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Revista de Domingo nº 531

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Revista semanal do Jornal de Fato

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Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de setembro de 2012

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Dia gra ma ção – Ramon Ribeiro• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Gildo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

As imagens dos ônibus incendiados em Natal e o constante uso da palavra vandalismo pela maioria dos meios de comunicação ao se referirem ao pro-

testo dos estudantes intitulado #REVOLTADOBUSÃO mos-tra o quanto ainda é preciso se pensar sobre democracia, no sentido amplo da palavra, não apenas no depósito do voto durante as eleições.

Quando se organizaram pelas redes sociais – uma ca-racterística marcante das mobilizações juvenis destes tem-pos – os jovens natalenses não podem ser diferenciados dos jovens que lutam por mais empregos na França, nem dos norte-americanos que ocupam Wall Street para protestar contra o modelo econômico vigente que desconsidera uma grande parcela da população, menos favorecida. Nestes casos, as notícias geralmente trazem uma visão mais hu-manizada dos fatos e menos estereotipada como vandalis-mo. Há muito em comum, pois o momento contemporâneo pede se pensar numa sociedade em que as pessoas possam ter seus direitos ampliados como cidadão, no acesso à saú-de, educação, transporte público. Este é o tema da capa que tratou de ouvir principalmente o movimento que esteve à frente da #Revoltadobusão em Natal, mas, promovendo reflexões num contexto macro sob as considerações perti-nentes do doutor em política e professor da Uern, Vander-lei Lima, sobre esse momento em que os jovens ocupam espaços públicos para reivindicar mudanças.

A revista desta semana também traz matéria sobre o filme Lampião dirigido pelo Bruno Azevedo que deverá ser filmado em vários estados nordestinos, sendo que no RN a passagem por Mossoró é tida como certa. Ainda relaciona-do ao cinema, Thalles Chaves lançará seu livro Pedra Ris-cada em Mossoró com nove roteiros de sua autoria.

Tem ainda entrevista com o presidente do SINDIFERN, Pedro Lopes, dicas e textos interessantes sobre economia doméstica. Aproveite, boa leitura!

editorial

Sobre protestos, incêndios e redes sociais

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aCapa

Davi Moura preparou uma coluna supersaborosa.

Com o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do RN, Pedro Lopes

Rafael Demetrius ajuda como conseguir seu primeiro emprego

Adoro comer

Entrevista

Coluna

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p8

Por que os protestos são importantes?

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)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

A remontaria de calçados não dava, povo muito pobre. Di-nheiro certo, uns poucos em-

pregados da prefeitura, salário míni-mo. \Menos, até. Com um detalhe: pagamento sempre atrasado. Meses. Poucos empregados do Estado, mas residindo em Natal. Vivia-se ali na ci-dadezinha perto da capital era mesmo da agricultura, se chovia.

Era vender a casinha, tudo, por pou-co mais ou nada, e ir embora para Na-tal. Os filhos crescendo ali naquele morredouro. Sem perspectiva de futu-ro. Vicente preocupava-se. Noites sem dormir direito. Um futuro melhor para os filhos. Vida de gente. Não era tanto por ele e pela mulher, fim de carreira, para bem dizer. Os filhos, isto.

Mas quem ali naquele recanto do mundo, todos tão pobres quanto ele, sem um pau pra dar num gato, lhe po-deria comprar a casinha e os troços? Gente de fora, isto nem pensar. Para quê? Os poucos de fora, servindo em-prego público ali, esses moravam em Natal. Salário mais avultado. .Vida me-lhor. De gente.

Seria, em todo o caso, começar a vida de novo. Não atinava como. Em-prego numa fábrica de calçados? Mas

A mulher tinha razão

JOSÉ NICODEMOS*

conto

é que não tinha qualquer especialida-de nessa profissão. Um simples re-mendão. Grosseiro. Ainda que o con-seguisse, salário mínimo. Aluguel, despesas de casa, transporte, não da-va. Talvez pior.

Era como sair das brasas pras laba-redas. dizia a mulher, desconsolada. Pobreza é pobreza em todo canto, e na cidade grande, ai é que a porca torce o rabo. Vicente ficava ali matutando. A mulher estava certa. Pelo menos ali na-quele buraco do mundo tinha onde mo-rar sossegado. Um quintal pra plantar no inverno. Um bichos de cria. Tudo ali perto. Solidariedade..

Viver de quê e como, na capital? Seria mais um miserável. No mais, anal-fabeto. Aprendera a garatujar o nome pra votar. E votar pra quê? Governo era pra família e pros amigos. O resto só servia mesmo pra servir de escada. Se fosse verdade o que prometem em tem-po de eleição, pobre já podia viver que nem gente, em todo canto. Tudo enga-nação. Mentira.

Também, aí, a mulher tinha razão. Falava a verdade. Era ficar ali mesmo, naquele sovaco de chão abandonado desde o começo do mundo. Pelo menos, tinha onde morar sossegado de aluguel. Um bicho pra comer.

Mas é que não tinha qualquer especialidade nessa profissão. Um simples remendão. Grosseiro. Ainda que o conseguisse, salário mínimo. Aluguel, despesas de casa, transporte, não dava. Talvez pior

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entrevista

A entrevista da semana é com o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Tesouro Estadual (SINDIFERN), Pedro Lopes. Ele esteve à frente da paralisação por 24h das ativi-dades, realizada no último dia 21 de setembro, em virtude do não atendimento, por parte do Governo Estadual, de diversas reivindicações da categoria. Sobre as reinvindicações e

sobre as condições de trabalho dos auditores, Pedro detalha mais abaixo:

PEDRO LOPES

redaçã[email protected] | Twitter: @defato_rn

‘Temos muitas demandas pendentes’

DOMINGO – Há vários meses o SIN-DFERN vem tendo reuniões com o Go-verno do Estado e na última semana (21/09) houve a paralisação da categoria por um dia. Quais são os pontos reivin-dicados pela categoria em acordos que não foram cumpridos?

PEDRO LOPES – Há 20 meses ten-tamos negociar com o Governo o aten-dimento dos nossos pleitos e direitos não cumpridos. Após 17 reuniões sem sucesso com secretários de Estado, de-cidimos paralisar nossas atividades no Dia do Auditor Fiscal, 21 de setembro, para externar nossa insatisfação com essa situação. Infelizmente, temos mui-tas demandas pendentes, mas podemos destacar a instituição do teto único es-tadual, que proporcionará segurança aos salários dos servidores públicos, em es-pecial os vinculados ao Poder Executivo, bem como trará uma economia de R$ 40 milhões aos cofres públicos. Ressaltamos

também a falta de cumprimento da lei de reajustamento da produtividade dos au-ditores fiscais, que está congelada desde julho de 2010. Esta lei foi aprovada em 2000, quando o salário do fisco estadual era um dos piores do Brasil e estávamos perdendo muitos bons auditores. Neste ano, o Governo fez um pacto, contrato, de meritocracia com os fiscais: se ultra-passássemos as metas de arrecadação fixadas, receberíamos como con-trapar-tida aumento na nossa produtividade. Desde então a arrecadação de ICMS do RN, que é o principal objeto do nosso trabalho, cresceu extraordinariamente, em níveis superiores ao do Nordeste e do Brasil. Para se ter uma ideia, em 2012 o Governo estimou que a arrecadação do ICMS fosse de R$ 3,44 bilhões. Mas atin-giremos R$ 3,65 bilhões, ou seja, R$ 200 milhões a mais que o previsto. Enfim, estamos cumprindo com a nossa parte, mas há 2 anos não recebemos o prêmio

do nosso trabalho.

UMA das funções dos auditores está ligada à arrecadação de ICMS do RN. Como você avalia o trabalho realizado pela categoria neste sentido e em que implica a paralisação neste momento?

COMO dissemos, o fisco estadual há 12 anos cumpre e ultrapassa todas as metas de arrecadação estabelecidas pelo Governo. Esse resultado é alcançado de-vido à dedicação integral dos auditores fiscais, que acompanham diariamente o recolhimento de ICMS do pequeno, médio e grande contribuinte. Apesar do não pagamento da nossa produtivida-de desde 2010, os auditores continuam envolvidos na sua missão de garantir a arrecadação do ICMS. Mas a paralisação reflete o grau de insatisfação da catego-ria com o não cumprimento dos seus di-reitos. Preocupamo-nos exatamente com esse sentimento negativo, de reduzida

motivação, que no médio prazo pode ocasionar reversão no ciclo positivo de crescimento da arrecadação. Acontecen-do isso, perde o Governo, com a redução do ICMS, perde principalmente a socie-dade porque não terá os serviços públi-cos adequados.

QUE outras funções os auditores re-alizam e que ajudam ao desenvolvimen-to no RN?

OS AUDITORES fiscais do Estado são responsáveis pela fiscalização, contro-le, acompanhamento e arrecadação do ICMS, IPVA, ITCD e royalties. O nosso trabalho proporciona cerca de 45% das receitas do Estado. Inclusive, em virtude dos incentivos federais no IPI, o Governo Estadual já estima que em 2012 haverá redução nas receitas de repasses fede-rais de R$ 180 milhões. Para 2013, há outro pacote federal de incentivo fiscal sobre a energia elétrica, que certamen-te impactará negativamente as receitas estaduais. Neste cenário, o trabalho do auditor fiscal estadual será imprescindí-vel para o Governo manter o equilíbrio das contas públicas, sendo por isso ne-cessário termos um quadro motivado e envolvido na sua missão.

QUAL é a realidade dos profissionais que trabalham no Estado em termos de número de servidores, condições de tra-balho?

A ADMINISTRAÇÃO tributária do Es-tado do Rio Grande do Norte foi pioneira no Brasil no trato da nota fiscal eletrônica para fins de arrecadação do ICMS. Além disso, adotamos há alguns anos técnicas de auditoria através do cruzamento de informações fiscais, umas geradas pelo próprio fisco, outras decorrente de decla-rações prestadas pelo contribuinte. Com isso, conseguimos otimizar os resultados do trabalho, utilizando um contingente menor de auditores fiscais. Então, no momento temos 490 servidores na ativa, que entendemos serem suficientes para cumprir as necessidades do órgão com qualidade. Pensamos inclusive aperfei-çoar nossas metodologias de trabalho e ferramentas de fiscalização, de forma que em 2020 possamos obter os mesmos resultados com 350 auditores fiscais. So-bre as condições de trabalho, temos hoje dois problemas. Primeiro destacamos a falta de investimento pelo Governo nos servidores que armazenam e proces-sam dados da Secretaria da Tributação. Como dissemos, quase todo trabalho é desenvolvido com tecnologia de infor-mação. Essa carência pode comprometer os resultados esperados na arrecadação. Segundo problema está no trabalho de fiscalização de mercadorias. Apesar da informática, o trabalho de fiscalização in loco nunca será substituído, e para o seu desenvolvimento precisamos de veícu-los, balanças, entre outros equipamen-tos. Os veículos da SET já têm 7 anos, uns até com mais de 300 mil quilômetros

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entrevista

rodados, que representa risco para a vida dos servidores. A balança está quebrada há mais de 1 ano. Essa precariedade só favorece o aumento da sonegação fiscal, prejudicando a arrecadação tributária e os bons contribuintes, que pagam todos os impostos devidos. O Sindifern defen-de para solucionar esses problemas a instituição do Fundo de Desenvolvimen-to da Administração Tributária, FUNDAT. Já existe a lei, que é de 2005, e a re-gulamentação (2006). Faltam os aportes financeiros, que correspondem a 0,25% da arrecadação de ICMS e IPVA. É bom frisar, investir na tributação é investir no crescimento da receita do estado.

COMO está a segurança nos postos fiscais dos que atuam com fisco?

HOJE o Estado do Rio Grande do Nor-te só tem 4 (quatro) postos fiscais aber-tos. O de Caraú (saída para João Pessoa); Serra Negra (região de Caicó); Baixio (Em Luis Gomes) e Mossoró. O Sindifern tem cobrado da Secretaria da Tributa-ção mais segurança e estrutura nesses poucos postos fiscais que restaram. Fo-ram fechados 10 postos fiscais pela atual gestão da SET. Penso que o fechamento dos Postos Fiscais diminui a presença do Estado nas localidades, o que não é bom, pois várias fronteiras hoje estão abertas, sem fiscalização.

QUANDO será a próxima tentativa de negociação?

SEGUNDA-feira, 24 de setembro, foi agendada uma reunião com os secretá-rios da Tributação, Planejamento, Admi-nistração e Casa Civil. Esperamos que a partir desse encontro as soluções sejam encontradas e o clima de satisfação re-torne aos auditores fiscais. O Governo ganhará, pois juntos trabalharemos para

a arrecadação de ICMS chegar aos R$ 400 milhões/mês.

NO OESTE do Estado há necessidade de mais auditores fiscais?

NA 6ª URT em Mossoró, há cerca de 50 auditores fiscais. O quantitativo está bom para o porte da unidade regional.

COMO você avalia o trabalho na re-gião Oeste?

A REGIÃO Oeste tem um grande por-te econômico, como o setor do petróleo, sal, frutas, cimento, entres outros. A arre-cadação do ICMS na localidade é bastante significativa e importante para o Estado. O trabalho desenvolvido pelo fisco é bom, mas poderia ser ainda melhor. Para isso, estamos cobrando que o Governo reali-ze mais investimentos na Secretaria da Tributação, de forma que o trabalho seja cada vez mais otimizado. Veículos novos são necessários, melhorias no sistema de informática e, sobretudo, mais treina-mento e capacitação do quadro funcional. Finalmente, gostaríamos de enfatizar que investir na Secretaria da Tributação é investir no aumento das receitas do Es-tado. E quanto mais recursos o Governo tiver, mais benefícios podem ser propor-cionados à sociedade. Temos estudos que apontam que para cada R$ 1 investido na SET, o retorno é de R$ 10. A sonegação fiscal, apesar de bastante combatida, ain-da é alta. Podemos e queremos ampliar o trabalho em favor da sociedade. Mas é preciso que o Governo também faça a contrapartida na Secretaria da Tributação, ampliando os investimentos na parte es-trutura, bem como nos recursos humanos, cumprindo direitos e atendendo pleitos da categoria, de forma a mantê-la motivada e engajada nessa nobre, mas árdua missão de arrecadar os impostos.

cinema

Lampião, o filme

Mossoró receberá em fevereiro de 2013 equipe de produtora e atores sob direção de Bruno Azevedo para filmagens de longa metragem sobre Lampião

A figura do Lampião e a forma com que a sétima arte o re-tratou tem tantas particula-

ridades que ainda hoje o personagem mais conhecido do cangaço brasileiro nas primeiras décadas do século pas-sado ainda intriga e fascina. Essa con-trovérsia em torno da imagem de que ele teria sido vítima, herói ou bandido cruel ainda é questão constantemente discutida, sobretudo para os que bus-cam conhecer melhor a sua história.

Lampião será mais uma vez tratado pelo cinema brasileiro no longa metra-gem “Lampião, o filme”, e Mossoró será uma das cidades visitadas no pe-ríodo de filmagens, que começam em fevereiro de 2013 após o Carnaval.

Domingo conversou com Bruno Azevedo, um dos diretores do filme que conta ainda com a direção de Paulo Goulart Filho. Este fará ainda o perso-nagem principal como Lampião.

Segundo Bruno, o filme pretende abordar o Lampião dentro de uma visão que ainda não foi trabalhada no cinema. “Percebemos que temos ainda uma visão vaga da história do Lampião e com esse fil-me pretendemos o que ainda não foi mostrado no cinema. Estamos com um amplo material de pesquisa, mas recorremos, sobretudo a fa-miliares do Lampião que residem aqui em São Paulo. A roteirista Nina Xime-nes já está há algum tempo nesse tra-balho”, ressalta o diretor.

Bruno Azevedo, que possui a sua produtora, explica que a equipe deve vir ao Nordeste para a fase de pesquisas de locações de outubro a novembro, passando pelos estados do Ceará, Pa-raíba, Pernambuco, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte. No RN, a cidade de Mossoró é passagem certa, confor-me o diretor:

“Queremos começar o filme com a expulsão de Lampião pelos mossoro-

enses e a cidade se diferen-cia com esta história”,

ressalta ele.Sobre o elenco

envolvido, o diretor ainda não quer di-vulgar, mas afir-ma que alguns atores globais estarão no proje-to, como Rose Campos, o Paulo Goulart e possi-velmente Antô-nio Fagundes.

“O material de divulgação do fil-me está sendo al-terado pela nossa assessoria de im-prensa e em bre-

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cinemave encaminharemos a mídia com todas as informações confirmadas como elenco, locações e detalhes da produ-ção”, ressalta Bruno Azevedo, que já dirigiu entre outros filmes, Bezerra de Menezes.

Um mossoroense As informações sobre a realização

do filme sobre Lampião chegam até a reportagem de DOMINGO através do ator mossoroense João Batista Gomes de Oliveira, ou JB Oliveira, que há sete

anos reside em São Paulo.JB saiu de Mossoró para buscar

oportunidades como ator na grande metrópole. Felizmente seu esforço co-meça a ser reconhecido. Já participou de espetáculos de teatro, de episódios em novelas e seriados na Record – Ri-beirão do Tempo e Tribunal na TV. Quando soube do filme, fez testes e ganhou um papel interes-sante, a do cangaceiro elétrico, mas que está entre os selecionados para compor o elenco do filme.

“Estou sempre fazendo testes para o cinema e em um destes era este filme sobre Lampião. O diretor gostou do meu trabalho e me convidou pra fazer o filme. Pra mim vai ser uma ótima ex-periência, sem falar que voltarei a Mos-soró, onde tenho meus pais, irmã e fi-lha”, conta ele por telefone.

Em breve os mossoroenses poderão conferir como esse trabalho será con-duzido, já que a equipe pretende divul-gar em breve mais detalhes dessa pro-dução sobre “o rei do cangaço”.

)) O ator Paulo Goulart Filho fará o papel de Lampião no longa que passará por várias cidades no Nordeste, incluindo Mossoró.

)) Bruno Azevedo da Mirage Filmes: Pesquisas em bibliografia e com familiares dos cangaceiros já estão sendo realizadas

)) O ator mossoroense João Batista Oliveira que mora em São Paulo, está entre os selecionados para o elenco

LAMPiÃo o FiLME

Ano - 2013 Produção – Mirage Filmes Do Brasil Distribuição – imagem Filmes – 400 Salas inicialmente Direção geral – Bruno Azevedo Roteiro – Nina Ximenez e Bruno Azevedo Direção atores – Paulo goulart Filho Duração – 112 min. Material extra – cenas adicionais, bastidores, e conteúdo 3d. gênero – Ação/Humor origem – Brasil Censura – 12 anos Elenco principal – Paulo goulart Filho (Lampião) Elenco secundário - Rosi Campos, isaac Bardavid, Paulo goulart, Rosane gofman, Larissa Vereza, ilva Nino, Julio Braga, Anastácia Custódio, Bruna Marquezine, Hermes Baroli, Anselmo Vasconcellos, gilberto Baroli, Bruna Xinemez, Paola Rodrigues.

CRoNogRAMA TÉCNiCo Do FiLME:

PRoDUÇÃo – FEVEREiRo DE 2013/MARÇo DE 2013 Viagens para locações nos estados: Ceará, Rio grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Sergipe. Elenco, equipe técnica, equipe de efeitos, arte e direção.

PÓS-PRoDUÇÃo – MARÇo DE 2013/JUNHo DE 2013. Edição de corte Edição de montagem Edição de tratamento de imagem e adição de efeitos Composição de trilha Composição de foley Mixagem de som Arte e criação

DiSTRiBUiÇÃo – JULHo/AgoSTo DE 2013.

FICH

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capa

vai às ruasJuventude

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Os protestos para redução de passagens em Natal se assemelham a de outros jovens neste momento em outros países do mundo: uma crítica aos interesses econômicos que se sobrepõe aos da população

Enquanto na cidade de Amiens, no norte da França jovens rea-lizam um amplo protesto nas

ruas que culmina com incêndio de carros e depredação de prédios públicos, uma reação extremada a grande crise econô-mica na Europa e ao crescente desempre-go, nos Estados Unidos jovens ocupavam um dos maiores centros financeiros do mundo, a bolsa de Nova York, no movi-mento Ocupy Wall Street. Num cenário bem mais próximo e mais recente, na ca-pital do Estado do Rio Grande do Norte, jovens estudantes protestaram contra o aumento no preço das passagens de ôni-bus, ocupa-ram ruas e avenidas pedindo a redução do preço. Dias depois, quando as empresas anunciaram que iriam por fim a integração de linhas – o pagamento de uma passagem poderia ser utilizada em mais de um ônibus dentro de um tra-jeto – novamente os estudantes foram às ruas, para protestar. Além do impedimen-to do fluxo nas avenidas, houve incêndio de ônibus, repressão por parte da polícia e prisão de estudantes e professores. De início, podem parecer protestos muito diferentes e são pelos motivos específicos que cada um defende, mas, possuem mais semelhanças, mesmo em países tão dis-tintos.

Todos se dão por insatisfações a uma realidade socioeconômica com forte in-tervenção política, que prejudica princi-palmente a camada mais pobre ou menos favorecida.

Outra realidade comum é que são mo-vimentos que são mostrados mais como atos de vandalismo do que como protes-tos por insatisfações sociais.

Sobre isso, a articulação dos jovens universitários a partir do Diretório Cen-tral dos Estudantes – José Silton Pinheiro – UFRN, foi fundamental para a realização do protesto que, a curto prazo, conseguiu alcançar seus objetivos, tanto na redução das passagens quanto na volta da tarifa integrada. Danyelle Rosana Guedes, alu-na de Pedagogia – UFRN, 21 anos de ida-de e integrante do DCE explica que o movimento intitulado ‘RevoltaDoBusão’ surgiu a partir do aumento repentino e não justificado das passagens dos ônibus em Natal. “Esse foi um protesto de toda a sociedade Natalense, não só dos estu-dantes da UFRN, mas toda a sociedade que está sendo prejudicada por atitudes ilegais por parte da SETURN, com o in-tuito de possibilitar encontros e ativida-des para organização dos coletivos polí-

ticos, movimentos sociais e todas as pes-soas interessadas nas lutas pela qualida-de do serviço e atendimento à população, contra o monopólio dos transportes cole-tivos das corporações aliadas ao governo que visam mais o lucro que as pessoas, pelo direito de ir e vir que atenda as de-mandas da cidade e não de seu merca-do”, explica a estudante.

As redes sociaisA participação de jovens em processos

de mobilização mais públicos não é novi-dade alguma. Em vários momentos his-tóricos é possível destacar a presença de protestos em torno de um objetivo co-mum.

Uma característica que marca a dife-rença hoje de outras mobilizações do pas-sado é a forma como essa articulação rapidamente acontece utilizando as po-tencialidades das redes sociais. O meca-nismo não só ajuda a mobilizar, mas a espalhar o seu alcance, quando no pas-sado, essas articula-ções demandavam mais tempo e mais esforço.

“A #RevoltaDo-Busão é um movi-mento horizontal, organizado pelas re-des sociais. A mobili-zação de todos os atos e protestos foi através das redes sociais. A nossa comunicação maior é via internet, email, facebook. Mais ou menos uma vez por semana, ou sempre que necessário nos reuni-mos, por meio de plenárias para organizar nossos atos e fazer uma avaliação do que está acontecendo, do que já aconteceu. Esses plenárias são abertas, rea-lizadas em diversos locais da cidade de Natal. Todos tem vez e voz”, explica Danyelle Rosana. A Inter-net também serviu como comunicação para rebater as notícias veiculadas pela mídia tradicional:

“A mídia, em sua maioria, foi ridícu-la ao noticiar a #RevoltaDoBusão. Sem-pre do lado dos empresários, tentando ao máximo negativar o nosso movimen-to, primeiro escutava os policiais, os em-

)) Prof. Doutor em Política da Uern, Vanderlei Lima: “Essas mobilizações são legítimas e contrariam os que estão no poder”

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Joana L

ima

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presários, para depois escutar a versão dos estudantes. Versão essa que na maio-ria das vezes era editada, cortada nas falas principais. Não tivemos espaço de nenhuma emissora para dar a nossa ver-são”, reclama a integrante do DCE.

Outra diferença é que os protestos estão mais ligados a questões da demo-cracia que não se restringem a uma úni-ca esfera da vida. Vanderlei Lima é pro-fessor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), doutor em Po-lítica e ajuda a compreender a frequência e a particularidade dos protestos, in-cluindo também os recentes ocorridos em Natal:

“No Brasil temos democracia formal e política organizada, mas é preciso mui-to amadurecer sob o ponto de vista de uma democracia mais cidadã. Não só na participação do voto nas eleições, mas de respeito aos direitos do outro, de respei-to às pessoas menos favorecidas econo-micamente”, explica Vanderlei.

Para o professor Vanderlei Lima, se a democracia precisa ser um exercício constante para ir se consolidando, os pro-testos são importantes, pois sinalizam a necessidade de avanços neste sentido, de outras lutas democráticas que precisam ser conquistadas ou afirmadas.

“O certo é que estes movimentos são

legítimos e buscam por mudanças. Sur-gem a partir de uma iniciativa de lideran-ça e a depender dessa ação, pode atrair um número maior de pessoas que podem desviar a atenção do objetivo central. Mas, o que deve ser lembrado é que um protesto tem um foco específico, na ques-tão do público, desafia os interesses de um grupo menor, dos que estão com o poder. Por isso há a tentativa dos que es-tão no poder de desqualificar esses mo-vimentos”, ressalta.

Sobre isso, Danyelle fala do “despre-paro técnico da polícia” que vem coibindo os estudantes nos atos públicos e coleti-vos: “Houve uma companheira que esta-va ao meu lado que dois policiais simples-mente chegaram e a levaram para longe. Quando questionado porque ela estava sendo levada, ele não respondia. Não ti-nha nem o nome dela, nem flagrante ou qualquer motivo para sua apreensão. Três estudantes e uma professora da UFRN fo-ram presos em um camburão da polícia federal por desacato. Só um parêntese, essa é a professora que no ato passado comprou flores para distribuir aos poli-ciais. Seu crime foi perguntar porque estava sendo presa. Outros três jovens saíram feridos por balas de borracha. O tempo da tortura está em nossa história e já passou. Precisamos de uma polícia

muito qualificada que tenha capacidade de dialogar, conhecimento de seus equi-pamentos e que principalmente saiba que é a vida humana que deve ser protegida”, afirma Rosana.

Os estudantes solicitaram em pedido enviado ao Ministério Público, do Conse-lho Estadual de Direitos Humanos e Se-cretaria de Segurança esclarecimentos sobre uso da força policial e os casos de violência ocorridos no ato.

Em MossoróMuitas vezes as mesmas questões em

duas realidades não avançam, o que mos-tra a importância da vontade de organi-zação e uma articulação para que as pes-soas se engajem. Um exemplo de que, além de consciência, é preciso ter lide-rança nestas questões fica evidente quan-do o professor cita que, em Mossoró, há anos o problema de transporte público é um problema dos cidadãos, especialmen-te dos estudantes na Uern, mas, não há uma articulação no sentido semelhante do que ocorreu em Natal:

“Aqui, a carona se torna alternativa quando, na verdade, as pessoas têm o direito ao transporte público com quali-dade. No entanto, como não há liderança, não há um engajamento, tudo continua igual”, ressalta Vanderlei.

)) Em Natal o alvo dos protestos na última semana foram o preço das passagens e o

fim da integração entre as linhas: Empresas tiveram de voltar atrás

Frankie Marcone

cultura

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O produtor cultural Thalles Chaves lança livro Pedra Riscada com nove roteiros cinematográficos de curta-metragem pelo prêmio Fomento

Roteiros em livro

Antes do filme, o roteiro. A escri-ta para a construção do audio-visual é processo fundamental

que exige esforço e criatividade.Para Thalles Chaves, o roteiro é a

matéria-prima do cinema, já que é a pri-meira etapa no processo de produção cinematográfico, às vezes um trabalho mais solitário. Mas, nem por isso menos dedicado. Tanto que ele gosta de escre-ver roteiros e realizar suas ideias em audiovisuais.

No próximo dia 27, Thalles lançará o livro Pedra Riscada, com nove roteiros cinematográficos de curta-metragem de sua autoria, contemplado com o Prêmio Fomento, do Município.

“Em grande parte, esses roteiros fo-ram escritos no Rio de Janeiro, no perí-odo em que estudei Cinema, de 2006 a 2009, com o intuito de inscrevê-los em editais de apoio à cultura, como finaliza-ção de curso e necessidade de expressar sentimentos e inspirações sobre histó-rias para cinema”, explica Thalles.

No conjunto, o livro traz os roteiros “Berenice” (adaptado do conto homôni-mo de Edgar Allan Poe), “Chamada a Cobrar”, “E o Prêmio vai para:.”, “Fome de Bola”, “O Telegrama”, “Quanto Vale ou é por Quilo – um curta que foi conce-bido para participar de um edital de ci-nema infanto-juvenil do Estado do Rio de Janeiro, “Atrás da Porta”, “Os Poetas” (inspirado no conto homônimo de Adria-no Souto e retrata um microcosmo da Praça do Ferreira e da cultura de Forta-

leza-CE) e “Pedra Riscada”, ambientado na região serrana do Rio de Janeiro, que traz uma discussão de lendas, valores e gênero, foi concebido para participar de um edital de Nova Friburgo (RJ).

Thalles conta que pretende ver os roteiros transformados em filmes e adianta que está com projetos em anda-mento nesse sentido.

“Entre os roteiros do livro, uma pro-dutora do Espírito Santo está interessa-da em fazer uma animação do ‘Berenice’ e estamos negociando isso. Eu mesmo cheguei a fazer teste de elenco em Mos-soró para ‘O Telegrama’, estou com o material, interessante, naquele momen-to não conseguimos fechar um apoio e, como me envolvi com outras coisas, de-mos um tempo, mas quero retomar esse trabalho, pois já havia fechado algumas parcerias. Gostaria de filmar outros ro-teiros do livro, sim. ‘Atrás da Porta’, por exemplo, cheguei a fazer um Storyboard, pesquisa de locações, só que eu me transferi do Rio e o projeto ficou parado. Quem sabe eu retomo um dia ou vem outra pessoa e faz. Quando o livro for lançado e distribuído, com certeza vai aparecer gente querendo filmar um ro-teiro ou outro”, afirma ele.

Thalles explica que o livro pretende contribuir para a produção audiovisual na cidade, que já vem sendo represen-tada em festivais de curta-metragem, mas que ainda não possui um festival local, mas poucas iniciativas para fomen-tar e incentivar as produções.

“Não resta dúvida que o maior veícu-lo de exibição do curta-metragem é o circuito de festivais; só no Brasil temos mais de 200 e eu acho incrível Mossoró não ter um festival local. Já fui para fes-tivais em lugares em que a população não chega a 10 mil pessoas, como o caso de Jericoacoara por exemplo. No ano passado, estive duas vezes na Europa por conta do filme ‘O Poeta e a Bicicleta’, vídeo que conta um pouco da história do poeta Antonio Francisco, dirigido por mim, Gustavo Luz e Toinha Lopes, com participação na produção de Mário Ilo e Raimundo Batista, além de Edileusa Martins e Ana Lúcia Gomes. Esse traba-lho é fruto do projeto encabeçado por Edileusa e Ana Lúcia, o ‘Curta Mossoró’”, ressalta.

Para quem gosta de cinema e deseja adquirir o livro Pedra Riscada, o lança-mento será às 19h, na Biblioteca Muni-cipal Ney Pontes Duarte.

12 Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de setembro de 2012

RAFAEL DEMETRIUS

A Meta traz para Mossoró o Curso de Formação de Practitioner em Programação Neuro-Linguística. Curso totalmente vivencial para você alavancar sua vida, carreira e negócios através da psicologia dos grandes mestres. Para participar, basta ligar para a Meta, por meio do telefone (0xx84) 3314-1024, ou mandar um e-mail para [email protected] e fazer sua inscrição. As vagas são limitadas.

Curso de formação de Practitioner em PNL

sua carreira

x

Os cinco primeiros dias do mês são motivos de alegria para quase todos os trabalhadores deste nosso Bra-sil varonil. É entre os dias 1º e 5 que a maioria de

nós recebe nosso suado salário. Mas, mal a grana entra na conta, já temos de pagar um monte de pendências – aluguel, condomínio, celular, gás, luz, água, cartão de crédito, sem contar na infinidade de impostos e a alimentação. Inclusive, o item alimentação e bebidas é o que mais pesa no bolso das famílias. Leva quase 1/4 do orçamento e também foi o que mais fez a inflação subir; daí, a importância de se aproveitar promoções e evitar estocar alimentos em casa. Não encher o carrinho de uma vez é vantajoso porque se você for mais vezes ao supermercado você tem condição de encontrar um número maior de ofertas. O dinheiro acaba tão rápido que, às vezes, mal se vê a cor do dinheiro. Esse é um mal que assola muita gente. Mas, saiba que você não está sozinho nesse barco. Por isso, confira os 10 mandamentos de quem deseja ver o salário render na conta bancária:

1º MANDAMENTO – REGISTRE TUDOSempre devemos saber para onde está indo o dinheiro. Registre tudo no papel ou em uma planilha no computador. Ao fim do mês você deve saber qual percentual do seu salário foi destinado para cada área, saúde, educação, co-mida, lazer etc..

2º MANDAMENTO – CORTE GASTOS Descubra quais são suas despesas supérfluas e corte-as. Às vezes gastamos muito dinheiro em alimentação fora de casa, em bares, lanchonetes, restaurantes. Use este di-nheiro extra para pagar suas dívidas ou começar algum investimento.

3º MANDAMENTO – POUPE Defina um valor fixo para guardar o quanto antes. Deixe seu dinheiro longe da carteira. Procure colocá-lo em uma poupança, um fundo de investimento ou algo similar. Manter muito dinheiro na carteira dá a tentação para gastá-lo.

10 dicas para seu salário render até

o fim do mês

4º MANDAMENTO – DETERMINE SEUS OBJETIVOS Determine seus objetivos financeiros. O desejo de viajar ou começar uma faculdade pode ser a força a mais que você precisa para economizar. Tenha um norte para seu dinheiro, um planejamento e tudo ficará mais fácil.

5º MANDAMENTO – FUJA DAS PARCELAS Comprar à vista pode lhe garantir bons descontos e não te afoga nos juros embutidos nas compras parceladas. Quando for fazer qualquer compra, dependendo do valor, priorize levar o dinheiro em mãos, garantirá no mínimo de 5% a 10% de desconto, e essa economia ao fim do mês tem muito valor.

6º MANDAMENTO – PESQUISE Sempre faça uma cotação. Comprar por impulso pode te fazer comprar sempre o mais caro. Antes de cotar, analise também se realmente você precisa fazer esse gasto nesse exato momento, se ele não pode esperar mais um pouco.

7º MANDAMENTO – CUIDADO COM OS SUPÉRFLUOSFique atento aos pequenos gastos, um cafezinho pela manhã, um chocolatinho à tarde e umas guloseimas na volta para casa acabam com seu dinheiro sem você notar. São esses pequenos gastos que, somados, consomem boa parte do orçamento.

8º MANDAMENTO – CHEQUE ESPECIAL NUNCA MAIS Também evite parcelar o valor que vem em seu cartão de crédito. O baixo valor pode ser tentador, mas se você fizer as contas poderá ficar sem dormir. Mesmo com a redução das taxas, entrar no cheque especial ou rotativo do cartão de crédito é um caminho quase que sem volta.

9º MANDAMENTO – ADAPTE O SEU PADRÃO DE VIDAMuita gente diz que não consegue economizar porque o salário é baixo; isso não pode acontecer! Devemos adaptar nosso padrão de vida aos nossos rendimentos, para, assim, conseguir poupar todo mês.

10º MANDAMENTO – CONSCIÊNCIA Priorize as contas que cobram juros altos, renegocie e quite as suas dívidas, gaste menos do que ganha, admi-nistrar a vida financeira significa gastar dentro dos limi-tes do que se ganha, por isso use a consciência.

13Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de setembro de 2012

ALESSANDRO RAGAZZI

Ouço esta pergunta quase que diariamente. Cliente com dívida, que está sendo

acionado, e “ouve dizer” que, se o processo durar mais que cinco anos, “caduca”.

A explicação é sempre a mes-ma. Após a propositura da ação, e desde que o credor dê o andamento necessário ao processo, o processo não “caduca” mais... nunca mais.

A mudança dos tempos, entretan-to, somada ao assoberbamento do nosso Poder Judiciário, que há muito tempo não dá conta de julgar tantos processos, parece que vem causando uma mudança no comportamento e na interpretação de nossos juízes.

Dias atrás, uma notícia no site do Superior Tribunal de Justiça (STJ) dava conta que, intimado para apre-sentar bens do devedor para penho-ra, um banco limitou-se a pedir sus-pensão do processo. O juiz da causa, então, aplicou a regra da “prescrição intercorrente”, fazendo com que o processo fosse extinto.

Essa regra diz que, mesmo que o processo tenha sido iniciado, mas não havendo o seu regular andamen-to, por culpa da parte interessada, pode haver a extinção. Ocorre que a legislação estabelece isso para al-guns, e não para todos os tipos de processo judicial.

Preocupa-me esta interpretação, embora benéfica aos devedores, pe-lo fato de que, a prevalecer este en-tendimento, bastará ao devedor es-conder seu patrimônio durante certo período, para que, findo este, não seja cobrado – única mais.

Pode um processo judicial durar eternamente? )(

Além disso, em se tratando de uma execução de bens, a própria legislação não prevê a extinção, mas somente a suspensão do processo.

Entendo que o Poder Judiciário não pode ficar abarrotado de proces-sos, mas considero que esta questão passa muito mais pela reorganização da Justiça, o aparelhamento da má-quina, do que propriamente pela “desconsideração” do direito de uma

parte que paga seus impostos e tem um crédito a receber de volta.

Melhor seria, então, que se pro-movesse uma alteração na lei pro-cessual civil, para estabelecer um prazo máximo de suspensão. O que não se pode admitir é uma interpre-tação extensiva, em total desrespei-to aos direitos daquele que já foi prejudicado, por não ter recebido seu crédito.

* Alessandro Ragazzi, é advogado formado pela PUC-SP, especialista em Direito Tributário pela PUC-SP-Cogeae e parecerista nas áreas tributária e empresarial

crônica

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Desconhecido por alguns e ainda uma novidade para muitos outros, o temaki chegou à nossa cidade e já vem caindo no gosto dos mossoroenses como uma opção gostosa de fast food saudável. Acostu-mados com o sushi tradicional, em rolinhos, muitas pessoas estranham o formato do temaki, que é ba-sicamente um cone feito com alga, arroz e o recheio de preferência. Clênio Vila-Nova, da Ashmaki Te-makeria, explica que o cliente, quando o visita pela primeira vez, depara-se com o desafio de como de-gustar a iguaria japonesa. Para resolver o problema, foi desenvolvido um tutorial fácil explicando como se deliciar com o prato.

Na onda dos Temakis, semana passada ocorreu o lan-çamento da Temakeria San, novo empreendimento que fica na Av. Rio Branco, ao lado do Nossa Massa, em frente à Praça da Convivência. Assessorados pela agên-cia Elevare Comunicação, os sócios receberam a imp-rensa em um coquetel de inauguração com algumas iguarias típicas orientais, além de mostrar o espaço, que foi pensado com bastante cuidado em todos seus detalhes. O local é temático, incluindo os seus ambi-entes. O cardápio da noite foi composto pelos seguintes itens: os clientes tinham a opção de escolher entre refrigerantes, água, caipirinha e caipiroska. A finger food inicial foi um sunomono individual, com salmão, polvo, camarão, tomate cereja, cebola e pepino. Segui-do de tempurá de legumes, kani saki e camarão em-panado com salmão. Os temakis coroaram a noite.

Uma das dificuldades de quem faz dieta é o valor dos produtos. É inegável que alimentos light/diet/orgâni-cos são mais caros e às vezes uma reeducação alimen-tar vai por água abaixo por causa de grana. Veja que dá pra utilizar o que você tem na geladeira de uma forma mais sustentável e barata na hora de comer melhor:

- Trate os alimentos em casa: Deixe a preguiça de lado e trate você mesmo os alimentos, cortando, lavando e guardando ao seu gosto;

- Substitua a carne: Acrescente outras fontes proteicas como ovos, queijo, soja, feijão, ervilha, arroz integral;

- Polpa de fruta? Que tal levar a própria fruta? En-quanto você encontra polpas de frutas de até R$ 5,00, você pode levar uma quantidade muito maior de fruta pelo mesmo preço;

- Vá à feira: Feira mesmo, no meio da rua. Aqui em Mossoró temos a velha cobal, mas já ouvi falar de uma feira de orgânicos que tem próximo ao museu todos os sábados às 5h.

- Almoce em casa: Faça uma forcinha pra comer mais em casa e menos na rua. Dá pra temperar alguns alimentos, guardá-los e ir fazendo aos poucos durante a semana;

- Síndrome da Magali: PARE de fazer compras com fome! É o pior mal das dietas. Alimente-se bem antes de ir, assim não vai ficar salivando em cada prateleira que passar.

Como comer um Temaki

Temakeria San

Como comer melhor sem gastar muito

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DAVI MOURA

14 Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de setembro de 2012

Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

adoro comer

Há uma série de dicas e truques para verificar se as frutas estão boas para consumo! Confira as dicas:

BANANA: Se o consumo for imediato, pode comprar a fruta com a casca com um amarelo bem intenso e manchas marrons bem pequenas. Lembrando que ela não deve ter partes moles ou machucadas. Se for comprar para durar vários dias, com-pre em pencas, pois dura ainda mais;

UVA: O principal é a beleza do cacho: os bagos devem estar bem cheios e as frutas não devem se desprender com facilidade. Não retire as uvas dos cachos: se forem grandes demais, corte-os com tesoura e guarde-os lavados na gaveta apropriada.

MAÇÃ: Procure as de casca lisa, limpa e sem machucados, sempre com uma cor bem forte. Caso vá consumi-las logo, guarde-as na gaveta com o cabinho virado pra baixo. Se não for consumir no mesmo dia, dá pra armazenar no congelador.

MELANCIA: Sua casca deve ser firme e sem manchas escuras. Já as manchas claras não são sinais de problemas. Não precisa cheirar o fundo: basta dar uma batidinha na casca. Quando o som é oco, é porque a fruta está adequada para consumo.

MELÃO: Por fora, o melão não deve ter manchas e cortes, além de, quando pressionado nas extremidades, ceder leve-mente. Coloque o melão próximo ao ouvido e balance-o: as sementes devem estar soltas.

Como escolher frutas

15Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de setembro de 2012

adoro comer

INGREDIENTES

1 xícara e 1/4 de chá de farinha de trigo1 colher de sopa de açúcar3 colheres de chá de fermento em pó2 ovos levemente batidos1 xícara de chá de leite2 colheres de sopa de manteiga derretidaPitada de salÓleo para untar

MODO DE FAZER

- Misture em um recipiente a farinha, o açúcar, o fermento e o sal;- Em outro recipiente misture os ovos, o leite e a manteiga;- Acrescente os líquidos aos secos, sem misturar em excesso;- O ponto da massa não deve ser muito líquido, deve escorrer lentamente;- Aqueça e unte a frigideira e coloque a massa no centro, cerca de 1/4 xícara por panqueca;- Fica muito gostoso comer com nutella, brigadeiro ou até geleia.

Panquecas americanas