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Ano V • Nº 44 • Abril 2003 • R$ 6,00 www.embalagemmarca.com.br CORTE A LASER SUBSTITUI FACAS PARA RÓTULOS A VOLTA DO CELOFANE A palavra de ordem em embalagens é inovar e surpreender

Revista EmbalagemMarca 044 - Abril 2003

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Edição de abril de 2003 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Ano V • Nº 44 • Abril 2003 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br

CORTE A LASER SUBSTITUI FACAS PARA RÓTULOS • A VOLTA DO CELOFANE

A palavra deordem em

embalagens é inovar e

surpreender

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aíses desenvolvidostêm, dentre outros,

um ponto em comum: le-vam tudo a sério – até brin-quedos, para repetirmosum clichê jornalístico.Muito cedo os empresáriosdas terras onde a Revolu-ção Industrial se efetivouperceberam que fornecerprodutos para povoar aimaginação das criançasera um excelente negócio.Assim, desenvolveram po-derosas indústrias que pas-saram a fabricar em sériejogos, réplicas e miniatu-ras de artigos existentesem “tamanho real” no dia-a-dia das pessoas. O negó-cio era e é tão bom que, empaíses ricos, projetar brin-

quedos é coisa de enge-nheiro especializado.No Brasil ainda não sechegou a tanto. Por falta decapital ou por comodismo,sempre foi mais fácil co-piar ou importar o produtopronto, ou seu molde. Issovale para incontáveis seg-mentos industriais, masfalemos de brinquedos.São até compreensíveis afalta de investimentos empesquisa e o modesto do-mínio da tecnologia neces-sária para criar brinquedoscapazes de competir com oque é pirateado ou vem defora, em parte legalmente,em parte por contrabando.Mas, como mostra a repor-tagem de capa desta edi-

ção, de autoria de LeandroHaberli, passados certosequívocos cambiais e co-merciais postos em práticaem anos recentes, há cam-po para que também nessaárea o país se fortaleça.Isso é válido sobretudopara as embalagens, quecomeçam a mostrar certoaquecimento no segmento.Talvez mais do que emqualquer outra categoriade produto, a produção deembalagens para brinque-dos abre imenso campopara o design, para a tãodecantada criatividade bra-sileira. Até maio.

Wilson Palhares

Um campo para a criatividade

P

Por comodismo oupor falta de capital,sempre foi maisfácil importarbrinquedo pronto,ou seu molde

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DEPOIMENTO:LUCIANA PELLEGRINODiretora executiva daAbre relata o que aconteceu no PackagingStrategies, em SãoFrancisco (EUA).

MARCASUnilever cria grandemarca de alimentos com unificação das tradicionais Cica e Knorr

CAPASem mágicasou brincadeiras,fabricantes de

brinquedosretomam ritmode lançamen-tos e investem

cada vezmais em

novas apresen-tações nas gôndolas

MEMÓRIAColeção de brinquedosantigos mostra evoluçãoda indústria no setor

6

24

28

30

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro [email protected]

ColaboradoresJosué Machado e Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

[email protected]

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Wagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

[email protected] anual: R$ 60,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Tiragem desta edição7 500 exemplares

Filiada ao

Impressa emCouché Mate 150 g/m2

da Suzano (capa)

e Couché Mate120 g/m2

da Suzano (miolo)

Impressão: Congraf

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

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38 Panorama

Movimentação na indústria deembalagens e seus lançamentos

50 Almanaque

Fatos e curiosidades do mundodas marcas e das embalagens

44 Display

Lançamentos e novidades – eseus sistemas de embalagem

34 Especial: BrasilPlast

Setor plástico apresenta novi-dades durante feira em São Paulo

42 Painel gráfico: Fiepag

Novidades do setor, da criação aoacabamento de embalagens

40 Estratégia

Grupo MBP instala-se no condomínio da Clariant

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20

12

FO

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DE

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TU

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AG

abril 2003

METÁLICASPrada entra no mercado de pescados e espera ampliar negócios fora do país

MATERIAISFabricante belga de filmes aposta na revalorização do celofane

MÁQUINASLaser surge como alternativa às facas de corte de rótulos e etiquetas

PERSONAL CAREPara aumentar margens,indústria de sabonetesinveste no segmento de sabonetes líquidos

IMAGEMPara crescer em nichosde maior valor agrega-do, Votorantim mudapadrão de embalagensde cimento

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clima no mercado mundial de emba-lagem é de otimismo, apesar de, nomundo inteiro, a indústria de transfor-mação estar atravessando um momen-

to especialmente difícil, segundo o economistade produção John McDevitt, que fez a palestra deabertura do seminário Packaging Strategies. Elelembrou que, apesar do cenário instável e do con-sumo contido, a economia mundial cresceu 1,7%em 2002, e espera-se que os países economica-mente mais ativos alcancem o índice de 2,5% decrescimento em 2003.

Poderia até parecer repetitivo, mas tem umsignificado expressivo o fato de que países asiá-ticos, sobretudo a China, tenham sido insistente-mente lembrados no seminário como grandes im-pulsionadores da atividade econômica mundial.Nesse quadro, o Brasil foi citado por inúmerosapresentadores do evento, altos executivos degrandes corporações, como o próximo grandemercado mundial.

Dois aspectos foram discutidos com grandeênfase e profundidade durante o Packaging Stra-tegies 2003: o impacto das fusões e aquisicões deindústrias fabricantes de produtos e de embala-gens no desenvolvimento do setor, bem como aimportância da busca por inovações como ala-vanca para a expansão e o crescimento. São doisfatores que exercem pressão sobre os responsá-veis pelo desempenho da empresa, na medida emque elevam a expectativa de resultados.

O ambiente corporativo passou por grandesmudanças nos últimos três anos. Na década de90, os acionistas buscavam crescimento de aomenos dois dígitos no valor das suas ações. Mas,

Packaging Strategies 2003

O

Clima de otimismo

depois do colapso da Enron, da generalização daincerteza em relação à contabilidade das empre-sas e da relativa retração das vendas em geral, osdirigentes de companhias passaram a ser crescen-temente pressionados e cobrados por performan-ces positivas. Em lugar de relatórios anuais, a pe-riodicidade passou a ser semestral. A pressão porbons resultados tornou-se tão forte que, segundoartigo da revista Business Week, a média de per-manência de um CEO numa empresa tem sido detreze meses.

Nesse panorama, o processo de fusões e aqui-sições em indústrias de embalagens e bens deconsumo não parou. De acordo com dados da Er-nest & Young, citados entre outros exemplos du-rante o evento, a Kraft Foods adquiriu a Nabisco;

Uma vez por ano, a empresanorte-americana PackagingStrategies, especializada no es-tudo de tendências mundiais emembalagens, realiza um seminá-rio que reúne empresários eexecutivos de empresas fabri-cantes e usuárias do setor, vin-dos do mundo inteiro, para dis-cutir os rumos do negócio. OPackaging Strategies 2003, rea-lizado nos dias 31 de março, 1ºe 2 de abril em Atlanta, nos Es-tados Unidos, contou com a pre-

sença de Luciana Pellegrino,diretora executiva da Abre – As-sociação Brasileira de Embala-gem, que esteve lá conferindo asinformações.

Dos Estados Unidos, Lucia-na seguiria para a China, pararepresentar a Abre na Packtech& Foodtech/Sial, que se realiza-ria em Xangai. O evento vinhasendo considerado de grandeimportância pela abrangênciaque tem na Ásia e pela oportuni-dade que representa neste mo-

mento em que o Brasil se esfor-ça para aumentar suas exporta-ções. Quando se preparava paraembarcar para Pequim, com abagagem já encaminhada, Lu-ciana foi informada do cancela-mento do evento, devido à“pneumonia asiática” que a-meaçava aquele país. Na véspe-ra, ela enviou a EMBALAGEM-MARCA. o depoimento abaixo,que substitui nesta edição a en-trevista publicada todos os me-ses pela revista.

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a General Mills, a Pillsbury; a Nestlé, a RalstonPurina, a Chef America e a Dreyer; a PepsiCo ab-sorveu a Quaker Oats; a Cadbury-Schweppes in-corporou a Snapple Beverage Group; a L’Orealengoliu a Carson.

No setor de embalagens, os exemplos lembra-dos foram os da Ball, que adquiriu a Schmal-bach-Lubeca; da Bemis Co, que absorveu aUPM-Kymmene (unidade de filmes); da Rexam,à qual se integrou a Luner Glas; e da Alcoa, queincorporou a Ivex Packaging. Trata-se de um ce-nário que deve ser atentamente observado, poispode resultar na necessidade demexer em antigos procedimentos emudar posturas de relacionamentocom clientes, para reforçar e am-pliar negócios ou no mínimo paraevitar perdas.

Cortes naturais – Normalmen-te, em fusões e incorporações,quando a direção da empresa é mu-dada, ou quando ela começa a fazerparte de outro grupo, o direciona-mento, a estratégia e o posiciona-mento que vinham sendo adotadossofrem grandes mudanças. Os for-necedores de embalagens e insu-mos são reavaliados, e os contratosem vigor, revistos. Naturalmente,acontecem inúmeros cortes, com oobjetivo de evitar duplicidades ebaixar custos. Muitas vezes, as pró-prias embalagens precisam ser rea-daptadas, para passarem a ser feitasnuma nova linha de produção.

Dentre as mudanças que este quadro apresen-ta, foram alvo de maior preocupação dos partici-pantes do seminário as relacionadas a inovaçõesem andamento que deixam de ser valorizadaspela nova direção. A mesma ótica incide sobre asinovações que deixam de ser levadas adiante de-vido à redução da concorrência no setor.

O novo grupo corporativo ganha na otimiza-ção de seu processo produtivo, administrativo ede distribuição. Além disso, tem concentrado ereforçado o seu desenvolvimento tecnológico,ganha maior poder de negociação na compra deinsumos e aumenta sua força para desenvolvertanto fornecedores quanto clientes globais. Aomesmo tempo, o número de seus concorrentes di-minui. Desemboca-se então na conclusão a quecrescente número de analistas chega a cada dia: a

oportunidade de sobreviver – e crescer – ao ladodas gigantes, sem ser engolido por elas, fica paraempresas pequenas e ágeis, dedicadas a apresen-tar novas soluções e, principalmente, responderàs exigências do consumidor por novidades.

Segundo Mary Ellen Reis, presidente daPacknology, o que agrava essa situação é algo emque os brasileiros sem dúvida têm larga experiên-cia: o varejo não está interessado em inovações,mas sim em redução de custos para atrair os con-sumidores. A pressão por vendas é muito maiordo que pela inovação, segundo o presidente de

uma grande indústria multinacio-nal de bebidas entrevistado por ela.Como lembrou a presidente daPacknology, “as únicas inovaçõesbenvindas são aquelas que nãoacarretem nenhum aumento de cus-to ou, melhor ainda, tornem o pro-duto mais barato”.

Na opinião de Russ Napolitano,vice-presidente do Bailey DesignGroup, o cenário de consolidaçãode empresas reforça a necessidadede uma política ainda mais forte decomunicação do setor. Outros pa-lestrantes reiteraram o ponto devista de Napolitano. Bill West-wood, CEO da Amcor Global PETPackaging, por exemplo, afirmou:“Economizaríamos muito se colo-cássemos as pessoas certas em con-tato e otimizássemos a comunica-ção entre nossas empresas e o se-tor”. Em experiência feita na pró-pria Amcor, ele contou, uma infor-

mação estratégica relevante dada a um funcioná-rio em um país demorou dez dias para chegar àfabrica localizada em outro.

Comunicação clara – Procurando sintetizar,Russ Napolitano considerou que “num processode mudança a chave está em conciliar todas asetapas de transformação com as empresas clien-tes, varejistas, fornecedores e consumidores, semperder de vista ainda os concorrentes, por meiode uma comunicação clara e direta”.

O ciclo de vida desse processo global de fu-sões e aquisições divide-se da seguinte maneira,segundo Ken Brooks, da Ernest Young:

• mercado fragmentado, com pouca concen-tração (exemplo: setor de equipamentos);

• em seguida, um estágio um pouco menos

“Em fusões eincorporações, a

estratégia e oposicionamentosofrem grandes

mudanças.Muitas vezes,as própriasembalagensprecisam serreadaptadas”

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A qualidade CongA qualidade Cong

Rótulos Setor Farmacêutico

Promocionais

Estojos e BerçosRótulos Setor Farmacêutico Estojos e Berços

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raf ao seu alcanceraf ao seu alcance

Cosméticos Setor AlimentícioCosméticos Setor Alimentício

Criatividade,Qualidade,

Tecnologia,

Bons Preços

Atendimento Personalizado,

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fragmentado, com estratégia de mercado determi-nada (segmento de papelão ondulado);

• num estágio médio está o setor de plásticosflexíveis, seguido pelo de plásticos rígidos, comgrande potencial de negócios e market share

• por último vêm os mercados já consolidados,com poucas grandes empresas atuando, como é ocaso do setor de vidro e de embalagens metálicas.

Capital disponível – E por que a indústria deembalagem tem sido alvo dessas consolidações?Ken Brooks explica que existe no mercado umagrande disponibilidade de capitalpara investimento em empresas, aopasso que as boas oportunidadessão escassas. Há, ainda, outros fa-tores que chamam a atenção no se-tor: as indústrias de embalagens re-gistram altas taxas de crescimento;sofrem pouca influência de sazona-bilidade, por estarem em grandeparte dedicadas ao fornecimentopara o setor de bens de consumo,cujo desempenho é bastante está-vel; suas margens de lucro sãoatraentes; e têm alto nivel tecnoló-gico, o que dificulta a entrada deconcorrentes no mercado.

Para se obter sucesso nesse mer-cado em constante transação, é im-portante focar em alguns aspectos,segundo Ken Brooks:

1) estabelecer uma posição forteem setores que podem ser consoli-dados

2) estabelecer uma estratégiaconsistente e disciplinada de fusões e aquisições

3) estabelecer uma posição de liderança emmercados com alto potencial de crescimento ealto valor agregado

4) ter economia de escala e, ao mesmo tempo,flexibilidade para enfrentar um desaquecimentoda economia

5) trabalhar sempre com tecnologia de ponta,própria ou licenciada, e tornar-se tão forte quan-to os concorrentes, adquirindo outras empresas

6) tornar-se um fornecedor global de seusclientes multinacionais e ter muito foco no seunicho de mercado, entendendo as características eparticularidades de cada mercado, região, consu-midor, linha de produto

7) estar sempre atento às novas tendências.Aproveitando a referência a este último aspec-

to, Lynn Dornblaser, diretora editorial da GlobalNews Products Database, observou que a embala-gem tanto guia as tendências quanto as torna pos-síveis, ao atender as demandas que são colocadas.Ela exemplificou com o ocorrido no mercado desnacks ou “food to go”, que nos Estados Unidos,de 1997 a 2002, saltou de US$ 11 bilhões paraUS$ 16 bilhões.

Esse mercado, também apontado como grandetendência pelo CEO da Nestlé Canadá, Ed Marra,pode ser mensurado, segundo ele, pelo fato deque 20% dos americanos fazem suas refeições no

automóvel. Por isso esse segmentotem buscado inovações, incluindomaior diversidade de produtos, en-tre eles maior variedade de sopas.O consumidor tem cada vez menostempo e quer levar o produto consi-go, para consumi-lo quando puder.Assim, certas características passa-ram a ter maior importância nasembalagens. Algumas delas: teremsistema de abertura e fechamentoeficientes, caberem no porta-coposdos automóveis e, principalmente,serem “hand-free”, ou seja, permi-tirem que os produtos sejam consu-midos sem necessidade de contatodireto das mãos, de modo que oconsumidor não suje o volante deseu veículo, o teclado de seu com-putador, ou o que for.

Outro exemplo de tendênciasque demandaram alterações nasembalagens foi a sofisticação doscosméticos, entre eles os bronzea-

dores e os protetores de sol. Por apresentaremsubstâncias que em geral devem ser aplicadas emconjunto, as embalagens passaram a oferecer umduplo compartimento, bem como aplicações dife-renciadas, incluindo o sistema “hand-free”.

Revolução pela inovação – Um aspecto re-corrente nas palestras foi o de que a inovação emembalagens é capaz de revolucionar uma catego-ria de produtos. Quando isso acontece, a novatecnologia migra rapidamente para outras catego-rias, proporcionando maior diferenciação dosprodutos e ganho de market share.

Na visão de Leonard Jenkings, gerente de ino-vação de embalagens da Coca-Cola para a Amé-rica do Norte, um case que exemplifica bem apossibilidade de ganho de mercado por meio de

“Cada vez maisse alimentandono automóvel, o

consumidorvaloriza as

embalagens quepermitam

consumir os produtos semcontato direto

das mãos”

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valor, como produtos saudáveis e naturais, hoje agrande tendência de consumo mundial.

Especificamente quanto ao Brasil, o país foiamplamente citado por diversos palestrantes,aparecendo mesmo como idealizador de novassoluções em embalagens. Por outro lado, as pre-visões são de que algumas novidades surgidas emoutros países, como a garrafa de alumínio comtampa de rosca, demorarão a chegar ao país. Oimportante, na opinião do CEO da Nestlé cana-dense, é que esteja muito claro o perfil do públi-co alvo, sua faixa etária, seu poder aquisitivo,seus hábitos de consumo – e que a embalagemacompanhe esse perfil. O que não pode acontecer,adverte Marra, é uma empresa ter o produto cer-to na embalagem errada. Em outras palavras, aembalagem deve não só atender plenamente aosanseios do consumidor, mas também evidenciarclaramente as características que são importantespara ele.

uma nova embalagem é o do tradicional sucoamericano Minute Made, vendido por muito tem-po apenas refrigerado. Após modificaões no pro-cesso e na linha de enchimento, que foi adequadoa novas embalagens, o suco saiu da geladeira efoi para a gôndola. Deixou de ser um produto sa-zonal e ocasional, podendo ser consumido emmaior número de oportunidades.

O importante, aconselha Ed Marra, CEO daNestlé Canadá, é que as inovações sejam muitofocadas nas características de cada grupo consu-midor, levando em consideração que, em certoestágio da vida do produto, o único instrumentocapaz de agregar valor e fazê-lo crescer em suacategoria é a embalagem. Para ele, as inovaçõesabrem espaço para elevar o preço e ampliar asmargens de ganho, uma vez que o consumidor iráreavaliar a relação custo-benefício do produto emquestão. Marra recomenda prestar especial aten-ção às categorias que comportem maior adição de

O mercado de embalagem no mundoHoje o setor de embalagem no mundo movimenta 412 bilhões de dólares, segundo a apresentação de Ken Brooks,vice-presidente senior da Ernerst & Young, no seminário. O bolo está assim dividido, em bilhões de dólares:

Papelão ondulado 80Plásticos rígidos e semi-rígidos 75Filmes, laminados e flexiveis 60Papel cartão 42Metálicas 40Vidro 25Sacos, bags e rótulos 25Equipamentos 23Tampas e lacres 16Outros 26

Por mercados usuários, o consumo de embalagens no mundo divide-se assim, em porcentagem:

Alimentício 50Bebidas 15Saúde e cuidados pessoais (healthcare) 16Beleza 5Outros 14

AS DEZ MAIS

As maiores empresas de embalagens do mundo, em vendas, segundo Bill Barker, presidente da Rexam Be-verage Can Americas, são: Crown Cork, Tetra Pak, Owens-Illinois, Rexam, Toyo Seikam, Amcor, Saint Go-bain, Ball, Alcan e Huhtamaki.

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radição é algo que não se podesubestimar quando o assunto égerenciamento de marcas.Exemplo prático dessa ponde-

ração é o caso da Cica, chancela presente nocotidiano do brasileiro há mais de sessentaanos. Desde a sua incorporação pela Unile-ver, em 1993, sua retirada do mercado,em consonância com a ascensão dasmarcas globalizadas, já foi prenun-ciada diversas vezes. O presságioda extrema-unção ganhou força nosúltimos anos, nos quais a estratégia deenxugamento de portfólio da multina-cional anglo-holandesa recrudesceu.

Só que, a despeito dos rumores, a Cicavem sendo mantida, e não sem bons moti-vos. Pesquisas encomendadas pela Unile-ver constataram que a marca é uma das quepossuem maior recall entre os consumido-res na área de alimentos. As vendas tambémtêm sido dignas de registro. Basta lembrarque a marca cresceu 20% em 2002.

Os que sentiam cheiro de mudança noar, porém, não estavam totalmente errados:a Unilever acaba de anunciar a unificaçãoda Cica e outra marca tradicional de seu do-mínio, a quarentona Knorr. A “solução ca-seira” da marca única parece equacionar anecessidade de racionalizar o contingentede marcas com a vontade de preservar oimportante traço regional da Cica.

Elefante não se esquece“Ao unir a Knorr com a Cica, estamoscriando uma marca e um case de marke-ting”, diz, sem modéstia, Pedro Falsarella,diretor de marketing da Unilever Bestfoods,braço alimentício da Unilever.

Com a iniciativa, a fabricante pretendealavancar o negócio de produtos culináriosem mais de 10% ainda no primeiro ano.Para tanto, está investindo 40 milhões dereais em pesquisas, desenvolvimento de no-vos produtos, publicidade e marketing da

marcas

T

De muito peso

nova marca, cuja estrela será o indefectívelElefante da Cica, representado pelo perso-nagem Jotalhão, de Maurício de Sousa.

No tocante a novidades, seis delas já es-tão chegando às gôndolas: o Pomarola comCaldo de Galinha Knorr e o Extrato de To-mate Elefante com Caldo de Carne Knorr,em latas da Rojek, com sua tampa Abre-Fá-cil; o Pomarola com Caldo de Carne Knorr,em caixinha Tetra Brik de 520g, da TetraPak; o Caldo Knorr de Tomate Elefante, emcartuchos da Brasilgráfica; os Molhos Espe-ciais, em potes de vidro de 340g, com bocalarga e medidor; e a nova linha Sopas daNatureza Knorr, com cinco variedades,acondicionada em sachês de 38g da Inapel.

Por fim, vale ressaltar que a Knorr-Cicanasce para ocupar um lugar vital e bemdefinido na carteira da Unilever. Nacondição de maior madrinha de produtosculinários do país, ela ficará atrás apenas deOmo, baluarte da área de limpeza (house-hold), e de Seda, principal guarda-chuva dadivisão Elida Gibbs, que abarca cosméticose produtos de higiene pessoal. Vê-se que aaposta na marca, de porte verdadeiramenteelefantino, é pesada.

Unilever cria supermarca em alimentos ao unir Knorr e Cica

Brasilgráfica(11) 4133-7777www.brasilgrafica.com.br

Inapel(11) 6462-8800www.inapel.com.br

Metalgráfica Rojek(11) 4447-7900www.rojek.com.br

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

DIV

ULG

ÃO

Lançamentos, em uma variedadede embalagens, já trazem a nova chancela

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dos”, diz Synésio Batistada Costa, presidente daAbrinq – AssociaçãoBrasileira dos Fabrican-tes de Brinquedos. “Mas

a situação se alterou, e o mercado estápraticamente consolidado atualmente.”

O apontado fortalecimento ocorreuem paralelo à queda de partici-

pação dos produtos estrangei-ros: com dólar alto e alíquo-ta maior que a média (verquadro), a importação debrinquedos encolheu 19%no Brasil só em 2001. Commenos concorrência, o mer-

cado interno se movimenta.

Inovações nas gôndolasNa parte das embalagens, os in-dícios de que a indústria de brin-

quedos atravessa uma perspec-tiva sorridente também são

numerosos. Em númerocrescente, fabricantes ado-tam novos processos de

produção, que às vezespermitem apresentações

diferenciadas e sur-preendentes mesmoem materiais aparen-

temente similares. A começar pelo campo

dos celulósicos, materiais predomi-nantes nas embalagens de brinquedos, oque se vê é o surgimento de caixas maisduras e resistentes, cartões produzidoscom novas matérias-primas e papelãocom ondulações cada vez menores. Emmeio à movimentação, fica claro que aaposta em novas idéias pode significar

om crescentesinvestimentosem moderniza-ção e um esti-

mulante número de lança-mentos, a indústria brasileira de brin-quedos vive um clima de boas expecta-tivas e renovação. Depois de um surtode contrabando e do aumento das im-portações formais, que chegaram a aca-bar com a alegria dos fabricantes nacio-nais, o setor se mobiliza para retomarparticipação num segmento em expan-são.

Ainda que a entrada clandestina deprodutos estrangeiros implique umaconcorrência pouco divertida, em 2003o mercado brasileiro,que não parou decrescer nos últimosseis anos, deverámovimentar 1,050bilhão de reais, va-lor 4,5% maior que no últi-mo exercício. Os númerosservem como pano de fun-do para um otimismo quese espalha por toda a ca-deia produtiva de brinque-dos, abrindo mais oportu-nidades também para for-necedores de embalagens.

Gerando quase três ve-zes mais empregos do queem 1996, o setor vem con-seguindo expandir as ven-das lá fora, que devemchegar a 30 milhões de dó-lares em 2003. “O aumen-to das importações chegoua nos deixar enfraqueci-

capa

C

Diversãoestabilizada

Indústria de brinquedos reage às importações e diferencia embalagens

Por Leandro Haberli

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sair ganhando no sério jogo com a con-corrência.

No que concerne às técnicas de pro-dução, uma tendência clara para se dife-renciar tem sido a compactação dos ma-teriais. No mercado de papelão mi-croondulado, há disponíveis substratosmais finos, porém com a resistência for-talecida. Uma das alternativas é ofereci-da pela Lingraf, que desenvolveu umsistema chamado de Onda F, numa alu-são à fina espessura que pode ser obtidano papelão microondulado.

Já vista em embalagens de telefonescelulares, normalmente com acabamen-to metalizado, a onda fina da Lingrafcomeça a ganhar espaço também nomercado de brinquedos. Produtos comoo P@l-mate da Susi, feito pela Estrela, elinhas de marcas mais regionais, como aBrinquedos Anjo e a Brinquedos Cardo-so, utilizam o sistema. “O custo é omesmo do microondulado comum”, ga-rante João Élcio Luongo Jr., diretor-co-mercial da Lingraf.

“Com a Onda F, a parede do papelãopode ficar com meio milímetro a menosde espessura do que a de um microon-dulado, sem comprometer a resistênciada embalagem”, prossegue Luongo.Com mais de 400 ondas por metro li-near de papelão, contra em média 280nos microondulados comuns, a Onda Fpode, num exame superficial, passar porum papel cartão. “Além de ser difícilenxergar as ondas, as várias possibilida-

Cartuchos que utilizamOnda F, da Lingraf:menos espessura,mesma resistência

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des de acabamento conferem ao mate-rial uma apresentação mais nobre”, con-ta o diretor da Lingraf.

Guerra de preços mais amenaPara muitos, a disposição de investir emnovos sistemas de embalagem mostraque a severa guerra de preços nos orça-mentos, ainda apontada pelos fornece-dores como um fator que inviabilizagrandes novidades em embalagens debrinquedos, vem esmorecendo. Com oenfraquecimento da concorrência exter-na, a demanda tem se estabilizado mes-mo longe de datas como o Natal e o Diadas Crianças, que tradicionalmente fa-zem a festa da indústria de brinquedos.

“A sazonalidade é inegável, mas re-centemente os pedidos passaram a apre-sentar menores variações durante oano”, diz Edmar Bassi, gerente comer-cial da Flor de Maio, empresa que for-nece embalagens para mais de sessentafabricantes de brinquedos do país. “Emalguns nichos o mercado já não nivelaos preços de embalagem tão por baixo”,acrescenta Luongo, da Lingraf.

Com menos incertezas influindo noplanejamento das empresas, boas ex-pectativas se estendem a outros mate-

riais de embalagem além dos celulósi-cos. Um bom exemplo é o avanço doPVC, hoje muito usado em cartuchos eestojos, além de marcar presença nas li-nhas acondicionadas em cartelas e blis-ters.

Versátil, omaterial podeser visto na em-balagem da bo-neca Turma daMônica Páscoa,da Multibrink.Fornecido pelaFlor de Maio, osistema é forma-do por uma estru-tura de papel car-tão que circundauma bolha dePVC moldada naforma de um ovo.

Aplicações de janelas e blisters abrem campo para cartonados e materiais plásticos

Não só as bonecassão fashionNo mercado formal de brinquedos, esti-ma-se que cerca de 30% das vendas fi-quem com as fashion dolls - aquelas bo-necas com corpo de mulher e muitosacessórios. Quem domina essa lucrativabrincadeira por aqui são duas quarento-nas: a Barbie, lançada pela americanaMattel em 1959, e a brasileira Susi, criadaem 1962 pela Estrela. Mas as duas já nãoreinam absolutas entre as meninas ante-

nadas com a mulher moderna. De-pois de fazer barulho nos Es-

tados Unidos, a linhaBratz começa a virar fe-bre no Brasil. Importa-das pela Gulliver e com

visual bem mais carica-turizado do que as pionei-ras Barbie e Susi, as Bratztambém se diferenciampelas embalagens: no lu-gar das caixas celulósicascom janelas transparen-tes, elas são vendidas emmaletas plásticas tão fas-hion quanto os produtosque acondicionam.

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A idéia é explorar o apelo de negóciosda Páscoa, data que se torna cada vezmais estratégica para as vendas de brin-quedos.

Com boas possibilidades de variaçãode formatos, os materiais plásticos sãode fato cada vez mais empregados emaplicações de janelas, agregando novosapelos visuais às embalagens de brin-quedos. “Já a grande presença dos celu-lósicos pode ser explicada pelas facili-dades de armazenamento, boa área deimpressão e garantia de proteção”, dizCélio Coelho de Magalhães, diretor demarketing da Brasilgráfica, empresaque já criou embalagens como a do clás-sico jogo Banco Imobiliário, da Estrela.

Ecologia levada a sérioOutra vantagem dos celulósicos quevem sendo explorada também nas em-balagens de brinquedos é o apelo am-

Esmero doméstico: embalagens doWar são impressas pela própria Grow

Novos formatos de embalagens ajudam a diferenciar produtos da Toyster

Entre especialistas em comércio exterior, ofato pode não causar estranheza, mas é difí-cil não se surpreender ante o vasto númerode brinquedos estrangeiros que desembar-cam no Brasil já acondicionados em embala-gens impressas em português. Ainda quemine possibilidades de atuação para a ca-deia brasileira, tal fenômeno traz novas ten-dências em embalagens de brinquedos. É ocaso do brinquedo Super Carro, um legítimomade in China, que é distribuído no Brasilpela Long Jump. Acondicionado num tubode PET feito fora do Brasil, o produto tem umrótulo em português, e dispensa as tradicio-nais etiquetas tradutoras.Para as empresas de criação, as embalagensfeitas lá fora sob medida para o mercadobrasileiro podem representar oportunidades.A agência Live Design já criou vários cartu-chos de papel cartão para os brinquedos dis-tribuídos no Brasil pela Gemini. “Fazemosdesde a logotipia até a faca das embala-gens”, diz Roney Camelo, diretor da agência.“Os arquivos são enviados fechados para asgráficas e convertedoras da China, que sótêm o trabalho de imprimi-los”.Apesar da aparente praticidade, o designerexplica que, pela distância, problemas comoajuste de cores podem complicar todo o tra-balho. “Por isso, a idéia é imprimir todas asembalagens no Brasil”, diz Roney. A naciona-lização começou com a embalagem do GameStar, que conta com uma alça para facilitar otransporte, e é produzida no Brasil pela Jofer.

Em bom português

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biental. Sem encarar a ecologia comouma brincadeira, a Itapagé, do GrupoIndustrial João Santos, está utilizandobambu como principal matéria-primapara produção de cartões para embala-gens. “O bambu oxigena quatro vezesmais a atmosfera do que florestas lenho-sas, e ajuda na preservação de manan-ciais e leitos de rios”, diz George BarrosLeal, diretor comercial da Itapagé.

Ele também defende que, por serproduzido com fibra longa, o cartão fei-to a partir de bambu apresenta alta resis-tência físico-mecânica. No mercado debrinquedos, o material já acondiciona aBoneca Kelly, da Estrela, e a linha daRoma Jensen Brinquedos. “Para revestiro microondulado, pode-se usar grama-tura menor do que a do cartão feito comaparas”, acrescenta o diretor comercialda Itapagé. “Apesar disso, a qualidadede impressão é muito boa, e o preço,competitivo”, finaliza Barros.

Produção internaOutra clara tendência do mercado debrinquedos é o crescimento de estrutu-ras internas de produção de embalagens.Grandes fabricantes possuem parquesgráficos próprios, às vezes com ótimosrecursos de acabamento. Um exemplode esmero doméstico pode ser visto nasembalagens do tradicional jogo War,impressas pela própria fabricante, aGrow (veja um histórico sobre o War napág. 50 e, na reportagem a seguir,embalagens de brinquedos antigos).

Para o mercado de blocos de montarfoi desenvolvido um cartucho de papelcartão sextavado, que acondiciona umadas linhas de blocos da Toyster. Nasgôndolas, a embalagem permite que oproduto se diferencie dos concorrentes,normalmente vendidos em potes plásti-cos com forma de balde.

A princípio, o crescimento de pro-cessos in-house parece negativo para omercado de embalagem, já que indicariauma diminuição de oportunidades paragráficas independentes. Por outro lado,por serem encarados como uma ação es-tratégica, tais investimentos dos fabri-cantes provam que, se não bastasse a

A indústria brasileira de brinquedos temeuma nova onda de importações, que, ape-sar da recente valorização do Real, nãotem ligação com a queda do dólar. A razãoda preocupação é o término, previsto parao dia 31 de dezembro deste ano, do prazode validade da salvaguarda que determinaalíquota maior que a média no Imposto deImportação (II) de brinquedos. Para os em-presários brasileiros, a medida, que entrouem vigor em 1996, e teve apenas um perío-do de interrupção, em 1999, foi vital para aindústria nacional.“Desde o início da sal-vaguarda, o setor pôde investir 785 mi-lhões de reais para elevar e aprimorar suacompetitividade”, diz Synésio Batista daCosta, presidente da Abrinq. Ainda não hádefinição quanto ao valor que será conferi-do pelo governo à nova alíquota de impor-tação de brinquedos. Atualmente, o índiceé de 33%.

Fim da proteção

responsabilidade no apoio ao desenvol-vimento intelectual das crianças, as em-balagens de brinquedos também passa-ram a ser encaradas como uma eficientearma na briga entre a indústria nacionale os fabricantes estrangeiros. E isso semdúvida pode render muita diversão paraa cadeia de embalagem.

Boa área deimpressão e alta

resistência sãoalgumas das

vantagens dosmateriais

celulósicos

Abrinqwww.abrinq.com.br(11) 3816-3644

Brasilgráficawww.brasilgrafica.com.br (11) 4133-7777

Flor de Maiowww.flordemaio.com.br(11) 6948-8220

Itapagéwww.itapage.com(11) 6412-2028

Joferwww.jofer.com.br(18) 643-4000

Lingrafwww.lingraf.com.br(11) 6525-9800

Live Designwww.livedesign.com.br(11) 3845-1629

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rinquedos industrializadosantigos são uma fonte de en-sinamentos em variadoscampos, sem falar em seu

conteúdo de nostalgia e romance. Naverdade, a miniaturização de artefatosfeitos em série, ela própria fruto da Re-volução Industrial, é um registro muitasvezes fidelíssimo das conquistas dohomo faber ao longo dos últimos 150anos, ou ainda mais.

Em São Paulo, Sidnei Paulo Diana,mantém um acervo que é uma provadisso. Há cerca de trinta anos, não mui-to tempo depois de sair da faculdade, eletrocou o diploma de Arquitetura por umaprofissão na qual é um dos únicos nomundo: restaurador – além de estudiosoe colecionador apaixonado – de brinque-dos industrializados antigos. É comumele receber em sua empresa, a Brinque-dos Raros, peças de coleção vindas depaíses distantes para que voltem a ter aaparência original, às vezes centenária.

Mais de 3 800 peças – Na sede daBrinquedos Raros, Sidnei acumulou umacervo de mais de 3 800 peças, que vãode soldadinhos de chumbo a miniaturasde trens, de automóveis, de navios e deoutros tipos de brinquedos que certa-mente proporcionaram momentos feli-zes para muitos de nós, de nossos pais etios e até de nossos avós (ou bisavós).Aqui, com autorização dele, reproduzi-mos fotos de algumas embalagens debrinquedos, que estão na coleção e queaparecem no site que ele próprio criou(www.brinquedosantigos.com.br).

Nesse endereço há um capítulo sobreembalagens. Ali se informa que “das pri-meiras caixas de brinquedo pouco sesabe, apenas que eram de madeira, devi-do ao peso e ao tamanho” das peças. Hátambém a informação de que por volta

memória

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Uma fonte de nostaEmpresa de restauração em São Paulo mantém vasta

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Rótulo da caixaLaboratório Quimico

Juvenil, fabricado na década de 50

pela Kiehl, Brasil.Artista: Kraus

Caixa do Kit doVolkswagen Sedan

fabricado pela Atma,Brasil, na década de 60. O cenário:

Brasília, nova capital do Brasil

Rótulo da caixa do trem elétrico

fabricado em 1945pela Fleischmann,

da Alemanha.Trabalho assinado

pelo artista Kuch

Caixa do JogoPalavras Cruzadas,

fabricado pelaColuna, Brasil, na

década de 60

Caixa doBrinquedo Pato

Malabarista, fabricado pela

Estrela, Brasil, nadécada de 70

Caixa do Astronauta Johnny Apollo,fabricado pela americana Marx em1968 em comemoração ao projetoApollo que levou o homem à Lua

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lgia e ensinamentos coleção de brinquedos e de parte de suas embalagens

Caixa do conjuntobásico de tremelétrico da fabricaMärklin nos anos 70

Rótulo da caixa deAnimais Selvagens,fabricado pelaCrescent, daInglaterra, na década de 40

de 1910 os brinquedos diminuíram detamanho e, assim, foi possível utilizarpapelão em suas caixas. Mas há muitomais informações para quem se interes-sa pela evolução da indústria, do designe da arte existente por trás dos brinque-dos e de suas embalagens.

Para quem gosta de brinquedos, valea pena uma visita. Se há quem não gos-te, recomenda-se também o acesso, poistrata-se também de um site de negócios.Na pior das hipóteses poderá aprendercoisas interessantes da história dos brin-quedos e, quem sabe, a gostar deles.

Brinquedos Raroswww.brinquedosantigos.com.br

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al assentada a poeira da trocade comando, com a sua aqui-sição pelo engenheiro meta-lurgista Jaime Schreier con-

cluída em setembro de 2002, a Prada já seprepara para uma nova e ambiciosa transi-ção. De maior do Brasil, a empresa tambémquer se tornar líder continental na produçãode embalagens de aço. O primeiro passonesse projeto acaba de ser anunciado: a en-trada da companhia no mercado de embala-gens de pescados, através de um contrato defornecimento fechado com a GDC Alimen-tos, detentora da marca Gomes da Costa.

O negócio, que prevê cinco anos deabastecimento do cliente, foi firmado após aPrada comprar a linha de latas para sardi-nhas – canecos de aço, como tais recipientessão chamados no jargão da metalurgia – daReal Embalagens em Cordovil (RJ), por 7,5milhões de reais. A linha será remontadanuma planta no pólo pesqueiro de Itajaí(SC), próxima à fábrica da GDC, consumi-dora de cerca de 168 milhões de canecos porano. Sua inauguração é prevista para agosto.

Tiro certoA aposta da Prada no mercado de pescadosnão é um tiro a esmo. Estimativas da Data-mark dão conta que só o mercado de sardi-nhas tem uma demanda na ordem de maisde 400 milhões de latas anuais, e a tendên-cia, que se estende a outros pescados, é de

metálicas

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Mão nos canecos

crescimento de mercado. “O Brasil tem umadas maiores costas do mundo e é o únicoprodutor de sardinha do Mercosul, por issovemos vários outros produtos em potencialque podem ser desenvolvidos, merecendodestaque a linha de atum para os mercadosinterno e externo”, comenta Adriano Mar-son, da área de marketing da Prada.

Outra novidade que em breve deverá es-tar sendo anunciada em caráter oficial pelaPrada é a incorporação do restante dos equi-pamentos da Real Embalagens, que tambémlhe foi oferecido. O negócio está pratica-mente fechado. Comenta-se no mercadoque a Real passa por dificuldades financei-ras e está se desfazendo de seus ativos. Seconcretizado, o negócio, que deverá ultra-passar a casa dos 30 milhões de reais, daráainda maior poder de fogo à Prada em seg-mentos como os de tintas e alimentos.

Prada investe no mercado de pescados para crescer

Alcan(11) 5503-0808www.alcan.com.br

Prada(11) 5682-1100www.prada.com.br

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No córner oposto na seara dos reci-pientes metálicos, o alumínio vem la-pidando um vultoso projeto para aárea de alimentos. A entrada do mate-rial no segmento, ventilada em mea-dos do ano passado, é agora iminen-te, garante Adriana Stecca, gerente dedesenvolvimento de mercado da Al-can. Como a simples importação datecnologia usada em outros países –

baseada numa liga de alumínio comcomposição especial, de custo eleva-do – desfavoreceria a competitivida-de, a Alcan optou por criar latas deduas peças para alimentos com amesma liga utilizada por aqui nas la-tas de bebidas. Elas já estão prontas.Através de mínimas adaptações, elaspoderão ser processadas nas mes-mas linhas de enlatamento de aço.

“Tampas de easy opening, mais fun-cionais e sem bordas cortantes, irãoinovar nessas latas”, adianta Adriana.Segundo ela, a intenção da Alcan é tera novidade aplicada a nichos pre-mium, e um trabalho de prospecção jáestá sendo feito junto a fabricantes depescados e de pet food. “Faltam ape-nas detalhes para fecharmos contra-tos, quem sabe até de exclusividade.”

Alumínio também quer comer sua fatia

Embalagens da GDC:latas agora são da Prada

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A so lução: S IG Combib loc

Nossas soluções inovadoras para embalagens fazem a diferença. Idéias como a nova

embalagem combifit ou a tampa de rosca combiTwist fazem seu produto se destacar

no ponto de venda – e assim dão aos seus produtos uma vantagem decisiva em

relação aos concorrentes. SIG Combibloc – the system for success.

SIG Combibloc SIG Combibloc do Brasil Ltda.Rua Iguatemi 192, cj. 1401451-010 São Paulo – SPTel. +55 (11) 31 68-40 29Fax +55 (11) 31 68-40 [email protected]

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nventado pelo engenheiro têxtilsuíço Jacques Brandenberger em1908 e aperfeiçoado na década de20 pela DuPont, o filme de celulo-

se regenerada, mais conhecido como ce-lofane, logo tornou-se uma vedete paraacondicionar produtos, devido a seus atri-butos de transparência e impermeabilida-de. Os dias de glória do material acaba-riam na década de 60, quando os filmesplásticos invadiram o mercado e, compreços mais baixos, paulatinamente o jo-garam a escanteio. O negócio do celofanedefinhou mundialmente. Em muitos paí-ses, como o Brasil, o material foi pratica-mente riscado do mapa da embalagem.

Há, no entanto, quem aposte firmenuma revalorização do celofane. Exem-plo é a fabricante belga de filmes UCB,que nos últimos anos vem apresentandodesenvolvimentos de alto valor agregadocom o material. Depois de boa receptivi-dade na Europa, a empresa quer reavivaro celofane no Brasil. “É curioso como naArgentina o material ainda tem prestígio,mas aqui seu uso foi reduzido, talvez pelaacentuada guerra por preços”, comentaJosé Antônio Rufato, gerente de vendasda UCB para a América do Sul.

Para ele, ao levar em conta somente o

materiais

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Ele não morreu

custo, as empresas ignoram as virtudes domaterial, entre elas a torção imbatível,pela ausência da memória comum aos fil-mes plásticos, a sua permeabilidade – quepode inclusive ser controlada – e os seusatributos pró-ambientais.

Sem efeito estufaEssas características são exploradas demaneira elevada pelas especialidades ce-lulósicas da UCB. Uma delas é a linhaCelloTherm, que compreende filmes re-sistentes ao calor, consentâneos à criaçãode embalagens que podem ir ao forno demicroondas. “Os filmes CelloTherm per-mitem que os produtos ‘respirem’, preve-

Aperfeiçoado, celofane quer retomar mercados perdidos

A indústria nacional do celofane vem sendocastigada nas últimas décadas, mas aindanão foi a nocaute. Uma fábrica nacional, aCoopercel-Celosul, resiste – trata-se, aliás,da única em atividade em toda a Américado Sul. Antigo negócio das Indústrias Mata-razzo de Embalagens, a empresa é hoje to-cada por uma cooperativa de funcionáriosformada em 1994, com o fechamento daempregadora, para a recuperação de seupassivo trabalhista. Apesar do fornecimentopara embalagens hoje bastante diminuído,

restrito a nichos como os de envoltórios dedoces e balas artesanais e de fermentos, aempresa não perde a esperança em melho-res dias. “O clamor por materiais ecologica-mente corretos ainda é incipiente no Brasil,mas num médio prazo os apelos do celofa-ne se tornarão diferenciais importantes emrelação aos plásticos”, acredita Ivan LuísFaitarone, gerente comercial da empresa.Segundo ele, um segmento que já acenapara o material no país, em virtude dessesaspectos, é o de produtos orgânicos.

E só sobrou uma no Brasil

Os filmes de celofane da UCBdeixam o produto“respirar”, nãoembaçam e permitem o aquecimento doproduto em fornode microondas –com a promessade que ficam crocantes

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nindo o amolecimento típico do aqueci-mento em microondas”, explica Rufato.

Logo, tais filmes têm apelo especialpara acondicionar pães, tortas e massasdiversas, além de pipoca e até congela-dos. Um case da irlandesa Big Al ilustraessa última aplicação: seu sanduíche dehambúrguer vai do freezer ao forno demicroondas na embalagem flexível, e ficapronto em menos de quatro minutos, gra-ças ao CelloTherm P, variação revestidacom poliéster metalizado.

Nos produtos frescos, a permeabilida-de à umidade, que pode ser controlada,também contribui para aumentar a shelflife, protegendo-os de bactérias e do apa-recimento de bolor. Os filmes tambémtêm propriedade antiembaçamento (anti-mist), para não comprometer a apresenta-ção na gôndola.

Atributos verdesJá uma outra linha de celofanes espe-ciais da UCB, a NatureFlex, destaca-sepelo forte apelo ecológico. Os filmes sãototalmente biodegradáveis e compostá-veis, ou seja, decompõem-se rapidamen-te, gerando nutrientes para o solo. NaEuropa, a linha já vem sendo utilizadacomo um “plus” de marketing para pro-dutos orgânicos. Ademais, lá qualquer

resistência a um possível custo maior domaterial é amortizada na hora da dispo-sição dos resíduos: na Alemanha, porexemplo, a chamada Ecotaxa para polí-meros beira a 1 400 euros por toneladapara materiais plásticos, enquanto omesmo volume de produtos compostá-veis paga 400 euros.

Além dos “atributos verdes”, a linhaNatureFlex também ressalta o alto bri-lho, barreiras ajustáveis a vapores e aro-mas, a impermeabilidade a óleos e gor-duras e a boa maquinabilidade. “Valedestacar que os filmes NatureFlex têmdesempenho em máquina similar ao dosfilmes orientados, podendo rodar nosmesmos equipamentos, em alta velocida-de, e serem selados a quente em ambosos lados”, esclarece Rufato.

Experiência bem-sucedida na Irlanda: o sanduíche, completo, vai do freezer ao microondas e fica pronto emquatro minutos

Coopercel-Celosul(11) 6546-4224www.coopercel.com.br

UCB Films(11) 3038-0802www.ucb-group.com

Ao lado, balas mostram a alta torção do celofane;abaixo, o filme NatureFlex, usado pela rede varejistainglesa Sainsbury’s para embalar produtos orgânicos

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odernidade que vem ajudan-do as mais diversas ativida-des, a tecnologia laser está seespraiando também para a

rotulagem. A responsável é a catarinenseRange, que, após quatro anos de pesquisase desenvolvimento, está apresentando aomercado o HC, equipamento para corte alaser de rótulos e etiquetas. Com a novida-de, o uso das tradicionais facaspara corte é dispensado. Porém,salienta a fabricante, as vanta-gens para o convertedor – e, emextensão, para os usuários dos ró-tulos – vão além da elementareconomia com ferramental.

O sistema obtido pela empre-sa brasileira permite grande fle-xibilidade no corte de rótulos devariados formatos e substratos e,com a possibilidade de conjugar impressãoa laser, pode também trabalhar com dadosvariáveis. Velozes cabeçotes galvanométri-cos, que controlam o feixe laser, permitemo recorte de até 20 000 etiquetas por hora,sejam rótulos com meio-corte, corte serrilhado oucorte completo, com dupla-face, entretela, cola ou ou-tras características.

Sem paradas“Essa versatilidade faz comque o equipamento seja umcomplemento ideal paraimpressoras digitais, for-mando um conjunto de ape-lo para tiragens pequenasou médias e ações promo-cionais, com rótulos perso-nalizados”, afirma CarlosPéricas, responsável técni-co da Range.

Todavia, uma peculiari-dade em especial chama a

máquinas

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Adeus às facasatenção no tocante aos atributos técnicos doHC. “Conhecemos uma máquina italiana si-milar, mas a nossa é a única no mundo aapresentar recorte ‘on the fly’ das etiquetas,ou seja, que dispensa as paradas para corte,trabalhando continuamente durante a ali-mentação do rolo”, destaca Péricas.

A máquina importa arquivos dos maisvariados softwares de CAD e de desenho,

trabalhando numa área máximade 250mm x 250mm, com0,1mm de margem de erro, auxi-liada por um sistema de inspeçãodo corte por câmera de vídeo.

O corte é feito com parada pordistância ou por sensor de cor, epára automaticamente no caso defalha, graças a um sensor de fibraótica. As áreas de trabalho e aspotências de corte são intercam-

biáveis, e o equipamento ainda apresentaum sistema ejetor de etiquetas cortadas porjato de ar, um desbobinador com controlede tensão da fita por freio eletromagnético eum rebobinador com motor pneumático.

Todo o processo é controla-do por software.

“Energia elétrica e umpouco de ar comprimido,para refrigerar a área de cor-te, são os únicos insumosque a máquina consome”,explica o técnico da Range.Ainda de acordo com ele, ostubos laser, selados, são li-vres de manutenção, e o fei-xe tem vida útil de 15 000horas, renovada por uma re-carga administrada pela pró-pria fabricante. Em tempo: oequipamento é comerciali-zado no território nacionalpor uma representante pau-lista da Range, a ElectronicImaging Integration.

Máquina nacional inova ao cortar rótulos e etiquetas a laser

Electronic Imaging Integration(11) 3872-5912www.electronic.srv.br

Range(47) 334-0300www.range.com.br

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Acima, tela do software de corte,

que permite controle total do

processo; abaixo,o gabinete

da máquina

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ais um pouco e, a dependerdo movimento do mercado,o verbete saboneteira, nosdicionários, terá que se fle-

xibilizar para também indicar o sinônimode frasco. Isso porque aumenta a cada diao número de lares em que os sabonetesem barra vêm sendo aposentados pelossabonetes líquidos – ou cremosos, comoinformam os rótulos de algumas das mar-cas dessa seara. O produto definitivamen-te caiu no gosto do consumidor.

Nas palavras de Priya Patel, gerentede categorias da Unilever Higiene e Bele-za, a ascensão das versões líquidas é umdesdobramento natural da evolução, cen-trada no acompanhamento das tendênciasda cosmética, pela qual tem passado omercado de sabonetes. “Do foco apenasna limpeza da pele, as fragrâncias foramaprimoradas e novos benefícios vêm sen-do incluídos nos produtos”, ele resume.

Esses benefícios não se restringem àspropriedades tônicas ou de limpeza. Nãose pode deixar de apontar que a facilida-de de transporte e a maior praticidade, nocaso das versões para banho, e o ar re-quintado que as linhas “de mesa” confe-rem às pias dos toaletes vêm contandomuitos pontos a favor dos sabonetes lí-quidos. Em outras palavras, trata-se deum produto cujo sucesso, em grande par-

higiene pessoal

M

Líquidos em alta

te, vem sendo capitalizado por apelos pro-porcionados pelas embalagens.

Os perfis dos recipientes adequadosaos sabonetes líquidos já são claros para aindústria e o fornecedor e revelam o cami-nho do mercado.

Perfis claros“As embalagens de sabonetes líquidos játêm nome e sobrenome, ou seja, umaidentidade própria”, aponta Ricardo Da-vid, gerente de engenharia da Sinimplast,grande fornecedora de frascos para essesegmento. “Para os sabonetes para banho,do tipo shower gel, a tendência é o uso defrascos práticos, de pequeno volume. Jáos sabonetes para a pia preconizam válvu-las dispensadoras e geralmente uma deco-ração mais sofisticada”, ele resume.

Tal análise encontra boas evidênciasentre novidades do mercado. Um exem-plo é a linha de sabonetes líquidos da Phe-bo, marca controlada pela multinacionalamericana Sara Lee e tradicional em sa-bonetes glicerinados em barra. O designdas embalagens revela o apelo especialpara o uso durante o banho: o frasco daSinimplast, decorado com rótulo daBaumgarten, se acopla a uma tampa im-

Em frascos, sabonetes ganham maior nobreza – e lucram mais

Dedicados aobanho, sabonetes

Phebo podem ser pendurados

no box pela tampa

Francis Hydratta, daUnisoap, estréia emjunho para competir

com o Dove

Granado tem novossabonetes líquidos,com frasco da Spil Tage tampa flip-top F

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portada especial que, aberta, provê umgancho para pendurar o produto no boxou na torneira do chuveiro.

Quem segue orientação similar são osLaboratórios Granado, que estão relan-çando sua linha de sabonetes líquidos.Para as mãos e o rosto, a empresa ofere-ce uma versão de sabonete vegetal de gli-cerina neutro, com frasco de formato re-tangular e válvula pump. Outras versões,com extratos de amêndoas, mel e algas,têm formato mais ergonômico, com tam-pas tipo flip-top da Exaplás Resinta, quefavorecem o momento do banho. Os fras-cos são confeccionados pela Spil Tag, deMarília (SP), e levam rótulos da Prakolar.

As maiores companhias do mercadode sabonetes em barra estrategicamentese anteciparam e já oferecem grande va-riedade de sabonetes líquidos, seguindoos ditames de apresentação do mercado.

Líderes tambémPara elas, há uma vantagem óbvia natransição: os produtos já nascem sob oprestígio de marcas conhecidas no mer-cado de higiene pessoal, no que configu-ra uma quase-extensão de linha.

Fechamossempre ótimos

negócios.

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0800 12 3727www.alcoa.com.br

Fone: 4195.3727 Ramais: Luiz Mello: 2315

Marijosy Silva: 2327Fábio Spinola: 2336

Ao lado e no cantoinferior da página,exemplos de rótu-los auto-adesivosda Prodesmaq parasabonetes líqui-dos. Os dos produ-tos da Nivea sãoimpressos em poli-propileno branco,com detalhes emhot stamping; já osdo Lux Skincaresão produzidos empolietileno transpa-rente, valorizandoas cores dos fras-cos e dos produtos

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32 – EMBALAGEMMARCA • abr 2003

Na Colgate-Palmolive, por exemplo,a principal marca trabalhada em sabone-tes, a Palmolive, já tem suas versões emfrasco, nas variantes Palmolive Botani-cals e Palmolive Naturals. O nicho maisfuncional é ocupado pela variante líquidado Protex: um sabonete com pH balan-ceado, 90% mais eficiente no combate aproliferação de bactérias que os sabone-tes comuns.

Por sua vez, a Unilever deposita fi-chas nos sabonetes líquidos Skincare,apadrinhados pela Lux, a líder geral demercado, e pelo Dove, o precursor da ca-tegoria de sabonetes com creme hidratan-te no país.

A propósito, este último deverá sofrermaior concorrência direta a partir de ju-nho, quando estréia no mercado a versãolíquida do sabonete Francis Hydratta, daUnisoap, em frasco injetado pela catari-nense AB Plast e com rótulo da Grif. A

marca da Unisoap vem abocanhando fa-tias do mercado de sabonetes com hidra-tante, nas quais o Dove anteriormentereinava absoluto.

E embates mais ríspidos entre marcasde sabonetes líquidos certamente não serestringirão ao nicho dos que possuempropriedades hidratantes. Por se tratar deum segmento atrativo para a indústria,por proporcionar maiores margens, e terse popularizado em maior escala só re-centemente, a competitividade irá se acir-rar – o que já é percebido por participan-tes da cadeia de embalagem. “O aumentodo volume de nossos trabalhos mostraque essa área cresce de maneira geral,sendo que até indústrias farmacêuticasvêm lançando produtos dessa natureza”,conta Rosa Maria Muniz, do departamen-to de marketing da Prodesmaq, cujos ró-tulos auto-adesivos decoram frascos desabonetes da Unilever, Nivea, Johnson &Johnson e Granado, entre outras.

Cenário mais duroDiante desse previsível cenário maisduro para os fabricantes e suas marcas,no qual a importância da embalagempara o sucesso dos produtos tenderá a

Dove, pioneiroentre os sabonetescom hidratante,também em frasco

Colgate-Palmoliveaposta nos decora-dos frascos de sualinha Botanicals

Lançada há trinta anos pelas Indús-trias Matarazzo, a Francis vem agitan-do o mercado de sabonetes nos últi-mos meses. Investimentos em marke-ting e relacionamento com o trade fei-tos pela sua controladora Unisoap,administrada por herdeiros do clãMatarazzo, deram novo vigor à mar-ca. A estratégia deu resultado: aFrancis fincou pé no segundo lugardo ranking de marcas de sabonetes,ultrapassando a Palmolive, da Colga-te-Palmolive. É o nobre nicho dos sabonetes com

creme hidratante, porém, que guardaa maior ambição da Unisoap. A em-presa declara, sem pudor, que quertomar o posto de líder do Dove, daUnilever, com o seu Francis Hydratta.Tal disputa já rendeu uma polêmicaem TV aberta no ano passado, quan-do um filme publicitário da Unisoapfoi considerado ofensivo pela Unile-ver. A multinacional entrou com re-presentação no Conselho Nacionalde Auto-Regulamentação Publicitária(Conar) e contra-atacou com umapropaganda exaltando a nobreza da

pomba, símbolo do Dove. Veio o re-truque da Unisoap, num filme em queuma pomba tinha uma lágrima enxu-gada com o lenço que envolve a bar-ra do Hydratta no interior de sua em-balagem. A apresentação, aliás, deixaevidente a intenção do Hydratta embrigar com o pioneiro Dove: o sabo-nete em barra da Unisoap também éacondicionado em cartucho de papel-cartão – confeccionados pela Ibratece pela Ápice –, com cores e demaiselementos visuais que lembram mui-to os da marca da Unilever.

Entre os hidratantes, uma disputa quente

Page 33: Revista EmbalagemMarca 044 - Abril 2003

AB Plast(47) [email protected]

Ápice Artes Gráficas(11) 4221-7000www.apice.ind.br

Baumgarten(47) 321-6666www.baumgarten.com.br

Exaplás Resinta(21) 2560-8861

Grif(11) 6983-2299www.grifetiquetas.com.br

Ibratec(11) [email protected]

Prakolar(11) 291-6033www.prakolar.com.br

Prodesmaq(19) 3876-9300www.prodesmaq.com.br

Sinimplast(11) 4061-8300www.sinimplast.com.br

Spil Tag(14) 425-1003www.spiltag.ind.br

Segmentação como nuncaO grande mercado dos sabonetes em barra também está longe daestagnação. Nele, a segmentação de produtos é definitivamente abola da vez em termos de estratégia de marketing. “A tendência éa continuidade da evolução do mercado, com novos ingredientese benefícios atendendo públicos que ainda não foram olhados”,acredita Priya Patel, gerente de categorias da Unilever Higiene eBeleza. “Nesse sentido, podemos citar o lançamento do saboneteLux Skincare Uniformidade da Pele Morena e Negra, em maio de2002, e também a edição limitada Dove Verão, formulação especialcom óleo de girassol, que ajuda a prolongar o bronzeado”. Patelainda destaca a tendência de uma maior atenção às embalagensque acompanhem o conceito do produto. É o caso, entre produtosrecém-lançados pela Unilever, dos sabonetes Lux Glicerina: suaembalagem é transparente, evocando a translucidez do produto.“É um recurso que ajuda a aguçar os sentidos”, diz Patel.

aumentar, vem sendo va-lorizada como nunca a altasinergia entre usuários efornecedores.

A Prodesmaq, aliás, damesma forma que as já ci-tadas Sinimplast e Baum-garten, entre outros atuan-tes da cadeia do packaging,preconiza essa relação es-treita com os clientes.

“O volume de produçãoaumenta a cada dia e é pre-ciso que a tecnologia deprodução de embalagensatenda as demandas dequalidade, de agilidade, deum mercado de massa queprecisa sempre manter opreço acessível ao consu-

midor”, relata Alexandre Garcia, coorde-nador de desenvolvimento de embalagemda Unilever Higiene e Beleza. “Essas par-cerias são uma tendência cada vez maior,pois permitem a redução de custos emaior agilidade, e os fornecedores pas-sam a ter um conhecimento mais profun-do dos projetos da empresa e participamdeles desde o início.”

Tal cuidado na produção das embala-gens deixa claro que aqueles que apre-sentarem seus sabonetes líquidos semcapricho poderão ter uma cruel – porémprevisível – resposta do mercado: baixaliquidez.

Lux Shower Gel,com rótulo da

Prodesmaq, temfrasco ergonômico

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34 – EMBALAGEMMARCA • abr 2003

BrasilPlast 2003De 10 a 14 de março a Feira Inter-nacional da Indústria do Plástico –Brasilplast 2003, ocupou o Pavilhãode Exposições do Anhembi, emSão Paulo (SP). Organizada pelaAlcântara Machado, a feira atraiu48 737 visitantes e teve 1 205 ex-positores. A seguir, EMBALAGEMMARCA apre-senta algumas das novidades queconferiu no evento.

Cadeia unidaO Projeto UNI, que consiste naunião de esforços de diferentes elosda cadeia produtiva de embalagensplásticas para tornar o filme encolhí-vel de PEBD uma alternativa com-petitiva ao papel-cartão na produçãode multipacks, foi destacado pelaPetroquímica Triunfo na BrasilPlast.A idéia é integrar clientes e fornece-dores, possibilitando a realização desimulações em todas as etapas dacadeia produtiva. “Uma das vanta-gens do filme sobre o papel-cartão é

que se torna possível agrupar obje-tos de tamanhos diferentes, fato co-mum em promoções”, diz JoséBoaventura, da área de marketingda Triunfo. Além da petroquímica, oProjeto UNI – iniciado em outubrode 2002 – envolve a Promo 5, em-presa de representação técnica, aSidel (fornecedora de um túnel deencolhimento), a Ladal (transforma-dora) e usuários finais, como a Am-Bev e a Diageo.

(11) 5501-7077 • www.ptriunfo.com.br

A DuPont apresentou novos usospara alguns de seus produtos já co-nhecidos. Um bom exemplo é a apli-cação da linha de resinas Selar PA,antes usada como agente de barreiraem embalagens de defensivos agrí-colas, em embalagens para cosméti-cos. A alta resistência e a barreiracontra gases proporcionada pela re-sina revertem numa boa alternativapara embalagens de máscaras deolho à prova d’água. Outra possívelaplicação é em frascos de esmaltes,pois o material consegue uma trans-parência próxima à do vidro com umpeso menor. A DuPont lançou tam-bém a linha Surlyn TF para extrusãode tubos de alta transparência. Alémde translúcidas, as embalagensfeitas com essa resina mantêm umtoque macio e boa flexibilidade.

www.pack.dupont.com.br0800-171715

Novas utilizações

A Braskem elegeu como sua vede-te na feira uma nova resina de po-lipropileno (PP) destinada à fabri-cação de garrafões de 20 litrospara águas minerais. Esse seg-mento de mer-

Por garrafões melhorescado, que vem tendo um alto cres-cimento nos últimos anos, é domi-nado atualmente por garrafões depolicarbonato (PC), e tem sido cor-

tejado pelo PET (ver EMBALA-GEMMARCA 39). Mas a Bras-kem acredita no sucesso do

PP, como corolário do resul-tado de testes feitos pela As-

sociação Brasileira de Nor-mas Técnicas (ABNT) no fi-nal de 2002, que constata-ram baixa qualidade namaioria dos garrafões no

mercado. “A nova resinaatende às normas e deve ser

procurada por um volume conside-rável de petroquímicas de terceirageração”, aposta Luís FernandoCassinelli, diretor de tecnologia daBraskem.

(11) 3443-9999 • www.braskem.com.br

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A Kraton aproveitou a BrasilPlastpara lançar novos grades de seuportfólio de produtos. Uma das no-vidades é a série Kraton D-1400,adequada a processos diversoscomo moldagem, injeção, extru-são, termoformagem e sopro eapropriada para aplicações comoembalagens descartáveis para io-gurtes, saladas e refeições pron-tas. Também foi mostrado o polí-mero Kraton G, que pode ser usa-do para fabricação de filmes multi-camada coextrudados concorren-tes dos filmes poliolefínicos e dePVC na área de alimentos (verEmbalagemMarca 43).

(11) 3486-3262 • www.kraton.com.br

Uma das novidades apresenta-das pela Unipac na Brasil-plast foi a Twin-Pack, emba-lagem desenvolvida paraacondicionar – e manter se-paradas – duas substânciasdistintas dentro de um mes-mo recipiente plástico. A em-balagem permite o uso con-jugado das substâncias (umaapós a outra) ou a mistura no mo-mento da aplicação, já que a emba-lagem pode ter um ou dois bocais.O fechamento é feito por tampasauto-lacráveis, que podem ser dota-das de uma válvula para aliviar a

A BASF apresentou durante a Brasil-plast uma renovação de seu poliestire-no expandido Styropor. O novo EPStem ciclo de transformação reduzido, oque reverte em ganho de capacidadede produção, sem necessidade de in-vestimentos, quando comparado comEPS’s convencionais. Totalmente iner-te, atóxico e reciclável e inofensivo àcamada de ozônio, o Styropor temcomo principais aplicações na indús-tria de embalagens na forma de prote-tor de eletroeletrônicos e da linhabranca e como material para a obten-ção de recipientes térmicos para ali-mentos e bebidas. Também chama-ram a atenção, na área de embala-gens para transporte, as mantas eredes de PE expandido da Joongbo,comercializados pela Vick, para a pro-teção de itens diversos (foto acima).

0800 19 45 00 • www.basf.com.br(11) 3871-7888 • www.vick.com.br

Portfólio maior Com dois cômodos

pressão criada pela formação de ga-ses. Atualmente, a Twin-Pack estádisponível nos tamanhos 4,5 litros x0,5 litro e 15 litros x 5 litros.(11) 4166-4260 / www.unipac.com.br

Apostando em resinas de alta per-formance, a Politeno teve a linhaSuplex Advanced como grandeatração de seu estande. Destinadaaos setores de empacotamentoautomático, coextrusão, lamina-ção, de filme stretch e sacariaindustrial, ela oferece maiorqualidade na solda, brilho eprodutividade em máquinas deenvase, além de resistência su-

Resinas de alta performanceperior. Para o mercado de EVA, aPoliteno destacou a resina Evateno0312-SP, voltada à fabricação defilmes.(11) 3704-6900 • www.politeno.com.br

Aposta no relacionamentoA participação da Innova na Brasil-Plast 2003 foi institucional. SegundoLuciano Rolla, gerente de marketingda empresa, fidelização de clientese manutenção da marca eram os ob-jetivos principais. Uma das maiorespetroquímicas de segunda geraçãodo país, a Innova detém hoje cercade 30% do mercado interno de po-liestireno.(51) 3378-2300 • (11) 5507-6227www.innova.ind.br

EPS de ciclo rápido

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38 – EMBALAGEMMARCA • abr 2003

Aço quer maisO presidente da CSN, BenjaminSteinbruch, anunciou que seráaberta na região Centro-Sul dopaís uma filial de sua subsidiáriaMetalic, situada no Ceará. A idéiaé aumentar o uso das latas de açopor cervejas e refrigerantes.

SubidaA Associação Brasileira de Celulo-se e Papel (Bracelpa) anunciouque, devido a aumentos médiosde 17% em custos industriais em2003, os preços do papel-cartãosofrerão reajustes de 20% a 25%a partir de abril.

AdmiraçãoA Sonoco, que atua no Brasil atra-vés da Sonoco For-Plas, apareceem ranking anual da revista For-tune como uma das empresasmais admiradas dos EUA.

SIG lucraO grupo SIG anunciou que seus pe-didos e vendas aumentaram em2002, alcançando, respectivamen-te, 1,873 bilhão de euros e 1,877bilhão de euros. O lucro operacio-nal do grupo cresceu 24%, atingin-do 97 milhões de euros.

Mais vagasDevido à grande procura, a Novel-print irá promover, nos dias 22 e23 de maio, uma segunda ediçãode seu gratuito Curso Básico deTecnologia do Auto-Adesivo. Elaterá 8 horas, divididas em doisdias, com aula prática e teórica.Informações: (11) 3768-4111.

JuradaMargarete Takeda, diretora daa10 design, será a primeira brasi-leira a presidir o júri de Package& Design do festival London Inter-national Advertising Awards, queacontecerá na capital inglesa emnovembro.

Nacional, logo mais barataA 451 Industrial é a impressora térmi-ca de código de barras para uso in-dustrial que a Toledo do Brasil estálançando no mercado. Ela funcionaacoplada a balanças e sistemas depesagem e imprime dados de peso,código do produto, data, hora e ou-tros itens em etiquetas adesivas. Se-gundo Paulo Haegler, gerente devendas da Toledo, a 451 é a primeiramáquina no mercado a imprimir códi-gos de barra no padrão 128, e “é aúnica que aceita etiquetas com largu-ra de até 80mm”. A impressora tam-bém trabalha com caracteres alfanu-méricos e códigos de barras nos pa-drões EAN13 e Código 39. Fabricadaem ABS de alto impacto, a 451 impri-

me de 70mm a 100mm por segundoe possui rebobinador automático doliner, que facilita a trocas de rolos. AToledo diz que a 451 custa a metadeda versão similar importada.(11) 6160-9000www.toledobrasil.com.br

Sono tranqüilo comalmofadas de arUma boa solução para a proteção notransporte de produtos está sendo trazi-da ao país pela Best-Pack Brasil. São asmáquinas suíças Best-Pack, que produ-zem Air Pads – almofadas de filme plás-tico preenchidas com ar – de diferentestamanhos, para a ocupação de espaçosvazios no acondicionamento irregularde mercadorias. As máquinas, segundoa empresa, são as únicas compactas nomercado mundial (pesam 26 kg), e po-dem operar em comodato, a custo zero,em atividades logísticas e linhas de pro-dução dos usuários. Os Air Pads supor-tam até 120 kg em carga distribuída eajudam na sustentação das caixas depapelão, garantindo proteção interna deembalagens estocadas e transportadasem posição de empilhamento.(11) 5574-8401

Brasil e Argentinacom a mesmaatençãoA recém-criada agência Pande-

sign anunciou sua associação

com a Randall Stewart Group

(RSG), uma das principais

agências argentinas no segmen-

to de design e branding. A união

visa posicionar as duas agên-

cias de forma diferenciada no

mercado de design e prevê o

desenvolvimento de serviços in-

tegrados no eixo Brasil-Argenti-

na, segundo a sócia-diretora da

Pandesign, Marta Cardoso (ex-

Mazz Design). Entre clientes ati-

vos a Pandesign conta com

Nestlé, Blockbuster, Arcor, Bun-

ge Alimentos e Café Bom Dia,

entre outros.

(11) 3849-9099

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Retorno com economia

As Caixas Pallet Dobráveis são a novi-dade da Marfinite para movimentaçãoe armazenagem dos mais variadosprodutos. Com capacidade para 750 li-tros, elas são desmontáveis. Assim,três caixas fora de uso, dobradas eempilhadas, ocupam o espaço de uma,permitindo uma economia de 66,6% deespaço no retorno. Desenvolvidas comtecnologia própria e com design de

Giulio Frascari, as caixas podem serfeitas de polipropileno, para uso emtemperatura ambiente, e em polietile-no, para uso sob baixas temperaturas.Laváveis, elas dispõem de deslizado-res metálicos, para propiciar seu usoem estruturas porta-paletes, e podemreceber portinholas nas laterais, parafacilitar o acesso ao conteúdo.

(11) 6166-2300

Mais uma alternativa da RigesaNuma ampliação de seu portfólio deprodutos, a Rigesa MeadWestvaco im-portou tecnologia de sua matriz ameri-cana e agora passa a disponibilizar aomercado nacional cartuchos e outros re-cipientes de plásticos semi-rígidos. Alémde contar com sistemas modernos decorte, vinco e colagem, tais embalagenspodem ser impressas em off-set com tin-ta UV tanto em sua parte interna quantona externa, permitindo ainda acaba-mentos opacos, em degradê, com verni-zes ou em hot stamping. Segundo a Ri-gesa, um dos diferenciais de seu sistemaé o uso de colas incolores especiais, dealta aderência e resistência a variaçõesde temperatura e umidade.(19) 3869-9330 • www.rigesa.com.br

Anuário destacaganho de mercadoA Associação Brasileira das Indús-trias de Vidro (Abividro) está publi-cando o seu Anuário 2003, que con-tém os números consolidados e obalanço do setor em 2002. Entre osdestaques, há a constatação de queo vidro ganhou market share no seg-mento de embalagens, principal-mente a partir do segundo semestrede 2002, pois a desvalorização cam-bial deu maior fôlego competitivoaos recipientes do material em rela-ção aos concorrentes, mais depen-dentes de insumos atrelados ao dó-lar. A presente edição marca a tran-sição da presidência de José Antô-nio Ramos Lorente, da Cisper, paraa de Jean-Claude Breffort, da áreade vidros planos da Saint-Gobain,que ocupará o biênio 2003-2004.(11) 3255-3033 • www.abividro.org.br

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40 – EMBALAGEMMARCA • abr 2003

ncurtar a distância entre for-necedor de embalagens e aempresa usuária é uma preo-cupação sensível diante da

busca por competitividade e de reduçãodos custos de produção na indústria. Umaação que espelha essa busca foi apresen-tada no dia 4 de fevereiro pela Clariant,gigante em especialidades químicas, epelo seu fornecedor de bombonas plásti-cas, o Grupo MBP, controlador das em-presas de embalagens Metalúrgica Barrado Piraí, Cemibra, Epema e Girona.

O fabricante das embalagens inaugu-rou uma unidade, com 4 000 metros qua-drados construídos, dentro do sítio indus-trial de Suzano (SP) da Clariant. A inicia-tiva não pode ser vista, porém, como umasimples implementação de uma soluçãoin-house. Apesar de a Clariant ser o prin-cipal cliente do Grupo MBP, e da estima-tiva de que irá consumir 70% das 330 to-neladas de polietileno a serem processa-das mensalmente pelo convertedor, nãohaverá exclusividade no fornecimento. Oexcedente da produção será direcionado aoutros clientes paulistas.

Custos compartilhados“A grande vantagem da instalação é a re-dução dos custos fixos, que passam a sercompartilhados”, explica Daniel Sindicic,gerente de infra-estrutura do site da Cla-riant em Suzano.

Segundo ele, exemplos práticos dessesbenefícios são a redução nos gastos comágua, que pode chegar a até 20% em rela-ção aos preços de São Paulo, já que é aprópria Clariant quem capta e trata a águado rio Tietê para fornecer ao complexo, ea economia na conta de energia elétrica,que pode atingir um índice de 20% a30%, pela tarifa diferenciada para gran-des consumidores. Outrossim, os preços

estratégia

E

Bons vizinhos

para o gás, vapor, gelo, ar comprimido,nitrogênio e outros insumos também so-frem abates vantajosos.

Com tal compartilhamento das despe-sas e da infra-estrutura pré-existente, nosistema de condomínio, Ronald de Carva-lho, presidente do Grupo MBP, esperauma economia de 8% nos custos fixos danova instalação.

O Grupo MBP, que divide entre suasempresas as atuações nos mercados debombonas, baldes e similares plásticos,barricas de fibra de papel, tambores e cha-pas de aço, telhas e fechamentos metáli-cos, embalagens agroindustriais, recupe-ração e reciclagem de plástico e serviçosem aço e resinas plásticas, é a sexta em-presa a se instalar no site da Clariant.

Depois da fusão entre a Hoechst e aSandoz, que originou a Clariant em 1997,algumas divisões e negócios foram des-continuados no site, abrindo espaço para agestão de condomínio, na qual espaçossão cedidos em comodato. Por isso, a Cla-riant busca outros “inquilinos” para ocu-par os mais de 350 000 metros quadradosainda disponíveis em seu terreno.

Gestão de condomínio deixa bombonas mais próximas da Clariant

Clariant(11) 5683-7600www.clariant.com.br

Grupo MBP(24) 2447-9797www.mbp.com.br

Unidade do GrupoMBP no interiordo site da Clariantjá está produzindobombonas

DIV

ULG

ÃO

Page 41: Revista EmbalagemMarca 044 - Abril 2003
Page 42: Revista EmbalagemMarca 044 - Abril 2003

42 – EMBALAGEMMARCA • abr 2003

A seção Painel Gráfico desta edição é dedicada à

cobertura das novidades da mais recente Fiepag – Feira

Internacional de Papel e Indústria Gráfica, realizada entre

25 e 29 de março, em São Paulo. A seguir, um apanhado dos

lançamentos da feira, que este ano contou com 525 expositores.

Um Plus a maisFocado no mercado de pa-

péis especiais e presente no

Brasil desde 1977, o grupo

franco-britânico ArjoWiggins

expôs durante a Fiepag a

Linha Plus, uma coleção de

papéis coloridos na massa,

com diversas opções de

texturas, cores e gramatu-

ras. Com a marca Rives,

disponível nas versões Tra-

dition e Linear/Design, a fa-

mília de papéis especiais da

ArjoWiggins ganhou um

novo membro. A empresa

diz que, pela ausência de

revestimento, os papéis da

Linha Plus secam mais rápi-

do, mesmo com o uso de

tintas concentradas. Outra

característica comum aos

diversos produtos que com-

põem a Linha Plus é a utili-

zação de no mínimo 10%

de celulose reciclada.

www.arjowiggins.com.br0800-100648

Mais opções em tubosInteressada principalmente no mercado de materiais de es-critório, a Tuboleve mostrou sua linha de latas multifolha-das (embalagens cilíndricas compostas por uma parede decartão normalmente enrolada em espiral). A empresa querfornecer a solução a fabricantes de itens como bobinas defax e ribbons. Mas vale lembrar que na área alimentíciaas perspectivas de adoção do sistema também se mostramfavoráveis, considerando que láfora mercados como o desnacks são grandes consumido-res de multifolhadas. Nestecaso, porém, a parte inter-na da embalagem preci-sa ser revestida comum liner normalmentefeito à base de papele polietileno (PE)[email protected](11) 6121-7979

Joint-venture preventivaTambém conhecida por sua atuação

no mercado de etiquetas auto-adesi-

vas e de in-mold labels, a Multilabel do

Brasil vem investindo cada vez mais

na área de autenticação e proteção de

marcas, onde conta com a Divisão

TOP (Tecnologia Óptica Protetiva).

Nesse sentido, a empresa aproveitou a

Fiepag para divulgar uma joint-venture

com a Hologram Industries, companhia

francesa com forte atuação no forneci-

mento de selos holográficos para pa-

pel-moeda, traveller’s cheques e docu-

mentos de identificação em geral. Com

o acordo, a Multilabel espera fortalecer

sua atuação no mercado latino-ameri-

cano, onde o surto de pirataria abre

cada vez mais oportunidades no cam-

po da proteção de marcas.

www.multilabel.com • (11) 5641-4573

Reforço estratégicoA MD Papéis aproveitou a Fiepag

2003 para reforçar a oferta de um

de seus mais recentes lançamen-

tos, a máquina MP 8, que começou

a ser utilizada no segundo semes-

tre do ano passado.

Fruto de investimentos de 25 mi-

lhões de dólares, o equipamento

elevou a capacidade produtiva da

empresa para 30 000 toneladas/ano.

Com o MP 8, a idéia é trabalhar os

mercados de laminados plásticos

de alta e baixa pressão, além do se-

tor de papéis decorativos, um dos

mais importantes dentro da estraté-

gia da MD Papéis.

www.mdpapeis.com.br(11) 4605-2195

Parceria digitalA HP anunciou a Digigraf como novodistribuidor das linhas de equipamen-tos hp indigo press no mercado brasi-leiro. O acordo estende a atuação daDigigraf, que já comercializava pro-dutos de tecnologias laser e jato detinta da HP, aos equipamentos da divi-são de impressão digital da compa-nhia americana.“A Digigraf já temuma longa história de sucesso conos-co”, diz Jack Strimber, diretor de ne-gócios para América Latina da HP.“Acreditamos que ela também será umgrande parceiro na consolidação danossa terceira tecnologia de impres-são”, completa o executivo, referindo-se à tecnologia LEP – Liquid ElectroPhotography usada nas impressorashp indigo press.www.hp.com.br • (11) 5502-5680www.digigraf.com.br • (11) 3044-4664

Page 43: Revista EmbalagemMarca 044 - Abril 2003

abr 2003 • EMBALAGEMMARCA – 43

Agilidade na colagem de cartuchosCom experiência em assistência

técnica de máquinas de corte e vin-

co e atuando desde o ano passado

como fornecedora de equipamen-

tos, a AF Máquinas Gráficas apre-

sentou durante a Fiepag uma do-

bradeira e coladeira para cartuchos

de papel cartão e microondulado.

Produzido pela própria empresa e

dispensando operações de manu-

Novidades em off-setA Day Brasil mostrou as novidades dalinha Printec de blanquetas para má-quinas de impressão off-set. Entre os destaques, há a marca Oran-ge UV, composta por blanquetas auto-adesivas de várias espessuras, disponí-veis em rolos de 1,05m de largura.Outro lançamento é a Endurance,blanqueta especialmente desenvolvidapara usuários com necessidade de tro-cas freqüentes de formatos ou que im-primem em substratos de alta gramatu-ra. A empresa também divulgou umsistema de recuperação de solventesque foi instalado na sua própria unida-de produtiva, em Jandira, São Paulo. A partir de um investimento anunciadode um milhão de dólares, a idéia éminimizar o impacto ambiental decor-rente da produção das blanquetas.www.daybrasil.com.br(11) 3613-7744

Movimentação em auto-adesivos A Braga Produtos Adesivos aprovei-

tou a Fiepag para mostrar a sua linha

de papéis com adesivos espe-

ciais para diferentes aplicações.

A empresa também apresen-

tou seu portfólio de filmes de

BOPP, material em alta no

mercado de rotulagem.

Já a finlandesa Raflatac, for-

necedora de bobinas auto-

adesivas para gráficas e con-

vertedores de embalagens,

divulgou seu novo filme Ra-

flex e adesivos hot melt UV. O pri-

meiro é um material que combina

propriedades de polietileno

(PE) e polipropileno (PP), e é

voltado para o segmento de

cosméticos. Já os adesivos

hot melt UV foram desenvol-

vidos para substituir aplica-

ções de adesivos à base de

solvente.

www.braga.com.br (19) 3241-4244www.raflatac.com

Cortes certeirosA MLC Facas de Precisão mostrouum pouco do seu portfólio de produ-tos, que inclui ferramentas de corte,discos para refile e picote longitudi-nal, além das linhas de cilindrospara impressão flexográfica. Nestaúltima área, os destaques foramas ferramentas de impressãoem hot stamping, oferecidasem formato cilíndrico e plano.Sobre estes produtos, a empre-sa garante que a nitidez dos deta-lhes independe das dimensões pre-tendidas. Outros produtos oferecidosdurante a Fiepag foram as facasflexíveis para cilindros magnéti-cos, linha que a empresa definiucomo “um novo caminho no pro-cesso de corte flexográfico”.www.mlc.com.br(11) 6621-2721

seio, o equipamento faz colagem de

lateral e fundo, com velocidade que

varia de 18 a 300 metros por minu-

to. Há três larguras de entrada dis-

poníveis (60, 90 e 105cm), mas a

empresa informa que, sob enco-

menda, pode desenvolver máquinas

com outras dimensões.

www.afmáquinas.com.br(11) 6910-4053

Page 44: Revista EmbalagemMarca 044 - Abril 2003

44 – EMBALAGEMMARCA • abr 2003

Packs menores para a criançadaA linha Mini é a novidade

da Ebicen desenvolvida

especialmente para con-

quistar as crianças. Nas

variantes Camarão

e Requeijão, os salgadi-

nhos têm sabor mais

suave, textura macia e

embalagens de fácil

abertura. O visual da

embalagem, assinado

pela Imã Design, traz

como mascote um

garotinho com traços

orientais e pose de

lutador de caratê.

As flow-packs de 27g,

na cor vermelha para a

versão Camarão e em

azul para o sabor requei-

jão, são impressas pela

Shellmar.

Garrafa mais jovialPrateleiras de bares, restaurantes e supermerca-

dos recebem a partir de abril a nova embalagem

do fernet Underberg. Uma garrafa de design mais

moderno foi criada pela Cisper, trazendo o nome

do produto gravado em alto relevo na lateral.

Ademais, o produto tem nova tampa de rosca e

conta-gotas, para garantir maior praticidade aos

consumidores. “As mudanças proporcionam um

perfil mais moderno e dinâmico ao produto”, diz

Hugo Aquino Neto, da Thoquino Comércio e Re-

presentação, que comercializa a bebida no Brasil.

Com as inovações no visual, o fabricante espera

vender 8% a mais do que no inverno de 2002,

estação de maior consumo de Underberg, que fa-

turou 7 milhões de reais no ano passado.

Frascos transparecem

novas cores metálicasA Impala está lançandoquatro novas cores da sualinha de esmaltes cromadosCromo, que apresentamtecnologia única no merca-do nacional. São elas:Framboesa, Tamarillo, Beri-lo e Tantalita. Elas se jun-tam às outras tonalidadesjá disponíveis, somandoum total de 16 cores dealto brilho metálico. A li-nha Impala Cromo é en-contrada em duas versões,

com D-Pantenol ou com sili-cone. Na primeira, os fras-cos de vidro de 12,5mlsão da Expack, enquantona segunda os frascos de11,5ml são da VidrariaAnchieta. Ambas as ver-sões têm acabamento dofrasco da Mega Plast, rótu-lo da Projetick, tampas daZeviplast e da Thomriss eembalagens secundáriasda Gráfica Planície, Car-tonpel e Net Caixas.

TAMPA DISPENSADAA Natura apostou emfrascos de vidro com umexclusivo sistema deválvula que dispensa ouso de tampa para colo-

car no mer-cado as no-vas fragrân-cias da co-lônia Sinto-nia Total deNatura, quetem versõesdiferentespara ho-mens e mu-lheres. Os

frascos de 100ml,fornecidos pela Saint-Gobain, conservam odesign atual da linhaSintonia de Natura, e di-ferenciam-se pelas co-res – vermelho e brancona colônia feminina, epreto e branco na mas-culina. O sistema defechamento é da Rexam,e a válvula interna daValois. As colônias vêmnuma lata de aço bran-ca, produzida pelaTapon Corona.Thierry Baschmacoff, do

AestheteAteliê, foi odesignerresponsávelpela criaçãodo projeto.

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abr 2003 • EMBALAGEMMARCA – 45

CREMOSIDADE EMGRAFISMO MAIS FORTEA embalagem do Doce de LeiteLong, novidade da CCL, adota umconceito diferente em relação à con-corrência. Um grafismo mais forte ede impacto foi utilizado pela SapienDesign, com a presença de cores emgrandes áreas. Segundo a agência,isso facilita a identificação do sabor eda marca e mantém o aspecto decremosidade que o produto devetransmitir. O doce é vendido em latade aço, fabricada pela Prada.

Cores mais suaves na caixa do PettiléA indústria de laticínios Cotochésestá reformulando as embalagens deseus produtos. O plano é que todo oseu mix esteja de cara nova até o fi-nal de 2003. Entre os itens que che-garam às gôndolas de cara nova emmarço, o destaque é a bebida lácteaPettilé, nos sabores morango e pêsse-go. O novo visual da embalagem dabebida, uma caixa Tetra Rex de 1 li-tro, da Tetra Pak, foi concebido pelaagência New Design, com base emuma pesquisa realizada pela Vox Po-puli junto aos consumidores, paraavaliar qual conceito os clientes ti-nham da empresa. Assim, a embala-gem ganhou cores mais suaves e ilus-trações de frutas no painel principal,além de fontes e cores pensadaspara remeter a um produto líquido.

Utensílios viram embalagens – e vice-e-versaEmbalagens reutilizáveis são

sempre um apelo extra para

qualquer produto. Pensando nis-

so, a Tramontina está apresen-

tando suas novas linhas de ta-

lheres Leblon e Ipanema de ma-

neira criativa: elas vão às gôn-

dolas no interior de utensílios

domésticos, que servem de em-

balagem. O conjunto de 25 pe-

ças Leblon, por exemplo, pode

ser encontrado em uma embala-

gem-jarra em acrílico transpa-

rente, envolta por um rótulo

auto-adesivo. Por sua vez, o

conjunto Ipanema, de 24 peças,

vem em caixas de acrílico

com dois comparti-

mentos, ideais

para o armazena-

mento de frios na

geladeira. Uma cartela

de papel-cartão duplex

rotula o produto. A Tra-

montina não divulga seus

fornecedores de embalagens.O Jontex Sensi-tive é a novida-de da Johnson& Johnson nomercado de pre-servativos. Ele émuito mais finoque as outrasversões da mar-ca, o que pro-porciona maiorsensibilidadenas relações se-xuais, mas comsegurança: oproduto, que le-vou anos paraser desenvolvidoe é fabricadocom formulaçãoespecial, temqualidade atesta-da pelo Inmetro

e pelo InstitutoFalcon Bauer. Aflow pack cinza eazul do produto,que acondiciona3 unidades, éfornecida pelaSanta Rosa.

SENSIBILIDADE PRESERVADA

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46 – EMBALAGEMMARCA • abr 2003

Mais um na linha da DoveAumentando a sua linhade desodorantes Dove,a Unilever lançou umanova versão – Sem Per-fume –, que se junta àRegular e à Sensitive. A novidade vem em em-balagem plástica branca,de polipropileno,sobre aqual vão aplicados rótuloe contra-rótulo auto-ade-sivos. O Dove Sem Per-fume é disponibilizadopara os consumidoresem dois aplicadores:creme e roll-on.

A Shizen, empresa fabri-cante de cosméticos,aumentou a sua linha dexampus e condicionadoresTraty ao lançar produtosespecíficos para cabelosoleosos. A novidade éembalada em frascos depolietileno, com tampasde polipropileno. Tudofornecido pela Vibraço.

Linha Tratyganha maisum item

Brincadeira com segurançaA linha de cosméticos Amor

e Vida, da Avon, lançada re-

centemente, foi desenvolvi-

da com o intuito de intensi-

ficar os vínculos entre

mães e seus bebês. São, ao

todo, sete produtos. O de-

sign e ficou a cargo da M

Forma (unidade de serviços

da M Design), e os frascos

foram desenvolvidos em

parceria com o designer

francês Jean-Cristophe

Gaydon. Inspirou a criação

das embalagens o aspecto

lúdico da relação maternal,

que se traduz nos diferen-

tes produtos da linha. A fi-

gura de uma mulher com

seu bebê aparece nos pro-

dutos direcionados às

mães, e animais marinhos

com seus filhotes dão o

tom nos produtos para os

bebês. Questões de segu-

rança, entretanto, também

foram consideradas. As

tampas não possuem can-

tos e propiciam bom fecha-

mento, para evitar aciden-

tes. O cartucho em que os

produtos são acondiciona-

dos possui janelas na fren-

te e no verso.

A linha de pó para refrescosSukest ganhou novossabores: laranja-manga elaranja-acerola. As embala-gens foram redesenhadaspela MR/TempoPropaganda e Design, deBauru (SP), e trazem ascores e as fotos das respecti-

vas frutas na moldura, apli-cadas sobre fundo azul.São sachês multicamadas(PE+PET+Al) de 35g, confec-cionados pela AndesArtefatos de Papel, deRecife. As caixas auto-dis-play seguem o mesmo visualdas embalagens.

Mais sabores do Sukest em sachês

Para vender na webA Skol colocou no merca-

do uma série de latinhas

alusivas à Skol Web Sto-

re. Na embalagem, apare-

cem objetos como jaque-

ta, bolsa e óculos de sol.

No centro, uma faixa preta

traz o endereço do site da

marca (www.skol.com.br),

onde as roupas e acessó-

rios são comercializados

com exclusividade. As lati-

nhas apresentam duas

versões: uma traz a ima-

gem de um homem e ou-

tra a de uma mulher.

A loja virtual da Skol co-

mercializa uma linha de

produtos desenvolvida

com consultoria de Beto

Lago (Mercado Mundo

Mix) com mais de 50 pe-

ças entre bermudas, cami-

setas, bonés, chaveiros,

jaquetas, calças e óculos

de sol.

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abr 2003 • EMBALAGEMMARCA – 47

Envelopes ilustrados para a gurizadaA empresa Da Granja Alimentos, que

atua no mercado gaúcho, lança seus

primeiros produtos com apelo voltado

ao público infantil. A empresa está co-

locando no mercado o refresco da Tur-

ma Da Granja, que chega em 8 sabo-

res em embalagens de 120ml.

Para ilustrar a linha infantil foram de-

senvolvidos 12 personagens ao estilo

“anos de ouro” ao contrário de traços

mais simples e geométricos, usados

nos cartoons atuais. As embalagens fo-

ram desenvolvidas pelo designer Ro-

gério Casacurta, responsável por toda

a linha Da Granja. O verso do envelo-

pe traz a mesma imagem de corpo in-

teiro, com o respectivo nome. Os per-

sonagens foram desenvolvidos pelo

quadrinista Daniel HDR.

Para acondicionamento e exposição

do produto no ponto-de-venda foi

desenvolvida uma caixa-dis-

play colorida. Os filmes

foram impressos em

estrutura de poliés-

ter em rotogravura e

laminado com alumínio

pela Shellmar e as caixas-dis-

plays foram confeccionadas pela Car-

tonagem Anapolina.

Homenagem às mulheresA Água de Cheiro lan-ça uma fragrânciapara homenagear amulher. “Homenagem”é um perfume fresco esuave. Para desenvol-ver a colônia, a Águade Cheiro realizouuma extensa pesquisacom mulheres de 25 a45 anos, de classes

A/B/C, sobre seus há-bitos de consumo e ten-dências. O resultadomostrou mulheres depersonalidade forte,sensíveis e que procu-ram praticidade. Ofrasco de Homenagemfoi criado pelas desig-ners paranaenses TêreZagonel e Izabel Portu-

gal. O cartucho, assi-nado pela designer An-dréia Gomes, foi de-senvolvido pela New-Design, de Belo Hori-zonte. O investimentoda Água de Cheiro noHomenagem, incluindopesquisa e desenvolvi-mento do produto, foide R$ 300 mil.

RÓTULOS NOBRES PARA OPRIMEIRO ICE DE TEQUILA A Tequila Sauza,marca da AlliedDomecq, está en-trando no merca-do brasileiro debebidas ice atra-vés da Sauza In-ferno, primeiroice de tequila.O produto já foilançado nos Esta-dos Unidos, ondese chama SauzaDiablo. Feitocom tequila im-portada do Méxi-co e refrigerantesabor citrus, tem

graduação alcoó-lica de 5%. Abebida é apre-sentada em gar-rafas long neckde 300ml, deco-radas com doisrótulos auto-ade-sivos da Prodes-maq – que com-binam diversosprocessos de im-pressão. O dafronte inclui infor-mações em sualateral, dispen-sando o contra-rótulo.

Hulk arrasa em chiclesA Adams, com a goma de mascar Ping Pong Ploc,

acaba de lançar a nova coleção de figurinhas do Hulk,

super herói infantil de enorme sucesso na tevê e histó-

rias em quadrinhos, que em breve estará nos cinemas.

Os quatro sabores do chicle (tutti-frutti, morango,

hortelã e o novo, laranja) estarão no “clima” do perso-

nagem, ou seja, ganharam uma cobertura verde, mas

sem perder o sabor original. O herói verde também é

destacado nas embalagens dos produtos.

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48 – EMBALAGEMMARCA • abr 2003

Votorantim Cimentos anun-ciou a padronização visual dasua linha de cimentos, que en-globa as marcas Votoran, Itaú,

Tocantins, Poty e Aratu. As novas embala-gens chegaram ao mercado no final demarço, com novos logotipos. O objetivoda padronização é associar as marcas re-gionais à Votorantim Cimentos, reforçan-do a imagem de empresa única.

As novas embalagens apresentam for-mato horizontal, contrariando o padrãovertical utilizado na categoria. Além disso,para cada tipo de cimento foi adotada umacor diferente. Outra novidade é a reservade um espaço no verso da embalagem paraa divulgação de campanhas sociais desen-volvidas pela empresa.

De acordo com o diretor comercial daVotorantim, Marcelo Chamma, “a novaidentidade visual indica que a empresaestá implementando uma agressiva estra-tégia de crescimento em nichos de maior

imagem

A

Imagem reforçadaVotorantim padroniza visual de suas embalagens de cimento

Votorantin Cimentos0800 55 82 82www.votoran.com.br

DIV

ULG

ÃO

Votoran,Aratu,Tocantins,Poty e Itaú:uma cara sópara nomesdiferentes

A Votorantim tem quatro tipos de cimen-to cinza. O CP II, que passa a ser identifi-cado pela cor azul escuro, é indicadopara uso onde não há necessidade de re-sistência muito elevada. Para obras deconcreto-massa e expostas ao ambienteque exijam baixo calor de hidratação ealta resistência final, os cimentos indica-dos são o CP III, cujas embalagens têmuma tarja vermelha, e o CP IV, que éidentificado pela cor azul claro. O cimen-to CP V, indicado para situações que exi-gem alta resistência final e desforma rá-pida, tem embalagem cor de abóbora.

Identidade na cor

valor agregado, provando que cimentonão é commodity”. Um dos principaisobjetivos é mostrar aos consumidoresque a companhia é responsável pelos pro-dutos em cada Estado. Na Bahia, porexemplo, o carro-chefe é o cimento Ara-tu, e em São Paulo, o Votoran. “Agora”,diz Chamma, “se for de um lugar paraoutro, a pessoa identifica os dois produ-tos com a Votorantim.”

A Votorantim Cimentos trabalhou comduas agências de publicidade na criaçãodas novas embalagens. A BCH FutureBrand, desenvolveu a identidade visualdas empresas do Grupo Votorantim e dalinha de cimentos. A Weega Consultingcriou a campanha publicitária para mídiaespecializada do setor da construção emateriais de ponto-de-venda. A empresatem seis fornecedores de embalagens:Klabin, Trombini, Cocelpa, Iguaçu,Conpel e Portela

CP

II

CP

III

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CP

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Almanaque

50 – EMBALAGEMMARCA • abr 2003

O pó preferido do imperadorAo desembarcar no Riode Janeiro aos 14 anos ecom parcas economias,em 1860, o portuguêsJosé Antônio CoxitoGranado conseguiu umemprego de lavador defrascos em uma pequenabotica. Logo foi convi-dado a dirigi-la e, em1870, arrematou-a por 7contos de réis. Fundou,

assim, a Casa Granado.Graças à qualidade deseus produtos, a loja tor-nou-se fornecedora dacorte imperial, instaladana então capital do Bra-sil. Granado virou atéamigo pessoal de DomPedro II e teve, entre ou-tros clientes ilustres, RuiBarbosa, José do Patro-cínio e Oswaldo Cruz.

Em 1903 ele criou, coma ajuda de um irmão far-macêutico, o famosoPolvilho AntissépticoGranado, um sucessoque continua até hoje nomercado. Sua embala-gem, aliás, passou poruma reformulação re-cente, e agora tem atérótulo auto-adesivo, daProdesmaq. Ontem Hoje

Desenrolares mais amenos das cizâniasNum momento em que a guerra é o centro das atenções, EMBALAGEMMARCA lembra

algumas curiosidades sobre marcas e produtos relacionadas ao tema

Grito de liberdade do coquetel

Batalhas só no tabuleiroNo fim dos anos 60, quatro amigos re-

cém-formados engenheiros pela Univer-

sidade de São Paulo decidiram abrir um

negócio em conjunto. Pensaram em

confecção, corretora de valores ou em-

presa de instrumentos de precisão, mas,

vendo que as opções em jogos para

adultos eram parcas e, mormente, im-

portadas, decidiram aventurar-se no

campo do entretenimento. Fundaram,

então, a Grow. Seu primeiro produto foi

o jogo de tabuleiro WAR, lançado em

1972. Com produção inicial de 5 000

unidades e vendido pelos quatro sócios

de loja em loja, o jogo logo se tornou

um sucesso estrondoso ao combinar es-

tratégia e simulação de guerra. Trinta

anos após o seu nascimento, o WAR ain-

da é um hit, e conta com quatro versões

no mercado, para todos os gostos.

Virada do século 19 para o 20, Guerra His-

pano-Americana, na Cuba ocupada pelos

Estados Unidos. Numa tarde de folga num

bar, soldados do corpo do Exército Notável

americano observaram um capitão adentrar

o recinto e pedir rum Bacardi com Coca-

Cola, gelo e uma rodela de limão. O oficial

sorveu a mistura com tal prazer que os in-

fantes também pediram uma rodada da

exótica bebida. Quando o pedido chegou à

mesa, um dos soldados sugeriu um brinde,

ao que o capitão elevou seu copo e gritou

“Cuba Libre!”, apropriando-se do grito de

guerra que tinha inspirado os cubanos vito-

riosos em sua Guerra de Independência. O

coquetel ganhou nome, fama e o mundo.

Publicidade bélica dá retornoEm 1990, para homenagear o cinqüente-

nário da Batalha da Bretanha, ocorrida na

Segunda Guerra, a cervejaria inglesa She-

pherd Neame lançou a marca Spitfire, to-

mando emprestado o nome do famoso

avião “cuspidor de fogo” da RAF (Royal Air

Force), vital para ajudar a derrotar a temi-

da Luftwaffe, a força aérea nazista. O tema

da guerra utilizado na campanha de lança-

mento do produto agradou, e é usado até

hoje – como no pôster aqui reproduzido,

estrelado pelo célebre Winston Churchill.

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