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Página 1 de 20 Revista Científica Digital EBS – Estação Business School www.ebs.edu.br Edição 01 – Ano 01 Revista Científica Digital Edição 1 Ano 1 Janeiro/Junho 2013 ISSN – 999999-999

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Edição 1 Ano 1 Janeiro/Junho 2013

ISSN – 999999-999

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Sobre a Revista

(Texto Ilustrativo) A Estação Business School é uma das melhores escolas de MBAs do país e tem a formação de líderes como um dos principais foco e responsabilidade. Em 2010 conquistou pela segunda vez o prêmio Top de Marketing da ADVB-PR na Categoria Educação e Ensino. Neste mesmo ano, foi classificada como a melhor instituição do Sul do Brasil nos MBAs em Gestão e Finanças, além de ser a nº 1 no Brasil em qualificação dos alunos de MBA em Finanças. Atualmente é tricampeã do Sul no Ranking dos melhores MBAs do Brasil, Revista Você S/A. A Estação é também a única instituição do Sul do Brasil membro da AACSB – Association to Advance Collegiate Schools of Business - USA, a mais importante instituição Acreditadora mundial. Ser membro da AACSB é a mais destacada distinção para uma escola de ensino superior, em todo o mundo A Estação Business School é uma das melhores escolas de MBAs do país e tem a formação de líderes como um dos principais foco e responsabilidade. Em 2010 conquistou pela segunda vez o prêmio Top de Marketing da ADVB-PR na Categoria Educação e Ensino. Neste mesmo ano, foi classificada como a melhor instituição do Sul do Brasil nos MBAs em Gestão e Finanças, além de ser a nº 1 no Brasil em qualificação dos alunos de MBA em Finanças. Atualmente é tricampeã do Sul no Ranking dos melhores MBAs do Brasil, Revista Você S/A.

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A Estação Business School é uma das melhores escolas de MBAs do país e tem a formação de líderes como um dos principais foco e responsabilidade. Em 2010 conquistou pela segunda vez o prêmio Top de Marketing

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Conselho Superior

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Conselho/Comitê Editorial

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Corpo Docentes

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Expediente

Edição Editoração

Diagramação Coordenação

Revisão

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Editorial

(Texto Ilustrativo) A Estação Business School é uma das melhores escolas de MBAs do país e tem a formação de líderes como um dos principais foco e responsabilidade. Em 2010 conquistou pela segunda vez o prêmio Top de Marketing da ADVB-PR na Categoria Educação e Ensino. Neste mesmo ano, foi classificada como a melhor instituição do Sul do Brasil nos MBAs em Gestão e Finanças, além de ser a nº 1 no Brasil em qualificação dos alunos de MBA em Finanças. Atualmente é tricampeã do Sul no Ranking dos melhores MBAs do Brasil, Revista Você S/A. A Estação é também a única instituição do Sul do Brasil membro da AACSB – Association to Advance Collegiate Schools of Business - USA, a mais importante instituição Acreditadora mundial. Ser membro da AACSB é a mais destacada distinção para uma escola de ensino superior, em todo o mundo A Estação Business School é uma das melhores escolas de MBAs do país e tem a formação de líderes como um dos principais foco e responsabilidade. Em 2010 conquistou pela segunda vez o prêmio Top de Marketing da ADVB-PR na Categoria Educação e Ensino. Neste mesmo ano, foi classificada como a melhor instituição do Sul do Brasil nos MBAs em Gestão e Finanças, além de ser a nº 1 no Brasil em qualificação dos alunos de MBA em Finanças. Atualmente é tricampeã do Sul no Ranking dos melhores MBAs do Brasil, Revista Você S/A.

Prof. XXXXXXXXXXXXXXXX Editor

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Sumário

(Texto Ilustrativo) ------------------------------------------------------- XX (Texto Ilustrativo) ------------------------------------------------------- XX (Texto Ilustrativo) ------------------------------------------------------- XX (Texto Ilustrativo) ------------------------------------------------------- XX (Texto Ilustrativo) ------------------------------------------------------- XX (Texto Ilustrativo) ------------------------------------------------------- XX (Texto Ilustrativo) ------------------------------------------------------- XX (Texto Ilustrativo) ------------------------------------------------------- XX (Texto Ilustrativo) ------------------------------------------------------- XX (Texto Ilustrativo) ------------------------------------------------------- XX (Texto Ilustrativo) ------------------------------------------------------- XX (Texto Ilustrativo) ------------------------------------------------------- XX

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INDICADORES ESTÁTICOS E EBITDA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE SUA

COMPLEMENTARIDADE NOS SETORES DE AVIAÇÃO CIVIL E ALIMENTAÇÃO

Vinícius José Lindolpho Antunes1

RESUMO

O EBITDA, ou lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação, tem sido preferido por muitos analistas no julgamento de sua atratividade para investimentos e outras fins, mas tal utilização é alvo de críticas em certas circunstâncias. Este artigo apresenta um estudo de caso com empresas do setor de aviação civil e alimentação (GOL, TAL, BRF e Marfrig) onde foram utilizados indicadores contábeis clássicos (tais como de rentabilidade e estrutura de capital) e o desmembramento do EBITDA em seus componentes para uma análise qualitativa do EBITDA. Tal abordagem permitiu um juízo mais completo da qualidade e sustentabilidade do EBITDA das quatro empresas selecionadas. Palavras-chave: Indicadores; EBITDA; Análise de empresas. Introdução A análise de demonstrações financeiras é tema de pesquisa já há muitos anos, embora o termo empregado e os propósitos mudem de acordo com a conjuntura. Existem relatos de estudos sobre o tema já no século XIX, embora mais voltados a análise de concessão de crédito. Alexander Wall, em seu livro Analyticalcredits(1) de 1922, é um dos pioneiros no trato do assunto. Os inúmeros estudos publicados desde então estabeleceram um número sempre crescente de índices e métodos analíticos, e a facilidade de acesso aos demonstrativos financeiros de empresas de capital aberto bem como ferramentas computacionais amplamente disponíveis tornaram simples e rápido o cálculo de quantos índices se julgue necessário. Num processo de tomada de decisão, no entanto, a relevância das informações é comumente mais importante que a quantidade(2). Como exemplo, pode-se citar a análise de solvência da loja de departamentos Mappin, cuja falência foi decretada em 1999. Ao se calcular os indicadores de solvência nos períodos de 1997 e 1998 de

1 Engenheiro eletricista formado pela Universidade Federal do Paraná na turma de 2007, com

experiência na área de tecnologia da informação, em particular sistemas SAP.

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acordo com cinco modelos bastante difundidos (Kannitz, Altman, Elizabetsky, Matias, Pereira), apenas dois indicam de forma consistente a iminente falência da empresa (3). A análise por índices mais tradicional é formada por indicadores de característica “estática” – valores que expressam a posição da organização num dado momento, mas não carregam muita informação sobre a dinâmica operacional da empresa. Com o passar do tempo, outros indicadores que têm por característica capturar aspectos da operação da empresa foram desenvolvidos, e um deles tem sido muito utilizado ultimamente – trata-se do EBITDA (do inglês EarningsBeforeInterest, Taxes, Depreciation, Amortization, ou lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização – LAJIDA), que é comumente interpretado como sendo uma medida da capacidade de geração de caixa de uma empresa (4), ou ainda o resultado financeiro advindo exclusivamente de suas atividades operacionais. Enquanto o cálculo de índices é tarefa puramente matemática e objetiva, a seleção de quais índices farão parte de uma análise e a definição de qual será o peso dado a cada um deles na construção do diagnóstico é sujeita a processos subjetivos; pode ser feita através de métodos analíticos, estatísticos, ou mesmo inteiramente empíricos e pautados primordialmente pela experiência do analista (5). Este artigo, na área de finanças, visa estabelecer um paralelo entre a análise de indicadores ditos “tradicionais” e o EBITDA, calcado na noção de que essas duas abordagens são contrastes: uma de natureza “clássica” e a outra “moderna".Elaborou-se uma análise de dois setores (aviação civil e alimentação) em que empresas tiveram problemas noticiados recentemente, utilizando-se das duas abordagens supracitadas, no intuito de verificar se a distinta natureza das mesmas impacta a congruência das conclusões. Tal análise tem como propósito identificar um conjunto de índices “tradicionais” que, utilizado em conjunto com o EBITDA, possa tecer um diagnóstico mais completo da situação de uma organização. O problema de pesquisa pode ser colocado da seguinte forma: quais indicadores financeiros “tradicionais” podem sinalizar ou ressaltar a inaptidão do EBITDA no diagnóstico da situação de uma empresa? 1 Revisão da literatura Contabilidade pode ser definida como sendo o processo de comunicação de informações financeiras de uma instituição a partes interessadas, tais como gestores, acionistas e órgãos públicos(6) (7). Ainda, de acordo com o American InstituteofCertifiedPublicAccountants (AICPA), um dos principais objetivos da contabilidade é fornecer substrato a interpretação dos resultados do conjunto de transações que resultam no balanço e demonstrativos de uma instituição (8). A análise de tais demonstrativos é tema de vasta literatura. Uma das formas de análise é através da avaliação vertical e horizontal. A análise vertical compara diferentes linhas ou itens de um demonstrativo, dentro de um mesmo período; já a análise horizontal é a

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comparação de um mesmo item ao longo de dois ou mais períodos consecutivos(9). Tais análises permitem a um analista identificar tendências e construir questionamentos pertinentes aos dados, mas dificilmente corrobora na identificação das causas de tais observações (2)(10). Outra forma de análise, provavelmente a mais amplamente empregada (2), são os índices econômico-financeiros.

Índice é uma relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa (2).

Tais índices, por se tratarem usualmente de valores percentuais, relativos, permitem a comparação de vários períodos ou mesmo de diferentes instituições de forma consistente, independente dos valores absolutos (10). 1.1 Índices econômico-financeiros “clássicos” Há um grande número de indicadores financeiros, desenvolvidos com os mais diversos propósitos. É possível estabelecer um grupo padrão de indicadores e classifica-los de acordo com sua finalidade, embora nãoexistaconsenso entre os autores no que diz respeito a quais índices são parte da lista ou suas fórmulas. O quadro abaixo (Tabela 1) relaciona os índices “clássicos” selecionados para estudo nesse artigo, retirados de livros de dois dos principais autores brasileiros no assunto(2)(11). TABELA 1: ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS (FONTE: (2)(11))

Agrupamento Índice Fórmula Interpretação

Estrutura de capital

Participação de capital de terceiros

Quanto maior, pior

Composição do endividamento

Quanto maior, pior

Imobilização do patrimônio líquido

Quanto maior, pior

Liquidez

Liquidez geral

Quanto maior, melhor

Liquidez corrente

Quanto maior, melhor

Liquidez seca

Quanto maior, melhor

Rentabilidade

Giro do ativo

Quanto maior, melhor

Retorno sobre vendas

Quanto maior, melhor

Retorno sobre o ativo

Quanto maior, melhor

Retorno sobre o patrimônio líquido

Quanto maior, melhor

Os indicadores carregam um significado implícito e dão substrato a uma análise de primeiro grau da situação de uma empresa. Por exemplo, um grau de endividamento elevado é geralmente situação menos desejável que a contrária, portanto o índice em si carrega algum potencial de diagnóstico como apresentado no quadro. Entretanto, a análise dos índices de forma isolada pode não ser suficiente para um processo de

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tomada de decisão – é ideal haver algum referencial de comparação que permita classificar o resultado obtido para um dado índice como bom ou ruim. Tais referenciais são conhecidos como índices padrão. Os índices padrão são resultado de um processo estatístico pelo qual os resultados de uma empresa são classificados em relação aos resultados de um grupo de empresas. Este grupo de empresas pode ser definido de acordo com qualquer critério que se deseje, sendo critérios usuais o setor de atividade, porte e localização geográfica. Uma vez definido esse grupo de empresas e calculados os índices para todas elas, são compilados os valores dos percentis adequados ao tamanho da amostra, tais como decis ou quartis. Por fim, identifica-se em qual percentil a empresa sob análise se encontra para os índices de interesse (2)(11)(12). É possível se atribuir classificações aos quantis. No exemplo dado, considerando-se que quanto maior o valor do índice melhor é a situação da empresa, se poderia classificar o quartil 1 como péssimo, 2 como razoável, 3 como bom e 4 como ótimo.

1.2 O EBITDA

O EBITDA, conforme anteriormente enunciado, é a sigla em inglês para EarningsBeforeInterest, Taxes, Depreciation, Amortization, ou lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização – chamado de LAJIDA em português por alguns autores. Seu cálculo pode ser feito através das demonstrações contábeis e de resultados através da fórmula abaixo (dentre outras possíveis) (13):

EQUAÇÃO 1: CÁLCULO DO EBITDA

O propósito original do EBITDA é permitir a comparação da lucratividade de empresas muito distintas, já que são cancelados efeitos dos diferentes ativos de cada uma (pela reversão da depreciação), histórico de desinvestimentos e aquisições (pela reversão da amortização), carga de impostos e diferentes incentivos (pela reversão das taxas e impostos) e estrutura de capitais (pela reversão das despesas financeiras) (14). Tal utilização, no entanto, é possível somente se observadas certas premissas e associada à análise de outros indicadores. Contudo, tais ressalvas nem sempre são observadas. O EBITDA passou a ser apresentado com destaque em relatórios gerenciais e há quem a tenha como métrica primária em análises de fluxo de caixa e processos de tomada de decisão. Vários autores expõem problemas na utilização indiscriminada do EBITDA e como é possível uma empresa com ótimos valores para tal indicador apresentar problemas

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sérios quando analisada através de outros índices, e até mesmo se usar de artifícios para melhorar o valor do EBITDA (4)(13) (14). 1.3 Análise do desempenho de empresas

A aplicação do conceito de índices padrão na análise do desempenho de organizações apresenta alguns desafios, exemplos dos quais se lista abaixo:

• Acesso a informações contábeis de um conjunto significativo de empresas para

comparação

• Seleção dos índices mais relevantes

• Definição do peso ou importância de cada índice participante na análise

É possível que estas dificuldades figurem entre os motivos pelos quais a utilização do EBITDA na análise de empresas tenha se popularizado, haja vista que é um índice geralmente apresentado nas demonstrações financeiras publicadas pelas empresas. Vários autores se dedicaram a estudar a definição de padrões para comparação e avaliação do desempenho de empresas, bem como identificação de índices mais importantes e pesos relativos dos mesmos em uma análise. Bezerra e Corrardescrevem em seu artigo o emprego da análise fatorial na identificação dos principais indicadores para avaliação do desempenho financeiro de seguradoras(15). Carvalho et al descrevem a utilização da mesma técnica na determinação de um conjunto de índices para avaliação de cooperativas agropecuárias(16). Já Corrêa de Lyra e Corrar se usaram da técnica Delphi para entrevistar diversos docentes na busca de um consenso entre especialistas sobre quais índices são mais importantes, e fazem um abrangente resumo do referencial teórico sobre o assunto (5). Ainda assim, é justo dizer que não há um método ou conjunto de índices “universal” para análise da saúde e desempenho de organizações. 2 Metodologia

A metodologia empregada nesse estudo foi a de estudo de caso, envolvendo dois setores econômicos, e duas empresas de cada setor. A seleção das empresas buscou colocar lado a lado, em cada setor, uma empresa que no passado recente tenham enfrentado problemas, e outra de porte semelhante cujo desempenho possa ser consideradorazoável. As empresas são listadas abaixo, de acordo com sua classificação por setor de atuação usada pela BOVESPA (17):

• Setor: construção e transporte / segmento: transporte aéreo

o TAM S.A 2

2Denominação na época dos demonstrativos utilizados nesse artigo. A atual denominação é

LATAM Airlines S.A.

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o GOL linhas aéreas inteligentes S.A.

• Setor: consumo não cíclico / segmento: carnes e derivados

o BRF – Brasil Foods S.A.

o Marfrig alimentos S.A.

Uma vez selecionadas as empresas, empreendeu-se duas análises – uma utilizando-se dos índices “clássicos” e outra baseada no EBITDA e considerações a seu respeito que tenham sido emitidas em publicações financeiras ou artigos especializados. Através dessas análises se pretende verificar a congruência entre esses dois diagnósticos no que diz respeito à situação econômico-financeira da empresa. O cálculo dos índices foi feito com base nos balanços contábeis publicados pelas empresas, considerando-se os períodos entre 2009 a 2011, publicados junto a BOVESPA (17). As fórmulas de cálculo de cada um dos indicadores são aquelas apresentadas na Tabela 1. Já o valor do EBITDA foi obtido diretamente dos relatórios gerenciais publicados pelas empresas e disponibilizados em seus canais de comunicação com investidores. Os valores estão em sintonia com a fórmula de cálculo exposta na Seção 0. 3 Análise dos dados

3.1 Análise pelos índices clássicos

O Apêndice Iapresenta um resumo das principais rubricas constantes do balanço patrimonial e demonstração de resultados das empresas selecionadas, nos períodos de 2009, 2010 e 2011. Esses foram os valores utilizados no cálculo dos índices econômico-financeiros denominados “clássicos” neste artigo, os quais são apresentados na Tabela 2. A análise desses índices aponta alguns fatos interessantes. Começando pelos índices de rentabilidade, observam-se uma queda contínua para todos os valores, de todas as empresas exceto BRF. Excluindo-se o giro do ativo, a tendência dos demais índices para as outras três das empresas é de queda. Tal observação indica que ao menos essas três empresas vêm tendo dificuldade em gerar lucro a partir de seus ativos. Contudo, ao consultar o resultado operacional das empresas nota-se que os valores apresentam aumento no período analisado, exceto para Marfrig. Considerando o fato que todas tem valores de EBITDA bastante significativos (como será mostrado a seguir), parecem haver indícios de uma estrutura de capital excessivamente dispendiosa ou características de depreciação significativas (resultantes de um ativo imobilizado elevado), ou uma combinação de todos esses fatores. Também chama a atenção o fato de índices de estrutura de capital, especialmente a participação de capital de terceiros, apresentarem clara tendência de crescimento ou

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valores bastante elevados para as mesmas três empresas apontadas anteriormente (todas menos BRF, para qual o índice é relativamente estável). Isto indica um endividamento crescente. Também se observa uma piora no perfil da dívida ou composição do endividamento em alguns casos, com aumento da parcela com vencimento no curto prazo; combinado com uma redução na liquidez, este é um cenário não desejável; contudo, não se observam tendências claras nos índices. TABELA 2: ÍNDICES DAS EMPRESAS SELECIONADAS (FONTE: ELABORADO PELO AUTOR)

Índice GOL TAM 2011 2010 2009 2011 2010 2009

Liquidez geral 0,59 0,71 0,68 0,44 0,43 0,39 Liquidez corrente 0,87 1,60 0,99 0,98 0,90 0,85 Liquidez seca 0,83 1,50 0,93 0,93 0,86 0,81 Participação de capital de terceiros 3,83 2,09 2,34 6,53 4,50 9,00 Composição do endividamento 0,43 0,28 0,40 0,38 0,42 0,38 Imobilização do PL 1,76 1,18 1,27 4,39 3,32 6,29 Retorno sobre ativo -0,07 0,02 0,10 -0,02 0,05 0,10 Retorno sobre vendas -0,10 0,03 0,15 -0,02 0,06 0,13 Retorno sobre PL -0,34 0,07 0,34 -0,12 0,25 0,96 Giro do ativo 0,71 0,77 0,69 0,81 0,79 0,75

Índice

BRF Marfrig 2011 2010 2009 2011 2010 2009

Liquidez geral 0,99 1,02 0,99 0,68 0,71 0,77 Liquidez corrente 1,39 1,76 1,68 1,40 1,35 1,83 Liquidez seca 1,06 1,39 1,32 1,02 1,03 1,47 Participação de capital de terceiros 1,12 1,04 1,18 3,04 2,48 2,24 Composição do endividamento 0,50 0,40 0,41 0,37 0,43 0,38 Imobilização do PL 0,69 0,66 0,68 1,24 1,07 1,00 Retorno sobre ativo 0,05 0,03 0,00 -0,03 0,01 0,04 Retorno sobre vendas 0,05 0,04 0,01 -0,03 0,01 0,06 Retorno sobre PL 0,10 0,06 0,01 -0,13 0,02 0,14 Giro do ativo 0,86 0,82 0,56 0,92 0,70 0,79

3.2 Análise pelo EBITDA

Os valores do EBITDA são apresentados na forma de um gráfico na Figura 1. Observa-se que o valor é sempre crescente no período analisado, com exceção da GOL que apresenta uma forte queda no último período. As três outras empresas apresentam um aumento maior que 100% entre os 2009 e 2011. Tal resultado isoladamente é certamente bastante positivo; caso a interpretação “acadêmica” do EBITDA como indicativo do desempenho operacional da empresa seja adequada, se poderia concluir que especialmente BRF e Marfrig (que apresentam tendência de crescimento no EBITDA mais acentuada) estão aumentando sua capacidade de geração de receita com base em seus ativos. Tal conclusão, no entanto, diverge do que sinalizam os índices de rentabilidade calculados anteriormente na Seção 0 – apenas a BRF apresenta tendência de alta nos índices de rentabilidade em linha com o EBITDA.

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FIGURA 1: EBITDA DAS EMPRESAS SELECIONADAS(FONTE: ELABORADO PELO AUTOR COM BASE EM

(18) (19) (20) (21) (22))

Ao se estudar a composição do EBITDA nos casos estudados, observa-se alguns fatos interessantes:

• Várias empresas apresentam impacto negativo do item “despesas

financeiras” no EBITDA em 2009, provavelmente devido à apreciação do

real frente ao dólar (23);

• O item “amortização / depreciação” tem um impacto no EBITDA

relativamente estável nos períodos analisados, tomando-se cada

empresa individualmente, mas existem momentos em que eles

representam fatia importante do resultado

• O imposto de renda é o fator menos significativo na composição do

EBITDA em praticamente todos os casos, exceto: TAM (2010 e 2009),

BRF (2009) e Marfrig (2010), neste último sendo o fator menos

significativo justamente o resultado líquido;

• O resultado líquido figura como fator mais significativo na composição do

EBITDA em 4 das 12 situações analisadas; em uma delas, o impacto é

negativo (piora o valor do EBITDA).

As observações acima parecem corroborar a hipótese que ao menos a estrutura de capital e a rubrica “depreciação” são aspectos importantes de se analisar em conjunto com o EBITDA.

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No caso da Marfrig por exemplo, assim como demonstrado por outros autores (4), as despesas financeiras em franco crescimento contrastam com o resultado líquido minguante. Sobre a GOL pode-se dizer que o resultado positivo no EBITDA em 2011, embora muito menor que nos anos anteriores, só foi possível devido a um crescimento abrupto nas despesas financeiras que contrabalanceou matematicamente o enorme prejuízo no resultado líquido. A TAM reduziu o peso da linha “depreciação / amortização” no EBITDA entre 2009 e 2011, mas os componentes mais importantes na composição do valor foram o resultado líquido em 2010, e despesas financeiras em 2011. No caso da TAM, 2011 é o primeiro período em que as despesas financeiras têm um impacto positivo no EBITDA, embora tal cenário seja reflexo de um maior endividamento de longo prazo (como demonstram os índices “participação de capital de terceiros” e “composição do endividamento” apresentados na Seção 0). Diferentemente da Marfrig e da GOL, a tendência de aumento nas despesas financeiras não se configura claramente. O resultado líquido foi negativo assim como o da GOL, que atua no mesmo setor, mas de forma menos contundente e com menor significância no resultado do EBITDA. A BRF é a empresa em que o EBITDA é construído com mais solidez ao longo dos três períodos. O cenário inicial (2009) em que o resultado líquido era praticamente o menor dos contribuintes na construção do EBITDA se altera já em 2010, onde é o segundo maior fator (embora por margem estreita), e em 2011 já se configura um cenário contrário a 2009, com o resultado líquido representando 42% do EBITDA. As despesas financeiras representam na média a menor contribuição para o índice dentre todas as empresas (se excluído o resultado discrepante da TAM no período de 2009 da amostra total). As conclusões acima são mais bem apreciadas e compreendidas através da Tabela 3abaixo, onde também consta uma representação gráfica da significância de cada componente em relação ao valor total do EBITDA, lembrando que o mesmo é basicamente a soma de quatro fatores. No caso da BRF em 2011, por exemplo, a parcela do resultado líquido sobre o valor total é de 42% (1,37 / 3,24 bilhões). TABELA 3: DECOMPOSIÇÃO DO EBITDA (PERCENTUAL)(FONTE: ELABORADO PELO AUTOR)

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Os valores a partir dos quais foram construídos os percentuais acima estão no Apêndice II.

Conclusão

A divulgação de resultados positivos de EBITDA geralmente causa certo furor no mercado de ações, com subsequente alta nos preços dos papéis das companhias. Como documentado na literatura sobre o tema, no entanto, o EBITDA não deve ser usado como único critério de análise de desempenho e decisão de investimentos; o valor do índice pode ocultar problemas de estrutura de capital e até mesmo ser manipulado por administrações mal-intencionadas. O cálculo de alguns indicadores de desempenho “clássicos” pode ajudar a se estabelecer um juízo mais completo sobre a solidez do EBITDA, como demonstrado nesse artigo. Principalmente os índices de estrutura de capital e rentabilidade (em especial rentabilidade sobre o ativo e sobre o patrimônio líquido) foram úteis em estabelecer indícios de um EBITDA cuja composição era de baixa qualidade. Como destacado na Seção 0, os índices de rentabilidade de todas as empresas exceto BRF registram queda contínua nos períodos analisados, divergindo do comportamento do EBITDA, em linhas gerais. O endividamento, por sua vez, cresceu de forma contínua e significativa para as mesmas três empresas, dando indicativos do motivo pelo qual o EBITDA pode crescer num cenário de baixa rentabilidade. Os problemas indicados pela análise clássica se confirmaram ao se realizar o desmembramento do EBITDA em seus quatro componentes, na Seção 0. Especialmente GOL e Marfrig apresentaram valores de EBITDA compostos primariamente de despesas financeiras (advindas do alto endividamento) e, paradoxalmente, prejudicados em 2011 pelo resultado líquido bastante negativo. A TAM apresenta problemas similares aos de GOL e Marfrig, mas em proporções muito menores. Já a BRF, pelos aspectos estudados nesse artigo, apresenta valores de EBITDA congruentes com um cenário considerado mais sustentável quando levados em conta os indicadores clássicos – em outras palavras, o crescimento do EBITDA é sustentado primariamente pelo crescimento da rentabilidade e não das despesas Bibliografia 1. Wall, Alexander.Analytical credits. Indianapolis : Bobbs-Merrill Company, 1921. 2. Matarazzo, Dante Carmine.Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial. São Paulo : Atlas, 1995.

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