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A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração Distribuição Gratuita. Venda proibida. Ano XXXVI - nº 403 - Julho/2016

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Ano XXXVI - nº 403 - Julho/2016

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A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração

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A Palavra do Pastor Cristãos Leigos, sujeitos na Igreja e na Sociedade!

Revista Elo - Julho/2016 - Ano XXXVI - nº 403Diretor: Pe. Marcos Roberto P. SilvaEquipe Revista Elo: Dom Henrique A. de Lima; Dom Redovino Rizzardo; Padre Jander da Silva Santos; Seminarista Éverton F. S. Manari; Estanislau N. Sanabria; Adriana dos Santos Gonçalves; Maria Giovanna Maran; Suzana Sotolani; Ozair Sanabria.Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo CaparrózPropriedade: Mitra Diocesana de DouradosTelefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911Site: www.diocesededourados.com.brContatos e sugestões: [email protected]ão: Gráfica Infante Tiragem: 17.380 exemplares

Índice

Expediente

Pe. Marcos Roberto P. [email protected]

Apresentação

Patrocinadores

Palavra de vida“Sede bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-vos mutuamente, como Deus vos perdoou em Cristo!” (Ef 4,32)

Testemunho de vidaSão Camilo de Lellis

A Palavra do PapaA JMJ 2016 e o Ano da Misericórdia!

Opiniões que fazem opiniãoTodos os brasileiros são estupradores

Círculos bíblicos

Pergunte e responderemosMartinho Lutero

A Diocese em revista

Vida em FamíliaA influência dos avós na educação dos netos

A Igreja em ServiçoCapelania Hospitalar em Dourados

Fatos em foco

Fique por Dentro!

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Querido amigo leitor, graça e paz!

Nesta edição do mês de julho, a revista Elo traz para cada um de nós uma série de matérias, que contribuem e aprofundam as mais diversas temáticas. A primeira delas, já a encontramos na capa: “Avós, continuadores no cuidado, na educação e na fé”, assunto este que é de muita pertinência para os tempos atuais, ressaltando a figura dos avós como os continuadores dos cuidados exercidos pelos pais.

Na sequência temos a palavra de nosso bispo diocesano Dom Henrique, ele nos coloca a par dos principais pontos de reflexões e conclusões da 54ª Assembleia da Conferência Nacional do dos Bispos Brasil - CNBB 2016: “Cristãos Leigos e Leigas, sujeitos na Igreja e na Sociedade” e o Lema: “Sal da Terra e Luz do mundo” (Mt. 5,13-14). Na Palavra de vida deste mês: “Sede bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-vos mutuamente, como Deus vos perdoou em Cristo!” (Ef 4,32, o Pe. Fábio Ciardi nos deixa umas belas dicas de como podemos viver, de modo prático, a misericórdia no dia a dia.

Na página Testemunho de vida, temos o belo exemplo de São Camilo de Lellis, eis aí para nós uma bela motivação para com o cuidado dos enfermos e mais necessitados, não deixe de ler! Além disso, ainda contamos nesta edição com a Palavra do Papa, esta por sua vez nos apresenta trechos da mensagem do Santo Padre, em virtude da JMJ 2016. Atualize ainda as suas informações sobre a Igreja no mundo todo com a página A Igreja é notícia. E ainda crie ou reforce sua opinião, na página Opiniões que fazem opinião, nesta edição, com um excelente artigo escrito pelo Pe. Crispim Guimarães, pároco da Catedral diocesana.

Reze e vivencie os nossos círculos bíblicos, preparados para que você possa alimentar a sua espiritualidade e experiência fraterna. Esteja bem atento à página a Igreja em serviço, este mês ela nos oferece informações precisas acerca da capela hospitalar, na cidade de Dourados. Na página a Diocese em revista temos a experiência da participação da Leni Orlandini no X Congresso Mariológico: Maria na Liturgia e na piedade popular; do seminarista Cristiano dos Santos na 4ª Jornada Nacional da Infância e Adolescência Missionária; e por fim o breve encontro do seminarista Bruno, com o Papa Francisco no Jubileu para o Sacerdotes em Roma. Não deixe de conferir ainda, o convite de nosso bispo diocesano para a Pós-Graduação em Pedagogia Catequética, que será realizada em nossa diocese, em parceira com a Fajopa.

Por fim, aprecie os fatos marcantes da caminhada pastoral de nossa Igreja diocesana, na página fatos em foco; e se mantenha atento a agenda mensal, datas significativas e aniversariantes deste mês.

Abençoada leitura e um fraterno abraço!

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Cristãos Leigos, sujeitos na Igreja e na Sociedade!

A Palavra do Pastor

Dom Henrique A. de Lima, CSsRBispo Diocesano

É com muita alegria que, neste mês de julho, quero trazer, apresentando pontos importantes sobre o tema central da 54ª Assembléia da Conferência Na-cional do dos Bispos Brasil-CNBB 2016: “Cristãos Lei-gos e Leigas, sujeitos na Igreja e na Sociedade” e o Lema: “Sal da Terra e Luz do mundo” (Mt. 5,13-14).

Nós bispos, pastores da Igreja de Cristo no Bra-sil, mais uma vez nos dirigimos a vocês fiéis, cristãos leigos e leigas, agradecidos pelos testemunhos de sua fé, pelo amor e dedicação à Igreja de Cristo. Pelo en-tusiasmo com que se doam ao Povo de Deus através das Comunidades, dos Conselhos, das Pastorais, dos Movimentos, dos Serviços Sociais, entre outros traba-lhos, até ao sacrifício de si próprio, de suas famílias e de suas atividades profissionais. Diante disso, o Lai-cato como um todo é um “Verdadeiro Sujeito Ecle-sial” (DAp. 497ª) dentro da Igreja e na Sociedade, isto é, no Mundo. Foi ao fiel leigo, Francisco de Assis que o Cristo Crucificado ordenou: “Vai e reconstrói a mi-nha Igreja”. Hoje São Francisco de Assis é um grande exemplo de espiritualidade, oração e missão na Igre-ja e no Mundo. Assim, temos esperança de que vocês continuarão dando grandes contribuições à renovação da Igreja de Cristo e sua atuação no mundo.

O tema central da Assembléia dos Bispos quer tratar da Vocação dos cristãos leigos e leigas, verdadeiros sujeitos eclesiais e corresponsáveis pela nova evange-lização, tanto na Igreja, como na sociedade. A cami-nhada da Igreja na América Latina e no Brasil, a ce-lebração do cinquentenário da conclusão do Concílio Vaticano II, a atualidade da Conferência de Aparecida (DAp.) e a eclesiologia missionária e renovadora do Papa Francisco, nos motivam a dar atenção especial à ação evangelizadora, que vocês fiéis leigos e leigas desempenham na Igreja e na sociedade em nosso país, neste tempo marcado por uma “mudança de época”.

A realidade eclesial, pastoral e social, dos tem-pos atuais torna-se também um forte apelo à uma ava-liação, aprofundamento e abertura ao tema do laicato. Urge abrir espaços de participação, estimular a missão, refletir sobre avanços e retrocessos, para fazer crescer, na Igreja, a corresponsabilidade, a comunhão, a partici-pação e o protagonismo dos leigos.

Não devemos esquecer que a realidade do fiéis leigos e leigas, vida e prática caracterizam-se pelo admi-nistrar e ordenar as coisas temporais, através de seus trabalhos e profissões: vida secular. Participar da vida pública, da realidade social, da economia, da cultura, das ciências e das artes é de caráter secular. Porém, vi-vem tudo isso buscando o Reino de Deus através dos santos evangelhos, bem como no amor à família, edu-cação dos filhos: crianças e adolescentes e ao trabalho profissional (EN, 70; LG, 31).

Por isso, além do caráter secular, é importante enfatizar a identidade e a vocação, da espiritualidade e da missão dos cristãos leigos e leigas na Igreja. Pois, o Papa Francisco manisfestou-se dizendo que “A imensa maioria do Povo de Deus é constituída por leigos e leigas. Cresceu o sentido de Comunidade, da consciência cristã, do espírito de fidelidade ao compromisso da Caridade, da cate-quese, da celebração da fé” (EG, 102).

“Uma coisa é muito importante entender: se é ver-dade que um cristão leigo e leiga não pode substituir o pastor, é também verdade que o pastor não pode substituir os cristãos leigos e leigas nos campos em que eles e elas têm mais competência. Isso mostra que os fiéis leigos não estão aí para situações emergenciais e sim compromissos contí-nuos na sua missão. Responsabilidade laical que nasce do Batismo e da Crisma” (EG, 102). Isso mostra um longo caminho a percorrer em se tratando da vocação dos cristãos leigos e leigas. Por isso a proposta da “Igreja em Saída” com espírito Missionário diz Papa Francisco.

Os capítulos deste documento da CNBB com-põem-se do seguinte modo:

Capítulo 1 - O Cristão Leigo, Sujeito na Igreja e no mundo de hoje: Esperanças e Angústias.

Capítulo 2 - Sujeito eclesial: Discípulos Missio-nários e Cidadãos do Mundo.

Capítulo 3 - A Ação Transformadora na Igreja e no Mundo.

Esses capítulos, falarei sobre eles em tempos oportunos!

Portanto, como cristãos somos chamados a vi-ver os seguimento a Jesus Cristo em nosso dia a dia. A partir da sua vocação específica, os cristãos leigos e leigas vivem este seguimento na vida de Família, de Comunidade eclesial, no Trabalho Profissional, na Multiforme participação na Sociedade Civil, colabo-rando assim na construção de uma sociedade justa, solidária e pacífica, que seja sinal do Reino de Deus inaugurado por Jesus de Nazaré!

Como bispo diocesano de Dourados, em nome do clero, dos religiosos e religiosas, quero agradecer de coração a cada fiel, leigo e leiga, no belo desempe-nho de sua vocação dentro da vida diocesana. Quero também encorajar àqueles que ainda não se desper-taram sua vocação ao chamado de Deus na Igreja e na Sociedade: Jesus te chama pelo nome!

Louvado seja o Sagrado Co-ração de Jesus. Deus abençoe a to-dos!

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Palavra de Vida

“Sede bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-vos mutuamente, como Deus vos

perdoou em Cristo!” (Ef 4,32)

Pe. Fábio Ciardi

Não existe coisa mais lin-da do que ouvir alguém dizer: «Eu te amo, eu te quero bem!». Quando alguém nos estima, não nos sen-timos sós, caminhamos com se-gurança, conseguimos enfrentar também dificuldades e situações críticas. E quando o “querer-se bem” se torna recíproco, a espe-rança e a confiança se consolidam e nos sentimos protegidos. To-dos nós sabemos que as crianças, para crescerem saudavelmente, precisam estar circundadas por um ambiente cheio de amor, por pessoas que lhes queiram bem. Mas isso vale para qualquer ida-de. Por isso, a Palavra de Vida nos convida a sermos “bondosos e compassivos” uns para com os outros, ou seja, a nos querermos bem. E ela nos dá como modelo o próprio Deus.

É justamente o exemplo Dele que nos lembra que “querer-se bem” não é mero sentimento; é um concretíssimo e exigen-te “querer o bem do outro”. Em

Jesus, Deus se tornou próximo dos doentes e dos pobres, sentiu compaixão das multidões, usou de misericórdia para com os pe-cadores, perdoou àqueles que o tinham crucificado.

Também para nós, querer o bem do outro significa escutá-lo, demonstrar uma atenção sincera, compartilhar as alegrias e as pro-vações, cuidar dele, acompanhá--lo na sua caminhada. O outro nunca é um estranho, mas um ir-mão, uma irmã que me pertence, a quem eu quero servir. É exata-mente o oposto do que acontece quando se vê o outro como um rival, um concorrente, um inimi-go, chegando a desejar-lhe o mal, inclusive a esmagá-lo, até mesmo a eliminá-lo, como infelizmente nos descrevem os noticiários de cada dia. Embora sem chegar a esse ponto, será que também nós não acumulamos rancores, des-confianças, hostilidades ou sim-plesmente indiferença ou desin-teresse para com pessoas que nos prejudicaram, ou que considera-mos antipáticas, ou que não per-tencem ao nosso círculo social?

Querer o bem uns dos outros – é o que nos ensina a Palavra de Vida – significa escolher o cami-nho da misericórdia, prontos a nos perdoarmos cada vez que erramos. A esse respeito Chiara Lubich conta que, nos inícios da experiência da sua nova comu-nidade cristã, para atuar o man-damento de Jesus ela tinha feito um pacto de amor mútuo com as suas primeiras companhei-ras. E mesmo assim, apesar dis-

so, «sobretudo em um primei-ro tempo, não era sempre fácil para um grupo de moças viver o radicalismo do amor. Éramos pessoas como todas as outras, embora sustentadas por um dom especial de Deus; e também entre nós, nos nossos relacionamentos, poderia “entrar areia”, e a uni-dade poderia desvanecer-se. Isso acontecia, por exemplo, quando nos apercebíamos dos defeitos, das imperfeições dos outros e os julgávamos, o que fazia a corren-te de amor mútuo arrefecer.

Para reagir a essa situação, pensamos um dia em selar entre nós um acordo, um pacto, que denominamos “pacto de miseri-córdia”. Decidimos que, a cada manhã, veríamos o outro que encontrávamos – no focolare, na escola, no trabalho etc. – como al-guém novo, novíssimo, não nos lembrando mais absolutamente de seus senões, de seus defeitos, mas cobrindo tudo com o amor. Significava encontrar a todos com essa anistia completa do nosso coração, com o perdão universal. Era um compromisso forte, assu-mido por todas nós em conjun-to, que ajudava a termos sempre a iniciativa no amor, imitando o Deus misericordioso, que perdoa e esquece».

Um pacto de misericórdia! Não poderia ser esse um modo de cres-cer na bondade e na compaixão?

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São Camilo de LellisTestemunho de Vida

Poucos dias antes de fale-cer em Roma, a 14 de julho de 1614, o Pe. Camilo reuniu alguns mem-bros da Congregação que fundara e lhes deu as últimas recomenda-ções: «Tende entre vós grande união e muito amor. Trabalhai com alegria na vinha do Senhor. Quando Deus me levar para o Céu, eu vos hei de ajudar muito lá de cima. Meus queridos pa-dres e irmãos: eu peço a misericórdia a Deus e o perdão ao Superior Geral e a todos vós por todo mau exemplo que eu vos possa ter dado, talvez mais pela minha ignorância do que por má vontade!».

Camilo nascera 64 anos an-tes, a 25 de maio de 1550, na loca-lidade de Bucchianico, nos Abru-zzos. Seu nascimento coroara a felicidade da mãe, Camila, que até os 60 anos de idade não tinha conseguido dar um herdeiro ao esposo João. Apesar de pertencer a uma família nobre e tradicional, desde jovem ele não demonstrou nenhum interesse em seguir os conselhos dos pais. Antes, optou pela vida militar, no intuito de ter mais liberdade para alimentar seus vícios, sobretudo o jogo e a vida mundana. Foi assim que, aos 17 anos, se alistou no exército de Veneza.

Mas nem tudo na vida lhe corria como desejava. Sua pri-meira dor foi a perda do pai, que faleceu quando ele mal completa-ra seis anos. Outro sofrimento que o acompanhou até o fim de sua vida foi o aparecimento de uma dolorosa úlce-ra no pé. A partir daí, as peripécias se sucederam uma à outra. Pela falta de condições financei-ras, não pôde cuidar de sua saúde como queria. Partiu, então, para Roma, onde se

internou no Hospital São Tiago, mantido e dirigido pela Santa Sé, considerado um “depósito” de “incuráveis”. Sem dinheiro para pagar o tratamento, Camilo pre-cisou trabalhar como servente e enfermeiro.

Quando a ferida parecia cica-trizada, ele se engajou no exérci-to da “Liga Santa”, que venceu os muçulmanos no dia 7 de outubro de 1571, na batalha de Lepanto. Em 1573, quase restabelecido eco-nomicamente, mais uma vez, ren-deu-se aos prazeres mundanos e à jogatina. Perdeu tudo o que tinha! Foi, então, para Nápoles pensan-do em se fazer Franciscano.

Mas, ao invés de seguir o que julgava uma salvação, mergulhou novamente na bebida e no jogo. Sem recursos, passou frio e fome, sem um lugar para morar e dor-mir. Deixou Nápoles e foi para Ve-neza. Depois de muito perambu-lar, conseguiu abrigo no convento dos Capuchinhos, onde a graça de Deus foi mais forte do que suas fraquezas. Foi ali que, através da dor e da oração, começou a sua conversão.

Em 1581, quando se sentiu suficientemente recuperado, vol-tou para o Hospital São Tiago, em Roma, decidido a colocar-se intei-ramente a serviço dos enfermos. E percebendo a displicência com que eles tratados pelo pessoal sa-

nitário, em 1582 teve a inspiração de insti-tuir uma companhia de homens piedosos que aceitassem a missão de socorrer os pobres enfermos, sem nenhum outro interesse senão o amor. O Papa Gre-gório XIV reconhe-ceu o grupo como Ordem religiosa, a 21 de setembro de 1591.

Em 1582, aos 32 anos, reto-mou os estudos eclesiásticos sob a orientação de São Felipe Néri, sendo ordenado sacerdote aos 34 anos. No dia 8 de dezembro de 1591, Camilo e seus companheiros – Ministros dos Enfermos – fize-ram a profissão religiosa, incluin-do o quarto voto de serviço aos doentes, ainda que com risco da própria vida.

De acordo com o testemunho de um de seus primeiros compa-nheiros de Congregação, «Camilo via nos doentes a pessoa do próprio Cristo. Muitas vezes, quando lhes dava de comer, pensando serem outros cristos, chegava a pedir-lhes o perdão dos pecados. Mantinha-se diante de-les como se estivesse na presença do Senhor. De nada falava com mais fre-quência e com mais fervor do que da caridade. O seu desejo era imprimi-la no coração de todos os homens».

Por ocasião de uma peste que devastou Roma, embora doente e sofrendo dores horríveis no pé, ia de casa em casa, confortando e socorrendo os enfermos. Por vá-rias vezes, foi visto levando-os às costas até o hospital. Muitos deles recuperaram a saúde pela palavra e pela oração do santo.

Muito doente, em 1607 Cami-lo renunciou ao cargo de Superior Geral de seu Instituto. Faleceu em Roma, no dia 14 de julho de 1614. Enquanto os médicos preparavam seu corpo para o sepultamento, perceberam que a úlcera de seu pé havia desaparecido. Foi cano-nizado pelo Papa Bento XIV, em 1746, e declarado padroeiro dos doentes, juntamente com São João de Deus, pelo Papa Leão XIII, em 1886.

A Diocese de Dourados conta com a presença, em Caarapó, das Irmãs Ministras dos Enfermos, fundadas em 1829, pela bem-a-venturada Maria Domingas Brun Barbantini, sob a inspiração e o zelo de São Camilo.

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A Palavra do Papa

A JMJ 2016 e o Ano da Misericórdia!(Trechos da Mensagem do Papa Francisco para a XXXI Jornada Mundial da Juventude 2016).

Queridos jovens!«Felizes os misericordiosos, porque

alcançarão misericórdia»(Mt 5, 7). Com este tema, a JMJ de Cracóvia 2016 insere-se no Ano Santo da Misericórdia, tornando-se um verdadeiro e próprio Jubileu dos Jovens, a nível mundial. Não é a primei-ra vez que um encontro internacional dos jovens coincide com um Ano Jubilar. De fato, foi durante o Ano Santo da Redenção (1983/1984) que São João Paulo II convocou pela primeira vez os jovens de todo o mundo para o Domingo de Ramos. Depois durante o Grande Jubileu do ano 2000, mais de dois milhões de jovens, provenientes de cerca 165 países, reuniram-se em Roma para a XV Jornada Mundial da Juventude. Como aconteceu nestes dois ca-sos anteriores, tenho certeza de que o Jubileu dos Jovens em Cracóvia será um dos momentos fortes deste Ano Santo.

Talvez algum de vós se in-terrogue: Que é este Ano Jubilar celebrado na Igreja? O texto bí-blico de Levítico 25 ajuda-nos a compreender o significado que tinha um «jubileu» para o povo de Israel: de cinquenta em cinquenta anos, os judeus ouviam ressoar a trombeta (jobel) que os convocava (jobil) para celebrarem um ano santo como tempo de reconciliação (jobal) para todos. Neste período, devia-se re-cuperar uma relação boa com Deus, com o próximo e com a criação, baseada na gratui-dade. Por isso, entre outras coisas, promovia-se o perdão das dívidas, uma particular ajuda a quem caíra na miséria, a melhoria das relações entre as pessoas e a libertação dos escravos.

Jesus Cristo veio anunciar e realizar o tem-po perene da graça do Senhor, levando a boa nova aos pobres, a liberdade aos prisioneiros, a vista aos cegos e a libertação aos oprimidos (cf. Lc 4, 18-19). N’Ele, especialmente no seu Mistério Pascal, reali-za-se plenamente o sentido mais profundo do jubi-leu. Quando, em nome de Cristo, a Igreja convoca um jubileu, somos todos convidados a viver um tempo extraordinário de graça. A própria Igreja é chamada a oferecer, com abundância, sinais da pre-sença e proximidade de Deus, a despertar nos co-rações a capacidade de olhar para o essencial. No-meadamente este Ano Santo da Misericórdia «é o

tempo para a Igreja reencontrar o sentido da missão que o Senhor lhe confiou no dia de Páscoa: ser ins-trumento da misericórdia do Pai» (Homilia nas Pri-meiras Vésperas do Domingo da Misericórdia Divina, 11 de Abril de 2015).

A misericórdia de Deus é muito concreta, e todos somos chamados a fazer experiência dela pes-soalmente. Quando tinha dezessete anos, num dia em que devia sair com os meus amigos, decidi pas-sar antes pela igreja. Ali encontrei um sacerdote que me inspirou particular confiança e senti o desejo de abrir o meu coração na Confissão. Aquele encontro mudou a minha vida. Descobri que, quando abri-

mos o coração com humildade e transparência, podemos contemplar de forma muito concreta a misericórdia de Deus. Tive a certeza de que Deus, na pessoa daquele sacerdote, já estava à minha espera, ainda antes que desse o primeiro

passo para ir à igreja. Nós pro-curamo-Lo, mas Ele antecipa--Se-nos sempre, desde sempre nos procura e encontra-nos pri-meiro. Talvez algum de vós sin-ta um peso no coração e pense: Fiz isto, fiz aquilo… Não temais!

Ele espera-vos. É pai; sempre nos espera. Como é belo encontrar

no sacramento da Reconciliação o abraço misericordioso do Pai, des-

cobrir o confessionário como o lugar da Misericórdia, deixar-nos tocar por

este amor misericordioso do Senhor que nos perdoa sempre!

E tu, caro jovem, cara jovem, já alguma vez sentiste pousar sobre ti este olhar de amor infini-to que, para além de todos os teus pecados, limita-ções e fracassos, continua a confiar em ti e a olhar com esperança para a tua vida? Estás consciente do valor que tens diante de um Deus que, por amor, te deu tudo? Como nos ensina São Paulo, assim «Deus demonstra o seu amor para conosco: quando ainda éramos pecadores é que Cristo morreu por nós»(Rm 5, 8). Mas, compreendemos verdadeira-mente a força destas palavras?

Vaticano, 15 de Agosto – Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria – de 2015.

FRANCISCO

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Vaticano oferecerá consultas gratuitas no Jubileu dos

Doentes

A Igreja é Notícia

Novos movimentos rejuvenescem a Igreja,

diz Cardeal

Hospital em São Paulo sedia exposição sobre Madre Teresa

Papa: a compaixão é, de alguma forma, a alma da

medicina

Segundo o relato, o papa São João Paulo II estava em Baltimore nos Estados Unidos, visitando o seminário de Santa Maria, e quis fazer uma visita, não programada, à capela do Santíssimo Sacramen-to. Os responsáveis pela sua segu-rança percorreram imediatamente

todas as dependências do edifício com cães farejadores, daqueles que ajudam a localizar pessoas em desabamentos de prédios e catástrofes na-turais, a fim de certificar-se de que não houvesse even-tuais indivíduos escondidos no local. Os cães quando chegaram diante do Sacrário, porém, eles pararam e ficaram olhando fixamente, como procedem quando detectam uma pessoa escondida entre escombros. De olhos fixos no Sacrário, eles cheiravam, grunhiam e se recusavam a sair do local. Para eles, havia ali dentro uma pessoa escondida. Os cães só se retiraram depois de receber ordens dos seus responsáveis.

O Hospital Santa Catarina, per-tencente à Associação Congregação de Santa Catarina, sediou desde o dia 6 de junho, a exposição Madre Teresa de Calcutá – Vida, Obra e Espiritu-alidade. A mostra, que já percorreu diferentes países, como Espanha, Inglaterra e Estados Unidos, conta a história da beata que será canonizada em setembro, pelo Papa Francisco, e ficará no hospital até 30 de junho. A entrada é gratuita.

O Vaticano ofereceu consultas gratuitas nas qua-tro basílicas papais (São Pedro, São João de Latrão, São Paulo Fora de Muros e Santa Maria Maior), por ocasião do Jubileu dos Doentes que aconteceu entre os dias 10 e 12 de junho. De acordo com a Rádio Va-ticano, 350 voluntários dedicaram-se em especial aos moradores de rua de Roma, nas áreas de clínica geral, dermatologia, ginecologia e pediatria.

O prefeito da Con-gregação para a Doutrina da Fé o cardeal Gerhard Ludwig Müller, fala so-bre o documento intitula-do “Rejuvenesce Igreja”, que trata dos vários mo-vimentos existentes no meio da Igreja e mostra a importância que o Vati-cano dá à contribuição destas expressões de fé. “Estas novas realidades têm a finalidade de fa-zer rejuvenescer a Igreja, ou seja, são dons para renovar a vida de fé do povo de Deus”, frisou o cardeal em entrevista ao jornal L’Osservatore Romano. O novo documento aborda “a relação entre a hierarquia católica, os seus bispos, e as novas comunidades e movimentos eclesiais” e foi aprovado pelo Papa em março.

O Papa Francisco recebeu em audiência, cerca de 150 diretores das Ordens dos Médicos da Espanha e da América Latina. Para Francisco, uma oportunidade de manifestar reconhecimen-to e gratidão a todos os profissionais da saúde que, no auxílio aos doentes, podem se tornar uma verdadeira personificação da misericórdia. “A identidade e o compromisso do médico não se apoia somente em sua ciência e competência técnica, mas principalmente em sua atitude com-passiva e misericordiosa aos que sofrem no corpo e no espírito. A compaixão é, de alguma forma, a alma da Medicina. A compaixão não é lástima, é padecer-com”, disse ainda Francisco.

O dia em que os cães farejadores detectaram Alguém

vivo no Sacrário!

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Opiniões que fazem opinião

Pe. Crispim GuimarãesPároco da Catedral de Dourados

Todos os brasileiros são estupradoresao país e a reflexão da causa. Na mesma discussão, alguns pontos passaram despercebidos para a maio-ria, exatamente porque os ânimos estão acirrados pelo fato em si, e pela manipulação de alguns, e é nessa perspectiva que certas defesas não ajudam, sendo que a consciência coletiva carece de aprofun-damento reflexivo, em momentos de comoção.

Não sou a favor de baixar a maioridade penal, mas nesta discussão os que hoje acusam a “cultura do estupro” precisariam fazer uma reflexão sobre os menores envolvidos e a criminalidade crescente nesta parcela populacional, assim como, discutir a violência envolvendo o tráfico de drogas, quando a sua libera-ção é tão enfaticamente defendida. Se a problemática do estupro, neste caso, com participação de menores, como ocorreu em maio de 2015, quando quatro me-nores e um adulto torturaram e estupraram quatro adolescentes na cidade de Castelo do Piauí, a 190 km de Teresina, não for amplamente discutida, estamos dizendo que estupro praticado por menores não é tão grave quanto o praticado por adultos.

Homens e mulheres precisam trabalhar juntos para debelar qualquer violência. Obviamente, é pre-ciso discutir o tema do machismo, ainda presente na cultura brasileira, mas a discussão carece ser séria, e não fruto do acirramento dos ânimos e/ou da defesa da causa sem os verdadeiros pressupostos.

“A generalização cria uma guerra dos sexos inútil, que gera desconfiança e perpetua estereótipos: infantiliza as mulheres e despreza suas possibilida-des de resistência ou de mudança de papéis, além de ignorar os inúmeros casos em que os homens são vítimas de violência sexual ou são injustamente acusados de a terem cometido” (Cynthia Semíramis, doutoranda em Direito - UFMG), ou ainda daqueles que não se negam a defender as causas das mulheres nos processos de maiores conquistas e igualdade.

Repito: nada justifica o estupro, nada justifica a violência (contra as mulheres), nada pode justificar que todos os homens paguem pelo erro de alguns, nada justifica que o estupro seja pressuposto para matar crianças! Neste caso, a discus-são não é sobre o fruto do estupro, mas é pretexto para o aborto em vá-rias circunstâncias.

A notícia do “estupro coletivo”, realizado no Rio de Janeiro no final de maio, perpassou todas as residências brasileiras, gerando revolta, falas e ati-tudes as mais variadas. Nada justifica estupros, seja a agressão praticada por uma só pessoa, duas, três ou 30, nenhuma justificativa é aceitável! Nada justi-fica dizer que “a mulher estava com roupas de pros-titutas”, pois, quando um homem está sem camisa ou usando short, ele está insinuando que deseja ser estuprado? É óbvio que não! Nada apagará da vida dessa jovem o trauma sofrido. Por isso, tudo deve ser feito para evitar novos casos de estupros e violência contra mulheres.

Na mesma velocidade com que correram a notícia e as manifestações de solidariedade, correu igualmente o desserviço em usar a vítima como bode expiatório de ideologias que promulgam as mais variadas aberrações. Utilizando-se da desgraça da adolescente, logo apareceram os pseudos sociólogos, filósofos, defensores..., a clamar a imediata adoção do aborto como meio de debelar esse mal. Em várias entrevistas, a acusação: “No Brasil existe uma cultu-ra do estupro”, implicitamente se afirmava: “Os ho-mens brasileiros são estupradores”.

É imoral usar a desgraça e a dor alheia para emplacar temas como o aborto, e acusar metade da população de crimes que ela não cometeu. Não passou despercebido a militância de certa parte da imprensa, quando, por exemplo, no dia seguinte ao ocorrido, mostrou uma jovem que fez uma manifes-tação com cartazes oriundos de várias pessoas, em muros da capital paulista, manifestação justa se a causa fosse a violência praticada contra mulheres, no entanto, a primeira fala sobre o fato não foi sobre a dor da vítima, mas a defesa do feticídio.

Discutir o tema da violên-cia contra a mulher, e mais, da

violência contra todos os bra-sileiros – é urgente, já que aproximadamente 60 mil brasileiros (homens e mu-lheres) são assassinados todos os anos – mas fra-cionar uma causa ideo-

lógica, aproveitando-se da dor e desalento de

pessoas fragiliza-das, instrumen-talizando-as, é um desserviço

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Círculos Bíblicos

Acolhida: Preparar o crucifixo, a Bíblia, um mapa mundo, etc.

Animador/a: Irmãos e irmãs sejam todos bem-vindos ao nosso encon-tro. Queremos viver juntos mais um momento, alimentados pela Palavra de Deus e pela carta encí-clica do nosso Papa. Invoquemos a Trindade Santa em nosso meio can-tando: Em nome do Pai...

ABRINDO OS OLHOS PARA VERCanto inicial: Louvado seja meu Senhor.

Animador/a: Queremos hoje nos colocar em comunhão entre nós, com nosso Papa Francisco e com todo o planeta Terra, nossa Casa comum. Nossa reflexão será con-duzida pelas palavras do Papa Francisco, com sua Encíclica “Lau-dato si”.

Leitor/a 1: Depois da criação do ho-mem e da mulher diz-se que “Deus viu tudo quanto tinha feito, e era muito bom”. (N.65 Laudato si)

Leitor/a 2: “As narrações da criação no livro do Gênesis ensinam que a existência humana se baseia sobre três relações fundamentais inti-mamente ligadas: as relações com Deus, com o próximo e com a ter-ra” (N. 65 Laudato si).

Animador/a: Rezemos em dois grupos a Oração pela nossa Terra.A: Deus onipotente, que estais presente em todo o universo e na mais pequenina das vossas criatu-ras, Vós que envolveis com a vossa ternura tudo que existe, derramai em nós a força do vosso amor, para cuidarmos da vida e da beleza. B: Inundai-nos de paz, para que vivamos como irmãos e irmãs, sem prejudicar ninguém. A: Ó Deus dos pobres, ajudai-nos a

resgatar os abandonados e esqueci-dos desta terra que valem tanto aos vossos olhos.B: Curai a nossa vida, para que protejamos o mundo e não o depre-demos, para que semeemos beleza e não poluição nem destruição.A: Tocai os corações daqueles que buscam apenas benefícios à custa dos pobres e da terra.B: Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa, a contemplar com encanto, a reconhecer que estamos profundamente unidos com todas as criaturas, no nosso caminho para a vossa luz infinita.A: Obrigado porque estais conosco todos os dias. Sustentai-nos, por favor, na nossa luta pela justiça, o amor e a paz (Papa Francisco).Todos: Amém

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: A harmonia entre o Criador, a humanidade e toda a criação foi destruída por ter-mos pretendido ocupar o lugar de Deus, recusando reconhecer-nos como criaturas limitadas.Canto: Buscai primeiro.

Leitor/a 3: Leitura do livro de Gn 2, 8-16.

Leitor/a 1: A terra existe antes de nós e foi-nos dada. Esta responsa-bilidade perante uma terra que é de Deus implica que o ser humano, dotado de inteligência, respeite as leis da natureza e os delicados equi-líbrios entre os seres deste mundo.

Leitor/a 2: Dizer “criação” é mais do que dizer natureza, porque tem a ver com um projeto do amor de Deus, onde cada criatura tem um valor e um significado. A criação é um dom que vem das mãos abertas do Pai de todos, como uma reali-dade iluminada pelo amor que nos chama a uma comunhão universal. (Papa Francisco).

Leitor/a 3: A criação pertence à or-dem do amor. O amor de Deus é a razão fundamental de toda criação: “Sim, amas tudo o que existe e não desprezas nada do que fizeste; por-que, se odiasse alguma coisa, não a terias criado” (Sb 11, 24).

PARTILHANDO A PALAVRAAnimador/a: Este texto do Livro do Gênesis nos ajuda a amar a Criação e as criaturas.

a) Como é meu relacionamento com as criaturas? Sinto-me parte de uma Criação de Deus, feita com harmonia e amor?b) Minhas atitudes quotidianas co-laboram no cuidado da Terra, nos-sa casa comum?

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: Cada criatura é obje-to da ternura do Pai que lhe atribui um lugar no mundo.Rezemos uma dezena do terço para que tenhamos atitudes práti-cas com a criação.

ASSUMINDO A PALAVRAc) Nesta semana, façamos o propó-sito de respeitar a natureza no uso equilibrado de detergentes, de água e na coleta diferenciada do lixo.

BÊNÇÃO FINALAnimador/a: Que o Criador nos abençoe: Pai...

Canto final

1º EncontroCuidar do planeta Terra, nossa casa comum

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2º Encontro“Só jogue na água do rio o que peixe pode comer!”

Círculos Bíblicos

Acolhida: Preparar Bíblia, vela, flo-res e jarra com água.

Animador/a: Sejam todas e todos bem vindos em nome de JESUS, “fonte de água viva!” Cantemos o Sinal da Cruz.

Canto inicial: “Eu te peço desta água...

Animador/a: Não há vida sem água! Água é um bem precioso. É dom de Deus; indispensável para todo ser vivo! Cuidemos da água, antes que seja tarde demais! Diz o ditado: “Quando a fonte está seca, sabemos o valor da água!”

Todos: “Louvado sejas, meu Se-nhor, pela irmã água, preciosa e casta; tão útil e boa! Louvado se-jas, meu Senhor, pelas águas cris-talinas, pelos rios e nascentes, dá-divas do Senhor!”

ORAÇÃO“Glória pelas águas”

Leitor/a 1: Glória a Deus que fez a água; paz a quem a conservou!Todos: Glória a Deus que fez o rio; paz a quem não o secou!

Leitor/a 1: Glória a Deus pelo ria-cho; paz a quem não o sujou!Todos: Glória a Deus pela nascen-te; paz a quem a preservou!

Leitor/a 1: Glória a Deus pela irmã chuva; paz para quem a estocou!Todos: Glória a Deus que fez a mata; paz a quem não a queimou!

Leitor/a 1: Bendita a nação que não desperdiçou, mas respeitou:Todos: As águas que Deus lhe deu!

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: Nós somos água! O nosso corpo é como nosso planeta: setenta por cento é água!

Leitor/a 2: Noventa e sete por cen-to da água do planeta é salgada. Apenas três por cento é água doce! Doze por centro desta água doce da terra está no Brasil. Somos aben-çoados por Deus!

Animador/a: Não nos falta água. O que nos falta, sim, é o cuidado pela água! É bom sempre lembrar:Todos: A água não precisa de nós. Somos nós que precisamos da água para sobreviver!

Leitor/a 2: O Bioma Cerrado (a maior parte de Mato Grosso do Sul é Cerrado) é uma CAIXA de ÁGUA! É o maior manancial de ÁGUA DOCE subterrâneo do mundo; um verdadeiro oceano sob nossos pés! Mas o Bioma Cerrado está ameaçado! Está com seus dias contados, por causa de desmata-mento, agronegócio e agrotóxicos! É permitido cruzar os braços? Nin-guém reage?

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: Água é um elemento indispensável para a vida! É direito universal de todo ser humano! No entanto, ela falta muitas vezes para os pobres e indigentes, já com a língua seca de sede. Deus promete transformar terra seca em rios e o deserto em jardins: o novo paraíso terrestre!

Canto de Aclamação: “É como a chuva que lava...”

Leitor/a 3: Leitura do livro do Pro-feta Isaías 41, 17-20 (proclamar 2 ve-zes).

a) O que chamou mais sua atenção neste texto? Por quê? b) “Só jogue na água do rio o que peixe pode comer!” Comente!

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: Quando beberes água, lembra-te da FONTE! Esta fonte é JESUS!

Todos: “Se alguém tem sede, ve-nha a mim! Aquele que acredita em mim, beba! Do seu seio vão jorrar rios de água viva!” (Jo 7,38).“Para quem tiver sede, eu lhes da-rei de graça da fonte de água viva!” (Ap 21, 6).

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

ASSUMINDO A PALAVRALeitor/a 2: Faça sua parte! Quem ama, também cuida! - Denuncie a poluição de nossos rios;- preserve ou recupere nascentes de água;- Não jogue lixo nos córregos;- Evite desperdício de água;- economiza água no banho;- faça uma cisterna para guardar água da chuva!c) O que eu vou fazer?

Todos: Colher a água, reter a água; guardar a água, quando a chuva cai do céu! Guardar em casa, também no chão; e ter a água, se vier a pre-cisão! É coisa linda! Ao Senhor, a nossa gratidão!

BÊNÇÃO DA ÁGUAAnimador/a: Que Deus, que é fon-te de vida, abençoe esta água, dá-diva da natureza! E também a nós, seus filhos e filhas! PAI

Canto (tomar água abençoada)

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3º EncontroEspiritualidade Ecológica

Círculos Bíblicos

Acolhida: Preparar ambiente com altar da Palavra. Aos pés do altar plantas ou folhagens.

Animador/a: Irmãos, sejam todos bem vindos a este nosso encontro semanal. Nosso olhar segue a pro-posta da Igreja para os cuidados com a natureza. Iniciemos invocan-do a Santíssima Trindade.

Canto: Bom é poder estar aqui...

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: A Igreja se preocupa com as questões da humanidade. Inclusive com a questão ecológi-ca, o cuidado da natureza, reser-vas naturais. Tanto na Campanha da Fraternidade deste ano, quanto em documentos oficiais da Igreja, a preservação da “casa comum” é assunto de importante relevância.

Leitor/a 1: O Papa Francisco, chamou a atenção do mundo ao publicar a Encíclica “Laudato Si” que trata de forma direta e profunda da questão da ecologia. Somos todos responsá-veis e devemos preservar a “casa co-mum”, onde vivem todos os povos.

Leitor/a 2: “São Francisco, fiel à Sagrada Escritura, propõe-nos re-conhecer a natureza como um livro esplêndido, onde Deus nos fala e transmite algo da sua beleza e bon-dade: na grandeza e na beleza das criaturas, contempla-se, por analo-gia, o seu Criador” (Laudato Si 12)

Todos: Nós Vos louvamos, Pai, com todas as vossas criaturas, que saíram da vossa mão podero-sa. São vossas e estão repletas da vossa presença e da vossa ternura. Louvado sejais!

Canto: Obrigado Senhor, porque és meu amigo...

ORAÇÃO INICIALAnimador/a: Louvemos o Senhor

que tudo criou para nosso bem:Todos: Obras do Senhor, louvai-O e exaltai-O eternamente.

Leitor/a 1: Céus, Anjos do Senhor, águas e tudo o que está sobre os céus, bendizei o Senhor!Leitor/a 2: Sol e lua, estrelas do céu, chuvas e orvalhos, bendizei o Senhor!Leitor/a 3: Ventos, fogo e calor, frio e geada, bendizei o Senhor!Leitor/a 1: Noites e dias, luz e tre-vas, raios e nuvens, bendizei o Se-nhor!Leitor/a 2: Montes e colinas mares e rios e tudo o que germina sobre a terra, bendizei o Senhor!Leitor/a 3: Animais que vivem nas águas e os pássaros todos do céu, bendizei o Senhor!

Canto: Senhor que vieste salvar...

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: A Campanha da Fra-ternidade deste ano nos convoca para a promoção da justiça como uma fonte que não seca. Prepare-mos o nosso coração para acolher a Palavra de Deus.

Canto: Palavra de salvação.

Leitor/a 1: Leitura do Livro do Pro-feta Amós 5, 21-24 Animador/a: A Deus agrada mais a nossa conversão interior do que as aparências ou palavras vazias, sem compromisso com a retidão do co-ração.

PARTILHANDO A PALAVRALeitor/a 1: Os nossos ritos e cele-brações têm como finalidade nos aproximar de Deus, desde que haja sinceridade em nosso coração e verdade em nossos atos. Do con-trário, o Senhor aborrece as nossas orações.

Leitor/a 2: Essa reta intenção, que

brota do coração, exige cuidado com os irmãos, zelo e preservação da natureza e respeito à criação. Que atitudes devemos adotar para contribuir efetivamente com o bem comum, para agradar a Deus?

Leitor/a 3: Estamos, como protago-nistas do bem comum, adotando atitudes individuais e comunitá-rias que defendem a natureza e fortalecem a consciência do dever de cada um, diante do Criador e da sua criatura?

Animador/a: O Papa Francisco nos convida a uma “espiritualidade ecológica” que brota na convicção de fé. É necessário sairmos da pas-sividade das ideias e passarmos à ação concreta. Francisco denomina essa atitude de “conversão ecológi-ca”.

Canto: A Barca

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: Rezemos com o Papa Francisco: Todos: Nós Vos louvamos, Pai, com todas as vossas criaturas, que saíram da vossa mão podero-sa. São vossas e estão repletas da vossa presença e da vossa ternura. Louvado sejais!

ASSUMINDO A PALAVRAAnimador/a: Em peregrinação rumo à eternidade, vamos assumir a responsabilidade no cuidado da casa que nos foi confiada. Cami-nhamos nesta terra à procura de Deus, porque, «se o mun-do foi criado, procu-ra quem o criou, procura quem lhe deu início, aque-le que é o seu Criador». (LS 244).

BÊNÇÃO FINALCanto Final e abraço da paz.

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Círculos Bíblicos

4º EncontroTer o necessário para se viver com dignidade

Acolhida: Preparar o crucifixo, a Bíblia, flores, etc.

Animador/a: Irmãos e irmãs sejam todos bem-vindos ao nosso encon-tro. Vivamos juntos mais uma vez, alimentados pela sabedoria da Pa-lavra de Deus, que acresce a nossa fé. Invoquemos a Trindade Santa em nosso meio: Em nome do Pai...

ABRINDO OS OLHOS PARA VERCanto inicial: à escolha.

Animador/a: Queremos hoje con-tinuar nossa reflexão, acompa-nhados pelas palavras do nosso Papa Francisco, em sua Encíclica “Laudato si”. A Campanha da Fraternidade deste ano nos convi-dou ao respeito pela “Mãe Terra”. Não poderemos salvar nossa “casa comum” se não responderemos a este apelo: “Apontar para outro es-tilo de vida” (Papa Francisco).

Leitor/a 1: “Dado que o mercado tende a criar um mecanismo consu-mista compulsivo para vender os seus produtos, as pessoas acabam por ser arrastadas pelo turbilhão das compras e gastos supérfluos” (cap. 6 Laudato si).

Leitor/a 2: Rezemos com a Oração da CF 2016Todos: Deus da vida, da justiça e do amor, Tu fizeste com ternura o nosso planeta, morada de todas as espécies e povos. Dá-nos assu-mir, na força da fé e em irmandade ecumênica, a corresponsabilidade na construção de um mundo sus-tentável e justo, para todos. No

seguimento de Jesus, com a Alegria do Evangelho e com a opção pelos pobres. Amém

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: Retorna à linha pro-posta na “Alegria do Evangelho”: «A sobriedade, vivida livre e cons-cientemente, é libertadora», bem como «A felicidade exige saber limitar algumas necessidades que nos entorpecem, permanecendo assim disponíveis para as muitas possibilidades que a vida oferece»; desta forma torna-se possível « vol-tar a sentir que precisamos uns dos outros, que temos uma responsabi-lidade para com os outros e o mun-do, que vale a pena sermos bons e honestos».

Canto: Fala Senhor, fala Senhor, palavras de fraternidade...

Leitor/a 3: Leitura do livro de Pr 30, 7-9.15 (ler duas vezes)

Leitor/a 1: Na leitura, Agur podia ter pedido sabedoria para saber como usar a riqueza, mas conhecia bem a sua fraqueza nesta área. Al-guns sabem qual é seu “ponto fra-co” a esse respeito; por isso, não é covardia fugir para ser vitorioso.

Leitor/a 2: São coisas que nunca satisfazem, para quem não tem au-tocontrole.

Leitor/a 3: “Acho que São Francisco de Assis é o exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade. É o santo padroeiro de todos os que estudam e trabalham no campo da ecologia, amado também por muitos que não são cristãos. Manifestou uma atenção particular pela criação de Deus e pelos mais pobres e aban-donados. Amava e era amado pela

sua alegria, a sua dedicação gene-rosa, o seu coração universal. Nele se nota até que ponto são insepará-veis a preocupação pela natureza, a justiça para com os pobres, o empe-nho na sociedade e a paz interior” (Papa Francisco).

PARTILHANDO A PALAVRAAnimador/a: Este texto do Livro dos Provérbios nos ajuda a enten-der e a pedir sabedoria no uso das coisas.

a) Como é meu relacionamento com as coisas? Agradeço a Deus por tudo o que tenho, ou desejo ter sempre mais?b) Consigo partilhar meus bens ou as coisas me afastam dos meus ir-mãos?c) Sinto em mim a mesma atitude de Agur para pedir o necessário, “nem indigência nem riqueza”?

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: Peçamos ao Espírito Santo que nos dê sabedoria, para pedirmos a Deus o necessário para nossas vidas e saibamos adminis-trar com gratidão, generosidade e responsabilidade o que recebemos do nosso Senhor. Rezemos: Todos: Vinde, Espírito Santo...

ASSUMINDO A PALAVRAd) Façamos o propósito de não desperdiçar alimentos e coisas em geral e de vigiar sobre o nosso uso das coisas pessoais.

BÊNÇÃO FINALAnimador/a: Agradecendo a Deus pela nossa pequena comunidade, pedimos que Ele derrame suas bênçãos sobre todos nós e nossas famílias. Abençoe-nos Deus mise-ricordioso. Pai...

Canto final: Louvado seja meu Se-nhor.

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Pergunte e Responderemos

Dom Redovino Rizzardo, csBispo Emérito

Martinho Lutero

Envie sua pergunta para: [email protected]

«Em 2017, completam-se 500 anos da Reforma Protestante. Quando eu era jovem, os padres ensinavam que Lutero era um traidor. Agora, leio num jornal que o Papa Francisco participará do aniversário da Reforma. Se for ver-dade, não entendo mais nada!» (Fernando Albuquerque).

Prezado Fernando, penso que não seja apenas você que tem dúvidas. Vamos por etapas. Primeira-mente, é fato aceito por todos que, em 1517, quando Lutero iniciou seu movimento renovador, a Igreja Ca-tólica passava por uma grave crise, precisando de pro-funda reforma, se quisesse corresponder ao sonho de Jesus. Há séculos se falava disso, mas pouca gente to-mava a sério a sua realização. Uma reforma que devia começar “no alto” – pois não poucos papas e bispos, mais do que pastores, eram líderes políticos e milita-res – e atingir toda a população, que – quantas vezes! – mais do que pelo Evangelho, era “sustentada” por uma fé que beirava à crendice, à magia e à superstição.

Juntamente com Lutero – para só ficar no Sécu-lo XVI – foram inúmeros os santos que lutaram por uma Igreja mais autêntica. Dentre eles, o Papa Pio V, Carlos Borromeu (a quem se deve, em grande parte, a realização do Concílio de Trento), Teresa de Ávila, Felipe Neri, Francisco Xavier, Inácio de Loyola e mui-tos outros que, diferentemente de Lutero, preferiram renovar a Igreja santificando-se e permanecendo nela.

Martinho Lutero (1483/1546) era monge alemão e professor de teologia. Abalado internamente por cri-ses de fé e externamente pela simonia que percebia na “venda” das indulgências e na “compra” de cargos eclesiásticos, no dia 31 de outubro de 1517, publicou na porta da igreja do Castelo de Wittenberg as famo-sas 95 teses com que rompeu com a Igreja de Roma e deu origem ao Protestantismo.

Em seu primeiro número de 2016, a revista evangélica brasileira “Ultimato” – por sinal, sempre equilibrada e serena – fez esta pergunta ao Pe. Elias Wolf, perito em ecumenismo e diálogo religioso: «Em-bora tenha provocado uma divisão no cristianismo, a Refor-ma Protestante do século 16 foi um desastre na história da

Igreja ou uma bênção para ela?».Sábia e concisa foi a res-

posta do religioso: «Nem de-sastre, nem bênção. Pelos fatores de divisão que porventura possa significar, nem tudo na reforma do século 16 pode ser considerado uma bênção; pelos valores que ela apresenta, não pode ser considera-da como um desastre na história da Igreja. O fato é que há fatores

humanos na Reforma do século 16, e, em tudo o que há de humano, a graça e o pecado se manifestam concomitante-mente. O fundamental hoje é não culpar um ou outro lado que participou dos eventos originados da Reforma. O im-portante é identificar os elementos da Reforma do século 16 que podem ser úteis para todos os cristãos de hoje. Na medi-da em que esses elementos contribuem para a comunhão na fé de todos os cristãos, eles são hoje uma bênção».

No dia 17 de junho de 2013, o Centro Ecumê-nico de Genebra apresentou um documento sobre as comemorações de 2017, preparado pela Presidên-cia da Federação Luterana Mundial, com o apoio do Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Dele são estas palavras: «Se luteranos e católicos se focarem juntos na centralidade da questão de Deus e do cristocentrismo, então uma comemoração ecumênica da Reforma se torna possível, não apenas no sentido pragmático, mas também no sentido profundo da fé no Cristo crucificado e ressuscita-do, que Lutero fez novamente resplandecer». Palavras que mereceram o seguinte comentário do Papa Francisco: «Nessa ocasião, luteranos e católicos terão a possibilidade, pela primeira vez, de compartilhar uma mesma comemora-ção ecumênica em todo o mundo, não na forma de uma cele-bração triunfalista, mas como profissão da nossa fé comum no Deus Uno e Trino».

Ultimamente, em ambas as partes – católica e luterana – percebe-se o desejo de reassumir a Refor-ma de 1517, partindo de uma vivência mais radical do Evangelho, capaz de nos fazer “saborear” a maravi-lhosa realidade: «Vós sois todos irmãos, pois um só é o vosso Pai» (Mt 23, 8-9).

Para tanto, um dos primeiros passos a dar é o perdão mútuo. Foi o que fez o Papa Francisco no fi-nal da semana de orações pela unidade dos cristãos deste ano, em Roma, quando pediu «perdão pelo com-portamento nem sempre evangélico de católicos perante os cristãos de outras igrejas». Mas, ao mesmo tempo, pediu aos católicos que perdoassem as perseguições sofri-das.

Além do perdão, o que constrói a comunhão é a capacidade de descobrir o positivo que há nas demais Igrejas Cristãs. Era o que ensinava o Papa São João 23: «É muito mais o que nos une do que o que nos separa».

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Ângela AbdoCoordenadora do grupo de mães que

oram pelos filhos da Paróquia São Camilo de Léllis (ES) e assessora no Estudo das

Diretrizes para a RCC Nacional

Aqui em casa há uma placa que ganhei da minha irmã: “Na casa dos avós tudo pode”. No início pensei que seria deseducador, mas, com o tempo, senti que os meus netos se sentiam orgulho-sos com o grau da sua importância para nós. Tudo pode quando eles vêm apenas para passear e não te-mos a função de educá-los; justamente por isso, fica fácil ser conselheiro, companheiro e contribuir para o desenvolvimento emocional e espiritual. O “do-mingo” para os netos é dia de diversão, quando po-dem experimentar e misturar alimentos, tais como batata com leite condensado e comer apenas arroz, porque é o que gostam, mas sem valor nutritivo.

Num mundo conturbado, onde os pais preci-sam trabalhar para garantir o “melhor” para seus filhos, muitos avós assumem a responsabilidade de ficar com os netos durante a jornada de trabalho de seus filhos.

O tempo de convivência diária e o tipo de relação definem a forma de relacionamento. A res-ponsabilidade cotidiana tem uma forma de trata-mento diferente de quem ajuda temporariamente, porque, nesses casos, os avós assumem o papel de educadores. É preciso também ter regras diferen-tes, para os casos de apoio enquanto os pais traba-lham ou quando os avós assumem integralmente a responsabilidade parenteral, em caso de morte ou abandono dos pais.

Para os avós, os efeitos positivos dessa convi-vência é que rejuvenescem, sentem-se alegres, reen-contram sua utilidade e objetivos de vida. Os efeitos negativos aparecem quando se sentem explorados

e sobrecarregados física e economicamente. Em al-guns casos, os conflitos entre modelos educacionais causam crises entre os pais e avós, que requer um diálogo para definir as bases da educação.

Para estudar ou trabalhar, deixar os filhos com pessoas que confiam, com laços de parentes-co e de amor, propicia tranquilidade na maioria dos casos. Os impactos negativos surgem quando as culturas das famílias são muito diferentes e conflitantes ou por imaturidade dos avós que querem competir com os pais pelo amor da criança.

As crianças são beneficiadas, porque convivem com gerações diferentes, aprendem a valorizar os idosos, mantém o sentimento de pertença familiar, sentem facilidade de negociação com os avós, pois teoricamente, pela idade, já estão mais maduros para definirem as prioridades do que podem ceder ou não. Os estudos mostram que os avós, mesmo que não possuam formação escolar adequada, forneces-sem valores sólidos, apoio emocional e se esforçam para garantir a felicidade dos netos, o que impacta positivamente na vida escolar e afetiva deles. Por ou-tro lado, é preciso um alerta para não ter uma educa-ção permissiva, conflitiva, mimada ou de compensa-ção pela falta dos pais.

Hoje, os avós têm um papel importante na educação dos netos diante da realidade dos pais trabalharem fora

Vida em família

A influência dos avós na educação dos netos

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Até recentemente quando o padre Leão Pedro, ainda era vigário paroquial da Ca-tedral, através do Bispo, foi lhe dada a incum-bência da Capelania Hospitalar. Desta forma, sempre procurou, na medida do possível, dar assistência a todos os hospitais do município de Dourados, no entanto, com sua transferên-cia e nomeação como pároco da Paróquia São Carlos, não lhe foi mais possível dispor do mes-mo tempo para realizar tais visitas. Por isso, as pessoas que tiverem um familiar hospitalizado, que precisa receber o sacramento da Unção dos Enfermos, ou mesmo a Reconciliação, pode ter claro que a Igreja Católica realiza sua assistên-cia aos hospitais da cidade e que o responsável pelo internado pode seguir nestes modos:

Faz-se o contato com a paróquia a qual o internado pertence, pedindo que um padre da mesma faça a visita. Porém, se acontecer de, mesmo depois de contatar o padre da Paróquia da pessoa que está enferma, não lhe foi possível receber a assistência sacramental, contate-se com as paróquias que estão escaladas para tal assistência na cidade (confira a lista a baixo)

Hospital Evangélico: Paróquia São João Batista – Fone: 3425-8091Paróquia Santo André – Fone: 3423-1226Hospital da Vida: Paróquia São Carlos – Fone: 3422-6767Paróquia São Francisco – Fone: 3422-1244Hospital Cassems: Paróquia Nossa Sra de Fátima – 3424-4086Paróquia Santa Teresinha – Fone: 3424-

7982

Hospital Santa Rita: Paróquia São José Operário – Fone: 3421-7653Hospital do Coração: Paróquia Imaculada Conceição/Catedral –

3422-2272Hospital Universitário (HU): Paróquia Bom Jesus – Fone: 3426-0220Paróquia Sagrado Coração de Jesus –

Fone: 3426-9913Ainda que feito os devidos contatos, atra-

vés das paróquias e telefones, acima indicados, e não conseguindo agendar a visita com o sa-cerdote responsável, pode então entrar em con-tato com o padre Leão Pedro (Par. São Carlos), e o mesmo fará o possível para dar a assistência necessária.

Vale a pena esclarecer que todo hospital possui uma pessoa para dar assistência social e apoio às famílias daqueles que estão interna-dos, e aos que não possuem condições financei-ras para prover pouso e alimentação:

1) Enfermeira Clara 3410-0000 (CASSE-MES);

2) Luiza 3416-4700 (Hospital do Coração); 3) Marilda e Marli 3420-7800 R-211 (Hos-

pital da Vida); 4) Vanderli 3416-7800 (Hospital Evangélico); 5) Simara 3410-3026 (Hospital Universitá-

rio); 6) Diego 2108-8869 (Hospital Santa Rita). Faz-se necessário também que as Paró-

quias tenham a Pastoral da Visitação aos En-fermos, pois essa pastoral é de suma importân-cia e, é bom que façam parte da pastoral, os(a) Ministros(a) Extraordinários(a) da Comunhão Eucarística, para levarem o Sacramento da Co-munhão aos enfermos que solicitarem, e assim estarão atendendo à recomendação de Jesus que diz: “Estive doente e fostes me visitar” (Mt 25,36).

Equipe Elo

Capelania Hospitalar em Dourados

A Igreja em serviço

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A Diocese em Revista

Me chamo Bruno e sou seminarista da diocese de Dourados. Estou termi-nando o curso de Teologia em Roma. No dia 03 de junho, dia do Sagrado Co-ração de Jesus, depois da missa presidida pelo Papa Francisco, na praça São Pe-

Seminarista de nossa Diocese saúda o Papadro, no Vaticano, tive a graça de cumprimentar o Santo Padre. Foi tudo muito rápido, pude dizer a ele que sou um seminarista brasileiro, que partici-po do Movimento dos Focolares, que estou muito contente com o seu pontificado e que rezo sempre por ele. O momento mais profundo foi poder olhar nos olhos do Papa e me sentir acolhido e encoraja-do. São instantes que eu não me esquecerei jamais.

X Congresso Mariológico: Maria na Liturgia e na piedade popular

Aconteceu nos dias 02 a 05 de Junho no Santuário Nacional de Aparecida o X Congresso Mariológico com o tema: Maria na Liturgia e na piedade popular. Temas relevantes foram abordados como: “O culto e a devoção Mariana na história da Evan-gelização da Igreja no Bra-sil”; A construção das Dioce-ses no olhar do povo a Maria;

Maria no contexto da Evangelização da Igreja à luz do Concílio Vaticano II e Maria no Documento de Paulo VI Marialis Cultus; Maria ao longo do Ano Li-

túrgico e Aparecida na liturgia e na piedade popu-lar dentre tantos outros.

O Congresso é promovido pela Academia Ma-rial do Santuário Nacional de Aparecida, em parce-ria com a Faculdade Dehoniana e CNBB com apoio do Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis.

Leni Orlandini, membro da Comissão Dioce-sana de Liturgia da Diocese de Dourados, que lá esteve presente, relata que: “Viver esse Congresso foi pra mim uma renovação na fé, na doutrina e na espiritualidade mariana por meio de Maria. Difícil descrever em poucas palavras a grandeza do even-to. Deixou saudade na alma, maior devoção a Maria e um amor imenso pela liturgia.”

4ª Jornada Nacional da Infância e Adolescência MissionáriaAconteceu nos dias 27 28 e 29 de maio, na

Diocese de Umuarama, na cidade de Umuarama no estado do Paraná, a 4ª Jornada Nacional da Infância e Adolescência Missionária! Nesta jornada, em que celebramos os 173 anos de fundação desta Obra Pontifícia, inspirada por Dom Carlos Forbin Janson, contamos com a presença do Padre André Luiz de Negreiros, nosso secretário nacional, nos diz que “celebrar a Jornada Nacional da IAM é endossar o carisma da Obra que dá indicativos de educar as crianças e adolescentes, para o mundo que apresenta muitos desafios em suas realidades. Deus abençoe todos os grupos que se envolvem nesta linda experiência”

Do Regional oeste I tiveram

presente três dioceses: Arquidiocese de Campo Grande , Diocese de Dourados e a Diocese de Navirai.

No âmbito de fazer um link, tento em vista que nos dias 11 e 12 de junho teremos um encontrão em Campo Grande, contamos com a presença das sete dioceses do nosso Regional, para que juntos

possamos somar forças, para reavivar e reanimar a IAM do nosso Estado.

Em Nossa Diocese de Dourados estamos reorganizando a coordenação Diocesana, pedimos para aquelas paróquias que tiverem o grupo da Infância e Adolescência Missionária entrem em contato com o seminarista Cristiano pelo celular 9608-0575.

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“É preciso investir na metodologia catequética, evi-tando improvisações e empiris-mo” (cf. Catequese Renova-da n.110)

Como é do conheci-mento de todos, a nossa dio-

cese tem a alegria, em ter parceria com a FAJOPA – Faculdade João Paulo II, de Marília, SP – de ofe-recer um curso de Pós-Graduação – lato sensu, em Pedagogia Catequética.

Diante da urgência e importância de uma metodologia adequada para a eficácia de uma ver-dadeira Pastoral Catequética, peço que cada paró-quia escolha e envie um catequista, de preferência o coordenador (a) paroquial, para fazer este curso, oferecido em nossa casa diocesana, IPAD. Algu-mas informações importantes sobre o Curso:

Público alvo: Portadores de diploma de gra-duação, ou equivalente, que pretendem exercer ati-vidades docentes e educativas; ou que exerçam ati-vidades eclesiais catequéticas ou de evangelização.

Professores: Especializados na área do qua-

A Diocese em Revista

Encontro Diocesano de CEBs

Pedagogia Catequéticadro dos professores da FAJOPA (mestres e douto-res) e convidados de outras instituições.

- Inscrição: Período de 06/05 a 30/06 pelo site www.fajopa.edu.br/posgraduacao R$ 295,00 pago por boleto bancário, com vencimento em 08/07.

Informações tais como: Documentos para inscrição, Investimento, períodos, local do Cur-so, possibilidade hospedagem no local. O contato pode ser feito através de: [email protected], celular do pe. Wilson: (67) 8414-8382.

Obs. Para iniciar o curso, há necessidade de no mínimo 40 vagas. Sem esse número ficará in-viável os custos do mesmo.

Queridos párocos e vigários, diáconos e irmãs incentivemos nossas lideranças a essas novas forma-ções, para melhor servir a nossa diocese. A formação é algo permanente em nossas vidas e na vida de nos-sas lideranças.

Deus abençoe a todos e obrigado por tudo!

D. Henrique A. de Lima, CSsR Bispo diocesano de Dourados-MS

Aconteceu nos dias 13 a 15 de maio de 2016, na paróquia de Santo André mais um Encontro Diocesano das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) com o tema: “CEBs e Mundo Urbano”. Este Encontro foi assessorado por Padre Francisco de Aquino Junior, da Diocese de Limoeiro do Norte - Ceará, professor de Teologia na Faculdade Católica de Fortaleza. Participaram aproximadamente 100 pessoas, vindas das Dioceses de Campo Grande, Jardim, Três Lagoas e Naviraí, e principalmente da Diocese de Dourados.

Refletiu-se que o Brasil tornou-se um mundo urbano; 84% da população brasileira mora hoje nas cidades e apenas 16% no campo. Muita gente saiu do interior e veio para a cidade, que por sua vez, não estava preparada para receber tanta gente. Muitas pessoas acabam se amontoando nas periferias sem quase nenhuma infra-estrutura, abandonadas à própria sorte. A desigualdade, fruto de uma série de fatores como, individualismo, consumismo, capitalismo selvagem e falta de serviços básicos. Há, com certeza, na cidade valores reconhecidos e características positivas. Diz o Papa Francisco: “Refiro-me à sabedoria dos bairros populares. Uma sabedoria que brota da obstinada resistência daquilo que é autêntico, de valores evangélicos que a sociedade opulenta, entorpecida pelo consumo desenfreado, parecia ter esquecido!

Mas estas manifestações de valores evangélicos não significam, de forma alguma, ignorar a terrível injustiça da marginalização urbana. São as feridas provocadas pelas minorias que concentram o poder, a riqueza e esbanjam egoisticamente, enquanto a crescente maioria deve refugiar-se em periferias abandonadas, contaminadas, descartadas.” (Nairobi - Quénia - 27/11/2015).

Como ser Igreja de Jesus nas periferias onde falta o mínimo para se viver dignamente? A preocupação nossa, de cristãs e cristãos, não pode ser de trazer mais gente apenas para encher nossas Igrejas. Papa Francisco nos pede ser uma “Igreja em saída para as periferias!” - Ir ao encontro do povo pobre, marginalizado, excluído, ferido em seus direitos fundamentais. O ser humano não é menos importante que o deus dinheiro; - Criar com os pobres e marginalizados, através de gestos concretos.

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Fatos em foco

Ponta Porã, 15 de maio: Festa do

Padroeiro Divino Espírito Santo, Posse do novo administrador

Paroquial Padre Fábio Casado Dias e Crisma na Paróquia

Divino Espirito Santo Ponta Porã.

20 de maio Ordenação Diaconal de Benjamim Martins Junior na Paróquia Divino Espírito Santo em Ponta Porã.

Ponta Porã, 15 de maio: Crisma na Paróquia São

José.

Itamaraty, 21 de maio: Crisma na Paróquia Jesus Misericordioso e Santa Faustina.

Dourados, 18 a 20 de maio: Formação Permanente do Clero Diocesano de Dourados no IPAD.

Dourados, 22 de maio: Missa

de Consagração do Altar e

Dedicação da Capela Nossa

Senhora da Santíssima

Trindade.

Dourados, 26 de maio

Missa de Corpus Christ,

Catedral.

Maracaju, 24 de maio: Missa e Consagração

do Altar da Paróquia

Nossa Senhora Auxiliadora.

Vila São Pedro, 5 de junho:

17ª Romaria do Sagrado Coração de

Jesus.

Caarapó, 5 de junho: Missa de Posse do Padre Ademir como Administrador Paroquial da Paróquia Senhor Bom Jesus.

Dourados, 7 e 8 de junho: Encontro das Secretárias/os e demais

Funcionários da Diocese de

Dourados- MS no IPAD.

Dourados, 30 de maio: Missa em Ação de Graças 1 ano de Ordenação Padre Neuton, na Paróquia Santa Teresinha.

Dourados, 3 de junho: Aniversário de 1 ano de sacerdócio do Pe. Jander.

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Datas Significativas

Agenda Diocesana - Julho

AniversariantesReligiosos/as Padres e Diáconos

Fique por dentro!

03 – São Pedro e São Paulo10 - Crismas em Deodápolis – Formação para

Ministros Atuantes na Forania de Rio Brilhante11/14 - Assembleia geral da VRC, em Brasília15/16 - Escola Catequética Diocesana, no IPAD16 - Festa da Padroeira da Paróquia Nossa Senhora

do Carmo, em Dourados

17 - Crismas em Dourados (Paróquia São João Batista)

18/22 - Escola Teológica, no IPAD31 - Formação para Ministros Atuantes na Forania

de Fátima do Sul

Nascimento04. Diác. Matheus C. Selhorst 17. Pe. Teodoro Benitez28. Dom Henrique (cssr)

Ordenação02. Pe. Pedro Alves Mendes02. Pe. Clarindo Redin (sac)03. Pe. Miguel N. Netto (cssr)04. Pe. Casimiro Facco (sac)04. Diácono: Matheus C. Selhorst14. Pe. Ademir Alves Moreira (sac)25. Pe. Ládio Luiz Girardi (sac)25. Pe. José Benito Porto Gonzalez (sdb)26. Fr. Bernardo Dettling (ofm)26. Fr. Érico Renz (ofm) 30. Pe. Ciro Ricardo da S. Freitas

Nascimento04. Ir. Santina Pasuch (isj)07. Ir. Terezinha Pessini (iascj)11. Ir. Claudete Maria Boldori (iascj)11. Ir. Agraciata do D. C. da V. Mãe de Deus (fpss)24. Ir. Maria Catarina do Menino Deus (osc)25. Ir. Cristina Souza (cicaf)27. Ir. Maria Aparecida da Cruz (icmes)30. Ir. Hosana Maria da Misericórdia Eucarística (fpss)

Profissão dos Votos19. Ir. Francinete Galvão Noronha (cicaf)25. Ir. Gema Menegat (isj)

03 - São Pedro e São Paulo – Apóstolos (é dia 29 de junho mais a igreja comemora no dia 03 que é o domingo próximo) também é feita a coleta Óbolo de São Pedro

03 - São Tomé06 - Santa Maria Goretti

16 - Nossa Senhora do Carmo22 - Santa Maria Madalena25 - São Cristovão28 - Aniversário de nascimento de Dom Henrique31 - Santo Inácio de Loyola

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