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Revista de Domingo nº 559

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Revista semanal do jornal de fato

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Jornal de Fato | DOMINGO, 14 de abril de 2013

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Editor – Higo Lima• Dia gra ma ção – Ramon Ribeiro• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Gildo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

ARevista Domingo chega a mais uma edição trazendo, para a sua leitura, uma entrevista com o pesquisador João Paulo Medeiros dis-

cutindo sobre as funções do Estado. Na ampla seara do tema, o pesquisador aponta análises para a relação do Estado com a Igreja Católica e, mais que isso, com as Igrejas.

Ainda nas páginas de entrevista, Direitos Huma-nos, Reforma Política, e Direitos estão na conversa com o pesquisador, em virtude da realização da 5ª Semana Social Brasileira promovida pela Diocese de Santa Luzia. Outro assunto importante para esta edi-ção é uma reportagem sobre dor nas costas.

O mal é tão comum nos dias atuais que muitos são os fatores que podem influenciar no incômodo. No entanto, especialistas destacam a importância do diagnóstico precoce para a correção, quando for de-vido à postura, e ainda o tratamento adequado, como é o caso da doença que apontamos aqui.

Música! Dessa vez a Domingo sugere a você um musical apresentado por uma companhia da cidade que presta, no palco, uma justa e honrosa homenagem a Chiquinha Gonzaga, considerada um dos maiores legados da música popular brasileira, justo nos anos áureos das ondas do rádio.

Boa leitura!

editorial

A função do Estado

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Chiquinha Gonzaga

Colunista Davi Moura: Carne de Panela

Dor nas costas, tem jeito?

Rafael Demetrius:Como melhorar a qualidade de vida no trabalho

Adoro comer

Saúde

Coluna

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O legado de Chiquinha Gonzaga para a Música

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JOSÉ NICODEMOS*

conto

)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

Pintor de paredes, casado, três filhos pequenos, Silvestre era alcoólatra. Tinha, no entanto,

uma virtude: não deixava a mulher e os filhos passarem necessidade. Bom pai de família. Disto, gabava-se a mulher, Delfina.

Um dia deixou-se entrar alguma coi-sa pela cachaça, teve um ataque cardí-aco fulminante. Não pagava a previdên-cia social. deixou a viúva sem uma pen-são pra se manter e aos filhos. À volta com todas as necessidades, Delfina de-veu não entrar em desespero à sua dis-posição de enfrentar a vida, fosse como fosse, menos sendo “ruim”. Respeitava-se.

Ainda moça e bonita, apesar dos maus-tratos da vida sacrificada, não lhe faltaram pretendentes. Não admitia, po-rém, dar padrasto aos filhos, nunca pen-sava em novo casamento. Daria o seu jeito. Tinha coragem.

Vai que uma pessoa amiga arranjou para Delfina ir cuidar de um velho, viú-vo e doente, em cadeira de rodas, acei-taria a ela com os filhos. Era aposentado da Receita Federal, na condição de che-fe e, essas coisas de velho, não queria morar com nenhum dos filhos, apesar da boa vontade destes. Queria morrer em sua casa, daí só saía pro cemitério.

Deu certo. Delfina o tratava como se

Um gesto de grandeza

lhe fosse o próprio pai, dava-lhe banho, fazia-lhe a barba diariamente, como era do costume do velho, o remédio na hora certa, enfim tudo a tempo e a hora. Seu Gurgel tinha Delfina como a uma filha extremamente dedicada, e aos filhos de-la como a netos. Sentia-se muito feliz.

Sofria de um câncer na próstata, que lhe paralisara as pernas, e só temia a morte – dizia – porque pensava em dei-xar Delfina desamparada, com dois filhos pequenos. Era-lhe a grande preocupa-ção, tirando-lhe o sono. Não poderia ter uma morte tranqüila.

Delfina era-lhe mais do que uma fi-

lha, sob a figura de mãe. Seu Gurgel so-fria. Não queria deixar no mundo Delfina desamparada, com dois filhos pequenos. Mas, que fazer?

Mandou chamar os filhos, reuniu-os em torno dele, com Delfina, disse-lhes da preocupação que o tomava por intei-ro, com grande sofrimento.

E no mesmo dia, em casa, na presen-ça dos filhos, genros, noras e netos, re-alizou um casamento branco com Delfi-na, apenas a deixar-lhe a aposentadoria inútil.

Dias depois, morreu como um passa-rinho.

Ainda moça e bonita, apesar dos maus-tratos da vida sacrificada, não lhe faltaram pretendentes.

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Entrevista

JOÃO PAULO MEDEIROS

Por Higo LimaPara a Revista Domingo

‘A participação popular não se

resume a um voto a cada dois anos’

A Diocese de Santa Luzia realizou nessa semana a quinta Semana Social Brasileira, uma tentativa da Igreja Católica de se aproximar de temáticas sociais. Para este ano, o foco das discussões foi o papel do Estado na vida dos brasileiros, tema que, por sinal, foi discutido em dois dias de evento com pa-

lestra do professor César Sanson, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e por João Paulo de Medeiros, professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e membro do Movimento Mire. Esta edição da Revista Domingo traz uma entrevista com este último palestrante, que complementa suas explicações sobre a função do Estado e aponta ainda as lacunas do Estado brasileiro na nossa região. “Há quem acredite que começamos a viver uma ‘primavera na igreja’”, diz João Paulo sobre a escolha do novo papa Francisco, um argentino que, pelo fato de ser latino-americano, despertou esperan-ças de reaproximação da Igreja com vertentes mais progressistas do catolicismo, que tem deixado sua mar-ca no Estado, seja de forma construtiva ou não. Em relação aos Direitos Humanos, João Paulo é incisivo ao afirmar que o Estado é o primeiro a falhar na promoção dos mesmos – por omissão ou ação.

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Entrevista

DOMINGO – Para começar, a pro-posta da Semana passa pelo questio-namento em torno do Estado, então, qual é o Estado que temos?

JOÃO PAULO – O modelo atual de Estado teve sua origem entre os sécu-los XVII e XVIII, com a justificativa de promover a pacificação social. Porém, a verdadeira motivação não foi essa. A burguesia, classe de comerciantes bem-sucedidos da época, precisava de uma moeda única e de um gover-no centralizado para que suas merca-dorias pudessem circular melhor, essa é a real justificativa de nascimento de nosso Estado. Ou seja, ele nasceu com duas características bem fortes: cen-tralizado na mão de uma classe (a bur-guesia) e com o objetivo de gerar lu-cros. Esse modelo perdura até os dias atuais e serve de norte para todas as suas ações, sendo a explicação de seu fracasso.

ELE é o ideal? O que falta para ser o ideal e qual é o Estado que, na sua opinião, precisamos?

DEPENDE. Pra classe dominante ele é o ideal. Ora, o Estado é represen-tação dos anseios da classe hegemôni-ca. Se temos um Estado baseado em princípios capitalistas e sob o comando de um minoria rica (que detém a maior representação no congresso; proprie-dade dos meios de produção e dos me-canismos de comunicação) pra ela esse Estado é muito confortável. Porém, pra maioria pobre da população, ele é um desastre, já que o fim último é a ge-ração de lucros e não o bem-estar do povo. Tomemos, por exemplo, as mi-lhares de pessoas que não têm acesso aos bens básicos como saúde, moradia e educação, enquanto os lucros dos bancos e grandes empresas aumentam a cada ano. Não há uma fórmula pro Es-tado ideal, porém podemos identificar alguns elementos fundamentais como: maior participação popular, igualdade de gênero, respeito ao meio ambien-te, promoção dos direitos humanos e, acima de tudo, mudança radical da ló-gica de sociedade, abandonando-se a corrida cega pelo lucro e assumindo uma postura de justiça social e frater-nidade.

APROXIMANDO a discussão em

torno da função do Estado para a nossa região (Estado e Município), o Estado brasileiro se tem feito presente? Onde estão as lacunas do Estado por aqui?

A SIMETRIA aqui é bem clara. O Estado peca na promoção dos direitos

fundamentais como a saúde, seguran-ça, educação e acesso à terra, já que esta não seria a sua principal preocu-pação.

A PROGRAMAÇÃO da Semana

tem uma co-participação da Diocese de Santa Luzia. Lincando a discussão com a religião, o senhor acredita que o novo papa Francisco irá aproximar a Igreja Católica das questões Políticas?

PRIMEIRO é importante parabeni-zar a iniciativa da diocese em promo-ver a semana social, ao debater temas relacionados à política ela vem resga-tar um compromisso histórico da Igre-ja da América Latina por meio da sua opção preferencial pelos pobres. Em relação ao papa Francisco, ele tem nos trazido grande esperança. Seus pri-meiros discursos foram recheados de temas relativos ao cotidiano do povo,

como economia, política e pobreza. Há quem acredite que começamos a viver uma “primavera na igreja”, onde essa deixaria de olhar para o próprio umbi-go e se abriria para o mundo. A reação da parte mais conservadora do clero também está servindo de termômetro, a exemplo do que aconteceu na ceri-mônia do lava-pés, quando a ala con-servadora do clero se sentiu muito in-comodada quando o papa lavou os pés de duas mulheres na cerimônia.

...E de vertentes como a Teologia

da Libertação?O FATO do papa Francisco ser da

América Latina já é um diferencial. É nítida a diferença do pensamento re-ligioso do nosso grande continente em relação ao pensamento europeu. Leonardo Boff, um dos precursores da TL (Teologia da Libertação), tem

se mostrado bastante empolgado com as atitudes do novo papa. Já a teólo-ga feminista Ivone Gebara se mostra reticente. Particularmente tenho espe-ranças, mas ainda é cedo pra fazermos qualquer prognóstico. A Teologia da Libertação tem muito a contribuir para que a Igreja Católica seja renovada e se aproxime, de fato, dos reais prin-cípios cristãos. De qualquer forma, o papado de Francisco apenas terá um diferencial se tocar em temas estru-turais como diminuição da hierarquia eclesial, a ordenação de mulheres, o reconhecimento da união homoafetiva e o celibato opcional.

EM UM país fortemente cristão,

como as Igrejas têm contribuído para a consolidação desse Estado? Elas têm contribuído?

A ESPIRITUALIDADE é uma di-mensão inerente ao ser humano e ela pode ser manifestada de várias for-mas, seja por meio da adoração a um ser superior, pelo culto à natureza ou até pelo equilíbrio dos “eus” como nas religiões orientais. Dentro do próprio cristianismo, por exemplo, há uma pluralidade enorme. Enquanto parte da Igreja Católica apoiou o golpe mi-litar, como os membros da TFP (Tra-dição Família e Propriedade), outra parte foi fundamental na derrubada do regime e redemocratização, chegando, inclusive, a defender a luta armada. Como diria Karl Marx, a religião é ópio do povo quando atrelada às classes do-minantes, mas também pode servir de libertação quando comprometida com os oprimidos. Aqui no Brasil, as ver-tentes religiosas, a depender de sua perspectiva de espiritualidade, andam nessa linha tênue, hora fortalecendo a dinâmica da opressão, hora desempe-nhando um papel libertador.

HÁ 10 anos temos um governo de

fundamentação esquerdista, ligado aos movimentos sociais. Qual o pa-pel desses movimentos de base para a consolidação do Estado democrático?

EU não considero que o Brasil seja um país democrático. A palavra demo-cracia quer dizer “governo do povo”. Como então conceber que o povo, que na democracia é o governante, man-tenha na miséria milhões dos seus? Pois bem, uma verdadeira democracia passa pela descentralização política e tem como motor a sociedade civil or-ganizada em sua pluralidade, como em sindicatos, cooperativas, ONGs e mo-vimentos sociais. São esses movimen-

Há quem acredite que começamos a viver uma ‘primavera na igreja’, onde essa deixaria de olhar para o próprio umbigo e se abriria para o mundo”“

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Teatro

Julia

no P

esso

a

tos que de forma legítima canalizam os anseios e gritos da população.

EM RELAÇÃO aos Direitos Huma-nos, o Brasil, tardiamente, implantou a sua Comissão da Verdade para ave-riguar os crimes do período ditatorial. Bem mais recente, uma celeuma se es-palhou no país depois que um pastor-conservador assumiu a presidência da Comissão dos DH e Minorias da Câ-mara. Qual a sua avaliação da relação entre o Estado brasileiro e os Direitos Humanos?

ASSIM voltamos para início de nos-sa conversa. Para entender a relação do Estado com os direitos humanos, é necessário antes compreender o mo-delo de Estado que temos. O estado é hoje o principal violador dos direitos humanos, seja por ação ou omissão. É fato que nos últimos anos tivemos sensíveis avanços, mas uma promoção completa dos direitos humanos de-pende necessariamente do modelo de Estado. Enquanto vivermos em uma sociedade baseada no lucro e competi-ção haverá sérias violações aos direitos humanos.

COMO o cidadão, na sua individu-

alidade, pode participar desse proces-

so de democratização do Estado Bra-sileiro?

O PRIMEIRO passo é perceber que a participação popular não se resume a um voto a cada dois anos. A verdadei-ra democracia exige a participação co-tidiana da população, seja nos pontos mais básicos, como o preço do pão, ou o saneamento de uma rua, como em fatores mais estruturais como reforma agrária e saúde gratuita e de qualida-de. A organização popular por meio de sindicatos, cooperativas, Ongs e movimentos sociais desempenha esse papel da democracia direta, ao exigir do Estado as medidas necessárias à efetivação dos direitos mais básicos da população.

HÁ UMA pressão em torno dos

Congressos para a Reforma Política, levando em consideração essa plura-lidade de partidos, eles representam a pluralidade de pensamento? O Estado brasileiro está precisando dessa refor-ma? Em quais aspectos?

A MULTIPLICIDADE partidária em nosso país é totalmente desfigurada. Salvo três ou quatro partidos, a maio-ria não consegue exprimir uma ideolo-gia e/ou projeto de sociedade, apesar

da representação partidária ser fun-damental em uma democracia. Nes-se contexto, a reforma política é algo urgente. Estamos no século XXI com a cabeça em 1800. Mudanças como a facilitação da participação popular na proposição de projetos de lei e emen-das constitucionais e o financiamento público de campanha são urgentes e fundamentais se queremos pensar em uma nação séria e justa.

A multiplicidade partidária em nosso país é totalmente desfigurada. Salvo três ou quatro partidos”“

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Saúde

As atividades do mundo moder-no têm levado ao homem com-plicações de saúde típicas do

nosso tempo. A simples dor nas costas é uma delas. Em boa parte dos casos se trata de erro na postura, mas em outros o diagnóstico pode ser sério.

Ela se espalha pela parte traseira das coxas e nádegas e incomoda em toda a coluna. Estes são alguns dos sintomas comuns de espondilite anquilosante, do-ença que aparece na infância e adoles-cência e que apresenta os primeiros si-nais, visíveis num simples exame de raios-X, até 10 anos depois.

De acordo com a médica Patrícia Ca-macho, reumatologista da Sociedade Pan Médica, essa dor tem origem nas articu-lações sacroilíacas. “Com o passar do tempo, os ossos das vértebras crescem,

A importância de diagnosticar os sintomas da dor nas costas passa diretamente pela especificidade do tratamento necessário

formando nódulos, causando rigidez e dificuldade de movimentos. Alguns pa-cientes sentem um mal-estar geral, apresentando cansaço, perda de apetite e peso”, detalha ela.

A especialista reforça que a doença é genética, mas nem sempre ela se mani-

Dor nas costas

tem jeitofesta, por isso o mais seguro é o diagnós-tico precoce.

Já nos casos em que ela se manifesta, infelizmente, não há cura, mas “o porta-dor pode conviver naturalmente com ela, amenizar os seus efeitos, desde que siga direitinho o tratamento”.

Pacientes em estágio avançado geral-mente são encaminhados para cirurgia para restauração dos movimentos do quadril e correção das costas e pesco-ço.

Geralmente, o diagnóstico é feito com base no exame clínico, histórico do pa-ciente e teste de imagem por Raios-X – entretanto, acredita-se que quando o diagnóstico é confirmado por teste de raios-X, a doença já pode ter surgido há cerca de 7 a 10 anos. Não há recuperação da articulação danificada.

Camacho explica que a complicação é inflamação da espinha e das juntas da es-pinha. Os sintomas passam por dor e rigi-dez na parte inferior das costas e nádegas, se manifestando de forma gradual.

À medida que a doença progride, a espinha pode se tornar cronicamente inflamada ou rígida, limitando a mobili-dade do paciente. A doença em estágio avançado pode levar à formação de um novo osso nas juntas da espinha causan-do a fusão da espinha numa posição fi-xa.

A Espondilite Anquilosante afeta tan-to homens quanto mulheres e sua ten-dência é surgir entre os 20 e 40 anos de idade. Mas a médica alerta ainda que ela é mais recorrente em homens, numa proporção de 3 para 1.

O tratamento é longo e à base de anti-inflamatório, relaxante muscular, e muito exercício físico. “Por isso é impor-tante o diagnóstico precoce porque, uma das diferenças da Espondilite para a Hér-nia de Disco é que, essa última, não se pode fazer exercício físico”, diferencia Camacho.

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Chiquinha Gonzaga

A dama da música

Musical faz um passeio pela vida de Chiquinha Gonzaga, um dos maiores legados da música brasileira nos últimos 5 séculos.

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)) A última foto da maestrina e compositora, aos 85 anos, no dia de seu aniversário

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Chiquinha Gonzaga

A Cia Bagana de Teatro pesqui-sou a história do país e desta-cou que, no decorrer de pouco

mais de 5 séculos de história, o Brasil está repleto de grandes mulheres que se destacaram por sua coragem, ousadia, inteligência e, principalmente, pela mú-sica.

Entre as muitas extraordinárias mu-lheres brasileiras que deixaram seu no-me marcado na história do País, a quem poderíamos citar, destacamos em espe-cial, o nome de Chiquinha Gonzaga. Es-sa notável mulher sem dúvida alguma foi e continua sendo exemplo para todas as gerações, gêneros e classes sociais.

É a maior personalidade feminina da história da música brasileira de todos os tempos, tendo o seu nome destaque na história brasileira, tanto no cenário ar-tístico-musical, sociocultural, como po-lítico. Feminista, republicana e abolicio-nista, lutou corajosamente pelas liber-dades no país. Enfrentou toda uma so-ciedade patriarcal, posicionando-se sempre contra a opressão, o preconceito e as injustiças sociais. Lutou pela liber-tação dos escravos, pela liberdade de homens e mulheres negras, pela liber-dade de expressão, pelos direitos das mulheres, pelos direitos autorais dos ar-tistas, pela música popular brasileira e por todas as grandes causas da época.

Desafiando os padrões sociais de uma conjuntura extremamente tradicionalis-ta do século XIX no Rio de Janeiro, cau-sou polêmicas e escândalos no tempo em que mulheres não tinham vez, voz, ou papel social. Foi uma ativa participante no movimento republicano e abolicionis-ta, chegando a vender suas partituras de porta em porta, a fim de comprar a carta de alforria de um escravo músico, ou mesmo para contribuir com o movimen-to da confederação libertadora. Sendo esta brava mulher atuante politicamen-te e profissionalmente, contribuiu efeti-vamente não só na posição social das mulheres frente à sociedade, como em todo processo de transformação social de todo um período histórico.

BIoGRAFIAFrancisca Edwiges Neves Gonzaga

nasceu no dia 17 de outubro de 1847, no Rio de Janeiro, era filha de pai militar (José Basileu Neves Gonzaga) e mãe mestiça (Rosa Maria de Lima). Teve uma rígida formação escolar, educada para ser uma dama de salão da sociedade ca-rioca. Gostava de ler, escrever e além de todos os conhecimentos escolares, reli-giosos e prendas femininas, a jovem aprendeu a tocar piano, a maior paixão da sua vida. Aos 16 anos, por escolha de

seu pai, Chiquinha casou-se com Jacin-to Ribeiro do Amaral, com quem teve 2 filhos. Embora esforçando-se para ser uma boa esposa e mãe, era descontente com sua situação de submissão diante de seu marido, que a impedia de conti-nuar sua dedicação ao piano. Encontrou neste um homem machista e opressor que chegou a considerar o piano que ela tanto amara como um verdadeiro rival. Entre os muitos problemas que enfren-tou com seu marido, decidiu abandonar o casamento e passou a viver com o en-genheiro João Batista de Carvalho, por quem se apaixonou e com quem teve 1 filha. O escândalo resultou em ação ju-dicial de divórcio perpétuo, perda da guarda dos filhos e rompimento com a família. Assim, ficou separada do marido, expulsa pelo pai, sem trabalho, sem mo-radia, tornou-se alvo de críticas severas e apontada por toda sociedade, restou-lhes apenas um filho pequeno nos braços e a sua música.

Passou a dar aulas de piano e a apre-sentar-se publicamente para sobreviver, causando cada vez mais escândalos. Nin-guém ousara tanto quanto Chiquinha Gonzaga! Ela foi a primeira mulher a mu-sicar peças para o teatro de revista, a

primeira pianista a tocar choro, a primei-ra a tocar música popular brasileira nos salões elegantes, a primeira composito-ra de marchinhas carnavalescas, a pri-meira musicista profissional e primeira maestrina. Com certeza, a primeira com-positora brasileira a produzir uma vasta obra, que viria a ser fundamental para a formação da música brasileira.

Por força do destino, aos 52 anos de idade, Chiquinha conheceu aquele que viria a ser o seu amor e companheiro, até o seu último dia de vida, João Batista Fernandes, um rapaz português que era 32 anos mais jovem que ela. Além de acompanhar toda a velhice de Chiquinha com todo amor, respeito, dedicação e admiração, João Batista foi o grande res-ponsável pela preservação do acervo musical da compositora. Chiquinha Gon-zaga faleceu no Rio de Janeiro, em 28 de fevereiro de 1935, aos 87 anos de idade, próximo do carnaval, festa que mais gos-tava. O seu vasto e rico legado musical é constituído de mais de duas mil compo-sições, entre tangos, maxixes, choros, lundus, polcas, serenatas e até músicas sacras, além de inúmeras árias e recita-tivos compostos para 77 peças de tea-tro.

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10 Jornal de Fato | DOMINGO, 14 de abril de 2013

artigo

ENTENDA A MÍDIA – WILLIAM ROBSON *

Bios virtual e midiatização

Parte 3

Oaspecto da mudança na comunicação nas últimas duas décadas, sobretudo

na passagem do século, tem carac-terizado o primeiro capítulo do livro do professor Muniz Sodré (“Antropo-lógica do Espelho”). Especialmente neste período, a informação recebe uma variedade de formas (sons, ima-gens, dígitos) e transforma-se em produtos num mundo globalizado (para não dizer, moldado pelo neoli-beralismo). O cenário leva o nome de “sociedade da informação” e, com o advento da internet, essa sociedade se dinamizou.

A internet insere-se no campo tecnológico que levou muitos a tratá-la como a grande invenção da virada do século, comparada à imprensa, aos tipos móveis de Gutenberg. A mudança comportamental em pes-soas e instituições provocadas pela rede lembra uma “revolução”, a “Re-volução da Informação” – como um segundo momento, após a Revolução Industrial –, que Sodré não concorda. Muito: “As transformações tecnoló-gicas da informação mostram-se francamente conservadoras das ve-lhas estruturas do poder, embora possam aqui e ali agilizar o que, den-tro dos parâmetros liberais, se cha-maria “democratização”.

Muniz acredita que o melhor ter-mo seria “mutação tecnológica”, por não se tratar de uma descoberta li-nearmente inovadora e, sim, de ino-vação tecnológica do avanço cientí-fico. O livro de Sodré é muito claro, com uma linguagem clara, objetiva, que orienta e, ao mesmo tempo, con-textualiza nestes tempos de comu-nicação em rede. O autor, ainda tra-tando do assunto da revolução, lem-bra que a Revolução Industrial apro-

ximava-se muito da Revolução da Informação, quanto à maturação tec-nológica. Cita, no entanto, que o for-te da Revolução Industrial, que afetou costumes, a vida social, política e eco-nômica, foi a invenção da ferrovia na mobilidade espacial. Assemelha-se com a virtual, com a distribuição de bens e da “ilusão da ubiquidade hu-mana”.

A semelhança não está tão somen-te no aspecto logístico da informação (visto que passa a ser também um fator preponderante na sociedade da informação), uma infraestrutura pa-ra a condução informacional, chama-da por Sodré de “infovias”, mas um reordenamento mercadológico no mundo inteiro. A unificação da socie-dade em rede transformou a vida do homem em suas relações sociais de trabalho, mas também o coloca em total vigilância, num gigantesco dis-positivo de espionagem global.

É compreensível avaliar o pensa-

* A série ENTENDA A MÍDIA se propõe a oferecer aspectos reflexivos para estudantes e admiradores dos estudos da comunicação, com aplicações acadêmicas e exemplos do cotidiano.

mento de Sodré partindo do princípio do que ele chamou a nova mídia de um novo “bios”, não uma vida encar-nada, mas atrelada ao conceito aris-totélico de “conhecimento, prazer e política”. Muniz estabelece o quarto bios, o midiático, a vida como espec-tro, a virtualidade. “É real, tudo que se passa ali é real, mas não da mesma ordem da realidade das coisas”, co-mentou o autor, em reportagem da revista da Fapesp.

Como a mídia é espectro, uma re-presentação, sua realidade não é pal-pável, mas essencialmente discursi-va. O pensamento de Sodré caminha sob a perspectiva de uma vida espec-tral, em que a cada dia tudo é mais visual, e, portanto, uma nova reali-dade, um outro bios. Este novo bios também reconfigura as concepções sobre jornalismo e meios de comu-nicação. Para Sodré, a TV, por exem-plo, não age como um ator social isolado, mas suas manifestações são determinadas por fatores sociais e regionais. Ou seja, mesmo com atu-ação transnacional, a televisão pro-duz efeitos específicos e regionaliza-dos. “Enfim, no bios virtual, o objeto predomina sobre o sujeito”, afirma, na reportagem.

Baseado na ideia de simulacro, do espectro, Muniz amplia o conceito de mídia, que não baseia-se no princípio puramente do aparato técnico, mas transcende a TV, o rádio, o cinema, a internet, o jornal. Como em processo amplo de mediação (como Silvestone vê na circulação de significados, Bar-bero nas relações culturais, aborda-dos nas semanas anteriores), Sodré sinaliza para a mídia que atua no con-trole das relações sociais e o contro-le das novas subjetividades através das tecnologias de informação.

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11Jornal de Fato | DOMINGO, 14 de abril de 2013

artigo

! O espelho midiático não é uma mera reprodução, reflexo, porque envolve uma nova forma de vida, em que os indivíduos são incluídos, com características diferentes de espaço e tempo, em relação à mídia linear.

Portanto, vale observar este tre-cho da reportagem da revista da Fa-pesp: “A partir de uma realidade sis-têmica que foi ponto de partida e ponto de chegada das análises de Ha-bermas, nasce essa verdadeira forma de vida que é o bios virtual. A ponta desse iceberg é o bios midiático, es-pécie de comunidade afetiva, de ca-ráter técnico e mercadológico, onde impulsos digitais e imagens se con-vertem em prática social. É esse o objeto dessa nova ciência social cha-mada comunicação para Sodré.”

É preciso entender o que Sodré expõe quando fala em “espelho” (que dá nome ao seu livro). No capítulo “Ethos Midiatizado”, o autor mostra uma alteração na mídia tradicional (ou “linear”, a exemplo da TV e do cinema), cujas imagens são repre-sentadas realisticamente (como a retórica da hipotipose – descrição pitoresca de um evento) para a audi-ência externa. Na nova mídia digital, o usuário pode inserir-se nesta rea-lidade, trocando a contemplação da representação pela participação di-reta.

O espelho midiático não é uma mera reprodução, reflexo, porque envolve uma nova forma de vida, em que os indivíduos são incluídos, com características diferentes de espaço e tempo, em relação à mídia linear. Não se pode esquecer: a nova vida descrita por Sodré está diretamente ligada a intervenções na dimensão espaço-tempo (como no conceito pós-modernista). Uma nova configu-ração social a partir do bios virtual, uma realidade não conflitante com o real-histórico, o real tradicional.

Inclusive, na entrevista à revista da Fapesp, Sodré discorda do pensa-mento de Bourdieu acerca desta re-alidade, denominada vida plasmada, vida idealizada. “Não acho que se tra-ta de arrolar os efeitos catastróficos da televisão (que é o principal meio-síntese de imagem do século passa-do) sobre a realidade tradicional. Acho que se trata agora de identificar uma nova forma de vida, para cuja construção concorrem transforma-ções importantes de toda uma estru-

tura social básica”, afirmou o autor.Como o espelho midiático não se

traduz em reflexo puro da realidade, mas há condicionantes que agem so-bre essa reflexão, esta, por sua vez, age no campo da vida social. Ou seja, o espelho também se configura como um processo de mediação na socie-dade. Essa “midiatização”, com base na atual tecnologia, está inserida num campo social de interatividade absoluta e conectividade permanen-te. O artigo “Visibilidade midiática: entre estratégias das instituições e estratégias dos sujeitos”, de Eugenia Mariano da Rocha Barichello e Daia-ne Scheid, explica o pensamento de midiatização de Sodré, em que a “so-ciedade contemporânea rege-se pe-la midiatização, quer dizer, pela ten-dência à virtualização ou telerreali-zação das relações humanas”.

A midiatização é o quarto bios, uma nova forma de vida intensamen-

te tecnológica. E não se deve esque-cer: com influências diretas na rela-ção tempo e espaço.

)) Professor Muniz Sodré

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12 Jornal de Fato | DOMINGO, 14 de abril de 2013

RAFAEL DEMETRIUS

sua carreira

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Trânsito, correria, metas, cobranças… ufa! São tantas coisas para fazer no dia-a-dia, que muitas vezes, parece que perdemos a tão de-

sejada qualidade de vida. E, essa preocupação – acre-dite – vem das empresas em relação aos seus funcio-nários também. As condições físicas do trabalho não são os únicos fatores que importam para que a quali-dade de vida no trabalho melhor, as condições sociais psicológicas também são importantes. Para alcançar uma qualidade e uma produtividade melhor, as em-presas precisam ser dotadas de pessoas participantes e motivadas nos trabalhos que fazem, e recompensadas adequadamente por sua contribuição. Abaixo seguem algumas dicas de como implantar um programa de bem-estar na empresa.

A Qualidade de Vida é individualA qualidade de vida está dentro de cada um, talvez adorme-cida, mas só você pode descobri-la e despertá-la e isso é uma questão de reflexão, de mudança e de atitude pessoal.

Escolha um objetivoIsso vai te ajudar a melhorar sua qualidade de vida. Pode ser uma simples ação, como dormir mais cedo, por exem-plo, mas o importante é persistir na mudança.

Pense no coletivo Tenha uma boa conversa com você mesmo, com seus fa-miliares e descubra o que poderia trazer maiores benefícios coletivos. Casais podem adotar um dia da semana para se dedicar a paixão, outros aos filhos, cada um sabe o que é melhor para si.

Descubra o que te traz prazer e satisfaçãoFaça, semanalmente, pelo menos uma atividade para que você entre em equilíbrio nas suas áreas: física, mental, emocional e espiritual. Caminhadas, prática de esportes, participar de clubes, associações, sindicatos, festas, reu-niões de amigos, tudo isso pode ajudar a melhorar a qua-lidade de vida.

Como melhorar a qualidade de vida

no trabalho

Adote um novo método de trabalho que melhore sua produtividadeDiminua as reuniões na sexta-feira! E, não se contente só com isso. Reduza, também, os horários de leitura de e-mails, evite sobrecarregar-se de atividades e, conver-se com seu chefe sobre suas necessidades.

Sorria mais, sonhe mais, mude mais e reclame menos!Ficar, apenas, falando não resolve nada! Corra atrás dos seus objetivos e prove para si mesma, que você pode sempre o que quiser. Mais vale viver a vida mudando e lutando por algo melhor do que ficar à mercê das cir-cunstâncias impostas por ela. Se você não mudar, nin-guém fará isso por você, portanto se acha que precisa ter mais qualidade de vida, comece hoje a pensar seria-mente em algumas mudanças.

O que a empresa pode fazer para melhorar? Fazer um levantamento de riscos de saúde dos funcio-nários periodicamente; Respeitar o horário de trabalho; Incluir os membros da família dos funcionários e apo-sentados no programa de instruções sobre a saúde; In-troduzir opções de calorias adequadas conforme a fun-ção e o local de trabalho; Eliminar o fumo durante a hora de trabalho; Estimular à prática da ginástica labo-ral antes de iniciar o dia de trabalho; Oferecer benefícios em clubes de atletismo e academias para os funcionários; Implantar jornais e/ou palestras sobre saúde e bem-estar físico; Treinamentos direcionados aos gestores, a fim de gerar um diferencial significativo na relação líder-liderado; Manter instalações limpas e adequadas à ro-tina dos profissionais; Realizar campanhas educativas para conservar o meio organizacional; Introduzir um espaço para leitura após o horário de almoço.

E se nada disso existir?Bom, se nada disso existir, é hora de pensar mais em você e repensar os valores pessoais, e quem sabe pro-curar novas alternativas de trabalho.

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13Jornal de Fato | DOMINGO, 14 de abril de 2013

HALLISON CASTRO *

Impotência sexual )(

* Hallison Castro (CRM/RN 6878) é urologista pela Santa Casa de São Paulo e titular da Sociedade Brasileira de Urologia. Site: www.drhallisoncastro.com.br

artigo

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Éa incapacidade de obter ou manter uma ereção peniana suficiente para ter uma rela-

ção sexual satisfatória. Existem vários graus de impotência, desde pacientes que não alcançam uma rigidez adequa-da a casos de impossibilidade completa de obter ereção.

Existem várias causas de impotên-cia, dentre elas destacamos as causas psicológicas (estresse, depressão, an-siedade), muito frequentes em pacien-tes mais jovens, e as causas orgânicas (diabetes, hipertensão, colesterol alto, tabagismo, uso de alguns medicamen-tos, entre outros).

Muitas vezes, a impotência sexual é o primeiro sinal de alerta de uma doen-ça oculta silenciosa, como AVC, infarto, trombose nas pernas, portanto é neces-sário procurar um especialista para in-vestigar as possíveis causas da impo-tência. Nestes casos, o mecanismo que leva à impotência é a obstrução das ar-térias por placas de gordura responsá-veis por levar sangue até o pênis. Vale ressaltar que uma causa relativamente frequente de impotência que também deve ser investigada é a diminuição dos níveis de testosterona (hormônio mas-culino), principalmente em homens com mais de 45 anos.

Todo paciente com impotência deve fazer vários exames para tentar desco-brir a causa e os fatores de risco que possam estar relacionados a esta con-dição. Os principais são: colesterol, tri-glicérides, glicemia, dosagem do hor-mônio testosterona, PSA (para homens com mais de 45 anos), em alguns casos selecionados pode-se fazer ultrassono-grafia com doppler do pênis para avaliar a vascularização, além de verificar a pressão arterial.

Primeiro deve-se identificar, elimi-nar e tratar algum fator desencadeante como tabagismo, diabetes, hiperten-são, uso de algumas medicações. Se houver causa psicológica associada, o

tratamento com psicoterapia de forma complementar é de grande importância. Nos casos em que o nível do hormônio testosterona está baixo, deve-se fazer a reposição hormonal através de injeção.

Há vários medicamentos que podem ser utilizados para melhorar o processo de ereção. O tempo de início de ação é em torno de 20 minutos com duração do efeito de 6 a 36 horas. Os principais efei-tos colaterais são dor de cabeça, verme-lhidão na face e congestão nasal. É im-

portante lembrar que as pessoas que tomam alguns medicamentos para o co-ração não podem ingerir esses remé-dios.

Outra opção de tratamento são as injeções no pênis, com bons resultados, aplicadas antes de iniciar a relação se-xual. E por último, as próteses penianas de silicone, colocadas dentro do pênis através de cirurgia, com excelentes re-sultados, para aqueles pacientes que não responderam a nenhum tratamento.

Page 14: Revista de Domingo nº 559

DAVI MOURA

14 Jornal de Fato | DOMINGO, 14 de abril de 2013

adoro comer

Há quase 2 meses funcionando, a aceitação está positiva (ainda bem!). Depois de mostrar cafés, bolos, doces e até o almoço, vamos falar hoje de uma novidade que se iniciou nesta semana: o jantar. Entre o horário de 17h e 19h é que se concentra o pico de movimento do Society. Para atender melhor o público que vem neste horário e apresentar uma opção regional, gostosa e com gostinho de comida caseira que esta nova modalidade foi pensada. Provei o velho con-hecido – e querido – do nordestino: o cuscuz. Bem servido e molhadinho, mostra-se como uma opção versátil e combina com os mais variados acompanhamentos, seja carne refoga-da, moída ou até a carne de sol acebolada; o pãozinho as-sado, variedade de bolos e o buffet frio com patês. O jantar é servido até às 20h, que é quando a Society Cafeteria e Restaurante encerra seu expediente. É servido no peso e você sempre pode combinar com um bom suco ou um café reforçado. Para visitar: a Society fica na nova galeria que foi construída próximo ao hospital Wilson Rosado.

O Trattoria Centro apresenta junto aos seus famosos pratos um cardápio de sanduíches. Mais uma opção de lanche para quem prefere sempre aquele pão recheado, com sabores variados de dar água na boca. São seis tipos do prato com recheios de filé, frango, além da opção natural e especiais. Alguns sabores trazem o acompanhamento de batatas fritas, deixando seu lanche mais completo. Para complementar a refeição, escolha um refrigerante bem gelado, ou se prefer-ir, experimente os sucos do cardápio do restaurante. O Trat-toria Centro abre seu espaço para jantar a partir das 18 horas, de terça a domingo no endereço: Rua Quintino Bo-caiúva, 129. Contato: (84) 3316-8568.

O jantar da Society Cafeteria

Os sanduíches do Trattoria Centro

O irmão gêmeo do Davi Moura

A novidade da Garoto

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Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

A gente sabe que uma das melhores progra-mações para o dia do aniversário é juntar a turma ou a família e sair para uma boa refeição, seja ela jantar ou almoço. Tem sempre o pon-to positivo de não precisar lavar uma pilha de louça depois e, claro, não precisa se esforçar na cozinha. O Maison Gastronomia teve uma ideia genial para agraciar os seus clientes aniversariantes: no dia da sua comemoração, ao trazer 10 amigos para o seu almoço self-service, a turma ganha uma torta à escolha da casa. Ideia bacana! Para mais informações: (84) 3316 4605.

Seu aniversário no Maison Gastronomia

Daniel Costa é um publicitário que pensa em mudar para a área de Gastronomia. Qualquer semelhança não é mera co-incidência. Por indicação do amigo João Carlos, encontrei o Mixidão. Trata-se de um site de Gastronomia com receitas, dicas, truques. Segundo Daniel, “um verdadeiro mixidão”. As coincidências não param por aí: ele também não tem formação na área, fora alguns cursos – inclusive um de mas-sas italianas pelo Senac (que eu também fiz). No mais, ele assiste vários vídeos e programas, além de ler livros. Vocês vão perceber uma diferença crucial: o blog dele é todo tra-balhado nos infográficos. Como publicitário, ele trabalha na parte de Direção de Arte e Design. Já eu foco mais nos textos e fotografias, já que trabalho na parte de Planejamento e Marketing. Imagina tudo isso junto? Acesse: http://mixidao.com.br/.

A Garoto é uma das marcas de chocolate que nos acompan-ham desde pequenos. Muito antes de Cacau Show ou Ko-penhagen, era ela que fazia as nossas páscoas e aniversários mais felizes. Uma das tendências das grandes marcas de alimentação é pegar produtos que fazem sucesso em um segmento e adaptá-los para outro produto. A última sacada da Garoto foi transformar 3 dos seus melhores chocolates em sorvete: mas todos juntos. O Opereta, o meu favorito da caixa; o Baton, que faz a alegria da criançada desde sempre; e o It Coco, que tem fãs que o devoram na primeira olhada. A mistura promete, já que coco e chocolate se harmonizam super bem. A inovação fica por conta do sabor do Opereta, o chocolate branco, que, pelo que eu conhece, não vai de-cepcionar. Vou procurar se já está disponível na nossa região e falo pra você.

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15Jornal de Fato | DOMINGO, 14 de abril de 2013

adoro comer adoro comer

Carne de PanelaINGREDIENTES MODO DE PREPARO

• Tempere a carne com o alho, o tempero baiano, o tempero para carne e o colorau. Deixe descansar por 15 minutos;• Aqueça o óleo em uma panela de pressão e doure a carne. Acrescente a água, o caldo de bacon, tampe a panela e deixe cozinhar por 20 minutos na pressão;• Retire a panela do fogo, espere sair a pressão e volte para o fogo. Depois que a água secar e a carne estiver macia, deixe dar uma leve fritada e coloque a cebola, o tomate e o cheiro verde; • Deixe refogar mais um pouco, mexendo sempre para que a água da cebola e tomate não deixe a carne muito molhada;• Depois que a carne estiver um pouco frita, está pronta.

• 1 kg de miolo de acém cortado em pedaços grandes• 2 dentes de alho amassados• 1 colher (café) de tempero baiano• 1 envelope de tempero para carne• 1 colher (café) de colorau• 2 colheres (sopa) de óleo• 1 copo de água• 1 tablete de caldo de bacon• 2 cebolas cortadas em rodelas• 2 tomates picados• ½ xícara (chá) de cheiro verde picado• Sal a gosto• 2 colheres (sopa) de óleo

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