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Ano IV • Nº 35 • Julho 2002 • R$ 6,00 www.embalagemmarca.com.br COBERTURA DA FISPAL AÇO: A NOVA LATA EXPANDIDA Profusão de oportunidades vai al ém do negócio de laminação de flexí veis Disputa tecnológica é acirrada com novos investimentos dos fabricantes Cada vez mais grandes empresas de especialidades químicas querem faturar com embalagens

Revista EmbalagemMarca 035 - Julho 2002

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Edição de julho de 2002 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.comSiga-nos também no Twitter: http://twitter.com/EmbalagemMarcaEsta edição está incompleta, sem os anúncios, pois foi recuperada de um arquivo muito antigo. Ainda assim é possível ler a maioria das matérias.

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Ano IV • Nº 35 • Julho 2002 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br

COBERTURA DA FISPAL • AÇO: A NOVA LATA EXPANDIDA

Profusão deoportunidadesvai além donegócio delaminaçãode flexíveis

Disputatecnológica

é acirrada com novos

investimentos dosfabricantes

Cada vez mais grandes empresas de

especialidades químicas querem faturar com embalagens

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em mesmo a con-quista do pentacam-

peonato mundial de fute-bol parece ter contribuídopara melhorar o astral bra-sileiro no que se refere àeconomia e aos negócios.Sem dúvida há razões paraisso, pois vivemos temposbicudos. Mas fala-se tantoser este um momento críti-co que perguntamos: quan-do, no Brasil, não foi?Visto que tempos de bo-nança parecem ser exce-ção, seria o caso de con-cluir que, apesar de tudo, obarco vai em frente. EmEMBALAGEMMARCA não sefaz o jogo de Poliana nemse usam os óculos do Dr.Pangloss, que via o mundo

sempre cor-de-rosa. Noentanto não há como dei-xar de observar indicado-res de que o mar talvez nãoesteja tão revolto.Nesta edição, por exem-plo, a reportagem de capa,de Leandro Haberli, mos-tra que a indústria de adesi-vos vem apresentando esti-mulante crescimento. Nãoserá porque a ampla redede empresas usuárias desseinsumo, em que o setor deembalagem se destaca, outiliza em crescente volu-me, produzindo artigosmais modernos e mais efi-cazes em suas funções?Além dessa reportagem,Leandro comparece comoutro serviço que sem dú-

vida será lido com muitointeresse. Na condição deúnico jornalista brasileiropresente, ele participou emjunho, em Paris, da apre-sentação prévia de umadas mais importantes feirasde embalagem do mundo,Emballage 2002. O eventoocorrerá em novembro, e aequipe de EMBALAGEM-MARCA estará lá, para fa-zer a cobertura jornalísticadiferenciada que caracteri-za seu conteúdo. Em maisuma amostra desse dife-rencial, chamo a atençãopara a cobertura da Fispal,feita por Guilherme Ka-mio. Até agosto.

Wilson Palhares

Apesar de tudo, o barco vai

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Não é preciso vertudo cor-de-rosa,mas há indicadoresde que o martalvez não estejatão revolto

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PERFILReferência no campodas embalagens devidro, a Wheatoncomemora 50 anos de atividades

CAPA: ADESIVOSMovimentação reflete o aquecimento do setor,tanto em adesivos paralaminação como em hot melts, PSAs,vernizes e aditivos

AUTO-ADESIVOSSeminário destaca aflexibilidade e as possibilidades de diferenciação e promoção através de soluções auto-adesivas

FEIRAAs novidades e umavisão sucinta da Fispal Tecnologia 2002

INOVAÇÃOLata expandida, umanovidade para mexercom o mercado deembalagens de aço

INTERNACIONALUma prévia exclusivado salão Emballage,que acontecerá emnovembro na França

EVENTO3º Fórum Internacionaldo Papelcartão mostratendências e caminhosem embalagem

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro [email protected]

Thays [email protected]

ColaboradoresJosué Machado e Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Wagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

[email protected] anual (11 exemplares): R$ 60,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Tiragem desta edição8 000 exemplares

Filiada ao

Impressa em papel couché mate 115 g/m2 (miolo) e

couché brilho 150 g/m2 (capa)da Cia. Suzano de Papel e Celulose

Impressão: Grande ABC

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

www.embalagemmarca.com.brO conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.

3 Editorial

Crise não deve invalidar a neces-sidade de crescimento e inovação

42 Almanaque

Fatos e curiosidades pouco conhecidos do mundo das marcas e das embalagens

40 Display

Lançamentos e novidades – eseus sistemas de embalagem

38 Panorama

Movimentação na indústria deembalagens e seus lançamentos

31 Painel Gráfico

Algumas novidades nas áreasde impressão e pré-impressão

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etalhes e episódios interessan-tes da trajetória de uma grandeempresa são alguns dos fatoresque determinam sua presença

nesta seção, destinada a mostrar como e emque ela pode ser útil à cadeia de embala-gem. Mas há casos em que a decisão se jus-tifica também por outras razões. A possibi-lidade de analisar, através exatamente deseu perfil, a evolução do mercado em quedeterminada empresa atua e está inserida éum desses critérios. No caso da vidrariaWheaton, companhia de origem americanaque completa cinquenta anos de Brasil nes-te mês de julho, as duas razões parecem vá-lidas para resumir sua história no país.

Maior fornecedora de embalagens paracosméticos e perfumes do Brasil, a Whea-ton testemunhou o cotidiano de um merca-do que se modificou fortemente nas últimasdécadas. A um só tempo a empresa viven-ciou e fez parte da consolidação de grandesfabricantes nacionais desses produtos, ecomo se não bastasse, também foi peça im-portante na introdução e no desenvolvi-mento da indústria farmacêutica no Brasil.

“Quando chegamos, ainda não existiaindústria farmacêutica por aqui, e os perfu-mes brasileiros eram em sua maioria artesa-nais”, lembra Renato Massara, diretor co-mercial da empresa. Nessa mesma época, aWheaton, que desde a década de 80 é for-mada por capital 100% nacional, obvia-mente não era uma indústria vidreira doporte atual, embora já trabalhasse com omaterial. “Chegamos para fabricar frascosinjetáveis de penicilina”, conta Massara.“Só depois de alguns anos, a Wheaton co-

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perfil

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50 anos crescendoJubileu de ouro da Wheaton reflete história industrial do Brasil

meçou a estratégia que resultou em suaatual posição no mercado de cosméticos,perfumes e produtos farmacêuticos.”

A situação começou a mudar sobretudoa partir do fornecimento para pequenas em-presas que então surgiam no cenário nacio-nal. Um dos casos mais emblemáticos re-monta ao final da década de 70, quandoquatro jovens sócios de uma farmácia demanipulação em Curitiba (PR) resolveramproduzir perfumes para a clientela local. Onegócio cresceu, culminando numa dasmaiores marcas do setor no país hoje, OBoticário. “Os fundadores do O Boticáriovieram a São Paulo para escolher a embala-gem inicial de seus perfumes”, lembra o di-retor da Wheaton. “Foi quando conhece-ram, em nossa fábrica, o modelo Ânfora,usado até hoje pela empresa.”

PioneirismoA Wheaton de fato cresceu acompanhandoos avanços do mercado nacional de cosmé-ticos. A gigante americana Avon, por exem-plo, é atendida pela vidraria desde sua che-gada ao país, no início dos anos 60. Ao lon-go da trajetória da paulistana Natura, váriosprojetos de embalagem desenvolvidos paraela pela Wheaton amealharam prêmios e setornaram clássicos do design brasileiro. “AWheaton se beneficiou por ter acreditadona evolução do mercado brasileiro de em-balagens”, interpreta Massara.

Unidade Produtiva:salto tecnológico

Frascos coloridos emoldes exclusivos:

tiragens acessíveis apequenos produtores

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Ao longo desses 50 anos de atuação noBrasil, tal crença se traduziu em uma filoso-fia de trabalho pontuada por constantes in-vestimentos em tecnologia e gerenciamen-to de processos de qualidade. Um exemploadvém do fato de que a Wheaton foi umadas primeiras vidrarias a oferecer no Brasilfrascos coloridos em tiragens baixas. Issofoi possível graças à inovadora tecnologiacolor feeder, na qual um canal alimentadorabastece a máquina com vidro colorido, en-quanto o restante do forno fica produzindovidro básico incolor. Foi uma maneira desuprir clientes que não estavam interessa-dos em modelos standard, mas que não ti-nham interesse ou necessidade de comprarlotes extensos, como os normalmente exigi-dos para a produção de modelos exclusivos.

Assim como o color feeder, outros in-vestimentos em modernização dos métodosde produção foram lastreados no início dosanos 90, quando se assistiu à abertura eco-nômica brasileira. Conforme explica Mas-sara, a chegada de um número crescente deperfumes e cosméticos importados forçouum salto tecnológico na produção nacionalde embalagens para esses produtos, umavez que a indústria usuária passou a ter pro-gressivo acesso aos projetos estrangeiros.“Tivemos de nos adaptar, aumentando aoferta de frascos exclusivos em tiragensmenores, e melhorando a textura, a aparên-cia e o brilho do vidro”, resume o diretor daWheaton.

A busca por diferenciais, contudo, nãose restringiu a períodos recentes na histó-ria da Wheaton. No começo dos anos 80, aempresa, que é uma das únicas grandes vi-drarias do país que não produz garrafasnem vidro plano, decidiu complementar asua atuação, criando duas novas compa-nhias dentro do grupo: a Farmacap, fabri-cante de tampas de borracha para o setorfarmacêutico; e a Viton, divisão voltada ao

mercado de embalagens plásticas paracosméticos e farmacêuticos, além de fabri-cante e exportadora de equipamentos paraa indústria vidreira.

InvestimentosAtualmente, a empresa está fornecendotambém vidros alimentícios, sobretudopara o mercado de geléias finas e molhosespeciais. Outro segmento de atuação forada tríade cosméticos-perfumes-farmacêuti-cos, responsável por mais de 80% do fatu-ramento da empresa, é o mercado de obje-tos de uso doméstico, onde a Wheaton pos-sui uma linha de pratos e copos para mesa.No conjunto dos setores em que atua, ogrupo contabiliza mais de 4 000 moldes. Acapacidade produtiva atual é de 800 mi-lhões de frascos/ano. Para o mercado far-macêutico, a empresa recentemente recons-tituiu um de seus maiores fornos, num in-vestimento declarado de mais de 10 mi-lhões de reais.

Como parte das comemorações de seucinqüentenário, a Wheaton participa da fei-ra conjunta HBA South América & FCEPharma (31 de julho a 2 de agosto), dirigi-da aos mercados farmacêutico e de cosmé-ticos. A empresa exibiu na ocasião boa par-te da evolução das embalagens de vidropara cosméticos e produtos farmacêuticosocorrida nos últimos cinqüenta anos. Portudo que testemunhou ao longo desse pe-ríodo, certamente não deverá faltar materialpara entreter os visitantes, mesmo os maisenvolvidos com a história da indústria vi-dreira no Brasil.

Perfumes e cosméticos

representam 80%do faturamento

da Wheaton

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EMPRESA EM NÚMEROS

• 2 200 funcionários• 4 000 moldes disponíveis• Capacidade de 800 milhões de frascos por ano• Mais de 20 linhas de produção

Wheaton(11) 4355-1818www.wheatondobrasil.com.br

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oucos fabricantes parecemter investido tanto para cres-cer na cadeia de fornecimen-to de matérias-primas para a

produção de embalagens quanto fizeramem tempos recentes os de adesivos e se-lantes. É uma movimentação compreen-sível, quando se constata que esse tipo deproduto desempenha papel progressiva-mente determinante nos mais diferentesmétodos modernos de produção. Mas é osetor de embalagem que surge como umadas principais propulsoras da surpreen-dente ampliação desse mercado.

Nas últimas três décadas, a produçãomundial de adesivos e selantes cresceumais de cinco vezes, ao mesmo tempo emque a cadeia do packaging se tornou umadas mais representativas para os fornece-dores dessa especialidade química (vergráfico na página ao lado). Na fatia que

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Novos caminhosAdesivos para embalagens vão além da laminação de flexíveis

cabe à embalagem, o negócio de lamina-ção de filmes flexíveis mantém o status,conquistado nos últimos anos, de maiorconsumidor de adesivos e selantes indus-triais. Mas tal condição, que pode ser re-sumidamente explicada pela explosão doconsumo daquele tipo de embalagens emtodo o mundo, não tem freado investi-mentos em outras áreas.

No Brasil, apesar da posição estratégi-ca da conversão de embalagens flexíveis,cada vez mais fabricantes de adesivos pri-vilegiam ações consagradas pelas boasperspectivas dos mercados de rótulos emontagem e fechamento de cartuchos ce-lulósicos. Investimentos significativossão observados também na área de emba-lagens secundárias para transporte, ondese nota crescente substituição de grampospor sistemas de fechamento que usam eti-quetas, fitas e adesivos. E é muito expres-

Por Leandro Haberli

Convertedores de filmes flexíveis são os maioresconsumidores de adesivos para embalagens, masdemanda do insumo cresce em outras frentes

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siva a movimentação no acabamento deembalagens promocionais, onde os rótu-los auto-adesivos são preponderantes.

Os nichos variam, abrindo oportuni-dades de migração para o mercado de em-balagens que não se restringem a empre-sas estrangeiras. “Hoje atuamos com ade-sivos para construção e fechamento decaixas de papel, além de selantes para ro-tulagem nas mais diferentes superfícies”,resume Alexandre Astolfi, gerente demercado da Artecola, cinqüentenária fa-bricante nacional de adesivos industriais.Forte fornecedora nas área gráficas, mo-veleira e têxtil, a Artecola concentra 30%de seu faturamento no mercado de emba-lagem, mesmo sem atuar na área de lami-nação de flexíveis.

Água não é problemaIgualmente interessada no mercado de ró-tulos, a HB Fuller é outra empresa de ade-sivos a ilustrar o poder de atração do mer-cado de embalagem. Depois de ter trazidoao país sua linha de adesivos sem solven-te para selagem e laminação de filmes fle-xíveis, a HB Fuller, situada em Sorocaba(SP), segue fortalecendo sua marca comofornecedora de adesivos para a indústriade rótulos. Um de seus pontos fortes apa-rece na área de bebidas, para a qual aempresa diz ter adesivos que mantêm osrótulos perfeitamente fixados, mesmoquando submersos em gelo e água.

Outra grande empresa de aditivos quí-micos que quer aumentar parcerias e ofornecimento de suas soluções para fabri-cantes de adesivos para embalagem é aCiba. Os produtos voltados a esse merca-do são constituídos pelas linhas de aditi-vos antioxidantes, disponíveis sob a mar-ca Irganox. Tais soluções têm empregoem duas frentes distintas: a indústria derótulos e os fabricantes de adesivos parafechamento de caixas e cartuchos de pa-pel cartão. Os aditivos são desenvolvidospara aumentar a aderência e a vida útildos selantes, sobretudo em condições ex-tremas de temperatura.

O exemplo da Ciba indica que o for-necimento de especialidades e bases in-dustriais para os fabricantes de adesivos écada vez mais estratégico no mundo quí-

mico. A mesma percepção vem à tonaquando se constata o caso da DuPont, quetambém tem se lançado na oferta de ma-térias-primas e adesivos para o mercadode embalagem. Contudo, o foco principalaí é a co-extrusão de materiais não com-patíveis, como os que compõem filmesflexíveis multicamadas. Para atender aesse setor, a gigante americana desenvol-veu a linha Bynel, composta por onze fa-mílias distintas de adesivos.

A Sovereign Specialty Chemicals,também americana, apresenta estratégiadistinta. Oficialmente no Brasil desde fe-vereiro último, quando ocorreu a inaugu-ração de sua sede em Vinhedo (SP), a em-presa se mostra interessada em forneceradesivos prontos para nichos específicosda cadeia brasileira de embalagem. Mes-mo tendo adquirido recentemente a ingle-sa Croda Adhesives, especializada emvernizes e adesivos direcionados justa-mente a embalagens flexíveis, a Sove-reign não apostará tudo no negócio de la-minação. “Nossa linha de produtos contacom adesivos próprios para embalagensflexíveis, inclusive de alimentos”, contaSilvana Reis, gerente-geral da Sovereign

Mercado mundial de adesivos21% - Envase e embalagem

20% - Do-it-yourself

20% - Consumo

14% - Indústria geral

12% - Madeira

9% - Auto

4% - Calçado

44% - Aquosos

21% - Hot Melts

14% - Com solventes

10% - Reativos

11% - Outros

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Adesivo granulado:foco no mercado

de rótulos e fechamento de cartuchos

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no Brasil. “Mas por enquanto daremosprioridade ao fornecimento para empre-sas de rótulos, além de investir fortemen-te no negócio de vernizes para acabamen-to gráfico de embalagens”, ela completa.

HegemoniaNão é exagero dizer que parte da cautelade alguns fabricantes quanto a investir nomercado brasileiro de laminação de flexí-veis pode ser explicada pelo atual papelda alemã Henkel no setor. A empresacontabiliza mais de duas décadas no país,e na área de embalagem fornece para osprincipais convertedores de filmes flexí-veis, às vezes em caráter de exclusivida-de. Estimativas internas dão conta de quea Henkel domina atualmente 70% domercado de laminação de filmes flexíveispara a cadeia de embalagem.

Apesar da posição privilegiada, a em-presa não está acomodada. Ciente daproximidade da chegada ao Brasil de nor-mas de segurança para evitar a contami-nação de alimentos acondicionados emembalagens laminadas, a Henkel tem in-vestido alto em pesquisa para trazer solu-ções a tal questão. Como explica JulioMuñoz Kampf, diretor da divisão de ade-sivos industriais para América do Sul, apreocupação da indústria alimentícia emevitar contato de seus produtos com subs-tâncias químicas da embalagem é cadavez mais evidente no Brasil. “Por issonossos esforços têm se voltado para a ga-rantia de cura total do adesivo durante oprocesso de laminação”, resume Muñoz.

Além da crescente oferta de adesivos

livres de solventes, ou solventless, grandetendência do mercado nos últimos anos, aHenkel continua desenvolvendo o quechama de adesivos de quarta geração. “Demaneira geral, são sistemas de fácil mani-pulação, com boa maquinabilidade e curarápida, com vistas à performance física eà segurança dos alimentos”, define o dire-tor da Henkel para a América do Sul.

Como demonstra o caso da Henkel,que planeja estratégias para não se tornarvítima do acirramento da concorrência, adinamização do mercado de adesivos es-palha a busca por diferenciais competiti-vos para atender a convertedores de em-balagens flexíveis. Depois de inaugurar,em abril, sua planta reformada de Jacareí(SP), a Rohm and Haas luta para ampliara presença de suas linhas de adesivospara laminação de embalagens flexíveis.

Porém, os 15 milhões de dólares in-vestidos na fábrica paulista, que foi ado-tada como modelo tecnológico na empre-sa (a nova unidade indiana da Rohm andHaas é inspirada na planta de Jacareí),deixam claro que, simultaneamente àárea de laminação de flexíveis, a empresaquer crescer forte no mercado de rotula-

Cartuchos celulósicos consomem cada vezmais adesivos

E o dólar?Atuando sobretudo, quando nãototalmente, com matérias-primasimportadas, os fabricantes de ade-sivos industriais são alvo de gran-des incertezas nos momentos deinstabilidade cambial. “A área deadesivos tem sofrido impacto ime-diato da freada econômica”, analisa Mauro Trevizan, diretor regio-nal de adesivos e selantes da Rohm and Haas. Apesar disso, elediz que a empresa tem se dedicado como nunca ao desenvolvi-mento de novos produtos. “Queremos alavancar essa estratégia,para que, ao acelerar-se novamente a economia, eles já estejamaprovados”, comenta Trevizan. Nessa filosofia, existe a possibili-dade, ainda não confirmada, de que a Rohm and Haas passe aproduzir no Brasil adesivos com cura por radiação, além da re-cém-incrementada linha de hot melts reativos.Na Artecola predomina percepção semelhante. “Mesmo com omercado de bens de consumo retraído, a área de embalagem temapresentado crescimento constante em nossa operação”, confirmaAlexandre Astolfi, gerente de mercado da empresa. Entre outrosfatores, o executivo observa que tal evolução é ocasionada pelacrescente substituição de grampos por sistemas adesivos para ofechamento de embalagens secundárias (foto).

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gem, etiquetas e fitas adesivas. Uma dasmetas é expandir a produção das bases deseus PSAs – pressure sensitive adhesives,ou adesivos sensíveis à pressão –, consu-midas basicamente por convertedores derótulos auto-adesivos. “Ao ampliar seuperfil de produção local, adicionando aosadesivos de PSA a produção de adesivospara laminação de filmes flexíveis, aRohm and Haas busca fortalecer suaposição de fornecedora completa de ade-sivos para conversão de embalagens”, dizMaria Cristina Santos Cunha Lima, ger-ente regional de marketing para adesivos.

Concorrente direta da Rohm and Haase da Henkel no mercado de laminação deflexíveis, a italiana Coim acalenta a espe-rança de se tornar a fornecedora líder deadesivos para o mercado de embalagem.Até o final do ano, a empresa deveráanunciar a finalização da ampliação desua fábrica brasileira, também localizadaem Vinhedo (SP). Nesse caso, além domercado de adesivos, a empresa investeno fornecimento de vernizes para selagema quente e primers para impressão e meta-lização “Queremos nacionalizar toda aprodução voltada à cadeia de embalagensflexíveis”, afirma Paulo Giorgiani, geren-te de produto da Coim no Brasil.

É verdade que toda a movimentaçãodos fabricantes de adesivos no mercadode embalagem se justifica por detalhesque passam desapercebidos pelos consu-midores. Mas o fato é que hoje não res-tam dúvidas de que os adesivos são cru-ciais para garantir a integridade do pro-duto e a vedação de uma embalagem.

Artecolawww.artecola.com.br(51) 598-2002

Brascolawww.brascola.com.br(11) 4173-2020

Cibawww.cibasc.com(11) 5532-7395

Coimwww.coimbrasil.com.br(19) 3876-3514

DuPont(11) 4166-8393www.dupont.com.br

HB Fullerwww.hbfuller.com(15) 236-6201

Henkelwww.henkel.com.br(11) 3848-2300

Rohm and Haaswww.rohmhaas.com(11) 5185-9000

Sovereign Specialty [email protected](19) 3876-9808

Quente como nuncaAo mesmo tempo em que o mercado de adesi-vos para embalagem se expande além da lami-nação de filmes flexíveis, a disputa tecnológicaentre as empresas se acirra. Com a profusão delançamentos, fabricantes tradicionais no cená-rio brasileiro têm se articulado para responder àdemanda por produtos mais eficientes. No mun-do dos adesivos, isso significa preço competiti-vo, secagem rápida, e, claro, selantes que nãodescolem indevidamente.São basicamente esses os diferenciais que tor-naram os hot melts líderes em fatias cada vezmais amplas do mercado de adesivos. Tecnolo-gia relativamente recente, os adesivos hot meltsão fundentes e, de maneira geral, podem serprocessados a temperaturas mais baixas, nor-malmente entre 100ºC e 120ºC, o que reverte emeconomia de energia. Além dessa vantagem,eles têm a seu favor a crescente preocupaçãode fabricantes e consumidores com a preserva-ção ambiental.“Os hot melts são ecologicamente corretos, ató-xicos, e cada vez mais garantem performanceexcelente em aplicações críticas, como nas em-balagens de produtos supergelados”, atesta Ro-berto Cestari, gerente de vendas da Brascola,tradicional fabricante de adesivos, que entroude cabeça nesse negócio em 2002. “É por issoque os adesivos com base em solventes estãosendo vítimas de migrações para os hot melts epara os adesivos com base em água.”Com 49 anos no mercado, a Brascola debutouna área de hot melts com a marca Brascomelt,no início do ano. Visando lastrear o objetivo deconquistar 5% desse mercado em três anos, aempresa acaba de adquirir a Colabene, fábricasituada em Campinas (SP), presente no merca-do de adesivos industriais desde 1974. A partirde agora, a Colabene passa a ser denominadaBrascola Tec.“Entre as indústrias atendidas pela nossa atua-ção com hot melts, como a automotiva, a de cal-çados e a de construção civil, a de embalagensé a que apresenta grandes perspectivas decrescimento”, aponta Cestari. Para um setordisputado por fabricantes globais de especiali-dades químicas, a Brascola já obteve resultadosexpressivos: participação de 1% em menos deseis meses de atuação, além de contar comclientes como Da Granja, Paulista, Leco, Itambé,Vinagre Castelo, Garoto, Panasonic e Alcoa.“Além da performance nas aplicações para em-balagens flexíveis, queremos difundir um dife-rencial no fechamento de cartuchos com nossalinha de hot melts”, ele sustenta.

Rótulos auto-adesivos promocionais:

nicho estratégico

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m tempos de vendas difíceis,como os atuais, um poderosoinstrumento para estreitar o re-lacionamento com clientes – e

assim possivelmente estimular encomen-das – é aproximar-se deles o máximo pos-sível, oferecendo-se para ajudá-los, justa-mente, a vender. Ou seja: a mágica está emir ao potencial comprador para prestar umserviço a ele, não só para vender. Ainda queesse ensinamento óbvio conste dos maisantigos “manuais do bom vendedor”, nãosão muitas as empresas que conseguem im-plementá-lo com êxito.

Há, entretanto, exemplos bem sucedi-dos. Um deles é o recentemente realizado1º Seminário de Ações Promocionais noPonto-de-Venda, com foco na força vende-dora dos rótulos auto-adesivos, partindo dofato de que eles atendem com absoluta efi-cácia a uma das necessidades vitais da pro-moção, que é a flexibilidade. O eventoabordou de forma específica a aplicaçãodesse recurso no segmento alimentício –em particular nas categorias de biscoitos,

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auto-adesivos

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A força da flexibilidadeSeminário debate vantagens dos rótulos em ações promocionais

balas, guloseimas, pães, achocolatados eprodutos voltados para a linha infantil.

Apesar do foco direcionado, os partici-pantes tiveram oportunidade de observarexemplos práticos de aplicações que podemoferecer bons resultados em economia decustos. Uma delas é o uso desse sistema derotulagem em embalagens flexíveis, comoforma de diversificá-las sem necessidade deimprimir e estocar muitos tipos. “A empre-sa pode fazer embalagens padronizadas ediferenciá-las com o uso de rótulos paracada variedade de produto”, exemplificouMarco Antonio Dias de Oliveira, diretor co-mercial da E-Packing, uma das empresasorganizadoras do seminário.

Outro aspecto atraente por ele destacadoé que tal recurso, além de não prejudicar ovisual da embalagem (“ao contrário, muitasvezes contribui para embelezá-lo”), pode in-crementar sua eficácia e ampliar funções.Mostrando como exemplo flow-packs detoalhas de papel umedecidas, para diferen-tes usos, ele ressaltou que os rótulos adesi-vos neles aplicados eram do tipo resselável,

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Diversificação semnecessidade de

imprimir e estocarmuitas embalagens

diferentes

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isto é, possibilitam fechar a embalagemapós o uso de cada unidade do produto. Elemostrou também que, com a aplicação deum pequeno auto-adesivo sobre o rótulo, oconsumidor tem a garantia de que será oprimeiro a abri-lo, já que o dispositivo desegurança se rompe quando isso acontece.Em outro exemplo, este sim promo-cional, uma cinta auto-adesi-va exerce dupla função: agre-ga duas unidades de um produ-to e substitui o selo de seguran-ça, já que passa sobre a ponta dorótulo resselável.

Integração da cadeiaOcorrido no final do mês passado, oseminário foi, em síntese, um encon-tro entre profissionais interessados emapresentar e vender seus produtos e servi-ços a outros, dispostos a encontrar, no quefoi apresentado, possíveis instrumentos for-talecedores de seu trabalho no campo pro-mocional. O evento reuniu no Hotel Ibis,em São Paulo, fornecedores e usuários deequipamentos e insumos de embalagens,pondo em prática um tipo de ação de que seouve falar muito, mas que pouco se vê: a in-tegração da cadeia produtiva.

Com apoio de EMBALAGEMMARCA, oSeminário, promovido pela Avery Denni-son do Brasil, líder no fornecimento de ba-ses para auto-adesivos, teve parceria daPrakolar Rótulos Auto-adesivos, da Bauch& Campos, maior fabri-cante brasileira de máqui-nas rotuladoras, e do E-Packing Group, seu repre-sentante comercial, de mar-keting e desenvolvimento.

Durante um dia, cerca dequarenta representantes deempresas usuárias de embalagense de agências de design puderamtrocar idéias sobre as possibili-dades de uso de materiais pro-mocionais, com ênfase em figurinhas e sti-ckers auto-adesivos aplicados automatica-mente. A iniciativa deu bom resultado, se-gundo avaliação dos participantes. O semi-nário consistiu de apresentações acompa-nhadas de debates. A seguir, um resumo daexposição de cada um dos apresentadores.

• Isabella Monteiro Galli, gerente demarketing da Avery Dennison do Brasil –Apresentou a empresa, destacando sua con-dição de líder mundial, com mais de 200

instalações ao redor do mundo. Ressal-tou a importância do rótulo do produtono ato da compra, quando funcionacomo poderoso fator de decisão peloconsumidor. “No ponto-de-vendaocorrem cerca de 85% das decisõesde compra”, disse. A força de atra-

ção do rótulo, segundo Isabella, está di-retamente ligada à qualidade

do material e às possibilida-des de criação que possibilita.

Afirmou que “o auto-ade-sivo é o rótulo que melhor se

adapta a qualquer situação”. Es-pecialmente, ele se transforma

numa grande oportunidade emcasos de promoção, já que oferece

enorme flexibilidade de uso. Isabella fezentão uma exposição de variadas formas derótulos promocionais, disponíveis no Brasilou de rápido internamento por meio da redemundial de instalações da Avery Dennison.Ela comparou ainda números de consumode auto-adesivos no Brasil e em outros paí-ses: enquanto nos Estados Unidos a médiaanual é de 12 m2 por pessoa e no México éde 4 m2, o consumo per capita é de 1,5m2.Isso mostraria não só o potencial de uso

desses rótulos, mas também, em de-corrência, o de estímulo de vendas deprodutos em geral.

• Lincoln Seragini, do Comitê deDesign da Associação Brasileira deEmbalagem (ABRE) – Convidado

para falar sobre a força da embalagemcomo instrumento promocional, Seragini,

que é diretor da SeraginiFarné Design, iniciou sua

palestra dizendo achardesnecessário reiterar a im-

portância da embalagemcomo ferramenta de promo-

ção de vendas. “Isso é tão ób-vio que seria redundante rea-

firmar, pois a boa embalagem é sempre pro-mocional”, disse. “Afinal, no auto-serviçoo que se dá é a venda visual, ou findability.”

Apesar dessa ressalva inicial, ele desta-

Flexíveis comdesenho padrão:diferenciação pormeio de rótulosauto-adesivos

A mesma função,com rótulos resseláveis

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cou serem incontáveis aspossibilidades de, utilizando-se a criatividade e os recursoscada vez mais avançados pos-tos à disposição do mercado,transformar a embalagem do pro-duto em estimulador de vendas.Ocorre que a disseminação detecnologias e de materiais de boaqualidade torna crucial a neces-sidade de realmente diferenciar-se, de modo a reforçar a marca,“o bem mais valioso da empresa”.

• Cees Chatziefstratiou, diretor comer-cial da Prakolar – Falou sobre a tecnologiae a versatilidade da conversão derótulos auto-adesivos e fez umaapresentação, acompanhada deprojeção de fotos de equipa-mentos disponíveis em suaempresa, todos com tecno-logia compatível com oestado da arte. Apresen-tou também embalagensrotuladas e amostras de rótulos produzidospela Prakolar, com variados recursos de im-pressão, como hot-stamping, holografia, re-levo e laminação. No caso específico deadesivos promocionais, Chatziefstratioudestacou que a Prakolar tem condições defornecê-los tanto em formatos planos, paramerchandising no ponto-de-venda (commateriais removíveis ou permanentes empapéis ou filmes, com ampla gama de re-cursos gráficos), quanto em rolos, para apli-cação automática ou semi-automática.

• Marco Antonio Dias de Oliveira, dire-tor comercial do E-Packing Group – Apre-sentou o perfil da Bauch & Campos, que de1994 a 2002 colocou mais de 2 200 cabeço-tes para aplicação de rótulos auto-adesivos,no Brasil, em países latino-americanos, nosEstados Unidos e na Europa, a partir dePortugal, onde tem filial. Esses números,segundo ele, “refletem a irreversível adesãoda indústria ao auto-adesivo”. No caso doBrasil, disse que, dentre os vários setoresem que a empresa atua, o que mais cresceem diferenciação de aplicação é o alimentí-cio. O diretor do E-Packing Group ressaltoua rapidez com que a empresa por ele repre-

sentada instala equipamentospara aplicação de auto-adesivos:até trinta dias para aplicaçãoexterna (face impressa do fil-

me) e até vinte dias para aplicação interna(interior do filme).

Marco Antonio mos-trou, através de projeções,os acessórios desenvolvidos– sempre com baixo acrésci-mo de custos – pela fábricapara a aplicação de rótulospromocionais, sem prejuízo davelocidade das máquinas. “Me-lhor ainda, sem enfeiar as emba-

lagens, pois ao contrário do que muitos po-tenciais usuários ainda pensam, o rótuloauto-adesivo aplicado numa embalagem

flexível, por exemplo, nãofica com rugas nem bo-

lhas.” Isso ocorrer, con-forme ele explicou, por-

que a aplicação não é feitano flow-pack ou no stand-

up pouch já contendo o pro-duto, mas no filme, antes que

a embalagem esteja formatada.

• Cláudio Mello, vice-presidente da As-sociação das Empresas de Marketing Pro-mocional (Ampro) – Lembrou que o mer-cado de ações promocionais, no qual se in-cluem as embalagens e seus complementos,cresce no país, dada a força que iniciativasdesse tipo exercem como estimulante devendas. No entanto, da mesma forma queas embalagens de linha dos produtos preci-sam destacar-se no ponto-de-venda, naspromoções é preciso ser diferente. Nessesentido, mais do que criatividade, é funda-mental inovar. “A inovação será a palavrade ordem nos próximos cinco ou dez anosnas atividades promocionais”, previu.

• Regina Blessa, pesquisadora do PopaiBrasil – Apresentou e interpretou em pro-fundidade os resultados do 1º Estudo sobreo Comportamento do Consumidor no Pon-to-de-Venda, realizado pelo Popai em 1998.Dada a extensão do trabalho, os interessa-dos em conhecê-lo poderão entrar em con-tato com a pesquisadora por intermédio doe-mail [email protected]

ABRE (11) 3082-9722www.abre.org.br

Ampro(11) 5055-5250/1751www.ampro.com.br

Avery Dennison0800 [email protected]

Bauch & Campos(11) 4785-2500www.bauchcampos.com.br

E-Packing(11) 3501-2852www.epackinggroup.com

Popai Brasil(11) 3284-6878www.popaibrasil.com.br

Prakolar(11) [email protected]

Seragini Farné(11) [email protected]

Com a aplicação dealguns rótulos,

redução de custos,antiviolação eretampamento

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ob uma interpretação fria, osdiversos indicadores econômi-cos que mostram a retração dopoder de consumo da popula-

ção nos últimos meses levariam a uma con-clusão simples: é arriscado investir em bensde capital e em modernização fabril semcontar com o lastro de perspectivas favorá-veis e confiáveis. Alguns fatores, contudo,surgem para abalar esse tipo de análise car-tesiana e mostrar que a economia é bastantecalcada em dinamismo e imprevisibilidade.

Um bom exemplo é a grande movimen-tação ocorrida na Fispal 2002. Segundo suaorganizadora, a Brasil Rio, a 18a edição dafeira gerou negócios de 3,2 bilhões de reaisno local dedicado aos fornecedores de má-quinas, embalagens, insumos e serviços,denominado Fispal Tecnologia. Tal espaço,no caso o pavilhão de exposições doAnhembi, em São Paulo, recebeu um totalde 54 700 visitantes entre os dias 18 e 21 dejunho. “Muitas empresas fecharam acordosaqui cujos valores representam até seis me-ses do seu faturamento anual”, comentaLuiz Fernando Pereira, diretor da feira.

A julgar pelos resultados, a divisão dafeira em dois pavilhões, inaugurada no ano

feira

S

Cadê a crise?

passado, reunindo expositores por perfil,parece ter se firmado. Nesta edição, as no-vidades foram o Fispal Pack Design Showe o Espaço ABRE do Meio Ambiente, ini-ciativas tomadas em conjunto com a Asso-ciação Brasileira de Embalagem.

Maior cosmopolitismoNa primeira, dezesseis agências de designmostraram seus trabalhos para cerca de3 000 profissionais em uma arena reserva-da. “Pela primeira vez nos apresentamoscomo um segmento industrial”, diz ManoelMüller, presidente do Comitê de Design daABRE. Já o Espaço do Meio Ambiente di-vulgou os projetos com ênfase na recicla-gem capitaneados por empresas de embala-gens. A votação popular do Prêmio ABREde Design de Embalagem também foi feitadurante a feira, com participação de 3 000pessoas – 1 100 a mais que no ano passado.

Também merecem lembrança outrosdois eventos conjugados à Fispal. Primeiro,o Brasil Pack Trends – Inovações e Tendên-cias, uma rodada de seminários organizadaem parceria com o Centro de Tecnologia deEmbalagem para Alimentos (Cetea). Emsegundo lugar, a 4a Techno Plus – Feira In-ternacional de Tecnologia para as IndústriasFarmacêutica, Química e Cosmética, queampliou o escopo do evento.

Caminhando para virar definitivamenteuma feira de embalagem, na qual a relaçãoexclusiva com a indústria alimentícia serálembrada apenas pela marca e pela origem,a Fispal Tecnologia recebeu, no total, 1 656expositores, espalhados em 35 mil metrosquadrados. Desses, 161 advinham de outrospaíses. Para o próximo ano, estima-se umaumento da área do evento em 9 000 me-tros quadrados, insuflado pelos segmentosde design e de insumos para embalagem.

EMBALAGEMMARCA mostra, a seguir, al-guns dos destaques exibidos pelos exposi-tores da Fispal 2002.

Fispal passa ao largo do pessimismo econômicoPor Guilherme Kamio

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MAIS OPÇÕES PARA ENVASE ASSÉPTICOA Tetra Pak introduziu ao mercado durante a Fispal os novosequipamentos TBA/22 e TBA/21. A primeira traz um novo pa-drão de capacidade de envase asséptico para alimentos líquidosem embalagens Tetra Brik Aseptic, com capacidade de 12 000embalagens de um litro por hora. Já a TBA/21 processa até8 000 unidades por hora, e trabalha com diversos tipos, forma-tos e volumes de caixinhas. O sistema permite o intercâmbiode volumes para as embalagens Tetra Brik Aseptic nos forma-tos Base e Slim, que podem ser de 1000ml, 500ml e 250ml, ea nova Tetra Prisma Aseptic de 1000ml Square – versão queconta com formato ergonômico e tampa ReCap 3P (foto).(11) 5501-3200 / www.tetrapak.com.br

MAIS FINO, PORÉM MAIS RESISTENTEA Suzano mostrou na Fispal o Super 6 Hi-Bulky, novo papelcartão duplex que antecipa uma nova geração de cartões comgramaturas mais reduzidas, mas que mantém o mesmo desem-penho dos anteriores em relação a rigidez e resistência estru-tural. Ademais, apresenta alta qualidade de impressão e versoclaro, limpo e homogêneo. Tais características o tornam um

atrativo a embalagens de alimen-tos como cereais matinais, mistu-ras para bolos e gelatinas, e a dedetergentes em pó, entre outrosprodutos. O Super Hi-Bulky en-contra-se disponível nas gramatu-ras 275, 300, 325, 350 e 375 g/m2.“A versão de 300 g/m2 equivale àsanteriores de 330 g/m2 ou até 350g/m2”, comenta André Bueno deMarco, gerente de produto-Papel-cartão da Suzano. “Como o consu-mo dos transformadores se dá pelopeso, o ganho em produtividadefica claro, proporcionando maiorvolume de embalagens impressaspor tonelada.”

(11) 3037-9495 / www.suzano.com.br

COMUNICA E PROTEGEUma nova solução foi mostrada pelaNovelprint na Fispal: um rótulo auto-adesivo com lacre termoencolhível. Talcombinação permite decorar e lacrar aembalagem numa única operação. Aparte decorativa auto-adesiva, inferior,pode ser elaborada em material plásticoou papel, enquanto o lacre, na parte su-perior, é confeccionado em PVC. O sis-tema protetor evidencia qualquer tenta-tiva de violação da embalagem no pon-to-de-venda, e tem picotes que facili-tam a abertura. Para a aplicação auto-mática, a Novelprint disponibiliza umarotuladora com um túnel de encolhi-mento acoplado, que pode ser colocadadiretamente na linha de produção docliente.(11) 3768-4111 / www.novelprint.com.br

SOPRO NACIONALA Sipa apresentou a sua primeira so-pradora de embalagens de PET fabrica-da no Brasil, a SF 8/4. O equipamento,do tipo linear, é capaz de produzir até4 800 garrafas por hora, com volumede até 2,5 litros, para os mais diferentessegmentos. “Sua nacionalização per-mite uma redução de investimento deaté 40% em relação ao similar, ante-riormente apenas importado”, diz Mar-celo Balarini, do departamento comer-cial da Sipa.(11) 4154-8300 / www.sipa.com.br

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PARA ALTAS VELOCIDADESDois lançamentos foram destacados pela Masipack. A principal vedeteera a Speedy Candy 2010, segundo a empresa a primeira máquina na-cional de alta velocidade para acondicionamento de balas em flowpacks, capaz de processar até 1 800 pacotes por minuto. Entre outrascaracterísticas, ela possui construção modular e seu CLP é um AllenBradley Control Logix. O outro destaque era a embaladora vertical ro-tativa Discovery (foto), que produz até 180 pacotes por minuto, traba-lhando com embalagens de até 250mm de largura.(11) 4178-8099 / www.masipack.com.br

CAFÉ PRESERVADO, CARTUCHOS EM ORDEMVisando atender as necessidades de pequenos e médios fabricantes, a Fabrimaapresentou sua nova encartuchadeira intermitente Cartopac-MI, que fecha até 100cartuchos por minuto e possui avançados opcionais. A empresa também dedicou es-pecial atenção à divulgação de sua parceria com a argentina Celomat, fabricante deválvulas desgaseificadoras auto-adesivas, que preservam as propriedades de cafésacondicionados em embalagens flexíveis com seu mecanismo de vazão unidirecio-nal – ou seja, liberam o gás carbônico exalado pelo café embalado e impedem a en-trada de aromas e outros gases no pacote. A Fabrima desenvolveu um aplicador paratais válvulas, para ser conjugado à linha de empacotadoras Flexibag.(11) 6465-2500 / www.fabrima.com.br

CÓDIGOS AVANÇADOSEm seu estande, a Comprint des-tacou a nova impressora por jatode tinta IPRO XHS, capaz de im-primir em altíssimas velocidadestextos em até quatro linhas de im-pressão, códigos de barras e códi-gos bidimensionais “snowflake”,entre outras características. Oequipamento é operado através deum teclado de membrana instaladoem seu gabinete e da tela VGA co-lorida com resolução de 640 x 480pixels, em que algumas funçõessão acessadas por touch screen. Osoftware da linha IPRO opera emambiente Windows, comandadopor um chip Pentium. É possívelarmazenar até 10 000 mensagens

em memória. A Comprint também apresentou um novo soft-ware para a criação de imagens a serem codificadas para a li-nha Jaguar II de impressoras, da ITW-Norwood MarkingSystems. Ele confere ao usuário maior facilidade de opera-ção na criação de logotipos, códigos de barras e texto alfanu-mérico. No estande, o novo software foi mostrado através deuma impressora Jaguar II instalada junto a uma empacota-deira flow pack modelo Rotobag, da Masipack.(11) 3371-3350 / www.comprint.com.br

APROVEITAMENTO DO VÁCUOEm seu estande, a Selovac apresentou aSC-480, embaladora a vácuo destinada aprodutos granulados. Ela proporciona se-lagem dupla e produz quatro embalagenspor ciclo, com até quatro ciclos por minu-to, com todo o processo comandado porCLP (foto). Outro destaque era o SelovacRS, equipamento de embalagem a vácuoque utiliza tampas do tipo abre-fácil, daRojek, com um diferencial: não necessitade vapor ou de atmosfera modificadapara trabalhar, ao contrário dos processosconvencionais. O Selovac RS destina-seao acondicionamento de qualquer produ-to com temperatura de envase abaixo de40o C a seco, como grãos, pós, maione-se, doces e pastosos, entre outros.(11) 5641-5599 / www.selovac.com.br

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ROTULAGEM PRECISAEntre seus equipamentos, a Kronesdestacou na Fispal a Autocol. Trata-sede uma rotuladora para auto-adesivostotalmente automática, que abarca to-dos os formatos de embalagem e quepossui várias opções de velocidade detrabalho. Tem alta precisão na aplica-ção e é indicada aos mercados quími-co, farmacêutico, de bebidas, cosméti-co e alimentício.(11) 4075-9600 / www.krones.com.br

RÁPIDO COM BANDEJASPara envolver alimentos acondicionados em bandejas com fil-mes stretch, a Ulma lançou a Galaxy, máquina automática dealta velocidade. Com construção anticorrosiva, duplo porta-bobinas motorizado, que realiza trocas automáticas, ajusteprogramável de comprimento de filme, para evitar desperdí-cios, e mecânica robusta, a Galaxy envolve até 60 bandejaspor minuto. Há vários opcionais disponíveis, como esteiras desaída por gravidade e sistema para utilização de filme impres-so, entre outros.(11) 5092-6060 / www.ulmapackaging.com

FAMÍLIA PEX EM CRESCIMENTOA linha PEX de papelcartão revestido por extrusão na origem com polietileno, lançada pela Ripasa na Fispal2001, ganhou nesta edição da feira novas variedades. São os cartões PEX com superfícies brilhantes ou foscas,que podem ser revestidos com polietileno branco, transparente ou colorido, agregando valor visual, e o PEX comtratamento Corona, que garante maior confiabilidade nas impressões em off-set ouflexografia em sua superfície. A Ripasa também anunciou durante o evento um inves-timento de 10 milhões de dólares para aperfeiçoar sua linha produtivade papéis-cartão, o que inclui compra de maquinário, aqui-sição de novas tecnologias e ampliação de instalações. 0800 113257 / www.ripasa.com.br

MAIS OPÇÕES EM POTES DE PETPara o segmento de frutas, a Plásticos Formar lançou na Fispal a TBAR500, recipiente que segue o padrão internacional de embalagens para expor-tação de morangos e uvas, comportando também outras frutas de pequenocalibre. Fabricada em PET cristal, totalmente reciclável e atóxica, a TBAR500 tem sistema de travas para fechamento e aberturas laterais, inferiores esuperiores para deixar o produto respirar e permitir trocas gasosas, evitan-do a fermentação da fruta. A Formar também lançou o FP Oval 400, numformato que a empresa diz ter exclusividade no Brasil, em PET (foto). Éideal para frutas secas, condimentos, candies e bombons, entre outros.(11) 4056-3655 / www.formar.com.br

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ORBITAL AUTO-SUFICIENTEEnvolvedora de filme stretch do tipo orbital, a GL-2000 foi mostrada emfuncionamento no estande da Cyklop do Brasil. Pode trabalhar com car-gas de tamanhos variados, com produtos que não ocupam todo o palete ouenvolvendo produtos que pedem tensão de filme e relação de estiramentodiferenciados. A máquina vem com quatro programas diferentes para en-volvimento, que podem ser selecionados no display frontal do painel oudiretamente no CLP interno. Porém o principal atrativo da GL-2000 é oexclusivo sistema de estiramento motorizado alimentado por um banco debaterias, recarregadas quando a máquina está em stand-by. Isso faz comque o conjunto anel giratório/cabeçote motorizado fique praticamente li-vre de manutenção, pela ausência de pistas de cobre e de escovas de car-vão para a transferência de potência e sinal.(11) 4173-2000 / www.cyklop.com.br

GRANDES CARACTERESEm primeira mão na Fispal, as codificadoras C7 eC3000, da Domino, foram destacadas no estande daSunnyvale. Ambas são dedicadas a impressões degrandes caracteres para caixas de transporte e bande-jas. A C7 armazena até 50 mensagens em memória eutiliza tinta à base de água, enquanto a C3000, de altaresolução, também imprime códigos de barras e até200 caracteres por linha, com altura de até 35mm, uti-lizando tintas à base de óleo, amigáveis ao ambiente.(11) 3048-0121 / www.sunnyvale.com.br

SANDUÍCHE PROTETORHardSystem é o nome do novo sistemade embalagens da Irani, que une combi-nações de dois ou três tipos de ondas adiferentes papéis e adesivos especiais,proporcionando a construção de embala-gens de grandes dimensões. O papelãoondulado utilizado no sistema é 100%reciclável. De acordo com a empresa, oHardSystem permite reduzir custos emestocagem, empilhamento e transportede produtos pesados ou sensíveis.(11) 4154-8200www.irani.com.br/hardsystem

CARGA PESADANo estande da Montex o destaque era o paletizador automá-tico de caixas PC-250. Com construção estável de duas colu-nas, presta-se para a paletização de caixas, sacos ou outrasembalagens, numa capacidade de duas camadas por minuto.A capacidade do empilhador é de até 15 paletes, e a operaçãoé toda controlada através de painel elétrico.(11) 5062-3978 / [email protected]

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om a diferenciação no ponto-de-venda transformada empoderoso fator de vendas, atéde sobrevivência dos produ-

tos e das marcas, a lata de aço vinha pa-decendo de uma desvantagem que dia-a-dia se agravava frente aos materiais con-correntes no Brasil: seu perfil limitava-seaos formatos cilíndrico, oval, quadrado eretangular. Essa mesmice chegou ao fim.

A Bertol Embalagens, empresa doGrupo Bertol, de Passo Fundo (RS), jáestá produzindo no país, com tecnologiafrancesa e folha da CSN, latas expandi-das, que entre outras vantagens oferecema possibilidade de diversificação de for-mas. A moderna embalagem estréia no

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inovação

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Lata (de aço) plásticaRecipientes de folha-de-flandres podem ter perfis diferenciados

país de forma plena: já está no mercado,pelas mãos da Conservas Oderich, de SãoSebastião do Caí (RS), que a adotou parasua Linha Premium. Apresentada no volu-me de 338ml, essa linha é composta deonze variedades de produtos: maioneseclássica e light, salsicha tradicional e Pe-ritif (aperitivo), jardineira, ervilhas rei-dratadas, milho verde, molho de tomaterefogado, molho para pizza, supremo defranco e extrato de tomate. Todas têmtampa de abertura fácil, e as informaçõessão em português e espanhol.

Na opinião de Enrique Eyras Maio, di-retor industrial da Bertol, a introdução datecnologia de fabricação de latas expandi-das no Brasil, “com níveis de qualidade

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similares aos dos produtos europeus, con-tribuirá para que a embalagem de aço,que já tem mais de 100 anos, volte a seraquela que sempre se definiu como a dostrês B’s – boa, bonita e barata”.

Eyras reconhece uma desvantagem dalata expandida em comparação com a lataconvencional: a espessura de sua folha émaior, ou seja, de 0,19mm, contra os ha-bituais 0,15mm. Porém, ele argumentaque, enquanto esta é uma folha de duplaredução, a da lata expandida é de simplesredução. “Vale dizer que o custo indus-trial é mais baixo”, diz. “Além disso, aexpansão pode chegar a 18% ou 20%, demodo que, juntando os dois fatores decustos (redução e expansão), a desvanta-gem é compensada.”

A Bertol investiu 3 milhões de dólaresem três anos, dos quais 600 mil na má-quina expansora, da marca Sabatie, fran-cesa. Com autorização do fabricante fran-cês, patenteou para o Brasil o processo defabricação e o design. “Temos vários sha-

pes diferentes patenteados”, conta Eyras.Um deles, para óleo comestível, poderáser lançado em setembro próximo. Nessacategoria de produto, o diretor industrialda Bertol acredita que o Brasil caminhapara adotar o padrão de 1 litro (e frações),“quebrando o paradigma de 900ml”.

Quebra de paradigmaNa verdade, a estréia da lata expandida járepresenta uma quebra de paradigma, nãosó pela forma, mas pelo tipo de um dosprodutos lançados pela Oderich, a maio-nese (“a primeira e única em lata”). O pa-drão de referência nessa categoria é o re-cipiente de vidro, não obstante exceçõescomo bisnagas plásticas e sachês parauso individual e potes plásticos para con-sumo institucional. A propósito, MarcosOderich, diretor da Conservas Oderich,diz que “um dos grandes desafios do lan-çamento dos produtos na lata expandida équebrar grandes paradigmas, como esseda maionese”. Segundo ele, o produto

Uma embalagem que é fruto da integraçãoO lançamento da lata de aço expandida no Brasil repre-senta, de certa forma, uma inovação de procedimentoempresarial. Ele é fruto da integração de elos da cadeiaprodutiva. No caso, juntaram esforços a fornecedora damatéria-prima (CSN), a indústria transformadora (Ber-tol) e a usuária (Oderich). “Quando a Bertol nos apre-sentou o projeto, não hesitamos em dar apoio para quetrouxesse da França para o Brasil a tecnologia Sabatiede fabricação”, conta Sérgio Iunis, gerente de canais emarketing da Unidade de Mercado Embalagem da CSN.Em que consiste esse apoio? Para começar, a CSN de-senvolveu uma folha-de-flandres específica para a fabri-cação de latas expandidas. Fez também todos os testesnecessários, em seu centro de pesquisa, em Volta Re-donda, além de dar assistência técnica diretamente àOderich, para que o desempenho em linha fosse perfeito.Como se tratava de um lançamento pioneiro, lembra Iu-nis, a CSN deu ainda “forte apoio institucional” naapresentação da Linha Premium na feira da APAS e naFispal, recentemente realizadas em São Paulo. Iunisadianta que a empresa deverá ainda apoiar campanhaspublicitária e em pontos-de-venda. Esse apoio não selimita ao projeto da lata expandida. “A empresa estádisposta a apoiar qualquer projeto de lata de aço noBrasil”, ele afirma.Dentro dessa estratégia, a CSN tem como contratada aagência especializada Packing Design, que desenvolve

projetos de embalagens para os clientes das metalgráfi-cas usuárias da matéria-prima. O design gráfico da Li-nha Premium da Oderich é resultado desse trabalho.Para uma embalagem com o mesmo perfil, destinada acafé solúvel, a agência utilizou, com excelente resulta-do, design desenvolvido pelo designer Roney Camelopara o Projeto Flexofilm e Design, lançado por EMBALA-GEMMARCA em parceria com sete empresas (Votocel, Fle-xopower, Liofol, Arco Convert, Fotograv, Tupahue ePacking). O mesmo design foi aplicado numa lata con-vencional, com tampa Abre-Fácil da Metalgráfica Rojek,igualmente com bom resultado.

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com a marca de sua empresa “será o car-ro-chefe para alavancar os demais”. Aslatas de maionese terão sobretampa, jáque habitualmente o consumidor não uti-liza todo o conteúdo de uma vez.

Oderich conta que, ao optar pela ado-ção da lata expandida, estava “agarrandouma oportunidade”: oferecer um diferen-cial num mercado em que, segundo ele,basicamente há nivelamento por baixo,pois o consumidor nem semprepercebe diferenças dequalidade dos produtos.“A lata expandida dá umaconotação de modernidade eevolução a uma emba-lagem consagradahá mais de um sécu-lo”, ele diz. “Mantém asvantagens tradicionais dalata de aço, como segurança,hermeticidade, resistência e har-monia com o meio ambiente, com umacréscimo: a versatilidade de formas.”

Mesmo eventuais perdas logísticas re-sultantes do formato irregular das latassão superáveis. A Oderich desenvolveucaixas de papelão ondulado para dozeunidades, a fim de facilitar a movimenta-ção. No empilhamento não há prejuízoem relação à lata convencional. Para dis-tâncias maiores, uma opção é empilharlatas boca a boca, o que gera economia deespaço de aproximadamente 16% em re-

lação ao empilhamento normal.Isso porque a capacidade vo-

lumétrica da lata expandi-da é 14% maior que a

de uma lata conven-cional da mesma altura.

Inicialmente a Li-nha Premium está

presente em São Paulo,Rio de Janeiro e Minas Ge-

rais, onde a empresa espera “con-quistar clientes que talvez não estives-

sem motivados para comprar produtos si-tuados num nível mais elevado”.

35lata expandida 17/07/02 19:56 Page 30

Page 21: Revista EmbalagemMarca 035 - Julho 2002

jul 2002 • EMBALAGEMMARCA – 31

Um guia de cores sem preconceitoComo se comportará determinada to-nalidade de cor sobre fundo preto naimpressão final? Designers e diretoresde arte enfrentam freqüentementeesse problema, que poderia ser resol-vido de maneira relativamente fácil sedispusessem de uma boa escala decores. Trata-se de uma ferramentaque, teoricamente, estaria à disposi-ção de qualquer profissional com amesma facilidade que um eletricista,por exemplo, dispõe de um alicate.No entanto, em geral as escalas decores fornecidas pelas gráficas são li-mitadas em sua extensão e parecempadecer de sério preconceito: não in-cluem o preto nas combinações de co-res. Habitualmente impressas sobrefundo branco não permitem ao profis-sional visualizar com antecedência o

O CtP flexo “mais rápido do mundo”A Creo está aumentando sua

família de CtPs para flexogra-

fia, com a série Thermoflex,

composta por soluções de na-

tureza térmica voltadas ao

segmento de embalagens para

gravação em chapas de foto-

polímero. Os equipamentos

possuem características e van-

tagens específicas relativas a

velocidade, capacidade de pro-

cessamento e qualidade.

Segundo a Alphaprint, que re-

presenta os produtos Creo no

Brasil, o CtP ThermoFlex

5280V é conceituado como o

CtP térmico mais veloz do

mercado, alcançando até 5,5

metros quadrados/hora em

gravação de fotopolímero. O

equipamento proporciona au-

mento de 38% na velocidade

de exposição em relação aos

modelos anteriores, e sua área

de gravação de imagem pode

chegar até 1 321 x 2 032cm.

“Combinado às necessidades

atuais de produção, supera to-

dos os outros sistemas de

CtP”, assegura Bob Dalton, ge-

rente de produto para impres-

são flexográfica da Creo. Ou-

tro modelo é a ThermoFlex

4048, um complemento da sé-

rie, desenvolvido para proces-

samento de chapas com for-

mato até 90 x 120 centíme-

tros, com qualidade apurada

de pontos.

(11) 3816-4747

[email protected]

www.alphaprint.com.br

resultado das cores desejadas se ofundo não for esse. Vivendo o proble-ma no dia-a-dia, a Elmefaria Comuni-cação e Design, de São Paulo, desen-volveu Uma Luz sobre as Cores –Guia Prático de Quadricromia, conten-do 18 mil combinações de cores sobrefundo branco e 18 mil sobre fundopreto. São ao todo 153 páginas com121 amostras de cor sobre fundobranco e outras 153 sobre fundo pretoem cada uma.O guia está disponível para download,sem custo, no site da Elmefaria, emarquivo PDF de 1,2 mega. Quando éclicada uma tonalidade em fundobranco, um link remete para a mesmatonalidade sobre fundo preto. No roda-pé das páginas há plateas que abrempara sugestões de combinações decores não muito habituais. Denise Fa-ria, da área de atendimento e sócia daagência, observa que “existem incon-táveis combinações de cores que aca-bam sendo esquecidas até por faltade tempo”. A transformação do guia,idealizado por Mauro Elme, diretor decriação e sócio, poderá vir a ser im-presso, se se concretizarem entendi-mentos para obter patrocinadores.(11) [email protected]

Prêmio Pini tem duas novas categoriasA 12ª edição do Prêmio Fernando Pini de Excelência Grá-fica, promovido pela Associação Brasileira de TecnologiaGráfica (ABTG) e pela Associação Brasileira da IndústriaGráfica (Abigraf), inclui este ano novas categorias, entreelas revistas, tablóides e cardápios. Foram criados os seg-mentos Produtos impressos em rotativa offset heatset e Im-pressão digital e sob demanda. São as seguintes as cate-gorias de cada um dos dois novos segmentos:• Produtos impressos em rotativa offset heatset – Livros, Re-vistas semanais, Revistas em geral, Catálogos promocio-nais, Tablóides e Folhetos promocionais• Impressão digital e sob demanda: Impressão digital, Impressão digital com dadosvariáveis, Impressão DI (direct-imaging/direct-to-plate) e Campanhas.As inscrições encerram-se dia 25 de setembro próximo. A entrega dos prêmiosacontecerá em 28 de novembro, na casa de espetáculos Olympia, em São Paulo. ABTG – tel./fax: 11-6693-9535 • [email protected] completo no site www.abtg.org.br

35painel 17/07/02 20:14 Page 31

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Evento da Heidelberg debate embalagens e rótulosA Heidelberg promoveu durante trêsdias no final de junho último, na PrintMedia Academy, em São Paulo, o 1ºInforum – Embalagens e Rótulos. Naocasião, profissionais do mercado noBrasil, convidados pela empresa, ti-veram oportunidade de discutir novi-dades, tendências e tecnologias dis-poníveis, com especialistas de fabri-cantes de equipamentos para a áreaem todo o mundo.O foco central dos trabalhos do 1ºInforum baseou-se na atual situaçãode mercado, assim sintetizada porAlberto Ambran, gerente de produ-tos, rótulos e embalagens da Heidel-berg Brasil: “A disputa pela atençãodo consumidor em shoppings, hiper-mercados e magazines está levandoa uma valorização sem precedentesdos fatores alta qualidade e atrativosvisuais. Com o rótulo e a embala-gem assumindo papel preponderan-

te na sedução do consumidor, as co-res, brilhos, relevo e hot stampingganham destaque. O desafio estáem atender essa demanda sem au-mentar os custos da embalagem esem onerar o fabricante no produtofinal, uma vez que a concorrência ea diversidade de marcas são cadavez maiores.” Por sua vez, o presidente da Heidel-berg para a América Latina, DieterBrandt, disse ser necessário lembrar

a diversidade de produtos, que au-menta, e as tiragens individuais, quediminuem. “Essa tendência para em-balagens cada vez mais personali-zadas é o que torna lucrativo, porexemplo, o mercado de embalagensde tamanho médio”, ele disse. “Nãose pode esquecer a diversidade cul-tural e demográfica no Brasil e naAmérica Latina, onde temos embala-gens dos modelos mais básicos atéos mais sofisticados, e que além dis-so, sofrem as influências da globali-zação.” A solução para resolver essacomplicada equação, na opinião doexecutivo, é a padronização dos pro-cessos e o aumento de produtivida-de, através de investimentos em tec-nologia e processos integrados, pro-jetados de forma individualizadapara cada cliente.(11) [email protected]

Assinatura por 1 ano (11 exemplares): 1 x R$ 60,00 2 x 32,50Forma de pagamento: Cobrança bancária Depósito em conta corrente

Preencha os dados abaixo e envie a ficha de inscrição por fax. Se preferir, preencha o formulário em nosso site www.embalagemmarca.com.br).

NOME COMPLETO:

EMPRESA (RAZÃO SOCIAL):

CARGO:

ENDEREÇO:

CIDADE: ESTADO: CEP:

TELEFONE: ( ) RAMAL: FAX: ( )

E-MAIL:

RAMO DE ATIVIDADE DA EMPRESA:

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA:

Telefone: (11) 5181-6533Fax: (11) 5182-9463

35painel 17/07/02 20:14 Page 32

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jul 2002 • EMBALAGEMMARCA – 33

e de maneira geral a falta deentusiasmo com que algumasempresas e profissionais, in-clusive de embalagem, pare-

cem encarar a participação em feiras denegócio é resultado da existência de even-tos com conteúdos e perfis de visitaçãocontestáveis, não há dúvida de que muitasdessas exposições são ótimas oportunida-des para estreitar o relacionamento com opúblico que de fato interessa.

Na cadeia mundial de embalagem, umpequeno grupo de feiras des-fruta dessa condição. Den-tre elas está certamente osalão francês Emballage,que se consolidou ao longo deseus 55 anos como uma dasmaiores referências para quemquer estar a par ou tecer laçoscomerciais na arrojada indús-tria européia de embalagem.Basta dizer que, segundo seusorganizadores, trata-se da se-gunda maior feira de seu segmento nomundo, atrás apenas daalemã Interpack.

Foco na organizaçãoRealizado a distâncias de no mínimo umsemestre dos concorrentes, o salão Em-ballage, que acontece bienalmente emParis, também consolidou uma tradição:todos os anos em que acontece, o even-to é precedido de uma série de reuniõespara adiantar as principais novidades dafeira que está por vir. Não foi diferentecom a aproximação da edição deste ano,que acontecerá entre os dias 18 e 22 denovembro, no badalado e moderno par-que de exposições de Paris-Nord Ville-pinte.

Buscando antecipar a seus leitores oconteúdo e as novidades dessa abran-gente feira, a reportagem de EMBALA-

internacional

S

Aperitivo francêsUma prévia do salão Emballage 2002, que acontece em novembro

GEMMARCA foi a única representantebrasileira presente às conferências pré-vias de Emballage 2002, feitas durantedois dias de junho último, na sempre es-fuziante capital francesa.

Além do fim óbvio de atualizar seusleitores quanto aos principais

eventos mundiais de embala-gem, com este tipo de servi-ço a revista visa permitir

que as pessoas eventualmenteinteressadas em visitar ospavilhões dessa que é aterceira maior feira de ne-gócios da França – atrás

apenas da SIAL, gigante daárea alimentícia; e da Maison

& Objet, tradicional exposi-ção de móveis e decoração –tenham em mãos material quelhes dê boa idéia daquilo quepoderão encontrar por lá.

Com 95% das 2 700 va-gas para expositores já nego-ciadas, o salão deste ano pro-mete estar mais movimen-

tado e amplo do que nun-ca. As expectativas de público superama casa de 160 000 visitantes, num uni-verso em que mais de 40% deverão sercompostos por não-franceses. As forne-cedoras de embalagens deverão ocuparmetade do espaço destinado a exposito-res, seguidas pelos fabricantes de má-quinas e equipamentos de embalagem(ver gráfico).

Emballage 2002 também consagraráparcerias, como a iniciada dois anos atráscom a conhecida feira de processamentoalimentício IPA. Isso significa que, nova-mente, os eventos ocorrerão em Villepin-te ao mesmo tempo. Assim, com uma úni-ca credencial o visitante terá acesso tam-bém às novidades tecnológicas apresenta-das pela indústria alimentícia na IPA.

Leandro Haberli, enviado especial a Paris

Mais informações:www.emballage2002.com

No Brasil:(11) 3081-1255

35emballage2002 17/07/02 20:25 Page 33

Page 24: Revista EmbalagemMarca 035 - Julho 2002

34 – EMBALAGEMMARCA • jul 2002

Por falar em credenciamento, o even-to traz outra inovação merecedora deelogios. Trata-se da possibilidade desolicitar, via internet, um kit deidentificação e acesso às maisdiferentes partes da exposição.Além dos tradicionais mapasdos corredores da feira e deesquemas dos meios deacesso aos pavilhões, o pa-cote, entregue previamenteno endereço que o visitanteindicar, traz material com di-cas úteis de hospedagem, tu-rismo e lazer em Paris.

Dentro da intenção de permitirque público e expositores entrem emcontato com o que há de mais interessan-te e novo em embalagem para variadossegmentos do varejo, será mantida esseano uma das principais atrações das duasúltimas edições do salão, o “Club Espa-ce Deluxe”, área específica para a expo-sição de produtos finos e sofisticados.Ante a natural vocação francesa por talsegmento, não surpreende a expectativade que o espaço deverá acolher mais de140 expositores.

É um número expressivo parapadrões brasileiros, mas com-preensível, considerando quecerca de 10% do mercadomundial de embalagem sãoabsorvidos pelo consumode produtos sofisticados.Hábil exploradora desse fi-lão, a França é responsávelpor boa parte das exporta-ções mundiais de perfume,produto em que o custo da em-balagem gira em torno de 50% deseu valor. Nesse sentido, parece sen-sato reconhecer que, além das desejadasfragrâncias e marcas dos perfumes fran-ceses, o grande vendedor neste caso é aembalagem.

O salão francês deste ano tambémestá lançando um novo espaço, destina-do ao mercado de rótulos e etiquetas.Trata-se da Label Village, localizadabem no meio da enorme área em que seconcentrarão as empresas de marcação,

codificação e impressão. A “aldeia” teráapoio da Unfea (União Francesa dos Fa-bricantes de Rótulos Adesivos). Os or-

ganizadores esperam a presença decinqüenta empresas expositoras.

Depois da França, o país commaior presença deverá ser a Itá-lia, num reflexo do que ocorreno perfil geral dos expositoresde Emballage 2002.

Ainda que seja uma amos-tra abrangente do mercado

francês de embalagem, que re-presenta o oitavo maior setor in-

dustrial naquele país hoje, comuma movimentação anual estimada

em 20 bilhões de dólares, o salão Em-ballage faz jus à fama de ser um doseventos mais abrangentes da cadeia depackaging. Isso por que, pela terceiravez consecutiva, a feira escolherá umpaís para ser tema de conferências e pa-lestras, além de exposição específicapara divulgar suas empresas de embala-gem.

Vez do CanadáDepois de divulgar Brasil e Índia, em

1998 e 2000, respectivamente, Em-ballage 2002 contará com um am-

plo espaço sobre o mercado ca-nadense de embalagem. Pelosresultados positivos das edi-ções anteriores, a homenagemdeste ano certamente atrairágrande número de empresas eprofissionais de embalagem

do Canadá, de maneira queessa pode ser mais uma razão

para visitar o salão em novembro.Com o debate acerca da demasia-

da assiduidade das feiras de negócio al-cançando diversos setores produtivos, ainiciativa do salão Emballage de divulgaruma prévia torna-se especialmente lou-vável. Afinal, parece não restar dúvidasde que hoje é preciso ser criterioso antesde investir em estandes, ou reservar hotele comprar passagens para visitar uma ex-posição renomada – sob pena de ter re-torno aquém do esperado, ou exposiçãoineficaz da marca.

PERFIL DOSEXPOSITORES

PERFIL DOSVISITANTES

EmbalagensMáquinas

Outros

Profissionais da área alimentícia

Profissionais da indústria

farmacêutica ede cosméticosFabricantes de

embalagensIndústria usuáriade embalagem

Outros

41%

20%

17%

17%

39%

7%

9%

50%

35emballage2002 17/07/02 20:25 Page 34

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a disputa entre os materiais deembalagem, chama a atençãouma particular similaridadecom o que vem acontecendo

nas guerras reais. Cada vez mais, as armasescolhidas pelas indústrias são de fina pre-cisão. Exemplo disso é o Fórum Internacio-nal do Papelcartão, promovido pela Asso-ciação Brasileira de Celulose e Papel (Bra-celpa). O evento, parte da Campanha Pa-pelcartão, busca atingir diretamente aquelesque têm papel decisivo nos projetos de em-balagem, nos mais variados segmentos.

Sua terceira edição ocorreu no últimodia 11 de junho, no Hotel Maksoud Plaza,em São Paulo. O roteiro: palestras e umarodada de discussões para difundir as van-tagens do material no acondicionamento deprodutos. Os aspectos favoráveis ao uso domaterial para embalagens foram frisados

36 – EMBALAGEMMARCA • jul 2002

evento

N

Com fina precisãoGuerra dos materiais: papel cartão ataca com Fórum Internacional

pelo presidente da Bracelpa, Boris Tabacof,logo na abertura do evento. “O papel cartãoproporciona alta qualidade de impressão,permite criatividade em design e conta comatributos amigáveis ao ambiente, como ofato de ser reciclável, biodegradável e obti-do a partir de recursos naturais renováveis”.

José Soares, coordenador da CampanhaPapelcartão, destacou uma pesquisa feitacom consumidores finais na ocasião do Diado Meio Ambiente (5 de junho), na qualmuitos deles declararam ser favoráveis àsembalagens feitas de papel cartão. “O públi-co está progressivamente atentando para olado ecologicamente correto das embala-gens de papel cartão”, ele defendeu.

Iniciando a sessão de palestras, FábioPando, presidente do Comitê de MarcasPróprias da Associação Brasileira de Super-mercados (ABRAS), professor do MBA de

FO

TO

S:

ST

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IO A

G –

AN

DR

É G

OD

OY

35papelcartao 18/07/02 14:36 Page 36

Page 26: Revista EmbalagemMarca 035 - Julho 2002

jul 2002 • EMBALAGEMMARCA – 37

Marketing da ESPM e da Anhembi Mo-rumbi e diretor da Horizon Consulting,abordou “A importância da embalagem nodesenvolvimento dos produtos de marcaprópria”. Ele resgatou a história das marcaspróprias no país através dasua apresentação no varejo,onde evoluíram de embala-gens genéricas, sem marca,passaram por uma difusãode itens contendo a marcado varejista para endossá-los, até chegarem às mar-cas exclusivas e de fanta-sia, hoje comuns.

Segundo Pando, “o fatode o varejo não ter comoinvestir da mesma formaque a indústria em mídia efortalecimento de marca tor-na ainda mais fundamental o papel da em-balagem para as marcas próprias”. Nessesentido, o papel cartão traria as seguintesvantagens ao varejista que trabalha comitens próprios: estoques menores, maiorapelo visual da embalagem e possibilidadede rápidas alterações.

Preferência do consumidorEm seguida, Celso Hiroo Ienaga, sócio-diretor da Dextron ManagementConsulting, apresentou os re-sultados de um estudo sobrea competitividade do Pa-pelcartão, encomendadopela Bracelpa. A pesquisamostrou preferência dos consu-midores por embalagens de papelcartão frente a outros materiais, nota-damente o plástico. Elas atendem, entreoutros, a requisitos como fácil manuseio,beleza e facilidade de armazenagem. Iena-ga também atentou para a importância cres-cente dos aspectos ambientais da embala-gem, que já têm impacto sobretudo entre osconsumidores que moram sozinhos.

Com o objetivo de fornecer uma visãode um usuário, o bastão da sessão foi passa-do a Paulo Eduardo Cabral, gerente de de-senvolvimento de embalagem da Sadia. Otema de sua apresentação foi “Desenvolvi-mento de embalagens cartonadas: conec-tando processos”. Cabral contou um pouco

sobre o funcionamento de seu departamen-to e relatou benefícios que a evolução dasembalagens cartonadas trouxe às estraté-gias traçadas pela Sadia nos últimos anos.

Trevor Frederick Styles, gerente geralde marketing da AmcorCartonboard, única fa-bricante australiana depapel cartão, proporcio-nou ao público umacomparação entre os pa-noramas para o papelcartão em seu país e oBrasil, com “Papelcartãono século 21: uma visãoaustraliana”. Os princi-pais desafios, para as in-dústrias de ambos ospaíses, são similares: a

busca por cartões mais emais sofisticados, que atendam progressi-vos requisitos de processo tais como rigideze rendimento, e incentivar a percepção dopapel cartão como um material amigo doambiente, através de campanhas e de fo-mento à reciclagem e reaproveitamento.

Neste último quesito, Styles contoucomo coordena as ações da Amcor, ancora-

das na campanha Australian RecycledCartonboard (ARC). Um logoti-

po foi criado através de umacompetição entre estu-

dantes, e uma forte cam-panha de mídia, paralela

ao trabalho junto aos usuá-rios de embalagem, tratou de

divulgar a iniciativa. Um dado in-teressante: no país dos cangurus,

pesquisas detectaram que 81% dosconsumidores preferem embalagens

originadas de papéis reciclados. O profissional da Amcor encerrou mos-

trando algumas tendências no uso de papelcartão para embalagem no mercado austra-liano, o que “casou” com a subseqüenteapresentação, de Assunta Napolitano Cami-lo, gerente de desenvolvimento de produtoe marketing da Ripasa, que divulgou ao pú-blico cases de embalagens diferenciadas depapel cartão (foto maior) – internacionais edo mercado brasileiro, algumas delas agra-ciadas com o WorldStar, prêmio da WorldPackaging Organisation (WPO).

Caixas de cereais,da Nestlé britânica,com CDs e cards

holográficos.Recurso promo-cional adotadono Brasil para

Corn Flakes, comStar Wars

Caixa dechampagne

francesa que vira balde

para gelo

Bracelpa0800 102131www.papelcartao.com.br

35papelcartao 18/07/02 14:36 Page 37

Page 27: Revista EmbalagemMarca 035 - Julho 2002

38 – EMBALAGEMMARCA • jul 2002

Plus no MéxicoSucesso no Brasil com mais de 200milhões de unidades vendidas, aslatas com fechamento Plus e Bi-plus, da Brasilata, estão chegandoao México neste mês por meio decontrato assinado com o GrupoZapata, maior fabricante local deembalagens de aço.

Qualidade 2000A Prakolar acaba de ganhar a cer-tificação NBR ISO 9001/2000. Se-gundo a empresa, é a primeiracertificação da versão 2000 con-ferida ao segmento de rótulosauto-adesivos.

Maior alcance...Porto Alegre está na mira daAvery Dennison. A fornecedora debases auto-adesivas e papéis pararótulos anunciou a instalação deum novo centro de distribuição nacapital gaúcha, que deverá entrarem funcionamento no fim do ter-ceiro trimestre.

...nos PampasO objetivo é reforçar o suporte àregião, “especialmente quandoaumentarem as necessidades re-lacionadas com a recente aquisi-ção da JAC”, diz Jorge Luis Ore-juela, gerente geral da empresano Brasil. O centro terá produtosda linha gráfica, materiais de rolodas linhas Fasson e JAC e pessoallocal para atendimento ao cliente.

Centro de suporte à cadeiaA Associação Brasileira de Embala-gem (ABRE) está divulgando o lança-mento do Centro Nacional de Apoioao Desenvolvimento de Embalagens(CENADE). Trata-se de um banco dedados atualizado sobre o mercadode embalagem, que oferece buscade fornecedores e dados estratégi-cos e de mercado, entre outrosserviços. O CENADE pode ser con-sultado a partir do site da ABRE

(www.abre.org.br). Maiores informa-ções pelo telefone (11) 3082-9722 oupelo e-mail [email protected].

O foco agora é em soluçõesNuma extensão de seu processo dereestruturação, iniciado em 1998com a associação a Varga Empreen-dimentos, a Kentinha, uma das prin-cipais fabricantes de embalagenspara alimentos do país, passa a sechamar KenPack Soluções em Em-

balagens. A decisão está em sinto-nia com a implementação de umasérie de investimentos na fábrica deDiadema (SP) e com a adoção deum novo modelo de gestão corpora-tiva. “O novo nome sintetiza as mu-danças e representa melhor o posi-cionamento estratégico da empresa,voltada hoje para oferecer amploconjunto de produtos e serviços”,afirma José Homero Moreira Filho,presidente da KenPack Soluções.(11) 4057-6000 • www.kenpack.com.br

Lições e reflexões sobre designA editora Rosari está lançando um conjunto de livros que discute o panora-

ma do design no país. Entre os destaques, “Designer não é personal trai-

ner”, seleção de mais de 50 crônicas da jornalista Adélia Borges publicadas

no jornal Gazeta Mercantil; “Textos recentes e escritos históricos”, de Ale-

xandre Wollner, que documenta a história do design gráfico nas últimas cin-

co décadas e reflete sobre a profissão de designer; “O tipo da gráfica – uma

continuação”, que reúne artigos do designer Claudio Ferlauto publicados em

jornais e revistas de São Paulo e Porto Alegre; e “Projeto tipográfico – Análi-

se e produção de fontes digitais”, de Claudio Rocha, que traz o panorama da

evolução técnica na tipografia, dos primórdios à Internet.

(11) 5571-7704 • [email protected]

PRÊMIO ABRE 2001Na edição nº 26 de EMBALAGEMMARCA

(setembro de 2001), no Documento

Especial em que foram divulgados os

ganhadores do Prêmio ABRE de

Design de Embalagem 2001, o crédito

de uma das empresa que recebeu

Menção Honrosa na categoria Design

de Embalagem para Saúde como con-

vertedora saiu errado, por falha de infor-

mação da assessoria de imprensa en-

tão contratada. Onde saiu Box Print

Grupograf deve-se ler Flor de Acácia. O

nome da outra citada como convertedo-

ra premiada, Sunnyvale, está correto.

35panorama 17/07/02 20:32 Page 38

Page 28: Revista EmbalagemMarca 035 - Julho 2002

40 – EMBALAGEMMARCA • jul 2002

Ferla lança sopa de aveia semiprontaJá está no mercado a nova linha deSopas de Aveia semiprontas da Fer-la, que dá início ao processo de ex-pansão da marca. No segundo se-mestre, a empresa colocará no mer-cado outros produtos em diferentessegmentos. A Ferla já investiu R$ 500 mil no desenvolvimento dos novos produtos, campanhas de marketing e promoção. As novas sopas têm trêssabores: aveia comgalinha, aveia com le-

gumes e aveia com cereais e legu-mes. Para preparar, basta despejaro conteúdo do envelope em uma pa-nela com água e cozinhar por 3 mi-nutos. A embalagem flexível de 40gé produzida com filme de poliéster,com impressão interna, camada depolietileno e filme de alumínio, maisadesivo e filme de polietileno. O de-sign foi desenvolvido pela House

Design e o fabricante dasembalagens é a ShellmarEmbalagem Moderna.

Schincariol investe em sucos prontosAtenta à expansão do consumode sucos prontos no país, quecresceu 47% no ano passado(dados Nielsen), a Schincariollançou seu primeiro produto nes-se segmento, com a marca Skin-ka. Trata-se de uma bebida àbase de sucos naturais, enriqueci-da com vitamina C e oferecidaem embalagens PET de 450ml.São duas versões: frutas cítricas(laranja, tangerina e limão) e fru-tas vermelhas (maçã, morango egoiaba). O lançamento faz parte da estra-tégia de ampliação do portfóliode produtos da Schincariol, quejá atua no segmento de cervejas,refrigerantes e águas minerais. Para o desenvolvimento e lança-mento de Skinka, foram analisa-dos o potencial de mercado, tan-to em volume como em valor, ca-nais de distribuição e venda, ti-pos de embalagem, preços e con-corrência.

Frascos de PVC para fitoterápicosOs Laboratórios Bio-Medicin estão

lançando no mercado uma nova li-

nha de cosméticos elaborados com

extratos naturais da Amazônia.

A marca Potyra inicia sua linha com

dois tipos de xampus, dois tipos

de condicionadores e o Óleo Perfu-

mado Potyra.

O xampu à base de Juá (considera-

do um detergente natural) vai aten-

der o público que tem cabelos nor-

mais a oleosos. O condicionador

tem, além do Juá, o Cupuaçu, que

tem o poder de hidratar e proteger

os fios, deixando-os mais leves e

soltos. O xampu com extratos de

Mutamba é direcionado a quem tem

cabelos danificados ou ressecados.

O condicionador, à base

de Mutamba e Copaíba hi-

drata e protege os fios. O

Óleo Perfumado tem es-

sências naturais, como

guaraná, e deve ser usado

diretamente na pele.

As embalagens, assinadas

pela Komatsu Design, são

fabricadas pela Embaclass

em PVC. Os rótulos são da

Soft Color.

35display 17/07/02 20:40 Page 40

Page 29: Revista EmbalagemMarca 035 - Julho 2002

jul 2002 • EMBALAGEMMARCA – 41

Pullman ganha novo design As marcas de pães indus-trializados Pullman e PlusVita, do Grupo Bimbo, ga-nharam novas embalagensdesenvolvidas pela MazzDesign. Com o objetivo defortalecer a imagem dosprodutos e manter a lide-rança no mercado, as em-balagens receberam la-youts mais modernos, ga-rantindo o rejuvenescimen-

to da linha. A linha de pãesé composta por pães Tradi-cionais, Especiais e Lan-ches. De acordo com AnaCristina Pupo, atendimentoda Mazz, as novas embala-gens transmitem mais “appetite appeal”, pois es-tão mais transparentes doque as atuais. As embalagens são forne-cidas pela Canguru.

Batavo reforça sobremesascom novas embalagensAproveitando o cresci-

mento do consumo de

suas sobremesas lácteas

durante o inverno, a Bata-

vo reforçou o posiciona-

mento dos produtos nos

pontos-de-venda com no-

vas embalagens, utilizan-

do cores mais vivas e ilus-

trações que destacam os

ingredientes.

O Creamy, sobremesa cre-

mosa de chocolate e cho-

colate branco, passou a

apresentar na embalagem

pedaços de chocolate. A

embalagem do Creamy

Light passou a mostrar o

valor calórico do produto,

e no Flan foram acrescen-

tadas imagens de carame-

los e frutas vermelhas, re-

metendo ao sabor da res-

pectiva calda.

Auto-adesivo da Prodesmaq diferenciaproduto da L'OrealA parceria entre a Prodesmaq e aL'Oreal pode ser reconhecida na novalinha de xampus e condicionadoresLiss Intense. As embalagens contamcom rótulos auto-adesivos com duasimpressões em hot stamping. AProdesmaq combinou dourado eholográfico laranja a outros pro-cessos de impressão, como letterpress e serigrafia mais aplica-ção de verniz UV.O efeito das tecnologias empre-gadas simultaneamente agregavalor ao produto e um excelentediferencial no ponto-de-vendapara esse segmento de mercado. Este é mais um trabalho da par-ceria Prodesmaq/L’Oreal para alinha Elseve. Recentemente, oxampu Citrus explorou o mesmoconceito de decoração.

A linha de margarinas

Doriana, da Unilever,

está chegando ao mer-

cado em novas embala-

gens com cores fortes e

design arrojado.

Para causar impacto

nas gôndolas do produ-

to, no qual as embala-

gens com tons pastel

reinam absolutas, Do-

Potes da Toga dão vidanova a Doriana

riana está adotando

tons vivos, como laran-

ja, azul e verde, em

potes da Dixie Toga.

Além do novo design,

a linha está ganhando

um novo sabor, o

Oliva, que conta com

10% de azeite entre

os óleos utilizados em

sua composição.

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Almanaque

42 – EMBALAGEMMARCA • jul 2002

Duas guerras fazem uma marcaDurante uma viagem à Espanha, no final dos anos30, o americano Forrest Mars encontrou soldadosque estavam comendo grãozinhos de chocolate envoltos numa casca dura açucarada, para evitarque derretessem. Baseado nessa idéia, ele criou areceita para os M&M’s.Vendidos ao público pela primeira vez em 1941,os M&M's tornaram-se os favoritos dos soldados

americanos na II GuerraMundial. Acondicionado

em tubos de cartolina, o cho-colate era vendido aos milita-res como um lanche conve-niente, porque suportava bem

viagens sob qualquer clima. Em1948, a embalagem mudou dotubo para o característico sa-

quinho marrom conhecido hoje.No início dos anos 50, foram criados o

famoso slogan “O chocolate que derrete na sua

O elefante de cada um na manadaA marca de extrato de tomateElefante, um dos itens demaior prestígio e de vendas noportfólio da Cica (Unilever),tem sua origem no gosto deRodolfo “Rudi” Bonfiglioli, fi-lho de um dos fundadores daempresa, por caçadas de ele-fantes. Já o elefante verde que

boca, não na sua mão”, eos personagens M&M’s,para comerciais de te-levisão. Em 1960, acasca do chocola-te, que era mar-rom, ganhou trêsnovas cores: vermelho, verde eamarelo. Em 1972, os persona-gens M&M’s apareceram pela primeira vez na embalagem, reforçando o apelo da marca.No final dos anos 1990, o tubo voltou a fazer parteda linha de embalagens do produto.

aparece na decoração das lati-nhas, o personagem Jotalhão, deMaurício de Souza, foi criadonos anos 60 do século recém-fin-do para uma campanha publici-tária – que não foi adiante – doJornal do Brasil, o JB, que tinhaaquele animal como símbolo deseu caderno de anúncios classi-

ficados. Oferecido então àCica, foi adotado, dentro deum processo de modernizaçãodo design do produto e da es-tratégia de comunicação daempresa. O Jotalhão substi-tuiu o desenho realista de umelefante, animal que aliás in-tegrava a logomarca da Cica.

Símbolo da pujança dosClassificados do JB, o elefante inspirou

Maurício de Souza a…

…no logotipo originalda empresa. Tudonasceu de certo

gosto por caçadas.

…criar o personagemJotalhão, adotado pelaCica quando decidiu

modernizar a…

…embalagem doextrato de tomate, que

tinha a figura do animal na marca e…

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