14
REVISTA Brasília, Mai. | Jun. 2016 Ano III Ed.17 Entenda o que é home office, suas vantagens e desvantagens Pág. 4 Conheça o casal que largou tudo para viajar o mundo de bike Pág. 12

Revista Di Rolê 17ª Edição

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Viagens têm sido nossos temas prediletos nessas últimas edições da Revista Di Rolê. Conheça nesta edição o projeto DIOCÁ, sobre a história do casal que rodou o mundo de bicicleta!

Citation preview

Page 1: Revista Di Rolê 17ª Edição

REVISTA

Brasília, Mai. | Jun. 2016 Ano III Ed.17

Entenda o que é home office, suas

vantagens e desvantagens

Pág. 4

Conheça o casal que largou tudo para viajar o mundo de bike Pág. 12

Page 2: Revista Di Rolê 17ª Edição
Page 3: Revista Di Rolê 17ª Edição

EDIT

ORI

AL

EXPEDIENTEESPAÇO DO LEITOR

Expresse sua opinião, sugestão ou comentário acerca das matérias abordadas nesta edição.

Envie sua sugestão de pauta para o email: [email protected]

/revistadirole @revistadirole @revistadirole

www.arevistadirole.com.br

A Di Rolê oferece ao leitor comodidade e praticidade. Pensando nisso, por meio deste QR Code, você poderá se conectar à nossa fanpage no Facebook e ficar por dentro da programação cultural de Brasília e região. Acesse e curta esta ideia!

Jornalistas: Bernardo Torelly, Bianca Brunetto, Giulia Roriz, Juliana Mendes, Priscilla Teles e Thalyne Carneiro.Fotografia: Carlos Eduardo, Ítalo Amorim, Karyne Graziane, Kátya Volpato, Pedro Magalhães e Renan Aires.Projeto Gráfico e Diagramação: Gueldon Brito e Thaíssa Nobre.Diretoria Executiva: Júlia Dalóia e Priscilla Teles.

Nesta nova edição a Revista Di Rolê traz temas lúdicos sobre a nossa capital, além de conceitos e novas ideias de vida. A ideia é torná-la mais prática e leve para você, leitor.

Matéria de Capa Sabe aquela história de largar tudo e viajar por aí sem rumo? Nesta edição trazemos a história do casal que fez isso e hoje tem memórias incríveis para compartilhar.

Empreendedorismo também é pauta, com a seguinte polêmica: home office (trabalho em casa) é mais vantajoso, ou pode se tornar um problema?

Em homenagem ao mês em que é comemorado o dia das mães, Amor é o tema da editoria Palavras ao Vento, com um belo poema de Bianca Bruneto.

Boa leitura!

JÚLIA DALÓIADiretora Executiva

Revista Di Rolê

SUM

ÁRIOHOME OFFICE: VOCÊ SABE

REALMENTE O QUE É?5

EMPREENDEDORISMO SUSTENTÁVEL12

DIOCÁ NA ESTRADA 14

FALEI POUCO, FALEI MUITO... O IMPORTANTE É FALAR DE LIVRO! 10

A RESPEITO DO AMOR17

AINDA SOBRE O AMOR

22UM POUCO DE AMSTERDAM NO QUADRADINHO

20 GALERIA: ESPE CIAL AMOR

O CÉU DE BRASÍLIA É UM FESTIVAL 18

24

Page 4: Revista Di Rolê 17ª Edição

Home office: você sabe realmente o que é?

Por Priscilla Teles

EMPREENDEDORISMO

Uma vida profissional regrada fora de um escritório

pode ser desafiadora

Grap

hics

tock

MAI|JUN 2016 | REVISTA DI ROLÊ6

O home office – na tradução: trabalho em casa – é uma forma de trabalhar que vem se popula-rizando no Brasil e no mundo, mas que ainda encontra algumas resistências, por que quem

confiaria em alguém que não tem um escritório e trabalha de pijama? Acontece que não é bem assim. Confira alguns prós e contras:

PRÓS

EMPREENDEDORISMO

7REVISTA DI ROLÊ | MAI|JUN 2016

Trabalho feito de qualquer lugar

Um bom computador e uma boa internet, com apenas isso você pode levar seu trabalho para qualquer lugar. Hoje quero ver flores, amanhã que tal ser rodeado de livros? “Normalmente a prospec-ção de cliente é feita com o envio de portfólio e as reuniões são feitas em cafés ou na empresa do próprio cliente.”, explica o desig-ner gráfico e dono de agência de comunicação, Gueldon Brito.

Mais tempo com a família

Para os pais e mães de primeira viagem o home office ajuda muito. É normal ter aquele receio de deixar os filhos desde muito cedo em creches ou com babás. Trabalhando dessa forma é possível acompanhar o crescimento deles desde o começo. Mas não só isso, todos nós podemos encontrar um jeitinho de estar mais presentes na vida daqueles que vivem conosco, não precisamos conhecer a vida do (a) companheiro (a) apenas na-quela rápida conversa do jantar sobre como foi o dia.

Tempo mais produtivo

Você não perde mais tempo com trânsito, não precisa acordar mais cedo do que o necessário para tomar banho, se arrumar, tomar café da manhã e ainda dar tempo de chegar na empresa, ou seja, essas preocupações que temos todos os dias para não perder a hora de bater o ponto não existem mais.

Facilidade no dia a dia

Não ter que deixar para resol-ver todos os assuntos no sába-do pela manhã ou ter apenas 1h para correr ao banco real-mente diminui o stress da vida que normalmente levamos. Você tem o job? Organize-se para entregar e no meio tempo resolva outras coisas também. No home office você normal-mente não precisa ficar todo o tempo em frente ao compu-tador, apenas deve entregar o trabalho no prazo estipulado. Seu tempo é você quem faz.

Redução de gastos

Para quem trabalha em casa não existe mais a necessidade de pegar trânsito logo pela manhã, de ter que se preo-cupar com a gasolina, com o aluguel da sala ou com o paga-mento dos funcionários.

Após entrevistar 5 mil profis-sionais de pequenas, médias e grandes empresas de 12 paí-ses, incluindo o Brasil, a Global Evolving Workforce, estudo encomendado pela Dell e a Intel, constatou que 54% dos brasileiros se consideram mais produtivos ao fazer trabalho remoto. Da mesma forma 49% desses profissionais afirmam que sentem menos stress.

Page 5: Revista Di Rolê 17ª Edição

CONTRAS

Vida pessoal x vida profissional

Nem sempre aqueles que moram conosco, ou nós mesmos, lembramos que nossa casa é nosso local de trabalho. “A maior dificulda-de que tenho é pessoal mesmo. Às vezes me distraio em casa, minha família esquece que estou trabalhando e ficam pedindo que eu faça algo quando estou ocupado.

Às vezes algumas coisas do trabalho se misturam às de casa. Mas à medida que fui organizando meu local de trabalho e meus horários, como em qualquer outro trabalho, as coisas foram se acertando.”, conta Pedro Magalhães, fotógrafo e microempreendedor.

Falta de contato físico com a equipe

Se você consegue marcar um horário com o cliente e conversar pessoalmente é ótimo, mas nem sempre isso é possível, principal-mente se não residem na mesma cidade. Ficar na dependência de skype - ou outro programa de vídeo conferência – não sana a necessida-de de contato. Gustavo Guarda é programador e vive em Toronto – Canadá, mas ainda atende alguns clientes do Brasil: “Trabalho há 1 ano e meio no formato home office com meus clien-tes do Brasil. Sinto dificuldade em marcar reuniões por causa do fuso horário e pelo fato de não ter contato pessoalmente com meus colegas de trabalho”.

Sem hora para acabar

Quando fazemos o que gostamos acabamos perdendo a noção do tempo. Isso pode ser sentido por aqueles que optam pelo home office, como é o caso da designer de interiores, Carla Beck: “As dificuldade e benefícios no meu caso andam juntos. Meus clientes preferem esse modelo de tra-balho pois quem se desloca sou eu, eu vou até eles.

Como trabalho com design de interiores é muito importante o contato com o local que irá receber a intervenção. Mas acabo sentindo um pouco por não ter um horário de trabalho definido, por um lado é ótimo ter mais liberdade em trabalhar em horários não usuais, mas ao mesmo tempo, se não houver organização isso pode atrapalhar a vida em casa, com a família”.

8 MAI|JUN 2016 | REVISTA DI ROLÊ

Grap

hics

tock

EMPREENDEDORISMO

Existem três pontos que todos os futuros homeworkers devem saber antes de mergulhar de cabeça nessa ideia

Falta de concentração e disciplina

Essa forma de trabalho exige muita disciplina para não se perder entre os prazos, encontros com clientes e vida pessoal.

Autoestima

Trabalhar em casa não significa passar o dia todo de pijama, mas também não significa que você tenha que usar um terno, um salto alto e repre-sentar que está em uma grande companhia. Arru-me-se para você, sinta-se bem e profissional com isso. Que tal colocar uma camisa polo ou uma blusa bonitinha e uma calça jeans. Não é muito, mas já é o necessário para não se sentir largado dentro da própria casa, afinal de contas o home of-fice não te coloca em contato com outras pessoas o tempo todo, não se deixe ficar deprimido.

Confiança

Como tudo na vida, podemos sentir algumas dificuldades no começo, mas é imprescindí-vel que você cuide da sua apresentação, não só a pessoal, mas que tenha um material de qualidade para apresentar aos seus futuros clientes. Desde um bom website, portfólio ou redes sociais – lembrando que tudo depende da sua área de atuação – ao convívio e trato com clientes que já tem, já que a propaganda é a alma do negócio.

“Algumas pessoas tem preconceito e não confiam muito quando digo que não tenho escritório ou estúdio. Mas isso tem mudado. A maioria dos meus clientes chega até mim por meio de outros clientes satisfeitos ou pelos trabalhos publicados em redes sociais ou no meu site.”, afirma Magalhães.

REVISTA DI ROLÊ | MAI|JUN 2016 9

Proj

eto

Rotin

a se

m R

otin

a

EMPREENDEDORISMO

Page 6: Revista Di Rolê 17ª Edição

LITERATURA

Falei pouco, falei muito... O importante

é falar de livro!Por Giulia Roriz

A vlogger Priscilla Calazans mostra a importância da leitura e o seu amor por essa arte por meio de vídeos para quem não gosta de ler

Livros costumam mudar vidas. Poucos são os leitores que podem declarar com o

peito estufado que os livros não fizeram di-ferença, mas muitos são os que se orgulham

em falar sobre a importância dos livros em suas vidas. Esse é o caso da vlogger Priscilla Calazans − formada em dança, bailarina e professora de dança e teatro em Brasília −

Renan Aires

MAI|JUN 2016 | REVISTA DI ROLÊ10

LITERATURA

“Algo que costumo falar é que: quem lê por prazer,

aprende sem querer”

que se apaixonou pela leitura desde criança, através de sua mãe e sua avó que liam a Bíblia para ela. Durante a época do colégio se rendeu completamente às páginas dos livros e hoje conta com um acervo pessoal de 500 títulos.

Ao perceber que seu amor pela leitura não al-cançava seus amigos e familiares, que não ti-nham o hábito de ler e nem de comprar livros, Priscilla decidiu criar um vlog para leigos − explicando títulos mais simples e aspectos importantes do universo da leitura. A ideia principal é atingir e influenciar o público que não gosta de ler, mostrando o prazer e os be-nefícios da leitura.

“Hoje os seguidores são, em sua maioria, de leitores assíduos. Infelizmente o meu público alvo ainda está com o pé atrás sobre livros. Muitos me dizem ‘Já vi o filme, não tem por-quê ler o livro’, mas eu insisto. Até criei uma hashtag #Brasilumpaísdeleitores. Quero mostrar para as pessoas que os livros podem mudar o mundo”, explica ela.

O vlog Falei Pouco mas Falei Livro foi criado a dois meses e conta com mais de 200 seguido-res e cerca de 17 vídeos dirigidos, gravados e editados por ela mesma. O nome surgiu do di-tado “falei pouco, mas falei bonito”, justamente para fazer alusão à beleza da literatura e lei-

tura em geral. Os temas e livros abordados são dos mais diversos gêneros, de leitura rápida e descomplicada, para que leitores iniciantes possam crescer a aprender com o canal.

Conheça um pouco mais sobre o trabalho, acesse no YouTube, Facebook e Instagram.

lets

Gode

sign

er

Letíc

ia M

acha

do

11REVISTA DI ROLÊ | MAI|JUN 2016

Page 7: Revista Di Rolê 17ª Edição

COLUNA ECO

Empreendedorismo sustentável

Por Bernardo Torelly

Empreendedores do DF aliam geração de renda com preservação do meio ambiente

A sustentabilidade atual-mente é uma tendência

mundial e traz benefícios como a preservação do meio ambiente e a economia de recursos. Dados de 2015 do

SEBRAE mostram que 64% dos empresários brasilien-ses acreditam que esta é uma questão necessária . Com isso, cresce um novo ramo de empreendedorismo

no DF, o dos empreendimen-tos que oferecem soluções sustentáveis. Estas iniciati-vas geram renda e ao mesmo tempo auxiliam na recupe-ração da natureza.

MAI|JUN 2016 | REVISTA DI ROLÊ12

Bern

ardo

Tor

elly

COLUNA ECO

No setor da construção civil, que tradicionalmente consome muitos recursos, o Brasil já é o terceiro país que mais possui empreendimentos sustentá-veis, com mais de 250 constru-ções certificadas. Esta classifi-cação foi feita pela organização não governamental Green Bui-lding Council (GBC). A entidade criou uma certificação para construções sustentáveis, onde são avaliados quesitos como reaproveitamento da água e eficiência energética.

Neste contexto, surge a con-cepção dos chamados condo-mínios sustentáveis. Possuem uma logística construtiva en-volvendo a economia de ma-teriais, reciclagem do entulho

gerado nas obras e se-paração de resíduos perigosos, preservando reservas naturais. Exis-tem também iniciati-vas governamentais de incentivos fiscais com relação à construção sustentável. O chama-do IPTU Verde concede incentivos para edifica-ções que utilizam tec-nologias ambientais.

Para o especialista em construções susten-táveis Diogo da Matta Garcia, 30 anos, sócio da empresa de tecno-logias ambientais ECO Renovação, a venda de produtos e serviços sus-tentáveis e a utilização destas técnicas por par-te dos clientes trazem ganhos para ambos os lados. “Tanto os clien-tes como os parceiros investidores procuram

empresas que tenham preocu-pação com o meio ambiente. As tecnologias ambientais além de gerarem um retorno direto com a economia de recursos como a água e a energia elétri-ca, geram também visibilidade e confiança no mercado consu-midor”, ressalta.

Ainda segundo Diogo, um exemplo de tecnologia am-biental que gera retorno fi-nanceiro são os painéis fo-tovoltaicos, que armazenam energia solar para produzir eletricidade e tem garantia de eficiência de 25 anos. Ou-tros serviços são a captação e aproveitamento da água da chuva, com redução significa-tiva na conta de água, além da reutilização de madeira para a montagem de móveis.

O fabricante de tijolos eco-lógicos Gueferson Penha, 50 anos, explica os benefícios e a rentabilidade deste tipo

REVISTA DI ROLÊ | MAI|JUN 2016

de construção em relação às obras convencionais. “Usamos a terra do próprio lote ou terra de demolição, e até entulho, para fazer os tijolos. Por não ter acabamento, que é a parte mais cara, a obra tende a ficar 30% mais barata. Há também o benefício de não ter que queimar nenhum tijolo e com isso não emitir carbono, que prejudicaria o cerrado”.

Como resultado da econo-mia, diminuição do tempo da obra e ganho para o meio am-biente, a utilização dos tijolos ecológicos vem crescendo entre os consumidores, que também envolve a formação de mão de obra. “Muitos clien-tes conscientes procuram os construtores autônomos para fazer suas casas com o tijolo ecológico devido às vanta-gens. A mão de obra é treinada no local da construção e cada pessoa pode produzir até 500 tijolos por dia”, informa.

13

Francildes Colombo

Page 8: Revista Di Rolê 17ª Edição

CAPA CAPA

Diocá na Estrada

Por Thalyne Carneiro

Conheça o casal que largou tudo para viajar o mundo de bike

MAI|JUN 2016 | REVISTA DI ROLÊ14

Já pensou em transformar sua voltinha de bike do

fim de semana em uma via-gem ao redor do mundo? Foi exatamente isso que a Julie Assêncio, 31 anos, e o Thiago Ferreira Ruiz, 30 anos, resolveram fazer, depois de perceberem que essa ideia talvez não fosse tão ruim. “Nós pegávamos a bicicleta e fazíamos trilha nos finais de semana, pela região do Tororó”, relata Julie.

“Alguém me indicou um livro de um cicloviajante e depois de ler nós achamos meio assustador, porque ele passou por muita coisa. Mas mesmo assim, re-solvemos tentar, fazendo uma viagem curta, de 20 dias até o Ceará. No fim foi bem tranquilo”.

E foi exatamente esta viagem que fez a ideia de viajar o mun-do tomar forma, “Depois que a gente voltou, não era a mesma coisa. Vimos que precisávamos mudar”, explica.

“Estávamos um pouco in-satisfeitos com a vida que vínhamos levando. Já não estávamos satisfeitos com as profissões que tínhamos escolhido. E aí, durante a via-gem, a gente ficou se pergun-tando ‘Caramba, como deve ser viajar sem ter data para voltar?’”, conta Thiago. Ela, publicitária, e ele, técnico de informática, largaram seus empregos, venderam o carro e tudo que podiam, para reali-zar a vontade em conjunto.

O único objetivo era fazer

o aniversário de 30 anos de ambos, viajando. A meta foi cumprida: eles passaram 1 ano e 5 meses na estrada. “Quando voltamos compra-mos mais uns quatro livros de cicloviajantes e começamos a botar no papel tudo que a gente tinha de valor e pen-samos ‘Se vendermos tudo e juntar FGTS e Seguro Desem-prego, acho que dá pra fazer algo parecido’ e foi assim que aconteceu. Em 7 meses está-vamos na estrada”.

De acordo com os dois, a única dificuldade antes de ir foi con-vencer parentes e amigos de que estava tudo bem. “No iní-cio o pessoal ficou assustado. Acharam que tínhamos ficado doidos porque saímos venden-do tudo, ainda mais porque não tínhamos um planeja-mento para quando voltásse-mos”, diz Thiago e Julie com-pleta “Não falamos que íamos de bike, só falamos que íamos para a Europa e lá alugaría-mos uma bicicleta. Só que as bicicletas já tinham até sido compradas”, se diverte. “Para quem não conhece, acha que é muito perigoso. Mas a gente pesquisou e sabia que não era. O problema era deixar nossos pais preocupados”, contam.

Ao total, foram 10.466 km,

Pedr

o M

agal

hães

15REVISTA DI ROLÊ | MAI|JUN 2016

20 países visitados e R$ 35 mil investidos na viagem, divididos entre passagens aé-reas, custos com autorização de entrada dos países, compra das bicicletas e assessórios para a viagem, roupas − que desgastadas ao decorrer da viagem precisavam ser substi-tuídas −, alimentação e hospedagem. E não pense você que a hospedagem era em hotéis 5 estrelas. Os dois dormiam na rua, campin-gs, prédios abandonados e onde mais encon-travam espaço para montar a barraca, de vez em quando ficavam em hotéis modestos.

“Quando chegamos em Nova Deli, ficamos perdidos”, relata Julie. “Eram 11h da noite, um cara levou a gente pra um beco onde tinham os hotéis mais modestos. Era parecido com um barracão, a gente dormiu em um quarto que o cobertor parecia feito de sisal de tão duro. Eu acordei com a garganta inflamada de tanta sujeira no quarto”, lembra.

Segundo o casal, a Índia não foi fácil não só pra dormir. “A Índia foi um país muito difícil, cultu-ralmente é muito distante do que a gente está

acostumado. Os hábitos de higiene são muito precários, nem comemos a comida de lá porque nos sentimos bem vulneráveis em questão de saúde. Alguns cicloviajantes passaram mal com a comida local”. Thiago ainda explica, “Prefe-rimos não arriscar e fazer um turismo de trem mesmo e ir embora para o Nepal logo depois”. O Nepal, aliás, foi uma das visitas favoritas do ca-sal, ficaram lá por dois meses. “Quando a gente saiu da Índia de ônibus, numa viagem de 40h, e chegamos ao Nepal, pareceu que a energias ruins descarregaram. Sentimos uma paz, foi uma delícia. É muito mais pobre que a Índia, mas é um país maravilhoso”.

A marca

A palavra Diocá usada para dar nome à página do Facebook e ao site, surgiu de uma brincadei-ra com sons e palavras que Julie testou quando ainda pensava em abrir uma camiseteria com estampas de cores fortes. “Quando a gente começou a namorar, ela já tinha esse projeto e eu comecei a incentivar dizendo para tocarmos isso juntos. Só que logo depois resolvemos via-

CAPA

Dio

Page 9: Revista Di Rolê 17ª Edição

CAPA

jar, então continuamos usando o nome para contar nossas his-tórias e quando voltássemos, tocar o negócio para frente.”, esclarece Thiago.

Agora que o casal retornou ao país de origem, a possibilida-de de voltar para suas antigas profissões ficou para trás. Os dois vão continuar contando suas histórias no site e co-

mercializar equipamentos e acessórios para cicloviajan-tes, além de dar dicas e orien-tações para quem quer se aventurar em cima da bicicle-ta. O objetivo é passar a tra-balhar em casa e ter uma vida mais tranquila e nos novos padrões, obtidos a partir dos ensinamentos adquiridos na viagem, como pontua Thiago, “A maior lição foi aprender a

16

viver com muito pouco. Tudo que a gente tinha era carre-gado nas nossas bicicletas” e Julie complementa “A gente passou a dar valor em outras coisas. Agora não consumi-mos mais o que não precisa-mos. Agora quando vamos ao shopping não temos mais vontade de comprar. Quando precisa comprar algo, chega a dar preguiça”.

Acompanhe Thiago a Julie:

Instagram: @diocanaestrada

Facebook: /diocanaestrada

Dio

Pedro Magalhães

MAI|JUN 2016 | REVISTA DI ROLÊ

Priscilla Teles

Eu era um ponto fraco que brilhava no suspiroEle era o raio que atravessava as planíciesEu era uma afronta aos olhos moraisEle era um conforto aos ouvidos cansadosUm dia escuro, uma noite claraUm soluço apertado, um sorriso abertoDuas mãos atadas, dois pés ligeirosEu lobo, ele unicórnio.

O conto dos opostos

PALAVRAS AO VENTO

A respeito do amor

REVISTA DI ROLÊ | MAI|JUN 2016 17

Page 10: Revista Di Rolê 17ª Edição

GIRO CAPITAL

Alguns brasileiros têm o privilégio de contem-plar a bela visão do oceano e do horizonte; ou-

tros, das serras que circundam os grandes centros urbanos. Muitos dizem que em Brasília só existe seca, poeira e corrupção. Engano deles. Brasília possui o céu. O mais belo céu do Brasil, muitos afirmam, que fica mais belo em dias de lua cheia e é capaz de deixar até os desiludidos, apaixonados. E para dias quentes, como já dizia Lúcio Costa, “o céu é o mar de Brasília”. E foi pensando em valori-zar o nosso “mar” − e fazer deste um atrativo para unir os brasilienses − que desde 2013 um grupo vem planejando o Festival Céu de Brasília.

O evento será realizado na Esplanada dos Mi-nistérios e contará com diversas atrações como festival de pipas, balonismo, cata-ventos, gas-tronomia, oficinas e claro, muita música ao pôr do sol com participação de artistas locais, valori-zando assim, os talentos da capital, além do belo céu brasilense.

As crianças − e os adultos que terão a oportunidade de voltar a serem crianças por um dia − terão ofici-nas para criarem suas próprias pipas e cata-ventos, ajudando a embelezar ainda mais o céu da cidade, construindo um cenário lúdico e colorido.

Segundo o produtor executivo do projeto, Akira Martins, o evento pretende unir as pessoas para um momento de lazer em um local acessível, além de dar mais visibilidade à cultura da cidade. “O festival antes de tudo é um homenagem ao nosso maior orgulho, nosso maior bem. É tam-bém uma celebração da vida, das famílias e do convívio harmonioso dos brasilienses”, afirma.

A intenção é realizar um evento gratuito para toda a população do Distrito Federal e arredores, onde

Céu de Brasília fica mais colorido com festival de cores

Por Juliana Mendes

MAI|JUN 2016 | REVISTA DI ROLÊ18

GIRO CAPITAL

Evento pretende colorir o intenso azul do céu brasiliense e reunir famílias da Capital para assistir a um verdadeiro espetáculo lúdico ao som de artistas locais

REVISTA DI ROLÊ | MAI|JUN 2016 19

www.festivalceudebrasilia.com.br

facebook.com/festivalceudebrasilia

Compartilhe essa ideia!

Por Juliana Mendes

possam usufruir das belezas naturais e arquite-tônicas da cidade. “É um evento para brasilienses e para aqueles que adotaram Brasília como sua casa. Se existe algo que une todos os que vivem aqui e os tornam iguais é o céu desta cidade. E é assim que queremos levar o nosso evento, sem distinções nem diferenças”, explica Akira.

A intenção é realizar o festival em uma tarde de domingo, ainda neste ano. Mas dependerá da captação de recursos que, segundo Akira, enfrenta dificuldades tendo em vista o atual cenário econô-mico. Porém, nenhum obstáculo tira a empolgação e empenho dos organizadores que contam com a ajuda de empresários do Distrito Federal e da própria população, que poderá compartilhar a ideia para que ela se concretize. “Vários artistas da cidade já nos procuraram para saber como podem partici-par, e ter apoio das pessoas que espalham cultura na cidade é gratificante”, comemora Akira.

A intenção dos organizadores é que a primeira edição seja um passo para criar uma tendência e tradição na capital brasileira, colocando o Festival Céu de Brasília no calendário cultural da cidade.

Empresários que tenham interesse em se tornar patrocinadores entrem em contato com os orga-nizadores por meio do e-mail: [email protected] ou pelo telefone (61) 8232 7667. E aos que anseiam por ver o colorido se misturar ao intenso azul do nosso céu acesse:

Imag

ens:

Div

ulga

ção

Page 11: Revista Di Rolê 17ª Edição

GALERIA

“ Amor de mãe não tem igual, é singelo e único!”

Renan Aires

“Superarar dificuldades está bem longe de ser fácil. O amor por outro lado pode acalentar os mais tensos momentos”

Pedro Magalhães

Káty

a Vo

lpat

o

Rena

n Ai

res

Pedr

o M

agal

hães

Especial amor

“O v e r d a d e i r o amor não espera nada em troca. Ele cuida, protege, ali-menta, aquece... Se alegra com a sim-ples oportunidade de poder dar o seu melhor”

Kátya Volpato

MAI|JUN 2016 | REVISTA DI ROLÊ20

Fotógrafos da Di Rolê dão seus depoimentos especiais sobre as mais variadas formas de amor.

GALERIA

“A ciência pode explicar tudo, mas o amor não tem massa, volume ou metragem. O amor se exemplifica com poesia. Ele é o agora, passado e futuro, são interações sem palavras”

Carlos Eduardo Jr.

“Amor e respeito ao próximo, independen-te da situação”

Ítalo Amorim

Carl

os E

duar

do Jr

.

Ítalo Amorim

“Amor é uma palavra forte que reflete mil sentimentos e o encontro de vidas e al-mas. Seu Cícero e Dona Car-minha sabiam o significado dela. Foram 50 anos cons-truindo uma história. Ela se foi, mas ele ainda guarda o carinho pela pessoa que o ensinou a ter amor pela vida, pelos filhos e netos e, so-bretudo, que amar está nos pequenos gestos”

Karyne Graziane

Kary

ne G

razi

ane

REVISTA DI ROLÊ | MAI|JUN 2016 21

Page 12: Revista Di Rolê 17ª Edição

REVISTA DI ROLÊ | MAI|JUN 201622 MAI|JUN 2016 | REVISTA DI ROLÊ 23

Um pouco de Amsterdam no quadradinho

Casa noturna na Asa Norte traz a capital holandesa como tema e revela artistas locais

Por Bernardo Torelly

Brasília sempre foi conhecida na-cionalmente pela política. Entre-

tanto, a capital federal tem um lado diferente. Principalmente nos anos 80, a cidade ganhou destaque por revelar bandas que vieram a ganhar fama no cenário nacional. Ainda nos

dias de hoje, alguns espaços contri-buem para continuar esta tradição de revelar novos talentos. Um deles é o Amsterdam Street, na 211 norte. A temática do lugar faz alusão à cidade holandesa, porém o som feito é bem brasiliense.

Lyan

na S

oare

s

NA BALADA NA BALADA

Segundo o dono do “Amster-dam”, Sérgio Pedrosa, o local existe há cerca de um ano e meio e nesse período, vários artistas da cidade e também de fora já se apresentaram por lá. “Já tocaram bandas da cidade como Rocan, Dona Cis-lene, Etno, Galinha Preta, DFC, Filhos de Mengele, Dinamites, entre outras. Também passa-ram pelo Amsterdam artistas de fora que são conhecidos do público, como Supla, Deadfish e Fresno”, explicou.

Apesar de o rock ser a prefe-rência, diversos estilos mu-sicais tem seu lugar na casa. “Trabalhamos também com Dub, Reggae, Funk, Trap, Tran-ce e Eletrônico e por aí vai. A única exigência é ser boa música”, ressalta Sérgio. Para ele, é importante as casas de shows de Brasília abrirem suas portas para músicos locais e novatos. “Acho um de-ver estas casas abrirem espa-ço para as bandas que estão começando, pois somente assim teremos uma cena mu-sical de qualidade.”

Faltam espaços em Brasília para os conjuntos se apre-sentarem. Esta é a opinião de Pedro Negrão, integrante da banda Rocan, que desde

2008 faz composições pró-prias. “Ao invés de abrir mais espaços assim, os que já exis-tem estão se fechando cada dia mais. O público de Brasí-lia dá mais valor para bandas cover do que as autorais. Lugares como o Amsterdam são raros. É uma casa que tem espaço para todas as ver-tentes de som e que abre as portas em finais de semanas para bandas autorais”.

Mesmo com as dificuldades, o cenário atual das bandas autorais da cidade está em crescimento. “Várias bandas novas estão surgindo, e al-gumas fazendo eventos por conta própria para mostrar o trabalho. Por exemplo, no dia 30 de abril aconteceu o dia da ‘Demo Tape’, quando várias bandas se juntaram e com isso movimentaram a cena da cidade, sem esperar por grandes festivais e apoio do governo”, opinou Pedro.

Para o músico Bruno Alpino, do grupo Dona Cislene − existen-te há quatro anos −, a cidade tem uma boa capacidade para revelar novas bandas, “Eu vejo Brasília como um grande ber-ço de artistas com personali-dade e identidade, coisa que não observei em outros Esta-

dos, que são mais suscetíveis a ‘modinhas’. Aqui cada banda nasce com um propósito e com um som particular”, ressaltou.

Apesar desta veia artística dos brasilienses, ainda fal-tam espaços para os músicos se apresentarem. “As casas de shows são essenciais para a cena do rock candango, pela facilidade de mostrar o som e pela dificuldade de encontrar outros espaços. Existem novas e boas bandas que surgem semanalmente e que procuram lugar para to-car. Quanto mais lugares que possam dar oportunidade a estas bandas, melhor para a música e cultura brasiliense”, explicou

O frequentador do Amster-dam, Rafael Senda, ressal-tou este lado do local de dar chance a bandas regionais e autorais e que ainda não são conhecidas do público. “Luga-res como este são importan-tes para divulgar o trabalho de músicos do DF. A cena mu-sical da cidade tem que estar sempre em movimento e são estes espaços, fora dos gran-des eventos, que permitem as bandas mostrarem o que sa-bem fazer e quem sabe, se tor-narem conhecidas”, concluiu.

Page 13: Revista Di Rolê 17ª Edição

REVISTA DI ROLÊ | MAI|JUN 2016 25

PALAVRAS AO VENTO

MAI|JUN 2016 | REVISTA DI ROLÊ24

Ainda sobre o amor...

Bianca Bruneto

Do que é puro

O amor fala,Com olhos de mãe

Suspiros frouxosO amor cala,

Escuta, faz silêncio.Ele transforma,

E sim, o amor sofreÉ forte

se ergue, reergueE se preenche

de energias novas.

Sem fórmulas

Esgotado o estoquede palavras de amorchega de versoschega de rimade toda aquela purezada matéria-prima,vidas se fundiramalém da químicasem leis da físicadois átomosum elementoocupandoao mesmo tempoo mesmo espaço.

Guarde para sempre seus melhores momentos

61 [email protected]

www.katyavolpato.com.br

EnsaioGestante

EnsaioGestante

EnsaioFamília

EnsaioGestante

EnsaioFamília

Page 14: Revista Di Rolê 17ª Edição

26 MAI|JUN 2016 | REVISTA DI ROLÊ