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Revista Digital OMV - 2 semestre de 2013

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ÍndiceIn

stitu

cion

alO

MV

Dir

eção 5. OMV promove com UTAD e Conselho Regional do Centro o Curso de Formação “Avaliação Sanitária de

Caça Maior”

7. VIII Congresso da OMV e IV Encontro de Formação contaram com a participação de cerca de 1200 profissionais no CCL

36. Venda de medicamentos de uso veterinário sem receita médico-veterinária em farmácias

38. Informação vinculativa sobre o Regime de Bens em Circulação e sobre a Taxa de IVA aplicável aos serviços Médico-Veterinários em OPP’s

42. Posição da OMV face à proposta de Diploma sobre o “Código do Animal de Companhia”

44. Assembleia da República aprova criminalização dos maus-tratos a animais domésticos – Posição da OMV

46. OMV na Sociedade

• OMV publica Guia “Cuidar dos Animais de Companhia”

• OMV lança vídeo “Cães na Sociedade”

50. Assembleia Geral da OMV

51. Apoio Jurídico à Classe Médico Veterinária – Frequently Asked Questions (FAQ’s)

53. Parecer Jurídico de Suporte ao Exercício da Profissão

• Parecer do Conselho Profissional e Deontológico – Clínica itinerante VS Clínica Domiciliária

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Inst

ituci

onal

OM

V R

egio

nal 56. Conselho Regional do Centro

• Celebrações do Dia do Médico Veterinário em Coimbra

58. Conselho Regional da Madeira

• Conselho Regional da Madeira promove Palestra “Doenças Neurológicas, não cirúrgicas, em cães e gatos”

Ger

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acio

nal

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tern

acio

nal 60. 9º Encontro dos Veterinários Motociclistas

62. Comemorações do 100º Aniversário do LNIV

64. OMV esteve presente na Cerimónia de Tomada de Posse do Reitor da UTAD

65. Comemoração do 75º Aniversário da Ordem dos Médicos contou com a presença da OMV

66. VetBizz – Encontro Anual de Gestão Veterinária

67. Bastonária da OMV participa na Mesa Redonda “Resistências a Antibióticos”

68. OMV esteve presente nas Comemorações do Dia do Farmacêutico

69. Bastonária da OMV esteve presente no Seminário sobre “Use of Antimicrobials in Animal Production”

71. Cerimónia Solene de Comemoração do Aniversário da Implantação da República contou com a presença da Bastonária da OMV

72. Bastonária da OMV participa na Mesa Redonda “Crises no Setor Alimentar”

74. Sessão de Encerramento do Projeto CAT DOG BUS contou com a presença da OMV

75. Vice-Presidente da OMV participa em Mesa Redonda no III Congresso Internacional de Enfermagem Veterinária

76. Dia Europeu dos Antibióticos

77. II Jornadas Técnico-Veterinárias do Campo Branco

79. Tomada de Posse da AEFMV-ULisboa contou com a presença da OMV

80. Bastonária da OMV participa no Encontro “ O direito dos Animais: Uma perspetiva para o Séc. XXI”

Téc

nico

-C

ient

ífico 82. O estudo das fontes proteicas alternativas na alimentação animal: experimentação bioquímica com o

tremoço doce e o bagaço de soja.

95. O ciclo de vida profissional dos professores: uma súmula.

Leg

isla

ção 101. Legislação

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Institucional OMV Direção

OMV promove com UTAD e Conselhoregional do Centro o Curso de Formação

“Avaliação Sanitária de Caça Maior”

AOMV estabeleceu um Protocolo de Colabo-ração com a Universidade de Trás-os-Mon-tes e Alto Douro (UTAD), que tem como

principal objetivo a cooperação e intercâmbio entre as duas instituições, de forma a desenvolver ações de formação em vários domínios.

Assim, no âmbito deste Protocolo, a OMV em cola-

boração com a UTAD e o Conselho Regional do Cen-tro promoveu no dia 26 de outubro, em Idanha-a--Nova, o Curso de Formação “Avaliação Sanitária de Caça Maior”, homologado pela Direção Geral de Ali-mentação e Veterinária (DGAV).

Este curso contou com a participação de 50 médicos veterinários e teve como principal objetivo dotar es-

Bastonária da OMV – Prof.ª Doutora Laurentina Pedroso

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tes profissionais de competências no âmbito da ava-liação sanitária de caça maior, em particular no que se refere ao enquadramento legislativo e disposições administrativas para avaliação sanitária das peças de caça maior, à organização e ordenamento da caça em Portugal, às principais doenças (tuberculose/mi-cobacterioses) e sua epidemiologia e quadro lesio-nal das espécies animais de caça maior, bem como a obtenção de conhecimentos práticos, em ambiente real de montaria.

A componente teórica deste Curso foi ministrada por formadores pertencentes a várias instituições, nomeadamente a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e o Instituto Politéc-nico de Viseu (IPV). No que se refere à componen-te prática, esta foi desenvolvida posteriormente em ambiente real de montaria, durante a época venató-ria, e realizada na área epidemiológica de risco para a tuberculose em espécies animais de caça maior definidas no Edital nº 1.

A OMV congratula-se com o sucesso desta iniciativa, bem como com o elevado interesse demonstrado por parte dos participantes.

Prof.ª Doutora Madalena Vieira Pinto

Médicos Veterinários que participaram no Curso de Avaliação Sanitária de Caça Maior

Dr. Miguel lamela

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VIII Congresso da OMV eIV Encontro de Formação contaram com 1400

participantes no CCL

No VIII Congresso da OMV e IV Encontro de Formação Gratuita decorreram nos dias 30 de novembro e 01 de Dezembro, no Centro

de Congressos de Lisboa.

Estes eventos, considerados como uma referência para a Classe Médico-Veterinária, contaram com a presença de cerca de 1400 participantes, que tive-ram oportunidade de assistir a diversas temáticas relacionadas com as várias áreas de atuação da Me-dicina Veterinária.

A Sessão Plenária do VIII Congresso da OMV, que decorreu na tarde de dia 1 de dezembro, foi presidi-da pelo Presidente da Assembleia Geral, Dr. Manuel Dargent Figueiredo, e versou sobre a temática “Re-sistência a antibióticos. Impacto na Saúde Animal e Humana no Séc. XXI”.

No inicio desta sessão a Bastonária da OMV, Prof.ª Doutora Laurentina Pedroso apresentou os resulta-dos do estudo elaborado pela OMV sobre a venda de medicamentos sujeitos a receita Médico-Veteri-nária. A Bastonária realçou a necessidade de imple-mentação de um sistema eficaz para validação da receita eletrónica ou de vinheta nas farmácias, e sa-lientou que “este estudo prova a gravidade na falsifi-cação e usurpação de funções por outras classes de atos Médico-Veterinários, com potencial impacto na saúde animal e na saúde humana”.

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Posteriormente foi possível assistir à apresenta-ção de vários temas relacionados com a resistência antimicrobiana, apresentados pela Prof.ª Doutora Lurdes Clemente, Dra. Ana Oliveira, Prof.ª Doutora Constança Pomba, Dr. Rui Gabriel da Silva e Dra. He-lena Ponte. O Dr. Nuno Marques Pereira apresentou a proposta de novo Regulamento da Saúde Animal (com data de entrada em vigor prevista para 2016) referente à “problemática da prescrição de medica-mentos por outros profissionais que não os médicos veterinários”.

No final da sessão decorreu a Mesa Redonda “Uma só saúde – Os antimicrobianos: o quê, quando, como usar e deixar de usar. Como evitar a usurpa-ção de funções da prescrição médico-veterinária”, na qual participaram o Vice-Presidente da FVE, Dr. Rafael Laguens, a Diretora Geral de Alimentação e Veterinária, Prof.ª Doutora Teresa Villa de Brito, um representante da CESA-APIFARMA (APIFARMA VET),

Dr. Rui Gabriel e vários representantes das Associa-ções Profissionais da Classe, nomeadamente: Dr. Rui Onça, em representação da APMVEAC, Dr. José Júlio Alfaro Cardoso, Presidente da Sociedade Científica de Suinicultura, Dr. Ricardo Bexiga Vice-Presidente da APB, Dr. Ricardo Batista da SPANCA e Prof. Doutor Mário Cotovio da AMVE.

No que se refere ao programa do IV Encontro de For-mação, os Colegas tiveram oportunidade de assistir às palestras proferidas por 55 oradores nacionais e internacionais convidados, que versaram sobre as diversas áreas de atuação do médico veterinário, nomeadamente sobre animais de companhia, ani-mais exóticos, equinos, bovinos, segurança alimen-tar, medicina de canis e gatis, comportamento e bem-estar animal, entre outras.

O espaço comercial/social contou com a presença de representantes de 17 empresas farmacêuticas e

COnSuLte:

• Programa do VIII Congresso da OMV e IV encontro de Formação (veja aqui) • Apresentações do VIII Congresso da OMV (veja aqui)

Apresentações do IV encontro de Formação:

• Animais de Companhia (veja aqui) • Animais exóticos (veja aqui)• Bovinos (veja aqui)• Segurança Alimentar (veja aqui)• Comunicações Livres (veja aqui)

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de alimentos para animais, que patrocinaram estes eventos, contribuindo assim para a realização dos mesmos.

Para além do convívio e espirito de união que foram patentes entre os Colegas, estes eventos proporcio-naram uma troca de experiências e conhecimentos científicos entre os profissionais de cada área da Medicina Veterinária.

Presidente da Mesa da Assembleia Geral a apresentar os convidados da Mesa Redonda.

Convidados da Mesa Redonda “uma só Saúde – Os antimicrobianos: O quê, quando, como usar e deixar de usar. Como evitar usurpação de funções da prescrição Médico Veterinária”.

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(da esq. para a dta.) Dra. Helena Ponte (DGAV), Prof. Doutor Mário Cotovio (AMVe), Dr. Rui Onça (APMVeAC) e Dr. Rui Gabriel (APIFARMA-Vet)

(da esq. para a dta.) Dr. José Júlio Alfaro Cardoso (Sociedade Científica de Suinicultura), Prof. Doutor Ricardo Bexiga (APB), Dr. Ricardo Batista (SPAnCA)

Diretora Geral de Alimentação e Veterinária e Bastonária da OMV

Sessão Plenária do VIII Congresso da OMV

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Dr. Rafael Laguens – Vice-Presidente da FVe Panorâmica da Sessão Plenária do VIII Congresso da OMV

Sessão Plenária do VIII Congresso da OMV

(da esq. para a dta.) Dr. Rui Gabriel, Diretora Geral de Alimentação e Veterinária, Bastonária da OMV e Vice-Presidente da FVe

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(da esq. para a dta.) Bastonária da OMV, Vice-Presidente da FVe, Dr. Jaime Menezes, Dr. Rui Gabriel, Dr. João Sameiro de Sousa, Dra. Helena Ponte e Dra. Lurdes Clemente

(da esq. para a dta.) Dra. Ana Oliveira, Dr. nuno Marques Pereira, Presidente da Assembleia Geral, Bastonária da OMV, Dr. José Prazeres

(da esq. para a dta.) Bastonária da OMV, Vice-Presidente da FVe e Dr. Jaime Menezes

Dr. Manuel Dargent Figueiredo, Prof.ª Doutora Laurentina Pedroso, Dr. José Prazeres

(da esq. para a dta.) Dr. João Sameiro de Sousa, Dra. Helena Ponte, Dra. Lurdes Clemente, Dr. José Prazeres e Dr. Rui Silva

Sessão Plenária do VIII Congresso da OMV

Colegas que assistiram à sessão Plenária do VIII Congresso da OMV

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Bastonária da OMV

Bastonária da OMV

Dra. Lurdes Clemente – InIAV

Dr. Manuel Dargent de Figueiredo (Presidente da Assembleia Geral da OMV) e Dra. Ana Oliveira (FMV - uLHt) Prof.ª Doutora Constança Pomba - FMV-uL

Sessão Plenária do VIII Congresso da OMV

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Dr. nuno Marques Pereira - FMV-uLHt e Oceanário de Lisboa Dra. Helena Ponte – DGAV

Sessão Plenária do VIII Congresso da OMV

Dr. Manuel Dargent Figueiredo (Presidente da Mesa da Assembleia Geral) e Dr. João Sameiro de Sousa (anterior Bastonário da OMV)

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Institucional OMV Direção

Prof.ª Doutora Constança Pomba e Dra. Ana Oliveira

Prof.ª Doutora Rita Payan, Dr. Rui Gabriel da Silva, Dr. José Prazeres, Dr. Rafael LaguensDr. José Júlio Alfaro Cardoso e Dr. narciso Lapão

Sessão Plenária do VIII Congresso da OMV

Dr. Rafael Laguens e Dra. Helena Ponte

Dr. Rui Gabriel da Silva – APIFARMA-Vet

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Dr. Luís Lima Lobo

Dra. Marla Litchenberger Dr. Rui Patrício

Prof. Doutor Patrick Pageat

Dr. Joel Silva

IV Encontro de Formação OMV

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Institucional OMV Direção

Dr. néstor Caldéron Prof.ª Doutora Joana Oliveira

Prof. Doutor Manuel Jimenez Peláez

Prof. Doutor Gerard Rutteman Prof. Doutor Luís Cardoso

IV Encontro de Formação OMV

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Revista digital OMV18

Prof.ª Doutora Gabriela Santos Gomes Prof.ª Doutora Graça Alexandre-Pires

Prof.ª Doutora Isabel Fonseca

Dra. Cátia MarquesDra. Maria Aires Pereira

IV Encontro de Formação OMV

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IV Encontro de Formação OMV

Prof. Doutor David Williams

Prof. Doutora Sigrid Grulke Dr. João Oliveira

Dra. Ana Oliveira

Dr. Miguel Ângelo

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Prof.ª Doutora Harriet Syme Dra. Ângela Martins

Dra. Cátia Sá Prof. Doutor Harold tvedten

IV Encontro de Formação OMV

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Institucional OMV Direção

Dr. João Gonçalves

Dra. Cristina FragioDr. Pedro Almeida

Dra. Marla Litchenberger durante a apresentação do tema“emergências médicas”

Prof. Doutor Michael Day

IV Encontro de Formação OMV

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Dr. Luís Cruz Dra. Cristina Pinto de Abreu

Dr. Miguel Beco CardosoDr. Luís Chambel

Dr. Paulo da Palma Sessão Prática – Medicina estomatológico-Dentária

IV Encontro de Formação OMV

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Panorâmica das Salas do IV Encontro de Formação OMV

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Panorâmica das Salas do IV Encontro de Formação OMV

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Panorâmica das Salas do IV Encontro de Formação OMV

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Momento Social / Convívio dos Participantesdo VIII Congresso da OMV e IV Encontro de Formação

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Momento Social / Convívio dos Participantesdo VIII Congresso da OMV e IV Encontro de Formação

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Momento Social / Convívio dos Participantesdo VIII Congresso da OMV e IV Encontro de Formação

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Momento Social / Convívio dos Participantesdo VIII Congresso da OMV e IV Encontro de Formação

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Momento Social / Convívio dos Participantesdo VIII Congresso da OMV e IV Encontro de Formação

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Momento Social / Convívio dos Participantesdo VIII Congresso da OMV e IV Encontro de Formação

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Momento Social / Convívio dos Participantesdo VIII Congresso da OMV e IV Encontro de Formação

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Momentos de Convívio noJantar do VIII Congresso da OMV e IV Encontro de Formação

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Momentos de Convívio noJantar do VIII Congresso da OMV e IV Encontro de Formação

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Momentos de Convívio noJantar do VIII Congresso da OMV e IV Encontro de Formação

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Revista digital OMV36

Os resultados do estudo indicam que, em média, cerca de 92% das farmácias de Lisboa e Porto e suas zonas limítrofes vendem antibióticos para animais sem solicitar receita Médico-Veterinária. Consid-erando-se apenas os dados referentes unicamente a farmácias das cidades de Lisboa e Porto verifica-se que, em média, 87% das farmácias vendem anti-bióticos sem qualquer solicitação de receita médica e destas mais de 50% sugeriram o tratamento para o animal e escolheram o antibiótico que venderam.

A OMV está consciente da gravidade das situações encontradas, neste estudo, e que se prendem com a problemática (grave) das resistências a antibióticos, como um dos grandes problemas do Séc. XXI, e ain-da com o uso indevido de antibióticos, para os quais se espera uma utilização responsável, os seguimen-tos devidos de posologias e tempos de tratamento, que só podem ser decididos e prescritos por quem de direito, ou seja, os profissionais Médico-Veter-inários. Assim, a Ordem considera que tem funda-mentos e legitimidade não só para ter realizado o estudo como ainda para proceder assim à divul-gação pública destes resultados e deles dar conheci-mento às entidades competentes.

Desta forma, a Bastonária da OMV reuniu no dia 04 de outubro de 2013 com o Sr. Diretor Geral da Saúde, o Doutor Francisco George, para lhe comu-nicar os resultados do estudo que realizou. Na ga-rantia da salvaguarda da saúde animal e humana e de forma a delinear sinergias conjuntas, estes resul-tados também foram comunicados, a 28 de novem-

Venda de medicamentos de uso veterináriosem receita médico-veterinária em farmácias

A Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) re-cebeu, nos últimos tempos, um alargado conjunto de denúncias dos seus membros,

relativas à irregularidade de certos atos por parte das farmácias, nomeadamente a possível prescrição e venda de medicamentos de uso veterinário sem receita médico-veterinária, incluindo antibióticos.

Perante a gravidade destas denúncias, a Ordem considerou, na defesa da legalidade, ser necessário adotar medidas para poder avaliar a existência, a dimensão e o impacto daquelas práticas na sal-vaguarda da Saúde Animal e da Saúde Humana.

A Ordem podia ter feito este levantamento através dos seus recursos humanos, através dos Membros ou de qualquer outra forma; no entanto, de entre as várias opções de que dispunha, a Ordem decidiu contratar uma empresa independente para proced-er a um levantamento sobre a existência destas situ-ações. O âmbito e o objetivo do estudo não se con-stituiu como um ato investigatório, mas como uma forma de a Ordem apurar a veracidade e a dimensão das queixas que foi recebendo.

Este estudo, que decorreu entre os meses de julho e setembro, incidiu sobre as cidades de Lisboa e Porto e suas zonas limítrofes, tendo sido delineado com amostragem aleatória e utilização de auditores do tipo “cliente mistério”, com o objetivo de apresentar resultados credíveis e consistentes. O desenho do estudo foi feito procurando que a margem de erro fosse inferior a 10% num nível de confiança de 95%.

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trónico seria da responsabilidade da OMV e tem como principais objetivos minimizar a falsificação de venda de medicamentos sem receita médica, de boletins de vacina e outros, bem como evitar a usurpação de funções por outros profissionais, que não sejam médicos veterinários.

COnSuLte:

• Síntese do estudo sobre a venda de medicamentos de uso veterinário sem receita-médico veterinária (veja aqui)

• Ofício remetido à Direção Geral de Alimentação e Veterinária (veja aqui)

• Ofício remetido à Direção Geral de Saúde (veja aqui) no seguimento do comunicado do Conselho Diretivo, foram publicadas várias notícias no diversos meios de comunicação social – Veja as notícias publicadas aqui

bro de 2013, à Sra. Diretora Geral de Alimentação e Veterinária, tendo sido proposta a possibilidade de validação da receita médico-veterinária, nas farmá-cias, através da aposição de vinheta do Médico Vet-erinário para medicamentos sujeitos a receita mé-dico-veterinária, incluindo vacinas, ou através da implementação de um modelo electrónico da re-ceita médico veterinária. Na mesma altura, foi ainda enviado um ofício ao Sr. Diretor Geral da Saúde em que se expunha a situação e solicitava apoio para que, no âmbito das suas competências, apoiasse a OMV na garantia e salvaguarda da saúde animal e humana e delinear estratégias acima mencionadas.

Considerando a gravidade da situação, o Sr. Diretor Geral da Saúde comunicou à OMV, a 01 de dezem-bro de 2013, que remeteu a presente informação para apreciação do INFARMED, o qual solicitou, a 10 de dezembro de 2013, o envio de informações adi-cionais sobre este processo.

A implementação e manutenção deste sistema elec-

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descartáveis utilizados no tratamento dos animais, a informação vinculativa distingue entre o material que pertença ao ativo fixo tangível do sujeito pas-sivo e aquele que faça parte do seu inventário:

a) Quando esses bens pertençam ao ativo tangível (ativo imobilizado), o transporte não carece de ser acompanhado de documento de transporte por força da exclusão prevista no artigo 3.º, n.º 1, alínea c), do decreto-lei n.º 147/2003, de 11 de julho. A informação vincu-lativa sugere que os médicos veterinários se fa-çam acompanhar de elementos que permitam provar a proveniência e o destino dos bens.

b) Quando esses bens pertençam ao inventário, o transporte tem de ser acompanhado de docu-mento de transporte. A informação vinculativa acrescenta ainda que nos casos em que o des-tinatário dos bens seja desconhecido na altu-ra do início do transporte e nos casos em que sejam desconhecidas as quantidades dos bens que serão transmitidos deve ser processado um

Informação vinculativa sobre o Regime de Bensem Circulação e sobre a Taxa de IVA aplicável

aos serviços Médico-Veterinários em OPP’sAplicação do Regime de Bens em Circulação no exercício da

profissão Médico-Veterinária

No sentido de esclarecer as dúvidas colocadas pelos seus Membros relativamente às alter-ações do Regime de Bens em Circulação, o

Conselho Diretivo da OMV solicitou à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) uma informação vincula-tiva sobre a aplicabilidade deste Regime no exercício da profissão Médico Veterinária.

Por Despacho de Subdirector-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), por delegação do Direc-tor Geral, foi emitida a seguinte informação:

I. O transporte pelos médicos veterinários de medi-camentos ou medicamentos veterinários necessári-os à sua prática clínica diária não carece de ser acom-panhado de documento de transporte por força do artigo 69.º-A do decreto-lei n.º 148/2008, de 29 de julho.

II. Relativamente ao transporte de instrumentos acessórios à atividade médico-veterinária, de equi-pamento médico, de materiais descartáveis utiliza-dos na aplicação de medicamentos e de materiais

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Institucional OMV Direção

documento de transporte global, impresso em papel e, à medida que os bens forem incorpo-rados nos serviços prestados, deve a sua saída ser registada num documento, que deverá fazer referência ao documento de transporte global e que deverá ser comunicado à Autoridade Tribu-tária e Aduaneira (AT) por inserção no Portal das Finanças até ao 5º dia útil seguinte ao do transporte.

Em Síntese:

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) reconhe-ceu que os médicos veterinários não estão obriga-dos a processar documento de transporte sempre que transportem medicamentos, medicamentos veterinários ou bens incorporados necessários à sua prática clínica diária.

Além do que consta escrito expressamente na infor-mação vinculativa emitido pela Autoridade Tribu-

tária e Aduaneira (AT), recordamos que de acordo com o âmbito de aplicação do Regime de Bens em Circulação, os médicos veterinários continuam a não estar obrigados a processar documento de trans-porte em relação a quaisquer outros bens que não se destinem a ser vendidos.

Sugerimos que os médicos veterinários se façam acompanhar no transporte por esta informação vinculativa para que, em caso de fiscalização, pos-sam fazer prova deste entendimento da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e que, sempre que não se façam acompanhar de documento de transporte, informem de forma adequada as autoridades com competência para fiscalização das razões que justi-ficam essa situação por referência às situações que enumeramos supra.

COnSuLte:

• Síntese do parecer vinculativo sobre o regime de bens em Circulação. (veja aqui)

• Parecer vinculativo da autoridade tributária e aduaneira (At) (veja aqui)

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Institucional OMV Direção

Revista digital OMV40

No passado dia 03 de dezembro, a OMV rece-beu parecer favorável da Autoridade Tribu-tária e Aduaneira (AT) relativamente ao seu

pedido para aplicação de taxa reduzida de IVA (6%) aos serviços faturados pelos Médicos Veterinários às OPP’s.

Conforme anteriormente divulgado, a OMV so-licitou, a 7 de maio de 2013, uma informação vin-culativa à AT sobre a taxa de IVA a ser aplicável às prestações de serviços médico-veterinários de re-produção animal, sanidade animal, clínica, cirúrgica e de consultadoria a animais de espécies pecuárias em explorações e sociedades agrícolas.

A 26 de junho de 2013, a Direção de Serviços de IVA esclareceu que, é aplicável a “taxa reduzida de IVA aos serviços de medicina veterinária que contribuam para a realização das atividades de criação de ani-mais, desde que essas atividades tenham conexão com a exploração do solo ou este tenha caráter es-sencial”, pelo que o nosso entendimento jurídico seria o de aplicação da taxa reduzida também nos serviços das OPP’s. No caso da prestação de serviços a animais de desporto, em especial cavalos, a taxa reduzida só será aplicável no âmbito de uma ex-ploração de criação desses animais, sendo também imprescindível que exista conexão com a exploração do solo ou este tenha caráter essencial. Será aplicáv-el a taxa normal aos serviços de veterinária que in-cidam sobre os animais que estejam a ser utilizados em competições desportivas, por forças de seguran-ça ou para efeitos meramente recreativos.

Posteriormente, a OMV tomou conhecimento de outra ficha doutrinal (processo nº 5021), que referia que os médicos veterinários que prestam serviços às OPP’s, deveriam faturar os mesmos à taxa normal de IVA – 23% - por não serem prestados diretamente aos produtores/criadores, mas sim às OPP´s.

Considerando a OMV que a prestação de serviços médico-veterinários faturados às OPP’s, têm por ob-jeto animais pertencentes a criadores/produtores que desenvolvem uma atividade económica de cri-ação de animais, e que não deverá existir nenhuma diferença de tratamento em sede de IVA, solicitou com carácter de urgência, a 25 de Julho de 2013, um esclarecimento à AT face à existência de dois pareceres antagónicos sobre a mesma matéria.

Face aos argumentos apresentados, a OMV recebeu ontem, 03 de dezembro de 2013, a posição final da AT apoiando as propostas da OMV que já estavam contempladas no primeiro parecer vinculativo de junho:

• ”não existe base de sustentação legal para esta diferença de tratamento, uma vez que o único requisito ínsito na lei é o da atividade contribuir para a realização da produção agrícola (pecuária), ou seja, não é a qualidade do destinatário/ad-quirente do serviço veterinário que releva para aplicação da verba 4.2, mas sim se a atividade de “per si”, objetivamente considerada, cumpre ou não aquele requisito”.

Aplicação de taxa reduzida de IVA (6%) para os serviçosMédico-Veterinários em OPP’s

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Institucional OMV Direção

Concluindo, é parecer da AT que os Médicos Vet-erinários, ainda que faturando os seus serviços às OPP’s, devem liquidar imposto à taxa reduzida de IVA de 6% uma vez que os mesmos se enquadram na verba 4.2 da Lista I anexa ao CIVA.

Esta taxa reduzida de IVA tem efeitos para aplicação imediata.

A OMV continuará a lutar na defesa dos interess-es dos Médicos Veterinários e lamenta que as in-dicações que deu aos seus membros em junho de 2013 só tenham possibilidade de ser implementa-das, resultado de pedidos de outras entidades que deram origem a pareceres contraditórios pela AT.

COnSuLte:

• Parecer da At relativo à aplicabilidade da taxa reduzida de IVA aos serviços Médico-Veterinários em OPP’s (veja aqui)

• Parecer vinculativo emitido, a 26 de Junho, pela At sobre a taxa de IVA aplicável aos serviços veterinários em explorações e/ou sociedades agrícolas, face ao pedido da OMV (veja aqui)

• Parecer vinculativo emitido pela At face a outros pedidos relativos à aplicabilidade da taxa de IVA (Ficha Doutrinal - Processo nº 5021) (veja aqui)

• Pedido de esclarecimento da OMV, emitido a 25 de Julho, à At face à existência de dois pareceres antagónicos sobre a mesma matéria (veja aqui)

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Institucional OMV Direção

Revista digital OMV42

Apedido da Sra. Ministra da Agricultura e do Mar, a OMV emitiu parecer sobre o antepro-jeto de Decreto-Lei que estabelece o “Có-

digo do Animal de Companhia”.

O Conselho Diretivo, após auscultação dos membros do Conselho Profissional e Deontológico e dos Con-selhos Regionais, propôs alterações à proposta de documento apresentada.

As alterações propostas pela OMV incluem situações que podem afetar o bem-estar e a saúde animal, bem como refletir graves repercussões para a atividade Médico-Veterinária, destacando-se, entre outras:

Posição da OMV face à proposta de Diploma sobre o“Código do Animal de Companhia”

1. A aplicação do microchip (artigo 53º, nº 7)

Proposta do Ministério da Agricultura:

“7- A aplicação do microchip apenas pode ser efet-uada por médico veterinário, enfermeiro ou outro técnico habilitado.”

Proposta da OMV:

“7- A aplicação do microchip apenas pode ser efetu-ada por médico veterinário ou outro técnico habili-tado, sob a responsabilidade do Médico Veterinário.”

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Revista digital OMV43

Institucional OMV Direção

2. Obrigatoriedade do Médico Veterinário denunciar o detentor do animal, caso este infrinja as normas de registo do seu animal (artigo 57º, alínea c) e d))

Proposta do Ministério da Agricultura:

“No exercício da sua atividade, o médico veterinário deve: (…)

c) Confirmar, no caso de animal já identificado, se o mesmo está registado na base de dados e, se não o estiver, efetuar o respetivo registo, desde que lhe tenha sido presente a documen-tação comprovativa da propriedade do animal, designadamente o boletim sanitário ou o pas-saporte e ou a ficha de registo;

d) Comunicar à entidade gestora da base de dados as irregularidades detetadas na identifi-cação e registo.”

Proposta da OMV:

A OMV considera que estas alíneas devem ser retira-das, uma vez que “face às normas estatutárias e de-ontológicas da Ordem, nomeadamente relacionadas com o sigilo profissional do médico veterinário, opo-mo-nos veemente à solução da proposta originária, porquanto é inadmissível que o Médico Veterinário no exercício da sua profissão seja obrigado a denun-ciar às autoridades os seus utentes”.

Não tendo, até à data, tido conhecimento se as propostas de alteração sugeridas pela Ordem foram aceites pelo Ministério da Agricultura, e tendo o Conselho Diretivo sido questionado por vários Co-legas e jornalistas, considerou-se pertinente divul-gar junto dos Colegas a posição da OMV face a este documento.

COnSuLte:

• Proposta de Decreto-Lei que estabelece o “Código do Animal de Companhia” (veja aqui)

• Propostas de alteração sugeridas pela OMV ao “Código do Animal de Companhia” (veja aqui)

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Institucional OMV Direção

Revista digital OMV44

Neste estudo a OMV verificou com preocupação que a legislação portuguesa “está muito atrás” de out-ros países europeus relativamente à defesa dos di-reitos dos animais e elaborou uma proposta sobre alterações ao Código Civil, que , entre outros ponto relevantes, defende que os animais deixem de ser considerados como “coisas” e a alteração penal por criminalização dos maus-tratos e abandono a ani-mais domésticos. O documento foi entregue em jun-ho e julho ao Presidente da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias (CACDLG) e a todos os Grupos Parlamen-tares da Assembleia da República (PSD, CDS-PP, PS, CDU, BE, PCP e PEV), solicitando a intervenção da AR nestas matérias.

Assembleia da República aprova criminalizaçãodos maus-tratos a animais domésticos – Posição

da OMV

O Conselho Diretivo da OMV congratula-se com o resultado da aprovação da criminali-zação dos maus-tratos a animais domésticos

e considera o resultado da votação na Assembleia da República, no passado dia 06 de Dezembro, uma vitória do trabalho da Ordem, que deu uma perspe-tiva fundamentada, coerente, ponderada e credível a esta matéria, o que não existia anteriormente quan-do esta questão era defendida exclusivamente pelas associações zoófilas.

A OMV realizou durante os primeiros 6 meses de 2013 um estudo de Direito comparativo sobre os di-reitos dos animais e a penalização de maus-tratos e abandono de animais na Europa.

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Revista digital OMV45

Institucional OMV Direção

É com grande satisfação que a OMV viu ser discutida e aprovada esta matéria na AR e que os principais partidos consideraram as propostas da OMV, que tinham como principal objetivo tornar crime o aban-dono e os maus-tratos dos animais.

A OMV foi ainda mais além do que qualquer um dos Partidos Parlamentares:

(a) articulando o regime criminal com o regime contraordenacional;

(b) prevendo a tipificação criminal do abando-no dos animais (omisso na proposta do PS) e (c) prevendo a forma de o controlar (omisso na proposta do PSD).

(d) propondo que os crimes tenham a natureza pública (contrariamente há proposta do PS e em semelhança há do PSD) e que o procedimento criminal não dependa de queixa.

Isto significa que qualquer pessoa pode denunciar o crime às autoridades e que as autoridades podem, ainda que ninguém tenha apresentado queixa, in-vestigar este tipo de crimes.

Apesar das inúmeras petições na AR esta é a primeira vez que o assunto foi olhado com a seriedade devida e em que os dois maiores partidos nacionais apre-sentaram propostas concretas.

Tal deveu-se em muito, estamos certos, à interven-ção atempada e acertada da OMV que continuará a ter um papel central na defesa da Proteção e do Bem-Estar Animal.

COnSuLte:

• Informação enviada pela OMV à Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias sobre o Projeto de Lei nº 172/XII/1ª, que altera o Código Civil (veja aqui)

• Proposta da OMV sobre a Alteração Legislativa relativa à Proteção Penal dos Animais de Companhia – Tipificação dos Crimes de Abandono e de Ofensa ao Bem-estar Animal (veja aqui)

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Institucional OMV Direção

Revista digital OMV46

OMV na SociedadeOMV lança vídeo “Cães na Sociedade”

N o passado dia 04 de outubro, dia de S. Fran-cisco de Assis, dia do Médico Veterinário e dia do Animal, a OMV divulgou um vídeo so-

bre a importância do cão como animal de compan-hia, intitulado “Cães na Sociedade”.

Este vídeo destina-se à população em geral, e pre-tende promover uma saudável interação entre o Homem e os Animais, assim como sensibilizar os donos para a importância dos cuidados médico vet-erinários regulares aos seus animais de companhia.

Pretende-se com esta publicação reforçar as vanta-gens do convívio do Homem com o seu Animal, uma vez que a “amizade com o cão pode ser para toda a

vida”, e é fundamental o proprietário conhecer os seus comportamentos e necessidades básicas de saúde, tornando esta relação adequada, saudável e duradoura porque “um cão feliz, torna a nossa vida muito mais feliz”, bem como promover a imagem do Médico Veterinário na sociedade.

O Vídeo “Cães na Sociedade” que já conta com cerca de 5000 visualizações, tem a duração de 16 minutos, e está dividido em 6 capítulos.

Agradecemos a colaboração dos Colegas na divul-gação deste vídeo pelos Centros de Atendimento Médico Veterinários, escolas, institutos, empresas e outros locais que considerem adequados.

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Revista digital OMV47

Institucional OMV Direção

COnSuLte:

Vídeo “Cães na Sociedade”:

• Capítulo 1 – O que é a socialização? (veja aqui)• Capítulo 2 – Cães, pessoas e ambientes (veja aqui)• Capítulo 3 – Cães e crianças (veja aqui)• Capítulo 4 – Sinais de calma/ medo e sinais de agressividade (veja aqui)• Capítulo 5 – Como aprendem os cães? Como ensinar cachorros? (veja aqui)• Capítulo 6 – Cuidados básicos de saúde com o cão (veja aqui)

Pode ver o vídeo completo aqui.

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Institucional OMV Direção

Revista digital OMV48

OMV na SociedadeOMV publica Guia “Cuidar dos Animais de

Companhia”

A OMV editou um guia de 20 páginas sobre “Cuidar dos Animais de Companhia”.

Este guia é destinado ao público em geral e tem como principal objetivo promover a imagem do Mé-dico Veterinário na Sociedade e sensibilizar para a importância dos cuidados médico-veterinários regu-lares para quem tem animais de companhia.

Nesta publicação são abordados os cuidados básicos de saúde a ter com os animais de companhia (cão e gato), incluindo as espécies exóticas (coelhos, ré-pteis e aves) nomeadamente a nível da alimentação, higiene, vacinação, desparasitação, identificação eletrónica, reprodução e despiste de doenças para-sitárias e infeciosas. Este Guia encontra-se disponível para consulta em formato digital/e-book no website da OMV, poderá ser impresso a partir do ficheiro PDF ou disponibili-zado em papel.

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Revista digital OMV49

Institucional OMV Direção

Pode consultar o Guia “Cuidar dos Animais de Companhia” em formato digital/e-book aqui.

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Institucional OMV Direção

Revista digital OMV50

Assembleia Geral da OMV

A Assembleia Geral Ordinária da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) realizou-se no passado dia 14 de dezembro de 2013, pelas

15 horas, no SANA Metropolitan Hotel, em Lisboa, para discussão e aprovação do Plano de Atividades e Orçamento para 2014.

Para o ano de 2014, o Conselho Diretivo propõe-se a trabalhar nos seguintes pontos:

1. Correta gestão de despesas2. Vantagens para os membros com as quotas em dia3. Dia do Médico Veterinário4. Relações externas e de comunicação5. Apoio aos novos membros – Apoio aos jovens6. Gabinete Jurídico de Apoio à Classe7. Colaborações Nacionais e Internacionais8. Defesa dos interesses da Classe

O Plano de Atividades e Orçamento foram aprovados por maioria; o Plano de Atividades obteve 17 votos a favor, 2 votos contra e 1 abstenção, enquanto que o Orçamento foi aprovado com 14 votos a favor, 2 votos contra e 4 abstenções.

COnSuLte:

• Plano de Atividades e Orçamento para 2014 (veja aqui)

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Revista digital OMV51

Institucional OMV Direção

a sua apreciação ou na análise da procedência ou não da pretensão do Médico Veterinário. Sendo apenas um apoio jurídico preliminar, a Ordem dos Médicos Veterinários desde já declara que não se responsa-biliza a qualquer título pelas informações prestadas.

Apoio Jurídico à Classe Médico VeterináriaFrequently Asked Questions (FAQ’s)

A OMV tem vindo a disponibilizar aos seus membros apoio jurídico para esclarecimen-to de questões relacionadas com a interpre-

tação e aplicação das Leis, do Estatuto, dos Códigos e Regulamentos que regem a atividade profissional do Médico Veterinário, bem como de questões do foro laboral, fiscal e de direito administrativo, entre outras.

A intervenção deste Gabinete dá apoio inicial aos Colegas pela análise preliminar e resposta sumária, partindo dos factos que são disponibilizados pelo Mé-dico Veterinário para fornecimento de um primeiro apoio jurídico às questões colocadas por estes. Este apoio pode consistir, simplesmente, no encaminha-mento da questão para a entidade competente para

Para facilitar a consulta das FAQ’s de interesse para a Classe, as questões estarão disponíveis na área reservada do site da OMV, divididas em:

• CAMV (Licenciamento) (veja aqui)• Atividade Médico Veterinária (veja aqui)• Laboral (veja aqui)• Medicamento Veterinário (veja aqui)• Fiscais (veja aqui)• Relação com Autoridades Públicas (veja aqui)• Outras questões (veja aqui)

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Institucional OMV Direção

Revista digital OMV52

Algumas das questões e respostas elaboradas pelo Gabinete Jurídico poderão ainda integrar uma lista de Perguntas Mais

Frequentes (FAQ’s – Frequently Asked Questions) a divulgar à Classe, sendo sempre garantida a total confidencialidade em

relação ao Colega que colocou a questão.

Veja todas as FAQ’s por temas aqui

Para colocar as suas questões do foro de aconselhamento jurídico, remeta email para:

[email protected] e [email protected]

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Revista digital OMV53

Institucional OMV Direção

cício de clínica itinerante.De notar, pois, que o exer-cício exclusivo de clínica itinerante está vedado aos membros da OMV e constitui infração disciplinar.

Contudo, a prática de exercício de clínica veterinária em zonas rurais e semi-rurais reveste-se de particu-laridades a ter em conta, nomeadamente a prestação de cuidados de saúde a animais que, de outra forma, não poderiam usufruir dos mesmos.

Porém, o exercício de clínica veterinária neste último caso só pode ter, associado à prestação de serviços clínicos a animais de produção e se os animais pert-encerem ao mesmo proprietário ou demais colab-oradores da exploração agro-pecuária, e sempre a pedido do proprietário dos animais. Por outro lado, e atentas as atribuições da Ordem

Parecer do Concelho Profissional e DeontológicoClinica Itinerante e Clínica Domiciliária

Tem vindo o CPD a verificar a falta de esclare-cimento, por parte de alguns membros da Classe, em aspetos relacionados com a prática

clínica. Assim, urge distinguir claramente duas for-mas de exercício da atividade médico-veterinária, a saber: a clínica itinerante e a clínica domiciliária.

A clínica itinerante, isto é, a prática de atos médico-veterinários sem local fixo ou habitual, prevista no n.º2 do artigo 9.º do Código Deontológico dos Médi-cos Veterinários, está impedida de ser praticada.

Por seu turno, a clínica domiciliária, é praticada no domicílio do cliente a pedido deste, quando a situ-ação clínica do animal assim o exija, ou no âmbito de campanhas de profilaxia obrigatórias, as quais estão contempladas e permitidas no mesmo articulado.

Aliás, o artigo 36.º, n.º 2 do supracitado Código de-fine o local onde o ato clínico pode ter lugar: Con-sultório, Clínica ou Hospital, Empresa, domicílio ou exploração do cliente ou em qualquer outro local em caso de urgência. A regulamentação do exercício de medicina veter-inária não prevê, portanto, a possibilidade de exer-

Pareceres Jurídicos de Suporte aoExercício da Profissão

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Revista digital OMV54

dos Médicos Veterinários no que respeita à sanidade animal e à defesa da saúde pública, cumprirá es-clarecer que os Médicos Veterinários que procedam ao atendimento domiciliário não poderão praticar todo e qualquer ato médico-veterinário, mas apenas aqueles que não exijam especiais condições higio-sanitárias, cabendo-lhes assegurar a preservação da saúde pública e do bem-estar animal, sob pena de incorrerem em violação de deveres deontológicos, nomeadamente o dever competência e zelo no ex-ercício das suas funções.

Deste modo, a prestação de serviços médico-veter-inários no domicílio deve restringir-se às atividades médico-veterinárias que são passíveis de serem prat-icadas em consultório veterinário (conforme previs-to no artigo 5.º, n.º 1 do Decreto-Lei n.º 184/2009 de 11 de Agosto), naturalmente com as necessárias adaptações. Essas atividades são as seguintes:

• Consulta;• Profilaxia, que inclui alimentação, dietética, hi-

giene, controlo de reprodução, desparasitação ex-terna e interna, vacinação e outras;

• Terapêutica clínica que não necessite de interna-mento do animal;

• Pequena cirurgia, sendo consideradas as interven-ções que apenas necessitam de tranquilização ou analgesia;

• Colheitas e/ou análise de amostras;• Exames clínicos complementares para os quais es-

tiver tecnicamente equipado;• Identificação animal;• Assistência imediata a casos urgentes de qualquer

natureza.

Os cuidados que excedam os previstos anterior-

mente apenas podem ser efetuados em CAMV legal-izados. Assim, quando a situação clínica do animal exija outro tipo de cuidados médico-veterinários, nomeadamente outras cirurgias para além das men-cionadas e/ou internamento, ou quando o local onde são prestados os serviços ao domicílio não permita assegurar um tratamento adequado do animal, tem o médico-veterinário o dever de referenciar o caso para um consultório, clínica ou hospital médico-vet-erinário, consoante as circunstâncias do caso especí-fico.

Aprovado em reunião de Conselho Profissional e De-ontológico a 03 de Janeiro de 2014.

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Institucional OMV Direção

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Revista digital OMV56

Institucional OMV Regional

Conselho Regional do Centro

Celebrações do Dia do Médico Veterinárioem Coimbra

Realizou-se em Coimbra, no dia 4 de Outubro, a Sessão Solene Comemorativa do Dia do Mé-dico Veterinário por ocasião da inauguração

da nova Sede do Conselho Regional do Centro.

Estas celebrações coincidem com o dia de São Fran-cisco de Assis, o Dia do Animal e com a data de pub-licação do Diploma que criou a Ordem dos Médicos Veterinários, que comemora este ano o seu 22º An-iversário.

A cerimónia contou com a presença do Presidente da Mesa da Assembleia Geral da OMV, Dr. Manuel Dargent Figueiredo, dos membros do Conselho e As-

sembleia Regional do Centro e do Conselho Profis-sional e Deontológico, bem como de vários Colegas, perfazendo assim cerca de duas dezenas de convida-dos.

Durante esta sessão o Presidente da Mesa da Assem-bleia Geral e a Presidente do Conselho Regional do Centro, Dra. Filomena Ramalho, dirigiram algumas pa-lavras aos presentes, destacando a importância deste dia e fazendo uma retrospetiva histórica da Ordem.

Sessão de Abertura do Dia do Médico Veterinário – Dra. Filomena Ramalho, Dr. Manuel Dargent Figueiredo e Dr. Paulo Matos

Page 57: Revista Digital OMV - 2 semestre de 2013

Revista digital OMV57

Institucional OMV Regional

Membros do Conselho regional do centro e Presidente da Assembleia Geral – (da esqda para dta) Dr. Diogo themudo, Dr. Paulo Matos, Dr. Manuel Dargent Figueiredo e Dra. Filomena Ramalho

Convidados presentes nas Comemorações do Dia do Médico Veterinário

Convidados presentes nas Comemorações do Dia do Médico VeterinárioConvidados presentes nas Comemorações do Dia do Médico Veterinário

Convidados presentes nas Comemorações do Dia do Médico Veterinário

Convidados presentes nas Comemorações do Dia do Médico Veterinário

Page 58: Revista Digital OMV - 2 semestre de 2013

Revista digital OMV58

Institucional OMV Regional

Conselho Regional da Madeira promovePalestra “Doenças Neurológicas, não

cirúrgicas, em cães e gatos”

O Conselho Regional da Madeira, em colabo-ração com o Laboratório Vetlima, organizou no passado dia 20 de julho de 2013, no Hotel

Monumental Lido, no Funchal, uma Acção de For-mação subordinada ao tema “Doenças neurológicas não cirúrgicas em cães e gatos”, destinada exclusiva-mente a Médicos Veterinários.

A Ação de Formação contou com a participação de cerca de 22 Colegas, bem como do palestrante convi-dado, Dr. João Ribeiro, que tem uma vasta experiên-cia em neurologia, construída ao longo de mais de 20 anos.

Tratou-se de uma Ação de Formação interativa, onde foram discutidos casos clínicos tendo os colegas pre-sentes participado na elaboração do exame clínico, diagnóstico e terapêuticas a instituir.

A colega Marta Frazão da Vetlima aproveitou a opor-tunidade e fez o lançamento na Ilha da Madeira do medicamento Pexion, usado para o tratamento da Epilepsia Canina.

No final desta sessão decorreu um jantar de confrat-ernização que contou com a presença de todos os participantes.

O Conselho Regional da Madeira considera que a formação foi uma mais valia para a classe médico-veterinária, uma vez que permitiu reforçar os con-hecimentos na área neurológica, não cirúrgica, per-mitindo ainda o debate entre os profissionais do sector.

Conselho Regional da Madeira

Médicos Veterinários que participaram na Palestra “Doenças neurológicas, não cirúrgicas, em cães e gatos”

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Geral Nacional e Internacional

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Revista digital OMV60

Geral Nacional e Internacional

No fim-de-semana de 6 de julho, sob um tór-rido sol, realizou-se em Reguengos de Mon-saraz o 9° Encontro dos Veterinários Moto-

ciclistas, com organização do colega Nuno Matias Guilherme e sua mulher, Susana Espifa.

Apesar das temperaturas, que rondaram os 44°C, muitos foram os colegas que quiseram estar presen-tes e desfrutar do excelente programa alinhavado pela organização, e que mereceu o reconhecimento de todos. Para o sucesso do evento muito contribuiu a simpatia deste jovem casal, que se fez notar em to-dos os pormenores, como por exemplo o facto de a Susana ter acompanhado de carro a caravana, muni-da de água fresca para distribuir pelos encalorados

9° Encontro dos VeterináriosMotociclistas

motociclistas.

O programa iniciou-se no sábado de manhã, com vi-sita à Marina da Amieira e passeio de barco no Al-queva, seguido de almoço na Herdade do Esporão e visita às suas caves.

De seguida, a caravana deslocou-se para S. Pedro do Corval, para visitar uma olaria tradicional e o seu museu, onde foi possível conhecer todas as fases do fabrico das peças de barro da região. Rumou depois a Monsaraz, onde tivemos o privilégio de poder es-tacionar as motos dentro das muralhas, e ser rece-bidos por simpática representante da Junta de Fre-guesia que nos conduziu em visita guiada pela Igreja

Médicos Veterinários participantes do 9º encontro de Veterinários Motociclistas

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Revista digital OMV61

Geral Nacional e Internacional

fissionais de todas as áreas da veterinária, quer no activo quer reformados, numa perspectiva de lazer, mas com o denominador comum que é a paixão que sentem pelas motos. A organização do próximo en-contro, que terá lugar em Miranda do Douro, fica a cargo de Luis Feio e de Francisco Neto.

Saudações veterinárias e motociclistas

Luis Feio(Médico Veterinário - Autor do texto)

Matriz e pela antiga Sala do Tribunal, onde observá-mos o famoso fresco do séc. XV alegórico da justiça terrena, com representação do bom e do mau juiz.

O dia terminou em beleza com um animado jantar convívio, patrocínio exclusivo da Virbac, onde todos puderam recuperar da desidratação sofrida ao longo do dia.

No domingo, a caravana rumou à Aldeia da Luz, onde foi possível receber explicação detalhada do pro-cesso que envolveu a destruição da aldeia original e a construção da nova aldeia. Foi também visitado o Museu da Luz. Seguiu-se deslocação até Mourão, com visita ao castelo e paragem para almoço, onde degustámos uma amostra da excelente gastronomia regional.

Os participantes agradecem o apoio dos patrocina-dores do encontro, a saber: Virbac, Syva, Ceva, MSD, Zoetis, Motomil e Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz.

No próximo ano celebra-se o 10° aniversário desta iniciativa, que tem promovido o encontro de pro-

Médicos Veterinários participantes do 9º encontro de Veterinários Motociclistas

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Revista digital OMV62

Geral Nacional e Internacional

O Conselho Diretivo esteve representado pelo seu Vice-Presidente, Dr. Luís Cruz, nas come-morações do 100º Aniversário do Laborató-

rio Nacional de Investigação Veterinária (LNIV), que decorreram no dia 09 de julho, em Lisboa.

Este evento reuniu cerca de 250 convidados, dos quais se destaca a presença do Secretário de Esta-do da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Professor Doutor Nuno Vieira e Brito, que presidiu a sessão, o Presidente do INIAV, Dr. Nuno Canada, o Diretor da Unidade Estratégica de Saúde e Produção Animal, Doutor Miguel Fevereiro, a Diretora Geral de Alimentação e Veterinária, Prof.ª Doutora Teresa Villa de Brito, e vários representantes das associa-ções profissionais da classe, entre outras personali-dades.

Neste dia foi ainda lançado um Livro que relata a his-tória deste Laboratório ao longo dos seus 100 anos de existência (1913-2013); posteriormente, proce-deu-se à abertura de três exposições subordinadas aos temas “LNIV, Uma Instituição Centenária”, “Cem anos de artigos científicos e equipamentos” e “O Dia-a-dia no LNIV”

Comemorações do 100ºAniversário do LNIV

Capa do Livro “Laboratório nacional de Investigação Veterinária – umaInstituição Centenária (1913-2013)”

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Revista digital OMV63

Geral Nacional e Internacional

Sessão de abertura das Comemorações do 100º Aniversário do LnIV Convidados presentes nas Comemorações do 100º Aniversário do LnIV

exposiçãoexposição

exposição

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Revista digital OMV64

Geral Nacional e Internacional

Durante o seu discurso o Reitor salientou a necessi-dade de apostar num ensino de qualidade e direc-cionado para o mercado de trabalho. Fez ainda refe-rência à necessidade das Universidades reforçarem o seu papel na recuperação económica e na redução dos desequilíbrios socioeconómicos e inter-regio-nais do país.

Decorreu no passado dia 29 de julho, em Vila Real, a Tomada de Posse do Reitor da UTAD, Prof. Doutor António Fontainhas Fernandes,

estando presente em representação do Conselho Di-retivo da OMV, a Prof.ª Doutora Rita Payan.

Durante esta Cerimónia foram igualmente empossa-dos os Vice-Reitores, Pró-Reitores e a Administrado-ra da instituição.

Este evento contou com a presença do Ministro da Educação e Ciência, Prof. Doutor Nuno Crato, que representava igualmente o Primeiro-Ministro bem como várias dezenas de convidados.

OMV esteve presente naCerimónia de Tomada de Posse do

Reitor da UTAD

Cerimónia de tomada de Posse do Reitor da utAD

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Revista digital OMV65

Geral Nacional e Internacional

A convite do Bastonário da Ordem dos Mé-dicos, o Conselho Diretivo da OMV esteve representado na Sessão Comemorativa do

75º Aniversário da Ordem dos Médicos pela Dra. Alexandra Simões, a qual decorreu no dia 16 de se-tembro, em Lisboa.

A Sessão Solene contou com a presença da represen-tante da Casa Civil de Sua Excelência o Presidente da República e do Secretário de Estado da Saúde, em representação do Sr. Ministro da Saúde, bem como de várias dezenas de convidados, dos quais se desta-cam os anteriores Bastonários da Ordem dos Médi-

Comemoração do 75º Aniversárioda Ordem dos Médicos contou

com a presença da OMV

Sessão de Abertura do 75º Aniversário da Ordem dos Médicos

cos e os Bastonários de outras Ordens Profissionais e seus representantes.

Durante esta Sessão foi apresentado um estudo so-bre “A Demografia Médica”, refletindo as perspeti-vas da evolução da profissão e respetiva empregabi-lidade até ao ano de 2025. Posteriormente foi feita uma homenagem aos anteriores Bastonários desta Instituição e decorreu a Conferência subordinada ao tema “A Europa e o Futuro das Profissões Regula-das”.

Foi ainda inaugurada uma Exposição sobre a História da Ordem dos MédicosFotografia cedida pela Ordem dos Médicos

Fotografia cedida pela Ordem dos Médicos

exposição sobre a História da Ordem dos Médicos

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Revista digital OMV66

Geral Nacional e Internacional

Estiveram presentes cerca de 140 médicos veteriná-rios que assistiram a diversos painéis no domínio da Gestão Veterinária e que aproveitaram para escla-recer as suas dúvidas sobre a melhor forma de lidar com “clientes difíceis”.

A convite da organização da quarta edição do Vetbizz - Encontro Anual de Gestão Vete-rinária, o Vice-Presidente do Conselho Di-

retivo, Dr. Luís Cruz, esteve presente na Sessão de Abertura deste evento, que decorreu no dia 17 de setembro em Lisboa.

Na sua intervenção, o Vice-Presidente da OMV sa-lientou a importância dos Médicos Veterinários in-vestirem em planos de comunicação e marketing.

Na Mesa Redonda subordinada ao tema “Como lidar com a concorrência no setor veterinário” participa-ram o Dr. Luís Cruz, o Presidente da APMVEAC, Dr. Jorge Cid, e a Chefe de Divisão de Medicamentos da DGAV, Dra . Lucília Mendes.

VetBizz – Encontro Anual deGestão Veterinária

Fotografia cedida pela Veterinária AtualParticipantes da Mesa Redonda “Como lidar com a concorrência no setor veterinário”

Intervenção do Vice-Presidente da OMV, Dr. Luís Cruz, na Sessão de Abertura do Vetbizz

Fotografia cedida pela Veterinária Atual

Participantes do Vetbizz - Encontro Anual de Gestão VeterináriaFotografia cedida pela Veterinária Atual

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Revista digital OMV67

Geral Nacional e Internacional

A convite do Secretário Geral da DECO, Dr. Jor-ge Morgado, a Bastonária da OMV partici-pou na Mesa Redonda subordinada ao tema

“Resistências aos Antibióticos”, que decorreu no dia 23 de setembro, em Lisboa.

Estiveram igualmente presentes representantes de várias instituições, nomeadamente da Direção Ge-ral de Saúde, Direção Geral de Alimentação e Veteri-nária, Ordem dos Médicos, Ordem dos Farmacêuti-cos, INFARMED, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Instituto Nacional de Investi-gação Agrária e Veterinária (INIAV), Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), As-sociação dos Médicos de Saúde Pública e peritos académicos da Universidade de Coimbra.

Bastonária da OMV participa naMesa Redonda

“Resistências a Antibióticos”

Com a realização desta reunião pretendeu-se pro-mover o encontro de peritos e dirigentes de diversas áreas, preocupados com o impacto da resistência antimicrobiana na saúde humana e animal, no sen-tido de delinear estratégias comuns para minimizar as consequências que possam advir desta problemá-tica.

De referir que nesta reunião foi destacado por di-versos intervenientes que a sociedade tem um baixo conhecimento sobre o problema das antibioresistên-cias, o que pode dificultar o combate ao crescimen-to das resistências no que se refere à intervenção/educação dos consumidores.

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Revista digital OMV68

Geral Nacional e Internacional

A OMV esteve representada na Sessão Solene das Comemorações do Dia do Farmacêuti-co, que decorreu no dia 26 de setembro,

em Lisboa.

Esta cerimónia foi presidida pelo Bastonário da Or-dem dos Farmacêuticos, Prof. Doutor Maurício Bar-bosa, e pelo Ministro da Saúde, Prof. Doutor Paulo Macedo, tendo ainda contado com a presença de cerca de uma centena de convidados.

Durante a sessão foi possível assistir a uma confe-rência apresentada por Dom Manuel Clemente, Pa-triarca de Lisboa, e foram entregues duas Medalhas de Honra da Ordem dos Farmacêuticos à Presidente da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e ao Dr. João Silveira, anterior Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos. Estas medalhas foram atribuídas a estes profissionais, pela sua dedicação à profissão farmacêutica e pelo seu elevado mérito, tendo as-sim contribuído para a valorização da atividade far-macêutica no seio da sociedade.

Durante esta Cerimónia foi ainda feita uma home-nagem aos Farmacêuticos que completaram 50 anos de profissão e foi entregue o Prémio “Sociedade Far-macêutica Lusitana”.

OMV esteve presente nasComemorações do Dia do

Farmacêutico

Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos

Fotografia cedida pela Ordem dos Farmacêuticos

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Revista digital OMV69

Geral Nacional e Internacional

A convite da Prof.ª Doutora Constança Pomba, a Bastonária da OMV, Prof.ª Doutora Lauren-tina Pedroso, esteve presente no Seminário

“Use of Antimicrobials in Animal Production – Need for Change?”, que decorreu no dia 03 de outubro, na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa (FMV-UL).

Estiveram presentes nesta sessão o Prof. Doutor Luís Tavares, Presidente da FMV-UL, o Dr. José Manuel Costa da Direção Geral de Alimentação e Veteriná-ria, o Dr. Manuel Dargent Figueiredo, da Apifarma

Bastonária da OMV esteve presente

no Seminário sobre“Use of Antimicrobials in Animal Production”

Vet, o Prof. Doutor Ricardo Bexiga, Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Buiatria, o Dr. Sabino Serra e Dr. Rui Tomás, em representação da Socieda-de Científica de Suinicultura.

Este Seminário contou ainda com cerca de 80 parti-cipantes, de vários setores de atividade, nomeada-mente Médicos-Veterinários que exercem clínica de animais de produção e representantes da indústria farmacêutica, da Universidade do Porto e de Évora, do Instituto Nacional de Saúde Dr Ricardo Jorge, do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veteri-

Participantes no Seminário “uso of antimicrobials in animal production”

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Geral Nacional e Internacional

nária, bem como alunos de Medicina Veterinária.

Do programa destaca-se a presença dos oradores in-ternacionais, Dr. Lis Alban, da Danish Agriculture and Food Council, Dr. Pierre-Alexandre Beloeil, da Euro-pean Food Safety Agency Lina Cavaco e Dra. Lina Ca-vaco, do EU Reference Laboratory (EURL) for the Eu-ropean Commission, bem como de vários oradores nacionais, Prof. Doutor Virgilio Almeida, da FMV-UL, Dra. Helena Ponte, da DGAV, Prof.ª Doutora Cons-

tança Pomba, da FMV-UL e Prof.ª Doutora Madalena Centeno, da FMV-UL, entre outros.

De referir que a realização desta sessão teve como principal objetivo abordar o uso dos antimicrobia-nos e respetivas resistências na produção animal e o seu impacto na saúde humana e animal, tendo sido feita uma retrospetiva da situação Portuguesa e Di-namarquesa.

Palestrantes convidados

Prof. Doutor Virgílio Almeida, Dra. Madalena Centeno, Prof.ª Doutora Constança Pomba

Cartaz do Seminário sobre “use of Antimicrobials in Animal Production”

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Revista digital OMV71

Geral Nacional e Internacional

A convite do Sr. Presidente da Câmara Muni-cipal de Lisboa, Dr. António Costa, a Basto-nária da OMV esteve presente na Cerimónia

de Comemoração dos 103 anos da Implantação da República, que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, no dia 05 de outubro.

Cerimónia Solene de Comemoraçãodo Aniversário da Implantação da

República contou com a presença daBastonária da OMV

A Sessão Solene foi presidida por Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva, e contou com a participação da Presidente da Assembleia da República, do Primeiro-Ministro e re-presentantes dos vários Órgãos de Soberania.

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Revista digital OMV72

Geral Nacional e Internacional

A convite do Diretor da SGS, Dr. Paulo Gomes, a Bastonária da OMV participou na Mesa Redonda subordinada ao tema “Crises no

Setor Alimentar”, que decorreu no dia 09 de outu-bro, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa.

Esta Mesa Redonda integrou o programa do Seminá-rio “Gestão do Risco no Setor Alimentar” e contou igualmente com a participação do Secretário de Es-

Bastonária da OMV participa naMesa Redonda

“Crises no Setor Alimentar”

tado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Prof. Doutor Nuno Vieira e Brito, o Inspetor Geral da ASAE, Dr. Francisco Lopes, o Diretor Geral da Fede-ração das Indústrias Portuguesas - FIPA, Dr. Pedro Queiroz, a Diretora Geral do Instituto do Consumi-dor, Dra. Teresa Moreira, e a Diretora Executiva do Portugal Foods, Dra. Ondina Afonso.

O programa deste evento incluiu para além da Mesa Redonda, um painel para discussão e sessões temá-

Convidados da Mesa Redonda “Crises no Setor Alimentar”

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Geral Nacional e Internacional

ticas que versaram sobre a “gestão do risco no se-tor alimentar”, “laboratórios na prevenção do risco”, “rigor na rastreabilidade” e “gestão da reputação”. A par destas sessões temáticas foram ainda realizadas várias sessões técnicas, das quais se destacam os te-mas “crises no setor alimentar” e “gerir o risco na restauração”.

Este evento reuniu cerca de 350 participantes, que tiveram assim oportunidade de assistir ao debate de temáticas atuais sobre a segurança alimentar e o controlo dos riscos em toda a cadeia alimentar.

Convidados da Mesa Redonda “Crises no Setor Alimentar”

Participantes que assistiram ao Seminário “Gestão do Risco Setor Alimentar”

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Geral Nacional e Internacional

Sessão de Encerramento doProjeto CAT DOG BUS contou

com a presença da OMV

O Conselho Diretivo da OMV esteve represen-tado na Sessão de Encerramento do Projeto CAT DOG BUS, que decorreu no dia 14 de ou-

tubro, na Quinta da Beloura, em Sintra.

Esta sessão de encerramento contou com a presença do Secretário de Estado da Alimentação e Investiga-ção Agroalimentar, Prof. Doutor Nuno Vieira e Brito, bem como de representantes da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, das Câmaras Municipais e das Juntas de Freguesia, que apoiaram institucio-nalmente este projeto.

Esta iniciativa teve como principal objetivo sensibi-lizar e educar os donos dos animais de companhia, Autocarro Cat Dog Bus

cães e gatos, para a importância do acompanhamen-to veterinário na promoção da saúde e bem-estar dos animais de companhia no agregado familiar e na sociedade. Desde o seu lançamento que este pro-jeto contou com uma forte aceitação e adesão por parte da proprietários dos animais que visitaram o autocarro do CAT DOG BUS, durante a sua passagem pelas várias cidades do país.

Segundo os mentores deste projeto, a primeira edi-ção foi um sucesso e durante o ano de 2014 prevê-se a realização de outras atividades de forma a promo-ver a sensibilização da população para a importância dos animais de companhia.

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Geral Nacional e Internacional

de Elvas, Viseu, Ponte de Lima, Bragança e Castelo Branco.

A par das sessões teóricas, os participantes ainda ti-veram oportunidade de assistir a 3 workshops su-bordinados aos temas “procedimentos de enferma-gem veterinária em equinos”, “urgências e cuidados hospitalares em novos animais de companhia” e “anestesiologia e técnica operatória em animais de companhia e exóticos”.

Vice-Presidente da OMVparticipa em Mesa Redonda noIII Congresso Internacional de

Enfermagem Veterinária

Na sequência do convite endereçado pela Di-retora da Escola Superior Agrária de Elvas, Dra. Maria da Graça Carvalho, o Vice-Presi-

dente do Conselho Diretivo da OMV, Dr. Luís Cruz, participou na Mesa Redonda subordinada ao tema “10 anos de Enfermagem Veterinária em Portugal: onde estamos? Para onde vamos?”.

Esta sessão decorreu em Elvas, entre os dias 25 a 27 de outubro, no âmbito do III Congresso Internacio-nal de Enfermagem Veterinária dedicado à temática “Profilaxia e Cuidados Hospitalares”, e contou com a presença de várias dezenas de participantes.

Este evento é bianual e é organizado pelas unida-des orgânicas das instituições de Ensino Superior Politécnico que ministram esta formação em Portu-gal, nomeadamente, as Escolas Superiores Agrárias

Convidados para a Mesa Redonda

Vice-Presidente da OMV – Dr. Luís Cruz

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Geral Nacional e Internacional

Dia Europeu dos AntibióticosConsiderando a visita oficial de Representantes do European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC) a Portugal, de 9 a 13 de dezembro, os mem-bros da APAPA foram convocados para uma reunião com os representantes do ECDC, que decorreu no dia 09 de dezembro, na Direção Geral de Saúde.

Esta visita oficial contou com a presença de quatro representantes do ECDC, nomeadamente o Dr. Do-minique L. Monet, a Dra. Agne Bajoriniene , o Dr. Gunnar Skov Simonsen, Dr. Jean-Michel Azanowsky e teve como principal objetivo de auditar a situação portuguesa em matéria de prevenção e controlo das infeções e das resistências aos antimicrobianos.

No âmbito do Dia Europeu dos Antibióticos, no dia 18 de novembro, o Diretor do Pro-grama Nacional de Controlo e Prevenção de

Infeção e das Resistências aos Antimicrobianos (PP-CIRA) promoveu, na Direção Geral de Saúde, uma reunião que teve como principal objetivo delinear estratégias de ação para o ano de 2014, no sentido de evitar o consumo abusivo de antibióticos e dimi-nuir as resistências aos mesmos.

O Grupo de Trabalho contou com a participação de representantes de várias instituições, associações e organizações que subscreveram a Aliança Portugue-sa para a Preservação do Antibiótico (APAPA), des-tacando-se a presença da OMV, da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, da Direção Geral de Saú-de, da Associação Nacional de Farmácias, da ARS, do INFARMED, da APIFARMA, do INSA, da DECO e da Ordem dos Farmacêuticos.

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Geral Nacional e Internacional

II Jornadas Técnico-Veterinárias do Campo Branco

A convite da Associação de Médicos Veteriná-rios do Campo Branco, a Bastonária da OMV esteve presente na Sessão de Abertura das

II Jornadas Técnico-Veterinárias do Campo Branco, que este ano versaram sobre a temática “Pequenos Ruminantes”.

Este evento decorreu nos dias 22 e 23 de novembro, no Fórum Cultural do Convento de Nossa Senhora da Conceição, em Almodôvar, e reuniu cerca de 150 médicos veterinários e produtores com o objetivo de partilharem conhecimentos e experiências rela-cionadas com a sua prática do dia-a-dia.

O programa destas Jornadas contou com a participa-ção de diversos palestrantes de renome nacional e internacional, que apresentaram vários temas rela-cionados com as necessidades com que os médicos

veterinários se deparam diariamente na sua ativida-de clínica na área dos pequenos ruminantes. Des-tacam-se assim algumas palestras destinadas aos médicos veterinários, nomeadamente “tuberculose em pequenos ruminantes”, “influência do clima nos cenários epidemiológicos de doenças infeciosas nas populações de pequenos ruminantes em Portugal continental”, “patologias respiratórias”, “diarreias em borregos e cabritos” e “cirurgia em pequenos ru-minantes”, entre outras.

O painel de discussão subordinado ao tema “Pro-fissão Médico-Veterinária no contexto de produção pecuária” contou com a Presença do Prof. Doutor Carlos Bettencourt, em representação da OMV.

Sessão de Abertura das II Jornadas técnico-Veterinárias do Campo Branco

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Revista digital OMV78

Geral Nacional e Internacional

Participantes presentes nas II Jornadas técnico-Veterinárias do Campo Branco

Painel de Discussão “Profissão médico-veterinária no contexto da produção pecuária”

Momento de convívio da Bastonária da OMV com alguns Colegas Médicos Veterinários

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Geral Nacional e Internacional

Tomada de Posse da AEFMV-ULisboa contou com a presença

da OMV

A Tomada de Posse dos novos Órgãos Direti-vos e respetivos Núcleos da Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina Vete-

rinária da Universidade de Lisboa (AEFMV-ULisboa), decorreu no passado dia 06 de dezembro, estando a Bastonária da OMV representada pela Vice-Pre-sidente do Conselho Profissional e Deontológico, Prof.ª Doutora Isabel Fonseca.

Tomou posse como Presidente da AEFMV-ULisboa, Sara Coelho, sendo a Vice-Presidente Carlota Gil.

A Ordem dos Médicos Veterinários deseja o maior sucesso aos novos dirigentes durante o presente mandato.

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Geral Nacional e Internacional

Bastonária da OMV participa noEncontro “ O direito dos Animais:Uma perspetiva para o Séc. XXI”

A convite do Diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Prof. Doutor Edu-ardo Vera-Cruz Pinto, a Bastonária da OMV

participou na Mesa Redonda subordinada ao tema “A legislação portuguesa por vir” no Encontro “O Di-reito e os Animais: Uma perspetiva para o Sec. XXI”, que se realizou no dia 11 de dezembro, em Lisboa.

A sessão de abertura contou com a participação do Deputado do Partido Socialista, Dr. Pedro Alves, bem

como da Presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, D. Francisca Soro-menho, e da Presidente da União Zoófila, Dra. Luísa Barroso, para além de várias dezenas de participan-tes.

A Jurista e Investigadora de Direito Animal, Dra. Inês de Sousa Real, abordou a temática “Direitos dos ani-mais: Um debate jurídico-filosófico sobre o trata-mento jurídico e proteção dos animais”.

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Revista digital OMV81

Institucional OMV Direção

O trabalho apresentado é da exclusiva responsabilidade dos Autores e não foram submetidos a revisão.

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Revista digital OMV82

Técnico Científico

O estudo das fontes proteicas alternativas na alimentação animal: experimentação bioquímica

com o tremoço doce e o bagaço de soja.

RESUMOO estudo das fontes proteicas alternativas na ali-mentação animal, em espécies pecuárias, tem re-levante importância económica e também biológi-ca. Neste artigo apresentamos resultados originais concernentes a experimentação bioquímica com duas matérias primárias daquele género, o bagaço de soja com 50% de proteína e o tremoço branco

doce, relembrando-se a maior eficiência biológica do bagaço de soja para a deposição de proteína nos músculos que mais tarde serão parte da carca-ça dos animais, mas notando-se ao mesmo tempo a igualdade entre o tremoço doce e o bagaço de soja no efeito sobre o conteúdo em colagénio to-tal nas mesmas carcaças. As consequências poten-ciais deste último efeito para a tecnologia da carne são discutidas.

José Henrique Rocha Dias Correia. Doutor em Ciências Veterinárias, Professor Auxiliar de Bioquímica e de Biologia Molecu-lar, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Lisboa, Avenida da Universidade Técnica, 1300-477 Lisboa, Portu-gal, telefone 213652800 extensão 431342. Correio eletrónico: [email protected]

Cristina Maria Riscado Pereira Mateus Alfaia. Doutora em Ciência e Tecnologia Animal, Técnica Superior, Faculdade de Me-dicina Veterinária, Universidade de Lisboa, Avenida da Universidade Técnica, 1300-477 Lisboa, Portugal.

Palavras-chave:bagaço de soja; colagénio total; eficiência biológica da proteína nos alimentos; renovação de proteínas corporais; tremoço branco doce

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Revista digital OMV83

Técnico Científico

1. INTRODUÇÃO

A introdução neste artigo versa resumida-mente o enquadramento económico, mais a qualidade do produto final e os efeitos bio-

lógicos resultantes, aquando do emprego de fontes proteicas alternativas na alimentação de espécies pecuárias em produção.

1.1. Introdução genérica ao problema económico das fontes de proteína em alimentação animal:

A indústria dos alimentos compostos para animais é uma importante indústria da fileira agro-alimentar em Portugal. Com um negócio anual da ordem dos mil milhões de euros os alimentos compostos para animais representam 11% do volume de negócios na indústria e no comércio de alimentos (1; p. 19). Tanto na união europeia como em Portugal a produção de alimentos compostos destinados a aves, a bovinos e a suínos, é mais de 90% da produção feita neste setor industrial (1; p. 88). Isto certamente que tem ligação com a realidade de mais de 90% do consumo de carne na Europa, e em Portugal particularmente, ser de aves de capoeira e de mamíferos pecuários (1; pp. 118-119). Em relação ao que representam os alimentos compostos para animais nos custos da produção animal achamos que para a produção de frango o peso económico é de 83%, enquanto para os suínos temos perto de 50% e para os bovinos per-to de 10% (1; p. 84). Para a produção dos alimentos compostos usam-se cereais como fonte de energia alimentar, predominantemente e com fortíssima proporção na composição destes alimentos, mas como fonte de proteínas na alimentação animal re-corre-se a plantas ricas em materiais proteicos, no-meadamente os produtos e subprodutos de semen-tes e frutos de plantas oleaginosas (estando há meia dúzia de anos em destaque notório de entre todos

eles o subproduto bagaço de soja, resultante da ex-tração do óleo de soja a partir das sementes desta) (1; p. 97). Por outro lado, tem sido reconhecido que uma fonte alternativa de proteína na alimentação animal é o tremoço doce, as suas sementes, embo-ra o seu uso seja muito pobre na última meia dúzia de anos (1; pp. 97, 103). Acontece que ao longo das décadas cerca de mais de 70% das fontes proteicas empregues para o fabrico de alimentos compostos na Europa são importadas de fora dela, destacando--se as importações de soja e do seu bagaço, e sendo a produção deste último quase nula no continente (1; pp. 109-110). Pelo contrário, a alternativa tre-moço doce é uma colheita autóctone em Portugal apesar da desvantagem de não poderem ser conser-vadas cultivares doces nos campos por causa da po-linização cruzada trazida pelos ventos. A hidroponia contornaria esta situação desfavorável depois dos valores biológico e económico associados estarem devidamente esclarecidos, tanto em relação à técni-ca como em relação à colheita em si mesma.

Recentemente, numerosas opiniões de profissionais do setor agro-alimentar, produtores pecuários, tan-to suinicultores como bovinicultores, e até de fabri-cantes de alimentos compostos, deram a lume todas juntas a voz corrente da importância do impacto das fontes proteicas alternativas na alimentação animal sobre as produções animais, tanto do ponto de vis-ta da eficiência biológica como do ponto de vista da eficiência económica (2). A volatilidade do preço das matérias primárias importadas é apontada consen-sualmente como um dos fatores de custo que mais contribuem para a diminuição da eficiência econó-mica dos alimentos compostos, pelo que a procura e o emprego de matérias primárias alternativas (no-meadamente outras fontes de proteína, mas tam-bém as de energia), mais baratas mas que ao mesmo tempo não prejudiquem a eficiência biológica dos

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Revista digital OMV84

Técnico Científico

animais que as ingerem, é reconhecido como algo de altamente desejável (2).

1.2. Introdução à eficiência biológica das fontes de proteína em alimentação animal:

A eficiência biológica do bagaço de soja e do tremo-ço doce enquanto fontes alternativas de proteína na alimentação e nutrição dos animais reflete-se na efi-ciência com que os animais que as ingerem deposi-tam proteína nas carcaças depois obtidas, ou seja, na forma como as fontes influenciam de modo mais ou menos favorável a deposição de proteína nos mús-culos esqueléticos. Isto terá que ver não apenas com a colheita de proteína total na carcaça, mas também com a quantidade de energia que teve de ser gas-ta para produzir uma certa massa de proteína. Adi-cionalmente, alterações qualitativas na composição dentro do conjunto, total, destas mesmas proteínas, ou ainda nas proporções relativas em que cada pro-teína entra a compor o conjunto, devem ser toma-das em conta. À partida, a maior eficiência biológica da colheita de proteína na carcaça dum animal de talho ou de capoeira acompanhará, dentro de con-dicionalismos económicos sempre intervenientes, a maior eficiência económica do produto final.

No que diz respeito à deposição aumentada de pro-teína muscular, nos músculos esqueléticos das carca-ças, o respetivo controlo e a sua manipulação fazem uso da interferência sobre as taxas fracionárias de síntese e de decomposição das proteínas que estão nos músculos, afetando deste modo a reposição ou renovação destas substâncias corporais que são mo-léculas biológicas ou biomoléculas. Por taxa fracio-nária entende-se a fração duma certa massa duma proteína, ou dum conjunto de espécies diversas de proteínas, que é ou sintetizada ou decomposta du-rante um dia; assim, a taxa fracionária de síntese de

proteína num órgão ou num organismo correspon-de à fração da massa de proteína contida nele que foi sintetizada durante um dia; a taxa fracionária de decomposição é relativa à proteína decomposta no mesmo órgão ou organismo; habitualmente estas taxas expressam-se em percentagem por 24 horas. A taxa não será fracionária se for indicada meramente por uma quantidade (podem ser gramas) por unidade de tempo. Explicando ainda melhor: as biomoléculas são todas aquelas moléculas que são naturalmente sintetizadas e decompostas pelas células. Qualquer biomolécula é sintetizada numa célula, num primei-ro tempo, mas posteriormente há reações bioquí-micas que decompõem a mesma biomolécula. As biomoléculas podem ser pequenas moléculas orgâ-nicas ou então macromoléculas como as proteínas, os ácidos nucleicos e os polissacáridos. Porém, nesta definição de biomoléculas temos de abrir uma ex-ceção para o DNA ou ácido desoxirribonucleico que é uma macromolécula autocatalítica, que se replica, ou seja, autocopia-se, transmitindo-se de célula para célula ou de organismo para organismo da mesma espécie, sem se decompor totalmente. Se a taxa de síntese duma certa biomolécula ultrapassa a taxa da decomposição dessa mesma biomolécula, a respeti-va quantidade dentro da célula aumentará ao longo do tempo. A quantidade diminuirá se a taxa de de-composição exceder a de síntese. Ao resultado líqui-do ou balanço entre as duas taxas referidas chama-mos renovação ou reposição duma biomolécula. A taxa de reposição pode refletir então um balanço ou positivo ou negativo, com a concomitante subida ou descida, respetivamente, da quantidade duma cer-ta biomolécula numa célula, órgão ou num organis-mo. A taxa fracionária de renovação ou de reposição duma certa proteína ou dum conjunto de proteínas ao mesmo tempo corresponde, então, à fração da massa proteica num órgão ou num organismo que foi substituída (reposta ou renovada) num dia pelos

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Revista digital OMV85

Técnico Científico

processos da sua síntese e da sua decomposição a operar em simultâneo, sendo a taxa fracionária apre-sentada comumente em percentagem por 24 horas. Em inglês chama-se turnover duma biomolécula à sua reposição ou renovação.

A taxa de reposição das proteínas nos músculos, e o seu controlo manipulativo, implica então as maio-res ou menores eficiência biológica e eficiência eco-nómica na obtenção do produto carne a partir das espécies pecuárias. Este mesmo fenómeno da taxa de reposição da proteína total, nos músculos e nou-tras partes do corpo, pode ser afetado diretamente pela alimentação, o que já é sabido de há longa data (comunicação pessoal por carta do Professor D. J. Millward, em 1988). Em experimentação bioquímica prévia Correia e Esteves (3) relataram a maior efici-ência biológica do bagaço de soja (Glycina max) com 50% de proteína em relação às sementes do tremo-ço branco doce (Lupinus albus) no que diz respeito à deposição de proteína total nas carcaças de animais experimentais (as duas fontes proteicas alternativas foram testadas num modelo laboratorial, com a es-pécie Rattus norvegicus, representativo da fisiologia de mamíferos monogástricos). As evidências circuns-tanciais encontradas permitiram deduzir pela lógica que a taxa de reposição da proteína no corpo dos animais alimentados com o tremoço doce na ração era muito superior à dos que consumiam bagaço de soja, uma vez que estes últimos ingeriam muito me-nos alimento, energia e proteína, para apresentarem a mesma quantidade de proteína total na carcaça ao fim de tempos iguais em crescimento. Portanto, nos primeiros ocorreriam taxas fracionárias de síntese e de decomposição da proteína do corpo mais rápi-das, simultaneamente. Os detalhes da experimenta-ção corresponderam ao fornecimento ad libitum de alimentos compostos farinados aos animais experi-mentais, em formulações isoenergéticas e isopro-

teicas (ou seja, tendo conteúdos iguais de proteína total e de energia metabolizável por unidade de ma-téria seca nos dois alimentos ingeridos), e em que as fontes de proteína eram quase que exclusivamente ou o bagaço de soja ou o tremoço branco doce. Por-tanto, os efeitos diferentes de ambas as fontes pro-teicas sobre a deposição de proteína nos músculos esqueléticos eram em grande parte devidos a elas, e não à interferência de outros ingredientes nos ali-mentos compostos usados na experimentação (ver quadro 1 para a composição química calculada e a proporção das matérias primárias misturadas nos alimentos compostos). Note-se a maior suplemen-tação de aminoácidos possuindo enxofre e de lisi-na no alimento composto com tremoço doce, para obviar à menor abundância destes nas sementes de tremoço doce, e desta maneira isto não constituir um óbice ao crescimento eficiente dos animais, sen-do que este crescimento também não foi afetado prejudicialmente pelos muito elevados níveis de in-corporação do tremoço e da soja (e das substâncias antinutritivas alcaloides no tremoço e fator inibidor da tripsina na soja) na sua alimentação.

1.3. Introdução aos aspetos qualitativos associados à eficiência biológica das fontes de proteína em ali-mentação animal:

Do ponto de vista qualitativo algo ficou na altura por relatar. Isto concerne ao conteúdo em colagénio to-tal nas carcaças dos animais experimentais. A prote-ína colagénio é a proteína mais abundante de todas no corpo dos animais vertebrados (4). Ela aparece numa proporção que foi mencionada como sendo perto de 2 a 6% da matéria seca nos músculos es-queléticos (5) (valores próximos dos por nós obtidos na experimentação em relato que variaram entre 5,5 e 9,03% na matéria seca das carcaças) podendo ser o colagénio, no máximo, um quarto da proteína

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Técnico Científico

total muscular tal como referido pelo primeiro au-tor em (6) e em (7). O colagénio nos tecidos, e nos músculos esqueléticos em particular, pode apresen-tar-se numa forma solúvel em água e numa forma insolúvel em água. A quantidade da forma insolúvel em água sabe-se que é capaz de influenciar de ma-neira diretamente proporcional a força de corte ou força de rutura das fibras musculares, e logo a força de corte em músculos individuais ou suas seções, de acordo com a revisão referenciada em (6) e em (7) onde se citam autores que relatam uma correlação estatística significativa e pela qual a força de corte é diretamente proporcional à concentração do cola-génio insolúvel, portanto à quantidade de fibras de colagénio maduras, e também, de modo até mais fi-dedigno, à concentração das ligações químicas inter-moleculares entre estas fibras (a contribuição para aumentar a força de corte, porém, não é uma exclu-sividade do colagénio da matriz extracelular havendo também um papel jogado por outras proteínas que são as miofibrilas dentro dos miotubos). Já a quanti-dade de colagénio total (o solúvel mais o insolúvel) não tem sido encontrada como estando relacionada, de modo nenhum, com a força de corte estudada em músculos individuais, ou com a tenrura deles apre-ciada por painéis de provadores, como sugerem, por exemplo, os dados recentemente relatados por Ho-pkins e colaboradores para carne de borregos (8). O colagénio, como biomolécula proteica que é, tam-bém é afetado pelos fenómenos da síntese e da de-composição típicos de todas as biomoléculas, e logo a sua taxa de reposição e a sua deposição efetiva ou resultado líquido da síntese e da decomposição andando em paralelo, nos músculos, podem ser pro-fundamente afetadas pela alimentação.

É opinião de vários autores que a tenrura é uma das características da carne das mais apreciadas pelos consumidores, e esta depende dum número grande

de variáveis como, por exemplo, a espécie do ani-mal, a sua raça, sexo, idade, a sua alimentação, o seu maneio, e também de variáveis associadas às técnicas e condições do abate, a que se juntam as condições de maturação da carne e das carcaças (9) (10). Os autores chegam mesmo a opinar que devi-do à padronização destas últimas variáveis, nos ma-tadouros e durante o enxugo e a armazenagem, fica do lado da alimentação a maior responsabilidade pela textura tenra, ou não, da carne (9). No entan-to, outros (10) apontam para o facto da tenrura dos músculos variar muito de músculo para músculo no corpo dum único animal. A ocasional influência das operações tecnológicas sobre a tenrura da carne foi também indiciada pelo primeiro autor na revisão an-tes citada em (6) e em (7). Estes serão, portanto, os desafios para o futuro da tecnologia da carne e do que lhe está a montante. Por tudo o que ficou escri-to atrás está evidente que o estudo das alterações da composição proteica dos músculos esqueléticos, que darão origem à carne, é importante em função da maneira como eventualmente ela poderá vir a ser influenciada pelas novas fontes alternativas de pro-teína para a alimentação das espécies de talho e de capoeira. Este último aspeto acresce ao estudo dos problemas das eficiências biológica e económica das mesmas fontes, antes referidos.

2. MATERIAIS E MéTODOS2.1. Pesquisas bibliográficas online:

As pesquisas bibliográficas online fizeram-se com o objetivo de constatar a atualidade do tema e o es-tado da arte no seu estudo. As bases pesquisadas foram a Science Direct da Elsevier e a ISI Web of kno-

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wledge da Web of Science. Os termos de pesquisa, preferentemente truncados para alargar o âmbito das pesquisas incluíram, em Inglês, soja, tremoço, colagénio, alimentação e renovação.

2.2. Formulação dos alimentos compostos:

Os alimentos compostos foram formulados com a aplicação informática Format 1.2j *F5* e a composi-ção química respetiva (a calculada e a analisada para o conteúdo em proteína), mais as proporções em que os diferentes ingredientes foram usados, cons-tam do Quadro 1.

Ingredientes em cada fórmula (g/Kg): Alimento com bagaço de soja:

Alimento com tremoço doce:

Tremoço branco doce 347,4Bagaço de soja com 50% de proteína

227,1

Trigo 518,8 588,8Aveia 87Gordura animal 18,7Farinha de luzerna com 17% de proteína 113 20,1

Metionina 0,4 1,2Lisina 0,7 2,8Fosfato bicálcico 19,4 24,7Cloreto de sódio 5 5Pré-mistura vitamínica e mineral Ibermix SI-HC 10 10

Composição química calculada para cada fórmula em percentagem:

Proteína 19 19Lípidos 4 4,71Fibra 6 6Cinzas 6 5,3Cálcio 0,72 0,72Fósforo 0,72 0,78Lisina 1 1Metionina 0,32 0,32Aminoácidos com enxofre 0,67 0,65Energia metabolizável em Kilocalorias por cem gramas de matéria seca: 372 378,3

Quadro 1. A composição química e em ingredientes dos alimentos compostos isoprotei-cos e isoenergéticos usados na experimentação nos dois ensaios relatados (3).

A análise por micro Kjeldahl revelou 18,9% de pro-teína total numa base de matéria seca no alimento composto com bagaço de soja e 18,6% de proteína to-tal numa base de matéria seca no alimento composto com tremoço doce. A matéria seca nos dois alimentos compostos foi de 90,8% para a fórmula com bagaço e de 91,3% para a fórmula com tremoço. O bagaço de soja forneceu 43% da proteína no alimento e o tre-moço 36%, segundo os cálculos efetuados. A energia metabolizável média era de 375 ± 1,6% Kilocalorias por cada 100 gramas de matéria seca ingerida. 2.3. Delineamento experimental com os animais

Os animais usados nesta experimentação foram rata-zanas albinas (Biotério, Instituto Gulbenkian de Ci-ência, Oeiras). Na primeira experiência recorreu-se a dezasseis machos distribuídos aleatoriamente em igual número por dois tratamentos alimentares (oito animais consumindo o alimento composto com ba-gaço de soja e oito animais consumindo o alimento composto com tremoço doce). Na segunda experiên-cia foram empregues oito animais pertencentes a uma mesma ninhada criada na casa e cujo peso corporal inferior era necessário para eles poderem ser aloja-dos nas caixas metabólicas do estudo. As condições de alimentação e o delineamento experimental na se-gunda experiência foram coincidentes com o que se verificou para os animais da primeira experiência. As medições dos pesos corporais foram executadas ao fim de tarde devido aos hábitos alimentares noturnos da espécie.

2.4. Análises químicas:

A matéria seca das carcaças dos animais das experi-ências foi determinada através duma técnica de liofi-lização e o conteúdo da matéria seca das carcaças em

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RESULTADOSOs resultados das pesquisas online permitiram ver que se por um lado há interesse dos autores pela matéria em apreço, por outro lado a informação é escassa no que diz respeito a experimentação bioló-gica à custa de fontes alternativas de proteína para a alimentação animal. Isto revelou-se pelo pequeno número de resultados de todas as pesquisas recen-tes, fosse qual fosse a espécie animal estudada. O cabimento desta afirmação evidencia-se para o tre-moço doce e para a soja em geral, algo surpreen-dente em vista do impacto económico sentido pe-las empresas nacionais, em que a optimização dos recursos importados e autóctones se afigura crucial segundo os próprios porta-vozes (2).

O quadro 2 mostra os resultados concernentes às variáveis associadas ao crescimento na primeira das duas experiências efetuadas, e também o que diz respeito à composição química das carcaças (água e proteína). O quadro 3 mostra os resultados das aná-lises estatísticas feitas à variável dependente com-posição química em colagénio nas carcaças, das duas experiências. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os dois tratamentos alimentares nem no que concerne ao ganho de peso ou à massa corporal no fim das duas experiências, nem no que se aplica em relação à água, à proteína total contida nas carcaças, e à percentagem de colagénio total ne-las. Portanto, a hipótese nula de não diferença para todos os pares de médias calculadas a partir dos da-dos experimentais e depois analisados estatistica-mente teve sempre de ser aceite.

proteína (a percentagem de proteína total na maté-ria seca) foi medido com uma técnica de microKjel-dahl estando ambas as técnicas relatadas em gran-de pormenor num manuscrito inédito do primeiro autor (11). O conteúdo em colagénio nas carcaças (percentagem de colagénio total na matéria seca das carcaças) foi analisado pela técnica espectrofo-tométrica descrita na NP 1987 (2002) com corres-pondência à ISO 3456:1994. A determinação do teor de colagénio é feita considerando-o como o teor de hidroxiprolina multiplicado pelo fator 8 recomenda-do pela Norma Portuguesa em causa.

2.5. Análises estatísticas dos dados experimentais:

As análises estatísticas efetuadas com a aplicação informática IBM SPSS Statistics Version 21 consisti-ram no teste t de Student para amostras indepen-dentes depois da constatação da legitimidade da análise estatística em causa, baseada na verificação da distribuição normal (homocedasticidade) dos da-dos pelo teste de Shapiro-Wilk e na verificação da homogeneidade das variâncias dos dados nas duas amostras em comparação em cada experiência pelo teste de Levene, que foram sempre aceites devido aos valores baixos das estatísticas de teste que le-vavam a probabilidades elevadas para as hipóteses nulas. O nível de probabilidade para a rejeição da hipótese nula em todos os testes estatísticos citados foi admitido, como é habitual, para valores iguais ou inferiores a 0,05. Os valores de probabilidade mais elevados foram indicados como diferença entre as médias estatisticamente não significativa.

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Variável dependente medida: Alimentação com bagaço de soja:

Alimentação com tremoço doce: erro padrão da diferença: Significância estatística para a

diferença entre as médias:

Peso corporal inicial em gramas: 98 96 ±6,325 Não significativa

Peso corporal final em gramas: 261 255 ±8,737 Não significativa

Ganho de peso corporal em gramas: 163 159 ±7,535 Não significativa

Peso húmido da carcaça: 128,4 120,3 ±4,637 Não significativa

Massa de água na carcaça em gramas: 90,8 86,2 ±3,43 Não significativa

Massa de proteína total na carcaça em gramas: 24 22,8 ±0,878 Não significativa

Quadro 2. Médias da prestação do crescimento e dos conteúdos em água e proteína nas carcaças dos animais experimentais da primeira experiência com fontes proteicas alternativas (n=8

em cada amostra). As tendências não significativas foram todas confirmadas pela segunda experiência do estudo (3).

Variável dependente medida: Alimentação com bagaço de soja:

Alimentação com tremoço doce: erro padrão da diferença: Significância estatística para a

diferença entre as médias:

Percentagem de colagénio na experiência 1: 7,8575 7,615 ±0,37059 Não significativa

Percentagem de colagénio na experiência 2: 7,955 7,3075 ±0,69508 Não significativa

Quadro 3. Médias da percentagem de colagénio total na matéria seca das carcaças dos animais das duas experiências para testar duas fontes proteicas alternativas (n=8 na primeira experiência

e n=4 na segunda experiência, para cada amostra).

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3. DISCUSSÃOVários estudos comprovaram em circunstâncias di-versas a utilidade, ou eventualmente não, do tremo-ço doce como substituto da soja ou derivados desta na alimentação animal. Por exemplo, Donovan e co-laboradores (12) constataram que leitões de pesos entre 10 e 20 Kg tinham uma eficiência alimentar di-minuída ao consumirem mais ração com sementes de tremoço branco do que os animais controlo con-sumindo farinha de soja em arraçoamentos isopro-teicos e isoenergéticos, embora com o crescimento a ser sobreponível entre eles. Verificaram também a ocorrência dum empobrecimento do crescimento e duma paralela diminuição no consumo do alimen-to com tremoço à medida que o nível de incorpora-ção de tremoço no alimento composto subia para cima dos 25%, tanto nos leitões (recria) como em animais de 21 a 50 Kg (engorda) ou de 51 a 95 Kg (acabamento) de peso, o que em nossa opinião se deve aos alcaloides amargantes e promotores duma menor eficiência biológica na reposição da proteína corporal, algo que inferimos a partir das discussões e das conclusões de Correia e Esteves contidas na referência (3).

Um estudo recente com frangos de carne de aviário em crescimento e em que as eficiências biológicas da farinha de soja e de sementes de tremoço branco doce foram testadas, evidenciou que do ponto de vista das prestações do crescimento diário, do peso corporal final, do consumo diário de alimentos e da eficiência da conversão alimentar, tudo era equiva-lente entre as duas matérias primárias consideradas como as únicas variáveis independentes no estudo. Mas as análises químicas revelaram, numa base de massa húmida e não de matéria seca, um menor con-teúdo em gordura extraível por solvente orgânico nos

músculos Peroneous longus (da perna) e Pectoralis major (do peito) dos frangos que ingeriam tremoço e também um distanciado e significativamente menor conteúdo em colagénio total neles; isto apesar do conteúdo em proteína total nos músculos em com-paração ser igual (13). Estes resultados em relação ao colagénio total, ao consumo diário de alimento e à eficiência da conversão alimentar, divergem dos obtidos por nós com o modelo laboratorial reporta-do em (3) estando muito plausivelmente as explica-ções para as divergências mais nas circunstâncias da experimentação do que nas duas espécies estarem muito afastadas filogeneticamente.

Agora, os nossos resultados não mostram uma dife-rença estatisticamente significativa entre o tremoço doce e o bagaço de soja enquanto fontes proteicas suscetíveis de afetar a variável dependente conteú-do em colagénio total nas carcaças e nos seus mús-culos esqueléticos, como no estudo acabado de citar se constatou para estes. Curiosamente, no nosso es-tudo a percentagem de colagénio total obtida com o tremoço doce foi sempre menor numericamente (ver quadro 3) o que, aparentemente, poderia ser coerente com a análise acabada de citar para os frangos. Mas a diferença entre as médias é peque-níssima e isto não pode significar um efeito sobres-saliente. Por outras palavras, se aumentássemos o número de réplicas (de animais nas duas amostras) poderíamos eventualmente alcançar um valor para a estatística de teste estatisticamente significativo, suficientemente grande para fazer-se a rejeição da hipótese nula de não diferença entre as médias para o colagénio dos dois tratamentos, das duas amos-tras independentes. Porém tal não significa necessa-riamente uma maior distância entre as duas médias, ao longo de repetidas experiências em circunstân-cias semelhantes, pelo que a força ou significado

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quantitativo do efeito continuaria a ser questionável (14). Portanto, estamos convencidos da bondade da ausência de efeito sobre o conteúdo em colagénio total nas carcaças dos nossos animais experimentais nas circunstâncias particulares da experimentação realizada. A extrapolação da ausência do efeito para outras espécies monogástricas em condições de ali-mentação algo diferentes, mas à base das mesmas matérias primárias tremoço doce e bagaço de soja, embora legítima à luz da experimentação científica presente, tem de aguardar confirmações posterio-res. O que a nossa experimentação possibilita, desde já, é orientar as hipóteses de estudo no futuro com outras espécies de animais, mas muito mais caros.

Estudos recentes aplicados a bovinos de carne em que houve manipulações na composição dos arraço-amentos oferecidos aos animais, permitiram obser-var mudanças na composição bioquímica dos múscu-los esqueléticos e, ao mesmo tempo, nas prestações do crescimento e da eficiência da conversão alimen-tar (9) (10) (15) (16). Nestas pesquisas aplicadas me-diram-se as concentrações do colagénio insolúvel em água e do colagénio solúvel em água em dife-rentes músculos esqueléticos importantes em peças de talho nobres depois do respetivo corte. À partida sabe-se que a concentração de colagénio total varia muitíssimo de músculo para músculo num mesmo animal, e estas diferenças não são suscetíveis a mo-dificações pela alimentação enriquecida em ener-gia dada por cereais (suplementação com milho por exemplo). Mas para a fração solúvel, e apenas para ela, já se pode verificar um aumento relativo se o fornecimento de energia pelo meio citado for ele-vado (9). Outros ensaios mostraram que o forneci-mento extra de energia (suplementação com milho) pode baixar a concentração de colagénio total no Longissimus dorsi mas não no Semitendinosus (10).

Nestas condições experimentais a concentração de colagénio solúvel em água e a força de corte apenas desceram, as duas, no Longissimus dorsi nada disto se passando com o Semitendinosus. A interferir com tudo achou-se que o ganho de peso médio diário tem uma correlação estatisticamente inversa e sig-nificativa com a concentração em percentagem do colagénio solúvel em água exclusivamente no Lon-gissimus dorsi independentemente da energia for-necida na alimentação ser elevada ou baixa (10). A juntar-se a este padrão de observação da influência da alimentação e da energia por ela proporcionada nos bovinos em crescimento, outros autores cons-tataram que quanto menor for a discrepância entre a ingestão alimentar prevista por uma regressão li-near prévia baseada no peso metabólico e no ganho de peso corporal do animal e aquela que de facto foi a ingestão alimentar medida a seguir aos cálcu-los, maior a força de corte, maior a concentração de colagénio solúvel em água, e menor um índice de fragmentação das miofibrilas, no Longissimus dorsi (15). A forma de apresentação dos alimentos a bo-vinos de carne também supõe-se poder ter influên-cia sobre a força de corte, e nas concentrações de proteína e de colagénio totais, mais na de colagénio solúvel em água, dos músculos esqueléticos. Num estudo recente desta perspetiva, analisando o Lon-gissimus dorsi de bovinos de carne, não foi possível medir qualquer diferença relativa à força de corte em função do milho ser moído ou apenas partido, ou da farinha de soja ter sido tratada industrialmen-te ou com um solvente extrativo ou com lignosul-fonato (16). As formas de apresentação do milho e da farinha de soja, independentemente uma da ou-tra, não tiveram capacidade para afetar significati-vamente per se do ponto de vista estatístico, nem a concentração de proteína nem as de colagénio total e de colagénio solúvel em água no Longissimus dorsi

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dos bovinos em acabamento sujeitos à experimen-tação (16).

Todas estas observações experimentais preceden-tes, e factuais, com roedores, aves, suínos e bovinos, carecem de explicações bioquímicas, e podemos também afirmar que elas, embora reflitam variações reais na composição muscular, ainda não fizeram so-bressair as consequências efetivas para a tecnologia da carne. Os autores habitualmente apontam para que o aumento na concentração do colagénio solú-vel em água nos músculos deverá estar correlaciona-da com uma diminuição na força de corte respetiva, enquanto o aumento no colagénio insolúvel deverá determinar um aumento na mesma força. Mas na verdade as correlações validadas estatisticamente têm, todavia, de ser dadas a lume tal como são in-fluenciadas efetivamente pelas fontes proteicas al-ternativas na alimentação animal.

A discussão bioquímica da composição, da síntese, da decomposição e da reposição da proteína cola-génio é a mais complexa de todas de entre a das proteínas, mas extremamente importante do ponto de vista do controlo e da manipulação do colagénio, tanto na doença como na saúde. O capítulo 3 dum dos livros de Correia (4) explica em pormenor vá-rios aspetos básicos da Bioquímica do colagénio que permitem compreender melhor aqueles pontos de discussão. Está estabelecido que tanto o colagénio solúvel em água é precursor do colagénio insolúvel, como o primeiro pode resultar da decomposição do segundo. Adicionalmente, o colagénio solúvel na água possui uma taxa fracionária de reposição que é independente da respeitante ao colagénio insolúvel, e a deste último é de longe muito mais lenta que a primeira (17), pelo que as variações no tempo das concentrações dos dois tipos de colagénio não têm

necessariamente de ser paralelas em quantidade e irem no mesmo sentido. Este conhecimento acarre-tará dificuldades a usar para efeitos de previsão da força de corte apenas uma das frações do colagénio total quando se está a fazer a manipulação das taxas de renovação duma e da outra das frações, porque mesmo sendo elas independentes quantitativamen-te há ligações qualitativas entre ambas, e logo tor-nam-se mais complicadas as regulações das duas em simultâneo. Aparentes contradições nos estudos re-latados em (10) e em (15) vistas entre a menor força de corte e a, também, menor concentração de cola-génio solúvel num certo músculo (ou ao contrário), podem achar explicações no que acabou de ser ex-posto. Para o que não há dúvidas, é que quando se comparam duas amostras musculares post mortem, em que numa delas se vê uma subida na concentra-ção de colagénio insolúvel em água ou, melhor ain-da, da das ligações cruzadas intermoleculares que ele possui, às maiores concentrações corresponde indubitavelmente um aumento na força de corte da amostra respetiva (6) (7). A atenção dos investigado-res deverá então focar-se inicialmente no controlo bioquímico in vivo desta fração insolúvel em água e nas possibilidades da sua manipulação tecnológica.

4. CONCLUSõESÉ ainda necessário fazer mais investigação para es-clarecer os efeitos bioquímicos das fontes proteicas alternativas da alimentação sobre a eficiência bioló-gica dos animais que as ingerem. As consequências para a tecnologia da carne, embora vislumbráveis antecipadamente, ainda não estão cabalmente elu-cidadas. Explicações bioquímicas sobre as variações

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na eficiência biológica e na qualidade das matérias que darão origem ao produto carne têm de ser in-vestigadas em profundidade, a bem da clarificação científica (do da investigação fundamental que a seguir será aplicada a facetas que permitirão os de-senvolvimentos experimentais e tecnológicos que se impõem) e consequentemente da melhor eficiência económica do uso destas matérias primárias da ali-mentação em Produção Animal. No que diz respeito à Bioquímica da eficiência biológica neste contexto, o estudo da reposição das proteínas corporais (o co-lagénio mais as outras) e da energia metabólica que é requerida para custeá-la deve ser empreendido desde a primeira hora das pesquisas.

Tecnologias laboratoriais sofisticadas, e ainda atua-lizadas para a sua finalidade, foram empregues pelo primeiro autor para o estudo da taxa fracionária de síntese das proteínas nos músculos esqueléticos de animais a que foram administrados esteroides ana-bolizantes ou agonistas β-2-adrenérgicos (18). As

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:• (1) Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais. Anuário2012. Algés: Enigma Editores; 2013.

• (2) Freire E. Nutrição na exploração agrícola – suínos e bovinos. Produzir mais, em segurança e de forma sustentável. Veteriná-ria Atual. 2013;61:24-7.

• (3) Correia JHRD, Esteves MP. Soya cake and sweet white lupin as alternative dietary protein tested in the laboratory rat. Archi-vos de Zootecnia. 1993;42(158):269-80.

• (4) Correia JHRD. Introdução ao proteoma. Arquivos veterinários 5. Lisboa: Direção Geral de Veterinária; 2003. ISBN: 972-97376-7-3.

• (5) Archile-Contreras AC, Cha MC, Mandell IB, Miller SP, Purslow PP. Vitamins E and C may increase collagen turnover by intra-muscular fibroblasts. Potential for improved meat quality. Journal of Agricultural and Food Chemistry. 2011;59:608-14.

tecnologias em causa estão descritas com muitos detalhes nos capítulos 2 e 3 da sua tese de douto-ramento (18) e poderão, com vantagem, ser usadas para fazer os estudos aqui sugeridos.Agradecimentos: aos colegas Gonçalo da Rocha Peixoto e Carlos Alberto Matos Cortes da empresa Iberil-Sociedade Comercial de Produtos Agro-Pecu-ários, Lda. (Lisboa) por terem formulado e forneci-do os alimentos compostos de acordo com as nos-sas especificações no âmbito da colaboração formal com o projeto INIC 89/NAT3/14; ao Departamento de Tecnologia dos Produtos de Origem Animal, do Instituto Nacional de Investigação Agrária do Mi-nistério da Agricultura, Pescas e Alimentação, pela execução da análise do colagénio no âmbito da co-laboração formal com o projeto INIC 89/NAT3/14; à regente da disciplina de Biomatemática, Informática e Documentação na Faculdade de Medicina Veteri-nária da Universidade de Lisboa, pelo esclarecimen-to de algumas dúvidas sobre ciência estatística e da computação que permitiu melhor discutir os dados experimentais apresentados neste artigo.

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Técnico Científico

• (6) Correia JHRD. A decomposição do colagénio na carne. Veterinária Técnica. 1995;5(5):30-3.

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• (8) Hopkins DL, Allingham PG, Colgrave M, van de Ven RJ. Interrelationship between measures of collagen, compression, shear force and tenderness. Meat Science. 2013;95(2):219-23.

• (9) Silva CCG, Rego AO, Simões ERE, Rosa HJD. Consumption of high energy maize diets is associated with increased soluble colla-gen in muscle of Holstein bulls. Meat Science. 2010;86:753-7.

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• (15) Zorzi K, Bonilha SFM, Queiroz AC, Branco RH, Sobrinho TL, Duarte MS. Meat quality of young Nellore bulls with low and high residual feed intake. Meat Science. 2013;93:593-9.

• (16) Faucitano L, Berthiaume R, D’Amours M, Pellerin D, Ouellet DR. Effects of corn grain particle size and treated soybean meal on carcass and meat quality characteristics of beef steers finished on a corn silage diet. Meat Science. 2011;88:750-4.

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• (18) Correia JHRD. Regulação e manipulação hormonal da deposição de proteína muscular [tese de doutoramento]. Seção de Bioquímica, Departamento de Tecnologia e Sanidade Animal, Escola Superior de Medicina Veterinária, Universidade Técnica de Lisboa; 1988.

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O ciclo de vida profissional dos professores: uma súmula.

José Henrique Rocha Dias Correia, Doutor em Ciências Veterinárias, Professor Auxiliar de Bioquímica e Biologia Molecular, Licenciado em Ciências Psicológicas, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Lisboa, Avenida da Universidade Técnica, 1300-477 Lisboa, Portugal, telefone 213652800, extensão 431342, endereço para o correio eletrónico: [email protected]

Palavras-chave:ciclo de vida; professorado; psicologia.

RESUMONeste curto artigo o autor realiza uma síntese da-quilo que é o ciclo de vida profissional dos pro-fessores em geral, pondo em destaque os aspetos psicológicos dele numa perspetiva multidisciplinar.

Conclui-se que a consciencialização do ciclo de vida profissional dos docentes, aliada ao conhecimento do que é o ciclo de vida humana em geral na sua vertente psíquica, é que permitirá uma saída cria-tiva para as limitações situacionais que são impos-tas ao indivíduo.

1. INTRODUÇÃO

“O vinho da juventude nem sempre se aclara com o avançar das idades; amiúde torna-se turvo”

(Carl Gustav Jung).

De entre os perto de 5600 médicos veteriná-rios atualmente afiliados na Ordem uma pe-quena minoria, escassa, estará na carreira

docente. Porém, é esta minoria que é a responsável pela, metaforicamente falando, rampa de lançamen-to donde saltarão (será para o abismo?) os futuros profissionais. A consciencialização das circunstân-cias e do contexto do exercício da profissão docente permite que as coisas corram algo melhor do que na falta da primeira, tanto para os docentes como para os discentes. A presente nota tem isto que acabo de afirmar por objetivo. Faço notar que este não é um artigo de opinião. É um texto científico do âmbito das Ciências da Educação que são um ramo aplica-do da Psicologia científica. O escrito lança uma visão

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Passemos então a apontar as características das vá-rias categorias em que se pode dividir o percurso profissional dos professores. À entrada na carreira corresponde um estádio de sobrevivência e de des-coberta. Estes dois aspectos são vividos em paralelo, e o segundo viabiliza o primeiro. É como se o profis-sional estivesse a tactear o terreno e a assimilar uma realidade cheia de novidade, com a qual contacta pela primeira vez.

A fase que se segue (a 2ª) é a da estabilização que é a duma escolha de identidade profissional, mediante a qual o Ego (o gestor simultaneamente consciente e, em parte, inconsciente do psiquismo) da pessoa se afirma por meio dum comprometimento permanen-te com uma actividade específica. Esta estabilidade recém-adquirida corresponde, também, a um acen-tuar do sentimento de liberdade, das prerrogativas situacionais, de possuir um modo próprio de actua-ção. Daqui decorre, adicionalmente, uma maior se-gurança no sentir da competência pedagógica.

A fase descrita a seguir é a da diversificação (a 3ª). Na fase de diversificação ultrapassam-se as incerte-zas, as inconsequências e o medo do insucesso, que acompanham as tentativas para experimentar novas modalidades de ensino. Nesta fase há lugar à busca de novos desafios para escapar à rotina das aulas.

Segue-se então o autoquestionamento (4ª fase). Este pôr-se em questão deriva dum sentimento da rotina diária, ou mesmo duma crise existencial. É o questionamento a meio da carreira e que usualmen-te também coincide com a crise do meio da vida, entre os 35 e os 45 anos. Autores como o psiquia-tra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961) identificaram esta crise do meio da vida nas pessoas em geral (2), e é de notar que este factor endógeno pode coexistir com condições exteriores na trajetória profissional,

originalíssima sobre o que é o valor da, e como é o quotidiano da, vida de professor. Adicionalmente, julgo que a contribuição da multidisciplinaridade em todos os domínios científicos e profissionais só pode ser benéfica. A multidisciplinaridade ou interdisci-plinaridade reúne um favorecimento consensual, e ela manifesta-se aqui pela confluência das seguintes especialidades: Ciências da Educação (1); Psicologia Analítica (2); Psicanálise (3) (7); Neurologia (4) (5) (6). Daqui a justificação metodológica deste traba-lho que de facto se aplica, generalizando-se, a todos os níveis de ensino, do básico ao superior.

2. DISCUSSÃOO autor do artigo com o título como acima, Michaël Huberman (1941-2001) (1), fez uma breve resenha do destino profissional dos professores em geral e das condicionantes desse destino. Mais concreta-mente, o autor pretendia verificar se estudos clás-sicos sobre o ciclo de vida psíquica do adulto se aplicam também à classe profissional dos docentes. Para este efeito, o autor começou por identificar as tendências gerais no ciclo de vida dos professores, distribuindo-as sucessivamente pelas categorias: 1ª, fase de entrada na carreira; 2ª, fase de estabilização; 3ª, fase de diversificação; 4ª, fase de autoquestiona-mento; 5ª, fase de serenidade e distanciamento afe-tivo; 6ª, fase de conservadorismo e de lamentações, e, 7ª, finalmente, fase de desinvestimento. O autor também aponta o facto de que a análise da carrei-ra apresenta vantagens sobre a análise caso a caso da vida dos indivíduos. Isto porque há marcos mais objectivos na trajectória profissional do que na vida privada.

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coincidência propícia para induzir o autoquestiona-mento. O psicanalista Erik Homburger Erikson (1902-1994) também apresentou a sua interpretação dos estádios ou etapas evolutivas do desenvolvimento humano, desembocando tudo em dois últimos es-tádios ou fases, coincidentes, mais ou menos, com aquilo para que Carl Gustav Jung apontou. Erik Eri-kson foi perito no estudo do desenvolvimento após a infância, na adultícia e na senilidade, e em espe-cial naquilo que referiu como sendo a “transição da meia-idade”. Para este autor, na meia-idade, que ele considera como a penúltima idade do Homem, po-dem surgir manifestações de produtividade versus estagnação. E nos anos posteriores, na idade derra-deira, é a integridade versus o desespero nas apre-ciações da vida vivida que estarão em questão (3).

O ciclo de vida humano do ponto de vista psicológico é paralelo, mas separado, indubitavelmente (a me-nos que nos apeguemos ao monismo materialista), da ontogénese ou desenvolvimento individual (da conceção à morte) a qual consiste em algo de exclu-sivamente biológico, mas sendo o aspeto biológico eventualmente afetado por influências provenientes do exterior ou ambiente. Portanto, veja-se que as etapas no ciclo de vida profissional dos professores, um ciclo de natureza psíquica, não têm necessaria-mente de ser paralelas à progressão, ou não, nas ca-tegorias profissionais da carreira, uma vez que esta última é formalmente independente do ciclo de vida em jogo.

A quarta fase indicada por Michaël Huberman é como que um balanço da vida já meia vivida, daquilo que já se alcançou e daquilo que está ainda por alcançar, balanço feito em autoquestionamento. Este pôr-se em questão surge muitas vezes quando se atingiu um bom nível de realizações da personalidade em relação ao ter, às posses materiais, mas todavia não

há consciência plena em relação aos aspectos do ser da personalidade, daquilo que cada um é, poderá vir a ser, ou poderia ter sido. É, globalmente, o senti-do da vida que está em jogo. Jogo este que opera pela interacção entre forças inconscientes e forças conscientes da personalidade. É usual que a fase de autoquestionamento desemboque numa fase de se-renidade e de distanciamento afetivo (5ª fase), num estado de alma induzido por um nível de ambição que desce, num nível de investimento que também baixa, acompanhados por serenidade e até autocon-fiança, as quais resultam também, em grande parte, do facto do sujeito já não ter de provar, em termos de realizações profissionais, nada, nem a ele próprio nem aos outros.

Como penúltima fase (6ª) Michaël Huberman apon-ta a do conservadorismo e das lamentações. Isto evi-dencia-se por o surgimento, com o avançar da ida-de, dumas certas rigidez e dogmatismo, duma maior prudência nas acções, duma nostalgia do passado, e assim por diante: um prelúdio ao fim da carreira.

Como fase derradeira (7ª) achamos, segundo Michaël Huberman, o desinvestimento. Neste período, se for vivido com serenidade, há um recuo face às ambi-ções e aos ideais presentes no começo da carreira. O desinvestimento é paralelo a um balanço do que foi possível fazer com a carreira, do princípio ao fim. Nesta etapa as pessoas preocupam-se mais com as suas experiências psicológicas introspetivas, e menos com o ter algo de material. É um deslocamento em direcção ao ser e aos modos de existir na vida. Mais uma vez coube a Carl Gustav Jung chamar a atenção para este ponto de vista fundado num seu conhe-cimento das etapas evolutivas da personalidade na vida adulta (2). Há, nesta fase, um deslocamento da energia da libido (um conceito metafísico suposta-mente explicativo do vigor psíquico das tendências

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artigo duma análise independente dos factos mas sim duma sua interpretação por aqueles que os vi-veram. Por outro lado, a entrevista a docentes de idade avançada poderá apresentar limitações por causa das distorções da memória. Como bem indi-ca Michaël Huberman no seu trabalho, retoma-se a óptica hegeliana de que o nosso passado memori-zado é também uma reconstrução ideacional sobre um passado realmente vivido mas em função dum contexto do presente. As ideias modificam-se im-percetivelmente com o tempo sempre em direção a uma suavização de alguma dor moral subsistente. A posição hegeliana (à parte dos juízos de valor impli-cados pelos afectos associados ao que é evocado) é corroborada pela Neurologia moderna que vê a me-mória, incluindo a reservada à autobiografia, como um processo mais reconstrutivo do que meramen-te reprodutivo na sua natureza (4) (5). A Neurologia confirma experimentalmente que até a memória de trabalho, volátil e momentânea, implica a formação e atualização no tempo, por curto que este seja, das representações mentais internas respeitantes ao mundo exterior dum tempo já ido (6).

3. CONCLUSõESEmbora o ciclo de vida profissional dos professores descrito por Michaël Huberman possa justificar a citação com que abri a introdução (justificação que pode começar na quarta fase e prolongar-se pelas duas últimas fases adentro) é pela aplicação da cria-tividade, em consciência, que será permitido ultra-passar as limitações que são impostas aos docen-tes. A dinâmica criativa e a realização criadora são o alicerce determinante, subentendido e sustenta-dor, duma grande variedade de profissões, desde as

comportamentais) das preocupações egóicas para actividades mais desinteressadas, introspectivas e de maior reflexão, enquadradas na determinação de qual será o sentido geral para a vida. Michaël Huber-man, cotejando Carl Gustav Jung, vai mesmo mais longe, indicando que a crise tem mais a ver com pul-sões inconscientes recalcadas ou sublimadas do que com o sucesso material conseguido, ou não, até aí.

Michaël Huberman termina o seu artigo com algumas considerações epistemológicas e metodológicas. Ao interrogar-se sobre se as fases e as sequências des-critas acima têm determinismos sociais ou se são exclusivamente de natureza ontogénica conclui que há interacção entre ambas as classes de factores. Aponta este autor para que existe uma infinidade de factores de naturezas não biológica e não psicoló-gica que afectam um indivíduo de tal maneira que uma fase ou sequência das fases pode ser também a resultante de expectativas sociais e da organiza-ção do trabalho. A análise de vários autores sobre a existência dum relógio social que dita os momentos no tempo em que é apropriado evoluir segundo as fases do ciclo descritas acima tem tido larga aceita-ção. Paralelamente, segundo Michaël Huberman, a teleologia na vivência dos indivíduos e a plasticidade na adaptação ao meio ambiente são dois conceitos que não podem ser perdidos de vista ao considerar os estádios de evolução na vida adulta e as suas re-percussões sobre a situação profissional.

Na perspetiva metodológica, Michaël Huberman aponta para algumas críticas de peso envolvendo a recolha de dados para o seu próprio artigo. No-meadamente, de que idealmente se deveriam fazer estudos longitudinais e não transversais como é o caso. Ainda, que os dados colhidos correspondem a posturas dos entrevistados sobre factos que são por eles percebidos, não se tratando portanto no

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artísticas até às científicas, tal como revelam os es-tudos aprofundados sobre a matéria da autoria do Prof. Dr. Luís Delgado, psicanalista especializado no estudo da criatividade (7). O ciclo de vida humano é inexorável e só pela sua consciencialização é que po-demos compreendê-lo nos mais variados contextos em que as pessoas vivem e trabalham.

4. AGRADECIMENTOSAo Prof. Dr. António Manuel Seixas de Sampaio Nó-voa, Doutor em Ciências da Educação, último Reitor da Universidade de Lisboa antes da fusão com a Uni-

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA• (1) Huberman M. O ciclo de vida profissional dos professores. In: Nóvoa A, organizador. Vidas de professores. 2ª edição. Porto:

Porto Editora Lda; 2007. pp. 31-61.

• (2) Jung CG. The stages of life. In: Dell WS, Baynes CF, translators. Modern man in search of a soul. London: Routledge; 1933/2006. pp. 97-116.

• (3) Gleitman H, Fridlund AJ, Reisberg D. Psicologia. 6ª edição. Silva DR, tradutor, revisor e coordenador. Lisboa: Fundação Calous-te Gulbenkian; 1981/2003. pp. 838-840, 844-847.

• (4) Damásio AR. O erro de Descartes. Emoção, razão e cérebro humano. 2ª edição. Lisboa: Publicações Europa-América Lda; 1994/1995. pp. 116-118.

• (5) Damásio AR. O livro da consciência. A construção do cérebro consciente. Temas e Debates e Círculo de Leitores; 2010. pp. 90-91.

• (6) Goldman-Rakic PS. Working memory and the mind. In: Mind and the brain. Readings from scientific American magazine. New York: W.H. Freeman and Company; 1993. pp. 66-77.

• (7) Delgado L. T.A.T. e criatividade: estudo dinâmico. Lisboa: Instituto Superior de Psicologia Aplicada – CRL; 2011.

versidade Técnica de Lisboa, por alguns elementos biográficos que forneceu respeitantes ao seu amigo pessoal Michaël Huberman, e por ter lido e comen-tado uma versão primitiva, mais curta, do manuscri-to.

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Institucional OMV Direção

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Legislação

Atividade PecuáriaDeclaração de Retificação n.º 31/2013, de 24 de ju-lho - Rectifica o Decreto-Lei n.º 81/2013 de 14 de junho, do MAMAOT, que aprovou o novo Regime de Exercício da Actividade Pecuária e altera os Decretos-Leis n.º 202/2004 de 18 de agosto, e n.º 142/2006 de 27 de Julho. (veja aqui)

Declaração de Retificação n.º 32/2013, de 25 de ju-lho - Rectifica a Portaria n.º 196/2013 de 28 de maio, do MAMAOT, que estabelece os termos e as condi-ções dos elementos obrigatórios dos contractos de compra e venda de leite cru de vaca e aprova o res-pectivo contracto-tipo, nos termos do Decreto-Lei n.º 42/2013, de 22 de março, publicada no DR, n.º 102, 1.ª série, de 28 de maio de 2013. (veja aqui)

Sanidade AnimalDecreto-Lei n.º 113/2013, de 07 de agosto - Trans-põe a Diretiva n.º 2010/63/UE, do Parlamento Eu-ropeu e do Conselho, de 22 de setembro de 2010, relativa à proteção dos animais utilizados para fins científicos. (veja aqui)

Portaria n.º 264/2013, de 16 de agosto - Aprova as normas técnicas de execução regulamentar do Pro-grama Nacional de Luta e Vigilância Epidemiológica da Raiva Animal e Outras Zoonoses. (veja aqui)

Legislação em VigorDecreto-Lei n.º 123/2013, de 28 de agosto - Esta-belece as regras que constituem o sistema de iden-tificação dos equídeos nascidos, ou introduzidos, em Portugal, assegurando a execução e garantindo o cumprimento, no ordenamento jurídico nacional, das obrigações decorrentes do Regulamento (CE) n.º 504/2008, da Comissão, de 6 de junho de 2008, no que respeita a métodos para identificação de equí-deos. (veja aqui)

Despacho n.º 11496/2013, de 04 de setembro - Campanha de vacinação anti-rábica e de identifica-ção electrónica. (veja aqui)

Medicamento Veterinário, Pro-dutos de Uso Veterinário e Biocidas | Saúde Pública e Se-gurança Alimentar Portaria n.º 248/2013, de 05 de agosto - Aprova o regulamento de notificação obrigatória de doenças transmissíveis e outros riscos em saúde pública.(veja aqui)

Decreto-Lei n.º 150/2013, de 24 de outubro - Trans-põe a Diretiva n.º 2013/20/UE, do Conselho, de 13 de maio de 2013, que adapta determinadas diretivas no domínio da segurança dos alimentos e da política veterinária e fitossanitária, devido à adesão da Re-pública da Croácia, procedendo à segunda alteração

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Revista digital OMV102

Legislação

ao Decreto-Lei n.º 210/2000, de 2 de setembro, e à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 163/2005, de 22 de Setembro. (veja aqui)

Formação ProfissionalPortaria n.º 354/2013, de 09 de dezembro - Estabe-lece o âmbito da intervenção do Ministério da Agri-cultura e do Mar e dos seus serviços e organismos em matéria de formação profissional nas áreas da agricultura, das florestas, do agroalimentar e do de-senvolvimento rural, bem como o respetivo mode-lo de regulação, de certificação, de supervisão e de acompanhamento. (veja aqui)

Poderá consultar regularmente a legislação Médico-Veterinária em

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O VETBIBLIOS® é um projeto pessoal de João Carlos de França Dória, médico veterinário na Ilha da Madeira e surgiu do seu desejo em dis-ponibilizar informação relevante aos colegas de língua portuguesa, nomeadamente aque-les que desempenham funções em serviços oficiais ou que com eles se relacionam, tendo sido concebido para dar apoio ao conhecimen-to, estudo, direção, gestão, planeamento, de-cisão e execução, no âmbito das atividades ve-terinárias e pecuárias.

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