. No entanto, quando se trata de varejo, a qualidade da equipe é de extrema importância, pois o contato direto com o shopper reflete toda a imagem que ficará armazenada na memória do consumidor.

Nos dias de hoje, me arris-co a dizer que vivemos uma crise de qualifi cação de mão de obra, pois como a oferta de emprego tem aumen-tado e o nível educacional não tem crescido na mesma proporção, existe grande

quantidade de profissio-nais no varejo que chegam sem prepara-ção adequada para atender ao público.

Sendo as-sim, passa a ser também

capacitação, gerando motiva-ção e mostrando resultados de médio e longo prazos no planejamento da carreira da equipe. E, dessa forma, os re-sultados serão evidentes para o varejo. Além desse trabalho perene de longo prazo, tam-bém é importante realizar atividades de curto prazo, como campanhas de incen-tivo de curta duração, de for-ma que a equipe fi que focada no produto em questão e o conheça em detalhes.

Devemos ter em mente também o público da loja varejista ao qual estamos nos direcionando para pla-nejar a abordagem. Isso é fundamental para falarmos de forma assertiva com o shopper correto. Além do trei-namento formal em sala de aula, existem outras formas de aplicação de capacitação, tais como via internet, acom-panhamento na loja (coach) e por meio de um mentor.

É uma questão de organi-zação e planejamento. Comece já. Gerar fi delização com seus clientes começa no bom aten-dimento de sua equipe.

papel do varejo capacitar sua mão de obra para gerar dife-renciação diante da sua con-corrência. Quando falo em capacitação de uma equipe de vendas ou merchandising no varejo, me refi ro basica-mente a três tópicos:

Treinamento: desenvolver e aplicar programas onde se possa explorar tanto questões técnicas como comportamen-tais da atuação de vendas;

Avaliação de desempenho: implementar um processo formal de acompanhamento do desempenho da equipe por meio de avaliações periódicas, podendo ser realizadas pelo superior hierárquico, pares e até mesmo por um grupo aleatório de clientes;

Plano de desenvolvimen-to: desenvolver conjunta-mente com o processo de avaliação de desempenho, que também deve estar atre-lado ao programa de treina-mentos, buscando preencher os espaços de oportunidade do indivíduo.

Trabalhados em conjun-to, esses tópicos garantem sustentação ao trabalho de

Marcelo Murin é administrador de empresas com especialização em marketing e sócio-diretor da SOLLO Direto ao Ponto

Varejo: sua equipe faz a diferença?

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