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PAPEL X FILME A VITALIDADE DO AÇO MAKING OF DA EMBALAGEM Ano III • Nº 22 • Maio 2001 • R$ 6,00 www.embalagemmarca.com.br

Revista EmbalagemMarca 022 - Maio 2001

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Edição de maio de 2001 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.comSiga-nos também no Twitter: http://twitter.com/EmbalagemMarcaEsta edição está incompleta, sem os anúncios, pois foi recuperada de um arquivo muito antigo. Ainda assim é possível ler as matérias.

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 022 - Maio 2001

PAPEL X FILME • A VITALIDADE DO AÇO • MAKING OF DA EMBALAGEM

Ano III • Nº 22 • Maio 2001 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br

22capa 24/5/2001 13:35 Page 2

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mpenhados em ino-var sempre e em ofe-

recer informação de utili-dade aos leitores, inaugu-ramos nesta edição umanova seção. Chama-seMaking Of, mais um es-trangeirismo em voga queno entanto, temos de reco-nhecer, define muito bemo que se quer dizer. A idéiaque está por trás da novaseção é mostrar, contadopor quem o fez, como sedesenvolveu o processo deconstrução de embalagens,desde sua concepção até oresultado final. Making Ofnasce por sugestões de lei-tores e de amadurecida tro-ca de opiniões entre aequipe da revista e profis-sionais da área. Nossa expectativa é esti-mular a percepção de quea embalagem e seus com-ponentes são vitais para oêxito do produto. Mais doque isso, são parte insepa-rável dele. Quando desen-volvidos de forma correta,profissional, harmonizan-do engenho e arte, consti-tuem-se em ícones que re-metem ao produto. A se-ção Making Of está abertaaos profissionais e às em-presas que queiram contri-buir para levar um poucode sua experiência ao co-nhecimento do público deEMBALAGEMMARCA.Ao destacar a estréia danova seção, move-nostambém a intenção de res-saltar um aspecto que émotivo de muito orgulho ede incentivo para a equipede EMBALAGEMMARCA:em menos de dois anos

desde seu lançamento, arevista consagrou-se co-mo a mais inovadora pu-blicação da área de emba-lagem no Brasil. Quem odiz não somos nós, mastestemunhos escritos deinúmeros leitores, em par-te reproduzidos na seçãoEspaço Aberto desta e das21 edições que a antecede-ram. Animam-nos, tam-bém, os depoimentos ver-bais. Eles nos incentivamnão só com elogios, mastambém com proveitosascríticas e sugestões.Queremos implementarcada vez mais a interaçãoentre a revista, os leitores eos anunciantes. É da sinto-nia com eles e de suas su-

gestões que a redação e odepartamento comercialretiram a inspiração parafazer de EMBALAGEM-MARCA uma publicaçãoque já deixou de ser ape-nas nova, como uns pou-cos ainda insistem emclassificá-la levando emconta exclusivamente ocritério cronológico. Éverdade que, com poucomenos de dois anos, é a re-vista mais nova do setor.Mas basta um exame,mesmo superficial, desuas 22 edições, para veri-ficar que é inovadora. Não“a mais” inovadora, massimplesmente inovadora.

Mais que nova, inovadora

Carta do editor

E

Wilson Palhares

22cartadoeditor 23/05/01 17:22 Page 3

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Espaço aberto

A cada edição de EMBALAGEM -MARCA percebo o quanto a revistase mostra capacitada, sempre bus-cando temas atuais, como em“Cada vez mais, reciclar poderáser um bom negócio” (nº 20,março de 2001). Marketing Eco-lógico não é moda, veio para ficar.Parabéns ao Sr. Guilherme Kamiopelo texto.

Roberto InsonGerente de Marketing

Prakolar Rótulos Auto-Adesivos São Paulo, SP

Parabéns a toda equipe da EM-BALAGEMMARCA pela excelentequalidade da revista. Na nossaempresa a leitura dessa publicaçãojá se tornou obrigatória pela dire-toria e pelas gerências.

Álvaro de SouzaGerente Comercial

Cobrirel Ind. e Com. Ltda.São Paulo, SP

Receber EMBALAGEM MARCA éum prazer que se renova a cada

mês não só por seu conteúdo, mastambém pela expectativa de umasurpresa em termos de inovaçãojornalística e mercadológica. Des-de o título da revista, que denotaraciocínio e planejamento paraatingir o público-alvo definido noexpediente, e das reportagenssempre oportunas e pertinentes atéas capas e outras iniciativas degrande impacto, destinadas a mos-trar e amostrar diferentes mate-riais de embalagem, essa publica-ção tem-se revelado altamenteinovadora, ousaria até dizer revo-lucionária. Digo isso com a expe-riência de quem acompanha oassunto há mais de trinta anos.Continuem nesse caminho de su-cesso.

Carlos CapraraDiretor da Caprara Publicidade

São Paulo, SP

Foi um grande prazer tê-los co-nhecido em seu stand na Fiepag.Gostaria de reiterar votos de su-cesso à revista. Trata-se de umproduto editorial da mais alta qua-lidade.

Antonilde Prata RibeiroGráfica Prata Ltda.Belo Horizonte, MG

Parabéns pela revista, está cadadia com conteúdo melhor e maisdiversificado.

Marcelo ArnoldDesigner GráficoZoomp/ZAPPING

São Paulo, SP

Acabo de receber a edição nº21 de EMBALAGEM MARCA — pri-morosa, aliás, como sempre — etive a imensa satisfação de ver adestacada notícia acerca de nossapágina na internet. Fico muitograto pela especial deferência.

Ernani PaulinoPacknology!

Campinas, SP

Nós, pequenos empresários doNordeste, temos na revista EMBA-LAGEMMARCA, todos os meses, aoportunidade de entrar em conta-to com o que ocorre nos merca-dos mais dinâmicos do país etambém de conhecer tendênciasinternacionais. Já fizemos adap-tações bem sucedidas.

Silvino Mansur RaffazSMR Plásticos

Jaboatão dos Guararapes, PE

Redação: Rua Arcílio Martins, 53

CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel: (11) 5181-6533

Fax: (11) 5182-9463

[email protected]

As mensagens recebidas por carta,e-mail ou fax poderão ter trechosnão essenciais eliminados, em fun-ção do espaço disponível, de modoa dar o maior número possível deoportunidades aos leitores. As men-sagens poderão também ser colo-cadas dentro do site da revista(www.embalagemmarca.com.br).

MENSAGENS PARA EMBALAGEMMARCA

22espacoaberto 23/05/01 19:36 Page 4

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ENTREVISTA: JOSÉ EUSTACHIODiretor da TalentComunicação afirmaque “ceder a preços écaminhar para a morte”

CAPAMercado de sucosindustrializadosprontos para beberse consolida

PAPEL X FILMEEmbalagens flexíveiscelulósicas mexem-separa recuperar espaçoperdido para o plástico

MATERIAISAo contrário dasprevisões, a lata de aço está maisvigorosa que nunca

ROTULADORASQuais as máquinasmais adequadaspara rótulosauto-adesivos

MAKING OFUma nova seção,em que designersmostram como se concebe e como se faz uma embalagem

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Lara [email protected]

Thays [email protected]

ColaboradoresJosué Machado

Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Wagner Ferreira

Circulação e [email protected]

Assinatura anual (11 exemplares):R$ 60,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Tiragem desta edição8 000 exemplares

Impresso em papel Couché Image Mate115g/m2 (miolo) e Couché Image Art

145g/m2 (capas), da Ripasa

Filiada ao

EMBALAGEMMARCA

é uma publicação mensal daBloco de Comunicação Ltda.

Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara SantoAntonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

www.embalagemmarca.com.br

O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.

CARTA DO EDITOR..........................3

ESPAÇO ABERTO............................4

ESTRATÉGIA..................................21

DISPLAY.........................................36

PANORAMA...................................40

EVENTOS........................................44

ALMANAQUE..................................46

E MAIS

maio 2001

22sumario 24/05/01 16:37 Page 1

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8 – EMBALAGEMMARCA • mai 2001

questão das marcasvem-se tornando umtema de debate cadavez mais intenso e dereflexão obrigatória nomundo dos negócios,

especialmente quando pipocampesquisas dando margem à idéiade que esse precioso patrimônioempresarial vem perdendo signifi-cado. Ouve-se mesmo dizer que,com a crescente força das grandesredes de varejo, as marcas próprias– delas – tomarão de vez o espaçodas grandes marcas. A fim de contribuir para esse deba-te, EMBALAGEMMARCA entrevistouJosé Eustachio, sócio diretor daTalent, uma das três maiores agên-cias do Brasil e o quinto maior

grupo de comunicação no mundo.Eustachio, 43 anos, profissional decomunicação há 24, tem trabalha-do no desenvolvimento de estraté-gias de comunicação para grandesgrupos nacionais e internacionais emarcas como Brastemp, LojasAmericanas, Semp Toshiba, jornalO Estado de S. Paulo, O Boticario,Intelig, Cia União de Refinadorese Petróleo Ipiranga, entre outras.Formado em comunicação, Eusta-chio é diretor da Associação Brasi-leira de Agências de Propagandapela segunda gestão. Contribuicom participações sobre o temaem veículos de mídia eletrônica eimpressa e escreve regularmentepara o jornal Gazeta Mercantil. Nesta entrevista, ele não deixa dú-vidas quanto à sua opinião sobre orisco que a indústria corre ao pro-duzir para a marca própria em de-trimento da sua e, sobretudo, en-trar numa guerra de preços sem li-mite. Como acontecia na mitolo-gia com os incautos marinheirosque se deixavam seduzir pelo can-to das sereias, “isso pode significaro caminho para a morte”, nas pala-vras textuais do entrevistado.

Ultimamente, virou moda dizerque as marcas estão morrendo. Osenhor concorda?As marcas estão fortíssimas. Oconsumidor precisa delas para suatomada de decisão. Uma pesquisarealizada recentemente pelo insti-tuto Popai mostra que o tempo mé-dio gasto pelo consumidor para es-colher o produto no supermercadoé de cinco segundos. Se não esti-vesse escolhendo pela marca, eleprecisaria de um tempo enormepara comparar todas as opções quehá na gôndola, os preços, as medi-das, até tomar a decisão sobre oque vai colocar dentro do carrinho.

AJOSÉ EUSTACHIO,sócio diretor doGrupo Talent deComunicação eespecialista no temadas marcas, discutea questão doempenho do varejoem favor das (suas)marcas próprias e da subordinação daindústria à pressãopor preços

ENTREVISTA

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ULG

ÃO

“Ceder a preços é a morte”

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mai 2001 • EMBALAGEMMARCA – 9

É obvio que o consumidor já chegaao ponto-de-venda com marcas nacabeça. Basta olhar para nossa pró-pria despensa. Quantas vezes nóscompramos marcas diferentes?Pouquíssimas. Tendemos a repeti-damente levar aquela marca que dealguma forma conquistou a nossapreferência e à qual atribuímos va-lores. Avaliações que os institutosespecializados em branding vêmfazendo mostram que cada vezmais a marca é o principal ativoque uma empresa pode ter.

O que estaria levando o mercado apensar que o poder das marcasestá se enfraquecendo? É meramente uma questão de con-flito de interesses. De um lado,você tem a revenda tentando de-fender a idéia de que o que impor-ta são o canal e o preço. E eles têmfeito um trabalho muito competen-te de disseminar esse pensamento.Na verdade, se a marca não fosseuma coisa importante, os super-mercados não estariam interessa-dos em desenvolver suas marcaspróprias. Se fosse uma coisa dis-pensável, bastaria colocar o produ-to numa embalagem totalmentebranca e colocá-lo à disposição doconsumidor. Ora, por que não sefaz assim? É porque a marca, e suaexpressão na embalagem, são damaior importância para a decisãoda compra e pela preferência do lu-gar de compra. Existe uma tentati-va de se vender para o mercado aidéia de que as marcas estão per-dendo sua relevância com o objeti-vo de pressionar a indústria e obterpreços menores e prazos maiores.

Num mercado em crise, situaçãomais ou menos permanente noBrasil, a ordem não é manter ven-das a qualquer custo, inclusive apreço baixo?Isso pode significar o caminhopara a morte. Nos anos 80, pratica-mente tudo entrou em crise no va-

rejo americano, iniciou-se umaguerra de preço sem limite. Então,grandes ícones do varejo mundial,como Sears ou Bloomingdale’s, li-teralmente quebraram, porqueacharam que a melhor forma quetinham para atrair o consumidorera vender a preços cada vez me-nores. Isso está acontecendo agorana Alemanha, onde todas as gran-des cadeias de supermercados es-tão acumulando endividamentos e

vivendo sérios problemas. Recen-temente, a Andersen Consultingrealizou uma pesquisa junto a con-sumidores, tanto de varejo de auto-serviço como de varejo de bens du-ráveis, e constatou que o preço nãoé o principal elemento de decisãopela escolha do local da compra. Éo serviço que o supermercado ou aloja presta ao consumidor. A idéiade que o ponto-de-venda de maiorsucesso é o que vende mais baratonão é verdadeira. Se pegarmos dezitens em diferentes lojas, veremosque não há uma que vende todosesses itens pelo menor preço. Opreço baixo é uma falácia. Deve-sevender pelo preço justo, não pelopreço mais baixo.

Por falar em pesquisa, o Instituto

Nielsen tem uma, recente, indican-do que nos supermercados 41%dos brasileiros são influenciadospelos preços em sua decisão decompra, 29% pela publicidade,23% por folhetos e apenas 2% pelamarca. Como se explica?Essa pesquisa deve ter algum tipode desvio, principalmente porque oconsumidor tem certa resistência aassumir que toma decisões baseadoem marcas. As pessoas tendem aquerer ser politicamente corretasquando respondem uma pesquisa,dentro daquilo que acham que osoutros gostariam de ouvir. Casocontrário, a marca de sabão em pómais vendida no Brasil não seriaOmo, a de refrigerante não seriaCoca-Cola, a Nestlé não teria amarca São Luiz como a mais ven-dida em biscoito, marcas comoaçúcar União, café Pilão, o óleoSoya ou o óleo Lisa não seriam,cada um em seu segmento de mer-cado, os líderes. O consumidorcompra qualidade, e as marcas lí-deres são a melhor expressão dequalidade que ele pode desejar.Como é importante administrarbem o orçamento, normalmente aspessoas acabam respondendo que opreço baixo é fundamental. Mas,na hora em que vão tomar sua deci-são, fazer as compras do mês, asmarcas de qualidade prevalecem.

Forçando os preços para baixo, ossupermercados não estão contri-buindo para matar aquilo que foiconstruído a duras penas, que con-sumiu muito dinheiro e é um dosprincipais bens do empreendimen-to, que é a marca? Ou seja, não es-tão levando à morte seus parceiros,que no entanto parecem gostar? Não tenha dúvida. Quando a indús-tria acaba se dobrando e fazendo ojogo do supermercado, aceitandocondições comerciais que são avil-tantes, inclusive desviando os in-vestimentos que seriam feitos namarca para promoções de ponto-

Quando a indústria acaba se

dobrando e fazendo ojogo do supermerca-

do, aceitandocondições aviltantes,está abdicando da

única coisa que podemanter o equilíbrio

nesse relacionamento:a marca forte

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10– EMBALAGEMMARCA • mai 2001

estratégia, e passaram a ter marcaspróprias, como é o caso da Quali-tá, marca que tem embalagens bemdesenvolvidas, uma linha de pro-duto extensa, promovida nos en-cartes que o varejo realiza e quecompete com os produtos simila-res que a indústria fabrica. É comose a Nestlé fabricasse produtospara a Mococa, viabilizando assimpara a concorrente ter um produtode qualidade assemelhada, e a pre-ços muito mais competitivos.

Como a indústria pode enfrentarde maneira criativa a pressão dovarejo para que suas marcas con-tinuem atraindo o consumidor?Toda manifestação da empresa emrelação a seus públicos é uma boaoportunidade para ela reafirmar oseu compromisso com o consumi-dor e reforçar o valor da marca.Desde a instalação de serviços deatendimento ao consumidor, osSACs, até a colocação da marcanos maiores espaços possíveis, decaixas de embarque a talões denota fiscal, as empresas têm de en-tender que tudo é mídia. No desen-volvimento de suas embalagens, aempresa precisa demonstrar res-peito ao consumidor, oferecendoembalagens modernas, de qualida-

de-venda, verbas cooperadas e poraí vai, está abdicando da única coi-sa que pode manter o equilíbrionesse relacionamento, que é umamarca forte. Todo o dinheiro des-viado da alimentação da mística desua marca e do relacionamentocom o consumidor, para financiaro supermercado, é um investimen-to que ela faz contra seus própriosinteresses. O supermercado temuma visão de curto prazo, pensaapenas no dia de hoje, enquanto aindústria tem de pensar que estáconstruindo um patrimônio paramuitas décadas. Com marcas fra-cas, o supermercado deixa de tervalor para poder vender. Aí sim elevai ter cada vez mais de oferecerpreços ainda mais baixos para po-der ganhar o consumidor. As mar-cas têm sido historicamente ogrande instrumento dos supermer-cados para gerar lucro. Se não fos-sem as marcas fortes, os supermer-cados, de forma geral, não teriamvalor para vender.

Então, como compreender o esfor-ço quase obsessivo dos supermer-cados para ter marcas próprias, seteoricamente não agregam lucro?A marca própria é mais um instru-mento que o supermercado vemutilizando para pressionar os seusfornecedores, e infelizmente elestêm concordado em produzir parao supermercado, que vai venderum produto similar ao seu por pre-ços muito menores. É absurdo quea indústria concorde em fabricarmarcas próprias – que são diferen-tes das genéricas. Quando o Carre-four se instalou no Brasil, lançou oconceito dos produtos genéricos.Eram produtos em embalagens to-talmente desprovidas de decora-ção, a única coisa que se tinha erao produto, biscoito ou leite em pó.Foram um enorme fracasso, por-que as pessoas precisam ter marcasque sirvam como referência. Ossupermercados então mudaram sua

de, práticas, convenientes, quecada vez mais sejam adequadasaos hábitos de consumo que as pes-soas vão adquirindo num mercadoem transformação. A sua comuni-cação com o mercado deveria sermenos intensa e mais constante.

Na área específica em que EMBA-LAGEMMARCA está inserida, que éa cadeia de embalagem, observa-se, entre fornecedores de equipa-mentos, de matérias-primas e atéde embalagens e seus complemen-tos, alguma resistência em investirem informação, em propaganda.As empresas preferem atuar topi-camente, em feiras, ou só com ma-las diretas, ou com outras açõesisoladas. Isso é uma característicade empresário brasileiro ou em ou-tros países também é dessa forma?Obviamente não é de se esperarque o fabricante de bens de capital,que não faz produtos acabados, umproduto para o mercado de consu-mo, vá anunciar na novela das 8 daRede Globo. Mas em outros paísespodemos observar que há uma vi-são mais rica, mais abrangente decomo se comunicar com os clien-tes. O marketing direto é utilizado,mas há muita utilização de revistasespecializadas, que têm penetraçãonesse público. Há utilização de jor-nais, especialmente os voltados àcomunidade de negócios.

Lá fora recorre-se mais do queaqui à comunicação interativa, es-pecialmente à internet, não?A internet hoje é usada como umaforma de não só de estabelecer co-municação, mas de prestar serviço.Nota-se também a utilização de ati-vidades ligadas à comunidade, queé uma coisa que no Brasil se fazmuito pouco. A indústria de insu-mos deveria ter uma atividademais intensa relacionada a projetoscomunitários, a projetos sociais,porque de uma certa forma o mate-rial básico, a matéria-prima dela,

Da instalação deserviços de atendi-

mento ao consumidor,os SACs, até a colo-cação da marca nos

maiores espaços pos-síveis, de caixas de

embarque a talões denota fiscal, as empre-sas têm de entender que tudo é mídia

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muito difícil para a indústria poderfazer frente ao varejo. No GrupoTalent nós reforçamos muito a im-portância de as indústrias, as em-presas com que trabalhamos, in-vestirem constantemente, em to-dos aqueles aspectos que fazemparte da comunicação com o con-sumidor, para que ele possa ver namarca um elemento que agreguevalor aos seus relacionamentos.Isso é fundamental. Uma marca devalor é a única forma de a empre-

sa não só vender mais, mas emmelhores condições comerciais.

Fala-se muito que produtos deprimeira linha ou que queiram sediferenciar não devem seguir apolítica do “me too”, ou seja, nãodevem copiar a marca líder na suacategoria. No entanto, o que se vêno mercado é uma espécie de “metoo” generalizado. Cada catego-ria de produto é caracterizada porum tipo genérico, um padrão deembalagem. Biscoitos, por exem-plo, vêm todos em pacotes commateriais, formatos, cores, tipos,design, imagens e tipologia muitoparecidos. Detergentes têm prati-camente o único formato de fras-co, e por aí vai. Como sair disso?

12– EMBALAGEMMARCA • mai 2001

Por comodismo ou medo de errar, asmarcas tendem a serepetir. Às vezes ajustificativa é: Nósprecisamos parecer

com a categoria parasermos identificados,

porque se não o consumidor não nos perceberá

sai do ambiente onde todos nós es-tamos colocados. Os fornecedoresde papel, de papelão, de alumínio,de latas, que consomem grandequantidade de energia, um temahoje muito em discussão, deve-riam de alguma forma retornarpara a comunidade, devolvendoem parte recursos que são de todosnós. Esse tipo de atividade é mui-to comum fora do Brasil. A indús-tria de transformação, a indústriaque fornece insumos para a indús-tria de consumo devolve à socie-dade aquilo que de uma certa for-ma a sociedade dá a ela.

Ocupar o máximo de espaço pos-sível, mas de tempo também, não?Uma coisa que as empresas esque-cem é que os vínculos precisamser reforçados diariamente e nãocom espaços no decorrer do ano.Muitas delas investem em campa-nhas de comunicação que duramduas, três semanas. Isso é fazer aquímica do marketing. É melhorfazer um comercial por semana,por mais tempo, do que dez numaúnica semana. Em todos os mo-mentos em que tenha oportunida-de de se relacionar com o merca-do, a empresa precisa dar uma de-monstração de coerência na suaatitude, e agregar valor a esse rela-cionamento. É muito importanteentender que preço e valor são coi-sas totalmente diferentes. Preço éaquilo que queremos cobrar peloproduto que vendemos; valor éaquilo que o consumidor acha quemerece ser pago pelo produto.Para isso é preciso estar reforçan-do constantemente essa relação.Quem manda no mercado é quemtem o consumidor do seu lado. Sea marca tiver o consumidor do seulado e ele fizer questão de levarpara casa aquela marca, quem vaiter o poder é a indústria. Se quemtiver o consumidor for o super-mercado, porque o consumidorvai comprar naquela loja, vai ficar

Com a democratização das tecno-logias é muito difícil obter-se hojeum produto que traga diferenciaisque sejam singulares. Os recursosestão disponíveis a todos os fabri-cantes. Se fizermos um “blindtest” (teste às escuras) na degusta-ção de um biscoito, será muito di-fícil alguém dizer “esse biscoito éda marca A, esse da marca B”.Nesse particular a embalagem éfundamental, é o elemento maisforte porque é tátil, é visual, en-fim, é o que dá diferenciação. Háuma tendência, não sei se por co-modismo ou por medo de ousar,que faz com que as marcasacabem se repetindo. É comumapresentarmos uma proposta ori-ginal de embalagem ao cliente,seja no seu formato, seja na deco-ração ou na forma visual de traba-lho, e ele ficar com medo de fugirdo padrão e, por isso, de não con-seguir sensibilizar o consumidor.Já houve vezes em que a justifica-tiva era: “Nós precisamos parecercom a categoria para sermos iden-tificados, porque se não formosiguais aos produtos existentes, oconsumidor tende a não nos perce-ber”. Por isso vemos as embala-gens de café todas iguais, as demargarinas também, as de açúcar,em que a União estabeleceu umpadrão para todas as demais...Como você pode querer sair do lu-gar comum, se acha que para per-tencer à categoria precisa ser se-melhante a alguém? Na verdade, épreciso romper a gestalt. Se nãohouver o elemento de ruptura,muito provavelmente você vai fi-car invisível no ponto-de-venda,confundir-se com a paisagem. Osfabricantes deveriam ter uma vi-são mais ousada, mais inovadora.Deveriam incentivar os profissio-nais que trabalham no negócio dedesenvolver embalagens a colocarna prática toda sua capacidade decriar coisas originais, inovadoras.Mas não é o que acontece.

22entrevista 23/05/01 17:45 Page 12

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SUCOS

CONVENIÊNCIA E saúde O consumidor brasileiro já não resiste tanto a produtos industrializados q ue

Por Guilherme Kamio

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mai 2001 • EMBALAGEMMARCA – 15

e , CRESCIMENTO CERTO

e o crescimento do mercado derefrigerantes já não se dá a pas-sos largos, o mesmo não podeser dito do de sucos industriali-

zados prontos para beber. O consumi-dor brasileiro já não resiste tanto a pro-dutos que concorrem com os feitos nahora, numa mudança de comportamen-to que vem impulsionando a categoria.Consumir suco em caixinha, lata ougarrafa é hoje uma alternativa cômodapara os que não apreciam bebidas car-bonatadas ou buscam uma opção parafugir de seus sabores previsíveis.

Opção, aliás, parece ser uma pala-vra-chave, pois a maior procura pelossucos “ready to serve” não pode ser en-carada como uma migração explicadapela questão do preço. Eles geralmentecustam o mesmo ou são mais caros quecolas, guaranás e outras bebidas gasei-ficadas. Diante dessa constatação, tor-na-se mais plausível creditar o aumentoda preferência à busca da população poruma alimentação mais saudável, ten-dência na qual pesam as campanhasinerentes ao marketing da categoria,que exploram o fato de o produto sermais nutritivo, repleto de vitaminas.

Essa alteração de hábito de consu-mo vem gerando um movi-

mento espantoso. O insti-tuto de pesquisas demercado Datamark es-tima que 2001 fecharácom um total produzi-do de cerca de 233 mi-

lhões de litros de sucosprontos, volume quase dez

vezes maior que o registradoem 1993. Caso se cristalize a previsão

sq ue concorrem com os feitos na hora – e a categoria cresce

de que o poder de compra da populaçãomelhore, não há dúvida de que os pró-ximos anos continuarão sendo favorá-veis ao crescimento dessa indústria. “Aperspectiva para os produtos com ape-lo natural é das melhores”, opina Gra-ham Wallis, diretor do Datamark.

Diante do quadro favorável, a com-petição entre marcas vai se acirrando, eas gôndolas e demais locais de vendamostram que os fabricantes estão apos-tando como nunca na embalagem comoarma para conquistar o consumidor.Afinal, a apresentação tem sido funda-mental na evolução da categoria. Paracitar só um exemplo, o filão dos sucosprontos para consumo doméstico (LevePara Casa) se firmou no rastro da utili-zação das caixinhas Tetra Rex de 1 li-tro, da Tetra Pak, que se tornaram “acara” do produto.

Alvo: consumo individualAgora é o mercado de consumo indivi-dual que abre oportunidades, commaior espaço para diversidade em em-balagem. É também onde cada vezmais se aposta em soluções convenien-tes, próprias para públicos e momentosespecíficos de consumo.

Numa segunda onda de marketingna categoria, os fabricantes estão pre-conizando a segmentação, direcionan-do linhas a alvos bem definidos. Nessaestratégia, o atual momento de merca-do deixa claro que as crianças são abola da vez. E nos esforços para venderdemandados por esse fator pululamcomo nunca os investimentos em dife-renciação da embalagem.

Prova disso acaba de ser dada pela

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16– EMBALAGEMMARCA • mai 2001

gigante Coca-Cola, que está entrandocom tudo no páreo dos sucos prontos. OKapo, primeiro lançamento da empresana categoria, é acondicionado numaembalagem de aspecto incomum, inédi-ta no mercado nacional. Trata-se da Te-tra Wedge Aseptic Slim, de 200 milili-tros, da Tetra Pak, cartonada assépticaque foge do tradicional formato de pa-ralelepípedo com um topo vincado,lembrando uma bisnaga. Hector Nuñez,diretor de novos negócios da Coca-Cola, explica que “essa diferenciação éfundamental, pois as crianças gostamde coisas especiais, feitas só para elas”.

Dentro da intenção de conquistar agarotada, foram também desenvolvidospersonagens associados aos cinco sabo-res do produto para estampar a fronte

das embalagens. Eles foram “empresta-dos” pela versão chilena de Kapo, quelidera o mercado de sucos prontos na-quele país, e redefinidos no Brasil pelaDia Design, que adaptou o visual domodelo chileno, vendido em embala-gem flexível tipo pouch (doy pack),para a cartonada. Incluindo esses in-vestimentos em embalagem, a entradano Brasil da marca Kapo – palavra queem espanhol significa “o melhor” –consumiu 20 milhões de reais, o quemostra que a Coca-Cola tem planosambiciosos para a categoria.

Agitar antes de beberNa verdade, a fabricante da marca derefrigerante mais popular do planetarevelou que pretende tornar as bebidas

Coca-Cola querconquistarmercado comembalageminédita do Kapo

Design especialé a arma da

Del Valle paracativar crianças e ampliar canais

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não-carbonatadas responsáveis por25% de seu faturamento mundial. Porisso, Kapo também foi lançado recente-mente na Turquia e na África do Sul.“A tendência é continuar evoluindo de-vido à busca por produtos nutritivosprontos, especialmente para as crian-ças”, comenta Nuñez, que trabalhouanteriormente como executivo da Su-cos Del Valle – empresa cujos resulta-dos devem ter alertado a Coca-Cola deque os sucos prontos configuram ummercado que não pode ser ignorado.

Os números da subsidiária brasileirada Del Valle, empresa de origem mexi-cana, impressionam. Em menos de cin-co anos de atuação no país, a marca jádetém uma participação de mercado de17% na categoria, segundo o institutoNielsen. Em faturamento, a empresa fe-chou 1999 com 30 milhões de reais,2000 com 50 milhões de reais e, para2001, prevê que esse valor chegará a 75milhões de reais.

Cadeias de fast food estão se configurando em mais um canalpotencial para se vender sucos especialmente acondiciona-dos. É o que deixa transparecer a recente aliança firmada en-tre a produtora Cargill e a rede Pizza Hut para a comercializa-ção de suco de laranja. Na jogada, o produto é comercializadoem embalagem Tetra Rex de 500 ml, da Tetra Pak, para ir dire-tamente à mesa. Ela traz uma lingüeta no topo, para ser levan-tada e facilitar o encaixe do canudo para o consumo direto.Jorge Aguirre, diretorgeral da InternacionalRestaurantes do Brasil,administradora da Piz-za Hut em São Paulo,justifica o lançamentolevando em conta a ex-clusividade. “Somos aúnica grande rede derestaurantes que ofere-ce suco de laranja100% natural, integral ecom embalagem perso-nalizada.”

Direto à mesa também no fast-food

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Não demoraria para que alguém tivesse aidéia de colocar o açaí, em forma de suco,no varejo. A fruta, que caiu no gosto do pú-blico jovem com o apelo de energético na-tural, é o principal ingrediente do Suco deAçaí Mix da marca Raízes, que ainda levaextrato de guaraná e purê de banana emsua composição. No mercado há cerca deum ano pela Santamate, de Santa Maria(RS), empresa adquirida em 1999 pelo gru-po Infrupar – Indústria de Frutas do Paraná,o produto vem obtendo “desempenho maisque satisfatório em vendas”, nas palavrasdo gerente de marketing Sérgio Henriquede Oliveira Barbosa. O suco é envasadoem cartonada asséptica Tetra Brik Squarede 1 litro, da Tetra Pak, com exclusiva tam-pa plástica de rosca, detalhe ressaltado emum splash da embalagem. Para dar conti-nuidade aos bons negócios da empresa,Barbosa adianta que serão lançados embreve novos produtos, e as linhas atuais,também encontradas em latas de alumínioda Latasa, ganharão versão em cartonadasde 200 mililitros e novos modelos para aTetra Brik de 1 litro. No segundo semestreirá estrear um novo visual das embalagens,trabalho que já está sendo tocado pelaagência Chama Advertising.

Vendas energéticas comaçaí em caixinha

A Del Valle reforça a constataçãode que os sucos prontos têm potencialpara explorar com força o universo in-fantil. A empresa está colocando nomercado a linha Mini Valle Kids,acondicionada em caixinhas TetraBrik de 200 mililitros, quantidadeque virou padrão na adequação aopúblico mirim. Mais que acertar naporção, a empresa também sentiu anecessidade de direcionar a apre-sentação, trabalho que a PackingDesign desenvolveu utilizandoilustrações esportivas nas caixi-nhas. O posicionamento visaaproximar o produto dos “mo-mentos de agito e na escola”,como deixa claro Horácio Rocha,diretor de vendas e marketing daDel Valle.

A partir da iniciativa, a empre-sa pretende abrir novos canais devenda, como escolas, parques eclubes. Com eles, Rocha esperaelevar em 20% as vendas da linha

dedicada às crianças. Aliás, pensarem linhas variadas é estratégia co-

nhecida da Del Valle, tendo em vista asdiferentes embalagens consumidaspela empresa. Além da Tetra Brik, aempresa utiliza latas de alumínio de335 mililitros, fornecidas pela CrownCork, e as Tetra Rex de 1 litro, paraconsumo doméstico.

PET e vidroNo frenesi pela disputa de um lugar aosol no mercado, a diversificação noacondicionamento dos sucos prontosestá indo muito mais longe. Outrasmarcas estão mostrando que há espaçopara inovação em embalagem semobrigatoriamente passar pelas latas epelas cartonadas.

Para estrear no ramo apostando emdiferenciação, a IRB – Indústrias Reu-nidas de Bebidas Tatuzinho–3 Fazen-das acaba de lançar o refresco de frutascítricas First Cítricos em garrafa dePET de 330 mililitros. A bebida fazparte da chancela First One, que sus-tenta produtos voltados ao público

Garrafa de vidro:adequada aosuco orgânico

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Para debutar na era industrial,em meio a um mercado altamen-te competitivo como o de bebi-das não alcóolicas, a água decoco ganhou roupa nova. O cocoverde, embalagem natural doproduto, foi substituído pelascartonadas assépticas, as popu-lares caixinhas longa vida. Asvendas responderam tão bemque hoje a preocupação dos fa-bricantes é aumentar a capacida-de de produção, para poderacompanhar a demanda do mer-cado interno e as crescentes ex-portações.É exatamente o caso da Amaco-co, proprietária das marcas KeroCoco e Trop-Coco, que inovou aoacondicionar a bebida em caixi-nhas Tetra Prisma Aseptic, da Te-tra Pak. “Com essa embalagem oproduto ganhou um inegável as-

pecto premium”, conta GilmarSanches, diretor de marketing daempresa. A valorização da imagemdo produto se deu por duas vias,segundo o profissional. Primeiro,

Novos canais com imagem premiumpela conveniência, proporciona-da pelo selo pull-tab da TetraPrisma, que permite o consumodireto na embalagem e enobrecea ida à mesa, dispensando o usode canudo. Depois, pelo visualda embalagem, com acabamentometalizado, assinado pela agên-cia mineira By Design.Mais do que causar impacto nasgôndolas, a inovação permitiu aaceitação em restaurantes e ba-res, ampliando os canais de ven-da do produto. “Não entraríamosnesse mercado com as caixi-nhas com canudinho”, comentaSanches, que frisa ainda outrasvantagens propiciadas pela em-balagem cartonada ao longo dacadeia de produção. “Ela dispen-sa o uso de conservantes e a re-frigeração no transporte e noponto-de-venda.”

adulto. A IRB aproveitou a embalagemutilizada nas linhas de águas aromati-zadas e chás gaseificados First Onepara lançar o First Cítricos.

Corpo femininoFabricada pela Polipet com forma que“lembra as curvas do corpo feminino”,como gosta de frisar a empresa, a gar-rafa parece estar agradando ao consu-midor, a julgar pelas vendas: as linhasFirst One faturaram 7 milhões de dóla-res no ano passado. Para 2001, a em-presa tem a expectativa de que essemontante sofra um incremento de 10milhões de dólares. A esperança de-positada num bom rendimento dosuco contribui significativamentepara essa estimativa. “Observamoso grande crescimento de consumopelos brasileiros registrado nessesegmento”, diz César Rosa, presi-dente da empresa.

Já a Wessanen, detentora da

marca Maraú, está lançando um sucopronto de laranja orgânico, de olho nocrescimento da procura por produtos dogênero. O produto atende aos requisitosambientalmente amigáveis exigidos nafabricação dos orgânicos, o que lhe ga-rante um aspecto premium.Essa per-cepção é reforçada pela embalagem es-colhida para o produto, uma garrafa devidro de 1 litro, fornecida pela Cisper.

Segundo Maurício Filippetti, geren-te de marketing da Wessanen, a emba-lagem de vidro foi escolhida “por serfeita do mais reciclável de todos osmateriais, o que contribui para totali-zar o conceito de produto orgânico”.Também seguindo a orientação decausar impacto ambiental mínimocom a embalagem, o rótulo é de pa-pel. O produto deverá estrear em li-nha para consumo individual, poréma preocupação momentânea, é aten-der satisfatoriamente ao mercado do-méstico, conta Filippetti.

Para entrar no mercado, a IRB apostano PET para o First Cítricos

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ESTRATÉGIA

ACOMPANHADO,MELHOR AINDA

ma embalagem espe-cial para promoveruma nova maneira de

beber o brandy Domecq, naforma de drinque. Com essaestratégia a empresa AlliedDomecq espera ampliar seupúblico, limitado a homensacima dos trinta anos.

Intitulado Domecq Cola, odrinque consiste na combina-ção do conhaque com refrige-rante de cola. De acordo comBruno Zolotar, gerente de pro-dutos da Allied Domecq,“surgiu para difundir a práticade consumo diferenciado,quebrando o conceito de que obrandy é para ser bebido so-mente no inverno e puro”.

Para tanto, o estojo de pa-pel cartão que acomoda a be-bida, desenhado pela Estratégica e fabricado pela Esca-la 7, apresenta a receita no verso e destaca a cor verme-lha, fortemente associada à imagem das colas. A grandejanela da embalagem dá visibilidade ao copo alto e per-sonalizado que acompanha a garrafa, um brinde agre-gado ao produto para derrubar outro mito. “O copo alto

vem para mudar a idéia do modelobalão, tradicional na apreciação do co-nhaque”, diz Zolotar.

Segundo ele, a estratégia vem ren-dendo bons resultados. “As mulheressempre acharam o Domecq muito forte,e os jovens, uma bebida careta”, analisa.“Com a ação, conquistamos o interessedesses consumidores.”

A expectativa com a edição limitadada “embalagem kit” é aumentar em 10%as vendas nos meses de maio e junho, pe-ríodo de duração da promoção. E, para oinverno, a empresa planeja ações em fes-tas que seguem essa linha de quebra deconceito, divulgando o consumo de Do-mecq com chocolate quente.

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MATERIAIS

a guerra dos materiaispor conquista de espaço,a lata de aço, poucosanos atrás classificada,

pelo menos pelos concorrentes,como uma espécie de patinho feioda área de embalagem, está, comona historia infantil, se revelando umcisne cheio de vitalidade. Empresasdo setor não só vêm conquistandoseguidos prêmios internacionaiscomo, no conjunto, previsões deque novos materiais engoliriam fa-tias crescentemente substanciosasdo aço não se concretizaram.

Ao contrário, em 2000 o consu-mo de latas no Brasil, medido pela

n produção de folha-de-flandres(cerca de 700 000 toneladas/ano),cresceu 2% sobre 1999 e deverámanter o ritmo este ano, segundoprevê Elio Cepollina, coordenadorgeral do Prolata (Programa de Va-lorização e Incentivo ao Uso daEmbalagem Metálica) e conselhei-ro da Cia. Metalúrgica Prada,maior fabricante brasileira de latas,com alegados 20% do mercado.

Mas não é só no consumo que ovigor da lata transparece. O setorvem fazendo seguidos lançamentose conquistando prêmios internacio-nais, atestando o avanço da quali-dade, o design moderno e a inova-ção dos produtos.

A Prada, por exemplo, está co-locando no mercado dois produtos,para uso, respectivamente, em ae-rossóis (químicos, tintas e verni-zes) e massas para construção civil(corrida e textura).

O primeiro é um recipiente comdiâmetro de 65 milímetros, tiponeck-in, que se enquadra no padrãointernacional dessa de categoria deembalagem, explica Tetsuya Higa-shi, gerente de vendas da empresa.O segundo é uma lata de 18 litroscom quatro frisos, cuja função éaumentar a resistência do recipien-te, evitando seu “embarrigamento”e, conseqüentemente, a possibilida-de de atrito durante a movimenta-ção e o transporte de mais de umaunidade. “Com esse aperfeiçoa-

O aço DÁ AVOLTA POR CIMAContrariando previsões pessimistas,lata de folha-de-flandres está à toda

Os quatro frisos verticais evitam o“embarrigamento” e o atrito

mento”, diz Higashi, “o empilha-mento melhora e o risco de prejuí-zo do aspecto visual das latas peloatrito deixa de existir.” Outra vanta-gem desse implemento, segundo ogerente de vendas da Prada, é que“a resistência aumenta, mas semencarecer, pois a espessura da cha-pa é a mesma das latas sem frisos”.

“Espaguete” na paralelaNa lata de aerossol, foi eliminada arecravação externa do modelo ante-rior, que deixa de ser fabricado. Ouseja, o recipiente, destinado a pro-dutos químicos, tintas e vernizes,não traz mais o “anel” que unia aparte superior e o corpo cilíndrico.A lata passa a ter ombro, permitin-do que a tampa plástica fique per-feitamente alinhada na lateral. Gra-ças a esse implemento, que já exis-tia nas latas de 57 milímetros dediâmetro, o “espaguete”, um tuboflexível para aplicação que vinhaenrolado no topo das latas de ae-rossol de lubrificantes, passa a virna paralela, seguro por um disposi-tivo na tampa plástica.

É como fornecedora de embala-gens para alimentos processados,onde mais se destaca, que a Pradapretende manter e ampliar o ritmode crescimento. De acordo comF

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Djalma Carlos, gerente comercialpara o segmento, a empresa está in-vestindo para que a unidade deUberlândia (MG), hoje dedicadaexclusivamente à produção de latasde 900ml para óleo comestível, pas-se a fabricar também recipientespara alimentos. Em agosto próxi-mo, quando estiver em pleno fun-cionamento, a unidade mineira terácapacidade para produzir mensal-mente 17 milhões de latas com diâ-metro de 73mm. Além dessa fábri-ca, a Prada produz embalagens para

Lá fora, lata brasileira leva ouro, prata e bronzeA passagem verão/outono tem sidofrutífera para o setor brasileiro de em-balagens de aço. Entre março e maiodeste ano, fabricantes de latas de fo-lha-de-flandres destinadas a uso emdiferentes segmentos de produtos deconsumo, conquistaram nada menosque quatro prêmios internacionais.Somente no concurso Cans of theYear deste ano, disputado por fabri-cantes de latas do mundo inteiro, oBrasil conquistou duas medalhas debronze e uma de prata. Esse é o maisimportante certame mundial do seg-mento de embalagens metálicas, pro-

movido pela revista inglesa The Can-maker e realizado este ano, em Den-ver, nos Estados Unidos, durante afeira Cannex, de 24 a 27 de abril.A lata de alimento para cães do Bom-guy Premium, projeto da CompanhiaSiderúrgica Nacional (CSN) em parce-ria com a Dumilho, fabricante de ra-ções para animais, e com a agênciade design Packing Design, conquis-tou bronze em Alimentos e represen-ta a primeira conquista de um prêmiode design internacional na área deembalagens metálicas. A premiaçãotem significado especial por ter ocor-rido na categoria mais disputada doconcurso, pois não havia um item es-pecífico para pet food.O projeto consiste numa lata promo-cional com capacidade para 7 quilosde ração seca, lançada para armaze-namento do produto vendido em em-balagens flexíveis, de modo a conser-vá-lo por mais tempo. Foi impressapela Metalgráfica São Miguel, de Con-tagem (MG), que conseguiu reprodu-zir fielmente as nuanças sutis de fun-do e obter um colorido vibrante eatrativo, valorizando o design. O ou-tro bronze foi ganho pela Real Emba-lagens, com uma lata de 1/4 de galãopara tinta.A medalha de prata, ganha pela Bra-silata na categoria Protótipo, com alata de 1/4 de galão Plus UN é maisum prêmio atribuído ao FechamentoPlus desenvolvido pela empresa. Defato, a Plus UN, que em março último

obteve a certificação das normas re-comendadas pela Organização dasNações Unidas para acondicionarprodutos perigosos, havia sido pre-miada no mês anterior com medalhade ouro no Congresso Latincan, reali-zado em Cancún, no México.Esse sistema de fechamento, na me-dida de galão inteiro, já havia con-quistado o prêmio ouro no concursoCans of the Year de 2000, realizadoem Brisbane, na Austrália. A catego-ria Protótipo, em que a Plus UN foipremiada este ano, é disputada porembalagens inovadoras que se en-contram em tiragem inicial. Entretan-to, adianta Antonio Carlos Teixeira,diretor superintendente da empresa,como se trata de uma extensão da li-nha de Fechamento Plus, a embala-gem será comercializada no mercadobrasileiro ainda este ano.

alimentos processados na matriz,situada na capital paulista, e nas fi-liais de Mairinque e Araçatuba,também no Estado de São Paulo

CSN investeAlém dos investimentos dos cercade 25 fabricantes de latas de açoexistentes no país em tecnologias eprocessos que os tornem mais com-petitivos, a Companhia SiderúrgicaNacional (CSN) prevê aplicar 30milhões de dólares este ano na mo-dernização da produção de folha-

de-flandres para embalagens deóleos comestíveis e rações animais.Estão previstos, também, investi-mentos de 80 milhões de dólarespara uma nova fábrica da Metalic,de latas para bebidas, no Sudestedo país. A expectativa da empresa éque, somada à produção da fábricajá existente no Nordeste, a partici-pação da lata de aço no segmentosalte dos atuais 5% para 12%.Como se pode prever, o aço prome-te esquentar ainda mais a já aqueci-da guerra dos materiais.

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SERVIÇO

MAIS rotuladorasomo prometemos emedição anterior, apre-sentamos neste númerode EMBALAGEMMARCA

mais opções de rotuladoras dispo-níveis no mercado. Tendo em vistaas necessidades específicas de cadaindústria usuária, renovamos a su-gestão de se pesquisar muito antesde escolher definitivamente qualmodelo adquirir.

Vale lembrar os conselhos le-

cDiante da variedade de modelos, escolher não é nada fácil

vantados na reportagem anterior.Considere todos os aspectos, ava-liando suas reais necessidades e ascaracterísticas de sua linha de pro-dução e de embalagem. Peça omaior número possível de infor-mações ao fabricante ou ao repre-sentante do equipamento, para tera certeza de que está fazendo a es-colha certa – e para avaliar a qua-lidade do atendimento do vende-dor. Fatores como modularidade e

capacidade de expansões da má-quina, assistência técnica, garantiae opcionais – tudo, enfim – deveser levado em conta.

Se você não tem familiaridadecom as marcas e empresas queatuam no mercado, peça o conse-lho do seu fornecedor de rótulos,que poderá lhe dar uma assistênciaconsiderável. Usando o bom sensoe pesquisando, com certeza vocêencontrará aquilo que precisa.

KHS AnkerAo incorporar a conhecida fabri-cante de rotuladoras Anker, em1999, a KHS ampliou sua faixa deatuação. Hoje, não só a indústriade bebidas, para a qual a KHS jáfornecia rotuladoras de alta velo-cidade, mas todos os outrossegmentos industriais são aten-didos pela KHS Anker. A linha RF25/33, para a aplicação de rótu-los wrap-around, como os degarrafas PET de refrigerantes,pode atingir a velocidade de até42 000 aplicações por minuto,em embalagens cilíndricas ou re-

tangulares. Se a necessidade forversatilidade, há a linha Roland demáquinas rotativas, que aceitam otrabalho com cola fria ou rótulosauto-adesivos, em embalagensde diversos formatos, numavelocidade de até 36 000 apli-cações por hora. Há ainda aslinhas KL 2000, para velocida-des extremas (70 000 aplica-ções/hora com cola fria ou50 000/hora com auto-adesi-vos), a Variant, para rotularfrascos cilíndricos ou baldes ecaixas, e a Wiking, de rotula-

doras lineares para frascos deformatos variados.(11) 5096-3614 / (11) 6951-8100www.khs.com.br

Label SystemsOferecendo diversos tipos derotuladoras, a Label Systemstrabalha com linhas para váriasnecessidades. Há desde umapequena dispensadora portátilsemi-automática, a LS Baby100/70, que facilita o destaquede etiquetas em processos ma-

nuais, até equipamentos moder-nos como os modelos LS 100/1503C e LS 100/150 2C, rotuladorasautomáticas que são comandadaspelo Softlogic, software de últimageração. Estes últimos aplicam rótulos nafrente e no verso de embalagens

(cilíndricas ou poligonais) si-multaneamente, possibilitandoassim um processo sem paradade máquina. A velocidade de rotulagem é de20 metros por minuto.(11) 4158-3037www.labelsystems.com.br

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s PARA O MERCADOLabel Fix

Com usuários no Brasil comoNovartis, Laboratórios Aché,Avon, Johnson & Johnson, Pro-desmaq e Ceras Johnson, asrotuladoras da conhecida mar-ca australiana Tronics são co-mercializadas no mercado na-cional pela Label Fix. Todos osmovimentos nas máquinas (nãosomente do cabeçote aplicador)são regidos por motores depasso sincronizados entre si, oque garante precisão e ausên-cia de falhas, do-bras ou rugas naaplicação. Outrospontos de destaquesão os sensores fo-toelétricos, que ins-pecionam os fras-cos em todas asetapas da rotula-gem, a velocidadeajustável de aplica-ção de 30 até 250

frascos por minuto, o reduzidotempo de setup e o chassi refor-çado, que não vibra nem balan-ça. Há ainda opcionais comomarcadores hot-stamping paradatar os rótulos e alarmes de fi-nal de bobina ou falta de rótu-los. A Label Fix distribui as rotu-ladoras Tronics Série 3 e EconoSeries, estas últimas mais bási-cas e econômicas.(11) 3744-2669www.labelfix.com.br

TudelaLinhas de rotuladoras automáticase semi-automáticas são fabricadaspela Tudela. Para a aplicação deum rótulo sobre frascos redon-dos, a rotuladora automáticaRAR1, que utiliza motor de passo,tem estrutura em aço inoxidável,painel eletrônico destacável e in-versor de freqüência para ajustara velocidade da esteira, adaptan-do-se às mais diferentes linhas deprodução. É possível trabalharcom frascos de tamanhos varia-dos e a velocidade de rotulagem,dependendo das dimensões dorótulo, pode chegar a 8 000 unida-

des por hora. Já a linha de rotula-doras semi-automáticas é compos-ta pelos modelos RDR, para fras-cos redondos, e RDF, para frascosplanos e semi-planos, podendoaplicar em frente e verso. A ali-mentação de ambas é manual, e arotulagem é controlada por pedal,podendo chegar a até 1 500 aplica-ções por hora. Há ainda a possibi-lidade de adicionar em linha umdatador hot-stamping, da própriaTudela, para datar nos rótulos a fa-bricação, a validade e o lote.(11) 6941-6930www.tudelaindustria.cjb.net

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Willett

O sistema etiquetador DEA 02vem sendo trabalhado pela Wil-lett junto ao setor farmacêuti-co, às voltas com a recente pu-blicação de uma portaria gover-namental que estabelece nor-mas de identificação para pro-dutos acondicionados em am-polas. As principais características doproduto são bandeja de entradae saída de fácil extração e re-posição, capacidade de mudarrapidamente de produtos comdimensões diferentes, possibi-lidade de incluir uma codifica-dora ink jet na mesma opera-ção e sistema de segurança doprocesso. A velocidade de rotu-lagem é variável, podendo che-gar a 300 aplicações por minu-to. Outro produto da Willettpara a área de rotulagem é aaplicadora de etiquetas 210,com controle microprocessadoe que funciona a partir de mo-tor de passo, numa velocidadede aplicação de até 30 metrospor minuto. Sua memória inter-na armazena parâmetros paraaté dez produtos. Há uma sériede acessórios e kits que permi-tem alterar o método de aplica-ção sincronizado para jato dear ou tamp pneumático.(11) 4689-8855www.willett.com

Representada no país pela OmniRepresentação, a fabricante ameri-cana de rotuladoras automáticasQuadrel Labeling Systems está di-versificando linhas com novosprodutos. Dentro da categoria pre-mium, a rotuladora Premier temprecisão de 0,5 mm na aplicação,que pode chegar a uma velocidadede até 400 produtos por minuto.Para a indústria farmacêutica, aPharmaline PL30 é capaz de eti-quetar frascos cilíndricos de pe-queno diâmetro, especialmenteampolas – a alimentação e a saídasão feitas por sistema de bande-jas. A Versaline Vac Wrap tem ca-beçote aplicador que funciona a

Omnipartir de um sistema a vácuo, quepermite a inserção de dois rótulosem frascos cilíndricos, o que a tor-na própria para a indústria de bebi-das. Aplica de 150 a 200 rótulospor minuto, dependendo das di-mensões da embalagem e do rótu-lo. Já para uma “linha de comba-te”, de rotuladoras de baixo custopara trabalhos simples, a Quadreldispõe da Econoline, para até 6000aplicações por hora. A Quadrel ain-da produz impressoras/etiquetado-ras para processos de marcação ecodificação de caixas de expediçãoe embalagens de produtos.(11) 3167-2433 / (41) [email protected]

PavaxA Pavax representa no Brasil asmáquinas rotuladoras da empresaamericana Trine LabellingSystems, todas com grande apelode versatilidade. É o caso da Tri-ne Quick Change 4500, cuja ca-racterística mais marcante é a fa-cilidade na troca de ferramental,graças ao projeto modular e àspeças de rápido desencaixe. Issoa torna ideal para empresas queprocessam múltiplas linhas deprodutos com diferentes tama-nhos de embalagem. A máquinatambém elimina mudanças no

cortador, fazendo com que todosos tamanhos de rótulos possamser cortados. O projeto é robusto eseu painel de controle, com telasensível ao toque, é de operaçãointuitiva. (11) 4789-5511www.pavax.com.br

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MAKING OF

SOLUÇÃO profissionalempresa paulista de temperos Penina decidiu,no ano passado, modificar as embalagens desua linha de produtos. Voltados para um públi-

co de menor renda – mas nem por isso menos exigen-te –, os produtos precisavam ganhar uma imagem “maismoderna”, conforme o briefing passado pela empresa àHaus Design, agência a quem coube a tarefa.

“No briefing, devemos buscar o maior volume pos-sível de informações sobre o produto e sobre a empre-sa”, explica Gisela Schulzinger, diretora da agência dedesign. “Como a Penina tinha a intenção de mudar suasembalagens, mas não tinha clareza de como fazê-lo, co-meçamos a verificar qual era o significado de cada ele-mento da embalagem.”

Aagência foi aos pontos-de-venda onde os temperosPenina eram vendidos – supermercados menores, ataca-distas e distribuidores –, para analisar o comportamentodo público-alvo da marca frente à embalagem. “É pre-ciso verificar o que acontece no mercado”, recomendaGisela, “para que se possa fazer um verdadeiro diagnós-tico da embalagem que se quer mudar”.

Aprimeira coisa a ser mexida nas embalagens da Pe-nina, na percepção dos profissionais da Haus Design,era a marca. Na opinião de Gisela, “um dos principais

Ainda há quem aposte em soluções “mais baratas” na hora de definir o de si

credite: em plena época de globalizaçãoda economia e de competição mortal porfatias de mercado, ainda há empresas quedesenvolvem as embalagens de seus pro-

dutos do jeito caseiro. Fazem como o sujeito que,incomodado com as pessoas que na rua olham tortopara seu corte de cabelo, reconhece a necessidadede cuidar melhor da própria aparência. Vai então aum bom salão de cabeleireiro, vê a tabela de preçose lembra de uma amiga que corta o cabelo do filhoem casa. Para economizar, liga para ela, que ficasem jeito de recusar o pedido. Resultado: sua cabe-ça fica com o formato de um fundo de alcachofra, ospoucos reais economizados acabam custando caro.Da mesma forma, certas empresas, em vez de pro-curar especialistas, deixam a cargo de amigos ou“jovens talentosos com bons conhecimentos decomputação gráfica” a criação e o desenvolvimentode embalagens. Quando o produto vai mal nas gôn-dolas, os responsáveis ainda se perguntam, surpre-sos, o porquê do fiasco. Em negócios, é melhor dei-xar as coisas nas mãos de profissionais, lembrandoque a remuneração por eles cobrada para criar umaembalagem acaba sendo diluída na venda dos pro-dutos, por muito tempo.Para mostrar o trabalho desses profissionais, a par-tir desta edição, EMBALAGEMMARCA publicará, mensal-mente, um case de design explicado por quem o de-senvolveu. A intenção é mostrar que o design deembalagens é uma função complexa, que extrapolao bom grafismo. Com um bom design, pode haverganhos na logística do produto e economia na pro-dução das embalagens – além, é claro, de reforçar aimagem da marca e implementar vendas. Obviamen-te, o retorno de investimentos em design não é ga-rantido. Mas, ao menos, reduzem-se as chances defracasso.A agência que inaugura este espaço é a Haus De-sign, de São Paulo. Mas, desde já, todas as agên-cias (inclusive os departamentos internos das em-presas) e todos os designers interessados em cola-borar estão convidados a entrar em contato com aredação da revista, por telefone (11) 5181-6533 oupor e-mail (redaçã[email protected]). Esteespaço está aberto a todos.

A “A EMBALAGEM DEVEVALORIZAR A MARCA”

A

“Primeiro, trabalhou-sesobre as letras, que

transmitiam desequilíbrio,desorganização, um visual meio infantil”

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alOU JEITO caseiro ?de sign da embalagem, mas procurar especialistas ainda é o mais indicado

objetivos da embalagem, hoje em dia, é valorizar amarca que carrega”. Porém, como se tratava de umamarca já tradicional, não era possível fazer as modifi-cações abruptamente.

Alguns problemas foram identificados imediata-mente. Em primeiro lugar, era preciso mexer nas letras.“O espaçamento entre as letras, as próprias letras, ascores, tudo dava uma sensação de desequilíbrio, de de-sorganização, com um visual até um pouco infantil”,ressalta Gisela. “Do jeito que estava, passava-se aocliente uma sensação de pouco profissionalismo, e tudoisso poderia estar atrapalhando a percepção da marca.”

Além disso, a imagem da negra idosa, que apareciana parte inferior da embalagem, desvinculada da mar-ca, também passou por mudanças. “A mulher da emba-lagem era considerada pela empresa como a própriamarca”, conta Gisela. “Era ela que dava a identidadeaos produtos, era um elemento central na marca Peni-na.” Por isso, incorporou-se a figura à marca redese-nhada. “Depois, trabalhamos na ilustração, na lingua-gem do desenho.” Foi mantido o conceito, mas a negra

foi “rejuvenescida”, e ganhou um traço diferente. O re-sultado é que, de acordo com a agência, a nova marcaganhou personalidade mesmo fora das embalagens.

Nas análises de campo, descobriu-se também quenão era necessário o produto ficar tão exposto, comoacontecia com as embalagens antigas. Por isso, a jane-la foi diminuída, e ganhou uma ilustração com especia-rias e condimentos ao redor, de forma a aumentar oapelo visual da embalagem, mostrando o colorido doproduto. “Optamos pelo traço hiper-realista, e não poruma fotografia, porque os elementos têm diferentes ta-manhos, e a composição poderia perder harmonia.”

O fundo ficou amarelo. “É a cor que dá mais desta-que, que chama mais a atenção, e na ocasião não haviaconcorrentes diretos que usassem essa cor”, explica Gi-sela. “A intenção era diferenciar a embalagem na gôn-dola, frente à concorrência.”

Como conseqüência, a embalagem, que antes eraimpressa em flexografia com quatro cores, ganhoumais uma. O substrato, de BOPP, foi mantido na mu-dança (um pouco à frente, a empresa o substituiu porpoliéster póli).

O resultado, segundo a diretora da Haus Design, éque a imagem da marca Penina melhorou muito. “Oque eu acho mais fantástico é que a mudança das em-balagens modificou a mentalidade da empresa”, come-mora Gisela. “Hoje, estamos trabalhando para alteraras embalagens distribuídas para feiras, e estamos de-senvolvendo um estudo para diminuir os custos de to-das as linhas de embalagens da empresa.”

“A figura danegra foi

rejuvenescida,ganhou uma

nova linguagemde desenho e

foi incorporadaà marca”

“Diminuímos a janela e jogamos uma ilustraçãohiper-realista sobre um fundo amarelo, para dar

destaque no ponto-de-venda e valorizar a marca”

22design 23/05/01 17:26 Page 35

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Display

36 – EMBALAGEMMARCA • mai 2001

Etiqueta em forma de coração para atrair os enamoradosCom o objetivo de atrair a atençãopara o Dia dos Namorados, a Ar-cor está decorando os potes plásti-cos das balas Cofler, Butter Tof-fees e da linha de recheados comchocolate com uma peça auto-ade-siva no formato de um coraçãovermelho. Trata-se da etiqueta

Flag, da Novelprint, sistema queocupa espaço aéreo na gôndola ouprateleira, proporcionando apelovisual. “A solução é muito versátile não interfere no design da emba-lagem”, afirma Gilberto Colorni,chefe do departamento de designda Arcor.

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Visual de inverno

A cerveja Kaiser Bock volta aomercado nesse inverno comaparência reformulada. O novo rótulo apresenta ca-racterísticas mais refinadas ea indicação de que a produçãoé limitada. Criado pela agên-cia NewDesign, a apresenta-ção visual segue o conceito demodernização das embala-gens da Kaiser, iniciado em ja-neiro de 2000. Os rótulos sãoda Dixie-Toga.

A tradicional latinha das Pastilhas Val-da, no mercado há cem anos, agoratem uma companheira: embalagens deplástico similares a ela. A necessidadede uma nova versão surgiu de reclama-

Tradição dá lugar à praticidadeções dos consumidores, que estavamdescontentes com o som do metal emiti-do ao fechar ou abrir a latinha. A novaversão em plástico metalizado, desen-volvida pelo laboratório francês Canon-ne, apresenta um sistema de fechamen-to mais prático, basta girar e puxar. Se-gundo a empresa, as vendas aumenta-ram em 5% desde que foram coloca-das no mercado as novas embalagens,que são fornecidas pela Pevi Embala-gens Plásticas.

A agência B+G designers é a responsá-

vel pela alteração das embala-

gens da linha Caldo Maggi. A

fim de atribuir maior visibili-

dade nas prateleiras às emba-

lagens dos sabores Camarão,

Bacon e Legumes e Vegetais, a

agência desenvolveu a mesma

linguagem das versões tradicio-

nais – carne e galinha: um ícone

representando cada variedade. Além

disso, a marca Maggi ocupa um espa-

ço maior em toda a linha (inclusive nos

sabores tradicionais) e as cores foram

redefinidas. Os cartuchos são impres-

sos pelo Ibratec.

ÍCONES GARANTEM MAIOR VISIBILIDADE

ENERGÉTICO EM MULTIPACKSDurante a APAS 2001(Feira da AssociaçãoPaulista de Supermer-cados), a Flash Powerapresentou a embala-gem mutlipack da be-bida energética.

O multipack fornecidopela Riverwood-Igarasacomoda três ou seislatinhas de alumíniocom capacidade para250ml, importadas dainglesa Rexan.

O visual, elaboradoexclusivamente para aAmérica do Sul, é assi-nado pelos designersJimmy Leroy (MTV) eMarcelo Bergasse (Eye Dea).

22display 24/05/01 09:57 Page 36

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Display

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BANDEIRINHAS PARA ENTRAR NO CLIMAEm edição limitada, a Bauducco es-tará colocando nas prateleiras umalinha de produtos juninos. Inspiradonas decorações de Festas Juninas,o design assinado pela De Goes ga-nhou badeirinhas e chapéus de pa-lha. As embalagens flexíveis, emBOPP, são da Shellmar.

Embalagem segue sucesso da propagandaPara o Dia dos Namorados, a Sukita

vai aproveitar o clima de conquista

existente em seus comerciais para

lançar uma lata decorada com o

tema. Laranjas em forma de cora-

ção ilustrarão a embalagem que traz,

ainda, três opções de mensagens di-

ferentes (“Vamos dividir?”, “Vamos

tirar uma casquinha?” e “Alguém

que escolheu você não engole qual-

quer coisa”). Quem assina o design

é a Carillo Pastore Euro RSCG.

POTINHO INÉDITOPARA AS CRIANÇASA Danone está lançando o Danoni-nho para beber. Mas a novidade nãoestá apenas no produto. Sua emba-lagem também é inédita no merca-do. Voltada para o público infantil, agarrafinha vermelha, cor tradicionalda marca, possui 65g em um forma-to adaptado para o uso infantil. Co-mercializadas em multipacks de pa-pelcartão com seis unidades, daMead, as garrafinhas são fornecidaspela Logoplast. O rótulo adesivo éda Pimaco e a tampa de metal daAlcan.

Sabor inovadorpara marcaascendenteA marca de creme dental GessyCristal acaba de ganhar mais umsabor, Canela e Menta. O produ-to vem acondicionado em bisna-gas da Metalpack e os cartuchossão impressos pela Brasilgráfica.De acordo com pesquisa ACNielsen, a marca cresceu de4,8% em 1998 para 7,1% em2000 no share do mercado brasi-leiro de cremes dentais. O visualfoi desenvolvido pela R234.

Frascos modernos: arma da NielyCom frascos modernos, aNiely Cosméticos está lan-çando uma linha de produ-tos para os cabelos. As em-balagens de 300ml dosxampus e condicionadores ede 500ml do creme de hi-dratação são fornecidaspela Embalagens Maddox.Os rótulos, impressos emflexografia, são fornecidospelas empresas Prakolar,Multilabel, Grif e Escritolar.

Feitas na “Big Apple”Shine Free, a nova linha de pro-

dutos para maquiagem da

L’Oréal, é composta por três

produtos que combatem a oleo-

sidade da pele.

As embalagens da linha são

importadas, fornecidas pela Go-

tham New York, com design

concebido nos Estados Unidos.

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40– EMBALAGEMMARCA • mai 2001

PanoramaF

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A It’s Marketing Mix está lançando aUSE – Unidade de Soluções Estra-tégicas, divisão que tem a propostade oferecer serviços para todas asetapas do desenvolvimento de pro-

Serviços integrados e ágeisduto – engenharia de embalagem,especificação técnica de materiais,linha de produção, diagnóstico decadeia produtiva, exposição emPDV, desenvolvimento e especifica-ção de fornecedores, estratégias derelacionamento fabricante/usuário deembalagem, gestão de qualidade egestão ambiental. A It’s também estálançando a Clínica da Embalagem,ferramenta de busca personalizadade empresas fornecedoras da ca-deia de embalagem. Mais de 5 000fornecedores, de gráficas a fabrican-tes de máquinas, estão cadastradospelo serviço.(11) 5083-1304www.clinicadaembalagem.hpg.com.br

DE OLHO NA DEMANDASegundo dados da ABIA – Associa-

ção Brasileira da Indústria de Ali-

mentos, hoje mais de 25% das re-

feições são feitas fora do lar, e a

perspectiva é de crescimento de

7% desse comportamento neste

ano. Atenta a esta demanda, a

Plásticos Formar está lançando a

linha Food Pack Prática (FPP) de

embalagens termoformadas, do

tipo tampa e berço, com base em

polipropileno e corante atóxico.

São três itens, em formato retangu-

lar, com até três divisões, que po-

dem ir diretamente ao freezer e ao

microondas.

(11) 4056-3655www.formar.com.br

SIG assume negócios“Wet” da SasibComo mais um passo na política deexpansão de atividades globais, ogrupo suíço SIG está adquirindo dogrupo CIR as atividades da grandefabricante de máquinas Sasib naárea “Wet”, que compreende o pro-cessamento e embalagem de produ-tos alimentícios líquidos, nos merca-dos dos EUA, do México, do Brasil,da China e de filiais européias. Onegócio ainda está sujeito a aprova-ção das autoridades antitruste nacio-nais e internacionais. Caso aprova-do, a SIG irá atingir um volume denegócios de cerca de 3 bilhões defrancos suíços, e irá concentrar umamplo know-how, estando capacita-da a oferecer soluções completas nosetor de embalagem de líquidos ali-mentícios – nas áreas de sopro, en-chimento, rotulagem e logística. Deacordo com a Sasib, a operaçãotem uma lógica muito clara: os doisgrandes grupos têm interesses co-muns e convergentes, com uma so-breposição mínima em termos deprodutos e mercados, “o que tornaas possíveis sinergias evidentes.”M

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LACRE PARA PRODUTOS NOBRESPara garantir segurança, evitando

a adulteração de produtos, a No-

velprint acaba de lançar o Lacre

Antiviolação. “O produto tem na

parte superior uma camada de fil-

me sem cortes, enquanto a inferior

possui picotes”, explica Martin

Mato Marques, gerente de desen-

volvimento da Novelprint. O siste-

ma é ideal para embalagens de

produtos de alto valor agregado,

como eletrônicos, peças de auto-

móveis e produtos de linha branca.

Devido ao adesivo, agressivo, é

impossível remover o selo sem da-

nificar a embalagem. Há vários for-

matos e cores para o produto, de

acordo com a necessidade do

cliente.

(11) 3768-4111www.novelprint.com.br

Para acabamentosgráficosSerrilhadeiras, micro-serrilhadeiras,dobradeiras e envelopadoras são osprodutos que a Ribra está apresen-tando ao mercado. Com versões demesa e de gabinete, possuem ali-mentação automática e design robus-to, com desempenho adequado a pe-quenas ou grandes tiragens de em-presas gráficas.(11) 5575-0094 • www.ribra.com.br

22panorama 24/05/01 10:22 Page 40

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Panorama

Provedora de soluções em embala-gens para múltiplas unidades de pro-dutos, a ITW Hi-Cone está aumentan-do a possibilidade de seus clientes secomunicarem com o consumidor.Esse é o apelo que seus conhecidosanéis plásticos, para unir latas ou gar-rafas PET, potencializam com a incor-poração dos MPCs – MerchandisingPanel Carriers. São painéis incorpora-dos aos anéis que podem servir paradivulgar brindes, promoções com va-rejistas ou simplesmente como ferra-menta para dar visibilidade à marca efortalecê-la. “Podem até carregar opreço sugerido do produto”, diz DarcleNielsen, do marketing da ITW Hi-Coneno Brasil. A solução pode se encaixara todos os tipos de hi-cones produzi-dos pela ITW, desde os mais simplesaté os que incorporam alças, seja nalateral ou no topo da estrutura, oumesmo os com zíper para abertura.Pelo fato de virem impressos para a li-nha do cliente, dispensam investimen-tos de capital e de espaço. O produtovem sendo usado em larga escala porgrandes produtores de bebidas na Eu-ropa, Ásia e Estados Unidos.

(11) 4152-8436 / www.hi-cone.com

ITW aposta em multi-packs comunicativos

RECIPIENTE “DO MAL”

Como estratégia de marketing, aempresa americana Inter-Continen-tal Cigar Corporation resolveu ex-plorar o romantismo associado àépoca da Lei Seca, tempo em queos gângsteres dominavam o sub-mundo dos Estados Unidos. Paramarcar esse posicionamento, re-solveu expor sua cigarrilha, queleva o sugestivo nome Al Capone,em displays especiais. Eles têm ainusitada forma de um chapéu dotipo usado pelo lendário criminoso.A Advance Plastics Unlimited, quefabrica o recipiente, utilizou o copo-liéster Eastar, da Eastman, paraobter o resultado único. SegundoAbe Kolker, diretor da transforma-dora, a vantagem é que o copolí-mero da Eastman tem melhortransparência que o PVC e é resis-tente como policarbonato, porémmais econômico.

(1 423) 229-3078www.eastman.com

Os braços agradecemObservando a falta de praticidade para encaixar os galões

de água mineral nos suportes, a Cobrirel Indústria e Co-

mércio, fabricante de utilidades domésticas, lançou a Bom-

ba Prática, produto que promete acabar com esse proble-

ma. A bomba deve ser acondicionada dentro do garrafão e

presa em sua boca. Uma torneira controla a entrada e saída

da água. Dessa maneira, não há necessidade de virar a gar-

rafa de cabeça para baixo e não há desperdícios.

(11) 291-3155

NOVO LOGOTIPONa seção Panorama da edição an-terior, que abordava novidades da16

aedição da feira Fiepag, repro-

duzimos erroneamente o novo logo-tipo da Brasilcote Indústria de Pa-péis. O correto, desenvolvido re-centemente pela agência It’s Mar-keting Mix, é o que segue abaixo.

Nova presidência assume na ABIEFEmpossado no dia 3 de maio, Sér-

gio Haberfeld é o novo presidente

da ABIEF – Associação Brasileira da

Indústria de Embalagens Plásticas

Flexíveis. Em cerimônia de posse,

ele definiu como ações prioritárias

durante seu mandato a integração

da cadeia da embalagem flexível,

formar parcerias e alianças estraté-

gicas, dar ênfase à mudança de

imagem da embalagem flexível pe-

rante o meio ambiente, criar novos

canais de comunicação com o mer-

cado e fomentar a formação de no-

vos profissionais. Haberfeld tam-

bém acumula as presidências da

Abre – Associação Brasileira de Em-

balagem, da ULADE – União Latino-

americana de Embalagem e da WPO

– World Packaging Organization.

42– EMBALAGEMMARCA • mai 2001

22panorama 24/05/01 10:23 Page 42

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44– EMBALAGEMMARCA • mai 2001

EVENTOS

JUNHO• Fispal 2001 – Com as atenções voltadas para a segmen-

tação do setor alimentício, o Grupo Brasil Rio criou um novo

formato para a Fispal. Serão realizadas, simultaneamente,

de 19 a 22 de junho, a Fispal Alimentos & Bebidas, no Inter-

national Trade Mart, e a Fispal Tecnologia & Embalagem, no

Pavilhão de Exposições do Anhembi, oficializando a “Sema-

na Internacional da Alimentação no Brasil”.

Informações: (11) 3758-0996

• Techno Plus – 3ª Feira Internacional de Tecnologia para

as Indústrias Farmacêutica, Química e Cosmética, que a

partir de 2001 acontecerá integrada à Fispal Tecnologia &

Embalagem – 17ª Feira Internacional de Tecnologia & Em-

balagem para a Indústria Alimentícia. De 19 a 22 de junho

de 2001, das 10h às 19h no Pavilhão de Exposições do

Anhembi, São Paulo. Informações: (11) 3758-0996

JULHO• LatinPack 2001 – Quinta versão da conferência Premier

na América Latina sobre conversão de plásticos e embala-

gens no Mercosul. Serão apresentados trabalhos de extru-

são e co-extrusão de filmes e folhas, de impressão e versão

de filmes, novos desenvolvimentos em embalagens de bar-

reira e tecnologias emergentes em plásticos rígidos e flexí-

veis. Dias 11 e 12 de julho no hotel Deville, em Guarulhos,

São Paulo. Informações: (8) 47 577-2435.

• FCE Pharma – Feira de matérias-primas, embalagens,

serviços e equipamentos para a indústria farmacêutica. De

24 a 27 de julho no Expo Center Norte, São Paulo. Informa-

ções: (11) 3873-0081

• HBA South America – Matérias-primas, embalagens,

serviços e equipamentos para a indústria de cosméticos. De

24 a 27 de julho no Expo Center Norte, São Paulo. Informa-

ções: (11) 3873-0081

AGOSTO• Food Ingredients South America – Ingredientes e maté-

rias-primas de alimentos e equipamentos para laboratórios

da indústria alimentícia. De 1 a 3 de agosto no Expo Center

Norte, São Paulo. Informações: (11) 3873-0081

SETEMBRO• Envase 2001 – 7ª Exposição Internacional de Envase e

Embalagem e 2ª Exposição de Maquinaria e Equipamentos

para processamento de alimentos e bebidas. De 10 a 14 de

setembro no Centro de Exibições Costa Salgueiro, Buenos

Aires, Argentina. Informações: (54 11) 4957-0350 ou pelo e-

mail: [email protected]

• Cosmoprof Cosmética – Feira Internacional da Beleza.

21 a 24 de Setembro de 2001. Pavilhão de Exposições do

Anhembi, São Paulo. Informações: (11) 3826-9111

CORES: CONHECENDO E APLICANDO A LINGUA-GEM E SIGNIFICADOSWorkshop que tem o objetivo de estudar a linguagem dacor conhecendo sua sintaxe e semântica e como ela sediferencia entre diferentes países, povos e culturas. Noprograma, introdução à história da cor através dos siste-mas cromáticos e de sua relação com a arte, a ciência euma teoria da cor; introdução à metodologia do SCC –Sistema de Cores Cecor, com abordagem à sintaxe e se-mântica da cor; análise dos conceitos internacionais decores coordenadas para comunicação, organização e ex-pressão social e de sua contribuição para mais conforto,mais produtividade e maior segurança.O evento é voltado a profissionais de marketing, promo-ção e vendas de produtos ligados à cor, profissionais eestudantes das áreas de arquitetura, design, moda, deco-ração, comunicação visual e webdesign. O curso é minis-trado por Nelson Bavaresco, designer gráfico, artista plás-tico e pesquisador da cor. Dias 4, 5, 6, 7 e 8 de junho, na rua Nilo, 202, São Paulo. Informações: fax: (11) 288-8517 E-mail: [email protected]

QUALIDADE CONTRA CONTAMINAÇÃOPreocupado com a contaminação de bebidas por agentesmicrobiológicos, o Centro de Tecnologia de Alimentos ebebidas do Senai / RJ oferece o curso “A Garantia daQualidade Microbiológica nas Indústrias de Bebidas”. Ocurso, composto por palestras e orientações práticas, évoltado para os profissionais ligados ao setor de microbio-logia, controle de qualidade e à produção em uma indús-tria de bebidas. O evento acontece no Centro de Tecnolo-gia de Alimentos e Bebidas do Senai / RJ, Vassouras (RJ)nos dias 04 a 07 de junho ou 18 a 21 de junho. Informações: (24) 471-1004www.alimentos.senai.brE-mail: [email protected]

CONCURSO BAHIA DESIGN PARA ESTUDANTESAconteceu dia 17 de maio no Museu de Arte Moderna daBahia (MAM) a premiação e abertura da 2a. edição daMostra do Concurso Bahia Design para Estudantes.O concurso, realizado entre estudantes de cursos técni-cos e cursos superiores baianos desde 1999, é formadopor sete categorias: design de produtos, design de emba-lagens, design gráfico, fashion design, design de interfa-ces – multimídia e web, ensaio crítico e design de jóias.Dos 45 trabalhos inscritos, somente 23 serão expostos. A mostra permaneceu na Sala de Exposição II do Museude Arte Moderna da Bahia até o dia 27 de maio, quandoteve início uma exposição itinerante pelas instituições deensino participantes (UNEB, UFBA, UNIFACS, UCSAL eSENAI). O evento faz parte do Programa Bahia Design,instituído em 1996, que promove ações a fim de estimu-lar o desenvolvimento e evolução do design no estado edivulgar o trabalho baiano no país.(71) 343-1219www.fieb.org.br/bahiadesign/eventos_2001

22eventos 23/05/01 17:40 Page 44

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AlmanaqueAlmanaque

46 – EMBALAGEMMARCA • mai 2001

A caixa de fósforos nasceu deuma idéia do advogado ameri-cano Joshua Pusey, que a pa-tenteou em 1892.

Idéia luminosaUm golpe antes, dois prazeres depoisDeve-se à indústria derefrigerantes e seus for-necedores de garrafasde vidro a populariza-ção de uma brincadei-ra infantil até hojecomum em pequenascidades e mesmo naperiferia das metrópo-les: o jogo de bolas degude. No final do sécu-lo XIX, as “gasosas”eram vendidas em gar-

rafas de vidro. A tampa erauma esfera de vidro, fixadapelo aquecimento de umanel de ferro existente naboca do recipiente. Paraabrir, dava-se um golpeseco na esfera, que ia pa-rar no fundo da garrafa.A alegria da garotada vi-nha durante o consumo edepois, quando, quebra-das as garrafas, pegavamas bolinhas para brincar.

A imposição, vigente nos mostei-ros, de alimentação apenas umavez ao dia durante a Quaresmalevou os monges beneditinos ale-mães a apelar, no século IX,para uma espécie de chicana ca-nônica. Como ingerir líqüidosnão era proibido, os religiososnutriam-se de uma bebida fer-mentada, produzida à base decevada, lúpulo e outros cereais,que chamavam de “pão líqüi-do”. Quem imaginou que se tra-tava de cerveja? Bem, pelo

O jeitinho monástico foi longe RacionalizaçãodemoradaÉ mais ou menos de conhecimentogeral que a conserva de alimentosem lata nasceu de uma espécie deconcurso promovido pelo governofrancês para premiar quem inven-tasse uma maneira de manter a co-mida fresca por longo tempo etransportável a longa distância. Anovidade estreou em 1815, na Ba-talha de Waterloo, aquela em queNapoleão Bonaparte se deu mal. Oque menos gente sabe é que o abri-dor de latas só surgiria 40 anos de-pois, criado pelo inglês Robert Ya-tes. Durante quatro décadas as lataseram abertas com ajuda de faca,quando em casa, ou de baioneta, nocampo de batalha. Os mais práticosusavam martelo e talhadeira.

E assim nasceu o supermercadoO primeiro supermercado pareci-do com os atuais surgiu em 1930,idealizado pelo norte-americanoMichael Cullen, quando percebeuque o orçamento das pessoaspara as compras domésticas eramuito apertado: “Eu podia ven-der uma lata de leite a preço decusto se vendesse uma lata de er-vilha com lucro”, explicou. Antesdisso, lojas mais ou menos pare-cidas, em que os clientes se abas-teciam e pagavam ao sair, já exis-tiam desde 1879, também nos Es-

tados Unidos. Mas não eram con-cebidas dentro do conceito for-mulado por Cullen, que, compoucas diferenças básicas, vigoraaté hoje.

O carrinho de supermercado foicriado em 1936 pelo americanoS. N. Goldman, dono da StandardHumpty Dumpty Food Markets,como forma de estimular osclientes a comprar maiores quan-tidades de produtos.

What a

good

idea, Bob!

menos a Kaiser, que nos anos 90(do século XX) editava um jornaldirigido a revendedores, oBalcão de Notícias, com uma tirahumorística do Frade Barrica,personagem sedento por cerveja.

22almanaque 23/05/01 16:28 Page 1

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