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Revista do Inter Americano

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Revista do Inter Americano

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A p r e s e n t A ç ã o

Centro Cultural BR-EUA de Curitiba - Inter Americanowww.interamericano.com.br

(41) 3320-4777

Comissão Organizadora Robson José Evangelista

Marcos Julio Olivé Malhadas JuniorJosé Miquelam

Daniele TrigueirosEliane Suguy

Mirian Resende

Jornalismo e Design Editora Ecocidade

Rua XV de Novembro, 1700 cj 07 Alto da Rua XV - Curitiba/PR

CEP - 80.045-125Tel (41) 3082.8877

[email protected] e Jornalista Responsável

Norberto Staviski | [email protected] - 641/05/22V-PR

Criação e Design Bernardo Staviski | [email protected]

CapaGisele Seguro da Silva

TraduçãoPaulo Henrique de M. Arruda

Impressão Gráfica Capital

Tiragem3.200

Esta é uma publicação comemorativa dos 70 anos do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos

de Curitiba - Inter Americano

Expediente O Centro Cultural Brasil-Estados Uni-dos de Curitiba (CCBEUC), mais conhecido na capital paranaense pelo nome de Inter Americano, marca que

o curitibano atrelou à escola ao longo de sua traje-tória, está celebrando seu 70º aniversário.

É uma instituição que assumiu o papel de se renovar de tempos em tempos, sem perder sua ca-racterística principal de escola de sucesso.

Renovar sem perder a essência portanto, está por trás de todos os projetos atuais e futuros da instituição o que é, por sinal, uma garantia de muitos anos na liderança entre os cursos livres de inglês em Curitiba.

Esta publicação tem o compromisso com a me-mória do Inter Americano, até porque somente com o conhecimento de experiências passadas se pode construir um futuro em bases mais consis-tentes e, além de que, homenageia-se pessoas que construíram os alicerces desta memória. Por outro lado, também fala do presente, do momento que o Inter Americano vive, quando se abrem novas oportunidades e se atinge um ponto de equilíbrio que dá uma sensação de segurança sem tensões que, seguramente, facilita o trabalho de gestão.

Falamos também do futuro porque, afinal, uma instituição deve ter o porvir em mira sempre que possível. Contudo, consciente do seu passado, sabendo que ele estará presente nas decisões que possibilitam as novas iniciativas de sucesso.

O Editor

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e d i t o r i A i s

Produzir uma publicação sobre a trajetória de uma insti-tuição que completa 70 anos é trabalhar com a extensão da memória de muitas das pessoas que ajudaram a construí-la. O In-ter Americano pode orgulhar-se de comemorar esta data graças a seriedade com que foi conduzido ao longo de todos estes anos pelas equipes que ali passaram e que introduziram sua capacidade de modificar-se continuamente, sem abrir mão de seus princípios, o que foi e é, certamente, uma ga-rantia de vida longa para a escola.

Num mundo que também se modifica o tempo todo, esta talvez seja a principal qualidade das equipes que passaram pelo Centro Cultural Brasil-Estados Unidos de Curitiba. Cada di-retoria que assumiu se dedicou com interesse e afinco ao seu de-senvolvimento, implantou novas ideias, traçou novos objetivos e com isso chegamos ao ponto de atingir uma situação equilibra-da e propícia ao crescimento por ainda muitas décadas pela frente.

70 anos com orgulho

Talvez os fatos mais recentes que mereçam ser comentados nesta adaptação aos novos tempos se-jam o acirramento da concorrên-cia entre as escolas que se dedi-cam ao ensino da língua inglesa e as mudanças ocorridas no país.

Temos, atualmente, uma bela equipe montada para dirigir a instituição líder de mercado no seu setor de atuação e, com ela, não temos nenhum receio do futuro graças, também, à nossa tradição e ao nosso passado. O relacionamento com a Embaixa-da dos Estados Unidos no Brasil está profícuo e aberto a novos projetos. A nós, integrantes do Conselho de Administração des-ta grande escola, resta referendar e apoiar este trabalho brilhante que soube manter o Inter Ameri-cano sempre atualizado e pronto para enfrentar as mudanças polí-ticas e sociais que aconteceram e as que ainda virão.

Diniz Mehl AndruskoPresidente

Conselho de Administração

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Poucas são as empresas e instituições que conseguem com-pletar 70 anos plenas de vida, com a resiliência, a seiva da construção coletiva circulando sem obstáculos. O Inter Americano conseguiu isso ao obter, em sua trajetória, o equilí-brio entre a tradição e crescimento, entre a modernidade e qualidade, entre a ousadia e as lições do pas-sado. É uma instituição que foi e é construída diariamente por pessoas que demonstram talento, compe-tência, criatividade e capacidade de organização.

Cada época produz suas pró-prias expectativas e o final de um desafio geralmente é o início de outro. Estou no Inter Americano desde 1984, quando me associei a esta Instituição. Posso dizer que ca-minhamos, hoje, para uma situação de equilíbrio e de grandes perspec-tivas num mercado tão desafiador e competitivo e que exige cada vez mais das organizações constante inovação.

Estamos ajustados ao nosso tempo! Usamos bem nossa tradição e os avanços tecnológicos; temos ele-vado conceito e mantemos hoje, as melhores relações com o Consulado e Embaixada Americana no Brasil.

O encontro com o equilíbrio

Conseguimos ao longo dos anos uma distribuição espacial ideal para uma cidade como Curitiba.

Da minha parte, procurei aplicar à gestão algumas crenças que me acompanharam a vida toda. Como a de que controlar despesas é importante, mas que o crescimento das receitas é que é fundamental. Dizem que saber comprar também é bom, mas acho que saber vender é melhor ainda.

Nesta perspectiva, com os demais companheiros de Direto-ria Executiva, o apoio inconteste do Conselho de Administração, buscamos criar e implantar estra-tégias que possibilitam cada vez mais uma relação dinâmica com nossos clientes, com o mercado e com nossos colaboradores, de forma a atingir melhores níveis de sustentação aos ideais e mis-são de nossa instituição.Tenho a certeza de que, com essas e outras medidas que virão nas próximas administrações, o Inter Ameri-cano tem outros 70 anos ou mais pela frente.

Claricio Paulo CasagrandeDiretor-Presidente Diretoria Executiva

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í n d i c e

10. Os primeirOs anOs dO CCBeUCnascido da ideia e esforço pessoal do professor Francisco Albizu, o inter Americano é o curso livre de inglês há mais tempo atuando em curitiba.

História

12. O inter assUme sUa relevânCia CUltUralentre 1943 e 1960 o ccBeUc transformou-se em um dos núcleos socioculturais e de eventos mais importantes para a juventude da capital.

16. a arte paranaense nO inter ameriCanOA galeria de artes do ccBeUc fez história na capital ao revelar inúmeros artistas locais.

18. a estrUtUraçãO dO inter ameriCanOentre 1964 e 1980, o ccBeUc começa a ganhar seu perfil de liderança.

21. Um grande passOcom a sede própria no edifício itatiaia, o ccBeUc consolidou seu crescimento e liderança.

24. visãO dO fUtUrOnos anos 80 iniciou a primeira descentralização da gestão da área acadêmica.

26. anOs dOUradOs e períOdO de expansãOo ccBeUc colocou em prática um plano de expansão que o levou a configuração atual. Foram também os Anos dourados da instituição em número de alunos.

aCadêmiCO

30. dOs livrOs didátiCOs à mUltimídia nos seus 70 anos, o inter Americano promoveu revoluções no ensino de inglês em curitiba.

34. O perfil dO prOfessOr dO inter ameriCanO no ensino atual do inglês, o orientador bem qualificado é sinal de sucesso.

38. edUCatiOnal & BUsiness CenterOferecer informações oficiais para estudo nos eUA e aplicar exames em língua inglesa, são diferenciais do inter Americano.

40. BiBliOteCa referênCia dO paranáFundamental para o reconhecimento da escola pela embaixada norte-americana, o acervo da biblioteca do ccBeUc possui mais de 20 mil itens.

Edifício Itatiaia na década de 70 Biblioteca da Unidade do Inter Americano no Shopping Palladium

O Inter Americano conta com o e-board, uma das tecnologias mais atuais do mercado

Fotos: Acervo Inter Americano

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42. alUnOs de expressãOo inglês é uma ferramenta de desenvolvimento humano que leva mais longe inúmeras pessoas pelo caminho profissional.

46. linHa dO tempO

48. O inter de HOje: as estratégias qUe garantem a liderançaA profissionalização da gestão e a configuração da estrutura organizacional do inter Americano.

52. O inter ameriCanO dO fUtUrOUm olhar atento às perspectivas futuras do mercado e da instituição.

54. O mapa dO inter

56. alianças e parCerias estratégiCaso inter Americano amplia seus laços com a comunidade.

59. mensagem dO COnsUladO dOs eUa

60. reCOnHeCendO a impOrtânCia dOs CentrOs BinaCiOnaisA embaixada dos estados Unidos no Brasil está com um novo olhar direcionado aos centros Binacionais.

64. jOvens emBaixadOreso sucesso deste programa, que faz a aproximação de grupos de jovens com a cultura americana, levou a sua adoção em 25 países de diferentes continentes.

68. a açãO sOCial dO interdesde a sua fundação, o ccBeUc mantém o programa de bolsas de estudos para alunos carentes.

70. atividades COmemOrativascom homenagens na Assembleia Legislativa, câmara Municipal, correios e promoções que repercutiram por toda a curitiba e mídias sociais, o ccBeUc comemora seu 70º aniversário.

72. mUral

gestãO

respOnsaBilidade sOCial

70 anOs

Natal Solidário, um dos projetos de Responsabilidade Social do Inter Americano

Grupo de Brasileiros que participaram do programa Jovens Embaixadores

Foto: Ecocidade

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ó r G ã o s s o c i A i s

Conselho de AdministrAção

diretoriA exeCutiVA

O CCBEUC é dirigido pelos seus órgãos sociais que são a Assembleia Geral; o Conselho de Administração; o Conselho Fiscal e a Diretoria Executiva.

Compete ao Conselho de Administra-ção fi xar as diretrizes, orientação geral e nor-mas de administração da Instituição, fi scalizar a gestão dos diretores; apreciar as contas e pro-por à Assembleia Geral aquisição e alienação de bens imóveis.

A Diretoria integra a administração do CCBEUC como órgão executivo e a ela cabe gerir toda a administração econômica e social, nos limites das suas atribuições, cumprindo e fazendo cumprir o estatuto, as deliberações da Assembleia Geral e do Conselho de Ad-ministração.

Unidade na diversidade

www.interamericano.com.br

Foto: EcocidadeFoto: Ecocidade

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Conselho de AdministrAção Presidente Vice-Presidente secretário

Na foto, da esquerda para a direita, Claricio Paulo

Casagrande, Noel Edmar Samways, Marcos Julio Olivé Malhadas Junior,

Robson José Evangelista, José Machado de Oliveira,

Diniz Mehl Andrusko e João Antonio Baptistella

suplentescícero José Zanetti de oliveiraMario emilio samwaysnoel edmar samways Filho

diniz Mehl AndruskoJoão Antonio BaptistellaJosé Machado de oliveira

claricio paulo casagrandeMarcos Julio olivé Malhadas Juniornoel edmar samwaysrobson José evangelista

Centro Cultural Brasil-Estados Unidos de CuritibaGestão 2009/2012

Conselheiros eleitosFaurllim nareziHonório petersern HungriaJosé cardosoJúlio Assumpção Malhadas (in memorian)Marcos Julio olivé Malhadas JuniorMiguel Antonio Hanselpaulo roberto narezipaulo Vinício Baptistellarobson José evangelista

Conselheiros nAtos claricio paulo casagrande diniz Mehl Andrusko eleutério dallazem Joel rondinelli Mendes João Antonio Baptistella José Machado de oliveira nicolau imthon Klüppel noel edmar samways pedro teixeira chaves

Conselho FisCAltitulares Flavio Zanetti de oliveira José Buridan pereira stélio olivé Malhadas

diretoriA exeCutiVA diretor-Presidente diretor Financeiro diretor de Cursos diretor Cultural

Foto: Ecocidade

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� Na maioria das vezes, a maneira com que nas-ce uma grande instituição, o primeiro passo que ela dá para uma trajetória vitoriosa e duradoura, é singelo e simples. Foi dessa maneira que, em 13 de novembro de 1941, foi fundado o Centro Cultu-ral Pan-Americano, principalmente pelo esforço pessoal do Professor Francisco Matheus Albizu de liderar um grupo de idealistas que desejava criar uma sociedade que apoiasse e divulgasse a cultura norte-americana. No seu início, o Centro ocupava apenas duas salas localizadas na Socie-dade Duque de Caxias e sustentava-se através das aulas de inglês ministradas pelo próprio Francisco Albizu para cerca de 60 alunos. Albizu foi pioneiro entu-siasta da introdução de educação física no ensino público, fundador e um dos primeiros mestres da Escola de Educa-ção Física e Desportos do Paraná, em 1940. A ideia da difusão da cultura norte-americana, no entanto, provocou tanta repercussão na socie-dade da época que o próprio interventor federal no Paraná, Manoel Ribas, foi eleito presidente de honra do Centro.

Casado com a norte-americana, Dona Rosa, o professor Albizu tinha outras paixões: EUA, educa-ção física, cinema, artes plásticas e fotografia. Du-rante muitos anos pode ser visto pela cidade com

� Born of the idea and personal efforts of Professor Francisco Albizu, the founding of Inter Americano, on November 13th, 1941, coincided with an increasing awareness of the need for English language teaching, especially as the events of World War II unfolded. The school’s

immediate success was recognized by the U.S. Embassy in Brazil and, not long after its foundation, the school was certified as a Binational Center by that Embassy via the USIS – United

States Information Service. After one year, Prof. Albizu and other founding members were forced to search for newer and bigger premises for the school. They rented the entire 7th f loor of Edifício Garcez, in the most central and busiest office block in Curitiba, then a city of approximately 140,000 inhabitants ◢

Os primeiros anos do CCBEUC

Um pouco sobre albizu

A sede no Ed. Garcez

Na foto ao lado, vista aérea do centro de

Curitiba na década de 50. No canto superior

direito, a primeira sede do Inter Americano, no

Edifício Garcez

“em 13 de novembro de

1941, foi fundado o Centro Cultural pan-americano”

Off to a promising start

Nascido da ideia e esforço pessoal do professor Francisco Albizu, o Inter Americano é o curso livre de inglês há mais tempo atuando em Curitiba

O professor Francisco Albizu ocupou durante muito tempo funções de diretoria no Departamen-to de Informações (USIS) do Consulado dos EUA em Curitiba.

Além de fundador do

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ano

Inter Americano, Albizu ocupou o cargo de presi-dente da instituição entre 1950 e 1953, participan-do ativamente de todas as atividades do CCBEUC até o seu falecimento em 25/05/1974.

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uma câmera de filmagem em 16 mm Paillard Bolex e pela presença assídua nas reuniões do Foto Clube do Paraná. Seu interesse pela cultura em geral era tamanho que chegou a ser nomeado Adido Cultural Honorário do Consulado dos Estados Unidos em Curitiba, então instalado na Rua XV de Novembro, próximo ao prédio da Associação Comercial do Paraná, onde também foi diretor do USIS – United States Information Service.

Além da vontade pessoal de alguns pioneiros, a fun-dação do Centro Cultural Pan-Americano coincidiu com uma oportunidade histórica: o final dos anos 30 apresentava tensões políticas que culminaram com a eclosão da Grande Guerra. A difusão da língua inglesa passou a ser vista como uma necessidade estratégica para contrabalançar o prestí-gio internacional do Eixo que encontrava campo fértil para sua propagação no Brasil devido à imigração européia ocorrida no século XIX.

Em função disso surgiram, em 1937, o IBEU - Instituto Brasil-EUA do Rio de Janeiro e, em 1938, em São Paulo, o Instituto Universitário Brasil-Estados Unidos, mais tarde renomeado para União Cultural Brasil-Estados Unidos, com apoio do consulado norte-americano, numa estratégia que seria repetida e levada a dezenas de outros países em sequência e que foram espalhados pelas principais cidades brasileiras.

Essa leitura cor-reta e audaciosa da história e as ativi-dades culturais que envolviam a vida do professor Albi-zu na comunidade de uma então pe-quena e provincia-na Curitiba – 140 mil habitantes – levaram a um crescimento do Centro que deve ter provocado espanto e júbilo em seus pró-prios fundadores. Em um ano, o crescente interesse

pelos Estados Unidos, sua cultura e idioma levaram a necessidade de procurar um lo-cal que abrigasse maior número de alunos. A saída encontrada não poderia ser mais acertada e conveniente. Foi alugado todo o sétimo andar de um dos primeiros arra-nha-céus de Curitiba, o Edifício Moreira Garcez, com seu marcante estilo art-déco, frisos, balaústres e gradis paranistas e, me-

lhor, instalado no local mais efervescente da cidade – o pequeno trecho da Avenida Luis Xavier, próximo à Praça Osório onde tudo o que era político e social era discutido ou acontecia. Logo após a mudança, veio o re-conhecimento como instituto binacional feito pela Em-baixada dos Estados Unidos no Brasil através do USIS◢

“O fi nal dos anos 30 já apresentava um certo impulso

no ensino de inglês no Brasil”

Vista da Av. Luiz Xavier, com a frente do Edifício Garcez

à direita. O Inter Americano ocupava o 7o andar do prédio.

Fotos: Acervo Inter Americano

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� Estava pronto o cenário para a inserção de uma nova instituição na vida cultural da capital paranaense: o Inter Americano, nascido como socie-dade sem fins lucrativos e com diretoria sem remune-ração, situação que perdura até hoje. E ela veio rápida, transformando as salas de aula, biblioteca e o salão de conferências num centro de promoção de cursos, palestras, mostras de arte e bailes que movimentaram a cidade por gerações. Nessa época, o nome foi alte-rado para “Centro Cultural Inter Americano” e ele transformou-se no núcleo sociocultural da juventude curitibana e de muitos outros eventos importantes.

Úrsula Neufeld foi trabalhar no Inter como se-cretária de cursos em 1959, com 22 anos, vinda de Blumenau (SC), e só saiu da escola no final de 1986, ao se aposentar. Ela viu num anúncio de jornal que estavam precisando de uma pessoa no Centro e já conhecia o idioma através de uma professora inglesa. “Fui entrevistada por um americano, Mr. John Scafe e acabei contratada. Fazia de tudo, atendia o balcão, datilografava nas Remingtons e depois nas IBM elé-tricas. No Garcez, havia secretaria, biblioteca e sete salas de aula, salão nobre com palco, com seus semi-nários. Professores norte-americanos davam cursos concorridos para mestres de Santa Catarina, Curitiba e de todo interior do Paraná. O Baile do Halloween era famoso. O local fervilhava à tarde, com a saída

dos estudantes que coinci-dia com o footing da Rua XV de Novembro. Nós

� In the early years, between 1943 and 1960, CCBEUC became one of the most important spaces for socio-cultural events in Curitiba. Th e school then adopted a new name, “Centro Cultural Inter Americano”, and its courses, library, lectures, art exhibits and balls, held on the 7th fl oor of the Edifício Garcez, competed with other popular attractions in the capital city of Paraná. Though the yearly Halloween Ball promoted by the school was its most famous event, Sunday aft ernoon soirées were held weekly throughout the school calendar. Its halls also buzzed daily and the exit of students in the afternoons coincided with the widely-appreciated promenades on XV de Novembro Street, which was then open to automobiles in the mornings.

O Inter assume sua relevância cultural

H i s t ó r i A

inter americano assumes its cultural relevance

Entre 1943 e 1960 o CCBEUC transformou-se em um dos núcleos socioculturais e de eventos mais importantes para a juventude da capital

dos estudantes que coinci-dia com o XV de Novembro. Nós

Ilustração publicada em prospecto do

CCBEUC de 1959 mostrando algumas das suas atividades

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fazíamos parte de tudo aquilo”, relata ela.Luiz Geremias Lissa trabalhou no USIS, serviço

de informações do Consulado, entre 1957 e 1974 quando ingressou no Inter Americano, onde está até hoje: “Era uma movimentação fantástica porque ha-via atrações todos os dias com reuniões, square dance, festas e o número crescente de alunos”, diz ele que viu a evolução do Centro pela ligação entre a instituição e o Consulado.

A pesquisadora e artista plástica Dul-ce Osinski, na sua tese de doutorado na UFPR, de 2006, “Guido Viaro: Moder-nidade na Arte e na Educação”, resgata noticiários do jornal O Dia, de abril de 1947 e de fevereiro de 1949, que comprovam envolvimento do Inter com a cultura local. Era época do debate lança-do pela Revista Joaquim, publicada pelo escritor Dal-ton Trevisan entre abril de 1946 e dezembro de 1948,

Musicais da Broadway

O Acervo de musicais da

Broadway era um dos mais

importantes do sul do país na década de 60, e originava cursos e palestras com especialistas.

“O inter americano era responsável por outras ações que mobilizavam os interessados

em artes plásticas”

Th e desire to innovate was impressive and, in 1953, culminated in the creation of the fi rst English teaching prog ram specif ica l ly desig ned for children. In yet another such

initiative, the school’s Satchmo Club, with avid fans of Louis Armstrong, w a s a n i m p o r t a n t promoter of jazz music. Students competed for places in the school ’s free English courses and many saw it as a means to improve their

chances of obtaining a scholarship to study in the United States. From the very start of activities, the U.S. Embassy took great interest in the school and nominated one of its

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que repercutiu pelo seu conteúdo literário inovador e artístico; “Assim como o grupo da Joaquim, esses artistas eram observados por críticos como Mário de Andrade, Sergio Milliet, e José Geraldo Vieira, que lhes davam relevância e aqueciam as discussões. Os dois últimos chegaram a visitar Curitiba em 1948 a convite do Centro Cultural Inter Ame-ricano, para a realização de conferências que tinham como tema a Arte Moderna. Assumindo parte da tarefa de atualizar culturalmente a capital do Paraná, o In-ter Americano era responsável por outras ações que mobilizavam os interessados em artes plásticas, como a exposição de pintores franceses contemporâneos, em 1947, ou a criação, em 1949, do Studio Experimental de Artes, que tinha por finalidade fomentar as atividades dos artistas paranaenses, divulgar sua produção e esti-mular, entre os estudantes da capital, o gosto pe-las artes. Contando em sua diretoria com nomes como Nilo Previdi, Esmeraldo Blasi Junior, Loio Persio, João Turin e Guido Viaro, o CCIA tinha, em seu plano de reali-zações, a organização de uma galeria permanente de artes em Curitiba, além de uma galeria itinerante que visitaria as cidades do interior e de outros Estados”, registrou ela. É desta época a organização do 1º Salão de Maio, em 1950, promovi-do no Inter pela Associação Paranaense dos Artistas, e que reuniu artistas como Theodoro de Bona, Poty Lazzaratto e o escultor Erbo Stenzel. A preo-cupação de inovar era marcante e culminou, em 1953, com a cria-ção do primeiro curso de inglês destinando especificamente ao público infantil. O curso livre de inglês tinha público cativo entre estudantes.

Muitos preten-diam bolsas para estudar nos EUA e havia participação

own to be co-responsible for the administration. The Embassy constantly made books and vinyl records, and other materials available to the school as it was keen on partnering with this and other Binationals throughout the

country.A c c o r d i n g t o researcher and artist D u l c e O s i n s k i , between 1947 and 1949, as it joined forces with other relevant elements in civil society to help reinvent the cultural scene in the city of Curitiba,

Inter Americano assumed its newfound role as a promoter of fi ne arts, with an exhibit of works by contemporary French artists in 1947, and the creation, in 1949,

of the Studio Experimental de Artes, an experimental art studio whose primary mission

was to foment the activities of homegrown artists and promote their work, all the while stimulating students’ tastes for the arts ◢

“nessa época ocorreu seu

batismo informal que virou

defi nitivo. O nome foi alterado para ‘Centro Cultural

inter americano’”

rainha primavera do Centro Cultural inter americano

Além de promover exposições, pa-lestras, reuniões e outros eventos cultu-

rais e acadêmicos, o CCIA organizava e participava de alguns concursos de

beleza, iniciativa muito em voga na época e que sempre contou com

um bom número de candidatas participantes. Na foto ao lado,

Neuza, Rainha da Prima-vera em 1957 do CCIA.

como Nilo Previdi, Esmeraldo Blasi Junior, Loio Persio, João Turin e Guido Viaro, o CCIA tinha, em seu plano de reali-zações, a organização de uma galeria permanente de artes em Curitiba, além de uma galeria itinerante que visitaria as cidades do interior e de outros Estados”, registrou ela. É desta época a organização do 1º Salão de Maio, em 1950, promovi-do no Inter pela Associação Paranaense dos Artistas, e que reuniu artistas como Theodoro de Bona, Poty Lazzaratto e o escultor Erbo Stenzel. A preo-cupação de inovar era marcante e culminou, em 1953, com a cria-ção do primeiro curso de inglês destinando especificamente ao público infantil. O curso livre de inglês tinha público cativo entre estudantes.

Muitos preten-diam bolsas para estudar nos EUA e havia participação

by contemporary French artists in 1947, and the creation, in 1949,

of the Studio Experimental de Artes, an experimental art studio whose primary mission

was to foment the activities of homegrown artists and promote their work, all the while stimulating students’ tastes for the arts ◢

rainha primavera rainha primavera do Centro Cultural do Centro Cultural inter americanointer americano

Além de promover exposições, pa-lestras, reuniões e outros eventos cultu-

rais e acadêmicos, o CCIA organizava e participava de alguns concursos de

beleza, iniciativa muito em voga na época e que sempre contou com

um bom número de candidatas participantes. Na foto ao lado,

Neuza, Rainha da Prima-vera em 1957 do CCIA.

Foto: Acervo Inter Americano

Foto: Acervo Inter Americano

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Box – Você sabia

Festa de fi nal de ano

Na foto, festa organizada por

Laila Cury (primeira em destaque no

canto direito inferior) no salão do Edifício Garcez, na

década de 60

do consulado que, desde a fundação, nomeava um funcionário para dividir a administração. O con-sulado funcionava ligado à escola repassando livros e discos. Havia muita disposição do governo ame-ricano de fornecer materiais e aproximação com os Centros Culturais”, diz Noel Samways, atual Diretor de Cursos do Inter Americano. O auditório no 7º andar se transformava em salão de bailes nas tardes de domingo, rivalizando com o tradicional Chá da Engenharia. “Era bastante democrático e atraía os estudantes de todos os cursos. As meninas bem tra-jadas e os rapazes de terno e gravata em animadas soirées”, lembra Noel Samways. Jornalista e radialista apresentava programas radiofônicos com base no acervo da discoteca do Inter. “Mantinha um pro-grama semanal na antiga Rádio Estadual do Paraná sobre musicais da Broadway. O diretor-executivo era Mr. Dean Curry, um expert em jazz. Montamos em Curitiba o clube Satchmo, com fãs do Louis “Satch-mo” Armstrong”, conta ele ◢

... que o inter participou ativamente da primeira transmissão de tv realizada no estado do paraná, em 1954? Para ser mostrada a novidade, chegou a ser montado um estúdio improvisado no auditório do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos no 7º andar do Edifício Moreira Garcez e, na loja Tarobá, em sua vitrine no térreo do edifício, um aparelho de TV trazido dos Estados Unidos captava as precárias imagens em preto e branco. Ali, perante uma multidão atraída pela novidade, na noite do dia 17 de julho de 1954, apareceram as primeiras imagens.

... que antes de funcionar na Universidade federal do paraná, o recém-criado curso de biblioteconomia fi cou um ano dentro das instalações do Inter americano. Publicado na biogra� a da pioneira mineira Etelvina Lima, responsável pela iniciativa.

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� Além de divulgar o país e a cultura nor-te-americana e ensinar inglês para milhares de paranaenses nas últimas décadas, o Inter Americano teve um papel importante na vida de duas gerações de novos ar-tistas paranaenses ao promover suas primeiras exposições indivi-duais ou coletivas na sua Galeria de Artes, mantida em funciona-mento até o início do ano 2000.Criada em 1972, com a finalida-de de ser espaço aberto para jovens artistas plásticos, pela galeria pas-saram nomes consagrados na pintura e arte pa-ranaenses tais como Carlos Eduardo Zimerman, Elvo Benito Damo, Rogério Dias, Osmar Chro-miec, Mazé Mendes, Denise Roman, Dulce Osinski, Eliane Prolik, Raul Cruz, entre outros.A única obrigação do artista que participa-va dos eventos era doar uma de suas obras ao acervo do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos de Curitiba. Com isso, ao longo dos anos, a instituição constituiu uma das mais importantes coleções de obras de artistas pa-ranaenses do final do Século XX, com um número estimado em mais de 200 trabalhos ◢

� In the last decades, Inter Americano has done much more than promoting

A m e r i c a n c u l t u r e o r t e a c h i n g E n g l i s h t o thousands of students in the state of Paraná. Inter Americano has also played a signifi cant role in the lives of two generations of new local artists by sponsoring their fi rst individual or collective

exhibits in the school’s Galeria de Artes. Th is art gallery remained open until early 2000 and was a relevant part of the city’s history, launching countless homegrown artists ◢

A Arte Paranaense no Inter Americano

art from the state of paraná at inter americano

O Acervo do Inter

A galeria de artes do CCBEUC fez história na capital ao revelar inúmeros artistas locais

H i s t ó r i A

Dirceu Rosa da Silveira

Exposição em 1974

Com a coleção adquirida ao longo dos anos de atividades da galeria, o Inter Americano possui hoje um painel representativo da arte paranaense. Nomes hoje famosos e bem avaliados no mercado fizeram a sua primeira vernissage individual naquele espaço. Ao lado, algumas das obras e os respectivos anos em que foram expostas.

Elvo Benito DamoExposição em 1975

a instituição constituiu uma das mais importantes

coleções de artistas paranaenses do

fi nal do Século XX

arte no inter

Da esquerda para a direita, Noel Edmar Samways, Alberto Massuda e alguns alunos do Inter

O artista plástico expressionista Abramo Massuda, mais conhecido por Alberto Massuda, ensinou pintura a alunos e professores do Inter Americano durante o início da década de 90, auge do sucesso da Galeria de Artes do CCBEUC.

Foto

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GaleriaExposição da artista

Jane Bordin na Galeria de Artes do CCBEUC em 1980.

Denise RomanExposição em 1983

Alberto MassudaExposição em 1985

Franco GiglioExposição em 1974

João PilarskiExposição em 1980

Letícia FariaExposição em 1980

Werner JehringExposição em 1975

Arlene Gouvea de Mattos SabinoExposição em 1990

Suzanna VillelaExposição em 1972

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Alberto MassudaExposição em 1993

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� O Inter Americano contava com represen-tante do Consulado dos Estados Unidos cola-borando com a gestão de brasileiros na institui-ção. Logo, os quais comprovaram competência e capacidade de organização. E se há alguém que pode ser responsabilizado por boa parte do reco-nhecimento adquirido ao longo de sua trajetória, tanto na difusão cultural como no ensino de inglês, esta pessoa é Laila Cury, que dirigiu a escola por 26 anos, entre 1964 e 1980, quando se aposentou. O nome havia sido alterado para Centro Cultural Brasil-Estados Unidos de Curitiba em 1955, se integrando à rede de binacionais que estavam sendo espalhadas pelo Brasil, mas a escola nunca conseguiu desligar-se da denominação Inter Americano, pela qual é conhecida até hoje pelos curitibanos.

Em 1958, Laila Cury entrou no Inter como aluna e completou o curso em cinco anos. Em seguida, foi convidada para dar aulas e, um ano depois, em 1964, assumiu como Diretora de Cursos, convidada pelo Adido Cultural do

A Estruturação do Inter Americano

structuring the school

Entre 1964 e 1980, o CCBEUC começa a ganhar seu perfil de liderança

Visita do Embaixador

Da esquerda para a direita Seymour

Schreiter (grantee), o Embaixador Lincoln

Gordon, Laila Cury e Ursula Neufeld

em 1969, a instituição já contava com 2.200 alunos

por semestre no espaço do garcez

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� Between the years of 1964 and 1980, under the management of Laila Cury, who stayed as the school ’s Diretora de Cursos for 26 years, CCBEUC assumed its position as market leader in the

promotion of cultural events and Eng l ish la ng ua ge teach i ng . Responsible for much of the institution´s current renown, Ms. Cury lifted the school from a then haphazard state of affairs as she

restructured and consolidated it for future generations of faculty and alumni, and, by 1969, the school had already reached a remarkable number of 2 ,200 students per semester at Edifício Garcez. The board of directors of the time recognized the changes brought about in the

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Consulado, Mr. Lee Roy Schreiter. “Não me sentia preparada para a função porque era a mais jovem entre os 30 professores. Ele disse que não me preocupasse porque iria me acompanhar por dois anos, mas acabou ficando menos tempo”, conta ela.

Com um estilo exigente e centralizador, dis-ciplina rígida, além de um leque de boas inicia-tivas, Laila Cury logo promoveu a recuperação e a consolidação da escola para os anos futuros. Ela assumiu em 1964, e em 1969, a instituição já contava com 2.200 alunos por semestre no espaço do Garcez. A diretoria deste período re-conhecia o trabalho que incluía aulas de square dance (dança folclórica americana), a criação do Conversation Coffee Hour e a inovação dos intensivos nos meses de férias. “Criamos um workshop, com duração de três semanas destina-do aos professores de inglês da rede pública do estado para aperfeiçoamen-to e treinamento. Quem or-ganizava era o USIS, com professores de Brasília e São Paulo”, lembra Laila. O curso adquiriu tal pres-tígio que houve época em que o certificado de conclu-são do Inter era aceito pela Secretaria de Educação pa-ranaense na contratação de professores de inglês para o ensino médio◢

Confraternização e premiaçãoAcima, jantar de confraternização do CCBEUC, no

Garcez, na década de 60. Abaixo,

recorte de jornal de 1974 noticiando

a cerimônia de formatura dos alunos

do CCBEUC. Nela estão Laila Cury e Carlos M. Osório.

Fonte: Jornal O Estado do Paraná

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quality of the education provided by the school, which included a course on square dancing, the creation of the Conversation Coffee Hour and the innovative intensive courses during the summer and winter holidays. “We created a three-week-long skills development workshop and training course for teachers from the public school system. In fact, the USIS was responsible for organizing it, with teachers from Brasília and São Paulo,” recalls Ms. Cury. It is revealing of CCBEUC’s prestige at the time that the diploma awarded by the school at the completion of one’s studies was accepted by the state board of education as valid proof of English language skills when hiring new English school teachers ◢

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Um grande passo

� Com a escola e a expectativa de crescimento indo de vento em popa, ficou evidente que não havia mais como manter as instalações no Edifício Garcez sem comprometer a qualidade do ensino, historicamente baseado em turmas com menos de 20 alunos. A decisão de mudança coincidiu com pedido feito pelo proprietário do imóvel para retomada do 7º andar.

“Tínhamos de sair e não havia para onde. Não existia espaço adequado. Em reunião de diretoria, fomos co-municados pela Embaixada que eles estavam dispostos a emprestar 60 mil dólares para pagamento em 10 anos, sem juros, para a aquisição de uma sede própria. Mesmo assim, a diretoria ficou com receio deste investimento. Sabia que teríamos condições de assumir essa dívida pelo crescimento que a escola vinha apresentando. Contratamos a Taba Construtora e adquirimos três andares do prédio da esquina onde está atualmente a sede Central do Inter”, relata Laila Cury. Toda a diretoria da épo-ca fez questão de dar seu aval pessoal para o empreendimento.

A inauguração da nova sede do Centro Cultural Brasil-Esta-dos Unidos foi muito concorri-da e contou com a presença do então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick e da embaixatriz, que fi-zeram a sua primeira viagem ao sul do país.

Em 1976, em visita a nova sede do Inter Americano, outro embaixador, John Crimmins, deixou sua impressão definiti-

� In 1968, as the school grew by leaps and bounds, it became evident that it would no longer be possible to remain in the Edificio Garcez location without compromising the

quality of teaching, historically based on classes of fewer than 20 students. T he deci s ion to m o v e t o n e w e r insta l lations was firmly supported by the U.S. Embassy in Brasília, who agreed

to loan US$60,000 at zero i nterest for pay ment over a period of 10 years for the acquisition of a new location. The construction of a modern

Sede novaNa foto ao lado, o

prédio em construção da nova sede do

CCBEUC, em 1968. Abaixo, a reunião entre o engenheiro da Taba e membros do CCBEUC

One giant leap

Com a sede própria no edifício Itatiaia, o CCBEUC consolidou seu crescimento e liderança

“adquirimos três andares do prédio da esquina onde está atualmente

a sede Central do inter”

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va sobre o trabalho do CCBEUC: “Milhares de estudantes passaram pelos umbrais destas por-tas e receberam os benefícios desta experiência. Milhares mais os seguirão. Certo estou de que eles deixarão o vosso Centro mais vivo e com o conhecimento mais vasto do meu país, de sua língua, de sua história e da sua herança literária”, registrou.

Junto com o novo prédio veio a ideia da insta-lação de uma galeria de artes. Um grupo de artis-tas apresentou o plano à diretora exe-cutiva com o projeto de revelar artistas paranaenses. Inau-gurada no térreo em 14/08/1972, a Galeria de Artes logo se tornou um ponto de encontro obrigatório com seus coquetéis e exposições. “Os artistas entravam com os quadros, faziam a montagem da expo-sição e arrumavam o espaço. Nós produzía-mos o catálogo, pagá-vamos a veiculação da publicidade e o coquetel”, conta Laila Cury.

Ao final do evento, todos deixavam uma

apartment and office building, Edifício Itatiaia, was then being developed by Taba Construtora. This construction company made available the three f loors of office space where Inter Americano’s main school and administration is now located. Support for the acquisition by the Board of Directors of the time was unanimous.Th e inauguration of the new Centro Cultural Brasil-Estados Unidos de Curitiba was

attended by many and had the presence of various special guests, such as the U.S. Ambassador to Brazil, Mr. Charles Burke Elbrick and

his wife, in what was their fi rst offi cial visit to the south of the country. In 1976, on a visit to the new school, another ambassador, Mr. John Crimmins, commented on the work conducted by the CCBEUC: “Th ousands

esquema de segurançaA inauguração da nova sede do

Centro Cultural Brasil-Estados Uni-dos, em 8 de abril de 1970, foi muito concorrida, com presença de diversas autoridades ilustres, e contou com a presença do então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Char-les Burke Elbrick e da embaixatriz, que fizeram a sua primeira viagem ao sul do país. Era uma época con-turbada, com esquema de segurança montado para proteger o embaixa-dor de uma tentativa de sequestro.

Recorte de jornal da época, retratando a chegada do então embaixador dos EUA à Curitiba, que veio para a inauguração da

nova sede do CCBEUC.

ainda no papel

Ilustração realizada pela Taba S.A. como

demonstrativo de como seria o prédio

que algum tempo depois abrigaria o

Inter Americano

Fonte: Diário do Paraná

Page 23: Revista do Inter Americano

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obra para a constituição do acervo do Centro. Além de formar gerações de curitibanos na língua inglesa, portanto, o Inter Americano divulgou e revelou o trabalho de pelo menos duas gerações de jovens artistas paranaenses. E as relações com a comunidade eram ótimas através de iniciativas como um convênio no qual os alunos da Universidade Federal do Paraná poderiam utili-zar a biblioteca da escola, até hoje referência em acervo no ensino de inglês para universitários. Havia possibilidade de professores con-cluírem sua capacitação nos EUA, bolsas para moradores das casas de estudantes e prêmio para o melhor aluno que concluísse o curso com viagens aos lugares históricos do Brasil e dos EUA. Laila contratou um pintor expressio-nista de origem egípcia radicado em Curitiba, Alberto Massuda, que ministrava aulas de arte. “Quando o Consulado Americano em Curiti-ba foi fechado, em 1973, isso em nada afetou a vida da escola porque os adidos culturais e funcionários da embaixada continuaram a vir para Curitiba rotineiramente”, comenta ela◢

of students have passed through these doors and benefited from this experience. Thousands more will follow. I am certain that they will leave here more alive, and with a vast knowledge of my country, its language, history and literary heritage”.With its new self-owned installations in

Edificio Itatiaia, CCBEUC f u r t he r c on s o l i d a t e d its growth and market leadership and with the new location came the idea of opening an art gallery. Hopeful to promote the arts in the State of Paraná and to launch promising local talents, a group of artists presented the project

to the executive board of directors. The Galeria de Artes was inaugurated on August 14th, 1972 on the ground floor of the school and soon became a popular attraction with its cocktail parties and exhibits. “The artists brought their paintings, set up the installations and prepared the exhibits. We produced the catalogs and paid for the advertising and cocktail parties,” says Laila Cury ◢

“a galeria de artes logo se tornou um ponto de encontro obrigatório para os

curitibanos, com seus coquetéis e

exposições”

Visita ilustreNa foto acima,

à direita, o embaixador Charles

Elbrick, dos EUA, na inauguração

da nova sede do CCBEUC no dia 8 de abril de

1970. Foi recebido pelo general José Campos Aragão,

Comandante da 5a RM, prefeito Omar

Sabbag e outras autoridades.

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� Como na história geralmente o fim de um de-safio é o começo de outro, líder de mercado e em crescimento, em 1984 a diretoria do CCBEUC foi procurar a sucessão de Laila Cury. Encontrou na professora Thereza Dembiski Palmeira novo impulso à trajetória que recebeu, marcando sua pas-sagem pela escola com talento, energia e dedicação.

O primeiro contato dela com o In-ter Americano foi em 1949, quando parentes de sua mãe vieram dos EUA visitá-la e ficaram hospedados em sua casa durante três meses, o que lhe deu tanta fluência e motivação que resolveu passar a estudar o inglês americano. “Fui procurar o Centro Cultural Inter Americano mas, como estava bastante adiantada, fui fazer direto literatura americana. O secretário-executivo Jack Fawcett me convidou para trabalhar na biblioteca junto com sua esposa. Nunca tinha trabalhado em biblioteca, e gostei muito deste contato”, lembra ela. Em 1952, apare-ceu uma oportunidade do Instituto Internacional de Educação, de Nova Iorque, oferecendo bolsas de estudos e ela obteve uma para Batton Rouge, Louisiana, onde ficou o ano escolar de agosto até junho na universidade local, a Louisiana State Uni-versity, fazendo uma especialização em sociologia

Visão do futuro

� In life, the end of one challenge is often simply the beginning of another. And so it was that in 1984, already a consolidated market leader and rapidly growing, CCBEUC turned to Thereza

Dembiski Palmeira to succeed La i la Cury as Diretora de Cursos. The following years saw the first ever changes in the school’s management s t r u c t u r e w i t h t h e c r e a t i o n o f supervisory positions,

which meant a definite step toward modernizing management. Along with other delegates, Ms. Palmeira represented the school in the Binational Center (BNC) National Conventions held in the cities of Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Brasília and Porto Alegre. As she looks back on her administration, Ms. Palmeira recalls that her greatest achievement was the strengthening

Nos anos 80 iniciou a primeira descentralização da gestão da área acadêmica.

foresight

“fomos percebendo nos simpósios que

ensinar inglês não era simplesmente o professor falar”

Acima, foto da biblioteca do

Inter Americano em 1986

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IX Encontro de Binacionais

Em 1985, Curitiba foi a sede do IX

Simpósio dos Binacionais do

Brasil.

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of the relationship with the appointed American representatives in Brazil, or as she puts it, “the bond between the school and the U.S. Consulate and U.S. Embassy as they sent their consuls and attachés.” Her second biggest contribution to the school, she says, “was the improvements to the teaching of English. The previous methodology was grammar-based. We slowly recognized, especially from the experiences we gathered in the many conferences we attended, that teaching was less about what the teacher said and more about the interaction with students. We abandoned the traditional row and column seating arrangement and adopted the more interpersonal horseshoe format. The teacher would present a given topic, but then immediately practice it with his or her students,” she says. In 1985, under the organization of Ms. Palmeira, Curitiba hosted the 9th Binational Center (BNC) National Convention in Brazil ◢

Na foto ao lado, da esquerda para

a direita, Diniz Mehl Andrusko,

Thereza Palmeira, o Embaixador

Americano Melvyn Levitsky, e Carlos

M. Osório.

e biblioteconomia. “Amei a experiência e voltei para a biblioteca do Inter, onde fiquei por 10 anos. Além do trabalho normal, preenchia as vagas de professores que faltavam. Parei para casar em 1959 e retornei em 1970 porque a co-ordenadora de cursos, Laila Cury, me convidou para voltar a dar aulas. Fui professora de inglês até a aposentadoria da Laila, quando assumi a Coordenação Geral do Inter”, relembra. A esco-la tinha mudado o nome para Centro Cultural Brasil-Estados Unidos. Para o Consulado e a Embaixada, a mudança do nome veio como uma ligação mais forte com os norte-americanos”, lembra Thereza Dembiski Palmeira.

Nos anos seguintes foram promovidas as primeiras modificações no sistema de gestão, criando-se cargos de supervisão que iniciaram um processo de modernização da estrutura de cursos. Além disso, ela participou de simpó-sios dos binacionais em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Brasília e Porto Alegre e no balanço que fez de sua administração diz que o mais importante foi estreitar o relacionamento com os norte-americanos. “Era o elo entre Con-sulado, Embaixada e escola quando enviavam os adidos e cônsules para Curitiba. A minha segunda maior contribuição foi a introdução de melhorias no ensino do inglês. O antigo era gramatical. Fomos percebendo nos simpósios que ensinar inglês não era simplesmente o pro-fessor falar. Tinha que existir uma interação maior com o aluno. Acabamos com a forma tradicional das carteiras em fila e iniciamos com semicírculos. O professor dava a matéria, mas colocava em prática imediatamente”, diz. Em 1985, Curitiba foi a sede do IX Simpósio das Binacionais do Brasil, organizado por Thereza ◢

mudançasThereza Dembiski Palmeira assu-

miu a Coordenação Geral do Cen-tro Cultural Brasil-Estados Unidos em 1984 com visão de gestora e logo criou cargos de supervisão na área de ensino. Nesta mesma época a Diretoria implantou os cargos de gerências Acadêmica e Adminis-

Foto: Acervo Inter Americano

Visita do Embaixador

trativa. Durante sua gestão o Inter comemorou os 50 anos de fundação e promoveu o IX Encontro de Bina-cionais. Thereza Palmeira também representou as entidades do sul do país num encontro de binacionais realizado em Washington e Gua-temala, conforme recorte ao lado.

Page 26: Revista do Inter Americano

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� Entre o ano de 1970 e 2000, o Centro Cul-tural Brasil-Estados Unidos de Curitiba teve à sua frente dois presidentes com longos períodos de gestão: João Kracik Neto e Carlos M. Osório. Com eles surgiram as primeiras preocupações com o modelo de gestão que vinha sendo o mes-mo desde sua fundação, e com as necessidades de expansão da escola. Afinal, Curitiba vinha crescendo aceleradamente e os primeiros proble-mas decorrentes da expansão urbana, do cres-cimento do número de automóveis, das novas empresas e consequentemente da mobilidade urbana, começaram a surgir.

O Inter Americano vivia seus anos dourados. Com novas e amplas instalações no Edifício Ita-tiaia, o curso chegou a alcançar 8 mil matrículas num mesmo ano, devido seu sucesso e liderança.

Anos Dourados e período de expansãoO CCBEUC colocou em prática um plano de expansão que o levou a configuração atual. Foram também os Anos Dourados da instituição em número de alunos

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ano Nova Fase

Na foto à esquerda, ao microfone, Eleutério

Dallazem, que iniciou uma nova fase na

Gestão do Inter Americano ao assumir o recém-criado cargo

de Superintendente

� Between the years of 1970 and 2000, Centro Cultural Brasil-Estados Unidos de Curitiba saw only two executive directors, both with long terms in office, João Kracik Neto and Carlos M. Osório. It was during their administrations that the school first turned its attention to its management structure and to the need to expand. Those were the school’s golden years. With new and modern installations in Edifício Itatiaia, Inter Americano reached an all-time record of 8,000 enrollments in the same year. The school could no longer limit itself to one central location. Curitiba

the golden Years and period of expansion

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Neste período, o presidente Carlos M. Osório convidou um amigo de longa data, professor Eleutério Dallazem para iniciar o planejamen-to das ações rumo às reformas que começavam a apresentar-se como necessárias para o projeto de expansão. A própria chegada do pro-fessor à administração da escola com o cargo de Superintendente, foi uma modificação profunda. “Nós acháva-mos que o Inter não poderia mais fi-car restrito a uma sede central. Mães e pais não mais tinham condições de trazer e buscar os filhos na escola do Centro. Começamos a fazer pesqui-sas para encontrar as localizações mais adequadas a uma possível descentralização. A primeira ideia que nos ocorreu foi a de procurar um bairro que economicamente tivesse condições de responder às expectativas de crescimento do Inter e tivesse

had g rown and cha l lenges in urban transportation and safety were evident. Research was hired to determine possible venues for a second school. The idea arose to look

for a neighborhood that could meet the school’s expectations of growth, one with a potential for new students that would justify another location. It was then that the opportunity presented it se l f to purchase an estate that

belonged to the Gasparetto family, on Saldanha Marinho Street. After the necessary structural reforms, the Batel school was inaugurated in 1991.With further resources available,

BrindeDiretoria brinda o

sucesso da mais nova unidade do Inter

Americano, instalada no Palladium

Shopping Center. Da direita para a

esquerda, Claricio Paulo Casagrande, o então presidente

do Inter Americano, Pedro Teixeira

Chaves, Cônsul do Departamento de

Educação, Cultura e Imprensa do

Consulado dos EUA em SP, Mark

Kendrik. o Assessor Cultural Cezar Borsa

e o ex-prefeito de Curitiba, Saul Raiz

“nós achavámos que o inter não poderia mais ficar restrito a

uma sede central. Curitiba tinha

crescido”

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Passo adiante

Primeira expansão do Inter Americano

com a Unidade Batel, inaugurada em 1991

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um potencial de alunos que justificasse uma nova unidade. Primeiro nos concentramos no coração do Batel, o que não evoluiu muito pelo alto custo dos imóveis. Melhor seria estar próximo ao Batel. Foi então que surgiu a oportunidade de adquirir a casa da família Gasparetto, na rua Saldanha Marinho. Fizemos reformas e instalamos a Unidade Batel, inaugurada em 1991”, lembra Eleutério Dallazem.

O Centro Cultural Brasil-Estados Unidos de Curitiba contava com uma situação extremamente favorável para realizar a expansão. Com um núme-ro elevado de alunos e receitas garantidas o Inter Americano começou a ter resultados econômicos expressivos. “Foi nesse quadro que surgiu o processo de expansão. Ele foi deflagrado porque precisávamos aplicar estes recursos na escola”, comenta o professor Eleutério Dallazem.

Com recursos disponíveis o Inter passou a inves-tir em imóveis para instalação de novas unidades. A Diretoria aprovou compra de um terreno no Bairro Portão, sito na Rua Maranhão. “Construímos uma unidade dentro da expectativa de curso líder de Curitiba e talvez tenhamos exagerado um pouco nossa visão de futuro. Planejamos uma estrutura um pouco além do normal em termos de acabamento e conforto. Por algum tempo, ela ficou uma unidade cartão de visita do Inter Americano”, acrescenta. A inauguração da Unidade Portão foi em março de 1998.

Também surgiu a necessidade de investir em algo próximo à Pontifícia Universidade Católica do Paraná. A residência de um médico foi adquirida e exigiu investimentos adicionais nas fundações para ser transformada em escola. Surgiram problemas de

Inter A mericano chose to invest in the acquisition of other locations, which was intensified in the late 1990s. Soon after the

inauguration of the Batel school, the opportunity arose to purchase a plot on Iguaçu Avenue. The board of directors approved this purchase, as well as the acquisition of an unoccupied federal office building on Maranhão Street. The inauguration of the Portão school was in March, 1998. An investment was also made in the purchase of a

location near the Pontific Catholic University of Curitiba and so the Prado Velho school was opened in March, 1999. This new school

“Construímos uma unidade dentro da expectativa

de curso líder de Curitiba”

Foto: Acervo Inter Americano Foto: Ecocidade

Page 29: Revista do Inter Americano

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Antiga e nova unidade Abaixo à esquerda, foto da Unidade do Portão que chegou

a ser o cartão de visitas do CCBEUC,

instalada numa antiga unidade do

SERPRO. Nas outras fotos, a mais nova

unidade, no interior do Palladium.

also met the demands of students from the neighboring Colégio Nossa Senhora Medianeira, a prestigious K-12 school. Further market research revealed an increasing demand in the neighborhoods of Cabral, Juvevê and Bacacheri so the Cabral school, on Munhoz da Rocha Street, was opened in March, 2001. In 2008, the Portão branch was sold and the school relocated to a newly built shopping mall, then the largest in the country. The school was the first Inter Americano, and also first ever language center in a shopping mall in Curitiba ◢

vagas para estacionamento dos alunos, o que mais tarde obrigou também a compra de um terreno nos fundos. Enfim, a Unidade Pra-do Velho foi inaugurada em março de 1999.

Uma pesquisa de demanda abrangendo os bairros Cabral, Juvevê e Bacacheri apresentou números interessantes e a Unidade do Cabral, na Avenida Munhoz da Rocha, foi inaugurada em março de 2001, completando o ciclo de expansão e investimentos naquele momento. Mais tarde, a Unidade do Portão foi desmo-bilizada e substituída pela primeira unidade do Inter Americano dentro de um shopping center, inaugurada em julho de 2008◢

Foto: Ecocidade

Foto: Ecocidade

Page 30: Revista do Inter Americano

30

� O Inter Americano acompanha a evolução das metodologias de ensino do inglês nos principais centros mundiais de ensino, refletindo as tendên-cias e necessidades de cada época. Desde a sua cria-ção, o CCBEUC se orgulha de oferecer ensino de qualidade baseado numa abordagem sólida, com o que tem obtido reconhecimento e a chancela da Embaixada dos Estados Unidos do Brasil, através do certificado de Outstanding Brazilian-American Binational Center, que é conferido à instituições permanentemente atu-alizadas, que contribuem para o de-senvolvimento humano dos seus alu-nos. Outro reconhecimento vem pela liderança no mercado de escolas de inglês de Curitiba há várias décadas.

Durante o período da II Grande Guerra, os Estados Unidos fizeram pesquisas na parte meto-dológica para verificar a melhor maneira de ensinar inglês, diante da maior necessidade da época que era a de falar o idioma. A metodologia a que se chegou ficou conhecida como áudio-lingual. Ela

Dos livros didáticos à multimídia Nos seus 70 anos, o Inter Americano promoveu revoluções no ensino de inglês em Curitiba.

A c A d ê M i c o

“O inter americano acompanha a evolução das

metodologias de ensino do inglês nos principais

centros mundiais de ensino”

� Similar to other major language centers of international renown, Inter Americano has always been on the cutting edge

of English teaching methodologies, in tune with both the trends and needs of the time. From its very foundation, C C B E U C h a s pr ided it se l f on off ering top-quality language learning that is based on solid research. All this

translates into the recognition of the U.S. Embassy in Brazil and its certifi cation and seal of approval as Outstanding Binational Center, an award given only to select language schools in the country.

from course books to multimedia

adventures in american literature ed. laureateCurso de literatura anos 70

let´s learn english american BookCurso regularanos 70

growing UpCCBeU santosjuvenil1987-1994

in touched. longmanBasic1984-1989

Cronologia dos livros didáticosNo início eram utilizadas apostilas e livros em P&B. A partir dos anos 70, o Inter Americano passa a adotar livros com ilustrações que acompanham as tendências de cada época, conforme abaixo:

Page 31: Revista do Inter Americano

31

O E-board é uma das tecnologias mais

atuais do mercado. Com ele, o professor do Inter Americano

realiza atividades interativas, acessa a

Internet, exibe vídeos, desenha, escreve e o aluno interage, com mais oportunidades

para conversação.

life stylesed. longmanintermediateHigh-intermediate1984-1991

mosaiced. mcgraw-Hilladvanced1989-1995

new Wave ed. longmanBasic1990-1994

interchangeed. Cambridgeintermediate1992-1995

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Page 32: Revista do Inter Americano

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O inter na WebA interatividade do Inter se dá em vários formatos:

• plataforma professor e aluno online.

• site

• intranet

• Blogs

• redes sociais, entre outros

substituiu o então vigente método de gramática e tradução, priorizando a língua falada e trabalhan-do muito a repetição mecânica e um plano didático rígido, que pouco utilizava a palavra escrita.

No final dos anos 60, essa metodologia declinou e começou a surgir a necessidade de uma abordagem com a qual as pessoas tinham de se comunicar, mas expressando sua própria opinião. O estudo de novas metodologias levou ao desenvolvimento da aborda-gem comunicativa, na qual há uma participação mais ativa do aluno na construção de suas habilidades.

Falar, ler, escrever e ouvir passou a ser mais importante do que o automatismo do método áudio-lingual, entre as habilidades trabalhadas. No entanto, logo no seu início, a abordagem co-municativa deixou de fora o ensino da gramática. Pouco mais tarde, ela foi adaptada para agregar

In the 1960s, the research into new methodologies led to the development of the communicative approach, which fosters greater student participation in the building of his or her own abilities. Reading, listening, writing and speaking became signifi cantly more important than the automatism of the audio-lingual method used previously. Course books quickly followed suit and as pedagogical changes were incorporated, the school adopted new text books, the In Touch series.Today’s Inter Americano, with classrooms equipped with multimedia kits, interactive whiteboards, digital course books, and with a clear understanding of the power of social medias, such as Facebook, Twitter, shows it can still innovate and constantly redefine itself ◢

skylineed. macmillanBasic2002-2006

move Uped. Heinemannintermediate1995-2003

finishing touchesed. prentice Halladvanced1996-2000

Refl ectionsed. macmillanBasic1995-1999

Page 33: Revista do Inter Americano

33

elementos da gramática, vocabulário e pronúncia.O material didático acompanhou estas mudanças.

“No início era utilizado o livro Let’s Learn English em P&B, com poucas imagens. Na abordagem comunicativa passamos a usar o In Touch”, comenta a professora Mirian Resende, Su-pervisora Acadêmica do Inter Americano. A novidade atual é a interação com as re-des sociais. As aulas são interativas com acesso a internet, além do uso de materiais didáticos digitais, CD-ROM e outros.

“Atualmente se observa a necessidade do aprendizado rápido. Mas o inglês vem em menos tempo, na dependência exa-ta de quanto o aluno se dedica ao estudo da língua, das oportunidades criadas fora da sala de aula”, diz a supervisora. “Essa dedicação é que faz chegar, por

grammar dimensionsed. Heinle & Heinleadvanced2000-2003

tapestryed. Heinle & Heinleadvanced2000-2003

new american inside Outed. macmillanintermediate & advanced2004-present

top notched. pearson longmanBasic & pre-intermediate2007-present

Na sala de aula

As aulas no Inter Americano são interativas com

acesso a internet.

“O inter americano acompanha a evolução das

metodologias de ensino do inglês nos principais

centros mundiais de ensino”

exemplo, a um nível de competência e proficiência do idioma”, acrescenta ela. Além do ensino na sala de aula, o Inter Americano possibilita a continuida-

de do aprendizado através das Conversa-tion Hours, com reuniões de alunos de diferentes níveis, do acesso a biblioteca com um acervo importante em livros, revistas, CD’s e DVD’s, entre outros.

Atenta às novidades, a escola criou um curso direcionado para a Copa do Mun-do de 2014, abrangendo diversas áreas de atendimento ao público. Quando conclui o curso regular, o aluno recebe o certificado chancelado pela Embaixada Americana,

podendo dar sequência com o preparatório para o Exa-me de Competência da Universidade de Michigan, importante para um currículo bem desenvolvido ◢

Foto: Ecocidade

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34

� Em 1985, Stephen Krashen, estudioso norte-ame-ricano de técnicas de linguagem conseguiu redefinir os rumos do ensino de línguas na sua obra Princi-ples and Practice in Second Language Acquisition. Nas suas conclusões, ele afirma que “O ensino de línguas eficaz não é aquele que depende de receitas didáticas em pacote, de prática oral repetitiva, ou que busca apoio de equipamentos e tecnologia, mas sim aquele que explora a habilidade do instrutor em criar situações de comunicação autêntica, natu-ralmente voltadas aos interesses e necessidades de cada grupo e de cada aluno, dissociando as atividades de ensino e aprendizado do plano técnico-didáti-co, colocando-as num plano pessoal-psicológico”. Em resumo, ele coloca nas mãos do orientador e

O perfil do Professor do Inter Americano No ensino atual do inglês, o orientador bem qualificado é sinal de sucesso.

� In 1982, Stephen Krashen, a North American linguist and educational researcher, redefined language teaching techniques in his Principles and Practice in Second Language Acquisition. In this now-classic work, Dr. Krashen proposes that “effective language teaching is not dependent on packaged didactic recipes, on repetitive drilling, or even on the support of technologies, rather, it explores the teacher’s ability

The profile of a teacher at inter americano

No Inter Americano, são gerações

de professores qualificados.

A c A d ê M i c o

Ensino

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: Eco

cida

de

Page 35: Revista do Inter Americano

35

da participação efetiva do aluno na construção de sua habilidade, o sucesso do aprendizado.

No Inter Americano isso é claramente percebido pela equipe de professores. São ge-rações de orientadores que passaram ou ain-da dão aulas preparados para ensinar dentro destes conceitos abrangendo o método de ensino conhecido como abordagem comuni-cativa que, na sua matriz, depende fundamen-talmente do elemento humano bem qualificado.

A professora Suzanne Bonze Ahrens está no Inter Americano desde 1969, quando entrou como aluna ainda no edifício Garcez. Formou-se em 1974 e, em 1975, de-pois de um período de treinamento, começou a lecionar. “O público da época não tem muita diferença do de hoje em dia. Há muitos estudantes de colégios e univer-sidades e sempre houve interesse de empresas pela formação de seus funcionários”, conta ela. “O ensino ficou mais fácil porque temos muitas ferramentas. Quando comecei a lecionar não se podia mais falar português em sala de aula e a tradução deixou de existir”, lembra. O perfil do profissional do Inter Americano também mudou bastante segundo a professora: “Hoje as pessoas entram mais preparadas a as exigências são bem maiores. Tenho uma turma da GLT, empresa de tecnologia do Banco HSBC, que só fala inglês na empresa e isso antigamente não existia”, conta.

Para ela, que morou na Nova Zelândia entre 1986 e 1990, os alunos sempre aprenderam num método ou outro mas, hoje em dia, o inglês é mais comunicativo: “Todas as nossas aulas são volta-das para a comunicação. Ensinamos gramática e vocabulário de outra forma, o que é muito mais eficaz”. Segundo Suzanne, um diferencial do Inter Americano é a existência de cursos intensivos e superintensivos: “O aluno que necessita do inglês para mestrado, pós-graduação ou precisa passar num exame para cursar uma universidade no ex-terior pode abreviar o tempo do curso”, diz ela.

O professor Fernando Zaike, atualmente mi-nistra aulas de inglês para estrangeiros na Urban Action Academy, no Brooklyn, high school de Nova Iorque com cerca de 400 alunos, lembra de sua passagem como aluno e professor do Inter Ameri-cano. “Um amigo recomendou a escola em 1987”, comenta ele. Dois anos depois, quando atingiu o nível avançado, começou a lecionar em tempo

to create authentic situations for communication, situations that are naturally linked to the needs and interests of each group and each student. The teacher must distinguish the merely technical-didactic relevance of teaching and learning activities and focus on their personal-psychological significance.” In sum, he would say, the success of

learning depends both on a highly-qualified teacher and on the effective participation of each student in the construction of his or her abilities.At Inter Americano, this

is clearly seen in the work conducted by its faculty. Generations of teachers have come in and out of its classrooms and, today, a group of teachers aptly prepares lessons within this very same conceptual framework and a teaching methodology known as the communicative approach, which, at its core, speaks fundamentally of the relevance of a qualified teacher.Suzanne Bonze Ahrens has been a teacher at Inter Americano since 1969. “With all the tools available today, teaching has become easier,” she says and reminisces that “when I

Trajetória no Inter

Fernando Zaike (foto abaixo) foi

aluno e professor do CCBEUC entre

1987 e 2002. Atualmente ministra aulas de inglês para

estrangeiros na Urban Action Academy, no

Brooklyn, high school de Nova Iorque.

Foto: Divulgação

“tenho uma turma da glt que

só fala inglês”

Page 36: Revista do Inter Americano

36

parcial, frequentando também o curso de Letras In-glês na UFPR. A partir de 1995, passou a trabalhar período integral e, em 1998, resolveu fazer mestrado na UFPR. “Neste meio tempo fui para Daytona Be-ach, na Flórida, fazer um intercâmbio. Estava feliz no Inter Americano, mas sempre sonhei em morar no exterior. Acabei fazendo meu mestrado em Nova Iorque, no Hunter College. No segundo ano, surgiu a oportunidade de lecionar em tempo parcial para adultos estrangeiros. Ima-ginava voltar ao Brasil, mas soube que a prefeitura de Nova Iorque estava pre-cisando de professores de High School e fui admitido em 2003”, conta ele.

“No meu início as oportunidades de aprendizado eram limitadas. Era difícil conseguir letras de músicas e os filmes nem sempre eram legendados. Hoje com o que é oferecido online você potencializa o seu aprendizado em várias vezes. É aprender night and day e o ensino da sala de aula se tornou apenas ponta do iceberg”, conta Fernando Zaike.

A professora Lucia Helena Brusamolin, também ex-aluna, ficou por 27 anos no Inter Americano, até se aposentar no ano 2000. “Trabalhávamos sempre em equipe para resolver dificuldades de pesquisa porque na época todos tinham as mesmas dificul-dades de acesso a informação. O Inter sempre foi muito atualizado e trazia professores de fora para

Foto

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eric

ano

Quadro de Professores

Altamente qualificados

através de treinamento

permanente e de cursos no Brasil e

exterior, o corpo de professores do

CCBEUC está entre os melhores

do país

started teaching, one could no longer speak Portuguese in the classroom and translation was simply not an option any more”. According to her, the profile of a teacher at Inter Americano has also changed significantly as “today, when teachers join our faculty, they are much more prepared and, of course, the demands

of the school are also considerably higher”.Fernando Zaike is a former teacher who currently gives English courses to foreigners at the Urban Action Academy, in Brooklyn, New York City. “With

all the material available online,” he says, “the potential for learning is much higher. Learning now takes place night and day and the work done in the classroom is only the tip of the iceberg”.A member of faculty since 1996, Jefferson Luis Camargo Caldas comments that the most significant difference today is that the student is seen holistically vis-à-vis his or her characteristics and specificities, and learning styles ◢

“Hoje com o que é oferecido online

você potencializa o seu aprendizado em

várias vezes”Fo

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coci

dade

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treinamento numa rotina quase mensal. Nestas pa-lestras a gente via que não estava muito longe do que acontecia lá fora e isso nos estimulava muito”, conta ela.

Marilda Alves Bertassoni era professora de inglês numa pequena escola de Curitiba quando um amigo a convidou para fazer um teste no Inter Americano. Ex-aluna da instituição, em março de 1987 come-çou a dar aulas. “Nos mais de 21 anos que trabalhei na instituição, foram inúmeros alunos que passaram pelas minhas turmas. Foi muito gratificante porque optei por ser professora”, conta ela. Dava aulas para até dez turmas por semestre, com alunos que iam des-de os nove anos até os que frequentavam o Avançado. “Um juiz, com 59 anos, era o meu aluno mais velho”, lembra. Em março de 2008 se aposentou para cuidar da família. Até hoje o fato de ter sido professora do CC-BEUC provoca surpresas no seu dia a dia. “Estava com dificuldades para fechar uma conta no banco e, quando procurei a agên-cia a funcionária me reconheceu como sua teacher e logo atendeu meu pedido. Uma moça esbarrou no meu carro no supermer-cado e, ao invés de discutirmos, nós nos abraçamos porque era outra ex-aluna”, conta ela.

Vindo de Guarapuava, Jefferson Luis Camargo Cal-das é professor no Inter Americano desde 1996. No ano anterior, trabalhava como professor na sua cidade, mas desejava mudar para Curitiba. Candidatou-se ao cargo porque foi aluno do Inter no período de 1980 a 1983. “Aspirava fazer parte, um dia, do corpo docente da es-cola. A escolha pelo Inter, como aluno, e depois como profissional, foi pela referência, seriedade e experiência no ensino de inglês; afinal, a instituição existe desde 1941. São muitos anos e isso faz toda a diferença”, afirma ele. “Penso que a principal diferença é que hoje o aluno é visto como um todo, respeitando suas características e es-pecificidades no que diz respeito ao modo de aprendizagem”, opina.

“Como a escola utiliza mate-rial didático importado e acom-

“a escolha pelo inter, como aluno,

e depois como profi ssional, foi pela referência,

seriedade e experiência no

ensino de inglês”

panha as pesquisas mundiais, a implantação do método comunicativo foi imediata e colocou a instituição pelo menos dez anos à frente. Hoje, você coloca a respon-sabilidade de aprender nas mãos do aluno. Precisa de participação”, observa Rossana Cirio Uba, atualmente trabalhando como professora de Metodologia do Ensi-no de Língua Inglesa, do curso de Letras da PUCPR. Ela deu aulas no Inter Americano durante 32 anos e está licenciada. Para ela, a proposta atual é trabalhar com a oralidade. “Hoje se incorpora muita tecnologia nas salas de aula. O computador, a Internet e o e-board são ótimos, mas se não tiver um professor que organize e incentive o uso, eles não ajudam”, conclui Rossana.

No Inter Americano desde 1974 e ex-aluna, Elza Sleiman concorda com este raciocínio. “A tecnologia é um avanço espetacular. Os alunos ainda são parecidos, mas hoje eles precisam mais do professor. Tem entendimento maior, se sentem mais confortáveis e seguros”, diz ela. Elza Sleiman escolheu dar aulas no período noturno e, por isso, trabalha a maior parte do tempo com adultos: “Acho que hoje eles precisam ainda mais do professor

porque estão dedicando pouco do seu tempo extra ao estudo da língua. Então tudo acontece na sala de aula“, reflete. Para ela, o ensino está mais prático e se tornou mais interessante com a conversação mais calcada dentro da realidade. “ Isso nos proporciona um contato mais profundo. A gente fica sabendo coisas interessantes e os próprios diálogos dos livros levam a isso. Com certeza ajuda na fluência”, explica.

Lilian Steigleder Cabral, curitibana que deu aula no CCBEUC durante 23 anos, até 2002, aponta que um

dos diferenciais da escola é o alto inves-timento feito nos pro-

fessores: “Entre 1984 e 1989 fiquei fora da

sala de aula e, quando voltei, o Inter America-

no possuía treinamento todas as sextas feiras pela

manhã. A discussão sobre como melhorar o ensino

era permanente. O méto-do havia mudado e passou a existir entrosamento e

melhor comunicação com o aluno”, diz ela que fez

Linguística em Fresno, Ca-lífórnia ◢

Na foto, da esquerda para a direita Lilian,

Luciane, Melissa, Jefferson, Maria

Lúcia e Maria Cristina

no ensino de inglês; afinal, a instituição existe desde 1941. São muitos anos e isso faz toda a diferença”, afirma ele. “Penso que a principal diferença é que hoje o aluno é visto como um todo, respeitando suas características e es-pecificidades no que diz respeito ao modo de aprendizagem”, opina.

“Como a escola utiliza mate-rial didático importado e acom-

CCBEUC durante 23 anos, até 2002, aponta que um dos diferenciais da escola é o alto inves-

voltei, o Inter America-no possuía treinamento todas as sextas feiras pela

manhã. A discussão sobre como melhorar o ensino

era permanente. O méto-do havia mudado e passou a existir entrosamento e

melhor comunicação com o aluno”, diz ela que fez

Linguística em Fresno, Ca-lífórnia

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� Além da avaliação permanente da qualidade de ensino em língua inglesa e de uma biblioteca com acervo de alto nível sobre as culturas brasileira e americana, para que um centro binacional como o Inter Americano obtenha o reconhecimento da Embaixada dos Estados Unidos, é essencial que seja feita a divulgação de oportunidades acadêmicas nos EUA através de um escritório EducationUSA, vinculado ao Departamento de Estado e com a mis-são de passar informações oficiais e orientações educacionais. Em média, aproximadamente cinco mil pessoas são atendidas pelo EBC anualmente por meio das orientações, participação em eventos e feiras educacionais, visitas a instituições locais, contatos com universidades e escolas, divulgação de bolsas

� Besides permanent assessments of the qua l it y of teaching practices, and a top-notch library with a large collection of works representative of both Brazilian and American cultures, another requirement must be met before the U.S. Embassy can certify a Binational Center, such as Inter Americano, as outstanding, namely the existence of an EducationUSA office linked with the U.S. Department of State. Th is educational advising

Educational & Business CenterOferecer informações ofi ciais para estudo nos EUA e aplicar exames em língua inglesa, são diferenciais do Inter Americano

educational & Business Center

Biblioteca Especializada

Localizado na Unidade Cabral do Inter Americano, o EBC possui amplo

acervo para pesquisa sobre estudo nos

EUA, catálogos de universidades (foto

abaixo), e materiais preparatórios para

exames.

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testes de alta procurade estudo nos EUA, e aplicação de testes. O EBC oferece serviço de traduções certificadas para do-cumentos acadêmicos – válidas como oficiais em todo o território americano. Adicionalmente, como fonte de pesquisa sobre estudo nos EUA, possui uma biblioteca especializada com amplo acervo de livros, catálogos de universidades, e materiais preparatórios para exames, uma vez que o escritório também possui um test center.

O EBC foi criado a partir da necessidade de concentrar diversos serviços que eram oferecidos pelo Inter Americano através de seu departamen-to acadêmico, que também atuava no desenvolvi-mento de cursos. O atendimento que era feito em uma pequena sala na Unidade Centro, passou a ser oferecido em instalações mais amplas, modernas e personalizadas na antiga Unidade Portão do Inter Americano. Então, no início de 2008, buscando atender às necessidades de seu público e adequar o seu espaço para os serviços EducationUSA, bi-blioteca especializada e test center, o EBC passou a fazer parte da Unidade Cabral, onde se localiza atualmente. A coordenadora do EBC, Regina Po-leza Toazza, explica: “O Departamento de Estado Americano, através do EducationUSA, foi repas-sando gradativamente novas atribuições aos centros binacionais, e o Inter Americano se adaptou muito bem a essa nova realidade”.

As principais metas para o futuro próximo são ampliar o alcance do escritório para a divulgação de oportunidades educacionais nos EUA, aumentar o número de testes aplicados e aceitos em instituições locais, inclusive focando em empresas de recruta-mento e seleção. O EBC disponibiliza informações atualizadas sobre o estudo nos EUA, inclusive bol-sas, eventos, visitas de representantes de universi-dades americanas ao Inter Americano, e informações sobre testes, dentre outros no site www.interamericano.com.br/ebc.

“Estudar nos EUA pode ser uma oportunidade única na vida de um alu-no, pois pode formá-lo acadêmica e pro-fissionalmente e torná-lo um cidadão do mundo. A aprendizagem de língua e a experiência cultural são muito importantes para o futuro, e a missão de divulgar o estudo nos EUA se torna ainda mais relevante quando quem o faz já passou por tal experiência”, diz Regina, uma vez que ela própria foi bolsista Fulbright, fez seu mestrado nos EUA, e soube da oportunidade através do Inter Americano. ◢

center off ers offi cial counselling on educational matters and is given the mission of promoting academic opportunities in the U.S.A. as well as cultural understanding between the two countries.Located at Inter Americano’s Cabral branch, the Educational & Business Center – EBC –, is where one can obtain detailed i n f or m a t ion on E n g l i s h courses, undergraduate and graduate programs in the

U.S.A., Fulbright scholarships and grants given by the U. S. Embassy or other institutions. O r i e n t a t i o n can be provided individually or in

groups and consultations are scheduled at the offi ce. Interested p er s on s re c e i ve re le va nt information on the specifi cities of the American education system as well as on how to fi nd and apply to the right university in the United States ◢

“estudar nos estados Unidos é

muito mais fácil do que se imagina!”

tOefl (test of english as a foreign language) é um teste de profi ciência em língua inglesa para admissão em instituições educacionais brasileiras e internacionais.

gre (graduate record examinations) é um teste para admissão em programas de mestrado ou doutorado nos eUa. testa habilidade lingüística e lógica.

pmp (project management professional) é um teste voltado para profi ssionais da área de gestão de projetos.

Usmle (United states medical licensing examination) é um teste para candidatos à residência médica nos eUa.

O EBC na Internet

O EBC disponibiliza informações

atualizadas sobre estudo nos EUA,

bolsas, eventos, visita de representantes de universidades

americanas no Inter Americano, e testes,

no site wwww.interamericano.com.br

Testes de sufi ciência para mestrados são voltados a candidatos de universidades locais.

exames da Universidade de michigan (eCCe e eCpe) testam competência e profi ciência em língua inglesa.

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� Possuir uma biblioteca com um acervo impor-tante disponível para a comunidade e suporte efe-tivo para o ensino do inglês é um dos três fatores decisivos para que a Embaixada dos Estados Unidos reconheça e dê sua chancela para o funcionamento de uma entidade binacional. A biblioteca do Inter é uma das mais completas, com um acervo de mais de 20 mil itens destinado às áreas de Educação, Tradu-ção e Interpretação, Literatura Americana, Inglesa, Turismo, Artes, Biografias, História, entre outros. Possui também obras de referências sobre pintu-ra, escultura, cinema, museus, culinária, parques nacionais, presidentes norte-americanos e feriados dos EUA, música, além de enci-clopédias, almanaques como o Guiness Book e dicionários téc-nicos, gerais e especializados.

Desde a criação do Inter Ame-ricano, há 70 anos, a sua biblioteca tem sido orgulho e referência em li-teratura e cultura norte-americana no Paraná. Durante muito tempo, inclusive, a instituição manteve convênio com a UFPR para que os universitários pudessem utilizar suas instalações. Nela podem ser encontrados quase todos os tipos de material para o aprendizado da língua inglesa tais como livros, au-diobooks, periódicos americanos, vídeos originais na língua inglesa, documentários, CD-ROM’s , CD’s de música, entre outros. “ Um dos nossos diferenciais é que contamos com 20 assinaturas de revistas pu-blicadas em inglês e disponibiliza-das nas cinco unidades da escola. Algumas, o público só encontra no Inter Americano, tais como a Latin America, The New Yorker e

� A model l ibrary with a relevant collection of works available to the community and the eff ective support for English teaching and learning is one of three decisive factors considered by the U.S. Embassy for the recertification of a Binational Center, such as Inter Americano. Th e school’s library in Curitiba

Biblioteca Referência do Paraná

a model library in the state of paraná

Fundamental para o reconhecimento da escola pela embaixada norte-americana, o acervo da biblioteca do CCBEUC possui mais de 20 mil itens

nacionais, presidentes norte-americanos e feriados

Desde a criação do Inter Ame-ricano, há 70 anos, a sua biblioteca tem sido orgulho e referência em li-teratura e cultura norte-americana no Paraná. Durante muito tempo, inclusive, a instituição manteve convênio com a UFPR para que os universitários pudessem utilizar suas instalações. Nela podem ser encontrados quase todos os tipos de material para o aprendizado da

au-, periódicos americanos,

vídeos originais na língua inglesa, documentários, CD-ROM’s , CD’s de música, entre outros. “ Um dos nossos diferenciais é que contamos com 20 assinaturas de revistas pu-blicadas em inglês e disponibiliza-das nas cinco unidades da escola. Algumas, o público só encontra no Inter Americano, tais como a

e

Dados retirados do sistema de empréstimo da biblioteca do Inter.

Os mais procuradosAs publicações mais solicitadas nesse ano em todas as unidades do Centro Cultural Brasil Estados Unidos de Curitiba (01/01/11 à 05/09/11)

� Gibis � speak Up � oliver twist � the pearl

� swan Lake � the elephant Man � the Hound of the Baskervilles

� the Missing coins � the oprah � the phantom of the opera

� the sky’s the Limit � this is London � Windows of the Mind

� Veja � the Happy prince and the nightingale and the rose � the Lost ship

� the Heinemann english Grammar � the picture of dorian Gray � time

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a Entertainment Weekly”, conta a bibliotecária Ana Maria A. Binotto.

Todo este acervo está permanentemente à disposição da comunidade para consulta local ou pela forma de empréstimos das obras com o que se realizam mais de quatro mil atendi-mentos mensais a todos os tipos de serviços, tais como, uso da internet, consulta local, consulta de literatura infantil e também e-mails de pesquisa. Se o aluno ou usuário não encontrar algum material é feito um pedido para as demais unidades. “As bibliotecas dos centros binacionais do país funcionam de maneira interliga-da, como uma grande rede e, se te-mos dificuldade de atender algum pedido feito no Paraná, podemos solicitar às unidades de Brasília ou São Paulo”, exemplifica Ana Maria. “Respondemos muitas pesquisas sobre os Estados Unidos porque, quando as pessoas não encontram algo, geralmente nos procuram. Também respondemos a todas as questões sobre o Paraná que são encaminhadas à Embaixada dos Estados Unidos. Não temos assinatura de jornais norte-americanos mas, quando alguém necessita de determinado exemplar, a gente en-tra em contato com a rede e eles nos enviam. Na montagem de peças de teatro, por exemplo, é rotina nos solicitarem material como jornais norte-americanos”, acrescenta. O Inter Ameri-cano recebe muitas doações para seu acervo, tanto da comunidade quanto da Embaixada. “Estamos ampliando nosso acervo com mais 20 títulos de revistas através de novas assina-turas, musicais da Broadway, DVDs de feriados norte-americanos como Halloween, documentá-rios, obras para ensino da língua e expansão da cultura. Hoje temos a preocupação de atrair o público jovem para a biblioteca e com isso virão novos clássicos, livros de ficção do momento e uma série de sagas. O objetivo é ter sempre o clássico e o moderno”, resume Ana Maria ◢

is amongst the most complete in the country, with a collection of 20,000 titles in education, translation and interpretation, American and British Literature, tourism, arts, biographies, history, and much more. There are also various works of reference in painting, sculpture, cinema, museums,

cooking, national parks, American presidents and holidays, music, besides various encyclopedias, a lmanacs, such as the Guinness Book of World Records, and general, as well as specialized, technical dictionaries.Since its foundation, 70 years ago, the Inter Americano library has been its pride

and joy, as well as a reference in American literature and culture in the State of Paraná. Its vast collection of English language-learning tools includes books, audiobooks, American periodicals, videos in English, documentaries, CD-ROMS, music CDs, and more ◢

“as bibliotecas dos centros

binacionais do país funcionam

de maneira interligada entre si e com o irC - information

resource Center”

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� Nos seus 70 anos, o CCBEUC foi o res-ponsável pelo desenvolvimento de milhares de carreiras bem-sucedidas que compreen-deram a movimentação que estava ocorren-do no mundo rumo a uma só linguagem internacional. Estes são alguns exemplos de ex-alunos que conseguiram chegar mais longe, posicionando-se em cargos importantes graças ao conhecimento do inglês. Estes depoimen-tos demonstram como o inglês abre portas e possibilita que as pessoas escalem degraus profissionais ou descubram caminhos inéditos nas ciências, literatura, artes ou simplesmente usem o idioma para produzir novos relacio-namentos e amigos ◢

Alunos de Expressão

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notable alumni

O inglês é uma ferramenta de desenvolvimento humano que leva mais longe inúmeras pessoas pelo caminho profissional

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� In its 70 years of existence, CCBEUC has been responsible for the development of countless successful professional careers of aspiring men and women who understood the changes taking place on the world stage and the ever-growing role of English as the international lingua franca. Here are only some examples of notable former students who were able to reach higher and make a place for themselves in important positions, thanks at least in part to their knowledge of English ◢

Page 43: Revista do Inter Americano

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� O Inter Americano foi sua pri-meira escola de inglês, entre l975 e 1976, quando fazia o ginásio no Colégio Medianeira. Na época não se valorizava tanto o ensino de um idioma, os intercâmbios eram raros e as aulas competiam diretamente com o treinamento dos esportes preferidos do Dr. Klamas: o fute-bol e o basquete. “Acabei parando no segundo ano do curso básico, o que me fez retornar ao curso para estudar novamente anos mais tar-de”, conta ele que está no segundo mandato como presidente da Seção Paraná da Associação Brasileira de Odontologia, que conta com dois mil associados.

A história do Dr. Osíris Pon-toni Klamas não é incomum. Há cada vez mais profissionais que atingiram o sucesso na carreira,

� Das mais tradicionais famílias curi-tibanas, filho do ex-deputado federal Fabiano Braga Côrtes e sobrinho do ex-governador Ney Braga, Felipe es-tudava no Colégio Medianeira pela manhã e entre 1977 e 1978 foi matricu-lado junto com a irmã no Inter Ameri-cano. Muitas vezes ia a contragosto nos seus 12 anos de idade, obrigado a deixar amigos e as brincadeiras. Depois, foi pegando o ritmo do curso onde fez amizades que mantém até hoje. “Acre-dito que é fundamental frequentar uma escola que tenha o inglês como matéria principal para aprender bem o idioma”, relata ele.

Quando completou 15 anos, fez sua primeira viagem ao exterior, a Disneylândia e ali sentiu que possuía alguma fluência porque tinha dois anos de frequência no CCBEUC. “Da minha geração é a escola referência”, comenta.

felipe Braga Côrtes

Vereador de curitiba

“Da minha geração é a escola referência”

Osíris pontoni Klamaspresidente da Associação Brasileira de odontologia – seção paraná

mas que sentem falta de melhorar o desenvolvimento do inglês para acompanhar a sucessão de viagens, congressos e cursos que as profis-sões hoje em dia obrigam para atualização e aperfeiçoamento.

Quando garoto, a família mora-va no Alto da Rua XV de Novem-bro e a única unidade da época era a Central. Hoje, morando no Alto do Cabral, o Dr. Klamas, formado em Odontologia há 28 anos, en-controu uma unidade de ensino a uma quadra de sua casa. Fez mais dois anos de Inter Americano e achou que era suficiente para as questões profissionais de muitas viagens. “Dentro do que necessito para viagens e profissionalmente, agora estou satisfeito”, relata. “Nós só valorizamos as coisas muito de-pois. Voltei a estudar no horário noturno e repondo aulas no sábado pela manhã na unidade do Centro quando viajava para algum con-gresso. Foi ótimo e consegui con-ciliar com o trabalho”, garante ele.

“Dentro do que necessito para viagens e profissionalmente, agora estou satisfeito”

“O conhecimento do inglês hoje ajuda na minha carreira como consequência da globalização. Há poucos dias, recebi uma comissão da China que veio a São Paulo e Curitiba e fui o responsável por recepcioná-los na Câmara”, explica.

Ele também fez uma viagem com o prefeito Beto Richa numa missão para China e outras viagens internacionais em 2007. Em 1988 fez também um intercâmbio pela PUCPR no Japão por 60 dias. Era um intercâmbio entre a universida-de de Ohio e a PUCPR, com doze brasileiros e 15 norte-americanos estudando no campus de engenha-ria da Universidade de Okayama, no Japão.

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� Ingressou no Inter quando estava no ginásio e as experiências das tardes de terças e quintas-feiras no Basic 1 fo-ram intensas, não só pelo método de conversação - bastante inovador para o início dos anos 80, mas também por dividir a sala com adultos. “Hoje, acho que ali comecei a pender para o Jor-nalismo, para o trato com as palavras, com as estruturas linguísticas”, lembra ela. Aos 15 anos estava formada e aos 17 anos fez intercâmbio para a Aus-trália. “Ganhei desenvoltura com a pronúncia e ao voltar optei por dar aulas de inglês para manter a fluên-cia. Procurei o Inter Americano onde meu irmão era professor”, relata. No ano seguinte, caloura de Jornalismo na UFPR, começou a dar aulas. Fazia faculdade de manhã e lecionava inglês no Inter todas as tardes, de segunda a

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“O inglês foi, é, e seguirá importante na minha vida!”

Cristina graeml repórter de televisão há 21 anos, há 8 na rpctV.

� Paulo Otávio Mussi Augusto começou no Inter pelo Kids e acabou fazendo o curso completo, obtendo os certificados Toefl e o Michigan. Quando ingressou na universidade - fez Administração de Empresas na UFPR - usou seus conhecimentos de inglês para obter acesso a obras que não conseguia encontrar no país. “A origem do curso de Administração de Empresas é quase toda anglo saxã”, explica. Formou-se em 1994 e foi trabalhar como coordenador finaceiro do ISAD – Instituto Superior de Administração, voltado a educação executiva. Em contato com alguns professores, decidiu fazer o mestrado de administração na UFPR. Hoje ele está exposto a falar inglês quase todos os dias porque lida com intercâmbio com professores de

fora do Brasil e faz palestras em outros países. “A língua é como atividade física: se não praticar fica com a musculatura flácida”, conta. Ele fez doutorado na UFPR e na FGV-SP. Um pouco antes de terminar o mestrado, ingressou como professor na PUCPR . “Nunca foi um planejamento da carreira ser professor mas, desde a primeira vez que dei aula, gostei muito”, diz. Assumiu várias funções na PUCPR onde está há 13 anos, depois de experiência como empresário, convidado para ser Diretor de Planejamento e Avaliação da PUCPR. Após 3 anos como diretor, assumiu a coordenação do Programa de Mestrado e Doutorado do Curso de Administração de empresas e, um ano depois, em agosto de 2009, foi convidado para assumir a Vice-Reitoria da PUCPR. “O cargo é executivo, de tocar o dia a dia da universidade”, diz.

paulo Otávio mussi augustoVice-reitor da pontifícia Universidade católica do paraná (pUcpr)

� Paulo Otávio Mussi Augusto

“Se vivemos a era do conhecimento, essa era fala inglês”

quinta-feira, além das manhãs de sábado, de 1988 a 1991. No entan-to, não foi mais possível conciliar

as duas atividades porque começou a atuar como repórter de TV. Ao se formar e ser chamada para trabalhar no canal 12, onde não havia horário fixo de trabalho e as escalas de plan-tão eram mais puxadas, não conse-guiu mais manter a dupla jornada.

“Até hoje encontro pessoas que me chamam de “teacher”! E o que aprendi no Inter seguiu comigo, não só o conhecimento do inglês, mas a noção da necessidade de preparo, de dedicação, de troca de experiências, de inovação, de engajamento que os sucessivos treinamentos e métodos de trabalho me ensinaram a ter”, diz. Como repórter teve de entrevistar chefes de Estado, artistas e cantores estrangeiros. “O inglês foi, é, e se-guirá importante na minha vida!”, conclui.

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Page 45: Revista do Inter Americano

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� Quando era estudante da 6ª série no Colégio Martinus, em 1978, iniciou o Inter Americano. Na época, sua família pesquisou várias escolas e conside-rou o Inter a melhor escolha. “E foi mesmo. Fui estudar fora, em 1995, na Harvard Business School, fazendo um curso sobre Oportunidades do Mercado Mundial, a parte de gramática, a base que veio dos anos de Inter foi fundamental e me ajudou demais”, afirma. Segundo ele, o ponto alto do curso de inglês eram os professo-res muito bem informados e treinados.

Gostava do ambiente informal e da turma bem eclética porque fez o curso à tarde e a noite, com pessoas de todas as faixas etárias, traba-lhadores ou jovens em plena formação. “Esse ambiente era bem diferente e ia com prazer à escola”, lembra ele. Stephanes Jr. se formou em Economia, fez um MBA na Universidade

� O Professor Dr. Paulo Ross, da UFPR, tem uma história de supe-ração muito forte. Para ele, além de abrir portas, o domínio do inglês permitiu atingir um mestrado que seguiu-se a um doutorado em Pedagogia, abrindo as possibilidades para se tornar pro-fessor e dar aulas na Universidade Federal do Paraná, onde está até hoje. “ Quando estava no Colégio Júlia Wanderley tive um profes-sor descomprometido com ensino da língua inglesa. Uma página de um livro normal de ensino de inglês equivale a quatro páginas em Braile e isso dava um trabalho imenso de preparação antes das aulas e testes. Mas o professor chegava na avaliação e dizia: leia página tal. Lia a primeira linha e ele inter-rompia e perguntava se nota 7 estava boa, sem se interessar pelo restante do trabalho. Foi assim por quatro bimestres e vi que isso não levaria a lugar algum, até porque no ano anterior havia tido uma boa professora de inglês. Então uma colega, também com de-ficiência visual, que havia concluído o curso de inglês no Inter Americano por meio de uma bolsa lhe forneceu algumas informa-ções sobre o curso”. “Vai lá e conversa com

Federal Rio de Janeiro e a pós-graduação em Harvard. Trabalhou na Amil e depois foi con-vidado a ingressar no Governo Jaime Lerner, onde foi Secretário de Estado da Administração de 1995 a 1998. Em 2000, foi eleito vereador e em 2004 obteve a reeleição. Após isso, em 2006 foi eleito deputado estadual e em 2010 também obteve a reeleição. “Quando a Renault e a Audi vieram se instalar no Paraná o inglês me ajudou a receber os estrangeiros, orientar nos negó-cios e até na questão de logística para ajudar os executivos das empresas a encontrar local para morar. Hoje recebo embaixadores e grandes empresários de fora para conversar. Acho que pessoas da vida pública tem de conhecer e ter fluência em inglês. Isso abre portas no mundo todo e facilita a vida”, conclui.

a Dona Úrsula (Úrsula Nenfeld, então se-cretária do Inter)”, ele ouviu.

Entrou no primeiro período, o básico e concluiu o curso em julho de 1983 fazendo intensivos em todos os períodos de férias, o que lhe abriu as portas para a pós-graduação na UFPR. Na época, o conhecimento da língua estrangeira era eliminatório”, conta.

Ele fez o curso de pedagogia na Uni-versidade Tuiuti, o Mestrado na UFPR e o Doutorado na USP, concluído em 1999. É professor do curso de pedagogia da UFPR desde 1993, quando concluiu o mestrado. Foi também, a trabalho, para os Estados Unidos, em Ohio, em 1998, graças a um convênio com a UFPR. “Fiz o contato e en-viei uma proposta de trabalho que foi aceita”, informa. Para ele, sem dúvida, os ganhos de um estudo vão além de uma geração. “Uma pessoa escolarizada vai produzir consequên-cias para além de sua geração, da sua própria carreira e dos ganhos financeiros diretos e indiretos”, finaliza.

45

a Dona Úrsula (Úrsula Nenfeld, então se-

“Uma pessoa escolarizada vai produzir consequências para além de sua

geração, da sua própria carreira”

“O ponto alto do curso de inglês eram os professores muito bem informados e treinados”

professor dr. paulo ross

titular do curso de pedagogia da UFpr – portador

de deficiência Visual total

reinhold stephanes jr.

deputado estadual do paraná

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de

Page 46: Revista do Inter Americano

46 46 46

• Fundação do Inter Americano

no dia 13 de novembro de

1941

• O Curso do Inter Americano foi reconhecido pelo Serviço de Informações dos EUA

• A Embaixada reconhece o Inter

Americano

1955

• Prefeito Iberê de Matos declara utilidade

pública ao CCBEUC. • Governador Moysés

Lupion declara o CCBEUC como utilidade pública

• O Presidente do Brasil Emílio Médici declara

o CCBEUC como utilidade pública

1959

• Inauguração da Unidade Prado

Velho (março de 1999)

1999

• Inauguração da Unidade Cabral (março de 2001)

2001

• Inauguração da Unidade Portão/

Palladium (julho de 2008)

2008

1945

46

linha do tempo do inter americanoAlguns dos principais acontecimentos e da trajetória

do Inter Americano estão registrados nestas páginas. Muita coisa ficou de fora porque, afinal, foram 70 anos plenos de vida e de inserção no cotidiano de Curitiba. Procuramos resumir alguns eventos que marcaram a instituição e permitiram sua longevidade graças, princi-palmente, às pessoas que por ali passaram .

• O CCBEUC é sede do XXIII

Simpósio dos Centros Binacionais do Brasil

1999

• Comemoração dos 70 anos do Inter Americano• 3o Programa de Imersão para Coordenadores Acadêmicos dos Centros Binacionais do Brasil Coligados

2011

1941

• É criado o curso infantil,

em atividade até hoje

1953

Foto: Acervo Inter Americano

Foto: Acervo Inter Americano

Foto: Acervo Inter Americano

Foto: Acervo Inter Americano Foto: Acervo Inter Americano

Foto: João Carlos Frigério

Page 47: Revista do Inter Americano

47 47 47

1969

• Inauguração da nova sede do CCBEUC no

Edifício Itatiaia

1970

• Criada a Galeria de Artes do CCBEUC,

que abriu espaço para novos artistas e revelou nomes consagrados da

arte paranaense

1972

1985

• Inauguração da Unidade Batel (junho de 1991)• Comemoração dos 50 anos do Inter Americano

1991

• Inauguração da Unidade Portão (março de 1998)

1998

• Fechamento do Consulado

dos EUA em Curitiba

1973roberto Glasser

1942 – 1943

Manoel Lacerda pinto

1944 – 1945

david carneiro

1946 – 1947

Moysés Lupion

1948– 1949

Francisco Matheus Albizú

1950 – 1953

Amauri Munhoz da rocha1954 – 1955

elvino Bastos

1956 – 1957edmundo

Affonso Foerster1958 – 1959

nelson iwersen

1959 – 1962

Ângelo Amauri stabile

1962 – 1964

João Kracik neto

1966 – 1974

edgar Barbosa ribas

1964 – 1966

carlos Meissner

osório1974 – 1982

Ubiratan pompeo

de sá1982 – 1984

carlos Meissner

osório1984 – 1995

tancredo Lombardi

cunha1996 – 2000

Adyr soares Mulinari

2000 – 2003

pedro teixeira chaves

2003 – 2009

claricio paulo casagrande

2009 – 2012

Diretores-Presidentes do Inter Americano

47

• O CCBEUC é sede do IX

Simpósio dos Centros

Binacionais do Brasil

• O espaço no Edifício Garcez

começa a fi car pequeno com o crescimento do

número de alunos

Foto: Acervo Inter Americano

Foto: Acervo Inter Americano

Foto: Acervo Inter AmericanoFoto: Ecocidade

Foto: Acervo Inter Americano

Page 48: Revista do Inter Americano

48

O InTER DE HOJE as estratégias que garantem a liderançaA profissionalização da gestão e a configuração atual da estrutura organizacional do Inter Americano

G e s t ã o

� Próximo de completar os 50 anos, o Inter Americano ainda era uma escola que possuía a mesma estrutura enxuta dos anos de sua criação. Na área acadêmica, isso começou a se mostrar in-suficiente. Foram criadas, a partir de 1984, as pri-meiras funções de apoio com a denominação de monitoras. Elas ajudavam a preparar material complementar para os cursos porque o mercado exigia cada vez mais recursos didáticos, além do professor, aluno e livro. Em seguida, criou-se a função de Supervisoras de Ensino, se-guindo-se a Coordenação Acadêmica e a Gerência Acadêmica. “A gestão do ensino evoluiu, melhoraram os proces-sos internos e a estrutura de cargos e foi implan-tada uma nova metodologia de ensino”, lembra a Gerente Operacional Izoleta Cunha Azambuja, há 34 anos no Inter.

Na área administrativa, o movimento de mu-danças também começou a se mostrar necessário.

� Close to celebrating its 50th anniversary, Inter Americano

had then the same l e a n s t r u c t u r e of its early years. I n the academic d e p a r t m e n t , however, this proved to be insufficient. In the 1980s, the s c h o o l s a w t h e creation of its first

supporting positions , with monitors, as they were called, re sp on sible f or prepa r i n g complementary material for use in the classroom, as the market demanded ever more didactic

the inter americano of today and its leadership strategies

diferenciais de sucesso

Desde a sua fundação, o Inter Americano mantém a liderança do mercado em número de matrículas. Esta posição é um dos desafios que se apresenta para o futuro, dian-te da acirrada concorrência que se estabeleceu neste mercado nos últimos anos. A escola vem se pre-parando ativamente para este novo cenário mais competitivo.

“a gestão do ensino evoluiu, melhoraram os

processos internos e a estrutura de

cargos”

• Certificado de qualidade

exclusivo

• 70 anos de experiência no ensino da língua inglesa

48

Page 49: Revista do Inter Americano

49

• Centro de aplicação dos testes internacionais: da

Universidade de michigan, tOefl, gre, Usmle,

pmi, ged, ieee

• professores rigorosamente selecionados com formação superior e certificado internacional de proficiência em inglês

• abordagem comunicativa do ensino, proporcionando aprendizado sólido e completo de todas as habilidades da língua

• responsabilidade social

• apoio pedagógico que individualiza o atendimento às necessidades de cada aluno

• Orientação para estudos nos eUa,

como cursos de inglês, graduação,

especialização, mestrado e doutorado

• material didático atualizado com as melhores tecnologias de ensino testado internacionalmente

• Biblioteca informatizada com

mais de 20.000 itens no acervo

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Foto: Ecocidade

Foto: João Carlos Frigério

Page 50: Revista do Inter Americano

50

O fim do período de expansão coincidiu com a queda no número de matrículas, ocasionada tanto pela necessidade da população de redu-zir gastos, como pelo aumento da concorrên-cia. Tanto a Diretoria como o Conselho de Administração iniciaram um tra-balho de buscar processos de ino-vação e medidas de recuperação diante do novo cenário. “O Inter sempre procurou atender a socieda-de com uma estrutura muito bem organizada e disciplinada onde to-dos participam, diretores e funcio-nários, como se fossem membros de um clube de amigos. Este é o se-gredo da escola sempre estar numa posição privilegiada”, afirma o Vice-Presidente do Conselho de Administração, João Antonio Baptistella.

Na verdade, a confortável liderança exer-cida até ali fez o Inter Americano andar um

resources, besides the books used by teachers and students. Later, the position of Teaching Supervisor was also created, followed by Academic C o ord i n a tor a nd A c a d e m i c

Manager. Academic ma nagement of the s c ho ol wa s g re at ly improved, with better internal procedures, an improved structure of facult y positions and a new teaching methodology.The call for changes wa s a l so heeded i n t he a d m i n i s t ra t i ve

department. The end of the previous period of expansion coincided with a drop in the number of enrollments and the Board of Directors and Administrative Council were forced

“as diretrizes gerais da instituição são sempre

emanadas da diretoria executiva e do Conselho de administração”

Foto: Ecocidade

Page 51: Revista do Inter Americano

51

tanto distanciado do mercado ocasio-nando, por consequência, a redução do número de matrículas. Permaneciam, entretanto, as suas despesas de infraes-trutura e custos operacionais. De 2004 em diante, o Centro precisou se rein-ventar iniciando um trabalho bastan-te forte no sentido de rever seus custos operacionais e infraestrutura, adotando medidas de contenção, racionalização e otimização de suas ações. Passou, a par-tir deste novo contexto, a incrementar a destinação de investimentos na projeção de sua marca, através de mídias alter-nativas e uma comunicação estratégica e criativa. Já a partir de 2005 começam a se perceber sintomas de recuperação, com a inversão da curva de resultados, e o número de matrículas voltou a crescer, explica José Miquelam, Gerente Admi-nistrativo◢

Retomada do Crescimento

Com o novo modelo organizacional, o Inter retomou o crescimento

no número de matrículas. Ao mesmo tempo, os

investimentos em novas tecnologias foram

acelerados. Um exemplo foi a instalação dos primeiros e-boards

to search for innovative recovery measures to deal with this and other concerns.The leadership of previous years was questioned as Inter Americano alienated itself from the market and enrollments dropped. Costs in infrastructure and operations, however, remained and the school was forced to reinvent itself. Efforts were undertaken to review these expenditures and the school adopted harsh measures to contain costs and optimize its budget. It was during this trying period that the school began to reinvest in advertising its brand, with a creative communication strategy and the use of alternative media. These actions helped turn the tide of negative results and, in 2005, the school already showed clear signs of recovery as enrollments once again began to rise ◢

Foto: Ecocidade

Foto: Ecocidade

Page 52: Revista do Inter Americano

52

� Uma instituição com 70 anos carrega mui-to de sua tradição e isso é muito importante porque reflete a seriedade com que ela traba-lha sua natureza jurídica, o seu objetivo insti-tucional e sua atividade fim. Seus princípios e valores, em resumo. No Brasil, são poucas as iniciativas que se sustentaram no mercado por tanto tempo e, se isso constitui um diferencial por si só, não garante ninguém no mercado futuro. Portanto, para continuar nesta trilha tão bem delineada até aqui, o Inter America-no escolheu pensar permanentemente em ino-vação estratégica, na comunicação e relaciona-mento com o mercado, bom atendimento e, especialmente, numa política de inovação de produtos. Ou seja; sintonizado, captando as perspectivas, intenções, vontades e sonhos do mercado e transformando estes so-nhos em ações e produtos.

Algumas iniciativas arrojadas respondem a essa expectativa. A criação de uma escola de inglês dentro de um shopping center, o Palladium, em 2008, por exemplo, rompeu um paradigma. O que se sabe é que o mercado é bastante exigente. Quando o Inter come-çou, em 1941, com um tipo de ma-terial e metodologia e com o que realiza hoje se percebe uma mudança signifi-cativa. Tudo o que tem de ser feito em termos de metodologia e ambientes educacionais, sa-las de aula, recursos didáticos, tem que aten-der a expectativa do novo, de uma maneira inovadora de ensinar o inglês.

Hoje, o Inter Americano atua com suas cinco unidades e mais uma extensão da escola através do contrato de parceria com o Colé-gio Marista Santa Maria. Mantém convênios com empresas e instituições onde consegue

O Inter Americano do futuroUm olhar atento às perspectivas futuras do mercado e da instituição

� An institution that now celebrates its 70th anniversary certainly has a long history and reputation to show. This is significant as it reflects the valued commitment to the school’s legal nature, institutional mission and objectives. If this is itself a clear differenciating factor, it does not, however, guarantee future market leadership. Therefore, in order to remain on the course it has charted thus far, Inter Americano has chosen to constantly rethink strategic innovation, whether in terms of communication, the market relations, quality of services or, especially,

product innovation.T he open i ng of a n English school inside a shopping center in 2008, for example, was a major change. Today, Inter Americano operates in five different locations, and partners with a K-12 school, Colégio Marista Santa Maria, for afterschool English

classes. It also partners with area companies and institutions for both in-house and in-company classes, which not only increases its market coverage but a lso democratizes individual opportunities to learn English. In the first semester of 2011, the school grew a total 8% in comparison with the same period of 2010. The goal, however, is to improve both production and productivity rates ◢

the inter americano of the future

“O mercado está exigindo

crescimento da oferta de serviços. além dos cursos

regulares que atualmente abrigam a maior parte dos nossos alunos”

Planejamento arrojado

Para manter o crescimento, o Inter

Americano investe em novas tecnologias de

ensino como o e-board (foto) presente nas

unidades

G e s t ã o

Page 53: Revista do Inter Americano

53

boa cobertura geográfica e democratiza a oportunida-de das pessoas aprenderem o idioma, seja se deslocan-do para as unidades existentes ou nas ações in company. Nesta linha, o Inter Americano atua como se fosse um setor dentro da empresa, preocupado com a formação e desenvolvimento do funcionário no ensino da língua inglesa. “Pretendemos concentrar esforços e dedicação no sentido de rever como fazer e melhorar este tipo de ação. No primeiro semestre de 2011, das 5.600 matrículas iniciais, quase 20% dos alunos vieram de convênios e isso é impor-tante”, revela o Gerente Administrativo, José Miquelam.

“O mercado está exigindo crescimen-to da oferta de serviços. Além dos cursos regulares que abrigam a maior parte dos nossos alunos, hoje temos cursos especí-ficos. Aulas customizadas, por exemplo, para atender objetivos específicos. Na década de 80, di-zíamos que o curso regular era feito em seis anos. Em 2011, falamos que o curso regular é composto de 12 ní-veis e que o aluno tem condições de fazê-lo em diferen-tes formatos com a mesma carga horária de 480 horas/aula. Assim, tanto pode fazer em seis anos como em 2 anos. Ganhamos flexibilidade”, garante Izoleta Azam-buja, Gerente Operacional.

Flexibilidade e qualidade no ensino tem que andar juntas. “Percebemos, hoje, que as empresas buscam acompanhar e avaliar o efetivo desem-penho de seus funcionários em relação ao apren-dizado do idioma, até como forma de manter a concessão do benefício. Esta tendência representa uma grande oportunidade de negócio para o In-ter Americano”, resume Miquelam. O CCBEUC

mantém uma parceria com a HSBC/GLT em que os alunos estudam em suas unidades. O projeto começou em outubro de 2010 e hoje está no terceiro semestre letivo, alcançando um número significativo de funcio-nários atendidos. A instituição tem algumas metas de crescimento. Em 2011, no primeiro semestre, cresceu 8% em relação a 2010. O objetivo,

no entanto, é o de atingir a melhoria dos índices de produção e de produtividade, sempre compa-rativamente com o ano anterior. “Estamos exa-tamente estabelecendo as ações estratégicas para buscar este patamar. Elas consistem em consoli-dar o relacionamento com as empresas e institui-ções conveniadas”, conclui o Gerente Adminis-trativo ◢

em 2011, no primeiro semestre, o número

de matrículas do inter americano cresceu 8% em relação a 2010.

Foto: Ecocidade

Page 54: Revista do Inter Americano

54

Rod. Curitiba - Ponta Grossa

A distribuição espacial das unidades do Inter Americano procurou, através de pesquisas, identificar as áreas da cidade com maior potencial de matrículas. O resultado é altamente interessante porque essa localização mostrou-se estratégica, já que cobre locais de maior fluxo de estudantes da cidade.

Unidade CentroInaugurada em abril de 1970.

Rua Amintas de Barros, 99(41) 3320-4706

1

Unidade BatelA primeira expansão do Inter Americano. Inaugurada em junho de 1991. Rua Saldanha Marinho, 1850(41) 3323-2438

2

Unidade Prado VelhoPercebendo a necessidade de

um Inter perto da PUCPR, foi inaugurada em março de 1999.

Rua Jóquei Clube, 310(41) 3334-5532

3

Unidade Portão/Palladium A mais nova unidade do Inter. Inaugurada em julho de 2008. Localizada dentro do Shopping Palladium, na Av. Presidente Kennedy, 4121 - P2. (41) 3212-3203

4

54

O Mapa do Interthe map of inter americano

Unidade CabralInaugurada em março de

2001, junto com a Unidade Cabral está também o EBCAv. Munhoz da Rocha, 490

(41) 3252-3274

5

Foto: EcocidadeFoto: Ecocidade

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Page 55: Revista do Inter Americano

55

R. Itupav

R. Reinaldo S de Quadro

R. Emilia

no Perneta

Av. Iguaçu

Av. Silva Jardim

Av. Sete de Setembro

Av.

Presidente

Getúlio Vargas

R.

Brasílio Itiberê

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Al. Dr. Carlos de Carvalho

Al. Augusto Stellfeld

Al. Padre Agostinho

R. João

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s. Kennedy

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Av. Visconde de Guarapuava

Av. Batel

5

1

2

3

4

55

Page 56: Revista do Inter Americano

56

� Nos últimos anos, o crescente interesse de em-presas e instituições na qualificação de seus fun-cionários fez aumentar a procura de parcerias com escolas de inglês. Curitiba talvez seja, entre as capi-tais, uma das que melhor reflete o atual estágio da economia brasileira, inserida integralmente na glo-balização, sendo sede de várias das mais importan-tes empresas mundiais, o que torna seu mercado de trabalho extremamente atraente para quem do-mina o inglês. O Inter Americano possibilita o acesso da comunidade local ao aprendizado da língua e sua inserção nestas empresas.

A qua lidade do ensino do CCBEUC tem trazido a ampliação dos serviços para outras áreas e insti-tuições, como a oferta do ensino de português para estrangeiros, num convênio mantido desde 2007 com o ISAE/Fundação Getúlio Vargas, para alunos da Universidade da Ca-rolina do Sul que vem aprender a fazer negócios no Brasil, o Doing Business in Brazil e com o Colégio Marista Santa Maria, que ofere-ce o ensino de inglês para seus alunos do Período Ampliado (Integral) e que recentemente foi expan-dido para mais alunos do colégio.

O Instituto Superior de Administração e Eco-nomia de Curitiba (ISAE), ligado a Fundação Ge-túlio Vargas (FGV), começou sua parceria com o Inter Americano em 2007, quando uma turma de estudantes da Universidade da Carolina do Sul, pertencentes à Darla Moore School of Business, de-sembarcou em Curitiba para aprender português e fazer cursos no ISAE como parte do seu MBA – Master Business Administration International. O programa do Instituto começou em 2003, quando a universidade americana trocou Portugal pelo Brasil no seu curso com língua portuguesa, mas, até 2007, os alunos estudavam português nos Estados Unidos e depois viajavam ao Brasil.

Alianças e parcerias estratégicasO Inter Americano amplia seus laços com a comunidade

G e s t ã o

� In recent years , r ising corporate investments in employee qualifications has sparked an increase in the demand for partnerships with English schools. This has made it possible for Inter

Americano to further streng then its ties with the community. Of all other Brazilian capita l s , Curit iba possibly best ref lects the current state of the nation’s economy. A ful ly g lobalized city, it is home to severa l impor ta nt i n t e r n a t i o n a l compa nies , which makes it an attractive

job market for professionals who speak English. And for those who have yet to master the language, Inter Americano ma kes it possible , opening the job market to countless other aspiring professionals.C C B E U C ’s s t a n d a r d s o f excellence can also be seen in its recently added services. Since 2007, the school has partnered with ISAE/Fundação Getúlio Vargas to offer Portug uese courses to students from the University of South Carolina who come to take part in that Institution’s Doing Business in Brazil program. CCBEUC also has a strategic partnership with Colégio Marista Santa Maria, a

strategic alliances and partnerships

Empresas como o Banco CNH ( New

Holland), Associação Colibri ( Renault do

Brasil), GLT ( Grupo HSBC), Electrolux do Brasil, Fertipar,

La Violetera e a Associação dos

Funcionários do Banco Central,

são algumas das parcerias estratégias do Inter Americano.

Parcerias Estratégicas

Hoje, o Centro Cultural Brasil-estados Unidos

de Curitiba mantém parcerias responsáveis por

um número significativo de matrículas por

semestre.

Page 57: Revista do Inter Americano

57

“A ideia nasceu de uma visita que fizemos ao então Embaixador Brasileiro no Reino Unido, Celso Amorim. Ele nos lançou um desafio dizen-do que era fácil levar estudantes brasileiros para estudar no exterior. Difícil seria trazer estudantes estrangeiros para estudar no país”, conta Norman de Paula Ar-ruda Filho, Superintendente do ISAE/FGV.

O programa consiste em quatro meses de curso de português para es-trangeiros, com ênfase na maneira de se fazer negócios no Brasil, ministrado no Inter Americano, e três meses de estágio em empresas brasileiras. Neste ano desem-barcou no Brasil a maior turma do programa até aqui, com 14 alunos – em 2010 vieram 9 alunos. “Há uma dinâmica puxada no Inter Americano, com seis horas diárias de aulas em duas turmas e ainda incluímos uma série de palestras sobre o Bra-sil. Todos os anos nós vamos para a Carolina do Sul divulgar esse curso porque eles convidam os alunos para escolher seu próprio MBA e a ideia é ampliar esse relacionamento, agora que o interesse pelo Brasil está crescendo”, acrescenta Sérgio Pó-voa Pires.

Embora tenham uma boa distribuição geográfi-ca, as unidades do Inter Americano não são a úni-ca estratégia da instituição para se aproximar do seu público. Desde a década de 90, a escola optou pela adoção de um sistema de parcerias do tipo que cria ou multiplica oportunidades que não seriam possíveis se os parceiros não se unissem. A que se iniciou em 2008, com o Colégio Marista Santa Maria, é um dos melhores exemplos de como o en-

local K-12 school, offering English courses to its students. Initially an afternoon program for full-time students, this has recently been expanded to include part-time, or morning-only students as well.CCBEUC’s partnership with ISAE/Fundação Getúlio Vargas began in 2007, when a group of students from the University of South Carolina’s Darla Moor School of Business arrived in the city. Here they would learn Portuguese and conclude the required course credits at ISAE/Fundação Getúlio Vargas for their International MBA program. In 2003, they chose Brazil in response to its increasing role on the world stage, the above University ended their former partnership

with Portugal for Portuguese courses, b u t u nt i l 2 0 0 7 st udent s ha d to learn the language in the United States a n d o n l y t h e n travel to Bra zi l .The partnership with Colég io Ma rista Santa Maria, which

was forged in 2008, is one of the best examples of how a strategic alliance between two of the most prestigious institutions in the

Parcerias que deram certo

Tanto o ISAE/FGV quanto o Colégio

Marista Santa Maria, estão ampliando suas parcerias. Na foto ao lado, Josiane Conke,

Coordenadora do Período Ampliado.

Embaixo, Norman de Paula Arruda Filho, Superintendente do

ISAE/FGV.

“a ideia nasceu de uma visita

que fizemos ao então embaixador

Brasileiro no reino Unido, Celso

amorim”

Foto: Julio Cesar Souza

Foto: Divulgação

Page 58: Revista do Inter Americano

58

contro de duas das mais tradicionais instituições de ensino da capital paranaense pode produzir re-sultados:

“Tínhamos uma necessidade espe-cífica que não estávamos conseguindo resolver internamente, uma exigência muito forte das famílias com filhos no Período Ampliado da escola em relação ao ensino da língua inglesa. Os alunos tinham aulas de inglês, mas eram desenvolvidas pelos professores do próprio Santa Maria e, apesar de ser diferente do ensino regular, mes-mo isso não satisfazia os pais. Isso fez a escola buscar parceria com um curso que fizesse a diferença ”, conta Josiane Conke, Coordenadora do Período Ampliado.

Depois de uma pesquisa e contato com vários cursos, conhecendo as metodologias, históricos administrativos e a qualidade do corpo de professores, o Santa Maria chegou ao Centro Cultural Brasil-Estados Unidos de Curitiba. “O que nos chamou a atenção e acabou gerando a escolha foi a seriedade com que o Inter Americano trata todos os seus assuntos. A Rede Marista é uma rede muito séria tanto em termos administrativos como pedagógicos e poucas são as entidades que também são muito sérias nestes quesitos. Queríamos um curso onde os professores estivessem de fato envolvidos com a instituição porque a gente sabe que a qualidade é diferente”, informa.

O Período Integral ou Ampliado, abrange alu-nos que vão do Infantil 5 - alunos com 5 anos de idade - até o 9º ano, quando ingressam no ensino médio. Quando a parceria foi iniciada, o Colégio possuía 100 alunos no Integral. “Tratamos o pro-jeto como experimental e dentro de uma proposta em que as famílias poderiam optar ou não pelo ensino do Inter Americano e 50 alunos aderiram a proposta. Entretanto, hoje temos alunos que es-tão além da oitava série. Eles saíram do Período Ampliado, mas continuaram com o Inter. A nossa prioridade continua com o Ampliado mas quando existem vagas abrimos vagas para outros alunos do Colégio. No total, 80 alunos frequentam as aulas”, explica a Coordenadora.

O Colégio reservou um espaço específico para as aulas com a metodologia e professores do Inter Americano ◢

O Inter Americano foi a única instituição de ensino a aceitar o desafio proposto pelo ISAE/FGV de ensinar português para grupos de estudantes es-trangeiros que estão vindo ao Brasil para aprender a fazer negócios no país - o Doing Business in Brazil.

Saímos a campo para procurar escolas que pudessem participar do programa e o Inter Americano foi a única a se superar e aceitar

o desafio. As outras prefeririam não sair do seu core business. A FGV tem 66 anos e o Inter faz 70 anos. São duas instituições com muita tradição e estamos muito satisfeitos com os resultados e a Universidade da Carolina do Sul também tem demonstrado isso”, afirma Sérgio Póvoa Pires, coordenador do Núcleo de Ações Internacionais do ISAE/FGV.

Aceitando desafios

Na foto, grupo que veio da Carolina do Sul para estudar português em Curitiba pelo programa Doing Business.

“O que nos chamou a atenção

e acabou a gerando a escolha

foi a seriedade com que o inter americano trata todos os seus

assuntos”

State capital can yield marvelous results: “Until then we had been unable to respond

effectively to a very specific need. Our full-time students were offered special English courses developed and taught by our own English language faculty. This was different from the regular classes available to part-time students, but it did not satisfy parents as they demanded a more customized service from the full-time program. The school then turned to Inter Americano,” recalls Josiane Conke, Academic

Coordinator for the school ’s full-time program ◢

Foto: ISAE/FG

V

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mensagem do Consulado geral dos estados Unidos da américa em são paulo em comemoração aos 70 anos do Centro Binacional inter americano

Em nome do Consula-do Geral dos Estados Unidos da América em São Paulo, bem

como em nome do governo e do povo estadunidense, tenho a honra de parabenizar o Centro Binacional de Curitiba, Inter Americano, na passagem de seus 70 anos - uma das mais importantes instituições que promovem o fortalecimento das relações Brasil – Estados Unidos, em seus mais diversos aspectos.

Ao longo desses 70 anos, tivemos a alegria de acompa-nhar o desenvolvimento do In-ter Americano, tornando-se um dos mais importantes centros binacionais do Brasil. Temos orgulho de ter compartilhado inúmeros programas e feito par-cerias que trouxeram a melho-ria na condição social de tantas pessoas. Há que se ressaltar o engajamento entre o Inter e o Consulado Geral, tanto no de-senvolvimento de programas da língua inglesa e de intercâmbios culturais, quanto no profundo sentimento de cidadania local e global partilhado por ambas as organizações.

No mundo globalizado de hoje, o conhecimento da língua inglesa tornou-se fun-damental. Sabedor disso, o

Inter Americano desenvolveu um excelente programa de en-sino de inglês, apto a enfrentar os desafios de um competitivo e inconstante mercado. Além disso, o Inter tem desenvolvi-do um excepcional trabalho no aconselhamento acadêmico atra-vés de seu escritório Education USA, para aqueles milhares de cidadãos brasileiros que querem estudar nos EUA.

Também devemos men-cionar o fundamental apoio que esse centro binacional tem fornecido a importantes proje-tos patrocinados pela Embaixada dos EUA, caso dos Jovens Em-baixadores, Programas de Imer-são para Coordenadores Acadê-micos de Centros Binacionais e Workshops para Professores de Língua Inglesa, que seriam in-viabilizados no Estado do Para-ná sem o incondicional apoio e colaboração do Inter.

Temos certeza que o Inter Americano, através de sua tra-dição e excelência acadêmica, continuará a crescer e a servir a comunidade curitibana e para-naense. Esperamos que a nossa parceria e amizade, da mesma forma, continue a servir como modelo de cooperação na promo-ção da educação, cultura, e laços fraternais que unem os povos do Brasil e dos Estados Unidos.

William W. poppcônsul Geral em exercício

consulado Geral dos estados Unidos da América em são paulo

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� Desde a inauguração de sua primeira unidade no Brasil, os BNC’s ou Binational Centers tiveram o seu relacionamento com a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil adaptados aos diferentes modelos de gestão. No início, quando existiam consulados espalhados por muitas capitais brasileiras, este re-lacionamento era tão próximo que as embaixadas costumavam nomear um funcionário para a admi-nistração dos BNC’s locais.

Em 1973 foi fechado o consulado dos EUA em Curitiba. O fim do Serviço de Informação dos Esta-dos Unidos, conhecido como USIS, na mesma época, também reduziu esta proximidade. O USIS foi subs-tituído por um departamento criado na embaixada e que fazia o contato com os BNC’s. A variação da

� Since the inauguration of the fi rst Binational Center, or BNC, in Brazil, these language schools have seen their relationship with the U.S. Embassy strengthen or weaken according to the various policies implemented by each new American president in offi ce. At present, the Embassy of the United States in Brazil has a renewed interest in the work conducted by the BNCs.

Reconhecendo a Importância dos Centros Binacionais

Binational Centers achieve recognition

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil está com um novo olhar direcionado aos Centros Binacionais

G e s t ã o

Foto: Acervo Inter Am

ericano

Em 1999, O Inter Americano foi sede do XXIII Simpósio dos BNCs. Na foto

à esquerda, o então prefeito Cássio

Tanigushi e Tancredo Lombardi Cunha,

Diretor-Presidente (1996-2000)

Page 61: Revista do Inter Americano

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“temos um conceito bastante

elevado com a embaixada

em Brasília e o Consulado geral em são paulo”

Foto: Acervo Inter Americano

importância geopolítica da América Latina, em determinados momentos de sua história, foi o fator que mais influenciou e ainda in-fluencia este relacionamento.

Na administração do Presidente Barack Obama, os sinais são de que os Estados Unidos voltaram a olhar com maior atenção para o papel desempenhado pelos Centros Binacionais na difusão de sua cultura e no ensino do inglês. Outro fator importante e recente é o aumento do número de turistas brasileiros que visitam anualmente os Estados Unidos e o crescimento expressivo do investimento de empresas norte-americanas no Brasil, que se tornou um mercado importante entre as grandes economias do mundo nos últimos anos.

“Temos um conceito bastante elevado com a Embaixada em Brasília e o Consulado Geral em São Paulo. O então Cônsul Geral, Thomas Kelly, esteve em Curitiba e fez a primeira visita oficial fora de São Paulo. Fomos convidados a

Simpósio dos BNC s

Na foto acima, a abertura do XXIII

Simpósio dos BNC’s, no Hotel Bourbon.

Barack Obama’s administration has clearly signaled that the United States have turned their attention to the role of the BNCs in promoting American culture

and English in Brazil. It is also very much aware of the sharp rise in the number of Brazilian tourists who visit the U.S. every year, and of the increased investments made by American companies in Brazil, which has become

a n importa nt internationa l economic market in recent years.“The U.S. Embassy in Brasília and the Consulate General in São Paulo both hold us in high esteem. The Consul General, Mr. Thomas Kelly, was here in Curitiba recently, in his first official visit outside São Paulo. We were invited to take part

Page 62: Revista do Inter Americano

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participar do 235º aniversário da Independência dos EUA. Conseguimos da Embaixada auxílio financeiro para projetos acadêmicos e melhoria no acervo da biblioteca”, informa o Presidente da Diretoria Exe-cutiva do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos, Claricio Paulo Casagrande. Segundo ele, a presen-ça do Inter Americano nos eventos comemorativos consolida ainda mais a aliança nas relações com a Embaixada dos EUA e o Consulado Americano em São Paulo e significa o reconhecimento pelo trabalho realizado em Curitiba em prol do desenvolvimento das pessoas e da divulgação das Culturas Brasileira e Americana.

O papel decisivo da Coligação

No início de 1980, a maior parte dos Centros Binacionais instalados no Brasil se reuniu numa entidade e o Inter Americano aderiu a Coligação das Entidades de Educação e Cultura Brasil-Estados Unidos, fundada com a missão de criar uma interfa-ce com a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. No seu início, a instituição encontrou dificuldades para desenvolver uma estrutura jurídica e um ob-jetivo prático que pudesse atrair todos os Centros. Não tinha uma sede local e as diretorias ficavam deslocadas das unidades das escolas que faziam parte.

A partir de 1990, no entanto, come-çou a crescer com outro enfoque, foi criado um novo estatuto que fixou a sede jurídica em Brasília e a sede ad-ministrativa no local da residência do presidente, eleito a cada três anos. “Isso começou a funcionar e, nos últimos qua-tro anos a instituição se consolidou. Investimos no aperfeiçoamento dos professores dos BNC’s com especialistas e professores americanos. Há cerca de quatro anos a própria Embaixada se convenceu que a

in the celebration of the 235th anniversary of the Independence of the United States of America in

Brasília,” says Claricio Paulo Casagrande, p r e s i d e n t o f t h e school ’s exec utive board of directors. In his opinion, Inter Americano’s presence in the commemorative events held in Brasília b ot h re f le c t s t he recognition of the work conducted in

Curitiba and helps to further consolidate the relationship with the U.S. Embassy in Brazil and Consulate General in São Paulo ◢

“investimos no aperfeiçoamento dos professores dos BnC’s com especialistas e professores americanos”

Bom relacionamento

Na foto maior, o presidente da Diretoria-Executiva do

CCBEUC, Claricio Casagrande com

o Embaixador dos Estados Unidos

no Brasil, Thomas Shannon. Na foto menor, o diretor

com o Cônsul Geral dos Estados

Unidos em São Paulo, Thomas

Kelly

Foto: Acervo Inter Americano

Page 63: Revista do Inter Americano

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Foto: Acervo Inter Americano

reconhecimento da embaixada dos eUa pela qualidade de ensino

Certifi cado de autorização para aplicação de testes ofi ciais ETS/Prometric

Certifi cado de que o inter americano é um aplicador ofi cial dos exames da Universidade de michiganCertifi cado de que

o CCBeUC integra a rede coligada, ofi cialmente reconhecida pela embaixada dos eUa

Os Certifi cados de Conclusão dos Cur-sos do Inter Americano são chancelados com o “Outstanding Brazilian-American Binational Center”, um atestado de qualidade conferido pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Desde a sua fundação, o CCBEUC vem rece-bendo esta certifi cação sem interrupções, graças ao elevado padrão de ensino.

Esta credencial garante ao aluno, desde o início, a segurança do investimento que faz nos estudos.

Principais certifi cações

figura da coligação era mais adequada do que tratar com cada Binacional. Aliás, o Embaixador John Danilovich possuía a visão de que o relacionamento dos EUA com órgãos de divulgação da língua in-glesa tinha de ser através dos centros binacionais. Hoje, a embaixada tem uma relação muito boa com a Coligação. Temos sido convidados para viagens aos Estados Unidos onde participamos de reuniões até de âmbito interno do Departamento de Esta-do”, conta Eleutério Dallazem, ex-Superintendente do Inter Americano e Diretor Administrativo da Coligação ◢

Graças ao reconhecimento da qualidade do ensino praticada pelo Inter Americano, a escola utiliza a chancela da Embaixada dos Estados Unidos

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� Criado em 2002 pela Embaixada dos Estados Uni-dos no Brasil, com apoio operacional dos centros bina-cionais espalhados pelo país como o Inter Americano, o Programa Jovens Embaixadores promove há dez anos um disputado intercâmbio de três semanas destinado a jovens brasileiros cursando o ensino médio em escolas públicas, entre 15 e 18 anos, e que possam representar o Brasil como “embaixadores” nos Estados Unidos.

“O programa leva anualmente 35 estudantes bra-sileiros com excelente desempenho escolar, histórico de trabalho voluntário em suas comunidades e boa fluência no idioma inglês. No Paraná, trabalhamos

� Created in 2002 by the U.S. Embassy in Brazil, with the support of Inter Americano and various other Binational Centers across the country, the Youth Ambassadors program offers the coveted opportunity to spend three weeks in the United States of A merica .

Jovens Embaixadores

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Visita ao Capitólio

Grupo de Jovens Embaixadores

Brasileiros visita o Capitólio em 2010.

G e s t ã o

O sucesso deste programa que faz a aproximação de grupos de jovens com a cultura americana levou à sua adoção em 25 países de diferentes continentes

Youth ambassadors

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Foto

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sília

em parceria com a Secretaria de Educação que soli-cita às escolas que nos indiquem alunos com o perfil de provável participante. Nós fazemos a análise dos documentos, prova escrita, entrevistas e visitas às famílias dos candidatos. Ao final, indicamos dois ou três nomes para a Embaixada dos Estados Unidos escolher”, conta Maria Rute Leal, Supervisora Acadê-mica e encarregada do acompanhamento do Progra-ma Jovens Embaixadores no Inter Americano. Seu sucesso desde a criação foi tão instantâneo que hoje ele é replicado em 25 países e, após o seu lançamento, 249 brasileiros da rede pública já viajaram aos EUA.

Segundo ela, o programa Jovens Embaixadores foi criado para atender estudantes que, por algum motivo, naquele momento, não teriam condições de estudar nos EUA. “Os dois primeiros programas foram destinados a quem estudasse em instituições públicas ou com bolsa integral em escolas particulares. As duas primeiras candida-tas paranaenses que viajaram estudavam em cursos superiores. A Vivian Caroli-ne Dombrowski que cursava Direito na UFPR e a Lisane Moreira que cursava a Faculdade de Belas Artes. Depois, a em-baixada mudou o projeto para alunos de escolas públicas e apenas do ensino mé-dio, o que tornou a iniciativa bem mais interessante”, lembra Maria Rute.

“O programa leva anualmente 35 estudantes

brasileiros com excelente desempenho”

Applicants are selected from a h ig h ly competit ive pool of aspiring students aged 15

to 18 f rom t he p u b l i c s c h o o l system who wi l l serve as Brazilian “ambassadors” to the U.S.A. Now in its 10th year, the program’s success h a s p r o m p t e d

similar initiatives in 25 other c o u nt r i e s f r o m d i f f e r e nt

Vivian caroline dombrowski 2002Lisane Moreira 2003nikolas iubel 2007Manoel carlos pereira neto 2008Guilherme José pila de oliveira 2010dimas Gustavo de oliveira 2011

Aluno exemplar do Colégio Mi-litar de Curitiba, Nikolas Iubel, foi Jovem Embaixador em 2007. Após sua participação no programa, com apoio da Embaixada Americana, Comissão Fulbright, EBC e Área Acadêmica do Inter Americano, Nikolas passou por diversos exa-mes e ingressou na Universidade de Stanford. “Se não fosse um Jovem Embaixador, não estaria estudando em uma das melhores universidades do mundo”, garante ele.

Atualmente é um senior (estu-dante do último ano) em Stanford, onde faz Mathematical and Compu-tational Sciences com um minor em Línguas Modernas (italiano e ale-

mão). “Acabei de voltar da Alemanha, onde fiquei por 6 meses participando do programa Stanford em Berlim. Em 2010 participei do programa de Stan-ford em Florença, na Itália. Estou me preparando para fazer um mestrado nos EUA. Considero programas de Stanford, Columbia e Harvard mas ainda não decidi”, diz.

Ele poderia ficar nos Estados Uni-dos mas, ao contrário, diz que espera cooperar com o desenvolvimento do seu país: “O Brasil é visto internacio-nalmente como lugar de oportuni-dades. Quero contribuir para que o meu país transforme esse momento favorável em avanços efetivos na qua-lidade de vida da população”, conclui.

enxergando longe

Em 2007, o curitibano Nikolas Francisco Iubel participou do Programa Jovens Embaixadores e, entre todos os participantes, foi alguém que superou os objetivos do Programa

jovens embaixadores do paraná

Zelir Bieski 2003ressilvia Aparecida s. Finger 2005

prOfessOres BrasileirOs qUe aCOmpanHaram Os jOvens emBaixadOres

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ção

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Primeira-Dama

recebe brasileiros

A primeira-dama Michelle

Obama é presenteada com

uma escultura de argila feita

artesanalmente em Minas Gerais

Para participar, é obrigatório que o aluno frequen-te uma escola pública, domine pelo menos o nível in-termediário de inglês porque neste programa eles não viajam para aprender o idioma. “Além de serem exce-lentes alunos, os candidatos devem ter serviço social voluntário comprovado, espírito de liderança e um bom entendimento do que é o programa. O grande objetivo é se comunicar, falar do Brasil e aprender sobre a cultura norte-americana. É uma troca de experiências culturais e o importante é que o aluno leve uma informação de qualidade do que é o Brasil”, resume Maria Rute Leal.

Após a análise da documentação e testes de cente-nas de jovens em todo o Brasil, a Embaixada divulga os nomes dos jovens selecionados para a viagem aos EUA. No mês de janeiro os jovens vão a São Paulo para dois dias de orientações gerais sobre o programa, além de realizar o planejamento de alguma atividade em serviço social no seu retorno ao país. Depois, acompanhados de dois coordenadores brasileiros, os jovens embarcam

continents.According to Maria Rute Leal, Academic Supervisor and one of the people responsible for the Youth Ambassadors program at Inter Americano, “Every year, the program awards 35 Brazilian students with excellent academic ach ie vements , a record of community service and fluency in English. In Paraná, we work in collaboration with the board of education, which serves as liason with the public schools and conducts an initial selection of likely candidates. We then proceed to a more thorough analysis of academic transcripts, conduct written examinations and interview both candidates

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para Washington DC. Ali começam a aprender sobre a cultura americana e visitam alguns lugares interessan-tes. Depois de uma semana na capital, são distribuídos para uma permanência com famílias norte-americanas e vão para diferentes estados por duas se-manas, frequentando escolas, atividades da família, sendo recebidos pelas autoridades locais. Na volta para Washington DC eles passam pela Casa Branca e são recebidos pela Primeira Dama ou pelo Secretário de Estado. Em 2011, o grupo brasilei-ro foi recebido pela Secretária de Estado Hillary Clinton. O ponto alto da visita é ser recebido na Casa Branca. “Em 2009, quem recebeu foi Laura Bush e em 2010 Michelle Obama. É emocionante. Uma experiência única”, conclui Maria Rute Leal ◢

“em 2011, o grupo brasileiro foi recebido pela

secretária de estado Hillary

Clinton”

Brasil & eUaO Programa Jovens Embaixadores

existe desde 2002 no Brasil. A partir de 2010 ele também começou a funcionar nos Estados Unidos, com o envio dos primeiros grupos de jovens americanos para o Brasil. O Inter Americano rece-beu o grupo de Jovens Embaixadores Americano em agosto de 2011.

Legendas1. Dimas Gustavo de

Oliveira, Jovem Embaixador do Paraná 2011.

2. Jovens Embaixadores Brasileiros com a Secretária de Estado Hillary Clinton.

3. Jovens Embaixadores Americanos em Morretes.

4. Jovens Embaixadores Americanos em visita a Flávio Arns, Vice-

governador e Secretário Estadual de Educação.

5. Jovens Embaixadores Americanos em visita ao

projeto social Unidade de Educação Integral Vila

Torres.1

2

3

4

5

and their families. We finally pre-approve two or three candidates for the U.S. Embassy’s consideration.” Applicants must have a minimum

of an intermediate level of English as the focus of the program is not on studying the language, rather on learning about the country’s politics, s o c i e t y , e d u c a t i o n system and much more. Since 2002, the Youth

Ambassadors program has awarded 249 Brazilian students from the public school system the life-changing opportunity to visit the U.S.A. ◢

Foto

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� A atenção com o lado humano transcende as relações de trabalho no Inter Americano. Desde seus primeiros passos, a instituição tem procurado se engajar e adotar políticas de responsabilidade social que reforçam seus laços com as comunidades próximas. Nestas ações, destaca-se a concessão de bolsas de estudos para alunos carentes, o que já faz parte da história da instituição. Curitiba, por sinal, assiste muitas de suas lideranças se destacarem graças também ao trabalho social executado pela escola, auxiliando a impulsionar muitas carreiras. Ao longo do tempo, a disponibilidade de bolsas de estudos foi sendo adaptada às necessidades da instituição. Num segundo plano, estão ações envolvendo a comunidade como campanhas e eventos de soli-

A Ação Social do InterDesde a sua fundação, o CCBEUC mantém o programa de bolsas de estudos para alunos carentes

r e s p o n s A B i L i d A d e s o c i A L

� At I nter A mer ica no, hu ma n relationships are not confined by the walls of the classroom. Since early in its history, this institution has always been socially responsible and adopted policies that constantly strengthen its ties with the community. One example of its social commitment is the concession of scholarships to less fortunate students, which has long been a hallmark of the school.There are a lso several examples of partnerships with the community, such as the annual collection drives for clothes, shoes and blankets conducted

inter americano and social action

Materiais sobre os EUA entregues para alunos de

Escolas Públicas em 2007. O Inter Americano concede todos

os anos, bolsas de estudos para Alunos da Rede Pública

Estadual de Ensino

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o

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dariedade e mobilização de alunos, pais, profes-sores, funcionários e familiares para o exercício da cidadania que resultaram, por exemplo, numa parceria com a Fundação de Ação Social da Pre-feitura de Curitiba, para a arrecadação de cober-tores, roupas de inverno e calçados destinados a Campanha do Agasalho. São promovidas diversas ações, ao longo do ano, que visam despertar nas pessoas a consciência cidadã calcada em valores e no respeito às questões ambientais e à solida-riedade. Em 2010, o Inter Americano recebeu uma homenagem da Associação Comercial do Paraná, que reconheceu o trabalho e contribuição da escola no projeto Ponto Ativo – Programa de Responsabilidade Social para a Terceira Idade ◢

Em reconhecimento às contribui-ções no desenvolvimento de atividades do Ponto Ativo - Programa de Respon-sabilidade Social para a Terceria Idade, o Inter Americano foi homenageado com um certificado pela Associação Comercial do Paraná.

Natal SolidárioNas fotos acima,

entrega das doações do Programa Natal Solidário, do Inter

Americano, que ocorre todos os anos. Em 2010 o projeto bateu

recorde de doações.

HomenagemO CCBEUC participou ativamente, como ponto de coleta, da tradicional Winter Clothes Campaign/Campanha do Agasalho de 2011- “Doe Calor” da FAS, IPCC, Institu-to Pró-Cidadania de Curitiba e da Prefeitura Municipal que atendeu a 800 instituições e 280 mil pessoas.

doe Calor

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in collaboration with the city government’s Fundação de Ação Social (Foundation for Social Action). Another such example is the school’s active involvement in the Ponto Ativo – Programa de Responsabilidade Social para a Terceira Idade, an initiative that offers senior citizens the opportunity to learn English, as well as a variety of other services. In 2010, these and other efforts were recognized in a special ceremony held by the state’s Associação Comercial do Paraná (Paraná State Chamber of Commerce) ◢

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7 0 A n o s

Atividades ComemorativasCom homenagens na Assembleia Legislativa, Câmara Municipal, Correios e promoções que repercutiram por toda a Curitiba e mídias sociais, o CCBEUC comemora seu 70º aniversário.

� Para comemorar seus 70 anos, o Inter Americano promoveu uma série de eventos destinados a marcar a data. A Assembleia Legislativa do Paraná e a Câmara Municipal de Curitiba programaram homenagens em reco-nhecimento ao trabalho realizado pela instituição ao formar milhares de curitibanos e o Correio lançou um selo comemorativo e um carimbo. As redes sociais serão utilizadas para estender a programação ao maior número possível de pessoas ◢

� To celebrate its 70th anniversary, CCBEUC has promoted a series of commemorative activities throughout the year. Furthermore, the Assembleia Legislativa do Paraná and Câmara Municipal de Curitiba, the State and City legislatures respectively, have both officially shown their recognition of the school’s efforts in teaching English to countless city residents and the Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, responsible for the country’s postal service, has also issued a commemorative postage stamp and seal ◢

Commemorative activities

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O Inter preparou para seu aniversário

uma série de ações de comunicação,

como a logomarca comemorativa e a

revista dos 70 anos (acima).

Capa fi nal

Os Correios também estão homenageando o 70º ani-versário do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos de Curi-tiba com o lançamento simultâ-neo de selo e carimbo postal alusivos à data, em edição especial.

selo Comemorativo

Brasil-Estados Unidos de Curi-

O Inter Americano foi um dos patrocinadores da 1ª Convenção Interna-cional de Quadrinhos de Curitiba e patrocinador oficial da Mostra Made for USA que contou com a participação dos artistas Gabriel Bá, Fábio Moon, Ivan Reis, Joe Prado e Eddy Barrows.

gibicon

Destinado aos alunos do CCBEUC, o Concurso 70 e Inventa promoveu a criação de um vídeo contando a sua história no Inter Americano

Concurso Cultural

• exposição das Obras de arte do inter americano

• show musical “inter 70” music Concert com anthony King’s Band

• jantar de Confraternização dos 70 anos

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Parabéns a todos

que fazem parte

dessa história!!!

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