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Revista este exemplar é seu Ano I - Nº 7 - janeiro de 2010 www.peninsulanet.com.br Olha o carnaval aí, gente! Programe-se, vai começar a festa Solidariedade Fazer o bem, sem saber a quem Laudêmio Tire suas dúvidas Rio de Janeiro Verão 40º Olha o carnaval aí, gente! Programe-se, vai começar a festa Solidariedade Fazer o bem, sem saber a quem Laudêmio Tire suas dúvidas Rio de Janeiro Verão 40º

Revista de Janeiro

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Revista da Península do mês de Janeiro

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Revista

este exemplar é seu

Ano I - Nº 7 - janeiro de 2010www.peninsulanet.com.br

Olha o carnaval aí, gente!Programe-se, vai começar a festa

SolidariedadeFazer o bem, sem saber a quem

LaudêmioTire suas dúvidas

Rio de JaneiroVerão 40º

Olha o carnaval aí, gente!Programe-se, vai começar a festa

SolidariedadeFazer o bem, sem saber a quem

LaudêmioTire suas dúvidas

Rio de JaneiroVerão 40º

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SUMÁRIO

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 20104

Sumário

08 Um Dia pra lá de Especial

10 Tempo de Solidariedade

12 Blog da Vice-Presidência

13 Mundo Legal

20 É de Casa

22 Porta-Retrato

26 Turismo

28 Carnaval

32 Esporte

34 Cantinho do Morador

36 Decoração

39 Acervo Cultural

40 Acontece

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Presidente Carlos Felipe Andrade de Carvalho

Vice-Presidente Sergio Lopes

Gerente Administrativo/Financeiro Jorge Leone

Gerente de Relacionamento Claudia Capitulino

www.peninsulanet.com.br [email protected]

21 3325 0342

Revista Península é uma publicação

Diretor ExecutivoPaulo Roberto de Mesquita

Diretora AdministrativaRebeca Maia

ComercialVictor Bakker | [email protected]

Editora Responsável Tereza Dalmacio | [email protected]

EstagiáriaDebora Rolim

Colaboradores Cidinha Fernandes Karen Montenegro

Marcella Castro

Fotografia Bruno Leão

Revisão Giselle Martins

Diretora de Arte Tati Piqué | [email protected]

Rua Jornalista Ricardo Marinho, 360 / sala 243 Barra da Tijuca-RJ

[email protected] (21) 3471 6799 | 7898-7623

Foto capa: Toti Jordan

A revista desse mês chegou como o verão, colorida, alto astral e car-regada de energia. A meninada

dá o tom dessa sonata de alta estação correndo e brincando, jovens praticando diversos esportes, a natureza esplendo-rosa em dias mais longos e iluminados.

Encontros de amigos, namorados, famí-lias inteiras que passeiam pelas alame-das e trilhas. Notas musicais, num com-passo que apenas quem vive aqui ouve e reconhece a melodia.

E esse tom chega pra cada um de forma diferente, mas sem perder o ritmo, por-que, no fundo, o maestro que rege essa grande orquestra, o nosso astro rei, sabe o que cada um quer e busca.

Ah, o verão. Rio 40°. Península fervi-lhante. E a nossa sétima edição foi feita nesse calor carioca, com o gingado, o suingue e o som que mexe com os nos-sos corações.

Editorial

EDITORIAL E EXPEDIENTE

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 2010 5

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Armazém

Você sabia que, mais de 500 anos depois do descobrimento do Bra-sil, a mais antiga das práticas

comerciais, o escambo, ganha força novamente no mercado? Segundo o In-ternational Reciprocal Trade Association (IRTA), a troca de produtos e serviços movimenta, informalmente, quase 800 milhões de dólares por ano no país. E nós vamos aumentar, mesmo que timi-damente, essa cifra.

Esse espaço aqui é o seu Armazém, para venda ou troca de objetos entre os mo-radores da Península e também para os parceiros que prestam serviços aqui.

Vamos funcionar como um pequeno classifi-cado. Anuncie o seu produto. Faça um bom negócio sem sair de casa. Maiores informa-ções pelo telefone 3325-0342 ou pelo e-mail [email protected].

Beleza é fundamentalTereza Michalski, moradora do Monet, aparta-mento 905, informa que é consultora Natura (Natura Cosméticos). Aos interessados, o telefone para contato é o 3151-3421.

Já Andrea Ballock, moradora do Mandarim, apar-tamento 205, é consultora Avon e também da Na-tura. O telefone para contato é o 2408-3967.

ARMAZÉM

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PONTO DE VISTA

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A Revista Península é um veículo de comunicação criado para você, morador, e por isso mesmo, é fundamental a sua participação para o sucesso

deste lançamento.

Sugira temas, nos envie sugestão de pautas, mande a foto que quer ver publicada. Participe, interaja, escre-va pra gente. Essa sala de estar é para receber você e saber o que gostaria de encontrar na sua Revista Península. Aponte o tema, e nós vamos buscar as in-formações que você deseja. Até o próximo encontro, e sempre com a sua participação.

Prezados Claudia, Tereza e Sergio, Quero agradecer pela publicação do meu artigo como parte do conteúdo da Revista Península de Dezem-bro/09. A apresentação ficou muito bonita e espero ter contribuído de maneira positiva para a ampliação do universo feminino.

Feliz Natal e um Ano Novo abençoado para vocês.Abraços,

Benedita Aparecida Gobbo FernandesPsicóloga

[email protected]

EDITORIAL E EXPEDIENTE

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REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 20108

NATAL PENÍNSULA | CHEGADA DO PAPAI NOEL

Mais uma vez, a dedicação e o empenho da AS-SAPE deram o tom da festa. Muita alegria e diversão para a garotada, recreadores, super-

heróis, personagens dos contos infantis e da Disney, lanches, enfim, um leque de opções para a família Pe-nínsula.

O ponto alto foi a chegada do Papai Noel, que veio de helicóptero, trazendo mais alegria e muitas surpresas. Lá em baixo, uma multidão aguardava ansiosa. E tudo isso foi possível, porque você estava lá, prestigiando o evento e se divertindo pra valer com a criançada.

Natal é isso: encontro de pessoas que se amam, mo-mento de carinho, fraternidade e solidariedade para com os que mais precisam.

Natal, tempo de paz e harmonia.

Um dia pra lá de especial

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NATAL PENÍNSULA | CHEGADA DO PAPAI NOEL

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REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 201010

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Significado que foi transformado em ação por fun-cionários e moradores da Península que doaram brinquedos, roupas, ventiladores e colchões para

casas beneficentes nas festas de fim de ano. Os dona-tivos foram entregues no dia 23 de dezembro ao Lar Beneficente Amar, Lar Maria de Lourdes e Amigos Soli-dários. Um pequeno gesto que abriu um grande sorriso no rosto de cada criança e tornou o Natal mais especial.

O Lar Maria de Lourdes abriga, atualmente, 35 crian-ças e adolescentes especiais de 0 a 24 anos. É uma organização sem fins lucrativos que conta com uma equipe de profissionais: nutricionista, fisioterapeuta, médicos, assistente social, psicólogo, fonoaudiólogo e dentista. A instituição é uma iniciativa particular fun-dada em 1998 por Maria Isabel depois do falecimento de sua mãe, que tinha o desejo de construir a casa. Segundo Vera Lúcia Lourenço, psicóloga da casa be-neficente, muitas famílias não têm estrutura financei-ra e psicológica para cuidar das crianças e dos adoles-centes especiais. Eles são entregues ao juizado, que os encaminha à instituição. Aqui, recebem cuidados mais do que especiais de profissionais e voluntários.

Já a instituição Lar Amar, dirigida por Solange de Paula, tem 23 anos de trabalho dedicados aos que mais preci-sam. No momento, abriga cerca de 26 crianças na faixa

etária de 2 a 12 anos que foram encaminhadas pelo Conselho Tutelar ou pela Vara da Infância e Juventude por causa do abandono, maus tratos ou risco social.

As crianças ficam 24 horas em regime interno, partici-pam de diversas atividades e recebem apoio pedagó-gico e assistencial.

“O programa tem por objetivodefender e garantir o direito

da criança à convivência familiar esocial promovendo a construção, restauração e

fortalecimento dos laços familiares e comunitários”.AMAR

O dicionário nos diz:Solidariedade: apoio à causa, princípio. Sentido moral que vincula o indivíduo à vida, aos interesses de um grupo social,

de uma nação, ou da humanidade.

Tempo de Solidariedade

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

Outro grupo que trabalha com afinco é o do Programa de Acolhimento AMAR (PAA). São assistentes sociais, pedagogos e psicólogos, e muitos voluntários que ga-rantem os direitos mais básicos de diversas crianças. A organização começou nos fundos de uma pequena igreja no subúrbio do Rio e, até hoje, mais de 1000 crianças passaram pela instituição. Alguns desses pe-quenos foram adotados, outros reintegrados às famí-lias ou tiveram que ir para outras casas beneficentes por causa da idade. Segundo tia Dilza, as maiores di-ficuldades são realizar os pagamentos das contas de água e luz e manter o quadro de funcionários.

Para a moradora Sandra Apolinário, que acompanhou a en-trega dos donativos, foi uma experiência pessoal muito boa. “Acredito que todo mundo deveria ter uma vez na vida”.

Solidariedade em tempo integralPara a ASSAPE e para muitos moradores da Penínsu-la, as doações não devem ficar restritas à época de Natal, mas sim, tornar-se um trabalho permanente dentro da Península. “Há muita gente precisando e é importante, fundamental mesmo, criar espaços para doações dentro da nossa comunidade, que é formada por gente de princípios fortes e que sabe que é impor-tante colaborar com os que mais precisam”, afirma a gerente de relacionamento da ASSAPE, Claudia Capi-tulino. “Assim, nos eventos promovidos pela Associa-ção dos Amigos da Península ou em atitudes individu-ais, podemos todos colaborar”.

E quem já quiser conhecer um pouco mais das institui-ções, segue a lista de alguns espaços na nossa cidade que precisam não apenas da ajuda material, mas do carinho e do cuidado de toda uma sociedade.

Lar da Criança - Minha Casa, Doce Casa

Amigos Solidários

Abrigo Maria de Lourdes

ONG Comunitária Nova Geração

Cruzada do Menor

Abrigo Beija-Flor

Praça Heróis Húngaro, 20 - Guaratiba.Tel. 21 3155-0034

Rua Lourenço Fernandes, 116 - Nova Iguaçu. Tel. 21 9876-2498

Rua Pajurá, 256 - Taquara - Jacarepaguá.Tel. 21 2694-3558

Rua Marina, 118 - Austin - Nova Iguaçu. Tel. 21 2775-3617

Rua Edgard Werneck 420 - Jacarepaguá. Tel. 21 3342-6959

Rua Ricardo, 7 - Austin - Nova Iguaçu.Tel. 21 2763-4106

Sabão em pó, produtos de limpeza e fraldas.

Brinquedos e livros infantis.

Cadeiras de roda, fraldas e leite.

Brinquedos e alimentos.

Alimentos e brinquedos.

Alimentos e material de higiene pessoal.

Cidadão Brasil

Rinaldo da Silva Rocha trabalha há 10 anos como por-teiro na Barra da Tijuca. É morador de Nova Iguaçu, casado, pai de uma menina de 10 anos, e sempre pre-ocupado com próximo. Ele divide o que tem e promove partidas de futebol para arrecadar alimentos para 3 instituições de Nova Iguaçu que atendem crianças e adolescentes. Se você quiser contribuir com esse ci-dadão brasileiro que acredita que a união faz a força, entre em contato. O telefone é o 9876 2498 ou pelo e-mail [email protected].

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Associação de moradores, parece ser uma expressão simples e de domínio de todos nós, não é verdade?

Sim, claro. Mas se formos pensar em sua complexidade e to-talidade é muito maior.

A associação de moradores tem por finalidade promover as necessidades de uma comunidade e, com a união dos esforços de todos, suprir as necessidades comuns.

Para isso, nós da Península contamos com a ASSAPE, asso-ciação à qual aderimos, compulsoriamente, ao comprarmos nossas unidades ou alugarmos de terceiros.

A ASSAPE tem por finalidade manter e desenvolver o cultivo da vida associativa; conservação da qualidade ambiental; con-servação e aprimoramento das benfeitorias; limpeza e con-servação das áreas verdes e ruas; vigilância dos acessos das áreas externas aos lotes residenciais e comerciais; controle, manutenção e conservação das áreas de esporte e lazer; além de contatos e intervenção com o poder público para melhoria da respectiva atuação em nosso condomínio.

Quando falo isto, parece ser algo de domínio de todos - ou supomos ser - esta atividade da ASSAPE. Na dúvida, podemos ver o descrito no nosso Estatuto, no capítulo dos Objetivos Sociais.

Os moradores envolvidos no processo administrativo são, como eu, comprometidos com a gestão e com as melhorias

de nosso condomínio, onde as áreas de atuação e de influên-cia são enormes. Pensamos e atuamos nas áreas de esporte, manutenção, transporte, segurança, limpeza, jardinagem, ilu-minação, controle dos animais e pragas, bem como no conví-vio social e administrativo.

Compramos um imóvel num condomínio diferenciado e, des-ta forma ele também deverá ser tratado. A ASSAPE, a cada dia, vem conquistando novos moradores que, ao chegarem para solicitar, reclamar ou elogiar algum serviço são, imedia-tamente, convidados a participarem da nossa Administração, para assim melhor entendê-los.

Fazer parte da ASSAPE é um dever de todos nós. Podemos atuar individualmente em nossa área de interesse ou, como alguns moradores fizeram, ir se envolvendo em várias frentes, aliás, estes moradores são, hoje, fundamentais. Na gestão, o importante é conquistar a transparência e buscar a melho-ria constante, sabendo que o poder de nossa associação está, exatamente, na força da participação dos moradores.

Venha me fazer uma vista! Vamos conversar para que, com sua opinião, possamos melhorar a nossa Península e a nossa ASSAPE.

Forte Abraço!

Sergio LopesVice-presidente

A VIDA ASSOCIATIVA

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 201012

Acesse meu blog: www.osergiolopes.com.br, clique no link Península.

Sergio Lopes é empresário da área de Meio Ambiente, pai de três filhos, vice-presidente da ASSAPE e um apaixonado pelo planeta.

Blog da Vice-Presidência

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MUNDO LEGAL | ENTREVISTA DR. NICODEMOS

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 2010 13

Revista Península: O que é, e qual a diferença entre laudêmio e foro?Dr. José Nicodemos: Para que a definição de laudêmio possa ser bem entendida, dou, antes, uma explicação. Suponhamos que uma pessoa ou empresa seja pro-prietária de um terreno e, um dia, o Patrimônio da União abra um processo judicial, cuja conclusão de-termina que aquele terreno é terreno de Marinha. Neste momento, ele deixa de ser proprietário do terre-no, quer tenha construído ou não, porque, aí, o terreno passa a ser da União, cujo direito de propriedade era da Coroa Portuguesa desde o Tratado de Tordesilhas e passou para União na Proclamação da República.

Mas, como aquela pessoa ou empresa era tida como proprietária do terreno, havendo nele construído e es-tando de boa fé, a União divide esse direito de proprie-dade com aquela pessoa. Ou seja, a União fica proprie-tária do domínio direto (terreno) e a pessoa física ou jurídica fica proprietária do domínio útil (construção). O proprietário do domínio útil é chamado foreiro ou enfiteuto. O foreiro passa a pagar à União um foro anu-al de 0,6% do valor do terreno, cobrado todo ano, tal como o IPTU. Quando o foreiro vende o seu domínio útil para um terceiro, para que a União - que é a dona do domínio direto - possa consentir na realização do negócio, ela cobra o laudêmio, que corresponde a 5%

A coluna Mundo Legal desse número aborda tema de interesse da maioria dos moradores da Península: o laudêmio. E quem explica e tira as suas dúvidas é o advogado especialista em Direito Tributário e Direito Marítimo na parte internacional e em terrenos de Marinha, Dr. José Nicodemos.

Mundo Legal

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MUNDO LEGAL | ENTREVISTA DR. NICODEMOS

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 201014

do valor do negócio. O laudêmio somente é cobrado se houver negociação do seu imóvel, isto é, 5% do valor do terreno ou 5% do valor do terreno + benfeitorias. Assim, caso não venda o imóvel não tem de pagar o laudêmio. Portanto, o laudêmio é uma compensação que a União tem o direito de receber para consentir que o foreiro venda seu imóvel construído em terreno da União a um terceiro.

Revista Península: Quais os prazos e os procedimentos para pagamento do laudêmio e do foro?Dr. José Nicodemos: A União emitirá, anualmente, um carnê, semelhante ao do IPTU, com o valor total do foro devido, bem como com as cotas a serem pagas nos seus vencimentos. Quanto ao laudêmio, o cálculo e processamento da

guia para pagamento poderá ser feito pela Internet, na página da Secretaria do Patrimônio da União aces-sada através do site do Ministério do Planejamento, e deverá preceder à assinatura da escritura de compra do imóvel.

Revista Península: Dr. Nicodemos, conte-nos sobre a sua experiência em outras ações ajuizadas com este mesmo objetivo, como por exemplo, a da AMAR?Dr. José Nicodemos: A AMAR, que representa os pro-prietários do Jardim Oceânico, ingressou com uma Ação Civil Pública, discutindo a nulidade do processo através do qual o Patrimônio da União declarou serem de Marinha os terrenos da margem sul da Lagoa da Ti-juca, desde o Joá até Camorim. Logo, a pretensão con-sequente foi a da nulidade das cobranças. O resultado foi favorável à AMAR, assim como deverá ser na ação

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da ASSAPE, pelas mesmas razões jurídicas, porque o processo do Patrimônio da União é um só, apanhando os terrenos desde o Joá até Camorim.

Revista Península: A ASSAPE entrou com Ação Civil Pública em nome de todos associados? Como isso funciona?Dr. José Nicodemos: Sim, trata-se de uma Ação Civil Pú-blica. Para melhor entendimento, irei explicar:Em outros tempos, se uma fábrica à beira de um rio despejasse produtos tóxicos e poluísse as águas, ma-tando peixes e contaminando as plantações, prejudi-cando os pescadores e os produtores rurais, era preci-so que cada pessoa lesada propusesse a sua ação de indenização, o que poderia significar a propositura de milhares de ações sobre a mesma coisa. Aí, a lei simplificou as coisas. A Ação Civil Pública é uma Ação Coletiva, que funciona como um guarda-chuva,

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REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 2010 15

abrigando todos os que estiverem na mesma situação. A sentença funciona como um comando judicial, de-terminando o que tem de ser feito ou o que não pode ser feito, ou ainda, a obrigação que tem ou não tem de ser paga. No caso dos associados da ASSAPE, os resultados beneficiarão as pessoas da Península, por-que a área de representação da ASSAPE é limitada ao seu espaço territorial. Isto significa que os resultados favoráveis só beneficiarão os associados da ASSAPE. Assim, nenhum outro prejudicado de outra área, mes-mo que adjacente, poderá se beneficiar dos resultados que forem decretados, isto é, (a) que o processo da antiga DSPU é nulo; (b) que não são devidos os foros e laudêmios; (c) que os foros e laudêmios pagos deverão ser devolvidos com juros e correção monetária.

Revista Península: Qual a expectativa de sucesso desta ação?Dr. José Nicodemos: Quanto ao sucesso, a minha convic-ção é plena, porque a jurisprudência do Superior Tri-bunal de Justiça está a nosso favor.A questão é a seguinte: a lei estabelece que, quando o Patrimônio da União for fazer o levantamento dos ter-renos de Marinha, deverá convocar os proprietários da região, pessoalmente, para que eles deem informações e documentos sobre a situação do mar no ano de 1831 ou na época mais próxima possível daquele ano. De-pois que o Patrimônio da União fizer o traçado da faixa de Marinha, deverá convocar os proprietários atingidos por ela, também pessoalmente, para que digam se o traçado está certo ou errado ou, enfim, se defendam, porque eles estão deixando de ser proprietários.Acontece que o Patrimônio da União, em vez de con-vocar esses proprietários, pessoalmente, fez o cha-mamento deles pelo Diário Oficial, e como ninguém está obrigado a ler o Diário Oficial, “passou batido”, de modo que, não havendo nenhuma impugnação, o desenho dos terrenos de Marinha desde o Joá até Camorim foi homologado. Isso aconteceu no ano de 1956. O processo, de tão cabeludo que é, ficou guar-dado durante 45 anos. Somente em 2001, a GRPU (novo nome da DSPU) o tirou da gaveta e mandou um ofício ao Cartório do 9º RGI, “solicitando” que nenhu-ma transferência de imóvel fosse registrada sem a apresentação da Certidão Negativa passada por ela. Discuto várias nulidades do processo da DSPU, mas a ação pode ser julgada com base só no chamamento dos proprietários pelo Diário Oficial, pois já foi decla-rada pelo Superior Tribunal de Justiça a nulidade em um levantamento feito em Santa Catarina. No Rio de Janeiro, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região tam-bém declarou essa nulidade em levantamentos da an-tiga DSPU, apanhando terrenos no Espírito Santo, na região dos lagos e, no ano passado, na área da AMAR.

Revista Península: De que forma a decisão proferida na Ação Civil Pública beneficiará os associados?Dr. José Nicodemos: A sentença final irá declarar que o

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MUNDO LEGAL | ENTREVISTA DR. NICODEMOS

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processo do Patrimônio da União é nulo e que não são devidos nem foros, nem laudêmios pelos associados da ASSAPE.

Revista Península: Como ficará o pagamento do foro pelos associados enquanto durar a Ação Civil Pública proposta pela ASSAPE?Dr. José Nicodemos: O foro anual é de 0,6% sobre o valor do terreno. O associado que tiver o receio de a ação demorar mais de 2 anos para ser julgada pelo Tribunal Regional, poderá depositar judicialmente o valor do foro, de uma só vez ou em cotas, conforme o carnê. Isto porque, em princípio, teoricamente, após 2 anos sem o pagamento e sem depósito judicial, pode-rá a União mandar o CPF do “devedor” para o CADIN, o que significa não receber restituição do Imposto de Renda, não poder contratar um financiamento bancá-rio, não poder vender ações na Bolsa de Valores, não comprar um simples celular. A vida econômica da pes-soa para e, ademais, poderá a Procuradoria da Fazen-da Nacional promover a execução da “dívida”, o que significa ter de nomear bens à penhora para embargar a execução, ou seja, para se defender.O laudêmio, conforme já explicado, só é devido se o imóvel for negociado. Quem já tem escritura definitiva, por certo, já pagou o laudêmio, porque esse pagamen-to é condição para a lavratura da escritura pelo tabe-lião ou pela Caixa Econômica Federal.Quem ainda não tem a escritura definitiva do seu apartamento, somente poderá tê-la, se pagar ou de-positar em juízo o laudêmio, em conta individual na Caixa Econômica Federal.

Revista Península: Se o associado pagar o laudêmio tem como ser ressarcido? Como proceder?Dr. José Nicodemos: Enquanto o processo judicial esti-ver tramitando, o associado da ASSAPE que tiver de-positado o valor do laudêmio e foros receberá de volta o montante depositado, acrescido de juros e correção monetária, tal como se tivesse feito uma poupança, independente do valor, tudo de forma simples através de alvará que o juiz expedirá, mandando a Caixa Eco-nômica fazer a devolução.

Revista Península: Para os associados que já efetu-aram o pagamento do laudêmio antes da Ação Civil Pública, quais serão o procedimento e o custo para ressarcimento?Dr. José Nicodemos: O associado que pagou os foros e o laudêmio terá o direito de receber de volta os res-pectivos valores, também com juros e correção mone-tária. Mas aí, o procedimento para esse recebimento será mais trabalhoso processualmente, podendo, con-forme o montante, o recebimento acontecer por via de precatório, cujo pagamento poderá levar anos pra ser realizado, isto é, dependendo do valor.

Revista Península: No caso de venda do imóvel antes do final da ação, como proceder?Dr. José Nicodemos: O associado deverá depositar, por intermédio do advogado, o valor do laudêmio. A Justi-ça expedirá o alvará que autorizará a transferência do imóvel. Ao final da ação, o valor depositado será de-volvido ao associado com juros e correção monetária.

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ENTREVISTA MARIA LUCIA MACHENS

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 201018

Revista Península: Como conheceu a Península?Maria Lucia Machens: Devido à crise na Europa e nos Estados Unidos, minha filha resolveu voltar para o Bra-sil, pois não estava conseguindo trabalho. Porém, não queria ir para o Espírito Santo, onde eu morava. En-tão, mudei com ela para o Rio, e fomos para Ipanema.

Como minha filha não aguentava mais o trânsito, já que trabalhava em Jacarepaguá, um dia, pegou um prospecto da Península e me mostrou. Fomos conhe-cer o empreendimento e, quando entrei, disse: “Isto lembra Manguinhos”.E, assim, mudamos pra cá. Lembro que a primeira

Damos sequência à apresentação dos conselheiros comunitários da ASSAPE – Associação Amigos da Península. Nesta edição, é a vez da senhora Maria Lucia Machens, irmã de 8 irmãos, mãe, educadora com mestrado em Li-teratura, genealogista, conselheira comunitária e subsíndica do Condomínio Aquarela e do Edifício Aquamarine.

ConselheiroComunitário

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ENTREVISTA MARIA LUCIA MACHENS

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 2010 19

coisa que vi quando caminhava pela calçada foi um pequeno tucano. Depois, uma coruja e um sagui, isso tudo no mesmo dia. Como disse, a Península lembra a minha infância, vivi em lugares assim lá em Mangui-nhos, no Espírito Santo. Deste jardim frutífero, conhe-ço todas essas plantas e o nome científico de cada uma, porque meu avô plantava. A minha família é mui-to importante para mim, foi ela que me deu base para eu ser a pessoa que sou hoje.

Revista Península: O que destacaria de melhor na Península?Maria Lucia Machens: Acordar com o som dos grasna-dos das garças, patos e marrecos. Ver os pássaros vo-ando. Uma das coisas mais bonitas que eu vi aqui foi no primeiro dia da primavera. Acordei cedo e presen-ciei um balé de pássaros na frente da minha varanda. Ainda tenho essa belíssima vista para a “Pedra da Gá-vea com água na frente”. Adoro esta vista, espero que ninguém me roube (rs).

Revista Península: Quando e como se tornou conselhei-ra comunitária?Maria Lucia Machens: Foi muito engraçado. Fizeram uma reunião e perguntaram quem queria ser conse-lheiro comunitário e ninguém levantou a mão. Depois da terceira vez, resolvi levantar o dedo e assumir a responsabilidade. Para subsíndico, aconteceu o mes-mo fato. Apesar de engraçado, também é triste, pois se observa o desinteresse dos moradores para com o bem comum, de não quererem participar de algo para melhorar a vida em comunidade.

Revista Península: Quais são as funções do conselheiro comunitário?Maria Lucia Machens: É bem o significado da pala-vra conselho. Se reunir com outras pessoas para trabalhar em equipe, aconselhar e traçar os me-lhores caminhos. Ou seja: o que a comunidade precisa, como desenvolver um trabalho de forma a melhorar a vida daquele lugar. Há muita gente boa aqui na Península, apesar de não conhecer particu-larmente cada uma delas.

Revista Península: Qual a diferença entre as funções de subsíndico e de conselheiro comunitário?Maria Lucia Machens: Ser conselheiro comunitário da Península é um prazer, porque você pode, realmen-

te, fazer algo em prol da comunidade. Já o subsíndi-co tem que resolver problemas imediatamente, por exemplo, uma briga de morador por causa da vaga da garagem, o elevador que não funciona. Nesta função, você soluciona os problemas dos moradores, as ações são voltadas, às vezes, para uma pessoa, não em prol de uma comunidade. Por isso, este ano quero me en-gajar muito mais na função de conselheira comunitá-ria. Como membro da ASSAPE, estou elaborando um projeto para apresentá-lo ao Sergio, o vice-presidente. Quanto ao cargo de subsíndica, estou saindo em mar-ço, é muito desgastante.

Revista Península: E como será este projeto?Maria Lucia Machens: Vou falar em primeira mão para vocês. Seria algo como uma Olimpíada na Península, algo que pudesse envolver os moradores, brincando e educando, através da fauna e da flora. Porque as pessoas querem usufruir da beleza e esquecem o va-lor que tem toda esta estrutura. Então, tem um fundo educativo, cultural e ecológico. Tem também o lado lú-dico, a pessoa vai brincar com isso, e o lado da união entre os moradores. O intuito é educar, é interagir. Eu aprendi com o meu avô brincando. E você só preserva algo, quando conhece e entende aquilo.

Revista Península: Qual a sua opinião sobre a adminis-tração da Assape?Maria Lucia Machens: É um trabalho bem feito, mas é claro que sempre pode melhorar, como tudo na vida. Há ainda alguns problemas como o nosso ônibus, fa-tor número 1 de reclamações. Porém, de maneira ge-ral, a administração é positiva.

Revista Península: Como os moradores poderiam partici-par mais da vida da Península, contribuindo com sua administração? Maria Lucia Machens: Preservando o ambiente em que vivem e se engajando mais, sobretudo, em relação à natureza. A tendência é que tratemos com carinho aquilo de que gostamos, assim acredito. Portanto, devemos começar a preservar dentro de casa: sem desperdício de água, por exemplo. Aqui no prédio, fazemos a coleta de lixo seletiva e, no final do ano, dividimos entre os funcionários o arrecadado. Acho que os moradores poderiam participar mais, individu-almente, em favor de um bem-estar comum.

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ENTREVISTA TATIANA BITTENCOURT

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 201020

Revista Península: Como foi a escolha da Península?Tatiana Bittencourt: Morava com meus pais, e eles ti-nham esse apartamento. Quando me casei, fui morar em Portugal. Após 5 anos, voltei para o Rio de Janeiro e decidimos vir para a Península pela segurança. Aqui, tem uma área bem ampla, o que passa uma sensação de liberdade e tranquilidade. Para as crianças é ótimo.

Revista Península: O que mais gosta do espaço na Península?Tatiana Bittencourt: Nos fins de semana, além de tomar um supercafé da manhã com minha família no coffee

green, adoro passear com a minha filha pelas trilhas. Acho importante esse contato com o verde para ela aprender a preservar e respeitar a natureza.

Revista Península: Como você vê o trabalho que a AS-SAPE vem desenvolvendo?Tatiana Bittencourt: Não participo muito das reuniões, mas gosto dos eventos que são promovidos como o Dia das Crianças e a chegada do Papai Noel. A Giova-na adorou, ela não pode ver um helicóptero que fica apontando. A revista também é bem bacana, as maté-

Aqui, você vai sempre encontrar uma cara conhecida, pode ser o seu vizinho, alguém que tenha um trabalho rele-vante, que se destaque em sua atividade e que resida na Península.E quem aparece no É de Casa da 7ª edição é a nutricionista Tatiana Bittencourt, casada com Eduardo e mãe da

Giovana. Ela nos fala da vida, do trabalho e nos dá algumas dicas interessantes.

É de Casa

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ENTREVISTA TATIANA BITTENCOURT

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 2010 21

rias e entrevistas superinteressantes.

Revista Península: Você é nutricionista, conta pra gente quais são as maiores dúvidas dos seus pacientes, sobre-tudo, neste período em que buscam o corpo perfeito?Tatiana Bittencourt: Não só dos pacientes, mas dos ami-gos também. Todos querem descobrir a forma mais eficaz e segura para se perder peso. Mas vou explicar qual o campo de atuação da nutrição. Nutricionista é o profissional capacitado para avaliar o seu estado clínico-nutricional, calcular suas necessida-des calóricas e elaborar um plano alimentar sensato, que respeite suas preferências e aversões alimentares.É necessário instituir um programa de atividade fí-sica combinado à dieta. Um não funciona sem o ou-tro. Diminuir a ingestão calórica e aumentar o gasto calórico com exercício físico é que pode tornar real a perda de peso. Fracionar as refeições, ingerir porções moderadas ao longo do dia e introduzir alimentos que aceleram o metabolismo são algumas condutas que ajudam no processo de emagrecimento.

Revista Península: No entanto, o brasileiro não tem tan-to costume de ir ao nutricionista como vai ao dentista ou ao clínico-geral. Qual a importância desse profissio-nal para a saúde?Tatiana Bittencourt: Sobretudo, incentivar mudanças no comportamento alimentar, corrigir excessos e carências nutricionais, ensinar a selecionar os alimentos que, real-mente, vão nutrir e não apenas alimentar o organismo. Adotam-se hábitos alimentares mais saudáveis atra-vés da reeducação alimentar, que é o que, realmente, funciona e que, muitas vezes, requer mudanças a mé-dio e longo prazos.

Revista Península: Por não ir ao especialista, muitas pessoas se rendem a uma infinidade de dietas da moda e fórmulas milagrosas que surgem a todo mo-mento. Como você vê isso? Tatiana Bittencourt: É verdade. A indústria dessas die-tas anda em muito melhor forma do que seus consu-

midores. A maioria delas tenta enfatizar resultados rápidos e ilusórios com o mínimo de esforço. Quando se faz dietas muito restritas, o organismo in-terpreta como um estado de inanição e trata de pou-par energia, reduzindo o ritmo do metabolismo. O cor-po, como mecanismo de autodefesa, age contra essa dieta logo que os resultados aparecem.

Revista Península: Como manter, efetivamente, uma postura alimentar saudável por toda vida?Tatiana Bittencourt: Obtêm-se melhores resultados quan-do o comportamento e hábitos inadequados são modifi-cados desde a infância. Mas nunca é tarde para criarmos bons hábitos e, para isso, os princípios são os mesmos de uma vida cotidiana: planejamento e disciplina.Não tem mistério, o equilíbrio entre os alimentos é que pode tornar a alimentação mais saudável e para isso, garanto, não é preciso perder o prazer nas refeições.

Revista Península: Muitas crianças estão de férias. Como manter uma alimentação saudável neste período ou até mesmo introduzir novos hábitos alimentares? Tatiana Bittencourt: A dica é adicionar alguns ingredien-tes aos pratos preferidos deles. No strogonoff, trocar o creme de leite por creme de soja, cozinhar o arroz com beterraba ou com couve-flor, fazer o purê de batata com abóbora, panquecas e bolos com farinha de trigo inte-gral. Assim, a criança se acostuma com novos sabores.

Revista Península: Para terminar, uma dica para este verão?Tatiana Bittencourt: Se hidratar bem. Beber bastante líquido: água, água de coco, sucos. Outra dica para quem deseja emagrecer é a farofa de semente. Quan-do se fala em alimentos saudáveis logo pensamos em frutas, verduras, legumes. Mas é preciso também se lembrar de consumir outros alimentos importantes que pouco fazem parte do nosso dia-a-dia, como: lei-tes fermentados, frutas oleaginosas, sementes, ervas aromáticas etc. Por isso, sugiro uma receita de faro-fa de sementes para ser consumida diariamente, na quantidade determinada abaixo.

RECEITACada ingrediente dessa farofa possui substâncias par-ticulares que, juntas, contribuem para o melhor fun-cionamento do organismo.ATENÇÃO: Portadores de doenças intestinais devem consultar seu médico ou nutricionista.

FAROFA DE SEMENTES BATER NO LIQUIDIFICADOR: - 100g de semente de linhaça, previamente triturada no liquidificador na tecla pulsar- 50g de semente de girassol sem casca- 50g de nozes

- 50g de amêndoas - 50g de castanha-do-pará DEPOIS ACRESCENTAR:- 100g de quinoa em flocos- 50g de semente de gergelim- 50g de farelo de aveia

CONSUMO: 2 colheres de sopa por dia. Adicionar à salada, ao iogurte, à fruta, à gelatina etc.Armazenamento: Manter na geladeira, em pote de vidro escuro.

Page 22: Revista de Janeiro

PORTA RETRATO

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 201022

Porta-retratoO verão está no ar, no olhar, na vida, e se espreguiça no verde e em cada recanto da Península. Como cigarras,

adultos e crianças vivem a alta estação com a energia solar, que revigora, impulsiona, que vibra internamente. Rio 40°, adoramos você.

Três gerações: os avós Luis e Edna aproveitam a manhã com a filha Juliana e a netinha Anita. Cores e Aromas. O Pedro, morador

do Royal Green, pega a flor caída no

chão e se surpreende com a câmera.

Olhar mágico de um pequeno artista.

Aparecida e Sebastião, o casal trocou Fortaleza pelo Rio e,

hoje, vive na Península com os dois filhos. Ambos aproveitam

a manhã de verão para relaxar. João Marcelo curte o presente de Papai Noel e, em sua moto, explora as redondezas como bom piloto que é.

Page 23: Revista de Janeiro

PORTA RETRATO

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 2010 23

Ana e as meninas Luna, de 3 anos, e a Mila, no oitavo mês gestação, num

momento de muito carinho.

Alexandre e Lucas, pai e filho, brincadeiras de amigos.

Francini, de 10 meses, se derrete no colo do papai Fabiano.

“Me dê a mãovamos sair pra

ver o sol...”Tom Jobim

Mônica, moradora do Quintas,

mantém a forma enquanto

passeia num lindo dia de verão.

Page 24: Revista de Janeiro

Levando em conta os padrões estabelecidos pela OMS – Organização Mundial da Saúde, pesquisa re-alizada pelo IBGE detectou crescimento significativo de adolescentes e crianças com excesso de peso. Nos garotos, esse valor chega a 18% e 15,4% para as ga-rotas. Um aumento de 10% nos últimos 30 anos para a faixa etária entre 10 e 19 anos.O excesso de peso atinge 1 em cada 5 meninos do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Já a obesidade, foi mais frequen-te nas meninas das áreas urbanas. Cerca de 2% dos ado-lescentes brasileiros foram diagnosticados como obesos.

Revista Península: Quais são as causas da obesidade infantil? Dra. Paula Stockler: Com a evolução dos eletrônicos, a criança não precisa nem se mexer para ligar um aparelho apertando botão. As crianças estão se mo-vimentando menos e comendo mal. O fast food virou o grande barato, é “legal”, porque junto com a promo-ção, vem o brinquedo, pensa a meninada. Resultado, falta de atividade, alimentação errada, jovens cada vez mais gordos.

Revista Península: Quais as recomendações que daria aos pais?Dra. Paula Stockler: Alimentação mais equilibrada e, sobretudo, não recompensar a criança com doces e

fast food. É preciso mudar o cardápio de toda família para ensinar à criança a comer bem e melhor. Outro fato importante é estimular a brincadeira ao ar livre, sair para passear com as crianças, andar de bicicleta, caminhar, soltar pipa, jogar bola, atividades lúdicas que colocam a turminha em movimento. Vale lembrar que o equilíbrio é bom pra tudo na vida, o ex-cesso também de atividade física para criança gera outros problemas como as lesões.

Revista Península: Mudar o hábito infantil é muito difícil?Dra. Paula Stockler: As crianças absorvem os hábitos e comportamentos dos pais, então, é importante que eles também se alimentem bem. Por exemplo, o meu marido adora frutas, os meus filhos também. Lá em casa, tem disputa por uvas. Além disto, meus filhos não bebem re-frigerantes, porque eu não ofereci a eles, vejo mães que dão para crianças de colo refrigerantes e hambúrgueres. Se apresentado quando bebê o gosto está no paladar e a criança se acostuma. Caso seja uma forma de recom-pensa, se torna psicológico. É importante questionar as crianças se estão com fome ou se desejam apenas o brinquedo, pois em algumas destas redes de fast food, é possível comprar o brinquedo separado. Outro ponto é limitar os horários. Não permitir que a criança fique o dia inteiro na frente do computador ou da

Nesta edição, a entrevistada é a doutora Paula Stockler, pediatra, formada pela Unirio em 1993, com mestrado pelo Instituto Fernandes Figueira da FioCruz e residência em Pediatria e Neonatologia também pela Fiocruz, mãe de dois filhos e moradora do Atmosfera. A médica nos faz um alerta sobre o crescimento da obesidade infantil.

Obesidade infantil,

um alerta

ENTREVISTA DRA. PAULA STOCKLER

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 201024

Page 25: Revista de Janeiro

televisão, intercalar o horário do game e do computador com brincadeiras, chamar também o filho para jogar.

Revista Península: Quais são as consequências da má alimentação e da falta de atividade física?Dra. Paula Stockler: Diabetes mellitus tipo 2, hiperten-são e colesterol elevado irão se manifestar na fase adulta, embora já haja casos de crianças apresentan-do estes quadros.

Revista Península: Não são somente as crianças obesas que preocupam, também há as crianças que estão abaixo do peso ou mesmo que são magras e se ali-mentam mal.Dra. Paula Stockler: As crianças magras têm um nível de metabolismo bom e algumas praticam exercícios, porém a qualidade da alimentação, que vem dos hábi-tos alimentares da família, é baixa em nutrientes, com

uma dieta excessiva de carboidratos, pouca proteína e vitaminas, o resultado são pessoas magras com coles-terol ruim. É importante educar desde cedo a comer frutas, legumes e verduras.Outro ponto que está preocupando é a questão da anorexia, principalmente, na faixa etária de meninas pré-adolescente e adolescente de 9 e 10 anos. O culto ao corpo magro exposto excessivamente em seriados, novelas e vitrines por atrizes e manequins magérri-mas fazem com que a criança que está acima do peso fique estigmatizada na escola. Muitas vezes, a causa da obesidade não fica reduzida à má alimentação ou à falta de atividade física, há também a questão de obesidade familiar. E como solução para emagrecer, estas crianças, principalmente as meninas, começam a selecionar as comidas de forma errada, ao invés de comer alimentos saudáveis, começam a ingerir menos para não engordar ou até mesmo não se alimentam.

ENTREVISTA DRA. PAULA STOCKLER

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 2010 25

22,53

3,54

4,55

5,56

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7,58

8,59

9,510

10,511

11,512

12,513

13,514

14,515

15,516

16,517

17,518

MENINOS18,418,117,917,717,617,517,417,517,617,717,918,218,418,819,119,519,820,220,620,921,221,621,922,322,623,023,323,623,924,224,524,725

MENINAS18,017,817,617,417,317,217,117,217,317,517,818,018,318,719,119,519,920,320,721,221,722,122,623,023,327,223,924,224,424,424,724,825

MENINOS20,119,819,619,419,319,319,319,519,820,220,621,121,622,222,823,424,024,625,125,626,026,426,827,227,628,028,328,628,928,929,429,730

MENINOS20,119,519,419,219,119,119,219,319,720,120,521,021,622,222,823,524,124,825,426,126,727,227,828,228,628,929,129,329,429,429,729,830

IDADE EXCESSO DE PESO OBESIDADETABELA DE CONTROLE DE PESO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Page 26: Revista de Janeiro

TURISMO | RIO DE JANEIRO

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 201026

O verão é muito mais que uma estação do ano, é um estado de espírito para muita gente. É como se a alegria estivesse no ar, de forma

contagiante. A vontade é de usar pouca roupa, passar o dia na praia, encontrar com os amigos no fim da tar-de para aquele chope gelado.

Quem ama o verão é meio cigarra. Sensação total de férias, relaxamento é a ordem, diversão total. E os ro-teiros são muitos e os mais variados. O Rio tem fama internacional, o Carnaval é notícia aqui e lá fora. A maior festa popular do mundo.

Ipanema, Copacabana, Cristo Redentor, Pão de Açú-car, Parque Nacional da Tijuca (a maior reserva natu-

ral urbana do mundo) são apenas algumas das atra-ções que a cidade oferece, mas tem muito mais para quem busca lazer e muita diversão.

As praias são um convite e lançam moda para o Brasil e para o mundo. Aqui, circula um povo bonito, antenado, espirituoso, com uma forma de viver bem especial. O jeito carioca não agrada a todos, mas conquista muitos. Aquela coisa meio malandra, cantada em verso e prosa, na voz de grandes mestres como Tom Jobim. Rio de Ja-neiro, berço da Bossa Nova. Palco de grandes eventos como Carnaval, Rock in Rio, Réveillon em Copacabana.

Aqui, também está o templo do esporte mais querido do Brasil, representado pela figura do “Maraca”, ca-

Rio de Janeiro, nossa cidade maravilhosa nossa cidade maravilhosa

Page 27: Revista de Janeiro

rinhosamente tratado pela sua gente. O Rio é festa, futebol, samba, funk, praia, mar, corpos dourados, geração saúde, boemia, opostos que se atraem, uma verdadeira miscelânea brasileira.

Braços abertos sobre a GuanabaraImpossível viver no Rio e não conhecer o Cristo Reden-tor. Magia, espanto, deslumbramento, perplexidade... ufa! É de tirar o fôlego de qualquer um. A vista pano-râmica, a imagem gigante de Cristo, cenas para uma vida toda de lembranças e saudades. Poesia no con-creto, presente, forte, latente. O Cristo foi eleito pelos moradores da cidade como a maravilha do Rio.

O Rio tem muito mais a oferecer, gastronomia variada, esportes para todos os gostos, casas noturnas, comér-cio rico, hotelaria de primeiro mundo, enfim opções para tornar as suas férias inesquecíveis.

E aproveite também para passear no Pão de Açúcar, se debruçar sobre a cidade, se extasiar com o capri-cho da natureza que colocou mar, montanha, mata, tudo juntinho. É um luxo só.

Aprovou a pequena degustação do Rio de Janeiro? Es-pero que sim. Agora, aproveite as férias da criançada e faça um tour pelo Rio, curta o Carnaval e aproveite tudo que tem direito antes das “águas de março” fe-charem o verão.

TURISMO | RIO DE JANEIRO

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 2010 27

INFORMAÇÕESwww.rio.rj.gov.br

Cristo Redentor+55 (21) 2558-1329

Parque Nacional da Tijuca+55 (21) 2492-2253

Forte de Copacabana+55 (21) 3201-4049

Jardim Botânico+55 (21) 2279-8426

Maracanã+55 (21) 2299-2941

Pão de Açúcar+55 (21) 2546-8400

Corcovado+55 (21) 2558-1329

Page 28: Revista de Janeiro

CARNAVAL | RIO DE JANEIRO

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 201028

Carnaval.Vem aí a maior festa popular do mundo!

PROGRAME-SE:

DESFILES DAS ESCOLAS DE SAMBA - GRUPO ESPECIAL - RJwww.liesa.com.br

DOMINGO (14)1ª – União da Ilha, 21h

2ª – Imperatriz, entre 22h05m e 22h22m3ª – Unidos da Tijuca, entre 23h10m e 23h44m

4ª – Viradouro, entre 0h15m e 1h06m5ª – Salgueiro, entre 1h20m e 2h28m6ª – Beija-Flor, entre 2h25m e 3h50m

SEGUNDA (15)1ª – Mocidade, 21h

2ª – Porto da Pedra, entre 22h05m e 22h22m3ª – Portela, entre 23h10m e 23h44m4ª - Grande Rio, entre 0h15m e 1h06m5ª - Vila Isabel, entre 1h20m e 2h28m6ª - Mangueira, entre 2h25m e 3h50m

BLOCOS:BANDA DA BARRA - 07/02 - Av. Sernambetiba, 3646 - Concentração: 12hBANDA DE IPANEMA - 30/01-13/02-16/02 - Rua Gomes Carneiro - Concentração: 15hCORDÃO DO BOLA PRETA - 13/02 - Av. Rio Branco - Concentração: 7hSIMPATIA É QUASE AMOR - 06/02 e 14/02 - Praça General Osório - Concentração: 15hCARMELITAS - 12/02- Rua Dias de Barros - Concentração: 14hSUVACO DE CRISTO - 07/02 - Bar Jóia, na Rua Jardim Botânico - Concentração: 8hESCRAVOS DE MAUÁ - 07/02 - Largo de São Francisco da Prainha, próximo a Praça Mauá - Concentração: 13hGIGANTES DA LIRA - 07/02 - Pracinha da Rua General Glicério, Laranjeiras - Concentração: 8h

Page 29: Revista de Janeiro

“A festa tem fama de pagã, mas só dá para saber quan-do cai o Carnaval graças a um elaborado sistema de cálculo inventado pela Igreja Católica. O sistema, em

vigor até hoje, serve para determinar a data da mais sagra-da festa cristã, a Páscoa, que comemora a ressurreição de Jesus Cristo.

E é por isso, aliás, que tanto a data da Páscoa quanto a do Carnaval variam de um ano para o outro. Assim como a Páscoa dos judeus, a versão cristã da festa segue um calendário baseado nas fases da Lua, com meses de 28 dias. Acontece que o calendário anual de 365 dias é solar (com meses de 30 e 31 dias, exceto fevereiro, que tem 28 dias ou 29, se for ano bissexto), e a discrepância entre os dois calendários é um dos motivos para a mobilidade da data do Carnaval.

Um dos motivos, mas não o único. É preciso levar em conta que a data da folia é calculada retroativamente — primeiro, determina-se o domingo de Páscoa e, contando-se 7 do-mingos para trás, chega-se ao domingo de Carnaval. E, no caso da Páscoa, a situação é pra lá de complicada.

Como regra geral, a Páscoa tem de cair no primeiro domin-go após a lua cheia que seguir o equinócio de primavera do hemisfério Norte. O equinócio é o nome dado à posi-ção do Sol que marca o começo da estação primaveril (a Páscoa judaica sempre esteve associada à primavera) e, normalmente, cai no dia 21 de março. O problema é que a lua cheia usada pela Igreja não é a lua cheia “real”, mas a chamada lua cheia eclesiástica - uma série de projeções

da posição do astro feitas no começo da Idade Média.

Com isso, surge uma variabilidade decorrente da precisão da lua cheia eclesiástica. A situação melhorou com a entra-da em vigor do nosso calendário atual, o gregoriano (criado pelo papa Gregório XIII no século 16), mas a coincidência entre a lua teórica e a real ainda não é perfeita. Por tudo isso, a data da Páscoa pode variar entre 22 de março e 25 de abril, e a do Carnaval caminha junto com ela, fixada 7 domingos antes.”

As datas da terça-feira de Carnaval para os próximos anos:

- 2010: 16 de fevereiro

- 2011: 8 de março

- 2012: 21 de fevereiro

- 2013: 12 de fevereiro

- 2014: 4 de março

- 2015: 17 de fevereiro

- 2016: 9 de fevereiro

- 2017: 28 de fevereiro

Fonte: livro “Carnaval” de Dr.Hiram Aráujo

Você sabe como se define a data do Carnaval?

CURIOSIDADE

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 2010 29

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Revista Península: Constituem a Câmara Comunitária da Barra da Tijuca (CCBP), condomínios, associação de moradores, escolas, igrejas e clubes, representa-dos pelos seus síndicos, presidentes ou diretores. São mais de 400 filiados, uma população estimada em 180 mil moradores, maior que muito município bra-sileiro. Como é o trabalho de presidir uma entidade deste porte?Delair Dumbrosck: A Câmara Comunitária foi constitu-ída em 1992 e as principais razões para esta criação foram a discussão com o poder público sobre a reto-mada da obra do sistema de esgotamento sanitário e a preservação da qualidade de vida desta região que vinha sendo degradada com diversas invasões e cria-ções de favelas. Deste modo, o grande fundamento foi a conscientização da sociedade e de suas lideran-ças, o que facilita o trabalho da presidência desta en-tidade até hoje.

Revista Península: Como funciona hoje a CCBT?Delair Dumbrosck: A CCBT funciona de 2ª a 6ª no ho-rário das 09h00m às 18h00m. Seu prédio é próprio e oferece os seguintes programas: cursos mensais para os funcionários dos condomínios filiados; reuniões quinzenais com as diretorias e síndicos convidados; grupos de trabalhos específicos e reuniões com au-toridades sobre os problemas do bairro; programa de atendimento a dependentes químicos e seus fa-miliares; ginástica para a 3ª idade; coral; biblioteca

e outras atividades relacionadas com sua finalidade. Outras informações podem ser obtidas com nossa se-cretária Adriana, através do telefone nº 3325-2323.

Revista Península: No ano passado, o governador Sér-gio Cabral assinou uma PPP- Parceria Pública Privada - entre Cedae, RJZ/Cyrella e Carvalho Hosken. A pre-visão é de investimentos na ordem de R$ 7 milhões em saneamento na Barra da Tijuca. O senhor, que participou desse encontro como presidente da Câma-ra Comunitária da Barra, poderia explicar para o nosso leitor onde serão realizadas essas obras? Delair Dumbrosck: Na realidade, esta PPP, assinada no Palácio do Governo em 29.06.2009, foi um traba-lho de negociação realizado pela CCBT com a CEDAE, resultando neste compromisso que antecipará a cons-trução de uma tubulação de captação de esgoto na Bacia da Península. A obra compreende uma rede que se inicia no Via Park Shopping, interligando a Gle-ba F, a Península e todas as ligações ao longo da Via Parque, tendo ainda uma elevatória próximo à Leroy Merlin, seguindo para a estação de tratamento de es-goto (ETE) da Barra da Tijuca. Esta parceria vem ratifi-car a conscientização de responsabilidade ambiental das empresas envolvidas, da comunidade exercendo o seu poder de articulação, do Governo Estadual e da Cedae pela abertura na negociação visando à preser-vação do meio ambiente.

Delair Dumbrosck, empresário, presidente da Câmara Comunitária da Barra, um dos coordenadores da implan-tação da Península e rubro-negro roxo. Ele conversou com a nossa equipe sobre infraestrutura, os caminhos da Barra da Tijuca e a importância dos Jogos Olímpicos para o crescimento do Rio de Janeiro.

Entrevista Delair Dumbrosck

ENTREVISTA | DELAIR DUMBROSCK

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 201030

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ENTREVISTA | DELAIR DUMBROSCK

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 2010 31

Revista Península: Essa decisão faz parte dos compro-missos ambientais firmados com o Comitê Olímpico Internacional para a escolha do Rio como sede dos Jo-gos Olímpicos de 2016. Tanto as Olimpíadas quanto a Copa do Mundo de 2014 vão trazer muitos benefícios para o país. No seu ponto de vista, qual será o maior ganho do Brasil?Delair Dumbrosck: O maior ganho para a nossa cida-de e para o país, sem dúvida alguma, será a projeção internacional, porém se a sociedade souber trabalhar suas reivindicações, poderemos receber grandes be-nefícios, a exemplo de outros países.

Revista Península: O senhor foi um dos coordenadores de implantação do Projeto Península. Acredita que essa área fantástica, com projeto inovador e pioneiro abriu caminho para outros projetos de sustentabilida-de na Barra da Tijuca e para uma geração com mais qualidade de vida? E como foi a sua administração à frente da SCAP?Delair Dumbrosck: O meu contato com a Península vem desde quando a Carvalho Hosken ainda preparava o terreno da “Gleba E” e desenvolvia o projeto de urba-nização de toda a área. Realmente, a Península foi pioneira na maneira de viver. No Rio de Janeiro, não conheço outro projeto de uma área de ocupação com estas características. A responsabilidade que a Carva-lho Hosken me delegou para a implantação dos servi-ços e do modelo de convivência para esta nova comu-nidade, realmente, foi um grande desafio. Não posso deixar de agradecer a todos aqueles moradores que foram pioneiros e pelas suas participações, ajudando a consolidar um modelo que, mais tarde, transferimos para a nova sociedade formada ali e liderada pelo Sr. Sergio Lopes e toda a sua diretoria hoje.

Revista Península: Como o senhor vê a administração atual da Península feita pela ASSAPE – Associação Amigos da Península? E o que diria sobre a equipe que trabalha na associação desde a SCAP?Delair Dumbrosck: Fico feliz em ver a permanência da equipe que foi preparada para dar um atendimento de excelência a todos os moradores. Este resultado, obvia-mente, deve ser creditado à atual administração pela capacidade de conhecimento e coordenação da ASSAPE.

Revista Península: A CCBT já realizou, ao longo desses anos, várias campanhas, um exemplo são as campa-nhas Contra as Drogas e de Violência no Trânsito. É possível mensurar os resultados dessas campanhas?Delair Dumbrosck: A Campanha de Violência no Trân-sito é de difícil mensuração, porém, em relação à Campanha de Prevenção às Drogas, a CCBT reali-za palestras sobre o tema constantemente e, há 15 anos, mantemos um trabalho voluntário na instituição de atendimento psicoterapêutico a dependentes quí-micos e seus familiares, coordenado pelo Diretor Dr.

Jorge Jaber. Em 2009, realizamos aproximadamente 2000 consultas gratuitas, todas na Câmara Comunitá-ria com hora marcada.

Revista Península: A empresa DKZ, de sua proprieda-de, administra imóveis. Como está o mercado imobi-liário no Rio e, especialmente, na Barra e no Recreio dos Bandeirantes?Delair Dumbrosck: A DKZ Consultores Associados aten-de, principalmente, as empresas incorporadoras e construtoras, mantendo ainda, um segmento no mer-cado de Administração e Venda de Imóveis com forte atuação na PENÍNSULA e RIO 2. A projeção do mer-cado imobiliário é animadora, principalmente após o anúncio da realização das Olimpíadas e do início das obras do metrô.

Revista Península: Mudando um pouco de assunto, o senhor esteve na presidência do Flamengo pratica-mente todo o ano de 2009. Como foi esta experiência?Delair Dumbrosck: Na verdade, fui eleito vice-presi-dente para o triênio 2007/2008/2009 e, por razões médicas do então presidente Marcio Braga, assumi interinamente a presidência no período de fevereiro a setembro de 2009. O exercício da presidência trouxe-me a certeza de que o FLAMENGO é viável, pois neste período de interinidade, negociamos penhoras, rene-gociamos com credores, trouxemos novos patrocina-dores e mudamos o comando do futebol e a política de contratações, entre outras providências. Tudo isto resultou na atualização dos salários dos funcionários e atletas que vinham com atraso de 3 meses há algum tempo. Deixamos a previsão para pagamento do 13º salário, conquistamos o Penta-Tricampeonato Carioca, o Campeonato Brasileiro, a vaga para a Libertadores das Américas, o Campeonato Brasileiro de Basquete e o Bicampeonato Sul-Americano. Inauguramos a maior loja de material esportivo do Brasil, iniciamos as obras do Museu do Flamengo, entre outras providências. À Patrícia Amorim, vencedora das eleições e nova mora-dora da Península, deixo os meus votos de pleno su-cesso para sua gestão.

Revista Península: Para finalizar, deixe um recado para os moradores da Barra da Tijuca.Delair Dumbrosck: Há 31 anos, mudei-me do bairro do Flamengo para a Barra da Tijuca, podendo afirmar que fui um dos pioneiros neste processo de organização comunitária aqui instalado. Tudo aconteceu pela pre-servação da qualidade de vida e pela valorização de nossos imóveis, e isto só continuará com a conscien-tização de todos, com o envolvimento de todos nos eventos comuns dos seus condomínios e nos grandes temas reivindicatórios da comunidade do bairro. As-sim agindo, estaremos vivenciando o pensamento de Bertold Brecht “Não basta ter sido bom neste mundo, precisamos deixar um mundo melhor”.

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ESPORTE | ENSAIO FOTOGRÁFICO

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 201032

Seleção Península

O esporte é a cara da Península. Por onde se passa, tem sempre alguém jogando, correndo, pedalando, se exerci-tando. Todas as idades, várias atividades e o prazer único de colocar essa máquina espetacular em plena forma.

Entre amigos ou em família, as equipes estão formadas e são todas campeãs.

Carolina, Filipe, Má-rio e Marcos Viní-cius, o quarteto se diverte enquanto pratica o golfe. Tudo em casa, tudo em família e com muita vibração.

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ESPORTE | ENSAIO FOTOGRÁFICO

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 2010 33

Aluna aplicada, Isabela tem aula de tênis há 2 meses com o professor Vanderlei. A moradora do Green Bay adora o esporte.

Se caminhar é preciso, correr é fundamental para a Aline, que não perde o fôlego e não dispensa a trilha sonora.

Caminhar é preciso, garante Luiz Antônio, que se exercita diariamente nas alamedas da Península.

Hugo e Mauro não

dispensam uma bolinha e já

jogam juntos há três anos.

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CANTINHO DO MORADOR | FRANCISCO ARAÚJO

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 201034

Revista Península: Antes de falar do tempo de desbra-vamento, conta pra gente como é esse trabalho de síndico do Quintas?Francisco Araújo: Eu consigo trazer as pessoas para o objetivo comum, é um trabalho bem participativo em prol da melhoria do nosso espaço. Se não houver a

participação de todos, nada acontece. Aqui, a gente tem avançado muito, e afirmo novamente, com a par-ticipação de todos. A ASSAPE é outro modelo de admi-nistração que funciona bem. Converso sempre com a Sra. Claudia Capitulino e vejo a atenção e a presteza com que tudo é tratado e administrado aqui.

Esse espaço é seu. Aqui, você poderá publicar sua crônica ou poesia, contar algo relevante que fez, enfim, dividir com o seu vizinho um pouco da sua vida. Nessa edição, você vai conhecer a história de um desbravador, que rasgou as matas brasileiras para levar o progresso aos confins do país: Francisco Araújo Torres, segundo-tenente,

militar da reserva, um dos abnegados do Batalhão de Engenharia de Construção, responsável por ligar, definitivamente, a Amazônia ao restante do país. Serviu em Angola e foi condecorado pela ONU. Morador da Península, casado com Ja-nete há 30 anos, pai de dois filhos, Carlos Eduardo, que também é militar, e João Felipe, dentista, e um avô apaixonado pela única neta, a Laís. Francisco também é síndico do Quintas, condomínio composto por 4 blocos e 180 moradores.

Cantinho do Morador

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CANTINHO DO MORADOR | FRANCISCO ARAÚJO

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 2010 35

Revista Península: Como foi o início da carreira militar?Francisco Araújo: Vou contar desde o início. Sou do interior do Ceará, mas só vivi no Estado por 1 ano. Meu pai mudou para o Piauí, onde fui criado. Perdi a minha mãe ainda jovem, aos 17 anos, e fui morar com uma irmã que é casada com um militar aqui no Rio. Bom, esse cunhado foi transferido para servir em Porto Velho e mudamos todos para lá. E lá me alistei, por incentivo dele. E ingressei no maior Batalhão da América Latina, o 5º BEC – Batalhão de Engenharia de Construção. Eu considero esse Batalhão algo fan-tástico. Ele é o responsável pelo desbravamento do oeste brasileiro.

Revista Península: Detalhe mais esse trabalho...Francisco Araújo: Foi entre 1965 e 1971, que o 5º BEC trabalhou duro, não esmoreceu nessa construção. No livro do general Tibério Kimmel de Macedo, “Eles não Viveram em vão” tem o relato minucioso dessa jorna-da, da bravura dos soldados e de seus comandantes. Logo no início, ele diz o seguinte: “a nossa missão era reunir, organizar, equipar e armar, transportar, insta-lar, incorporar, suprir, instruir e operar.” Nós moráva-mos no meio da selva e lá abrimos caminho para o país chegar. Nesse livro, de grande valor para a histó-

ria do Brasil, o general me honrou muito.

“...Um homem da sua estirpe, que só com as forças dos seus braços e a fé inquebrantável na bondade

divina, venceu obstáculos sem conta em sua vida de jovem e homem moço, obstáculos que teriam abatido

quem tivesse almapequena, só poderia estar destinado

a vitórias como as que trazem adornando teu caráter reto e forte.”

(trecho da dedicatória do livro do general ao segundo-tenente, Francisco Aráujo)

Revista Península: Esse trabalho pioneiro se multipli-cou, não é verdade?Francisco Araújo: O 5º BEC deu origem ao 6º e ao 7º. Eu servi no 5º, em Porto Velho, e no 7º, em Cruzeiro do Sul, construindo campo de pouso, abrindo picada no mato, tudo no meio da selva. Fui pioneiro em chegada de com-boio por terra no Acre, no município de Sena Madureira.Inclusive, participamos do resgate dos passageiros do avião da Cruzeiro do Sul que caiu em 1971 na área, matando 32 pessoas. São 31 anos de vida militar e muita história para contar.

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Em tempos em que a palavra sustentabilidade está em voga, por que não utilizar materiais reci-cláveis na ambientação da casa? Vidro, papel e

madeira reciclados podem ser usados em pisos, pare-des e bancadas. “Não é porque é reciclado que é feio”, diz Ana Adriano, designer de interiores e moradora da Península. Já existem no mercado produtos ecologica-mente corretos e esteticamente bonitos.

Pneus que são transformados em artigos para jardi-nagem e revestimento acústico, PVC e borracha que viram pisos, garrafas PET que viram tecidos, e móveis que também podem ser feitos da madeira de demo-lição e placas cimentícias que utilizam vidros reapro-veitados. Peças novas transformadas do lixo, opções de produtos sustentáveis que, muitas vezes, são feitos por ONGS. Além da responsabilidade ecológica, ainda há a social, “São pequenas atitudes que fazem a di-ferença e inserem, na questão de manter o meio am-biente, o seu entorno”, declara Ana Adriano.

A madeira de demolição pode ser conseguida em obras, porém a procura é tanta que há fila de espera. Desta forma, podem ser encontradas em lojas e na Estrada dos Bandeirantes. Segundo Ana Adriano, é im-portante ficar atento, pois estão vendendo madeiras tratadas como se fossem de demolição.

Casa verde, invista nessa ideia

DECORAÇÃO | ENTREVISTA ANA ADRIANO

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 201036

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DECORAÇÃO | ENTREVISTA ANA ADRIANO

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 2010 37

Ao fazer uma reforma, é importante avaliar as peças que podem ser aproveitados e quais materiais recicla-dos e com selo de certificação serão utilizados, levando harmonia e conforto ao ambiente. “Quando você com-pra uma peça com estrutura sólida, não tem por que não reutilizar. Troque o tecido, faça uma reforma, o re-sultado é um móvel bonito, com um novo tratamento.”

Não são apenas os materiais que podem ser recicla-dos e nem só a releitura de móveis pode ser feita, a

decoração pode ser realizada com peças de designers brasileiros que trabalham reaproveitando elementos reciclados e madeiras certificadas como: Sergio Ro-drigues, Carlos Motta e Raimundo Rodriguez. “Então, fica exatamente dentro da proposta que queremos passar: manter o ambiente bem harmonizado, susten-tável, além de valorizar a nossa cultura.”

Ana Adriano ressalta que mais do que decorar o ambien-te, o designer de interiores planeja e organiza o espaço, seleciona e combina os elementos, ligando a estética aos aspectos funcionais, proporcionando um ambiente de qualidade para a vida do cliente. Possibilita, assim, a melhor utlização da circulação e ambientação do lugar, à medida que fica ao gosto e ao bolso do cliente.

Grandes ideias para pequenos

espaços.

“...manter o ambiente bem harmonizado,

sustentável, além de valorizar a nossa cultura.”

Page 38: Revista de Janeiro

Informe ASSAPE

BOTÃO DE EMERGÊNCIANo cadastramento do controle, o morador terá definido seu bo-tão de acesso, os demais serão considerados botões de emer-gência e, se acionados, farão com que o porteiro da ASSAPE faça contato com o porteiro do prédio do morador, informando que algo está errado e se colo-cando a disposição para apoio.

SENHA DE VISITANTES

A ASSAPE possui sistema

de senhas que acelera a

entrada dos visitantes das

unidades, o usuário deve-

rá estar ciente da respon-

sabilidade da distribuição

desta senha.

AQUISIÇÃO DO ROLLING

CODE (CONTROLE)

Realizada diretamente na AS-

SAPE junto com o cadastro do

morador. No ato da entrega,

é feito também o cadastra-

mento do controle. O custo é

de R$ 25,00 por aparelho.

PERDA OU ROUBOA perda ou o roubo de seu controle deverá ser, ime-diatamente, comunicado à ASSAPE para, desta forma, cancelarmos o controle sem riscos ao morador.

INFORME ASSAPE

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 201038

CARTÕES DE ACESSOEstes cartões terão seu can-

celamento no próximo dia 20.

Quando, então, somente funcio-

nará o rolling code (controles).O ACESSO DO MORADOR QUE

NÃO POSSUA ROLLING CODE

SERÁ FEITO PELA ENTRADA

DE VISITANTE.

Nesta edição, o tema no nosso informe é segurança. Atenção a alguns procedimentos:

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ACERVO CULTURAL

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 2010 39

Nas últimas edições, apresentamos as obras que compõem o acervo cultural da Península e os seus autores. Nessa edição, conheça um

pouco do artista plástico Ascânio Maria Martins Mon-teiro, conhecido como Ascânio MMM, e a sua obra.

O português nascido em 1941 e naturalizado brasileiro é autor de várias esculturas de grandes dimensões no Rio de Janeiro e em outras cidades brasileiras. Dentre os escultores surgidos em meados da década de 60, é o que mais usou os princípios técnicos do constru-tivismo histórico no Brasil. Mas, diferentemente dos pioneiros russos, ele parte de um elemento único - a ripa de madeira ou o perfil de alumínio - repetindo-o até milhares de vezes como em um jogo de montar, que solicita a intervenção direta do artista.

Podemos ver as suas esculturas do centro da cidade à zona oeste: na sede da Prefeitura do Rio, na Avenida Pepê, Barra da Tijuca e na Estrada dos Bandeirantes. São 7 as esculturas de grande porte de Ascânio insta-ladas em áreas urbanas na cidade maravilhosa. Suas peças de ripas brancas torcidas, espiraladas, evoluin-do no espaço, têm DNA e são inconfundíveis. Fora do Rio, o artista tem peças na Praça da Sé (São Paulo), na Assembleia Legislativa de Teresina, em Lisboa e Fão (Portugal) e no Edifício Nissin (Tóquio).

Quer saber mais? Visite o site www.rioartecultura.com, um espaço dedicado à cultura.

Ascânio MMM

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ACONTECEACONTECEACONTECEACONTECERéveillonA virada do ano che-gou com muita vibra-ção ao Atmosfera. O grupo dançou, con-fraternizou e brincou a noite toda.

Colônia de Férias

No último dia 11, começou a

3ª Colônia de Férias do Mato-

so. Cerca de 100 crianças brin-

cam a valer e com total segu-

rança. Na próxima edição, um

ensaio fotográfico completo da

folia da meninada. Aguarde!

cam a valer e com total segu

rança. Na próxima edição, um

ensaio fotográfico completo da

folia da meninada. Aguarde!

Resultado do Concurso Varandas

Mais uma vez, a Península esbanjou charme e bom gosto. A de-

coração de Natal não poderia ser mais primorosa. Da ASSAPE,

passando pelas áreas externas até chegar às varandas privativas.

Todo esse espaço deu o ar da festa que todo mundo adora.

Vamos aos ganhadores:1º lugar | Bárbara Forster (Bicampeã) | Quintas do Mar | Ap. 1102

2º lugar | Carmen F. de Abreu | Península Style | Ap. 708

3º lugar | João Victor L. Siqueira | Exclusive | Ap. 106

4º lugar | Mara Regina M. de Oliveira | Quintas do Sol| Ap. 402

PREMIAÇÃO:1º lugar - R$ 3.000,00

2º lugar - R$ 1.500,003º lugar - R$ 1.000,00

4º lugar - R$ 500,00

MOMENTOS PENÍNSULA

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 201040

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ASSOCIAÇÃO | COMO FUNCIONA

REVISTA PENÍNSULA | JANEIRO 2010 41

Em nossas vidas, nos deparemos com diversas as-sociações nos mais variados setores da sociedade. Parece que sabemos sempre o que é, como funcio-

na e a sua importância para a organização de entidades e classes. Mas você sabe, realmente, para que servem as associações?

Encontramos várias definições e, no geral, podemos dizer que associação é uma entidade sem fins lucrativos, por isso não pode ser considerada uma empresa. Também não é mantida pelo governo, não se enquadrando como entida-de pública.

O termo mais apropriado para designá-la é “Entidade do Ter-ceiro Setor”. Ela surgiu da união popular e tem o objetivo de desenvolver um trabalho social relevante a um determinado grupo da população. Podemos dizer, então, que a associa-ção é a forma básica para se organizar juridicamente um grupo de pessoas para a realização de objetivos comuns.

O SEBRAE define bem o tema e diz o seguinte: “O sentido de se organizar uma associação é a existência de proble-mas concretos para os quais a união das pessoas é a solu-ção mais eficaz para resolvê-los. Somar esforços, dinheiro, equipamentos, vontade e desejos de várias pessoas torna tudo mais fácil, mais barato e possível de ser realizado. Esse é o fundamento essencial do processo associativo: a soma de esforços, proporcionando soluções mais eficazes

para problemas coletivos”.

A ASSAPE é uma associação sem fins lucrativos que repre-senta cada morador da Península e seus interesses. Na edição inaugural da nossa Revista, o vice-presidente da ASSAPE, Sergio Lopes, definiu muito bem esse trabalho, expressando-se claramente sobre o papel da associação dentro da comunidade Península.

“A ASSAPE, Associação Amigos da Península, é muito mais do que uma casinha amarela, charmosa e cercada pelo verde, é um espaço democrático, aberto a todos. É a extensão da casa de cada condômino e o trabalho de muita gente. Um lugar onde a porta está sempre aberta para você que quer participar e ajudar a tornar a nossa

área ainda mais segura, bonita e agradável. Aqui, não só a grama do vizinho é mais verde, mas o jardim de todos”.

É isso, a ASSAPE é a ferramenta de mudança, transforma-ção e melhoria da Península. É o seu espaço para reivindi-car, contribuir, somar. E o mais importante disso tudo é que a Associação Amigos da Península é clara, transparente e está de portas abertas, ali, bem pertinho da sua casa, para que você possa conhecer o trabalho e a logística operacio-nal de um grupo afinado com o interesse comum da Penín-sula: a qualidade de vida, no mais amplo sentido do termo.

O que é uma associação e como funciona?

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