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Revista de Paraty

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Trabalho de português do nono ano do Colégio São Luís.

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Page 1: Revista de Paraty
Page 2: Revista de Paraty

Integrantes do grupo:

Fernanda Damas – 10

Isabela Damascena – 15

Júlia Grams Quintas – 17

Luíza Colloca – 24

Turma 9.4

Page 3: Revista de Paraty

Ao leitor

A energia nuclear é um assunto que vem gerando muita polêmica

ultimamente, ainda mais com a construção da Usina de Angra III. Como

todas as coisas no mundo, esse tipo de energia tem vantagens e

desvantagens. Uma de suas vantagens é a riqueza do solo brasileiro em

urânio, mineral usado como fonte de energia, ou seja, podemos utilizá-lo

por um bom tempo para produção de energia nuclear. Além disso, ela

consegue abastecer uma grande parte da cidade, ocupando pouco espaço.

Porém, este tipo de energia não é renovável, gerando o lixo atômico.

Outra desvantagem, que gera muita polêmica, é o risco de um

vazamento radioativo, criando consequências para as pessoas que vivem

naquela região e para a natureza.

Ainda nesta edição, falaremos sobre a história de Paraty, uma

cidade do Rio de Janeiro, que foi inicialmente habitada pelos índios

Guaianas. Os portugueses só chegaram lá quando a expedição de Martim

Corrêa de Sá passou pela região, vindo do Rio de Janeiro, por meio de

uma estrada aberta pelos índios. Diferente de várias cidades, Paraty foi

planejada com base nas cidades portuguesas e, assim, a maçonaria

entrou no Brasil. A vegetação local é mata Atlântica, uma mata bem

fechada, mas isso não impediu o escoamento do café e do ouro pela

estrada no meio dessa mata, durante seus ciclos.

Como o ouro e o café, a vida tem seus ciclos. Todos esses têm seu

início e seu fim. Nós, do 9° ano, estamos terminando um ciclo e estamos

prestes a começar um novo, chamado Ensino Médio. Será uma época de

decisões, descobertas e realizações. Para celebrar o enceramento desse

ciclo, fomos a Paraty, não só para estudar, mas também para

comemorar. Aqui compartilhamos com vocês nossas memórias de Paraty

o final de um ciclo que deixará saudades.

Boa leitura!

Page 4: Revista de Paraty

A oitava maravilha

O saco do Mamanguá é uma região muito bonita, localizada no município

de Paraty. Conseguimos chegar lá por meio de barco, e durante o trajeto é

possível observar pequenas praias com poucas casas. O saco do Mamanguá é o

único fiorde tropical do mundo. Os fiordes são comuns em terras escandinavas.

Por isso, essa região é muito rara e procurada.

A mata atlântica predomina a vegetação local, com a presença de vastas

florestas e clima tropical. Lá, é localizado o maior e mais conservado

manguezal da baía da Ilha Grande. O relevo é montanhoso, com praias

pequenas e algumas delas inundam na maré cheia. A fauna e a flora são

diversificadas, uma característica da mata atlântica, e também, graças ao

Costão Rochoso, é um ecossistema raro, com grande diversidade de seres

vivos.

A população que lá vive é muito simples. Maioria são pescadores e

artesãos, e assim lutam para ganhar a vida. Há um tempo atrás, esses

trabalhadores tiveram que aderir o turismo como outra forma de renda. Isso,

porque houve uma pesca intensiva e agressiva no saco do Mamanguá, já que

este é um berçário natural. Os navios enormes pescavam em grande

quantidade, deixando quase impossível competir com eles. Após um tempo,

quando estes foram proibidos, perceberam que grande parte havia sumido,

portanto os artesãos e pescadores também trabalham na área do turismo. As

escolas são localizadas em Paraty e algumas praias não são muito boas. Se

houver alguma emergência médica, as pessoas precisam ir até Paraty, para ver

se conseguem um atendimento.

Apesar de terem esses problemas sociais, o saco do Mamanguá é um

lugar que vale a pena ser visitado, não só por sua beleza natural, mas também

por sua tranquilidade. Se você estiver procurando um lugar sossegado para

passar as férias, lá é o lugar, para nós, a oitava maravilha do mundo.

Page 5: Revista de Paraty

Vida Simples

Ney é um homem simples, morador do Saco do

Mamanguá. Para sustentar seus filhos e sua mulher ele

trabalha como pescador e também trabalha com o turismo da

região por causa da escassez de peixes, resultado de pesca

ofensiva dos estrangeiros. A seguir, ele conta de sua vida no

fiorde tropical que é o Saco do Mamanguá.

CSL- Como é a vida de um pescador locas, como você?

Ney- É uma vida muito simples e sem luxos, trabalho muito

duro e cansativo, mas necessário para sustentar minha família.

Acordo cedo todos os dias, pesco e duas vezes por semana eu

vou até o entreposto vender o que pesquei.

CSL- Como é a educação de seus filhos?Como eles vão para a

escola, já que aqui é um lugar tão afastado de Paraty?

Ney- Existem algumas pequenas escolas aqui no Saco do

Mamanguá, e outras em Paraty. Meus filhos estudam aqui

mesmo. Um barco, como se fosse uma perua escolar, passa e os

leva até a escola.

CSL- Você só trabalha com a pesca?

Ney- Não, trabalham também o turismo. Antigamente, houve

uma pesca ofensiva na região do Mamanguá, causada pelos

grandes navios pesqueiros estrangeiros. Não conseguimos

competir com esses navios e os peixes entravam em escassez,

por isso tivemos que achar outra fonte de sustento, no caso, o

turismo.

CSL- Como é o saneamento básico aqui no Saco do

Mamanguá?

Page 6: Revista de Paraty

Ney- Nós não temos tratamento de esgoto aqui, então usamos

as fossas sépticas. E o lixo nós recolhemos e o levamos a

Paraty para ser descartado lá.

CSL- Se houver uma emergência médica, o que vocês fazem?

Ney- Se ocorrer alguma emergência, a pessoa precisa ser

transportada de barco até Paraty Mirim e depois pegar um

ônibus ou um carro até para que a pessoa passe a ser

atendida.

Page 7: Revista de Paraty

HISTÓRIA DE PARATY

Bela cidade colonial, considerada Patrimônio Histórico

Nacional, preserva até hoje os seus inúmeros encantos naturais

e arquitetônicos.

Passear pelo Centro Histórico de Paraty é entrar em outra

época, onde o caminhar é vagaroso devido às pedras "pés-de-

moleque" de suas ruas.

As construções de seus casarões e igrejas traduzem um

estilo de época e os misteriosos símbolos maçônicos que

enfeitam as suas paredes nos levam a imaginar como seria a

vida no Brasil de antigamente. A proibição do tráfego de

automóveis no Centro contribui para esta viagem pelo "Túnel do

tempo".

A cidade foi fundada em 1667 em torno à Igreja de Nossa

Senhora dos Remédios, sua padroeira. Teve grande importância

econômica devido aos engenhos de cana-de-açúcar (chegou a

ter mais de 250), sendo considerada sinônimo de boa

aguardente.

No século XVIII, destacou-se como importante porto por

onde se escoava das Minas Gerais, o ouro e as pedras preciosas

que embarcavam para Portugal. Porém, constantes investidas de

piratas que se refugiavam em praias como Trindade, fizeram

com que a rota do ouro fosse mudada, levando a cidade a um

grande isolamento econômico.

Em sua área encontram-se o Parque Nacional da Serra da

Bocaina, a Área de Proteção Ambiental do Cairuçú, onde está a

Vila da Trindade, a Reserva da Joatinga, e ainda, faz limite com

o Parque Estadual da Serra do Mar. Ou seja, é Mata Atlântica

por todo lado.

(http://www.paraty.com.br/historia.asp)

Page 8: Revista de Paraty

A PRESENÇA DA MAÇONARIA NA ARQUITETURA E

NA SOCIEDADE

Paraty é uma cidade portuária, o que proporcionou a chegada de

pessoas e mercadorias diferentes, com ideias inovadoras de várias

culturas. Muitas pessoas vindas da Europa eram, normalmente, pedreiros,

que vinham para a construção das cidades.

Esses pedreiros vinham da Europa inspirados por ideias maçônicas,

uma corporação de ofício, criada na idade média, que consistia em

reuniões secretas onde os maçons discutiam ideias políticas, econômicas

e sociais. No começo do movimento, só eram aceitos pedreiros, porém no

final da idade média, filósofos, pensadores e literários também foram

aceitos.

No momento em que os maçons entraram em Paraty, eles

começaram a aplicar suas ideias na sociedade e na arquitetura da região.

Quando se anda pelas ruas de Paraty, é possível observar símbolos

maçônicos em casas, que são: enfeites de abacaxis, que significam

prosperidade; a cor azul Hortência, ao mesmo tempo, com formas

geométricas em faixas nas laterais das casas, assim, quando algum

iniciado na maçonaria olhasse para ela, saberia qual o grau maçônico do

morador. Conseguimos perceber claramente a presença da maçonaria em

Paraty quando vemos que o número de quarteirões da cidade é 33, o que

representa o número dos maçons e quando vemos que grande parte das

casas possuem escala 1:33:33.

Page 9: Revista de Paraty

CADEIRA PRETA

Como proposta interdisciplinar, fizemos um vídeo que

trazia o tópico números. Quando se fala em números é

impossível não comentar sobre Pitágoras, o incrível

matemático que criou o teorema de Pitágoras. Ele descobriu os

números irracionais, a razão áurea e muitas outras coisas.

Acreditava que a origem do universo é o número um. Para

saber um pouco mais sobre Pitágoras, suas teorias e sua vida

pessoal, assista ao vídeo a seguir, uma entrevista exclusiva com

nossa jornalista Fernanda Damas.

Link para o vídeo: http://youtu.be/R3LQIKiwg_M

Page 10: Revista de Paraty

CARTÃO POSTAL

Enviar um cartão postal é um hábito muito

antigo, que foi ressuscitado pelo nosso projeto de

inglês. Nele, nos tivemos que enviar um cartão

comprado lá em Paraty para nossa família ou para

nossos amigos. Escrevemos uma breve descrição de como

estava sendo nossa viagem. Aí está uma foto de um de

nossos cartões postais:

Page 11: Revista de Paraty

AMOSTRA CULTURAL

Nas aulas de artes, vimos sobre o movimento

impressionista. Um movimento antigo, que começou

com o artista Monet, tinha como principais

características as pinceladas rápidas, curtas e aparentes,

a mistura de cores e a influência de culturas orientais.

O objetivo do projeto era retratar uma foto impressa

em um quadro usando as características impressionistas.

Page 12: Revista de Paraty

ABC e suas opiniões de Paraty

Maria de Lourdes, com 56 anos, é professora de 1ª a 4ª série.

Católica, viúva e com um filho, tenta continuar seguindo em frente

com o apoio de seu filho de 14 anos. Maria de Lourdes encontra-se

na Praça Ilha das Cobras. A professora, muito atenciosa, nos conta

como é morar na região.

COLÉGIO SÃO LUÍS- No caso dos moradores da cidade ou da

região, como sobrevivem economicamente? Sua profissão está

relacionada direta ou indiretamente ao turismo?

MARIA DE LOURDES- Eles vivem da pesca e do turismo, devido a

beleza da cidade. Minha profissão não tem a ver com o turismo,

pois eu sou professora.

CSL- Quais as principais dificuldades vividas pela população local?

ML- Aqui na região, falta universidade, que prejudica a educação.

Já o meio ambiente, que está afetando a população, é o lixo não

reciclado, a água não tratada e esgoto, causando doenças e

gerando mais dificuldades pela falta de médicos.

CSL- Já pensou em deixar a cidade para “tentar a sorte” em outro

local? Por quê?

ML- Eu já morei na Itália e trabalhei duro, mas mesmo tendo uma

vida melhor lá com meu marido e meu filho, tive que retornar ao

Brasil devido aos problemas que meu filho teve na perna.

CSL- O meio ambiente local é preservado? Você observa alguma

ação do governo para garantir essa preservação? Exemplifique.

Page 13: Revista de Paraty

ML- O meio ambiente aqui em Paraty não é tão preservado. O

governo não faz a coleta e as pessoas não respeitam.

CSL- O que você pensa sobre viver tão perto de uma usina

nuclear? Cite vantagens e desvantagens.

ML- Uma coisa que me preocupa é que ela pode causar câncer, se

ocorrer o vazamento. Já uma vantagem é que gera emprego.

Page 14: Revista de Paraty

A simetria

Neste bimestre aprendemos sobre a simetria e a

razão áurea. Sabemos que existem três tipos: de

translação, rotação e bilateral. Nosso projeto de

matemática foi enxergar em Paraty esses tipos de

simetria e razão áurea. Assim que voltamos, fizemos

este cartaz com a estrela, representando a razão

áurea, e com as fotos mostrando a simetria que nós

enxergamos.

Page 15: Revista de Paraty

Devemos optar pela energia nuclear?

O uso da energia nuclear causa uma grande polemica o mundo. Como todas as coisas, esse tipo de energia tem seu lado bom e seu lado ruim. A questão é: será que devemos utilizar mesmo sabendo que ela pode trazer algum mal? Com certeza devemos utilizar a energia nuclear como fonte de nossa energia no dia a dia.

Primeiro, porque essa fonte de energia só lança vapor da água na atmosfera. Cada gigawatt significa menos de 60 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. Portanto, esse tipo de energia é atualmente a maior produtora, sem piorar o efeito estuda. Além disso, a produção da energia nuclear não depende de condições climáticas, diferente das usinas hidrelétricas, por exemplo, que depende de água dos rios, se houver uma seca, não ha água, logo, não ha energia.

Apesar de a energia nuclear apresentar varias vantagens, ha pessoas que insistem em dizer que o risco de um vazamento nuclear é extremamente alto. Isso já foi verdade um dia, há muito tempo.Hoje, com a tecnologia que possuímos e as experiências que já vivenciamos nos ajudam a diminuir cada vez mais o risco.

Em segundo lugar, como diz o cientista britânico James Lovelock, professor da universidade de Oxford, enquanto as pessoas estavam amedrontadas diante das centrais atômicas, a emissão de Dióxido de carbono na atmosfera aumentou, colocando o planeta agora à beira de uma catástrofe climática. Lovelock é considerado o pai do movimento ambientalista por ter criado a hipótese Gaia que a Terra é um organismo vivo e é abertamente a favor da expansão da energia nuclear para evitar o impacto do aquecimento global.

Finalmente, se ate cientistas e ambientalistas estão apostando na energia nuclear, isso significa que é segura, e vale a pena investir nela para salvar o meio ambiente.Sem falar que é a melhor forma de produzir energia em grande quantidade, já que ela é muito importante para a nossa economia .O único obstáculo que impede a construção de mais usinas é a oposição de pessoas, porém devem ser conscientizadas de que a energia nuclear só trata benefícios.

Page 16: Revista de Paraty