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Revista Direcional Escolas - Ed. 79 - jun/2012

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A revista Direcional Escolas tem 7 anos e é dirigida a diretores e compradores de instituições de ensino particulares e públicas de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. É a única publicação que tem selo de auditoria de tiragem, comprovando os 20.000 exemplares mensais. Apenas as edições de junho/julho e dezembro/janeiro são bimestrais.

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Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais.

As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Escolas.

A revista Direcional Escolas não se res ponsabiliza por serviços, produtos e imagens publicados pelos anun ciantes.

Rua Vergueiro, 2.556 - 7ª andar cj. 73CEP 04102-000 - São Paulo-SPTel.: (11) 5573-8110 - Fax: (11) 5084-3807faleconosco@direcionalescolas.com.brwww.direcionalescolas.com.br

Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados.

Filiada à

Tiragem auditada por

EDITORIALDIRETORESSônia InakakeAlmir C. Almeida

EDITORARosali Figueiredo

PÚBLICO LEITOR DIRIGIDODiretores e Compradores

PERIODICIDADE MENSALexceto Junho / JulhoDezembro / Janeiro cujaperiodicidade é bimestral

TIRAGEM20.000 exemplares

JORNALISTA RESPONSÁVELRosali FigueiredoMTB 17722/[email protected]

REPORTAGEMLuiza OlivaMTB 16.935Tainá DamacenoMTB 55465/SP

CIRCULAÇÃOEstado de São Paulo, Rio de Janeiro,Paraná, Minas Gerais

DIREÇÃO DE ARTEJonas Coronado

ASSISTENTE DE ARTEFabian RamosSergio Willian

ASSISTENTE DE VENDASEmilly Tabuço

GERENTE COMERCIALAlex [email protected]

DEPARTAMENTO COMERCIALAlexandre MendesFrancisco GrionPaula De PierroSônia Candido

ATENDIMENTO AO CLIENTECatia GomesClaudiney FernandesJoão MarconiJuliana Jordão Grillo

IMPRESSÃOProl Gráfica

Caro leitor,

Conheça também a Direcional Condomíniose Direcional Educador

www.direcionalcondominios.com.brwww.direcionaleducador.com.br

Para anunciar, ligue:(11) 5573-8110

Os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) quadruplicaram nos últimos quatro anos, atingindo pelo menos R$ 94 bilhões neste ano, anunciou Paulo Malheiro, coordenador do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siofi), durante encontro promovido pelo Movimento Todos Pela Educação, em 16 de maio, em São Paulo. Na ocasião, o Movimento lançou o Anuário Brasileiro da Educação Básica 2012, o qual revela ampliação dos investimentos no setor no País em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). O índice passou de 3,2% em 2000 para 4,2% em 2009 na educação básica. Mas a média anual gasta em 2008 com o estudante ficou em US$ 2.416 contra US$ 8.961 dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).Paulo Malheiro observou, no entanto, que não falta verba à educação, mas sim gestão eficiente do dinheiro público. “Temos hoje recursos, mas continuamos assistindo a elevados índices de repetência e evasão.” O que estaria acontecendo?, questionou Malheiro.Uma das pistas pode ser encontrada em outro evento da área realizado entre os dias 16 e 19 de maio, também em São Paulo. Diferentes fóruns de discussão abrigados sob a 19ª Educar sinalizaram que ainda falta articulação entre os segmentos que atuam com a educação. É o caso do ensino profissional de nível médio, tema de nossa reportagem de Gestão. Enquanto o Governo Federal se prepara para investir R$ 24 bilhões na área e criar 8 milhões de vagas até 2014, incluindo a rede privada, os especialistas reunidos em São Paulo perguntaram onde estariam os programas necessários para assegurar formação docente qualificada e especializada, currículo apropriado e infraestrutura de laboratórios a essa expansão? Será preciso correr contra o relógio e articular escolas, empresas, sindicatos, instituições de pesquisa e governos para evitar que se repitam problemas comuns ao ensino regular, como baixo desempenho, formação precária, evasão e desinteresse por parte do aluno.Outro problema que mereceu um congresso internacional na Educar - as dificuldades de relacionamento entre escolas, professores e pais de alunos -, abordado em nossa reportagem Especial, também decorre da maneira isolada de cada um trabalhar. Faltam diálogo e propósitos comuns entre as instituições e as famílias, alertaram os conferencistas. Ao menos um assunto, entretanto, parece ter já despertado uma ação conjunta: o da urgência de se intervir sobre os maus hábitos alimentares dos brasileiros, responsáveis hoje por elevados índices de obesidade entre crianças, jovens e adolescentes. Os ministérios da Saúde e Educação estão empreendendo parcerias com instituições em prol da alimentação saudável no ambiente escolar. O Fique de Olho desta edição traz empresas que poderão contribuir com as mantenedoras privadas para o alcance desse objetivo. A edição se completa com um Perfil da Escola que revela experiência positiva de gestão participativa e mobilização da comunidade em São Paulo (na EMEF Desembargador Amorim Lima); e com dicas sobre Reciclagem, Esportes (parcerias) e Auditórios e Anfiteatros.Finalmente, destacamos que o Grupo Direcional, através das revistas Direcional Escolas e Direcional Educador, promoverá no próximo dia 23 de agosto um workshop com gestores escolares, com a ideia de auxiliá-los a encontrar soluções para seus desafios diários. Em breve mais informações. Acesse nosso site www.direcionalescolas.com.br. Lá você encontra matérias, novidades, cursos, artigos de colaboradores, eventos do Grupo Direcional e um portfólio de fornecedores de produtos e serviços escolares.

Uma boa leitura a todos,Rosali FigueiredoEditoraCONTATE-NOS VIA TWITTER E FACEBOOK OU DEIXE SEUS COMENTÁRIOS NO ENDEREÇO DE EMAIL [email protected]

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SUMÁRIO

ENSINO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIOPouco mais de um ano após anunciar o Pronatec, programa nacional que pretende expandir a rede de ensino técnico de nível médio, o Governo Federal finalmente lan-çou o chamado FIES Técnico. Especialistas reunidos em São Paulo discutiram como conferir qualidade a essa expansão.

FAMÍLIA, SOCIEDADE E ESCOLA As relações entre escolas, professores e pais de alunos estiveram novamente no foco de um grande evento da área da educação, em São Paulo. E os conferencistas voltaram a bater na mesma tecla: é preciso diálogo e entendimento, de forma a que cada instância tenha claros os seus papéis e responsabilidades.

EMEF DESEMBARGADOR AMORIM LIMAUnidade cinquentenária da rede municipal de São Paulo, a Amorim Lima introduziu há oito anos projeto pedagógico inspirado na Escola da Ponte, em que a principal caracte-rística é eliminar a fragmentação das séries e salas de aula. A proposta vem dando certo com forte trabalho de gestão participativa.

DICAS: PARCERIAS:ESPORTES

16 PERFIL DA ESCOLA10 GESTÃO08 ESPECIAL

CONFIRA AINDA

14 15 18 22 ALIMENTAÇÃO ESCOLARFIQUE DE OLHO:

RECICLAGEM AUDITÓRIOS E ANFITEATROS

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ALIMENTAÇÃO ESCOLARFIQUE DE OLHO:

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ENSINO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO

PORTARIA REGULAMENTA ACESSO AO FINANCIAMENTO ESTUDANTIL

A Portaria 270/2012, que “regulamenta a adesão das man-tenedoras de entidades privadas de educação profissional e tecnológica” ao chamado FIES Técnico, foi baixada pelo Minis-tério da Educação no dia 29 de março. Acesse a íntegra do texto no site da Direcional Escolas e saiba ainda como se habilitar junto à Secretaria de Educação de São Paulo para ingressar no programa, consultando reportagem publicada no endereço ele-trônico http://www.direcionalescolas.com.br/edicao-77-abr/12/ensino-profissionalizante- escolas-a-espera-do-fies-tecnico.

COLUNISTAS

Leia os dois novos artigos da psicopedagoga Jane Patrícia Haddad: “Educação: repensar posturas e paradigmas para ousar”; e “Edu-cação: Liquidez ou Insensatez?”. A seção traz um novo colabora-dor, Amilton Saraiva, que aborda “As vantagens da terceirização

de serviços nas escolas”. E prosseguindo com o acompanhamento das experiências em Tecnologia Educacional, o professor Rodrigo Abrantes Silva trata de novos aplicativos que ajudam a dinamizar as atividades em sala de aula, entre eles o SchoolTube. Acesse os links

de cada colaborador a partir da homepage.

O CRESCIMENTO DA EDUCAÇÃO PRIVADA

DIRIGENTE APONTA AUMENTO DE INVESTIMENTOS NO PAÍS

O número de alunos matriculados na rede particular de ensino em todo País aumentou 24% desde 2007. E a tendência é que o bra-sileiro invista 13,5% a mais em educação em 2012. A análise é de Antônio Eugênio Cunha, diretor da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) e presidente do Sindicato das Escolas Particu-lares do Espírito Santo. Entre 2010 e 2011, houve acréscimo de 358 mil matrículas na rede privada, totalizando 7.560.382 alunos. Já a rede pública registrou leve declínio, o total de matrículas baixou de 43.989.507 para 43.053.942 (de 2010 para 2011). Confira, no site, reportagem completa sobre o assunto.

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ESPECIAL: FAMÍLIA, SOCIEDADE E ESCOLA

CONTRA O JOGO DO “EMPURRA”, NOVAS POSTURAS E CUMPLICIDADE

Em quatro dias de conferências e debates, a 19ª Educar Educador, realizada entre os dias 16 e 19 de maio no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, reuniu 112 atividades pedagógicas, comandadas por 230 palestrantes nacionais e internacionais. Mas seu principal eixo temático colocou novamente em questão como as escolas podem estabelecer uma parceria mais efetiva com as famílias.

Por Luiza OlivaFotos Andreia Naomi (Divulgação: Futuro Eventos)

Com o tema geral “Família, So-ciedade e Escola: Onde pretendemos chegar?”, os participantes da 19ª Educar Educador atacaram uma questão central hoje para os educadores: como envol-ver as famílias no cotidiano escolar e a necessária formação dos professores, coordenadores e outros profissionais da escola para atender a essa demanda?

Os portugueses Ariana Cosme e Rui Trindade conduziram o talk show “Caminhando juntos na Educação e na Vida. Oras Falas Tu, Oras Fala Eu!”. Para Rui Trindade, psicólogo na área de De-senvolvimento da Psicologia e da Edu-cação da Criança, mestre e doutor em Ciências da Educação, o professor não deve olhar com preconceito para as no-vas famílias. “Elas têm potencialidades e podem ser parceiras da escola. Se a criança não tem pai, dialogue com a mãe. Passe a ter um olhar mais aberto e abra o jogo com os pais. É necessário

definir expectativas. Mas o hábito é só cha-mar a família à escola quando algo vai mal com o aluno. Por que não inverter? Ou seja, partir do que as crianças são capazes, e não do déficit, das dificuldades.”

Segundo Trindade, que atua em Portugal como consultor de escolas públicas, as fa-mílias tradicionais podem até ser mais com-plicadas do que uma família monoparental. “É preciso olhar para as famílias de forma plural e perceber que nem todas funcionam

da mesma maneira. Não creio que família e escola vão viver sempre em harmonia, mas devemos ter regras claras e o que um espera do outro. A tensão faz parte dos relaciona-mentos. A grande questão é viver em con-junto, apesar da tensão”, distingue.

Dirceu Ruaro, mestre e doutor em Educação, assessor pedagógico da Facul-dade Mater Dei, em Pato Branco (Paraná), e secretário municipal de Educação, Cul-tura, Esportes e Lazer de Vitorino (no mes-mo Estado), concorda que falta clareza na definição dos papéis de família e escola na educação das crianças. “De fato, estamos vivendo momentos cruciais nos quais as famílias, por incompetência, desconheci-mento, má vontade e até por pensar que o governo é que deve ensinar boas maneiras, princípios e valores aos filhos, empurram essa parte da educação para a escola. Por outro lado, a escola tem aceitado esta si-tuação. O que realmente cabe à escola? E à família? Não prego o divórcio entre

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ESPECIAL: FAMÍLIA, SOCIEDADE E ESCOLA

as duas instituições, mas a parceria real, verdadeira, envolvente. Aquela parceria de objetivos comuns, de metas traçadas a partir dos contextos locais, do conheci-mento das famílias e das escolas”, defende Ruaro. O especialista participou da mesa de debates “Desenvolvimento da Compe-tência Profissional do Professor - Desafio a ser assumido pelos sistemas e dirigentes de ensino”, ao lado de Emilia Cipriano, Luiz Schettini e Lilian Neves, em encontro me-diado por Celso Antunes.

ESCOLA DE PAIS

O palestrante Marcos Meier, psicólogo e mestre em Educação, esteve presente ao evento e pondera que, por conta de lares em que a autoridade não é exercida com sabedoria e onde o afeto nem sempre está presente, as crianças chegam à escola indis-ciplinadas, agressivas, sem responsabilidades nos estudos. “Enfim, uma postura geral que não espera nada da vida. Tudo isso faz com que o clima em sala de aula seja muito ruim

para a aprendizagem e para o trabalho do professor. Se a escola não agir suprindo as carências das crianças, ensinar conteúdos do currículo escolar se torna quase impossível. Esse é um lado da moeda. O outro é que mui-tas famílias simplesmente não sabem educar e precisam aprender com especialistas em educação, ou seja, com os professores. A es-cola pode proporcionar essa formação com palestras úteis aos pais”, acredita.

Crianças com uma formação deficitária recebida pela família dificultam o trabalho da escola. “Os pais, cada vez com menos tempo e com menos autoridade sobre os filhos, têm, muitas vezes, se omitido do seu papel de educadores e cobrado da esco-la a ampliação desse papel. E ela não tem conseguido responder a essa necessidade por alguns motivos, por exemplo, porque trabalha mais com o coletivo do que com

o individual, e também porque precisa que os valores morais sejam trabalhados pela família. Nesse aspecto, o papel da escola é complementar”, avalia Renato Casagrande, mestre em Administração, especialista em Recursos Humanos e Gestão Educacional e formação em Liderança e Coaching. Ca-sagrande abordou “O Desenvolvimento do Gestor em 8 Papéis fundamentais da Ges-tão Educacional”, em uma palestra inserida no Congresso de Management, da Educar.

Casagrande concorda com a propos-ta de Marcos Meier: “As escolas precisam cumprir mais um papel, que é o de promo-ver encontros que contribuam para ampliar o nível de conhecimento dos pais quanto ao seu papel de educadores.” Mas Casagrande reforça um ponto: é preciso ser criativo, motivando os pais para a participação. “De-ve-se estabelecer estratégias e desenvolver ações e projetos que despertem nas famílias a motivação necessária.”

Os especialistas concordam que é preci-so ir além das reuniões para falar de notas e aprendizagem. Dirceu Ruaro defende ações concretas e conjuntas, como uma escola de estudos para pais. Marcos Meier acredita na alternativa de convocar os pais por temas para reuniões interativas. Por exemplo, pais de crianças violentas discutindo pontos im-portantes, entre eles, como agir, como pu-nir, o que pode piorar o comportamento da criança, o que um pai fez e que pode servir de exemplo, o que outro fez e que ninguém deve repetir etc. “Um coordenador ou psi-copedagogo dirige a reunião e conduz os trabalhos. É preciso que as famílias saiam daquele encontro com uma forte impres-são de que aprenderam coisas úteis. A es-cola deve agir sem o tom de ‘bronca’, mas de ajuda com dicas e orientações simples e práticas”, orienta Meier.

FORMAÇÃO DEFICITÁRIA

Ao lado das carências dos pais, pro-fessores e gestores convivem, por sua vez, também com falhas em suas formações. Na opinião de Dirceu Ruaro, as novas exi-gências educacionais pedem educadores atentos às novas realidades da sociedade, do conhecimento, do aluno, dos meios de comunicação e informação: “Há uma ní-tida mudança no desempenho dos papéis docentes, novos modos de pensar, agir e interagir. Com isso, surgem novas práticas profissionais, novas competências. E, por outro lado, é preciso ter em mente que os

gestores, via de regra, não dialogam com os docentes das redes para enten-der seu cotidiano, suas necessidades, suas limitações e, em consequência, organizam Programas de Formação Continuada que não respondem aos anseios dos docentes. Os programas, salvo raras e honrosas exceções, são organizados para os docentes e quase nunca com os docentes.”

Marcos Meier acredita que os profes-sores saem das universidades com uma formação metodológica muito carente. “O professor é um especialista em con-teúdos acadêmicos e precisa aprender sozinho a interagir com seus alunos nas questões disciplinares, emocionais, sociais. Se a escola não investir na formação con-tinuada de seus professores, a qualidade da educação oferecida não vai mudar.” Quanto aos gestores, a situação não é di-ferente. “É preciso reconhecer de uma vez por todas que Pedagogia não é Adminis-tração e que cursar Educação Física, Geo-grafia ou qualquer outra licenciatura não prepara o professor para a gestão de uma escola. São funções diferentes”, avalia.

Na opinião de Renato Casagrande, a formação dos gestores é quase inexis-tente. Ele opina que são poucos os ges-tores educacionais, hoje, com uma base adequada para exercer sua função. “Ge-ralmente, os diretores que atuam nas escolas brasileiras são professores que saem da sala de aula e assumem quase que imediatamente a responsabilida-de pela gestão, sem o conhecimento de teorias e métodos de gestão, o que faz com que a maioria das instituições apresente um grau elevado de inefi-ciência nas suas operações. É comum observarmos uma quantidade grande de retrabalho nas escolas e isso se deve à falta de método na gestão”, finaliza.

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GESTÃO: ENSINO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO

EM DISCUSSÃO, DESAFIOS PARA

ESCOLAS, GOVERNO E EMPRESAS

O ensino profissionalizante de nível médio ganhou força na agenda nacional com o lançamento do Pronatec, em 2011. Desde então, algumas medidas foram adotadas, entre elas, a regulamentação recente do chamado Fies Técnico. Especialistas reunidos em São Paulo no mês de maio destacaram, porém, a necessidade de se garantir a essa expansão um currículo minimamente adequado, além da formação docente.

Por Rosali FigueiredoFotos Rita Barreto

No momento em que o Governo Federal acaba de regulamentar a con-cessão do FIES técnico, modalidade de financiamento ao estudante do ensino profissionalizante de nível médio, as pers-pectivas e os desafios à expansão do seg-mento no País foram tema de um amplo fórum de discussões em São Paulo, entre os dias 16 e 19 de maio passado. Institui-ções de ensino, professores e coordena-dores formaram grande parte do público que acompanhou o 1º Profitec (Congres-so Internacional de Educação Profissional e Tecnológica), realizado no âmbito da 19ª Educar, no Centro de Exposições Imigran-tes, na Capital Paulista.

A Portaria 270/2012, que “regula-menta a adesão das mantenedoras de en-tidades privadas de educação profissional e tecnológica”, foi baixada pelo Ministério

da Educação no dia 29 de março. Cabe ago-ra às instituições providenciar sua habilita-ção junto ao Sistema Nacional de Informa-ções da Educação Profissional e Tecnológica (Sistec), mas para isso terão antes que cum-prir com alguns pré-requisitos junto aos Estados (no caso de São Paulo, confira as normas do Conselho Estadual da Educação na reportagem publicada no endereço ele-trônico http://www.direcionalescolas.com.br/edicao-77-abr/12/ensino-profissionali-zante-escolas-a-espera-do-fies-tecnico).

O Fies Técnico representa o mais recente de um conjunto de instrumentos que o Go-verno Federal vem lançando desde 2011 para dar vazão ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). A ideia é solucionar, com ação política única, duas grandes lacunas estruturais brasileiras: a base educacional deficiente de 53 milhões de

jovens brasileiros (que estão em situação de baixa escolaridade, ou são analfabetos funcio-nais ou semialfabetizados) e a falta de mão de obra técnica especializada no País.

A análise do contexto foi feita pelo pro-fessor de Química e Meio Ambiente do Ins-tituto Federal de Educação, Ciência e Tecno-logia do Ceará (IFCE), Claudio Ricardo G. da Silva. Graduado em Química Industrial, mes-tre em Saneamento Ambiental, doutorando em Geografia, Claudio participou de uma mesa que discutiu “Bem-Estar, Produtividade, Criatividade e Domínio Tecnológico: Resul-tados esperados da educação tecnológica e profissional do Brasil”. Segundo o professor, a educação tecnológica surge, neste momento, como “grande fator de garantia da sustenta-bilidade e do desenvolvimento econômico”. Ele lembrou que a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) para a área, nos próximos

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GESTÃO: ENSINO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO

dez anos, é atingir mil unidades da rede fe-deral de ensino técnico em nível médio, em uma proporção de uma escola para cada cinco municípios brasileiros.

Mais do que garantir, entretanto, o acesso dos estudantes a uma ampla rede, incluindo instituições privadas, os conferencistas do Profitec apontaram a urgência de um pla-nejamento articulado entre Governo, Esta-dos, instituições e empresas, que dê conta de oferecer cursos adequados às necessidades regionais, de estruturar currículos e suportes tecnológicos capazes de assegurar as compe-tências técnicas dos futuros profissionais, e de formar docentes qualificados e especializados para ocuparem essas salas de aula.

Almério Melquíades de Araújo, profes-sor e coordenador de Ensino Médio e Téc-nico do Centro Paula Souza, em São Paulo, destacou que “a escola não consegue fazer isso sozinha”. Ele sugeriu parcerias entre os estabelecimentos de ensino, os sindica-tos e as empresas. Mais do que “reproduzir mini fábricas nas escolas, é preciso abar-car as competências mínimas e isso requer humildade para construir e reconstruir os currículos escolares, no sentido de ir além das habilidades técnicas e contemplar a relação ética entre os colegas e a socieda-de”, disse. Graduado em Física e mestre em Educação (Supervisão e Currículo), Almé-rio participou da mesa sobre “Bem-Estar, Produtividade e Criatividade” e defendeu a formação de um futuro profissional téc-nico “com capacidade de criar”. “A escola precisa dar conta disso”, reiterou.

FORMAÇÃO DOCENTE

Segundo o coordenador do Centro Paula Souza, a rede do ensino técnico de nível mé-dio no Brasil é bastante tímida se comparada com outros países. Na Argentina, destacou, a proporção de matrículas no técnico equivale a 25% do Ensino Médio; em São Paulo, esse patamar cai a 17%. “E o Produto Interno Bru-to (PIB) daquele país equivale a 60% do pau-lista”, enfatizou Almério, contabilizando que o Estado de São Paulo precisará chegar a pelo menos 500 mil matriculados (sobre os 350 mil

atuais) se quiser atingir o patamar argentino. Em todo Brasil, para se chegar ao índice de 25% a 30% dos estudantes frequentando o ensino técnico, o número de matrículas teria que saltar de pouco mais de um milhão para três milhões, contabilizou Almério.

Seu colega de debate, Claudio Ricardo G. da Silva, lembrou, no entanto, que para o Brasil atingir esse nível, deve adotar uma “política de investimentos que tenha longe-vidade e continuidade, assim como acontece na Coréia do Sul”. E que, nesse momento, in-vestir 10% do PIB em Educação representa o mínimo necessário para “resgatar o passivo e promover o desenvolvimento”.

Uma das grandes dificuldades a ser en-frentada é a qualificação docente, advertiu Claudio. “Não há no Brasil formação de pro-fessor para atuar no Ensino Técnico, precisa-mos de curso de graduação e de pós e não temos isso. Não se pode falar em qualidade da educação sem falar em qualificação do-cente”, observou. O professor do IFCE apon-tou que “a formação politécnica é muito importante” em um mundo que muda com a velocidade atual, formação essa que exige

uma associação entre a Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.

Para Cleunice de Matos Rehen, que pesquisou o perfil dos professores de nível técnico no Brasil, a preparação docente deve passar por “cinco competências”: mediação da apren-d i z a g e m ; domínio das disciplinas; domínio dos p roce s so s produtivos do mercado de trabalho; inserção da escola em seu contexto social; e as demais competên-cias, “inerentes a qualquer educador”. Mas, segundo ela, o domínio das disciplinas e dos processos produtivos é fundamental ao pro-fessor dos cursos técnicos. Cleunice defen-deu que a formação docente inclua estágio, além de um período de acompanhamento após a sua passagem pela escola. “Este pro-fessor deveria, durante pelo menos um ano, retornar com frequência ao seu centro de formação”, acrescentou Cleunice.

VOZ DISSONANTE

Também presente em uma mesa de debates no Profitec, a educadora Guiomar Namo de Mello, doutora em educação e ex--conselheira do MEC, foi uma das poucas vozes contrárias à tendência de expansão do ensino técnico no País. A educadora apontou que a crise educacional brasilei-ra, com seus elevados índices de evasão, especialmente no Ensino Médio, decorre da incapacidade das redes, escolas e pro-fessores trabalharem o “desenvolvimento de habilidades nos estudantes, a associação de informações, e o uso das linguagens e do conhecimento para que trilhem um ca-minho próprio”. Guiomar defendeu que a prioridade recaia, nesse momento, à “for-mação de uma base sólida, que começa na creche e na Educação Infantil”. Ou seja, no princípio, e não no fim da linha.

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GESTÃO: ENSINO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO

Um dos aspectos que mais chamou atenção na edição deste ano da Feira Educar, realizada no Centro de Expo-sições Imigrantes, nos dias 16 a 19 de maio, foi a onipresença da Tecnolo-gia Educacional entre os expositores, principalmente junto às plataformas de conteúdo didático e aos suportes de salas de aula e laboratórios. A 19ª Educar reuniu 150 empresas brasilei-ras e estrangeiras, incluindo aquelas que, de olho na expansão do ensino técnico, apresentaram soluções em laboratórios profissionalizantes e até mesmo cursos já estruturados. Nesse quesito, o destaque ficou para o pa-vilhão que abrigou empresas alemãs. A Educar recebeu ainda expositores norte-americanos, espanhóis e chine-

ses, além de uma comitiva de empresá-rios e autoridades da China.

Entre os brasileiros, um dos ca-ses mais bem-sucedidos foi dado pela Digisonic, lousa digital desenvolvida no Brasil pela Sipvox, de Bebedouro, cidade localizada no interior de São Paulo. Segundo um de seus direto-res e desenvolvedores, Breno Lima, a Digisonic é a primeira lousa genui-namente brasileira e foi contempla-da com o programa Prime (Primeira Empresa Inovadora), ligado à Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Uma das soluções da em-presa esteve ainda entre os finalistas do Prêmio Educadores Inovadores da Microsoft, em 2009. (R.F.)

TECNOLOGIA E SERVIÇOS PARA A ESCOLA DO SÉC XXI

Em www.direcionalescolas.com.br, acesse a íntegra da Portaria 270/2012, que trata da regulamentação do acesso ao FIES Técnico pelas instituições privadas de ensino e empresas.

Acesse ainda no endereço eletrônico http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=125270 o “Estudo sobre o perfil do professor de educação técnica e contribuições para um projeto contemporâneo de formação docente no Brasil, numa perspectiva do trabalho e da educação no início do século XXI”, dissertação de mestrado de Cleunice Matos Rehem, defendida em 2005 junto à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

ALMÉRIO MELQUÍADES DE ARAÚJO [email protected]

BRENO LIMA [email protected]

CLAUDIO RICARDO G. DA SILVA [email protected] CLEUNICE MATOS [email protected]

GUIOMAR NAMO DE MELLO [email protected]

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DICA: PARCERIAS - ESPORTES

Depois de o Ministério da Edu-cação (MEC) instituir a nova Matriz de Referência para o Enem (Exame Na-cional de Ensino Médio), em 2009, a tendência da Educação Física é deixar de ser uma disciplina isolada, que visa apenas à prática de esporte, para se inter-relacionar com os outros com-ponentes curriculares e trabalhar a cultura do movimento. “A Educação Física é mais ampla que o esporte e a ginástica. Cabe a ela ensinar con-ceitos, procedimentos e valores sobre o movimento humano, o qual têm relações com a História, Geografia e Biologia”, aponta Fábio Marchioreto professor de Educação Física do Co-légio Giordano Bruno, localizado na zona Oeste de São Paulo.

Ensinar como e porque o corpo se movimenta é essencial nessa discipli-na e também é tarefa da instituição, segundo Marchioreto. Mas com vistas ao melhor rendimento da Educação Física na escola, o professor reco-menda adotar algumas modalidades esportivas, entre elas futebol, nata-ção, dança e vôlei, como atividades extracurriculares, quer sejam para o lazer, quanto para o condicionamen-to físico ou competição. “O trabalho das escolinhas de esportes terceiri-zadas é propor modalidades de es-porte pré-definidas para alcançar os benefícios que as atividades físicas podem proporcionar”, explica Márcio Aldecoa, professor de Educação Física e diretor de uma empresa do segmen-to, situada em São Caetano do Sul,

região Metropolitana. A instituição fica responsável apenas pela “disponibili-dade e manutenção da estrutura física e, dependendo do tipo de contrato, os materiais são providenciados pela em-presa”, ressalta Aldecoa.

Quanto às vantagens da tercei-rização de esporte para a instituição, Marcelo Mancini, coordenador de uma escola de esportes, da Vila Olímpia, zona Oeste de São Paulo, destaca que o formato de negócio “agrega valor à escola, diminui os encargos traba-lhistas, dispõe de profissionais habi-litados para cada modalidade (com treinamento e supervisão contínua) e também viabiliza o planejamento de-talhado das atividades e a substituição imediata de professores”.

Para uma parceria de sucesso, Alde-coa aconselha definir antes os objetivos que se pretende alcançar e apresentar o perfil da instituição à empresa. Aldecoa recomenda, ainda, fechar negócio com empresa registrada junto aos órgãos competentes e que disponibilize profis-sionais certificados pelo CREF (Conselho Regional de Educação Física) e com expe-riência na área. Fábio Marchioreto acres-centa, por sua vez, que as escolas “elabo-rem um roteiro com informações de suas necessidades e apresentem o projeto pe-dagógico para ajustar as ações extracur-riculares com as curriculares”. Além disso, a instituição deve “acompanhar regular-mente as condições físicas e pedagógicas das atividades e conversar com os pais e alunos para apurar o nível de satisfação”, complementa Marchioreto. (T.D.)

SAIBA MAIS

FÁBIO MARCHIORETO [email protected]

MARCELO MANCINI [email protected]

MÁRCIO ALDECOA [email protected]

Na Próxima Edição: Parcerias (Robótica)

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DICA: RECICLAGEM

SAIBA MAIS

ALESSANDRO AZZONI [email protected]

FLÁVIO EURA [email protected]

MARIANE [email protected]

NEUCI [email protected]

Na Próxima Edição: Primeiros Socorros

A educação ambiental está presente nos Parâmetros Curricula-res Nacionais (PCNs) como um tema transversal, que deve integrar o pro-jeto político pedagógico da Educação Básica, de modo a envolver todas as disciplinas, conforme exposto na Re-solução 04/2010 da Câmara de Edu-cação Básica, do Conselho Nacional de Educação.

Segundo Alessandro Azzoni, vice--presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de São Paulo (Cades), a educação ambiental deve extrapolar as ações isoladas e aprendizados parciais. “Os gestores precisam se envolver e se arriscar em projetos para disseminar a cultura ambiental além do portão da escola. Uma ação bem planejada pode repercutir em dobro, tanto dentro da instituição como fora dela, pois fun-cionários e alunos levam o conheci-mento para a família, comunidade e bairro”, comenta.

Entre os projetos de reciclagem fáceis para se introduzir, Azzoni cita a coleta de óleo. “A escola só precisa fazer convênio com uma cooperativa e disponibilizar um tambor para captar o óleo”, explica. Desde 2008, o Colégio Franciscano Nossa Senhora do Carmo (Franscarmo), da zona Leste de São Paulo, é um polo de arrecadação de óleo de cozinha da Vila Alpina e ad-jacências. “O colégio firmou uma par-ceria com a ONG Triângulo e colocou à disposição contêineres para as co-munidades interna e externa”, afirma o diretor Flávio Eura. Depois de um ano

de atividade, a ação foi ampliada e vin-culada ao Projeto Ecofran, o qual “atua em Santana do Parnaíba e, por meio do lucro da comercialização de sabão em pedra e em pó, cria condições para capacitar famílias carentes da região”. A partir do segundo semestre de 2012, o Franscarmo também será polo de ar-recadação de garrafas pet. “A escola vai desenvolver um projeto de reciclagem de garrafas pet para a produção de vassouras”, destaca Eura.

O Colégio Humboldt, da zonal Sul da cidade, está estruturando um pro-jeto de reciclagem e segregação dos resíduos gerados na instituição. “Toda a área da escola terá caixas especiais para o descarte de papel, com a divisão entre reciclável e reutilizável, e também estações para a segregação, com pla-cas explicativas. O objetivo é transmitir o conceito da importância de reduzir o consumo e reutilizar o que já existe. Todos os funcionários receberam trei-namento para entender e valorizar essa ação”, afirma Mariane Bischof, respon-sável pela iniciativa.

Para o descarte de resíduos eletrô-nicos, pode-se consultar o Cedir (Cen-tro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática), situado no Centro de Computação da USP (Universidade de São Paulo). “O Cedir não recebe deman-das de escolas devido à capacidade do espaço. Mas viabiliza soluções para os colégios encaminharem seu material, seja através de campanhas educativas ou parcerias com empresas reciclado-ras”, informa a responsável técnica do setor, Neuci Bicov. (T.D.)

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PERFIL DA ESCOLA: EMEF DESEMBARGADOR AMORIM LIMA

CORAGEM E GESTÃO PARTICIPATIVA, MARCAS DA HISTÓRIA RECENTE DA “ANTIGA”

ESCOLA PAULISTANACom um projeto pedagógico inovador, inspirado na Escola da Ponte e lastreado em um modelo de gestão participativa, a Emef Desembargador Amorim Lima consegue desenvolver nos alunos uma atitude de protagonismo sobre a própria aprendizagem. Em seu 8º ano, a experiência altera os rumos da antiga escola do Butantã e revela sua missão de semear a perspectiva cidadã junto à sociedade.

Por Rosali FigueiredoFotos Tainá Damaceno

Uma escola feita para alunos, e cujo enredo diário seja tecido pe-los próprios estudantes, pode parecer algo retórico, redundante. Mas gran-de parte das escolas tem funcionado muito mais como uma estrutura fei-ta para o professor atuar que para o aluno aprender, avalia a educadora Fátima Pacheco, que por cerca de 30 anos coparticipou da implantação do projeto integrador da Escola da Pon-te, de Portugal. O modelo tradicional da escola vem sendo questionado es-pecialmente nas últimas duas déca-das, desde que propostas como essa começaram a ganhar notoriedade.

Todo esse preâmbulo vem à mente em uma visita à Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima, da Prefeitura de São Paulo, localizada há mais de 50 anos na Vila Indiana, região do Butantã, zona Oeste de São Paulo. Ali, quem re-cebe a reportagem são os alunos Laís Yukari Kameshiro e Lúcio Ayala, do 8º ano. Eles se prontificaram a apresen-tar a escola e por ela transitaram com bastante espontaneidade, revelando sensação de pertencimento.

Mas a Amorim Lima é, sobretudo, um espaço de ocupação disciplinada e organizada em torno de um novo Projeto Político Pedagógico (aprovado pelo Conselho de Escola em 2005), e regida por uma Carta de Princípios de Convivência (construída ao longo de 2005 em assembleias dos estudantes e

também aprovada pelo Conselho de Esco-la, em 2006). A escola deixa claras e bem delimitadas as funções e responsabilidades de todos os seus participantes. Educadores, colaboradores, estudantes e pais, todos têm direitos, mas também deveres. Os dos estudantes são o de trabalhar com roteiros de pesquisa, enquanto eixos que amarram as experiências de aprendizagem. A partir de temas como Comunicação e Memória, Digestão, Rituais da Vida e Energia, entre inúmeros outros, os professores fazem a mediação dos conteúdos ligados às disci-plinas tradicionais, como Português, Ciên-cias, Geografia, Matemática e História.

“Nossa escola tem um projeto bem diferente, não temos aulas com carteiras em fileiras, mas em grupos de cinco pes-soas”, descreve Laís. “E toda semana nos reunimos em 20 pessoas, para a tutoria com um professor”, complementa. Exis-tem aulas expositivas em Inglês, Ciências, Matemática e Português, e outras que são dadas em espaços próprios, como a de Artes, observa a aluna. Há também op-tativas, como a Capoeira, obrigatória aos estudantes do Fundamental I, mas facul-tativa a partir do 6º ano.

A EMEF Desembargador Amorim Lima oferece os dois ciclos do Fundamental e boa parte de suas atividades acontece, predominantemente, em grandes salões que abrigam as turmas de cada etapa (Fundamental I e II), sem distinções por séries, exceto na alfabetização (1º e 2º ano) ou em disciplinas específicas como Inglês ou Informática (até o 5º ano). Cer-

ca de três a quatro professores são pre-sença constante no ambiente, orientando as atividades desenvolvidas pelos estu-dantes. A ideia é que o grupo de alunos se ajude antes de solicitar a mediação do professor. O projeto, inspirado na Escola da Ponte, começou a ser implantado em 2004, sob autorização da Secretaria Mu-nicipal da Educação.

“Não temos provas”, comenta Laís. A avaliação é feita pelos professores confor-me os alunos cumpram os roteiros de ati-vidades, e também por meio de fichas de acompanhamento da tutoria. Ao final de cada roteiro, os estudantes precisam apre-sentar um portfólio do que aprenderam, explica a estudante. “O maior aprendizado é que a gente não estuda só para a prova, a gente estuda o ano todo”, observa a ga-rota, bem adaptada ao modelo da Amorim Lima, aonde chegou no começo do Funda-mental. Já seu colega Lúcio Ayala, que veio há pouco tempo de uma escola particular, conta que “no começo não gostei muito, não havia aula de Ciências e eu gostava muito, mas depois aprendi a trabalhar com roteiro e me adaptei”.

O DESAFIO DO TRABALHO COLETIVO

Para a diretora Ana Elisa Siqueira, que está na escola há 16 anos e promoveu as mudanças, o processo “é mais lento que a gente queria, porque tem que enten-der o tempo de cada um e a necessida-de de construir dentro de si a perspectiva do trabalho com o coletivo”. Isso envolve

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PERFIL DA ESCOLA: EMEF DESEMBARGADOR AMORIM LIMA

não apenas os educadores e funcionários de apoio, como os próprios alunos e a co-munidade, que tem tido forte atuação vo-luntária em várias frentes do projeto. Nos últimos oito anos, Ana Elisa contou ainda com a parceria de empresas e organiza-ções da sociedade civil, que ofereceram, por exemplo, suporte a sua equipe na ca-pacitação para o trabalho em grupo. Ana Elisa destaca também o trabalho voluntá-rio do pesquisador e linguista Geraldo Ta-deu Souza, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que desenvolveu os rotei-ros de estudos, seguindo as diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs).

Outra dificuldade para conduzir o pro-cesso reside, segundo Ana Elisa, no fato de a escola estar vinculada a uma estrutura burocrática estatal, pois o gestor não tem autonomia para montar sua equipe. “O projeto só é possível por causa de todo o trabalho com a comunidade, da constru-ção da necessidade de mudar”, observa a diretora. O modelo de gestão participativa da escola permite prover muitas das la-cunas deixadas pela rede pública. Há co-missões de mediação, como a de pais e de educadores, além da “Comissão Reflexiva” (mista). Mas há também a participação de pais, educadores e alunos em comissões de festas, alimentação, de ações da comuni-dade, da biblioteca, do jornal mensal, do site, da jardinagem e comunicação, além do Conselho Financeiro.

Segundo Ana Elisa, “o desafio do pro-jeto está muito pautado nessa condição de cidadania. E o papel da escola na sociedade é construir essa perspectiva de solidarieda-de, da mediação de conflitos, os quais são encarados como função mesma do proje-to.” Ana Elisa conta com o papel atuante do Conselho de Escola e da Associação de Pais e Mestres (APM), além de assembleias mensais de pais. Os resultados, segundo ela, ainda não se refletiram em um grande diferencial sobre as notas dos alunos junto às avaliações que compõem o Índice de De-senvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Estamos na média, em algumas provas acima, em outras abaixo. Mas o importante é que as crianças conseguem contextua-lizar o que veem, e estão mais felizes. Os resultados das provas [do Ideb] informam questões muito importantes, e fazem com que a gente olhe para as demandas que não estamos conseguindo resolver.”

A diretora revela que essas demandas situam-se principalmente sobre “uma es-truturação maior do pedagógico na rotina das crianças”, em maior capacitação para o trabalho em equipe. “Gostaria muito de poder contar com outras oportunidades de formação para os educadores”, comen-ta Ana Elisa, dizendo que a jornada inte-gral, em um projeto como esse, também “faria enorme diferença”. Mas são neces-sidades que o pulso do trabalho coletivo que marca a história recente da Amorim Lima poderá, certamente, transformar em vontade e soluções.

Localização: Vila Indiana (bairro do Butantã, zona Oeste de São Paulo)

Ciclos escolares: Ensino Funda-mental I e II

No de alunos: 800Equipe: 80 professores (inclui

orientador da sala de informática e da sala de leitura)

Equipe gestora: Diretor, duas assistentes de direção e duas coorde-nadoras pedagógicas

Equipe de apoio: 4 inspetores de alunos, além dos funcionários da secretaria. A cozinha, limpeza e vi-gilância são terceirizadas. O grande destaque no apoio fica por conta das mães voluntárias, especialmente em seu trabalho de catalogação das obras da biblioteca.

A ESCOLA

LEIA MAIS

EM WWW.DIRECIONALESCOLAS.COM.BR, ACOMPANHE A ANÁLISE DA EDUCADORA FÁTIMA PACHE-CO SOBRE “AS ESCOLAS E O DNA DA FRAGMENTAÇÃO”, EM REPOR-TAGEM COMPLEMENTAR DA DI-RECIONAL ESCOLAS.

SAIBA MAIS

ANA ELISA [email protected]

FÁTIMA [email protected]

A diretora Ana Elisa Siqueira

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DICA: AUDITÓRIOS E ANFITEATROS (INSTALAÇÕES E ACESSÓRIOS)

SAIBA MAIS

ANDRÉAS BOSSERT [email protected]

ASCÂNIO SEDREZ [email protected]

DULCINÉIA RINALDI [email protected]

RICARDO [email protected]

Na Próxima Edição: Paisagismo e Decoração

Entre os ambientes que com-põem a edificação escolar, os audi-tórios e anfiteatros devem ser locais privilegiados: ao serem destinados a eventos solenes (peças de teatro, palestras, congressos) e a atividades pedagógicas, esses espaços acabam recebendo tanto a comunidade in-terna como a externa. “O auditório é a parte mais visível da instituição, e quando bem planejado pode ser um novo elemento provedor de receita para a escola”, destaca Dulcinéia Rinaldi, diretora de uma empresa especializada em instalação de an-fiteatros e auditórios.

Antes de projetar um auditório ou anfiteatro escolar, Andréas Bossert, responsável pelo teatro do Colégio Humboldt, recomenda estabelecer a finalidade de seu uso, ou seja, se ele servirá apenas internamente ou tam-bém abrigará eventos externos. “A finalidade irá definir as instalações, as quais devem possibilitar a flexibili-dade de atividades no espaço”, afirma.

A instalação mínima adequada aos auditórios e anfiteatros, segundo Dulcinéia, contempla palco, assentos confortáveis e dispostos de forma a prevalecer a visão do espectador, além de equipamentos de áudio e vídeo, como computador, aparelhos de CD e DVD e retroprojetor. “Eles são determinantes tanto para trabalhos pedagógicos como artísticos”, ressal-ta. “Os equipamentos de iluminação e mecânica e a vestimenta cênica também são importantes, mas podem variar de acordo com o grau de sofis-

ticação desejada”, avalia. No Colégio Humboldt, zona Sul de

São Paulo, o teatro foi projetado para 432 espectadores. O palco de 92 me-tros quadrados de largura e seis de al-tura possui piso flutuante e urdimento, com 22 quarteladas, ou seja, “ele pode ser aberto para produções que neces-sitem da utilização do porão”, detalha Andréas. A escola também se preocu-pou em implantar um sistema de ilu-minação, som e projeção profissional, bem como sala técnica e de tradução simultânea, camarim, sala de ensaio, chapelaria e ar-condicionado.

Já o teatro da Escola Internacional de Alphaville, em Barueri, dispõe de uma tomada para notebook em cada poltrona, tela retrátil e assentos no formato stadium. Mas independente da sofisticação, conforme salienta Ri-cardo Chioccarello, gestor da Escola, “o espaço precisa ter estrutura para receber cadeirantes e portadores de necessidades especiais”. Nesse caso, as rampas são uma das opções ofe-recidas para facilitar o acesso. Outro colégio que possui boa estrutura é o Marista Arquidiocesano de São Pau-lo, localizado na zona Sul: seus dois anfiteatros dispõem de lounge com banheiros e elevadores. O diretor da instituição, Ascânio Sedrez, recomen-da aos gestores escolares bastante atenção na hora de contratar empre-sas que farão a remodelação desses espaços. Segundo ele, é importante conhecer trabalhos anteriores da companhia, certificando-se de sua capacitação técnica. (T.D.)

ESPAÇO MULTIMÍDIA

FORTALECE

A VISIBILIDADE

DA ESCOLA

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DICA: AUDITÓRIOS E ANFITEATROS (INSTALAÇÕES E ACESSÓRIOS)

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FIQUE DE OLHO: ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Depois da divulgação das últimas

pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde

e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística), sobre o preocupante estado de

saúde das crianças e adolescentes no País,

o Governo Federal e as escolas começaram

a empreender ações para mudar os hábitos

alimentares das chamadas gerações Y e

Z. Os dados são alarmantes: cerca de 530

mil crianças e 140 mil adolescentes têm

obesidade mórbida. 34,8% das crianças com

idade entre cinco e nove anos estão acima

do peso. E 21,7% dos jovens de 10 a 19 anos

também apresentam excesso de peso.

Enquanto os Ministérios da Saúde e

Educação promovem o Programa Saúde

na Escola e mobilizam instituições públicas

em prol da reeducação alimentar dos

alunos, a Federação Nacional das Escolas

Particulares (Fenep) celebrou acordo com

a pasta da Saúde para orientar os colégios

a oferecer apenas alimentos saudáveis

e retornar os índices de obesidade a

patamares bem menores, semelhantes aos

de 1988 (8% entre os meninos e 5% entre

as meninas, por exemplo). Isso envolve a

oferta de insumos salubres nas cantinas

e lanchonetes, como: salgados assados e

integrais, lanches naturais, iogurtes, sucos,

frutas, refeições balanceadas com verduras

e legumes, salgadinhos de soja e sem

glúten.

As empresas de serviços em alimentação

escolar entrevistadas neste Fique de

Olho certamente terão muito com o

que contribuir para o alcance dos objetivos

estabelecidos pelo Ministério. Confira.

CANTINAS DO TIO JULIO

Orientar os gesto-

res escolares e fornecer

alimentos saudáveis

às crianças, jovens e

adolescentes compõe a

expertise das Cantinas do Tio Julio, empresa

que atua há 28 anos na administração, instala-

ção e reestruturação de cantinas, lanchonetes,

refeitórios e restaurantes escolares para a rede

particular de ensino do Brasil. Presente em 153

unidades e atendendo a 184 mil alunos por dia,

afora professores, funcionários etc., a empresa

atualmente é a maior do setor no País.

As Cantinas do Tio Julio oferecem desde a

elaboração do cardápio e produção de alimen-

tos, à supervisão da operação das unidades. Os

serviços são realizados por uma equipe de nutri-

cionistas e preveem a adequação da cantina es-

colar perante as normas da Vigilância Sanitária,

do município em que está localizada, e ao Ma-

nual de Boas Práticas para Manipulação de Ali-

mentos, do Conselho Regional de Nutricionistas

(CRN). Ou seja, o trabalho diário das suas equi-

pes é norteado pelo cuidado com a limpeza, o

treinamento dos funcionários, e com a compra,

preparação, conservação e venda dos alimentos.

Outra preocupação das Cantinas do Tio Julio

é conciliar a necessidade do alimento saudável

com a satisfação dos alunos, dando especial

atenção à apresentação e ao sabor do mesmo.

Como resultado, as Cantinas oferecem salgados

assados integrais, iogurtes, sucos e biscoitos à

base de soja (esses três itens são uma alterna-

tiva às pessoas que têm intolerância à lactose).

Entre os demais diferenciais das Cantinas do Tio

Julio, o sócio-gerente Julio Cesar Salles destaca

seu modelo de parceria com microempresários

locais (o que garante a presença constante de

um dos sócios no ambiente escolar); o cartão

de consumo pré-pago para facilitar a vida dos

estudantes; e a renda extra que proporciona

aos mantenedores.

Fale com as Cantinas do Tio Julio:(11) 5084-3134 / (21) 2228-0615www.cantinasdotiojulio.com.brcantinasdotiojulio@ig.com.br

RENUTRIR

No que diz respeito à sedimentação de um hábito

alimentar saudável permanente, a nutricionista

infantil Melissa Lippe, diretora da Renutrir, apon-

ta que a educação nutricional em âmbito escolar

acaba funcionando como referência importante

tanto para orientar as crianças como os próprios

pais. “A escola desempenha um papel chave na

formação alimentar infantil, mas a orientação aos

pais é primordial para a solidificação do trabalho

nutricional desenvolvido na instituição”, observa.

CANTINAS, EQUIPAMENTOS, NUTRICIONISTAS & FORNECEDORES: SERVIÇOS EM PROL DA SAÚDE DOS ESTUDANTES

Por Tainá Damaceno

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FIQUE DE OLHO: ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Proporcionar às crianças acesso às boas

práticas da nutrição, propondo uma mudança

para hábitos alimentares saudáveis que se es-

tendam indiretamente aos seus familiares, é um

dos pontos fortes da Renutrir, que atua no ramo

de alimentação escolar desde 2010. A empresa

oferece pacote completo de educação alimen-

tar, que inclui: elaboração de cardápios saudá-

veis; treinamento e capacitação de merendeiras

e cozinheiras; adequação da cozinha segundo

as recomendações da Vigilância Sanitária; ava-

liação nutricional do aluno; palestras e plantões

de atendimento aos pais; e educação nutricional

lúdica, entre outros. “Esse último é um trabalho

diferenciado, que visa trabalhar os conceitos da

boa nutrição por meio de jogos, brincadeiras e

oficinas culinárias adaptadas para qualquer fai-

xa etária, entre eles os bebês de colo”, comple-

menta a nutricionista.

Fale com a Renutrir:(11) 2372-7128 / [email protected]

TOURTE ALIMENTOS

Para a

implanta-

ção de uma

e d u c a ç ã o

a l imentar

consistente

em longo prazo, Júlio César Pontes, responsá-

vel técnico da Tourte Alimentos, recomenda

aos gestores escolares reduzir de forma gradual

os produtos mais calóricos, como frituras e

massas com alto teor, além dos refrigerantes.

Além disso, para ter a certeza que está ofere-

cendo produtos de qualidade, “é imprescindível

exigir dos fornecedores laudos técnicos, entre

eles o de análise microbiológica do alimento”,

acrescenta. A Tourte Alimentos é uma empresa

especializada em panificação industrial e, preo-

cupada com a saúde dos estudantes, já adotou

uma prática de redução de sódio nas massas,

por meio de um termo de compromisso fir-

mado junto à Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (Anvisa).

Seguindo nessa linha da alimentação

saudável, Júlio César destaca que a em-

presa irá lançar, em breve, coxinhas para

assar produzidas com 80% de inhame. “O

resultado final será um produto com 60%

a menos de calorias, uma massa cremosa,

altamente nutritiva e de sabor inigualável”,

explica. A Tourte Alimentos produz salgados

e pães congelados, como croissant, esfirra

(esfiha), pastel de forno, torta e pães folha-

dos. Com uma trajetória de mais de 12 anos,

a empresa exibe, em sua carteira de clientes,

instituições tradicionais de São Paulo, como

o Colégio Marista Arquidiocesano, a Univer-

sidade de São Paulo, o Colégio Ábaco e o

Colégio Adventista.

Fale com a Tourte Alimentos:(11) 3976-4732 / [email protected]

A Agência Nacional de Vigilância Sani-tária (Anvisa) disponibiliza em seu site uma cartilha bastante didática sobre os cuidados a serem adotados nos serviços de alimenta-ção. Editado em 16 capítulos e disponibilizado em arquivo PDF, o documento apresenta as Doenças Transmitidas por Alimentos (co-nhecidas como DTA), explica os tipos mais frequentes de contaminação (por micróbios ou parasitas), orienta para a organização adequada das cozinhas (de forma a evitar a proliferação dos agentes causadores das do-enças), bem como quanto a sua posição física em relação a banheiros e vestiários, dá dicas de limpeza, e ensina a limpar as caixas d´água, a condicionar o lixo, a manipular, preparar e transportar os alimentos, entre muitos outros.

Um dos destaques são os procedimen-tos de higienização das hortaliças, frutas e legumes, extraídos do “Guia Alimentar para a População Brasileira /Promovendo a ali-mentação saudável”, editado em 2005 pelo Ministério da Saúde. Entre os cuidados a se-rem tomados pelos responsáveis das cantinas escolares que oferecem esses itens, notada-mente frutas, as quais vêm ganhando espaço no cardápio das instituições, é colocá-las de molho por 10 minutos em água clorada, “uti-lizando produto adequado para este fim (ler o rótulo da embalagem), na diluição de 200 ppm (1 colher de sopa para 1 litro)”.

Outro item que merece atenção na cartilha é o chamado POP (Procedimento Operacio-nal Padronizado), documento que precisa ser produzido por cada estabelecimento, dando o passo a passo para a execução das tarefas e es-tabelecendo os materiais necessários, cuidados, frequência e os responsáveis pelas operações.

A consulta ao material da Anvisa pode ser feita no endereço eletrônico http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/alimentos/car-tilha_gicra_final.pdf. (R.F.)

CARTILHA SOBRE BOAS PRÁTICAS PARA SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO

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ACESSÓRIOS, ALAMBRADOS, ALIMENTAÇÃO, ANIMAÇÃO, ASSESSORIA CONTÁBIL, BRINDES

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EDUCAÇÃO NUTRICIONAL, ELÉTRICA, INFORMÁTICA, LABORATÓRIO

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MÓVEIS

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LOUSAS, MÁQUINAS MULTIFUNCIONAIS, MÓVEIS, PINTURA, PINTURAS ESPECIAIS, PISOS

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PLAYGROUNDS

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PLAYGROUNDS

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PLAYGROUNDS, QUADRAS, RADIOCOMUNICAÇÃO, TERCEIRIZAÇÃO

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TOLDOS

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